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, DIARIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XL - N9 062 CAPITAL 7-". .- --=e :a CONGRESSO NACIONAL SÁBADO, 8 DE JUNHO DE 1985 (*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, item I, da Constituição, e eu, José Fragelli, Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte DECRETO LEGISLATIVO N9 lO, DE 1985 Aprova o texto do Acordo sobre Cooperação no Campo da Ciência e da Tecnologia entre o Governo da Re- Federativa do Brasil e o Governo do Japão, concluído em T6quio, a 25 de maio de 1984. Art. I 9 É aprovado o texto do Acordo sobre Cooperação no Campo da Ciéncia e da Tecnologia entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Japão, concluído em Tóquio, a 25 de maio de 1984. Parágrafo único. Quaisquer atos ou ajustes complementares de que possam resultar revisão ou modificação do pre- sente Acordo ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional. Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Senado Federal, em 7 de junho de 1985. - Senador José Fragelli, Presidente. C*) O Texto dcste acordo acompanha a publicação no nCN (Seção lI) dc 8-6-85. CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO 1- ATA DA 62' SESSÃO DA 3' SESSÃO LE· GISLA TIVA DA 47' LEGISLATURA EM 07 DE JUNHO DE 1985. I- Abertura da Sessão II - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III - Leitura do Expediente PROPOSTA DE EMENDA Â CONSTITUIÇÃO Do Sr. Dcputado Del Bosco Amaral e outros. IV - Pequeno Expediente JOÃO GILBERTO - Ameaça de fechamento das minas de cobre de Camaquã, Estado do Rio Grande do Sul. RENATO JOHNSSON - Industrialização e co- mercialização do trigo. NILSON GIBSON - Indicação de Caruaru, Es- tado de Pernambuco, para sede de próxima reunião do Conselho Deliberativo da SUDENE. GOMES DA SILVA - Destinação, pelo Banco do Nordeste, de recursos para a agropecuária do su- doeste do Estado do Ceará. SIQUEIRA CAMPOS - Pa.vimcntação do trecho goiano da Transamazônica. PAULO GUERRA - Nomeação dos Governa- dores dos Territórios Federais. HERMES ZANETI - Greve dos professores do Estado dp Rio Grande do Sul. JONATHAS NUNES - Instalação de agência do Banco do Brasil em Padre Marcos, Estado do Piauí. TIO EI Ii>E LIMA - Reajuste dos vencimentos do funcionalismo público do Estado de São Paulo. JOÃO PAGANELLA - Documento da Asso- ciação de Hospitais do Estado de Santa Catarina sobre situ!(ção dos hospitais do Estado. JORGE ARBAGE - Recuperação da Trasama- zónica. AMAURY MÜLLER - Prorrogação do prazo dc vencimento dos financiamentos <je custeio da sqja. JOSÉ J(j)RGE - Política habitacional. JOSÉ MENDONÇA PE MORAIS - CinqUentc- nário da iijstituição internacional Alcoólicos Anôni- mos. JOSÉ - ReconhecImento, pelo Brasil,. da República Arabe Saharaui Democrática. JOSÉ DE MOURA - Homenagem à memóriá do poeta Ferreira. PAULO ZARZUR - Apoio interpartidário para aprovação do Projeto dc Lei n' 4.303, de 1984. ANTONIO AMARAL - Discurso dó·Sr. Antô- nio Oliveira Santos por ocasião da visita do Ministro da Indústria c do Comercio à Confederação Nacio- nal do Comercio. JORGEiARBAGE - Comunicaçao, como Líder, sobre convocação da Assembléia Nacional Olnsti- tuinte.

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,

DIARIORepública Federativa do Brasil

DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I

ANO XL - N9 062 CAPITAL FEDE~AL7-". ~r· .- --=e :a

CONGRESSO NACIONAL

SÁBADO, 8 DE JUNHO DE 1985

(*) Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, item I, da Constituição, e eu, José Fragelli,Presidente do Senado Federal, promulgo o seguinte

DECRETO LEGISLATIVO N9 lO, DE 1985

Aprova o texto do Acordo sobre Cooperação no Campo da Ciência e da Tecnologia entre o Governo da Re­públic~ Federativa do Brasil e o Governo do Japão, concluído em T6quio, a 25 de maio de 1984.

Art. I 9 É aprovado o texto do Acordo sobre Cooperação no Campo da Ciéncia e da Tecnologia entre o Governo daRepública Federativa do Brasil e o Governo do Japão, concluído em Tóquio, a 25 de maio de 1984.

Parágrafo único. Quaisquer atos ou ajustes complementares de que possam resultar revisão ou modificação do pre­sente Acordo ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional.

Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 7 de junho de 1985. - Senador José Fragelli, Presidente.

C*) O Texto dcste acordo acompanha a publicação no nCN (Seção lI) dc 8-6-85.

CÂMARA DOS DEPUTADOSSUMÁRIO

1 - ATA DA 62' SESSÃO DA 3' SESSÃO LE·GISLATIVA DA 47' LEGISLATURA EM 07DE JUNHO DE 1985.

I - Abertura da Sessão

II - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior

III - Leitura do Expediente

PROPOSTA DE EMENDA Â CONSTITUIÇÃO

Do Sr. Dcputado Del Bosco Amaral e outros.

IV - Pequeno Expediente

JOÃO GILBERTO - Ameaça de fechamento dasminas de cobre de Camaquã, Estado do Rio Grandedo Sul.

RENATO JOHNSSON - Industrialização e co­mercialização do trigo.

NILSON GIBSON - Indicação de Caruaru, Es­tado de Pernambuco, para sede de próxima reuniãodo Conselho Deliberativo da SUDENE.

GOMES DA SILVA - Destinação, pelo Bancodo Nordeste, de recursos para a agropecuária do su­doeste do Estado do Ceará.

SIQUEIRA CAMPOS - Pa.vimcntação do trechogoiano da Transamazônica.

PAULO GUERRA - Nomeação dos Governa­dores dos Territórios Federais.

HERMES ZANETI - Greve dos professores doEstado dp Rio Grande do Sul.

JONATHAS NUNES - Instalação de agência doBanco do Brasil em Padre Marcos, Estado do Piauí.

TIOEI Ii>E LIMA - Reajuste dos vencimentos dofuncionalismo público do Estado de São Paulo.

JOÃO PAGANELLA - Documento da Asso­ciação de Hospitais do Estado de Santa Catarinasobre situ!(ção dos hospitais do Estado.

JORGE ARBAGE - Recuperação da Trasama­zónica.

AMAURY MÜLLER - Prorrogação do prazodc vencimento dos financiamentos <je custeio da sqja.

JOSÉ J(j)RGE - Política habitacional.

JOSÉ MENDONÇA PE MORAIS - CinqUentc­nário da iijstituição internacional Alcoólicos Anôni­mos.

JOSÉ FREJ~T - ReconhecImento, pelo Brasil,.da República Arabe Saharaui Democrática.

JOSÉ DE MOURA - Homenagem à memóriá dopoeta Asc~nso Ferreira.

PAULO ZARZUR - Apoio interpartidário paraaprovação do Projeto dc Lei n' 4.303, de 1984.

ANTONIO AMARAL - Discurso dó·Sr. Antô­nio Oliveira Santos por ocasião da visita do Ministroda Indústria c do Comercio à Confederação Nacio­nal do Comercio.

JORGEiARBAGE - Comunicaçao, como Líder,sobre convocação da Assembléia Nacional Olnsti­tuinte.

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5766 Sábado 8

v - Grande Expediente

SIQUEIRA CAMPOS (Retirado pelo orador pararevisão.) - Politica Agrícola.

JORG E ARBAGE - As medidas anunciadas pelaNova República.

ANTÔNIO CÂMARA - Quadro institucional.Recuperação da economia nacional.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

VALMOR GIAVARINA - Política Agrícola go­vernamental.

SIQUEIRA CAMPOS - Uso da palavra nos ter­mos do Art. 93, VIII; do Regimento Comum,

JOSÉ FERNANDES - Desempenho econômicoda Nova República.

VI - Designação da Ordem do Dia

Junho de 1985

VII - Encerramento

2 - MESA (Relação dos mem bros)3 - LIDERES E VICE-LfDERES DE PARTI·

DOS (Relação dos membros)4 - COMISSÕES (Relação dos membros das

Comissões Permanentes, Especiais, Mistas ede Inquérito)

5-ATA DAS COMISSÕES

Ata da 62~ Sessão, em 7 de junho de 1985Presidência dos Srs: José Frejat. 4v-Secretário; José Ribamar Machado, Suplente de Secretário.

ÀS /3:00 HORAS COMPARECEM OS SENHO­RES:

Ulysses GuimarãesHumberto SoutoCarlos WilsonHaroldo SanfordLeur LomantoEpÍtúcÍo CafeteiraJosé FrejatJosé Ribamar MachadoOrestes Mu nizBete MendesCelso Amaral

Acre

Alércio Dias - PFL; Aluízio Bezerra - PMDB;Amilcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming ­PMDB; José Mello - PMDB; Nosser Almeida - PDS;Wildy Vianna - PDS.

Amazonas

Arthur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto deCarli - PMDB; José Fernandes - POS; Josué de Souza- PDS; Mário Frota - PMDB; Randolfo Bittencourt- PMDB; Ubaldino Meirelles - PFL; Vivaldo Frota- PFL.

Rondônia

Assis Canuto - PDS; Francisco Sales - PDS; Leôni­das Rachid - PDS; Múcio Athayde - PMDB; OlavoPires - PMDB; Orestes Muniz - PMDB

Pará

Ademir Andrade - PMDB; Antônio Amaral- PDS;Benedicto Monteiro - PMDB; Brabo de Carvalho ­PMDB; Carlos Vinagre - PMOB; Dionisio Hage ­PFL; Gerson Peres - PDS; João Marques - PMDB;Jorge Arbage - PDS; Lúcia Viveiros - PDS; ManoelRibciro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; Sebastião Curió- PFL; Vicente Queiroz - PMDB.

Maranhão

Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; Edi­son Lobão - PDS; Epitácio Cafeteira - PMDB; EuricoRibeiro - PDS; Jayme Santana - PFL; João Alhertode Souza - PFL; João Rebelo - PDS; José Burnett­PDS; José Ribamar Machado - PDS; Magno Bacelar- PFL; Nagib HaickeI - PDS; Sarney Filho - PFL;Vieira da Silva - PDS; Victor Trovão - PFL; WagnerLago - PMDB.

Piauí

Celso Barros - PFL; Ciro Nogucira - PMDB; Cor­rea Lima - PFL; Heráclito Fortes - PMDB; JônathasNunes - PFL; José Luiz Maia - PDS; Tapcty Júnior- PFL; Wall Ferraz - PMDB.

Ceará

Aécio de Borba - PDS; Antônio Morais - PMDB;Carlos Virgílio - PDS; Chagas Vasconcelos - PMDB;Claudino Sales - PFL; Cláudio Philomeno - PDS;

Evandro Ayres de Moura - PFL; Flávio Marcílio ­PDS; Furtado Leite - PFL; Gomes da Silva - PDS;Haroldo Sanford - PDS; Leorne Belém - PDS; Ma­noel Gonçalves - PDS; Manuel Viana - PMDB; Mar­celo Linhares - PDS; Ma uro Sampaio - PDS; MoysésPimentel - PMDB; Orlando Bezerra - PFL; OssianAraripe - PDS; Paes de Andrade - PMDB; Sérgio Phi­lomeno - PDS.

Rio Grande do Norte

Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara ­PMDB; Antônio Florêncio - PFL; Henrique EduardoAlves - PMDB; Jessé Freire - PFL; João Faustino­PFL; Vingt Rosado - PDS; Wanderley Mariz - PDS.

Par3lôa

Adauto Pereira - PDS; Aluízio Campos - PMDB;Âlvaro Gaudêneio - PFL; Antônio Gomes - PDS;Carneiro Amaud - PMDB; Edme Tavares - PFL; Er­nani Satyro - PDS; Joacil Pereira - PDS; João Agripi­no - PMDB; José Maranhão - PMDB; RaymundoAsfora - PMDB; Tarcísio Buriti - PFL.

Pernamhuco

Arnaldo Maciel- PMDB; Carlos Wilson - PMDB;Egídio Ferreira Lima - PMDB; Geraldo Melo - PFL;Gonzaga Vasconcelos - PFL; Inocêncio Oliveira ­PFL; Jarbas Vasconcelos - PMDB; João Carlos deCarli - PDS; José Carlos Vasconcelos - PMDB; JoséJorge - PFL; José Mendonça Bezerra - PFL; JoséMoura - PFL; Josias Leite - PDS; Mansueto de Lavor- PMDB; Maurílio Ferreira Lima - PMDB; MiguelArraes - PMDB; Nilson Gibson - PFL; Oswaldo Coe­lho - PFL; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Pedro Cor­rêa - PDS; Ricardo Fiuza - PDS; Roberto Freire­PMDB; Sérgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho ­PFL.

Alagoas

Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; JoséTIlOmaz Nonô - PFL; Manoel Affonso - PMDB; Nel­son Costa - PDS; Renan Calheiros - PMDB.

Sergipe

Adroaldo Campos - PDS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Francisco Rollemberg - PDS;Gilton Garcia - PDS; Hélio Dantas - PFL; JacksonBarreto - PMDB; Walter Baptista - PMDB.

Bahia

Afrísio Víeira Lima - PDS; Angelo Magalhães ­PDS; Antônio Osório - POS; Djalma Bessa - PDS;Domingos Leonelli - PMDB; Elquisson Soares ­PMDB; Etelvir Dantas - PDS; Felix Mendonça ­PDS; Fernando Gomes - PMDB; Fernando Magalhães- POS; Fernando Santana - PMDB; França Teixeira- PFL; Francisco Bcnjamim - PFL; Francisco Pinto- PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; GorgônioNeto - PDS; Haroldo Lima - PMDB; Hélio Correia- PDS; Horácio Matos - PDS; Jairo Azi - PDS; JoãoAlves - PDS; Jorge Medauar - PMDB; Jorge Vianna

- PMDB; José Lourenço - PFL; José Penedo - PDS;Jutahy Júnior - PDS; Leur Lomanto - PDS; ManoelNovaes - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB; MârioLima - PMDB; Ney Ferreira - PDS; Prisco Viana­PDS; Raymundo Urb:lllo - PMDB; Raul Ferraz ­PMDB; Rômulo Galvão - PDS; Ruy Bacelar - PFL;Virgildásio de Senna - PMDB; Wilson Falcão - PDS.

Espírito Santo

Hélio Manhães - PMDB; José Carlos Fonseca ­PDS; Max Mauro - PMDB; Myrthes Bevilacqua ­PMDB; Nyder Barbosa - PMDB; Pedro Ceolim ­PDS; Stélio Dias - PFL; Theodorico Ferraço - PFL;Wilson Haese - PMDB.

Ri" de .Janeiro

Abdias Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo ­PDT; Alair Ferreira - PDS; Aloysio Teixeira ­PMDIÍ; Ãlvaro Valle .- PFL; Amaral Netto - PDS;Arildo Teles - PDT; Bocayuva Cunha - PDT; CarlosPeçanha - PMDB; Celso Peçanha - PFL; Clemir Ra­mos - PDT; Darcílio Ayres - PDS; Daso Coimbra­PMDB; Délio dos Santos - PDT; Denisar Arneiro ­PMDB; Eduardo Galil - PDS; Fernando Carvalho­PTB; Figueiredo Filho - PDS; Francisco Studart ­PFL; Gustavo Faria .- PMDB; Hamilton Xavier ­PDS; Jaeques D'Ornellas - PDT; JG de Araújo Jorge- PDT; Jiúlio Caruso - PDT; Jorge Cury - PMDB;Jorge Leite - PMDB; José Colagrossi - PDT; José Eu­des - PT; José Frejat - PDT; Lázaro Carvalho ­PFL; Léo Simões - PFL; Leônidas Sampaio - PMDB;Marcelo Medeiros -- PMDB; Márcio Macedo ­PMDB; Mário Juruna - PDT; Osmar Leitão - PDS;Roberto Jefferson - f'FL; Rubem Medina - PFL; Sa­ramago Pinheiro - PDS; Sebastião Ataíde - PFL; Se­bastião Nery - PDT; Sérgio Lomba - PDT; SimãoSessim - PFL; Walter Casanova - PFL; Wilmar Palis- POSo

Minas Gerais

Aécio Cunha - PFL; Aníbal Teixeira - PMDB; An­tônio Dias - PFL; Bonifácio de Andrada - PDS; Car­los Eloy - PFL; Cássio Gonçalves - PMDB; CastejonBranco - PFL; Christóvam Chiaradia - PFL; DarioTavares - PMDB; Emílio Gallo - PFL; Emílio Had­dad - PDS; Fued Dib - PMDB; Gerardo Renault­POS; Homero Santos -- PFL; Humberto Souto - PFL;Israel Pinheiro - PFL; Jairo Magalhães - PFL; JoãoHerculino - PMDB; Jorge Carone - PMDB; JorgeVargas - PMDB; José Carlos Fagundes - PFL; JoséMachado - PFL; Jos" Maria Magalhães - PMDB; Jo­sé Mendonça de Morais - PMDB; José Ulisses ­PMDB; Juarez Baptista - PMDB; Júnia Marise ­PMDB; Luis Oulci - PT; Luiz Guedes - PMDB; LuizLeal - PMDB; Manoel Costa Júnior - PMDB; Mar­cos Lima - PMDB; Mário Assad - PFL; Mário deOli­veira - PMDB; Maurício Campos - PFL; Melo Freire- PM DB; Milton ReiA - PMOB; Navarro Vieira Filho- PFL; Oscar Corréa Júnior - PFL; Oswaldo Murta- PMDB; Paulino Cícero de Vasconcellos - PFL; Pi-menta da Veiga - PMDB; Raul Belém - PMDB; RaulBernardo - PDS; Ronaldo Canedo - PFL; Ronan Tito

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Junho de 1985

- PMDB: Rosemburgo Romano - PMDB: Sérgio Fer­ram - PMDB: Vicente Guabiroba - PDS; Wilson Vaz- PMDB.

São Paulo

Adail Vettorazzo - PDS; Airton SandovaI- PMDB;Alberto Goldman - PMDB; Alcides Frauciscato ­PFL; Armando Pinheiro - PDS; Aurélio Peres ­PMDB: Bete Mendes - PT; Cardoso Alves - PMDB;Celso Amaral - PTB; Cunha Bueno - PDS; DarcyPassos - PMDB; Del Bosco Amaral- PMDB; DjalmaBom - PT; Diogo Nomura - PFL; Doreto Campanari- PMDB; Eduardo Matarazzo Suplicy - PT; Farabuli­ni Júnior - PTB; Felipe Cheidde - PMDB; FerreiraMartins - PDS; Flávio Bierrenbach - PMDB; Francis­co Amaral- PMDB; Freitas Nobre- PMDB; GastoneRighi - PTB; Gióia Júnior - PDS; Herbert Levy ­PFL; Horácio Ortiz - PMDB; Irma Passoni - PT; Is­rael Dias-Novaes - PMDB; João Bastos - PMDB;João Cunha - PMDB; João Herrmann Neto - PMDB;José Camargo - PFL; José Genoíno - PT; MalulyNeto - PFL; Marconde, Pereira - PMDB; MárioHato - PMDB; Mendes Botelho - PTB; MendonçaFalcão - PTB; Moacir Franco - PTB; Natal Gale­PFL: Nelson do Carmo - PTB; Oetaeílio de Almeida­PMDB; Pacheco Chaves - PMDB; Paulo Maluf ­PDS; Paulo Zarzur - PMDB; Raimundo Leite ­PMDB; Ralph Biasi - PMOB; Renato Cordeiro ­PDS; Ricardo Ribeiro - PFL; Roberto Rollemberg­PMDB; Salles Leite - PDS; Salvador Julianelli - PDS;Samir Achôa - PMDB; Theodoro Mendes - PMDB;Tidei de Lima- PMDB; Ulysses Guimarães - PMDB.

Goiás

Aldo Arantes - PMDB; Brasílio Caiado - PDS;Fernando Cunha - PMDB; Genésio de Barros ­PMDB; Ibsen de Castro - PDS; Iram Saraiva ­PMDB; lrapuan Costa Júnior - PMDB; Iturival Nasci­mento - PMDB: Jaime Câmara - PDS; João Divino- PMDB; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Bernardes- PMDB; Paulo Borges - PMDB; Siqueira Campos-PDS; Tobias Alves - PMDB; Wolney Siqueira - PFL.

Mato Grosso

Cristino Cortes - PDS; Dante de Oliveira - PMDB;Gilson de Barros - PMDB; Maçao Tadano - PDS;Mârcio Lacerda - PMDB; Milton Figueiredo ­PMDB; Valdon Varjão - POSo

Mato Grosso do Sul

Harry Amorim - PMDB; Levy Dias - PFL; PlínioMartins - PMDB; Ruben Figueiró - PMDB; SauloQueiroz - PFL: Sérgio Cruz - PMDB; Ubaldo Barém- PDS.

Paraná

Alceni Guerra - PFL; Alencar Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Anselmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PFL; Arol­do Moletta - PMDB; Ary Kffuri - PDS; Borges daSilveira - PMDB; Celso Sabóia - PMDB; Dilson Fan­ehin - PMDB; Fabiano Braga Cortes - PFL; HélioDuque - PMDB; Irineu Brzesinski - PMDB; !taloConti - PFL; José Carlos Martinez - PDS; José Tava­res - PMOB; Léo Neves - PDT; Luiz Antônio Fayet- PFL; Mattos Leão - PMDB; Norton Macedo ­PFL; Oscar Alves - PFL; Oswaldo Trevisan - PMDB;Otâvio Cesário - PDS; Paulo Marques - PMDB; Pe­dro Sampaio - PMDB; Reinhold Stephanes - PFL;Renato Bernardi - PMDB; Renato Johnsson - PDS;Renato Loures Bueno - PMDB; Santinho Furtado­PMDB; Valmor Giavarina - PMDB; Walber Guima­rães - PMDB.

Santa Catarina

Artenir Werner - PDS; Casildo Maldaner - PMDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Epitâcio Bittencourt ­PDS' Ernesto de Marco - PMDB; Evaldo Amaral ­PFL~ Fernando Bastos - PFL; Ivo Vanderlinde ­PMDB; João Paganella - PDS; Luiz Henriq~c ­PMDB; Nelson Morro - PDS; Nelson WedekIll ­PMDB' Paulo Melro - PFL; Pedro Colin - PFL; Re­nato Vianna - PMDB: Walmor de Luca - PMDB.

OlÁ RIO DO CONG RESSO NACIONAL (Seção I)

Rio Grande do Snl

AIdo Pinto - PDT: Amaury Müller - PDT; AugustoTrein - PDS: Balthazar de Bem e Canto - PDS; DareyPozza - PDS; Emídio Perondi - PDS; Floriceno Pai­xão - PDT; Guido Moesch - PDS; Hermes Zaneti ­PMDB; Hugo Mardini - PDS; Ibsen Pinheiro ­PMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; [rineu Colato ­PDS; João Gilberto - PMDB; Jorge Uequed ­PMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio Costamilan ­PMDB; Lélio Souza - PMDB; Matheus Schmidt ­PDT: Nadyr Rossetti - PDT; Nelson Marchezan ­PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Fachin - PDS; Osval­do Nascimento - PDT; Paulo Mincarone - PMDB;Pedro Germano - PDS; Pratini dc Morais - PDS;Rosa Flores - PMDB; Rubens Ardenghi - PDS; Sieg­fried Heuser - PMDB; Sinval Guazzclli - PMDB; Vic­tor Faccioni - PDS.

Amapá

Antônio Pontes - PFL; Clarck Platon - PDS; Geo­vani Borges - PFL; Paulo Guerra - PDS.

Roraima

Alcides Lima - PFL; João Batista Fagundes - PDS:Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PFL.

o SR. PRESIDENTE (José Frejat) - A (ista de pre­sença acusa o comparecimento de 129 Senhorcs Deputa­dos.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da Ata da sessão

anterior.II - Ü SR. NILSON GIBSON, servindo como 2'­

Secretário procede à leitura da Ata da sessão anteceden­te. a qual é. sem observações. assinada.

O SR. 'PRESIDENTE (José Frejat) - Passa-se à leitu­ra do expediente.

O SR. ARüLDü SANFORD, lO-Secretário procede:'ileitura do seguinte.

111 - EXPEDIENTEPROPOSTA DE EMENDA

A CONSTITUIÇÃO

Modifica os artigos 42, 62 e 170 da ConstituiçãoFederal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Fe­deral. nos termos do artigo 49 da Constituição Fcderal,promulgam a seguintc Emenda ao texto constitucional.

Ar!. I' Os artigos 42, IH e 62 passam a vigorar coma seguinte redação:

"Ar!. 42. .. .lU - aprovar. previamente, por voto secreto, a

escolha de magistrados. nos casos determinadospela Constituição. dos Ministros do Tribunal deContas da União, do governador do Distrito Fede­ral, dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Dis­trito Federal. dos Chefes de missão diplomática decaráter permanente, do presidente e diretores doBanco Central do Brasil, bem como dos dirigentesde entidades estatais e de agências de desenvolvi­mento regionaL"

"Art. 62. O orçmnento an ual compreenderáobrigatoriamente as despesas e receitas relativas atodos os Poderes, órgãos e fundos, inclusive entida­des estatais da administração indireta. excluídasapenas aquclas que não recebam subvenções outransferências à conta do orçamento."

Ar!. 20 O artigo 170 passa a vigorar acrescido dosseguintes parágrafos:

"§ 4' A criação de empresa pública. ou de sub­sidiária de empresa existente com participação decapital da União superior a· 20%, dependerá deaprovação do Congresso Nacional."

§ 5' Ao final de cada Legislatura. o CongressoNacional estabelecerâ, com os devidos prazos. asentidades estatais que devam ser privatizadas ou li­quidado" ""Tante a Legislatura seguinte."

Sáhado 8 5767

Justificação

Embora o estado tenha começado a se interessar pelasentidades estatais já na década de 1930. pode-se afirmarcom certeza que o fenômeno de expansão vertiginosadesse tipo de organização é dos nossos dias. Assumiu ca­râter epidémico a partir de 1969 e atingiu o ápice no go­verno Geisel.

Hoje as estatais, principalmente as empresas públicas,são responsáveis por um orçamento da ordem de trezen­tos trilhões de cruzeiros. E são também grandes devedo­ras. De modo geral. não dão lucros e estão sempre de­pendendo de repasses do orçamento fiscal da União,para tapar os rombos deixados pela ineficiência e pelacorrupção. Apenas à guisa de exemplo, é bom lembrarque, contrariando todos os compromissos. com ~ FMI(no sentido de reduzir a expressão d? defielt l~úb~ICO), ?governo Federal repassou às estatats, no pTl~elrO tTl­mestre deste ano, cerca de 1,5 trilhào de cruzeiros.

O fato é que as estatais se transformaram de repenteem um estado dentro do estado brasileiro: incontrolável,voraz. emperrado e contraditlÍrio_

O Congresso Nacional não pode ficar alheio a esse fe­nômeno. tendo de encontrar meios institucionais parapôr cobro a essa situação, seja freando a capacidade de oPoder Executivo criar. a seu bel-prazer. emptesas públi­cas, seja at~ibuindo à Câmara dos Deputados e ao Sena­do Federal competência e podcres para fiscalizar o usodos dinheiros públicos carreados para essas entidades oupara controlar os seus orçamentos e, até mesl1lo, a exten­são de sua existência.

A proposta de emenda à Constituição que ora subme­to aos meus colegas visa exatamente a introduzir em nos­w meio mecanismos institucionais capazes de favorecerum controle mais satisfatório da ação das estatais, comopor exemplo, a aprovação, pelo Senado Federal, da indi­cação de nomes para cargos de direção e a aprovação doorçamento desses organismos: a paulatina obsorção des­sas entidades ao meio privado, segundo critério fixadopelo Congresso Nadonal, e outros.

Além disso. a proposta enquadra, também o aspectoda nomeação dos dirigentes de agências de desenvolvi­mento regional e a direção do Banco Central do Brasil,as quais passam a depender de aprovação do Senado Fe-deral. '

Por tudo isso. estou convicto de que os roeus nobresPares apoiarão entusiasticamente e proposta em tela,aprovando-a nos termos regimentais.

Sala das Sessões, de 1985.

DEPUTADOS: Del Bosco Amaral- Darcílio Ayres- Paulo Marques - Theodoro Mendes - José Moura- Abdias Nascimento (apoiamento) - Dionísio Hage- Ralph Biasi - Guido Moesch - Eduardo MatarazzoSupliey - Ciro Nogueira - Nosser Almeida - Francis­co Erse - Hélio Duque - Gastone Righi - Lélio Sou­za - Márcio Braga - Valmor Giavarina - Nyder Bar­bosa - Juarez Batista - Carlos Eloy - Sebastião Ataí­de - Jorge Medauar - Leorne Belém - [srael Dias­Novacs - Nadyr Rossetti - Manocl Costa Júnior ­Raimundo Leite - João Herrmann Neto - SinvalGuazzelJi - Hélio Manhães - Pedro Sampaio - HarryAmorim - Ivo Vanderlinde - Nelson do Carmo ­Mauro Sampaio - Carlos Mosconi - Sérgio Ferrara­Inocêncio Oliveira - Gctacílio de Almeida - Celso Sa­bóia - Figueiredo Filho - Luiz Guedes - CastejonBranco - José Carlos Fagundcs - Aécio Cunha ­Aluízio Campos - Márcio Santilli - EmHio Gallo ­Henrique Eduardo Alves - Juarez Bernardcs - RenatoLoures Bueno - Luíz Dulci - Daso Coimbra - Epítá­cio Cafeteira - Floriceno Paixão - Cid Carvalho - Jo­sé Ribamar Machado - Evandro Ayres de Moura ­Clarck Platon - Walmor de Luca - Francisco Benja­mim - Irapuan Costa Júnior - Ibsen Pinheiro - IrajáRodrigues - José Carlos Teixeira - Jorge Vianna ­Jorge Uequed- Farabulini Júnior - José Maranhão­Myrthes Bevilacqua - Celso Barros (apoiamento) ­Genehaldo Correia - Etelvir Dantas - Denisar Arnei­ro - Norton Macedo - Maçao Tadano - OsvaldoNascimento - Alceni Guerra - José Lourenço - Geo­vani Borges - Pimenta da Veiga - Luiz Baccarini ­Lázaro Carvalho - Tapety Júnior - Pedro Germano- Albino Coimbra - Júlio Martins - Domingos Leo­nelli - Mozarildo Cavalcanti - Alcides Lima - Na­varro Vicira Filho - Siegfried Heuser - Siqueira Cam-

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5768 Sábado 8

pos - Fernando Cunha - Airton Sandoval - JoãoGilberto - Paulo Borges - Fued Dib - Wagner Lago- Jacques D'Orncllas - Arthur Virgílio Neto - Wil­son Vaz - Aécio de Borba - Gomes da Silva - Amau­ry Müller- Paes de Andrade- Álvaro Valle - Home­ro Santos - Egídio Ferreira Lima - Heráclito Fortes- Ronaldo Campos - Aldo Arantes - João Paganella- Francisco Amaral - Agnaldo Timóteo - CláudioPhilomeno - João Alberto de Souza - Haroldo Lima- Celso Amaral - Manuel Viana - Manoel Affonso- Reinhold Stephanes - Maurílio Ferreira Lima -Ademir Andrade - Fernando Collor - Sérgio CrllZ­José Fernandes - Jorge Vargas - Irineu Brzesinski ­Alércio Dias - Ernesto de Marco - Cristóvam Chiara­dia - José Luiz Maia- Paulo Guerra-José Mello­Horácio Ortiz - Magno Bacelar - Dilson Fanehin ­Valdon Varjão - Alencar Furtado - Francisco Dias­Santinho Furtado - Aroldo Moletta - Arildo Teles­

.Salvador Julianelli - Félix Mendonça - Victor Faccio­ni - Jorge Arbage - Fernando Bastos - Nilton Alves- Casi1do Maldaner - Rubem Medina - João Rebelo- Arnaldo Maciel - Amílcar de Queiroz - Celso peça-nha - Ary Kffuri - José Ulisses -Paulo Zarzur ­Milton Figueiredo - Geraldo Flcming - João Fausti­no.

SENADORES: Marcondes Gadelha - Carlos Chia­relli - Marcelo Miranda - Alberto Silva - Severo Go­mes - Henrique Santillo - Passos Pôrto - HumbertoLucena - Roberto Saturnino - Mauro Borges - JoséIgnácio Ferreira - Fábio Lucena - Gastão Müller ­Alexandre Costa - Guilherme Palmeira - Hélio Guei­ros - Lomanto Júnior - João Castelo - RaimundoParcnte - Roberto Wypyeh - Altevir Leal - ÃlvaroDias - Nelson Carneiro,

o SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Está finda a lei-tura do expediente.

IV - Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr. João Gilberto.

O SR. JOÃO GILBERTO (PMDB - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados,mais uma vez surgcm especulações em torno de umpossível fechamento das minas de cobre de Camaquã,que a Companhia Brasileira de Cobre administra noMunicipio de Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul.Desta vez. alega-se a falta de competitividade do cobreali prodllZido. quando colocado na indústria do centrodo País, com o cobre importado.

I As minas de Camaquã, hoje produzindo cobre tanto acéu abcrto, ~omo nas galerias subterrâneas, foram explo­radas por Pignatari e depois assumidas pelo Poder Públi­co através da Companhia Brasileira de Cobre.

Sua história está marcada por períodos de investimen·tos e alguns de abandono, o que ocasionou perda dos re­cursos investidos.

Hoje não só questães de produção, mas principalmen­te de transporte do cobre é que encarecem e tornam esseproduto de Camaquã na indústria final mais caro do queo importado.

Fechar o Brasil suas minas de cobre e somenteimportá-lo não nos parece correto. Mais uma vez, comoocorre com o petróleo e com outros produtos, o País nofuturo será surprecndido por crises internacionais e fica­rá em situação difícil. Se temos o minério cm nosso solo,dcvemos ter um esquema de exploração racional, mesmoque, às vezes. mais caro que a importação. O que se im­

.põe, no caso das minas de cobre de Camaquã, são estu­dos c medidas profundas para baratear especialmente otransporte.

Ao alertar para os riscos, prejuízos econômicos e gra­ves conseqüências sociais regionais que adviriam donovo fech:unento das minas de Camaquã e ao reclamarpara elas um cronograma racional de produção e de mo­dernização, scm estas paralisações que já causaramsérios danos no passado, des'\iamos também chamar aatenção, como o fizcmos em outras oportunidades, paraas potencialidades de um distrito mineral no Rio Grandedo Sul ainda não explorado dc forma dinâmica. Caçapa­va do Sul e os municípios em torno dele, como Santanada Boa Vista, EncruziUlada do Sul, São Sepé, Cachoeirado Sul, São Gabriel, Dom Pedrito, Bagé e Lavras do Sulpossuem grandes reservas de mincrais. Nesta área geoló­gica são explorados o ouro, o cobre, o talco, o calcário, ._

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Existe uma espetacular reserva de xisto betuminoso já es­tudada. E alvarás de pesquisa deferidos para a investi­gação de mais de outra dezena de minérios. inclusive ocarvão c a prata. Os órgãos governamentais deveriam fa­zer uma investigação mais ampla c mais completa em re­gião tão rica.

O SR. RENATO JOHNSSON (PDS - PRo Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Prcsidcnte. Srs. Deputa­dos, nos inúmeros projetos versando sobre política dotrigo que tramitaram por esta Casa nos últimos anos,observa-se por parte dos legisladores uma constantepreocupação com os efeitos danosos do elevado subsídioconcedido pelo Governo Federal aos consumidores docercai.

Examinando a matéria, constatamos que O déficit veri­ficado na conta."Trigo" ocorre exclusivamente emfunção do subsídio vigente desde 1972, por decisão go­vernamental, objetivando contrabalançar os efeitos in­flacionários sobre a economia.

Os técnicos governamentais sabem que o subsídio aoconsumo do trigo passou a integrar a história da nossaeconornia1 como medida de emergência e provisória, emsubstituição ao percentual de equiparação de preços ins­tituído pelo Decreto n.60.698, de 1967, cuja aplicação setornou inviável, por não atender aos propósitos da polí­tica antiinflacionária do Governo.

Nos últimos treze anos, com o agravamento da con­juntura econômico-financeira do País, o subsídiodescaracterizou-se como medida econômica, paratransformar-se em eficiente instrumento de atuação vol­tada para o campo social, visando praticamente ao con­gelamento dos preços da farinha de trigo, em benefíciodas elasses econômicas de menor poder aquisitivo.

Nessas condições. na falta de outro produto disponí­vel no mercado agricola, foi possível ao Governo manteralimentada a nossa população, principalmente a atingidapelas secas e enchentes verificadas ultimamente no Bra­sil.

Na atualidade, as opiniões sào contraditórias entre osque defendem a retirada do subsídio e aqueles que a re­ceiam, pelas conseqüências sociais que a sua repentina~liminação acarretaria.

Apesar de impopular, somos inteiramente favoráveis àeliminação gradual do subsidio, como instrumento efi­caz no controle das taxas de inflação, mediante o simplescumprimento do estabelecido no Decreto n' 60.698, de 8­5· 1967, que trata da equiparação de preços entre o trigonacional e O importado.

Verificamos, assim, prescindirmos de qualqucr outrodocumento legal, para disciplinarmos a matéria.

Temos plena convicção de que os baixos preços da fa·rinha de trigo não contribuíram para a substituição doconsumo do milho. feijão e arroz, no hábito alimcntar denosso povo. Na realidade, o que ocorreu foi a escassezdesses produtos, pela existência de uma política agrícolaque estim UIOU a produçào destinada ao mercado exter­no, como soja, açúcar, algodão etc., em detrimento daslavouras de subsistência. que poderiam substituir par­cialmente o consumo do trigo.

Alicerçamos cssa nova assertiva no fato de que, nãoobstante exista um consumo efetivo de, aproximadamen­te, 6 milhõcs de toneladas de trigo, anualmente, o Gover­no Federal vem recorrendo. também, ã importação demilho, feijão e arroz, para suprir as neec,<sidades de eon·sumo do País, pois as safras desses grãos têm sido insufi­cientes para nosso abastecimento.

Nas análises críticas da atual política do trigo, tem-seimputado ao Decreto-lei n. 210, de 27-2-1967. a respon­sabilidade pela vigência do subsídio de preços concedidoaos consumidorcs do cereal e por outras distorções. To­davia, o referido documento teve o mérito de evitar a de­senfreada cxpansão da capacidade de industrializaçãodos moinhos que, em 1967. já atingia 10 milhões de tone­ladas, para um consumo de 2,5 milhões de toneladas,com um percentual de ociosidade de 75%. Na atualidade,industrializamos uma quantidade idéntica à que consu­mimos, ou seja. 6 milhões de toneladas.

Cumpre-nos, ainda, alertar para o fato de que, por fal­ta dcssc disciplinamento, temos, atualmente, um parquede esmagamento de oleaginosas com capacidade anual

_de industrialização de 27 milhõcs de toneladas, para umaprodução de grãos que não atinge 16 milhões.

J unho de 1985

Com a carência de recursos financeiros de nosso Pais,cabe às nossas autoridades da área cconômica fixar prio·ridades para os recur~;os destinados a investimentos nosetor da indústria, o 'iue não ocorreu na instalação domencionado parque ind ustrial.

Como já tivemos oportunidades de afirmar, a CentralSul é a maior intercssada cm modificar a atual políticado trigo, através de gestões mantidas pelo Feeotrigo. Ou­trossim, lembramos que a quase totalidade das coopera­tivas singulares liliadas àquela Central tém sido altamen·te beneficiadas com a implantação da comercializaçãoestatal do produto. a partir da safra tritíeola de 1962.

Porém recordamos que a Central Sul também é umadas maiores devedora,; do nosso sistema bancário oficiale privado, em decorrência de operaçães irregulares reali·zadas com produtos do eomplcxo soja.

Da mesma forma, diversas cooperativas de produçãodo Rio Grande do Sul, a maioria constituída por entida­des que, nestes últimos quinze anos, resolveram instalarparques industriais d',quela oleginosa. coincidentemen­te, também estão atravessando sérias dificuldades finan­ceiras. Acreditamos que seja por falta da necessária ca­pacidadc administrativa para atuar nesse scgmento in­dustrial, pois, anteriormente, dedicavam-se especialmen­te a proporcionar assistência técnica e à comercializaçãode insumos e à produçào dos seus associados.

Nessas condições, destacamos as entidades de PassoFundo, Giruá, Palm<:ira das Missões, além da CentralSul e da Cotrijuí, até recentemente presidida pelo Dr,Rubem Ilgenfritz da Silva, atual Secretário-Gerál do Mi­nistério da Agricultura, que foi forçada a vender, recen­temente, sua unidade de industrialização de soja locali­zada na Cidadc de Rio Grandc à Ceval. mantendo aindanegociações com a diretoria da Portobrás, objetivando avenda dos scus graneleiros e do terminal de carregamen­to de grãos localizado tam bém naquele porto, como for­ma de amenizar seus cruciais problemas financeiros.

A desastrosa atuaç,io daquelas cooperativas na indus­trialização e comercialização da soja, c que hoje preten­dem assumir essas atividades no setor do trigo. causaapreensão a todos os que estão vinculados diretamente àpolítica de abastecimcnto do ecreal que, no Brasil, aexemplo da maioria cios países do mundo, é consideradocomq. "problema de segurança nacional".

Não será admissívc:l que se queira atribuir o controleda eomcrcialização e da industrialização do trigo do Paísa grupos sem tradição nem experiência em setor de tama­nha importância, pois os reflexos danosos sobre a econo·mia c o bolso do consumidor serão catastróficos.

Sob o pretexto da retirada dos subsídios. o que real­mente pretendem é iiberar a comercialização e a indus·trialização do trigo. porquanto para retirar a subvençãonão há necessidade ele alterar o Deereto·lei n' 210/67.

o SR. NILSON GIBSON (PFL - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) -- Sr. Presidente, Srs. Deputados, aCâmara Municipal de Caruaru, em sintonia com os legí­timos interesses da comunidade, houve por bem acolherproposição de autoria do nobre Vereador Zino Rodri­gues, em que se pleiteia. junto às autoridades federais eestaduais responsúveis, a indicação daquela cidade parascde de uma das próximas reuniões do Conselho Delibe­rativo da Superintendéncia do Desenvolvimento do Nor­dcste (SUDENE), a ,exemplo do quejá ocorreu com Pe­trolina e outras localidades do interior da Bahia e de Mi­nas Gerais.

Não julgo necessário <:nfatizar quc a reivindicação emtela está lastreada em sólidos fundamentos de naturezasocial c econômica, seja pela releváncia de Caruarucomo pólo de desenvolvimento de uma extensa área nor­destina, que abrange mais de 30 municípios e abriga amais de um milhão d•• pessoas, seja por estar a cidade do­tada de moderna infra-estrutura urbana, dispor de con·fortável rede hoteleira c possuir eficiente parque indus­trial. e suas atividades comerciais experimentam umafase de promissora expansão.

Ressalte-se, ademais. que Caruaru está ligada ã Capi­tal do Estado e às demais Unidades da Federação por ex­celente malha" viária, servida por linhas regulares detransporte coletivo. Julgo de meu dever recordar, nessecontexto, que a ampliação do aeroporto local, conformeexplicita o lúcido af'~azoado da Cümara de Vereadores,poderá ofereecr condições seguras para as operações depouso e decolagem de aeronaves de grande porte.

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Junho de 1985

Estou persuadido de que a proposição abraçada pelamencionada Casa Legislativa, além de contar com oapoio das lideranças políticas, do meio empresarial e dapopulação do Município, representa estímulo adequadoao progrcsso da rcgião e caminho csscncial para o conhc­cimento e o equacionamento satisfatório dos problemassociais e econômicos que afetam a área.

Ao manifestar, pois, meu aplauso e minha solidarieda­dc à justa pretensão da população caruarnense, consubs­tanciada na proposta a que acabo de referir-me, julgo demeu dever reiterar ao Sr. Superintendentc da SUDENE,Dr. José Reinaldo Tavares, o exame aprofundado damatéria, que se destaca como elcmcnto relevante no qua­dro do desenvolvimento integrado daquela privilegiadaparte da geografia pernambucana.

O SR. GOMES DA SILVA (PDS - CE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,acaba o Banco do Nordeste Brasilciro, supcriormcntc di­rigido pelo Dr. Mauro Benevides, de aprovar ajuda fi­nanceira no valor de sessenta milhões de cruzeiros, a fimdc complementar recursos necessários ao funcionamentodo Curso de Mestrado de Economia na UniversidadeFederal do Ceará, por conta do Fundo de Apoio às Ati­vidades Sócio-Econômicas do Nordeste.

Mas não ficou apenas nessa ajuda destinada a umagrande repercussão cultural a atenção do BNB para como Estado do Ceará.

Para o Programa de Pesquisas de Pastoreio Combina­do Bovino, Ovino e Caprino, em pastagens nativas dosertão do sudoeste do Ceará, foram destinados, por in­termédio da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura,sessenta e oito milhões de cruzeiros, além de cinqUentamilhões de cruzeiros para que a mesma instituição apli­que no Projeto de Incentivos à Criação de Ovinos desla­nados no Ceará.

A mesma instituição recebeu uma dotação de setenta ecinco milhões de cruzeiros para o projeto de melhora­mento genético de ovinos da raça Morada Nova, novavariedade branca, enquanto a ACODE foi contempladacom trinta c cinco milhõcs de cruzeiros para o projeto deinstalação do Centro de Monta Fisio-Patolôgica de Re­produção e Inseminação Artificial de Ovinos e Caprinos,do Município de Quixadá, cabendo à Secretaria de Agri­cultura e EMATER-CE vinte milhões de cruzeiros parao Programa de Difusão da Cultura do Milheto no Esta­do do Ceará.

São cerca de trczentos milhõcs de cruzeiros que o Ban­co do Nordeste Brasileiro encaminha à região sertanejado sudoeste do Ceará, sobretudo para a melhoria dosseus rebanhos ovino, caprino e bovino, incrementando,sobretudo, as novas variedades quc se vém fixando napecuária do nosso Estado, principalmente no que tangeaos animais de médio porte, preferidos pelos criadoresnordestinos pela sua rusticidade e apreciável rendimentoem carne, lã c leite.

Medidas como essa mostram como uma adminis­tração capaz pode apontar que o BNB é, realmente, umbanco de fomento à produção, capaz de realizar impor­tantíssima tarefa no desenvolvimento econômico doNordeste, na fixação da sua população rural, na intro­dução de moderna tecnologia no setor agropecuário.

Queremos agradecer, em nome da população sertanejado sudoeste do Ceará,. ao Dr. Mauro Benevides, Presi­dente do Banco do Nordeste Brasileiro, o grande auxílioàquela região.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

o SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, te­nho por diversa's vezes feito apelos, ao Ministro dosTransportes, bem assim ao Presidente da República, nosentido de que adotcm providências para a pavimen­tação de trecho goiano da Transamazônica de funda­mental importância para o apoiamento às atividades dosdesbravadores da Amazônia e também muito importan­te para o suprimento de víveres para o Nordeste.

A nossa região, a chamada região do Bico de Papa­gaio, servida pela Transamazônica, está em situação ex­tremamente difícil, porque ali produzimos víveres ,emgrande quantidade, mas, em geral, não podemos escoá­los, porque as chuvas, que sempre se prolongam um pou­co naquela região, danificam muito a Transamazônica.Esta rodovia é sempre trafegadá por grandes veículos e,

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

não sendo pavimentada, de acabamento primário, ficaexposta a esses problcmas decorrentes da utilização porveículos pesados e em razào das chuvas.

Pediria, pois, ao nobre Ministro dos Transportes, qucmostrou com tão boa vontade dizendo-se capaz de resol­ver os graves problemas do setor rodoviário do País ­que mande uma comissão estudar, no local, uma formade resolver imediatamente o problema, que Se agrava acada dia com a não pavimentação do trecho goiano daTransamazônicu. Assim, S. Ex' estará assegurando acontinuidadc das atividadcs de colonização da Amazô­nia, principalmente nas áreas do Pará e demais Estadosque compõcm a Amazônia Legal, assegurando o abaste­cimento dos grandes centros urbanos do Nordeste.

Faço este apelo na certeza de que os novos recursos aserem destinados pelo atual Governo para tal fim, isto é,para a pavimentação do trecho goiano da Transamazô­nica, não serão desviados, tal como já aconteceu porquatro vezes. Tenho plena consciéncia de que o SenadorAffonso Camargo não deixarú de atender ao apelo dapopulação do Bico do Papagaio, região goiana por de­mais isolada e sofrida.

Era o que tinha a dizer.

O SR. PAULO GUERRA (PDS - AP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, asquestões relativas aos territórios federais tém sido, indis­cutivelmente, objcto da luta dc todos os rcpresentantcsdaqueles territórios, independentemente da sigla parti­dária.

Ê notória, Sr. Presidente, a importáncia geopolítica, aimportância dc scgurança nacional, das fronteiras doPaís, hoje assinaladas pela figura institucionalizada dotcrritôrio federal. Conquanto assinaladas, portanto, peloaspecto institucional, desgraçadamente após 42 anos deexistência, esses territórios não conseguiram Sr. Presi­dente, despertar maior sensibilidade, em termos de res­postas, dos govcrnos que têm passado.

Temos, no momento, problemas seriíssimos da perma­néncia de um governador no Territôrio do Amapá, cujaadministração se tem caracterizado exatamente pelo des­mando, pelo abuso do dinheiro público pela corrupção epela perseguição que amesquinham aqueles que não tema culpa, porque não o escolheram livremente dentro doprocesso democrático para seu governante.

Sr. Presidente, Srs. Congressistas, aprofunda-se esteproblema na proporção de que, até hoje, arrasta-se aquestão de definição quanto ao novo Governador para oTerritôrio. Se já nos pesa como ônus, quc deve ser resga­tado pela Nova República, o fato de que nós teremos,ainda um governador nomcado, maior é o gravame,quando a perplexidade gera quase que desespero dos po­vos do Amapá e de Roraima, pois o Governo, até hoje,está a nos dever anúncio da nomeação dos novos gover­nadores. Por isso, Sr. Prcsidentc, quero nesta hora con­elamar o Governo, o Presidente José Sarney, os presi­dentes dos partidos políticos quc detêm a faculdadc dediscutir e encaminhar a solução destes prohlemas, paraque se sensibilizem e entendam que conceitualmente osterritórios, já até no sentido pejorativo encarado comofundo de quintal do Ministério do Interior, têm um limi­te de paciência e um grau de capacidade para suportarcssc tratamento amesquinhado e csse descaso que têmcaracterizado o Governo Federal em relação a esses ter­ritôrios. Portanto, nesta intervenção, quero pedir ao Sr.Presidente da República que agilize este processo, quenão pcnalize ainda mais as nossas comunidades, quetêm, senão pelo patriotismo, mas também pelo imperati­vo e pela contingência, de suportar a Nova ou a VelhaRepública, lá no setentrião da Pátria, sem perder as espe­ranças de que sua luta não será inglória e de que teremos,no futuro. governadores eleitos, ou, pelo menos, gover­nadores nomeados, mas que levem muito mais a sério acausa c a coisa públicas.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. HERMES ZANETI (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, esta­mos retornando de longa viagem pelo interior do RioGrande do Sul, onde fomos levar o nosso apoio ao ma­gistério público estadual em greve desde o dia 10 demaio. Em todos os Municípios, em todas as regiões poronde andamos, encontramos o magistério totalmente pa­ralisado.

Sábado 8 5769

É impressionante, Sr. Presidente e Srs. Deputados, ograu de unanimidade a quc chegaram os professores rio,grandenses com relação à posição do Sr. GovernadorJair Soares, que sc nega a cumprir promessas formaisque fez durante a campanha política de 1982, bem comoscte pontos pendentes, ainda, do acordo escrito e firma­do entre Governo e magistério por ocasião do encerra­mento da memorável greve de 1980.

O magistério do Rio Grande está fazendo a maior gre­ve de toda a sua histôria, buscando obrigar O Governodo Estado a cumprir promessas feitas na campanha. Em­bora já tenha decorrido mais da metade do período degoverno, elas ainda não foram cumpridas. É impressio­nante o apoio que vém recebendo os professores do RioGrande: dc Prefcitos, de Vereadores, de Deputados detodos os partidos políticos, bem como de associações co­munitárias da maior amplitude e abrangência.

O Sr. Governador Jair Soares está completamente iso­lado, sozinho em sua intransigência, em sua firme po­sição de negar atendimento às reivindicações do magis­tério. É curioso verificar que já caminhamos para trintadias de grevc c a prbposta inicial do Sr. Governador é nosentido de que os professores do Ria Grande percam osdireitos que tinham antes de cntrarem em grevc. Não sei .realmente o que quer o Sr. Governador com tal propos­ta. Mas sei quc não conscguirá, por esta forma. devolvera tranq üilidade à população e as aulas aos alunos das es­colas públicas do Rio Grande.

Assim, estamos nesta tribuna para responsabilizar oSr. Governador Jair Soares: os professores do Rio Gran­de estão em greve exclusivamente por culpa de S. Ex'.Unidos, estão determinados a somente encerrar essa grc­ve quando o Governador Jair Soares se conscientizar deque está isolado, de que tem uma dívida e deve pagá-la.

Por isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o Sr. Gover­nador Jair Soares, o único culpado por esta longa grevedo magistério do Rio Grande, é também culpado pela in­tranqüilidade a que está submetido um Estado inteiro,num verdadeiro desgoverno.

Fazemos aqui um chamamento à comunidade do RioGrande para que continue apoiando os professores, por­que estamos com a justiça e com a verdade, e ao Sr. Go­vernador Jair Soares para quc se dé conta de sua posiçãoisolada e encontre uma maneira de atender às reivindi­cações dos professores. S. Ex' foi eleito Governador porcausa das promessas que fez. E daqui lhe lançamos umdesafio: cumpra as promessas quc fcz quando candidatoou saia do Governo, porque o Rio Grande do Sul nãoquer no Governo pessoas que fazem um discurso no pa­lanque e depois tomam atitudes que a ele não correspon­demo

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. ,JÚNATHAS NUNES (PFL - PI. Pronuncia oscguinte discurso.) - Sr. Prcsidente e Srs. Deputados, ainstalação de uma agência bancária em uma cidade re­presenta sempre sinal de progrcsso sôcio-eeonômico desua comunidade. Há algum tempo o Banco Central au­torizou a instalação de uma agência do Banco do Brasilna cidade de Padre Marcos, no Estado do Piauí.

A cidade de Padre Marcos, que deve o nome ao seufundador, Padre Marcos de Araújo Costa, situa-se namesorrcgião do Nortc Piauicnse e na microrrcgião dosbaixões agrícolas. Entre suas diversas atividades predo­minam as culturas agrícolas, a gropecuária e o comércio.

Tenho recebido variada correspondência e apelosconstantes das mais expressivas lideranças da comunida­de daquele município piauiense no sentido de pedir aoBanco do Brasil que agilize a instalação de sua agênciaali, conforme autorização já outorgada pelo Baneo Cen­tral.

Transmitindo esse apelo e essa reivindicação bastantejusta à Presidéncia do Banco do Brasil, faço-o ria con­vicção de que o assunto merecerá urgente decisão.

Era esse o registro que tinha a fazer nesta manhã.

O SR. TIDEI DE LIMA (PMDB - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o funcio­nalismo póblico estadual de São Paulo tem, ao longo dosúltimos anos, sofrido perdas irreparáveis. Pode-se, numrápido retrocesso de memória, recordar a administraçãodo Sr. Laudo Natel, que abocanhou os s.ubsídios e sa­lários dos funcionários públicos e dos professores, na é­poca em que o "milagre brasileiro" apontava uma in­flação de ccrca de 20%.

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5770 Sábado 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç1io J) Junho de 1985

QUADRO COMPARATIVO ENTRE A INFLAÇÃO E OS REAJUSTES CONCEDIDOSAOS SERVIÇOS HOSPITALARES NO MESMO PERIODOE A DEFASAGEM ACUMULADA NA ÁREA URBA'JA

- Média: Cr$ 630.172No custo médio acima estão inseridas as seguintes despesas:

uma defasagem no período compreendido de maio/82 àjanciro/85, de 94,83%. conforme demonstra o quadro n9

I.A título dc ilustração, apresentamos abaixo o custo

geral de um hospital com 207 leitos:

- Clínica Cirúrgica - custo médio por alta Cr$ 570.344- Clínica Médica - custo médio por alta Cr$ 690.000

Cr$ 1.260.344

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2. - Reosição da def~"agem de 94,83%, divididos em4 parcelas. e, acrescentadas aos reajustes a serem conce­didos semestralmente. ou seja:

- INPC em maio/85 mais 23.71%.- INPC em novemhro/85 mais 23.71%.- INPC em maio/86 mais 23.71%.- INPC em novemhro/86 mais 23,71%.3. - Pagamento total das RCPOs em atraso, com ex­

tinção da retenção dos 20%.4. - O retorno dos 33.000 selos mensais, ou sua ex­

tinção definitiva conforme solicitação anterior.5. - O cumprimento das datas fixadas nos Cronogra­

mas do lAPAS para pagamento dos serviços hospitala­res às En tidades prestadoras de serviços. Pelos atrasos,incidência de juros e correção moner:lrju.

6. - Rcformulação total e imediata do atualContrato-Padrão, tornando-o bilateral.

Quanto à prestação de serviços hospitalares aos bene­ficiários da Area Rural, a situação é considerada caótica,sob o ponto de vista financeiro.

Só para se ter uma idéia. elaboramos o quadro de­monstrativo n' 03. anexo, da remuneração paga peloINAMPS por esses serviços. na base do subsídio fixo,comparativamente ao mesmo serviço prestado nos bene­ficiários da Área Urbana. caja remuneração. comojá de­monstrada anteriormente, encontra-se completamentedefasada.

Considerando-se quc pelos valores pagos, estão incluí­dos além dos serviços hospitalares. os serviços profissio­nais. materiais de enfermagem. medicamentos, SADT epessoal especializado pl~rmanente 24 hor::-is/dia, afora oscustos indiretos não considerados pelo INAMPS,conclui-se que dentro da atual sistema, torna-se categorí­camente impossível aos hospitais continuarem prestandoa assistência médico-hcspitalar li este laborioso e sacrifi­cado segmento da sociedade.

Desse modo, não vemos outra alternativa senão aequiparação urgente e imediata do Sistema Rural ao Ur­bano, is(o é, com base no SAMHPS-AIH. desde que,corrigido na forma pleiteada neste documento.

Senhor Ministro,encarecendo a necessidade do atendi­mento emergencial deste nosso justo pleito, face ao dcse­qüilíbrio financeiro da Rede Hospitalar Catarinense. quenão está tendu mais condições de manter a prestação dosseus serviços aos beneficiários do lNAMPS. podendoeriar problemas que lugirão ao controle desta Asso­ciação na espectativa de uma resposta positiva desse Mi­nistério, alguns hospitais não oficializaram seus pedidosde descredenciamentos.

Certos de que Vossa Excelência está ciente e sensibili­zado da grave situação, solicitamos medidas que possampermitir harmônica e adequadamente, a continuidade daprestação de assistência médieo-hospitalar aos benefi­ciários do INAMPS.

Ao ensejo, cnovam'Ús nossos sinceros protestos damais alta estima e distinguida consideração.

Florianópolis. 8 de maio de 1985. - Dr. Aroir AntônioMartins de Oliveira, Diretor Presidente.

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100%

-55,2%-39,7%

2,5%- 1,4%- 0,5%- 0,4%- 0,2%

- Custo de pessoal- Material de consumo- Serviços de terceiros e Encargos diversos- Remuneração dc serviços pessoais- Telefone- Pasep- Despesas diversas

Considerando-se que o INAMPS, com base nos aten­dimentos efetuados no mês de fevereiro/85, conforme oquadro n' 2, remunera a Rede Hospitalar para um perío­do médio de 07 dias de internação com a importància deCr$ 301.762, para um custo médio de Cr$ 630. I72, con­forme acima foi demonstrado, conclui-se de maneira ine~

quívoca que a diferença de Cr$ 328.410 vem sendo co­berta pelas éntidades prestadoras de serviços, ocasiunan­do pesado ônus a toda Rede Hospitalar contratada.

Assim sendo. entendemos como imediata a necessida­de de serem revistos os valores dos serviços hospitalares,visando principalmente impedir o que já foi previsto ecomunicado através de correspondência a Sua Excelên­cia, o Senhor Governador do Estado, Doutor EsperidiãoAmin Helou Filho, e, através dele a Vossa Excelência, ouseja: cobranças indevidas, distorções no atendimento,paralizaç.ão dos serviços, demissão de funcionários,omissão de atendimentos e greves: ocasionando um prc­cário atendimento aos previdenciários e conseqUente­mente sério~ problemas políticos e sociais.

Senhor Ministro, diante do quadro que se nos apre­scnta no momento difícil pela qual passa toda Rede Hos­pitalar Calarinense, esta Associaçào imbuída dos prupó­sitos de encontrar uma situação que venha amenizar e aomesmo tempo viabilizar a continuidade no atendimentoaos benefícios da Previdência Social, vem mui respeito­samente, apresentar como medidas emergenciais, às se­guintes reivindicações:

I. - Reajuste de 89% (INPC maio/85) antccipado dejulho para lo de maio/85, em todos os serviços huspitala­res.

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Posteriormente. Sr. Presidente, tivemos o GovernadorPaulo Egydio Martins. que, se não nboeanhou parte doque ganhavam os funcionários e os professores, tambémnão recuperou o salário e o poder aquisitivo dos mes­mos.

Aí veio o malfadado Governador Paulo Salim Maluf.que. em um ano, teve a coragem de conceder um aumen­to de 2 mil cruzeiros para os professores e os funcio­nários públicos.

Ao longo desses anos, Sr. Presidente. o funcionalismopúblico estadual de São Paulo e os professores têm sofri­do. quase que diuturnamente, a presença de forças estra­nhas corroendo seus salários. Essas forças estranhas nãosão representadas apenas pela inflação. mas tambêm namaioria das vezes e. quem sabe como, muito maior fúria,pela ação dos governadores que passaram pela adminis­tração estadual.

Agora, o Governador Franco Montara tem-se des­dobrado dentro das condições em que encontrou o Esta­do - não só para fazer com que o salário do funcionárioe do professor não sofra perdas, mas também pararecuperá-lo. Há 60 dias, discutia-se o aumento dos sa­lários do funcionalismo público e dos professores. Hou­ve por bem o Govcrno do Estado conceder um abono de25% aos mesmos, que passou a vigorar a partir do mês demaio. Evidente que a melhor solução não é essa. Agora,em julho, t.eremos o aumento real, isto é, a correção dossalários do professorado e do funcionalismo público. Êcerto que não pode ficar fora dessa correção salarial oabono de 25%. Tenho certeza de que o GovernadorFranco Montoro,juntamente com seu Secretário do Pla­nejamento. Prof. José Serra, e com o Secretário da Fa­zenda. Dr. Marcos Fonseca. vai entendcr quc. na verda­de. para que o funcionalismo e o profeSRorado do Estadode São Paulo tenham os seus salários recuperados, have­rá necessidade da incorporação desses 25%, com o au­mento de julho incidindo sobre essa porcentagem conce­dida como abono. a partir de maio. Na próxima semana.para demonstrar quanto a bancada federal do Estado deSão Paulo está identificada com essa luta dos funcio­nários públicos e dos professores do Estado de São Pau­lo, estaremos elaborando um documento para ser envia­dD ao SI. Governador, assinado por todos os membrosda bancada federal. a fim de que S. Ex' se sensibilize e in­corpore aos salários dos funcionários os 25% de abonoque lhes foi dado a partir de maio.

O SR. JOÃO PAGANELLA (PDS - Se. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente. a Associação dos Hos­pitais do Estado de Santa Catmina, reunida reccntemen­tc~ examinou a critica situação por que atravessam aque­les estabelecimcntos c endereçou ao Exmo Sr. Ministroda Previdência Social um documento, a Carül de Floria­nópolis. que passo a ler, para que conste dos Anais daCasa.

'"Os Dirigentes Hospitalares do Estado de Santa Cata­rina, reunidos em Assembléia Geral Ordinária, no dia 8de Maio de 1985. nesta Capital, analisaram profunda­mente a crítica e angustiante situação, porque passam oshospitais catarinenses, e, decidiram expor detalhada­mente ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado daPrevidência e Assistência Social, Doutor Francisco Wal­dir Pires de Souza. o seguinte quadro.

O Estado de Santa Catarina, conta com 207 Hospitais,os quais na sua quase totalidade, mantém convênios como INAMPS para atendimento nas Áreas Urbana e Ru­ral. e. somente em 40 Unidades, este convênio é restritoao atendimentu à Área Rural.

Destes, 90% são fílantrópicos e beneficentes, perten­centes e administrados pela própria comunidade oa porentidades religiosas, sendo na sua maioria, de pequeno emédio porte (50 a 100 leitos).

Atualmente, em média, 60% do orçamento dos hospi­tais é aplicado na manutenção dos seus recursos huma­nos (folha de pessoal) e com o novo salário mínimo, apartir de 19 de maio/85, esse percentual elevou-se paracerca de 80%, já que aquele reajuste foi de 100%.

Torna-se impossível, somente com os 20% restantes doorçamento manter o custeio de medicamentos, gênerosalimentícios, material de enfermagem, aquisição e manu­tenção de cquipamentos, manutenção das instalações ede todos os demais gastos hospitalares. pois tais custos,sofrem também majoração permanente.

De outro lado, a remuneração dos serviços hospitala­res prestados aos previdenciários urbanos, apres~nta

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Junho de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

DEMONSTRATIVO DOS VALORES PAGOS PELO INAMPS À REDE HOSPITALARDE SANTA CATARINA, REFERENTE AO MbS DE FEVEREIRO DE 1985

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Sábado 8 5771

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acima, rcfere'·sG ai'.. AlUEi P.:t9<iS e n2io o t.ot"l ::

pr.esentildo.

Nos valores acima Bst50 inclu{dos os

rios Profissionais.

DEMONSTRATIVO COMPARATIVO DOS VALORES PAGOS PELO INAMPSÀ REDE HOSPITALAR DE SANTA CATARINA, RELATIVAMENTE AOS

BENEFICIÁRIOS DAS ÁREAS URBANAS E RURAIS, COM DADOSREFERENTES AO MbS DE FEVEREIRO DE 1985

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QUADROS DEMONSTRATIVOS DOS VALORES PAGOS PELO INAMPS À REDEHOSPITALAR DE SANTA CATARINA. REFERENTE AO Mt:S DE FEVFREIRO

DE 1985 - PROCESSAMENTO 054 EM RELAÇÃO A ÁREA URBANA E RURAL

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5772 Sábado 8 DIÁRIO DO CONGRESSO'"ACIONA L (Seção I) Junho de 1985

1400ALIDbDEDf:

CO~lVf:NIOS

o SR• .JORGE ARBAGE (PDS - PA, Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr, Prcsidente, no tempo da coisaséria, quando a esperanç:a era algo igual a um amuletopara afastar de nossos caminhos os maus fluidos, todavez que uma autoridade assumia o posto. costumava dci­xar no ar a mensagem do otimismo. Podia-se, até. enxer­gar exageros cm tal premissa, mas era cste o preâmbulonos discursos de posse ou nos cumprimentos de amigos.

A Nova República mudou o hábito. Vejamos o quedisse o Sr. João Martins Ribeiro, Diretor do Departa­mento Nacional de Estradas, ao assumir o cargo, quarta­feira última, no Rio de Janeiro: "o engenheiro mineiroadmitiu que todas as obras de restauração de rodoviasirão parar, se dentro de 15 dias a Secretaria de Planeja­mento não liberar 178 bilhões". (.Jornal do Brasil).

Triste adverténcia aos navegantes. ° Ministro dosTransportes, ao tomar <:onhecimento dc uma reporta­gem que a TV-Globo divulgou no programa "Fantásti­co", ilustrada com imagens que rctratam o cstado deplo­rável da rodovia Belém-Brasília em território paraense.pareceu, em principio, sensibilizado, ao extremo de afir­mar que, caso não obti,'esse recursos junto aos Minis­térios do Planejamento e da Fazenda, utilizaria os parcosdisponíveis no Ministério dos Transportes. ainda quc ti­vesse de remanejá-los, mas as rodovias do Norte não pa­ralisariam.

Com tamanha dose de otimismo, partida de qucm par­tiu, houve expressivas comemorações entre empresários,caminhoneiros, produtores rurais, motoristas particula­res e até ladainhas em louvor a Santo Afonso, que pou­cos devotos conhecia na região, mas logo se apressaramem cultuá-lo.

Um fato que merece especial registro: o Ministro nãoduvidou da seriedade da reportagem exibida, porém,como zeloso administrador que é, preferiu visitar in locoo trccho dcstruído, que dcmora na ligação Pará­Imperatriz, no Maranhão.

Não precisamos avaliar o susto que S. Ex' tomouquando pisou o chão (o asfalto sumiu) da outrora rodo­via de integração nacional: faixas quilométricas de pro­fundas crateras a mostra1rem um quadro dcsolador de di­mensão quase inacreditável. ° Ministro contemplou aobra dantesca da natureza, refez-se do susto e desabafou,amargurado: "todo o dinheiro que tenho são dois bi­lhões de cruzeiros. É tudo o de que posso dispor para re­cupcrar um trecho de 120 quilômetros que, no mínimo,exige 114 bilhões de cruzeiros".

Quando externou a dura vcrdade crítica da falta de di­nheiro 'para at.ender a um plano de emergência a ser apli­cado na recupcração de estradas, o Ministro dos Trans­portes, sem que o percebesse, quase mata de susto os mi­lhares de brasileiros que têm seus negócios e suas sobre­vivências dependentes da normalidade do tráfego naBelém-Brasilia.

Qucm sabe, naquele momcnto, a revelação do Minis­tro não teria amargurado a alma em descanso do saudo­so Presidente Juscelino Kubitschek, cuja memória, como também saudoso Tancredo Neves,jamais seria cxpostaa tão insidiosa humilhal;ão.

Um parâmetro entre o otimismo já csmaecido do Mi­nistro dos Tranportes e o pessimismo ainda íluente doDiretor do Departamento Nacional de Estradas de Ro­dagem revela que ambos não são mais que dois esforça­dos missionários a pedir esmolas a quem nada tem paraoferccer.

Enquanto isso, Sr. Presidente, vamos aguardar que oBanco Mundial se disponha a conveniar com o Governobrnsileiro um empréstimo, em dólares, para sanear as ro­dovias enfermas de nosso País.

Esta premissa seria a grande esperança, se vivêssemosnos tempos das coisas sérias. Para torná-Ia viável, vai serpreciso o Ministro dos Transportcs ou o Diretor doDNER, ou ainda os dois juntos convencerem o Presiden­te da República da necessidade de antecipar ao BancoMundial a garantia da contrapartida, sem o que não seconcretizará O financiamento.

Pelo visto e o dito pelos dirigentcs principais do setorrodoviário nacional, é mais fácil um camelô passar pelofundo de uma agulha do que operar lima délivrance naburra estatal e fazé-Ia dar à luz recursos equivalentes àcontrapartida que o Bal1co Mundial está e exigir.

No emaranhado de toda essa luta, há um visível cho­que de contradições. 0" usuários das nossas rodovias,principalmente os quc utilizam a Belém-Brasília, estão

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Junho de 1985

indóceis ante o desespero da prolongada espera. O Go­verno. por seu turno, é uma montanha de boa vontada.mas se diz sem recursos para atacar o problema. Se a so­lução depender do financiamento do Banco Mundial,vamos tirar os cavalos da chuva e pedir a Deus que a es­trada se recuperc por si mesma. Parece impossível queiMo aconteça. Porém, acreditamos ser menos traumati­zante do que a cspcra de recursos que transparecem estaracima da capacidade financeira do Governo.

É realmente constrangedor que comecemos a nos pre­parar para enfrentar o pior. Em recente discurso queaqui pronunciei, pareci dramático quando afirmei queno máximo de dez dias a rodovia Bclém-Brasília capitu­lava sua esperança de recuperação, caso o Ministério dosTransportcs não liberasse os recursos que havia prometi­do. E nào exageramos na afirmativa. O caos está à vista.

'Não o desmentem as declarações do Diretor do DNER ea minguada contribuição de dois bilhões de cruzeiros,que mal corresponderão às despesas com o deslocamen­to do equipamento para o canteiro de obras.

A última aternativa que nos resta é suplicar, com aforça de nossa fé em Deus, que o Presidente Sarney eseus Ministros do Planejamento e da Fazenda compreen­dam, com a urgéncia que o caso rcqucr, esta verdade in­conteste; rodovias corno a Belém-Brasília, mais do quesimples rodovias por onde escoam nossas riquezas, sãoacima de tudo símbolos vivos do Brasil!

Que o Governo se apiede do infortúnio amazónico enordestino!

Era o que tínhamos a dizer.

o SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, aproposta do Conselho Monetário Nacional, prorrogan­do por 60 dias o prazo de vencimento dos financiamen­tos dc custeio da lavoura de soja, ainda que adcnsadapela liheração de 100% dos Empréstimos do GovernoFederal (EGF), está muito longe de corresponder às pre­tensões dos sojicuHores brasileiros e infinitamente dis­tante de uma solução racional para os gravíssimosproblemas que O setor enfrenta.

Essas medidas, na verdade, constituem mero paliativo,que apenas adiarão o desastre e colocarão o Governo daNova República, numa incómoda situação ante as clas­ses produtoras, para as quais são transferidos, hoje, pe­sados encargos e insuportáveis sacrifícios, sem que selhes proporcione uma contraprestação capaz de se com­patibilizar com suas justas reivindicações.

O Ministério da Agricultura, ao que parecc, permane­ce insensível às reiteradas manifestações das liderançasagrícolas, cujas propostas - amadurecidas em amplosdebates e na dolorosa experiência de succssivas frus­trações - procuram conciliar os interesses dos produto­res com as aspiraçõcs nacionais dc ampliar o mercado in­terno e troná-Io acessível a todas as camadas da popu­lação.

Há, por exemplo, a sugestão de reescalonar os débitosdos sojicultores pelo prazo mínimo de três anos, comcustos financeiros que nào excedam 50% das oscilaçõesmensais das Obrigações Reajustávcis do Tesouro Nacio­nal (ORTN). Essa proposta, embora exija forte lastrooficial, nem sequer foi examinada ou discutida pelo Mi­nistro Pedro Simon. i\ alegação de que o Governo nãodispõe dc rccursos é demasiada bem pensante para serverdadeira: Afinal, muitos trilhões de cruzeiros foram econtinuam sendo sepultados no saneamento de bancos einstituições financeiras, que, por mú geréncia ou simples­mente por corrupção, faliram e continuam falindo sob oolhar complacente da Nova República. De resto, se umPaís que tem fome e que exibe os mais lamentáveis índi­ces de subnutrição não accitar o desafio que lhe é lança­do peJa trágica realidade econômico-social, certamentenão terá forças nem coragem para construir seu própriodestino. Dinheiro sempre hú. Basta saber utilizá-lo racio­nalmente. Mas, mesmo que inexistissem recursos, pensoque o Governo jamais poderia sepultar idéias scm antesdiscuti-las ampla e democraticamente.

Ademais, o Ministério da agricultura silenciou sobreoutra proposta das lideranças rurais, segundo a qual oGoverno proporcionaria um adiantamento equivalente aJOsacas de soja por hectare plantado e 4ue seria restituí­do ao cabo de 3 anos à base de 3,33 sacas anuais.

Ao ignorar essas sugestões, preferindo discutir tào­somentc scus próprios planos, que não são necessaria-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J)

mente os melhores, a Nova República exibe um alter egoatê então desconhecido, uma outra face até aqui ocultano biombo de um suposto processo de aberturta políticaque otimizaria o debate democrático dos grandes temasnacionais.

É lamentável, Sr. Presidente, que os caminhos escolhi­dos sejam os da superficialidade, dos "panos quentes",da técnica do esparadrapo. Não será, por certo, com me­didas paliativas, mcramente epidérmicas, que o Governoevitarú o desastre econômico e o caos social.

Era o que tinha a dizer.

O SR•.JOSt:: .JORGE (PFL - PE. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aolado da questão do reajuste das prestações da casa pró­pria, tema que afeta diretamente quatro milhões de mu­tuários e dczenas de agcntes financciros do BNH, alémdo prôprio Governo, avulta no momento um dos desa­fios do setor habitacional brasileiro: a necessidade de seencontrarem soluções criativas e de baixo custo para aretomada da construção de habitações populares,

Na realidade, após o agravamento das dificuldadesoperacionais do Sistema Financeiro da Habitação, emfunção da compressão salarial a que foram submetidosos trabalhadores e da queda dos recursos disponíveis doFGTS, foi esquecida a prioridade governamental da re­dução do grande déficit habitacional brasileiro.

Recordo, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que o Brasilpossuía em I'J79 um déficit habitacional superior a ein­cos milhões de moradias e que em função dessa realidadevergonhosa - porque atenta diretamente contra a quali­dade de vida, o bem-estar e a economia de pelo menosvinte milhões de brasileiros - o Governo passado esta­beleceu meta de construção de seis milhões de casas po­pulares.

Da proposta inicial do ex-Presidente João Figueiredo,pouco mais de um milhão de casas foram construídas,devendo-se tal fato fundamentalmente ã gravidade dacrise econõmiea que caracterizou seu período presiden­cial. com profundos reflexos na política habitacionnl.

Mas a conseqüéncia mais marcantc dos reveses econó­micos na politica habitacional foi o inexplicável abando­no da busca de soluçõcs para o déficit brasilciro de mo­radias. Não se constrói praticamente nada no Brasil- osetor privado aprescnta ociosidade de 80% da sua capaci­dade de construção, motivado pela pouca demanda, aomesmo tempo em que os materiais sobem de preço emrilmo superior ao da inflação. Por sua vez, as COHABSdeixaram de fazer investimentos. de forma que a questãoda casa própria sc agrava mais uma vcz no País inteiro.

A persistência de crise econômica recomenda, Sr. Pre­sidente c Srs. Deputados, que a politiea habitacional sejaredirecionada, em busca de soluções que reflitam a aus­teridade do atual Governo Federal e a necessidade de en­contrar respostas criativas c, principalmente, de baixocusto. Tais soluções devem contemplar prioritariamenteos segmcntos sociais mais carentes e que constituem napopulação brasileira a parte mais dramática do nosso dé­ficit de moradias.

Enquadram-se nessa categoria as favelas urbanas ­escondidas nos documentos oficiais sob o eufemismo dos··aglomerados sobnormais" - que nascem de invasõesde terrenos públicos e particulares nas principais metró­poles brasileiras. A experiência mostra que contra taismovimcntos são infrutíferas quaisqucr mcdidas repres­soras, até agora incapazes de conter a onda humana embusca de um pedaço de chão para morar, por mais inade­quado e adverso que este seja.

Essa é uma questão que há muito me preocupa, desdequando exerci o cargo de Secretário de Habitação dePernambuco, no Governo do hoje Ministro Marco Ma­ciel, e que se reflete na minha atuação parlamentar. Vi­.sando a ajudar os Governos municipais a enfrentar comêxito o problema das invasões, apresentei o Projeto deLei n' 2.736, de 1983, jú aprovado em primeiro turno poresta Casa, quc prevê a lavração de contratos de alienaçãode imóveis pertencentes aos Municípios em livros pró­prios, medida que agilizará e reduzirá custos da regulari­zação da posse de terrenos invadidos c dcsapropriadospelo Poder Público.

Dcfendi ainda, nesta tribuna, a criação de loteamentospopulares, com infraestrut um búsica, como meio de pre­venir a formação de favelas, bem como o desenvolvimen­to de tecnologia e equipamentos para a produção localde materiais dc construção para utilizar a mão-de-obra

Sábado 8 5773

dos próprios beneficiados com u construção das casas eviabilizar o uso dos materiais disponíveis, evitando des­pesas dc aquisição e de transporte de grande parte dosmateriais.

Acrescento agora mais uma sugcstão visando a solu­ciormr parte do nosso problema habitacional: o financia­mento pelo BNH da venda de terrenos com recursos pró­prios, iniciativa que, a meu ver, contribuirá de forma de­cisiva para o aumento da oferta de moradias.

A abertura pelo BNH dessa nova linha de financia­mento, Sr. Presidente e Srs. Deputados, tornará sem dú­vida mais democrático o ac~sso à casa própria, permitin­do também que o mutuário escolha o local onde quermorar, de forma que lhe for mais conveniente, e definaele próprio a maneira como deve construir sua habi­tação.

Acredito também que o financiamento do tcrreno di­retamentc ao mutuário resolverá outro grande problemadas COHABS e organismos oficiais do setor: a inexistên­cia de grandes áreas de terra, a preços baixos, nos cen­tros urbanos mais desenvolvidos, justamente onde oproblema da moradia eelodc de forma mais grave.

Outra medida que, creio, contribuiria para a soluçãodo impasse habitacional brasileiro ê o financiamentopelo BNH dos investimentos, do setor privado em in­fraestrutura urbanística para loteamentos, despesa quetem sido bancada pelos Governos, mas que. na realida­de, tem servido de freio às suas ações no setor, pela esca­sez de recursos para as áreas sociais.

Esse financiamento ao setor privado tiraria dos Esta­dos um õnus pesado, limitador da sua atuação, permitin­do o atendimento das camadas econõmicas interme­diárias e resolvendo outra grave distorção da políticabrasileira de habitação: a falta de iniciativas visando asatisfazer a demanda da classe mêdia baixa, pois o sistc­ma atual atende basicamente aos dois extremos do estra­to sócio-econômico.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, a urgência da busca desoluções - repito, criativas e de baixo custo - não deveser esquccida neste momcnto em que os reflexos da criseeconômica são ainda tão graves sobre o SFH. A defi­nição dos reajustcs das prestações, apesar de importantepelas suas amplas implicações econômicas e sociais, não'podc ofuscar as questões fundamentais do setor.

Apelo para o Ministro do Desenvolvimento Urbano eMeio Ambiente, Flávio Peixoto, e para o presidente doBanco Nacional da Hahitação, José Maria Aragão, paraque incentivem o estudo das alternativas que se apresen­tam para o redirecíonamento da nossa política habita­cional. Conclamo também os parlamentares de todos ospartidos e as entidades que se interessam pelo assunto aaprofundarem o exame e o debate de assunto de tanta re­lcvência para o bem-estar social brasileiro. como·é a mo­radia.

Muito obrigado.

Durante o diseurso do Sr. .José .Jorge, o Sr. JoséFrejat. 4'-Secrelário, deixa a cadeira da presidência.que é ocupada pelo Sr. José Ribamar Machado, Su­piente de Seeretário.

O SR. PRESIDENTE (José Ribamar Machado) ­Tcm a palavra o Sr. José Mendonça dc Morais.

O SR. JOst MENDONÇA DE MORAIS (PMDB­MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, o assunto que me traz à tribuna, hoje,considero-o da mais alta significação social e humana, eexige serena reflexão por parte de quantos, como nós, secmpenham na projeção de um novo amanhã, menosamargo, menos conturbado. um amanhã em que o senti­mcnto de paz deixe de ser simples expectativa, simplesnuvem de esperança, e materialize, realmente a legendaque servirá de escopo ao caminho seguro de todos os ho­mens. Trata-se. Srs. Deputados, de um evento universal,como que um abraço no qual todo o mundo se encontra,fraternalmente, no júbilo maior de inusitadas conquis­tas.

O registro que faço, neste momento, para que fiqueconsignado nos Anais da Casa, refere-se à passagem, na- próxima segunda-feira, dia 10 de junho, da instituiçãoda Irmandade Internacional de Alcoólicos Anônimos, ir­mandade quc, no vigor dc seu siléncio, na modéstia infi­nita de seu anonimato, vem contribuindo de maneiraincstimável para a reintegração social de centena de mi-

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5774 Sábado 8

Ihares de doentes do alcoolismo, sem distinção de sexo,de cor, de Status, de credo, de ideologia, funcionando,por assim dizer, como elemento agregador ou reagrega­dor da família e até da força do trabalho, pois é sabidoquão perniciosas são as conseqüências do álcool nessesdois scgmentos vitais dc toda a humanidade.

Plantada originariamente em Akron, Ohio, nos Esta­dos Unidos da America do Norte, a semente de Alcoóli­cos Anônimos não demorou a germinar e a crescer emoutros países de todos os contimentes, abrangendo, naatualtdade, cerca de 120 paíse!j., cntre estcs o Brasil, ondeos grupos de AA 'marcam presença efetiva e frutífera des­de o início da década de 40, representando, presentemen­te, 2.500 grupos disseminados do Amazonas ao Chuí, deleste a oeste, e que são responsáveis diretos pela recupe­ração de centenas de milhares de doentes do alcoolismo eque reúnem em terapia, dia a dia, mais de um milhão dehomens e mulheres brasileiros intcressados em percorreros p3SS0S e obedecer às tradições que lhes proporcionamsem investimento maior. senão a boa vontade, a inteira~ibert~lção do flagelo moral e emocional a que o Cllcao1,invariavelmente, conduz.

Há cinqiienta anos, portanto, a humanidade inteira sebenelicia da experiéncia de Alcoólicos Anônimos, e noBrasisl, particularmente, onde o problema assume preo­cupante gravidade, a filosolia de AA já sensibilizou a ad­ministração pública, ela mesma afetada pela incidénciade doentes alcoólicos, tanto que os Ministérios da Saúdee. da Previdência Social alinham em suas metas priori­taTlas programas de combate ao alcoolismo, com a cola­boração prestimosa e desinteressada dos Comitês de Ser­viços de AA. programas que tão benéficos rcsultadosvêm alcançando e cuja expansão :1 prática já recomendaem todo o território nacional.

Em Brasília. Sr. Prcsidente, Srs. Deputados. as come­morações alusivas ao cinqüentenário de cri3ção de Al­coólicos Anônimos seriio assinaladas com o lançamento.pela Empresa Brasileira de Correios e Telegrafl1S, do Ca­r~mbo Postal homenageando o evento. cerimônia que te­ra lugar, com a presença de autoridades, às 17 horas desegunda-feira, dia la, no auditório da TV - Radio Na­cional, seguida de lima sessão pública, no mesmo local,às 20 horas do mesmo dia.

Parabéns ao Governo. que, através da ECT. reconheceo valor de AA e, de público. manifesta sua solidariedadea essa irmandade.

Este o registro que, com humana alegria, me compra­zo de fazer. tributando o reconhecimento do ParlamentoBrasileiro aos inestimáveis serviços que Alcoólicos Anô­nimos prestam, sem alardes, à sociedade e à família denosso País. que será um País "sóbrio", como convêm àsaúde nacional e a todos os membros de AA.

O SR. JOsf: FREJAT (PDT -= RJ. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs, Deputados, aConvenção Nacional do Partido Democrático Traba­lhista, reunida em Brasília-DF, expressou sua solidarie­dade à autodeterminação saharaur, exigindo imediato re­conheCimento aliciai brasileiro da República ÁrabeSaharauí Democrática - RASO, proclamada em 27 defevereiro de 1975, já reconhecida por mais de 60 países--:- e~tre os quais 1,7 da América Latina e aceita de plenodIreito na Orgamzação para a Unidade Africana ­OUA, em fins de 1984.

O ~ec~nhecimento oficial da RASO é um imperativodo pnnelpll~ de defesa da autodetermmação dos povos e~e ~ranco ahnhamento ao processo de descolonização naAfnca.

Ao atrasar-se no reconhecimento da RASO, o /lama­raty compromete a aproximação entre os povos brasilei­ro e do Saharauí e questiona a soberania do continenteafricano, que já abrigou a RASD no seio da Comunida­de Africana das Naçães c na Organização Para a Unida­de Africana. Voltando atrús em compromissos assumi­dos internacionalmente no governo anterior e que condi­ClOnavam o reco?hecimento brasileiro a esses procedi­mentos, o Sr. MInistro Olavo Setúbal expõe a políticaexterna do país ao descrédito no Terceiro Mundo e juntoa outros povos. Demonstrando desinformação sobre aevolução diplomiltiea internacional da RASD, quejá ob­teve do Governo e do Congresso dos Estados Unidosapoio. para uma paz negociada no Saara, cujo processodevenarnos ~m~enhar-nos pelo risco que traz à segu­rança d~ Atlantlco Sul, o /lamaraty reverte expectativasnnCIOnats e Internacionais sobre sua renomada compe-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

téncia. Abdicando, enlim, de uma aproximação imediataCO~l ~ cll~t~rae os povos {(cabes, facilitada pelaslatinida­de ldlOmattca dos saharauis e sua grande identidade coma Argéli.a, o <?ov~rno da Nova República perde umaoportumdade InUSitada para abrir novas fronteiras paraa economia brasileira.

Cumprimentando, na pessoa do Presidente Abdelasiso bravo povo saharauí a Convenção Nacional do PDl­confia n?justiça d~ sua causa c crê na solução negoeiadado conflIto que ratifique sua soberania sobre a totalidadedo território.

o SR. JOsf: MOURA (PFL - PE. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs, Deputados, nopenhor de recordar e divulgar a obra, prestando, ao mes­mo tempo, sentida homenagem à memória do Poeta, oEstado de Pernambuco está comemorando os noventaanos de nascimcnto e o vigésimo aniversário de morte deAscenso Ferreira, o menestrel do povo, figura das maisrepresentativas da poesia popular no Nordeste brasilei­ro.

Com este propósito, a Seeretaria de Turismo, Culturae Esportes do Estado, através da Fundação do Patrimô­nio Histórico e, A~tístieo de Pernambuco (FUNDAR­P~), tomou a Imclatlva de promover, no início desten:es. no M~seu da cidade do Recife, um festival de poe­Sia, denomInado, "'Viver Ascenso". que relembra c rcvivcO autor dç. '\Catimb6'\ "Cana Caiana" ç. "Xenhenhêm".No dmbito desse evcnto, o Professor Nestor Accioly, umdos maIS profundos conhecedores da literatura pernam­bucana. proferiu, no dia nove do corrente uma conferên­cia sobre a obra poética de Ascenso Ferreira, palestraque despertou enorme interesse atraindo grande público.

Também a Fundação Casa da Cultura Hermilo BorbaFilho, localizada em Palmares, terra natal do Poetahouve por bem organizar um alentado programa de co:memoração intitulado, "Ascenso - 90 Anos de Poesia"que se estenderú até dezembro dcstinado à análise c di:vulgação do conteúdo literário e da opulenta substdnciasocial e folclórica, transcritas em expressões poéticas degrande densidade, clareza e força, da obra daquele quequerIa ser - c o foi -,."doutor pela boca do povo".

Sem o propósito de estender-me sobre a vida e a obradaquele que foi um dos grandes mestres da poesia brasi­leira, lícito me seja recordar, contudo, conforme as pala­v.ras dc Nestor Accioly, que. "naseido em Palmares, inte­nor de Pernambueo, o menino Ascenso integrou-se à na­tureza da eana-de-açúcar. Adocicou o ouvido e a pala­dar. Con hceeu o mar docc, antes dc conhecer o de certaforma amargo mar da vida", Ascenso Ferreira, efetiva­mcntc, na obra como na vida, no estilo como nas atitu­des, fo.i um ,homem de sUa terra, uma figura impregnadade regIOnalIsmo, para não dizer de naeionalismo sendopor demais evidente, em todos os seus cscritos, o'íntimocontato entre o sentir do poeta e O espírito de sua gente,

Na obra de Ascenso Ferreira Palpita, na verdade, oque hú mais auténtico c profundo na alma do povo per­nam~ucano. Assim, em composições ricas em imagens,em VIbrações de força, de lirismo e de sonoridade suaobra, um mundo de imensas e soberbas criações, re~ela,ao mesmo tempo, o sentido pitoresco dos costumes. opormenor esclarecedor das trudições, o entranhadoamor pelas coisas da terra.

Tudo que produziu, com proveito para as letras nacio­Dms, fOI sempre em direção às paragens nordestinas c aoencontro da alma popular, onde se escondiam, cristali­nas, as fontes de sua inspiração.

Ao fazer registrar, nos Anais desta Casa, as homena­gens que o Governo e as entidades culturais pernambu­cana~ prestam à m.emória d,e Ascenso Ferreira, desejomamfestar meu maIs lI1condlcional apoio a tais iniciati­vas" que vêm enaltecer a valorizar a obra do ilustre poe­ta, Jogral do povo, que tanto engrandeceu a literaturanacional.

Durante o discurso do Sr. José Moura. o Sr. JoséRibamar Machado. Suplente de Secretário, deixa acadeira da presidência. que é oeupada pelo Sr. JoséFr~iat. 49-Secretário,

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavrao Sr. Paulo Zarzur.

O SR. PAULO ZARZUR (PMDB-SP. Pronuncia0seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,

Junho de 1985

desta tribuna, mais uma vez, conelamo meus ilustres pa­res ao indispensável apoio à aprovação do Projeto de Lein' 4.303, de 1984, de autoria do Deputado FranciscoDias, que altera a redaçflo do § lo do art. 843 da Consoli­dação das Leis do Trabalho.

O art. 843 da CLT, ora em vigor, diz que:"Na audiência de julgamento deverão estar pre­

scntes o reclamant," e O reclamado, independente­mente do_comparecimento de seus representantes. ,

§ I' E facultado ao empregador fazer-sesubsti­tuír pelo gerente, ou qualquer outro preposto quetenha conhecimento do fato, e cujas declaraçõesobrigarão o preponente.

§ 2' Se por doença ou qualquer outro motivoponderoso, devidamente comprovado, não forpossív~l ao empregado comparecer pessoalmente,podera fazer-se representar por outro empregadoque pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindi­cato~'.

Por conseguinte, na forma da atual legislação, o nãoeomparecimento do empregador à audiência de julga­mento importa revelia, além de confissão quanto à ma­téria de fato.

No entanto, ao empregado é facultado fazer-se repre­sentar, durante o julgamento, por outro empregado oupelo sindicato, ao passo que ao empregador cabe sersubstituído somente 1'01' seu gerente ou preposto. Toda­via, o referido preposto .. segundo a jurisprudência domi­nante. deve ser um outro empregado com conhecimentodo fato originário da redamação. Perguntamos, que em­pregado defenderá o patrão em detrimento de Um cole­ga?

O citado art. 843 da CLT dispõe que o cmpregadortambém pode ser substituído pelo gerente. Entretantohá mui:as pequenas empresas que não possuem gerentes:logo, ftca o empregador obrigado a comparecer ou sercondenado à revelía.

Desta feita, aqut nos colocamos em defesa das peque­nas empresas que sobrevivem, muitas vezes, com o tra~

balho de uma mesma família, nem mesmo dispondo deum gerente. Este Projeto de Lei n' 4.303 /84 visa a corri­gir tamanhas distorções e traduz os anseios do ConselhoVarejista da Federação do Comércio c dos Sindicatos doComércio Varejista do Estado de São Paulo.

O presente pronunciamento representa nosso favoreci­mento ao Exm' Sr. Olivier Mauro Viteli Carvalho, Presi­dellle do Sindicato do Comércio Varejista de CruzeiroSão Paulo, que, como wdos os demais interessados, aI:meja, através do projeto, conceder ao empregador o cre­denciamento de qualquer pessoa de sua livre escolhapara representá-lo junto às audiências.

'Assim sendo, apelamos para os nobres Parlamentaresno sentido de uma rúpida tramitação e aprovação da ma:tória. que virá em benefício de milhares de comerciantesda média, pequena e microempresa,

Era o que tinha a dizer.

O SR. ANTÔNIO AMARAL (PDS - PA. Pronunciao seguint.e dis,curso.) _. Sr. Presidente, passo a ler, paraque seja Illsendo nos Anais da Casa, discurso proferidopelo Sr. Antônio Oliveira Santos, Presidente da Confe­dcração Nacional do Comércio, por ocasião da visita doSr. Ministro da Indústria e Comércio àquela entidade:.. "Senhor Ministro Roberto Gusmão, .

A Confcderação Nacional do Comércio não o recebeapenas eom as homenagens protocolares devidas a umMinistro de Estado. Mas, acima de tudo, com aplausos eadmiração pela postura corajosa e realista com que Vos­sa Exceléncia procura firmar os alieerces da Nova Re­pública,

Mudança é fonte de esperança: e não resta dúvida deque a instalação da Kova República gerou verdadeiraexplosão de expectativas, muito além do que qualquerGoverno pode realizar, Não que os seus fundadores pro­metessem o impossível. O saudoso Presidente TancrcdoNeves sempre alirmou em alto c bom tom que não erataumaturgo, e a mesma linha de pragmatismo vem sendos~g.uida pelo Presidente José Sarney. Mas porque, comodiZia Pascal, o coração tem razões que a razão desconhe­ce. E as grandes mudanças políticas acalentam o sonhode que as razõcs do coração possam prevalccer sobre asda própria razão.

Todos nós sonhamos com um Brasil mais próspero emaIS Justo, on de os benefícios do progresso se espraiem

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Junho de 1985

por todos os grupos e regiões. No plano onírico, que põeem hibernação as leis econômicas da escassez, tudo se re­solve com a máxima simplicidade: basta aumentar sa­lários e congelar preços. Esse plano talvez deleite o egodos románticos, mas não alimenta o trabalhador quevive na realidade do dia a dia. E, no plano real, todos sa­bemos ou devemos saber que o Governo não cria rique­zas do nada, e que não há respostas óbvias para proble­mas difíceis,

Após trés décadas de crescimento à taxa média de 7%ao ano, a economia brasileira sofreu o impacto com asduas dívidas, a cxtcrna c a intcrna, com a recessão dotriênio 1981-1983 e com a forte compressão dos saláriosreais, sobretudo os da classe média, Mais ainda, as taxasreais de juros transformaram-se no maior problema es­truturai da economia, inibindo o investimento privado ea criação de empregos e sobrecarregando os próprios dé­ficits do setor público, E a inflação de mais de 20ü% aoano destrói qualquer possibilidade de previsão económi­ca, por mais que os nossos técnicos se esmerem em aper­feiçoar os mecanismos de indexação.

Por certo parte desses problemas foi o resultado dcchoques externos adversos, as duas crises do petróleo, aescalada dos juros internacionais, a valorização do dólarprovocada pelo déficit fiscal dos Estados Unidos, e a rc­cessão de 1981-1982 nos países industrializados, Outraboa parte, porém, se deve ao crescimento desordenadodas despesas públicas devido, entre outras razões, a umsistema de orçamentos múltiplos profundamente antide­mocrático e que impedia que os gastos federais fossemauditados pelo contribuinte e pelo Congresso, Aos cho­ques externos conseguimos responder vigorosamentepelo programa de substituição de importações e pro­moção de exportações iniciado em 1974. Já o déficit in­terno foi sendo empurrado para frente, eomo atestam asnossas sucessivas e mal sucedidas cartas de intenção aoFMI.

O principal desafio da Nova República é pôr em or­dem as finanças públicas, sob pena de se descumpriremas suas promessas não apenas com as e1asses produtoras,mas sobretudo com os trabalhadores brasileiros, Nadamais fácil do que aumentar salários nominais, basta paratanto, uma penada do executivo, da Justiça do Trabalhoou dos próprios empresários, cientes de que repassarãoos reajustes da mão-de-obra aos preços. Difícil, emboranão impossível, é conseguir que os aumentos nominaisrealmcnte se transformem em ganhos reais dos trabalha­dores, Valham-nos, nesse sentido, as lições da França deMitterrand e da Argentina de Alfonsín, Aumentar sa­

'Iários congelando preços é a melhor receita para matar agalinha dos ovos de ouro, Aumentar salários deixandoque os empresârios repassem aos preços os aumentos decustos é um jogo de soma zero, onde o único premiado éa inflação

Rcelipcrar o poder aquisitivo das classes menos favo­recidas é uma obrigação da Nova República, Os mais sa­dios dos remédios, o crescimento econômico, só surteefeitos a médio e longo prazo, A curto prazo, há muitosresultados que se podem obter, mas todos estão condi­cionados a uma solução: a queda dos juros reais abrindoespaço para que os assalariados adquiram fatia do quehoje é a remuneração do capital financeiro,

Essa abertura de espaço, porém, não comporta so­luções simplistas. Quem determina os juros reais não sãoos banqueiros, mas o Governo, com o lançamento deseus títulos. Trocar o lançamento desses titulas pelaemissão de moeda é remédio tão inútil quanto congelarpreços e aumentar salários, Após breve onda de euforia,todos nós seríamos engolfados pela hiperinflação.Trocá-los pelo aumento de impostos ê apenas meia so­lução. Os indiretos atingem diretamente o bolso do po­vo, Os diretos ou recaem sobre os próprios assalariados,ou sobre as empresas, que perdem a capacidade de me­lhor os rem unerar. Alguns, possivelmente, alcançariamapenas ganhos de capital ou transferências patrimoniais,mas pouco ajudariam a combater um déficit de 85 triolhões de cruzeiros. Resta, em suma. passar a tesoura nasdespesas públicas que tão desordenadamente se acumu­laram nos últimos anos. Despesas que, na maior parte,acabam sendo pagas pelos menos favorecidos, ou pelosefcitos dos tributos, ou pela exacerbação dos juros reais,ou pela escalada da inflação,

O Comércio, Sr, Ministro, não pretende quc o Estadose esqueça de sua função social, num retorno ao capita-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONA L (Seção I)

Iiamo do século XIX. Mas pede que a Nova Repúblicaalente para as frustrações socialistas do século XX, e quemostraram que o desaparecimento da iniciativa indivi­duai é a eutanásia da eficiência. Se a China c a Hungriaredeacobrem à sua moda os méritos do capitalismo; se osocialismo italiano de Bettino Craxi e o espanhol de Feli­pe Gonzalez concordam que os reajustes salariais devembasear-se na inflação projetada e não na passada, é por­que o mundo da economia não é o do sonho, mas o darealidade,

Em todos os seus pronunciamentos, Sr. Ministro, ve­mos o toque de quem luta pelo pragmatismo na políticaeconômica da Nova República. Um pragmatismo demo­crático, e que parte do postulado de que, acima de tudo,é preciso respeitar a ordem jurídica, fora da qual inevita­velmente se descam ba para a anarquia, Por essa afinida­de de ideais, Ministro Roberto Gusmão, receba a nossasolidariedade e considere a Confederação Nacional doComércio como sua casa."

o SR. JORGE ARBAGE - Sr. Presidente, peço a pa­lavra para uma comunicação.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavrao nobre Deputado,

O SR. JORGE ARBAGE (PDS - PA, Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr, Presidente, o professor, ex­Deputado Federal e mestre da ciência do Direito Consti­tucional Célio Borja, conforme leio no Jornal de Brasíliade hoje, entende que, "uma consulta na própria cédula aser usada na eleição de 1986 é a fórmula preferida paraque o próximo Congresso tenha legitimados seus pode­res constituintes, Na prática, reconhece, sua proposta épor um plebiscito".

E o jornal informa que "Célio Borja entende que essemesmo mecanismo pode ser usado para resolver a si­tuação de um terço do Senado eleito em 1982, que nãopassarâ pela prova das urnas",

Faço o registro porque a tese do ex-Deputado CélioBorja está cristalizada na emenda à Constituição queapresentarei à Casa, segunda-feria próxima, propondo arealização de plebiscito para que o eleitorado diga daconveniência, ou não, de os futuros membros do Con­gresso Nacional e das Assembléias Legislativas serem in­vestidos, a partir do pleito de 1986, na condição de legis­ladores constituintes.

O plebiscito, se aprovado pelo eleit~rado, será realiza·do sob os auspícios do Tribunal Superior Eleitoral, con­comitantemente com as eleições gerais de 1986, cabendo

, ao eleitorado responder sobre ele na mesma cédula elei-toral em que exercer o direito de voto.

A consulta plebiscitária insere, ainda, o terço dosmembros do Senado Federal eleito em 1982, que não se­rá submetido ao veredito das urnas,

O entendimento do ex-Deputado Célio Borja, hoje as­sessor especial da Presidéncia da República, coincide emgênero, número e grau com a proposta de emenda àConstituição que apresentarei ã Casa na próxima sema­n:.L Está com o número de assinaturas na Camara e noSenado já completas, Deixo de fazé-Io na sessão de hojeporque não há Ordem do Dia.

Conforme tenho defendido com insistência, só existemduas fórmulas de se estabelecer o poder constituinte:com a precedência da ruptura das instituições, caso emque a convocação da Assembléia Nacional se dará porconvocação de um dos poderes, o Executivo e o Legisla­tivo, e, ou, atravês de eleição plebiscitária, esta cum duasvariantes: a de homologar, pelo referendum popular, aConstituição antes promulgada pelo Congresso, parainvestí-Io do poder constituinte, e a de realizar o plebisci­to concomitantemente com as eleições gerais,

A última hipótefle, assim como a segunda variante,não tem similar na história do poder constituinte no Bra­sil e no mundo, Eidéia criativa nossa. Talvez a mais de­mocrática, porque o eleitorado, no momento em que es­colher o seu representante nas duas Câmaras do País cnas Assembléias Legislativas, já o fará consciente de queéle será ungido da prerrogativa de legislador constituin·te,

Contudo, haverá no próprio plebiscito que pretende­mos submeter à douta deliberação do Congresso Nacio­nal um fato especial. Refiro-me ao terço do Senado cujomandato expira em 1990. Só encontramos uma alternati­va para não deixá-lo como corpo estranho entre legisla-

Súbado 8 5775

dores que serão eleitos com fim específico de elaborar afutura Constituição do Brasil: submeter o terço do Sena­do, na mesma eleição de 1986, à consulta plebiscitária,Com isto, a resposta positiva do eleitorado o revestirâdos mesmos poderes constituintes atribuídos aos candi­datos que venham a ser eleitos para a Câmara Federal eo Senado da República.

O impasse, no caso, estará dirimido.A hipótese do referendum popular à Carta Fundamen­

tai antes promulgada pelo Congresso foi aquela adotadapor Charles de Gaule, na Constituição francesa de 1946,No caso, a terminologia jurídica não seria poder consti­tuinte originário, mas transformação dos Congressistasem legisladores constituintes, o que é vâlido, porque opovo, na sua soberania, assim o deliberou,

à margem das hipóteses citadas, todo e qualquer fun­damento que respalde propostas de instalação do poderconstituinte é improcedente, demagógica e timbrada desimples balão de ensaio.

Se há propósito de instalar uma Assembléia NacionalConstituinte, considerando que o Brasil está sob tutelado Estado de Direito, a solução adequada está circuns­crita à realização do plebiscito na mesma eleição de1986, De outro modo, cometeríamos a heresia de sofis­mar à Nação, dando-lhe como poder contituinte uma di­tadura constituinte. O que derrubaria o disfarce mais ce­do, se aceitâssemos que uma comissão alheia ao Con­gresso Nacional ficasse com a incumbéncia de elaborar anova Carta Magna para depois impingí-Ia à aprovaçãopelos representantes do povo.

Era o que tínhamos a dizer.

V - O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Passa-se oGrande Expediente,

Tem a palavra o Sr, Siqueira Campos.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS PRONUNCIA ODISCURSO QUE. ENTREGUE,l REVISÃO DOORADOR, SERÁ PUBLICADO POSTERIOR­MENTE.

O SR. JORGE ARBAGE (PDS - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, nota 10 para aNova República, Jamais se presenciou, na história destePaís, taritas medidas inovadoras em tão pequeno lapsode tempo. Superada ~ "briga de foice" entre os integran­tes da Aliança Democrática pelo espólio dos cargospúblicos, da qual os resíduos ainda por disputar já nãoincomodam - começaram a explodir os impactos noscombates às mordomias, aos gastos supérfluos, aos lati­fúndios ímprodutivos, aos funcionários fantasmas. aoscomensais das residéncias oficiais e aos ocupantes inde­vidos de apartamentos do Estado,

A seguir, o milagre operado na área econômica: in­flação em queda vertiginosa, de 13 para 10,5% depoispara 8,8% e agora para 7,5%; previsão de crescimento doPaís, para 1986, de 6,7%; superavit de 11 bilhões de dóla­res na balança comercial para o exercício corrente; au­menlo de 89,2% para o funcionalismo público, com pers­pectiva de concessâo do 13'.

Sem muita demora. promessa de um plano de emer­gência para o Nordeste, com investimentos iniciais detrés trilhões de cruzeiros; socorro para a recuperaçãoimediata de mais de 2,000 quilômetros de rodovias fede­rais, inclusive a bastarda Belém-Brasília; aplicação desoro financeiro nos organismos do COMIND e BancoAuxiliar, em montantes globais de quase dois trilhões decruzeiros, sem necessidade de autorização legislativa,que foi exigida para o caso SuIBrasileiro c Habitasul;condignas c:oncessôes de honras e glórias à cultura nacio­nal, que 1utaH e está conseguindo minimizar a rigidez daLei de Censura, a fim de torná-la mais permissiVll aosapetites daq ueles aos quais tanto incomoda.

Sr. Presidente, qualquer memória é estreita ­confesso-para gravar o imenso acervo de propostas queum Governo, em menos de 90 dias, conseguiu projetarno cenário político e administrativo do País,

Ouço com muito prazer o nobre Deputado Maçao Ta­dano,

O Sr. Maçao Tadann - Deputado Jorge Arbage, osíndices levantados por V. Ex' foram conquistados dianteda recomendação que o Banco Central e o Banco doBrasil receberam para que se mantivessem o saldo-caixaatê 31 de maio passado, para justificar a posição nas ne­gociações perante os técnicos do FMI, antes tão eritica-

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dos pelos Partidos que representavam, à época, a Opo­sição que hoje está no Poder, Muito breve, através denossas palavras, que subscritaremos V. Ex' conheceránossa posição em relação aos recursos que estão sendoenviados ao Nordeste para atender à denominada indús­tria da seca ou indústria das enchentes. Com relação ásúltimas enchentes, ocorridas naquela região, foram le­vantados dados de quinhentos a um milhão de desabri­gados e man dados para lá, trés trilhões de cruzeiros. Eveja V. Ex' no último Orçamento, de 1985, qual a po­sição da nossa Amazônia, do nosso Centro-Oeste oumesmo do Extremo Sul e do Centro-Sul em relação aonumerário que o Nordeste tem levado na onda das secasde das enchentes. Nós, que aqui representamos a pré­Amazónia, a Amazônia, o Centro-Oeste, o Extremo Sul,vamos denunciar á Nação a aplicação desses recursos.Não somos contra o atendimento aos nossos irmãos doNordeste. e, sim, eontra a forma eomo é fcito - comman~-hctcsl alardes, aplicações indevidas de recursos.

o SR. JORGE ARBAGE - Deputado Maçao Tada­no. louvo a Deus pelo socorro que V. Ex' presta ao meupronunciamento. Diz V. Ex' com muita precisão, compalavras que realmente não induzem a nenhum disfarce,que toda essa gama de propostas que estão sendo adota­das, hoje a nível de Governo Federal seria. em termosmais candentes, uma amostragem para a Amazónia ver,

.para os credores internacionais verem.~- V. Ex' enYoca também um outro aspectofundamneÚI1,que não poderá passar despercebido em nosso pronun­ciamento: a desigualdade e a injusta e abominável discri­minação que a Nova e também a Velha República, se éque ambas existem, fizeram no curso dos anos contra aRegião Amazônica. Sabe V. Ex' que em algum períododa História brasileira a Região Amazônica era umproblema dos mais sérios e graves para a própria segu­rança do Brasil. Falava-se. àquela altura. na possibilida­de da ocupação alienígena; não a ocupação que pudesseser feita de modo passivo, mas a que chamaríamos. "namarra".

Tudo is<o ia-se neutralizando, e hoje me convenço deque se tratava nada mais, nada menos do que uma ma­nobra para isolar a Região Amazônica do progresso c doprocesso de desenvolvimento brasileiro. Hoje. porém,nós, que ontem éramos um problema, um risco, um peri­go para a própria segurança do Brasil, somos, DeputadoMaçao Tadano, a própria e viva solução para os graves eperigosos problemas do Brasil. E lá, naquele solo e sub­solo abençoados, o Governo da República está refeste­lando o estômago na Nação com a exploração, que eudiria nem sempre justa e racional, das nossas riquezasminerais e naturais.

V. Ex' diz bem que deveremos, sempre que possível,verberar este injusto eatrevido divisionismo que faz comque a Amazônia brasileira deixe de ser o maior, o maissaudúvel. o mais rico e O mais majestoso pedaço de chãodo Brasil.

Prossigo. Sr. Presidente.Agora, estoura como bomba de grande calibre o pacto

nacional. Lembro-me de que. no auge do processo detransição política, que exigia do ex-Presidente Figucire­do uma certa habilidade para consolidar o ordenamentojurídico que iniciara com o-projeto de anistia, foi propos­ta uma trégua, como forma de possibilitar os avanços nademocratização do País. A proposta, porque não definiacom clareza os objetivos, foi, por isso mesmo, mal inter­pretada. Houve quem arriscasse afirmar que o Governoestava reconhecendo o perigo da dcsestabilização. que­rendo, assim. apegar-se á um período de trégua para re­fazer suas energias.

Na vedade. Sr. Presidente. nada disso era procedente.A trégua política, proposta pelo ex-Presidente não eramais que uma variante para solidificar a abertura demo­crútlca que mais tarde se tornaria. como afinal se tornou,o degrau de subida das Oposições ao Palácio do Planal­to. E por estranha ironia do destino, com o PresidenteSarney na vanguarda.

De ordinário, a trégua política do último Governo daRevolução foi rejeitada e atirada no vácuo do esqueci­mento. Tu do porque, segundo os líderes oposicionistas,não especificava, com clareza. os objetivos de quem apropunha.

E o decantado pacto nacional. que acaba de ser pro­posto pelo Presidente José Sarney, revelaria os mesmos

DfÁRro DO CONGRESSO NACIONAL (Seção f)

sintomas de fraqueza que as Oposições de ontem, comênfase invulgar, atribuiam ao ex-Presidente Figueiredo,ou tem conteúdo mais amplo que induza a atrair os Par­tidos Políticos para que formem o mutirão ecumênicoem torno do Governo. de sorte que a este seja facilitada atarefa missionária de conciliar e resolver os problemaspolíticos, sociais e econômicos que nos desafiam?

Sinceramente. enquanto suscitamos dúvidas. de que atrégua política acenada pelo ex-Presidente João Figuei­redo visava a disfarçar o adversário para o retempera­menta das forças do Governo, não temos igual pensa­mento quanto ao Pacto Nacional que deflui da vontadedo Presidente José Sarney.

Nesta segunda hipôtese, é visível a prcoeupação com afrllgil base de sustentação política que a Aliança Demo­crática se propõe oferecer ao Governo da Nova Repúbli­ca. O Presidente Sarney, com a experiência de vida públi­ca que possui, já deve ter percebido a falta de ajustamen­to de idéias nos líderes partidários do PMDB e do PFL,apressando-se, por força da intuição, e sobretudo da in­teligência, em convocar a Nação para um Pacto Nacio­nal que englobe o trinômio fundamental para a hora pre­sente: o social, o político e o económieo.

Em princípio, não vemos como reprovar a idéia doGoverno. Se o propósito do Pacto Nacional é o de arre­gimentar as forças políticas para colocá-Ias a serviço doBrasil, por que nos insurgimos contra ele? Porém, seriaprudente aos convocados para integrar o pacto que oGoverno definisse as linhas mestras em que deseja firmá­lo, assim como os objetivos primadais que vãodirecioná-lo, de sorte que suas conveniências sejam pre­viamente examinadas, antes da ocorrência de sUa conso­lidação.

Não dcixaria de ser utópico o ingresso num bloco mo­nolítico, que exigirá menos direitos do que deveres c res­ponsabilidade" sem que se saiba, realmente, em querumo vai caminhar na busca de soluções para o bem­estar do povo brasileiro.

De outro lado, a proposta não deve ser repelida a prí­ma faeie, com a baba do radicalismo ortodoxo, assimcomo ocorreu no episódio do Governo Figueiredo, poisisto poderá gravar algum prejuízo de caráter irreversível,que vcnba a colocar o Governo no Panteão dos Heróisnacionais e a classe política no pelourinbo da execraçãode todos os brasileiros.

É claro, Sr. Presidente, que os construtores da NovaRepública deviam ser um pouco mais comedidos na vo­lúpia que os tém levado aos excessos da notoriedade. Aoinvés de alardearem, sob a tutela do sensacionalismo,tudo aquilo que prometem fazer, não seria mais éticoexecutar as promessas c depois colocar a boca no trom­bone para que todo o País ouça a glória de tais conquis­tas?

Porque, em menos de 90 dias. a Nova República c seusconstrutores se mostraram férteis de idêias criativas emuito pouco puderam realizar, começam a surgir suspei­tas que invalidam os princípios de austeridade evidencia­dos como lema do Governo instalado em 15 de março de1985.

Ouço o nobre Deputado João Paganella.

O Sr. João Paganella - Nobrc Deputado Jorge Arba­ge. ouço com toda atenção, a profunda análise que faz,com a propriedade que lhe é característica, do momentopolítico que vivemos. V. Ex', Deputado Jorge Arbage,me faz recordar - e já o disse aqui em outra ocasião,como representante que sou de Santa Catarina em pri­meiro mandato, eleito pelo nosso PDS - momento emque fui induzido pelo Presidente José Sarney a me posi­cionar contra os meus princípios e votar contra a Emen­da Dante.de Oliveira, que reslabelecia as eleições diretaspara o País. E, hoje vejo o Presidente Sarney, eleito pelavia indireta, que presidiu o nosso partido no passado,buscar através do chamado pacto nacional, apoio unáni­me ao seu Governo. Parece até uma espécie de mexicani­zação do nosso País. porque as forças políticas que oapóiam, segundo se constata, seriam suficientes, inclusi­ve. para Ihc dar o rcspaldo político de que necessita pararesolver os problemas da nação. Acho que o pacto, De­putado Jorge Arbage, é uma cortina de fumaça que se es­tá estabelecendo para desviar a atenção do povo brasilei­ro dos seus problemas cruciais, que não foram ainda ata­cados, que estão sendo relegados a segundo plano e cujaa solução não chega, conforme deseja todo o povo. De

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sorte que esse pacto, para mim, não objetiva outra coisasenão estabelecer - repito - essa corlina de fumaça efazer com que o povo brasileiro - quem sabe? - es­queça aquilo que tanto lhe prometeram, ou seja, reais so­luções, especialmente nos campos social e eeonômico.No campo político. a,. instituições funcionam todas. Aemenda constitucional que aprovamos aqui restabeleceuuma série de princípios reclamados pela Nação. Acreditoque é. preciso mesmo mais seriedade no campo social eno campo econômico. Ouvi ateontcrn, se não me engano,o Ministro Pedro Simon, numa entrevista à televisão,afirmar que o Governo vai dar alimentos gratuitos paraa população carente. Não é verdade. A cabal vai venderos alimentos. Então, tudo está no mesmo diapasão, nomesmo sentido. E pacto político nacional, para mim,não passa de balela.

O SR. JORGE ARBAGE - Nobre Deputado JoãoPaganella. recordo o aparte de V. Ex' como se fosse aimagem de uma luz que eu pudesse visualizar no fundodo túnel. porque me t~az um tema que não estaria inseri­do no formalismo do pronunciamento, mas que agorafaço questão de abordar.

O Presidente Sarney. durante vinte anos, foi, a meujuízo, uma das melhores ovelhas do aprisco revolucio­nário. Esta ovelha foi arrebatada pela oposição de onteme situação de hoje, para ser, do lado de lá, o monitor co­rajoso, idealista, de bons propósitos, para a solução dosproblemas deste País. IE afirmo a V. Ex' que sentiria pro­fundo constrangimento, na alma e no coração, se um diaa circunstância me fOin;asse a subir a esta tribuna paracriticar, em sentido direto ou até indireto, a figura respei­tável de José Sarney. Mas me sentiria frustrado. Excelên­cia, se, mesmo tendo que enfrentar a circunstância ad­versa, usasse o siléncio ao invés da crítica para denunciaros cxcessos deste Governo que. lamentllvel c desgraçada­mente, está sendo mal informado sobre a realidade daproblemática econômica e social brasileira.

Com muita honra, ouço V. Ex', nobre DeputadoMaçao Tadano.

O Sr. Maçao Tadal"o - Ouvindo V. Ex', DeputadoJorge Arbage. fazemos uma reflexão. Normalmente, á­guas passadas não movem moinhos. mas apenas para fa­zer um quadro comparativo. A Nova República nasceusob a tUlela da infidelidade...

O SR. JORGE ARBAGE - Bem definido, nobre De­putado.

O Sr. Maçao Tadano - ... e de uns tempos para cá, in­fidelidade virou sinônimo de honestidade, de expectati­va, de salvamento. Mas pergunto. será que vai haver naNova República fidelidade no trato com os brasileiros?Serú que houve fidelidade com os brasileiros, com osproprietários de terra, quando lançaram a reformaagrária - necessária, útil, quando bem e responsavel­mente feita? Como está sendo feita a reforma agrária?Para provocar inimizade entre irmàos, brasileiros domesmo sangue. numa mesma terra. num mesmo estado,numa mesma região, num mesmo município, até numamesma família? São essas coisas que não devem aconte­cer. Tem que haver seriedade e fidelidade conosco.

O SR. JORGE ARBAGE - Obrigado, nobre Depu­tado Muçao Tadano. V. Ex' aborda outro tema de muitaprofundeza, que deve:ria e deve merecer o exame e a cau­tela do legislador pátrio.

V. Ex' falou sobre (} instituto da infidelidade. Ora. Oc­putado Maçao Tadallo, somos ainda um Pais subdesen­volvido, que engatilha a duras pcnas para alcançar o es­tágio de descnvolvim<:lllo. E quando se falou, neste País,que a infidelidade o havia feito ruir na sua base. lamenta­velmente ela extrapolou os limites da fronteira político­partidária para o próprio terreno social. Se V. Ex' pudes­se e a mim fossc possível fazer uma pesquisa cartorária,iríamos licar perplexos ao verificar que, a partir da que­da da fidelidade - que não se explicava se era partidáriaou conjugal- o Pais mergulhou numa onda de desquite,de divórcio. e hoje estamos a recolher os frutos preocu­pantes, com a instituição familiar, tanto a instituiçãopolítica, social e econômica, caminhando a passos largospara o abismo e para o caos.

Nesta hora não temos de acreditar nem na Nova Re­pública nem na Velha República nem nos homens de on-

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Junho de 1985

tem nem nos homens de hoje. A nossa fé tem que ser cen­tralizada apenas em Deus. o único que poderá salvar oBrasil de uma caminhada difícil e de uma queda no abis­mo.

Sr. Presidente. ainda em seguimento ao meu pronun­ciamcnto buscaríamos exemplo mais típico de que a"pressa é inimiga fidagal da perfeição", quando nos mi­ramos no caso do projcto nacional de reforma agrária,que, ao invés de fincar a bandeira da paz no campo, ar­mou o confronto da guerra entre proprietários, posseirose grileiros de terras?

Negar ao Presidente Sarney ó mérito de que estar im­buído de bons propósitos para resolver os graves proble­mas do povo brasileiro seria indeseupável injustiça. Mas,procurar esconder o que está visível no estilo de açoda­menta que ameaça comprometer a credibilidade do Go­verno, isto, nem o cego da Bíblia, hoje multiplicado entrenós, correria o risco de ignorar.

O Presidente da República, reconhecemos todos, po­derá chegar a bom termo nas negociações que busquemconduzir o País à formação de um pacto nacionaL O fra­casso, ou o sucesso das gestões vai depender fundamen­talmente de quem esteja credenciado para deslanchá-las:se o próprio Governo, como sujeito eentralizador dodiálogo, ou através de emissários a quem confira o orde­namento da missão.

Em qualquer hipótese, Sr. Presidente, uma coisa estáimplícita na exigência do pacto nacional: que o Governoesmiuce com clareza as diretrizes que norteiam os seusobjetivos. Sem isto, dificilmente encontrará Kamieazespara uma aventura no trapézio perigoso do imprevisíveL

Sábia esta mensagem de otimismo fluída do pensadorA. C. Jesus;, "A mão que nada oferece nada pode rece­ber". Ótima, também. para iluminar as mentes dos lumi­nares da Nova República!

Era o que tínhamos a dizer. (Palmas.)

O SR. ANTÔNIO CÂMARA (PMD B - RN. Sem re­visão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. deputados, sob osigno da infidelidade, a Velha República queriaperpertuar-se no poder, e não foram poucas as decla­rações do eandida to de extrema - direita à Presidênciada República, alardeadas à Nação inteira, de que conta­va com vários votos de Deputados oposicionistas. Por­tanto, Sr. Presidente, não procedem as declarações feitasnesta Casa, hoje, segundo as quais a Nova Repúblicanasceu sob a égide da infidelidade. Pelo contrário, a Ve­lha República quis perpertuar-se através deste expedien­te, e aqueles que compuseram a Aliança Democrática ofizeram publicamente.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje, com convicção,podemos dizer que a luta do povo brasileiro por umaNova República não foi em vão. Um Brasil novo, retem­perado nos 21 anos de autoritarismo desmedido, de im­punidades descabidas e vcrgonhosas, começa a nasccrcom a força que só os governos legitimados nas praçaspúblicas conseguem deter.

O Presidente José Sarney, nosso candidato à Vice­Presidéncia da República, viu·sc dc repente sob o pesode assumir a Presidéncia da República, num dos momen­tos mais graves c perigosos vividos pelas instituições bra­sileiras nos últimos anos. A fatalidade que vitimou o sau­doso Presidente Tancredo Neves não fez sucumbir, con·tudo, a Nova República que, com o seu ideário, repre­senta as aspirações de todo o povo brasileiro.

O Brasil hoje sabe quc o Prcsidente José Sarney estápreparado para as graves responsabilidades que lhe pe­sam sobre os ombros. Como tancredo Neves, assimilou avontade nacional de devolver a vergonha a este País tãocastigado pela corrupção e desmandos que a impunida­de, no seu seio farlo, soube acolher.

Felizmente esses tempos estão ficando distantes. Vive­se hoje um novo Brasil de esperanças e rcalidades. E ain­da não completamos três meses de Nova República.

Se voltássemos no tempo, à noitcde 25 de abril do anopassado, quem poderia imaginar que hoje teríamos apro·vadas, sem sobressaltos, as eleições diretas para Presi­dente da República? Os Parlamentares aqui presentestém certamcnte gravado na lembrança o quadro de umaBrasília sitiada, submetida pelas abcrrantes medidas deemergéncia, sob o comando de um general ensandecidopela prepotência. Bradindo seu cajado, agredia o povo,esmurrava Deputados, pressionava o Congresso, subme­tia a demcracia que tentava emergir. Tudo sob o olhar

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

complascente de enfastiado Presidente da Repúblicaque, em seus desmandos, cometera mais este.

As eleições diretas scrão aprovadas sob a égide daNova República, e o País dá os primeiros passos na tri­lha segura da democracia, sem sobressaltos. Outros dis­positivos de exceção estão sendo retirados, sem traumas,da nossa Carta Magna.

Em 1964 o Presidente constitucional João Goulart eraderrubado pela violência dc um golpe militar porque,principalmente, pretendia implantar a reforma agráriano País. A partir daquele momento o Brasil passou porum retroccsso político e institucional nunca imaginado.

Hoje, a justiça social avizinha-se dos campos. A pro­posta para elaboração do primeiro plano nacional de re­forma agrária a ser aperfeiçoado, depois de ouvida todaa sociedade e o Congresso Nacional, deverá ser aprova·da. Não hã motivos para sobressaltos. É um aperfeiçoa­mento do estatuto da terra do primeiro Governo da cha­mada Revolução. nunca cumprido. Só que, agora, cssaproposta caracteriza-se pelo crivo da democracia. Nãoserá imposta à Nação. como imposto foi o Estatuto daTerra. Será, isto sim, com ela discutida, nela enriquecidae, nesta Casa de leis, aperfeiçoada, como ocorre em todoe qualquer regime autenticamente democrático. Aí, sim,implantar-se-á a reforma agrária, para fazer despertar oscampos, transformá-los em produtivos, recuperando cstcimenso País de grave crise económica a que foi levadopelos dcsmandos cometidos principalmente nas duas úl­timas décadas.

Quem poderia falar em reforma agrária há cinco, três,há um ano, sem receber a alcunha de subversivo e passara figurar nos assombrados arquivos da comunidade desegurança?

Não estamos mais enlouquecidos de esperança, masconscientes de que faremos deste País uma grandeNação. Um belo país está sendo reconstruído das cinzas.

Nos últimos dias - quem poderia imaginar? - umgeneral, aquele mesmo Newton Cruz que cheio de auto­ridade indevida ccrcou Brasília, teve de comparecer auma delegacia policial, perante um delegado, para escla­reccr suas ligações com o assassinato do jornalista Ale­xandre Von Baumgarten. Inconcebível tal fato três mesesatrásl Hoje, acontecimcnto comum para o povo, quepassou a ver em atitudes como essa a legitimação de umademocracia que ajudou a implantar.

E é preciso neste momento louvar as autoridades mili­tares deste Governo que, em momento algum, tentaram,como no passado, impedir que a justiça scguisse seu ca·minha normaL E o País não passou por nenhum sobres­salto, por nenhum transtorno, por nenhum medo. Aocontrário, cresceu. Valorizou-se perante o seu povo, pe­rante a comunidade internacional.

Com atitudes como essa a que nos referimos, asForças Armadas readquirem o seu prestígio perante aNação, comprometido nos últimos anos por algunsmaus militares que deixaram manchas que a democraciacomeça a remover para o bem da instituição e, mais ain­da, do próprio País.

Três meses é um tempo curto demais para a enormetarefa de arrumar este País - tão bem desarrumado nasduas últimas décadas - e ainda responder aos novos de­safios que a cada dia surgem. Não se pode fazer tudo emtão curto espaço de tempo! O que já foi feito. pela suasignificação e alcance. é surpreendente e tem o reconhe­cimento nacional. Dispomos ainda dc mais de três anospara realizar tudo aquilo que durante a campanha Tan­credo c Sarney se propnseram em nome de toda a Nação.Dev~mos todos, ficar unidos pela democracia e pela

soberania da Pátria. Jamais os sagrados direitos e a von­tade do povo podcrão ser desrespeitados impunemcnte.Nunca foram tão profundos o sentimento, a consciência,a mobilização e a unidade nacionais. Não nos esqueça­mos de que o saudoso estadista Tancredo Neves colocoua Pátria ao lado do povo, de pé, íntegra e soberana. Porconsegui ntc. nada, jamais, poderá dobrá-Ia. Os brasilei·ros exigem democracia cada vez mais autêntica e identifi­cada com o povo. Uma sociedade justa, livre de todas asseqUelas que entravam o seu desenvolvimento económi­co, político e social.

Desejamos uma economia pujante, como é de nossavocação. Comprometida, anles de tudo, com a reali­zação e o bem-estar dos brasileiros. Uma economia par­ticipativa. de justa distribuição da renda. Uma presença

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internacional solidária mas, a qualquer preço, garantido­ra da soberania nacional.

Mas esta política cconómica não poderá jamais seafastar dos princípios dajustiça social, fundamento bási­co da nossa proposta da Nova República. Proposta domeu partido, o PMDB, da qual nunca se afastou durantetodo o período em que csteve na Oposição e não irá seafastar no Governo, lutando contra a ditadura, o arbí­trio, o privilégio. Só com princípio como este existirá es­perança para os milhões de pobres c injustiçados doNordeste brasileiro, cujas potencialidades muito pode­rão contribuir para a recuperação da economia nacional.Nós, nord,,~tinos, não pedimos nenhum privilégio. Pedi-omos apenas justiça através da participação na proporçãodo tanto que contribuimos para a riqueza do País.

Os compromissos da Nova República com o Nordestesão plenamente conhecidos por todos. Como disse o sau­doso Presidente Tancredo Neves, nossa região não é s6a primeira prioridade do Governo, mas é a mais impor­tante e a mais urgente dentre todas as prioridadcs nacio­nais.

Sr. Presidente, abro um parêntcse para dar testemu­nho de um grandioso trabalho que presenciei, na semanapróxima passada, no interior do Rio Grande do Norte,precisamente em Touros, para enfatizar a carência doNordeste c a importância de urgente assistência à região,como dizia Tancredo Neves. CinqUenta e cinco profis­sionais da Saúde, entre médicos, dentistas, enfermeiros,assistentes sociais e nutricionistas, dirigiram-se àqueleMunicípio - Uma das regiões mais pobres do Estado­e dedicaram-se, das nove horas da manhã às seis da tar­de, a um trabalho abnegado. Faziam parte do InstitutoVarela Barca, criado no Rio Grandc do Norte para estu­dos e aSRistência social. Esses profissionais percorrerama sede do Município de alguns distritos do interior deTouros e atenderam a nada mais, nada menos de 7.600pessoas, em consultas médicas e odontológicas. Quero,pois, demonstrar a necessidade urgente da recuperaçãodo Nordeste, daqueles irmãos nordestinos que tantocontribuíram para o engrandecimento de nossa Pátria. ONordeste não se sente inibido nem envergonhado de di­zer que necessita não de esmolas, mas de uma políticadefinida para sua recuperação completa, porque as suaspotencialidades existem, são latentes, faltando apenasum direcionamento para que se possa integrá-lo, de umavez por todas. no desenvol\;mento nacional.

Portanto, Sr. Presidente, louvo o trabalho abnegadodc 55 profissionais, que tiveram uma amostra in loco dasnecessidades, sobretudo no cam po da saúde, de nossosirmãos do Rio Grande do Norte. Reafirmada esta im­portante e urgente prioridadc, não temos o que temer.

"O compromisso de Taneredo Neves é o nosso com­promisso. O queeJe prometeu realizar, ao longo de nossacampanha política, será fielmente realizado. Nada seráesquecido", nos disse O Presidente José Sarney, que, comserenidade e dignidade, dirige os destinos da Nação.

Ec confiando nas palavras dos dois presidentes que oNordcste cspera sua vez. As populações sofridas pela in­clemência do tempo e castigadas pela insensibilidade dealguns aguardam o momento de sua redenção, de sua in­tegraçào no País, do seu reconhecimento como parte in­tegrantc da Nação.

O Brasil quer um pacto social. E uma necessidade da­Nação, uma garantia de consolidação do regime demo­crático. das instituições, da Nova República. Este pactosocial deve envolver uma ampla negociação, passandopela área sindical, pelos partidos políticos e chegando atodos os setores da sociedade. Tudo nos leva a crer que oPresidente José Sarney está encontrando dados extrema­mente inquietantes sobre a situação do País, exigindo-se,portanto, mobiliza""o excepcional de todos os segmen­tos da nacionalidade, de compreensão e até de toleran­cia.

Este pacto social, contudo, não se poderá caracterzarpelo artificialismo. Todo o Pais sabc das lutas políticasnos Estador.. Em alguns deles, os partidos que compõema Aliança Democrática são rivais. Esta é uma situação defato que não poderá ser alterada em um passe de mágica.Avizinha-se, felizmente, uma eleição para Prefeito dascapiL~is. Certamente as disputas eleitorais serão inflama­das. O choquc dc idéias, salutar, será evidente. Será umaluta árdua. mas responsável. Nunca poderemos nos afas­tar das questõcs regionais, mas não poderem()~p.e!derdevista que, acima delas, precisamos preservar a unidade

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nesta Casa, até porque os incorformarlos com a nova or­dem, os insatisfeitos com a democracia, os aprovcitado­rcs irrecupcrÉlveis esperam na surdina a oportunidade desaciar seus desejos pela volta do autoritarismo, da dita­dura, para que possam novamente sc locupletar na im­punidade, no arbítrio.

Diante de tudo isso só nos assusta, ás vezes, o açoda­mcnto de alguns governadores que, no ara de conquistarespaços dentro do Governo, viciados no regime de man­do absoluto. não escondem até ameaças de chantagem.procurando ganhar posições. O vício do fisiologismoainda não os abandonou. Arvoram-se em guardiões dosEstados como lastro aos seus pleitos, esquecendo-se deque nas democracias o Legislativo divide com o Executi­vo as obrigações de dirigir a Nação, cada um de acordocom as suas competências,. "'Uma democracia que lou­vam na Nação, mas que não praticam nos seus Estados".

Sr. Presidente, chamo a atenção desta Casa para o queacabo de ler; "Uma democracia que louvam na Nação,mas que não praticam nos seus Estados". O Rio Grandedo Norte tem 35 Prefeituras do PMDB. O Governo sub­verteu a ordem, pois implantou Prefeitos de fato, paraque não fossem atendidos os Prefeitos eleitos livrementepelo PMDB. É terminantemente proibido a qualquer ór­gào do Governo manter contato com esses Prefeitos,numa discriminação absoluta, que, muitas vezes, foi de­nunciada nesta Casa, não só por mim como por outroscompanheiros. Pois bem somos, do Governo na Re­pública, e nos perscguem c discriminam em nosso Esta­do.

Alguns, não devidamente afinados com os princípiosda Nova Rcpúbliea. pretendem manter nos cargos aque­Jt:s que foram instrumentos do arbítrio, das injustiças eda política de privilégios, em detrimento dos que, duran­te mais de duas décadas. lutaram contra tudo isso, arcan­do com o ônus de ser oposição. A proposta da Nova Re­pública é mudar. Vamos mudar. Estamos mudando, ain­da quc lentamente, em parte pela terrível comoção a quefomos submetidos pela perda do grande líder que Minasmandou para o Brasil.

Os principias doutrinários do PMDB não podem serpostergados. A luta de hoje é a mesma de ontem. SomosGoverno, assumimos o Governo, somos um partido noGoverno c não do Govcrno, dcmos a maior contribuiçãopara a eleição do Presidente Tancredo Neves - conse­qUentemente, do Presidente José Sarney, a quem tributoum crédito de confiança quanto ao futuro do País. Prete­demos que o País que se constrói agora tenha como má­xima a justiça social, a solidariedade, e, como fim abso­luto, o homem, sendo o Estado apenas um instrumentode s~a promoção.

A Nova República foi feita nas ruas. Sobreviveu àmorte do seu maior idealizador, exatamente por isto. Épreciso manter o povo pemantemente mobilizado, parli­cipando, influindo. É ele a fonte do poder. Sem ele o po­der se esvai. É dcle que a Co nstituinte de 86 trará suasforças, seu ideário. É dele que nunca nos poderemos di­vorciar. (Palmas.)

o SR, VAJ"MOR GIA VARINA (PMDB - PRo Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,disse o poeta quç "por uma senda de escolhos ia um cegoe um trovador. Mais vê o cego dos olhos do que o cegode amor. Chega o cego e nos escolhos fica eterno o trova­dor, porque mais vê um cego dos olhos do que um cegode amor".

Quando ouvia há pouco, o Deputado Siqueira Cam­pos percebi que S. E.' não vê porque está cego de amorou de ódio. E não vé, Sr. Presidente, porque quer traçarparãmetros entre a Velha República, falecida, felizmen­te, e a Nova República, que, como disse o nohre Deputa­do Antônio Câmara, nasceu das ruas, das praças e do en­tusiasmo do povo.

O Sr. Jorge Arbage - Permitc-me V. E.' um aparte?

O SR. VALMOR GIAVARINA - Nem comecei ain­da, Deputado Jorge Arbage, mas concedo o aparte V.Ex' Depois eu recomeço.

O Sr. Jorge Arbage - Não é minha pretensão inter­romper o brilhante discurso de V. Ex'

O SR, VALMOR GIAVARINA - V. Ex' não podedizer que é brilhante, pois nem comeceí ainda.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

o Sr, Jorge Arbage - Mas só pelo fato de V. E•• as­somar à tribuna já demonstra, pelo seu valor, que o dis­curso será brilhante. Mas é para não perder a oportuni­dade, quando V. Ex' falou na falecida República. Queroajudá-lo a não incorrer em equívoco, porque creio estaro Presidente Sarney bem vivo.

O SR, VALMOR GIAVARINA - V. Ex' entendeu oque eu quis dizer.

O Sr. Jorge Arbage - Entendi e quero socorrê-lo.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Agora se faz de de­sentendido.

O Sr. Jorge Arbage - Absolutamente.

O SR, VALMOR GIAVARINA - Até porque, nobreDeputado, se V. Ex' quiser sintetizar a Nova Repúblicaou a Velha República na pessoa do Presidente José Sar­ney, teremos de admitir que a Velha República nunca vaifalecer, porque a Nova República foi inaugurada comuma Aliança Democrática, incluindo gente do PFL, gen­te que serviu à Velha República - que está falecida - edela tam bêm se serviu. Mas alguma coisa se salvou. Con­tinuo ouvindo V. Ex'

O Sr, Jorge Arbage - Nobre Deputado VaI mor Gia­varina, admito que a Nova República exista. Às vezes,como açodamento do debate, procura-se dcsviar o senti­do do pensamento. Mas quero dizer a V. Ex' que ela estánascendo das raízes da Velha República.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Talvez com o adu­bo da Velha República, mas não com a raiz da Velha Re­pública.

O Sr. Jorge Arbage - V. E.' não pode colocar ho­mens de tamanha dignidade, que estão hoje no poder, nacondição de adubo. E nem seria esse o pensamento de V.Ex'. senão como resultado do açodamento.

O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' está con­fundindo adubo com esterco. Falei adubo e não esterco.

O Sr•.Jorge Arbage - Então V. Ex' deve distinguir obom sentido do adubo com que conota os homens daVelha República.

O SR. VALMOR GIAVARJNA - V. Ex' foi quemdistorccu.

O Sr. Jorge Arbagc - Quero eoncluir dizendo que aVelha República se assemelha muito com a Praça Onze:é imortal. Queira ou não, todas as vezes que pretenderemexaltar o papel da Nova Repú blica - e estaremos aquipara ajudar V. Ex' quando ela realmente colocar o tremno trilho -, V. Ex' nunca haverá de esquecer que aNova República é produto do ventre da Velha Repúbli­ca. Is.so não está à mercê nem da vontade de V. Ex., nemda nossa, mas da vontade da própria História brasileira.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Depois de ouvir O

brilhante aparte do nobre Deputado Jorge Arbage, reco­meço repetindo o poeta, que dizia que por uma senda deescolhos ia um cego e um trovador. Aquele, cego dosolhos; e este, cego de amor. Chega o cego e nos escolhosfica eterno o trovador. Por quê? Vê mais um cego dosolhos do quc um cego de amor. Cego de amor ou cego deódio, como, no primeiro caso, o Deputado SiqueiraCampos e, no segundo caso, o Deputado Jorge Arbage.O Deputado Siqueira Campos, cego de ódio; o Deputa­do Jorge Arbage, cego de amor por aquilo que perdeu.

Mas, Sr. Presidente, Srs. Deputados, dizia o nobre De­putado Siqueira Campos que ...

O Sr. Jorge Arbage - Permite-me V. Ex' um aparte?

O SR, VALMOR GIAVARINA - V. E.' vaiapartear-me novamente? Assim vou ficar sempre recitan­do aqui o começo do meu discurso.

O Sr. Jorge Arbage - Quero apenas razer uma ligeiracorreção na colocação de V. Ex' Realmente, diria V. E.....

O SR. VALMOR GJA VARINA - Veja V. Ex' comosou democrata: depois, ao consultar as notas da Taqui­grafia, vamos notar que os apartes se sobrepõem ao pró­prio discurso. Mas é tanta a alegria que sinto ao ouvi-loque não me canso de lhe conceder apartes.

J unho de 1985

O Sr. Jorge Arbage - V. Ex' sabe que a recíproca éverdadeira. Mas quero dizer-lhe que a minha cegucira,tal como V. Ex' sugere, é realmente cegueira de amor.

O SR, VALMOR GIAVARINA - De saudade, De­putado, de saudade.

O Sr•.Jorge Arbage -- Deputado valmor Giavarina,habituei-me, com a experiência da vida pública, a amaras coisas belas, a amar as coisas sérias, 11 amar e ter sau­dade daquilo de que realmente tenha participado, diretaou indiretamente, mas que, de qualquer modo, tenha re­sultado numa prestação de bons serviços à causa nacio­nal. V. Ex' tem toda a razão quando me coloca comocego de amor e cego de saudade. Mas corrija também acolocação de V. Ex' quanto ã cegueira odiosa do nobreDeputado Siqueira Campos. Não é isso. O Deputado Si­queira Campos foi muito mal·entendido e muito mal­interpretado por V. Ex'.

O SR. VALMOR GIAVARINA - De fato, é difícilentcndcr o Dcputado Siqueira Campos.

O Sr. Jorge Arbagc - O Deputado Siqueira Campos érealmente um idealista e, para concluir e deixar que V.Ex' recomece o brilhante pronunciamento, diria quebendita desta Casa se pudéssemos ter no mínimo 30% dehomens com o mesmo ideário de Siqueira Campos.

O SR, VALMOR GIAVARINA - Nobre DeputadoJorge Arbage. V. Ex' afirma que é cego pelas belas cau­sas, cego de amor que é belo. cego de amor pelo que ébom. Então, já vou reservar, do lado de cá deste ple­nário, um lugar para V. Ex', porque tenho a certeza deque logo, muito logo. V. Ex' estará integrando a AliançaDemocrática, para dar sustentação a isto que inaugura­mos com o apla uso do povo, com a presença de milharese milhares de cidadãos nas ruas exigindo de todos nós,políticos, que implodissemos o Colégio Eleitoral, deleparticipássemos para d<,pois implodi-Io - como fize­mos - inaugurando uma nova era para a democraciabrasileira. inaugurando a prôpria democracia brasileirano momcnto cm quc rompíamos os grilhões da ditadura.Agora. se V. Ex' me permitir...

O Sr. Jorge Arbagc - Quero apenas dizer a V. Ex',deI1lro desta premissa, que realmente não me ocorre nomomento uma transmudação de partido. Também - emrespeito à proposta que faz e à sugestão que se dignalembrar - como bom cristão que sou, jamais diria a V.Ex' não beba deste vinho e nem coma deste pão.

O SR. VALMOR GIAVARINA - O vinho e o pão jáforam bebido c comido '" sacicdade na Velha República,quando l1 que se tinha em ahundància era pão e vinho­não para o povo. mas para aqueles que estavam àsomhra do poder.

O Sr. Jorge Arhage -- Agora foram s~bstituídos pelouísqut: escocês.

O SR, VALMOR GIAVARINA - Ainda não, e creioque nem o será mais tarde. Ouvi com atenção o discursodo nohre Deputado Siqueira Campos, e não obstante es­tar S. Ex' sendo aqui defendido arduamente pelo nobreDeputado Jorge Arbage - e nem comecei ainda a anali­sar o seu discurso -notci que o que transpirava, Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, era ódio, era raiva. talvez sau­dade daqueles velhos tempos da Velha República. Ficoaté preocupado quando um homem. que dizem ser inteli­gente equilibrado como o nobre Deputado SiqueiraCampos. quer comparar a Nova com a Velha Repúbliea.E chega a dizer que tem saudades desta última.

Ora, Sr. Presidente, quando o nobre Deputado Siquei­ra Campos afirma ter saudades da Velha República, per­gunto se tem saudades do que acontecia ao povo ou dasbenesses de quc gozou,

O Sr, Jorge Arbage .- Discordo de V. Ex', porque oDeputado Siqueira Campos nunca foi privilegiado combene..o;scs.

O SR, VALMOR GIAVARINA - Não penso, Sr.Presidente. que a Velha República tenha sido melhor doque a, Nova República em qualquer detalhe. É verdadeque houve um escorre,gão na Nova República. V. Ex'sabe que não concordei com esse escorregão, relativo aodinheiro que se injetou no Banco Sulbrasileiro e Habita­sul. dc.,apropriando suas ações para evitar, como se dis-

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Junho de 1985

se, uma quebra em cascata das pequenas e médias em­presas do Sul e que fossem para o olho da rua vinte equatró mil empregados. Fui Relator daquela matéria emantive a minha posição até o fim, afirmando que haviauma sol ução melhor do que esta de socorrer capital pri­vado falido, porque esta Casa e o Governo em momentoalgum podem transformar-se em pronto-socorro de ca­pital privado falido. No entanto, por voto de Liderança,que respeito - e a Lidcrança do outro Partido tambémaprovou - chegou-se à solução, que não a ideal, atravésde um substitutivo da Comissào de Finanças...

O Sr. Jorge Arbage - Nem ideal, nem absurda.

O SR. VALMOR GIAVARINA - ...da injeção de900 bilhões de cruzeiros - êmuito dinheiro- na econo­mia do Rio Grande do Sul, a fim de desapropriar asações do Sulbrasileiro e Habitasul. Mas fez isto de ma­neira transparente. O projeto veio para esta Casa e foiamplamente debatido. Recordo-me de que, como Rela­tor, examinei cerca de 25 substitutivos. Todos discuti­ram, todos debateram, todos deram sua opiniào. A Lide­rança depois aprovou um substitutivo que basicamente éo próprio projeto do Governo, mudando-se apenas o ró­tulo: onde se lia Sulbrasileiro e Habitasul, passou-se a lerBanco Meridional S(A. Mas ocorre que o dinheiro foiinjetado. O Deputado Siqueira Campos dizia que, recen­tcmente, cerca de 2 ou 3 trilhões de cruzeiros também fo­ram jogados pela janela. Para acudir quem? Os Bal)l'osAuxiliar e .cOMIND.

Ora, Sr. Presidente, não é verdade: não tem nada a veruma coisa com a outra. Não se repetiu o mesmo proces­so que se realizava na Velha República, quando as deci­sões económicas eram tomadas dentro de gabinetes pelosecretário da secretária do secretário do secretário-geraldo Ministério a que estavam afetos. Um simples bilhetedo secretário do secretário da secretárIa do secretário re­solvia problemas de 2, 3, 5, la trilhões de cruzeiros. Enesse caso do Banco Auxiliar e do COMIND o que hou­ve foi simplesmente um empréstimo do Governo viaBanco Central para acudir esses bancos, que estavamcom deficiência de caixa, com problemas de liquidez.Trouxe, na semana passada, e falei desta tribuna, toda alegislação pertinente a uma das funções dos Bancos Cen­trais - não do Banco Central do Brasil, mas dos BancosCentrais - que é exatamente a de acudir os bancos quetiveram deficiência em liquidez. Por que o Banco Auxi­liar e o COMIND chegaram a esta situação? Exatamentepor causa da exploração quc se fez em torno desses no­mes e da quase corrida que aconteceu aos cofres ou aoscaixas desses bancos. Então, o Banco Central nada maisfez do que devolver um pouco dos depósitos compul­sórios. E isto está perfeitamente previsto em lei, mas comtodas as garantias reais, cobrando juros, correção mone­tária - muito diferente do que se fez com CAPEMI,

;DELFIN e COROA-BRASTEL, nos gabinetes fechadosda Velha República. Não tem nada a ver uma coisa coma outra.

Na República Nova, os problemas econômicos, osproblemas financeiros também estão sendo tratados demaneira muito transparentes, e não de maneira herméti­ca, e até atrás do pano, do biombo, a que se referiu onobre Deputado Siqueira campos. E quero dizer mais.Se estou, agora, respondendo ao nobre Deputado Si­qucira Campos é com o seu conhecimento, porque quan­do S. Ex' terminou o seu diseurso passou pela bancada, eeu lhe disse que responderia aos ataques feitos da tribu­na. S. Ex' que teria de viajar, mas nem por isso eu deixa­ria de lhe responder. E S. Ex' - amanhã, ou depois, ouna segunda, terça ou quinta-feira - consulte as notas ta­quigrãficas, se assim julgar conveniente.

Ouço o nobre Deputado Antônio Câmara.

O Sr. Antônio Câmara - Nobre Deputado ValmorGiavarina, não ouvi o discurso do nobre Deputado Si­queira Campos, mas gostaria de aproveitar o aparte ofe­recido a V. Ex' pelo Deputado Jorge Arbage e dizer quea Velha República é como a Praça Onze: imortal. Só quea Praça Onze imortalizou-se na música - que O povogostou. Mas a Velha República passou à História,imortalizou-se pelo arbítrio, pelo ·seqüestro, pela cor­rupção, pelo suborno, pelo assassinato - e o povo a exe­crou. Agora também quero ressalvar o Deputado JorgeArbage, que talvez. nesse mar de lama, tenha sido umaexceção.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

O SR. VALMOR GIAVARINA-Obrigado a V. Ex',nobre Deputado Antônio Câmara. Com alegria vejo queadentra ao plenário o nobre Dcputado Siqueira Campos.S. Ex' vai confirmar exatamente aquilo que eu havia di·to: que iria responder ao seu discurso, que ele teria deviajar como me disse, mas que posteriormente voltaria.Mas pelo que vejo não viajou, está presente.

Ouço V. Ex'.

O Siqueira Campos - Nobre Deputado, V. Ex' nãoperdeu o costume de agredir a honra alheia. V. Ex' agre­diu a minha honra.

O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' não podedizer isso também. Em momento algum agredi a honrade V. Ex'.

O Sr. Siqueira Campos - Pensou que eu pudesse meausentar.

o SR. VALMOR GlAVARINA -Se V. Ex' veio aquipara me apartear, muito bem. Se V. Ex' veio para deba­ter, muito bem.

O Sr. Siqueira Campos - Eu não disse nada. V. Ex'está comparando Nova República com Velha República.

O SR. VALMOR GlAVARINA - Agora, se V. Ex'veio aqui para tumultuar o meu discurso, não darei a V.Ex'. o aparte.

O Sr. Siqueira Campos - Ou não vai conceder, por­que V. Ex' continua agredindo. V. Ex' só sabe agredir.Eu estou com passagem realmente...

O SR. VALMOR GIAVARINA - Ninguém agrediuV. Ex'. V. Ex' falou em COMIND, em Banco Auxiliar, eestou lhe dando a resposta.

O Sr. Siqueira Campos - V. Ex' é um incompetente,só sabe agredir.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Não doua V. Ex'o aparte.

O Sr. Siqueira Ülmpos - É isso que V. Ex' sabe.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Não concedo oaparte. V. Ex' vem xingar. V. Ex' não vem aqui para de­bater, não tem compostura. (Tumulto.)

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Está suspensa asessão.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Está reaberta asessão. Continua com a palavra o Sr. Valmor Giavarina.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Sr. Presidente,agora que sei estar o nobre Deputado Siqueira Camposna Casa, falo com muito maior tranqüilidade. Estava atépreocupado que ele estivesse viajando e, depois, alguémfosse distorcer minhas palavras. Mas o que ficou prova­do é que quem não tem a verdade apela para a ignorân­cia. Foi o que aconteceu com o Deputado Siqueira Cam­pos: ele disse o que disse e depois disse que não disse. Euestava sentado aqui e ouvi - todos nós ouvimos - S.Ex' criticando o Governo por tcr injetado - disse ele,mas não é verdade - 3 trilhões no Banco COMINO; edisse mais, que esse estabelecimento de crédito bancou acampanha de Tancreto Neves ou da Aliança Dcmocráti­ca.

Não é verdade. Não houve nada de bancar campanhasde quem quer que seja. O COMIND, eu já havia dito an­teriormente, estava com deficiência de liquidez - e foiessa a resposta que dei ao Deputado Siqueira Campos­assim como, também, o Banco Auxiliar. Em virtude dosboatos que correm, por aí, de que esses bancos estavamcom o pé na cova, trouxe a legislação e mostrei não ha­ver nada de mais com relação aos procedimentos doBanco Central e do Ministério da Fazenda. O que se faznessas condições? Existem recursos para isso. existe o de­pósito compulsório, e uma das funções dos Bancos Cen­trais do mundo inteiro, e também do Brasil, é cxatamen­te a de acudir quando existe deficiência de liquidez.

Ora, Sr. Presidente, vamos consultar os Anais destaCasa, as notas taquigráficas, para ver se eu disse algumacoisa mais a respeito do nobre Deputado Siqueira Cam­pos. No entanto, aloprado, mal-educado, sem qualquercompostura, S. Ex' entra como uma vaca mocha nesteplenário, pega o microfone e. sem pedir aparte, agride.Tomara que os taquígrafos não tenham anotado os pala-

Sábado 8 5779

vrões que S. Ex' disse naquele microfone. Ainda bemque o Presidcnte o desligou. porque iria corar os fradesse todos nós os ouvíssemos. Eu, casualmente, ouvi algu­ma coisa. Lamento profundamente que um homem, queo Deputado Jorge Arbage diz ser da melhor estirpe,equilibrado, digno, correto, tranqüilo, venha babar nomicrofone, como fez, e tente agredir, não aceitando aresposta democraticamente, limparnentc, claramente,deccntementc dada por um reprcsentantc, hoje agora sim- da Nova República, que felizmente nasce sobre oS es­combros até morais da Velha República, falecida e se­pultada. queira Deus, a dezessete palmos.

Ouço V. Ex', Deputado Jorge Arbage, que, não obs­tante ser um represcntante da Velha Rcpública. é um ho­mem equilibrado.

O Sr. Jorge Arbage - Muito obrigado. Quero, inicial­mente, Deputado Valmor Giavarina, lamentar profun­darQente o episódio desta manhã, principalmente porqueenvolve duas figuras queridas desta Casa.

O SR. VALMOR GlAVARINA - Uma, tenho certe­za.

O Sr. Jorge Arbage - Lamentavelmente, isRO é partedo processo legislativo.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Não aprendi,nobre Deputado, que entrar como uma vaca mocha nes­te plenário, pegar o microfone e começar a dizer desafo­ros seja procedimento parlamcntar. V. Ex' está no direi­to de defender seu colega, mas, por favor, não atentecontra minha inteligência.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Srs. Deputa­dos, apelo a V. Ex!s para que contenham sua linguagem.

O Sr. Jorge Arbage - Muito obrigado, Sr. Presidente.Deputado Valmor Giavarina, o caso do Sulbrasileiro, doqual V. Ex' foi Relator, não tinha realmente nada deanormal com relação à injetação dos recursos, comotambém não o tinha o problema do COMIND e do Au­xiliar.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Caro colega, o De· ­putado Siqueira Campos, que novamente está presente,daquela tribuna chamou de imoral a injeção de dinheiro

· no COMIND e disse que este banco foi quem amparoufinanceiramente a campanha dos homens da Nova Re-

· pública. Ele está presente, e eu o desafio a dizer não serverdade o que estou dizendo. Iremos buscar as notas ta- .quigráficas.

· O Sr. Siqueira Campos - Nobre Deputado ValmorGiavarina, eu não queria mais aparteá-Io, mas V. Ex' es­tá me provocando...

O SR. VALMOR GlAVARINA - Sc V. Ex' se conti­ver. nobre Deputado...

O Sr. Siqueira Campos - V. Ex' me respeite. Vou lhedar um aparte dentro do Regimento.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Não concedi oaparte. Posso fazê-lo, mas vou impor uma condição: queV. Ex' use de linguagem parlamentar e não de linguagempara lamentar. Sc V. Ex' vier com liguagem parlamentarterá o aparte; caso contrário, peço à Presidência que lhecorte a palavra imediatamente.

O Sr. Siqueira Campos - Sr. Presidente, as palavrasditas aqui não têm nada de antiparlamentares; as quedisse fora do plenário são antiparlamentares, mas por­que provocadas pela ira que me causou S. Ex' aoaproveitar-se da minha ausência, quando eu fui leal comele. Ele me disse, "Eu vou responder ao seu discurso".Eu lhe retruquei: "Tudo bem V. Ex' vai responder hojecomo homem do Governo", julgando que S. Ex' eraamigo meu, era uma pessoa com quem eu pudesse dialo­gar com toda a lealdade e com toda a franqueza. Sr. Pre­sidente, tenho vôo marcado na VASP às 12:30 horas e es­tava ultimando detalhes no meu gabinetc para poder via­jar, julgando que o Deputado Valmor Giavarina tinhavindo aqui apenas para responder às acusações feitascontra o Governo, que é o papel de S. Ex'

O SR. VALMOR GlAVARINA - Com referência aV. Ex' eu respondi unicamente isto.

O Sr. Siqueira Campos - V. Ex' me concedeu o apar­te?

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5780 Sábado 8

o SR. VALMOR GIAVARINA - Se V. Ex' não co­meçar a fugir da linha...

O Sr. Siqueira Campos - Eu estou usando de lingua­gem estritamente parlamentar. Senão, Sr. Presidente,prefiro que mc conceda a palavra para explicação pes­soal, já que fui atingido na minha honra. De forma queV. Ex' é quem decide se me cassa a palavra ou não.

O SR. VALMOR GIAVARlNA - V. Ex' me diga emque ponto eu atingi a sua honra.

O Sr. Siqueira, Campos - Pl'imeiro, V. Ex' tergiversouquando disse que eu comparei a Nova República com aVclha República.

O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' estava com­parando.

O Sr. Siqueira Campos - Não é vcrdade.

O SR. VALMOR GIAVARINA - É verdade. As no­tas taquigráficas estão aí.

O Sr. Siqueira Campos - Não comparei. Não me pro­voque.

O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' comparou,é verdade.

O Sr. Siqueira Campos - Na resposta, eu disse quecritiquei a politica agrícola do Governo anterior e que V.Ex's, do PMDB, deveriam autodissolver-se para nos dara oportunidade de alucidar uma denúncia que escandali­zava o meio internacional e podermos conseguir um Go­verno democrático o quanto antes

O SR. VALMOR GIAVARlNA - Aí V. Ex' compa­rou.

O Sr. Siqueira Campos - Não comparei. Se foi istoque V. Ex' entedeu, a Casa não o entendeu assim Depu­tado Valmor Giavarina, quero propor aqui uma coisa aV. Ex' O nomc da instituição é mais sagrado do que omeu e o seu, que são temporários...

O SR. VALMOR GIAVARINA - Ainda bem que V.Ex' está dizendo isso agora.

O Sr. Siqueira Campos - Quero propor determinadacoisa a V. Ex....

O SR. VAJ~MORGIAVARINA - Quero propor a V.Ex', ao final, uma outra coisa: que rcsolvamos as nossasdiferenças - se as tivermos - lá fora. Agora, pediriaque aqui V. Ex' sc comportasse com Parlamcntar.

O Sr. Siqueira Campos - Ouço a proposta de V. Ex'porque sou um democrata. Mas agora peço que se com­ponha no regime parlamentar. Agora, note bem, Depu­tado Valmor Giavarina, quero propor uma coisa. V. Ex',no seu discurso, talvez levado por um arroubo - vamosdizer que eu vá compreender isso; não estou compreen­dendo a atitude de V. Ex' até agora, mas vamos dizcrque possa comprcender - disse que eu estava defenden­do o regime anterior porque dele eu tinha tirado benefí­cio.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Isso eu disse por­que é público e notório.

O Sr. Siqueira Campos - Mas não é público e no­tório. Prove V. Ex' qual foi o beneficio que tirei. Se V.Ex' nutar, só levei ônus, cxclusivamente ônus. Se V. Ex'puder citar um benefício, eu me penitenciarei diante deV. Ex' e da Nação.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Posso responder aV. Ex'?

O Sr. Siqueira Campos - Se V. Ex' prov;ir que tireibencfício pcssoal, poderá provocar a renúncia do meumandato; se não, V. Ex' é quem deverá renunciar. Por­tanto, peço-lhe quc retire a infeliz cxpressão.

Dai, poderemos dialogar.

O SR. VALMOR GIAVARlNA - Então foi isso?

O Sr. Siqueira Campos - Exatamente.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Então foi isso qucofcndcu V. Ex'?

O Sr. Siqueira Campos - Exatameutc. Eu não admitoisso.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

O SR. VALMOR GIAVARINA - Então não foiaquela resposta que eu dei sobre o COMIND? Foi por­que eu disse que V. Ex' se beneficiou. Foi isso que tantoofendeu V. Ex'?

O Sr. Siqueira Campos - Sim, foi isso que me ofen­deu.

O SR. VALMOR GIAVARlNA - Ah! Muito bem.Então chegaremos a um acordo. Gostaria que V. Ex' medissesse que não se beneficiou.

O Sr. Siqueira Campos - Deixe-me terminar, por fa­vor. Sr. Presidente, para injetar recursos no COMIND, oGoverno não pediu autorização ao Congresso. Pediu,sim, no caso do Sulbrasileiro, porque pensou que o PDSnão aprovaria. E, depois de rejeitado o projcto, podcrialiquidar pagando mais, infinitamente mais do que a au­torização pedida ao Congresso, para dar as cartas­patentcs ao Haú. Todo mundo sabe que é o Banco doMinistro...

O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' está falan­do bobagem.

O Sr. Siqueira Campos - Bobagem, não. V. Ex' merespeite. Observe a linguagem parlamentar.

O SR. VALMOR GIAVARINA - V. Ex' não podeexigir rcspeito de ninguém.

O Sr. Siqueira Campos - Eu estou afirmando... Vouconcluir dizendo ao Deputado Valmor Giavarina quedefenda sua tese e o seu Governo sem atacar os seus cole­gas, porque essa é a saida mais simplista que existe, eapenas os incompetentes socorrem-sc desse expedientc, oque não é o caso de V. Ex', Parlamentar de alto nível.

O SR. VAJ~MOR GIAVARJNA - V. Ex' já respon­dcu?

O Sr. Siqueira Campos - Eu disse a V. Ex' que não ti­nha condições de esperar, pois ia viajar ,às 12:30 horas.Mas cstava confiando na correção de V. Ex', na sua ob­servância da ética parlamentar.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Agora entendi,nobre Deputado.

O Sr. Siqueira Campos - Deputado Vaimor Giavari­na, procure respeitar seus colegas.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Peço ao apar­teante que conclua.

O Sr. Siqueira Campos - Sc V. Ex' quer mc procurar,faça isso lá fora.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Vamos conversardepois, lá fora.

O Sr. Siqueira Campos - Conversar, não. Eu espero.V. Ex' cometeu uma indelicadeza comigo.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Não houve indeli­cadeza, nobre Deputado. V. Ex' é que está sendo indeli­cado comigo.

O Sr. Siqueira Campos - V. Ex' acha que eu me bene­ficiei pessoalmente?

O SR. VALMOR GIAVARINA - Acho que sim.

O Sr. Siqueira Campos - Ouço V. Ex', para, ao final,me defender.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Peço ao oradorque conclua, porque seu tempo terminou.

O SR. VALMOR GIAVARINA - Sr. Presidente,quero responder ao nobre Deputado Siqueira Campos.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Peço a V. Ex'que seja brcve.

O Sr. Siqueira Campos - É a minha honra, Sr. Presi­dente, que está em jogo. Gostaria de ouvi-lo.

O SR. VALMOR GIAVARINA - O nobre DeputadoSiqueira Campos estava falando a respeito de dinheiroinjetado no COMIND e eu lhe disse que iria responderao seu pronunciamcnto. S. Ex' me disse qu~ não estariapresente, mas que iria depois responder às minhas colo­cações. Na articulação do meu discurso disse que Dcpu­tados do PDS que se beneficiaram na Velha República

Junho de I98?

hoje vêm atacar a Velha República. Incluí obviamente S.Ex', porque pertenceu à Velha República. Agora, quetipo de benefício S. Ex' obteve, somcnte o nobre colegasabe. Eu não falei que S. Ex' andou mamando na VelhaRepública, quc teve cartórios, que tevc cargos. O que cuquis dizer foi que o nobre Deputado beneficiou-se politi­camente. Jamais ofenderia um Deputado, mesmo que ti­vesse certeza de que andou "grampeando" na Velha Re­pública. No entanto, V. Ex' não pensou direito, pcrdeu acabcça, entrou aqui feito uma vaca brava e foi até o mi­crofone de apartes para dizer o que nunca ouvi num Par­lamento. E disse aqui ao lado tanta bobagem, tanta bes­teira, tantos impropérios. que só tem uma saída para V.Ex', que dizem ser digno, que dizem ter bom senso, quedizcm ser homem correto, que dizem ser homem probo:vir pedir desculpas a mim pelo que acabou de dizer.

Era o que tinha a dizer, Sr. Prcsidente.

O Sr. Siqueira Campo" - Sr. Presidente, peço a pala­vra com base no Artigo 93, item VIII do Regimento In­terno.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a palavrao nobre Deputado.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente. o Deputado ValmorGiavarina não sabe debater sem ofender. Não devo des­culpas a S. Ex' até pelas últimas bobagens que disse aqui.Acho que S. Ex' é que me deve desculpas. Agora, se S.Ex' referiu-se a "Deputados que se beneficiaram"e nãome incluiu, tudo bem. Não há ncnbum problema. Nãoquero criar um caso insolúvel nem ter atrito com nin­guém, numa hora em que setores da imprensa que fize­ram a campanha dos atuais governantes estão se voltan­do contra o Parlamento, talvez como uma forma de des­viar a atcnção do públieo dos erros do Executivo.

Não quero cohtribuir para isso, Sr. Presidente. O quedcsejo, na verdade, é dar ao Deputado Valmor Giavari­na um conselho de Parlamentar mais velho, mais expe­riente. Se S. Ex' o aceita ou não é problema da co'nsciên­cia delc: que S. Ex' der.~nda suas teses e não ataque osseus adversários, os inte,grantes desta Casa, porque a de­mocracia é o regime do contraditório.

Sr. Presidente, não pode haver· aqui uma s6 voz.Quando saí deste plenário estava certo de que o nobreDeputado defenderia a c:hamada Nova República, se pu­desse. Mas não pôde c ficou quc "o Deputado SiqueiraCampos fez comparações". Eu não fiz comparaçõesne­nhuma, Sr. Presidente. Eu não comparei nada com nada.Vim aqui defender os produtores de soja. Não tem umapalavra no meu discurso -e V. Ex', Sr. Presidente, podeJ;l1andar verificar na Taquigrafia - sobre comparação deum regime com outro. O que eu disse é que todos os regi­mes são iguais e que desde o Império as oligarquias co­mandam. Foi isso que eu afirmei. E o que têm feito osSrs. Parlamentares, qu<' são a parte nobre da politicabrasileira? Têm feito um esforço no sentido de quc osGovernos possam evoluir e realizar o bem estar do povobrasileiro. Foi isso que eu disse, nada mais.

Agora, Sr. Presidente, através do poderio econômico,o mais autoritário de todos os instrumentos de pressão,cortam·nos o direito 'd" apareccr na telcvisão. Queremabafar, calar a nossa voz libertária neste plenário. Eunão admito isso. Lembrem·se S. Ex's do tratamento 'Quenós, do PDS, lhes demos, respcitando-os durantc todosos debates nas suas individualidades. Respeitem·nos,para que também possam merecer o respeito da Nação.

Sr. Presidente, as próximas eleições virão aí e o povojulgará as atitudcs dúbias de certos Parlamentares e oserros deste Governo, que é essencialmente político. Onosso foi tecnocrático; dizem eles que foi militar. O povobrasileiro vaijulgar os erros dos políticos que estão nopoder. Ninguém pode tirar o corpo fora. A Nação estáatenta.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Tem a Plllavrao Sr. José Fernandes.

O SR. JOS~ FERNANDES (PDS - AM. Sem revi­são do orador.).,- Sr. Presidente, Srs. Deputados, hoje,uma sexta-feira antecedida por uma quinta-feira de Cor­pus Christi, não é uma boa oportunidade para discutir osassuntos que vou abordar desta tribuna. Isso porque trazdivcrsas informaçõcs sobre os desacertos e dcscompassosque estão ocorrendo na Nova República. Não interes-

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Junho de 1985

sam a mim os erros passados, porque foi justamente paracorrigi-los que o povo apoiou nas ruas os programas, aspropostas e a promessas da Aliança Democrática. Se fos­se apenas para resumir-se na queixa dos erros que come­teu o Sr. João Figueiredo, não haveria de partc da popu­lação nenhum apoio ao Governo da Aliança Democráti­ca, nem os Srs. Parlamentares que apoiaram a AliançaDemocrática teriam vindo a este plenário para consagraros nomes de Tancredo Neves e José Sarney. A mim, ago­ra na Oposição, lcvado por decisão popular e pelos com­panheiros que aqui vieram votar em Tancredo Neves eJosé Sarney a desempenhar bem o meu papel de fiscal doGoverno, cabe estar aqui para indicar os erros, sem mepreocupar se o partido pertenceu à Velha República, àNova ou à futura, porque também com a Velha Repílbli­ca não tive nenhum compromisso. Desafio alguém quevenha aqui dizer o contrário. O que acontece é que istoestá virando uma República de slogans. Os chavões per­correm as praças: estão no rádio, na televisão, no sentidode tentar inibir aqueles que, no passado, desempenha­ram bem o seu papel, até tentando melhorar a políticarealizada, Cm termos econômicos c financciros, pelo Go­verno passado.

O Sr. Jorge Arbage - Permite V. Ex' um apa.te?

O SR. JOS~ FERNANDES - Pois não. Depois vouentrar no assunto do meu discurso. Digo apenas quequem quiser discutir a Velha República deve procurar o\Sr. Delfim Nctto e o Sr. João Figueiredo e esqueçam oDeputado José Fernandes, porque ele nunca mandou.\1ada e nunca impôs nada à Velha República. E digomais: deste plenário discordei de caminhos que tomava aVelha República e hoje observo que nestes caminhosmarchava uma grande troupe de elementos que hoje estáno Governo da Nova República, e que o compasso e acadéncia da sua marcha não bate o ritmo da Nova Re­pública, que pode ser mesmo muito pior do que a Velha,'porque traz males vclhos dentro de uma roupagem nova.A Bíblia já falava dessa incongruê[lcia, quando dizia quenão dcvia ser colocado vinho novo em odres velhos. f: oque acontece com a Nova República, que tem muitosodres velhos. Há muitos vasos velhos na Nova Repúbli­ca. Não sei se o vinho novo vai romper ou se ele vai-setornar insípido dentro dos odres velhos da Velha Re­pública.

O Sr. Jorge Arbage - Nobre Deputado José Fernan­des, ouvi uma lição da histôria que no passado existiu,ao tempo da política dos coronéis da roça, a chamadaRepública carcomida, depois felizmente extinta do pro­cesso político brasileiro. Não conheço, com toda sinceri­dade, essa nomenclatura de República Velha e Repúbli­ca Nova. Mas, se esse é o propósito de se batizar os anti­gos Governos de Velha República e o novo Governo deNova República, se fizermos um parâmetro entre o on­tem e o hoje, e se esse parâmetro obedecer à lucidez dobo·m senso, da coerência e da lucidez, chegaremos a umaconclusão, que eu diria não muito satisfatória nem ani­madora: diríamos que o ontem foi um purgatório de er­ros e o hoje um inferno de equívocos.

Cito um fato curioso: o Governo nomeou o Sr. Ama­ral de Souza para Diretor de Operações do BNH.

O SR. JOS~ FERNANDES - Da Velha República.

o Sr, Jorge Arbage - Publicou a sua nomeaçao noDiário Oficial e, no dia seguinte, comunicou que o no­meado não era o nomeado, porque dcvcria ser alguémque estava colocado no computador pelo Dr. TancredoNeves. E o Governo da Nova República encara o fatocom a maior naturalidade: exonera quem foi nomeadomas não deveria ser, para nomear o que não fora, masdeveria ser nomcado. Isso tudo nos leva a um estágio detristeza, como triste também foi o caso relatado pelo De­putado Siqueira Campos na tribuna, com muita proprie­dade, o do Comind e o do Auxiliar. Entendemos que oGoverno não cometeu nenhum erro quando mandou darrecursos. tanto ao Sulbrasileiro, como ao Comind e aoAuxiliar. Se há algum interesse por trás disso tudo, des­conheço. confesso a V. Ex', mas o procedimento estádentro dos padrões de atendimento da legislação que oBanco Central adota. o que condenamos é a cxigência doaval do COngresso Nacional para legitimar a concessãodos recursos ao Sulbrasileiro c. logo em seguida, aadoção da mesma medida em relaçào a outra instituições

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

scm que o Congresso Nacional precisas'se dar o seu refe­rendum. Digo mais: há poucos dias, ex-Ministros da Ve·lha República foram denunciados porque destinaram re­cursos para a Coroa Brastel - porque eram da VelhaRepública é um crime, é um i1icito penal. Agora. o Go­verno faz a mesma concessão, em volume financeiro trêsou quatro vezes maior, e não deixa de ser" um ato legíti·mo. Eu a considero um ato legítimo, mas tenho que res·snlvar que está-se adotando em casos análogos o sistemade dois pesos e duas medidas. Isto confunde o espírito dolegislador c o sentimento público nacional.

O SR•.JOS~FERNANDES- Acho que o que o PDSpode melhor fazer pela Nova República é colaborar paraque cla tenha êxito, produzindo uma crítica responsávelem relação aos atos que devem receber corrcção. Este é oinstrumento mais hábil que pode utilizar a Oposiçãopara contribuir com a Nova República.

Hoje, por excmplo. lemos no Correio Brazlllense de­claração feita pelo Presidente do Banco Central, Sr. An·tônio Carlos Lemgruber. Acho que já ouvi rcfcrências acssc nome na Velha República, porque me parece queera um dos homens oriundos das grandes escolas de eco­nomia na área paulista e na árca do Rio de Janeiro, nota­damente a Fundação Getúlio Vargas..Ã, época, S. S'também discutia fórmulas c receitas para quc pudésse­mos chegar ao nível de endividamento em que estamos ealcançar o nível de juros que tanto afligem hoje o Pais.Dizia, cntão, o Sr. Antônio Carlos Lemgruber: "O Ban­co Central nada tem a ver com a taxa de juros; isso é umproblema de mercado."

SI. Presidente, nada mais crucial para o sistema pro­dutivo da Nação do que ouvir uma expressão dessas porparte de um homem que tem a obrigação de controlar osmeios de pagamento e a base monetária, e, através dessecontrolc, influir no mercado por meio de uma inter­vençào direta do poder estatal, para que possa prevalecera justiça social e o interesse maior da Nação, quc nadatem a ver com as especulações de mercado. Essa é a suaobrigação. E observamos que, não sô em toda a históriaeconômica, mas também nos compêndios mais singelosde economia, cabe ao Banco Central atuar nos camposda disponibilidade da moeda e do nível de juros. Assimcomo é feito em todo o mundo desenvolvido, tambémdeve sê-lo nas nações cm desenvolvimento. Cabe aqui. apropôsito, lembrar a atuação do Presidente Roosevelt.que, nos Estados Unidos, fez desenvolver um trabalho,na área de mercado, para o controle dos juros e até paraa credibilidade do sistema bancário.

Antcs, porém, de prosseguir nesta análise, concedo oaparte ao nobre Deputado Valmor Giavarina.

O Sr. Valmor Glavarlna - Nobre Deputado José Fer­nandes - agora já está tranqüilo o ambiente - ouvi se­renamente o apartc do Deputado Jorge Arbage ao pro­nunciamento de V. Ex'. Disse o Deputado Jorge Arbageque o Governo da Nova República usa dois pesos e duasmedidas ...

O Sr. Jorge Arbage - Ipsls Litterl••

O Sr. Valmor Glavarlna - ... quando envia a estaCasa projeto de lei que objetiva a socorrcr o BancoSulbrasileiro e o Banco Habitasul, através da desapro.priação de suas ações, injetando 900 bilhões de cruzeirosda Reserva de Contingências do Orçamento Geral daUnião. E, em seguida, ele injcta, empresta ou aplica,igualou maior importância no Banco Auxiliar e no Ban­co COMIND, sem que esta Casa apreciasse o processopelo qual esse empréstimo foi feito. Quero só esclarecer- já o disse na semana passada e volto a repeti-lo, poistalvcz o Dcputado Jorgc Arbage não estivesse presente,ou, se estava, não o tenha entendido - simplesmente oseguinte: antes da intervenção do Banco Central no con·glomerado Sulbrasileiro e Habitasul, no dia 13 de feve­reiro de 1985, o Banco Central já havia acudido esse

:complexo bancário com o aporte de 550 bilhões de cru­zeiros. Por que? Porque ainda não existia intervenção. OBanco Central - ou os bancos centrais - tem a funçãode socorrer bancos que estejam com deficiência de caixae com falta de liquidez. Depois da intervenção do BancoCentral no Sulbrasileiro e no Habitasul - e isto aindano Govcrno da Velha Rcpública - não havia como o

Sábado 8 5781

.Banco Central, ou a Fazenda, injetar qualquer impor­tância em um banco sob intervenção. Por esse motivo,foi necessário mandar a esta Casa um projeto de lei. afim de que pudéssemos discutir c resolver se permitíria­mos ou não a desapropriação daquelas ações. No casodos bancos COMIND e Auxiliar, - que estão com asportas abertas, operando dentro da legalidade, apenascom dificuldades de caixa, cm virtudc de boatos segundoos quais iriam quebrar - para evitar a quebra de maisdois bancos, o Banco Central acudiu·se com a importân.cia de novecentos bilhões, ou o dobro, ou o triplo, nãosei quanto. Repito: esses dois bancos não estavam sobintervenção. Então, nobres Deputados Jorge Arbage eJosé Fernandes, não houve dois pesos e duas medidas:Houve um peso para uma situação e uma medida paraoutra situação, um outro peso e uma outra medida paraoutra situação completamente diferente. E repito. paraencerrar, que, no primeiro caso, o Sulbrasileiro e o Habi­tasul estavam sob intervenção, no segundo caso, o CO­MIND e o Auxíliar, não estavam sob intervenção. Noprimeiro caso havia necessidade de autorização legislati­va; no segundo caso não. Tenho a lei - e a trouxe, ­que consta dos Anais, porque a fiz transcrever. Essasoperações têm sido feitas na Nova República de maneiraclara, transparente. para que todos saibam como se apli­ca o dinheiro público.

O SR. JOSJ:; FERNANDES - Deputado ValmorGiavarina, cntcndo bem a posição colocada por V. Ex' caté fico satisfeito, pois traz informações detalhadas a res­peito do tema. Deduzo. se entendi bem, que o BancoCentral tem a ver com o sistema bancário privado. V.Ex' confirma com um aceno de cabeça que sim.

O Sr. Valmor Giavarlna - Nobre Depütado José Fer­nandes, claro que tem a ver com o sistema bancário pri·vado, pois está previsto na lei que "compcte ao BancoCentral fiscalizar e até mesmo socorrer. .." Isto está ex­presso. Inclusive, é também atribuição do Banco Centralproceder a redescontos. Acho que V. Ex', na qualidadedc professor, entendc isso perfeitamente. Não é somenteatribuição do Banco Central do Brasil, mas de todos osBancos Centrais.

O SR. JOSJ:; FERNANDES - Realmcnte.aprendiisso nos compêndios, quando o fiz o meu curso de Eco­nomia. Deduzo também que, se tem a ver com o sistemabancário privado, o Banco Central também tem a ver~om as variâveis representativas de atuação no sistema·bancário. Entre elas está exatamentc a taxa de juros. Porisso, concordo com V. Ex' e discordo do Sr. AntônioCarlos Lemgruber. O Sr. Antônio Carlos Lemgruber dis­se - está neste jornal, em letras garrafais - que o BancoCentral nada tem a ver com a taxa de juros. Digo - ecreio que V. Ex' concorda comigo - que· o Banco Cen­traI tem a ver com os exorbitantes níveis da taxas de ju­ros, e, sem sua contenção, não vamos conseguir soluçõessatisfatôrias para o combate à inflação e para a reso­lução do débito interno.

O Sr. Valmor Giavarlna - Permito-me concordar emparte com V. Ex'. Realmente, o Banco Central tem mui-.to a ver com as taxas de juros. Mas não somente o BancoCentral: há todo um complexo, há toda uma malha, hátodo um emaranhado no sistema econômico brasileiroque tem a ver com essa taxa de juros. Entretanto, amaior responsabilidade - tem razão V. Ex' - é do Ban­co Central.

O SR. JOslt, FERNANDES - Muito obrigado,nobre Deputado. Gostaria de fazcr uma ligeira análisedas conseqüências do disparo da taxa de juros no merca­do interno. Estamos chegando a juros reais - tenho lidoe ouvido declarações de pessoas que participam das dis­cussões sobre os problemas do sistema financeiro - emtorno de 30%. Também se fala em 46%, e os que menornúmero apresentam falam em 24%. É histôrica a si­tuação de que uma taxa de juros real ao passar de 12%,calculados os descontos referentes à desvaloriza.,ào mo­netária. já começa a se constituir numa agrc~são ao cres·cimento econômico e ao crescimento industrial de qual.quer nação. Isto porque. no mundo moderno, não hámais a prof~l.silo e a eSI?ecializaç~ÇJ de utividaes do siste- _

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ma ec:unumico. o que nao mais permite que o ·industrial.por exemplo, seja I] próprio capitalista. Para isto. temosa5 B,)lsas funcionando em todo o mundo. onde são nego­ciadas as ;]çôes. permitindo captaçào de recursos repre­sentativos das poupanças privadas e públicas. Assim,torna-se possível aliar II indução. a expectativa. a espe­cialização !] vlsão telescópica do empresário. dos deten­tores do capital e até mesmo dos poupadores do sistemanacional ou do sistema de qualquer país.

Em razão disso, sabemos que ao se cobrarem juros al­tos. estes juros - já que temos hoje a possibilidade decaptar recursos não sô para os investimentos, mas lam­bem para o giro, para a operacionalidade das empresas,notadamente as empresas industriais - passam a criaruma situação de dificuldade, porque alguém terá depagá-los. Alguém terá dc pagar cstes juros extorsivos.Quem haverá de pagú-Ios'? Ora, no processo de produçãocntram como insumos a mão-dc-obra, as matérias­primas e também os custos financeiros de operação dasempresas industriais. Esses juros altos vão ser compo­nentcs do custo das mcrcadorias que irão à venda no va­rejo. Quem vai comprar, quem vai adquirir essas merca­dorias é o povo. que muitas vczes está saerificado ­como agora - dadas as políticas salariais arrochantes, eque vai sofrer mais este tipo de arrocho, o preço das mer­cadorias maior do que deveria ser, pelo excesso de con­tribuição financeira que as empresas incluem no custo deprodução. Então, diria que uma grande medida para ostrabalhadores, por exemplo, seria prover recursos fáceisàs empresas para poderem produzir em nível de customenores, inclusive com o controle de preços, como hojese verifica, para se chegar a um preço de comercializaçãomenor c. com isso, fazcndo lucrar o trabalhador. Muitasvezes a elevação do salário e O afrouxamento de outrasvariáveis do sistema econômico propicia, ao invés de umcrescimento real da renda, cm termos de podcr aquisitivoe de bens reais de mercadoria. uma diminuição do poderde compra do trabalhador. Por isso é necessário que oGoverno se proponha a crer que o Banco Central tem aver .com as taxas de juros, e, assim procedendo, deve tra­balhar e tomar medidas p"ra que elas diminuam, pois es­tão em níveis inaceitáveis para o crcscimento industrial caté para o crescimento geral da economia nacional, limavez que elas também atingem a agricultura e o setor decomercialização.

Um outro detalhe incongruentc com a colocação quefaz o Sr. Antônio Carlos Lemgruber verifica-se quando oGoverno discute o seu déficit. O déficit, que era de 32 tri­lhões de cruzeiros, passou para 57, está em 83, cami­nhando para os 90 c acho que vai passar dos 100 trilhões.Ele está caminhando no mesmo sentido das taxas de ju­ros do Sistema Financeiro Nacional. É o déficit que vaicrcsccndo. De yez em quando comparece aqui o Sr. Mi­nistro da Fazenda para dizer que ele é muito alto. Fize­ram uma rcunião na Granja do Torto e concluíram, in­clusive com um truísmo. que dc mancira alguma podeser contestado: o problema do País reside no fato de quea Receita é maior do que a Despesa.

Fiquei até impressionado com essa conclusão, porqueacho que ela é uma afronta aos nomes quc ali sc reuni­ram. Ao debater um assunto perante a máxima autorida­de da República, o Presidente José Sarney, deveriam terdiscutido opç!'íes, pcrrque em economia há que sc fazeropções. Deveriam, portanto, ter discutid.o opções e, não,chegar à conclusão de que há um díficit representadopela diferença entre. a Receita e a pespesa do setor públi­co do País, principalmcntc O federal.

Não é isso o que se quer, mas, sim, quc o Sr. Ministroda Fazenda entenda-se com o Banco Central e com oMinistro do Planejamento, para que sc conscientizem deque tem que haver um decréscimo na taxa de juros, mes­mo que isso tenha dc ser feito através de uma medida deforça, representativa da intervenção que o Estado tcmquc fazcr no sctor eeonómico, quando a atividade em­presarial privada não está atendendo aos intcrcsses so­ciais. que são os primordiais e primeiros. a serem obser­vado, por qualquer Governo que procure o bem-estarda Nacão.

Deve ser entcndido, cntão, que é necessário o interven­cionismo, e, se ele for efetuado, fazendo baixar. as taxasde juros, haverá, inclusive, de diminuir esse déficit, anun­ciado com novos números a cada dia, porque, dentro de­le, há I1ma conta muito grande, referente ao pagamentode juros, que, por serem altos no mercado nacional, re-

DJARrO DO CONGRESSO NACIONAL JSeo;}o f)

prcsentam ônus adicionais para (I débito ínicrno do seio!púhlico. Se se diminuir, ent.ão, esses juros, h.averâ, indi!­sivc. de se diminuir a divida financeira. o compromissode resgate financeiro, o compromisso de pagamento des·se délieit interno. E, dimi nuindo esse débito interno, de­verá tmnbém diminuir o déficit do setor público nacio­naL

Sr. Presidente, vamos voltar a este assunto em breve.porque hoje nào nos resta mais tempo. Está havendo umdescompasso nacional: alguém está tocndo samba, ouiosestão pulando frevo, mas iem muita gente, inclusive io­cando valsa.

É impressionantc como se chegou a essa situação, emque um homem da respeitabilidade de Amaral de Souza,nomeado para o BNH, tcnha que ser demitido antes dctomar posse só porque seu nome não constava dos acor­do, feitos para a formação da Aliança, para a vitória ob­tida em 15 de janeiro e para a constituição da Nova Re­pública.

Encerrando, tenho a dizer que é impressionante a in­coerência, quando se nega a toda hora que não houveacordo nos escaninhos e na escuridão, não houve acordode pé-dc-ouvido em relação à form ulação da AliançaDemocrática, no momento em que um homem é nomea­do e demitido mesmo antes de tomar posse, em nomedos acordos firmados para a composição que deu a vi­tória ao Sr. Tancredo Neves no Colégio Eleitoral.

O SR. PRESIDENTE (José Frejat) - Nada mais ha­"endo a tratar, vou levantar a sessão.

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

Acre

Ruy Líno - PMDB.

Rondônia

Francisco Ersc - PFL; Rita Furtado - PFL.

Maranhão

Enoc Vieira - PFL.

Piauí

Ludgcro Raulino - PDS.

Ceará

Lúcio Alcántara - PFL.

Pernambuco

Antônio Farias - PDS; Cristina Tavares - PMDB.

Bahia

Eraldo Tinoco - PDS.

IUo de Janeiro

Márcio Braga - PMDB.

Minas Gerais

Delson Scarano - PDS; Luiz Baccarini - PMDB;Nylton Velloso - PFL; Rondon Pacheco - PDS.

São Paulo

Airton Soares - PT; Estevam Galvão - PFL; Fran­cisco Dias - PMDB; Márcio Santilli - PMDB.

MaIo Gr01l!lO

Bento Porto - PFL

Mato Grosso do Sul

Albino Coimbra - PDS.

Paraná

Santos Filho - PDS.VI - Levanta-se a .3essào as I,t noras e 07 minu­

tos.

ATA DAS COMISSOESCOMISSÃO DE CrENCrA E TECNOLOmA

Distribuição

O Senhor Deputado Adail Vetiorazzo, Presidente daComissão de Ciencia e Tecnologia, fez a seguiot,,, distri­buição em 3 de junho de 1985:

.!unho de

Ao Senhor Deputado Antônio Fiorê:nck~:

Projeto de Lei n' 4.545/g4. úo Sr. Sergio Cruz, que'''Dispôe sobre a proteçJ.(l e preservação do pantanaL. cdá outras providências~<.

Brasília, 3 de junho de 1985. -luiz Oliveira Pinto,SecreLúrio,

COMISSÃO DE: COMUNICAÇÃO

Distribuição

O Senhor Presidentc da Comissão de Comunieaçào,Deputado Ibsen Pinheiro, fez a scguinte distribuição em30 de maio de 1985:

Ao Senhor Deputado Salles Lcite;Projeto de Lei n' 2.2 I6-A/79, do Sr. Gióia Júnior ­

Emenda oferecida em plenário ao Projeto de lei n' 2.216­A, de 1979, quç "proibe a propaganda de cigarros e debebidas alcoólicas, através de painéis localizados ao lon­go das rodovias e dá outras providências".

Ao Senhor D;putado Francisco Amara):Projeto de Lei n' 5.043185. do Sr. Samir Achôa ­

Dispõe sobre tarifas telefônicas referentes a ligações en­tre Municípios que comp,5em a Grande São Paulo e aCapital do Estado.

Ao Senhor Deputado Magno Bacelar:Projeto de Lei n' 5.072/85, do Sr. Raul Bernardo ­

Obriga a instalaç"o de telt,fones públicos em locais den­samente povoados.

Sala da Comissão, 30 de maio de 1985. - lole Lazzari­Di, Secretária.

Redistribuição

O Senhor Presidente da Comissão de Comunicação,Deputado lbsen Pinheiro, fez a seguinte redistribuiçãocm 30 de maio de 1985:

Ao Senhor Deputado Aníbal Teixeira:Projeto de Lei n' 3.500184, do Sr. Jorge Carone ­

Dispõe sobre tarifaç"o de chamadas tclefônicas.

Sala da Comissão, 30 de maio de 1985. - lole Lazzari­ni, Secretária.

COMISSÃO DE CONSTITurÇÃO E JUSTIÇA

Oitava remlão ordlnalrla da turma "B", reallu.dano dia 22 d,. maio de 198~,

Às dez horas do dia vinte e dois de maio de mil nove·centos e oitenta e cinco, na Sala no OI do Anexo II da Câ­mara dos Deputados, sob a Presidência do Senhor De­putado Aluízio Campos, Presidente, presentes os Senho­rcs Deputados Joacil Per.:ira, Vice-Presidente, ArnaldoMaciel, Brabo de Carvalho, José Melo, Raimundo Leite,Theodoro Mendes, Hamilton Xavier, Gerson Peres,Guido Moech, Jorge Arbagc, Osvaldo Melo, Otâvio Cc·sário, Rondon Pacheco, Celso Barros, Nilson Gibson,José Genoíno, Francisco Amaral e Darcilio Ayres,reuniu-se a Comissão de Constituição e Justiça. A Atado dia quinze último foi aprovada por unanimidade. Or­dem do dia: I) - PROJETO DE LEI N0 5.184/85 -doSr. Francisco Dias - quç, "dispensa os contribuintes doImposto dc Renda - Pes,soa Física - de incluir na de­claração de rendimentos as parcelas que menciona, e de­tcrmina outras providências". Relator: Deputado JoséGenoíno. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unani­mcnte o parecer do relator. 2) - PROJETO DE LEI N95.253/85 - do SR. Nelson do Carmo - quç,"proíbequalquer tipo de expurgo no cálculo da variação mensaldo Indice Nacional de Preços ao Consumidor". Rclator:Deputado José Genoíno. Parecer: pela constitucionali­dade, juridieidade e têcnica legislativa. Em votação, foiaprovado unanimente o parecer do relator. 3)­PROJETO DE LEr N' 5.329/85 - do Sr, Gerson Peres- que. "considera Patrimônio Histórico Nacional a Ci­dade de CHmeti\, no Esta,:10 do Pará". Relator: Deputa­do José Melo. Parcccr: pcl2 constitucionalidackjuúdici­ch!de" técnica legislativa. Em votaç"o, foi aprovado uoa­11imente o parecer do r"lator. 4) - SUBSTITUTIVOOFERECIDO; ZM PLENARlO AO PROJETO DELEr N0 351-/A 83, que.";evaga os Decretoc,-Ieis n"sj .225. de 22 de j unho de 1'J72. 1.316, d,) 12 de março de

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Junho de 1985

1974, e o item IJI do ar!. I' da Lei n' 5.449, de4 dejunhode 1968, que declara municípios do Estado da Bahia deinteresse da Segurança Nacional". Relator Osvaldo me­lo. Parecer: pela prejudicialidade. Em votação, foi apro­vado unanimentc o parecer do relator. 5) - PROJETODE LEI N' 4.422j84 - do Sr. Tidei de Lima - qUe. "dádenominação ao aeroporto de Cumbica, no Estado deSão Paulo". Relator: Deputado Theodoro Mendes. Pa­recer: pela constitucionalidade, juridicidade e têcnica le­gislativa. Em votação, foi aprovado unanimente o pare­cer do relator. 6) - PROJETO DE LEI N' 3.228j84 ­do Sr. Antônio Dias - que "submete à deliberação doCongresso Nacional o orçamento anual dos dispêndiosdas entidades estatais". Relator: Deputado TheodoroMendes. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unani­mente o parecer do relator. 7) - PROJETO DE LEI N'888j83 - Do Sr. João Carlos de Carli - que. "dispõesobre a fiscalização das fundações pelo Ministêrio Públi­co". Relator: Deputado Theodoro Mendes. Parecer:pela constitucionalidade, falta de técnica legislativa e, nomérito, pela rejeição. O Deputado Darcilio Ayres, quepedira vista, devolveu o projeto, apresentando voto emseparado, discordando do rclator. Em votação, foi apro­vado o parecer do relator, contra o voto em separado doDeputado Darcmo Ayres. 8) - PROJETO DE LEI N'4.969j85 - do Poder Executivo (Mens. n' 96j85) - que

. "dá nova redação a dispositivos do Decreto-lei n' 7.661,de 21 de junho de 1945 - Lei das Falências - alteradopela Lei n' 7.274, de 10 de dezembro de 1985". Relator:Deputado Hamilton Xavier. Parecer: pela constituciona­lidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pelaaprovação, com duas emendas. Concedida vista ao De­putado Brabo de Carvalho. 9) - PROJETO DE LEI N'3.863j84 - do Sr. Paulo Lustosa - qUe. "cria o FundoEspecial de Combate às Secas e Enchentes e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Arnaldo Maciel. Pa­recer: pela inconstitucionalidade. Adiada a discussão.lO) - PROJETO DE LEI N' 5.386j85 - do Poder Exe­cutivo (Mens. n' 243/85) - qUe. "cria cargos no Minis­têrio da Reforma e do Desenvolvimento Agrário - MI­RA0, e dá outras providências". Relator: DeputadoNilson Gibson. Parecer: pela constitucionalidade, juridi­cidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. ENCERRAMEN­TO: Às onze homs, nada mais havendo a tratar, foi en­cerrada a reuniào e, para constar, eu, Ruy Omar Prudên­cio da Silva, Secretário, lavrei a presente~e depoisde aprovada será assinada pelo Senho~ente.

Óbeputado Aluízio Campos, Presidente da Comissãode Constituição e Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 31-5-85Ao Sr. Arnaldo Maciel:Projeto de Lei n' 5.375j85 - do Sr. Sérgio Philomeno

- qUe "dispõe sobre a denominação do Aeroporto In­ternacional de Brasília".

Projeto de Lei n' 5.382j85 - do Sr. Carlos Vinagre­que "propõe o nome do Presidente Tancredo Neves paraPatrono da Nova República".

Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de DecretoLegislativo n' 87-Aj85 - qu~ "aprova o texto do Con­venio Internacional do Café, de 1983, concluído em Lon­dres, a 16 de setembro de 1982".

Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei Complementar n? 276j85 - do Sr. Her­

mes Zaneti - que "da nova redação ao ar!. 7' da LeiComplementar n' 25, de 2 dejulho de 1975, queestabele­ce critério c limites para a fixação da remuneração de Ve­readores" .

Ao Sr. Egfdio Ferreira Lima:Projeto de Lei Complementar n? 278j85 - do Sr. Joa­

cil Pereira -que. "da nova redação a dispositivos da LeiComplementar n' 25, de 2 dejulho de 1975, alterada pe­las Leis Complementares n' 38, de 13 de novembro de1979 e n' 5, de 14 de dezembro de 1983".

Ao Sr. Ernani Satyro:Projeto de Lei Complementar n' 279j85 - do Sr.

Francisco Dias - qUe. "isenta de cobrança do rCM osencargos financeiros de vendas comerciais a prazo, naforma que especifica".

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Projeto de Lei Complementar n' 280j85 - do Sr.Leorne Belém - qUe "da nova redação a dispositivos daLei Complementar n' 25, de 2 de julho de 1975, alteradapelas Leis Complementares n? 38, de 13 de novembro de1979 e n? 45, de 14 de dezembro de 1983" (Anexo o PLC285/85).

Projeto de Lei Complementar n? 281/85 - do Sr. Pe­dro Correa - que. "dispõe sobre a remuneração dos Ve­readores" .

Projeto de Lei Complementar n? 283j85 - do Sr. Nil­son Gibson - que. "dispõe sobre a remuneração dos ve­readores e dá outras providências".

Projeto de Lei Complementar n' 286j85 - do Sr. Ar­naldo Maciel - qUe. "altera a Lei Complementar n? 25,de 2 de julho de 1975, e revoga a Lei Complementar n'45, de 14 de dezembro de 1983".

Ao Sr. José Gcnoino:Projeto de Lei n? 5.568j85 - do Senado Federal ­

qUe. "institui a Semana Nacional do Jovem e dá outrasprovidências",

Ao Sr. Mário Assad:Emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n'

2.195-A/83 - qUe. "autoriza a criaçào do Fundo paraDesenvolvimento Integrado do Vale do Rio Doce".

Ao Sr. Raymundo Asfora:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n?

3.017-A/80 - qUe. "acrescenta parágrafo ao ar!. 6? doCódigo de Processo Penal, permitindo a expedição deatestado de antecedentes ao indiciado atê que haja con­tra ele senteça condenatória passada em julgado".

Projeto de Lei n' 5.460/85 - do Poder Executivo ­Mensagem n' 252j85 - qUe. "revoga o § 2? do ar!. I? doDecreto-lei n? 1.866, de 9 de março de 1981, que dispõesobre a nomeação de Prefeito em Município declaradode interesse da Segurança Nacional".

Ao Sr. Ronaldo Canedo:Projeto de Lei complementar n' 288j85 - do Sr. Na­

tal Gale --;. "isenta do r.C.M aparelhos ortopédicos".Projeto de Lei Complementar n' 282/85 - do Sr. Fur­

tado Leite qUe. "autoriza o Poder Executivo a consideraro Oeste do Estado do Ceará como Região Preferencialde Desenvolvimento e dá outras providências".

Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto de Lei n' 5.414j85 - do Sr. Victor Faccioni­

qUe. "autoriza o Poder Executivo a federalizar a Fun­dação Universidade de Caxias do Sul".

Projeto de Lei n' 5.567/85 - do Senado Federal ­qUe. "dispõe sobre a expedição de certidões para a defesade direitos e esclarecimentos de situações".

Sala da Comissão, 31 de maio de 1985. - Sueli deSouza, Secretária Substituta.

O Deputado Aluízio Campos, Presidente da Comissãode Constituição e Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 3-6-8S

Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei n' 5.349j85 - do Sr. Gerson Peres ­

qUe. "autoriza o Poder Executivo a conceder pensão es­pecial às vítimas de morte por ocasião do féretro do ex­Presidente eleito Tancredo de Almeida Neves c dá outrasprovidências" .

Projeto de Lei n' 5.376j85 - do Sr. Renato Cordeiro- que. "dispõe sobre a doação de imóvel de propriedadeda União para colônia de pescadores em Peruibe, Estadode São Paulo".

Projeto de Lei n' 5.415j85 - do Sr. Doreto Campana­ri - qUe. "declara de utilidade pública a Santa Casa deMisericórdia de Inúbia Paulista, Estado de São Paulo".

Ao Sr. Armando Maciel:Projeto de Lei n? 5.411/85 - do Sr. Stélio Dias - que

"autoriza o Poder Executivo a criar e construir no mu­nicípio de São João del-Rey em Minas Gerais, um me­morial em homenagem ao ex-Presidente Tancredo de Al­meida Neves".

Projeto de lei n? 5.484j85 ~ do SrJosê Eudes - que"altera dispositivo da Lei n' 7.183, de 5 de abril de 1984,qUe. "regula o exercfcio da profissão de aeronauta e dáoutras providências".

Sábado 8 5783

Ao Sr. Arthur Virgílio Neto:Projeto de Lei n' 5.428j85 - do Sr. Nilson Gibson­

que. "estabelece critério para inclusão de celetistas no re­gime estatutário".

Ao Sr. Bonifácio de Andrada:Projeto de Lei n' 5.337/85 - do Sr. Francisco Dias­

qUe. "introduz modificações no Decreto-lei n' 999, de 21de outubro de 1969, que instituiu a Taxa Rodoviâria Ú­nica".

Projeto de Lei n' 5.348/85:- do Sr. Clarck Platon­qUe. "permite substituir o valor do Imposto de Renda de­vido por contribuinte residente no Território Federal doAmapá por igual valor de compra, pelo mesmo, de açõesde empresas agropastorais ou industriais, na forma quemenciona".

Projeto de Lei n? 5.426/85 - do Sr. Siqueira Campos- qUe. "proíbe a emissào de títulos financeiros pelo Go­verno Federal e dá outras providências".

Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n' 5.357/85 - do Sr. Gilton Garcia­

qUe. "estabclccc garantias ao jornalista profissional noexercício da profissão".

Projeto de Lei n? 5.429j85 - do Sr. Horácio Ortiz­quç. "dispõe sobre cobrança de taxas de água e esgoto edetermina outras providências".

Ao Sr. Cardoso Alves:Projeto de Lei n' 5.485j85 - do Sr. Sérgio Philomeno

- qUe. "dispõe sobre prerrogativas do Congresso Nacio­nal quanto à emissão de papel-moeda, metálica e selospostais",

Ao Sr. Celso Barros:Projeto de Lei n' 5,360j85 - do Sr. Francisco Dias­

que. "proíbe a fabricação e a comercialização de mu­nições para armas de fogo",

Projeto de Lei n' 5.442j85 - do Sr. Doreto Campana­ri - que "acrescenta parágrafo único ao ar!. 70, da Con­solidação das Leis do Trabalho".

Ao Sr. Egídio Ferreira Lima:Projeto de Lei n' 5.381j85 - do Sr. Gilton Garcia­

qUe. "autoriza o Poder Executivo a editar as obras e dis­cursos parlamentares de Fausto Cardoso".

Projeto de Lei n? 5.401/85 - do Sr. Jairo Magalhães- que. "dá nova redação ao art. 8' da lei n' 6.999, de 7 dejunho de 1982, que dispõe sobre a requisição de servido­res pela Justiça Eleitoral e dá outras providências".

Ao Sr. Eraani Satyro:Projeto de Lei n' 5.435j85 - do Sr. Délio Santos ­

qUe. "introduz alterações no Código El~toral, respeitan­tes às exigéncias da declaração de bens dos candidatos acargos eletivos",

Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lei n' 5.438j85 - do Sr. Josê Eudes - que

"dispõe sobre o cálculo do salário-beneficio e o reajusta­mento dos beneficios de aposentadorias".

Ao Sr. Gonzaga Vasconcelos:Prçjeto de Lei n' 5.420j85 - do Sr. Edison Lobão­

qUi;. "acrescenta dispositivo a Lei n? 4.595, de 31 de de­zembro de 1964, para tornar obrigatório o tratamentoregional diferenciado na política monetária nacional".

Projeto de Lei n' 5.449/85 - do Sr. Horácio Ortiz­qUe. "unifica, as tarifas de transportes coletivos urbanosem percursos atê 50 (cinquenta) quilômetros, áreas me­tropolitanas, municípios conurbados e grandes centrosurbanos".

Ao Sr. Gorgãnio Neto:Projeto de Lei n? 5.412/85 - do Sr. Stêlio Dias- que

"acrescenta § 3' ao art. 94, da Lei n' 4.737, de 15 dejulhode 1965, que constitui o Código Eleitoral".

Projeto de Lei n? 5.480j85 - do Sr. Mendes Botelho- quÇ. "veda a celebraçào de contratos comerciais ou 10­catíçios que não tenham como base a moeda corrente doPaís".

Projeto de Lei n? 5.51Oj85 - do Sr. Osvaldo Melo­qUe. "altera a Lei n' 4.215, de 27 de abril de 1963 (Estatu­to da Ordem dos Advogados do Brasil)",

Ao Sr. Guido Moesch:. Projeto de Lei n' 5.356/85 - do Sr. José Frejat - que

"acrescenta parágrafo ao art. 18 da Lei n' 6.649, de 16 demaio de 1979, que regula a locação predial urbana".

Projeto de Lei n' 5.408j85 - do Sr. Arnaldo Maciel- que" "inclui categoria funcional no Decreto-lei n'

Page 20: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/imagem/d/pdf/dcd08jun1985.pdf · , DIARIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XL - N9 062 CAPITAL FEDE~AL

5784 Sábado 8

2.074. de 20 de dezembro de 1983, que altera o Decreto­lei n' 1.341, de 22 de agosto de 1974. que dispõe sobre aimplantação do Plano de Classificação de Cargos. e dáoutras providências".

Projeto de Lei n' 5.430/85 - do Sr. Bento Porto ­qUe. "autoriza o Poder Executivo a criar o Instituto dePesquisa e Estudos Indigenistas".

Projeto de Lei n' 5.443/85 - do Sr. José Frejat - que"dá nova redação a alínea "a" do arl. 6' da lei n' 7.183,de 5 de abril de 1984, que regula o exercício da profissãode aeronauta".

Projeto de Lei nO 5.447/85 - do Sr. Francisco Amaral- qll~ Hautoriza os bancos a elevarem o limite de garan­tia de seus cheques especiais".

Projeto de Lei n' 5.498/85 - do Sr. Denisar Arnciro- qu~ "autoriza o Poder Executivo, através do Minis­tério da Justiça, a criar uma Junta de Conciliação e Jul­gamento no Município de Barra Mansa, no Estado doRio de Janeiro",

Projeto de Lei nO 5.505/85 - do Sr. Albérico Cordeiro- que. "autoriza a criação e implantação da EscolaAgrotécnica Federal de Arapiraca. no Estado de Ala­goas".

Projeto de Lei n' 5.506/85 - do Sr. Valmor De Luca- qUe. "dispõe sobre a criação de uma Junta de Conci­liação e Julgamento na cidade de Araranguá, no Estadode Santa Catarina".

Ao Sr. Hamilton Xavier:

Projeto de Lci n" 5,370/85 - do Sr. Osvaldo Nasci­mento - qUe. "altera dispositivos dos Códigos Civil ePenal e legislações correlatas e dá outras providências".

Projeto de Lei nO 5.378/85 - do Sr. Pacheco Chaves- quç, "autoriza a realização de convênios entre o Mi­nistério da Indústria c do Comêrcio e as Prefeituras Mu­nicipais, para a finalidade que especifica".

Ao Sr. Joacil Pereira:Projeto de Lei n' 5,398/85 - do Sr. Sérgio Lomba­

que. "confere nova, atribuições aos Tribunais RegionaisEleitorais. a fim de que seja apurado, anualmente, o elei­torado dos Municípios, em caso de aumento, e o preeen­chimento das mesmas pelos respectivos Suplentes dosVereadores".

Ao Sr. João Divino:Projeto de Lei n' 5.486/85 - do Sr. Borgcs da Silveira

- qUe. "denominq. "Rodovia Presidente Tancredo Ne­ves" o trecho da BR-040 entre Brasília e Belo Horizon­te".

Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei n' 5.511/85 - do Sr. Celso Barros­

quç. "regula a forma pela qual possam os eleitores anal­fabetos alistar-se e exercer o direito de voto".

Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei nO 5.513/85 - do Sr. Doreto Campana­

ri - qUe. "dispõe sobre revogação do arl. 50, da Lei n'6.620, de 17 de dezembro de 1978. que define os crimescontra a segurança nacional, estabelece li sistemáticapara o seu processo e julgamento e dá outras providên­cias".

Ao Sr. Jorge Medauar:Projeto de Lei n' 5.445/85 - do Sr. Pacheco Chaves

- quç. "estabelece exigência para a importação de pro­dutos agrícolas".

Projeto de Lei nO 5.454/85 - da Sra. Irma Passoni­qUe. "dá nova redação ao artigo 446 da Consolidação dasLeis de Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n' 5.452, deI' de maio de 1943".

Ao :k José Burnett:Projeto de Lei n' 5.396/85 - do Sr. Fernando Collor

- qu~. "autoriza aos contribuintes abaterem da rendabruta o total das depesas com instrução, aluguel e jurospagos ao Sistema Financeiro da Habitação".

Ao Sr. José Genoino:Projeto de Lei n' 5.354/85 - do Sr. Renato Cordeiro

- qUe. "revoga o Decreto-lei n' 791, de 27 de agosto de1969, que dispõe sobre o pedágio nas rodovias federais".

Projeto de Lei nO 5.413/85 - do Sr. Nelson Marche­zan - qUe. "estabelece normas para cálculo do IndiceNacional de Preços ao Consumidor - INPC".

Ao Sr. José Melo:Projelo de Lei n' 5.427/85 - do Sr. José Frejat - que

"dá nova redação ao arl. I' da Lei n' 7.183, de 5 de abril

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção i)

de 1984, que regula o exercicio da profissão de aeronau­ta".

Projeto de Lei n' 5.399/85 - do Sr. Clarck Platon­qUe. "cria, atravês do Tribunal Superior do Trabalho, na8' Região da Justiça do Trabalho, uma Junta de Conci­liação e Julgamento para os Municípios de Amapá,Calçoene e Oiapoque. com sede na cidade do Amapá, noTerritório Federal do Amapá e dá outras providências".

Projeto de Lei nO 5.444/85 - do Sr. Léo Simões ­qUe. "acrescenta dispositivo a Consolidação das Leis doTrabalho, estabelecendo prazo certo para a convocaçãodas eleições destinadas a compor as CIPAS".

Projeto de Lei n' 5.472/85 - do Sr. José Frejat - que"dá nova redação ao ar!. 15 da Lci nO 7.183, de 5 de abrilde 1984, que regula o exercício da profissão da aeronau­ta".

Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei nO 5.432/85 - do Sr. Raul Bernardo­

que "dispõe sobre a ocupação dc presídios, delegacias ecasas de deteoção".

Projeto de Lei n, 5.597/85 - do Sr. Francisco Amaral- que "isenta do pagamento do Imposto Único sobreEnergia EIHrica as contas de consumo até o valor que es­pecifica" .

Ao SI'. Mário Assad:Projeto de Lei n' 5.394/85 - do Sr. Floriceno Paixão

- que. "altera dispositivo da Lei n' 4.886, de 9 de de­zembro de 1965, que regula as atividades dos represen­tantes comerciais autônomos".

Ao Sr. Matheus Schmidt:Projeto de Lei nO 5.425/85 - do Sr. Nelson Marehe­

zan - que. "acrescenta parágrafos 5' e 6' ao arl. 65 daLei n" 4.504. de 30 de novembro de 1964. que dispõesobre o estatuto da terra e dá outras providéncias".

Projeto de Lei nO 5.487/85 - do Sr. Borges da Silveira- que "dú nova redação ao art. 68 da Lei n' 4.320, de 17de março de 1964".

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n' 5.366/85 - do Sr. Raul Bernardo­

que "dá nova redação ao arl. 29 da CLT dispondo sobrea anotação na carteira profissional, pelo empregador, dodescanso rem unerado, da pensào alimentícia decretadajudicialmente".

Projeto de Lei n' 5.434/85 - do Sr. Valdon Varjão­que "dispõe sobre a obrigatoriedade de transmissão. pe­las estações de televisão. do informativo do CongressoNacional, inserida na. "Voz do Brasil":

Projeto de Lei n' 5.478/85 - do Sr. Francisco Amaral- qUe. "assegma aos empregados domésticos o direitode constituir associações profissionais e dá outras provi­déncias".

Projeto de Lei n" 5.483/85 - do Sr. Irineu Colato ­que. "permite o pagamento das prestações de casa pró­pria com o valor do Imposto sobre a Renda e proventosde qualquer natureza descontado na fonte".

Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n' 5.421/85 - do Sr. Paulo Mincarone

- qu~ "dispõe sobre a política salarial, regula o reajustedas tarifas de serviços públicos e dá outras providen­cias",

Projeto de Lei nO 5.423/85 - do Sr. Denisar Ameiro- que "obriga os estabelecimentos hospitalares a utili­zarem equipamentos especiais contra a contaminaçàohospitalar".

Ao Sr. Otávio Cesário:Emenda oferecida em plenário ao Projeto de Lei n'

2.836-A 180 - qu~. "acrescenta item e altera o § P do arl.l' do Decreto-lei n' 201, de 27 de fevereiro de 1967, quedispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e Vereado­res" .

Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de Lei n' 5.384/85 - do Sr. Nilton Alves ­

qUtf '"dispõe sobre a profissão de Técnico de Operação,Operador de Proecssamento, Operador de Utilidades cOperador de Transferencia e Estocagem em refinarias depetróleo e petroquímica; regula seu exercício; concedeaposentadoria especial c dá outras providencias".

Projeto de Lei n' 5.391/85 - do Sr. Raul Bernardo­qUe. "institui a obrigatoriedade de dcclaração de benspara o exercício de cargos ou funções e dá outras provi­dências".

J unho de 1985

Ao Sr. Raymundo Asfóra:Projeto de Lei n' 5.368/85 - do Sr. Sérgio Lomba ­

que "estabelece normas para adoção de menor em si­tuaçào iregular".

Projeto de Lei n' 5.371/85 - do Sr Hugo Mardini ­qu~ "acrescenta parágrafo ao art. 492 da Consolidaçãodas Leis do trabalho, assegurando estabilidade ao em­pregado no caso que especifica".

Projeto de Lei n' 5.372/85 - do Sr. Carneiro Arnaud- que. "dispõe sobre a efe'clvaçilo, no emprego, de meno­res estagiários admitidos nas empresas estatais federais".

Ao Sr. Raimundo Leit<::Projeto de Lei n' 5.352/85 - do Sr. Amaury Milller

- qu~. "isenta do Imposto sobre os Serviços de Trans­porte Rodoviário Intermunicipal e Interestadual de Pes­soas e Cargos - ISTR, mo serviços realizados por trans­portadores autônomos filiados a cooperativas. nas con­dições que menciona".

Projeto de Lei nO 5.392/85 - do Sr. Raul Bernardo­que. "promove a indexaçilo do valor monetário do sa­1[lriO mínimo ao Inc1lee Nacional de Preços ao Consumi­dor".

Projcto de Lei n' 5.424/85 - do Sr. Nelson Marche­zan - que "altera a redação do caput do art. 55 da Lei n'3.807, de 26 de agosto dc 1960 - Lei Orgânica da Previ­dencia Social".

Ao Sr. Rondon Pacheco:Projeto de Lei n' 5.369/85 - do Sr. Clark Platon­

que "dispõe sobre a instalação de casas de saúde e assis­tência soeial pela LBA, para atendimento de pessaoasdoentes em estado de mcndieância nas cidades brasilei-ras"

Projeto de Lei n' 5.494/85 - do Sr. Paulo Mincarone- que "altera dispositivo da Lei nO 5,107, de 13 de se­tem bro de 1966, que criou o FGTS, com vistas a introdu­zir moditicações na composição do Conselho Curadordo Fundo".

Ao Sr. Sérgio Murilo:Projeto de Lei n' 5.367/85 - do Sr. Sêrgio Lomba­

que "d" o nome de Presidente Tancredo Neves ao Palá­cio do Planalto, palácio sede do poder Executivo Fede­ral".

Projeto de Lei n' 5.406/85 - do Sr. Nelson do Carmo- que. "dã nova redação aos arts. 731 e 732 da CLT, co­minand~.. ~õee,s distintas para o ali disposto, determi­nando a r~nte quc perde o prazo inicial de 5 dias,refazer de imtdiato a reclflmação, sem ter de esperar os 6meses anteriormente dispostos",

Projeto de Lei nO 5.418/85 - do Sr. Sérgio Philomeno- Qu~ "faculta ao pescador profissional contribuir paraa Previdência Social Urbana como autônomo".

Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto de Lei nO 5.403/85 - do Sr. Francisco Erse­

qu~. "dá nova redação ao parágrafo único do arl. I' doDecreto-Ici n' 2.249, de 25 de fevereiro de 1985, que dis­põe sobre a concessão de gratificação de AtividadeTécnico-Administrativa aos ocupantes de cargos e em­pregos de nível superior dos quadros e tabelas de Admi­nistração Federal e das Autarquias Federais".

Ao Sr. Valmor Giavar,ina:Projeto de Lei n' 5.377/85 - Sr. Renato Cordeiro ­

qu~ "fixa a taxa de juros para os empréstimos aos peque­nos e médios produtores rurais".

Sala da Comissào. 3 de junho de 1985. - Sueli deSonza, Secretária Substituta.

O Deputado Aluízio Campos, Presidente da Comissãode Constituição e Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 4-6-85

Ao Sr. Antônio Dias:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n'

680-A/83 - que "altera o art. 5' do Decreto-lei n' 79, de19 de dezembro de 1966, que institui normas para fi­xação de preços mínimos e execução das operações de fi­nanciamento e aquisição de produtos agropecuários cadota outras providências".

Page 21: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/imagem/d/pdf/dcd08jun1985.pdf · , DIARIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XL - N9 062 CAPITAL FEDE~AL

Junho de 1985

Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei n' 5.457/85 - do Sr. Francisco Dias­

qUe. "dispõe sobre a desistência de participantes em con­sórcios, c determina outras providências".

Ao Sr. Celso Barros:Projeto de Lei n' 5.453/85 - do Sr. Bocayuva Cunha

- qUe. "suspende a vigência do ar!. li do Decreto-lei n'759, de 12 de agosto de 1969, que cria a Caixa Econômi­ca Federal".

Ao Sr. Egídio Ferreira Lima:Projeto de Lei n' 5.566/85- do Podcr Executivo ­

Mensagem n' 277/85 - qu<;."altera os arts. I' e 3' doDecreto-lei n' 1.940, de 25 de maio de 1982, que instituicontribuição social, cria o Fundo de Investimento Social(FINSOCIAL), e dá outras providências".

Ao Sr. Ernani Sátyro:Projeto de Lei n' 5.526/85 - do Sr. Josê Gcnoino

Neto - qUe. "dispõe sobrc a indenização aos parentes deaté 2' grau de todos os brasileiros mortos,. "desapareci­dos" e inválidos por motivos politicos c dá outras provi­dências" .

Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lci n' 5.527/85 - do Sr. Maurílio Ferreira

Lima - qUe. "dispõe sobre a redução de imposto de ren·da nas condições que menciona".

Ao Sr. Gonzaga Vasconcelos:Projcto de Lc; n' 5.471/85 - do Sr. Valmor Giavarina

- qu<;. "dispõe sobre a inclusão de. "Noções sobre a in­clusão d<;. "Noções de Primeiros Socorros" nos corricu­los cscolares de 2' grau".

Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n' 5.450/85 - do Sr. Marcondes Perei­

ra - qUe "concede abatimento no cálculo do imposto derenda, às pessoas físicas e jurídicas, das despesas efetua­das com seguros contra roubo de automóveis, motos, re­sidências e estabelecimentos comerciais".

Ao Sr. João Divino:Projeto de Lei n' 5.451185 - do Sr. Domingos Juvenil

- qUe. "proíbe, por dois anos, a majoração do preço dogás de cozinha".

Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei n' 5.476/85 - do Sr. Nelson do Carmo

- qUe. "dispõc sobrc a preservação de grutas e cavernasexistentes no Território nacional

Ao Sr. Matheus Schmidt:Projcto de Lei n' 5.47°/85 - do Sr. Denisar Ameiro

- qUe. "dispõe sobre a forma de cálculo no pagamentode férias, 13' salário e outras vantagens a trabalhadorescomissionados ou que percebeu salário misto".

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n' 5.448/85 - do Sr. João Batista Fa­

gundes - qUe. "dispõe sobrc a incorporação de índios à.comunhão nacional".

Projeto de Lei n' 5.473/85 - do Sr. José Frejat - que"acrescenta alinea ao ar!. 20 do Decreto-lei n' 73, de 21de novembro de 1966, para instituir seguro dc vida paraporteiros e vigias, a cargo dos empregadores, e dá outrasprovidências" .

Ao Sr. Otávio Cesário:Projeto de Lei n' 5.458/85 - do Sr. Carneiro Arnaud

- qUe. "amplia a categoria dos ex-combatentes da IIGrande Guerra Mundial".

Ao Sr. Raim undo Leite:Projeto de Lei n' 5.496/85 - do Sr. Anselmo Peraro

- que "dispõe sobre a criação das matérias dos sistemase métodos da medicina natural, que previne as doenças,preserva a saúde e promove a longevidade, de acordocom as Leis da Natureza, nos cursos das faculdades deMedicina, Ciências Biológicas, Farmácia, Odontologia,Agronomia e Veterinária e determina outras providên­cias".

Ao Sr. Roberto Jefferson:Projeto de Lei n. 5.538/85 - do Poder Executivo ­

Mensagem n' 261/85 - qUe. "reorganiza os Quadros deOficiais Auxiliares da Marinha".

DIÁRIO DO CONG RESSO NACIONAL (Seção I)

Ao Sr. Ronaldo Canedo:Projeto de Lei n' 5.452/85 - do Sr. Leur Lomanto­

qUe. "torna obrigatório o ensino da leitura do jornal e re­vista ao estudante dos cursos de 2' grau".

Ao Sr. Ro ndon Pacheco:Projeto de Lei n. 5.455/85 - do Sr. Victor Faccioni­

que. "modificá a redação do ar!. 29 da Lei n'4.595, de31de dezem bro de I%4, que dispõe sobre a política e as ins­tituições mon~tárias, bancárias e creditícias, cria o Con­selho Monetário Nacional e dá outras providéncias".

Ao Sr. Sérgio Murilo:Projeto de Lei n. 5.456/85 - do Sr. José Genoino

Neto - qUe. "dispõe sobre a não punição de aborto pra­ticado por médico com o consentimento da gestante".

:

Sala da Comissão, 4 dejunho de 1985. - Sueli de Sou­za, Secretária Substituta.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA ESTUDAR E PROPOR MEDIDAS

SOBRE REFORMA AGRÁRIA3' Reunião realizada em 29 de maio de 1985

Às dez horas e vinte minutos do dia vinte e nove demaio de mil novecentos e oitenta e cineo, na sala de Reu­niões da Comissão de Defesa do Consumidor, reuniu-sea Comissão Especial destinada a estudar e propor medi­das sobre a Reforma Agrária. Presentes os seguintes Srs.Deputados: Fernando Santana, Presidente, ReinholdStephanes, Relator-Geral, Octávio Cesário, OswaldoLima Filho, Saramago Pinheiro Juntahy Júnior, MaçaoTadano, Pedro Germano e Pratini de Moraes. Abrindoos trabalhos, o Sr. Presidente Fernando Santana comu­nicou ao Plenário que havia recebido o Aviso n'095/MIRAD, datado de 27 do corrente, do Senhor Mi­nistro Nelson de Figueiredo Ribeiro, Ministro de Estadoda Reforma,e do Desenvolvimento Agrário, nos seguin­tes termos;. "Senhor Presidente, tenho a honra de enca­minhar a Vossa Excelência exemplar da proposta, suge­rida por especialistas que assessoram este' Ministério,para a elaboração do Plano Nacional de ReformaAgrária PNRA. 2. É propósito da Nova República, se­guidamente anunciado pelo Presidente José Sarney, pro­mover uma Reforma Agrária democrática, que reflita,em sua concepção, a média das tendências da sociedadebrasileira. 3. A contribuição que a Comissão de ReformaAgrária, sob a esclarecida direção de Vossa Excelência,oferecer a este Ministério, no que conceme à análise téc­nica e política da referida Proposta, será de grande im­portáneia para o prosseguimento do trabalho de elabo­ração e ulterior aplicação do PNRA. 4. Solicito o espe­cial cmpenho dc Vossa Excelência no sentido de que a re­ferida contribuição seja apresentada ao MIRA0 até odia 30 de junho próximo vindouro". Considera o Prcsi­dente que, dado o pequeno prazo para estudos do plano,propõe à Comissão quc seja formado um Grupo de Tra­balho com a tarefa específica de emitir um documentosobre a matéria enviada, doeumento esse que seria, pos­teriormente, submetido à apreciação do Plenário da Co­missão, para debates c redação final. Aprovada a suges­tão, o Senhor Presidente designou para esse Grupo deTrabalho os seguintes Deputados: Oswaldo Lima Filho,Reinhold Stephanes, Oetávio Cesário, Cid Carvalho e opróprio Presidente da Comissão. Esse Grupo, disse oDeputado Fernando Santana, se reuniria quantas vezesfossem necessárias, na Sala das Comissões Especiais, atim de elaborarem o Parecer solicitado pelo MinistroNelson Ribeiro fícando marcada, desde já, uma reuniãopara a próxima 3' feira, dia quatro de junho, às dezesseishoras, Com a palavra o Deputado Oswaldo Lima Filhopropõe: I') que fossem enviadas cópias do Estatuto daTerra a todos os Deputados da Comissão. Em aparte, oSenhor Presidente solicitou da Secretária que providen­ciasse junto ao INCRA o material referido; 2') - cópia,para os membros do Grupo de Trabalho, dos artigos daConstituição: Da Ordem Econômica e Social; 3.) - quesejam requisitados, do INCRA, um ou dois assessores,para que colaborem com os Deputados da Comissão,principalmente os do Grupo de Trabalho, recém-criado,na intcrpretação e discussão do Plano. As propostas fo­ram aprovadas. Ainda com a palavra, o Deputado Os­waldo Lima Filho considero u que este trabalho que aComissão vai realizar é, de fato, um dos mais positivosjáfcitos numa Comissão Técnica. O Deputado Fernando

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Santana lembrou que os Partidos vão constituir Comis­sões Interpartidárias para apreciar a matéria para que,ao fim dos trabalhos, sc cascm os pontos de vista dessasComissões Interpartidárias com os desta Comissão Es-.pecial e da Comissão de Agricultura. Em seqüência, dis­se o Deputado Oswaldo Lima Filho que, para ele, estaComissão Especial de Reforma Agrária seria ComissãoInterpartidária, tendo o Presidente Fernando Santanaconsiderado que as Comissões Interpartidárias seriammais amplas, formadas por membros do Senado e da Câ­mara. Antes de encerrar a reunião, às onze horas e qua­renta minutos, o Presidente lembrou aos presentes queamanhã, dia 30, estará presente, para fazer uma expo­sição nesta Comissão, o representante das OrganizaçõesSilvio Santos, sobre o tema;, "O Empresariado Nacionalna Amazônia Legal". Nada mais havendo a tratar, eu,Maria Izabel Arroxellas Medeiros, Secretária, lavrei apresente Ata que, depois de lida e aprovada, será assina­da pelo Senhor Presidente.

COMISSÃO DE ESPORTE E TURISMOREDISTRIBUIÇÃO N' 04/85

O Senhor Deputado José Moura, Presidente da Co­missão de Esporte e Turismo, fez, na presente data, a se­guinte redistribuição:

I - Ao Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 4.786/84, qUe. "Declara ó Municlpio

de São Cristovão, no Estado de Sergipe, Área Especialde Interesse Turístico e determina outras providências."

2 - Ao Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 4.787/84, qUe. "Declara o Mnnicípio

de Estância, no Estado de Sergipe, área Especial de Inte­resse Turístico, e determina outras providências".

3 - Ao Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 4.788/84, que. "Declara o Município

de Barra dos Coqueiros, no Estado de Sergipe, Área Es­pecial de Interesse Turístico, e determina outras provi­dências".

4 - Ao Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 4.887/84, qUe. "Deelara o Município

de Laranjeiras, no Estado de Sergipe, Area Especial deInteresse Turístico e determina outras providências".

Brasília, 4 de junho de 1985. - Maria Linda M. deMagalhães, Secretária.

COMISSÃO DE FINANÇAS

Sexta Reunião Ordinária, realizada nodia 8 de maio de 1985

Às dez horas do dia oito de maio de 1985, na Sala n' 5do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidên­cia do Deputado Aécio de Borba, presentes os Deputa­dos Moysés Pimentel e José Carlos Fagundes, Vice­Presidentes; Agnaldo Timóteo, Irajá Rodrigues, Walmorde Luca, Fernando Magalhães, Vicente Guabiroba, Re­nato Johnsson e Christovam Chiaradia, reuniu-se a Co­missão de Finanças. A Ata da reunião anterior foi apro­vada por unanimidade. Iniciada a reunião, o Sr. Presi­dente solicitou aos membros a devolução dos processosdistribuídos até fins da Sessão Legislativa passada, co"municando sua intenção em reduzir os prazos, até entãoverificados, de permanência dos projetos com os relato­res, ao que o Deputado Walmor de Luca redargüiu, co­municando à Presidência os obstáculos normalmente in­terpostos, principalmente pelo Executivo, que, solicitadoa prestar informação a respeito de proposições de suainiciativa, sonega ou retarda as mesmas, dificultandosobremaneira o trabalho do relator no seu afã de apre­ciar condignamente a matéria, o que faz decorrer umprazo muitas vezes imprevisível para apreciação da pro­posição. O Sr. Presidente solicitou que, em casos seme­lhantes ao comunicado pelo Deputado Walmor de Luca,deverá o relator informar dos óbices a que fica sujeito,para que a Presidência do Órgão possa tomar as medidasque julgar cabíveis a cada caso. Comunicou a seguir quea Comissão continuaria a reunir-se ordinariamente nasquartas-feiras, às 9:00 horas, e que, a partir de então, aspautas da, reuniões ordinárias seriam preparadas nassextas-feiras, scndo a scguir distribuídas aos membros doÓrgão para conhecimento prévio das mesmas. Em segui­da o Deputado Aécio de Borba passa a Presidéncia aoDeputado Moysés Pimentel. ORDEM DO DIA: I) Pro­pa,ição do Deputado Aécio de Borba, no sentido de de-

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signar o Deputado Irajá Rodrigues como relator cm Ple­nário das Emendas Oferecidas em Plenário ao Projeto deLei n' 5.272-C, de 1985, que "autoriza a desapropriaçãode ações das companhias que menciona e a abertura decrédito especial de até 900 bilhões de cruzeiros e dá ou­tras providências.", considerando a exigUidade de tcmpopara o estudo da matéria, se apreciado na reunião, Emdiscussiío e votação, foi aprovada por unanimidade aproposta do Deputado. 2) Proposição do Deputado Aé­cio de Borba, no sentido de adotar a Comissão o seguin­te critêrio, em relação à distribuição dos processos apre­ciados pelo Órgão: a) os Projetos de Lei de iniciativa doPDS distribuídos aos membros da Comissão pcrtencen­tcs aos demais Partidos e os Projetos de Lei de iniciativado Poder Executivo, Poder Judiciário c demais partidos,à exceção do PDS, distribuídos a membros da Comissãopertencentes a esta legenda partidária; b) distribuiçãoeqUitativa, considerados os membros do PDS e os dosdemais Partidos, em relação ao número de processos dis­tribuídos; c) encaminhamento das proposições, antes desua distribuição aos membros da Comissão, à AssessoriaLegislativa para fins de elaboração de pareceres que ofc­reçam aos rclatores, previamente, o embasamento técni­co necessário à apreciação da matéria por parte dos mes­mos. Em discussão e votação a proposição foi aprovadapor unanimidadc. A scguir o Deputado Aécio de Borbareassume a Presidência. 3) Projeto de Lci n' 3.743/84­do Sr. Josias Leite - que. "dispõe sobre a conversão embolsas de estudos, de parcela da rcnda líquida resultanteda taxa de inscrição em exame vestibular", Relator: De­putado Christovam Chiaradia. Parecer: Favorável. Emvotação, foi aprovado por unanimidade o parecer do re­lator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 4)Projeto de Lei n' 2.557/83 - do Sr. Raymundo Asfora- que. "dispõe sobre a emissão de uma série de selos co­memorativa do IV Centenário de Fundação do Estadoda Paraíba". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Pare­cer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimi­dade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comis­sões Pcrmanentes. 5) Projeto de Lei n' 2.821 /83 - do Sr.Wall Ferraz - que "a utoriza o Podcr Executivo a criar aEscola Federal de Pesca na cidade de Parnaíba, Estadodo Piauí". Relator: Deputado Moysés Pimentcl. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo pareccr do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 6) Projeto de Lei n' 3.240/84 - do Sr. Nil­son Gibson - qUe. "dispõe sobre a criação da EscolaAgrícola Federal de Ipubi, Estado de Pernambuco". Re­lator: Deputado Moysés Pimentel. Parecer: Favorável.Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.7) Projeto de Lei n" 3.451/84 - do Sr. Arnaldo Maciel- que: ·'autoriza a emissão de selo comemorativo do cin­qüentenário de. "Casa Grande e Senzala". Relator: De­putado Moysés Pimentel. Pareccr: Favorável. Em vo­tação, foi aprovado por unanimidade o parecer do rela­tor. Vai ã Coordenação de Comissões Permanentes. 8)Projeto de Lei n' 4.329/84 - do Sr. Evandro Ayres deMoura - quç. "autoriza o Ministério da Agricultura adoar ao Município de Viçosa do Ceará os imóveis queindica". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de Comisst'íesPermanentes. 9) Projeto de Lei n' 4.982/85 - do PoderExecutivo íMensagem n' 121/85) - qu~ "fixa os valoresde retribuição da Catcgoria Funcional de Técnico deCobrança e Pagamentos Especiais, código NS-944, ouLT-I"S-944, c dá outras providéncias". Relator: Deputa­do Christovam Chiaradia. Parecer: Favorável. Em vo­tação, foi aprovado por unanimidade o parecer do rela­tor. Vai à Cllord~nação de Comissõe-s Permanentes. 10)Projeto de Lei n' 838/83 - do Sr. José Eudes - que "es­tende aos marítimos embarcados nas embarcações deapoio i, indústria petrolífera de off-shorc o disposto naLei n" 5.811, de II de outubro de 1972". Relator: Depu­tado Floriceno Püíxão. Parecer: Favorável. nos termosdo su bstitutivo da Comissão de Trabal ho e Legisl açãoSocial. Em votaçãü. foi aprovado por unanimidade o pa­recer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Per­manentes. 11) Projeto de Lei n' 221/83 íanexo o Projetode Lei n' 870/83) - do Sr. Ronan Tito - quI'. "veda acobrança antecipada de juros e correção monetária nosempréstimos bancários". Relator: Deputado Luiz Bac­carini. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde­nação dc Comissões Permanentes. 12) Projeto de Lei n'2.526/8-1 - do Sr. Ricardo Ribeiro - qu~ "dispõe sobrea criação da Faculdade Federal Rural do Vale da Ribei­ra". Relator: Dcputado Mendonça Falcão. Parecer: Fa­vorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 13) Projeto de Lei nQ 1.489/75 - do Sr.Francisco Amaral - que. "estabelece tarifa postal espe­cial para remessa de jornais através da Empresa Brasilei­ra de Correios e Telégrafos". Relator: Deputado LuizLeal. Parccer: Favorável. Em votação, foi aprovado porunanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. 14) Projeto de Lei n' 1.155/83- do Sr. Geraldo Fleming - que.. "dispõe sobre acriação da Zona Franca de Rio Branco, no Estado doAcre. Relator: Deputado Luiz Leal. Pareccr: Contrário.Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comissõcs Permanentes.(5) Projeto de Lei n' 3.003/84 - do Poder Executivo(Mcnsagem n' 45/84) - que. "dispõe sobre a Tarifa deUtilização de Faróis, e dá outras providências". Relator:Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 16) Projetode Lei n' 3.922/84 - do Sr. Francisco Dias - qUe, "a­crescenta item V ao § 2' do art. I' da Lei n' 5.315, de 12de setembro de 1967, qu~"regulamenta o art. 178 daConstituição do Brasil que dispõe sobre os ex­combatentes da Segunda Guerra Mundial", e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer:Favorável, com substitutivo. Em votação, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde·nação de Comissões Permanentes. 17) Projeto de Lei n'4.958/85 - do Poder Executivo íMensagem n' 02/85)­Reajusta a pensão especial concedida pela Lei n' 6.610,de 7 de dezembro de 1978, a Walter dos Santos Siqueirae dá outras providências". Relator: Deputado Luiz Leal.Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado o parecerdo relator. Vai à Coordenação de Comissões Permanen­tes. 18) Substitutivo oferecido em Plenário ao Projeto deLei n' 751-A, de 1979, que"obriga as companhias segu­radoras e as entidades privadas que atuam no campo daprevidência social a liquidarem o pagamento do seguro edos bcne11cios concedidos, no prazo de trinta dias, e dáoutras providências". Relator: Deputado Fernando Ma­galhães. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde­nação de Comissões Permanentes. 19) Projeto de Lei n'1.394/83 - do Sr. Anselmo Peraro - que "dispõe sobrea aposentadoria aos 2S (vinte e cinco) anos de serviço aosRepresentantes de Laboratórios de Divisão Farmacêuti­ca". Relator: Deputado Fernando Magalhães. Parecer:Contrário. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 20) Projeto de Lei n' 203/83 íanexos osProjetos de Lei n's 633, 725, 762, 812, 881,1.408,2.185,2.264 e 2.288, de 1983) - do Sr. Homero Santos - que"concede isenção do Imposto Sobre Produtos Industria­lizados para veículos automotores com motor a álcool,quando adquiridos por viajantes comerciais". Relator:Deputado Luiz Leal. Parecer: Contrário. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordcnação de Comissões Permanentes. 21) Projetode Lei nl ' 2.812/83 - do Sr. Francisco Amaral - que"autoriza a Empresa Brasileira dc Correios e Telégrafosa emitir selo comemorativo dos setenta e cinco anos deImigração Japonesa no Brasil". Relator: Deputado JoséCarlos Fagundes. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordenação de Comissões Permanentes. 22) Projeto deLei n' 2.535/83 - do Sr. Manoel Ribeiro - qUe. "esten­de à Região Norte as condições especiais de financia­mento aplicáveis de equipamentos com que o FlNAMEbeneficia as regiões Sul e Nordestc". Relator: DeputadoJosé Carlos Fagundes. Parecer: Contrário. Em votação,loi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 23) Projetode Lei n' 1.523/83 - do Sr. Paulo Lustosa - que "isen­ta os funcionitrios públicos. com vencimentos em atraso,do pagamento de multas e juros sobre serviços públi­cos". Relator: Deputado José Carlos Fagundes. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de Comissões

Junho de 1985

Permaoentes. 24) Projeto de Lei n' 475/83 - do Sr. Vai­mor Giavarina - que "concede isenção do Impostosobre Produtos Industrializados para veículos automo­tores com motor a álcool, quando adquiridos por oficiaisde justiça". Relator: Deputado Irajá Rodrigucs. Parecer:Contrário. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordcnação de ComissõesPermanentes. 25) Projeto de Lei n' 1.503/83 (anexo oProjeto dc Lei n' 2.405/83) - do Sr. Ruy Côdo - que"dispõe sobre a distribuição da receita do Fundo de In­vestimento Social (FINSOCIAL), instituído peloDecreto-lei n' 1.940, de 25 de maio de 1982". Relator:Deputado José Carlos Fagundes. Parecer: Contrário.Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comisst'íes Permanentes.26) Emcnda do Senado ao Projeto de Lei n' 1.718-C/83,que. "dispõe sobre o ingresso no Corpo de Engenheiros cTécnicos Navais". Relator: Deputado José Carlos Fa­gundes. Parccer: Favorável. Em votação, foi aprovadoPo! unanimidade o pairecer do relator. Vai à Coorde­nação de Comissões Permanentes. 27) Projeto de Lei n'4.961/85 - do Poder Executivo íMensagem n' 06/85)­que, "fixa os valores de retribuição do Grupo-Arquivo,do Serviço Civil do Poder Executivo, e dá outras provi­dências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favo­rável, com adoção das emendas da Comissão de Consti­tuição e Justiça. Em votação, foi aprovado por unanimi­dade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comis­sões Permanentes. 28) P'rojeto de Lei n'4.972, de 1985­do Poder Executivo (M>~nsagem n' 86/85) - qUe. "alteraa estrutura da Categoria Funcional de Nutricionista, doGrupo-Outras Atividades de Nível Superior e dá outrasprm'idências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 29) Projeto de Lei n' 4.974/85 - do PoderExecutivo íMcnsagem n' 88/85) - que, "altera a estrutu­ra da Categoria Funcional de Tradutor e Intérpretc, doGrupo-Outras Atividades de Nível Superior e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unauimidadco parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentcs. 30) Projeto de Lei n' 4.975/85 - do PoderExecutivo (Men,sagem n' 89/85) - qUe. "altera a Estru­tura da Categoria Funcional de Sociólogo, do Grupo­Outras Atividades de Nível Superior, e dá outras provi­dências". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favo­rável. Em votação, foi]provado por unanimidade o pa­recer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Per­manentes. 31) Projeto de Lei n' 4.976/85 - do PoderExecutivo (Mensagem n' 90/85) - que "altera a Estru­tura da Categoria Funcional de Geógrafo, do Grupo­Outras Atividades de Nível Superior, e dá outras provi­déncias". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favo­rável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o pa­recer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Per­manentes. 32) Projeto de Lei n' 4.985, de 1985 - do Po­der Executivo (Mensagem n' 124/85) - que, "fixa os va­Iares de retribuição das Categorias Funcionais de Zoa­tecnista e Terapeuta Oeupacional do Grupo-Outras Ati­vidailes de Nível Superior a que se refere a Lei n' 6.550,de 5 de julho de 1978, e dá outras providências". Rela­tor: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável. Em vo­tação, foi aprovado por unanimidade o parecer do rela­tor. Vai à Coordenação de Comiss"es Permanentes. 33)Projeto de Lei n" 2.741 de 1983 (anexo o Projeto de Lein' 4.052/84) - do Sr. Santinho Furtado - que "preser­va na situação de dependente o filho que esteja cursandocnsino superior, para fins de Imposto de Renda". Rela­tor: Deputado Renato Johnsson. Parecer: Favorável.Em votação, foi aprovado por unanim idade o parecer dorelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.34) Projeto de Lei n' 3.774/84 - do Sr. Francisco Ama­ral - qUe "autoriza a desapropriação e o tombamentodc imóveis que representem a cultura e a história da Ca­pital federal". Relator: Deputado Renato Johnsson. Pa­recer: Favorável. Em 'lotação, foi aprovado por unani­midade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Co­missões Permanentes. 35) Projeto de Lei Complementarn' 21/g3 (anexo o Projeto de Lei Complementar n'74/83) - da Sr' Cristina Tavares - qlll; "dá nova re­dação ao parágrafo único do art. 4' da Lei Complemen­tar n' li, de 25 de maio de 1971, que "institui o Progra­ma de Assistência ao Trabalhador Rural - PRORU-

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Junho de 1985

RAL, e dá outras providências". Relator: Deputado Sér­gio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde­nação de Comissões Permanentes. 36) Projeto de Lei n'1.027, de 1983 (anexo o Projeto de Lei n' 3.874/84) - daSr' Cristi na Tavares - qUe. "introduz alterações na Lein' 5.859, de lI de dezembro de 1972, que dispõe sobre aprofissão de empregado doméstico, e determina outrasprovidências". Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 37) Projeto de Lei n' 1.914/83 - do Sr.Nilson Gibson - que "considera insalubre a atividadeprofissional dos empregados nos serviços de coleta,transporte e tratamento de lixo, e determina outras pro­vidências". Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer: Fa­vorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 38) Projeto de Lei n' 2.761/83 - do Sr.Francisco Amaral- que. "autoriza a Empresa Brasileirade Correios e Telêgrafos - ECT, a emitir seja comemo­rativo do sesquicentenário de nascimento de AntônioCarlos Gomes, a ocorrer em 1986". Relator: DeputadoSêrgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi apro­vado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coor­denação de Comissões Permanentes. 39) Projeto de Lein' 2.813/83 - do Sr. Francisco Amaral- que "autorizaa emissão de selo comemorativo". Relator: DeputadoSérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi apro­vado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coor­denação de Comissões Permanentes. 40) Projcto de Lein' 4.973/85 - do Poder Executivo (Mensagem n' 87/85)- qUe. "altera o valor do vencimento dos cargos que es­pecifica, e dá outras providências". Relator: DeputadoChristovam Chiaradia. Parecer: Favorável. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do relator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 41) Projetode Lei Complementar nO 249/85 - do Poder Executivo.(Mcnsagem nO 01/85) - qUe. "dispõe sobre a aposenta­doria do funcionário policial, nos termos do art. 103 daConstituição Fcderal". Relator: Deputado FernandoMagalhães. Parecer: Favorável, com adoção do substitu­tivo da Comissão de Serviço Público, com subemenda. ODeputado Agnaldo Timóteo solicitou e lhe foi concedida"vista" do processo. Encerramento: Nada mais havendoa tratar, foi encerrada a reunião às doze horas e quinzeminutos, e cu, Jarbas Leal Viana, Secretário, lavrei a pre­sente Ata que, depois de aprovada, será assinada pejo Sr.Presidente.

Sala da Comissão, 8 de maio de 1985. - Aécio de Bor­ba, Presidente.

Sétima Reuniào Ordinária. realizada nodia 15 de maio de 1985

Às dez horas do dia quinze de maio de 1985, na Sala n'5 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presi­dência do Deputado Aécio de Borba, presentes os Se­nhores Deputados José Carlos Fagundes, Vice­Presidente, Sérgio Cruz, Luiz Leal, Irajá Rodrigues,Walmor de Luca, Bayma Júnior, Vicente Gabiroba,Christovam Chiaradia e Paulo Melro, reuniu-se a Co­missão de Finanças. A Ata da reunião anterior foi apro­vada por unanimidade. Expediente: I) Comunicação deproposta apresentada pelo Sr. Carlos Brandão, membroda Associação Nacional das Instituições do MercadoAberto - ANDIMA, no sentido de a Comissão promo­ver debates com vistas ao colhimento de sugestões quevenham contribuir para o aprimoramento da legislaçãorelacionada ao mercado de capitais; 2) Oficio, de 10-5­85, da Associação Nacional de Fabricantes de Rações­ANFAR, com estudo anexo, demonstrando a alta inci­dência do Imposto sobre Circulação de Mercadoria(ICM) sobre o preço do frango ao consumidor final, que,a partir deste ano e nos dois anos subseqüentes deverãoelevar-se respectivamente a 32,1%, 36,2% e 40,1%; enca­minhado à Assessoria Legislativa para fins de estudo crelatório das implicações da tributação referida no au­mento de preços de ração para o consumidor final e pos­sibilidade de apresentação de projeto corretivo; 3) Co­municação da intenção da Presidência de promover de­bates no Órgão :;obre assuntos financeiros, solicitandoaos membros sugestões de temas e participantes. Ordemdo Dia: I) Projeto de Lei n' 3.172/84 - do Sr. Ruy Ba-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

celar - que,. "altera a redação do § 2' do art. l' doDecreto-lei n? 791, de 27 de agosto de 1969, que dispõesobre o pedágio em rodovias federais e dá outras provi­dências". Relator: Deputado Fernando Magalhães. Pa­recer: Favorável. Em votação, foi aprovado por unani­midade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Co­missões Permanentes. 2) Projeto de Lei n? 4.045/84 - doSr. França Teixeira - que "incumbe o Poder Executivo,através dô MEC, a produzir sinopse semanal em brailledo noticiário da imprensa, para distribuição nos institu­tos de cegos de todo o País". Relator: Deputado Fernan­do Magalhães. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado parecer do Deputado Irajá Rodrigues, desig­nado Relator Vencedor, contrário ao Projeto. O parecerdo Deputado Fernando Magalhães, primitivo relator,passa a ser considerado Voto em Separado, favorável.Vai à Coordenação Permanentes. 3) Projeto de Lei n?6.590/82 - do Sr. Walmor de Luca - que "concede aosmotoristas de taxi aposentadoria especial aos 25 anos detrabalho". Relator: Deputado Floriceno Paixão. Pare­cer: Favorável. Em votação, foi aprovado o parecer dorelator, contra o voto do Deputado Irajá Rodrigues. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. 4) Projeto deLei n' 2.778/83 - do Sr. Antônio Pontes - qu~ "instituio Prêmio Humberto Mauro para documentaristas, e dáoutras providências". Relator: Deputado Ibsen de Cas­tro. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado porunanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. 5) Projeto de Lei n' 3.873/84­do Sr. Assis Canuto - que "autoriza a criação da EscolaSuperior de Agronomia, Veterinária e Engenharia Flo­restal no Município de Cacoal, Rondônia". Relator: De­putado Ibsen de Castro. Parecer: Favorável. Em vo­tação, foi aprovado por unanumidade O parecer do rela­tor. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 6)Projeto de Lei Complementar n' 26/83 - do Sr. Fran­cisco Amaral - qUe. "dispõe sobre isenção de tributos,inclusive estaduais e municipais, em favor dos ex­combatentes". Relator: Deputado Irajá Rodrigues. Pa­recer: Contrário ao Projeto e ao Substitutivo da Comis­são de Constituição e Justiça. Em votação, foi aprovado,por unanimidade o parecer do relator, Vai à Coorde­nação de Comissões Permanentes. 7) Projeto de LeiComplementar n? 227/84 - do Sr. Nilson Gibson ­que. "introduz parágrafo no art. 5' da Lei Complementarn? 08, de 3 de dezem bro de 1970, qUe. "institui o Progra­ma de Formação do Patrimônio do Servidor Público, edá outras providências." Relator: Deputado José CarlosFagundcs. Parecer: Contrário. Em votação, foi aprova­do por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde­nação de Comissões Permanentes. 8) Projeto de Lei nO3.63 1/84 - do Sr. Jonathas Nunes -,-. "Autoriza a emis­sào de selo comemorativo do centenário de nascimentodo poeta piauinse Antônio Francisco da Costa e Silva".relator: Deputado José Carlos Fagundes, Parecer: Favo­rável. Em votação, foi aprovado por unanimidade o pa­recer do relator. Vai à Coordenação de Comissões Per­manentes. 9) Projeto de Lei n? 1.443/83 - do Sr. Geral­do Bulhões - que. "dispensa do pagamento do IPI, noprazo e condições que especifica, as aquisições de veícu­los utilitários destinados ao meio rural". Relator: Depu­tudo Luiz Leal. Parecer: Favorável, com substitutivo.Em votação, foi aprovado parecer contrário do Deputa­do Vicente Guabiroba c o Voto em Separedo, favorávelcom substitutivo, do relator original, Deputado LuizLeal. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 10)Projeto de Lei nO 2.114/83 - do Poder Executivo (Men­sagem n? 338/83) - quI). "autoriza o Instituto do Acúcare do Álcool a alienar bens de sua propriedade localiza­dos nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia,Alagoas, Pernambuco e Paraíba e dá outras providên­cias". Relator: Deputado Luiz Leal. Parecer: Favorável.Em votação, foi aprovado por unanimidade o parecer dorclator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.lI) Projeto de Lei n' 2.361/83 - do Sr. João Herculino- quI'. "estabelece modalidade de devolução aos municí­pios do montante das retenções efetuadas pelo Institutode Colonização e Reforma Agrária a título de custeio doserviço de lançamento e arrecadação do imposto sobre apropriedade territorial rural". Relator: Deputado LuizLeal. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado porunanimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. 12) Projeto de Lei n' 2.337/83- do Sr. Renato Vianna - que "altera a redação do art.

Sábado 8 5787

14 do Decreto-lei n? 1.944, de 15 de junho de 1982, queconcede isenção do Imposto sobre Produtos Industriali­zados para táxis com motor a álcool". Relator: Deputa­do Moysés Pimentel. Parecer: Pelo arquivamento. Emvotação, foi aprovado, contra o voto do Deputado Vi­cente Guabiroba, o parecer do relator. Vai à Coorde­nação de Comissões Permanentes. 13) Projeto de Lei n'4.103/84 - do Sr. Francisco Amaral- quI'. "autoriza oPoder Executivo a enquadrar, como funcionários públi­cos estatutúrios, os fiscais do trabalho, na forma que es­pecifica". Relator: Deputado Moysés Pimentel. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 14) Projeto de Lei Complementar nO187/84 - do Sr. Paulo Marques - quI'. "altera o art. 2'da Lei Complementar n'8, de 3 de dezembro de 1970,que institui o Programa de Formação do Patrimônio doServidor Ptíblico e dá outras providências". Relator: De­putado Sérgio Cruz. Parecer: Contrário. Em votação, foiaprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordenação de Comissões Permanentes. 15) Projeto deLei n? 2.892/83 - do Sr. Francisco Amaral- qUe. "au­toriza a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ­ECT, a fazer uma emissão de selos em homenagem aLech Walcsa. Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer:Favorável. Em votação, foi aprovado por unanimidadeo parecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 16) Projeto de Lei n' 3.225/76 - do Sr.Francisco Amaral- qUe. "altera a redação do art. 2' daLei n' 4.266, de 3 de outubro de 1963, para estender à es­posa do trabalhador e filhos até 18 (dezoito) anos osalário-família. Relator: Deputado Sérgio Cruz. Parecer:Favorável, com adoção da emenda da Comissão deConstituição e Justiça. O Deputado Walmor de Luca so­licitou e lhe foi eoncedid:;l "vista" do processo. 17) Proje­to de Lci nO 4.073/84 - do Sr. Francisco Amaral- que"autoriza o Poder Executivo a tomar as medidas cabíveispara a manutenção e conservação da lancha denominada

."Gilda", na forma que especifica. Relator: DeputadoSérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação, foi apro­vado por unanimidade o parecer do relator. Vai à Coor­denação de Comissões Permanentes. 18) Projeto de Lein? 1.623/83 (anexo o Projeto de Lei nQ 3.462/84) - doSr. Ibsen Pinheiro - quI'. "modifica o artigo 9' da Lei n'605, de 5 de janeiro de 1949 - Lei do Repouso SemanalRemunerado e o pagamento de salário, nos dias feriadoscivis e religiosos - e dá outras providências". Relator:Deputado Vicente Guabiroba. Parecer: Favorável. Emvotação, foi aprovado por unanimidade o parecer do re~

lator. Vai à Coordenação de Comissões Permancnetes.19) Projeto de Lei n' 2.709/83 - do Sr. Francisco Ama­ral - que. "autoriza a Empresa Brasileira de Correios eTelegrafos - ECT, a fazer uma emissão de selos come­morativos". Relator: Deputado Vicente Guabiroba. Pa­rcccr: Favorável. Em votação, foi aprovado por unani­midade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Co­missões Permanentes. 20) Projeto de Lei nO 3.887/84 ­do Sr. Assis Canuto - Dispõe sobre o fracionamentodas parcelas ou lotes agrícolas em projetos de coloni­zação". Relator: Deputado Jayme Santana. Parecer: Fa­vorável. Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 22) Projeto de Lei n' 1.447/83 (anexos osProjetos de Lei nOs 2.995/83 e 4.246/84) - do Sr. Már­cio Macedo - qUG. "institui Administração Colegiada.no Sistema Nacional de Previdência Social, e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Fernando Magalhães.Parecer: Favorável. Em votação requerimento do Depu-.tado Walmor de Luca, no sentido de ser ouvida, prelimi­narmente, a Comissão de Previdência Social, recém­criada. Aprovado, por unanimidade o requerimento. 23)Projeto de Lei n' 2.425/83 - do Sr. Jorge Arbage - que"modifica dispositivos dos Decretos-leis nOs 1.564, de 29de julho de 1977; 1.898, de 21 de dezembro de 1981 e n'1.376, de 12 de dezembro de 1974, que dispõem sobre in­centivos fiscias, e dá outras providências". Relator: De­putado Jayme Santana. Parecer: Favorável, com substi­tutivo. O Sr. Deputado Walmor de Luca solicitou e lhefoi concedida. "vista" do processo. 24) Projeto de Lei n'140/83 (anexos os Proj. de Lei nOs 868 e 2.105, de 1983)- do Sr. Siqueira Campos - que.. "dispõe sobre acobrança dos débitos relativos às tarifas de serviços deutilidade pública em geral". Relator: Deputado Ibsen deCastro. Parecer: Favorável, nos termos da Emenda

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·5788 Súbado 8

Substitutiva da Comissão de Minas c Energia. Em vo­tação, foi aprovado parecer contrário do Deputado IrajáRodrigues, designado Relator Vencedor, contra o Votoem Separado do Deputado Ibsen de Castro, PrimitivoRelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.25) Projeto de Lei n' 2.654/ 83 - do Sr. Antànio Pontes- que "dispõe sobre acréscimos, no pagamcnto fora doprazo, para Gratificação de Natal (13' salário), e dá ou­tras providências". Relator: Deputado Ibsen de Castro.Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado parecercontrário do Deputado Vicente Guabiroba, contra oVoto do Deputado Walmor de Luca e Voto em Separa­do do relator original, Deputado Ibsen de Castro. Vai àCoordenação dc Comissões Permanentes. 26) Projeto deLei n' 3.508/84 - do Sr. Manoel Gonçalves - qUi:. "a­crcsccnta parágrafo ao ar!. 789 da Consolidação das Lcisdo Trabalho, e determina outras providéncias". Relator:Deputado Luiz Baccarini. Parecer: Favorável, comemenda. Em votação, foi aprovado parecer do DeputadoWalmor de Luca, designado Relator Vencedor, favorá­vel ao Projeto. O parecer do Deputado Luiz Baecarini,primitivo relator. passa a ser considerado Voto em Sepa­rado, favorável eom emenda. Vai à Coordenação de Co­missões Permanentes. 27) Projeto de Lei n' 2.131/83­do Sr. Freitas Nobre - qUe. "dispõe sobre o exercicio daprofissão de Escritor". Relator: Deputado Luiz Leal. Pa­reeer: Favorável, com emcnda. Em votação, foi aprova­do. por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoorde­nação de Comissões Permanentes. 28) Projeto de Lei3.391/94 - do Sr. Marcos Lima - quç. "institui novaunidade do sistema monetário com a denominação de

."Cruzeiro Atual". Relator: Deputado Luiz Leal. Pare­cer: Contrário. Em votação, foi aprovado por unanimi­dade o parccer do relator. Vai à Coordenação de Comis­SÕes Permanentes. 29) Projeto de Lei n' 1.889/83 - doSr. Leónidas Sampaio - quç "assegura ao trabalhadorautônomo o direito à Gratificação de Natal e à remune­ração de férias, e dá outras providéncias." Relator: De­putado Sérgio Cruz. Parecer: FavoráveL O DeputadoWalmor de Luca solicitou e obteve. "vista" do processo.30) Projeto de Lei n' 2.037/83 - do Sr. Adhemar Ghisi- qUI;. "introduz modificação na Lei n' 3.807, de 26 deagosto de 1960, para o fim de assegurar à mulher separa­da judicialmente o direito 11 pensão previdenciária deixa­da pelo ex-marido. nos casos que especifica". Relator:Deputado Sérgio Cruz. Parecer: Favorável. Em votação,foi aprovado parecer contrário do Deputado Walmor deLuca, designado Relutar Vencedor, contra o Voto emSeparado, favorável do Deputado Sérgio Cruz, primitivorelator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes.31) Projeto de Lei fi\' 3.609/84 - do Sr. Pedro Sampaio- que. "estende ao servidor público os critérios e os per­centuais de reajuste salarial do Decreto-lei n' 2.065, de26 de outubro de 1983". Relator: Deputado Sérgio Cruz.Parecer: FavoráveL Concedida. "vista" do processo aoDeputado Aécio de Borba. 32) Projeto de Lei nQ

3.092/84 - do Sr. Geovani Borges - qUe. "dispõe sobrca isenção do Imposto sobre a Propriedade TerritorialRural para novos empreedimentos agropecl\ários naárea dc atuação da SUDAM". Relator: Deputado Vi­cente Guabiroba. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado parecer contrário do Deputado ChristovamChiaradia, designado Relator Vencedor. O parecer favo­rável do Deputado Vicente Guabiroba, primitivo rela­tor, passa a ser considerado Voto em separado. 33) Pro­jeto de Lei n' 4.896/84 - do Poder Executivo (Mensa­gem n' 518/84) - quç "cria a 13' Região da Justiça doTrabalho, o Tribunal Regional do Trabalho respectivo,institui a correspondente Procuradoria Regional do Mi­nistério Público da União junto à Justiça do Trabaslho edá outras providências". Relator: Deputado Walmor deLuca. Parecer: Favorável, com emendas. Em votação,foi aprovado por unanimidade o parecer do rdator. Vaià Coordenação de Comissões Permanentes. A seguir oSr. Deputado Aécio de Borba passa a Presidência ao Sr.Deputado Josê Carlos Fagundes. 34) Projeto de Lei n'3.305/84 - do Sr. Edme Tavares - qUI< "dispõe sobre acriação de uma Escola Técnica Federal, no Município deCajazeiras, Estado da Paraiba, e dá outras providên­cias". Relator: Deputado Aêcio de Borba. Parecer: Fa­voráveL Em votação, foi aprovado por unanimidade oparecer do relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 35) Projeto de Lei n' 4.980/85 - do Tribu­nal Superior Eleitoral - qUe. "dispõe sobre a criação de

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

Cargos no Quadro Permanentes do Tribunal RegionalEleitoral do Estado de São Paulo e dá outras providên­cias". Relator: Deputado Aécio de Borba. Parecer Favo­rável, com adoção de emenda da Comissão de Consti­tuição e Justiça. Em votação, foi aprovado por unamimi­dade o parecer do relator. Vai à Coordenação de Comis­são Pcrmanentes. A seguir o Sr. Deputado Aécio de Bor­ba reassume a Presidência. 36) Projeto de Lei n' 2.779/83- do Sr. Stélio Dias - quc "autoriza o Poder Executivoa criar, nos municípios, o Centro de Recolhimento e En­caminhamento de menores". Relator: Deputado JoséCarlos Fagundcs. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordcnação de Comissão Permanente. 37) Projeto deLei n' 4.980/85 - do Poder Executivo (Mensagem n'130/85) - qUe. "concede pensão especial ao Padre Virgí­nia Fistarol (Ordem Salesiana)". Relator: Deputado Jo­sé Carlos Fagundes. Parecer: Favorável. Em votação, foiaprovado por unanimidade o parecer do relator. Vai àCoordenação de Comissão Permanente. 38) Projeto deLei n" 373/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira - qUe. "acres­centa item ao art. 8" da Lei n' 5.107 de 13 de setembro de1966, que cria o Fundo de Garantia do Tempo de Ser­viço (FGTS)". Relator: Deputado Christovam Chiara­dia. Parecer: Favorável, com substituição, foi aprovadopor unanimidade o parecer do relator. Vai à Coorde­nação de Comissão Permanente. Encerramento: Nadamais havendo a tratar, foi encerrada a reunião às dozehoras e trinta e cinco minutos, c eu, Jarbas Leal Viana,Secretário. lavrei a presente Ata que, depois de aprova­da, será assinada pelo Sr. Presidente.

Sala da Comissão, 15 de maio de 1985. - Aécio deBorba, Presidente.

Oitava reunião ordinária, realizada nodia 22 de maio de 1985

Às nove horas do dia vinte dois de maio de ]9R5. nasala n° 5 do Anexo 11 da Câmara dos Deputados. sob aPresidência do Deputado Aécio de Borba, presentcs osSenhores Deputados Moysés Pimentel, Vice-Presidente;Floriano Paixão. Agnaldo Timóteo, Walmor de Luca,Sérgio Cruz. Fernando Magalhães. Vicente Guabiroba,Nyder Barbosa e Bayma J ú;ior. reuniu-se a Comissão deFinanças. A Ata da rcunião anterior foi aprovada porummimidade. Ordem do Dia: I) Projeto de Lei n'4.596/8·4 - dü Sr. Pedro Sampaio - que "dispõe sobrecritério pura concessão de licença especial"'. Relator: De­putado Jüsé Carlos Fagundes. Parecer: Favorável. comsubstitutivo. O Deputado Walmor de Luca solicitou. elhe foi conct-dida, '''vista'' do processo. 2) Projeto de Lein" 3.815/84 - do Sr. Paulo Mclro - quc "assegura aosdependcntt':') de ferroviúrio beneficiário de aposentadoriadupla o recebimento da pensão prevista no art. 3\' doDecreto-lei n' 3.347, de 11 de junho de 1941". Relator:Deputado José Carlos Fagundes. Parecer: Favorável. ODeputado Walmor de Luca solicítou. e lhe foi concedi­da. "vista" do processo. A seguir. o Sr. Deputado Aéciode Borba passa a Prcsidência ao Sr. Deputado MoysésPimentel. 3) Projeto de Lei n" 1.925/83 - do Sr. Leôni­das Sampaio - que "dispõe sobre a destinação, pelaUnião Federal, às Prefeituras Municipais. de recursos daLoteria Esportiva e da Loto, c dá outras providências".Relator: Deputado Aêcio de Borba. Requerimento dorelator, solicitando seja ouvida, preliminarmente, a Co­missão de Esporte e Turismo. O requerimento foi apro­vado por unanimidade. 4) Projeto de Lei n" 3.251/84­do Sr. Múcio Athaíde - que "autoriza o Podcr Executi­vo a criar a Universidade Rural de Rondônia, e dá ou­tras providências". Relator: Deputado Aécio de Borba.Parecer: Favorúvel. Em votação, foi aprovado por una­nimidade o parecer do relator. Vai à Coordenação deComissões Permanentes. A seguir, o Sr. Deputado Aéciode Borba reassume a Presidência. 5) Projeto de Lei n"4.983/85 - do Poder Executivo (Mensagem n' 122/85)- que "altera a estrutura da Categoria Funcional deDatilógrafo, do Grupo-Serviços Auxiliares, e dá outrasprovidências". Relator: Deputado José Carlos Fagun­des. Parecer: Favorável. O Sr. Deputado Walmor deLuca solicitou. e obteve, "vista" do processo. 6) Projetode Lei n' 2.523/83 - do Sr. Raul Ferraz - que "proíbeo pagamento de gratificação por vitória ou empate aosjogadores da Seleção Brasileira de Futebol". Relator:Deputado Mendonça Falcão. Parecer: Contrário. Em

Junho de 1985

votaçãD. foi aprovado por unanimidade o rwrecer do re­lator. Vai à Coordenação de Comissões Permanentes. 7)Projeto de Lei n' 1.749/B3 - do Sr. Manoel Affonso"':'que "modificcl dispositivo da Lei n' 5.107, de 13 de se­tembro de 1966, que dispõe sobre o Fundo de Garantiapor Tempo de Serviço". Relator: Deputado Luíz Bacea­rini. Parecer: Favorável. Em votação, foi aprovado porunanimidade O parecer do relator. Vai à Coordenação dcComissões Permanentes. 8) Projeto de Lei n'4.416/84­do Poder Executivo (Mensagem n" 348/84) - que "dis­põe sobre a pensão espedal de que trata a Lei n' 6.592.de 17 de novembro de J978". Relator: Deputado LuízBaccarini. Parecer: Favorável. Concedida "vista" doprocesso ao Sr. Deputado Walmor de Luca. Encerra­mento: Nada mais haver.do a tratar, às doze horas e cin­co minutos foi encerrada a reunião, e, para constar. euFrancisco Elzir Irineu, Secretário-substituto. lavrei apresente Ata que, depois de aprovada, será assinada peloSr. Presidente.

Sala da Comissão, 22 de maio de 1985. - Aécio deBorba, Presidente.

O Senhor Deputado "'écio de Borba, Presidente daComissão de Finanças, fez a seguinte

Distribuição

Em 4-6-85Ao Senhor Deputado Fernando Magalhães:Projeto de Lei n" 5.078/85 - do Poder Executivo ­

Dispõe sobre a restruturação da Defensoria de Ofício daJustiça Militar. e dá outras providências.

Ao Senhor Deputado Flávio Marcílio:Projeto de Lei n" 3.453/84 - do Sr. Ruy Códo - Dis­

põe sobre limitação do aumento da cobrança da TaxaRodoviária Única (TRU).

Sala da Comissão, 5 de junho de 1985. - JarbaLealViana, Secretário.

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃOFINANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

Distribuição

O Senhor Deputado João Carlos de Carli, Presidenteda Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada deContas, fez, nesta data, a seguinte distribuição: em 3 dejunho de Jq85:

Ao Sr. Deputado Augusto Trein:Projeto dc Lei n' 3.893, de 1984, do Sr. Irineu Colato,

qUe. "altera dispositivos da Lei n' 5.764, de 16 de de­zembro de 1971, que. "define a Política Nacional deCoo­perativismo, institui o regime jurídico das socicdadescooperativas e dá outra; providências".

Sala da Comissão de Fiscalização Financeira e Toma­da de Contas, 3 de junho de 1985. - José Cardoso Dias,Secretário.

COMISSÃO DO INTERIORDistribuição de Projetos

O Sen bar Presidente da Comissão do Interior, Depu­tado José Luiz Maia, fez, em 5 de junho de 1985, a se­guinte distribuição:

Ao Senhor Deputado Cristina Cortes:Projeto de Lei n' 4.405/84, do Sr. Milton Figueiredo,

qUe. "estabelece a criação do Parque Nacional dc Chpa­da dos Guimarães, no Estado de Mato Grosso.

Ao Scnhor Deputado Evandro Ayres de Moura:Projeto de Lei n' 4.724/84, do Sr. Paulo Lustosa, que

"nomina O Município de Fortaleza como Distrito de Ex­portação de Informática",

Sala da Comissão, 5 de junho de 1985. - BenicioMendes Teixeira, Secretário.

COMISSÃ.O DE REDAÇÃO

lI! Reunião Ordiniiria da 3' Sessão Legislativada 47' Legislatura, realizada em 22 de maio de 1985.

Às dez horas do dia vinte e dois de maio de mil nove­centos e oitenta e cínco, reuniu-se ordinariamente a Co­missão de Redação, na sala onze do Anexo Dois da Câ­mara dos Deputados. Estiveram presentes os seguintcsSenhores Deputados: Flflyio Marcílio, Presidente, Mar-

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Junho de 1985

ceio Línhares. Daso Coimbra, Joaeil Pereira c DilsonFanehin. Deixaram de comparecer, por motivo justifica­do. os Senhores Deputados Djalma Bessa. Júnia Marise.Aloysio Teixeira. Alvaro VallceRita Furtado. Lida: foiaprovada a ata da reunião anterior. A seguir, foram li­das, discutidas e aprovadas, nos termos dos pareceres doRelator, o Senhor Deputado Marcelo Línhares, as re­dações finais das seguintes proposições; Projeto de Lei n'2.981-B. de 1980, qUe "Altera o ar!. 147 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n'5.452. de l' de maio de 1943, para o fim de assegurar odireito a férias proporcionais lloS empregados que pedi­rem dcmissão, com menos de I (um) ano de serviço",Projeto de Lei nO 2.988-B, de 1980, quç "Altera os arts.29.1 e 294 da Consolidaçào das Leis do Trabalho, apro­vada pelo Decreto-lei n" 5.452, de I' de maio de 194.1,para o fim de assegurar direitos especiais aos trabalhado­res em minas de carvão e fiuorita e em quaisquer ativida­des que liberem poeiras minerais e orgãnicas". Projetode Decreto Legislativo nO 14-E, de 198.1, que "Aprova otexto do Acordo Básico de Cooperação Técnica e Cientí­fica entre o Governo da República Federativa do Brasil eo Governo da Repúhlica do Haiti. celebrado em Brasília,a 15 de outuhro de 1982". Projeto de Lei n' l.550-A, de1983, que" "Dedara Feriado Nacional o dia 20 de no­vembro, já celebrado Dia Nacional da Consciência Ne­gra pela comunidade afro-brasileira", Projeto de Lei n'4.307-B. de 1984. que "Denomin~."Presidente JuscelinoKubitschek" a Escola Agrotécnica Federal de BentoGonçalves, no Rio Grande do Sul". Às onze horas. nadamais havendo na pauta, o Senhor Presidente encerrou ostrabalhos. Do que, para constar, cu, (Mozart Vianna dePaiva) Secretário, lavrei li presente ata que, depois delida c achada conforme, será assinada pelo Senhor Presi­dente. Flávio Marcílio, Presidente.

12' Reunião Ordinária da 3' Sessão Legislativada 47' Legislatura, realizada em 23 de maio de 1985

Às dez horas do dia vinte e três de maio de mil nove­centos e oitenta e cinco, reuniu~se ordinariamente a Co­missão de Redação, na sala onze do Anexo Dois da Câ­mara dos Deputados. Estiveram presentes os seguintesSenhores Deputados; Flávio Marcílio, Presidente, Mar­celo Unhares, Daso Coimbra, Joacil Pereira c DilsonFanehin. Deixaram de comparecer, por motivo justifica­do, os Senhores Deputados Djalma Bessa, Júnia Marise,Aloysio Teixeira, Alvaro Valle e Rita Furtado. Lida. foiaprovada a ata da reunião anterior. A seguir, foram li­das, discutidas e aprovadas, nos termos dos pareceres doRelator, o Senhor Deputado Marcelo Unhares, as re­dações finais das seguintes proposições; Projeto de Lei n'1.J71-C, de 1975, qUe "estabelece a obrigatoriedade dequalidade artística para os cartazes publicitários locali­zados ao longo das rodovias e dá outras providências";Projeto de Lei n' 458-C, de 1979, que, "concede aposen­tadoria. aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço, aos traha­Ihadores em fIreas perigosas das refinarias de petróleo edetermina outras providências"; Projeto de Decreto Le­gislativo n' 77-B, de 1984, qUe. "aprova o texto da Reco­mendação n' 131. referente a aposentadorias por invali­dez c por velhice c pensões por morte, adotada na 51'Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, reali­zada em Genebra, em junho de 1967"; Projeto de Decre­to Legislativo n' 78-B, de 1984, quç. "aprova os textos daConvenção n' 1J7 e da Recomendação nO 145, da Orga­nização Internacional do Trabalho, relativas às Reper­cussões Sociais dos Novos Mêtodos de Processamentode Carga nos Portos, adotadas em Genebra, em 25 de ju­nho de 1973, durante a 58' Sessão da Conferência Inter­nacional do Trabalho"; Projeto de Resolução n' 292-B,de 1985, que "cria a Comissão do Desenvolvimento Ur­bano e determina outras providências" e Projeto Lei n'5.386-A, de 1985, qUe. "cria cargos no Ministêrio da Re­forma e do Desenvolvimento Agrário - MIRAD e dãoutras providênicas·'. Às onze horas e quinze minutos,nada mais havendo na pauta, o Senhor Presidente encer­rou os trabalhos. Do que, para constar, eu Mozart Vian­na de Paiva) Secretário. lavrei a presente Ata que, depoisde lida c achada conforme, serã assinada pelo SenhorPresidente. Flávio Mareílio, Presidente.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES15' Reunião Ordinária, realizada em

22 de setembro de 1983

PLENA

(Visita de Sua Excelência o Senhor Josê Meira Pena, ex­Embaixador do Brasil em Varsóvia, Polônia)

Às dez horas do dia vinte c dois de setembro de mil no­vecentos e oitenla e três. reuniu-se em sala própria doAnexo lI. a Comissão de Relaçães Exteriores. sob a Pre­sidência do Deputado Diogo Nomura, com a finalidadede receber o Excelentíssimo Senhor José Meira Pena. ex­Embaixador do Brasil em Varsóvia. Polónia. Presentesos Senhores Deputados Israel Dias-Novaes, Vice­Presidente. Ulbaldo Barém, Octaeílio Almeida, NortonMacedo, Wilson Falcão. Theodorico Ferraço, José Car­los Texeira, Marcelo Unhares, Nelson Morro, OssianAraripe, Francisco Benjamin, Renato Bueno, AbdiasNascimento, Adroaldo Campos, Nelson Aguiar, MiltonReis, Clcmir Ramos, Aluízio Bezerra, Santos Filho, Ma­galhães Pinto, José Machado, Daso Coimbra. FernandoSantana. José Eudes, Josê Ribamar Machado, TobiasAlves, Hélio Dantas, Arnaldo Maciel, Walter Baptista,!talo Canti e Dionísio Hage. Ausente. por motivo justi­ficado, O Senhor Deputado Pedro Colin, Viee­Presidente. Estã reunião foi inteiramente gravada e, de­pois de traduzida, fará parte integrante desta Ata. Àsdoze horas e quarenta cinco minutos o Senhor Presiden­te, Deputado Diogo Nomura, encerrou a reunião c, paraconstar, eu, Edna Medeiros Barreto. Secretária, lavrei apresente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Se­nhor Presidente e encaminhada à publicação. - DiogoNomura, Presidente da Comissão.

16' Reunião Ordinária, realizada emS de outubro de 1983

TURMA. "A"

Às dez horas e trinta minutos do dia cinco de outubrode mil novecentos c oitenta e três, sob a Presidência doDeputado Pedro Colin, Vice-Presidente no exercício daPresidéncia, reuniu-se em sala própria do Anexo" daCâmara dos Deputados. a Comissão de Relações Exte­riores. Presentes, os Srs. Deputados. Israel Dias-Novaes,Vice-Presidente, Aluizio Bezerra, José Ribamar Macha­do, Santos Filho, José Carlos Fonseca, Adroaldo Cam­pos, Jarbas Vasconcelos, José Carlos Teixeira, Rosa Flo­res, Octacílio Almeida, Nelson Morro, José Eudes, Már­cio Santilli, José Frejat, Rubens Ardenghi, Cunha Bue­,~o. Milton Reis. Mendes Botelho, Oscar Corrêa, Gorgô­nio Neto, Ernani Satyro, Theodoro Mendes, João Gil­berto, Jorge Carone c Arthur Virgílio Neto. Havendonúmero regimental, o Senhor Presidente iniciou os tra­balhos. Ata; lida e aprovada por unanimidade a ata da'eunião anterior. Ordem do Dia; 1') Mensagem n'195/83. do Poder Executivo. qu~. "submete à conside­ração do Congresso Nacional o texto do Convênio Mul­tilateral sobre Cooperação c Assistência Mútua entre asDireções Nacionais de Aduanas (incluídos os anexos I, Ve XIII), celebrado na Cidade do México". Relator; De­putado José Ribamar Machado. Parecer: favorável, nostermos do Projeto de Decreto Legislativo que apresenta.O Senhor Deputado Fernando Santana, que havia solici­tado vista, devolveu a matéria, com voto favorável. Nãohavendo quem quizesse discutir a matéria, o Senhor Pre­sidente submeteu-a à votação, sendo aprovada por una­nimidade. A matéria serã encaminhada à Coordernaçãode Comissões Permanentes; 2') Mensagem n' 467/82. doPoder Executivo. qUe "submete à consideração do Con­gresso Nacional O texto de Acordo de Cooperação Ama­zônica entre o Governo da República Federativa do Bra­sil e o Governo da República Cooperativista da Guiana.celebrado em Brasília, a 5 de outubro de 1982". Relator;Deputado José Machado. Parecer: favorável, nos termosdo Projeto do Decreto Legislativo que apresenta. O Se­nhor Deputado Márcio Santilli, que havia solicitado vis­ta, devolveu a matêria com voto favorável. Não havendoquem quizesse discutir a matéria, o Senhor Presidente·submeteu-a à votação. sendo aprovada por unanimida­de. A matéria será encaminhada à Coordenação de Co­missões Permanentes. Esgotada a pauta da Ordem doDia, o Senhor Presidente comunicou o recebimento dasseguintes propostas: 1') dos Senhores Deputados ArthurVirgílio Neto, Márcio Santilti, João Herrmann e José

Sábado 8 5789

Fogaça, no sentido da realização. ainda no semestre emcurso, de um seminário sobre Politica Internacional, cu­jos temas e respectivos expositores, relacionam; 2') doSenhor Deputado Jorge Carone, no sentido que seja con­vidado o Senhor Embaixador dos Estados Unidos paraprestar esclarecimentos ã Comissào de Relações Exterio­res a respeito das opiniões emitidas pelo Secretário doTesouro norte-americano. Senhor Donald Regan, sobrea politica interna brasileira. Com relação à primeira pro­posta, o Senhor Presidente sugeriu que se aguardasse oretorno do Deputado Diogo Nomura, Presidente da Co­missão, que se encontra em missão oficial no exterior,para que a matêria seja discutida. Quando à segundaprosposta, de autoria do Deputado Jorge Carone, o Se·nhor Deputado Pedro Colin, Vice-Presidente no exercí­cio da Presidéncia, designou o Deputado Nelson Morropara relatá-Ia. Em seguida, o Senhor Deputado JorgeCarone explicou os motivos que o induziram a apresen­tar a propostsa convidando o Embaixador norte­americano a comparecer a esta Comissão. O SenhorAluízio Bezerra, em seguida, discorreu sobre a sua parti­cipação como membro da Delegação Brasileira à Primei­ra Reunião Macro-Regional Fronteiriça Peru­Bolfvia-Brasil. informando, na oportunidade, sobre aproposta apresentada pela Delegação Brasileira no refe­rido evento, no sentido de constituir-se uma ComissãoTripartite Permanente de Avaliação e Consulta sobreproblemas regionais fronteiriços de desenvolvimento in­tegrado Peru-Bolívia-Brasil. com sede permanente emPuerto Maldonado, Peru. Solidarizam-se com o oradoros Deputados Santos Filho e Josê Carlos Teixeira. Antesde concluir, o Senhor Deputado Aluízio Bezerra solici­tou o registro em ata de relatório da Delegação Brasilei­ra à primeira Reunião Macro-Regional FronteiriçaPeru-Bolivia-Brasil. O pedido foi atendido pelo Se­nhor Presidente e o documento encontra-se anexado àpresente ata. Nada mais havendo a tratar, a reunião foiencerrada às onze horas e vinte minutos. E, para constar,cu Edna Medeiros Barreto, Secretária, lavrei a presenteata, qne vai por mim assinada c pelo Senhor Presidente,sendo, após lida e aprovada, encaminhada à publicação.- Pedro Coliu, Vice-Presidente no exercício da Presi­déncia.

17' Reunião ordiuária, realizada em20 de outubro de 1983.

TURMA "A"

Às dez horas do dia vinte de outubro de mil novecen­tos e oitenta e três, reuniu-se em sala própria, no Anexo" da Câmara dos Deputados, a Comissão de RelaçõesExteriores, sob a presidência do Deputado Pedro Colin,Vice-Presidente no exercício da Presidência. Presentes osSenhores Deputados Israel Dias-Novaes - Vice­Presidente, José Ribamar Machado, José Machado, JoséCarlos Fonseca, Ossian Araripe. José Carlos Teixeira,Enoc Vieira, Trapuan Costa Júnior, Nelson Morro, Nel­son Aguiar, Wilson Falcão, Cláudio Philomeno, FlávioBierrenbach, Jônathas Nunes, João Herrmann, MárcioSantilli, Paulo Marques. Márcio Macedo, Aluízio Bezer­ra, Jo,sé Frejat, Mendes Botelho e Fernando Magalhães,Ausentes por motivo justificado os Senhores DeputadosDiogn Nomura, Milton Reis e Marcelo Unhares. Ata:Lida c aprovada sem restrições a ata da reunião anterior.Comunicaçães; O Senhor Presidente comunicou o rece­bimento de vários exemplares do livro, "Manual de Dere­cho Internacional Publico", de autoria do professor Fer­nando Gamboa Serazzi, atual Ministro Conselheiro daEmbaixada do Chile, para serem distribuídos aosmembros da Comissão. Ordem do Dia; 1-) Proposta doDcpntado Jorge Carone, no sentido de convidar o Se­nhor Embaixador dos Estados Unidos da América paraum debate, em data a ser posteriormente marcada, sobreassuntos de interesse comum dos dois países e para umpossível esclarecimento a respeito das opiniões emitidaspelo Senhor Donald Regan, Secretário do Tesouro da­quele pais, sobre a nossa política econômica. O SenhorDeputado Nelson Morro, designado para relatar, ofere­ceu parecer pela rejeição da proposta, sem prejuízo de aqualquer momento, tão logo seja designado novo Em­baixador dos Estados Unidos da América, o autor apre­s.entar novo requerimento. Não havendo quem quise~se

discutir a matéria, o Senhor Presidente colocou em vo­tação parecer do relator, que foi aprovado por nnanimi-

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5790 Sábado 8

dade; 2-) Requerimento s(n9-83, do Deputado José Eu­des, que "Solicita que a Comissão de Relações Exterio­res autorize a realização de sessão solene, dia 13 de se­tembro, para homenagear o ex-Presidente SalvadorAllende". Relator: Deputado João Herrmann. Parecer:pela aceitação da proposta, com a abscrvação de que pornào ter a presente proposição sido sido distribuída emtempo, que a data de 13 de setembro seja formalmenteacatada como de reverência e homenagem ao ex­Presidente chileno Salvador Allende. A proposta foiaprovada por unanimidade, tendo o Relator também su­gerido a divulgação do evento. Esgotada a pauta dos tra­balhos, usou da palavra o Senhor Deputado IrapuanCosta Júnior, quc fez um relato sobre recente viagem queempreendeu à República do Toga. Em seguida, o SenhorDeputado Israel Dias-Novaes, Vice-Presidente, teceu co­mcntúrios sobre as atividades desenvolvidas pela PolíciaFederal de São Paulo. mormente no que respeita à re­pressão ao contrabando - em especial. de peças eletro­nicas. noticiado na imprensa, cujo desvio alcança cente­nas de milhOes de dólares qllcaproveitam multi nacionaisde notório poder. Concllli o Deplltado Israel Dias­Novacs por aprescntar proposta convidando o SenhorDelegado Romeu Tuma, Diretor da Polícia Federal dcSão Paulo. para comparecer a este órgão técnico a fim deproferir palestra sobre este assunto que considera degrande vulto, eis que o coatrabando significa cvasão dedivisas. A proposta foi aprovada por unanimidade.Nada mais havendo a tratar. o Senhor Deputado PedroColin, Vice-Presidente no exercício da Presidência, en­cerrou os trabalhos às dez horas e quarenta e cinco mi­nutos. E. para constar. ell Edna Medeiros Barreto, Se­cretária, 1avrei a presente ata que vai por mim assinada cpelo Senhor Presidente, sendo, após lida e aprovada, en­caminhada à pllblicação. Pedro Colin, Vice-Presidenteno exercício da Presidência.

20~ Reunião Ordinária realizodn em23 de novembro de 1983

TURMA "A"

Ãs dez horas do dia 23 de novembro de milnoveeentose oitenta e três, reuniu-se, em sala própria, no Anexo Ilda Cámara dos Deputados. a Comissào de Relações Ex­teriores. sob a Presidéncia do Deputado Diogo Nomura.Presentes os Senhores Deputados Pedro Colin, Vice­Presidente, Mendes Botelho, Ossian Araripe, SiqueiraCampos. Fernando de SanfAnna, Manoel Costa Jr..Jessé Freire, Daso Coimbra, Marcelo Linhares, UbaldoHarém, José Carlos Teixeira, Octacílio Alves de Almei­da, Pedro Sampaio, Bete Mendes, Hamilton Xavier,Carlos Sant'Anna, O,car Correa Jr., João HerrmannNeto, Jarbas Vasconcelos. José Frejat. Furtado Leite,Enoc Vieira. Flávio Bierrenbach, Adroaldo Campos,Milton Reis. Irapuan Costa Jr., Nelson Morro e Maga­lhães Pinto. Comunicações: " Sr. Presidente comunica orecebimento de requcrimcnto subscrito pelos DeputadosMárcio Santilli. João Hermann Neto. Arthur VirgílioNeto, Domim ngos Leoneli e Dante de Oliveira propon­do seja convidado o Senhor Ernesto Gutiérrez Gutiérrez,Embaixador da Nicarágua no Brasil, para vir a esta Co­missão, expor a grave situação de seu país. Designou oSr. Deputado Daso Coimbra para relatar o referido re­querimento. Ordem do Dia: I) Mensagem 426(83 (PoderExecutivo) "Solicita autorizaçt1o para o Senhor Presi­dente da República ausentar-se do País." Relator: Depu­tado Mareelo Linhares: parecer: favorável, na forma deProjeto de Decreto Legislativo anexado à Mensagcm,aprovado por unanimidade. A matéria serú encaminha­da ã CCP; 2) Mensagem 451(82 (Poder Executivo) "Sub­mete à consideraç;lo do Congresso Nacional o texto doTratado da Comunidade Ibero-americana de Previdên­cia Social, concluido em Quito, no Equador. a 17 demarço de 1982." Relator: Deputado Daso Coimbra; pa­recer: favorável, na forma de Projeto de Decreto Legisla­tivo anexauo à Mensagem, aprovada por unanimidade.A matéria será encaminhada à cepo Em segllida, o Sr.Deputado João Hermann Neto solicitou que o Sr. Depu­tado Daso Coimbra, designado para relatar a propostaconvidando o Sr. Embaixador da Nicarágua, ofereça pa­recer oral na presente reunião, tendo em vista a proximi­dade do recesso e a atual situação internacional. O Sr.Presidente. Deputado Digo Nom ma. consultou o rclatordesignado, Deputado Daso Coimbra, se concordava

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

com o solicitado. O Deputado Daso Coimbra respondeuafirmativamente, pedindo apenas que lhe fosse concedi­do algum tempo para tomar conhecimento da proposta.no que foi atendido. 3) Requerimento S(N'(83, do Sr.Airton Soares,. "Requer que a sessão de 29 de novembroseja prorrogada em 30 minutos para quc a Câmara pres­te homenagem ao Povo Palestino". Relator: Dep. JoséCarlos Teixeira. Parecer: favorável, aprovado por unani­midade. A matêria será encaminhada ã Coordenação deCom issàes Permanentes e, posteriormente à Mesa daCámara dos Deputados, para que seja submetido ao ple­núrio da Casa. O Sr. Presidente consulta o Sr. DeputadoDaso Coimbra se jú tem o parecer pronto. Não estandoainda pronto o parecer, o Sr. Presidente concede a pala­vra ao Sr. Deputado João Hermann Neto que tece co­mentários sobre declaração do Sr. Presidente da Re­pública, General João Baptista de Oliveira Figueiredo,durante viagem à África, ao afiançar que o nosso Paísmantém fronteiras vivas com a Argentina. o que em lin­guagem diplomática significa a possibilidade de conflitose de intervenção mútuu. Comentou também nota oficialdo governo. que se finda na Argentina. dirigida ao nossoGoverno informando que passa a dominar o processo deenriquecimento de urünio. Continua o Sr. Joào Her­mann, afirmando que para a classe militar argentina, acolocação de que são futmos integrantes do Clube Atô­mico e que, conjuntamente com o Brasil, nào integram oTratado de Thlatelolco, isto é, o Tratado de não proli­fcrção das armas nucleares, causa ao nosso País uma di­ficuldade grande em seu relacionamento com o país vizi­nho e, sobretudo. uma preocupação com a internaciona­lização c militarização do Atlúntico Sul. C"ntinuou o Sr.João Hermann tecendo considerações sobre a situaçãointernacional, em especial a declaração do Presidentedos Estados Unidos da América, Ronald Reagan, queconsidera provocativa, no sentido de que aquele país es­taria disposto a aplicar 300 milhões de dólares na criaçãode um porta-aviões1 fixo e i nafundável, que seria a ilhada trindade. Comentou S. Ex' a nota de repúdio, imedia­ta. dos Ministros militares brasileiros de que tal interfe­rência nào seria permitida em nosso território. EntendeuS. Ex lil que compete a esta Comissão estudar detidamentesobre o que signitica este ato, eis que no episódio dasMalvinas esta Comissão denunciou 1, Casa que. após ofracasso argentino, a traflsforrnaçào das Ilhas Falklands,como também são denominadas, em uma grande baseaeronaval inglesa no Atlântico Sul, provocaria ti corridaarmamentista às nossas terras. Tnformou ainda. S. Ex~!

que enquanto isto ocorre. será cncaminhado a esta Casa.nos próximos dias, um projeto de lei criando a GuardaCosteira do Brasil e () ampliamento dos nossos efetivos.Entendell S. Ex' que estes fatos - tivessem o repúdionào apenas da sociedade política brasileira. mas tambémda sociedade militar brasileira. Continuando, S. Ex' soli­citou diligências necessárias para qlle não apenas os Mi­nistros Militares sejam ouvidos, mas tam bérn o GeneralDanilo Venturini. Secretário-Geral do Conselho de Se­gurança Nacional para que a proposta de um regime quese finda na Argentina não provoque. segundo as pala­vras do próprio Presidente eleito, Sr. Ralll Alfonsin, daArgcntina. um ~~piídi() e ao mesmo tempo uma corridanacionalista que n05 leve também à busca de armamen­tos nuclcares neste país, colocando em risco também aAmérica Latina. Finalizou, S. Ex' após comentar sobre ofilme diVUlgado pela ABC News, norte-americana, e de­nominado. "The Day Afler" que tanta preocupaçãotrouxe ao mundo inteiro com relação à corrida nuclear,solicitando à Presidência da Comissão para que estudeprofllndamente o problema para quc o Brasil não integrca luta fraticida de recorrer li armamentos nucleares parauma nação irmã. Em resposta o Sr. Presjdente~olicitaaoDeputado João Hermann, quc tendo em vista a comple­xidade e imporWneia do assunto, formalize através dedocumentos a ser encaminhado à Presidência da Comis­s;lo. Em segllida, o Sr. Presidente conecdeu a palavra aoDeputado Marcelo Linhares que iniciou a diseussão daproposta de convite ao Sr. Embaixador da Nicarágua,sugerindo que a rellnião para ouvir aquela autoridade,seja reservada na forma regimental, (art. 42 § 2'). O Sr.Presidente informoll que o relator é quem devc fazer talproposta. Com a palavra o Sr. Deputado Daso Coim brapassou" reiatar a proposta-convite do Sr. Embaixadorda Nicarágua, oferecendo parecer favorável, e sugerindoque a reunião para ouvir aquela autoridade seja reserva-.

.Iunho de 1985

da. A matéria foi aprovada e o Sr. Presidente determinouque a Secretaria tomasse a~; providências neces5úrias~que

O caso requer. Esgotada a matéria, o Sr. Presidente con­cedeu a palavra ao Sr. Deplltado José Frejat qlle discor­reu sobre o problema de energia nucelar apresentadopelo Depatado João Hermann. Disse S. Ex' que semprehouve interesse das grande, potências imperialistas e dosmilitares de direita da Argc:ntina e do Brasil de provoea­rem atritos entre as dllas nações vizinhas. Fez S. Ex' O

Deputado Josê Frejat. um relatório sobre o processo nu­clear dos dois países, e que foi trazido pelos alemães, en­focando o aspecto dc mar,sinalização dos grandes cien­tistas brasileiros tendo em vista a militarização do proje­to nuclear brasileiro. Entende o Deputado Frejat que osbrasileiros não devem incentivar as divergências existen­tes e que o Brasil nào pre"isa de projeto nuclear, a nãoser para pesquisas, pois somos um País pacifista. CncluiuS. Exª, que nào devemos temer o avanço nuclear argenti­no. mas sim trabalharmos pela paz. Em aparte. o Sr. De­putado João Hermann, reafirmou ser contrário a qual­quer corrida armamentista, bem como estar o nosso Paisservindo a interesses estrangeiros. Lembrou S. Ex' o Tra­tado de Potsdam, pelo qual a Alemanha não pode desen­volver artefatos nucleares ou bélicos em seu território cque já não pode mais fazer sua expansào na África Aus­traul, como anteriormente. Acrescentou o DeputadoJoão Hermann qlle atualmcnte a Alemanha tem nccessi­dade de expandir este projetos que hoje estão sendo ins­talados no Brasil c cujos resultados são desconheeidos.Dai, continuou, a Alemanha, hoje, desenvolve em terri­tório estrangeiro o que não pode desenvolver em seu ter­ritório. Lembra o Deputado Joào Hermann a tradiçãoda Alemanha, de longa data, quando também desrespei­tou o Tratado de Versalhe.l e se rearmou de 1922 a 1936.Concllliu S. Ex' afirmando que, hoje em dia o que os Es­tados Unidos da América" a Alemanha Ocidental fazemé. através de países como o nosso e outros do Terceiroj\.fundo, readquirem conhecimento tecnológico e bélico,o que deve ser denunciado. O assunto foi amplamentediscutido pelo Deputado Carlos Sant'Anna que entendeque o domínio da tecnologia nuclear mais avançado cor­responde ao domínio do poder, em todas as áreas, béli­co. economico. cientifico e político. Entende S. Ex' que odesenvolvimento da energia nucelar é de vital importân­cia para o próximo século quando os combustíveis, hojeconhecidos como ordinár;os, estarào em exaustão. E aenergia nuclear será fundamental para que possamos en­frentar outra sitllação. esgotadas as jazidas de petróleo.Assim, ohviamente, quem detém o poder tecnológico es­tabelceu a política da detente, estaheleceu o Clube Atô­mico. onde 7 nações com o poder tecnológico não que­rem abrir m;lo deste poder. de dominação. O Sr. JoãoHermann, com a palavra, indaga ao Presidente se tendoem vista a importância do assunto. o rcquerimento queapresentou verbalmente pode ser dirigido também à Co­missão de Ciência e Tecnologia para que se faça umareuniào conjunta com a nossa. O Sr. Presidente respon­deu afirmativamente, informando que, tào logo o Depu­tado João Hermann formalize o requerimcnto, tomaráas providências necessúri,,,. O Sr. Dep"tauo Flúvio Bier­renbach. com a palavra. eoneordou in totum com as de­clarações do Sr. Deputado Carlos Sant'Anna. acrescen­tando que a dis"ussão sohre o problema da energia nu­clear foi muito profícua, apoiando também o requeri­mento do Deputado João Hermann. A Sra. DeputadaHete Mendes elogiou a Comissão por ter aprovado o re­querimento do Deputado João Hermann. convidando oEmbaixador da Nicarágua, e tecell considerações sohre aviagem que fez aos Estados Unidos da América onde, noDepartamento de Estado, a convite, foram discutidosproblemas do Caribe, e, com três representantes daqueleorganismo, particularmente da Niearúgua, quando afir­maram que enqllanto bOllvesse um último sandinista vi­vo, o Governo norte-americano nào descansaria, o quedcixou os parlamentares brasileiros bastantes chocados.Dai. porque concluiu a Deputada Bete Mendes. conside­rar da maior importância a vinda do Embaixador da Ni­carágua e, se possível, de outros países envolvidos noproblema da América Central. O Sr. Deputado FlúvioHierrembach propos que a Comissão de Relações Exte­riores sugira ao Presidente da República quc efetue, emnome do povo brasileiro, urna viagem à Nicarágua, ondeo Brasil não possui Embaixador. Em rcsposta, o Sr. Pre­sidente solicita que o Deputado Flávio Bierrenbaeh for-

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Jun'10 d::"~1::9:.:.g,=-~ D_j[_/_,-:'_,_IO_D_O_C_O_N_(_J_R_E_·_SS_O_._N_A_C_-_IO_N_A_L_(_Se_ç_ã_o_i_) ~_:;,_H_J'_ld_o_r:__J_7'_91

maih:e a proposta. Àntes de encerrar os traha'lhos o Sr.Presidentc formulou apelo aos Deputados que tenhamem se-li poder proposições para rehl.tar l que as devolvama fim de liberar a pauta para o próximo ano. Ao Deputa­da Bete Mendes pediu a palavra para justi!lcar 'iua au­sência na prôxima reuniào em virtude da viagem que em..preenderá ao México e à Cuba. Nada mais havendo atratar, o Sr. Presidente declarou encerrados 05 trabalhos,dos quais, para constar, cu, Edna Medeiros Barreto, Se­cretária, lavrei;] presente ata, que vai por mim assinada epelo Sr. Presidente e, após aprovada, será encaminhadaà publicac;uo

,. Reuniào ordinária, realizada emi8 de abril de 1985

[LEI ( ..\0

As nove horas do dia dezoito de abril de mil novecen­tos e oit.enta e cinco, reúne-se, em sala própria do Anexofi da Câmara dos Deputados, a Comissão de RelaçôesExteriores, sob a Presidência do Deputado Pedro Colin,por convocação do Senhor Presidente da Câmara dosDeputados, nos termos do art. 75 do Regimento Interno,para a eleição do Presidente e Vice-Presidentes para apresente sessão legislativa. Presentes os Senhores Depu­tado, Jo,é Carlos Teixeira, Alencar Furtado, Aluízio Be­zerra, Chagas Vasconcelos, Daso Coimbra, Freita,Nobres, Fued Dib, [ram Saraiva, Jarbas Vasconcclos,João Herrmann Neto, Júnia Marise, Márcio Macedo,Márcio Santilli, Miguel Arraes, Milton Reis, Nyder Bar­bosa, Octacilio Almeida, Paulo Marques, Renato LouresBueno, Rosa Flores e Se bastião Ro drigues (Titulares doPMDB); Arthur Virgílio Neto, Juarez Bernardes, OdilonSalmoria, Paes de Andrade e Tobias Alves (Suplentes doPMDB); Adroaldo Campos, Angelo Magalhães, DiogoNomura, Eraldo Tinoco, José Carlos Fonseca, José Ri­bamar Machado, Nelson Morro, Santos Filho, OssianAraripe e Wilson Falcão (Titulares do PDS); FernandoMagalhães, Hamilton Xavier, Gorgônio Neto, NasserAlmeida, Osvaldo Melo, Salvador Julianelli, SaramagoPinheiro e Cunha Bueno (Suplentes do PDS); Enoc Viei­ra, Francisco Benjamin, Jessé Freirc c Ricardo Ribeiro(Titulares do PFL); Fernando Bastos, Homero Santos,José Thomaz Nonô e Rita Furtado (Suplentes do PFL);Abdias Nascimento e Amaury MalIer (Suplentes doPDT); Jacqucs D'Ornellas (Suplente do PDT); José Eu­des (Titular do PT). Havendo número regimental, o Se­nhor Prcsidcnte declara abertos os trabalhos. Tendo sidodispensada a leitura da Ata da reunião anterior, a mesmaé considerada aprovada, O Presidente Pedro Colin co­munica à Comissão que o Ministro Olavo Setúbal, con­vidado para comparecer a este órgão técnico no dia 8 deabril, infelizmente nada comunicou a esta Presidênciasobre o seu não-comparecimento naquela data. Em se­guida, informa aos membros presentes que, ao términode sua gestão, deixa pendentes apenas cinco matêrias;três, aguardando informações do Poder Executivo, e asoutras duas, aguardando a vinda de autoridade (a pri­meira, do Ministro da Agricultura, e a segunda, do Em­baixador Carlos Canero Rodrigues e do Professor Vicen­te MaroUa Rangel). Antes de dar imclo ao processo devotação, esclarece ao Plenário que há seis tipos de cédu­las: 1'). "Para Prcsidente Deputado Francisco Benja­min"; 2\1), "Para Presidente - em branco!'; 3'), "'Para Pri­meiro Vice-Presidente Deputado João Herrmann Neto";4'). "Para Primeiro Vice-Presidente - em branco"; 5')"Para Segundo Vice·Presidente Deputado AdroaldoCampos"; e 6') "Para Segundo Presideute - em bran­co", Convida, a seguir, o Senhor Deputado Márcio San­tiUi para fazer a chamada nominal dos Deputados pre­sentes, informando que a mesma será feila por partido,iniciando-se pelos titulares, seguidos dos suplentes, até olimite das respectivas bancadas, que são: PMDB-26;PDS-19; PFL.ll; PDT-3; PTB-l, e PT-l, perfazendo ototal de 63. O Senhor Deputado Márcio Santil1i procede,então, à chamaria nominal para a votaçào. Encerrada avotaçt1o, convida, para acompanharem a apuração, osSenhores Deputados Fernando Bastos e Jackson Barre­to, Aberta a urna, verifica-se quc o número de sobrecar­tas ê o mesmo de volantes (einqUenta e sete). Procede-se,então, à apuração dos votos, cujo resultado é comunica­do pelo Senhor Presidente: Para Presidente - DeputadoFrancisco Benjamin, 56 votos; em branco, I (hum). ParaPrimeiro Vice-Presidente - Deputado João Hcrrmann

Neto, Só votos; em branco, I (hum), Para segundo Vice­Presidente - Deputado Adroaldo Campos, 51 votos; embranco ti. O Deputado Pedro Colin convida os eleitos a(ornarem assento à Mesa, dando-lhes a posse, de imedia­to. O Deputado Francisco Benjamin assume a Presidên­cia dos trabalhos e concede a palavra ao Deputado Mâr­cio Sanlílli que, após cumprimentar os eleitos, presta ho­menagem ao Deputado Pedro Colin, ressaltando a for­ma altiva. ativa c democrática com que conduziu a Co­missão durante a sua gestào. Finaliza fazendo votos no:;entido de que o novo Presidente dê continuidade à dinâ­mica imprimiàa a este órgão técnico pelo seu antecessor.O Deputado Fernando Bastos também parabeniza osdeitos e prcsta homcnagem à atuação do Deputado Pe­dro Colin. No mesmo sentido fazem aillda uso da pala­vra os Deputados José Machado, Josê Carlos Fonseca eAmaury MaIler. O Dcputado Pedro Colin, por sua vcz,cumprimenta os eleitos e agradece as homenagens quelhe foram prcstadas; fala sobre a importância da prc­sença dos Parlamentares em Plenário, bem como da as­sistência constante prestada pclos Coordenadores dasBancadas, durante a sua gestão. Destaca, principalmen­te, a atuação dos Deputados Márcio Santilli, João Herr­mann Neto e Francisco Beruamin, Agradece, por fim,todo o apoio que sempre recebeu do Plenârio desta Co"missão. Em seguida, na qualidade de Líder do PFL, oDeputado José Lourenço ressalta a importância desteórgào técnico bem como de Slla participação na reformu­1:lção da política externa brasileira. Enaltece a atuaçãodo Deputado Pedro Colin c manifesta convicção de que'todos os integrantes desta Comissão continuarão contri­buindo no sentido de que os novos dirigentcs também te­nham êxito em sua gestão, Usa, por fim, da palavra, oDeputado Francisco Benjamin que, em nome dos Vice­Presidentes eleitos, e de si próprio, manifesta os agrade­cimentos pela honrosa confiança neles depositada peloseus pares, Fala sobre a grande responsabilidade quecabe aos Parlamentares de uma forma geral perante arealidade que vive o Pais na consolidação da Nova Re­pública, que, frisa, requer não um trabalho individual,mas coletivo, Ressalta que a política externa do Paísdeve ser o reflexo dos interesses nacionais, Manifesta in­tenção de manter o diálogo e de dar continuidade ao tra­balho iniciado pelo Deputado Pedro Colin que, afirma,"deu altura a esta cadeira e responsabilidade ao seu su­cessor". Presta homenagem ao seu antecessor, bemcomo aos Deputados José Carlos Teixeira e Santos Fi­lho, referindo-se, também, ao trabalho prestado pelocorpo de funcionúrios desta Comissão. Agradece a pre­sença do Líder José Lourenço, bem como os votos for­mulados, pelo Plenário, ã nova gestão quc om se inicia.Reafirma a intenção de corresponder ã confiança de seus'pares e, 11S dez horas e cinqaenta minutos encerra os tra­balhos. E, para constar, eu Regina Beatriz Ribas Mariz,Secretária, lavrei a presente ata que vai por mim assina­da e pelo Senhor Presidente, sendo, após lida e aprova­da, encaminhada à publicação, Francisco Benjamin, Prc­sidentt. da Comissão.

8' Reunião Ordinária, realizada em15 de maio de 1985

(Comparecimento do Exm' Sr. Ministro Olavo Setúbal,das Rel ações Exteri ores)

Às dez horas do dia quinze de maio de mil novecentose oitenta e cinco, reúne-se, no Auditório Nereu Ramos,da Câmara dos Deputados, a Comissão de Relações Ex­teriores, sob a Presidência do Deputado Francisco Ben­jamim, com a finalidade de ouvir o Senhor Ministro Ola­vo Setúbal. das Relaçôes Exteriores, Prescntes os Senho­res Deputados João Hermann Neto, Vice-Presidente,Aluízio Bezerra, Sarney Filho, Ossian Araripe, Josê Car­los Teixeira, Ângelo Magalhães, Fernando Sant'Anna,José Penedo, José Carlos Fonseca, Abdias Nascimento,José Eudes, João Machado, Milton Reis, Diogo Nomu­ra, Flávio Bierrenbach, Israel Dias Novaes, José Camar­go, Márcio SantiUi, Octacílio Almeida, Ricardo Ribeiro,[ram Saraiva, !rapuan Costa Júnior, Ubaldo Barém,Santos Filho, Nelson Morro, Pedro Colin, AmauryMaller, Nelson Marehezan, Osvaldo Melo, ArnaldoMaciel, Mauricio Ferreira Lima, Jaekson Barreto, Jac­ques O'Ornellas, JG de Araújo Jorge, Homero Santos,Jorge Carone, Rondon Pacheco, Salvador JulianeUi,Otúvio Cesúrio, João Gilberto e Siqueira Campos, Pre-

sentes, ainda, 05 Senhores Deputados Jose Lourenço cPimenta da Veiga, Líderes, respeciivamente, do PFL edo PMDB. A reunião foi gravada e as notas taquigráfi­cas referentes lt mesma encontram-se anexadas à presen­le Ata. As treze horas e quarenta e cinco minutos o Se­nhor Presidente encerra a reunião e, para constar. eu,Regina Beatriz Ribas Mariz, Secretária,lavrei a presenteata quc que vai por mim assinada e pelo Scnhor Presi­dente, sendo, após lida e aprovada, encaminhada àpublicação. Francisco Benjamim, Presidente,

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Havendo número legal, declaro aberta a sessãoordinârill da Comissão de Relações Exteriores da Cáma­ra dos Deputados. cujo objetivo principal é ouvir a expo­sição do Exmo. Sr, Chanceler Ministro Olavo Setúbal.Designo uma Comissão composta dos Srg. DeputadosAmaury Mallcr, do Partido Democrâtico Trabalhista,Diogo Nomura, do Partido da Frente Liberal, MárcioSantilli, do Partido do Movimento Democrático Brasi­leiro c José Eudcs, do Partido dos Trabalhadores, paradar entrada. no recinto. de nossos trabalhos, ao 1\-finistroOlavo Setúbal. Convido para tomar assento à mesa dosnossos trabalhos o Líder do Partido da Frente Liberal,Deputado José Lourenço. Dou a palavra para saudar,em nome da Comissão, o Ministro Olavo Setúbal, aoDeputado [srael Dias-Novaes.

O SR. DEPUTADO ISRAEL DlAS-NOVAES- Sr.Presidente da Comissão de Relações Exteriores, Sr. Vice­Prcsidente, Sr, Ministro das Relações Exteriores, Dr,Olavo Egydio Setúbal, Srs. Embaixadores, Srs. Deputa­dos e Senadores, meus senhores, cabe-me a singular tare­fa de apresentar a este auditório uma das pcrsonalidadesmais sobejamente eonhecidas de São Paulo e do Brasil, oDr. Olavo Egydio Setúbal. Esta apresentação, que signi·fica mera formalidade, na verdade me traz a chance dedescrever, em rápidas palavras, urna das personalidadesmais ricas do nosso instante histórico brasileiro, OlavoSetúbal, paulista de abril de 1923 - embora não pareça- estudou no Colégio de Carmo, em São Paulo, comosói aconkcer. Fez depois o curso de engenharia na Esco­la Politécnica da Universidade de São Paulo, formando­sc engenheiro mecânico-eletricista, Daí já se estranharque um engenheiro mec:1nico-e1etricista viesse a ocuparuma Pasta tão especificadamente profissional como esta,mas o Guverno dcve tcr raciocinado no sentido de que oque ê difícil nas relações exteriores é a sua mecànica, e aAmérica Latina é um continente eminentcmente elétrico,Olavo Setúbal, é, a meu ver - estou dando às minhaspalavras um tom fraterna! e cordial, o mesmo que nósmantcmos há a!lOS - uma das personalidades exponen­ciais do meu Estado e do meu País, Sua versatilidade é detodos conhecida, Começa que ele tem desempenhadofunções as mais díspares e com a mesma proficiência.Engenheiro eletricista-mecánico, pediu-lhe a congrc­gação da escola, assim que se formou, que não a deixas­sc. Então o jovem estudante de 1945, durante três anosfoi assistente da cadeira de Mecânica da sua escola. Nes­te tempo, toda a sua atenção voltava-se para II pesquisa,sobretudo no Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Es­cola Politécnica de São Paulo. Ali aprofundou-se na pes­quisa e encontrou aquilo que ele supunha ser o seu mê·tier, o seu caminho c O seu rotciro. Mas, os caprichos dafortuna, convocaram-no, em pouco, para a atividade in,dustrial, e aí veio outra surpresa, Revelava-se ele um en­gcnheiro objctivo e um empresário cxtremamente atuali­zado e de mente arejada, A objetividade dele era sobretu­do inesperada, porque, dc quem provinha ele'! De Em­presários, banqueiros, homens púbiicos pelo lado mater­no, pois seu avô, Olavao Egydio, chefe político de SãoPaulo, aprcstava-se para assumir o Governo Estadualquando adoeceu, ficando então uma carreira muito pre­maturamente frustrada, Mas do lado da mãe, que pare­cia o predominante, não prevaleceu, mas sim o do pai,que acontece ter sido àquele tempo, um dos escritores demaior popularidade no nosso País. Quem não se lembra,ou melhor, quem se olvida de Paulo de Oliveira Setúbal?Poeta lírico campesimo, autor de um livro de extraordi­núrio sabor bucólico, chamado Alma Cabocla, e que dc­pois reinventou o gênero ficção histórica em nosso Paísatravés da restauração da revivescência dos nossos fas­t08\ tratados por uma ótica não raro satírica e impiedo­sa, Mas era um lírico. Todos, em São Paulo, sabiam quePaulo Setúbal era o maior dos nossos líricos e sobretudo

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5792 Sábado 8

o mais acentuado dos nossos temperamentos líricos.Desse poeta e jornalista. que não sabia fazer outra coisana vida a não ser poesia, romance e jornal, emergiria oindustrial e o engenheiro, extraordinariamente objetivo.e não raro cáu:;t.ico. De sorte que veio ar o empresário, oqual solicitado pelo seu grupo familiar - e convém dizerque Olavo vem da pobreza - pelo seu lado próspero,para imegmr o grupo da família, veio ele fundar em pri­mdro lugar a Deca. Indústria que depoís prosperaria ex­traordinariamente. Em seguida, dirigir a Duratex e, porfim, integrar o Grupo do Banco então Federal do Crédi­to, que depois se transformaria no Banco Itaú e que sefaria, por sua vez, das primeiras entidades financeiras denosso País. Aí começa, digamos, o fervor do financista.Durante anos. pacientemente, Olavo edificou aquelegrupo fantástico, aquela organização extraordinaria..mente próspera que ele governou durante mais de 20anos. Mas o homem público, a meu ver, latejava sob oempresário c banqueiro, porque não havia quem dnvi­dasse, em São Paulo, de que mais cedo ou mais tarde,re­pontaria naquelc industrial e O banqueiro o estadista.Eu, muito próximo dele, sempre o instigava a afinal re­pontar na sua legítima vocação, até então esmagada poratividades outras. E comcçou a vida pública em 62,quando eu o recebi na minha casa para me revelar quefora convidado para dirigir uma das carteiras do Bancodo Estado de São Paulo pelo Governador Carvalho Pin­to. Aí, o terceiro homem apareceu para não mais deixarassento. Ocupou sucessivos cargos, como no ConselhoMonetário Nacional, na direção do IPT e numerosos ou­tros, até que em 1974 houve sua grande oportunidadepaulista. O Governador Paulo Egydio, em boa hora epor bDa inspiração, foi recrutar, no meio tido como em·presaria!, o Prefeito do scu período. Pouca gente credita­va a Olavo grandes possibilidades, porque além dos donsconhecidos pela sua atividade. pelo seu labor, haviaaquela esp~ie de recato, aquele recuo ante às demons·trações. Mas posso dizer que na Prcfeitura de São Paulotivemos ú revelação, quem sabe, do mais interessante ho­me.m publico da sua época. Ali ele se multiplicou. Umdia, vi,ilando-o, lhe perguntei;. "Olavo, qual a diferençaentre a empresa e a Prefeitura, entre a atividade financei-·ra e a vida publica?" Sua resposta foi pronta: "A vida fi­

.nancelra e a empresa s[io facilimas de tratar, a vidapublica é quase impossível de sc fazê-lo. Estou penando,aqui, como nunca na minha vida". Mas aqueles quatroanos levantaram-no de tal maneira no conceito público,que hoje, qualquer pesquisa de opinião, para qualquercargo em Suo Paulo, revela, numa de Rllas posições pri­maciais. na ponta da investigação e da pesquisa, o nomedo nosso f\.1inistro. Agora, a mer ver, assume ele o gran­de desafio da sua vida: uma Pasta inesperada, mas para ocomum das pessoas. não para nós. que temos presente asua versatilidade. O,ivi dele, ante o primeiro rumor deque a Pasta a ele destinada seria a de Chanceler, a ex­l;ressão'·. ivIas justamente eu. que não me marco poruma excessiva delicadeza?" Eu lhe disse.:. "Se você não semarca pr:la exce$siva delicadeza, vai ser o Ministro idealpara o BrasiL" E na Pasta, espera-o a tormenta que, nomomento, ele tenta domar; espera-o o desafio geral donosso Continente; e:;para-o a posição difícil do nossoPais 110 plano internacional, mas tenho a certeza de queele ;:agirá '.::om a mesn12, competência, finnez3. e discerni­m~·nto nessa posição. como (1 fez nos outros postos quelhe couberam ao longo da vida. Ele há de ter presente asH,;ôçs d;,; seus antec;.;ssores, daqueles que prepararam oterreno paw a sua vinda. daquele outro engenheiro -. edizem que os engenheiros não são bons para relaçôespúblicas - Otávio M~ngabcira,magnífico Ministro dasRel;l,çüe::i Exteriores dos anos 30, de quem se dizia queProfessor de Escola Politécnica da Bahia não poderiadar um bom Chanceler, e deu. E os antecessores recen­tes, conH."l Sn.ntiago Dantas e Afonso Arinos, que instala­ram nu nosso País a política externa independente queagora estil no scu momento crucial. Mas tcnho certeza deque para dirigir a nau brasileira foi eSGolhido um magni­lico comandante. Nós todos, Sr. Ministro Olavo Setú­hal, confiamos na gestão de V. Ex', no seu passado, nasua formação, e apenas podemos repetir à lembrança e àimagem dos paulistanos antigos que Deus acompanhe oBandeirante audaz. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Dando prosseguimento aos nossos trabalhos,dou a palavra ao Ministro Olavo Setúbal.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

O SR. MINISTRO aLA VO SETÚBAL - Sr. Presi­dente da Comissão de Relações Exteriores da Câmarados Deputados, Srs. Deputados, Srs. Embaixadores,gostaria que as minhas primeiras palavras fOSf.em deagradecimento. pelos generosos comentários feitos, aomeu amigo de infância Israel Dias-Novaes, que na suaamizade retratou um Chanceler com qualidades muitoalém daquelas que poderei exihir para o meu País.

Foi cOm salisfação que atendi ao convite da Comissãode Rdacões Ext~riores da Cimara dos Deputados paraum diálogo qu~ desejo denso e profícuo. A essênica de­mocrática da Nova República deve traduzir·se numapermanente disposiç,jo ao debate construtivo e mutua­mente informativo entre as instituições que asseguram oequilíbrio do Poder nacional e a rcpresentatividade polí­tica do regime.

Democrata por formação, sei o quanto a legitimidadee a eficiência de uma gestão no Executivo estão vincula­das a um estreito relaéionamento com o Legislativo. Li­berai por convicção. sei O quanto um debate nesta Co­missão tradicionalmente conhecida pela qualidade inte­lectual c espírito público dos scus integrantes, é decisivopara a lixação de cursos de ação realmente ajustados àopinião nacional.

Ainda candidato. esteve neste recinto O PresidenteTaneredo Neves, para antecipar as diretrizes da sua futu­ra gestão na área externa. Essas diretrizes permanecem

. válidas, c constituirào uma fonte valiosa de inspiraçãoI para o Itamaraty. Honrar hoje o legado de Tancredo Ne­ves é permanecer fiel ao Brasil com quc ele sonhou: umespaço aberto li participação popular em todos os níveis,à tolerância e à justiça social.

A continuidade do projeto político e gocial da AliançaDemocrática encontra·se agora depositada nas mãos doPresidente Jose Sarney. Sua ação lirme e equilibrada, esua expeni:ncia de vida pública pautada por sólida orien­tação étiea, são garantias de que será conduzido a bomtermo o processo brasileiro de redemocratização. Pelavia do diülogo e da conciliação estaremos seguros de su­perar os sérios obstáculos do momento e, com grandezahistórica, saberá o Pais encontrar o scu destino de pro­gresso polílico, econàmico e social.

Srs. Deputados, acredito na ação diplomática comoum processo aberto e autêntico de mediação entre os in­teresses nacionais e as condicionantes do mundo exte­rior. O País que hoje reencontra a Democracia e buscareorganizar-se sobre as bases do pluralismo c da justiçasocial não pode, assim, deixar de identificar-se com pa­drões de conduta capazes de traduzir tais valores noconvívio entre os Estados. O respeito à igualdade sobera­na das naçôes, o acatamento aos postulados da autode­terminação e da não-ingerência serão, portanto, princí­pios a guiarem uma ação diplomática llexível e realista,tendo sempre como finalidade primordial a proteção dossuperiores interesses nacionais.

O Brasil é parte integrante do Ocidente, com quemcompartilha concepções institucionais e culturais bási­cas. Exibe, ademais. afinidades éticas. culturais c de cir­cunstância histórica com o mundo heterogénio denaçôesirmãs da América Latina, África e Asia. País em desen·volvimento com setores avançados, mas que ainda pade­ce de graves insuficiências econômicas e sociais, deve elerefletir em sua diplomacia, com equilíbrio c coeréncia,essas rea1idade~ di,5cordantes. Silenciar sobre das seriafalsear o perfil real da Nação. Representá-Ias em suajus­ta medida é a missão. nem sempre simples ou incontro­vertida. do Itamaraty,

Não nos convêm as escolhas pardais, excludentes, quefavoreçam e::;tc. ou aquele segmento do horizonte exter­no. O anseio brasileiro de convívio é universal~ e o nossoespírito nadonal inclina-se instintiva e inovadoramentep~ra u conciliação, como ilustrado de maneira eloqilentepelos recentes acontecimentos políticos, de que foi çeli­tro c inspirador o incsqueeivel Presidente Tancredo Ne-ves.

A intimidade do f.;:lacionamento Gom os países desen­volvidos nno i nibc nem dificulta n03SO relacionamentocom os paíser; em desenvolvimento. O inttresse nacional,nos planos político. econômico, teçnológico e culturalest3.rá melhor alendido pel8 opção que, sem conotaçãoideológica. nos abra todos os caminhos, sem fechar ne~

nhum.No pronunciamento que dirigiu d Naç~o, em 2~ d;;:

. abril passado. o Chcf~ do Governo ddjlliu a retomada

J unho de 1985

do desenvolvimento e do nível de emprego como metafundamental de ação no setor externo. O compromissobâsico da diplomacia brnsileira, a orientar sua visão glo­bal e suas ações específicas. será, portanto. u promoçãodo desenvolvimento sócio-econômico do País. Praticare­mos urna diolomacia nexivel e criativa visando a resulta­dos político~. pela preservação da soberania c da digni­dade l1acional; resultados econômicos. pela reivindi­cação de melhores condiçôes nos sistemas reguladoresdo comércio c finanças, "pela geração de oportunidadespara as exportações brasileiras. O ponto de partida dessaDiplomacia para Resultados na segunda metade da dé­cada de 80 serâ a expliCItação de nossog interesses con­cretos no que se refere à retomada do crescimento c à re­dução de nossa vulnerabilidade externa nos campns fi­nanceiros tecnológico e comercial.

Não se afigura simpks nem fácil a re,alização dessastarefas nas condiçães reais do cenário mundial contem­porúneo. De todas as partes. verificamos com desalentoa desagregação das estrut uras internacionais de convi­via. Ao ordenamentl; de ám bito mundial idealizado nosegundo pós-guerra c, em meio a tantas vicissitudes, vi­gente até os nossos dias, ameaça suceder-se uma nova or­dem, fragmentária, compartimentalizada e excludente.

No plano político, o Illultipolarisl11o e a déntete, queofereceram esperança ao mundo por breve lapso de tem­po, cederam lugar ao retorno à confroatação. O tecidodas relaçõe~ interestatai; altera-se negativamente nesseclima.

A percepção dos fatos internaciouais e mesmo doseventos domésticos em numerosos países, deformadapelo prisma da rebipolarização, converte-se em absurdacontabilização de ganhos e perdas por parte das supcr­potencias. Somando-se ~l estagnação dos entendimentosque vinham ocorrendo entre os Estados Unidos daAmérica c a União Sovibtica sobre a limitação de anna~

mentos estratégicos e de:;, médio alcance~ estamos agoradiante da perspectiva de abertura de novo ciclo na cnrri~

da armamentista, pela proposta de militarização do es­paço.

A proliferação de en·,ontros de eupula, de decisôesunilaterais em úreas a at~;tarem conjuntos de paises1 e deuso da força armada par.a solução de difercndos, não po­dem deixar de preocupar a todos os países que, como onosso, exercitam uma diplomacia fundada no direitocomo princípio e na negociação como método de ação.O enfraquecimento da dimensão multilateral i: grave sin­toma de desagregação e<:onômica e política das relaçõesinternacionais.

A diplomacia parlam"ntar detém, para o Brasil, rcle­vância histórica, desde que para nós foi ela o ponto ini­ciai de participação na própria form~çãoda ordem jurí­dica mundial. Defendemos, assim, a tradição de valori~

zação do papel das Naçôes Unidas em todos os planos,particul armcnte no terreno da segurança intcrnacion~1edo desarmamento. É preciso ficar clara a responsabilida­de especial que detêm as potências nucleares, e o caráterprioritário que adquirem! nesse contexto. os entendi..mentos relativos ao dcsarmamcnto nudcm·.

I\'lerecerão ênfase, na minha gestilo, os trabalhos cún~

juntos ora levados a efeito no âmbito do Tratado da An­tártida c as negocial;ões que se realÍ2.ilUl sobr~ o Direitodo Mar, em especial aquelas relacionadas à exploraçãoeconômica dos recursos oceânícúg e dos fundos mari­nhos.

Em ralijel! dos valores e vivêi1ciJs compartilhados nosplanos da história, da ct''1ia e da cultura, "América Lati­na cont'ilitui área de inle~ressç primordial para o Brasil.

Voltados que sempre fomos, nest·o Continente. para oexterior, atentos aos e::;tímulos de toda ordem emanadosdo grande pólo espiritual q lle foi a continue, a ser a Euro­pa, n6s, latino-amerieano$, pm' longo tempo deixamosde olha.r u nossa próprra volta. O CUf.'W da integraçãoreal da América Latina é ainda incipiente e, em muitos8.::tp~ctos, superficial. Devemos repensar com realismo aüEA, particularmente quanto aos seus instrumento> desuperação de Grises s6cio·econômicas e à sua atuaçãocomo foro de cooperaç~o do desenvolvimento. Nossoscsforço~ deverão dirigir-se, igualmente, para o terrenodas relaçõe:; econômica,;. no ámbito da ALADI. Preten­demos, tembém parlicipar ativamente dos trabalhos doSistema Econômico Latino-Americano (SELA), contri­buindo para que ele desempenhe plenamente o seu papelde foro regional de ne.~oeiação de projetos de coopc-

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junho de 1985

ração. São precisos mecanismos criativos para que osníveis de comércio, deprimidos nos últimos anos, nãoapenas recobrem seus valores anteriores à crise da liqui­dez da região, como também alcancem novos patamaresde volume e valor.

Já me avistei, em Brasília, com autoridades de algu­mas nações vizinhas. Nos encontros mantidos com oschanceleres da Argentina, Uruguai e Paraguai, troqueiidéias sobre o estado atual e o futuro das nossas relações.No próximo dia 20 visitarei Buenos Aires, para manterconversações visando à definiqão mais precisa de metaspara a cooperação bilateral nos próximos anos. Vene­zuela c México, parceiros de peso indiscutível e protago­nistas relevantes do cenário regional e mundial, bemcomo os vizinhos andinos e amazónicos, serão objeto deesforços continuados de aproximação.

O quadro atual da crise na América Central requeruma referência especial. As transformações políticas esociais ali ocorridas, como rel1exo inevitável da derruba­da de regimes ditatoriais, não devem ser interpretadas deforma simplista, como mera instância localizada de con­l1ito entre as superpotências. O uso da força e da inter­venção armada não pode ser cogitado como opção viávelpara a solução de problemas cujas raízes estão plantadasna história de cada pais. Esses problemas devem serequacionados em seus respectivos contextos nacionais,sem interferências, e a solução de suas implicações inter­nacionais deve ser encaminhada pela mediação de paísescom prcscnça c interesses efetivos na região. Por essa ra­zão apóia o Brasil os esforços de pacificação empreendi­dos pelo grupo de Contadora.

Essa posição foi reafirmada na semana passada, de­pois que o governo norte-americano anunciou a impo­sição de sanções económieas unilaterais contra a Nicará­gua. Em nota oficial emitida sobre o assunto, o Governobrasileiro declarou não apoiar a adoção de medidas dotipo divulgado, nem outras ações capazes de inserir a cri­se centro-americana no contexto da confrontação Leste­Oeste.

Suscitado o problema no ámbito do Conselho de Se­gurança das Nações Unidas, o Brasil interveio tambémnaquele foro, para deplorar a utilização de medidas eco­nômicas unilaterais, por nós vistas como incompatíveiscom a carta da ONU, com o GATT e com a Carta daOEA. Apelamos, ademais, a que as partes envolvidas seabstenham de quaisquer atos que venham a pôr em riscoas perspectivas de entendimento.

Nação pacífica e voltada para a tarefa prioritária dapromoção sôcio-econômica da sua gente, procura o Bra­sil manter relações com todos os países, sobre a base danão-ingerência e do respeito mútuo. Dentro dessa ótica,desejo informar o Poder Legislativo, por intermédio da.sua Comissão de Relações Exteriores, de que determineia realização de estudos sobre a questão do reatamentodas relações diplomáticas com Cuba. (Palmas.) Analisa­remos todos os aspectos dessa medida, em particularsuas eventuais implicações sobre a segurança nacional.Nessa providência, pesou a devida medida e indicação,aprovada por esta Comissão, em favor da aproximaçãocom aquele país caribenho.

O relacionamento bilateral com os Estados Unidos,baseado em vínculos hist6ricos de denso conteúdo,orienta-se na dircção de um diálogo aberto e maduro.Duas grandes democracias nào podem temer a franque­za, nem prcssupor, de parte a parte, a aquiescéncia siste­mática. É preciso aprofundar as relações com os EstadasUnidos e discutir as iniciativas conjuntas em curso, bemcomo novas modalidades de cooperação. Para tanto,pretendo ir a Washington, em junho, para abrir o diálo­go político da Nova República com a administraçãonorte-americana. Meu desejo é debater os principais tó­picos da pauta de assuntos bilaterias, certo de que osproblemas comuns devem ser administrados com a cons­ciência de que não representam sintomas de incompati­bilidade, mas sim de evidências de uma relação que em­penha em grau sensível setores produtivos das duas par­tes. As diferenças estruturais entre as economias brasilei­ra e norte-americana levam, necessariamente, a perspec­tivas distintas da realidade econômica global, e das moti­vações de cada parte. Cumprirá, portanto, continuar otrabalho diligente de esclarecimento recíproco e de enca­minhamento das divergências pela via do entendimentomutuamente satie.fat6rio.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Com a Europa Ocidental temos uma tradição de con-,tatos que transcende o plano politico-diplomático. Delarecebemos o patrimônio humanístico, os ideais políticose as concepções institucionais que fundamentam a nacio­nalidade brasileira. Por isso, os vínculos com os paísesda região receberão cuidadosa atenção, especialmentequanto ao relacionamcnto com a Comunidade Econômi-'ca Européia. Em 1984, obtivemos daquele mercado o sc­gundo maior saldo da nossa balança comercial. Deseja­mos expandir as trocas com a CEE, mas causa-nosapreensão a persistência de uma política comunitáriaprotecionista no setor agrícola, e no tocante a produtosmanufaturados de grande importância para a pauta hra­sileira de exportação. Avaliamos, no momento, as reper­cussões do ingresso da Espanha e Portugal na Comuni­dade, na expectativa de que esse fato não venha a agra­var as condições de acesso das nossas mercadorias nomercado europeu.

As relações com os países da Europa Ocidental, desen­volvidas de forma discreta, com base nos princípios danão-ingerência, do respeito mútuo e do beneficio recí­proco, oferecem espaço para expansão no terrenoeconômico-comercial, e para um contato mais maduro eisento no plano político-diplomático. A presença daUnião Soviética no cenário mundial, como superpotên­cia, deve ser reconhecida por parte do Brasil. E meu de­sejo avaliar todos os aspectos do interesse nacional, nosplanos político e econômico, que possam beneficiar-se deampliação das frentes de diálogo com a nova adminis­tração soviética. Dispomos na COLESTE de um meca­nismo institucional de contato com os países socialistasda Europa Oriental que constitui fôrmula de originalida-

, de e eficácia reconhecidas, como veículo de negociaçãoeconômica com países de economia centralmente planifi­cada, e buscaremos dinamizar seus trabalhos no sentidode am pliar as trocas com o Leste europ~. _.

Pela sua posição estratégica e pela importância comofonte de suprimento energético, o Oriente Médio consti­tui palco de conflitos localizados que se convertem emmanifestações da confrontação Leste-Oeste. Acompa­nhamos com aprecnsão o desenrolar das crises naquelaregião, especialmente a guerra Irã-Iraque, cujo encami­nhamento, a nosso ver, deve ser feito pela via da nego­ciação. A ques1:l10 palestina, entre todas, subsiste como amais profunda e de conseqüéncias mais amplas. Susten­tamos que o povo palestino deve ter reeonhecido o direi­to a retornar ao seu território, e ali viver em condições deindependência, segurança e autodeterminação. Nego­ciações devem ser mantidas, com a participação da 01'-

. ganização de Libertação da Palestina, que representa le­gitimamente o povo palestino, com vistas ao encaminha­mento de uma solução que assegure o direito de todos osEstados da região, inclusive Israel, a existirem em paz,dentro de frontciras reconhecidas.

No noroeste da África, o processo de emancipação daantiga colônia espanhola do Saara Ocidental persiste,após dez anos de luta entre a Frente Polisário e o Reinodo Marrocos. Consideramos a qucstão como parte inte­grante de um processo de descolonização não concluído.Reconhecemos a Frente Polisário como representante dopovo Saaraui, e temos nos manifestado a favor do princí­pio de autodeterminação e independência, a ser imple­mentado de forma pacífica e negociada. As posições as­sumidas pelo Brasil no debate internacional sobre o Saa­ra Ocidental inscrevem-se numa linha consensual de res­peito às normas do Direito Internacional, e de preser­vação das boas e tradicionais relações com todos os paí­ses envolvidos no conflito.

O adensamento e diversificação da cooperação com oJapão, e o reconhecimento da República Popular daChina em 1975, somados à nossa disposição de estreitaros laços de amizade e comércio com a India, os membrosda Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)e outros países da área, conferem à Ásia posição ascen­dente no horizonte extcrno brasileiro. A tendência àaproximação com esses distantes parceiros, decorrênciada universalização natural da presença brasileira, é acen­tuada pela convicção de que a Ásia e a Oceania constitui­rão um foco de desenvolvimento material no planeta du­rante os próximos decênios. Será necessário dar atençãoespecial aos esforços de aperfeiçoamento das relaçõescom o Japão e a República Popular da China, e identifi­car oportunidades concretas de colaboração com os dc-

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mais países da Ásia e Oceania. Emprestaremos, ademais,nosso apoio às iniciativas internacionais de pacificaçãode conflitos localizados no continente asiático. No Afe­ganistão c no Campuchéia o princípio de autodetermi­nação, ferido de maneira frontal, deve ser restaurado deforma inequívoca.

Nossas relações com a África também decorrem deimportantes afinidades étnicas, culturais e dc identidadehistórica, que nos ligam de maneira abrangente aos paí­ses do hcmisfério Sul. São sólidos os laços a nos aproxi­marem de numerosas nações africanas, tanto no planoeconômico quanto no político. Com os países lusófonos,afinidades maiores tém contrihuído para tornar maisdenso o relacionamento, institucionalizado através de di­versos acordos e reuniões periódicas. Com esses e comoutros Estados africanos, o Brasil goza da confiança deparceiro cuja cooperação se caracteriza pela ausência depretensões hegemônicas e intenções políticas ou ideoló­gicas.

Não hesitamos nem transigimos em condenar enfati­camente a África do Sul pela prática do aparlheid, políti­ca que fere nossas mais íntimas convicções de país for­mado à base de um amálgma de raças e culturas, e queconstitui permanente foco de tensão regional. Conside­ramos igualmente ilegal a presença da África do Sul naNamíbia, e nos colocamos a favor da independência des­se territôrio, com base nas resoluções pertinentes dasNações Unidas.

Coerente com a Resolução do Conselho de Segurançadas Nações Unidas sobre a matéria, o Governo brasilei­ro proíbe a exportação de armamentos e de derivados depetróleo para a África do Sul, e deixa às empresas priva­das, sem qualquer interferéncia oficial, o intercâmbio co­mercial comaquele país. Tal política em nada foi, nemserá alterada. _

A meta da retomada do crescimento e da recuperaçãodo nível de emprego e de renda motivará, no campo eco­nômico, atenção especial do Itamaraty às questões finan­ceiras e comerciais internacionais. O sistema econômicomontado no p6s-guerra precisa ser repensado e reformu­lado.

O acordo de Brelton Woods, compromisso internacio­nal responsável pela ordem financeira hoje vigente, esta­beleceu um sistema de paridade fixas, pelo qual os paísesaderentes tinham o valor das suas moedas fixado em re­lação ao dólar norte-americano. O Governo dos EstadosUnidos, por sua vez, comprometia-se a manter sua moe~

da conversível em ouro.Esse vínculo fundamental foi rompido unilateralmente

pelos Estados Unidos, em 1971, e a medida foi referen­dac!a posteriormente, no âmbito do Fundo MonetárioInternacional, por acordos patrocinados pelos países de­senvolvidos. A partir de então, o Tesouro norte­americano ficou desobrigado de saldar em ouro os mon­tantes em dólares que lhe fossem apresentados por ban­cos centrais de outros países pertencentes ao esquema.

A conseqüência dessa ruptura não deixou de se fazersentir de forma profunda no sistema financeiro interna­cional. A partir daquele momento, o dôlar, moeda de re­serva e de troca internacional, deixava de obedecer aqualquer disciplina estabelecida mutilateralmente. O.sis­tema monetário deixou de ser o gold exchange syslem.para converter-se no dollar sy"tem. Essa medida consti­tuiu, scm dúvida, o principal fator a conduzir-nos à-pre­sente situação, em que a política monetária norte­americana passou a reger todo sistema financeiro inter­nacional.

Uma de suas conseqüências foi a elevação da taxa dejuros internacional, em proporções jamais observadas, e,cm conseqüência, a criação de um quadro desfavorávelaos países importadores líquidos de capitais. No proces­so de ajustamento, verifica-se inaceitável assimetria deobrigações no tocante às políticas econômicas: enquantoos países em desenvolvimento são convocados a seguirrígidos parâmetros em matéria de política macroeconô­mica, os EUA se recusam a qualquer compromisso demaior disciplina nesse campo, gerando, com isso, pro­fundas repercussões ncgativas para todo o resto do mun­do.

Esse quadro, como bem sabem os Senhores, tem mere­cido a critica severa do Brasil e de outros países nas mes­mas circunstâncias. Só mais recentemente, entretanto, ospróprios países industrializados, sobretudo os europeus,passaran1 a levantar objeções a tal situação, especialmen-

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Junho de 19:~:~[I'IMuo DO CONGRESSO NACIONAL (Seção O--'--~--------------

-::;m i'unçàü da desordenada - (~ Dor vezes incontrolâ~

'leI - fhH·mu~ào de suu~ moedas el;l relaçuo ao d6lar.r~srjeito~ ~J;:J.k notar que a Dedaraqào adotada

fHc~::;nlc L:;;ncontro de: ()jpuhl oos sete princípaís paise~

industrbJizados do Ocidente. reaiizacio em Bonn, de 2 a':~. do rnes corrente. aprCSGmou. no tocante a temas finan­ç,~lrüti. re-t'ultadús insatisfatórios .sobre importantes ques­tões pura os países em dc~c-nvolvimento. tais como a re­forma das estrutums financeiras internacionais e () neces­s:úrio incremento dos recursos reais do Banco Mundial ed'0 FrvCr. Ouanto ao primeiro tema. nào verificou quaI­(]per comp~cnllisso efetivo de rcformulnçào do sistema tl­iiélnceiro. mas tão-somente (I reconheGirnemo algo vagode que é essencial melhorar o func1namcnto do sistemamoneti.irio internacional. 1'.Jiio foram levadas em conside­rw;!'uo as postulaç(ics sobre a matéria apresentadas pelo

do... naíse<; em dec'lenvolvimel1to no i.lmbito do

Coerentemente com nossa linha de açào ne~-5e terreno.nos oporemos a que 0 sistema financeiro internacionalseJa rnudado exclusivamente pelos países ricos, sem par­~kipação dos paú.;es em desenvolvimento. mesmo porqueeSles, no momento. estão sofrendo os resultados mais dc~

'vastadores da desordem financeira prevalecente.Ainda nesse campo. outro tópico significativo a desta­

car e que os recursos reais do Banco J\;fundial e do FMIvêm, de ',ua fundação aos dias de hoje. diminuindoquando medidos ern percentagens do comércio ou doproduto bruto mundial. Propugnamos pela ampliaçãodesses recursos. pois eles podem e devcm ser utilizadosno combate aos ciclos de depressão econômica, ao con­trário dos recursos do eircuito financeiro privado, quetendem a se retrair depressivos, agravando o impactodes!es.

No que se refere ao incremento dos recursos reais dasprinc1pais instituições financeiras multilaterais, o Comu­nicado de Bonn se limitou ti registrar um acordo igual­mente vago quanto ao provimento dc. "recursos neces­S~lriOS" e a disro~içüo de discutir em eventual aumentodos fundos do Banco Mundial nos próximos anos.

Procuraremos defender, nos foros linanceiros multila­terais. a idéia de que a estabilização financeira não é umameta que pos~a ser aceita indepe.ndentemente do objeti­vo Inaior q uc é o desenvolvimento sócio-econômico. es­pec1almente pelas áreas pobres do planeta.

forte elevação dos preçoF. do petróleo ocorrido nadécada dc 70 gerou efcito sem dúvida perturbador nocurso recente do comércio internacional. Creio ser des­necessário alongar.me soore as conseqüéncias desse fatopara o Brasil. e para outros puLses em desenvolvimentonão produtores de petróleo.

Os paises desenvolvidos procuraram reequilibrar suahalança comercial através de políticas monetárias orto­dóxas, e do protecionismo comercial. Descncadeou-se,ao mesmo tempo, como seria de esperar, uma onda infla­cionária que atingiu todos os palses, em graus variáveis.mas COm muito maior inknsidade os paises em desenvol~

vimento. Estes buscaram ajustar-se à situação, aceitandoa posição de destinatários da reciclagem. pelo sistema fi­nanceiro injernacionai~ dos dólares oriundos dos paísesprodutores de petróleo, então às voltas com enormes su­peravits em seus balanços de pagamentos. Tal situaçãoelevou a um nível extraordinariamente alto a dívida dospaíses do Terceiro Mundo, a qual representa, hoje, o seumaior desafio no plano das relações econômicas exter·nas.

Para fazer face a estruturas normativas que não cor­respondem mais às realidades econômicas, e que tam·bém n1ío abrem espaço aos interesses e peculiaridadesdos países em desenvolvimento, temos de enfatizar nossaação política nos foros multilaterais. objetivando a revi­são dos compromissos que regem o comércio e as fi·nanças mundiais. Os dois planos - o comercial e o fi·nanceiro - cstão de tal modo interligados, particular.mente para os países endividados, como o Brasil, quenosso comércio pussou a ser gerenciado em função doserviço da dívida, e não do objetivo nacional básico, queé o desenvolvimento econômico e social.

No que se refere à questão da dívida, no contexto daAmérica Latina, onde se concentra grande parte do endi­vidamento externo. onze países constituíram o chamadoGrupo de Cartagena.

O Consenso de Cartagena, que tem no Brasil um deseus mais ativos participantes. tem procurado insistente·

il1e:me chamar :l atenção cios paises credüre-s para o fatode que o problema da divida externa esüi longe de ser re­-,olvido.

/\. ~.sse respeito. edigna de regístro a decisão dos paísesintegrant(';,:; do Consenso de Cartagena de fa7cr chegaraos Chefes de Governo participantcs da Rcunião de CÚ­1)ula de Bonn. impúrtante mem;agem em que se explicou.:l urgi~neia de um enfoque Ínít:gral para o problema dadívida. que o coloque no contexto da nece.ssária refor­111 ulaçüo dus sistemas financeiro e comercial internacio­nais, porianto dentro de um diálogo poíítico sobre a ma­t(~ria. Trata-se. puis, de mais um esforço pura àemostrara dimensão po]{tica de negociaçoes qUe, em última anúli­~e, cundicionam o crescimento cconômko dos países en­dividados. e " possibilidade de pagamento dos débitos,;em gerar ,ituaçôes qUi: impliquem recessão, desempregoe conseqüente tenslio social.

Lamentavelmente. os principais países desenvolvidos,a julg,Jr reI::!. declaração adotada em Bonn. ainda não sederam conta de que o diálogo político proposto peloGrupo de Cartagella é mutuamente provcitoso, comoforma de previnir a tempo uma situação de maior dra­maticidade. que traria graves repercussões para todos.credores e devedores.

Verificamos que o comércio internacional regido pelasnormas do GATT representa. atualmente. algo em tornode 4/5 do total global. Ele é seis vezes maior. em valorreal. do que no pós-guerra. O período que media entre1945 e 1973, espaço de uma geração, registra o maiorsurto de expansão econômica da história da Humanida­de. Essa expansão, em boa medida, pode ser creditada aofuncionamento das regras do multilateralismo nos sistc­mas internacionais de comércio e de pagamentos.

O General Agrcement on Tariffs and Trade, idealiza­do e negociado pelas naçdes ricas, teve como objetivoprimordial ordenar e disciplinar os eont1itos que cxis­tiam entre elas no período de entre guerra.Fundamentava-se na igualdade das Partes Contratantes,na reciprocidade das concessões e nu observància auto­mática da cláusula de nação mais favorecida entre todosos membros.

O Brasil aderiu ao acordo em uma época em que suaparticipação no comércio internacional se resumia aex·portaçfio de pouc.:os produtos tropicais, como café, cacaue açucar. A igualdade jurídico-formal entre as PartesContratantes. aceita por nós no momento da adesão.não levava na devida conta as diferenças de realidadeeconômica existentes entre os parilcip<:mte-s, nem criavll.para os países ~m desenvolvimento. uma proteção co­mercial especial. isenta de reciprocidade para eom osmembros desenvolvidos. Tal salvaguarda era - e conti­nua sendo - essencial aos países em desenvolvimento deeconomia não madura que ainda não tém condições decolocar. em tcrmos de compctição aberta, seus produtosmanufaturados no mercado mundial.

Preocllpa-nos, sobremaneira, o incremento do prote­cionismo dos países desenvolvidos, precisamente os queapresentam maiores condições de absorção das expor­tações dos países em desenvolvimento, Entendemos oprotecionismo como uma recusa. por parte dos países in­dustrializados, a proceder a reajustes estruturais impor­tantes. aceitando uma divisão internacional do trabalhomais eqüitativa. que permita aos países em desenvolvi­mento explorar novas vantagens comparativas. Nessesentido, é preciso que os países ricos aceitem o princípiode que desenvolvimento implica ruptura com padrôestradicionais de intercâmbio; em outras palavras. desen­volvimento significa, também. criação de vantagenscomparativas.

Preocupa-nos, igualmente, o crcseente recurso ao bila­teralismo no plano comercial.

Neste momento. o governo dos Estados Unidos exercepress<'íes sobre as Partes Contratantes do GATT, paraque se realize nova rodada negociadora visando a libe­ração do comercio internacional, e a ampliação do eRCO­

po do Acordo Geral às questões relacionadas a serviços einvestimentos. Fortes pressões est.ão sendo exercidas, ad­mitindo as autoridades norte-americanas até mesmoabandonar o sistema multilateral de trocas, hoje corpori­ficado no GATT, para encaminhar-se rumo a uma polí­tica de acordos bilaterais com aqueles parceiros que elesconsiderem mais próximos do seu próprio modo de agire entender. Já se vislumbra, entre os países de.';;envolvi­dos, consenso quanto à idéia de realização de tais nego-

ciacôe~. Ijill 110ra ,'.linda nD.ü esteiam duros;] dnta de ,seuini~io. nem l.amponc-o selJ cont~eudo.

Esse desdobramento fGiJresenta um desafio de extremaimportlncia para a l-)olHic1l exlerna brasileira.Encontramo-nl~sem fasc- ainda intermediária de indus­Lrializaçi.ln, ~ l1ecessitaml)~ ;:,,':>segurar condiçües para aexpansão e m31:urnção plena do ciclo de crescimento queatravessamos.

Os pai,es industrializados. em espccial os EstadosUnido~. enconl.ram~se naqueh:1 fase de crescirnento hojedenominada pós-industrial. baseada em serviços e naproduçúü de bens de aita tecTlologii.1. Por isso, e naturalque tenham interesses diferentes e conflitantes com osnossos.- Ê digna de registro a falta de consenso, por ocasião da

recente RcunUto de- C'úpula, Quanto [l uma data precisapara n inicio de uma nova roàadu de n~gociaçõescomer­dais. pois ela revela que permanece não resolvida mesmoentre os países ricos uma questão que se atigura funda­mental para o Brasil c os dem ais paíscs cm desenvolvi­mento: a vinculm;ào entre o encaminhamento dosproblemas comerciais e das questões financeiras.

O Brasil niío é cüntdrin a qualquer iniciativa que visea uma efetiva liberalização do comércio e que lhe permi­ta concretamente ampliar sua participação relativa nastrocas internacionais. Considera, não obstante. que cer­tas pr6~condições devem ser preenchidas. por parte dospaíses ricos. antcs que os paises em desenvolvimentopossam cousiderar a hipótese de participação em umanova rodada comercial. Assim, os paises desenvolvidosdevem cumprir o eompwmisso formalmente adotadopor ocasião da Reunião Ministerial do GATT de no­vembro de In2. no sentido de não-adoção de novas bar­reiras e do dcsm3ntelam'~nto das inconsistentes com osprincípios do GATI. Devem, por outro lado, rcconhecera necessidade de tratamento diferenciado e mais favorá­vel para os países em desenvolvimento em matéria co­mercial.

Coerent..:;s com nossa posição, procuraremos, assim,em coordenação com os demais paises em desenvolvi­mento, obter melhores condições institucionais para acolocação dos nossos prodatos no mercado mundial.Buscaremos igualmente. I~m todos os foros, trabalhar nosentido de que os ten1U'; de natureza comercial sejamconsiderados em vinculaí;ão com os financeiros. Mante­remos firme oposição a que se incluam novos temas. taisGomo seviços e investimentos, no àmhito do GATT.

Dentro do contexto que acabamos de cxpor. a diplo­macia brasileira. no que diz respeito à P01ftlcl1 econômi­ca externa. dará primazia a duas vertentes principais: ocomercial, nos foros multilaterais, e em especial noGATT, procurando asscgurar a defesa de nossos interes­ses de país em desenvolvimento. e a financeira no âmbitodo Consenso de Cartage·Ila. onde procurará operaciona­lizar postulados de natureza política cada vez mais pre­sentes na discussào da dívida externa dos países latino­americanos.

A Nova República tcm o compromisso de evitar que oe~f()rço pela melhoria das contas externas represente re­trocesso nos padrões de vida da nação, e o Itamaraty nãosc furtará ao cumprimento, no qae lhe cabe, desse princí­pio.

Desejo também informá-los de que determinei a reali­zação de amplo cstudo ';obre a organização do Minis­tério das Relações Exteriores. Hâ distorçães a corrigir,tanto no que diz respeito à estrutura da Chancelaria,quanto ao funcionamento da carreira diplomâtica.

Srs. Deputados, a cri5e econômica, seguida de pertopelas múlliplas manifestações de crise polítIca, avolumasuas pressões sobre o Brasil. A tarefa de conduzir as re·lações externas do país constitui, atualmente, um desafioà capacidade de agir criativament.e e de responder, comindependéncia e firmeza, aos estímulos advindos do exte­rior. consciente, mais do que nunca, das orientações au­tênticas da opinião pública ínterna, a diplomacia pararesultados estâ preparada para utilizar sua capacidadenegociadora cm todos o:, níveis, e desempenhar o papelque lhe compete na def,~sa dos interesses nacionais.

Muito obrigado, (Palmas prolongadas),

o SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benjamin)- Vencida a primeira parte de nossos trabalhos que dizrespeito à exposição que acabou de fazer o Ministro

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Junho de 1985

Chanceler Olavo Setúbal, daremos início à parte dasnossos debates.

Iniciamos dando a palavra ao autor do requerimentoque permitiu a presença do Chanceler Olavo Setúbal,nesta manhã, nesta Comissão, Deputado Flávio Bier­rembach, que disporá de quinze minutos para sua inter­pelação.

O SR. DEPUTADO FLÁVIO BIERREMBACH­Deputado Francisco Benjamim, digníssimo Presidenteda Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos De­putados, Srs. Deputados, Srs. Embaixadores c Sr. Minis­tro Olavo Egydio Setúbal, dentre os inúmeros amigoscom que V. Ex' conta entre os Deputados que compõemesta Comissão de Relações Exteriores da Câmara, talvezseja eu o menos suspeito para proclamar as virtudes dehomem público e os méritos de cidadão de V. Ex'

Tive a honra de servir ao povo de São Paulo na quali­dade de Líder da Oposição ao profícuo e honrado Go­verno de V. Ex' frente à Prefeitura Municipal de nossacidade. E durante aqucle biênio, a despeito dc nossas po­sições políticas antagônicas, pudemos manter, graças asua permanente disposição para a diálogo, a sua amabi­lidade e a seu espírito público, um relacionamento cor­dial c reciprocamente respeitosa, que muita me envaide­ce e que plasmou a inÍCio de uma amizade pessoal de queme orgulha. -

Daí, Sr. Ministra, as razões que me levaram a propora esta Comissão a convite fcito a V. Ex' ainda durante aprimeira semana da Nova República, para que, compa­recendo à Casa, prestasse esclarecimentos a respeito dapolítica externa brasileira. E hoje a Casa recebe a honra­da visita de V. Ex' e rejubila-se ao ouvir de V. Ex' o aval,a garantia de que os princípios fundamentais que têm in­formado a nossa política externa independente, indepen­dência, autodeterminação e paz t serão mantidos e revi­gorados.

Sr. Ministro, durante a mês de novembro esta Casarealizou um encontro sobre política externa, e na ocasiãorecebeu a visita do então candidato, c depois Presidente,Tancredo Neves. Disse-nos S. Ex' que no Governo daNova República, o Brasil envidaria todas os esforços nosentido de dar aos patriotas chilenos, que lutam pela su­peração da ditadura naquele infeliz país da América La­tina, todo o apoio necessária.

Participei, no último mês de março, de um encontro deDeputadas brasileiras, uruguaios e argentinos realizadoem Montevidéu. Sabe V. Ex' que na Carta de Montevi­déu, os Parlamentares presentes àquele encontro acorda­ram que a presença obsoleta de ditaduras militares noConti nente Latino-americano, notadamente a do Chile,é uma ameaça à democracia e à paz em nosso Continen­te.

Diante desses dois parámetros, da afirmação do Presi­dente Tancredo Neves e da decisão das Parlamentaresuruguaios, brasileiros e argentinos no último mês demurço, em Montcvidéu, solicito a V. Ex' que eselareça àCasa de que maneira poderá o Itamarati contribuir paraajudar os patriotas chilenos na superação da ditaduraque oprime aquele país há mais de dez anos. Muito obri­gado.

O SR. MINISTRO OLAVO SETÚBAL - DeputadoFlávio Bierrembach, sobre a pergunta que V. Ex' elabo­rou, já tive oportunidade de me manifestar.

A colocação do Presidente Tancredo Neves a respeitodo movimento democrático em todos os países foi emi­nentemente política e, como tal, deverá ser desenvolvidapelas forças políticas do Brasil.-6 !tamaratt é o ôrgão ·da política externa brasileira

que tem como princípio a não interferência nos assuntosinternos do país e defende nas foros multilaterais essaação. Da mesma forma, o Brasil defende a não inter­venção em outros países e a autodeterminação dos, po­vos. Portanto, o !tamarati não é o instrumento que tÔlhaem mente o Presidente Tancredo Neves para fazer ch\­gar aos democratas dos países que lutam por modifi­caçães políticas a sua ação. O Itamarati dá um certo ma­tiz ao seu relacionamento. Há países com que tem rela­cionamentos mais abertos e mais profundos e outroscom quem mantém uma atenção mais restrita, um rela­cionamento mais cerimonioso. Obviamente, esse matizdado pelo Itamarati é em função do ajustamento que asforças políticas da Brasil têm com os movimentos e com.os países com quem mantém relações. Dentro desse con-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

texto, a ação política do !tamarati se manterá de umaforma correta, mas sem qualquer maior aproximaçãocom os paíscs que não tenham um sistema democrático,especialmente na América Latina, coerente com o nosso.Essa é a forma pela qual entendemos interpretar a po­sição do Presidente Tancredo Neves, de não interferir navida interna dos outros países, mas, ao mesmo tempo,darmos a nossa mensagem de colaboração em relaçãoaos problemas dos nossos vizinhos em matéria de siste­ma político.

o SR. PRESIDENTE (Francisca Benjamin) - Os de­mais interpelantes terão 3 minutos para procederem assuas questões. Dou a palavra ao representante do Parti­do do Movimento Democrático Brasileiro, DeputadoMaurílio Ferreira Lima.

O SR. DEPUTADO MAURILIO FERREIRALIMA - Sr. Presidente, Sr. Ministro das Relaçães Exte­riores, Srs. Parlamentares, Srs. Embaixadores, meus se­nhores e minhas senhoras, creio que esta Casa ficou ple­namente satisfeita com a reafirmação de V. Ex' de que oItamarati tudo fará para que a negociação da dívida ex­terna brasileira obedeça a parámetros políticos. Entre­tanto, creio que um fato relativamente recente e aparen­temente corriqueiro na administração, que foi a demis­são de um alto funcionário do Banco Central, possa terinfluência no papel e na relacionamento do !tamaraticom o grupo de Cartagena. Refiro-me à demissão do Dr.Sergio de Freitas da Direção da Área Externa do BancoCentral, que inclusive a imprensa, comentando o fato,diz o segui nte:

.. "Os banqueiros internacionais reagiram mal aodiscurso e fizeram chegar ao Governo brasileiro suainsatisfação. Adicionalmente, o discurso melindroutambém o Ministro da Fazenda Francisco Dor­nelles, porque foi preparado sob a batuta do Minis­tério das Relaçães Exteriores, cujo titular é OlavoSetúbal, a quem Sérgio de Freitas é muito ligado,pois antes de assumir o Banco Central, era o Vice­Presidente Internacional do Itaú."

Gostaria, Sr. Ministro, e creio que essa é também umacuriosidade da maioria aqui dos presentes, que V. Ex'explicitasse o que o Hamarati entende rcalmcnte por ne­gociação política da dívida externa brasileira, e se fatoscomo esse, da demissão dc um alta funcionário do Go­verno, náo inibem o relacionamento do Brasil com ogrupo de Cartagena. E uma segunda questão: quando V.Ex' se referiu à República do Sarauí, disse que o Hama­rati reconhece a Frente Polisário como representantelegítima do povo de Sarauí. Entretanto, creio que isso épouco, porque a OUA reconhece o Estado Sarauí, e aquina América Latina a República Sarauí já tem Embaixa­da organizada no Panamá, e em vias de organização, naVenezuela e na Argentina. Então, perguntaria se essa po­sição brasileira de apenas reconhecer a Frente Polisárionão é atrasada com relação ao posicionamento da políti­ca externa de outras democracias latino-americanas?Muita obrigado.

O SR. MINISTRO OLAVO SETÚBAL - Em pri­meiro lugar, gostaria de explicar a questão da demissãodo Dr. Sérgio de Freitas. O Dr. Sérgio Freitas é um ilus­tre economista, que fez sua carreira no âmbito do Minis­tério da Planejamento e, posteriormente, em diversas or­ganizações financeiras de São Paulo e do Rio de Janeiro.Quando fui para a Prefeitura de São Paulo, não o conhe­cia. Por recomendação de diversos amigos, levei-o paraser Secretário das Finanças da Prefeitura. Posteriormen­te, quando saímos da Prefeitura, convidei-o, tendo aqui­latado a sua competência, para dirigir a então incipienteárea externa do Banco !taú, e nessa função ele se desem­penhou extraordinariamente bem, durante esses últimos6 anos. Ao ser formado o Governo da Nova República,fui convidado pelo Presidente Tancredo Neves para oMinistério das Relações Exteriores. Não tive, daí emdiante, qualquer interferência na formação de qualquerMinistério ou no convite de qualquer pessoa para o se­gundo, terceiro ou mesmo para o primeiro escalão doGoverno. Com relação ao Dr. Sérgio de Freitas, não foipor mcu intermédio, nem por minha recomendação, queele foi convidado pelo Dr. Lemgruber para ser diretor daárea externa do Banco, o Dr. Lcmgruber, Presidente doBanco Central, a convite do Ministro Dornelles era, ob-

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viameate, pessoa das relaçães do Dr. Sérgio, porque diri­gia também a área externa de uma grande organização.financeira do Rio de Janeiro. Eles tinham relaçães hámuitos anos, mas no campo da ação particular.Verficou-sc segundo me disse o Dr. Sérgio depois da suasaída, uma dificuldade de ação em conjunto. Houve umadivergência de ação e não pode ser traçada em relação aodiscurso pronunciado pelo Dr. Sérgio, em Viena. Comrelação a esse discurso, tomei conhecimento, assim comoa Itamarati inteiro, dele pelo jornal. Essa reunião se deu2 ou 3 dias depois da posse do novo Governo, naquelemomento extremamente tensionante, cheio de eventos.em que o Itamarati estava totalmente absorvido pela re­cepção às delegações estrangeiras que aqui estavam. Por­tanto, não tem o menor fundamento o fato de que essediscurso foi visto, revisto, escrito, comentado por mimou por qualquer pessoa do Itamarati. Ele foi escrito pes­soalmente pelo Dr. Sérgio e segundo ele me informou,no vôo para a Europa, porque ele não tinha tido tempode conversar sobre esse assunto com ninguém. Portanto,foi de sua cxclusiva c pessoal responsabilidade. Acho quenão devemos dar a esse fato uma dimensão maior do queli que ele tem. É simplesmente uma dificuldade na opc­raçào de equipes que foram formadas com muita rapi­dez, sem o tempo necessário para haver uma discussãoprévia dos objetivos e principalmente da forma de ação eda estratégia a ser adotada. Por esta razão e é dentro des­se horizonte que, li meu ver, este problema deve ser trata­do.

Quanto ao problema da negociação da dívida, gosta­ria de enfatizá-lo muito claramente. Nem o Brasil, nemnenhum dos participantes do Consenso de Cartagena,tcm o objctivo de negociar politicamente a dívida que éum processo que tem que ser negociado no nível bilateralpor cada país e entre as instituições financeiras oficiaisinternacionais e, eventualmente, particulares em algunspaíses, mas só através das oficiais no Brasil. O que oConsenso de Cartagena e o Brasil procuram fazer é tra­zer à negociação política o sistema financeiro internacio­nal~ as regras gerais que regem o sistema financeiro, por­que não é um banqueiro ou um funcionário de um Bancoestatal de qualquer país que pode assumir, pessoalmenteou unilateralmente, regras diferentes daquelas que, porlei, por regulamento, ou por tradiçào, o seu País obrigaas suas instituiçães a seguirem. Portanto, negociar politi­camente a dívida, para mim, é uma deformação. O quese tem que negociar politicamente são os sistemas finan­ceiro e comercial internacionais. Esses, sim, são frutos deacordos internacionais de Breton-Woods e do GATT,que foram feitos entre Naçães soberanas, num dado mo­mento. Esses acordos, como procurei demonstrar na mi­nha exposição, não são mais convenientes ao Brasil, porum motivo muito simples: quando nós assinamos essesacordos, logo no começo do pôs-guerra, nós não éramosum Pais com competência para discutir esses assuntos.Nós ainda éramos um Pais exportador de produtos agrí­colas tropicais. O nossa sistema financeiro era primitivoe incipiente. Então, aceitamos, sem maior condição paradiscussão, o sistema que era da conveniência dos entãopaíses desenvolvidos, e eles o fizeram dentro de uma vi­sào jurídico formal, de igualdade entre eles, que nôs acei­tamos. Hoje, o que desejamos é redis~utir politicamenteesses acordos, levando em conta as condições dos paísesem desenvolvimento, e abrir espaços, dentro dos quaispossamos nas expandir, porque ainda não temos a matu­ridade de competir em pé de igualdade com os países de­senvolvidos. Se antes tínhamos a ignoráncia çlas nossaslimitaçães, quando assinamos o acordo, hoje temosconsciência dessas limitações. Portanto, não podemosaceitar simplesmente um sistema onde há uma igualdadejurídico-formal desligada de uma realidade concreta. E éa introdução da realidade concreta, dentro da qual vi­vem os países em desenvolvimento, nesse sistemas, que éo objetivo da negociação política que o Itamarati apóia eage. Age aonde? Está agindo no GATT e no Consensode Cartagena. Por que não age no Fundo Monetário In­ternacional e no Banco Mundial? Por uma razão muitosimples: nessas organizações, os votos são distribuídosde uma forma proporcional ao pontencial econômico.Portanto, o potencial económico dos países em desenvol­vimento é muito pequeno para apoiar uma mudança, e éessa condição que nos inibe à discussão nos fôros multi­laterais financeiros porque nesses fóros, sempre o voto éproporcional ao potencial econômico dos participantes.

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Dentro dessc conceito é quc nós usamos o plano do Con­senso de Cartagena.

Pcdiria mais um minuto ã Presidência para ...

a SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - V. Ex~! vai ter esse tempo.

a SR. :YlINISTRa aLA VO SETÚBAL - ... porqueo nobre Deputado fez trés perguntas: A I' sobre a demis­são do Dr. Sérgio de Freitas. a 2' sobre a negociação dadívida c- a 311 sohre. Saraui. Com relação ao reconheci~

mento. de Saraui. gostaria de informar o seguinte fato: OBrasil reconhece somente 05 movimentos de libertaçãonacional que sejam reconhecidos pela ONU. A ONU re­conhece os movimentos de libertação nacional. dentroda Comissão de de'icolnnização. desde que sejam reco­nhecidos. no ámbito dos países da região, como os repre­sentantes legítimos e únicos daqueles movimentos. por­que há várias áreas onde os movimentos estão divididospor várias ações, com liderunças separadas. Esses movi­mentos a O NU reconhece simplesmente como de liber­tação, mas nào como representantes daquele povo. Por­tanto. o Brasil reconhece a Frente de Polizário, porque aONU a aceitou em funç,lo do reconhecimento pelos Es­tados Africanos. Mas esse reconhecimento pelos EstadosAfricanos foi feito com maioria muito pequena. E o Sa­raui, que é um pequeno Estado habitado principalmentepor populações nômades. entre a Argélia e o Marrocos.tem uma posição muito contestada no âmbito interna­cional. Se alguns países da América Latina o reconhece­ram, nenhum único país memhro do Conselho de SeguRrança o fez. Ele não é reconhecido pelos Estados Unidos,por nenhum país Europcu, pela Rússia, por nenhum paísdo Pacto da Varsóvia. pela China, pela India, Argentina,Egito. Arúbia Saudita e !raque. Dc maneira que. olhan­do a liMa dos países que reconhecem este país, verifica­mos quc cles têm uma cxprcssão menor no mundo intcr­nacional. Então. vemos aqui a Parua, Ilha Salomão, Ki­ribati (?), Nauru, Tuvalu. Madagascar, Murumbi, Ar­gélia - quc e o patrocinador desse país -, Beni, Ango­la, Moçambique e outros que são os que o reconhecem.De maneira que. hoje. o Brasil não o rcconheceu. e sódois ou três países da América Latina fizeram isso, por­que é um país de língua espanhola. E, em vista das nos­sas relações com Marrocos e com a Argélia, estamosaguardando que esse país seja reconhecido, por acordo,dentro das Nações Unidas, como é da tradição do Brasil.

a SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Registro a presença à Mesa dos nossos traba­lhos do lider do Governo, Deputado Pimenta da Veiga.Concedo a palavra ao segundo interpelente, DeputadoDiogo Nomura.

a SR. DEPUTADO DrOGO NOMURA - Sr. Presi­dente, Deputado Francisco Bcnjamim, Sr. Ministro dasRelações Exteriores, Dl'. Olavo Egydio Setúbal. Srs.Congressistas, Srs. Embaixadores. Sr. Secrctãrio-Gcraldo Itamarati e membros do Corpo Diplomútieo, inicial­mente, desejo. como velho admirador do Ministro OlavoSctúbal. congratular-me com esta Comissão, pela opor­tunídade feliz em que recebemos neste plenãrio a figuracxponeneial deste homcm que, nos mcios universitãrio eempresarial. e como homem público hoje, assume e her­da as tradições da casa do Rro Branco, inaugurando estanova fase da diplomacia. Ao Ministro Olavo Setúbal,portanto, rendo o meu preito dc homenagens, de rcspci-'to e de admiração.

Sr. Ministro, indubitavelmemte. o grave prohlemabrasileiro se situa não só no aspecto da dívida interna,mas, sobretudo, no campo da dívida externa. Hoje, anossa dívida atinge proporçôes astronômicas; e o fatoque deve ser destacado é que o principal da dívida atingehoje cerca de socró e o restante é completado peiosjufos eserviços. É uma situação sobrc a qual devemos refletir,porque não temos perspectivas próximas ou futuras deque O nosso País poderã saldar essa dívida. Somente coma compreensào das Nações ricas, das chamadas grandespotências. é que o Brasil poderã recuperar-sc, para poderalinhar-se ao lado das demais nações amantes da paz, afim de retomarmos o nosso processo de desenvolvimen­to. Neste processo, precisamos dc que as grandes potên­cias com preendam a nossa situação, o nosso desejo dedescnvolvcrmo-nos c alinharmo-nos em prol da pazmundial. Recentemente, V. Ex' numa brilhante confe­rência, abordou a situação injusta, derivada do Acordo

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de Breton Woods. É preciso uma nova ordem econômicamundial. AL' lado disso. a meu ver. Sr. Il,;tinistro - c issopudc tcstcmunhar quando visitci os Estados Unidos, in­tegn.indo uma miss;)o parlarnent:.ts, em dezembro do anopassado. cm contato com o Departamento de Estado.com o Cungresso Norte-Americano e com membros doBanco Mundial - ao lado das negociações. das conver­sações. no :.unbito das organizações financeiras, é chega­da a hora. também, no mais alto nivelo a começar peloSenhor Presidente da República. de um entendimento doBrasil com as grandes nações. para que possamos saldaressa dívida.

Pergunto. pois, a V. Ex lll se não é chegado esse momen­to. A propósito, Sr. Ministro. o Subsccretãrio de Estadonorte-americano Georg Shuitl. em recente conferênciana U nivcrsidade de Prineetown. defendeu a liberalizaçãodo comércio internacional para possibilitar ajuda àsnações endividadas para pagarcm a sua dívida. O Brasilreccbe com satisfação esse pronunciamento do Secre­tário Shultz porque, no momento. as nossas indústrias- apcnas para dar um exemplo - as têxteis, de fios, desapatos. de aços. encontram periodicamente obstáculos,barreiras. enfim. sào uma série de situações que obstacu­lizam o livre comércio que devemos ter com esta naçãopoderosa. amiga e a nossa maior parceria. que são os Es­tados Unidos. São essas as duas perguntas que formulo aV. Ex'.

a SR. MINISTRO DAS RELAÇOES EXTERIO­RES. ülAVO EGYDIO SETÚ BA L - Ilustre Deputa­do Diogo Nomura, primeiro, gostaria de lhe dizcr quepara negociar é necessário quc as duas partes se sentem àmesa de uma maneira muito firme e permanente. Os paí­ses desenvolvidos tém-sc recusado a discutir a rcformu­lação do sistema financeiro internacional com paÍf.es nàodesenvolvidos. Notou-se, recentemente. uma atitudc di­tcrente. pela primeira vez, em dois documentos que fo­ram divulgados por órgãos internacionais. ou por paíscs.Primeiro. no dia 19 de março, a comissào executiva doMercado Cumum. no seu item dois, estabelecendo con­dições aceitávcis pelo Mercado Comum para reformu­lação, ou negociação do acordo de comércio com Gat!,estabeleceu pela primeira vez. como necessidade funda­mentai. a participação dos países em desenvolvimento eda ligação das negociações financeiras com as comer­ciais. Esta foi a primeira manifestação, que é muito re­cente. A França vetou a negociação de comércio, porquese exigia que ela - c também outros países em desenvol­vimento - tivesse uma VOz maior. De maneira que foi aliderança da França, na linha defendida pelos paíscs emdesenvolvimento, que obstaculizou a convocação de umnovo acordo internacional. Portanto, não vejo, no \110­menta. condição, ainda, para que o Presidente da ;Re­pública, o Itamarati ou os órgãos diplomáticos, fort)1al­mente convoquem uma reunião internacional dessa' na­tureza. Sem a participação decidida dos países ricos nãohá como renegociarem-se os sistcmas !1nanceiros. Dcmaneira que ainda terá que ficar a nivel do Consenso deCartagena. nas nossas manifestações de caráter político.Mas até agora, mIo vimos. ainda, suficiente apoio, foraesses dois casos que acabei de mencionar. para uma ne­gociaçuo nesse nível.

Com relação ao comércio internacional livre, o Brasilpropugna por ele, mas o faz dentro dos interesses dospaíses em desenvolvimento. Precisamos quebrar a tra­dição da igualdade jurídica. É preciso fazer com que asnossas realidades sejam reconhecidas e objeto de inte­gração nos acordos. É isso que o Brasil está fazendo noámbito do Gatt.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) Concedo a paluvra ao deputado Amaury Müller.

O SR. DEPUTADO AMAURY MÜLLER - Depu­tado Francisco Benjamim. Presidente da Comissão deRelações Exteriores da Cãmara dos Deputados, Deputa­do Pímenta da Veiga, ilustre Líder do PMDB nesta Ca­sa. Deputado João Herrmann. Vice-Prcsidcntc desta Co­missão, Srs. Deputados, Srs. Embaixadores. Srs. Repre­sentantes do Corpo Diplomãtico. Srs. jornalistas. Sr.Ministro. ao sandar V. Ex' e desejar-lhe, em nome doPartido Democrático Trabalhista, as boas-víndas à Co­missão de Relações Exteriores. gostaria de destacar a cir­cunstância de que a sua presença nesta Casa constitui umacontecimento auspicioso, diria até, uma primeira e im-

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portante etapa no aprofundamento das relaçõcs cntre oExecutivo e o Legislativo, de modo que os ventos quevarreram ou estão varrendo o autoritarismo possam che­gar a esta Casa c democratizá-Ia. transformando-a namefetivo instrumento das grandes e elevadas aspirações dasocicdade brasilcira. V. Ex' não nos dcu o privilegio deconl1ecer antecipadamente o texto de sua lúcida e escla­recedora explanação, o que lamento. Mas, em todo o ca­so. formulo apenas uma pergunta: V. Ex' afirmou, aqui,que o Governo hrnsileiro reconhece a Organização deLibertação da Palestina ,;omo legitimo instrumctno dasrealizações das apifilções do sacrificado povo palestino.Mas, o simples reconhecimento, Sr. Ministro. a meu ver,nào basta. A OLP mantém no Brasil, já há alguns anos,um cscritôrio apenas tolerado, que até há pouco tempocra extremamente vigiado, l:ontrolado e policiado. Inda­go de V. Ex'. Quando a aLI' terá statlls diplomático epoder:., a partir do Brasil. dar uma dimensão mais ampla11 luta pela pátria palestina? Gostaria, por último. Sr. Mi­nistro, de ter o privilégio de discordar de V. Ex', reto­mando a pergunta aqui'formulada pelo nobre DeputadoFlávio Bierrcmbach. Invocar os principias da autodeter­minaçüo e da não ingerência em assuntos internos de ou~

tros países, a meu ver, n:l0 justifica a quase omissào doGoverno hrasileiro frente aos gravíssimos problemas quecnfrentam os povos do Chile c do Paraguai. para situar­me apenas no Cone Sul. a Chile principalmente - es~be V. Ex' melhor do que eu - foi envolvido, os últi­1110S 10 anos. num verdadeiro banho de sangue, e os seuspatriotas n:10 podem continuar lt mercê de um ditadorque faz o que quer. quando quer e como quer. Daí porque penso que o Governo brasileiro tem o dever - jáque V. Ex' fala em integc-ução do Brasil à América Lati­na - de emprestar uma :wlldariedade mai5 efetiva, maisconcreta. aos povos do Chile e do Paraguai.

Por último. Sr. Ministro, uma rápida indagação sobreo aprofundamento das relaçôes culturais do Brasil com aUnião Soviética.

Muito obrigado.

O SR. MINISTRO DOS RELAÇÕES EXTERIO­RES OLAVO SETÚBAL - Nobre Dcputado AmauryMüllcr, V. Ex' formulou três perguntas, e 1\ primeirarefere-se à OLP.

Com relação aos movimentos de libertação, que têmvárias gradações, o Brasil só reconhece aqueles que se­jam únicos e legítmos, de acordo com os órgãos interna­cionais regionais e com as decisões da Comissão de Des­colonização da ONU - e esta inclui a aLI' -, mas nãodá status diptomátieo a nenhum deles. De maneira que,até hoje. a política do Brasil é a de não dar status diplo­mático a essas representações. A OLP não tem escritóriono Brasil reconhecido pelo Itamaraty. Esta Organização,no Brasil. está representada pela União dos Estados Ára­bes. que é reconhecida como um órgão de união de paí­ses soberanos. E este órgão reconhece a OL I' como umpaís soberano. como um Estado, o que não é o caso doBrasil. Como este órgã·) é rcconhecido pelo Brasil, éproblema de economia ilf'lterna, de decis:10 interna saberquem são os seus representantes no Brasíl. Um dos seusrepresentantes, no Brasil, é um homem ligado à aLI',porque cada um dos representantes é ligado a uma áreado País. De maneira que acho que esta é uma posiçãoconveniente aos interess,,, do Brasil. Precisamos ter umfio condutor da nossa ação diplomãtica e uma coerênciana nossa ação diplomática. porque, em cada País, emcada área do 111undo os interesses brasilciros são diferen­tes, mesmo com relação ãqueles mais distantes. Há mo­vimentos de libertação em várias ãreas do mundo, comproblemas os mais complexos. Se não tivermos umacpo­sição coerente nas diversas decisões, acabarem os tendoinconsistencias totais na nossa ação diplomãtica.

Com relação ao Chile. insisto na posição: o Itamaratynáo é o instrumento que possa agir; ele pode ter uma ati­tude mais simpática, ou mais aberta para com o país,mas tem que mant~r O seu relacionamento. Temos re­lações históricas e comerciais com o Chile, e mantemosuma atitude correta com ele. E esta é a nossa posição.Agora. politicamente, os partidos po1iticos, as insti­taições brasileiras, das quais participci antes de ser chan­eeler, sempre se manifestaram nesta linha. Acho que istoe que é ação política. Não podemos patrocinar uma açãopatitica concreta, atravé~ido ftamaraty, quea criticamos,quando outros países a fazem, em outras áreas.

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Com relação ao problema cultural com a União So­viética, até hoje temos relações culturais intensas comesse país. Recebemos grupos de balé e também desportis­tas. De maneira que as nossas relações culturais com aUnião Soviética não sofrem restrição alguma de caráterformal. Acontece que. nos países de economia centrali­zada. eles não sabem agir a não ser centralmente. Então,é da natureza do regime soviético querer acordo a nívelde Governo, quando isso, para nós, com uma economiaaberla e uma sociedade pluralista, é irrelevante. Temos

.relações a nível de instituições culturais. Elas agem, noBrasil, independeptemente. Não temos, portanto, preo­cupação em desenvolver acordos culturais que, muitasvezes, são 'meramente retóricos. Isso é o que cultivamos,ou, pelo menos, tem sido, até hoje, essa a nossa política.Cultivamos as relaçãcs culturais com todos os países enão nos preocupamos em formalizá-las através de um ououtro acordo, a não scr cm casos cm que O país tenha ra­zão de caráter retórico par fazer isso. De modo que asnossas relações com a União Soviética, no campo cultu­ral, estão abertas e em desenvolvimento, e se não desen­volvem mais é por culpa dclcs.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Dou a palavra ao nobrc Deputado José Eudes.

O SR. DEPUTA DO JOSÉ EUDES - Sr. Presidente,Sr. Ministro, colegas Deputados, o ponto que, a mim meparece, avança no seu pronunciamento, hoje nesta Co­missão, é o que propõe uma comissão para estudar apossibilidade de reatamento com Cuba. Mas era de se in­dagar se não seria o caso de estabelecermos imediata­mente, já, as relações comerciais, por-que brasileiros têmque exportar para aquele país por vias transversas, atra­vés de terceiros países, evidentemente encarecendo e difi­cultando negócios, numa época tão difícil de fazê-los,com países intcrcssados em negociar conosco.

De minha parte, é de lamentar a posição até agora de­fendida pelo Itamaraty com relação à Organização deLibertação da Palestina. A OLP ê reconhecida pelaONU como a única representante do povo palestino; aOLP ocupa a Vice-Presidência de países não alinhados,em número de 106; a OLP é membro e mantém embaixa­das em todos os países c naçõcs africanas, com exceçãoda áfrica do Sul, do Zaire e da Libéria; a OLP participade todos os foros e organismos existentes na Organi­zação das Nações Unidas; a OLP é reconhecida por maisde 100 países, no contexto internacional. Por que não seabre o escritório da OLP no Brasil? Acho que é neces­sário dizer-se, com mais firmeza, que interesses impedemque a representação palestina exista e conviva em nossoPaís, democraticamente, como outras representações. AOLP (em o status, dito por V. Ex', e todas as eondiçõcsde, aqui, representar-se, com escritório.

SI. Ministro, na semana passada, esteve, no Brasil- cacho que talvez ainda esteja - o Sr. Anthony Motley,Subsecretário de Estado dos Estados Unidos, quc aquitergiversou e fez declarações sobre assuntos internos donosso País, como. por exemplo, se O Brasil deve reatarcom Cuba. O Subsecretário não esteve, diretamente,com o Chefe do Departamento das Américas, no lIama­raty, que corresponde ã sua representação. O Sr. Motleyfoi recebido por V. Ex' e, mais além, pelo próprio Prcsi­dente da República. Para um compromisso destas gran­deza, evidentemente, tcria sido neccssário que o Sr. Mo­tley tivesse propostas políticas concretas a fazer ao nossoPaís, ao nosso Governo e ao nosso Chanceler. Indago deV. Ex' se pode nos dizer do teor das conversações manti­das com o Sr. Motley, neste tempo, uma vez quecomeçaram-se a criar-se especulações, particularmentedecorrentes do episódio do bloqueio ilegal, condenável- condenado inclusive por V. Ex' - imposto à Nicará­gua. É dc sc perguntar a V. Ex' qual o teor dessas con­versas, porque elas dizem respeito à nossa posição. E sehouve, além desse assunto específico, outros para seremtratados.

Gostaria de concluir, perguntando a V. Ex' se tem al­gum nível de preocupação em modificar a política devenda dc armamentos do Brasil a outros países, já quenos preocupa a presença de armas brasileiras em diver­sos conflitos regionais, que ameaçam enormemente a

. nossa soberania. E, por último, ainda na Velha Repúbli­ca, tive a oportunidade de perguntar, através de um re­querimento de informações ao Sr. Ministro SaraivaGuerreiro, sobre os procedimemntos que teria tomado o

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Itamaraty acerca do desaparecimento e assassinato detreze cidadãos brasileiros pela ditadura argentina. Querofazer chegar às mãos de V. Ex' o teor desse texto, quenão me foi respondido pelo antigo Chanceler da VelhaRepública. Mas tenho confiança em que a Nova Re­pública vai começar a informar os Srs. Parlamentaressobre os resultados dos seus requerimentos de infor­mação. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Solicitaria aos nobres colegas parlamentaresque, como há tempo igual para perguntas e respostas,que não fizessem um volume de perguntas muito grande- sào cinco perguntas - para termos tempo para as res­posta. Ministro, V. Ex' tem a palavra.

O SR. MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIO­RES, OLAVO SETÚBAL - Com relação à OLP, rea­firmo a posíção do lIamaraty. Reconhecemos, como dis­se V. Ex', que ela é a única e legítima representante dopovo palestino, mas não damos status diplomático a mo­vimentos, só damos status diplomático a países. Depoisque um movimento, por razões políticas, assume umpaís. que se caracteriza por um território definido, comlimites aceitos ou, pelo mesmos, com limites protegidos,pelo menos com uma capital operando, e com uma estru­tura, é que o reconhecemos. Esta é uma sábia tradiçãodo Itamaraty, e parece-me que deve ser mantida com re­lação à OLP e a uma séric de outros movimcntos de ou­tros países.

Com relação ao problema de Cuba, eu gostaria de di­zer que não foi feita uma Comissão no sentido extetno.Há estudos, dentro do Itamaraty, que foram dctermina­dos em função dc manifestações da sociedade brasileira,como a OAB, os sindicatos e a própria Comissão de Re­laçõcs Exteriores do Senado e da Câmara, sobre o reata­mento. Então, antecipando-nos à solicitação do Presi­dente da Rcpública de informações a este respeito ~porque o reatamento de relações com Cuba será uma dc­cisão de Governo. não do Itamaraty e muito menos deseu Chanceler - definimos o levantamento. Isto porqueo Sr. Presidente Tancredo Neves, nesta Casa, declarouque Cuba não é um problema político. é uma questão desegurança nacional. Sendo ele o inspirador da Nova Re­pública, não poderíamos reatar com Cuba antcs de fazeresta avaliação de caráter de segurança nacional, mesmoporque o Brasil rompeu com Cuba, c todos os países daAmérica Latinaassim o fizeram dentro de uma avaliaçãode que Cuba procurava exportar revolução. Esta foi aposição que embasou a decisão da OEA sobre isso. Estadecisão da OEA foi revista e está mudando. O Brasil éum País dinâmico, não é estático, e está reavaHando tam­bém a sua posição. De modo que esta é a nossa posiçãoem relação a Cuba.

Com relação ao Sr. Motley, em primeiro lugar, gosta­ria de enfatizar o seguinte: o Sr. Motley é o Subsecretáriode Estado dos Estados Unidos para Assuntos da Améri­ca Latina. Evidentemente, trata-se de um personagem in­ternacional da mais alta relevância, porque represcntauma supcrpotência. A mesma atitude foi tomada quandoveio ao Brasil o representante da Rússia, que era umVice-Ministro: cle foi recebido pelo Presidente da Re­pública. Temos que ser realistas em relação à avaliaçãodos nossos interesses. Os nossos interesses com os Esta­dos Unidos são imensamente maiores do quc com cente­nas de outros países que vêm a nós. Os interesses que ne­gociamos com os Estads Unidos são fundamentais parao Brasil.

Nü7õu depoimento nesta Casa, o Sr. Presidente Tan­credo Neves gastou metade do tempo discutindo o rela­cionamento com os Estados Unidos. Assim relacionar-secom os Estados Unidos é um ponto fundamental paraqualquer pais do mundo Ocidental. Não há possibilida­de, no mundo Ocidental, de ignorarmos a posição eco­nômica, financeira, política e militar dos Estados Uni­dos. É ilusão. E acho que temos que ser realistas. Comoeu disse, temos que negociar com países maduros, reco­nhecendo as nossas diferenças, os interesses e as conver­gências. O Sr. Motley veio ao Brasil por uma razão quenada tem a ver com Cuba. Ele não falou sobre nenhumassunto ligado a esse país..Elc veio numa missão que lhefoi dada pelo Presidente Reagan, de visitar os países an­tes dc sair do posto. Ele é dcmissionário e não um Subse­cretário demissionário que inicia uma nova política, ouque vem ao Brasil por essa razão. Ele nos fez uma visita

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de cortesia. Visitou o Chanceler, não PQr ser o Chance­ler, mas porque tinha relações pessoais com ele desdemuito antes de estar no Governo. Visitou o PresidcnteSarney e trouxe para S. Ex' cartas de Senadores america­nos cumprimentando o Presidentc Sarney, em caráterpessoal, porque são amigos dele desde o tempo em queera Senador. A sua visita se resumiu a isso. O resto sãoespeculaçôes que todos fazem. A visita foi feita comoqualquer outra, na casa de qualquer pessoa, a portas fe­chadas.

Com relação ao problema de armas, o Brasil tem a se­guinte posição: as armas são produzidas no Brasil para odesenvolvimento tecnológico do País, para permitir oabastecimento independente das nossas Forças Arma­das, e são exportadas para diminuir seu custo, dentro deuma politica que é avaliada caso a caso, em cada decisão,em função da posição política do Brasil e dentro do con­'texto no qual a arma será usada. Esse contexto é, eviden­temente, uma avaliação do tipo de relacionamento que oBrasil tem com o país, da natureza do conflito, da tra­dição que esse país tem com o Brasil, se ele ê clicnte nor­mal, se esporádico, ou se está numa aventura. E isto éfeito através de um diálogo entre os órgãos produtoresdas armas - govcrno ou particular - através dos Mi­nistérios militares que sempre ouvem a opinião políticado Itamarati em cada caso. Agora, com relação à expor­tação de armas, gostaria também de enfatizar que, comoesses dados não são compilados sobrc uma forma coe­rente pelas nossas estatísticas, muitas vezes os que apare­cem nos jornais incluem nas exportações de armas veícu­los, aviões de caráter civil e uma série de equipamentos.De maneira que o númcro é bastante alto. Mas devemosenfatizar que a arma no sentido ofensivo e estritamentemilitar, ainda é em número bastante reduzido, em ter­mos de exportação, no Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Concedo a palavra ao Deputado Márcio San­tilli.

O SR. DEPUTADO MÁRCIO SANTILLI - Sr.Presidente, Sr. Ministro, antes de mais nada, as minha.cordiais saudações. A riqueza do momento político emque vivemos no Brasil e a abrangência do pronuncia­mento de V. Ex' nesta manhã certamente poderiam nosinspirar uma infinidade de questões. Entretanto, a diná­mica do processo político que temos vivenciado faz comque muitas vezes os fatos acabcm por atropelar as análi­ses. O fato concreto a que me refiro é o da visita ao nossoPaís, ao longo desta semana, do Sr. Anthony Motley qucfcz uma série de declarações à imprensa nacional funda­mentalmente sobre dois poptos principais: o primeiro,sobre a questão do bloqueio eéonõmico imposto à Nica­rágua; o segundo, sobre o pro blema do nosso reatamen­to dc relações com Cuba. Ignoro o que ele tenha dito nasconversações travadas com V. Ex' e com o PresidenteSarney. mais objetivamente, ao nosso povo e a nossaNação, ele informou que pouco importa a seu país o quepensem os demais - nós, inclusive - sobre o bloqueio àNicarágua, tendo em vista que eles consideram essaqucstão como de segurança nacional para os EstadosUnidos. É curioso que S. Ex' visite o nosso País para scdespedir dc suas funções e nessa oportunidade declarepublicamente que pouco importa a ele a nossa opiniãÇlsobre o fato de que eles estejam esmagando, militar eeconomicamente, um país irmão, com tradições históri­cas, étnicas e culturais muito assemelhadas às do nossopovo. De outro lado, afirmou S. Ex' que considera aquestão do reatamento com Cuba um problema brasilei­ro, e acreditaríamos nas suas palavras se elas tivcssem seencerrado por aí, mas adendou o Sr. Motley que consi­dera que as relações com Cuba não seriam interessantespara o Brasil, por que trariam para o País mais proble­mas do que vantagens. Seria o caso de perguntarmos, Sr.Ministro, porque ele não rccomenda ao seu Governo quefeche O escritório de representações comerciais que elesmantém em Havana? Por quc ele não recomenda ao seuGoverno que retire as dezenas de diplomatas de altonível e de grande gabarito que funcionam na sua repre­sentação em Havana? Por que ele não procura conter oímpeto comercial que as empresas norte-americanas nu- .trem cm relação a Cuba? E por que ele se arvora comointérprete daquilo que interessa ou não ao nosso País,nas nossas relaçães com outros povos? Gostaríamos queV. Ex' fizesse chegar ao Sr. Motley o nosso sentimento

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de profunda consternação e desprezo às suas palavras, eque esse Senhor não retornasse ao Território Nacionalpara nos humilhar, em nome de um Governo que ocupaa ilha de Granada, que bloqueia a Nicarágua, que bom­bardeia o Líbano, que quer fazer a. ~4Guerra nas Estre­las", e mais, nào contente com tudo isso, se digna a ho­menagear agentes da S5 nazistas justamente no quadra­gésimo aniversário da libertaçào do mundo da ameaçanazi-fascista.

Gostaria de dizer a V. Ex' que, no que tange à Nicará­gua, o que esperamos é que V. Ex' não espere solici­tações formais· deste Governo para manifestar concreta­mente, no plano econômico, a nossa solidariedade em re­lação ao bloqueio. Sabemos da existência de pendênciasno relacionamento comercial bilateral e que elas preci­sam ser renegociadas, mas gostaríamos que o nosso Paíssoubesse encarar essa questão não como um assunto co­mercial, mas como uma questão que é. a um só tempo,política e urgente.

Quanto à questào do nosso relacionamento com Cu­ba, quero testemunhar que V. Ex', Sr, Ministro, quantoa esse tema e mesmo quando nos encontramos em po­sições divergentes a respcito dessa questão, tcm tido todaa atenção em responder frontalmente às solicitações quetêm sido feitas pelo Poder Legislativo. Como autor daproposição votada nesta Comissão, e não obstante essasdiferenças de posição. que acredito que o tempo se en­carregará de superar, quero agradecer a atenção de V.Ex' e reconhecer o espírito frontal e aberto com que V.Ex' tcm respondído às nossas solicitações. Tenho certezade que, quanto ao reatamento de nossas relações diplo­máticas com Cuba, chcgaremos lájuntos, o Podcr Legis­lativo e O Poder Executivo. amalgamados pelo interessenacional. Muito obrigado.

o SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - A Presidência registra a presença na Mesa dosnossos trabalhos do Presidente da Cámara dos Deputa­dos, Deputado Ulysses Guimarães. (Palmas.)

O SR. MINISTRO OLAVO SETÚBAL - Sr. Depu­tado, V. Ex' se referiu à atitude dos Estados Unidos comrelação à Nicarágua, que foi reafirmada pelo Sr. Motleyem sua entrevista. Obviamcntc, elc não dissc nada de no­vo. Aq uilo foi reafirmado pelo próprio Presídente dosEstados Unidos. em cadeia de televisão, com toda a cla­reza e com toda a violência. A política no mundo atualtende à bipolarização. O Brasil se opõe a essa políticadas superpotências, que se traduz através da decisão queelas tomam alicerçadas no seu interesse particular, poruma posição unilateral ou, às vezes, bilateral. Duas su­perpotências se reúnem atualmcnte cm Gencbra para de­cidirem o destino de todos nós e não somos convidados,ouvidos, ou consultados, Decidem porque dispõem dopoder de destruição. É o equilíbrio do poder políticoatravés do poder de destruição. Nós advogamos, comomostrei ao longo da minha exposição, a divisão do poderatravés de um Parlamento, através de um sistema inter­nacional bascado no direito e na negociação nos fôrunmultilatcrais. Condenamos, na nota que foi dada, oproblema da Nicarágua, como na minha exposição con­denei o problema do Afeganistão e o da Campuchéia.Portanto, dentro desses esquemas é que nos colocamos.Fomos contrários à política de fait acomplis exercida nabase das superpotêncías. Mas não tcmos poder paraimpedí-Io. Vamos ser realistas. Poder não temos. Pode­mos fazer nota, isso ou aquilo, mas não temos poderpara executá-lo. Portanto, uma política realista é o quenos convém e não nos ocultarmos dentro de uma cortinade ilusões. Isso acho que o nosso povo não quer. O)n­cardo em que o realismo ê um com promisso fundamen·tal.

Com relação aos demais comentários do Sr. Motleycom relação à Cuba, ele fez uma avaliação. A tradiçãodo Brasil ê não fazer essas avaliações. Por isso é que a di­plomacia brasilcira é bem recebida no mundo intciro e àsvezes criticada aqui. exatamente por não fazer ava­liações. Acho que devemos continuar na linha preconiza­du por V. Ex' O flamarali deve adotar a línha que lem:não fazer avaliaçôes sobre decisões internas de outrospaísGs. Esta é a situação. Com relação à visita do Sr. Mo­tley, todas as avaliações são possiveis. mas a discriçãoque fiz~ em vista da reSpo3ta anterior, corresponde ü verw

dade.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Com a palavra o Deputado Pedro Colin.

O SR. DEPUTADO PEDRO COLIN -Sr. Presiden­te. Deputado Francisco Benjamim, Srs. Embaixadores.Sr. Ministro.

Inicialmente. gostaria de felicitar V. Ex' pelo privilé­gio que tem em dirigir um Ministério onde há, na admi·nistração pública do nosso País, a maior concentraçãode homens do mais alto nível intelectual, acrescido a umespírito dc hierarquia, o quc proporcionará a V. Ex' umaadministração voltada para os mais altos interesses donosso País. Também gostaria de parabenizar V. Ex' pelamancira contundente e elara com que abordou osproblemas mais polêmicos que afligem a política interna­cional. Aproveito a oportunidade para dizer a V. Ex'que, no momento em que li Comissão de Relações Exte­riores da Cámara dos Deputados se nega a ser um mcroórgão homologador das decisões administrativas doPaís, no momcnto em que os Srs. Dcputados que com­põem este órgão técnico desejam participar da discussãodo debate dos grandes problemas intcrnacionais queafe­tam diretamente a Nação, a presença de V. Ex' nesta Co­missão é cxatamente importante c desejamos quc estefato se repita. para que esse debate entre o Poder Legisla­tivo e o Poder Executivo possa propiciar altos interesscspara a nossa política interna.

Sabe V. Ex' que se cncontra na Cámara dos Deputa­dos. especificamente na Comissão de Relações Exterio­res, o Acordo Internacíonal do Direito do Mar, que rc­putamos como um dos documentos mais importantesque o Brasil assinou na última década. Sabe também V.Ex' que os Estados Unidos da América do Norte, a In­glaterra e a França não assinaram este acordo interna­cional.

Gostaríamos, para nosso esclarecimento e dos demaismembros dcsta Comissão, quc V. Ex' tecesse algumasconsiderações a respeito da importância do assunto e doposicionamento do Itamarati em relação a este impor­tante documento legal.

O SR. MINISTRO OLAVO SETÚBAL - Gostariade iniciar a minha resposta enfatizando mais uma vezaquilo que já disse no meu discurso de posse e que consi­dero fundamcntal: Acho imprescindível o entendimentoentre o Itamarati e as Comissões de Relações Exterioresda Câmara e do Senado, assim como o entrosamentocom todos parlamentares no quc diz respeito aos proble­mas afetos à minha responsabilidade no Itamarati. Pes­soalmente, já me coloquci, diversas vezes, à disposiçãopara atender, sempre a máxima prioridade, ao interessedos Srs. Deputados em conhecer ou debater qualquer as­sunto rclativo à minha Pasta.

Com relaç"o à questão dos Direitos do Mar, gostariade enfatizar o seguinte: o Brasil, numa decisão corajosa,em que a nossa diplomacia viu com grande clareza - e.talvez, atê com anteccdéncia sobre muitos países desen­volvidos - o imenso potencial representado pelo fundodos mares e pelas riquezas nas águas litorâneas, aumen­tou O limite do mar territorial para 200 milhas. Naquelemomento, o único instrumento disponível para afirmar anossa posição com relação a este seguimento da crostaterrestre, foi a declaração de mar territorial nacionalpara esta faixa. Esta solução não resolveu os problemasdo fundo dos mares, por quc é muito mais ampla e muitomais cumplexa, mas provocou. juntamente com a dcci­são de outros países sul-americanos, o interesse do mun­do inteiro em caminhar para uma solução negociadapara o fundo dos mares, que contêm riquezas, já avalia­das, em níveis muito altos, e talvez ainda tenham riquc­zas, não avaliadas, em níveis muito maiores.

Desta condição, nasceu a Conferência do Fundo doMar, onde o Brasil se fez representar pelos seus maiscompetentcs diplomatas e foi acompanhado por Parla­mentares da mais alta expressão no Parlamento nacio­nal. Disso saiu este acordo que mudou o conceito de marterritorial para um mais dinâmico - e aqui, em três mi­nutos, não dà para discutirmos todos os detalhes dele­do mar, da área de interesse econômico exclusivo doPais. Em alguns lugarcs, ficou em 200 milhas, c cm ou­lros, até maior, porque, pela definição, em função daplataforma continental. elc teve um conceito mais flexí­vel. Acho que essa foi uma solução extremamente conve­niente aos interesses do Brasil. Sei que a Comissão jáconvocou o Emhaixador Calero que foi o responsável

Junho de 1985

pela negociação deste acordo. veio de Genebra especial­mente chamado pelo Itamarati para atender iL c"nvo­caç"o desta Casa, e vai, certamente, dirimir todas as dú­vidas. cm todos os detalhes.

A Inglaterra. os Estados Unidos e a França nào adota­ram o Acordo do Mar em virtude das conscq!tências dassuas costas, mas porque entendem que aquela parte in­ternacional. quc foi internaeionalizada pelo acordo, deveser ocupada não por um órgào regulador internacional,acoplado a uma empresa internacional e a um tribunalinternacional, mas deve ser ocupada pela livre conquistade quem tenha mais competéncia ou mais capacidadeecon ômica e tcenológica.

Por isso é que o Brasil, pelo seu Executivo, assinou eencaminhou ao Legislativo. para o ncccssário referendo,esle importantissimo acordo, que talvez, como disse V.Ex'. seja o maís import,mle destes 10 anos e que estáaqui no Parlamento para amperior apreciação de V. Ex'É um acordo que rcputo do maior intcrcsse para o Bra­sil.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Bef\Ía­mim) - Concedo a palavra ao Deputado Abdias Nasci­mento.

o SR. DEPUTADO ARDIAS NASCIMENTO - Sr.Deputado Francísco Benjamim, Prcsidente da Comissãode Relações Exteriores; Srs. Deputados; Srs. represen­tantes diplomáticos; Sr. Ministro, dada a cxigUidade dctempo, farei uma indagaç"" de forma lasca e espero queV. Ex' me perdoe.

Em primeiro lugar, desejava, invocando a orientaçãoélica mencionada por V. Ex' em seu discurso, sabercomo esta orientação ética se concilia com o nosso rela­cionamento com um país, definido pela ONU, corno ogrande praticante de críme contra a humanidade, com S,

sua política do apartheid, institucionalizada e constitu­cionalizada pelo governo ela África do Sul?

No Brasil, temos a formação do nosso povo e da nossacultura, uma porcentagem majoritária de descendente deafricanos. Esse povo majoritário contempla, com muitatristeza e com muita indignação, o fato de o Brasil man­ter relações diplomáticas com um governo assassino, quemata sistematicamente os uossos irmãos africanos. Nãoentendemos como essa orientação ética possa se harmo­nizar com este estado de c:oisas. Não bastam as decla­rações de intenç()es, ou as expressões puramente retári­cas: o crime quc comete a África do Sul é uma questão defato. Assim como condenamos o nazismo, que matoubrancos - e estamos comemorando os 40 anos de vi­tória das forças aliadas contra o regime racista e genoci­da do nazismo - não pod(:mos compreender, nem a po­pulação que reprcscnto nesta Casa, que o Brasil tergiver­se, faça declarações retóricas, mas continue mantendo acumplicidade com esse governo assassino, porquanto te­mos aqui. desafiando a opinião pública, a EmbaLxada daÁfrica do Sul fazendo propaganda do apartheid. Mante­mos relaçõcs comerciais "om a África do Sul, temoscompanhias de aviação que fazem vôos para a África doSul e de lá para O Brasil, quando as Nações Unidas, omais alto foro da opinião pública internacional e de to­das as nações civilizadas, pedem que todas as naçõesexerçam seu poder para resolver, através de processosnão violentos, a qucstão áa África do Sul.

Entendemos que a forma de solucionar se a questão éo isolamento da África do Sul. porque, do contrário, omundo estará sempre à beira de uma nova guerra, de umnovo cataelisma armado. O Brasil, ao manter esta linhade comportamento, é também uma linha auxiliar do sis­tema genocida quc impem na África do Sul.

O segundo ponto que d,jaria abordar, ainda que ligei­ramente, é da Namíbia. V. Ex' afirmou com muita ênfa­se o pontu de vista favorável 11 independência da Namí­bia. Entretanto, não conheço, de parte dos governos bra­sileiros, uma açHo concreta neste sentido. Por exemplo:por que o Brasil não faz parte do Conselho das NaçõesUnidadas para a Namíbia'? Por que o Brasil não reco­nhece a SUA PO, reconhecida pela ONU como a única elegítima representante do povo namibiano'?

Aqui no Brasíl, jactamo-nos de nossa democracia ra­cial e da nossa posição anticolonialista. no entanto, ja­mais hospedamos uma reunião do Conselho das NaçõcsUnidadas pura a Namíbia, por exemplo, ou um dosvários seminários promovidos pelo Conselho das NaçõesUnidas para a Namíbia dos quaís tenho participado.

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Junho de 1985

Para terminar, já que o tempo se esgota, desejaria per­guntar a V. Ex' se sabe que o negro deste País considerao Ministério das Relações Exteriores a grande cidadelado racismo e da discriminação racial. Jamais o nosso po­vo, os ncgros, tiveram oportunidade de representar umpaís que ele sozinho construiu. tivemos uma única ex­ceção no Governo Jánio Quadros, quando foi nomeadoo Sr. Raimundo Souza Dantas para nosso embaixadorem Gana. Mas parou aí este único e solitário exemplo.

Quero advertir V. Ex' de que, na resposta a minha per­gunta, não vale falar em negros abrancalhados, nem empigmentocracia. O negro não precisa ser branco por den­tro, nem na pele, para ter o respeito e o direito da nossacidadanía.

Perdoe-me V. Ex' a veemência com que falo, mas é aprimeira vez em 50 anos que um negro tem a oportunida­de de dizer tais coisas, porquanto sou o primeiro e únicorepresentante eleito pelos negros, para resgatar a sua dig­nidade e a sua presença nos níveis institucionais destePaís. que os nossos ancestrais - reafirmo - cons­truíram sozinhos com sangue, suor e muito amor. Muitoobrigado a V. Ex',

O SR. MIN[STRO DAS RELAÇÕES EXTERIO­RES OLAVO SETÚBAL - Exm'. Sr. Deputado Ab­dias Nascimentn, V. Ex' me pergunta como ê que o Bra­sil, defendendo princípios éticos, tem relações com a Á­frica do Sul.

Vou responder a V. Ex' dizendo o seguinte: dentro dasrelações internacionais, o nosso primeiro compromisso éestabelecer no mundo o direito internacional, consubs­tanciado nas resoluções e decisões das Nações Unidas.Cumprimos rigorosamente todas as decisões das NaçõesUnidas com relação ã África do Sul, à política doapartheid e a da Namíbia.

Aqui cstá o tcxto - trouxc-o porquc sabia que serialevantado o assunto, uma vez que o mesmo está na or­dem do dia no Brasil - integral das resoluções dasNações Unidas, tomadas no dia 13 de dezembro de 1984,que regulam a política do apartheid com relação à Áfricado Sul. Essas resoluções são divididas e vão de, "A" a"G", tomando cerca de 30 páginas. Dei-me ao trabalhode ler, pessoalmente, com todo o cuidado. todas essasdecisões, porque elas serão cumpridas e fiscalizadas pormim pessoalmente no seu cumprimento pelo Brasil. Es­sas resoluções, tornadas pela ONU, estabelecem clara­mente a condenação do apartheid e as regras atualmenteadotadas para combatê-lo com relação aos relaciona­mentos culturais, sociais c esportivos. Elas proíbem o co­mércio de armas, o de petróleo e seus derivados e investi­mentos de empresas na África do Sul.

O Brasil cumpre rigorosamente essas resoluções, nãodeixa de cum prir nenhuma delas e considera que não éfazendo justiça pelas próprias mãos, que ele vai contri­buir eticamente para a solução dos problemas mundiais,mas, sim, integrando-se, scm restrições. à política acor­dada por todos os países do mundo com relação à ques­tão.

Queria apenas destacar para V. Ex! que o Brasil votouessas resoluções com quase todos os países do mundo,como o Afeganistão, a Albánia, a Argélia, a Argentina, aBahrei n e todos os países da América do Sul. Votaramcontra - só para mostrar que o Brasil não se alinha comos países europeus automaticamente como às vezes éacusado o Itamaraty, ou eu pessoalmente, em algumasentrevistas - a Bélgica, o Canadá, a Dinamarca, aFrança, a Alcmanha, a Irlanda, a Itália, o Japão, Lu­xemburgo, a África do Sul, a Noruega, Portugal, a Ingla­terra e os Estados Unidos. Abstiveram-se de votar: Áus­tria, Bahamas, Botswana, Fidjy, Finlándia, Grécia, Cos­ta do Marfim, Lesoto, Mal ui, Nova Zelándia, Samoa eSuécia.

V. Ex' vê pela minha afirmação e pela leitura que po­derá fazer a qualquer momento dessas resoluções, que aposição do Brasil é eticamente perfeita e está embasadana nossa visão jurídica c a nossa ação diplomática se regepor isso.

Quanto à posição da SUAPO, V. Ex' está enganado: oBrasil reconhece todos os movimentos de libertaçào na­cional que sejam reconhecidos peja ONU como únicos elegítimus representantes. Portanto, não há esta dúvida.Ele não a recon hece com o nação, não lhe dá status diplo­mático, poil'l não é uma naçào. é um legítimo represen­tante que busca atingir a nação. No momento em que anação é constituída, nós a reconhecemos.

OIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

No que se refere às reuniões da Namíbia, segundo es­tou informado, já houve uma no Rio de Janeiro para tra­tar deste assunto patrocinada pelo Itamaraty. Assim, doponto de vista concreto l a posição ê essa. Essa reuniàonão aconteceu na minha gestão mas, sim, há algunsanos. Houve uma reuniào dessa natureza, segundo infor­mação que me foi transmitida pela estrutura do Itamara­ty.

Relativamente à discriminação racial no Itamaraty, V.Ex'" encontra o gravíssimo problema do exame de admis­são. Semelhante problema ocorre em todas as grandesuniversidades brasileira. Já fui professor da Universida­de de São Paulo e lá o problema existe na mesma dimen­são. Ele transcende simplesmente o Itamaraty. Ê umaquestão de nível cultural e de preparação da juventude,que permita atingir os níveis elevados que são neces­sários para o exame do R ia Branco e das demais grandesuniversidades brasileiras.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Concedo a palavra ao Deputado Eduardo Ma­tarazzo Suplicy.

O SR. DEPUTADO EDUARDO MATARAZZOSUPLICY - Sr. Presidente, Deputado Francisco Benja­mim; Srs. Embaixadores; Srs. Deputados, Sr. MinistroOlavo Egydio Setúbal, com respeito aos entendimentosque o Brasil vem mantendo com diversos paises, e parti­cularmente com a Alemanha e mais recentemente com aChina, e nas conversações que tem entabulado com a Ar­gentina, com respeito às atividadcs de processamento dcuránio e produção de uránio e plutônio no Brasil, gosta­ria de perguntar cm que medida o novo Governo JoséSarney está mantendo, com rigor, a decisào brasileira denão produzir armas nuclcares.

Como é que esse assunto será tratado nas conver­sações, que foram anunciadas aqui. que serão entabula­das com a Argentina proximamente'?

Esta é a primeira questão.

Em segundo lugar, com respeito às relações comerciaiscom a N icartlgua.

Em que medida o Brasil. juntamente com outros paí­ses da América Latina, está procurando cnvidar esforçospara compensar, de alguma forma, o bloqueio econômi­co que os Estados Unidos estão impondo àquele país,pois as nossas relações comerciais com a Nicarágua ain­da são relativamente modestas'? Como a Nicarágua tinhanos Estados Unidos o seu principal parceiro econômico,em vista do bloqueio anunciado pelos Estados Unidos, oqual foi devidameote condenado pelo Itamaraty, em quemedida o Brasil envidará esforços no sentido de se abri­rem mais as relações comerciais de tal forma que possamser compensados os efeitos daquele bloqueio? Muitoobrigado.

O SR. MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIO­RES OLAVO EGYDIO SETÚBAL - O Governo Sar­ney está comprometido com o problema atõmico nomesmo grau que o Governo anterior. Talvez até o tornemais rigoroso, mas decisão nesse sentido ainda não foitomada. O Governo tem a preocupação do desenvolvi­mento do conhecimento e de tecnologia nuclear parausos exclusivamente civil e pacífico. O acordo que o Bra­sil assinou com li Alemanha está sujeito às regras, con­troles e especificações da Agência Internacional de Ener­gia Atômica, com sede em Viena. da qual o Brasil fazparte como membro permanente e tem em baixador per­manentemente ligado a essa agência da ONU. Ê umacordo que o Brasil pretende manter com relação à ener­gia atômica.

Com relação à América Latina, o tratado que foi assi­nado na cidade de Tlateloleo estabcleceu a não posse,nem armazenamento, nem fabricação, nem uso de qual­quer forma de desnuclcarizar toda a América Latina. OBrasil assinou e pretende cumprir, rigorosamente, essadisposição na parte da energia atômica. A Argentina estáquerendo fazer um acordo com o Brasil, da mcsma for­ma. que o Brasil fez com a China Comunista, - alêm doacordo com a A[emanha - para tratar do problema detroca de tecnologia não militar no campo nuclear. É umdesdobramento importante, que iremos conversar com aArgcntina no momento próprio. Na minha primeira via­gem, não vamos com uma agenda negociadora nem con­creta. Será uma tomada de prosição sobre todos os as­suntos e uma forma de maior aproximação e de demons-

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traçào de que a nossa prioridade é a América Latina.Não trataremos de negociar qualquer acordo.

Com relação ao acordo comercial com a Nicarágua,seria bom enfatizar o seguinte: primciro, o Brasil nãotem condiçües de importar quase nada da Nicarágua.Ela exporta para os Estados Unidos os produtos que sãocompetitivos com o Brasil, assim como café, frutas, fu­mo, algodão etc., produtos que o Brasil tam bém exporta.De maneira que a Nicarágua é um produtor de produtosagrícolas tropicais. Nosso entrosamento com a Nicará­gua em matéria comercial tem pouca probabilidade, omesmo se aplica a Cuba. Não temos condições nenhumade comercializar com Cuba. Esses países tém uma po­sição econômica extremamente difícil, porquanto elesnão têm condições de pagar nada. Eles importam a cré­dito e, como muitos países em descnvolvimento, renego­ciam permanentemente os seus créditos. Então o Brasiltem um acúmulo enorme de créditos com países. E ape­sar de scrmos devedores de países, também somos credo­res da Polônia. da Nigéria, inclusive da Nicarágua, deuma série de países, talvez até numa proporção que pesana economia de um País como o Brasil, com um endivi­damento tão alto. Com relação à Nicarágua, gostaria dedar dois dados, para mostrar que o Brasil se antecipou àgrande parte dos países do mundo com relação a créditosà Nicarágua. O Governo Reagan foi derrotado no Con­gresso quando fez uma proposta de mandar quatorze mi­lhões de dólares para a Nicarágua. Só para dar uma de­monstração da dimensão. O Presidente da Nicarágua foià Rússia para solicitar um crédito de duzentos milhõesde dólares. Ora, se a Rússia der a ela duzentos milhõesde dólares. o crédito do Brasil deverá ser da ordem dedez milhões de dólares, se compararmos o produto brutorusso com o brasileiro. Entretanto, o Brasil já deu cin­qUenta milhões de dólares à Nicarágua. O único proble­ma é que o Brasil deu estc crédito àquelc país ao longodesses últimos anos. Isto é que propiciou um apoio à Ni­carágua nesse esquema. Ampliar o crédito é uma questãoquc o Brasil precisa avaliar c como deverá prosseguirpelo fato de ele ter começado antes dos outros países.Acho que ê a vez dos outros países darem dinheiro paraa Nicarágua.

o SR. PRESiDENTE (Deputado Francisco Bcnja­mim) - Com a palavra o Deputado João Herrmann.

O SR. DEPUTADO JOÃO HERRMANN - Sr. Pre­sidente. em primeiro lugar, aproveitando as palavras doMinistro. queria cncaminhar a V. Ex! para ser dirigidoao Ministério das Relações Exteriores, um documentode solidariedade ao povo do Timor Leste, que por ser ex­colônia de Portugal, tem grandes afinidades éticas e cul­turais com o povo brasileiro, c que hoje sofre atrocidadescometidas pela Indooêsia indescritíveis. Esse documentode solidariedade. Sr. Prcsidcnte, está assinado pelo Parti­do Democrútico Social, pelo Partido Trabalhista Brasi­leiro, pelo Partido do Movimento Democrático Brasilei­ro, pclo Partido da Frente Liberal e pelo Partido dosTrabalhadores. Portanto, gostaria dc cncaminhar a V..Ex' esse documento de solidariedade a Frelimo.

Sr. Ministro, Srs. Embaixadores, mcus companheiros,meus colegas, de certa maneira estes dois meses de NovaRepública que hoje se comemoram traziam-me uma cer­ta angústia quanto ao Itamaraty, chancelaria que duran­te o período da ditadura - disfarçada, porém existentesob o manto do autoritarismo - teve o compromisso daautodeterminação e da não intervenção em assuntos in­ternos de outros países e que nós, da então oposição, doPMDB, inclusive, aplaudimos. Até mesmo o MinistroSaraiva Guerreiro esteve aqui e recebeu de nós palavrasde solidariedade pclo compromisso que o Itamaraty ti­nha assumido no comportamento com as nações livres esoberanas e mesmo com os povos oprimidos.

V. Ex' sabe que quando foi guindado ao posto não ti­nha o nosso apoio. O PMDB não tinha o perfil. para achancelaria, do Ministro Olavo Setúbal. O perfil queexaminava o nosso partido, o PMDB, que compõe aAliança Democrática e que. portanto, respcita os com­promissos assumidos por Tancredo Neves e José Sarney- se identiticava como de um homem mais avançado noque diz respeito à soberania do Brasil c o nosso compor­tamento perante o Conselho das Nações. No entanto,vários editoriais comentaram - inclusive o jornal O Es­tado de S. Paulo, que é de profundo conteúdo reacio-

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nário. como todos sabemos - que V. Ex' poderia ir maisalém do que outros com compromissos mais agudospara com a soeiedadc brasileira. Neste ponto concorda­mo:; POf4 ue. na verdade, () posicionamento de V. Ex'quanto a Cu ba não ê o mesmo de um Miguel Arraes. Oposicionamento de V. Ex' quanto à Nicarágua não é omesmo de um Francisco Pinto. Mas estamos angustia­dos com a posição do Itamuraty. V. Ex'. que aereditáva­mos pudesse avançar. não estava avançando. O Itamara­ty de Olavo Setúbal. da Aliança Democrática. não era oda ditadura. O Itamaraty dos novos chanceleres. dos no­vos embaixadores, dos novos diplomatas. comporta-seaté amedrontadamentc em relação ao compromisso an­terior ã Nova República.

O texto que V. Ex' nos encaminha hoje nos dá um cer­to alívio e digo por que. É que no texto V. Ex' avançamas, na prática. recua. Quando o texto aborda o Tercei­ro Mundo, nos enche de entusiasmo. Quando V. Ex' nãoabranda palavras para criticar a insensibilidade dos paí­ses ricos - retira o conflito ideólogico e passa a aguar­dar o conflito Norte-Sul. ou seja, a dependência extremaque os países não desenvolvidos têm hoje do desenvolvi­mento excessivo. cruel e opressor dos paises desenvolvi­dos - nos dá uma atmosfera de satisfação. Mas nas res­postas. V. Ex' começa ainda a refletir que os compromis­sos da Aliança Democr:.Hica não são ainda os compro­missos que levaram a sociedade brasileira a apoiar Tan­credo Nevcs ~ José Sarney.

Eu mc permitiria ter o mesmo privilégio que o meucompanheiro Amaury MUller. do PDT. teve de scr umdiscordante de V. Ex' ao citar Tancredo Neves. Nestatriste comemoração de dois meses de Nova República,pela primeira vez vejo um Ministro dela abrandar certostermos que Tancredo Neves usou com outra compreen­são. Qu"ndo de falava do Chile, V. Ex' disse que ele otratava como um assunto político e. portanto. não deves­se ser levado ao texto da matéria como pretendia. Masao falar de Cuba, V. Ex' dizia que ele comentava que se­ria problema de segurança nacional. Tancredo não eradois. era um. o maior brasileiro que todos nós já conhe­cemos e o fundador desta Nova República. Se ele abran­dava com o Chile, não poderia abrandar com Cuba. por­que segurança nacional é uma base militar encravada emCuba, Guantamo. afrontando os cubanos diariamentecom um poderio bélico inimaginável instalado dentro deuma ilha. Não foram os soldados cubanos, que estão emAngola, foram eles que morreram trucidados em Grana­da, e sim. os soldados americanos enfiando o imperialis­mo pela garganta de um povo que quer ser livre. Não es­tá certa absolutamente a colocação que V. Ex' faz sobrea Nicarágua. Devemos e temos que pagar a divida daRepública Dominicana, seja qual for o preço, a pagare­mos. A União Sovi~tica não tem compromisso de estran­gulamento para conosco, e se o tivesse também cobraría­mos. proque tambêm postulamos a independência queV. Ex' pratica. Portanto, a Nicarágua tem hoje um com­promisso conosco. Ela não quer dinheiro do Brasil. ANicarágua não quer recursos financeiros, ela quer a nos­sa tecnologia, por exemplo, para abrir um novo canalque lique o Pacífico ao Atlântico, já que o Canal do Pa­namá está superado. As nossas empresas querem fazerisso. Temos um pr6alcool que ê energia engarrafada epode. pura c simplesmentc, abastecer toda a AméricaCentral, não mais com o petróleo. que a torna dependen­te, mas com o álcool que tornará todas essas nações in­dependentes para sempre. livres e soberanas. Não sere­mos nós, e muito menos um Ministro da Nova Repúbli­ca, que diremos O que a Nicarágua quer ou não quer. Se·nl a Nicarágua, em confronto com o próprio Governo,que dirá para nós o que lhe convém ou não.

Temos também, Sr. Mini5tro, colocações ~que dev~mscr colocadas em prâtica. V. Ex' diz que o fio condutordos povos de Israel é a Embaixada de Israel, como tam­bém o fio condutor dos povos árabes representados pelaOLP, deve ser a Embaixada sob status diplomáticos daOLP. 05 povos de Israel têm direito. mas o povo árabeda OLP também tem. Sr. Presidcnte. sempre tive admi­ração por V. Ex., e não é hoje. por causa do tempo, querestringirei, em absoluto. essa admiração, Peço a V. Ex'permissão para fazcr uma pergunta. Sr. Ministro. V. Ex'coloca inclusive o acordo de Brettoo Woods ou o próprioGATT. V. Ex' coloca o Fundo Monetário Internacional.que sabemos é votado como assunto econõmico, pelopoder econômico das naçõcs. Ora. se o poder de voto do

OlARIa DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Fl'vIl é de 85% e sô os Estados Unidos da Amêrica pos­suem quase 90Ç~, desse poder. de que maneira poderemosser r~-speitados'? Só há uma forma de respeito perante omundo - e V. Ex' a declara no seu discurso - é pelaforça. pe", vontade, pelo poderio que uma Nação desen­volve. Portanto, a nossa dívida externa não será clamadase não tivermos força e soberania para exigi-la. Nin~

guém, nenhum banco americano restringirá o poder desobrevivência cada vez maior do povo norte~americano

contrário aos povos latino-americanos subjugados. Éneste sentido que Falo.

Tenho andado por algumas embaixadas do Brasil noexterior e pude sentir a angústia dos embaixadores e dosdiplomatas, porque eles gostariam de ter o exercício maisnormal. mais profícuo da nacionalidade brasileira repre­sentada no exterior. Sentimos as distorções cometidasnestes últimos tempos da ditadura. Portanto, a minhapergunta a V. Ex' é quanto aos quadros internos do Ita­marati no seu comportamento no exterior. As nossasembaixadas. os nossos consulados no exterior continua·rão sendo tutelados por políticas monetaristas, vindas deoutros gabí netes, ou terão, acíma de tudo, o ltamaratipostulando bem alto a soberania brasileira e a sua nego·ciação no exterior? Muito obrigado.

O SR. MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIO­RES OLAVO SETÚBAL - Em primeiro lugar, sobre aquestão do Timor Leste, gostaria de dar um esclareci­mento a V. Ex' O Itamarati não reconhece o movimentolibertador de Timor Leste. não porque tenha opiniãoprópria sobre o assunto, - incJusive é uma região quemal conhecemos - mas simplesmente porque a ONUnão o reconhece. Ele não tem o status de representaçãodo movimento de libertação do Timor Leste como únicoe legitimo movimento. e não o tem porq ue os paises doOSEAN não o reconbece quanto à OLP, continuamosna nossa linha e reafirmamos que a nossa posição é de sódar status diplomático a nações e não a movimentos.Acho que essa é uma posição coerente e sábia, porque nomundo temos movimentos em excesso. Precisamos teruma posição concreta. Acho que O realismo é um pontoque deve nortear profundamente a nossa açào. Em pri­meiro lugar, acho que devemos ter em mente o interesseconcreto do Brasil. Temos que ter a visão que o nossocompromisso, primeiro, com °nosso povo é o nosso de­senvolvimento e fazermos, para isso. tudo que estiver aonosso alcance. E é isso que o Itamarati fará. Não temospreocupação com o Primeiro ou o Terceiro Mundo, ouem criticar quem quer que seja. mas a de apoiar aquiloque é do intere%e do Brasil no campo político e no eco­nómico. Qual é o interesse no campo político? É a manu­tençllü da nossa soberania. Qual é o interesse no campoeconómico? É assegurar o nosso desenvolvimento econô­mico interno. Essa é a linha condutora da diplomacia doItarnarati. Quanto ao problema das embaixadas, no ex­terior, elas não tém atribuição de negociação junto aosórgãos financeiros internacionais. A negociação para osórgàos financeiros internacionais só poderá ~er feitanuma nova conferéncia internacional. Essa é a linha queO Brasil propugna na Conferéncia de Cartagena. Isso éque diz a carta que o Presidente do Brasil, juntamentecom os Presidentes dos demais países da América Latinaenviou aos paises grandes. Nâo podemos pedir para em­baixadores negociarem quando não há uma eonferéncia,nem lima estrutura negociadora montada para isso.

Com relação à votação no Fundo Monetário Interna­cíonal, gostaría de retífiear uma questão: Os EstadosUnidos não têm 90% dos votos, mas 15%, c com esse to­tal de votos. na prática, tém direito de veto, mas não têmdireito de ação, pois 85% é dos outros. De maneira que éum forum onde o poder é proporcional à economia c nãoé um voto para cada país.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Com a palavra o Deputado Jacques D'Ornellas.

O SR. DEPUTADO JACQUES D'ORNELLAS ­Sr. Presidente da Comissão de Rclações Exteriores. De­putado Francisco Benjamim, caros Deputados. Colegas,Srs. Embaixadores. Sr. Ministro Olavo Setúbal. Noperiodo de nosso mandato. tivemos a faculdade de estarduas vezes nos Estados Unidos. sendo que, na primeira,discutindo com o Departamento de Estado. Dois funcio­nários americanos nos receberam uma delegação de qua­se vinte deputados brasileiros - e discutimos a questão

Junho de 1985

da Nicarágua. naquela oportunidade. julho de 1983.Nesse debate levantamos. evidentemente o nosso pontode vista. que era o das nações latino-americanos subme­tidas a esse jogo de pressão econômica, política e militar.Citamos os exemplos do Brasil, concretamente. com ogolpe militar. e também a presença do Coronel WernerWalters. Adido do Exérdto americano, aqui em nossoPais, que tinha mais poderes do que o Embaixador Lin­coln Gordon. Citamos, também - e isso já foi denuncia­do pelos papéis do Pentúgono - a sua intervenção nogolpe de 64, aqui em nosso País. Denunciamos a questãodo Chile. denunciamos a questão da Repüblíca Domini­cana. onde tropas brasileiras foram levadas a uma inter­venção. Denunciamos a~ucstão de Cuba, de Guatema­la, e de tantos outros pai,;es que vêm sofrendo essa pres­são económica, política e militar. Dissemos que qualquertentativa de agressão à Nicarágua. mesmo que buscassepretextos. como foi o e"emplo do Golfo de Tonquim,para agredir o Vietnã do Norte, porque pretexto para in­vasão sabemos que é muito fácil de ser montado, e quefosse usada para invadir a Nicarágua, teria como respos­ta o repúdio e o afaslamento cada vez maior dos povo,da América Latina em relação ao povo e ao Governoamericano. Esses senhows do Deepartamento de Estadonos responderam que a questão da Nicarágua não eraeconômica, mas, sim, geopolítica, vale dizer, militar. En­tão, é militar porque estú próximo dos Estados Unidos.O Vietnã não estava prôximo dos Estados Unidos, aliás,muito distante, no entanto. era uma questão geopolítica.A geopolítica não se define pela proximidade da frontei­ra, mas pelo interesse militar. Entendemos - e V. Ex'disse claramente aqui - que os Estados Unidos não le­vam em con,ideração problemas éticos, morais ou so­ciais, dos países deste planeta. O interesse belieista, eco­nômico, geopolitico dos Estados Unidos só respeita umarealidade: a força que el<: conseguir encontrar pela fren­le. Naquela oportunidade, propusemos ainda aqui umamoratória unilateral com relação a nossa divida externa,sem prazo, uma suspensão do pagamento do principal edos juros por um prazo indeterminado, até que possa­mos reerguer as nossas :'inança, internas e poder pagarcom o produto do nosso trabalho. Essa é a proposta quedefendem os aqui junto .1 V. Ex'

Qucriamos salientar a questão, que ficou pendente, doacordo cultural com a União Soviética, o qual depende­mos. Mas acontece que centenas de estudantes brasilei­ros que fazem cursos na Universidade de Patriceno Lo­mumba. em Moscou. não tem o reconhecimento peloGoverno brasileiro. pelo Ministério da Educação e Cul­lura - MEC, Não reconhecem esses cursos. Assim, ve­mos centenas de brasileiros com cursos bem aperfeiçoa­dos. Enlcndemos que são brasileiros que estudaram e sesl\crificaram, enfim. e que querem produzir c trabalharno nosso País c não conseguem esse reconhecimento. Épor isso que queremos o re,tabelecimento desse acordocultural. Há, tambêm, uma discriminação feita aos pai­ses socialistas do Leste Europeu. principalmente. Paraquando eles querem apresentar uma mostra, uma expo­síção. enfim; realizar algum evento em nosso País, preci­sam do prazo de um ano para fazer eSfia programação es6 é permitida uma programação em cada ano. Entendoque isso é uma discriminaçào~uma vez que os oulros paí­'es tém o tempo inteiro para fazer, segundo seus interes­ses. Essas são as duas questões que queríamos colocar.Muito obrigado.

O SR. MINISTRO OLAVO EGYDIO SETÚBAL­Com relação ã questão do visto. queria informar que eleé concedido de acordo com uma burocracia que foi insti­tucionatizada no Itamarati e quc está scndo reavaliada,mas que ainda estú em vigor. E ~"se víslo tem l-lido conce­dido. muitas vezes, com grande rapidez. Não acreditoque a média de tempo seja um ano. Talvez, seja um mêsou dois meses. Alguns não são concedidos nunca ou so­mente depois de longas demarcbas, mas a grande maio­ria é concedida imediatamente. Realmente. o processodc concessão de visto é um processo em que existe umaburocracia especial para visto de uma série de países ecxistem convénios mais 'liberais para outros paises. Isso êuma forma de demora que vamos avaliar ,obre o proces­so burocrático. O número de peSfioas consultadas é gran­de c isso é que tem demorado. Mas é uma solução mera­mente burocrútica. Com relação ao problema do reco­nhecimento dos diplomas. qucro dizer a V. Ex' que eles

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são reconhecidos pelas universidades que têm conheci­mento de outras universidades. É um problema que estáem estudo no Itamarati e não dependem de acordo cultu­ral. stricto sensu, Usualmente, nos países que têm acordocultural é mais comum, mas tecnicamente nada impedi­ria o reconhecimento de diplomas, desde que uma uni­versidade tivesse avaliação. O grande problema é que atéhoje o Brasil tem um convénio muito pequeno entre asuniversidades. O Reitor da Universidade de São Paulovisitou-me recentemente em função das minhas origens.da minha ação como professor lá, e mc disse que tem umgrande relacionamento com grande número de universi­dade técnicas no nível da Rússia e de outros paíscs daCortina de Ferro. De maneira que talvez nessas áreasseja bastante rápida a possibilidade de reconhecimentode diploma dentro dessa visão da Universidade de SãoPaulo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mim) - Com a palavra o Deputado José Mendonça deMorais.

O SR. JOSÉ MENDONÇA DE MORAIS - Sr. Pre­sidente da Comissão, Srs. Parlamentares, Sr. Ministrodas Relações Exteriores, Srs. Representantes dos paísesque mantêm relações diplomáticas com o Brasil aquipresentes. Elogiar a exposição de V. Ex' seria chover nomolhado. Faço minhas as colocações elogiosas ã expo­sição de V. Ex' Repetir perguntas antecipadamente fei­tas, seria uma incongruência. Gostaria, portanto, de serohjetivo e diJ:er a V. Ex' que ontem, no pronunciamentodo Grande Expediente. na Cámara dos Deputados, de­nunciei a necessidade da reforma administrativa e decomportamcnto externo do Ministério das Relações Ex­tcriores c V. Ex', no final do seu pronunciamento, enpossant fez referência exatamente a essa mudança que sepretendc faler dentro da política do Ministério das Re·lações Exteriores, principalmente da política administra­tiva do Ministério. Eu gostaria de indagar de V. Ex',eom justificativa, o seguinte: quando, eomo e eom quemV. Ex' irá dar início à reforma administrativa do Minis­tério das Relaçães Exteriores'! Faço essa pergunta por­que sei, por informações, que há denúncia de ciúmes defuncionários do alto escalão do Ministério, quanto a Mi­nistros quc entram e que saem. para manter as posiçõespreestahelecidas. Se V. Ex', que nào tem comprometi­mento de carreim dentro do Ministério, nào fizer essa rc­foram. já com a força que é necessária, e eu diria eom acoragem e com o fôlego suficientes para não ser sufoca­do no caminho, nunca serào feitas eS5a~ correções. Todocandidato a cmbaixada disputa Paris. Roma, EstadosUnidos, Londres e outros mais. Por qué? Por que sabe­mos quc o custo do status mantido ncssas cmbaixadanão tem litnites, o caixa é aberto. Dá-se carta branca, atodos os Srs. Ministros, que usam e abusam - contra aNação - dos rccursos disponíveis, pagos em dólares àcusta do sangue daqueles que aqui ficáram para produ­zir, para manter cxportações e conseguir dólares parapagar os nossos representantes naqueles países. É contraisso quc a Nação inteira se levanta, porque é um esbanja­mento escandaloso. Quando vamos em missão diplomá­tica a países estrangeiros - já o fiz por duas vezes - fi­camos escandalizados quando, por exemplo, não vemosna!:! embaixadas carros fabricados no Brasil, mas I\1erce­des, Rolls-Royce ou outros de alto preço internacional.Por que não viabilizarmos isso, mesmo sabendo que,quando nossos veículos são novos e havendo o repassede dois em dois anos, nào é necessário montar naquelespaíses oficina mecânica para reposição, pois nossa meeâ­nica automobilística hoje está muito avançada?

São essas as eonsiderações que faço e gostaria que V.Ex', objetivo eomo é, as colocasse às claras para nós,P,lrlamentares, que, na nossa misào política, devemosfiscalizar tam bém o Ministério das Relações Exteriores.

O SR. MINISTRO OLAVO EGYDlO SETÚBAL­Srs. Deputados, como é do conhecimento da Casa e re­conhccimcnto pelo Brasil inteiro, o corpo diplomáticobrasileiro é dc excepcional qualidade. Posso dizer issocom todo o desembaraço porque não pertenço a ele,conheci-o simplesmente à distúncia, pejo seu perfil, pelasua ação, pois nào contava entre meus amigos mais pró­ximos como mcmbros dcssc corpo.

Ao assumir a direção do ltamarati, essa minha visãose tornou mais nítida e mais clara. O Itamarati é forma-

DlÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

do por um corpo de profissionais altamente competente,extremamente dedicados ao serviço. extremamente pre­parados. com uma lealdade a toda prova à Casa e à suachefia.

Evidentemente, como todo corpo funcional fechado- o Itamarati tem apenas 650 diplomatas na ativa ­tem problemas de carreira. É natural que isso exista,mesmo porque, como V. Ex' notou, há uma grande dife­rença entre os postos no Brasil e no exterior. Já recebicentenas de pedidos de remoção para Londres, Paris eNova Iorque e nenhum para a África, porque esses pos­tos são considerados de sacrifício. Há várias cartas defuncionários dizendo que Já estào há muito tempo, queos filho não se adaptam, que a mulher está doente, que omédico não presta, entre outras coisas. V. Ex' há de re­conhccer que conduzi ccnto e tantos postos os mais di­versos constitui um problema que gera tensões naturais.Hâ também, outro fatorque agravou esse problema ulti­mamente: historicamente, o Brasil tinha postos nos gran­des países - estou-me referindo aos meados do século- entào. quem entrava para o serviço diplomático so­nhava chegar a alcançar um posto em Paris e considera­va ficar na Bélgicajá uma restrição, porque era um pe~

queno país. Hoje. chegar à Bélgica é o sonho de qualquerdiplomata, porque nós abrimos de cem embaixadas emtodos os países novos, onde as condições de vida são ex­tremamente árduas e difíceis. Isso tudo gerou tensões noencarreiramento interno do Itamarati, o que constatomeramente como um fato real, ao qual nào empresto ne­nhuma característica de crítica. É uma conseqüência daestrutura do ltamarati. Os jovens que estão iniciandohoje a carreira diplomática sabem que terão de ficar mui­to mais tempo nos postos de dificuldades do que nos destatus, Estamos estudando as regras de promoção e dedistribuição dos cargos. e. como V. Ex' pode imaginar.esse é um assunto controverso, que envolve muita difi­culdade, porque há a questão de mérito, de capacidade,pois há necessidade de os homens mais brilhantes ocupa­rem os postos que têm maior peso no nosso relacionaa

menta. bem como uma série de fatores que devem serconsiderados e pesados com multo cuidado.

O Presidente Tancredo Neves, ao me convidar. disseexatamente que me convidava porque, sendo eu um ho­mem de fora, poderia ser o árbitro entre essas avaliaçõese csses valores. Entretanto, eu não conhecia nada. por­tanto estou-me familiarizando com o 6rgão. Todas essasdecisões serào suhmctidas ao Legislativo, porque tudoisso está regulado por lei, não cabendo ao Ministro deci­dir sozinho. A carreira de diplomata, o preenchimento ea enumeraçào dos postos., tudo isso é fixado em lei, quepassou por aqui de uma maneira superficial, mas estáconsolidada em diplomas concretos. Por isso, a reava­liação dessas leis está sendo feita com o máximo critério,com todo o cuidado e será apresentada no momentoconveniente, que imagino ser no segundo semestre, por­que neste não haverá tempo. O primciro mês do Gover­no foi absorvido, no Itamarati, pela festa de posse e pelasdramáticas conseqüéncias da morte do Presidente Tan­credo Neves. Agora é que estamos começando a traba­lhar nos problemas rotineiros - vamos dizer assim - eisso lcvará algum tempo, entremeado de viagens ao Exte­rior, que nào podem ser adiadas, pois se trata de con­gressos e reuniõcs já marcados. Só queria dizer que estoufazendo o maior esforço para conter essa bolsa aberta, aque V. Ex' se referiu. Cancelei a recepção que o Itama­rati dava na ONU para dois mit convidados, em NovaIorque. Vamos receber apenas os Chefes dc Estado, nascondições necessárias ao nosso convívio. Defini que to­das as visitas do Ministro de Estado serào de trabalho enão dc represcntação.

V. Ex tl vê que estamos juntos no caminho.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­min) - Concedo a palavra ao último interpelante, De­putado J.G. de Araújo Jorge.

O SR. DEPUTADO JG DE ARAÚJO JORGE - Sr.Presidente da Comissão de Relações Exteriores, Exm'Sr. 1'.1 inistro Olavo Setúbal, Srs. Deputados, meus cole­gas, autoridades presentes, os oradores que me precede­ram já focalizaram praticamente os posicionamentos queo Congresso defende el11 relação à nossa politica externae estranharam, como estranho, a posição tímida, de iní­cio, do Governo Tancredo Neves - o Presidente Tan­credo Neves. infelizmente, não chegou a ocupar o cargo

Sábado 8 5801

- e do Ministro das Relações Exteriores, Dr. Olavo Se­túbal, no atinente ãs relações entre o Brasil e Cuba. Pare­cia um assunto do índex da politica internacional brasi­leira: o temor de falar em relacionar-se com Cuba. .láagora o problema está sendo coloeado com mais abertu­ra, com mais liberalidade. Na realidade, o que desejamosnós, membros do Congresso, é que seja encaminhado omais breve possível o andamento do processo de reco·nhecimento do Governo de Cuba e que o Brasil tenhacoragem de enfrentar, também dentro da política daAmérica Latina, a ameaça que representa para todosnós. conscientes. no Governo dos Estados Unidos, umPresidente como Ronald Reagan, um homem de direita,reacionário, provocador, instigador, que ainda agora,em viagem à Europa, tentou vender o seu peixe podre avários países daquele continente e voltou de lá de mãosabanando. reconhecendo que nenhum deles aprovava oboicote que os Estados Unidos desenvolviam em tornoda Nicarágua. Se o problema da Nicarágua, como disseo Exm' Sr. Ministro das Relações Exteriores não é de re­cursos - e sabemos que realmente não é - dadas aseconomias assemelhadas, da Nicarágua, do Brasil e deCuba. no que diz respeito ao problema de exportação decomércio, na realidade, a Nicarágua necessita muitomais do apoio moral, político, da ação brasileira ao seulado; para im pedir que aquela ameaça constante nasfronteiras com Honduras se transforme amanhã numaguerra aberta ou numa situação semelhante àquela doVietnã. Parece que os americanos não aprenderam como V ietnà. que foi uma veia aberta, sangrando, que consu­miu mais de 350.000 soldados americanos, entre mortose feridos, durante tantos anos, para não levar a nadanuma guerra suja e absolutamente inexplicável até hojediante das intcrprctações históricas.

O que nós. Congressistas da oposiçào, democratas ­figuro no Partido Democrático Trabalhista - encarece­mos é que essas questões sejam encaradas com coragem,da mesma mancira quc aquela aqui aventada pelo nossocolega de Partido inclusive, Deputado Abdias Nasci­mento. que defende aqui os negros no Brasil, lembrandoo problema do apartheid e das relações comerciais e di·plomáticas que o Brasil mantém COI11 a África do Sul. Ointeresse obviamente brasileiro é que rompessernos re­lações com os países em que o apartheid se manifesta deuma maneira desumana, brutal. E hoje, através dos vcí­culos de comunicação de massa, tem-se conhecimentodas perseguições que são feitas aos negros na África doSul. que sào massacrados impiedosamente, sem que omundo tome conhecimento, tome um ponto de vista emdefesa deles. No Brasil, deveríamos abrir um voluntaria­do dos elementos negros. permitindo que se organizas­sem grupos militares para tentar ajudar os nossos irmãosnegros africanos, já que nossas raízes permanecem Já. Demodo que essas posições brasileiras no campo interna­cional tém que ter absoluta nitidez, não tem que havertergiversação em relação à América Central, que é umaameaça permanente. Aquilo lá é um barril de pólvoraaceso. Em relação ao problema do apartheid e a outrasditaduras militares, o Brasil não devia manter relaçõescom esses países, apenas com os países democráticos, deestrutura democrática que tenham Parlamentos ou re­presentações legislativas assemelhadas a Parlamentos,funcionando como tal, muito embora nào seja um mode­lo semelhante aos ocidentais. Então a nossa luta é nosentido de que a política externa brasileira caminhe parao rompimento com todos esses países que representamainda as ditaduras militares. E no Cone Sul temos umexemplo do Chile, com a presença do Sr. Pinochet e noParaguai, com o Sr. General Stroessner, que teve odes­plante. a desfaçatez de comparecer aqui à posse do nossoPresidente, com a maior comitiva, como se estivesse fa­zendo turismo, trazendo aqui um grupo de trinta e tan­tos paraguaios, não sei para qué, para se congratularcom a reabertura do processo democrático nacional. Po­sitivamente não hã espelbos no Paraguai. Queria, agora,comunicar a S. Ex', Sr. Ministro, que devemos realizaraqui, em Brasília, este ano ainda, em junho ou julho,uma reunião do Parlamento Latino-americano. Quandoparticipei de uma reunião do Parlamento Latino­americano h:í alguns anos, em Curaçao, encaminhei umprojeto sobre o assunto. Inclusive ainda esta semana oSenador Nelson Carneiro me falou sobre a formação deum Parlamento Continental. A idéia seria que os paísesda América Latina se organizassem num Parlamento

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DIÁRIO DO CONGRESSO NAClONAL (Seção I)5802 Sábado 8 Junho de 1985------------------------------------_..:..:.:.=

Continental, que se reunisse por um mes, anualmente, nacapital de um país latino-americano, para debater osproblema~ do Continente e, em especial, do TerceiroMundo e da América Latina. E as resoluções tomadasseriam encaminhadas aos Governos e aos Poderes Legis­lativos desses países e funcionaria isso. evidentemente,em cada país. Alertou-me o Presidente atual do Parla­mento Latino-americano, Senador Nelson Cnrneiro ­porque o Presidente do grupo brasileiro é O DeputadoJoão Carlos Teixeira - para que eu reapresentasse aqui,quando da reunião do Parlamento Latino-americano,que será possivelmente em junho ou julho, a idéia doParlamento Continental. com Deputados representandotodos os Parlamentos Latino-americanos, defendendomedidas de interesse do Continente. colocando-as per­manentemente em pauta. para o debate politico. econô­mico, sociaf c financeiro, fazendo o intercâmbio comer­ciai. de tal maneira que estejamos unidos e nos conhe­cendo cada vez mais para enfrentarmos essa situação. Oque gostaria de diler ao Ministro Olavo Setúbal é que naoportunidade em que se reunir o Parlamento Latino­americano. na medida cm que os Deputados desta Casatenham a oportunidade de encaminhar, corno fizeramcm Curaçao. um projeto de estruturação de um Parla­mento Continental. gostariiJ que o Itamnruti visse combons olhos e apoiasse essa idéia dando-nos todos os re­cursos necessários. porque pelo projeto quc apresenteiem Curaçao, caberia ao país hospedeiro, anualmente, asdespesas de manutenção c dc estada com aqueles repre­sentantes dos países que se reunissem para defender osinteresses da América Latina. do Terceiro Mundo. e des­sa rnaneira se unirem em defesa dos seus interesses con~

tra quaisquer tipos de ameaças dos países superindus­trializado~ que nos sacrificam e muitas vezes nosameaçam.

O SR. MINISTRO OLAVO SETOBAL- Sr. Depu­tado. com relação ao Parlamento Latino-americano. oSenador Nelson Carneiro nos visitou ontem à noite c no~

pôs a par da conferência que haverá no Brasil no mês dejunho. Teve S. Ex' gentileza de convidar-me para serorador n uma das 5es~ôes, o que com grande satisfaçãoaceitei e combinamos um almoço no Itamarati para osparticip'Hlte, desse Congresso. Com relação ao Parla­mento Latino-americano. o Senador em entregou um an­teprojeto para ter a opinião do Itamarati, que prometiIhc dar com a maior brevidade possível. O assunto estásendo estudado pelos departamentos próprios do Itama­rati com relação às facilidades diplomáticas e à consis­tência do projeto com as regras de acordos c tratadosque o Itamarati têm. São uma série de posições com re­lação a isso quc têm quc ser rcspeitadas, porque a conti­nuidade e a permanéncia são o apanágio da maturidadedc uma diplomacia. E é isso que está sendo executado, eo faremos.

Com relação à Cuha e ã Nicarágua. acho que expuscom amplitude c clareza a posição do Itamaratí a respeí­to do assunto e nào temos mais nada a acrescentar. Comrclação às dificuldades que temos. nós precisamos man­ter um relacionamento realista com os nossos vizinhos elembrar que muitas veLes somos condôminos de rios e defronteiras vivas. que exigt:m de nossa parte uma atuaçãomuito realista "um relaçãu aos intcresscs do País, que es­ses ~ào concretos. permanentes e locais. Nós podemosdiscutir sobre a Nicarágua, mas os nossos vizinhos serãonossos vizinhos o resto da vida. e com eles temos que teruma avaliação, uma l:umpreensão e uma atitude toda es­pecial. E é isso que o Itamarati tem feito, e procurareimanter ao longu da minha gestão. Muitu obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Francisco Benja­mím) - Srs. Deputados. neste recinto o então candidatoil Presidência da República Tancredo Neves. proferiu asseguintes palavras:

" ...acho que a Comissão de Relaçães Exterioressem pre prestou. deve prestar e. sem dúvida prestará.a contribuição mais eficiente de que precisa alta­marati para sintonizar a sua política externa com asua política interna. Quando a política externa deuma naçào não está guardando sintonia com a suapl,lítica interna. evidcntcmente essa política externaestá vulnerada. Essa conjugação só pode ser feita nohom relacionamento do Itamarati com o Congres­so. E o órgão do Congresso para operar esse relacio~

namcnto é a Comissão de Relaçães Exteriores. Nomeu governo. se cu for eleito, esse relacionamentohá de ser o mais estreito, o mais harmônico e o maiscordial possívcl."

V. Ex'. Sr. Ministro Olavo Setúbal. ao enunciar eabordar os temas da nossa política externa dá início àsmudanças da Nova República.

Não poderia. nesta ocasião. deixar de consignar a mi­nha convicção de que esta ComisstlO e o Itamarati have­rão de caminhar juntos na busca de uma política externavoltada para os intercsses nacionais. refletindo os an­seios de nossa sociedade democrática.

O posicionamcnto do Governo brasileiro no que tangeã consolidação de sua política extcrna roi e scrá sempremarcado pela defesa da soberania dos povos e estreita­mento do relacionamento político. social. econômico ecultura entre o Brasil e as naçues democráticas do mun­do.

A Comissão de Relaçôes Exteriorcs da Câmara dosDeputados, tem sempre pautado a sua açào no sentidode intensificar esta política externa independente direcio­nada na consf::cuçào desses dois objetivos basilares.

Um aspecto. porém, se nos apresenta como priori­tário. nos últimos tempos: a implantação de uma novaordem éconómica e sudaI. Entende-se isso como acriação dc um sistema dc decisões oricntado para a so­lução do~ prohlemas que afligem as grandes maiorias dahumanidade.

Lutar por uma nova ordem internacional será. antesde mais nada, nào aceitar a institucionalização de cen­tros de decisão com poderes para tutelar as economiasinternas dos diversos países.

Nesse sent.ido. a Càmara dos Deputados. através deseu organismo técnico que á a Comissão de Relações Ex­teriores, lutarú e atuará.

O Gowrno da Nova República patrocinou uma aber­tura politica no plano intcrno c no plano externo l.]ue seconsolidará na medida em que o País supere o modelo dedescnvolvimcnto dependente l.]ue termina por destruir asC"ltrutllras nacionais e neutralizar as forças emergentesl.]ue se revelam.

Para que isso ocorra, entendemos ser necessária umamaior participaç;lo do Parlamento, especialmente comofiscal dos atos internacionais praticados pelo Poder Exe­cutivo, entendendo-se aqui. incl lIsive, os acordos com oFundo Monetário Internacional. Esse nosso entendi­mento baseia-se no disposto no artigo 44, inciso I, daConstituição Federal.

Ao encerrar a presente reunião, gostaríamos de agra~

decer a Sua Excelência, Chanceler Olavo Setúbal, pelasua brilhantc. lúcida e objctiva exposição. quc nos oricn­ta e serve de baBe ao estudo permanente a que vai se inte­grar a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.Agradecemos aos dignos membros do corpo diplomãti­co. à imprensa. com sua presença aqui também, e aos eR­tu dantes da Universidade de Brasília. que, participandodeste acontecimento, emprestam uma integração impor­tante entrc o Parlamento e a Universidade. A todas aspresenças dos que <lqui estiveram os nossos agradeci­mentos e o nosso muito obrigado. Está encerrada a ses­silo. (Petlmas.)

ERRATA

Na ata da 22' Reunião Ordinária da Comissàu de Re­lações Exteriores. realizada em 21 de novembro de 1984.puhlicada no DCN-Seção I. página 2986, de \,1-5-85,onde se lé:

" ... O Scnhor Deputado Josê Eudes reafirma sua dis­cordància quanto a cssa programação e o Senhor Presi­dente comunica a Sua Excelência que o seu projeto seráregistrado em Ata".

Leia-se:"." O Senhor Dcputado José Eudes reafirma sua dis­

cordância quanto a estia programaçào e o Senhor Presi­dente com uníca a Sua Excelência que o seu protesto seráregistrado em Ata".

COMISSÃO DE SAÚDE

8' Reunião Ordinária,realizada do dia 29-S-SS

Às dez horas do dia vinte c nove de maio de mil nove­centos e oitenta e cinco, reuniu-se a Comissão de Saúde,na Sala 19 do Ancxo li da Cámara dos Deputados, sob apresidência do Scnhor Deputado Carneiro Arnaud.

Compareceram os seguintes Senhores Deputados: LuizGuedes. Oscar Alves. Francisco Rollemberg. Lúcio AI­càntara. Ludgero Raulino. Max Mauro, Borges d" Sil­veira, Alceni Guerra, Anselmo Peraro. Leõnidas Rachid.Alhino Coimbra e José Maria Magalhães. Havendo nú­mero regimental. o Senhor Presidente declarou aberta areunião, dispensando a leitura da Ata da reunião.dando-a por aprovada. Ordem do Dia: 1') Projeto de Lein' 3I7-Df75 - Emendas do Senado ao Projeto de Lei n'317-c' de 1975. que "regula o exercício da profissão deTécnico cm Radiologia. e dá outras providéncias". Rela­tor. Dcputado Lúcio Allcüntara. Parecer favorável. Dis­cutiram a matêria os Senhores Deputados Luiz Guedes,LúCÍo Alcàntara c Francisco Rollemberg. Ao final dadiscussão. a Comissão decidiu ouvir representantes dasentidades de classe ligadas ao assunto. Em vista disso, foio projcto retirado da pauta. 2') Projeto dc Lei n'4.062/fi4. que "altera a redação do eaput do art. 63 e seuitem I da lei das Contravenções Penais". Relator. Depu­tado Lücio A lcúntura. Parecer favorável. Discutiram amatéria os Deputados Francisco Rollemberg. Luiz Gue­dcs c Lúcio Alcántara. Posto em votação. o projeto foiaprovado. por unanimidade. nos termos do parecer dorelator. Scgue à Coordenação de Comissões Permanen­tes. 3c') Projeto de Lei no 6.090/82, 'lu, "dispõe sobrc aMercnda Escolar c dá outras providéncias". Relator,Deputado Lúcio Aleúnlara. Parecer favorável. Discuti­ram a matéria os Deputados Luiz Guedes, FranciscoRollemhcrg e Lúeio Aldntara. Posto em votação. foi oprojeto aprovado. por unanimidade. nos termos do pare­cer do relator. Segue li Coordenaçào de Comissões Per­manentes. 40 ) Projeto de Lei n° 3.850/84, que "suhstituia abrcugrafia peJos hemogramas periódicos. como exi­gência para a obtençüo da cartcira de saúde pelos que li­dam com radiaçôes ionizantes no trahalho cotidiano".Relator. Deputado Lúcio Alcântara. Pareccr favorável.Discutiram a matéria os Deputados Francisco Rollem­hcrg. Luiz Guedes e Lúdo Alcàntara. Posto em votação,o projeto foi Hprovado, por unanimidade. nos termos dopi1r~Cêr do relator. Segue à Coordenação de ComissõesPermanentes. )") Projeto de Lei n" 3.896/84. que "ohrigaa inscrlç<1o. nas em halagens, rótulos c invólucros de be­hidas alcóoJicas produzidas nc) País, da expressão "Bebapooco. Beba moderadamente". Relator. Deputado Lú­cio Alcântara. Pi.1recer favorável. Discutiram a matériaos Deputados Luiz Guedes e Lúcio Alcântara. Posto emvotação. foi o projeto aprovado, por unanimidade, nostermos do p~lrecer do relator. Segue à Comissão de Eco~

nomia. Indústria e Comércio. 6') Projeto de Lei no297/83. que "dispõe sobre a inelusão do ensino de Ge­rontologia nos curso." superiores de Medicirw e dá outrasprovidéncJas". Relator. Deputado Francisco Rollem­berg. Parecer favorável. Discutiram a matéria os Depu­tadlls Francisco Rollem berg e Lúcio Aleántara. Postoem votação. o projeto foi aprovado, por unanimídadc.nos termos do parecer do relator. Segue à Coordenação

dc Comissões Permanentes. 7') Projeto de Lei no3.017/84. que "introduz modificações no art. 6' da Lei n'60S. de 5 de janeiro de 1949. que dispõe sobre o repousoscmanal remuncrado e o pagamento de salário nos diasferiados civis e rcligiosos". Relator. Deputado FranciscoRt.lllemhcrg. Parec~r favorável. Sem discussào. o projetofui aprovadll. por unanimidade. nos termos do parecerde' relator. Segue it Comissão dc Trabalho e LegislaçãoSocial. 8") Projeto dc Lci número 3.505/84. que "tornaohrigatória a existência, nos Postos dn Policias Rodo­viárias Fcderal c Estadual, dc medicamentos e aparelha­gens destinado·" II prestaçi.lo de primeiros socorros". Re­lator. Deputado Franç;seo Rol1emberg. Parecer eon­trúrio. A matêria foi discutida pelos Deputados LuizGuedcs. Francisco Rollcmherg e Lúcio Alcántara. Dadait importãncia do problcma. a Comissão decidiu consul­tar a Comissão de Transportes. sobre a possibilidade de,promoverem. conjuntamente. uma Mesa-Redonda sobreAcidentes de Trúnsito. Terminada a discussào, o projetofoi posto em votação. tendo sido rejeitado. por unanimi­dade. nos tcrmos do pareccr do relator. Seguc à Comis­são de Transportes. 9') Projeto de Decreto Legislativo noN/85 que "aprova o t'õxto do Adendo do Acordo parafuncionamcnto do Escritório da Árca da OrganizaçãoPan-Americana de Saúde (OPAS). Organização Mun­dial de Saúde (OMS) no Brasil. celcbrado cntre o gover­no da República Federativa do Brasil e a Repartição Sa­nittIria Pan-AmeTicana, assinado em Brasília, a 21 de de-

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Junho de 1985

zembro de 1984". Relator, Deputado Oscar Alves. Pare­cer favorável. Sem discussão. o projeto foi aprovado, porunanimidade, nos termos do p,arecer do relator. Segue àCoordenação de Comissões Permanentes. Comuni­cações: O Senhor Presidente comunicou aos presentesque esteve ontem, na Comissão, o Dr. Hérsio Cordeiro,Presidente do INAMPS, para uma visita de cortesia. AComissão dccidiu, então, convidá-lo a comparecer a esteórgão técnico, no próximo dia 19 dejunho, às 10:00 ho­ras, para falar sobre "O INAMPS na Nova República".Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foi encerra­da a reuniào. Para constar, eu, Cristina dc Fátima Nunesde Queiroz, Secretária Substituta, lavrei a presente Ataque, li da e aprovada, será assinada pelo Scnhor Presi­dente Deputado Carneiro Arnaud.

COMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

Distribuição de Projetos

O Senhor Presidente da Comissào de Serviço Público,Deputado Homero Santos, efetuou, em 3 de junho de1985, a seguinte distribuição:

Ao Senhor Deputado Evaldo Amaral:Projeto de Lei n9 4.529(84 - do Sr. Nelson Wedekin,

que "Torna obrigatório o uso da chapa branca nos veí­culos pertencentes a todos os Õrgãos da AdministraçãoDireta e Indireta".

Sala da Comissão, 3 de junho de 1985. - EdSOll No­gueira da Gama, Secretário.

COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL

2' Reunião Ordinária

TURMA "B"

Aos cincos dias do mês de junho de um mil novecentose oitenta e cinco, às dez horas e cinqüenta minutos,rcuniu-se a Turma "B", dcsta Comissão de Trabalho eLegislação Social, em sua Sala n. 09, do Anexo lI, sob a .Presidência do Senhor Luiz Dulci, Vice-Prcsidcntc noexercício da Presidência, presentes os seguintes SenhoresDeputados: Floriceno Paixão, Francisco Amaral,Myrthes Bevilácqua, Ubaldino Meirel1es, Nilson Gibsone Ivo Vanderlinde. Lida e aprovada a Ata da Reuniãoanterior, forma apreciadas as seguintes proposições: I)Projeto de Lei nO 2.027(83, do Sr. José Carlos Fonseca,que "Dispõe sobre a regulamentação profissional doCorretor de Café". Relator: Senhor Edme Tavares. Pare­cer Favorável, com a adoção das duas emendas ofereci­das pelo Relator. Foi concedido Vista à DcputadaMyrthes Bevilácqua. Adiado. 2) Projeto de Lei n.2.460(83, do Sr. Léo Simões, que "Introduz alterações erevoga dispositivos no Capítulo IV, do Título 111, daconsolidação das Leis do Trabalho, concernente à Pro­teção do Trabalho do Menor". Relator: Senhor EdmeTavares. Parecer Contrário. Foi concedida Vista ao De­putado Floriceno Paixão. Adiado. 3) Projeto de Lei nO1.820/83, do Sr. Mendes Botelho, que "Acrescenta § 4.ao arl. 6. da Lei n. 605, de 5 dejaneiro de 1949, dispondosobre a reversão para o respectivo sindicato da remune­ração do dia descontado do salário do empregado". Re­lator: Senhor Aurélio Peres. Parecer Favorável. Foi con­cedida Vista ao Deputado Luiz Dulci. Adiado. 4) Proje­to de Lei n? 2.842(83, do Sr. Freitas Nobre, que "Dispõesobre o regime de previdência social do Aeronauta". Re­lator: Senhor Francisco Amaral. Parecer Favorável. Foiconcedida Vista ao Deputado Floriceno Paixão. Adiado.5) Projeto de Lei n. 2.058(83, do Sr. Siqueira Campos,que"Altera a redação e revoga dispositivos da Consoli­dação das Leis do Trabalho relativos às férias dos em­pregados". Relator: Senhor Edme Tavares. Parecer Con­trário. Foi concedido Vista ao Deputado Nilson Gibson.Adiado. 6) Projeto de Lei n' 2.935(83, do Sr. NilsonGibson, que "Estabelece o salário mínimo profissionalpara os diplomados em Ciências Econômicas". Relator:Senhor Floriceno Paixão. Parecer Favorável. Em vo­tação, foi Aprovado unanimemente o parecer do Rela­tor. Vai ã Comissão de Finanças. 7) Projeto de Lei n'2.336(83, do Sr. Renato Johnsson, que "Dispõe sobremedidas de incentivo a arrecadação de contribuiçõesprevidenciárias'1. Relator: Senhor Edme Tavares. Pare­cer Contr;lrio. Em vot:.Jção, foi Aprovado unanimementeO parccer do Relator. Vai à Comissão de Finanças. 8)Projeto de Lei n' 2.393/83. do Sr. Mendes Botelho, que

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiill!)

"Dá nova reda,elo ao li I" do art. 238 da ConsolidaçelOdas Leis do Trabalho, dispondo sobre escala de serviçodo empregado do serviço ferroviário". Relator: SenhorDarcy Passos. Parecer Favorável. Em votação, foi Apro­vado unanimemente o parecer do Relator. Vai;} Comis­são de Finanças. 9) Projeto de Lei n' 1.332(83, do Sr.Ahdias do Nascimento, que "'Díspde sobre ação com­pensatória visando à implementação do princípio da iso­nomia social do negro, em relação (lOS demais segmentosétnicos da população brasileira, conforme direito assegu­rado pelo art. 153. § I' da Constituição da República".Relator: Senhor Sebastião Ataíde. Parecer Favorável.Em votação. foi Aprovado unanimemente o parecer doRelator. Vai à Comissão de Finanças. !O) Projeto de Lein' 4.347(84, do Sr. Floriceno Paixão, que "Concede aoPropagandista e ao Vendedor de Produtos Farmacêuti­cos o direito ao adicional de insalubridade e à aposenta­doria especial". Relator: Senhor Sebastião Ataíde. Pare­cer Favorável. Em votação, foi Aprovado unanimemen­te o parecer do Relator. Vai ã Comissão de Finanças. 11)Projeto dc Lci n' 5.077(81, do Senado Federal, que"Dispõe sobre a especialização de Engenheiros e Arqui­tetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, a prolis­são de Técnico de Segurança do Trabalho e dá outrasprovidências". Relator: Senhor Maluly Neto. PareeerFavorável. Em votação, foi Aprovado unanimemente oparecer do Relator. Vai à Coordenação de ComissõesPermanentes. 12) Projeto de Lei n. 1.811 (83, do Sr.Francísco Dias, que "Dispõe sobre o pagamento de re­numeração pelo empregador aos herdeiros, em caso defalecimento do empregado e dá outras providéncias".Relator: Senhor Aurélio Peres. Parecer Favorúvel. Emvotação, foi Aprovado unanimemente o parecer do Re­lator. Vai à Comissão de Finanças. 13) Projeto de Lei n'2.375, de 1983, do Sr. Henrique Eduardo Alves, que "A­crescenta dispositivo ã Consolidação das Leis do Traba­lho, lixando prazo para a realização de audiências de re­clamatórias versando salários em atraso ou que resultemde falência do empregador". Relator: Senhor AurêlioPeres. Parecer Favorável. Em votação, foi Aprovadounanimemente o parecer do Relator. Vai à Coordençãode Comissões Permanentes. 14) Projeto de Lei n.2.652(83, do Sr. Maurício Campos, que "Caracterizaoficina de produção c dispõe sobre o trabalho da pessoadeliciente". Relator: Senhor Ronaldo Canedo. ParecerFavorável, com a adoção da emenda da Comissão deConstituição e Justiça. Em votação, foi Aprovado unani­memente o parecer do Rclator. Vai à Comissão de Fi­nanças. 15) Projeto de Lei n" 2.704(83, do Sr. AirtonSoares, que "Altera os arts. 248, 249 e 250 da Consoli­dação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lein' 5.452, de I" de maio de 1943, dispondo sobre a du­ração normal do trabalho dos tripulantes em embar­cações da Marinha Mercante, da navegação fluvial e la­custre e no trú!'ego nos portos". Rclator: Senhor LuizHenrique. Parecer Favorável, com a adoção das duasemendas apresentadas pelo Relator. Em votação, foiAprovado unanimemente o parecer do Relator. Vai ãComissão de Finanças. 16) Projeto de Lei n' 4.869(84,do Sr. José Carlos Fagundes, que "Estende aos servido­res do SERPRO os benefícios previstos no art. 3. da Lein. 7.025, de 8 de setembro de 1982". Relator: SenhorMaluly Neto. Parecer Favorável, com a adoção do Subs­titutivo da Comissão de Constituição e Justiça e da Su­bemenda apresentada pelo Relator. Em votação, foiAprovado unanimemente o parecer do Relator. Vai àComissão de Finanças. E nada mais havendo a tratar. apresente Reunião foi encerrada às onze horas e cinqüen­ta minutos e, para constar cu, Ivan Roque Alves, Secre­tário, lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprova­da, será assinada pelo Senhor Deputado Luiz Dulei,Vice-Presidente no exercício da Presidência.

Redistribuição o' 03(85

O Excelenlíssimo Senhor Deputado Luiz Dulci. Vice­Presidente, no exercício da Presidência da Comissão deTrabalho e Legislação Social. fez em 5-6-85 a seguinteRedistribuição.

Ao Senhor Deputado Floriceno Paixão:Projeto de Lci n" 2.935(83. do Sr. Nilson Gibson, que

""Estahelece o salúrio mínimo profissional para os diplo­mados em Ciências Econ6micas".

Brasilia, 5 de junho de 1985. - Ivan Roque Alves, Se­cretário.

Sábado o 5XOJ

SEÇÃO DE SINOPSE - CF~L

Arquivem-se, nos termos do artigo 200 do RegimentoInterno, as seguintes proposiçõe:;;:

Projeto de Lei

N. 3.195(76 (Senado Federal) - Regula o reajuste dealuguéis de imóveis urbanos e dá outras providências.

N" 16(83 (Jorge Uequed) - Exclui o Município deTramandaí dos municípios declarados áreas de interesseda Segurança Nacional.

N' 17(83 (Jorge lJequed) - Exclui o Município deOsório da rclação dos municípios declarados áreas deSegurança Nacional.

N' 18(83 (Jorge Uequcd) - Exclui o Município deRio Grande, no Rio Grande do Sul, do inciso VII, do ar­tigo I' da Lei n' 5.449, de 4 dejunho de 1968, que declarade interesse da segurança nacional, nos termos do artigo16, parágrafo I", alínea. "b", da Constituição, os municí­pios ali especificados, e dá outras providéncias.

N° 608(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os conside­rados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Herval. no Estado do Rio Grande do Sul.

N' 609(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os conside­rados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Bagé, no Estado do Rio Grande do Sul.

N' 610(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os eonside­rados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul.

No 612(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os conside·rados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Santa Vitória do Palmar, no Estado do Rio Grandedo Sul.

No 613(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os conside­rados de interesse da Segurança Nacional, o municípiode Dom Pedrito, no Estado do Rio Grande do Sul.

No 785(83 (Gilson de Barros) - Exclui, dentre os mu­nicípios considerados de interesse da Segurança Nacio­nal, os municípios de Cáceres e Mirassol d'Oeste, ambosno Estado do Mato Grosso.

N' 824/83 (Ronaldo Campos) - Revoga o Decreto­lei n' 866, de 12 de setembro de 1969, que declarou de in­teresse da Segurança Nacional o município de Santarém,n O Estado do Pará.

N' 826(83 (Gilson de Barros) - Exclui, dentre os con­siderados de ipteresse da Segurança Nacional, o municí­pio de Vila Bela da Santíssima Trindade no Estado deMato Grosso,

N' 922(83 (Lúcia Vi\'eiros) - Revoga o Decreto-lei n.866, de 12 de setembro de 1969, que declara de interesseda Segurança Nacional o município de Santarêm, no Es­tado do Pará.

N' 923(83 (Lúcia Vivciros) - Exclui, o Município deAltamira, no Estado do Pará, do Decreto-lei n" J.l31, de30 de outubro de 1970, que declara de interesse da segu­rança nacional os Municípios que especifica e dá outrasprovidências.

No 924(83 (Marcelo Cordeiro) - Exclui o Municípiode Paulo Afonso, no Estado da Bahia. da Lei n. 5.449, de4 de junho de 1968, que declara de interesse da Segu­rança Nacional os municípios que especifica e dá outrasprovidências.

N' 1.021/83 (Lélio Souza) - Revoga o Decreto-lei n'1.183, de 22 de julho de 1971, restabelecendo a autono­mia do Município de Roque Gonzales, no Estado do RioGrande do Sul e dá outras providências.

N. 1.058(83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os consi­derados de interesse da Segurança Nacional, o Municí­pio de Três Passos, no Estado do Rio Grande do Sul.

N. 1.103/83 (Lúcia Viveiros) - Exclui o Município deMarabú, no Estado do Pará. do Decreto-lei no 1.131, de30 de outu 1>ro de 1970: declara de interesse da SegurançaNacional os municípios que especifica. e dá outras provi­déncias.

NQ 1.437/83 (\Vali Ferraz) - Exclui o Município deGuadalupe, no Estado do Piauí, do Decreto-lei nQ 1.272,

Page 40: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/imagem/d/pdf/dcd08jun1985.pdf · , DIARIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XL - N9 062 CAPITAL FEDE~AL

5804 Sábado 8

de 29 de maio de 1973. que declarou de intercssc da segu­rança nacional os municípios nele especificados.

N9 1.615/85 (João Paganella) - Exclui das áreas deSegurança Nacional os Municípios catarinenses do Oes­te e dá outras providências.

N' 1.617/83 (Lélio Souza) - Exclui. dentre os consi­derados de interesse de segurança Nacional, o Municípiode Tenente Portela, no Estado do Rio Grande do Sul.

N' 1.618/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentrc os consi­derados de interesse da Segurança Nacional, o Municí­pio de Tucunduva. no Estado do Ria Grande do Sul.

N' 1.619/83 (Lélio Souza) - Exclui. dentre os consi­derados de interesse da Segurança Nacional, o Municí­pio de Tuparendi, no Estado do Rio Grande do Sul.

N' 1.680/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os consi­derados dc interesse da Segurança Nacional, o Municí­pio de Alecrim, no Estado do Rio Grande do Sul.

N' 1.681/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentrc os consi­derados de interesse da Segurança Nacional, o Municí­pio de Crissiumal, no Estado do Rio Grande do Sul.

N' 1.682/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre 0< consi­derados de interesse da Segurança Nacional, o Municí­pio de Horizontina, no Estado do Rio Grande do Sul.

N' 1.685/83 (Arthur Virgílio Neto) - Exclui da re­lação de Municípios declarados de intcresse da Segu­rança Nacional o Município de Santo Antônio do Içá,no Estado do Amazonas, c dá outras providências.

N' 1.686/83 (Arthur Virgílio Neto) - Exclui da re­lação de Municípios declarados de interesse da Segu­rança Nacional o Município de São Paulo de ali vença,no Estado do Amazonas, e dá outras providências.

N' 1.726/83 (Arthur Virgílio Neto) - Suprime da re­lação de Municípios declarados de interesse da Segu­rança Nacional pela Lei n' 5.449, de 4 de junho de 1968,os Municípios que especifica, e dá outras providências.

N' 1.786/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, dentre os decla-rantes de interesse da Segurança NacionaL ,-

N' 1.787/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Mâncio Lima, no Estado do Acre, dentre os declara­dos de interes"" da Segurança Nacional.

N' 1.790/83 (Aluízio Bezcrra) - Exclui o Municípiode Manoel Urbano, no Estado do Acre, dentre os decla­rados de interesse da Segurança Nacional.

N' 1.794/83 (Bento Porto) - Devolve autonomia ple­na aos Municípios de Cáceres, Mirassol do Oeste e VilaBela da Santíssima Trindade, no Estado de Mato Gros­so, declarados de interesse da Segurança Nacional.

N' 1.826/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Sena Madureira, no Estado do Acre, dentre os decla­rados de interesse da Segurança NacionaL .

N' 1.835/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Tarauacá, no Estado do Acre, dcntre os dcclarados deinteresse da Segurariça Nacional.

NO 1.844/83 (João Bastos) - Exclui o Município deSão Sebastião, no Estado de São Paulo, dentre os decla­rados de interesse da Segurança Nacional. •

N" 1.846/83 (João Bastos) - Exclui o Município deCastilho dentre os declarados dc interesse da SegurançaNacional.

N' 1.850/83 (A luízio Bezcrra) - Exclui o Municípiode Senador Guiomard, no Estado do Acre, dentre os de­clarados de interesse da Segurança NacionaL

N' 1.852/83 (AliJízio Bezerra) - Exelui o Municípiode Feijó, no Estado do Acre, dentre os declarados de in­teresse da Segurança Nacional. .

N' 1.853/83 (Aluízio Bezerra) - Exclui o Municípiode Xapuri, no Estado do Acre, dentre os dcclarados deinteresse da Segurança Nacional.

N' 1.856/83 (Wagner Lago) - Exclui, dentre os consi­derados de interesse da Segurança Nacional, o MunicÍ­pio de São João dos Patos, no Estado do Maranhão.

N' 1.902/83 (Randolfo Bittencourt) - Exclui, dentreos considerados de interesse da Segurança Nacional, osMunicípios de Isabel do Rio Negro, Barcelos e SãoGabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas.

N" 1.908/83 (Flávio Bierrenbach) - Exclui o Municí­pio de Castilho, no Estado de São Paulo, da Lei n' 5.449,de 4 de junho de 1968. que dcclara de intercsse da Segu­rança Nacional os ~1unicípios que especifica e da outrasprovidências.

No 1.910/83 (Flávio Bierrenbach) - Exclui O Municí·pio de São Sebastião, no Estado de São Paulo, da Lei n'5.449, de 4 de junho de 1968, que declara de interesse da

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

Segurança Nacional os Municípios que cspecifica e dáoutras providências.

N' 1.981/83 (João Alberto de Souza) - Exclui, dcntreos considerados de interesse da Segurança Nacional, oMunicípio dc São João dos Patos, no Estado do Mara­nhão.

N' 1.994/83 (José Ribamar Machado) - Exclui, den­tre os considerados de interesse da Segurança Nacional,o Município de São João dos Patos, no Estado do Mara­nhão.

N' 2.016/83 (Lélio Souza) - Exclui, dentre os consi­derados de interesse da Segurança Nacional, o Municí­pio de São Nicolau, no Estado do Rio Grande do Sul.

N' 2.224/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autono­mia do Município de Pilão Arcado, no Estado da Bahia,c dá outras providências.

N' 2.225/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autono­mia do Município de Remanso, no Estado da Bahia, e dáoutras providências.

N' 2.227/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autono­mia do Município de Sento Sé, no Estado da Bahia, e dáoutras providências.

N' 2.228/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autono­mia do Município de São Francisco do Conde, no Esta­do da Bahia. e dá outras providências.

N' 2.229/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autono­mia do Município de Paulo Afonso, no Estado da Bahia,e dá outras providências.

N\' 2.230/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autono-'mia do Município de Lauro de Freiras, no Estado daBahia, e dá outras providências.

N' 2.2-'1/83 (Haroldo Lima) - Restabelece a autono­mia do Município de Simões Filho, no Estado da Bahia,e dá outras providéncias.

N' 2.235/83 (Arthur Virgílio Neto) - Retira O Mu­nicípio de São Gabricl da Cachocira. no Estado do Ama­zonas. da úrea declarada de interesse da Segurança Na­cional.

N' 2.267/83 (Marcelo Cmdeiro) - Exciui o Municí­pio de Lauro de Freitas, no Estado da Bahia, da Lei n'5.449, de 4 de junho de 1968, que declara de interesse daSegurança Nacional. os Municípios que especifica e dáoutras providências.

No 2.268/83 (Marcelo Cordeiro) - Exclui o Municí­pio de Simões Filho, no Estado da Bahia, da Lei n'5.449, de 4 de junho de 1968, que declara de interesse daSegurança Nacional os Municípios que especifica e dáoutras providências.

N' 2.269/83 (Marcelo Cordeiro) - Exclui o Municí­pio de São Francisco do Conde, no Estado da Bahia, daLei n' 5,449, de 4 de junho de 1968, que declara de inte­resse da Segurança Nacional os Municípios que especifi­ca e dá outras providências.

N' 2.559/83 (Randolfo Bittencourt) - Exclui dentreos considerados de interesse da Segurança Nacional oMunicípio de Ipixuna, no Estado do Amazonas.

N' 2.648/83 (Jorge Cury) - Revoga o Decreto-lei n'2.065, de 26 de outubro de 1963. que altera a revisão dovalor dos salários e dá outras providências.

N' 2.968/83 (Júlio Costamilan) - Dispõe sobre ospreços mínimos a serem estabel~cidos para a uva,

N' 4.220/84 (Bayma Júnior) - Autoriza o Poder Exc­cutivo a excluir do Decreto-lei n' 1.272, de 29 de maio de1973, quc o declarou de interesse da Segurança Nacio­nal, o Município de São João dos Patos, no Estado doMaranhão.

Arquivem-se, nos termos do § 4' do artigo 28 do Regi­mento [n terno, as seguintes proposições:

Projeto de LeiN' 807/83 (Sêrgio Cruz) - Concede anistia a Jornalis­

tas Profissionais, processados ou condenados com basena Lei de Segurança Nacional.

N' 3.385/84 (Irma Passoni) - Obriga os órgãos daadministração direta, em todos os níveis; municipal, es­tadual, federal, bem como ôrgãos da administração indi­reta. empresas estatais, fundações e autarquias a publica­rem seus gastos com propaganda, discriminando quan­tias. campanhas e empresas beneficiárias.

Arquivem-se, nos termos do artigo Ilfdo RegimentoInterno, as seguintes proposiçõcs:

ProjelO de LeiN' 5.037/81 (Osvaldo Melo) -Introduz alteração no

Decreto - lei n' 594, de 27 de maio de 1969, para O fim

Junho de 1985

de ampliar a participação dos clubes de futcbol profissio­nal no rateio da Loteria Esportiva.

No 416/83 (Nelson do Carmo) - Altera a redação dosartigos 2' e 7' da Lei que institui o salário-família do tra­balhador, concedendo incentivos para a patcrnidade res­ponsável.

N' 566/83 (Inocêncio Oliveira) - Dispõe sobre o con­trole prévio da venda dos medicamentos que menciona.

N' 642/83 (Renan Calheiros) - Altera os artigos 2' c7' da Lei n' 4.266, de 3 dc outubro de 1963 (Institui osalúrio-família do trabalhador).

N' 886/83 (Carlos Vinagre) - Acresccnta dispositivosao art. 10 do Decreto-lei n' 972, <le 17 de outubro de1969, que dispõe sobre o .:xercício da prolissão de jorna­lista.

N' 944/83 (Jorge Carone) - Dispõe sobre alienaçãode ações ordinárias de emprcsas da União.

N' 1.014/83 (Borges da Silveira) - Altera a lei Orgâ­nica dos Partidos Políticos na parte relativa aos Dire­tórios Municipais.

N' 1.117/83 (Celso,Pe.;anha) - Dá nova rcdação aoart. 2' da Lei n' 4.266, de 3 de outubro de 1963, que insti­tui o salário-família do trabalhador e dá outras provi­dências.

N' 1.338/83 (Geraldo Bulhões) - Imprime nova re­dação ao artigo 2' da Lei n' 4.266, de 3 de outubro de1963, instituidora do salário-família do trabalhador.

N' 1.466/83 (Manoel Affonso) - Dispõe sobre a co­municação dos atos forenses pelo telefone e dá outrasprovidências.

N" 1.467/83 (Jorgc Carone) - Altera a redação do §2' do art. 49 da Lei n' 6.649, de 16 de maio de 1979, queregula a locação predial urbana e dá outras providências,para modilicar o sistema de reajuste dos aluguéis resi­denciais.

N0 1.693/83 (Jorge Cury) - Altcra dispositivo da Lein" 4.266, de 3 de outubro de 1963, que instituiu o salário­família do trabalhador.

N' 1.930/83 (Assis Canuto) - Dispõe sobre a conces­são de desconto de 30% no preço das passagens aéreas,para piloto de todas as categorias.

N0 2.249/83 (José Moura) - Acrescenta parágrafo aoart. l' do Decrcto-lei n' 1.572, de I' dc sctembro de 1977,para incluir os clubes de futebol entre as instituições Ii­lantrópicas para efeito de iscnção da taxa que cspccifica.

N' 2.341/83 (Ruy Côdo) - Modifica dispositivo daLei n' 5.692, de II de agosto de 197' , que lixa Diretrizese Bases para o ensino de I' e 2' graus, e dá outras provi­dências.

N' 2.507/83 (Franeisco Sales) - Torna obrigatória ainclusão da disciplin'l, "Diretito Agrário", nas faculda­des dc Dircito de todo o País.

N' 2.618/83 (Sebastião Ataíde) - Autoriza a conces­são de licença de porte de arma aos motoristas profissio­nais na forma que especifica.

N' 3.103/84 (Doreto Campanari) - Dispõe sobrc mc­didas destinadas ao incentivo do turismo interno e dáoutras providências.

N' 3.645/84 (Josias Ldte) - Dispõe sobre o ServiçoMilitar c dá outras providências.

N' 3.784/84 (Carlos Vinagre) - DispÕe sobre o apro­veitamento, nos efetivos das Polícias Militares. dos bra­sileiros incluídos em excesso de contingente das ForçasArmadas.

N' 3.919/83 (Agenor Maria) - Dispõe sobre autori­zação para porte dc arma por motoristas de caminhões ctáxis.

N' 4.156/84 (Francisco Dias) - Altera a redação doartigo 19. caput, e dc scu § 2', da Lci n' 5.692, de 11 deagosto de 1971, permitindo o ingresso no ensino de l'grau de aluno com idade mínima de cinco anos.

'N' 4.402/84 (José Frejat) - Altera os arts. 188 e 192,da Lei n' 4.737, de 15 de julho de 1965, que instituiu oCôdigo Eleitoral para p'~rmitir contagem de votos pelasMesas Receptoras c dá outras providências.

N\' 4.417/84 (José Frejat) - Altera a rcdação do art.8' da Lei n' 4.737, de 15 de julho de 1965, que institui oC6digo Eleitoral.

N' 4.438/84 (Irma Passoni) - Torna obrigatôrio o cn­sino de Direito Agrário nas Faculdades de Direito doPaís.

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.Junho de 1985 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 8 5805

N" 4.480/84 (Antônio Pontes) - Dispõe sobre medi­das de combate à violência no futebol profissional, e dáoutras providências.

N' 4.542/84 (Nelson Wedekin) - Acrescenta disposi­tivo à Lei n" 6.899, de 8 de abril de 1981, para o fim de

determinar a incidência de correção monetária e juros deI % ao mês sobre os valores de títulos pagos em cartôriode protesto.

N" 4.859/84 (Moacir Franco) - Altera o sistema decobrança de custas judiciais.

N" 5.155/85 (Juarez Bernardcs) - Autoriza o porte dearma de fogo aos motoristas profissionais condutores decaminhões e táxis.

_SECRETARIA-GERAL DA MESA

1 9 8 3/Z{

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS

AUTOR EMENTA D.1TA DA l1E!ESSA AO GA3I:":::':E CI'!::L DA'PRESID~IlCIA f)A ,~::?03r,IC.::

59/83 WALL FERRAZ

70/83 HtLIO DUQUE

80/83 EDUARlXJ MATARAZZOSUPLICY

81/83 BRANDÃO MJNrEIRO

84/83 EDUARlXJ MATARAZZOSUPLICY:

Df. SGM-1D49; de 17.11.83

Df. SGM-1D48, de 17.11.83

Df. SQo.l-833, de 04.10.83

Df. SGM-IDS2, de 17.11.83

Of. 'SGM-822, de 04.10.e3

Solicita informações ã SEPLAN, sobre empresas brasileiras com

sede própria ou alugada no exterior.

Solicita infonnações ao MINISTfRIO DA FAZENDA e ã SEPLAN, so­

bre facilidades de empréstÍmos junto ao Banco do Brasil e 'a

CEF, ao Grupo Coroa-Brastel. (*)

Solicita infonnações ao MME, sobre a real situação do Garimpo

de ~rra Pe lada, no Estado do Pará.

Solicita informações ao MINISrfRIO DA FAZENDA, sobre os contra

tos assinados pelas autoridades monetárias do governo brasilel:

ro com os bancos credores do Brasil, 'em 1982 e 1983.

Solicita infonnações ã SEPLAN sobre ·os aumentos dos preços dos

derivados de petróleo Of. SQ.l-20, de 09.03.83

Solicita informações ao Sr. MINISTRO EXTRNlRDINAAIO PARA ASSu.riTOS RJNDIÁRIOS sobre a arrecadação pelo INCRA, nos exercícios

de 1978 a 1982, do Imposto Territorial Rural. Df. SQ.l-586, de 29.06.83

Solicita infonnações ao MINISTERIO DA AGRICULTURA sobre a im-

plantação do Parque Nacional do Capivara, em São Raimundo No

nato, no Piauí.

FERREIRA ~lARTINS

JOÃO HERC.'ULINO2/83

35/83

( * ) - Já respondido pelo Ministério da Fazenda.

85/83

89/83

102/83

FRANCISCO AMARAL

AIRTON SOARES

FARABULINI JGNIOR

Solicita informações ao MINISTfRIO DA JUSTIÇA, sobre estudos

daquela Pasta a respeito da criação de novas juntas de Conci

liação e Julganiento em todo o I:aís.

Solicita informações ã SEPIJW sobre o pessoal das Entidades

Estatais.

Solicita'informações à SEPLAN sobre prejuízos de Empresas E~

tatais nos últimos três anos.

Df. SQo.f-l053, de 17.11.83

Df. SQ.!-1057, de 17.11.83

Df. .SQ.!-1137, de 29,.11.83

112/83 SALLES LEITE Solicita informações ao !4-ffi, sobre os 50 maiores e 50 menores

salários pagos aos funcionários da Eletrobrás, Petrobrás, In­

terbrâs, Cia. Vale do Rio Doce, Nuc1ebrâs e Itaipu Binaciona1. Df. SGM-1147, de 29.11.83

128/83 SALLES LEITE So1tcita informações ao MINISrfRIO DA- AERONÁlJTICA, sobre in­

fra-estrutura aeroportuária. Df. SQ.l-1163, de 29.11.83

140/83 AMAURY MJLLER,:,:\

Solicita informaçõe.s ao MPAS sobre a situação real das contiJ's

da Previdência. Of. SQ.l-027, de 13:03.84

141/83 FREITAS NOBRE Solicita informações À SEPLAN sobre os cortes nos investimen­

tos do Sistema Telebrás. Of. SQ.l-028, de 13.03.84

153/83

157/83

FRANCISCO MlARAL

RAYMUNOO ASRlRA

Solicita informações ao MINISTfRIO DO TRABALI{) sobre a regul!

n~ntação da profissão de sociólogo.

Solicita informações ao ~r.IE sobre as j azidasque se encontram

em processo de lavra no Estado da Paraíba.

Df. SQo.I-040, de 13.03.84

Of. SQo.I-044, de 13.03.84

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5806 Sábado 8

:;9 AUTOR

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

EMENTA

Junho de 1985

DATA DA RE:·ESSA AO G;'3I:.'~':~ CIV::L Jj.

PRESIDZtlCIA DA _?2~3!'IC.~

159183

169184

172/84

181i84

185/84

186/84

190/84

191/84

201/84

215/84

222184

rnAGAS VASCONCELOS

AMILCAR DE QUEIROZ

1rJIY'.\AZ COELHO

CHAGAS VASCONCELOS

JOS6 TAVARF~

FR/INCISCO AMARAL

AMAURY MULLER

AW\lJRY ~fJLLER

JosE EUDES

ORESTES ~UNIZ

RA~IUNOO ASFelRA

Solicita infonnações ao TCU sobre o repasse pelo Poder Executi

vo das parcelas do IR e IPI aos Estados e ~I.micípios.

Solicita infonnações ao ~NE, sobre a construção de gasoduto li

gando o AIto i\mazonas ã Cidade de São Paulo;

Solicita infonnações ào ~1I1\'fER sobre projetos aprovados pela

SlIDENE, em 1983.

Solicita infonnações ao TeU sobre transferência de recursoS do

Fundo de Participação dos ,Municípios, referente a seu ,Estado,

no mês de março de 1984.

Solicita informações ao MINISrJ:RIO DAS COMUNlCAÇOES sobre cr.!:.

térios adotados para participação das concessionárias no den~

minado "Percentual llnico sobre ,Tráfego Mltuo".

Solicita informações ao Ml1E sobre reajustes das tarifas de ener

gia elétrica.

Solicita infonnações ao ~ME sobre exploração de riquezas mine­

rais por empresas multinacionais.

Solicita informações ao ~~1E sobre O balanço de 1983 da Petrobrás.

Solici ta infonnações ao ~NE sobre quais as providências a serem

tomadas pelo Govenlo em relação 30S bras.] leiros desaparecidos na

Argentina.

SCilicita informações ao ~NE sobre a utilização, pelo Estado de

Rondônia, da energi.a gerada pela Usina de ltaipu.

Solicita informações ao NEÇ sobre comemorações a serem realiza

das pelo ~1EC parà comemorar o 49 Centenário de Fundação do Es­

t ado da Paraíba.

Df. GP-0-354, de 13.03.84

Df. 5(101-101, de 28.03.84

Of. SQ.I- 103, de 28.03.84

Of.GP-0-801, de 23.04.84Cao v

Df. 5GM-178, de 18.04:84

Df. SC1-l-179, dE! 18.04.84

Df. -SGM-329, de 28.05.84

Df. 5GI-I-3.30, de 28.05.84

Df. SQ.I-390! de 06.06.84

Df. SGM-S50, de 08.08.84

Df. SGM-S57, de 08.08 :84

224/84 RA~IUNOO ASRlRA

228/84 SANTINHO RJRTAJ))

234/84 OSVALOO MELO

237/84 FRÁ~CISco.••"'\L\RAL

236/84 CWlIR RAM:JS

238/84 RAYMUNIXi ASRlRA

Solicita informações ao /.!EC sobre o desenvolvimento do Progra­

ma "Promoção da Saúde da Mulher e da Criançá", no Estado da

Paraíba.

Solicita infonnações ao MNISTI:RIO DI\5 C~iJNJCAç()ES sobre crit.§.

rios utilizados para a fixação da partjcipação das concessioni

rias no FLU1do de Participação Única sobre Tráfego Mútuo.

Solici ta informações ao ~il'IE sobre a instalação de uma base de

suprirrentos de inflamáveis, em Açailiindia, Estado ~hranhão.

Solicita informações ao GAB. CIVIL DA PRESo DA REPÚBLICA sobre

a reg1.l1amentaçiio da Lo i, n'? 5524, de' 05 de novembro de 1968.

Solicita informações ao MlNISTfRIO 01\ Fi\Z5'IDA sobre pedido de

infonnações ofeüJado pela Xorox do Br"sil ã CACEX.

Solicita informaç?es ao MlNISTJ:RIO DA JUSTIÇA sobre convênio

entre a União e o Estado da Paraíba, par" construção de uma

penitenciária em Campina.Grande.

Df. SGM-S59, de 08.08.84

Of. SGM-S63, de'08.08.84

Df. SGM-629, de 16.08.84

Df. SGM-632, de 16.08.84

Of. SQ.1c631, de16.08.84

Of. SG\I-633, de 16.08.84

247/84

251/84

253/84

258/84

BRANDÃO MJmEIRO

LOCIO ALCÂNTARA eALBI:RICO CORDEIRO

JOSI: EUDES

SJ:RGIO LOMBA

Solicita infonnações ao MEC sobre contratação de pessoal, pelo

Minis~ério, através de Convênios.

Solicita informações "O GAB. qVIL DA pRESo DA REPOBLICA sob!e

as gráficas mantidas por órgãos da Adininistrnção Pública.

Solicita infon~ações ao }~ffi sobre a privatização de empresas

ligadas ã PETROBRÁS.

Solicita infonnaçâes ao ~IINISTfRIO DAS COMUNTCAÇOES sobre a

criação do Fundo Nacional de Telecomlmicaçâes.

Of. SGM-729, de 05:09.84

Df. SGM-870, de 26.10.84

Df. SGN-f:72, de 26.10.84

Of. SGM-877, de 26.10.84

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Junho de 1985 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 8 5807

:19

260/84

261/84

262/84

268/84

AUTOJl

ARTHUR VIRGíLIO NETO

DARCY PASSOS

DJA1NA llCM

HYRTHES BEVILACQUA

EMENTA DATA DA RF::.sSSA ':0 Gri3I:".'~';'F: CIV;L i),i),

PRESID;IICIA DA .":F:?:J3LIC.".

Solicita informações ao NINISTI1RIO DA FAZENDA sobre o montante

recebido em dólares pelo Brasil pela eÀ~ortação de armamentos. Df. SGM-879, de 26.10.84

Solicita informações ao T~U sobre irregularidades relativas àcontabilização de receitas públicas federais. Df. GP-0-23S2, de 29.10.84

Solicita informações ao ~lINISTIôRIO 00 TRABALHO sobre contribui

ção sindical. Df. S(;/.I-880, de 26.10.84

Solicita informações ao mNTER sobre obras de saneamento básico

desenvólvidas no país. Df. S(1,1-886, de 26.10.84

273/84 RAYMJNOO ASRJRA

276/84 IRMA PJlSSONI

?78/84 HJZARILOO CAVALCANTI

279/84 JORGE LEITE

283/84 HORÁCIO ORTIZ

284/84 HlôLIO DUQUE

287/84 HJZARILOO CAVALCANTI

288/84 MYR1'HES BEVlLACQUA

Solicita informações ao NINISTIÔRIO DA FAZENDA sobre qual o vo­lume de exportação da indústria bélica brasileiTa no 19 Semes­

tre de 1983.

Solicita informações ao GAB. CIVIL DA PRES. DA REPOBLICA sobre

os gas tos com educação de todos os Ministérios, exceto o MEl..

Solicita informações· no ~NE sobre credenciamento da Mineradora

são Lourenço junto ao referido NinistéTio.

Solicita informações ao ~WAS sobre o número de aposentados p~­

gos pela Previdência.

Solicita informações ao MINISTlORIO DAS COMlJNICACOES sobre o pe,!:

centual de 30~ cobrados sobre os serviços de telccom~icações.

Sclicita informações à SEPLI\N sobre a libeTaçiío das cotas do

Ftmdo de Participação. dos Hunicípios no corrente exercício.

Solicita infol1n3ções à SECRETARIA-GERAL DO caNSo DE SEGur..ANeA

NACIONAL sobre a transformação dos Territórios Federais de Ro

raima e Amapá em Estados Membros da Federa(;ão.

Solicita informélções ao DASP sobre convênios com empresas lo­

cadoras de mão-de-obra.

Df. SGM-891, de 26.10 .'84

Df. 5(;/.1-9S2, de 31.10.84

Of. S(;/.I-10IS, de 19.11.84

Df. SGM-1016, de 19.11.84

Df. S(;/.I-1087, de 05.12.84

Df. S(;/.I-1088. de 05.12.84

Df. SGM-I091, de 05.12.84

Df. 501-1092, de 05.12.84

289/84

290/84

291/84

293/84

295/84

297/84

SEBASTI]!D NERY

OSWALOO LIMA FIUlO

WAGNER LAGO

FRANCISCO DIAS

ADEMIR ANDRADE

COMISS]!D DE RELAÇOESEXrERIORES

Solicita informações ao TCU sobre fnndamentos legais que jiJst~

fiquem os repasses de recursos realizados pelo SESI, SESC, SENAI,

SENAC' :para a Confederação Nacional da InâústTia e Confederação

Nacion~l do Comércio.

Solicita informaçÕes ao Sr. MINISTRO·EXTRAORDINÁRIO PARA ASSUN

TOS FUNDIMIOS sobre a ocupação e distribuição de terras pelo

.INCRA.

Solicita informações à SEPLAN sobre distribuição do Fundo de

Participação dos Municípios e do Fundo Rodoviário aos Mnnicí~

pios ~àranhenses.

Solicita informações ao SR. MiNISTRO CHEFE 00 EMFA sobre a pr~

dução de armamento pela indústTia bélica instalada no país.

Solicita informações ao MINTER sobre projetos agropecnários

e indnstriais aprovados para os Municípios de Santana do

Araguaia, São Féiix do Xingu, Conceição do Araguaia, Reden­

ção, Xingullra e Rio Maria, no Pará.

Solicita infonnaçõcs [lO MRE sobre a constante presença" deaeronaves militares dos Estados Unidos da América, estaci~

Df. GP-0-2724, de 05.12.84(3.0

Df. S(1,1-1093, de 05.12.84

Of. SClof-1 094 , de OS.12.84

Of. SGM-1096, de OS.12.84

Of. Sal-1098, de OS.12.84

Of. SGM-1100. de 05.12.84

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5808 Sábado 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Junho de 1985

:19

298/84

301/84

AUTOR

AIRTON SOARES e EDUARIO~IATARAlZO SUPLICY

ADEMIR ANDRADE

EMENTA DATA DA R:::ESSA AO GAi3I:::;72 ClT:!. D,PRESlDZilCII. DA .~:;?~3!:'lC.':'

Solicita informações ao MME sobre o Relatório feito pela Petr~

brás indicando as causas das duas explosões ocorridas na PIa-

tafonna de Enchova, em agosto <le 1984. Of. SG\I-02/8S, de 13.d3.85

Solicita informações ao SR. MINISTRO EXTRAORDINJ~JO PARA ASSU!:!

TOS FUNDIÁRIOS sobre os imóveis rurais local iwdos nos mlmicí­

pios de Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Redenção, Co~

ceição do/Araguaia, Rio Maria, Xinguara, são João do Araguaia,

Harabá e sobre a Fazenda Alvorada(na área da Brasil Central). Of. SQ.1-05, de 13.03.85

305/85

307/85

314/85

316/85

FRANCISCO AMtJlAL

FRANCISCO lIMARAL

VICTOR FACCIONI

QJNHA I3UENO

Solicita informações ao ~lINISTI!RIO DA FAZENDA sobre o desempenho

da Loteria Esportiva Federal quanto ã distribuiç;;o de sua rendas

líquida.

Solicita informações ao MPAS sobre os débitos de "mpresas públi­

cas e de economia mista de âmbito mLmitipal para com a Previdên­

cia Social.

Solicita informações ao BAJ\CO CENTRAL DO BRASIL E AO BANCO NACIO

NAL DA HABITAÇÃO sobre fatos relacionados com a intervenção g~

vemamental nos Bancos SlIlbrasilciro e Habitasul.

Solicita informações ao BANCO CENTRAL DO Br-ASIL sobre a situação

dos conglomerados Sulbrasileiro e Habitasul.

Of. SC/II-09, de 13.03.85

Of'. 50.1-11, de 13.03.85

Of. SQ.L 38, de 16.04.85

Of. SIJ.!-91, de 23.05.85

317/85 EVM'DRO AYRES DE MJURA Solicita informações ao MEC sobre bolsas distribuidas para o Es-

tado do Ceará. Of. SQ.j.92, de 23. O? 85

318/85

319/85

320/85

321/85

322/85

323/85

324/.85

325/85

326/85

R4UL BERNARlXI

OSWALDO TREVISAN

SEBASTIÃO NERY

EDUARDO MATARAlZOSUPLICY

IRMA PASSONI

SIEGFRIED HEUSER

Lacro ALCÂNTARA

EDUARro MATARAlZOSUPLICY .

OSWALOO LIMA'FIIHJ

Solicita informações ao MINISTI!RIO DA FAZENDA sobre a sltuaçào

dos conglomerados Sulbrasileiro e Habitasul.

Solicita informações ao MINISTtRIO DA FAZE~'DA sobre o conglo~

rado Sulbras ileiro.

Solicita informações ao BA,NO) .QóNTRAL DO BRASIL sobre a situa­

ção dos conglomerados SuIbrasileiro e lIabitaslIl.

Solicita informações ao MINISTERIO DO TRABAIJHO sobre o Fundo de

Assistência ao Desempregado.

Solicita informações ao MINISTRO-CHEFE 00 GABINETE CIVIL DA PRE­SIDENCIA'DA REPúBLICA sobre gastos com propagandà veiculada pela

mídia eletrilnica a partir de janeiro deste ano.

Solicita informações ao BANCO CENTRAL DO BRASIL sobre a concessão

de empréstimos pala entidade a cada banco sob controle dos Esta

dos e do Distrito Federal, de 1979 a '1984.

Solicita informações ao ~f,[E sobre o pagamento de idenização, pela

PETROBRÁS, no Estado do Ceará.

50 licita informações ao MINISTfRIü DA FAZENDA sobre a liquidação

extrajudicial dos conglomerados Sulbrasileiro e Habitasul.

Solicita informações ilO MINISTtRIU DA AGRIOJLTIJRA sobre a org'miz~

ç.ão e o funcionamento da Comissão de Fi.nanciarnento da Produção.

Of. SQ.I-93, de 23.0S.85

Of. 5Q.j-94, de 23.05.85

Of. ::ilM-95, de 23.05.85

Of. SQ.I-96, de 23.05.85

Of. S(1.1-97. de 23.05.85

Of. SR-I-98, de 23.05.85

Of. 5[1.[-99, de 23.05.85

Of. S(1.[-100, de 23.05.85

Of. SQ.I-l04, de 23.05.85

327/85 CARLCS ALBERTO DE CARLI SoliCita informações ao mNISTlORIO DA FAZENDA sobre empréstimo con

cedido ao Comind p.elo Bancq Central do Brasil Of. SOI-,12O, .de 28.05.85

'328/85 MYRTHES BEVILACQUA Solicita informações D'() MINISTlORIO DOS TRANSPORTES sobre a privati-.

zação do Porto de Barra do Riacho. Of. SQ.I-l05, de 27.05.85

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Junho de 1985

:19 AUTOR

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

EMENTA

Sábado 8 5809

DATA DA RE:ESSA ':0 G,13I<:E7!:: CÍ'I::r 1;PRESIDZI/CIADA PE?:J3LICA

329/85- ROBERTO JEFFERSON

330/85 RAYMlINro ASF6RA

331/85 RAYHlINOO ASFdRA

332/85 RAYHlINIXl fl.SFdRi\

3331.85 RAYMlINOO ASFdRA

334/85 RAYHU~ ASFdRA·

335/85 R!\)}llJNID ASFdR!\

336/85 ODILON SmORIA

Solicita informações ao MINISrf,RIO DA JUSTIÇA sobre a denominada

"Seita Moon" no Brasil.

Solicita'informações ao MINIsrG~IO DA AGRICULTlIRA sobre os esto­

ques da'CCMISSÃO DE FINANCIAMENTO DA COMISSÃO e da COBAL em 1984'.

Solicita informações ao BANCO, CENTRAL DO BRASIL sobre irregulari

dades apuradas nos conglomerados Sulbrasileiro e Ilabitasul.

Solicita informações ao Sr. MINISTRO-CHEFE DA SEPLAN sobre recu!:

sos financeiros para atender a populações flageladas.

Solicita informações ao ~lINISTfRIO DAS CO~llJNlCAÇ(1ES sobre descon

tos nas tarifas telefônicas para empresas de televisão.

'SClicita informações ao ~IINTER sobre recurSOS do Bl'mES para aqul.

sição de sementes para o Nordeste.

Solicita informações li' SUIJEI;'E sobre o "Pro jeto Nordeste".

Solicita informações ao INCRA sobre a atuação do capital estran­

geiro'na agricultura brasileira.

Of. SePl-I0õ, de 27.05.85

Of. SePI-I07, de 27.05.85

Of. S(J.I-I08, de 27.05.85

Of. SePI-I09,. de 27.05.85

Of. SGM-II0, de 27.05.85

Of. SGo(-lI1, de 27.05.85

Of. SGoI-112, de 27.05.85

Of. SGoI-lI3, 'de 27.05.85

.337/85

338/85

339/85

340/85

342/85

343/85

344/85

JORGE ~QUED

NILSON GIBSON

VIcrOR FACCIONI

lJíl.1A PASSCNI

IRMA VASSCNI

RAYMVNOOASf(JAA

HlJI.IBERTO scuro

Solicita infonnaçõbs ao mNIsTfRIO DAS C~IlJNICAÇ(1ES sobre os cri

térios que orientaram atos de efetivação de Diretores da Empresa

de Corréios e Telégrafos.

SClicita informações ao BANCO CENTRAL DO BRASIL sobre os processos

de int~rvenção e liquidação extrajudicial de instituições financel

ras.

Aditamento ao R.I. n9 314/85 - SClicita informações sobre o cálculo

estimativo do Pode~ Executivo(Banco Central ou Ministério da Fazen­

da) o mais próximo possive1, sobre o custo econõmico, financeiro e

social que acarretaria a liquidação extrajudici.al dos Bancos Sulbra

sileiro e Habitasul.

Solici ta informações ao MINISTERIO 00 DESENVOLVIMENTO URBANO E MEIO

~ffiIENI'E sobre projetos de moradia popular.

Solicita informações'ao MINISTtRIO DA EDUCAÇÃO sobre despesas com

os programas Telecurso.

Solicita informações ao MINISTtRIO DAS MINAS E EW3RGIA sobre a exis

têricia de convêni.o com'o Estado da Paraíba.

Solicita informações ao Sr. MuíISTRO CHEFE 00 GABINETE CIVIL DA

PRESIDENCIA DA REPOBLlCA sobre intervenção no Banco Sulbrasileiro.

Of. SePl-lI4., de 27.05.85

Of. SGl-115, de 27.05.85

Of. SGoI-116, de 27.05.85

Of. Sal-117, de 27.05.85

Of. SGoI-143, de 03.06.85

Of. SG\I-144, de 03.06.85

Of. sal-I45 , de 03.06.85

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MESA

Presidente:

Ulysses Guimarães - PMDB

1.0_Vice-Presidente:

Humberto Souto - PDS

2.°-Vice-Presidente:

Carlos Wilson - PlUDB

1.°-Secretário:

Haroldo Sanford - PDS

2.0-Secretário:

Leur Lomanto - PDS

3.0-Secretário:

Epitácio Cafeteira - PMDB

4.0-Becretário:

José Frejat - PDT

SUPLENTES

José Ribamar Machado - PDS

Orestes Muniz - PlUDB

Bete Mendes - PT

Celso Amaral - PTB

PMDB

Lider:

Pimenta da Veiga

Vice-Lideres:

Arthur Virgílio NetoDarcy Passos

Henrique Eduardo AlvesIsrael Dias-Novaes

Luiz HenriqueCássio GonçalvesValmor Giavarina

Aldo ArantesCristina Tav·ares

Genebaldo CorreiaHélio Duque

Hélio ManhãesHeráC'lito FortesJorge u'equed

José Maria MagalhãesJúnia Marl8e

Lélio SouzaMárcio BragaMário Frota

Paes de AndradeRenan oalheirosRoberto FreireSinval Guazzelli

Theodoro MendesWalmor de Luca

PDS

Lider:

Prisco Viana

Vice-Lideres:

Amaral NettoSantos Filho

Afdl/io Vieira LimaASsis Canuto

Bonifácio de AndradaEdison Lobão

Eduardo GalilGióia Júnior

Hugo MardiniJorge Arbage

LIDERANÇAS.Tosé Carlos Fonseca

José !~ernandes

LeoI'ne BelémLúci'a ViveirosPedro Corrêa

Pratini de MoraisRaul Bernardo

Rubem~ ArdenghiNey I~erreira

PlrL

Lider:José Lourenço

Vice-Líderes:

Celso BarrosJosé Thomaz NonôInocêncio Oliveira

Dionísio HageLúcio Alcânta,raJoão !~austino

Alceni GuerraSarney Filho

Fernando BastosCelso PeçanhaMário AssadAntonio Dias

PDTLider:

Na'dir Rossetti

Vice-Líderes:

José GolagrossiMatheus Schmic1tSérgio LombaDélio dos Santos

PTB

Lider:

Gastone Righi

Vice·,Lider:

Mendonça ,Falcão,'

Mende" BotelhoPT

Lider:Djaima Bom

Vice-Lideres:

Luis DulciEduardo Ma,tarazzo Su:p.licy

DEPARTAMENTO DE COMISSOES Carlos Vinagre Lélio Souza PTBGeraldo Fleming Márcio Lacerda Mendonça Falcão

DIretora: Nadir Pinto Gonzalez Harry Amorím Marcondes PereiraIturival Nascimento Mattos Leão

PTLocal: Anexo II - Telefone 224-2848 Vago

Ramal 6278 Ivo Vanderlinde Melo FreireJosé Mendonça de Pacheco Chaves Suplentes

Coordenação de Comissões Permanente~ Morais Raul Belém PMDBDiretora: Sílvia Barroso Martins Juarez Bernardes Ronan Tito Agenor Maria Jorge Vargas

Local: Anexo II - Telefone: 224-5179 PDS Carlos Mosconi Manoel Affonso

Ramais: 6285 e 6289 Adauto Pereira Josias Leite Cusiido Maldaner Manoel Costa Júnior

COMISSOESAntônio Gomes Maçao Tadallo Dante de Oliveira Mansueto de Lavor

PERMANENTES Balthazar de Bem e Nelson Costa Del Bosco Amaral Olavo Pires

Canto Pedro Ceolim Doreto Campanari Oswaldo TreviSllll

1} COMISSÃO DE AGRICULTURA E Celso Carvalho saramago Pinheiro Fernando Gomes Paulo Marques

POL{TICA RURAL Delson 8carano Valdon Varjão Hélio Duque Pimenta da Veiga

Emidio Perondi Wildy Vianna Israel Dias-Novaes Raul Ferraz

'!?residente: João Paganella João Bastos Walber GuimarãesJorge Viana - PMDB-BA PFL João Divino Vago

1.0_Vice-Presidente: Alcides Lima Geovani BorgesPDS

Santinho Furtado - PMDB-PR Bento Porto Hélio Dantas Afrisio Vieira Lima Francisco Sales2.0-Vice-Presidente: Claudino Sales LevY Dias Antônio Farias Irineu CoIato

Renato Cordeiro - PDS-SP Pabiano Braga. Cortes Oswaldo Coelho Antônio Mazurek Nelson Marchezau

TituIa.res Francisco Erse Reinhold Stephanes Assis Canuto Pedro Germano

PMDBCristino Cortes Rubens Ardenghi

PDT Darcy Pozza SalIes LeiteAirton Sandoval Aroldo Moldta Aldo Pinto Sérgio Lomba Diogo :Nomura <PFI.,) VagoAntônio Câmara Cardoso Alves Nilton Alves Estevam Galváo

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PDTJosé Jorge

Jacques Dornellas

2) COMISSAO DE CI~NCIA ETECNOLOGIA

Márcio MacedoMilton ReisRoberto FreireTobias AlvesWagner Lago1 vaga

Renato BernardiSamir Achôa

PDS

Jutahy JúniorMagalhães PintoNelson MorroNey FerreiraOsmar LeitãoRicardo FiuzaVago

PT

PDT

Délio dos Santo~

PTB

PFL

PDSVictor FaccioniWildy Vianna

PDSCláudio PhilomenoVago

PFLVago

PFL

Ricardo RibeiroSarney FilhoTheodorico Fel.aço2 vagas

PMDB

Suplentes

Gastone Righi

Clemir Ramos

Francisco BenjamimJosé Mendonça BezerraLázaro CarvalhoPedro Colin

Ibsen Pinheu'oJackson BarretoJorge LeiteJorge MedauarJosé Mendonça de

MoraisLélio SouzaLUiZ Leal

Darcílio AyresEdison LobãoEduardo GnlilGomes da Silva.João PaganellaJosé Carlos FonsecaJosé Penedo

Del Bosco AmaralHélio ManhãesIrineu Brzesinskl

Vago

Reuniõ,es:Terças, quartas e quintas-feiras, às 10:OOh

Local: Anexo II - Sala 1 - Ramal 6308

Secretário: Ruy Prudêncio da Silva

Antônio Osório

5) COMISSAO DE DEFESA DOCONSUMIDOR

Presidente:Nelson do Carmo - PFL-SP

1.0-Vice-Presidente:Sebastião Ataíde - PDT-RJ

2.°-Vice-Presidente:Figueiredo Filho - PDS-RJ

Titulares

PMDB

Amadeu Geara Mário FrotaAurélio Peres Ronaldo CamposJosé Carlos Vasconcelos

Nilton Alves

PDT

Aécio Cunha

Albino CoimbraClarck Platon

Mozarildo Cavalcanti VagoFrança Teixeira

José TavaresOswaldo Lima FilhoPlinio MartinsRaimundo LeiteRaymundo AsforaRenato ViannaSérgio MuriloTheodoro MendesValmor Giavarina

Hamilton XavierJorge ArbageJosé BurnettJúlio MartinsOswaldo MeloOtávio CesárioRondon Pacheco

PFL

Magno Bacelar

Márcio BragaSamir AchôaSérgio MuriloVago

PDS

Rômulo GalvãoVingt Rosado

PFL

Natal GaleNilson GibsonRonaldo CanedoWalter Casanova

PFL

Saulo QueirozVago

PDT

PDT

PDS

PDT

Nadyr Rossetti

PTB

PT

Suplentes

PMDB

Suplentes

PMDB

Carlos EloyMaurício Campos

JG de A. Jorge

França TeixeiraRita Furtado

Alair FerreiraManoel RibeiroPedro Ceollm

Sebastião Nery

Carneiro ArnaudFreitas NobreHeráclito Fortes

José Genoino

Roberto Jefferson

Ademir AndradeArnaldo MacielBrabo de CarvalhoEgidio Ferreira LimaJoão CunhaJoão DivinoJoão GilbertoJorge CaroneJosé Mello

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10 :OOhLocal: Anexo II - Sala 26 - Ramais 6304 e 6300secretária: lole Lazzarini

Afrisio Vieira LimaArmando PinheiroBonifácio de AndradaErnanl SatyroGerson PeresGorgônio NetoGuido Moesch

Matheus Schmidt

4) COMISSAO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA

Presidente:Aluizio Campos - PMDB-PB

1.0_Vice-Presidente:Djalma Falcão - PMDB-AL

2.0 _ Vice-Presidente;Joaci! Pereira - PDS-PB

Titulares

PMDB

Antônio DiasCelso BarrosGonzaga VasconcelosJairo MagalhãesMário Assad

Henrique EduardoAlves

Marcelo Medeiros

PFL

Israel PinheiroJosé Carlos FagundesSebastião CurióHomero SantosWolney Siqueira

PDT

1 vaga

PT

PTB

PFL

Jonathas Nunes

PDT

Mário Jurunr.Osvaldo Nascimento

Alceni GuerraAntônio DiasAntônio FlorêncioAntônio UenoEnoc Vieira

Celso Amaral

Evaldo Amaral

Eduardo MattarazzoSuplicy ,

Reuniões;Quartas e quintas-leiras, às 10:OOhLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramais 6292 e

6294

Secretário: José Maria de Andrade Córdova.

Presidente:Adail Vettorazzo - PDS-SP

1.0 _ Vice-Presidente:Antônio Florênc!o - PFL-RN

2.0 -Vice-Presidente:Fernando Cunha - PMDB-GO

TituIa.res

PMDB

Dirceu Carneiro Maurílio FerreiraJorge Uequed LimaJorge Vargas

PDS

Irlllcu Colato Brasilio Caiado

PFL

Suplentes

PMDB

Cristina Tavares Pacheco ChavesHorácio Orti2; Sinval GuazzelliManuel Viana

3) COMISSAO DE COMUNICAÇÃOPresidente:

Ibsen Pinheiro - PMDB-RS1.0_Vice-Presidente:

Siqueira Campos - PDS-GO2.°.Vice-Presidente :

Moacir Franco - PTB-SP

Titulares

PMDB

PDS

Gerardo Renault VagoJoão Rebelo

Nilton Alve.

Reuniões:Quartas e quintas-leiras, às 10 :OOhLocal: Anexo II - Sala 12 - !Ramàls 6295 e

6297secretário: Luiz de Oliveira Pinto

Anibal TeixeiraAntónio MoraisDomingos LeonelliFrancisco Amaral

Carlos VirgUloGióia Júnior.;Jaime Câmara

PDS

Sa1les LeiteVieira da Silva

Amadeu Geara'Arthur Virgílio NetoCardoso Alves

. Cid Carvalho

Fernando GomesFrancisco AmaralFreitas Nobre

Reuniões:Quartas e quintas-leiras, às 10:OOhLocal: Anexo II - Sala 25 - Rama! 6378Secretária: Maria Júlla Rabello de Moura

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José Eudes

PT

6) COMISSÃO DE ECONOMIA,INDúSTRIA E COMÉRCIO

PTBNelson do Carmo (PFLl

Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca

PDSFlávio MarcílioVicente Guabiroba

PDS

Siqueira CamposVictor Faccioni2 vagas

PFL

PDT

Paulino Cicero deVasca,ncellos

Simão SessimPDT

PTB

PDSRenato JohnssonWanderley Mariz

PDS

José Luiz MaiaOly FachinWilson Falcão

PFL

França Teixeira

PFLJessé FreireThales Ramallio

PDT

PTB

SuplentesPMDB

Luiz HenriqueManoel AffonsoRaul FerrazRoberto Rollemberg

SuplentesPMDB

Raul BelémWilson PazVago

Jayme SantanaJosé Carlos Fagundes

Aécio CunhaAlércio Dias

Aécio de BorbaJosé Carlos

Martinez

Brasílio CaiadoJoão Carlos de Carli

Vago

Bete Mendes (PT)Ciro NogueiraIbsen PinheiroJosé Eudcs (PT)Leónidas Sampaio

Agnaldo Timóteo

José Colagl'Ossi

Irajá ROdriguesLuiz BaccariniLuiz Leal

Bayma JúniorFernando Magalhães

Alvaro GaudêncioFurtado Leite

Celso CarvalhoFerreira Ma·rtinsPaulo Guerra

Ademir AndradeDomingos JuvenilMarcos LimaNyder Barbosa

9} COMISSÃO DE FINANÇAS

PFLChristovam Chiaradia Paulo MelroJayme Santana

Vago

Reuniões:QUintas-feiras, às 10 :{}OhLocal: Anexo Il -- PI<mário da Comissão de

Defesa do ConsumidorRamais: 6385 - 63811 - 6387Secretária: Maria I,inda Morais de Magalhães

Presidente:Aécio Borba - PDS-CE

1.0 _ Vice-Presidente:Moysés Pimentel - PMDB-CE

2.°_Vice-Presidente:José Carlos Fagundes - PFL-MG

Titulares

PMDB

PDTAgnaldo Timóteo

Floriceno Paixão

Reuniões:Quartas c quintas··feiras, ás 10:0011Local: Anexo Ir - Sala 16 - R.: 7151Secretário: Jarbas Leal Viana

Marcondes PereiraOctacilio de AlmeidaPaulo MarquesRaymundo Asfora4 vagas

Heráclito FortesJoão BastosMárcio BragaMilton Reis

Raymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz''Vilson Haese2 vagas

PT

PFL

Rita Furtadostélio Dias

PDSOly FaclünRômulo GalváoSalvador JulianelliVictor Faccioni

PDT

PTB

PDS

Valdon VarjáoVieira da Silva3 vagas

PTB

PT

P.F'L

Norton MacedoSimão SessimWalter Casanova

PDT

Suplentes

PMDB

Alvaro ValleDionísio HageJoão Faustino

Irma Passoni

Osvaldo Nascimento

Darcilio AyresEmilio HaddadFerreira MartinsLeorne BelémMauro Sampaio

Aldo ArantesCasildo MaldanerFrancisco DiasHermes ZanetiMárcio BragaOscar Alves

Farabulini Júnior

Albérico CordeiroBonifácio de AndradaBrasílio CaiadoEraldo 'Tinoco

Abdias Nascimento

Celso PeçanhaJairo MagalhãesMagno Bacelar

Moacir Franco

8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMO

7) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ECULTURA

Presidente:José Moura - PFL-PE

1.0_Vice-Presidente:Aloysio Teixeira - PMDB-RJ

2.°_Vice-Presidente:Manoel Ribeiro - PDS-PR

Titular,es

PMDB

Presidente:João Bastos - PMDB-SP

1.0-Vice-Presidente:Jônathas Nunes - PFL-PI

2.°_Vice-Presidente:Randolfo Bittencourt - PMDB-AM

Titulares

PMDB

Luiz Dulci

Reuniões:Quartas-feiras, às 10 :oohLocal: Anexo II - Sala 21 - Ramal 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra,

Francisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosJrineu Brzesil1SkiJoáo Herculino

Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo

Alves

João AgripinoJosé UlissesManoel AffonsoOdilon SalmoriaOswaldo TrevisanPedro SampaioSiegfried Heuser

Miguel ArraesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhcRenan CalheirosVirgildásio de Senna3 vagas

José MouraOscar CorrêaRubem Medina

PFL

PDS

Gerardo RenaultPaulo MalufPratini de MoraisRenato JohnssonRicardo FiuzaSérgio Philomeno

PDTVago

PTB

Amaury Müller

PDS

Gerson PeresHélio CorreiaJosé BurnettJosé Luiz MaiaNagib Haickel3 vagas

PFLNylton VeIJosoOrlando BezerraSaulo QueirozVictor Trovão

PDT

Bocayuva Cunha

Francisco StudartHerbert LevyIsrael PinheiroJoão Alberto de Souza

Fernando Carvalho

Amaral NettoAntônio FariasCunha BuenoDjaIma BessaEduardo GalilEsrevam GalváoGeraldo Bulbões

Aldo Pinto

Alberto GoldmanArthur Virgílio NetoCoutinho JorgeCristina 'l'avaresDarcy PassosGenebaldo CorreiaHaroldo LimaHélio Duque

Adauto PereiraBalthazar de Bem e

CantoCarlos VirgílioEdison LobãoFélix Mendonça

Alcides FranciscatoEvandro Ayres de

MouraJosé CamargoJosé Thomaz NOllÓ

Presidente:Ralph Biasi - PMDB-SP

1.0-Vice-Presidente:Celso Sabóia - PMDB-PR

2.0 _ Vice-Presidenre:Luiz António Fayet - PFL-PR

Titulares

PMDB

Antônio CâmaraCid CarvalhoDenisar ArneiroHe1ll'ique Eduardo

AlvesIrajá RodriguesJrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo CordeiroMário Hato

PTEdual'do Mattarazzo Suplicy

Suplentes

PMDB

Reunióes:Terças, quartas e quintas-feiras, às II):oohLocal: Anexo Ir - Sala 20 - Ramal 6314secretária: Maria Laura Coutinho

Page 49: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/imagem/d/pdf/dcd08jun1985.pdf · , DIARIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XL - N9 062 CAPITAL FEDE~AL

11) COMISSÃO DO fNDIO

Mário LimaOswaldo Lima FilhoRob€rto FreireVirgildásio de Senna.Walmor de Luca3 vagas

Maurício CamposWolney Siqueira

Horácio Ma.tosHugo MardiniJ.oão Batista. FagundesNelson Costa.Siqueira Campos

PFL

Pratini de MoraisPrisco VianaVictor Faccioni3 vagas

PFLLevy DiasLuiz Antônio FayetVago

Manoel Costa JúniorMarcelo CordeiroMárcio Lacerda.Pimenta da VeigaVicente QueirozVago

PDS

PDT

Leorne BelémLudgero RaulinoMaçao TadanoMauro SampaioNagib HaickelOssian AraripePedro CorrêaWilmar PalisWilson Falcáo

PFL

PDS

PT

PTB

José JorgeJosé MouraLúcio AlcântaraOswaldo CoelhoRuy Bac-elarTapety Júnior

PDT

José Frejat

PDS

Bento PortoJoão Alberto de SouzaJosé Machado

Alb€rto GoldmanArthur Virgílio NetoCoutinho JorgeJoão Herrmann NetoJorge CaroneJosé Tavares

Epitácio BittencourtJaime CâmaraJosé FernandesManoel Gonçalves

Albérico CordeiroBayma JúniorClarck Pla.tonEmílio HaddadFelix Mendonça

Celso Sabóia.Cid carvalhoFernando SantanaGenésio de BarrosHorácio OrtizJoáo Agripino

Jacques D'OrneIlasOsvaldo Nascimento

Carlos ElcyEmílio GaUoEvaldo Amaral

Celso Amaral

Clemir RamosJiullo Caruso

Irma Passoni

13) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

P.eunióes:Quartas e quintas-feiras, às !():OOhLocal: Anexo II - Sala 28 - R.: 6330 e 6333Secretário: Benício Mendes Teixeira

Alcides LimaAlércio DiasFabiano Braga CortesGeovani BorgesBerbert LevyJoão Faustino

Presidente:Marcos Lima. - PMDB-MG

1.0_Vice-Presidente:Paulo Melro - PFL-SC

2.°_Vice-Presidente:Ademir Andrade - PMDB-PA

Titular9PMDB

PTBPaullno Cícero de Vasconcellos (PFL)

Suplentes

PMDB

Adroaldo CamposAmilcar de QueirozAntôniO AmaralAntônio OsórioArtenir WernerBa~ma JúniorEurico RibeiroHugo MardiniIbsen de Castro

Joaquim ROO"lzJosé MelloMa.rcelo CordeiroMárcio Lacerda.Milton FigueiredoPaulo ZarzurPlínio MartinsRaimundo LeiteRalldolfo BittencourtRenato Via.nnaRuben Figueiró3 vaga.s

Mário FrotaMário LimaOlavo PiresOrestes MunizOswaldo Murta.Paulo BnrgesRaul Ferra.zRoberto FreireRonaldo CamposSinval GuazzelliVirgildásio de sennaWagner La.goVago

Josué de SouzaJutahy JúniorLúcia ViveirosMa.noel GonçalvesManoel NovaesPaulo GuerraVingt RosadoWanderley Mariz

PFL

Milton Bra.ndãoMozarildo CavalcantiOrlalld.o BezerraVictor TrovãoVg,go

PDT

PT

Nadyr Rossetti

PDS

PFJ

ítalo ContiJosé Mendonça

Bezerra

PDT

PTB

PTB

Suplentes

PMDB

Délio dos SantosMário Juruna.

Djalma Bom

iloysio TeixeiraAluízio BezerraAluizio CamposAníbal Teixeira.Aroldo Moletta.Denisar ArneiroDilson FanchinFernando GomesFrancisco AmaralHaroldo LimaHarry AmorimJoão Herrmann Neto

Antônio PontesEmilio GaIloGeraldo MeloInocêncio OliveiraJosé Mendonça BezerraJosé Thomaz Nonô

Jorge Cury

Antônio MazurekAssis CanutoAugusto FrancoClarck PlatonCristino CortesEdison LobãoFrancisco SalesGilton GarciaJoão Rebelo

Agenor MariaCarlos Alb€rto de

CarliCiro NogueiraDante de OliveiraElquisson soaresHeráclito FortesJackson BarretoJorge CuryJorge MedauarJosé MaranhãoManoel Costa JúniorMansueto de Lavor

TltuIa.res

PMDB

Presidente:José Luiz Maia - PDS-PI

1.0_Vice-Presidente:Evandro Ayres de Moura - PFL-CE

2.°_Vice-Presidente:José Carlos Vasconcelos - PMDB-PE

12) COMISSÃO DO INTERIOR

Vago

P.eunióes:

Terças e quintas-feiras, às 9h3OrninLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoRamais: 6391 e 6393Secretária: Mariza da Silva Mata

Abdias Nascimento

Bento PortoFrança TeixeiraGonzaga Vasconcelos

PFLRicardo RibeiroRita Furtado

Nagib HaickelPaulo Guerra2 vagas

PT

PDT

PTB

PDS

José Carlos MartinezUbaldo Barém

PFL

Furtado LeiteVago

PDT

Nosser Almeida

SuplentesPMDB

Israel Dias-NavaesJoão Herrmann NetoJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Júnior2 vagas

PDS

Júlio MartinsWlldy Vianna2 vagas

Albino CoimbraFernando CollorJoáo Batista FagundesJosué de Souza

Vago

Mário Juruna

Presidente:Arildo Teles - PDT-RJ

1.°_Vice-Presidente:Gilson de Barros - PMDB-MT

2.°_Vice-Presidente:Sérgio Cruz - PMDB-MS

Titular-esPMDB

Márcio SantilliOrestes MunizRandolfo BlttencourtVago

PDS

Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo Lima

Aldo ArantesDante de OliveiraLuiz Guedes

Alcides LimaLevy DiasMczarilao Cavalcanti

Eraldo TinocoIbsen de CastroJaime CâmaraJosé Fernandes

Emilio HaddadJaime CâmaraJorge Arbage

10) COMISSÃO DE FISCAUZAÇÁO FI·NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

José ColagrnssiReuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 23 - Ramais: 6325 e 6328Secretário: José Cardoso Dias

Sebastião NerySuplentes

PMDB

Alencar Furtado Siegfried HeuserFrancisco Pinto 4 vagas

PFL

Christovam Ohiaradia Ricardo Rib€iroJayme santana Vago

PDT

Alvaro GaudéncioCastejon Branco

Augusto TrelnJoáD Alves

Fernando GomesJoão HercullnoRob€rto Rollemberg

Presidente:João Carlos de Caril - PDS-PE

1.°_Vice-Presidente:Amilcar de Queiroz - PDS-AC

2.°_Vice-Presidente:Milton Figueiredo - PMDB-MT

TitularesPMDB

Rosa FloresWilson VazVago

PDS

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15) COMISSAO DE RELAÇOESEXTERIORES

Oscar AlvesVago

Pedro Corrêa.Salvador JulianelliVago

Luiz HenriquePaes de Andrade

PDS

José Carlos MartinezNosser Aimeida

PFLSauio Queiroz

PDT

PFL

'rituIarcsPMDB

HuplentesPMDB

Mattos LeãoRenato Loures Bueno5 vagas

PDS

Vago

Etelvlr DantasGomes da Silva

ítalo Conti

Evaldo Amaral

PFLSebastião Curió

SuplentesPMDB

Flávio Bierrembach José TavaresLuiz Baccarini Vago

PDS

Francisco PintoLeônidas Sampaio

PDS

Reuniões:

Quartas e quintas-i[eiras, às 10:00hLocal: Anexo Ir -- Sala 13 - R.: 6355 e 6358Secretária: Maria de Nazareth Raupp Machado

17) COMISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL

Castejon BrancoInocêncio OliveiraNavarro Vieira Filho

POT

Presidente:Homero santos - PFL-MG

1.0-Vice-Presidente:Jorge Leite - PMDB-RJ

2.0 -Vice-Presidente:

18) COMISSAO DE SERViÇOPOBLlCO

Francisco Rollemberg

Vago

Reuniões:

Quartas e quintas-feiras, às 10:OOh

Local: Anexo II - Sala 19 - R.: 6350 e 6352Secretãria: Iná Fernandes Costa

José Ribamar Vicente GuabirobaMachado Vago

PFLAntônio Pontes Milton Brandão

Presidente:Ney Ferreira _. PDS-BA

l.o-Vice-Presidente:Ary Kffuri - PDS-PR

2.°_Vice-Presidente:Ruben Figueiró - PMDB-MS

TltnJa.res

PMDB

Gilson de Barros VagoRuy Lino

Figueiredo FilhoFrancisco RollembelrgJairo AziManoel Novaes

Jorge ViannaLeônidas SampaioMario Hato

José Maria MagalhãesLuiz GuedesMax MauroVago

PT

Jacques O'Ornellas

PDS

4 vagas

PFL

Lúcia ViveirosMarcelo LinharesNosser AlmeidaOswaldo Melootãvio CesárioRondon PachecoSalvador JulianelliSaramago PinheiroSiqueira Campos

PTB

!talo ContiJayme SantanaJosé Thomaz NonõOscar CorrêaRita Furtado2 vagas

Luiz GuedesManoel AffonsoManoel Costa JúniorMaurilio Ferreira LimaOdilon SalmorlaOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoTheodoro MendesTobias Alves4 vagas

PDS

PFL

Rosemburgo RomanoVago

PDT

PDT

PTB

PT

PDT

Clemir Ramos

Suplentes

PMDB

Anselmo PeraroBorges da SilveiraDario TaVaresDoreto Campanari

Bocayuva CunhaJO de Araújo Jorge

Jiúlio Caruso

Alceni GuerraLúcio Alcântara.

Albino CoimbraLeônidas RachidLudgero Raulino

Fernando Carvalho

José Eudes

Gastone Righi

Abdias Nascimp.ntoAmaury Milller

Vago

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às lO:OOhLocal: Anexo Ir - Sala 2 - R: 6347 e 6348secretária: Regina Beatriz Ribas Mariz

Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgilio NetoBorges da SilveiraDjalma FalcãoGustavo FariaJackson BarretoJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez Bernardes

16) COMISSAO DE SAODEPresidente :

Carneiro Arnaud - PMDB-PB1.D_Vice-Presidente:

Manoel Vianna - PMDB-CE2.°_Vice-Presidente:

Tapety Júnior - PFL-PI

'ritularcsPMDB

Claudino SalesChrisrovam ChiaradiaFrancisco StudartFurtado LeiteHélio DantasHomero Santos

Armando PinheiroAugusto FrancoCláudio PhilomenoCunha BuenoErnani SatyroFernando MagalhãesGilton GarciaGióia JúniorHamilton XavierJoão Alves

José FogaçaJúnia MariseMárcio MacedoMárcio SantilliMário HatoMiguel ArraesMilton ReisNyder BarbosaOctacíliode AlmeidaPaulo MarquesRenato Loures BuenoRosa Flores

PDS

PDT

Matheus Schmidt

PTB

PDSJ oacil Pereira

Dilson Fanchin

PDS

PFLRita Furtado

SuplentesPMDB

Mário HatoVago

Bocayuva Cunha

Aloysio TeixeiraJúnia Marise

Alvaro Valle

Angelo Magalhães Nelson MarchezanDiogo Nomura (PFL) Nelson MorroEpitácio BittencoUl"í; Ossian AraripeEraldo Tinoco Rubens ArdenghiJosé Carlos Fonseca Tarcísio BuritiJosé Penedo Santos FilhoJosé Ribamar Machado Ubaldo BarémMagalhães Pinto 3 vagas

PFL

Norton MacedoPedro ColinRicardo RibeiroSarney FilhoThales RamalhoTheodorico Ferraço

Djalma Bessa

Adail VettorazzoFrancisco Rollemberg

PFLDionísio Hage

Freitas NobreJosé Carlos

Vasconcelos

Celso Amaral

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 27 - R.: 6336 e 6339Secretária: Allia FeUcio Tobias

Antônio UcnoEnoc VieiraJessé FreireJose camargoJosé MachadoMaluly Neto

Celso Peçanha

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às 10:00hLocal: Anexo li - Sala 11 - R.: 6341 e 6343Secretário: Mozart Vianna. de Paiva.

Presidente:Francisco Benjamim - PFL-BA

1.D_Vice-Presidente:João Her=ann Neto - PMDB-SP

2.°_Vice-Presidente:Adroaldo Campos - PDS-CE

Titularetl'PMDB

Alencar FurtadoAluizio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando SantanaFlávio BierrembachFreitas NobreFued Dib!ram Saraiva!rapuan Costa JúniorIsrael Dias-NovaesJarbas VasconcelosJosé Carlos Teixeira

14) COMISSAO DE REDAÇAOPresidente: .

Flávio Marcílio - PDS-CE1.0_Vice-Presidente:

Marcelo Linhares - PD8-CE2.°.Vice-Presidente:

Daso Coimbra - PMDB-RJ

'l'Jtu1&res

PMDB

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Horácio Matos VagoOly Fachin

19} COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL

Vago

Reuniões:

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo n - Sala 15 - R: 6360Secretário: Edson Nogueira da Gama

Presidente:Amadeu G€ara - PMDB-PR

1.°_Vice-Presidente:Luis Dulci - PT-MG

2.°_Vice-Presidente:Myrthes Bevilacqua - PMDB-ES

Francisco Rollemberg

PDT

PDS

I'DSGu1do MoeschJorge ArbageVago

PDT

Arnaldo MacielDjaIma Falcão

PMDB

Roberto Freire

Titulares

Suplentes

PMDB

Afrisio Vieira Lima

Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo

Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes

Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto

Brandão Monteiro

2) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N'? 3.289/84 (MENSAGEM N'? 94,DE 1984, DO PODER EXECUTIVO),QUE "DISPõE SOBRE O C6DIGOBRASILEIRO DO AR"

Presidente :Bonifácio de Andrada - PDS

1.0_Vice-Presidente:Manoel Ribeiro - POS

2.°_Vice-Presidente:JoSé Maranhão - PMDB

Relator-,Geral:Jorge Vargas - PMDB

Titulares

PMDBOdilon Salmoria

1} COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634175, DO PODER EXE­CUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVIL

Presidente:Pimenta da Veiga - PMDB

1.°_Vice-Presidente:Elquisson Soares - PMDB

2oo-Vice-Presidente: Gilton Garcia - PDSRelator-Geral:

Ernani Satyro - PDS

Rela.tores Parciais:

Depo Israel Dias-Novaes -- Parte Geral - Pes­soas, Bens e Fatos JurídicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDepo Francisco Benjamim - Livro II - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Afrísio Vieira Lima - Livro lIr - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamíliaDop. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar

Vago

Reunião:Anexo n - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan

Matheus Schmidt

Flávio BierrembachJorge Vianna

PDSítalo COnti Navarro Vieira FilhoJosé Ribamar Machado

PDT

JoSé FernandesManoel RibeiroPedro GermanoRaul BernardoWiImar PaUs

Orestes MunizPaulo BorgesRosa Flores6 vagas

JOsias LeiteLeônida.~ RachidPaulo MalufSantos FilhoVictor Faccioni

Marcos LimaPaulo MincaronePaulo ZarzurSérgio FerraraTidei de LimaWalber Guimarães

PFL

PDS

PDS

PTB

PFL

Stélio DiasWolney SiqueiraVago

PDT

Vago

Carlos PeçanhaDeniBar ArneiroD/lson FanchinDomingos JuvenilFelipe CheiddeHorácio OrtizJoaquim RorÍl'l

Airton SandovalFrancisco DiasGeraldo FlemingJoSé UlissesLuiz Leal

COORDENAÇÃO DE COMISSÕESTEMPoRARIAS

Adail VettorazzoAmaral NettoAugusto TreinEmídio PerondiEraldo Tinoco

20) COMISSÃO DE TRANSPORTES

Alair FerreiraDarcy PozzaEurico RibeiroHélio CorreiaJairo Azí

Alcides Franciscato Ruy BacelarAlércio Dias Simão SossimLázaro Carvalho

Diretor: Walter Gouvêa Costa

Local: Anexo II - Tel: 226-2912Ramal: &401

Seção de Oomis!Iões Especiais

Chefe: Stella Prata da Silva Lopes

Local: Anexo II - Te!.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409

Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito

Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza

Local: Anexo n - Te!. 223-7280Ramal 6403

Bceayuva Cunha

Presidente :Juarez Baptista - PMDB-MG

1.0_Vice-Presidente:Navarro Vieira Filho - PFL-MG2.°_Vice-Presidente:

Mendes Botelho - PTB-SP

TitularesPMDB

PDTJosé COlagrossi Vago

Suplentes

PMDB

Carlos EloyDionísio HageMauricio Campos

Celso Amaral

Reuniões:Quartas e quintas-feiras, às lO:OOhLocal: Anexo II - Sala 24 - R.: 6370 e 6371Secretário: Carlos Brasil de Araújo

Myrthes BevilacquaMoysés Pimentel

PDS

Nelson Costa5 vagas

Irineu BrzesinskiIvo VanderlindeLuiz HenriquePacheco ChavesVago

POS

PDS

PFL

Natal GalePaulo Melro

Ronaldo Canedo4 vagas

PFL

Ubaldino MeirellesVivaldo Frota

PDT

PDT

PTB

PTB

PFL

Ronaldo Canedo

PDT

TitularesPMDB

Mário de OliveiraNelson WedekinRenan Calheir06Rosemburgo Romano

Suplentes

PMDB

SuplentesPMDB

Farabulini Júnior

Vago

Floriceno Paixão

Antônio GomesGuido Moesch

Antônio AmaralArtenir WernerOsmar Leitão

EmUio GalloMaluly NetoMário Assad

Brabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando CunhaFrancisco Amaral

Airton SoaresAurélio PeresCássio GonçalvesJúlio Costamilan

JoSé Machado

Edme TavaresFernando BastosNylton Velloso

Freitas NobreGilson de BarrosJorge Uequed

Mendes Botelho

Reuniões:

Quartas-feiras, às 9:00 horas

Locll.1: Anexo n - Sala 9 - R.: 6368Mecretário: Ivan Roque Alves

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Clemir RamosRelatores Parciais:Navarro Vieira Filho - Titulas I e IIJoSé Maranhão - Títulos III e IVítalo Conti - Titulas V e XIMatheus Schmidt - Titulo VIFláVio Bierrembach - Titulas VII e VIIIOdilon Salmoria - Titulos IX e XReuniões: Quintas-feiras, às 16 horasLocal: Anexo II - Ramais 6408 e 6409Secretária: Symira PalatinikReunião:Anexo 11 - Ramais: 6408 e 6409Secretária: Symira Palatinik

4) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA ESTUDAR E PROPOR MEDIDASSOBRE REFORMA AGRARIA

Presidente:Fernando Santana - PMDB-BA

l.0_Vice-Presidente:Márcio Lacerda - PMDB-MT

2.°_Vice-Presidente:Balthazar de Bem e Canto - PDS-RS

Relator:Reinhold Stephanes - PFL-PR

TitularesPMDB

BaJ'ma Júnior Pratini de MoraesJosé Carlos Fonseca Siqueira Campos

Maçao TadanoRubens Ardenghi

Osvaldo Coelho

PFL

PDT

PDS

Suplentes

PMDB

Hélio DuqueCardoso AlvesPaulo Zarzur

Nilton Alves

Homero Santos

Jorge ArbageAdroaldo CamposCunha Bueno

Harry AmorimGustavo de FariaMárcio Lacerda

Eduardo Mattarazzo Nyder BarbOlJaSuplicy OSwaldo Trevisan

PD5

Raymundo Asfora

PDSJoão PaganellaSaramago Pinheiro

PFL

Antônio OsórioGerardo RenaultGerson Peres

Alcides Lima

Cid CarvalhoJoão GilbertoMiguel ArmesOswaldo Lima Filho

PDS

Vivaldo FrotaVago

PDT

SuplentesPMDB

VagoVago

Aldo ArantesHorácio OrtizVago

Eurico RibeiroOsmar LeitãoVictor Faccioni

Ademir AndradeSérgio Cruz

Suplentes

PMDB

3} COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA EXAMINAR O PROJETO DE LEIN9 3.153, DE 1984, QUE AUTO,RIZAA SUPERINTEND~NCIA DO DESEN·VOLVIMENTO DO NORDESTE, "SU·DENE", A ESTABELECER ZONASECONôMICAS ESPECIAIS EM ES·TADOS ATINGIDOS PELAS SECAS

Osvaldo Nascimento

Nelson do Carmo

PDT

PTB

PDS

Furtado LeiteHélio Dantas

José Colagrossi

Reuniões:

PFL

Francisco Studart

PDT

PDT

Sebastião Atafde

Secretária: Maria Teresa de Barros PereiraRamal: 6409

Pl'esidente :JutahY Júnior - PDS-BA

l.°-Vice-Presidente :Afrísio Vieira Lima - PDS-BA2.o-Vice-Presidente:

Ciro Nogueira - PMDB-PIRelator:

Oswaldo Lima Filho- PMDB-PE

TitularesPMDB

Francisco Pinto Raimundo AsforaJosé Carlos Vasconcellos

PDS

PFL

Octávio Cesário

PDS

Terças, quartas e quintas-feirasLocal: Comissão Parlamentar de InquéritoSecretária: Marci Ferreira Borges

Floriceno Paixão

PT;

Presidente:Humberto Souto - PFL-MG

Vice-Presidente:Oswaldo Lima F'ilho - PMDB-PE

PDT

PTB

José Maranhão Roberto RollembergOswaldo Lima Filho Sérgio Murilo

PMDB

Ernani SatyroGorgônio Neto

COMISSÃO INTIERPARTIDARIA PARAREFORMA DO REGIMENTO INTERNO

Eduardo MatarazzoSuplicy

Gastone Righi

Celso Barros Jairo Magalhães

Elquisson Soares

Pedro GermanoPratini de Moraes

PT

3 vagas

PDT

PFL

Oswaldo CoelhoMário Assad

PTBCelso Amaral

Irma Passoni

Jacques D'Ornellas

Jutahy JúniorMaçao TadanoOctávio Cesário

Francisco ErseNorton Macedo

5) COMISSAO PARLAMENTAR DE IN·QUeRITO DESTINADA A INVESTI·GAR A ATUAÇAO DO SISTEMABANCÁRIO E FINANCEIRO DO BRA·SIL

Resolução n.O 30/64Prazo: de 24-4-85 a 12-11-85

Presidente:Paulo Míncarone - PMDB-RS

Vice-Presidente:Jutahy Júnior - PDS-BA

Relator:Evandro Ayres de Moura - PFL-CE

Titulares

PMDB

:Ramal: 6409secretária: Maria Izabel de Azevedo Arroxellas

Medeiros

Celso Sabóia

Gomes da SilvaOscar Corrêa

Edison Lobão

PDS

PDT

PMDB

Suplentes

Adroaldo Campos

5 (cinco) vagas

Antônio FariasBonifácio de AndradaDjaIma Bessa

José Frejat

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olARIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)

SeçAo I (CAmara dos Deputados)

Via-Superfície:

Semestre .....AnoExemplar avulso

..... Cr$.... Cr$

........................ Cr$

Seção 11 (Senado Federal)

Via-Superfície:

3.000,006.000,00

50,00

Semestre . . . . . . . . Cr$Ano . Cr$Exemplar avulso Cr$

3.000,006.000,00

50,00

Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou

Ordem de Pagamemo pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente n9

920001-2, a favor do:

Centro Gráfico do Senado Federal

Praça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF

CEP 70.160

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REVISTADE INFORMACÃOLEGISLATIVA NQ 82

E stá circulando o n9 82 (abril/junho de 1984)da Revista de Informação Legislativa,

periódico trimestral de pesquisa jurídicae docúmentação legislativa, editado pelaSubsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.Este número, com 420 páginas, contém as seguintesmatérias:

• Os métodos de solução pacífica • Inconstitucionalidade de fusãode controvérsias internacionais: e incorporação de Partidos Políticostendências recentes Celso BastosAntônio Augusto Cançado Trindade • A Missão Inglesa de 1924_ Justiça social e interpretação Mircea Buescu , ,no direito brasileiro - Gestão de empresa com partlclpaç;ãoHaroldo Valladão de seus empregados_ Revogada a Constituição de 1967 (Ca~ta fed.eral - art. 165, inciso V)- breve comentário a uma decisão do STF Jose Martins CathannoRubem Nogueira • Trabal~~dor ,br~sileiro ~o estrangeijro• Parlamentarismo ou democracia? Paulo Emlllo RibeIro de VllhenaEduardo K. M. Carrion • Movimento sindical de trabalhadores• Aspectos do federalismo norte-americano rurais ~ a moderni~a~ãoTorquato Lorena Jardim d? agn~ultura brasileira• O direito da crise Vllma FigueiredoArnaldo Wald • Anotações ao Código da Propriedade• O desprestígio das leis Industrial (arts,. 19 a 58 - Patentes)Eduardo Silva Costa Nuno Tomaz Pires de Carvalho_ O Parlamento brasileiro e o problema • O Di~eito Penal Econômi~o , .do menor abandonado e os cnmes contra a propriedade lnc1ustnalPaulo de Figueiredo . Ele~nora ,de Souza Lun~• Pena de morte e colônias correcionais • T!t~landade da obra IntelectualPaulino Jacques AntC?n1~ Chaves ,• Processo político e participação ., D!relto de a~tor e Interesse .Carlos Antônio de Almeida Melo publico nos pals~s em desenvolvimento• Voto distrital e os Partidos Políticos Carlos Alberto BlttarDavid V. Fleischer '" Assinatura para 1985 (n95 85 a 88): Crl~ 48.000,00

À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas,Senado Federal, 229 andar. Brasília, DF - CEP 70160Encomendas me9iante cheque visado pagável em Brasília ou vale postal.Atende-se, tambem, pelo reembolso postal.

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

QUADRO COMPARATIVO

(4~ edição)

Texto constitucional vigent~ (incluindo a EmendaConstitucional nl? 22/82) comparado à Constituiç--ão promulga­da em 1967 e à Carta de 1946.

152 notas explicativas, contendo os textos dos AtosInstitucionais e das Emendas à Constituição de 1946.

Indice temático do texto constitucional vigente.(Elnendas Constitucionais

nQs 23 e 24, de 1983,

em separata)

À venda na Subsecretaria de Edições Tecnicas - Se­nado Federal (221? andar do Anexo I) - Brasília, DF - CEP:70160, ou mediante vale postal ou cheque visado pagável emBrasília (a favor da Subsecretaria de Edições Técnicas do Sena­do Federal). Atende-se, também, pelo reembolso postal.

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