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Abril - 2015 INQUIETAÇÃO INQUIETAÇÃO

Revista Digital O Mirante Dorsey Rocha Ed. Abril de 2015

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Abril - 2015

INQUIETAÇÃOINQUIETAÇÃO

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Editorial

Inquietação, de acordo com o Dicionário de Português On-line significa falta de sossego, agitação, excitação, sugestionabilidade e instabilidade geral do comporta-mento.

Esta inquietação que tomou conta de boa parte de nós brasileiros, não pode e não deve produzir uma expectati-va negativa no país. Os efeitos do pessimismo econômico e político em nossas atitudes provocam a “profecia autor-realizável”: os resultados ruins são consequência do nosso comportamento dirigido pelo pessimismo.

No que nos diz respeito, nós da Dorsey Rocha acreditamos que somos uma Nação que tem tudo o que precisa para sair vitoriosa ao ultrapassar este capítulo da nossa história. Por acreditarmos nisso, procuramos agir para influenciar de forma positiva nossa realidade, a de nossos clientes e a do Brasil.

Também é a inquietação que nos mantém em contínua evolução aos 39 anos da Dorsey Rocha que completamos em abril. Neste número a revista O Mirante publica a edição de um ano em versão eletrônica.

Para comemorarmos, apresentamos Daniela Zolko que nos instiga a fazermos o que nos desperta paixão. Erre Erre cha-ma a nossa atenção para a hora da verdade e Rodolpho Ro-cha associa inquietação, com mudança e desenvolvimento.

Confira e boa [email protected]

01 02Abril 2015 - Inquietação

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tema do nosso boletim para o início do 2º trimestre é inquietação que, etimologicamente, é o reverso da quietude (de permanecer quieto, parado). Num sentido psicológico, a in-quietação poderá se transformar em força propulsora de melhorias, de aperfeiçoamento do indivíduo, do grupo, de todo o corpo social.

Mas queremos agora, como pano de fundo, refletir sobre a inquietação que abate a socie-dade brasileira. E nesse sentido mais amplo, refere-se à uma sensação imprecisa de medo, de insegurança quanto a um futuro próximo e também distante, à quase certeza de um horizonte sombrio, assustador.

Nós que ainda recentemente nos empolgávamos tanto com o nosso crescimento econômico e com prováveis reflexos sociais decorrentes, defrontamo-nos com um qua-dro de desalento e de pessimismo generalizado. Como se o sonho fosse desfeito.

Os resultados do 1º trimestre que se encerra surpreendem até aqueles que se julgavam pessimistas, ou realistas, ao analisar o quadro atual da economia brasileira. Todavia, tão ou mais grave que o cenário macro ou microeconômicos são o pessimismo, o desalento, a desesperança que de certa forma acomete toda a nossa sociedade.

Talvez isso que hoje nos parece um caos sem precedentes seja os ingredientes de um novo e mais verdadeiro pacto social.

E vamos finalmente nos esquecer da goleada imposta pelos alemães no campeonato mundial de futebol. E cuidar bem dos vira-latas que são tão bonzinhos e sábios, à sua maneira - isso melhora a sua autoestima canina e, sobretudo a nossa.

Movimentos diversos, com motivações fragmentadas, parecem refletir essa insatisfação generalizada, essa descrença nas lideranças (políticas, sobretudo) o retorno de um antigo complexo de vira-lata, síndrome de republiqueta terceiro-mundista que por anos, déca-das que pareciam séculos, nos atormentava, nos restringia à antiga condição de inferio- ridade.

O que parece agravar esse quadro de convulsão, de turbulência social é a intolerância que se instala nos diferentes atores que, sem uma agenda comum, pouco se esforçam para a construção de um pacto ainda que provisório. Ou seja, por mais paradoxal que pareça, essa crise que deverá se alongar, poderá ser o grande teste para a sociedade brasileira.

Justamente porque é tão complexo o dilema, tão multifacetadas as suas manifestações, nós precisamos dar provas da nossa maturidade social e política:

• Aperfeiçoando, valorizando, legitimando os poderes constituídos.• Estabelecendo uma nova forma de representação capaz de honrar a democracia.• Assumindo com coragem, desprendimento e, sobretudo, ética o papel que nos cabe, a todos como cidadãos.

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03 Abril 2015 - Inquietação 04

Nossa hora da verdadeou o culpado foram os alemães

ERRE ERRE...

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uando uma pessoa para, olha pra trás e se pergunta coisas assim, pode ter certeza, sua tra-jetória foi marcada pela inquietação. Ao contrário da vaidade, a inquietação leva seu autor adiante pelo inconformismo, pela curiosidade, pelo amor aos passos que está dando e, prin-cipalmente, por estar apaixonado.

Não se trata da paixão romântica pela metade da laranja. É algo maior. É a paixão de quem acredita genuinamente em algo. Pode ser na fé, na ética, na natureza, mas acredito que seja mais pela vida que ganhou, mesmo. Já que nascemos, então vamos em frente.

Quando se tem a certeza e a paixão a serviço das ações, as pessoas simplesmente fazem o que precisa ser feito. Conforme caminham, observam, sem entender, os olhares assustados de seus amigos mais íntimos. Não entendem muito bem o susto nos olhos dos outros. Acham graça e apenas seguem.Passados alguns capítulos de suas histórias, param e se perguntam: “Como foi mesmo que eu cheguei até aqui!?” ou “Caramba, quanta coisa eu fiz!”. E independente de as lembranças serem de momentos bons ou ru-ins (sempre existem os ruins) essas perguntas são seguidas de um largo sorriso. É como se o próprio autor de sua história precisasse rever seu filme para acreditar que fez tudo aquilo.

Sim, já passei por isso algumas vezes. E quan-to mais aprendo com as histórias de outras pessoas e com a minha própria história, mais me convenço que temos que fazer o que nos desperta paixão. E acredito que essa ideia se aplica a todas as áreas das nossas vidas.

O medo joga contra. Mas seguindo, mesmo sem a certeza de que vai dar certo, muitas vezes concluímos que o medo era bobo e ter feito o que se queria foi o melhor presente que poderíamos nos ter dado...

“Por que um menino do interior chegou a Consultor Geral da República e a Ministro da Justiça, quando desejava apenas ser advogado?”.

“Afinal, nasci em Brodowski, terra de Cândido Portinari, nosso conterrâneo mais importante. Podia ter ficado por lá...Talvez hoje fosse dono do armazém ou da farmácia e sentaria numa cadeira de palha trançada, conversando na calçada com o pessoal que saía do cinema, e passaria na rua, fazendo hora pra dormir”.

“Poderia ter me casado com a Zoé e criado uma penca de fi-lhos, que estudariam em Ribeirão Preto, em boas escolas.”

Os trechos acima foram escritos por Saulo Ramos, em sua bi-ografia Código da Vida. De cara já identifiquei o homem inquieto.

Abril 2015 - Inquietação 06

Daniela ZolkoCoordenadora de Comunicação

Amec – Associação de Investidores no Mercado de Capitais

A INQUIETAÇÃO

QUE NOS MOVEQUE NOS MOVEA INQUIETAÇÃO

...E ENTÃO, NOS OLHAMOS NO ESPELHO E PENSAMOS: “OBRIGADO”. SEMPRE SEGUIDO DE UM LARGO SORRISO.

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0807 Abril 2015 - Inquietação

E studiosos demonstram, e de certa forma comprovam, a correlação forte entre inquietação (um certo descon-forto com o status quo) e os movimentos de transfor-mação e mudança social.*

*Raudsepp, EugeneA arte de apresentar ideias novas.Editora Findação Getúlio Vargas3º edição 1986

Pesquisas dos anos 60, que ainda mantém sua atualidade, demonstram que indivíduos inquietos (isto é, em não confor-midade com a ordem sacramentada) foram precursores e pro-pulsores de transformação que afetarem toda a sociedade (e por consequência o mundo empresarial).

Conclusão: Quando as organizações e a sociedade em geral, en-fatizam a diversidade como valor, é importante a atenção nessas pessoas que desgarradas do senso comum contribuem tanto para o aperfeiçoamento do circunspecto e às vezes previsível mundo dos negócios.

NA ANÁLISE DO PERFIL DESSES INDIVÍDUOS ALGUNS COMPORTAMENTOS FORAM EVIDENCIADOS, A SABER:

• Orientação para o significado do trabalho; não pela sua estruturação ou pelos seus rituais.

• Desapego pelos símbolos de status; não se esforçavam em manter aparências, reafirmar posições conquistadas, em consolidar qualquer tipo de apartheid organizacional.

• Tolerância à diversidade: compreendiam posições antagônicas, mesmo que não concordassem com elas. Sabiam conviver com a imprevisão, com a incerteza, não as escondia, não as camuflava.

• Serenidade diante da turbulência, ou seja, a compreensão dos problemas, das suas causas in-ter-relacionadas lhes possibilitava um tipo de sabedoria que não era ensinada nas universidades ou nos best sellers da moda. Importante: esse comportamento sereno não afetava negativamente a velocidade tampouco a qualidade do processo decisório.

“NÃO TENHO, E NUNCA TIVE, NADA CONTRA A CORRENTEZA. EVITO APENAS RIOS E RIACHOS COM TRAJETOS E TREJEITOS PREVISÍVEIS, CERCADOS DE LUGARES COMUNS EM TODO O SEU CURSO”.

Erre Erre

INQUIETAÇÃO, MUDANÇAS

E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Rodolpho RochaFundador Sócio-Diretor Dorsey Rocha & Associados

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Indica

Quem indica: Sillas Russodivito / Diretor de Criação - Agência Mundo Paralelo

Por que indicou: Em diversas ocasiões da vida contamos com uma certa dose de vontade ou moti-vação para desenvolvê-las, tomar decisões e atitudes. O filme nos instiga a pensar e refletir sobre qual é o aditivo diário que necessitamos; aquilo a que nos apegamos para desenvolver o que temos de melhor, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. O que nos mantém inquietos e ao mesmo tempo com capacidade para evoluirmos?

Sinopse: Eddie Morra (Bradley Cooper) sofre de bloqueio de escritor. Um dia ele reencontra seu ex-cunhado, Vernon (Johnny Whitworth), que lhe apresenta um remédio revolucionário que permite o uso de 100% da capacidade cerebral. O efeito é imediato em Eddie, pois ele passa a se lembrar de tudo que já leu, ouviu ou viu em sua vida. A partir de então ele consegue aprender outras línguas, fazer cálculos complicados e a escrever muito rapidamente. Para manter este ritmo depende de um remédio. Seu desempenho chama a atenção do empresário Carl Van Loon (Robert De Niro), que resolve contar com sua ajuda para fechar um dos maiores negócios de sua vida.

PONTO DE

VISTA

Erre erre

INQUIETA MENTE

Inquieto-me,Logo existo.Aquieto-me,Logo insisto.

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O MIRANTE É UM PROJETO DORSEY ROCHA & ASSOCIADOS

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Rodolpho RochaMarta Castilho

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