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Assegurar o pleno funcionamento da Justiça.Realizar numa Jurisdição atos processuais do interesse de outra Jurisdição.
Intercâmbio internacional para o cumprimento extraterritorial de medidas processuais provenientes do Judiciário de um Estado estrangeiro.
Se houver acordo de cooperação
Este deverá ser aplicado
Se NÃO houver acordo de
cooperação
Deverão ser aplicadas as
normas de DIPr e as normas processuais
brasileiras
Auxílio Direto ou Assistência Direta
Cartas Rogatórias
Homologação de Sentenças Estrangeiras
AUXÍLIO DIRETO OU ASSISTÊNCIA DIRETA
Instrumento de colaboração internacional, através do
qual é feito o encaminhamento do pedido de
realização de um ato judicial que se faz necessário
para a instrução de um procedimento em curso no Estado
requerente.
O auxílio direto pode basear-se em tratado bilateral
ou multilateral entre os países ou em promessa de
reciprocidade.
AUXÍLIO DIRETO OU ASSISTÊNCIA DIRETA
Pedido formulado por Autoridade estrangeira que
solicita determinada diligência no Brasil, provocando o
Juiz brasileiro a se manifestar e, fornecendo todos os
elementos para a sua cognição, como em um
procedimento doméstico, com o objetivo de ajuizar
uma ação ou de instruir um processo judicial já
instaurado no exterior.
AUXÍLIO DIRETO
JUDICIAL
Auxílio Direto que envolve a atuação
de Órgão da Administração Pública, a exemplo de
investigaçõesconjuntas do Ministério
Público ou de Autoridades policiais.
Auxílio Direto que envolve a atuação
de Órgão da Administração Pública, a exemplo de
investigaçõesconjuntas do Ministério
Público ou de Autoridades policiais.
Auxílio Direto que envolve a atuação de Juiz nacional, como,
por exemplo, os atos de comunicação processual ou atos
de natureza probatória.
Auxílio Direto que envolve a atuação de Juiz nacional, como,
por exemplo, os atos de comunicação processual ou atos
de natureza probatória.
ADMINISTRATIVO
AUXÍLIO DIRETO OU ASSISTÊNCIA DIRETA
Atualmente verifica-se o crescimento desta modalidade de cooperação, devido a demora nos procedimentos prévios de admissibilidade de Cartas
Rogatórias e de Homologação de Sentenças Estrangeiras.
Conclusão: Nem toda diligência requerida pelo Exterior precisa ser encaminhada pela
via rogatória.
Conclusão: Nem toda diligência requerida pelo Exterior precisa ser encaminhada pela
via rogatória.
AUXÍLIO DIRETO OU ASSISTÊNCIA DIRETA
CPC
ARTIGOS DO CPC:
Art. 201. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal que dela emanar; carta rogatória quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais casos.
A carta de ordem corresponde à delegação de poder feita por tribunal a juiz
singular para a prática de determinados atos. A carta rogatória é requisição de ato
processual a juízo estrangeiro. A carta precatória, a mais comumente expedida, é
solicitação de prática de ato a juiz que detém a mesma competência do juiz solicitante,
mas em outro território.
Por meio das cartas viabiliza-se a prática de atos processuais que devem ser
cumpridos fora da comarca, seja qual for a natureza que tiverem: probatórios (oitiva de
uma testemunha, depoimento pessoal da parte e realização da perícia), de constrição
(penhora, arresto, seqüestro, busca e apreensão) ou meramente de comunicação
(intimações, citações).
Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta rogatória: I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
A indicação dos juízes que se vinculam pela carta é indispensável.
Devem constar expressamente do documento –pensemos na precatória –
o nome completo do juiz de origem, sua qualidade de juiz titular ou
substituto, o número e a denominação da Vara por que responde, a
comarca, o Estado. A indicação do destinatário se restringe a
dados como Estado, comarca e modalidade de juízo.
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;
A lei fala de inteiro teor porque todo o seu conteúdo deve ser
reproduzido (na prática, o que instrui a carta é a cópia reprográfica da
petição, quando houver). Despacho judicial é a decisão que defere a
expedição da carta.
III - a menção do ato processual, que lhe constitui o objeto;
A menção ao ato que deve ser praticado. Nada impede, no entanto, que
o juiz se manifeste por um simples “defiro”, o que faz incidir a presente
regra jurídica de sorte a que o cartório (ou secretaria) faça constar
expressamente da carta a menção ao ato que se espera seja
praticado.
IV- o encerramento com a assinatura do juiz.
§ 1º O juiz mandará trasladar, na carta, quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa, desenho ou gráfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na diligência, pelas partes, peritos ou testemunhas.
Quaisquer documentos que pareçam, importantes ao
cumprimento do ato podem ser trasladados (transferidos por
cópia reprográfica) na carta por ordem do juiz.
O rol de peças mencionado é evidentemente
exemplificativo e corresponde à necessidade de tornar mais
eficaz, sob o prisma probatório, o depoimento das pessoas
referidas.
§ 2º Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original, ficando nos autos reprodução fotográfica.
A hipótese se verifica quando a perícia técnica sobre
documento relevante para a causa tem de ser realizada
fora da comarca (por exemplo em “estabelecimentos oficiais
especializados”).
É necessário em tais casos que da carta conste o original,
permanecendo nos autos cópia reprográfica (fotográfica, em
sentido amplo).
§ 3o A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.419, de 2006).
Art. 203. Em todas as cartas declarará o juiz o prazo dentro do qual deverão ser cumpridas, atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência.
A marcação de prazo só obriga o juiz destinatário na hipótese de
carta de ordem, dada a subordinação ao tribunal. A precatória
e a rogatória, esta com mais razão ainda, não geram
exigibilidade de cumprimento.
Art. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de seu cumprimento, ao disposto na convenção internacional; à falta desta, será remetida à autoridade judiciária estrangeira, por via diplomática, depois de traduzida para a língua do país em que há de praticar-se o ato.
Se há convenção firmada entre o Brasil e o país a que se dirige a
rogatória, esta disciplinará inteiramente o procedimento do
envio e cumprimento da carta. Caso não haja, a remessa é
feita por via diplomática, isto é, por meio do representante
diplomático do país rogado no Brasil, passando a carta
previamente pelos Ministérios da Justiça e das Relações Exteriores.
Não havendo representante diplomático, a solução é a prevista
pelo art. 231, § 1º:
Art. 231 § 1º Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.
CF
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
DOUTRINA
Nádia de Araújo Nádia de Araújo explica que as cartas ou comissões
rogatórias são solicitações de um Tribunal estrangeiro
para que a justiça nacional coopere na realização de
certos atos que interessem àquelas justiças, tais como
citações, depoimentos, exames e outras diligências.
No conceito de Carmen TibúrcioCarmen Tibúrcio, a carta rogatória é
meio processual adequado para a realização de
diligências fora de uma determinada jurisdição.
Para Hermes Marcelo HuckHermes Marcelo Huck, a conceituação do
exequatur tem causado muita incerteza e grande
confusão terminológica. A denominação exequatur, em
várias legislações que adotam o sistema do Código Civil,
como a França, por exemplo, significa a homologação ou a
confirmação da própria sentença estrangeira.
Assim, o exequatur é a sentença nacional que homologou
a decisão judicial estrangeira. Quando se fala, na França,
em exequatur, está a se falar de sentença nacional que
deu executoriedade à estrangeira, ao passo que, no
Brasil, o termo refere-se exclusivamente à determinação
oriunda do STJ para que se cumpra carta rogatória
estrangeira.
Majoritariamente:Majoritariamente:
A carta rogatória é a medida judicial, de cooperação
internacional, que tem por finalidade o cumprimento de
atos ou diligências necessários à movimentação do
processo no foro acionado, como citações, provas
periciais, inquirição de testemunhas, etc.
De acordo com a doutrina, as cartas rogatórias podem ser
ativas ou passivas.
As PASSIVASPASSIVAS são aquelas remetidas de país estrangeiro
para aqui serem cumpridas, enquanto as ATIVASATIVAS são
aquelas expedidas pelo juiz nacional, solicitando o
cumprimento de diligência que irá instruir processo sob
sua jurisdição.
PASSIVA
Origem: Brasil
Tribunal Rogante
Ministério da Justiça (Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação
Internacional)
Após análise de requisitos legais, procederá o envio
ao exterior
Origem: Brasil
Tribunal Rogante
Ministério da Justiça (Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação
Internacional)
Após análise de requisitos legais, procederá o envio
ao exterior
Origem: Exterior
Passa pelo crivo do STJ
Se admitida, há a concessão de exequatur
Enviada para cumprimento na Justiça Federal
Origem: Exterior
Passa pelo crivo do STJ
Se admitida, há a concessão de exequatur
Enviada para cumprimento na Justiça Federal
ATIVA
CARTA ROGATÓRIA
Passo a passo ......
A carta rogatória ATIVA, proveniente de autoridade do Poder Judiciário
será remetida, por via postal, ou entregue ao DRCI (Departamento de
Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional – órgão ligado
ao Ministério da Justiça) pelo juiz competente ou pelo interessado (parte,
advogado, procurador). Após o recebimento da carta rogatória pelo DRCI,
são tomadas as providências referentes à abertura do respectivo
processo.
O DRCI, ao receber a carta rogatória, analisará se esta preenche os
requisitos legais. Caso não os preencha, será devolvida, mediante ofício,
ao juízo rogante, com a solicitação de que a medida seja devidamente
instruída. Esta diligência poderá ser repetida, até que sejam atendidas as
formalidades indispensáveis ao cumprimento da carta rogatória no país
destinatário.
Continuando....
Caso a carta rogatória esteja instruída adequadamente, o DRCI a
encaminhará, por via postal, à autoridade central do juízo rogado, na
hipótese de existir acordo internacional, ou à Divisão Jurídica do
Departamento Consular e Jurídico do Ministério das Relações Exteriores,
para que a transmita, por via diplomática, ao país destinatário.
O DRCI aguardará o retorno da carta rogatória, cumprida ou não, que
provém da autoridade central ou do Ministério das Relações Exteriores
(Divisão Jurídica do Departamento Consular e Jurídico). Em qualquer
hipótese, restitui-se o processo, por ofício, ao juiz rogante.
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DOCUMENTOS ESSENCIAIS AO CUMPRIMENTO DA CARTA ROGATÓRIA Os documentos indispensáveis, de modo geral, ao cumprimento das cartas rogatórias nos juízos rogados são os seguintes: I – Nas ações cíveis
A.Original e uma cópia em português: da carta rogatória, da petição inicial, dos documentos instrutórios, do despacho judicial, do instrumento do mandato conferido ao advogado e de outras peças consideradas indispensáveis pelo juízo rogante, conforme a natureza da ação.
B.Original e uma cópia da tradução: da carta rogatória, da petição inicial, dos documentos instrutórios, do despacho judicial, do instrumento do mandato conferido ao advogado e de outras peças consideradas indispensáveis pelo juízo rogante, conforme a natureza da ação.
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DOCUMENTOS ESSENCIAIS AO CUMPRIMENTO DA CARTA ROGATÓRIA Os documentos indispensáveis, de modo geral, ao cumprimento das cartas rogatórias nos juízos rogados são os seguintes: II – Nas ações penais
A.Original e uma cópia em português: da carta rogatória, da denúncia, dos documentos instrutórios, do despacho judicial, do instrumento do mandato conferido ao advogado e de outras peças consideradas indispensáveis pelo juízo rogante, conforme a natureza da ação.
B.Original e uma cópia da tradução: da carta rogatória, da denúncia, dos documentos instrutórios, do despacho judicial, do instrumento do mandato conferido ao advogado e de outras peças consideradas indispensáveis pelo juízo rogante, conforme a natureza da ação.
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TRADUÇÃOTRADUÇÃO
A legislação brasileira determina que os documentos redigidos
em língua estrangeira só podem ser juntados aos autos se
acompanhados de versão, para a língua portuguesa,
firmada por tradutor juramentado (artigos 151, incisos I e II,
156 e 157 do Código de Processo Civil e artigo 784, § 1.º, do
Código de Processo Penal). A versão oficial para a língua
estrangeira é também exigida para os atos judiciais dirigidos ao
exterior.
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Convenções E
Protocolos
Convenção de Havana – Decreto 18.871/1929
Prevê o Código de Bustamante, em seus artigos 388 a 392, o procedimento do cumprimento das cartas rogatórias.
Toda diligência judicial que um Estado contratante necessite praticar em outro, será efetuada mediante carta rogatória, transmitida por via diplomática, todavia, poderá ser convencionado, em matéria cível ou comercial, qualquer outra forma de transmissão.
A rogatória será redigida na língua do Estado deprecante e acompanhada de uma tradução na língua do Estado deprecado, devidamente certificada por intérprete juramentado.
Os interessados, no cumprimento das cartas rogatórias de natureza privada, deverão constituir procuradores, correndo, por sua conta, as despesas que os procuradores e as diligências ocasionem.
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Convenção Interamericana sobre Cartas Rogatórias - Dec.
1899/1996
A convenção foi assinada em 1975, em Panamá, no âmbito da
OEA. É aplicada às cartas rogatórias expedidas em processos
relativos à matéria civil ou comercial pelas autoridades
judiciárias e que tenham por objeto:
a)a realização de atos processuais de mera tramitação, tais
como notificações, citações no exterior;
b) o recebimento e obtenção de provas e informações no
exterior, salvo reserva expressa a tal respeito.
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Convenção Interamericana sobre Cartas Rogatórias - Dec. 1989/1996
Em 1979 foi firmado, em Montevidéu, o Protocolo adicional a
Convenção Interamericana sobre C.R, promulgado pelo
Brasil pelo Dec. 2.022/1996.
O Protocolo adicional aplica-se exclusivamente aos
procedimentos previstos no artigo 2, a, da Convenção, os quais
devem ser entendidos como a comunicação de atos ou fatos de
natureza processual ou pedido de informação por órgãos
jurisdicionais de um Estado Parte aos de outro.
O Protocolo complementou o anterior, dispondo da maneira,
cumprimento e modelos do procedimento de cartas rogatórias
entre os Estados signatários.
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Protocolo de Lãs Leñas – Decreto2.026/1996 – Protocolo de Cooperação e Assistência Jurisdicional em matéria civil, comercial, trabalhista e administrativa
A Carta rogatória, a teor do art. 8º, deverá ser cumprida de oficio
pela autoridade jurisdicional competente do Estado requerido, e,
somente poderá denegar-se quando a medida solicitada atentar
contra os princípios de ordem pública.
O referido cumprimento não implicará o reconhecimento da
jurisdição internacional do juiz do qual emana.
A autoridade jurisdicional requerida será competente para
conhecer das questões que sejam sustadas do cumprimento da
diligência solicitada.
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Acordos Bilaterais
1 Acordo de Cooperação Judiciária com o Governo da República da Argentina – Decreto 1.560/1995 O decreto n.º 1.560/1995 promulgou o acordo de cooperação judiciária em matéria civil, comercial, trabalhista e administrativa, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Argentina, dispondo o capítulo IV a respeito das rogatórias. 2 Acordo de Cooperação Judiciária com o Governo da República Oriental do Uruguai – Decreto 1.850/1996 O decreto n.º 1.850/1996 promulgou o acordo de cooperação judiciária em matéria civil, comercial, trabalhista e administrativa, entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Oriental do Uruguai, sendo que os procedimentos das cartas rogatórias estão previstos no capítulo III.
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3 Tratado de Cooperação Judiciária com a República Italiana – Decreto 1476/1995 O decreto n.º 1476/1995 promulgou o tratado relativo à cooperação judiciária e ao reconhecimento de sentenças em matéria civil entre a República Federativa do Brasil e a República Italiana, tratando a respeito das cartas rogatórias os artigos 14 a 17. 4 Acordo de Cooperação com a República Francesa – Decreto 3.598/2000 O decreto n.º 3.598/2000, promulgou o acordo de cooperação em matéria civil entre o Brasil e a República Francesa, sendo que, no capítulo III estão dispostas as regras de cooperação para o cumprimento de atos.
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