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1 Instituto de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro Stress nas Organizações Um “mal” necessário? Comportamento Organizacional 2012 Miguel Angelo Oliveira Costa Nº60588 Turma 2211

Stress organizacional-um mal necessário?!

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Instituto de Contabilidade e Administração da

Universidade de Aveiro

Stress nas Organizações

Um “mal” necessário?

Comportamento Organizacional

2012

Miguel Angelo Oliveira Costa

Nº60588

Turma 2211

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Índice

Índice ............................................................................................................................................................ 2

Índice de figuras ........................................................................................................................................... 3

Resumo ........................................................................................................................................................ 4

Introdução ..................................................................................................................................................... 5

Stress nas organizações .............................................................................................................................. 6

Fontes de stress ........................................................................................................................................... 7

Sintomas do stress ....................................................................................................................................... 9

Comportamento face ao stress .................................................................................................................. 10

O stress como… ......................................................................................................................................... 11

...Resposta .............................................................................................................................................. 11

... Estímulo .............................................................................................................................................. 11

… Interação ............................................................................................................................................ 12

... Transação ........................................................................................................................................... 12

Consequências negativas .......................................................................................................................... 13

Individuais ............................................................................................................................................... 13

Organizacionais ...................................................................................................................................... 13

Stress positivo ............................................................................................................................................ 14

A diferença entre desafio e stress .............................................................................................................. 15

Testes de stress ......................................................................................................................................... 17

Conclusão ................................................................................................................................................... 18

Bibliografia .................................................................................................................................................. 19

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Índice de figuras

Figura 1 O Processo de stress nas Organizações ................................................................................. 7

Figura 2 O ciclo vicioso do stress ............................................................................................................ 8

Figura 3 Stress positivo(eustress) vs Stress negativo(distress) ......................................................... 14

Figura 4 Diferença entre desafio e stress ........................................................................................... 15

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Resumo

Este trabalho centra-se sobre o Stress Organizacional. Será inicialmente exposto o conceito de stress e

analisadas as fontes e os sintomas; os seus antecedentes e causas serão também um tema em

discussão tal como as características individuais e situacionais que interferem no modo de resposta ao

stress. Expõem-se em seguida os elementos de compreensão dos vários tipos de respostas e ainda as consequências que o stress reflete sobre os indivíduos e as organizações. Por fim será apresentado o

lado positivo do stress, não como algo destrutivo mas como um desafio, para além da sugestão de testes

de stress, para melhor auto análise.

Palavras chave: stress, Organização, motivação.

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Introdução

Todos sabemos que o stress dos funcionários tem-se vindo a tornar um problema cada vez maior nas organizações. Atualmente, as pessoas precisam de procurar qualificação do seu trabalho, com tantas

exigências, acabam por viver sob pressão, não só no ambiente de trabalho, mas também familiar e

acabam por sofrer uma pressão psicológica. Essa pressão afeta o lado emocional das pessoas, onde as

emoções negativas podem comprometer a sua saúde. O stress, tem como consequência: diminuição do

rendimento, da concentração no trabalho, erros, distrações, insatisfação, indecisão, atrasos, irritação,

reclamações, atrasos de tarefas, perda de prazos, e causa de prejuízos dentro da organização.

O stress pode ter consequências organizacionais e pessoais, e estas revelam-se tanto ao nível

intelectual como nas relações sociais e no respetivo comportamento organizacional, provocando desta

forma elevados custos para as próprias organizações.

Mas em contrapartida, temos as emoções positivas, como o riso, bom humor, a felicidade que ajudam a

manter ou recuperar saúde.

Diante desses fatores que se encontram no ambiente de trabalho, é necessário observar e constatar

como esses agentes vão-se manifestando, sabendo que dentro de uma organização trabalham pessoas

com diferentes personalidades emoções, perceções e atitudes.

Se o funcionário souber gerir o seu stress diário e canalizar a energia desse stress para o desempenho de sua atividade, o mesmo pode desempenhar com eficácia o seu trabalho. Possivelmente, os

funcionários podem conseguir lidar com o stress diário no ambiente de trabalho, desde que seja

conhecida a causa do mesmo, que na maioria das vezes é muito exagerada.

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Stress nas organizações

Regra geral, stress é qualquer força que quando aplicada a um sistema causa modificação significativa

da sua forma. Este termo é utlizado com respeito a forças e pressões físicas, psicológicas e sociais.

Neste sentido, o stress refere-se a uma causa, a um antecedente de algum efeito.

O stress relacionado com o trabalho que também é designado como “stress profissional” é uma

consequência do desequilíbrio entre as exigências do trabalho e as capacidades do colaborador.

Sendo uma reação emocional, física e cognitiva que um indivíduo tem, para com uma situação que lhe exige demais dele próprio. O stress, pode ser provocado pela existência de conflitos, de ambiguidades

ou ainda de estilos de gestão de conflitos pouco eficientes, como o estilo "ditador". Normalmente o

indivíduo não dá conta da reação que está a ter face às exigências que sofre.

Há que distinguir dois tipos de stress: positivo e negativo O positivo é agradável e construtivo (emoções positivas devido a bons feitos). O negativo é por outro lado, desagradável, prejudicial e causador de doenças relacionadas com o stress.

À atividade ou ação que provoca stress, é normal denominar por stressante.

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Fontes de stress

O stress nas organizações emerge, quer por causas internas, que tem a ver com as pessoas, quer por

causas externas, condições a que o individuo está sujeito, são apelidadas fontes de stress.

As fontes internas ao individuo são as exigências que ele exerce sobre si próprio ou características

pessoais, como por exemplo, elevadas motivações e expectativas, atitudes negativas baixa capacidade

de adaptação, o autocriticismo ou perfeccionismo.

Não são poucos os fatores que podem ser fontes externas de stress nas organizações, alguns dos

exemplos são as pressões para evitar erros ou cumprir prazos, a excessiva carga de trabalho, as

pressões financeiras, familiares.

O controlo das fontes é considerado como a melhor forma de gestão de stress nas organizações, todavia

tornou-se mais claro que independentemente da fonte que origina o stress no individuo, é a forma como ele a perceciona que está na origem da do stress. Por outras palavras, o que é fonte de stress para uma

pessoa poderá não ser para outra.

As fontes, ao serem geradoras de stress, manifestam-se em sintomas. Sintomas,que geram custos para

a organização (Figura 1).

Figura 1 O Processo de stress nas Organizações

Fontes internas

Custos Sintomas Stress

Perceção do

trabalhador

Fontes Externas

Fonte: Humanator,1997

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O stress nas organizações é um processo contínuo que caso não seja gerido adequadamente, se vai

alimentando de forma cada vez mais crescente, traduzindo-se num constante crescimento dos custos a

ele associados.

Este ciclo vicioso, para além de originar elevados custos organizacionais, inibe o potencial humano

instalado, atuando como um “vírus” (Figura 2).

Figura 2 O ciclo vicioso do stress

Sintomas de

stress

Incremento dos

custos Trabalhador

Fontes de

stress

Fonte: Humanator 1997

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Sintomas do stress

Os sintomas podem ser claramente observáveis, como por exemplo, a irritabilidade, ou mais dificilmente

observáveis a olho nu, como alterações do ritmo cardíaco ou hipertensão.

Regra geral existem três tipos de sintomas ao stress organizacional: fisiológicos, psicológicos e

comportamentais. Elas estão claramente interligadas, possuindo muitas variáveis que exercem um efeito

de amortização ou as que a podem agravar.

Quanto aos sintomas fisiológicos , foi feito um estudo na década de 60 e onde concluíram que alguns

contabilistas tinham uma subida do colesterol quando se aproximava a data limite de entrega das

declarações de impostos, voltando de seguida ao normal.

Estas respostas incluem sintomas cardiovasculares (hipertensão, aumento das pulsações, elevada pressão arterial ou aumento do colesterol), sintomas gastrointestinais dores de cabeça, sinusite e para

além da contribuição para o aparecimento ou evolução do cancro.

Em relação aos psicológicos mais frequentes do stress organizacional são a baixa satisfação e baixo

envolvimento no trabalho, tensão, ansiedade, depressão, fadiga psicológica, frustração, irritabilidade.

Estas respostas estendem-se a respostas comportamentais, com consequências graves para o individuo

e para a organização.

Por fim, existem os sintomas comportamentais que abrangem uma enorme quantidade de categorias.

Algumas relacionam-se com a degradação do papel funcional, em termos de menor desempenho,

aumento da taxa de acidentes de trabalho e de erros, como ao consumo de álcool ou drogas no trabalho.

Para além do nível profissional aumenta também a degradação dos papéis sociais como o familiar

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Comportamento face ao stress

No que diz respeito à personalidade existem dois padrões de comportamento face ao stress, A e B. Em meados dos anos 60 surgiu um estudo efetuado por dois cardiologistas americanos, que classificaram

estes dois tipos de comportamentos.

Uma pessoa com um comportamento tipo A demonstra grande rapidez na execução das tarefas, elevada

competitividade, impaciência, um envolvimento e um compromisso com o trabalho muito elevados a que

se associa um esforço intenso para atingir objetivos por si selecionados. Outras características são a

forte competição, o desejo de reconhecimento e urgência temporal, ficando o individuo num estado de alerta permanente. Atribuem-se a estes comportamentos, entre outros os seguintes traços de

personalidade:

• Impetuosidade verbal;

• Impaciência e movimentação frequente;

• Alta competitividade;

• Fazer várias coisas ao mesmo tempo

As pessoas com este comportamento tendem a demonstrar níveis de stress mais elevados, quer na sua

vida pessoal quer na sua vida profissional.

Uma pessoa com uma orientação de comportamento tipo B demonstra maior lentidão na realização de

tarefas, maior gosto pelo pormenor, maior perfeccionismo, maior impaciência, menor orientação para a quantidade de objetivos a atingir, maior dedicação a atividades de lazer e menor necessidade de

publicitar as suas realizações.

Evidentemente, ao encontrar-se dois extremos, há sempre que levar em consideração que existirá um

número significativo de pessoas cujo estilo de vida é marcado por uma personalidade que não se reflete

perfeitamente em nenhum dos padrões de comportamento apresentados.

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O stress como…

...Resposta

O síndroma geral de adaptação de Selye1 é a resposta não específica do organismo a qualquer estímulo

ou exigência externa sobre ele. Esta reação do organismo pode decorrer em três fases:

• A reação de alarme , que é a resposta psicofisiológica aos estímulos para os quais o organismo

não está adaptado, e que ocorre quando a fase inicial de “choque”, de menor resistência, é seguida de “contra-choque”, de menor resistência. Algo similar pode ocorrer perante um anúncio

de despedimentos: à reação de “choque” poderão seguir-se reações de raiva, de revolta, e por

fim, atuações psicológicas e comportamentais mais especificamente destinadas a lidar com a

situação.

• A segunda fase é o estádio de resistência , em que o organismo procura restaurar o equilíbrio,

habituando-se ao agente indutor de stress e substituindo a reação de alarme.

... Estímulo

Os modelos de stress baseados em estímulos procuram identificar potenciais fontes de pressão. Nesta perspetiva o stress é definido como uma força exercida sobre o individuo, que resulta numa reação do

organismo - o qual tem apenas um certo nível de tolerância para além do qual poderão ocorrer certos

danos.

Na raiz das preocupações destes modelos, está a procura de condições ótimas de trabalho, isto é, a

procura de condições que não suscitem níveis de stress inquietantes e sejam, assim, prejudiciais para os

indivíduos e as organizações.

Estas abordagens contribuíram para a identificação e estudo de situações e fatores que podem afetar a

força de trabalho. Foram contudo criticados por se limitarem às condições externas, ignorando uma vez

mais as diferenças individuais, como por exemplo níveis de tolerância ou as expetativas pessoais.

1 Hans Selye, médico de origem austro-húngara que criou primeira definição de stress

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… Interação

As abordagens interacionais tiveram por objetivo o estudo de interações entre estímulos e respostas, bem como de variáveis moderadoras nas relações stressor2-strain3. Contudo, a complexidade do

processo de stress é ignorada, uma vez que algumas das variáveis reguladoras eram escolhidas sem

um suporte técnico forte para justificar a sua inclusão.

... Transação

As definições transacionais de stress relacionam-se com dinâmica dos mecanismos de avaliação

cognitiva, subjacente às situações de stress, em que a pessoa reage às trocas com o ambiente, numa

causalidade circular, e em que a interpretação do significado da determinada relação com o ambiente e

as estratégias relacionadas para lidar com as exigências contidas nessa mesma relação.

Existem três tipos de avaliação cognitiva:

• Avaliação primária

• Avaliação secundária

• Reavaliação

Na avaliação primária, o individuo avalia uma situação relativamente ao impacto no seu bem-estar,

envolvendo a noção de perigo, ameaça, ou desafio. Na avaliação secundária, o individuo aplica os

recursos de que dispõe no encarar do problema, podendo adotar então diversas estratégias. Na reavaliação, o individuo é ativado por novas informações, tais como as adquiridas nas avaliações

anteriores (primária e secundária).

2 Stressor : são estímulos que induzem ao stress. 3 Strain : são respostas psicológicas, físicas ou comportamentais dos indivíduos ao stressor.

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Consequências negativas

O stress é um facto cada vez mais presentes nas organizações, com as suas exigências de produtividade, eficiência de custos, orientação para o cliente, inovação, etc, podendo ainda ter

consequências negativas a nível individual e organizacional, o que representa elevados custos para a

sociedade. Então podemos afirmar que existem consequências negativas diretamente relacionadas com

o stress: consequências individuais e organizacionais.

Individuais

As consequências negativas manifestam-se em termos de saúde física e mental, como facilmente se poderá depreender. Dado que o stress afeta os sistemas nervoso e imunológico do organismo, podendo

ainda causar doenças.A título de exemplo podemos citar os casos de abuso de álcool ou drogas.

Organizacionais

As consequências organizacionais derivam das individuais, uma vez que as organizações são

compostas por pessoas, o que se reflete num significativo aumento dos custos, quer sejam diretos ou

indiretos.

É essencial referir os custos decorrentes do aumento do absentismo, da saída das pessoas da

organização, voluntária ou involuntariamente, da quebra da perfomance dos trabalhadores, do aumento

dos acidentes de trabalho e de erros de produção. Também não podemos esquecer que as empresa deparam-se com custos indiretos, associados a por exemplo às reduções da motivação, moral e na

satisfação no trabalho.

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Stress positivo

O stress não é necessariamente mau. Embora normalmente seja discutido dentro de um contexto

negativo, também tem o seu lado positivo, chamado de eustress. Deve ser visto como uma oportunidade

quando oferece um potencial de ganho. Por exemplo o desempenho superior demonstrado por um atleta

ou um ator quando exposto à situação limite. Essas pessoas geralmente utilizam o stress para retirar o

máximo de si. Da mesma forma, muitos profissionais vêem as pressões de excesso de trabalho e do cumprimento de prazos como um desafio positivo que melhore a qualidade do seu trabalho e aumenta a

sua satisfação profissional

Para haver stress positivo é necessário existir duas condições: é necessário haver incerteza quanto ao

resultado do trabalho e este deve ser muito importante. Independente das condições, o stress só

acontece quando existe incerteza ou dúvida a respeito de oportunidade de ser aproveitada, as limitações

serem superadas ou a perda ser evitada. Se perder ou ganhar não for importante, então não existirá stress ou se manter o emprego ou receber uma promoção não fizerem qualquer diferença, também não

há stress com a avaliação de desempenho.

O stress positivo é uma condição menos frequente que o stress negativo, mas não deixa de ser

importante. Por muitas vezes estamos diante de situações agradáveis, tão agradáveis que nos leva a

reações de desconforto trazendo inclusive, risco de vida para alguns. Existem muitas outras situações

semelhantes tais como receber uma boa promoção no emprego, planeamento de uma viajem de férias, receber a noticia que seu filho passou numa prova escola ou até mesmo que seu clube de futebol

ganhou um campeonato. As principais características são a vitalidade, entusiasmo, otimismo resistência

física.

Figura 3 Stress positivo(eustress) vs Stress negativo(distress)

EUSTRESS DISTRESS

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A diferença entre desafio e stress

É usual, alguns funcionários referirem a necessidade de stress para melhorar os seus desempenhos,

inclusivamente, afirmam que necessitam de sentir stress para terem vontade de trabalhar ou não

conseguem render, como se precisassem de stress para aumentar o seu desempenho nas suas

funções. Neste ponto de vista, o stress é positivo, embora na minha opinião, existe confusão nos conceitos. Aquilo que vulgarmente se chama stress positivo, não passa de desafio, como descrito na

figura 4.

Figura 4 Diferença entre desafio e stress

Fonte: Humanator 1997

Pico de desempenho

De

s

e

m

pe

n

h

o

Desafio Stress

Estimulação interna

Apatia Pânico

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Na minha opinião, não há qualquer dúvida que o stress é importante para atingir o máximo de

produtividade, aliás é essencial para aumentar o desempenho dos funcionários, seja eles de que nível

hierárquico for. É natural que o desempenho não seja o ideal quando um individuo sente que as suas tarefas não são desafiantes ou são pouco estimulantes e estranho seria se o nível de motivação e

produtividade fossem mais baixos quando as suas tarefas são mais difíceis ou quando é pressionado.

Cabe aos supervisores e gestores, desenvolverem níveis de “pressão” nos seus funcionários que lhe

permitem rentabilizar e maximizar cada um deles sem, todavia fazerem sentir que são situações

stressantes, ou seja, adequar a cada caso o nível de “ pressão”, pois cada caso é um caso e os nível de

estimulação que para um funcionário pode ser encarado como desafio, para outro pode ser stressante. Tem de se levar em conta as diferenças individuais no que respeita à perceção do que cada individuo

encara como desafiante ou stressante.

È necessário sublinhar que stress é diferente de pressão, poderá ser encarado como stress positivo.

Esta confusão leva a que alguns gestores/chefias a gerarem stress/pressão nos indivíduos com quem

trabalham, partindo do pressuposto que estão a rentabilizar o seu desempenho. Existem várias correntes

de opinião que defendem que o stress só prejudica o perfeito funcionamento das organizações, no entanto realço que é nas alturas mais pressionantes/stressantes que resultam as melhores soluções e

estratégias.

Dando como exemplo uma linha de produção, quando existe uma grande pressão para atingir os

objetivos exigidos, quer sejam em termos quantitativos ou qualitativos, é nessa altura que se consegue

valorizar e avaliar o desempenho, a responsabilidade e até medir o nível de stress que cada um

consegue “aguentar”. Apesar de ser em equipa que se atinge os objetivos, não será da mesma forma

que se avalia o stress/pressão.

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Testes de stress

Os «testes de stress» podem ser uma ferramenta útil de autoanálise, ajudando a considerar aspectos

que doutra forma poderíamos ignorar. Nestes testes podemos verificar com até que ponto estamos numa

fase stressante, cansados ou até desmotivados face ao elevado stress a que estamos sujeitos.

Na primeira sugestão, podemos medir com está o nosso nível de stress e motivação.

No segundo site, após o teste é-nos facultado o resultado como também conselhos para poder melhorar

e controlar as nossas emoções.

No terceiro site, realço a existência de uma lista de eventos stressantes da vida que tem valores

numéricos diferentes, o que demonstra o stress que esses anúncios tiveram ou terão na nossa vida. É

uma excelente análise dos acontecimentos de uma vida.

Os restantes dois incorporam-se basicamente na análise atual das pessoas que fizerem o teste.

• http://www.anamrossi.com.br/teste.htm

• http://www.oficinadepsicologia.com/stress.html

• http://www.cliving.org/lifestresstestscore.htm

• http://bemstar.globo.com/est_testes.inc.php?tipoteste=stress

• http://www.lessons4living.com/stress_test.htm

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Conclusão

Com este trabalho pretendeu-se contribuir para uma melhor compreensão e consciencialização sobre os aspetos relacionados com a deterioração da qualidade de vida no trabalho e os prejuízos que isso

acarreta, tanto a nível organizacional como a nível individual, devido ao stress organizacional.

As causas do stress organizacional poderão encontrar-se em grande número nas organizações

contemporâneas, com as suas exigências em termos de aumentos de produtividade, redução de custos,

relações de trabalho e estrutura política, horários irregulares e articulação entre vida pessoal e vida

profissional. Outras fontes depressão, relacionadas com a vida pessoal, poderão interferir e aumentar a

vivência de stress.

Entre as principais consequências negativas, são de salientar os problemas físicos, psicológicos e comportamentais. Como seria de esperar, as organizações ressentem-se igualmente com o stress,

principalmente em termos de produtividade, do aumento das taxas de erros e acidentes de trabalho, e da

menor flexibilidade para responder atempadamente aos desafios da envolvente externa.

No entanto, e na minha opinião existe um lado muito positivo nesta temática do stress, que é a maior

rentabilidade que alguns indivíduos retiram quando estão mais pressionados e não stressados. Ainda

existe a confusão entre desafio e stress ou entre pressão e depressão. No meu ponto de vista é claro que uma pessoa stressada não retira o melhor de si mas uma pessoa bem estimulada, motivada e com a

pressão correta é inúmeras vezes mais produtivo do que as restantes. Agora não nos podemos esquecer

que cada ser humano é diferente do seu semelhante e é neste campo que as organizações têm de se

especializar para que os recursos humanos estejam cada vez mais motivados e não stressados.

Em suma, o stress visto como um ponto negativo mas é algo que sendo essencial nas organizações

terá de ser bem doseado, tornando-se assim em algo muitíssimo positivo para o bom funcionamento e

desenvolvimento das organizações.

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Bibliografia

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