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Dezembro 2015 Caros colegas, Estamos muito entusiasmados por vos escrever no momento em que a Parceria Global para a Educação (PGE) tomou a decisão de financiar mais três anos do Programa CSEF! Chegar até aqui foi um longo processo. É o resultado de um contínuo envolvimento da sociedade civil feito pelas coligações nacionais desde o início do CSEF, bem como do intenso trabalho de desenvolvimento de propostas liderado pela CGE em estreita colaboração com os parceiros CSEF. A decisão demonstra o compromisso genuíno da PGE para com o princípio da participação dos cidadãos e da sociedade civil no diálogo político do sector da educação e responsabilidade social. É crucial para o trabalho do movimento de Educação Global e da sociedade civil em toda a África, Ásia e Pacífico, América Latina, Caraíbas, Médio Oriente e Europa Oriental, e é a primeira vez que o financiamento para três anos completos de CSEF ( 20162018) é aprovado, o que constitui um incrível precedente . Estamos a viver um período interessante e crítico, e com o financiamento CSEF agora garantido, temos muitas oportunidades pela frente. A 4 de novembro a comunidade de Educação adoptou o Quadro de Ação Educação 2030 (FFA) na Reunião especial de Alto Nível da UNESCO em Paris. Antes disso, em setembro, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram acordadas na 70ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque. O contributo da comunidade da sociedade civil para moldar a agenda global e os objetivos foi inestimável e bem reconhecido, e as coligações da sociedade civil envolveram se apaixonadamente nos vários processos de consulta e diálogo que levaram a estes acordos. Com o desenvolvimento dos indicadores relacionados atualmente em curso, a sociedade civil tem um papel crucial a desempenhar na adaptação das estruturas internacionais a nível nacional, e na responsabilização dos governos pela implementação. Neste boletim vamos explorar alguns exemplos de envolvimento nos processos pós2015 feito por coligações nacionais através do CSEF. À medida que caminhamos para o final do ano, a Parceria Global para a Educação (PGE) está em processo de finalização de seu novo Plano Estratégico 20162020, que é o resultado de um processo de consulta abrangente para o qual contribuíram muitas coligações da sociedade civil. O plano, que será assinado na reunião do Conselho Diretivo da PGE em Dezembro de 2015, aspira alinharse com a agenda ODS 4 e cobrir todo o espectro do sector da educação, com uma ênfase especial na qualidade e aprendizagem, inclusão e equidade e sistemas de financiamento e de governação. A próxima fase do CSEF também irá enfatizar estas prioridades temáticas. Nesta edição do boletim, apresentamos também uma entrevista com Zaida Cabral do Movimento de Educação Para Todos (MEPT),a coligação financiada pelo CSEF em Moçambique que faz incidência política pela educação das raparigas, incluindo o direito das raparigas grávidas e mães em idade escolar de continuar a sua escolaridade. Nós apresentamos alguns exemplos fantásticos de participação da sociedade civil nos processos e diálogo político de coligações CSEF na Albânia, República Democrática do Congo, Indonésia, Togo e Zimbabué. É encorajador ver um aumento da participação da sociedade civil em Grupos Locais de Educação. Na Albânia e no Zimbabué, as coligações conseguiram agora superar com sucesso barreiras que enfrentavam desde há muito em termos de envolvimento dos GLE. No final de Junho de 2015, a nível global, as coligações reportaram envolvimentos ativos em 310 diálogos relevantes nas políticas do sector da educação e foruns de revisão, comparando com 261 reportados em janeiro. No mesmo período, as coligações CSEF foram responsáveis por pelo menos 178 apresentações ao governo, grupos de trabalho parlamentares ou técnicos. Por exemplo, em Timor Leste o TLCE propôs um aumento do orçamento de 2016 para a educação, proposta que o governo se comprometeu a considerar e, em Cabo Verde, o RNCEPT apresentou recomendações para melhorias da educação préescolar, que foram aceites pelo governo. Se quiser ver mais informações sobre o que ocorreu nos meses anteriores consulte o mais recente relatório de progresso do CSEF. Também partilhamos convosco alguns excelentes novos recursos da Iniciativa Global para os Direitos Económicos, Sociais e Culturais (GIESCR) e parceiros sobre como lidar com questões de privatização na educação, bem como um manual passoapasso sobre "Liderança, Organização e Ação" baseado numa oficina CGE de capacitação que foi realizada em Joanesburgo no início deste ano. Esperamos que achem estas ferramentas acessíveis e úteis. É o esforço coletivo de coligações do CSEF que tornam este programa tão único e eficaz, e servem como um forte exemplo do poder da promoção de defesa liderada pelos cidadãos. Mantenham o bom trabalho e por favor, continuem a partilhar as vossas histórias! Em solidariedade, O Secretariado da CGE Conteúdo: 1. Introdução 1 2. Campanha da sociedade civil para a educação 2030 2 3. Novo plano estratégico 20162020 da PGE: os representantes das OSC como impulsionadores dos contributos dos cidadãos 2 4. Participação dos cidadãos nos processos de planeamento do sector através dos Grupos Locais de Educação 3 5. Nova ferramenta para as coligações: lidar com os efeitos da privatização da Educação 4 6. Oficina de capacitação: Liderança, Organização e Ação 4 7. Entrevista: Zaida Cabral de MEPT Moçambique 5 8. Eventos , novembro e dezembro de 2015 6 9. Fontes 67 NOTÍCIAS do Fundo da Sociedade Civil para a Educação (CSEF)

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Dezembro  

2015

Caros  colegas,  Estamos  muito  entusiasmados  por  vos  escrever  no  momento  em  que  a  Parceria  Global  para  a  Educação  (PGE)  tomou  a  decisão  de  financiar  mais  três  anos  do  Programa  CSEF!  Chegar  até  aqui  foi  um  longo  processo.  É  o  resultado  de  um  contínuo  envolvimento  da  sociedade  civil  feito  pelas  coligações  nacionais  desde  o  início  do  CSEF,  bem  como  do  intenso  trabalho  de  desenvolvimento  de  propostas  liderado  pela  CGE  em  estreita  colaboração  com  os  parceiros  CSEF.  A  decisão  demonstra  o  compromisso  genuíno  da  PGE  para  com  o  princípio  da  participação  dos  cidadãos  e  da  sociedade  civil  no  diálogo  político  do  sector  da  educação  e  responsabilidade  social.  É  crucial  para  o  trabalho  do  movimento  de  Educação  Global  e  da  sociedade  civil  em  toda  a  África,  Ásia  e  Pacífico,  América  Latina,  Caraíbas,  Médio  Oriente  e  Europa  Oriental,  e  é  a  primeira  vez  que  o  financiamento  para  três  anos  completos  de  CSEF  (  2016-­‐2018)  é  aprovado,  o  que  constitui  um  incrível  precedente  .      Estamos  a  viver  um  período  interessante  e  crítico,  e  com  o  financiamento  CSEF  agora  garantido,  temos  muitas  oportunidades  pela  frente.  A  4  de  novembro  a  comunidade  de  Educação  adoptou  o  Quadro  de  Ação  Educação  2030  (FFA)  na  Reunião  especial  de  Alto  Nível  da  UNESCO  em  Paris.  Antes  disso,  em  setembro,  os  Objetivos  de  Desenvolvimento  Sustentável  (ODS)  foram  acordadas  na  70ª  Sessão  da  Assembleia  Geral  das  Nações  Unidas  em  Nova  Iorque.  O  contributo  da  comunidade  da  sociedade  civil  para  moldar  a  agenda  global  e  os  objetivos  foi  inestimável  e  bem  reconhecido,  e  as  coligações  da  sociedade  civil  envolveram-­‐se  apaixonadamente  nos  vários  processos  de  consulta  e  diálogo  que  levaram  a  estes  acordos.  Com  o  desenvolvimento  dos  indicadores  relacionados  atualmente  em  curso,  a  sociedade  civil  tem  um  papel  crucial  a  desempenhar  na  adaptação  das  estruturas  internacionais  a  nível  nacional,  e  na  responsabilização  dos  governos  pela  implementação.  Neste  boletim  vamos  explorar  alguns  exemplos  de  envolvimento  nos  processos  pós-­‐2015  feito  por  coligações  nacionais  através  do  CSEF.      À  medida  que  caminhamos  para  o  final  do  ano,  a  Parceria  Global  para  a  Educação  (PGE)  está  em  processo  de  finalização  de  seu  novo  Plano  

Estratégico  2016-­‐2020,  que  é  o  resultado  de  um  processo  de  consulta  abrangente  para  o  qual  contribuíram  muitas  coligações  da  sociedade  civil.  O  plano,  que  será  assinado  na  reunião  do  Conselho  Diretivo  da  PGE  em  Dezembro  de  2015,  aspira  alinhar-­‐se  com  a  agenda  ODS  4  e  cobrir  todo  o  espectro  do  sector  da  educação,  com  uma  ênfase  especial  na  qualidade  e  aprendizagem,  inclusão  e  equidade  e  sistemas  de  financiamento  e  de  governação.  A  próxima  fase  do  CSEF  também  irá  enfatizar  estas  prioridades  temáticas.      Nesta  edição  do  boletim,  apresentamos  também  uma  entrevista  com  Zaida  Cabral  do  Movimento  de  Educação  Para  Todos  (MEPT),  a  coligação  financiada  pelo  CSEF  em  Moçambique  que  faz  incidência  política  pela  educação  das  raparigas,  incluindo  o  direito  das  raparigas  grávidas  e  mães  em  idade  escolar  de  continuar  a  sua  escolaridade.  Nós  apresentamos  alguns  exemplos  fantásticos  de  participação  da  sociedade  civil  nos  processos  e  diálogo  político  de  coligações  CSEF  na  Albânia,  República  Democrática  do  Congo,  Indonésia,  Togo  e  Zimbabué.  É  encorajador  ver  um  aumento  da  participação  da  sociedade  civil  em  Grupos  Locais  de  Educação.  Na  Albânia  e  no  Zimbabué,  as  coligações  conseguiram  agora  superar  com  sucesso  barreiras  que  enfrentavam  desde  há  muito  em  termos  de  envolvimento  dos  GLE.  No  final  de  Junho  de  2015,  a  nível  global,  as  coligações  reportaram  envolvimentos  ativos  em  310  diálogos  relevantes  nas  políticas  do  sector  da  educação  e  foruns  de  revisão,  comparando  com  261  reportados  em  janeiro.  No  mesmo  período,  as  coligações  CSEF  foram  responsáveis  por  pelo  menos  178  apresentações  ao  governo,  grupos  de  trabalho  parlamentares  ou  técnicos.  Por  exemplo,  em  Timor  Leste  o  TLCE  propôs  um  aumento  do  orçamento  de  2016  para  a  educação,  proposta  que  o  governo  se  comprometeu  a  considerar  e,  em  Cabo  Verde,  o  RNCEPT  apresentou  recomendações  para  melhorias  da  educação  pré-­‐escolar,  que  foram  aceites  pelo  governo.  Se  quiser  ver  mais  informações  sobre  o  que  ocorreu  nos  meses  anteriores  

consulte  o  mais  recente  relatório  de  progresso  do  CSEF.      Também  partilhamos  convosco  alguns  excelentes  novos  recursos  da  Iniciativa  Global  para  os  Direitos  Económicos,  Sociais  e  Culturais  (GIESCR)  e  parceiros  sobre  como  lidar  com  questões  de  privatização  na  educação,  bem  como  um  manual  passo-­‐a-­‐passo  sobre  "Liderança,  Organização  e  Ação"  baseado  numa  oficina  CGE  de  capacitação  que  foi  realizada  em  Joanesburgo  no  início  deste  ano.  Esperamos  que  achem  estas  ferramentas  acessíveis  e  úteis.      É  o  esforço  coletivo  de  coligações  do  CSEF  que  tornam  este  programa  tão  único  e  eficaz,  e  servem  como  um  forte  exemplo  do  poder  da  promoção  de  defesa  liderada  pelos  cidadãos.  Mantenham  o  bom  trabalho  -­‐  e  por  favor,  continuem  a  partilhar  as  vossas  histórias!        Em  solidariedade,  O  Secretariado  da  CGE  

Conteúdo:  1.  Introdução     1  2.  Campanha  da  sociedade  civil  para  a  educação  2030  2    3.  Novo  plano  estratégico  2016-­‐2020  da  PGE:  os  representantes  das  OSC  como  impulsionadores  dos  contributos  dos  cidadãos  2  4.  Participação  dos  cidadãos  nos  processos  de  planeamento  do  sector  através  dos  Grupos  Locais  de  Educação  3  5.  Nova  ferramenta  para  as  coligações:  lidar  com  os  efeitos  da  privatização  da  Educação  4  6.  Oficina  de  capacitação:  Liderança,  Organização  e  Ação  4  7.  Entrevista:  Zaida  Cabral  de  MEPT  Moçambique  5  8.  Eventos  ,  novembro  e  dezembro  de  2015  6  9.  Fontes  6-­‐7            

NOTÍCIAS  do  Fundo  da  Sociedade  Civil  para  a  Educação  (CSEF)  

A  CGE   acolhe   a   nova   agenda  de   desenvolvimento   global,  ambiciosa  e  inclusiva,  que  foi  finalmente   adotada   por   193  estados   membros   em   25   de  setembro   na   Cimeira   das  Nações   Un idas   pa ra   o  D e s e n v o l v i m e n t o  Sustentável .   O   objet ivo  

autónomo  sobre  a  educação  é  dirigido  ao  aspeto  dos  direitos  humanos  e  reflete   todo  o  espectro  da  educação.  O  Quadro  de  Ação  Educação  2030  (FFA),   aprovado   em   Paris   a   4   de   novembro,   inclui   metas,   estratégias   e  orientações   concretas   sobre   a   implementação   a   todos   os   níveis.   Estes  eventos  históricos  surgem  após  dois  anos  de  consultas  e  negociações,  e  a  visão  de  educação  inclusiva  e  equitativa,  tendo  em  conta  os  direitos,  não  teria   sido   alcançada   sem   os   esforços   sustentados   da   sociedade   civil.   A  comunidade   internacional   de   educação   tem   contribuído   em   todos   os  processos   pós-­‐2015,   incluindo   em   momentos   chave   como   o   Forum  Mundial   de   Educação   2015   (FME)   em   Incheon,   na   Coreia   do   Sul,   em  maio,   a  Cimeira  de  Oslo   sobre  a  Educação  para  o  Desenvolvimento   no  início   de   julho,   e   a   Terceira   Conferência   Internacional   sobre   o  Financiamento  para  o  Desenvolvimento  (FFD3),  realizada  em  Adis  Abeba,  em   Julho.   Para   mais   informações   ler   informação   da   CGE:   briefing   de  financiamento,   o   blog   de   Muntasim   Tanvir   sobre   a   conferência   de  financiamento  em  Adis  Abeba,  e  a  resposta  da  CGE  ao  documento  final  ODS.  

As   coligações   CSEF   utilizaram   os   recursos   e   ferramentas   CSEF   para  aumentar   o   seu   envolvimento   nestes   processos.   Elas   têm   sido   parte   do  diálogo  pós-­‐2015,  através  de  consultas   locais,   regionais  e  nacionais   com  os   seus   governos,   parceiros,   sócios,   e   concidadãos.   As   apresentações  sobre  a  agenda  pós-­‐2015  foram  feitas  a  grupos  de  trabalho  da  sociedade  civil   e   outras   instâncias   de   ensino   por   coligações   em   países   como   a  Bolívia,  o  Camboja,  a  República  Dominicana,  as  Honduras,  a  Indonésia,  a  Mongólia,  a  Nicarágua,  a  Papua  Nova  Guiné,  a  Somália,  o  Vietnam  e  a  Zâmbia.  Por  exemplo,  o  Forum  Dacar-­‐Honduras  envidou  esforços  a  nível  nacional   para   influenciar   a   agenda  pós-­‐2015   através   de   reuniões   com  a  Comissão   Presidencial,   parlamentares,   agências   das   Nações   Unidas   e   o  Grupo  Local  de  Educação.  No  Benim,  a  coligação  “Coalition  Béninoise  des  Organisations  pour  l'EPT”  usou  a  TV  e  rádio  nacionais  para  sensibilizar  e  criar   interesse   na   nova   agenda   da   educação   e   a   PEAN   na   Papua   Nova  Guiné   levou   a   cabo,   em   várias   rádios,   debates   sobre   a   questão   da  educação   para   além   de   2015.   As   coligações   também   apresentaram  oralmente   as   suas   alegações   em   relação   a   processos   chave   de   diálogo,  como  os  representantes  da  Rede  de  Educação  para  Todos  dos  Camarões  (CEFAN),  que   falaram  sobre  a  necessidade  de   ligar  as   revisões  do  sector  da  educação  com  os  objectivos  pós-­‐2015.  A  NCE  Nepal   e  a  CSACEFA  na  Nigéria   são   apenas   duas   coligações,   entre   outras,   cujo   trabalho   de  promoção  de  defesa,  pesquisa  e  recomendações  influenciaram  a  posição  do   governo.   Ram   Gaire   e   Chioma   Osuji   já   escreveram   um   documento  conjunto   sobre   o   envolvimento   das   suas   respectivas   coligações   no  processo  de  ODS,  e  incentivamos  a  leitura  deste  documento  inspirador  no  blog  da  Parceria  Global  para  a  Educação.  

A  Parceria  Global  para  a  Educação  (PGE)  está  prestes  a  finalizar  o  seu  novo  Plano   Estratégico   2016-­‐2020.   A   PGE   é   um   dos   comediadores   da   agenda  Educação   2030,   sob   a   liderança   e   coordenação   da   UNESCO.   A   nova  declaração   de   visão   no   Plano   Estratégico   2016-­‐2020   da   GPE   irá   assim  alinhar-­‐se   com   o   ODS   4   sobre   Educação.   Para   garanqr   que   o   Plano  responde  às  expectaqvas  de  vários  atores  envolvidos  na  Educação,   a  PGE  organizou   uma   série   de   consultas   às   partes   interessadas   ,   incluindo   um  inquérito  on-­‐line  aos  membros,   feito  on-­‐line  durante  um  mês,  discussões  presenciais   e   eventos   internacionais,   uma   série   de   webinars,   chamadas  individuais  áudio  conferência  e  reuniões  técnicas  e  temáqcas  centradas  em  questões  chave  levantadas.      Uma  vez  que  é  vital  garanqr  que  a  voz  da   sociedade  civil   seja  ouvida  nas  discussões   de   políqcas   da   PGE,   os   representantes   das   OSC   no   Conselho  Direqvo   da   PGE   mobilizaram   os   membros   do   respecqvo   grupo   eleitoral  para   tomar  parte  em  aqvidades  dirigidas  pela  PGE,   como  o   inquérito  on-­‐line   e   um   webinar.   Eles   colaboraram   com   a   CGE   organizando   uma  videoconferência   em   agosto   em   que   parqciparam   várias   coligações   CSEF  para  discuqr,   refleqr  e  alinhar  os   seus  contributos.  O  grupo  norte  da  OSC  realizou   uma   série   de   convocatórias   dentro   do   seu   grupo   eleitoral,  incluindo   um   webinar   com   Karen   Mundy,   Diretora   Técnica   da   PGE,   para  discuqr  a  estratégia.        Um   documento   da  OSC   foi   apresentado   à   PGE   destacando   os   problemas  enfrentados   pela   sociedade   civil.   Este   documento   apresentava   várias  recomendações,  incluindo:    • Tornar  os  processos  do  Grupo  Local  de  Educação  (GLE)  mais  inclusivos  da  sociedade  civil,  por  exemplo  através  da  introdução  de  normas  mínimas  e  monitorização  do  envolvimento  do  GLE.  

• Reforçar   a   eficácia   da   ajuda   e   a   apropriação   pelo   país,   através   de   um  maior  foco  no  fortalecimento  dos  sistemas,  alinhamento  com  os  sistemas  nacionais  e  financiamento  interno.  

• O   mandato   da   PGE   deveria   ser   expandido   para   o   alinhar   com   a   nova  agenda  ODS,  mas   tal  deve   ser   feito  em  conjunto   com  um  aumento  dos  compromissos  por  parte  de  parceiros  doadores.  

• Melhor   demonstrar   a   como   se   pode   adicionar   o   financiamento   para   a  educação,  em  vez  de  subsqtuir  os  recursos  existentes,  que  tem  sido  cada  vez  mais  o  caso  nos  úlqmos  anos.   Isto  é  especialmente  importante  num  momento  em  que  a  PGE  está  a  expandir  o  seu  alcance  e  mandato.  

• Esclarecer   a   posição  políqca   sobre   o   papel   do   sector   privado   com  base  em  princípios  subjacentes  da  PGE  sobre  o  direito  à  educação.  

   O  Conselho  Direqvo  da  PGE  reuniu  em  outubro,  para  avaliar  os  comentários  recebidos   juntamente   com   os   resultados   de   uma   avaliação   intercalar  independente   (2010-­‐2014)   da   Parceria   Global   (disponível   aqui).   Alguns  resultados  importantes  desta  reunião  foram:  • Compromisso   de   financiamento   baseado   em   equidade   para   o   ensino  secundário  superior.  

• Acordo  sobre  a  necessidade  de  normas  mínimas  para  a  parhcipação  da  sociedade  civil  nos  GLE  e  mecanismos  para  monitorizar  esta  parqcipação.  

• Reconhecimento   da  educação   como  um  bem  público   em   todo  o   Plano  Estratégico.  

O  Conselho  Direqvo  da  PGE   vai   finalizar   e   aprovar  o  Plano  durante   a   sua  reunião  de  8  a  10  de  Dezembro  de  2015.  

Podem  acompanhar  as  discussões  da  PGE,   incluindo  o  plano  estratégico  2016-­‐2020  da  PGE,  da  seguinte  maneira:  • Mantendo  contato  aqvo  e  fazendo  perguntas  aos  representantes  das  OSC  Sul  no  Conselho  Direqvo  da  PGE  contactando  por  e-­‐mail:  Cheikh  Mbow  (membro   do   Conselho   Direqvo   OSC   2)   em   [email protected]   e  Janet  Muthoni  Ouko  (membro  suplente  do  Conselho  Direqvo  OSC  2)  em  [email protected]  

• Acedendo   a   informação   sobre   este   processo   e   outros   assuntos  relacionados  com  a  PGE  que  estão  a  ser  parqlhados  através  da  lista  de  e-­‐mail   do   espaço   de   grupos   da   OSC   Sul   para   discussões   PGE   gerido   pela  CGE.  Se  não  está  nesta  lista,  envie  um  email  para  [email protected]    

• Lendo   atualizações   e   desenvolvimentos   recentes   sobre   o   Plano  Estratégico  diretamente  no  site  da  PGE  aqui:  hmp://www.globalpartnership.org/strategic-­‐plan-­‐2016-­‐2020  

Do  Forum  Mundial  de  Educação  (FME)  à  AGNU:  a  sociedade  civil  em  campanha  para  a  educação  2030  

Plano   estratégico   2016-­‐2020   da   PGE:   os   representantes   das   OSC   como   impulsionadores   dos  

Participação   dos   cidadãos   em   processos   de   planeamento   do   sector   através   dos   Grupos   Locais   de  Educação  

Há  muitas   formas  de  os   cidadãos   influenciarem  a  política  e  planeamento  da  educação  e,  através  do  Programa  CSEF,  vemos  uma  variedade  de  abordagens  a  ser   postas   em   prática.   Um  mecanismo   importante   é   o   envolvimento   com   o  Grupo  Local  de  Educação  (GLE)  -­‐  ou  mecanismo  equivalente  -­‐  onde  o  governo,  doadores  e  outros  outras  partes   interessadas  chave   se   reúnem  em  torno  de  processos  de  planeamento  sectorial.  Na  prática,  os  GLE  existem  em  diferentes  tamanhos  (podem  variar  de  menos  de  10  membros  a  mais  de  100!)  e  formas  (podem  incluir  partes  interessadas  limitadas  ou  diversas,  podem  ser  liderados  por   governos,   doadores   ou   agências   multilaterais),   e   podem   ter   nomes  diferentes  (ou  seja,  Grupo  de  Coordenação  da  Educação  no  Zimbabué,  Comité  de   Desenvolvimento   do   Sector   na   Libéria,   Grupo   Consultivo   Local   sobre  Educação  no  Bangladeche,  etc.).  No  contexto  da  Parceria  Global  para  a  Educação  (PGE),  o  GLE  é  uma  função  chave  da  governação  a  nível  nacional  e  um  espaço  principal  para  o  diálogo  em  torno  dos  Planos  do  Sector  da  Educação  e  pedidos  de  financiamento  da  PGE.  

No  entanto,  o  envolvimento   local  da  sociedade  civil   com  os  GLE  e  processos  de  planeamento  do  sector   não   é   garantido.   Em   todo   o   programa   CSEF,   35   coligações   relatam   que   atualmente   têm  assento  em  Grupos  Locais  de  Educação  (ou  equivalente).  Algumas  conseguem  utilizar  os  GLE  para  exercer  influência  e  ocasionar  uma  real  mudança,  outras  são  excluídas  destes  foruns  ou  podem  ter  assento  mas  não  serem  ouvidas.  Não  há  uma  estratégia  única  para  todos  para  superar  os  desafios  existentes,  mas  há  muitos  exemplos  positivos  dos  esforços  de  promoção  de  defesa  da   sociedade  civil   que   levaram   ao  maior   reconhecimento   e   reforço   do   diálogo   com   o   governo.   Este   é   um   os  pontos   em  que   se   centra   a   ferramenta   da   sociedade   civil   desenvolvida   pela   CGE   o  Questões   de  Planeamento  em  Educação  que  está  a  ser  usada  pelas  coligações  para  envolvimento  nos  processos  de  planeamento  do  sector  e  nos  GLE.  

Existem  vários  exemplos  de  como  as  coligações  apoiadas  pelo  CSEF  utilizaram  diferentes  estratégias  para  penetrar  de   forma  eficaz  o  GLE,  e  abaixo  estão  alguns  deles:  

No  Sri  Lanka,  a  Coligação  para  o  Desenvolvimento  Educacional  (CED)  começou  a  desenvolver  uma  relação  de  trabalho  com  o  Ministério  da  Educação  como  um  passo  preliminar  para  obter  acesso  a  espaços  de  decisão  política  que  até  agora  têm  estado  fechados  às  OSC.  O  Ministério  expressou  a  sua  vontade  de  trabalhar  com  a  CED,  e  a  coligação  continua  a  trabalhar  neste  sentido.

No  ano  passado,  NEW  Indonésia  aproveitou  a  mudança  da  administração  como  uma  oportunidade  para  pressionar  por  mais  espaço  para  a  sociedade  civil,  através  da  organização  de  reuniões  locais,  um  simpósio  nacional,  e  cada  vez  mais  reuniões  com  os  ministros  governamentais.

A  ACCE  Albânia  implementou  com  êxito  estratégias  para  operacionalizar  o  GLE  na  Albânia.  Desde  2014,  a  coligação  realizou  duas  reuniões  consultivas  com  o  Ministério  da  Educação  e  do  Desporto,  nas  quais  representantes  da  coligação  apresentaram  documentos  que  serviram  como  ferramenta  de  orientação  para  a  criação  do  GLE,  que  agora  existe  e  se  chama  Grupo  de  Doador  Parceiro.

Nos  últimos  anos  a  ECOZI  Zimbabué  aumentou  os  esforços  para  obter  acesso  ao  GLE,  especialmente  através  do  envolvimento  de  parceiros  chave  da  educação  como  a  UNICEF  e  a  PGE.  Finalmente,  em  fevereiro  deste  ano,  o  Ministério  da  Educação  Primária  e  Secundária  convidou  a  ECOZI  para  uma  reunião  do  GLE.  De  início  a  participação  foi  assegurada  com  o  estatuto  de  'convidada',  mas  desde  então  a  coligação  negociou  a  adesão  como  membro  de  pleno  direito.  

A  “Coalition  Nationale  de  l’Education  Pour  Tous”  na  Républica  Democrática  do  Congo  (CONEPT-­‐DRC)  tem  consistentemente  mobilizado  os  cidadãos  a  assumirem  um  papel  ativo  nos  processos  para  influenciar  o  diálogo  político  e  o  desenvolvimento  de  um  novo  plano  do  sector  da  educação,  nomeadamente  através  do  envolvimento  dos  media  e  através  da  organização  de  consultas  de  base  ampla.  Jacques  Tshimbalanga,  Coordenador  Nacional  da  CONEPT,  escreveu  mais  sobre  este  tema  para  o  blog  da  CGE,  que  podem  ver  aqui:  http://blog.campaignforeducation.org/.

As  crianças  da  escola  da  Tanzânia

EFASOM  Somália

Classe  de  escola  secundária  em  Accra,  Gana

Após   o   Forum   Mundia l   de  Educação   em   Dacar   em   2000,  nasceu  um  movimento  de  redes  e  coligações   robustas   da   sociedade  c i v i l   -­‐   q u e   c o n t i n u o u   a  desenvolver-­‐se   -­‐   em   todo   o  m u n d o .   E s t a s   r e d e s  

desempenharam   um   papel   importante   na  responsabilização  dos  governos  em  relação  aos  compromissos  assumidos  em  Dacar.  Agora,  em  2015,  ainda  há  um  longo  caminho  a  percorrer  para  alcançar  a  Educação  para  Todos.  No  momento  em  que  o  mundo  embarca  na   Implementação   dos   Objetivos   de   Desenvolvimento   Sustentável,   o  papel   da   sociedade   civil   em   garantir   a   prestação   de   contas   e  responsabilização  é  mais  crítico  do  que  nunca.  Isto  levou  a  que  a  CGE  e  a  Iniciativa   da   Sociedade   Aberta   da   África   Austral   (OSISA)   organizassem  uma   oficina   de   capacitação   para   fortalecer   a   Liderança,   Organização   e  Ação   entre   as   coligações   nacionais   de   Educação   da   sociedade   civil   para  que   continuassem   a   construir   um   envolvimento   dos   cidadãos   de   forma  unificada,  representativa  e  mais  eficaz.  

A  formação  ocorreu  entre  13  e  18  de  abril,  em  Joanesburgo,  na  África  do  Sul.   Entre   os   participantes   estavam   representantes   de   uma   série   de  coligações   da   sociedade   civil,   redes   e   sindicatos   de   professores   de  Botsuana,  Quénia,  Maláui,  Moçambique,  Namíbia,  Nigéria,  África  do  Sul,  Suazilândia  e  Zâmbia.  A  ANCEFA  e  pessoal  da  CGE  também  participaram.      

Através  desta  formação,  que  foi  liderada  por  profissionais  experientes  da  Rede   Leading   Change   (Liderar   a   Mudança),   os   participantes   puderam  praticar  um  quadro  único  para  a  organização  e  mobilização  dos  cidadãos  em   torno   de   uma   causa   comum   de   justiça   social.   Esta   abordagem  

específica   tem   sido   usada  em   inúmeras   campanhas  e  esforços   de   promoção   de  defesa   em   todo   o   mundo,  desde  a  construção  da  sociedade  civil  na  China  e  luta  contra  a  corrupção  na  Sérvia,  a  organizar  a  Primavera  Árabe  e  a  Luta  de  Libertação  do  povo  palestino.  A  formação,  que  também  incluiu  uma  componente  de  Formação  de  Formadores,  salientou  ferramentas  e  mecanismos  práticos  -­‐  como  a  narrativa  pública  -­‐  que  visam  a  construção  do  espírito  de  ativismo  e   fortalecer  plataformas  para  a  participação  da  sociedade  civil  em  torno  de   causas   comuns.   A   formação   foi   acompanhado   por   um   manual  detalhado  a  que  podem  aceder  aqui.  

Em  2016,  a  CGE  planeia  produzir  uma  ferramenta  de  aprendizagem  sobre  a   representação   de   partes   interessadas   nas   coligações,   a   construção   do  movimento   e   liderança,   baseada   em   aprendizagens   deste   evento   e  experiências   de   formação   bem   como   em   lições   de   todas   as   coligações  CSEF.  Para  obter  informações  sobre  a  formação,  ou  para  se  envolver  com  esta  próxima  ferramenta,  por  favor  contacte  Kjersti  em    [email protected]  .  

Novos  recursos  para  coligações  de  educação  da  sociedade  civil:  Usar  ferramentas  de  direitos  humanos  para  combater  os  efeitos  negativos  da  privatização  sobre  o  direito  à  educação  

Nos  últimos  18  meses,  uma  série  de  organizações  internacionais,  nacionais  e  locais  têm  trabalhado  em  conjunto  para  pesquisar  e  avaliar  os  efeitos  do  crescimento  da  privatização  na  educação  a  partir  de  uma  perspectiva  de  direitos  humanos  em  8  países.  Estes  incluem  Marrocos,  Gana,  Uganda,  Quénia,  Brasil,  Chile  e  Nepal  e,  no  Reino  Unido,  Organizações  examinaram  o  impacto  da  ajuda  ao  desenvolvimento  para  apoiar  a  educação  privada  em  países  em  desenvolvimento.  Este  trabalho,  conduzido  pela  Iniciativa  Global  sobre  Direitos  Económicos  Sociais  e  Culturais  (DESC-­‐GI)  em  parceria  com  a  Iniciativa  de  Pesquisa  sobre  a  Privatização  na  Educação  (PERI)  e  o  Projeto  Direito  à  Educação  (RTE),  levou  a  declarações  e  recomendações  por  parte  de  organismos  chave  da  ONU  sobre  direitos,  e  contribuiu  para  os  relatórios  do  Relator  Especial  sobre  o  Direito  à  Educação  dirigidos  à  Assembleia  Geral  da  ONU  e  ao  Conselho  de  Direitos  Humanos  sobre  o  impacto  de  agentes  privados  no  direito  à  educação.    

Estes  esforços  têm  alimentado  a  promoção  de  defesa  a  nível  nacional  e  o  diálogo  com  os  governos,  atores  privados  e  outras  partes  interessadas    

sobre  a  questão  da  privatização  -­‐  e  criou  uma  metodologia  eficaz  que  a  sociedade  civil  pode  usar  para  lidar  com  questões  de  privatização  na  educação  nos  seus  países.  A  metodologia  pode  ser  facilmente  replicada  por  coligações,  mesmo  aquelas  sem  experiência  prévia  na  utilização  de  mecanismos  de  direitos  humanos.  Os  três  curtos  resumos  apresentados  abaixo  fornecem  uma  introdução  a  este  trabalho  e  explicam  como  se  podem  envolver.    

Os  atores  privados  em  Educação  e  Direitos  Humanos:  uma  metodologia  prática  para  combater  os  efeitos  negativos  da  privatização  na  educação  sobre  o  direito  à  educação  

• Os  atores  privados  em  Educação  e  Direitos  Humanos:  uma  metodologia  prática  para  combater  os  efeitos  negativos  da  privatização  na  educação  sobre  o  direito  à  educação  

• Estudos  de  Caso  em:  Relatórios  Paralelos  para  Combater  a  Privatização  na  Educação  

• Como  usar  os  Mecanismos  de  Direitos  Humanos  

Podem  encontrar  mais  recursos  aqui:    hmp://bit.ly/PrivahsahonMethodo    e,  se  qverem  perguntas,  por  favor  entrem  em  contato  com  Sylvain  Aubry  no  GI-­‐DESC:    sylvain@globalinihahve-­‐escr.org  

Oficina  de  capacitação:  Liderança,  Organização  e  Ação  

Melhorar  as  políticas  de  educação  para  raparigas  

Entrevista   com   Zaida   Cabral,   coordenadora   do  Movimento   de   Educação  Para  Todos  (MEPT)    

Zaida  Cabral  é  a  Coordenadora  do  Movimento  de  Educação  Para  Todos  (MEPT)  em  Moçambique.  O  MEPT   é   uma   das   54   coligações   nacionais   da  sociedade   civil   apoiadas   pelo   CSEF.   Nesta  entrevista,   Zaida   diz-­‐nos   porque   é   que   a  educação   das   raparigas   é   uma   das   principais  áreas   de   foco   para   a   coligação,   e   uma   questão  chave   para   os   membros,   sobre   a   qual   fazer  campanha.  

Q:   Como   é   que   o   governo   moçambicano   demonstrou   o   seu  compromisso  para  com  a  educação  das  raparigas?  

Zaida:   Desde   a   nossa   independência,   em   1975,   o   governo   considerou   a  educação  como  um  direito  fundamental  de  todos  os  cidadãos  e  como  um  passo   crucial   para  o  desenvolvimento  e  para  a   redução  da  pobreza  e  da  desigualdade.  No  entanto,  Moçambique  viveu  uma  guerra  civil  de  16  anos,  logo   após   a   independência   e,   durante   o   conflito,   as   escolas   em   certas  áreas   foram   fechadas   por   causa   da   insegurança   e   destruição   de  infraestruturas.   Apesar   disso,   o   país   tem   desde   então   feito   progressos  significativos  no   sector  da  educação,   e   recebeu  um  apoio   substancial   de  parceiros  externos,  inclusivamente  para  garantir  a  educação  das  raparigas.  A  inclusão  de  um  objetivo  de  género  nos  Planos  do  Sector  da  Educação  do  governo   ajudou   Moçambique   a   progredir   na   direção   da   paridade   de  género  no  ensino  primário  desde  2000,  embora  ainda  haja  um  caminho  a  percorrer   para   as   raparigas   mais   pobres.   Além   disso,   uma   política   do  governo   criou   condições   para   a   expansão   do   acesso   ao   ensino   pós-­‐primário   e   ajudou   a   garantir   a   inclusão   e   equidade   no   acesso   à   escola,  bem   como   a   retenção   de   raparigas   e   rapazes   na   escola.   Isto   é   muito  importante  para  o  MEPT  que  tem  feito  promoção  de  defesa,  com  o  apoio  do  CSEF,  para  a  educação  inclusiva  se  tornar  uma  realidade,  especialmente  para  os  grupos  marginalizados,  como  crianças  com  deficiência,   raparigas,  órfãos  e  os  mais  pobres.  

Q:  Que  desafios  permanecem  em  torno  da  questão  da  educação  das  raparigas?  

Zaida:   Apesar   dos   esforços   feitos   pelo   governo,   doadores   e   atores   da  sociedade   civil   como   o   MEPT,   as   raparigas   ainda   enfrentam   desafios  significativos   quando   se   trata   de   aceder   plenamente   ao   seu   direito   à  educação.  Os  baixos  índices  de  retenção  de  raparigas  na  escola  primária  e  secundária   está   entre   os   assuntos   mais   críticos   nesta   área.   Muitas  raparigas   em  Moçambique  desistem  da   escola   por   causa   da   pobreza   ou  porque  engravidam  muito  jovens.  A  maioria  das  raparigas  não  volta  para  a  escola   após   o   parto   devido   a   restrições   financeiras   e   a   obrigações  domésticos,   bem   como   devido   à   falta   de   políticas   de   readmissão   para  jovens  mães.  

Q:  O  governo  está  a  tratar  destas  questões  de  forma  séria?  

Zaida:  Em  2003,   o   governo   aprovou  o  Despacho  39   /  GM   /   2003   -­‐   uma  legislação  para  a  proteção  das   raparigas,  nas  escolas,   contra  o  assédio  e  abuso  sexual,  incluindo  dentro  de  ambientes  escolares.  Infelizmente,  esta  legislação  não  inclui  medidas  para  evitar  que  as  alunas  grávidas  desistam  da  escola  ou  para  as  apoiar  e  ajudar  a  voltar  para  a  escola  uma  vez  que  tenham  sido  mães.   Isto  para   além  das  pressões  que  elas   enfrentam  por  parte  dos  professores,  diretores,  pais,   familiares  e  da  comunidade.  Estas  lacunas  nas  políticas  mostram  que  ainda  há  muito  trabalho  a  fazer  -­‐  mas  os  desafios  vão  além  da  política.  Algumas  escolas  ainda  não  são  a  favor  da  autorização  de  raparigas  grávidas  na  escola.  Além  disso,  há  crenças  sociais    

e   culturais   fortemente   arraigadas,   comportamentos   tradicionais   e  dominantemente  patriarcais  na  maior  parte  das  nossas  comunidades  que  defendem  que  o  principal  papel  de  uma   rapariga  é   cuidar  das   famílias  e  educar   os   filhos.   É   essencial   tornar   os   nossos   governos,   os   decisores  políticos   e   os   cidadãos   conscientes   da   necessidade   de   permitir   que   as  raparigas  grávidas  possam  continuar  na  escola.    

Q:  Como  é  que  o  MEPT  está  a  fazer  campanha  sobre  este  assunto,  e  o  que  é  que  já  alcançou?  

Zaida:  Através  do  apoio  que  recebemos  do  CSEF  e  outros  financiadores,  o  MEPT  mobilizou  os  cidadãos  para  exercerem  pressão  sobre  o  governo  para  que  ele  se  comprometa  com  a  educação  inclusiva  das  raparigas  e  ajude  a  melhorar  a  capacidade  precoce  de  leitura,  escrita  e  de  numeracia.  Desde  2012,   juntamente  com  outras  organizações  membros,  temos  defendido  a  revisão  do  Despacho  39  /  GM  /  2003,  com  base  na  análise  da   legislação,  que  destaca   lacunas   importantes  como:  o  não  evitar  o  abandono  escolar  das   raparigas   e   a   discriminação   contra   raparigas   grávidas   na   escola.   O  relatório   foi   enviado   ao   Ministério   da   Educação   solicitando   revisões  específicas   e   utilizámos   também   a   Semana   de   Ação   Global   2015   como  uma  oportunidade  para  levantar  a  questão,  o  que  resultou  no  início  de  um  diálogo   político   com   o   novo   ministro   da   Educação.   Esta   ação   levou   à  criação   de   um   Grupo   de   Trabalho   para   rever   o   Despacho,   no   qual  participaram  vários  membros  do  MEPT.  

Q:  Quais   são   os   seus   planos   futuros   na   campanha   em   torno  da  educação  de  raparigas?  

Zaida:   o   MEPT   continuará   a   trabalhar   com   os   membros   para   exercer  pressão   sobre   o   governo   para   rever   o   Despacho   através   da   nossa  participação  no  Grupo  de  Trabalho   criado.  O  nosso  envolvimento   com  o  Grupo  Local  de  Educação  (GLE)  e  com  vários  grupos  e  subgrupos  temáticos  de   trabalho   (Coordenados   pelo   Ministério   de   Educação   e  Desenvolvimento  Humano)   está   também  a   impulsionar   este   trabalho   de  promoção  de  defesa  e  incidência  política.  Com  financiamento  do  CSEF,  Big  Lottery  e  NORAD,  e  em  colaboração  com  a  ActionAid,  atualmente  também  temos   projecto   através   do   envolvimento   com   os   Conselhos   de   Escola  promovendo   a   educação   de   qualidade   para   as   raparigas   e   confronto   de  boas  práticas  na  retenção  de  raparigas  na  escola.    

Para   mais   informações,   por   favor   contacte   MEPT:   http://ancefa.org/?Mozambique&lang=en  

Moçambicanas crianças da escola primária executar teatro sobre inclusão

Recursos

•UNESCO   Reunião   Especial   de   Alto   Nível,   para   a   adoção   do  Quadro  de  Ação  2030  para  Educação  (FFA),  Paris,  França,  3  e  4  de  novembro  

•38ª   Conferência   Geral   da   UNESCO,   Paris,   França,   3   a   18   de  novembro  

•Cimeira   Mundial   de   Inovação   para   a   Educação   (WISE),   Doha,  Qatar,  3  a  5  de  novembro  

•Campanha   Global   pela   Educação   (CGE)   Reunião   do   Conselho  Diretivo,  Paris,  França,  5  e  6  de  novembro  

•Assembleia  Geral  da  ANCEFA  e  Forum  Pan-­‐Africano  da  Política  de  Educação,  Dacar,  Senegal,  10  a  12  de  novembro  

•Curso   de   Desenvolvimento   de   Liderança   Básica   da   ASPBAE  (BLDC),  Cidade  de  Ho  Chi  Minh,  Vietnam  17  a  22  de  novembro  

•1º   Encontro   Ásia-­‐Pacífico   sobre   Educação   2030   (APMED),  Banguecoque,  Tailândia,  25  a  27  de  novembro  

•Eventos   regionais   da   América   Latina   e   Caraíbas,   geridos   pela  CLADE:   diálogo   entre   a   sociedade   civil   e   parlamentares;   oficina  sobre  a  monitorização  do  direito  à  educação  e  seminário  sobre  as  consequências  da  privatização  na  educação;  São  Paulo,  Brasil,  de  30  de  novembro  a  4  de  dezembro  

•Reunião  do  Conselho  Diretivo  da  Parceria  Global  para  a  Educação  (PGE),  Dacar,  Senegal,  8  a  10  de  dezembro  

•Task   Force   de   Professores   para   a   EPT:   8º   Forum   sobre   Diálogo  Político,  Caracas,  Venezuela,  14  a  17  de  dezembro  

•Consulta  Regional  CSEF  Ásia  e  Pacífico,  gerido  pelo  ASPBAE,  Siem  Reap,  Camboja,  9  a  11  de  dezembro  

Eventos,  novembro  e  dezembro  de  2015:

Educação  de  qualidade  • Declaração   de   posição   da   CGE:   Vote   pela   Educação   de   QUALIDADE  (2015)  

• Cada  criança  precisa  de  um  professor:  Colmatar  a   lacuna  da   falta  de  Professores   formados,   CGE   e   IE   (2013),   relatório   de   políticas   sobre   a  necessidade  de  professores   formados  para  alcançar  uma  educação  de  qualidade.  

• O  Direito  de  Aprender:  A  participação  da  comunidade  na  melhoria  da  aprendizagem,  Save  the  Children  (2013)  

• Leia   mais   sobre   a   campanha   da   CGE   em   torno   dos   professores   e  educação  de  qualidade  aqui.  

Igualdade  e  inclusão  na  educação  • Os  mesmos  direitos,  as  mesmas  oportunidades,  CGE  (2014),  Relatório  da  Semana  de  Ação  Global  sobre  educação  inclusiva  para  crianças  com  deficiência.  

• Ensino   na   língua   materna:   Lições   de   política   para   a   Qualidade   e  Inclusão,   CGE   (2013),   descrição  de  políticas  destacando  a   importância  da  educação  na  língua  materna,  particularmente  nos  primeiros  anos.  

•Make   It  Right   for  Girls,  CGE  e  RESULTS   (2011),  o   relatório  de  Políticas  sobre  o  direito  das  raparigas  à  educação  Es  

• Campanha  Oxfam  Even   it  Up   (nivelar)   e   relatório   (2014)   centrado  no  desafio  de  combater  a  crescente  desigualdade  no  mundo.  

Leia  mais   sobre   a   campanha  da  CGE   sobre   educação  para  pessoas   com  deficiência  aqui  

Financiamento  na  educação    • Education  Aid  Watch,   (CGE,  2015),   relatório  redigido  pela  CGE  e  pelos  seus   membros   em   países   doadores,   demonstrando   que   enquanto  alguns   doadores   avançaram   com   uma   ajuda   significativa   e   de   boa  qualidade,   outros   não   cumpriram   a   sua   promessa,   o   que   levou   a   um  apoio  geral  inadequado  para  os  objetivos  acordados  a  nível  mundial  há  15  anos.  

• Financiar  o  futuro:  um  plano  de  ação  para  o  financiamento  da  Parceria  Global  para  a  Educação,  CGE  (2014),  informação  sobre  o  papel  da  PGE  no  financiamento  da  educação.  

•Taxando   a   equidade   ,  CGE   (2013),   informação   sobre   o   financiamento  interno   e   justiça   fiscal   para   a   educação,   para   uso   no   trabalho   de  promoção  de  defesa  das  coligações.  

•Um   guia   de   orçamento   para   as   organizações   da   sociedade   civil   que  trabalham   no   domínio   da   educação,   Fundo   de   Educação   da  Commonwealth,  CEF  (2008)  

•Observação   dos   Gastos   Governamentais:   Site   gerido   pela  Development  Finance  International  e  Oxfam  com  dados  e  análise  dos  gastos  governamentais  em  mais  de  50  países.  

   Recursos   CGE   a   sair   brevemente:  Kit   de   ferramentas   de   financiamento  interno  -­‐  2016  

Leia  mais   sobre   a   campanha  da  CGE   sobre   financiamento  da   educação  aqui.  

Privatisation  in  education    • Global   Initiative   on   Economic   Social   and   Cultural   Rights   (GIESCR),  Privatisation   in   Education   Research   Initiative   and   the   Right   to  Education  Project:  New  resources  for  civil  society  education  coalitions:  Using  human  rights  tools  to  tackle  the  negative  effects  of  privatisation  in  education:  

• Private   actors   in   Education   &   Human   Rights:   a   practical  methodology   to   tackle   the   negative   effects   of   privatisation   in  education  on  the  right  to  education  

• Case   Studies   on:   Parallel   Reporting   to   Tackle   Privatisation   in  Education  

• How  to  use  Human  Rights  Mechanisms  •Gain  or  Drain:  Understanding  Public  Private  Partnerships  in  Education  (2013),  ASPBAE  primer  on  PPP  in  Education.  

Recursos  CGE  a  sair  brevemente:  • Lucro   privado,   Perda   Pública,   relatório   da   CGE   e   parceiros   sobre   as  consequências  da  privatização  na  educação  -­‐  2015

Semana  de  Ação  Global  na  Palestina

Agenda  de  Educação  2030  • Quadro  de  Ação  Educação  2030,  adotado  na  Reunião  Especial  de  Alto  Nível  da  UNESCO,  a  4  de  novembro  de  2015,  em  Paris,  França.  

• O  Momento  Para  Fazer  Bem  Feito   Lições  da  EPT  e  dos  ODM  para  a  Educação  2016  -­‐  2030  ,  CGE  (2015)  

• SEMANA  DE  AÇÃO  GLOBAL   (2015):   Vote   pela   Educação:   o   direito   à  educação   2000-­‐2030   -­‐   kit   de   ferramentas   da   campanha,   CGE,   IE   e  ICAE  (2015)    Para  ler  sobre  o  que  as  coligações  têm  feito  nestes  anos  n a   S e m a n a   d e   A ç ã o   G l o b a l ,   v á   p a r a   h t t p : / /actionweek.campaignforeducation.org/en/around-­‐the-­‐world.    

• Para   obter   mais   informações   sobre   as   posições   da   CGE,   historial   e  a t u a l i z a ç õ e s   s o b r e   o   p ó s -­‐ 2 0 1 5 ,   v i s i t e :  www.campaignforeducation.org/en/campaigns/education-­‐post-­‐2015  

Educação  em  situações  de  conflito  e  emergência  • Declaração  de  posição  da  CGE:  Vote  pela  Educação  SEGURA  (2015)  

• Site  de  recursos  para  ativistas  de  educação  gerido  pela  Internacional  de  Educação:  Educação  em  Crise  

• Proteger   a   educação   de   ataques:   Declaração   Escolas   Seguras   ,  assinada  por  37  Estados  na  conferência  de  Oslo,  em  Maio  de  2015,  e  Orientações   para   a   Proteção   de   Escolas   e   Universidades   do   uso  militar  durante  conflito  armado  ,  desenvolvidas  pela  Coligação  Global  para   Proteger   a   Educação   de   Ataque,   sob   a   liderança   dos   Governos  norueguês  e  argentinos.  

Participação  da  sociedade  civil  •Liderança,   Organização   e   Ação   -­‐   manual   da   oficina   de   formação  organizada   pela   Campanha   Global   pela   Educação,   realizada   em  Joanesburgo,  África  do  Sul,  em  abril  de  2015.  

• Questões  de  Planeamento  na  Educação,  CGE  (2014)  •Lista  de  recursos   tais  como  orientações  e  ferramentas  para  participar  nos   processos   do   sector   educativo   nacional   segundo   a   Iniciativa  German  Backup  -­‐  Educação  em  África,  Backup  Education  (2014)  

•Kit   de   ferramentas  de  Promoção  de  Defesa  de   Educação  de   Jovens,  Plan   International   (2014),   recursos   para   os   jovens   se   tornarem  defensores  do  seu  direito  à  educação  Es  

•Kit  de  ferramentas  de  Promoção  de  Defesa  Participativa,  VSO  (2012)  •Ao  volante:  A  jornada  das  coligações  nacionais  de  educação,  o  Fundo  de  Educação  da  Commonwealth  (2007)  

Materiais  de  aprendizagem  CSEF:  •A   participação   dos   cidadãos   e   o   direito   à   educação   ,   Brochura  atualizada  com  informação  e  resultados  CSEF,  CGE  (junho  de  2015)  

•Folheto  de  resultados  CSEF,  CGE  (dezembro  de  2014)    •CSEF  cartaz  com  exemplos  de  boas  práticas,  CGE,  junho  (2014)  •Relatório  de  resultados  CSEF,  CGE  (junho  de  2014)    •Brochura  informativa  CSEF,  CGE  (atualização  de  junho  de  2014)  •Promoção   de   defesa   da   sociedade   civil:   boas   práticas   e   estudos   de  caso  de  África,  CGE  (atualização  de  junho  de  2014)  

•A   Sociedade   Civil   Defende   o   direito   à   educação:   histórias   e   lições  aprendidas  na  América  Latina  e  Caraíbas,  CLADE  (atualizado  em  2013)  Es  

•Persuadir   os   Poderes:   Histórias   de   Coligações   de   Educação   na   Ásia-­‐Pacífico,  ASPBAE,  2012  

•Filme  CSEF,  CGE  (2012)  •Leia  mais  sobre  o  CSEF  aqui.  

Blogs  do  CSEF    “Os   impactos  positivos  da  mobilização  da  sociedade  civil  no  Quénia”,  publicado  no  blog  da  PGE,  junho  de  2015:    http://www.globalpartnership.org/blog/he-­‐positive-­‐impacts-­‐mobilizing-­‐civil-­‐society-­‐kenya  

‘’Como   a   sociedade   civil   influencia   a   política   de   educação   no  Bangladeche’’,  publicado  no  blog  da  PGE,  agosto  de  2015:  http://www.globalpartnership.org/blog/how-­‐civil-­‐society-­‐influences-­‐education-­‐policy-­‐bangladesh      ‘’Envolver  os   cidadãos  na   revisão  do  plano  do   sector  da  educação  na  RDC’’,  publicado  no  blog  da  CGE,  setembro  de  2015:  http://blog.campaignforeducation.org/engaging-­‐citizens-­‐in-­‐education-­‐sector-­‐plan-­‐review-­‐in-­‐drc/  

’Do   Nepal   à   Nigéria:   Definir   a   Agenda   Educação   2030’’,   publicado   no  blog  da  PGE,  outubro  de  2015:   http://www.globalpartnership.org/blog/nepal-­‐nigeria-­‐shaping-­‐2030-­‐education-­‐agenda  

Recursos   das   Coligações   produzidos   através   do  CSEF  (2013-­‐2015)  Como   o   apoio   do   CSEF   as   coligações   elaboraram   uma   série   de  publicações,   materiais,   ferramentas   e   pesquisa,   estudos   e   análises   de  monitorização   e   acompanhamento   para   usar   no   seu   trabalho   de  promoção   de   defesa   e   política.   Estes   cobriram   uma   série   de   áreas  temáticas,   conforme   as   prioridades   de   cada   coligação.   Os   links   abaixo  oferecem   tabelas   de   síntese   dos   vários   recursos     elaborados,   por  coligação,  dando  um  ênfase  a:  a)  publicações  e  ferramentas  b)  pesquisa,  monitorização  e  análise.  Cada  uma  das  duas  tabelas  contém  informação  sobre  os  recursos  específicos,   incluindo  o  título,  breve  descrição  e  área  em  que   se   centra,   categoria   (i.e.   se   é   um  boletim,   kit   de   ferramentas,  análise  orçamental,  etc.)  e  as  línguas  em  que  está  disponível.  Pode  aceder  aos  recursos  aqui:    •   Publicações/ferramentas  •   Pesquisa/monitorização/análise  

As   coligações   interessadas  em  aceder  a  qualquer  destes   recursos  pode  contactar   a   Kjersti:   [email protected]   ou   a   Louise:  [email protected]  

O  Relatório  Semestral  CSEF  (janeiro-­‐junho  2015)  pode  ser  descarregado  aqui    Os  Boletins  do  CSEF  podem  ser  consultados  aqui.  Leia  mais  sobre  o  CSEF  aqui.  

Outros  recursos  recentes  e  interessantes  • Projeto  Direito  à  Educação:  site  e  blog  .  Inscreva-­‐se  aqui  para  receber  os  seus  e-­‐boletins  

Ferramentas  de  Comunicação  e  discussão  da  CGE  Existem   vários   mecanismos   e   ferramentas   para   se   manter   informado,  fazer   intercâmbio   de   aprendizagens   e   troca   de   impressões   com  outras  coligações  de  educação  e  parceiros,  por  exemplo:  •Forum  CGE  de  discussão  on-­‐line    •List-­‐serve  da  Sociedade  Civil  sobre  questões  da  PGE  •Página  do  Facebook  da  CGE    (www.facebook.com/campaignforeducation?fref=ts)  e  o    Twitter  (@globaleducation)      Para  mais   informações   sobre   os   recursos,   listas   e   foruns  mencionados  acima,  ou  para  partilhar  os   seus  materiais   através  do  boletim  do  CSEF,  por  favor,  entre  em  contato  com  Kjersti  em          [email protected].  Ir  para  o  site  da    CGE  (  www.campaignforeducation.org  )  para  obter  mais  fontes  da  CGE  e  parceiros.  

Recursos

Global  Campaign  for  Education  25  Sturdee  Avenue  |  Rosebank  |  Johannesburg  2132  |  África  do  Sul  Sobre  a  Campanha  Global  pela  Educação:  A  Campanha  Global  pela  Educação  é  uma  coligação  da  sociedade  civil  que  apela  aos  governos  para  pôr  em  práhca  o  direito  de  todos  a  uma  educação  pública  gratuita  e  de  qualidade.  Operando  em  90  países  e  dezenas  de  outros  em  todas  as  nossas  redes  regionais  e  internacionais,  os  membros  da  CGE  são  organizações  de  base,  sindicatos  de  professores,  grupos  de  direitos  da  criança  e  ONGs  internacionais.    

www.campaignforeducahon.org