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Celesc Geração S.A.
CNPJ no 08.336.804/0001-78
NIRE no 42300030767
Inscrição Estadual no 255.267.177
Subsidiária Integral das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A.
– Celesc –
Relatório Anual da Administração e Demonstrações Financeiras Regulatórias
2017
Mensagem da Administração Com o advento da Medida Provisória no 579/2012 e os efeitos da baixa hidraulicidade nas usinas, a partir de 2013 o Setor Elétrico imergiu numa crise sem precedentes. As mudanças estruturais, associadas à elevação dos custos para compra de energia e dos encargos intrassetoriais, provocaram muitas dificuldades para a gestão econômico-financeira das empresas. No setor da geração, tal cenário tem provocado muitas mudanças nas empresas e muitas delas registraram grandes perdas de ativos, por conta dos efeitos da MP de 2012. Na Celesc Geração, por força do posicionamento estratégico, temos nos esforçado no sentido de garantir não só a manutenção do parque próprio, mas também a expansão da capacidade de geração. Em 2016, foram investidos R$228,6 milhões para recuperar a concessão das usinas afetadas pela MP. Os novos contratos foram assinados ainda em janeiro daquele ano e permitiram à Celesc G continuar explorando, pelos próximos trinta anos, as usinas Salto Weisbach, em Blumenau; Cedros e Palmeiras, em Rio dos Cedros; Garcia, em Angelina; e Bracinho, no município de Schroeder, que totalizam 63,2 MW de capacidade instalada. Em 2017, após processo no campo jurídico, conquistamos a renovação do contrato de concessão da usina Pery, a maior do parque próprio, por mais trinta anos, a partir de 10 de julho, com a alocação integral da energia no regime de cotas da garantia física de energia e de potência. A indenização dos ativos não amortizados, R$114 milhões, referente à ampliação da usina concluída em 2013, será paga à Empresa ao longo do novo prazo de concessão. No ano, os investimentos também foram destinados à melhoria e automação das usinas que compõem o parque de geração própria e ao aporte de recursos nas sociedades em que a Empresa possui participação societária. Os investimentos no parque próprio têm o objetivo de reduzir os custos operacionais, dar mais confiabilidade à operação do sistema e mais segurança às instalações físicas. Junto às SPEs, viabilizam o plano de expansão do parque gerador e a diversificação do portfólio de negócios. Nesse sentido, 2017 entra para a história recente da Celesc como o ano que o grupo reforça, de forma efetiva, sua atuação no campo da transmissão de energia elétrica, um dos focos da Companhia para a criação de valor. E esse passo se dá em parceria com a empresa EDP Energias do Brasil, por meio do Consórcio Aliança, que será responsável pela construção de 485 km de linhas elétricas e de uma subestação em alta tensão no território catarinense. O trajeto da nova rede passará por 28 municípios, entre o Oeste e o Sul catarinense, e a nova configuração do sistema vai proporcionar uma nova realidade para o atendimento do sistema elétrico estadual e regional.
1. Apresentação
Senhoras e Senhores Acionistas,
Apresentamos o Relatório Anual da Administração e as Demonstrações Contábeis
Regulatórias da Celesc Geração S.A. – Celesc G, relativos ao exercício social encerrado
em 31 de dezembro de 2017, acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes
e do Parecer do Conselho Fiscal. As Demonstrações Contábeis Regulatórias foram
elaboradas pela Adminstração com base no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico –
MCSE, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL por meio da
Resolução Normativa nº 605, de 11 de março de 2014.
2. Perfil Empresarial
A Celesc Geração é a subsidiária do Grupo Celesc que atua no segmento de geração de
energia elétrica, através da operação, manutenção e expansão do parque próprio de
geração e da participação em empreendimentos de geração de energia em parcerias com
investidores privados. Em 2017, a Empresa também passou a atuar na área de
transmissão de energia elétrica por meio do Consórcio Aliança, onde detém participação
de 10% das ações.
Em 31 de dezembro de 2017, a empresa possuía um parque gerador próprio formado
por 12 usinas, sendo 08 Pequenas Centrais Hidrelétricas - PCHs e 04 Centrais
Geradoras Hidrelétricas - CGHs. Além disso, a empresa detém participação minoritária
em mais 08 PCHs desenvolvidas em parceria com investidores privados, no formato de
Sociedades de Propósito Específico - SPE, conforme mostram as tabelas a seguir:
Tabela 1 – Parque Gerador Próprio – Características Físicas
USINAS Localização Termo Final da
Concessão Potência Instalada (MW)
Garantia Física
(MW)
Garantia Física
em Cotas
PCH Pery* Curitibanos - SC 09/07/2047* 30,00 14,08 100%
PCH Palmeiras Rio dos Cedros - SC 07/11/2046 24,60 16,70 70%
PCH Bracinho Schroeder - SC 07/11/2046 15,00 8,80 70%
PCH Garcia Angelina - SC 07/07/2045 8,92 7,10 70%
PCH Cedros Rio dos Cedros - SC 07/11/2046 8,40 6,75 70%
PCH Salto Blumenau - SC 07/11/2046 6,28 3,99 70%
PCH Celso Ramos Faxinal dos Guedes - SC 17/03/2035 5,62 3,80 N/A
PCH Caveiras Lages - SC 10/07/2018** 3,83 2,77 N/A
CGH Ivo Silveira Campos Novos - SC *** 2,60 2,03 N/A
CGH Rio do Peixe Videira - SC *** 0,52 0,50 N/A
CGH Piraí Joinville - SC *** 0,78 0,45 N/A
CGH São Lourenço Mafra - SC *** 0,42 0,22 N/A
Total - MW 106,97 67,19
* Concessão prorrogada por mais 30 anos, passando a vigorar em 10 de julho de 2017 ** Usina passará a ser CGH após vencimento da concessão
*** Usinas com potência inferior a 5 MW estão dispensadas do ato de concessão (Lei nº 13.360/16)
Fonte: DGT
Tabela 2 – Parque Gerador com Participação Minoritária – Características Físicas
USINAS Localização
Termo Final
da Concessão
Potência
Instalada (MW)
Garantia
Física (MW)
Participação
Celesc Geração
Equivalente Potência
Instalada
(MW)
Equivalente
Garantia Física (MW)
PCH Rondinha Passos Maia - SC 05/10/2040 9,60 5,48 32,5% 3,12 1,78
PCH Prata Bandeirante - SC 05/05/2039 3,00 1,68 26,0% 0,78 0,44
PCH Belmonte Belmonte - SC 05/05/2039 3,60 1,84 26,0% 0,94 0,48
PCH Bandeirante Bandeirante - SC 05/05/2039 3,00 1,76 26,0% 0,78 0,46
PCH Xavantina Xanxerê - SC 07/04/2040 6,08 3,54 40,0% 2,43 1,42
Total - MW 25,28 14,30 8,05 4,58
Fonte: DGT
Nos últimos anos, norteada pelo posicionamento estratégico de aumentar a capacidade
de geração própria, a Empresa passou a investir na repotenciação das usinas próprias e
na expansão das parcerias para viabilizar projetos que visam à construção de novos
empreendimentos. As tabelas a seguir apresentam os empreendimentos em
desenvolvimento e os respectivos estágios. Quanto à garantia física (nova ou
incremental), a meta é a de obter, em média, 55% de fator de capacidade, padrão
observado para outros empreendimentos em operação com características similares:
Tabela 3 - Projetos de Usinas Próprias – Empreendimentos em Expansão
USINAS Localização
Termo
Final da
Concessão
Potência
Instalada
(MW)
Acréscimo
de Potência
(MW)
Potência
Final
(MW)
Data
prevista de
entrada
em
operação
STATUS
PCH Celso Ramos Faxinal dos Guedes - SC 17/03/2035 5,62 7,20 12,82 N/D Revisão Projeto
PCH Salto Blumenau - SC 07/11/2046 6,28 23,70 29,98 N/D**
Análise na
Aneel
PCH Cedros Etapas 1 e 2 Rio dos Cedros - SC 07/11/2046 8,40 4,50 12,90 N/D** Inventário
PCH Palmeiras Rio dos Cedros - SC 07/11/2046 24,60 0,75 25,35 N/D** Inventário
CGH Maruim São José - SC * 0,00 1,40 1,40 jan/19 LAI
Total - MW 44,90 37,55 82,45
* Usinas com potência inferior a 5 MW estão dispensadas do ato de concessão
** Depende de trâmites regulatórios
Fonte: DGT
Tabela 4 - Projetos de Usinas com Participação Minoritária – Empreendimentos em Expansão
USINAS Localização
Termo
Final da
Concessão
Potência
Instalada
(MW)
Participação
Celesc
Geração
Equivalente
Potência
Instalada
(MW)
Data
prevista de
entrada
em
operação
STATUS
PCH Painel São Joaquim - SC 18/03/2043 9,20 32,5% 2,99 N/D Revisão Projeto
PCH Campo Belo Campo Belo do Sul - SC 19/05/2044 9,95 30,0% 2,99 N/D Revisão Projeto
PCH Garça Branca Anchieta - SC 13/03/2043 6,50 49,0% 3,19 1S18 Iniciada no 1S15
Total - MW 25,65 9,16
Fonte: DGT
Todas as usinas do parque gerador próprio e todas as usinas em parceria em operação
participam do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, sistema de
compartilhamento de riscos hidrológicos onde as usinas participantes transferem a
energia gerada excedente à sua garantia física às usinas que geraram abaixo.
No segmento de geração de energia, destacamos também:
Centro de Operação de Geração (COG) - O Centro de Operação da Geração
(COG) é responsável pela supervisão, acompanhamento e operação centralizada e
remota das centrais geradoras da Celesc Geração. Com a alocação de 6 técnicos, o COG
opera e supervisiona todo o parque gerador próprio, em turnos que cobrem 24 horas por
dia, sete dias por semana.
Modernização das usinas - Foram concluídos importantes trabalhos para melhoria
operacional das Usinas, descritos a seguir:
a) Ampliação da Geração Própria: Em relação à Usina Pery, havia discussão judicial
quanto à possibilidade de prorrogação da concessão nos moldes anteriores à MP 579/12,
isto é, a fim de comercializar a sua energia totalmente no mercado livre, tendo em vista
a usina ter sido ampliada recentemente. Porém, em julho de 2017, após diversas análises
e discussões, a Celesc G decidiu por prorrogar a concessão desta usina nos termos da
Lei no 12.783/13, regime de cotas, de modo que foram autorizadas as medidas judiciais
necessárias para a extinção do Processo Judicial existente, incluindo os recursos
relativos. A Concessão, desta forma, foi prorrogada por 30 anos, vigorando a partir 10
de julho de 2017, com a alocação integral da energia no regime de cotas da garantia
física de energia e de potência. A indenização dos ativos não amortizados, R$114
milhões, referente à ampliação da Usina concluída em 2013, será pago à Celesc G ao
longo do novo prazo de concessão.
b) Gerenciamento de Resíduos Sólidos: No ano, a Celesc Geração encaminhou, para
destinação final adequada, 4,6 toneladas de resíduos, incluindo óleos lubrificantes
usados, pilhas e baterias, preservantes orgânicos, lâmpadas usadas, resíduos de
construção civil, sucatas metálicas ferrosas e sólidos contaminados com óleos minerais.
A destinação final adequada foi realizada através de incineração, descontaminação,
reciclagem, disposição em aterro e rerrefino.
c) Monitoramento Hidrológico: As 20 estações telemétricas de monitoramento
hidrológico para atendimento a Resolução Conjunta ANA/ANEEL 003/2010 operaram
normalmente durante o ano de 2017. Também houve em fevereiro de 2017 uma
readequação junto à Agência Nacional de Águas do quantitativo de estações vinculadas
à PCH Pery, sendo que foram desativadas três estações telemétricas de um total de
cinco.
d) Manutenção da Estação Ecológica do Bracinho: Esta Unidade de Conservação foi
estabelecida através do Decreto Estadual nº 22.768/1984, o qual autorizou a criação por
parte da Celesc S.A. desta Estação Ecológica, constituída pela bacia de acumulação das
usinas Bracinho e Piraí, nos municípios de Schroeder e Joinville. Contempla área de
4600 hectares, preservando com a criação desta uma parcela importante da Floresta
Pluvial Atlântica presente na Serra do Mar. O relevo nesta região é bastante irregular,
com cotas variando de 100 a 900 metros de altitude. Estas áreas estão inseridas no
Bioma Mata Atlântica, na zona núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e são
definidas como prioritárias a conservação da biodiversidade na categoria Extremamente
Alta.
e) Outorgas de Uso de Água: Segundo a Lei Federal no 9.433/1997, que instituiu a
Política Nacional de Recursos Hídricos, aproveitamentos hidrelétricos estão sujeitos à
outorga pelo Poder Público, o que assegura o efetivo exercício dos direitos de acesso à
água. Atualmente a empresa possui a outorga de uso da água de todas as 12 usinas
hidrelétricas, sendo que no ano de 2017 houve a emissão das outorgas associadas as
usinas Ivo Silveira (Portaria SDS no 057/2017) e Pery (Resolução ANA n
o 1.924/2017).
Também houve a obtenção das outorgas preventivas vinculadas aos projetos de
ampliação da usina Salto Weissbach (Portaria SDS no 301/2017) e de reativação da
usina Maruim (Portaria SDS no 277/2017).
f) Certificado do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis – IBAMA: A Celesc G se encontra em conformidade com as obrigações
cadastrais e de prestação de informações ambientais a respeito das atividades
desenvolvidas sob o controle e fiscalização do IBAMA, por meio do Cadastro Técnico
Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos
Ambientais. Em paralelo também efetuou junto ao IBAMA a regularização da Licença
de Porte e Uso das Motosserras nas usinas Bracinho, Pery e Celso Ramos.
g) Cadastro Ambiental Rural: Para fins de atendimento a Lei Federal no 12.651/2012
a empresa realizou no ano de 2017 o Cadastro Ambiental Rural de todas as propriedades
rurais, totalizando 215 propriedades cadastradas. Trata-se de um registro eletrônico que
tem como objetivo integrar as informações ambientais das propriedades em uma única
base de dados geográficos.
h) Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório: No âmbito
do processo de renovação das licenças ambientais de operação das usinas Garcia, Salto
Weissbach, Cedros e Palmeiras a Celesc G iniciou em agosto de 2017 a elaboração de
uma proposta de regramento e zoneamento dos reservatórios associados a estas usinas.
Esta proposta será consolidada em planos ambientais de conservação e uso do entorno
destes reservatórios, previstos para serem finalizados até junho/2018. Os serviços
contemplam as etapas de caracterização dos empreendimentos, diagnóstico ambiental e
zoneamento dos reservatórios. Para fins de atendimento aos usos múltiplos destes
reservatórios a etapa de zoneamento está sendo discutida com as prefeituras locais,
comitês de bacia e comunidades ribeirinhas.
i) Gestão Fundiária: No ano de 2017 foram realizados, para atendimento ao processo
de regularização fundiária, diagnósticos fundiários, serviços topográficos,
georreferenciamento de imóveis rurais e urbanos, retificações, mapeamento por imagens
de satélite, ajustes na Declaração de Imposto Territorial Rural (DITR) da Receita
Federal, regularização fiscal, inspeção fundiária e avaliação de imóveis rurais. Também
foram realizados serviços de batimetria para avaliação do grau de assoreamento dos
reservatórios.
j) Readequação Sistema de Tratamento dos Efluentes Sanitários: No ano de 2017
houve a instalação de novos sistemas de tratamento de efluentes sanitários nas usinas
Ivo Silveira, Rio do Peixe e São Lourenço. Este processo de readequação visa enquadrar
os empreendimentos nas normas técnicas vigentes.
k) Plano de Segurança de Barragens e Plano de Ação de Emergência: Os Planos de
Segurança de Barragens (PSB) apresentam as condições, características e regras
operacionais de cada barragem. Já o Plano de Ação de Emergência fornece as
estratégias em situações de emergências. Em 2017 a Celesc concluiu os PSBs e PAEs
das Usinas e encaminhou ao órgão regulador e entidades relacionadas.
3. Novos negócios e parcerias
Os investimentos em SPEs totalizaram R$9,9 milhões em 2017, sendo R$7,9 milhões
aplicados na SPE Garça Branca Energética, R$1,2 milhão na SPE Xavantina Energética
e R$ 0,9 milhão na SPE EDP Transmissora Aliança SC.
A PCH Garça Branca, em construção, está localizada no extremo oeste do estado de
Santa Catarina, entre os municípios de Anchieta e Guaraciaba, com 6,5MW de
capacidade instalada e previsão de operação comercial para o primeiro semestre de
2018.
Quanto ao investimento em transmissão, SPE EDP Transmissora Aliança SC, ao final
de 2017 o projeto estava em discussão com a FATMA quanto à definição do traçado
para posterior protocolo do EIA/RIMA, previsto para o 1º trimestre de 2018. Outras
atividades ligadas ao projeto executivo e estudos socioambientais também estavam em
andamento.
A tabela a seguir traz o resumo e a evolução dos investimentos realizados no ano:
Tabela 5 - Novos Negócios e Parcerias
R$ Milhões 4º Trimestre Acumulado 12 Meses
2016 2017 Δ 2016 2017 Δ
Investimentos Celesc G 3,6 6,3 78,7% 235,9 16,1 -93,2%
Investimentos em SPEs 2,9 4,9 69,1% 5,5 9,9 80,5%
Usinas Parque Gerador Próprio 0,7 1,4 121,8% 230,4 6,2 -97,3%
Fonte: DEF/DPRI
Estrategicamente, o Grupo Celesc, por meio da Celesc Geração, também está ampliando
sua participação no setor de transmissão de energia elétrica. Conforme divulgado em
comunicado ao mercado na data de 24 de abril, disponível no site de RI
(www.celesc.com.br/ri), o Consórcio Aliança, formado pela EDP - Energias do Brasil
(90%) e pela Celesc Geração (10%), venceu a disputa pelo lote 21 do Leilão nº 05/2016
da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.
O Lote 21 foi o terceiro maior projeto ofertado no leilão, composto por diversas
instalações no estado de Santa Catarina, incluindo três linhas de transmissão de 525 kV
e duas linhas de 230 kV (que somam 485 km de extensão); além de uma subestação
525/230 kV. O empreendimento visa à expansão do sistema de alta tensão da região sul
e planalto catarinense. O prazo para a execução das obras é de 60 meses e a entrada em
operação comercial determinada é para agosto de 2022, com possibilidade de
antecipação.
A SPE SC Transmissora Aliança SC foi constituída em julho e o Contato de Concessão
assinado em Agosto. Atualmente, o projeto está em fase de licenciamento ambiental e
tratativas fundiárias. A concessão para exploração do empreendimento é válida por
trinta anos. As condições obtidas no leilão resultam em uma rentabilidade de 12% real
acionista, acima da meta estabelecida no Plano Diretor da Companhia (10%).
ia gerada excedente à sua garantia física às usinas que geraram abaixo.
4. Tecnologia da informação
4.1. Projeto Sistema de Informações Geográficas – SIG
Os dados espaciais das temáticas ambientais e do patrimônio imobiliário da Celesc
Geração, em atendimento à Resolução no 501/2012 da ANEE, estão disponíveis em uma
plataforma interna, que permite aos usuários da Celesc Geração pesquisá-los conforme
necessidade. A plataforma tem três módulos: um para Gestão Patrimonial, um referente
à Resolução no 501/2012 da ANEEL e outro de Meio Ambiente. Em cada módulo, os
dados são separados de acordo com as 12 usinas concedidas à Celesc Geração. Com
essa solução técnica, tornou-se mais fácil a gestão e o controle, bem como os padrões de
mapeamento das áreas vinculadas às concessões de usinas hidrelétricas.
5. Desempenho Operacional
5.1. Geração de Energia
No ano, o cenário hidrológico mostrou-se bastante desfavorável para a geração de energia
elétrica e, principalmente devido a esse fato, a produção das usinas da Celesc G foi
bastante prejudicada. No acumulado dos doze meses, verificou-se queda de 27,3% no
volume de energia gerada pela Empresa. Além da escassez e distribuição irregular das
chuvas, o desempenho também foi impactado por obras de automação e/ou manutenção
das usinas Rio dos Cedros, Pery, Bracinho e Salto.
O fator de capacidade global em 2017 foi de 46,8%, representando 17,4 p.p. (pontos
percentuais) abaixo do verificado em 2016 (64,2%).
Tabela 6 – Produção do Parque Gerador
Desempenho Operacional (GWh) 4º Trimestre Acumulado 12 Meses
2016 2017 Δ 2016 2017 Δ
Parque Gerador Próprio 137,6 87,2 -36,6% 601,7 437,6 -27,3%
UHE Palmeiras 35,1 19,2 -45,2% 150,2 114,6 -23,7%
UHE Bracinho 13,8 13,5 -2,1% 61,9 47,1 -23,9%
UHE Garcia 16,1 14,2 -11,3% 65,8 64,3 -2,2%
UHE Cedros 15,6 0,0 -100,0% 65,3 27,5 -57,9%
UHE Salto 5,5 2,6 -52,9% 26,4 14,6 -44,7%
PCH Celso Ramos 9,7 8,9 -8,6% 42,2 31,6 -25,0%
UHE Pery 27,2 17,8 -34,5% 131,0 90,7 -30,8%
UHE Caveiras 6,3 4,7 -25,3% 25,9 21,1 -18,8%
CGH Ivo Silveira 5,6 5,0 -11,4% 22,2 19,4 -12,6%
CGH Piraí 1,1 0,3 -72,7% 3,9 2,6 -32,8%
CGH Rio do Peixe 1,0 0,8 -19,0% 4,1 2,8 -32,0%
CGH São Lourenço 0,7 0,2 -65,4% 2,9 1,4 -52,9%
Fator da Capacidade Global 58,4% 37,0% -21,4% 64,2% 46,8% -17,4%
Fonte: DGT/DPOM
5.2. Comercialização de Energia
Em 2017, a Empresa registrou faturamento global de R$153,6 milhões, superior em
47,6% em relação ao ano de 2016, o qual registrou R$104,1 milhões de faturamento.
Em 2017 foram gastos R$16,9 milhões na comercialização de energia elétrica adquirida
de terceiros, mantendo-se o mesmo nível de despesa que no ano 2016.
Gráfico 1 – Faturamento e Despesas de Compra
O excedente de energia elétrica, vendido no mercado de curto prazo, por meio de
contratos de venda de prazo inferior a seis meses, resultou em R$19,7 milhões em 2017
contra R$24,1 milhões em 2016.
O resultado no Mercado de Curto Prazo da CCEE foi de R$26,3 milhões contra R$13,4
milhões em 2016. Incluído o valor de R$16,07 milhões relativo à liminar judicial
concedida à Empresa referente ao GSF.
O crescimento do faturamento no segmento suprimento em 2017, cerca de R$46,4
milhões em relação a 2016, se deve ao término de contratos no Ambiente de
Contratação Livre (segmentos industrial e comercial) e o início de contratos no
Ambiente de Contratação Regulada, na modalidade de Cotas de Garantia Física.
As vendas por classe em 2017 e 2016 apresentaram o seguinte desempenho:
Gráfico 2 – Faturamento por Classe
A energia elétrica comercializada em 2017 registrou o montante de 659GWh, inferior
em 0,45% quando comparado ao montante de 662GWh comercializado em 2016.
O montante total de energia comprada em 2017 registrou o total de 141GWh,
aproximando-se da quantidade adquirida em 2016.
Gráfico 3 – Energia Comercializada
Gráfico 4 – Preço de Liquidação e Diferenças (R$/MWh)
6. Desempenho Econômico-Financeiro
Em 2017, o lucro líquido foi de R$41,1 milhões, contra R$8,9 milhões em 2016, um
aumento de 364,2%. A receita operacional líquida atingiu R$138,5 milhões, enquanto
em 2016 situou-se em R$92,6 milhões. As despesas operacionais totalizaram em 2017
R$25,8 milhões, 3,7% superiores em relação à 2016 (R$24,9 milhões).
O resultado positivo da Celesc Geração em 2017, foi impactado pelos seguintes
aspectos:
i) aumento do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD no ano de 2017, alcançando
uma média de R$318,15/MWh, enquanto que em 2016 a média foi de R$92,40/MWh;
ii) reversão de R$11,3 milhões da PECLD no Contas a Receber referente ao Fator de
Ajuste da Garantia Física – GSF;
iii) redução da despesa de depreciação do Imobilizado em relação a 2016, em função
do término dos contratos anteriores de concessões das usinas Cedros, Salto, Bracinho e
Palmeiras; e
iv) receita decorrente dos novos contratos de cotas das usinas Cedros, Salto, Bracinho e
Palmeiras.
O EBITDA ou LAJIDA, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização foi
de R$86,1 milhões, superior em 76,2% a 2016, que foi de R$48,9 milhões, conforme
evolução abaixo:
Fonte: DEF/DPCO
Gráfico 5 – Evolução Ebitda (últimos 5 anos)
7. Investimentos
Em 2017, os investimentos da Celesc Geração somaram R$16,1 milhões e foram
destinados à melhoria e automação das usinas que compõem o parque de geração
própria e ao aporte de recursos nas sociedades em que a Empresa possui participação
societária. Os investimentos no parque próprio têm o objetivo de modernizar as usinas,
reduzir os custos operacionais, dar mais confiabilidade à operação do sistema e mais
segurança às instalações físicas. Junto às SPEs, os investimentos viabilizam o plano de
expansão do parque gerador e a diversificação do portfólio de negócios.
69.076
129.917
115.048
48.875
86.114
2013 2014 2015 2016 2017
EBITDA ou LAJIDA
7.1. Parque de Geração Próprio
Entre as obras de melhoria, destaque para adequações e reformas nas edificações e
demais estruturas civis das usinas Rio do Peixe, Ivo Silveira, Celso Ramos, São
Lourenço e Piraí. Também foi realizada a substituição de conduto forçado de madeira
da Usina Pery.
No ano, foi dado continuidade ao processo de automação das usinas, iniciado em 2016,
com a entrada em operação do Centro de Operação da Geração, que permite a operação
remota das unidades geradoras. Os investimentos permitiram, em 2017, a automação
das usinas Bracinho, Rio do Peixe e São Lourenço. Em dezembro, estava em andamento
o processo de automação das usinas Piraí e Garcia.
Os investimentos no parque gerador próprio somaram R$6,2 milhões no ano, sendo
R$2,6 milhões de investimentos na usina Bracinho, R$0,8 milhão na usina Pery, R$0,7
milhão na usina Piraí, R$0,4 milhão na usina Rio do Peixe, R$0,4 milhão na Usina São
Lourenço, R$0,7 milhão na Administração Central e R$0,6 milhão nas demais usinas.
Tabela 7 – Investimentos
2017 2016 Variação
Investimentos em SPEs 9.925 5.498 80,5%
Imobilizado/Intangível 6.216 1.808 243,8%
Concessão de Usinas - 228.560 -100,0%
Total 16.141 235.866 -93,2%
Fonte: DEF/DPCO
8. Valor Adicionado
Em 2017, o valor adicionado líquido gerado como riqueza pela Celesc Geração foi de
R$106.954 milhões, representando 72,6% das Receitas, com a seguinte distribuição:
2017 2016
Receitas
Vendas brutas de produtos e serviços
153.586
104.079
Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa
(6.169)
(10.583)
147.417
93.496
Insumos adquiridos de terceiros
Custo dos serviços prestados
(22.340)
(21.583)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros operacionais
(3.975)
(3.431)
Perda/recuperação de valores ativos
-
6.358
Valor adicionado bruto
121.102 74.840
Depreciação, amortização e exaustão
(14.148)
(16.599)
Valor adicionado líquido produzido pela entidade
106.954 58.241
Valor adicionado recebido em transferência
Resultado de equivalência patrimonial
(3.209)
(301)
Receitas financeiras
11.689
10.306
Valor adicionado total a distribuir
115.434 68.246
Distribuição do valor adicionado
Pessoal e encargos
(16.495)
(14.577)
Impostos, taxas e contribuições
(37.270)
(15.749)
Financiadores e aluguéis
(289)
(304)
Despesas Financeiras (1.981) (2.052)
Juros e variações cambiais (18.253) (26.700)
Dividendos
(13.954)
(7.165)
Lucros retidos/prejuízo do exercício
(27.192)
(1.699)
Valor adicionado distribuído
(115.434) (68.246)
9. Política de Reinvestimento e Distribuição de Dividendos
Aos acionistas é garantido estatutariamente um dividendo mínimo de 25% calculado
sobre o lucro líquido do exercício, ajustado de conformidade com a legislação societária
vigente.
Além disso, a Celesc Geração constituiu reserva legal de 5% do lucro líquido do
exercício, limitada a 20% do capital social, e o saldo remanescente do lucro líquido do
exercício foi retido como Reserva de Retenção de Lucros.
10. Composição Acionária
O capital social da Celesc Geração em 31 de dezembro de 2017, subscrito e
integralizado, é de R$250 milhões, representado por 43.208.760 (quarenta e três
milhões e duzentas e oito mil e setecentas e sessenta) ações ordinárias nominativas, sem
valor nominal, de titularidade das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A.
11. Diretoria Executiva
A Diretoria Executiva da Companhia é formada por sete diretores, indicados e
aprovados pelo Conselho de Administração. Em 31 de dezembro de 2017, era composta
pelas seguintes pastas: Presidência, Diretoria de Planejamento e Controle Interno,
Diretoria de Finanças e Relações com Investidores, Diretoria Comercial, Diretoria de
Gestão Corporativa, Diretoria de Assuntos Regulatórios e Jurídicos e Diretoria de
Geração e Transmissão e Novos Negócios.
Diretoria Executiva
Diretor Presidente Cleverson Siewert
Diretor de Planejamento e Controle Interno Fábio Fick
Diretor de Finanças e Relações com Investidores José Carlos Oneda
Diretor Comercial Eduardo Cesconeto de Souza
Diretor de Gestão Corporativa Nelson Marcelo Santiago
Diretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos Antônio José Linhares
Diretor de Geração e Transmissão e Novos Negócios Enio Andrade Branco
Fonte: Celesc
12. Conselho de Administração
O Conselho de Administração é o primeiro nível da escala administrativa. O Conselho
tem a missão de cuidar e valorizar o patrimônio bem como maximizar o retorno dos
investimentos realizados.
É formado por treze membros, com mandato de um ano, sendo sete representantes do
acionista majoritário, dos quais seis são independentes (classificados de acordo com o
Regulamento do Nível 2); quatro representantes dos acionistas minoritários, um
representante dos acionistas preferencialistas e um representante (eleito) pelos
empregados.
Conselho de Administração
Representante Acionista Majoritário Antônio Marcos Gavazzoni
Representante Acionista Majoritário Cleverson Siewert
Representante Acionista Majoritário Derly Massaud de Anunciação
Representante Acionista Majoritário Pedro Bittencourt Neto *
Representante Acionista Majoritário Ernani Bayer
Representante Acionista Majoritário Luciano Chede *
Representante Acionista Majoritário Ademir Zanella
Representante Acionistas Minoritários Alberto Ribeiro Guth *
Representante Acionistas Minoritários José Gustavo de Souza Costa *
Representante Acionistas Minoritários Jose Luiz Alquéres *
Representante Acionistas Minoritários Vitor Kawano Horibe *
Representante Acionistas Preferencialistas Fabrício Santos Debortolli
Representante dos Empregados Leandro Nunes da Silva
Fonte: Celesc
* Conselheiros independentes.
13. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal tem como principais funções analisar as Demonstrações Financeiras
e discutir esses resultados com os Auditores Independentes.
É formado por cinco membros, sendo três representantes do acionista majoritário, um
representante dos acionistas preferencialistas e um representante dos acionistas
minoritários ordinaristas.
Conselho Fiscal
Representante do Acionista Majoritário André Luiz Bazzo
Suplente: Guilherme da Silva Roman
Representante do Acionista Majoritário Paulo da Paixão Borges de Andrade
Suplente: Adolar Bekendorf
Representante do Acionista Majoritário Luiz Hilton Temp
Suplente: Djalma de Souza Coutinho
Representante do Acionista Minoritário Telma Suzana Mezia
Suplente: José Antônio Diniz de Oliveira
Representante dos Acionistas Preferencialistas Thiago Costa Jacinto
Suplente: William Cordeiro
Fonte: Celesc
14. Balanço Social Regulatório
1 - BASE DE CÁLCULO
2017 2016
Valor (mil reais) Valor (mil reais)
- Receita Líquida (RL) 138.530 92.629
- Resultado Operacional (RO) 75.175 32.577
- Folha de Pagamento Bruta (FPB) - -
2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Valor % sobre % sobre Valor % sobre % sobre
(mil reais) FPB RL (mil reais) FPB RL
- Alimentação - - - - - -
- Encargos Sociais Compulsórios - - - - - -
- Previdência Privada - - - - - -
- Saúde - - - - - -
- Segurança e saúde no trabalho - - - - - -
- Educação - - - - - -
- Cultura - - - - - -
- Capacitação e Desenv. Profissional - - - - - -
- Creches ou Auxílio-creche - - - - - -
- Participação nos Lucros ou Resultados - - - - - -
- Outros - - - - - -
Total - Indicadores Sociais Internos - - - - - -
3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS Valor % sobre % sobre Valor % sobre % sobre
(mil reais) RO RL (mil reais) RO RL
- Educação 100
0,12
0,00
46.681 81,15 37,08
- Cultura 400
0,48
0,27 - - -
- Saúde e Saneamento 0
-
- - - -
- Esporte 100
0,12
0,07 - - -
- Combate à Fome e Segurança Alimentar 0
-
- - - -
- Outros 0
-
- - - -
Total das Contribuições p/ a Sociedade 600
0,72
0,40
46.681 81,15 37,08
- Tributos (excluídos os encargos sociais) 39.353
46,96
26,43 1.554 27,04 12,36
Total - Indicadores Sociais Externos 39.953
47,67
26,84 48.235 108,19 49,44
4 - INDICADORES AMBIENTAIS Valor % sobre % sobre Valor % sobre % sobre
(mil reais) RO RL (mil reais) RO RL
- Investimentos Relac.c/ a Produção/Operação da
Empresa
1.739 2,08 1,17 147 0,26 0,12
- Investimentos em Programas e/ou Projetos Externos - - - - - -
Total dos Investimentos em Meio Ambiente
1.739 2,08 1,17 147 0,26 0,12
- Quanto ao estabelecimento de "metas anuais" para
minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/
operação e aumentar a eficácia na utilização de
recursos naturais, a empresa:
(X) não possui metas (X) não possui metas
( ) cumpre de 51 a 75 % ( ) cumpre de 51 a 75 %
( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 0 a 50 %
( ) cumpre de 76 a 100 % ( ) cumpre de 76 a 100 %
5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL
2017 2016
- Nº de empregados(as) ao final do período - -
- Nº de admissões durante o período - -
- Nº de empregados(as) terceirizados 36 -
- Nº de estagiários(as) 3 8
- Nº de empregados(as) acima de 45 anos - -
- Nº de mulheres que trabalham na empresa - -
- % de cargos de chefia ocupados por mulheres 0% 0%
- Nº de negros(as) que trabalham na empresa - -
- % de cargos de chefia ocupados por negros(as) 0% 0%
- Nº de pessoas com deficiência ou neces. Especiais - -
6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO
AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA
EMPRESARIAL
2017 2016
- Relação entre a maior e a menor remuneração na
Empresa - -
- Número total de acidentes de trabalho - -
- Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela
empresa foram definidos por:
[X ] direção [X] direção
[ ] direção e gerências [ ] direção e gerências
[ ] todos os empregados [ ] todos os empregados
- Os padrões de segurança e salubridade no ambiente
de trabalho foram definidos por:
[X] direção e gerências [X] direção e gerências
[ ] todos os empregados [ ] todos os empregados
[ ] todos + Cipa [ ] todos + Cipa
- Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação
coletiva e à representação interna dos(as)
trabalhadores(as), a empresa:
[ ] não se envolve [ ] não se envolve
[ ] segue as normas da OIT [ ] segue as normas da OIT
[X] incentiva e segue a OIT [X] incentiva e segue a OIT
- A previdência privada contempla:
[ ] direção [ ] direção
[ ] direção e gerências [ ] direção e gerências
[ ] todos os empregados [ ] todos os empregados
- A participação nos lucros ou resultados contempla:
[ ] direção [ ] direção
[ ] direção e gerências [ ] direção e gerências
[ ] todos os empregados [ ] todos os empregados
- Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões
éticos e de responsabilidade social e ambiental
adotados pela empresa:
[ ] não são considerados [ ] não serão considerados
[X] serão sugeridos [X] serão sugeridos
[ ] são exigidos [ ] são exigidos
- Quanto à participação de empregados(as) em
programas [ ] não se envolve [ ] não se envolve
de trabalho voluntário, a empresa: [ ] apoia [ ] apoia
[X] organiza e incentiva [X] organiza e incentiva
- Número total de reclamações e críticas de
consumidores(as):
na Empresa no Procon na Justiça na Empresa no Procon na Justiça
12 0 0 32 0 0
- % de reclamações e críticas solucionadas: na Empresa no Procon na Justiça na Empresa no Procon na Justiça
75% ND ND 100% ND ND
- Valor Adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2017: 115.434 Em 2016: 68.246
27,07%
governo
11,98%
colaboradores
23,08%
governo
21,36%
colaboradores
14,91%
terceiros
19,75%
retido
10,13%
acionistas
42,58%
terceiros
2,49%
retido
10,50%
acionistas
7 - OUTRAS INFORMAÇÕES
A empresa conta com 46 colaboradores cedidos da Celesc Distribuição S.A., sendo que
os custos, benefícios, encargos sociais e trabalhistas são integralmente ressarcidos pela
Celesc Geração S.A.
CNPJ: 08.336.783/0001-78 Coordenação: Regina Schlickmann Luciano - Fone: (48) 3231-5520
UF: SC
E-mail: [email protected]
Setor Econômico: Serviço Público de Energia
Elétrica Contador: José Braulino Stähelin - Fone: (48) 3231-6030
E-mail: [email protected]
CRC/ SC: 18.996/O-8
"ESTA EMPRESA NÃO UTILIZA MÃO-DE-OBRA INFANTIL OU TRABALHO ESCRAVO, NÃO TEM ENVOLVIMENTO COM PROSTITUIÇÃO OU
EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE E NÃO ESTÁ ENVOLVIDA COM CORRUPÇÃO"
"NOSSA EMPRESA VALORIZA E RESPEITA A DIVERSIDADE INTERNA E EXTERNAMENTE"
Fonte: DEF/DPCO (i) Informações não auditadas
Agradecimentos
Registramos nossos agradecimentos aos membros do Conselho de Administração e do
Conselho Fiscal pelo apoio prestado no debate e encaminhamento das questões de
maior interesse da Celesc Geração. Nossos reconhecimentos à dedicação e empenho do
quadro funcional, extensivamente a todos os demais que direta ou indiretamente
contribuíram para o cumprimento da missão da empresa.
Florianópolis, 27 de abril de 2018.
A Administração
CELESC GERAÇÃO S.A.
CNPJ No 08.336.804/0001-78 / NIRE 42 3 0003076-7
BALANÇOS PATRIMONIAIS REGULATÓRIOS Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(valores expressos em milhares de reais)
Notas
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Ativos
Ativo Circulante
99.335
55.952
Caixa e Equivalentes de Caixa 7 77.080
18.591
Consumidores 8 3.128
5.533
Concessionárias e Permissionárias 8 15.230
31.335
Tributos Compensáveis 9 466
82
Almoxarifado Operacional
183
172
Despesas Pagas Antecipadamente
175
175
Outros Ativos Circulantes
73
64
Ativo Não Circulante
487.982
482.944
Tributos Compensáveis 9 1.223
234
Depósitos Judiciais e Cauções
342
149
Tributos Diferidos 10 6.189
3.917
Partes Relacionadas 12 45.942 40.715
Outros Ativos Não Circulantes 11 2.421
2.421
Bens e Atividades Não Vinculadas à Concessão do Serviço Público
de Energia Elétrica 13 51.058
44.811
Imobilizado 14 158.685
159.377
Intangível 14 222.122
231.320
Total do Ativo
584.317
538.896
Passivo
Passivo Circulante
186.083
21.275
Fornecedores 15 2.931
7.498
Debêntures 18 150.685 1.913
Tributos 16 19.283
3.453
Dividendos Declarados 20.3 11.628
5.971
Provisão para Uso do Bem Público 17 174
605
Encargos Setoriais 17 212 319
Outros Passivos Circulantes
1.170
1.516
Passivo Não Circulante
3.029
150.740
Debêntures 18 - 148.106
Provisão para Litígios 19 1.002
939
Encargos Setoriais 17 2.027
1.547
Provisão para Uso do Bem Público 17 -
148
Total do Passivo
189.112
172.015
Patrimônio Líquido 20
Capital Social 20.1 250.000
250.000
Reservas de Lucros 20.2 142.879
115.687
Proposta para Distribuição de Dividendos Adicionais 20.3 2.326
1.194
Total do Patrimônio Líquido
395.205
366.881
Total do Passivo e do Patrimônio Líquido
584.317
538.896
CELESC GERAÇÃO S.A.
CNPJ No 08.336.804/0001-78 / NIRE 42 3 0003076-7
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS REGULATÓRIAS Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(valores expressos em milhares de reais)
Notas
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Operações em Continuidade
Receita / Ingresso 22 153.586
104.079
Fornecimento de Energia Elétrica
34.975
44.772
Suprimento de Energia Elétrica
92.320
45.923
Energia Elétrica de Curto Prazo 23 26.291
13.384
Tributos
(13.114)
(9.134)
PIS-PASEP
(2.339)
(1.629)
Cofins
(10.775)
(7.505)
Encargos - Parcela A
(1.942)
(2.316)
Pesquisa e Desenvolvimento - P&D
(792)
(346)
Reserva Global de Reversão - RGR
-
(302)
Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos - CFURH (836)
(1.352)
Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica – TFSEE (314)
(316)
Receita Líquida / Ingresso Líquido
138.530
92.629
Custos Não Gerenciáveis - Parcela A
(17.641)
(17.763)
Energia Elétrica Comprada para Revenda 23.1 (15.340)
(15.382)
Encargo de Transmissão, Conexão e Distribuição (2.301)
(2.381)
Resultado Antes dos Custos Gerenciáveis
120.889
74.866
Custos Gerenciáveis - Parcela B
(45.714)
(42.289)
Pessoal e Administradores 24 (16.495)
(14.577)
Material
(260)
(329)
Serviços de Terceiros
(7.252)
(6.972)
Arrendamento e Aluguéis
(289)
(304)
Seguros
(451)
(205)
Doações, Contribuições e Subvenções (600) -
Provisões
(6.232)
(4.236)
(-) Recuperação de Despesas
482
957
Tributos
61
667
Depreciação e Amortização
(14.148)
(16.599)
Gastos Diversos
(530)
(691)
Resultado da Atividade
75.175
32.577
Equivalência Patrimonial 13 (3.209)
(301)
Resultado Financeiro 25 (8.545)
(18.446)
Receitas Financeiras 11.689 10.306
Despesas Financeiras (20.234) (28.752)
Resultado Antes dos Impostos Sobre o Lucro
63.421
13.830
Despesa com Impostos sobre o Lucro 26 (22.275)
(4.966)
Resultado Líquido das Operações em Continuidade
41.146 8.864
Resultado Líquido do Exercício
41.146 8.864
Atribuível Aos:
Acionistas Controladores
41.146
8.864
CELESC GERAÇÃO S.A.
CNPJ No 08.336.804/0001-78 / NIRE 42 3 0003076-7
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ABRANGENTES REGULATÓRIAS Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(valores expressos em milhares de reais)
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Resultado do Exercício 41.146
8.864
Outros Resultados Abrangentes -
-
Total de Resultados Abrangentes do Exercício, Líquidos de Impostos 41.146
8.864
Atribuível A:
Acionistas Controladores 41.146
8.864
CELESC GERAÇÃO S.A.
CNPJ No 08.336.804/0001-78 / NIRE 42 3 0003076-7
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA REGULATÓRIAS
– MÉTODO INDIRETO Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(valores expressos em milhares de reais)
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Resultado do Exercício
41.146
8.864
Despesas (Receitas) que não afetam Caixa e Equivalentes de Caixa
Amortização
9.751
5.694
Depreciação
4.397
10.905
Equivalência Patrimonial
3.209
301
Imposto de Renda e Contribuição Social
22.275
4.966
Juros e Variações Monetárias
14.435
20.063
Provisões/Reversões para Litígios
63
11
Provisões para Demais Perdas Operacionais
-
(6.358)
Provisões para Perdas em Créditos de Liquidação Duvidosa 6.169 10.583
Outros
2.124
327
62.423
46.492
Redução (Aumento) de Ativos
Consumidores e Concessionários
12.341
(10.231)
Depósitos Vinculados a Litígios
(193)
(36)
Tributos Compensáveis
(1.836)
(2.033)
Outros
(20)
189
(10.292)
(12.111)
Aumento (Redução) de Passivos
Encargos Setoriais
463
188
Fornecedores
(4.567)
(1.525)
Tributos e Contribuição Social
95
(3.542)
Outros
(346)
524
(4.355)
(4.355)
CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
109.506
38.890
Encargos de Dívidas Pagos (18.996) (19.023)
Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos
(8.348)
(25.308)
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS (APLICADO NAS) ATIVIDADES
OPERACIONAIS 82.162
(5.441)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Aportes / Aumento de Capital em Coligadas
(9.925)
(5.498)
Dividendos Recebidos 469 250
Imobilizado
(5.828)
(1.194)
Intangível
(1.224)
(231.259)
Empréstimos / Mútuos Concedidos
-
(38.000)
CAIXA LÍQUIDO APLICADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
(16.508)
(275.701)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Empréstimos e Financiamentos Obtidos - 146.752
Dividendos Pagos
(7.165)
(9.592)
CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS (APLICADO NAS) ATIVIDADES DE
FINANCIAMENTO (7.165)
137.160
VARIAÇÃO LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
58.489
(143.982)
DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAIXA E EQUIVALENTES DE
CAIXA
No Início do Exercício
18.591
162.573
No Fim do Exercício
77.080
18.591
58.489
(143.982)
CELESC GERAÇÃO S.A.
CNPJ No 08.336.804/0001-78 / NIRE 42 3 0003076-7
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LÍQUIDO
REGULATÓRIAS Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2017 e 2016
(valores expressos em milhares de reais)
Capital
Social
Reservas de Lucros
Lucros
Acumulados
Proposta para
Distribuição
de Dividendos
Adicionais
Total
Reserva
Legal
Reserva de
Retenção de
Lucro
Saldo em 31 de Dezembro de 2015 145.532 7.624 210.832 - 1.599 365.587
Aumento de Capital Social 104.468 - (104.468) - - -
Dividendos Adicionais Aprovados
em AGO - - - - (1.599) (1.599)
Lucro Líquido do Exercício - - - 8.864 - 8.864
Destinação Proposta à A.G.O.:
Reserva Legal - 1.257 - (1.257) - -
Dividendos Obrigatórios - - - (5.971) - (5.971)
Dividendos Adcionais - - - (1.194) 1.194 -
Reserva de Retenção de Lucros - - 442 (442) - -
Saldo em 31 de Dezembro de 2016 250.000 8.881 106.806 - 1.194 366.881
Aumento de Capital Social - - - - - -
Dividendos Adicionais Aprovados
em AGO - - - - (1.194) (1.194)
Lucro Líquido do Exercício - - - 41.146 - 41.146
Destinação Proposta à A.G.O.:
Reserva Legal - 2.448 - (2.448) - -
Dividendos Obrigatórios - - - (11.628) - (11.628)
Dividendos Adcionais - - - (2.326) 2.326 -
Reserva de Retenção de Lucros - - 24.744 (24.744) - -
Saldo em 31 de Dezembro de 2017 250.000 11.329 131.550 - 2.326 395.205
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
REGULATÓRIAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016
(Valores expressos em milhares de reais)
1. CONTEXTO OPERACIONAL
A Celesc Geração S.A. – Celesc G, constituída por Escritura Pública em 29 de setembro
de 2006, conforme autorizado pela Lei Estadual no 13.570, de 23 de novembro de 2005,
é uma sociedade anônima de capital fechado, constituída sob a forma de subsidiária
integral, controlada pela Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc.
A Celesc G responde pela operação, manutenção, expansão e comercialização do
parque gerador da Companhia, atualmente formado por 1 Pequena Central Hidrelétrica
– PCH, 7 Usinas Hidrelétricas – UHEs e 4 Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGHs de
propriedade integral da Empresa. Além de investimentos em parceria com investidores
privados, sendo 6 geradoras desenvolvidas no formato de Sociedade de Propósito
Específico – SPE e 1 transmissora.
1.1. Setor Elétrico no Brasil
O setor de energia elétrica no Brasil é regulado pelo Governo Federal, atuando por meio
do Ministério de Minas e Energia – MME, o qual possui autoridade exclusiva sobre o
setor elétrico. A política regulatória para o setor é implementada pela Agência Nacional
de Energia Elétrica – ANEEL.
O fornecimento de energia elétrica a varejo pela Celesc G é efetuado de acordo com o
previsto nas cláusulas de seus contratos de concessão de longo prazo de venda de
energia.
A Outorgada além de vender energia por meio dos leilões para as distribuidoras por
meio do mercado cativo, também vende energia à Consumidores Livres no mercado
livre – ACL.
2. BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS REGULATÓRIAS
As Demonstrações Contábeis Regulatórias para fins regulatórios foram preparadas de
acordo com as normas, procedimentos e diretrizes emitidos pela ANEEL e também
seguindo as orientações emitidas pelo Comitê de Pronunciamenos Contábeis – CPC,
quando estas não são conflitantes com as prátcias contábeis adotadas pela ANEEL.
Essas Demonstrações foram preparadas em consonância com as orientações emitidas
pelo Órgão Regulador para Demonstrações Contábeis. As Demonstrações Contábeis
para fins regulatórios são separadas das Demonstrações Contábeis Estatutárias
Societárias da Companhia. Há diferenças entre as práticas contábeis adotadas no Brasil
e a base de preparação das informações previstas nas Demonstrações para fins
Regulatórios, uma vez que as Instruções Contábeis para fins Regulatórios especificam
um tratamento ou divulgação alternativos em certos aspectos. Quando as Instruções
Contábeis Regulatórias não tratam de uma questão contábil de forma específica, faz-se
necessário seguir as práticas contábeis adotadas no Brasil. As informações financeiras
distintas das informações preparadas totalmente em conformidade com as práticas
contábeis adotadas no Brasil podem não representar necessariamente uma visão
verdadeira e adequada do desempenho financeiro ou posição financeira e patrimonial de
uma empresa por apresentar diferença de valores pela aplicação diferenciada de
algumas Normas Contábeis Societária e Regulatória, estas diferenças estão
demonstradas em notas explicativas, para melhor entendimento do leitor, conforme
apresentado nas Demonstrações Contábeis Regulatórias preparadas de acordo com estas
práticas.
A autorização para conclusão das Demonstrações Contábeis Regulatórias foi dada pela
Administração em xx de abril de 2018.
2.1. Base de Mensuração
2.1.1. Moeda Funcional e Moeda de Apresentação
As Demonstrações Financeiras estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional da
Celesc G, e todos os valores arredondados para milhares de reais, exceto quando
indicados de outra forma.
2.1.2. Estimativas e Julgamentos Contábeis Críticos
As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na
experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros,
consideradas razoáveis para as circunstâncias. Por definição, as estimativas contábeis
resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais.
As estimativas e premissas podem causar ajustes relevantes nos valores patrimoniais e
de resultado para os próximos períodos, impactando nas seguintes mensurações:
a) Provisão para Devedores Duvidosos (NE 8);
b) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (NE 10);
c) Provisões para Litígios (NE 19).
3. POLÍTICAS CONTÁBEIS REGULATÓRIAS
As políticas contábeis descritas abaixo têm sido aplicadas na preparação dessas
Demonstrações Contábeis Regulatórias de maneira consistente a todos os exercícios
apresentados nestas Demonstrações Financeiras.
3.1. Base de Mensuração
As Demonstrações Financeiras foram preparadas com base no custo histórico, com
exceção dos ativos financeiros disponíveis para venda que são mensurados pelo valor
justo reconhecidos nos balanços patrimoniais.
3.2. Caixa e Equivalentes de Caixa
Caixa e Equivalentes de Caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros
investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses
ou menos, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão
sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor.
3.3. Instrumentos Financeiros não Derivativos
3.3.1. Classificação
Os ativos financeiros são classificados nas categorias de empréstimos e recebíveis e
disponíveis para venda. Esta classificação é decorrente da finalidade para a qual os
ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus
ativos financeiros no reconhecimento inicial.
a) Empréstimos e Recebíveis
Fazem parte dessa categoria os ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos
ou determináveis, não cotados em um mercado ativo.
Os empréstimos e recebíveis da Celesc G compreendem caixa e equivalentes de caixa,
contas a receber de clientes e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são
mensurados pelo custo amortizado, pelo método da taxa de juros efetiva.
b) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda
A Celesc G classifica como disponível para venda os recebíveis decorrentes de
investimentos em infraestrutura originados nos contratos de concessão de serviços
públicos de geração de sujeitos à indenização, uma vez que esse ativo não está cotado
em mercado ativo e não possui pagamentos fixos ou determináveis.
3.3.2. Reconhecimento e Mensuração
Os ativos financeiros são reconhecidos pelo seu valor justo, acrescidos dos custos da
transação, exceto para aqueles classificados como empréstimos e recebíveis, que, após o
reconhecimento inicial pelo valor justo, são mensurados pelo custo amortizado usando o
método dos juros efetivos.
3.4. Consumidores, Concessionárias e Permisssionárias
As contas a receber de consumidores, concessionárias e permisssionárias correspondem
aos valores a receber de clientes pelo fornecimento e suprimento de energia e pela
liquidação de energia no âmbito da CCEE e são reconhecidas ao valor faturado e
deduzidas das perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa, que é estabelecida
quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar
todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. Tem-
se como valor da perda estimada a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável.
3.5. Almoxarifado Operacional
Os estoques são compostos por materiais destinados à manutenção das operações,
contabilizados pelo custo médio das compras no ativo circulante e são demonstrados ao
custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor.
3.6. Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes e Diferidos
As despesas de imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem os
tributos correntes e diferidos, sendo reconhecidas na Demonstração do Resultado e
calculadas com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas.
O Imposto de Renda e a Contribuição Social correntes são apresentados líquidos, por
entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando
os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.
O Imposto de Renda e a Contribuição Social diferidos são reconhecidos utilizando as
diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e
passivos e seus valores contábeis nas Demonstrações Financeiras. No ativo são
reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro
esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas.
Os impostos de renda diferidos ativos e passivos diferidos são apresentados pelo líquido
no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração
dos tributos correntes, relacionados às mesmas entidade e autoridade tributáveis.
3.7. Depósitos Judiciais
A Celesc G mantém registrado nesta rubrica valores depositados para fazer jus ao
contingenciamento dos processos judiciais (trabalhistas e cíveis).
3.8. Bens e Atividades Não Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia
Elétrica - Investimentos em Coligadas
Coligadas são todas as entidades sobre as quais Celesc G tem influência significativa,
mas não as controle, geralmente por meio de uma participação societária de 20% a 50%
dos direitos de voto.
Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo Método de Equivalência
Patrimonial – MEP e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. A
participação nos lucros ou prejuízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração
do resultado. Quando a participação nas perdas de uma coligada for igual ou superior ao
valor contábil do investimento, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Celesc G não
reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado
pagamentos em nome da controlada em conjunto.
3.9. Imobilizado
3.9.1. Imobilizado em Serviço
É registrado ao custo de aquisição ou construção. A depreciação é calculada pelo
método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registrados conforme legislação
vigente. As taxas anuais de depreciação estão determinadas nas tabelas anexas à
Resolução vigente emitida pelo Órgão Regulador.
O valor residual é determinado considerando a premissa de existência de indenização de
parcela não amortizada de bens pela taxa de depreciação regulatória e o prazo de
vigência da outorga. O valor residual de um ativo pode aumentar ou diminuir em
eventuais processos de revisão das taxas de depreciação regulatória.
O resultado na alienação ou na retirada de um item do ativo imobilizado é determinado
pela diferença entre o valor da venda e o saldo contábil do ativo e é reconhecido no
resultado do exercício.
3.9.2. Imobilizado em Curso
Os gastos de Administração Central capitalizáveis são apropriados, mensalmente, às
imobilizações em bases proporcionais. A alocação dos dispêndios diretos com pessoal
mais os serviços de terceiros é prevista no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico.
3.10. Intangíveis
Os intangíveis são mensurados ao custo de aquisição e/ou construção, incluindo juros
capitalizados durante o período de construção, quando aplicável, para os casos de ativos
elegíveis. A amortização, quando for o caso, é calculada pelo método linear.
3.10.1. Programas de Computador – Softwares
Licenças adquiridas de softwares são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida
útil estimada (Nota 14). Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de
softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos.
3.10.2. Uso do Bem Público – UBP
O UBP, instituído pela da Lei Federal no 9.074, de 07 de julho de 1995 e alterações, é
um fundo de propriedade da União constituído por recursos provenientes dos
pagamentos pela concessão ou autorização, outorgada a produtores independentes para
geração de energia elétrica.
Os bens integrantes da infraestrutura de geração vinculados aos contratos de concessão
(UBP) assinados após 2004, sob a égide da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, que
não tenham direito à indenização no final do prazo da concessão no processo de
reversão dos bens ao poder concedente, incluindo terrenos, são amortizados com base
no prazo da concessão.
3.10.3. Bonificação de Outorga
Conforme definido no Despacho de Encerramento ANEEL nº 245, de 28 de janeiro de
2016, a assinatura do contrato de concessão se deu mediante pagamento da Bonificação
de Outorga – BO, instituída pelo § 7º do art. 8º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de
2013. Conforme determinação regulatória, o valor correspondente à BO deve ser
reconhecido como Ativo Intangível e será amortizado mensalmente pelo prazo da
outorga.
3.11. Ativo Indenizável de Concessão
Os ativos de concessão referem-se a créditos a receber da União, quando a Celesc G
possui direito incondicional de ser indenizada ao final da concessão, conforme previsto
em contrato, a título de indenizações originadas nos contratos de concessão de serviços
públicos de geração de energia elétrica, pelos investimentos efetuados em infraestrutura
e não recuperados no período de concessão. Estes ativos financeiros são classificados
como disponíveis para venda.
3.12. Outros Ativos Circulantes e Não Circulantes
São demonstrados pelos valores de realização e pelos valores conhecidos ou calculáveis,
acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias
realizadas.
3.13. Passivos Financeiros não Derivativos
Os passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de
quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, são medidos
pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos. A sua baixa ocorre quando
suas obrigações contratuais são liquidadas, retiradas ou canceladas.
A Celesc G tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: fornecedores,
debêntures e outras contas a pagar.
3.13.1. Fornecedores
As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por encargos de uso da rede
elétrica, materiais e serviços adquiridos ou utilizados no curso normal dos negócios.
Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas
pelo custo amortizado.
3.13.2. Debêntures
As Debêntures são reconhecidas pelo valor justo, líquido dos custos da transação
incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Após o
reconhecimento inicial, os custos de transação e os juros atribuíveis, quando incorridos,
são reconhecidos no resultado.
3.14. Provisões para Litígios
As provisões são reconhecidas quando existe uma obrigação presente, legal ou não
formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de
recursos seja necessária para liquidar a obrigação e que uma estimativa confiável do
valor possa ser feita.
3.15. Outros Passivos Circulantes e Não Circulantes
São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável,
dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas.
3.16. Distribuição de Dividendos
Os dividendos são reconhecidos no passivo circulante no encerramento do exercício
social, no montante de 25% do lucro anual societário ajustado, aprovado pelo Conselho
de Administração, a ser distribuído aos acionistas. Valores acima do mínimo obrigatório
são reconhecidos no Patrimônio Líquido e somente são provisionados quando aprovados
em Assembleia Geral Ordinária – AGO pelos acionistas.
3.17. Capital Social
As ações ordinárias e nominativas são classificadas no Patrimônio Líquido.
3.18. Reconhecimento de Receita
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pelo
fornecimento e suprimento de energia no curso normal das atividades. É apresentada
líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.
A receita é reconhecida quando: a) os valores das receitas, dos custos incorridos e das
despesas da transação possam ser mensurados com segurança; b) é provável que
benefícios econômicos futuros fluam para a entidade; c) a Celesc G não detém mais a
gestão e o controle sobre a energia vendida; e d) os riscos e benefícios relacionados à
energia vendida são transferidos ao comprador.
3.18.1. Fornecimento de Energia Elétrica
Destina-se à contabilização da receita faturada correspondente ao fornecimento de
energia elétrica, assim como dos ajustes adicionais específicos.
3.18.2. Suprimento de Energia Elétrica
Destina-se à contabilização da receita proveniente do suprimento de energia elétrica ao
revendedor, no Ambiente de Contratação Regulada – ACR e no Ambiente de
Contratação Livre – ACL, bem como dos ajustes adicionais específicos.
3.18.3 Energia de Curto Prazo
A Energia de Curto Prazo é um segmento da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica – CCEE, onde são contabilizadas as diferenças entre os montantes de energia
elétrica contratados pelos agentes e os montantes de geração e de consumo efetivamente
verificados e atribuídos aos respectivos agentes. As diferenças apuradas, positivas ou
negativas, são contabilizadas para posterior liquidação financeira no Mercado de Curto
Prazo e valoradas ao Preço de Liquidação das Diferenças – PLD.
3.18.4. Receita Financeira
A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da
taxa de juros efetiva. Os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de
receita financeira.
4. GESTÃO DE RISCO
A Diretoria de Planejamento e Controle Interno – DPL da Companhia desenvolve a
gestão estratégica de riscos e controles internos, elaborando o mapa de riscos
estratégicos, modelando estes riscos para mitigá-los por meio de planos de ação,
objetivando, assim, o alcance das estratégias de longo prazo da Celesc G.
4.1. Risco Financeiro
4.1.1. Risco de Crédito
Inadimplência
Risco de comprometimento do planejamento econômico financeiro pelo não
recebimento da receita faturada, por deficiências de comunicação, entrega e cobrança
em relação aos clientes.
4.1.2 Risco de Liquidez
Acesso ao Mercado de Capitais
Risco da impossibilidade ou indisponibilidade de obter capital de terceiros junto ao
mercado afetando o planejamento de caixa, execução das estratégias ou geração futura
de retornos financeiros, através do comprometimento da estrutura de capital.
Fluxo de Caixa
Risco de baixa liquidez financeira seja pela baixa arrecadação, impossibilidade de
captação, inadimplência, excesso de despesas e/ou investimentos, para cumprir
compromissos financeiros e a estratégia do negócio.
Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa contratados não descontados.
Descrição
Taxas % Menos de
um mês
De um a
três
meses
De três
meses a
um ano
De um a
cinco
anos
Mais de
cinco
anos
Total
Caixa e Equivalentes de Caixa
- 77.080 - - - - 77.080
Consumidores - 3.128 - - - - 3.128 Concessionárias e
Permissionárias - 6.780 8.450 - - - 15.230
Total Ativo
86.988 8.450 - - - 95.438
Fornecedores
- 2.693 44 194 - - 2.931
Debêntures 125% do CDI - 150.685 - - - 150.685
Total Passivo
2.693 150.729 194 - - 153.616
Aceleração de Dívida
Risco do vencimento antecipado de dívidas junto ao mercado financeiro devido ao não
cumprimento dos covenants financeiros e não financeiros, estabelecidos nas cláusulas
referentes ao contrato de debêntures.
Capital Circulante Líquido
O capital de giro (circulante) líquido – CCL – é obtido pela diferença entre o ativo
circulante e o passivo circulante. Sendo o volume de recursos necessários para a
empresa completar o ciclo operacional.
Descrição
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
CCL
(89.748)
34.677
O CCL ao final do exercício de 2017 encontra-se negativo devido ao vencimento da 1ª
Emissão de Debêntures Simples pela Celesc G. A Diretoria Executiva está repactuando
essa Emissão de Debêntures, com data de vencimento em 03 de março de 2018 para 1o
de junho de 2018. Em paralelo, a Celesc G iniciou os procedimentos da 2ª Emissão de
Debêntures, que será destinada para quitação da 1ª Emissão de Debêntures (NE 18).
4.1.3. Risco de Mercado
Taxa de Juros
Risco de perdas provocado pela variação intempestiva e não planejada nas taxas de
juros, comprometendo a estratégia.
4.2. Risco Operacional
4.2.1 Risco de Gestão
Planejamento e Orçamento
Risco de perdas pela ausência de sistemas especializados, simulação de cenários
baseada em informações não confiáveis, premissas inadequadas e dificuldade de
consolidação de informações para gerar planejamento e monitoramento do orçamento,
comprometendo a expectativa, resultados e metas aprovados.
Contraparte
Risco de perdas e/ou dificuldade de execução de suas estratégias devido ao não
cumprimento total ou parcial pela contraparte (fornecedores, prestadores de serviço,
etc.) das cláusulas acordadas, expondo a Celesc G a contingências, obrigações solidárias
e perdas financeiras.
Investimentos
Risco de perdas por decisões de investimentos em desacordo com o alinhamento
estratégico, através de não cumprimento de cronogramas, taxas de retorno insuficientes
e desembolsos imprevistos.
4.2.2 Risco de Processo
Resguardo de Ativos
Risco de perdas financeiras decorrentes da falta de mecanismos de proteção, sinistros
e/ou acessos não autorizados.
4.2.3. Risco de Produção de Energia Elétrica
Afluência Média
As Usinas da Celesc G são do tipo fio d’água ou com reservatórios relativamente
pequenos, dependendo diretamente do regime pluviométrico.
Disponibilidade das Unidades Geradoras
Devido à idade avançada das usinas da Celesc Geração (idades de 50 a 109 anos), ao
desgaste natural de peças e equipamentos e aos serviços de melhoria e modernização, a
geração de energia é influenciada pela disponibilidade das unidades geradoras.
4.3. Risco de Compliance
4.3.1. Risco Regulatório/Legal
Regulação do Setor Elétrico
Risco de exposição a sanções administrativas aplicadas pela Agência Reguladora diante
da inadequação dos processos internos, perda de valor em função de alterações na
legislação que sejam desalinhadas com interesses estratégicos da Celesc G, e exposição
às políticas governamentais definidas para o setor, bem como às interferências de
órgãos externos.
Extinção da Concessão
Risco de extinção da prorrogação do Contrato de Concessão da Usina Celso Ramos em
decorrência da obrigatoriedade da entrada em operação comercial até 2021 de duas
novas unidades geradoras a serem construídas pela Celesc G.
4.4. Gestão de Capital
Os objetivos da Celesc G ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade
de sua continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes
interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo.
Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Celesc G pode rever a política de
pagamento de dividendos, devolvendo capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas
ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento.
Condizente com outras empresas do setor, a Celesc G monitora o capital com base no
índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida
pelo capital total.
A dívida líquida, por sua vez, corresponde às Debêntures subtraídas do montante de
Caixa e Equivalentes de Caixa. O capital total é apurado por meio da soma do
Patrimônio Líquido com a dívida líquida.
Descrição
31 de
31 de
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
Debêntures 150.685 150.019
Menos: Caixa e Equivalentes de Caixa (77.080) (18.591)
Dívida Líquida 73.605 131.428
Total do Patrimônio Líquido 395.205 366.881
Total do Capital 468.810 498.309
Índice de Alavancagem Financeira (%) 15,7% 26,4%
5. INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA
A tabela a seguir apresenta os Instrumentos Financeiros em 31 de dezembro de 2017.
Descrição
Empréstimos
e Recebíveis
Disponíveis
para Venda
Outros
Passivos
Financeiros
Total
Ativo
Caixa e Equivalentes 77.080 - - 77.080
Consumidores 3.128 - - 3.128
Concessionárias e Permissionárias 15.230 - - 15.230
Ativo Indenizatório – Concessão - 2.421 - 2.421
Total 95.438 2.421 - 97.859
Passivo
Fornecedores - - 2.931 2.931
Debêntures - - 150.685 150.685
Total - - 153.616 153.616
A tabela a seguir apresenta os Instrumentos Financeiros em 31 de dezembro de 2016.
Descrição
Empréstimos
e Recebíveis
Disponíveis
para Venda
Outros
Passivos
Financeiros
Total
Ativo
Caixa e Equivalentes 18.591 - - 18.591
Consumidores 5.533 - - 5.533
Concessionárias e Permissionárias 31.335 31.335
Ativo Indenizatório – Concessão - 2.421 - 2.421
Total 55.459 2.421 - 57.880
Passivo
Fornecedores - - 7.498 7.498
Debêntures - - 150.019 150.019
Total - - 157.517 157.517
6. QUALIDADE DO CRÉDITO DOS ATIVOS FINANCEIROS
A qualidade dos créditos dos ativos financeiros pode ser avaliada mediante referência às
classificações internas de cessão de limites de crédito:
Descrição
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Consumidores, Concessionárias Permissionárias
Grupo 1 – Clientes com Arrecadação no Vencimento 18.340 35.418
Grupo 2 – Clientes com média de atraso entre 01 e 90 dias 18 32
Grupo 3 – Clientes com média de atraso superior a 90 dias 21.766 17.015
Total 40.124 52.465
Todos os demais ativos financeiros que a Celesc G mantém, principalmente contas
correntes e aplicações financeiras, são considerados de alta qualidade e não apresentam
indícios de perdas.
7. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
O Caixa e Equivalentes de Caixa são mantidos com a finalidade de atender a
compromissos de curto prazo e não para outros fins. A Celesc G considera equivalentes
de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um montante
conhecido de caixa.
Descrição
31 de 31 de
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
Recursos em Banco e em Caixa 242 9
Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 76.838 18.582
Total 77.080 18.591
As Aplicações Financeiras são de alta liquidez, prontamente conversíveis em um
montante conhecido de caixa, não estando sujeitos a risco significativo de mudança de
valor. Esses títulos referem-se a Operações Compromissadas e Certificados de Depósito
Bancários – CDBs, remunerados em média pela taxa de 99,6% da variação do
Certificado de Depósito Interbancário – CDI.
8. CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS
8.1 Composição das Contas a Receber de Consumidores, Concessionárias e
Permissionárias
Descrição
Valores Correntes
Corrente a Vencer Corrente Vencida Provisão para
Devedores
Duvidosos
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016 Até 60
dias
Mais de
60 dias
Mais de
360 dias
Fornecimento de
Energia 3.128 - 6.385 (6.385) 3.128 5.533
- Industrial 2.532 - 6.385 (6.385) 2.532 5.533
- Comercial 596 - - - 596 -
Suprimento Energia 6.780 8.450 15.381 (15.381) 15.230 31.335
TOTAL 9.908 8.450 21.766 (21.766) 18.358 36.868
As perdas estimadas sobre os valores vincendos são constituídas em virtude das
incertezas quanto à sua realização. Além das inadimplências geradas pelos contratos
bilaterais, a Celesc G está sujeita às inadimplências ocorridas no Mercado de Energia
Elétrica do Sistema Interligado Nacional, nas quais estas são gerenciadas e
contabilizadas pela CCEE e são rateadas entre os agentes de mercado.
A provisão para créditos de liquidação duvidosa constituída referente ao fornecimento
industrial, refere-se, principalmente, à inadimplência de um cliente industrial pela
compra de energia dos meses de junho, julho e agosto de 2010 e janeiro, fevereiro,
março, abril, maio e junho de 2011, no montante de R$5.014 mil. A Celesc G requereu
judicialmente em 2011 a rescisão contratual e pedido de cancelamento do contrato de
compra e venda de energia elétrica no sistema SINERCOM junto à CCEE, bem como a
cobrança dos valores inandimplentes.
Os valores referentes aos ajustes das medidas liminares acerca do GSF nos relatórios
dos resultados da contabilização do mercado de curto prazo, emitido pela CCEE,
referentes à Celesc G são no importe de R$15.381 mil em dezembro de 2017. A empresa
constituiu PECLD neste valor acima citado considerando que não há certeza acerca do
recebimento pela liquidação no mercado de curto prazo em face à controvérsia e à
incerteza do deslinde do processo judicial.
9. TRIBUTOS COMPENSÁVEIS
Descrição
31 de
31 de
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
ICMS1 1.223 234
IRPJ e CSLL2 466 82
Total 1.689 316
Circulante 466 82
Não Circulante 1.223 234
1 Impostos sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS 2 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL
Os créditos de ICMS a recuperar registrados no Ativo Não Circulante são decorrentes
de aquisições de ativo imobilizado e podem ser compensados em 48 meses.
Os saldos de IRPJ e CSLL têm em sua composição reduções na fonte por imposto de
renda sobre aplicações financeiras e serão realizados no curso normal das operações.
10. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS
O imposto de renda e a contribuição social diferidos sobre diferenças temporárias são
demonstrados como segue:
Descrição
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Ativo Não Circulante
Provisão para Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação
Duvidosa 5.696 3.598
Provisão para Litígios
341
319
Outras Provisões 152 -
Total
6.189
3.917
11. ATIVO INDENIZATÓRIO
A Celesc G requereu ao poder concedente ao final das concessões das usinas Bracinho,
Cedros, Salto e Palmeiras, a título de indenização, conforme critérios e procedimentos
para cálculo estabelecidos pela Resolução Normativa no 596, de 19 de dezembro de
2013, os investimentos efetuados em infraestrutura e não depreciados no período de
concessão, por possuir direito incondicional de ser indenizada, conforme previsto em
contrato.
31 de 31 de
Descrição
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
Usina Bracinho
85 85
Usina Cedros
195 195
Usina Salto
1.906 1.906
Usina Palmeiras
235 235
Total
2.421 2.421
12. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS
12.1 Saldos e Transações
Os saldos contabilizados em partes relacionadas no ativo e passivo são:
Descrição
Ativo Passivo
Contas a
Receber
Tributos a
Recuperar Fornecedores
Contas a
Pagar
Em 31 de dezembro de 2016
Celesc Distribuição S.A. (i) 40.227 - 216 1.257
Rondinha Energética S.A. 488 - - - ICMS - 234 - -
Total 40.715 234 216 1.257
Em 31 de dezembro de 2017 Celesc Distribuição S.A. 45.454 - 216 1.103
Rondinha Energética S.A. 488 - - -
ICMS - 1.223 - -
Total 45.942 1.223 216 1.103
A movimentação no resultado do exercício é:
Descrição
Custos e Despesas Operacionais Receita
Encargos do Uso do
Sistema de Distribuição Pessoal
Receita
Financeira
Receita de
Suprimento
Em 31 de dezembro de 2016
Celesc Distribuição S.A. 2.381 14.577 2.227 430
Total 2.381 14.577 2.227 430
Em 31 de dezembro de 2017
Celesc Distribuição S.A. 2.301 16.495 5.227 3.019
Total 2.301 16.495 5.227 3.019
(i) Mútuo Celesc D
Em agosto de 2016 a Celesc G fez o repasse de R$38.000 mil à Celesc D na forma de
Contrato de Mútuo. São acrescidos ao principal juros de 125% do CDI, que serão pagos
ao final do contrato, com vigência de 24 meses, podendo ser rescindido a qualquer
tempo desde que a parte interessada se manifeste com antecedência de 30 dias.
13. BENS E ATIVIDADES NÃO VINCULADAS À CONCESSÃO DO SERVIÇO
PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA
Os investimentos em Sociedades de Propósito Específico – SPEs que viabilizam novos
empreendimentos são os seguintes:
Investimentos
31 de 31 de
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
Rondinha Energética S.A 10.416 11.567 Painel Energética S.A 1.675 1.741
Campo Belo Energética S.A 1.754 1.773
Cia Energética Rio das Flores 10.248 9.533 Xavantina Energética S.A 9.657 9.531
Garça Branca S.A. 14.396 8.588
EDP Transmissão Aliança SC S.A. 834 - Ágio na Aquisição de Investimentos 2.078 2.078
Total 51.058 44.811
a) Informações sobre Bens e Atividades Não Vinculadas à Concessão do Serviço
Público de Energia Elétrica
A participação da Celesc G nos empreendimentos de geração corresponde à parcela de
17,22MW. A estrutura societária formada com as parcerias é a seguinte:
Descrição
Milhares de
Ações da
Companhia
Participação da
Companhia (%)
Total
do
Ativo
Patrimônio
Líquido
Ajustado
Receita
Operacional
Líquida
Lucro
(Prejuízo)
Líquido
Ajustado
Ordinárias
Capital
Social
Capital
Votante
Em 31 de dezembro de 2016
Rondinha Energética S.A. 12.838 32,50% 32,50% 58.921 35.590 7.153 612
Painel Energética S.A. 4.745 32,50% 32,50% 5.561 5.561 - (22) Campo Belo Energética S.A. 1.350 30,00% 30,00% 6.469 6.056 - (102)
Cia Energética Rio das Flores 8.035 26,07% 26,07% 58.833 37.330 10.739 4.798 Xavantina Energética S.A 216 40,00% 40,00% 43.466 23.826 3.453 (2.294)
Garça Branca Energética S.A 9.503 49,00% 49,00% 46.175 16.232 - (1.528)
Em 31 de dezembro de 2017
Rondinha Energética S.A. 12.838 32,50% 32,50% 55.215 33.026 10.498 (3.542)
Painel Energética S.A. 4.745 32,50% 32,50% 5.611 5.611 - (203) Campo Belo Energética S.A. 1.350 30,00% 30,00% 6.542 6.129 - (63)
Cia Energética Rio das Flores 8.035 26,07% 26,07% 59.001 40.070 11.414 4.540
Xavantina Energética S.A 241 40,00% 40,00% 40.661 23.269 5.145 (2.685) Garça Branca Energética S.A 18.014 49,00% 49,00% 59.436 29.337 3.897 (4.217)
EDP Transmissão Aliança SC
S.A. 0,1 10,00% 10,00% 15.447 (160) 7.267 (161)
b) Movimentação de Bens e Atividades Não Vinculadas à Concessão do Serviço
Público de Energia Elétrica
Descrição
Rondinha Painel Campo
Belo
Rio das
Flores Xavantina
Garça
Branca
EDP
Transmissão Total
Saldos em 31 de dezembro de 2015 11.428 1.748 1.804 8.386 7.875 8.683 - 39.924
Integralizações - - - - 2.573 2.450 - 5.023
Aumento no Capital Social - - - 395 - - - 395 Pagamento de Ágio - - - 80 - - - 80
Dividendos Recebidos - - - (250) - - - (250)
Resultado de Equivalência Patrimonial
199 (7) (31) 1.204 (917) (749) - (301)
Outros ajustes (60) - - - - - - (60)
Saldos em 31 de dezembro de 2016 11.567 1.741 1.773 9.815 9.531 10.384 - 44.811
Integralizações - - - - 1.200 7.875 850 9.925
Dividendos Recebidos - - - (469) - - - (469) Resultado de Equivalência
Patrimonial (1.151) (66) (19) 1.184 (1.074) (2.067) (16) (3.209)
Saldos em 31 de dezembro de 2017 10.416 1.675 1.754 10.530 9.657 16.192 834 51.058
c) Ágio na Aquisição de Investimentos
O saldo de ágio na aquisição dos investimentos é formado pelo somatório do ágio da
SPE Rio das Flores no valor de R$282 mil e da SPE Garça Branca no valor de R$1.796
mil.
14. IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
A composição do imobilizado é como segue:
Ativo Imobilizado
em Serviço
Valor
Bruto em
31/12/2016
Adi-
ções
(A)
Baixas (B)
Transfe-
rências
(C)
Valor
Bruto em
31/12/2017
Adições
Líquidas=
(A)-(B)+(C)
Depre-
ciação
Acum.
Valor
Líquido em
31/12/2017
Valor
Líquido
em
31/12/2016
Geração 204.406 - (10.149) 4.599 198.856
(5.550) (62.992) 135.864 137.269
Terrenos 455 - - - 455
- (226) 229 229
Reservatórios, Barragens e
Adutoras 21.448 - (3.536) 956 18.868
(2.580) (13.934) 4.934 4.130
Edificações, Obras Civis e Benfeitorias 45.137 - - 27 45.164
27 (11.745) 33.419 34.233
Máquinas e
Equipamentos 137.079 - (6.613) 3.616 134.082
(2.997) (36.859) 97.223 98.607 Veículos 83 - - - 83
- (47) 36 45
Móveis e Utensílios 204 - - - 204
- (181) 23 25
Administração 1.721 - (54) 125 1.792
71 (1.338) 454 463
Edificações, Obras
Civis e Benfeitorias 401 - - - 401
- (335) 66 133 Máquinas e
Equipamentos 87 - - 4 91
4 (68) 23 31
Veículos 1.128 - (54) 121 1.195
67 (889) 306 234 Móveis e
Utensílios 105 - - - 105
- (46) 59 65
Subtotal 206.127 - (10.203) 4.724 200.648
(5.479) (64.330) 136.318 137.732
Ativo Imobilizado
em Curso
Valor
Bruto em
31/12/2016
Adi-
ções
(A) Baixas (B)
Transfe-
rências
(C)
Valor
Bruto em
31/12/2017
Adições
Líquidas =
(A)-(B)+(C)
Depre-
ciação
Acum.
Valor
Líquido em
31/12/2017
Valor
Líquido
em
31/12/2016
Geração 21.537 5.433 (382) (4.599) 21.989
452 - 22.086 21.537
Máquinas e
Equipamentos 2.252 5.433 (68) (3.616) 4.001
1.749 - 4.001 2.252 Outros 19.285 - (314) (983) 17.988
(1.297) - 17.988 19.285
Administração 108 395 - (125) 378
270 - 378 108
Máquinas e
Equipamentos 105 18 - (4) 119
14 - 119 105 Outros 3 377 - (121) 259 256 - 259 3
Subtotal 21.645 5.828 (382) (4.724) 22.367 722 - 22.367 21.645
Total do Ativo
Imobilizado 227.772 5.828 (10.585) - 223.015 (4.757) (64.330) 158.685 159.377
A composição do intangível é como segue:
Intangível
Valor
Bruto em
31/12/2016
Adições
(A)
Baixas
(B)
Valor
Bruto em
31/12/2017
Adições
Líquidas
= (A)-(B)
Amorti-
zação
Acum.
Valor
Líquido
em
31/12/2017
Valor
Líquido
em
31/12/2016
Ativo Intangível em
Serviço
Geração 235.323 167 (5.956) 229.534
(5.789) (10.680) 218.854 227.142
Servidões 70 - - 70
- - 70 70
Uso do Bem Público 6.693 167 (5.956) 904
(5.789) (752) 152 821
Outros 228.560 - - 228.560 - (9.928) 218.632 226.251
Administração 6.495 - - 6.495
- (4.229) 2.266 3.564
Softwares 6.495 - 6.495
- (4.229) 2.266 3.564
Subtotal 241.818 167 (5.956) 236.029 (5.789) (14.909) 221.120 230.706
Ativo Intangível em
Curso
Geração 614 388 - 1.002
388 - 1.002 614
Softwares 614 388 - 1.002
388 - 1.002 614
Subtotal 614 388 - 1.002 388 - 1.002 614
Total do Ativo
Intangível 242.432 555 (5.956) 237.031 (5.401) (14.909) 222.122 231.320
2017 2016
Ativo Imobilizado
Taxas anuais
médias de
depreciação (%)
Valor
Bruto
Depreciação e
Amortização
Acumulada
Valor
líquido Valor líquido
Em serviço
Geração
198.856 (62.992) 135.864
137.269
Custo Histórico 3,31% 198.856 (62.992) 135.864
137.269
Administração
1.792 (1.338) 454
463
Custo Histórico 14,39% 1.792 (1.338) 454
463
200.648 (64.330) 136.318
137.732
Em Curso
Geração 0,00% 22.086 - 22.086
21.537
Administração 0,00% 281 - 281
108
22.367 - 22.367
21.645
223.015 (64.330) 158.685 159.377
A composição das adições do exercício ao Imobilizado em Curso, por tipo de gastos
capitalizado, é como segue:
Adições do Ativo Imobilizado em Curso Material / Equipamentos Serviços de Terceiros Total
Máquinas e Equipamentos 2.320 3.131 5.451
Outros 377 - 377
Total das Adições 2.697 3.131 5.828
As principais taxas anuais de depreciação por macroatividade, de acordo com a
Resolução ANEEL no 674 de 2016, são as seguintes:
Taxas anuais de depreciação (%)
Geração
Equipamento Geral 6,25%
Equipamentos da Tomada D'água 3,70% Reservatórios, Barragens e Adutoras 2,04%
Turbina Hidráulica 2,50%
Administração Central
Equipamento Geral de Informática 16,67%
Veículos 14,29%
De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto no 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os
bens e instalações utilizados na geração de energia elétrica são vinculados ao serviço,
não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a
prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. O ato normativo que regulamenta a
desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concede
autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando
destinados à alienação, determinando que o produto das alienação seja depositado em
conta bancária vinculada para aplicação na concessão.
As dez principais transferências (pelo critério de valor) ao imobilizado em serviço no
exercício foram:
Descrição do Bem – Transferência ao Imobilizado em Serviço em R$ mil
1. Conduto Forçado de Aço ASTM A36 da Unidade Geradora 2 da Usina Pery 856
2. Máquina Limpa-Grade de Capac. 5.000 Kg da Usina Celso Ramos 273
3. Uma Extensão de Fibra Ótica entre Rio do Júlio e Encruzilhada da Usina Bracinho 226
4. Uma Extensão de Fibra Ótica entre Primeiro Salto e Encruzilhada da Usina Bracinho 218
5. Uma Extensão de Fibra Ótica entre Oitavo Salto e Encruzilhada da Usina Bracinho 195
6. Um Controlador Lógico Programável (CLP) da Usina Bracinho 145
7. Uma Extensão de Fibra Ótica entre Usina Bracinho e Encruzilhada da Usina Bracinho 136
8. Software do Sistema de Aquisição de Dados e Monitoramento da Usina Bracinho 108
9. Um Regulador de Velocidade da Turbina Hidráulica da Unidade Geradora 1 da Usina Bracinho 106
10. Um Regulador de Velocidade da Turbina Hidráulica da Unidade Geradora 2 da Usina Bracinho 106
Os principais investimentos realizados no ano de 2017 são: (i) automação da Usina
Bracinho no montante de R$2.629 mil já concluída e transferida para o imobilizado em
operação; (ii) automações, ainda em andamento, das Usinas Piraí (R$786 mil), Rio do
Peixe (R$375 mil) e São Lourenço (R$365 mil); e (iii) aquisição de veículos no
montante de R$375 mil.
As dez principais baixas (pelo critério de valor) do imobilizado em serviço no exercício
foram:
Descrição do Bem – Transferência ao Imobilizado em Serviço em R$ mil
1. Máquinas e Equipamentos da Usina Garcia 3.748
2. Reservatórios, Barragens e Adutoras da Usina Garcia 3.517
3. Máquinas e Equipamentos da Usina Garcia 782
4. Conduto Forcado em Madeira da Usina Pery 222
5. Transformador de Aterramento ea Usina Palmeiras 98
6. Estação de Dados Hidrológicos 34
7. Estação de Dados Hidrológicos 34
8. Veículo Uno Mille Flex 30
9. Veículo Uno Mille Flex 24
10. Estação de Dados Hidrológicos 19
14.1. Ativo Imobilizado Totalmente Depreciado ainda em Operação
O valor contábil bruto dos ativos imobilizados que estão totalmente depreciados e que
ainda estão em operação em 31 de dezembro de 2017:
Descrição
31 de 31 de
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
Reservatórios, Barragens e Adutoras 12.478 16.014
Edificações, Obras Civis e Benfeitorias 8.133 7.696 Máquinas e Equipamentos 20.528 25.245
Outros 1.152 1.206
Total 42.291 50.161
15. FORNECEDORES
31 de 31 de
Descrição dezembro dezembro
de 2017 de 2016
Encargos de Uso da Rede Elétrica 216 216
Materiais e Serviços 2.715 7.282
Total 2.931 7.498
16. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS CORRENTES
16.1. Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar
Descrição
31 de 31 de
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
IRPJ 14.125 1.791
CSLL 4.062 661
Total a pagar 18.187 2.452
(-) Tributos a Compensar (466) (82)
Total 17.721 2.370
16.2. Outros Tributos e Contribuições Sociais
Descrição
31 de 31 de
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
PIS e COFINS 981 911
Outros 115 90
Total 1.096 1.001
17. TAXAS REGULAMENTARES
São compostas pelos encargos do setor de energia elétrica.
Descrição
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos – CFURH (i) 108 208
Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica – TFSEE (ii) 22 37
Uso do Bem Público – UBP 174 753
Pesquisa e Desenvolvimento – P&D (iii) 2.109 1.621
Total 2.413 2.619
Circulante 386 924
Não circulante 2.027 1.695
(i) Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos – CFURH
A Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos é um ressarcimento
pela ocupação de áreas por usinas hidrelétricas e um pagamento pelo uso da água na
geração de energia. A tarifa utilizada para o cálculo da Compensação Financeira (Tarifa
Atualizada de Referência – TAR) é fixada pela ANEEL, sendo reajustada anualmente e
revisada a cada quatro anos pela Agência (Compensação Financeira = 6,75% x Energia
Gerada x TAR).
(ii) Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica – TFSEE
A Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica foi criada, por lei, com a
finalidade de constituir a receita da ANEEL para cobertura das suas despesas
administrativas e operacionais. A TFSEE é fixada anualmente pela ANEEL e paga
mensalmente, em duodécimos.
(iii) Pesquisa e Desenvolvimento – P&D
O encargo foi criado pela Lei Federal no 9.991/00 e seus recursos são destinados ao
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, ao Ministério
de Minas e Energia - MME e aos agentes, a serem aplicados em projetos aprovados pela
ANEEL. O P&D é calculado com base em 1% de sua receita operacional líquida.
18. DEBÊNTURES
Em 03 de março 2016 ocorreu a primeira emissão de Debêntures da Celesc G. O valor
total da emissão foi de R$150.000 mil em uma única série, constituída por 15 mil
Debêntures com valor nominal unitário de R$10 mil.
As Debêntures são simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária e com
garantia adicional fidejussória. As Debêntures serão nominativas e escriturais, sem
emissão de cautelas ou certificados, tendo vencimento em março de 2018, sem
atualização monetária. Os juros remuneratórios correspondem a 125% da variação
acumulada das taxas médias diárias dos Depósitos Interfinanceiros – DI e são pagos
trimestralmente.
Os juros pagos no ano de 2017 totalizaram R$18.038 mil, enquanto que no ano de 2016
o montante desembolsado foi de R$19.023 mil, decorrente das variações do CDI.
O valor nominal unitário das Debêntures será amortizado integralmente na data de
vencimento, ressalvadas as hipóteses de liquidação antecipada das debêntures resultante
do resgate antecipado, de amortização extraordinária ou na data do vencimento
antecipado das Debêntures.
A Celesc G tem como compromisso contratual (covenant) vinculado à emissão das
debêntures não apresentar a relação Dívida Líquida/EBITDA superior a 2,5, nos dois
primeiros semestres, e superior a 2 nos dois últimos semestres. O não cumprimento
desses indicadores financeiros pode implicar no vencimento antecipado das dívidas. Em
31 de dezembro de 2017 a Companhia esteve abaixo deste indicador de relação.
LINHA CREDORA
Juros de
Curto
Prazo
Principal
Curto
Prazo
Principal
+ Juros
LP
Saldo
Total
Cronograma de Amortização
2019 2020 2021 2022 2023 2023+ Total
Financ. / Emprést.
Moeda Nacional 955 149.730 - 150.685 - - - - - - -
Debêntures 955 149.730 - 150.685 - - - - - - -
Total por Dívida 955 149.730 - 150.685 - - - - - - -
Financ. / Emprést.
Moeda Nacional 955 149.730 - 150.685 - - - - - - -
a) Abertura dos Ativos Financeiros
LINHA
DEVEDORA
Juros de
Curto
Prazo
Principal
Curto
Prazo
Principal
+
Juros LP
Saldo
Total
Cronograma de Amortização
2019 2020 2021 2022 2023 2023+ Total
Ativos Financeiros - 77.080 45.942 123.022 - - - - - - -
Caixa e Aplicações
Financeiras - 77.080 - 77.080 - - - - - - -
Saldo Final de Caixa - 77.080 - 77.080 - - - - - - -
Mútuos Ativos - - 45.942 45.942 - - - - - - -
Rondinha Energética S.A.
- - 488 488 - - - - - - -
Celesc Distribuição
S.A. - - 45.454 45.454 - - - - - - -
b) Composição do Endividamento e Dívida Líquida
RESUMO Juros de
Curto Prazo
Principal
Curto Prazo
Principal +
Juros LP
Total
2017
Total
2016
(+) Dívida Bruta 955 149.730 - 150.685 150.019
Financ./Emprést. Moeda Nacional 955 149.730 - 150.685 150.019
(-) Ativos Financeiros - (77.080) (45.942) (123.022) (59.306)
Alta Liquidez - (77.080) - (77.080) (18.591)
Mútuos Ativos (Empresas Ligadas) - - (45.942) (45.942) (40.715)
(+) Dívida Líquida I 955 72.650 (45.942) 27.663 90.713
(+/-) Derivativos / Fair Value - - - - -
(+) Dívida Líquida II 955 72.650 (45.942) 27.663 90.713
19. PROVISÕES PARA LITÍGIOS
Todas as demandas de natureza judicial são acompanhadas continuamente pelos
assessores jurídicos da Celesc G que, de acordo com critérios previamente definidos
pela Administração, classificam os riscos contingentes de forma individual, o que
resulta no provisionamento dos objetos considerados como perda provável.
Descrição
Trabalhistas
Cíveis
Total
Saldos em 31/12/2016 530 409 939
Constituição 63 - 63
Saldos em 31/12/2017 593 409 1.002
Não Circulante 593 409 1.002
A Celesc G é parte envolvida em processos trabalhistas e cíveis em andamento e está
discutindo essas questões na esfera judicial.
Esses processos, quando aplicáveis, são amparados por depósitos judiciais. As provisões
para as eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela
administração, respaldadas pela opinião de seus consultores legais internos e externos.
A natureza dos litígios pode ser sumariada como segue:
a) Litígios Trabalhistas
Estão relacionadas às reclamações movidas por empregados à disposição da Celesc G e
das empresas prestadoras de serviços (terceirizadas) relativas a questões de pagamento
de horas extras, bem como revisão de base de cálculo de verbas salariais, adicionais,
verbas rescisórias, dentre outros direitos trabalhistas.
O processo de maior relevância refere-se à Ação Civil Pública interposta pelo
Ministério Público do Trabalho por denúncias de trabalhadores nas obras da construção
da PCH Prata pertencente à Companhia Energética Rio das Flores, da qual a Celesc
Geração tem participação acionária de 26,07%, com montante de perda estimado em
R$400 mil.
b) Litígios Cíveis
O principal processo está relacionado à reclamação movida por inexigibilidade de
débito de duplicatas emitidas em 2011, interposta por consumidor industrial, com
estimativa de valor em R$372,6 mil.
Além disso, existem ações para constituição de faixa de servidão administrativa, tendo
em vista a necessidade de ordem judicial de emissão de posse da Celesc G.
c) Perdas Possíveis – Não Provisionadas
A Celesc G tem ações de natureza trabalhista envolvendo riscos de perda classificados
pela Administração como possível, com base na avaliação de seus consultores jurídicos,
para as quais não há provisão constituída, conforme composição e estimativa a seguir:
Litígios
Risco Possível
31 de 31 de
dezembro dezembro
de 2017 de 2016
Trabalhistas e Previdenciárias 768 748
Total 768 748
As contingências passivas trabalhistas estão relacionadas a processos movidos por
empregados e ex-empregados de empresas prestadoras de serviços relativas a questões
de responsabilidade subsidiária/solidária, horas extras, indenização por acidente de
trabalho, verbas rescisórias e outras.
O processo mais relevante, com estimativa de perda no montante de R$720 mil, refere-
se a interposição da Ação de Indenização por Danos Morais relacionado a empregado
de empresa prestadora de serviço subcontratada pela Celesc G durante as obras de
ampliação da Usina Pery.
20. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
20.1 Capital Social
O Capital Social da Celesc G em 31 de dezembro de 2017, subscrito e integralizado, é
de R$250 milhões, representado por 43.208.760 ações ordinárias nominativas, sem
valor nominal, de titularidade das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A.
Número de ações em milhares
Acionistas Ordinárias
Nominativas % Total %
Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. 43.209 100 43.209 100
43.209 100 43.209 100
20.2 Reservas de Lucros
Descrição
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Reserva Legal 11.329
8.881
Reserva de Retenção de Lucros 131.550
106.806
Total 142.879
115.687
A Reserva Legal é constituída anualmente como destinação de 5% do Lucro Líquido
Societário do Exercício e não poderá exceder a 20% do Capital Social. A Reserva Legal
tem por fim assegurar a integridade do Capital Social e somente poderá ser utilizada
para compensar prejuízo e aumentar o capital.
A Reserva de Retenção de Lucros refere-se à retenção do saldo remanescente de Lucros
Acumulados, a fim de atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido em
seu plano de investimentos, conforme orçamento de capital aprovado e proposto pelos
administradores, para ser deliberado na Assembleia Geral da Administração, em
observância ao artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações.
20.3. Dividendos
A proposta de dividendos consignada nas Demonstrações Contábeis Regulatórias da
Celesc G, sujeita à aprovação dos acionistas na Assembleia Geral é calculada nos
termos da Lei Federal no 9.249 de 26 de dezembro de 1995 e da Lei Federal n
o 6.404 de
15 de dezembro de 1976, em especial no que tange ao disposto nos artigos 192 e 203.
A proposta de dividendos é calculada com pay-out de 30% praticado pela Companhia
do Lucro Líquido Societário. A parcela excedente ao mínimo obrigatório de 25% é
registrada no Patrimônio Líquido e sujeita à aprovação dos acionistas na Assembleia
Geral, estando assim demonstrada:
Descrição 31 de
31 de
dezembro
dezembro
de 2017
de 2016
Lucro Líquido Societário
48.960
25.143
(-) Constituição de Reservas Legal
(2.448)
(1.258)
(=) Base de Cálculo dos Dividendos
46.512
23.885
Dividendos Propostos (Pay-out praticado 30%) 13.954 7.165
Mínimo Obrigatório (25%)
11.628
5.971
Dividendos a Disposição da AGO (5%)
2.326
1.194
Total dos Dividendos do Exercício 13.954 7.165
21. SEGUROS
As coberturas de seguros, em 31 de dezembro de 2017, foram contratadas pelos
montantes a seguir indicados, consoante apólices de seguros:
Ramo Ativos Cobertos Vigência Importância
Segurada(i)
Incêndio/Raio/Explosão Usinas e Subestações 08.08.2017 a 08.08.2018 24.272
Queda de Aeronave Usinas e Subestações 08.08.2017 a 08.08.2018 12.136
Vendaval Usinas e Subestações 08.08.2017 a 08.08.2018 12.136
Danos Elétricos Usinas e Subestações 08.08.2017 a 08.08.2018 24.272
(i) As premissas e riscos adotados, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria das Demonstrações Financeiras,
consequentemente não foram examinados pelos nossos auditores independentes.
22. RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Receita Bruta Nº Consumidores (i) MWh Mil (i) R$
2017 2016
2017 2016
2017 2016
Fornecimento
14 20
201.130 266.042
34.975 44.772
Industrial
13 20
149.650 266.042
28.685 44.772
Comercial 1 - 51.480 - 6.290 -
Suprimento
52 59
479.880 377.158
92.320 45.923
Energia de Curto Prazo - CCEE
- -
3.807 18.968
26.291 13.384
Total
66 79
684.817 662.168
153.586 104.079
(i) Informações não auditadas.
23. COMPRA E VENDA DE ENERGIA ELÉTRICA DE CURTO PRAZO NO
ÂMBITO DA CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA–
CCEE
Nos exercícios de 2017 e 2016, a Outorgada efetuou a comercialização de energia de
curto prazo no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE ,
conforme a seguir demonstrado:
Descrição MWh Mil (i) R$
2017 2016
2017 2016
Venda 3.807 18.968
26.291 13.384
(i) Informações não auditadas.
23.1. Energia Elétrica Comprada para Revenda
31 de 31 de
Energia Elétrica Comprada para Revenda dezembro MWh (i) dezembro MWh (i)
de 2017 de 2016
Master Agropecuária Ltda 1 263 - -
Dona Francisca Energética - DFESA 16.903 140.858 16.950 141.224 (-) PIS Crédito (279) - (280) -
(-) COFINS Crédito (1.285) - (1.288) -
Total 15.340 141.121 15.382 141.224
(i) Informações não auditadas
24. PESSOAL E ADMINISTRADORES
A Celesc Geração não possui pessoal próprio. O pessoal a disposição da concessionária
é cedido pela Celesc Distribuição. O custo com pessoal no ano de 2017 foi de R$16.495
e no ano de 2016 foi de R$14.577.
Conforme regimenta o Estatuto Social da Celesc G, a estrutura e a composição do
Conselho de Administração, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal serão
constituídos, obrigatoriamente, pelos membros efetivos e suplentes da controladora
Celesc, sendo vedada a remuneração destes membros pela Celesc G. Dessa forma, em
2017 e 2016 não houve remuneração aos administradores pela Celesc G.
25. RESULTADO FINANCEIRO
Descrição
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Receita Financeira
Renda de Aplicação Financeira 3.918 8.532
Juros Contrato de Mútuo (NE 12) 5.227 2.227
Multas Contratuais 2.984 -
Acréscimos moratórios s/ faturas de energia 107 40 Outras Receitas Financeiras (547) (493)
11.689 10.306
Despesas Financeiras Ajuste a Valor Presente – UBP (52) (204)
Variações Monetárias Bonificação Outorga - (5.383)
Juros de Debêntures(NE 18) (18.038) (20.936) Custos na Emissão de Debêntures (NE 18) (1.624) (1.354)
Atualização P&D (163) (177)
Outras Despesas Financeiras (357) (698)
(20.234) (28.752)
Resultado Financeiro (8.545) (18.446)
26. RECONCILIAÇÃO DAS TAXAS EFETIVAS E NOMINAIS DA PROVISÃO
PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
A reconciliação das taxas efetivas e nominais, utilizadas para cálculo das provisões para
o imposto de renda e a contribuição social é demonstrada a seguir:
Descrição
2017
2016
Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social
63.421
13.830
Imposto de Renda e Contribuição Social Calculados (25% e 9%)
(21.563)
(4.702)
Efeitos Fiscais sobre:
Equivalência Patrimonial
(1.091)
(102)
Depreciação (Terrenos) - (13) Outros
379
(149)
Imposto de Renda e Contribuição Social no Resultado
(22.275)
(4.966)
Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes (24.546) (6.406)
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 2.271 1.440
27. CONCILIAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL REGULATÓRIO E
SOCIETÁRIO
Abaixo são apresentadas as reconciliações das informações seguindo as práticas
regulatórias com as informações seguindo as práticas societárias.
2017
2016
Regulatório
Ajustes
Societário
Regulatório
Ajustes
Societário
Ativos
Ativo Circulante
96.335 30.277 126.612
55.952
28.242
84.194
Caixa e Equivalentes de Caixa
77.080 - 77.080
18.591
-
18.591 Consumidores
3.128 - 3.128
5.533
-
5.533
Concessionárias e Permissionárias
15.230 - 15.230
31.335
-
31.335
Tributos Compensáveis
466 - 466
82
-
82 Ativo Financeiro - Bonificação de Outorga - 30.277 30.277 - 28.242 28.242
Almoxarifado Operacional
183 - 183
172
-
172
Despesas Pagas Antecipadamente
175 - 175
175
-
175 Outros Ativos Circulantes
73 - 73
64
-
64
Ativo Não Circulante
487.982 10.011 497.993
482.944
2.478
485.422
Tributos Compensáveis
1.223 - 1.223
234
-
234 Depósitos Judiciais e Cauções
342 - 342
149
-
149
Ativo Financeiro - Bonificação de Outorga - 241.886 241.886 - 233.574 233.574
Tributos Diferidos
6.189 (6.189) -
3.917
(3.917)
- Partes Relacionadas 45.942 - 45.942 40.715 - 40.715
Outros Ativos Não Circulantes
2.421 - 2.421
2.421
-
2.421
Bens e Ativ. Não Vincul. à Conc. do Serv.
Público de Energia Elétrica 51.058 - 51.058
44.811
-
44.811
Imobilizado
158.685 (7.054) 151.631
159.377
(928)
158.449
Intangível
222.122 (218.632) 3.490
231.320
(226.251)
5.069
Total do Ativo
584.317 40.288 624.605
538.896
30.720
569.616
Passivo
Passivo Circulante
186.083
-
186.083
21.275
-
21.275
Fornecedores
2.931
-
2.931
7.498
-
7.498
Debêntures 150.685 - 150.685 1.913 - 1.913 Tributos
19.283
-
19.283
3.453
-
3.453
Dividendos Declarados 11.628
-
11.628
5.971
-
5.971
Provisão para Uso do Bem Público
174
-
174
605
-
605 Encargos Setoriais 212 - 212 319 - 319
Outros Passivos Circulantes
1.170
-
1170
1.516
-
1.516
Passivo Não Circulante
3.029 9.613 12.642
150.740
7.859
158.599
Debêntures - - - 148.106 - 148.106
Provisão para Litígios
1.002 - 1.002
939
-
939
Encargos Setoriais
2.027 - 2.027
1.547
-
1.547 Tributos Diferidos
- 9.613 9.613
-
7.859
7.859
Provisão para Uso do Bem Público
- - -
148
-
148
Total do Passivo
189.112 9.613 198.725
172.015
7.859
179.874
Patrimônio Líquido
Capital Social
250.000 - 250.000
250.000
-
250.000
Outros Resultados Abrangentes
- 17.629 17.629
-
22.363
22.363
Reservas de Lucros
142.879 13.046 155.925
115.687
498
116.185 Proposta para Distribuição de Dividendos
Adicionais 2.326 - 2.326
1.194
-
1.194
Total do Patrimônio Líquido
395.205 30.675 425.880
366.881
22.861
389.742
Total do Passivo e do Patrimônio Líquido
584.317 40.288 624.605
538.896
30.720
569.616
2017
2016
Regulatório
Ajustes
Societário
Regulatório
Ajustes
Societário
Operações em Continuidade
Receita / Ingresso
153.586 10.347 163.933
104.079
33.256
137.335
Fornecimento de Energia Elétrica
34.975 - 34.975
44.772
-
44.772
Suprimento de Energia Elétrica
92.320 (30.461) 61.859
45.923
(11.250)
34.673
Energia Elétrica de Curto Prazo
26.291 - 26.291
13.384
-
13.384
Receita Financeira - Bonificação de Outorga
- 40.808 40.808 - 44.506 44.506
Tributos
(13.114) - (13.114)
(9.134)
-
(9.134)
PIS-PASEP
(2.339) - (2.339)
(1.629)
-
(1.629)
Cofins
(10.775) - (10.775)
(7.505)
-
(7.505)
Encargos - Parcela A
(1.942) - (1.942)
(2.316)
-
(2.316)
Pesquisa e Desenvolvimento - P&D
(792) - (792)
(346)
-
(346)
Reserva Global de Reversão - RGR
- - -
(302)
-
(302)
Compensação Financeira pela Utilização
de Recursos Hídricos – CFURH (836) - (836)
(1.352)
-
(1.352)
Taxa de Fiscalização de Serviços de
Energia Elétrica – TFSEE (314) - (314)
(316)
-
(316)
Receita Líquida / Ingresso Líquido
138.530 10.347 148.877
92.629
33.256
125.885
Custos Não Gerenciáveis - Parcela A
(17.641) - (17.641)
(17.763)
-
(17.763)
Energia Elétrica Comprada para Revenda
(15.340) - (15.340)
(15.382)
-
(15.382)
Encargo de Transmissão, Conexão e Distribuição
(2.301) - (2.301)
(2.381)
-
(2.381)
Resultado Antes dos Custos Gerenciáveis
120.889 10.347 131.236
74.866
33.256
108.122
Custos Gerenciáveis - Parcela B
(45.714)
1.492
(44.222)
(42.289)
(8.005)
(50.294)
Pessoal e Administradores
(16.495)
-
(16.495)
(14.577)
-
(14.577)
Material
(260)
-
(260)
(329)
-
(329)
Serviços de Terceiros
(7.252)
-
(7.252)
(6.972)
-
(6.972)
Arrendamento e Aluguéis
(289)
-
(289)
(304)
-
(304)
Seguros
(451)
-
(451)
(205)
-
(205)
Doações, Contribuições e Subvenções (600) - (600) - - -
Provisões
(6.232)
3.092
(3.140)
(4.236)
11.780
7.544
(-) Recuperação de Despesas
482
-
482
957
-
957
Tributos
61
-
61
667
-
667
Depreciação e Amortização
(14.148)
(1.600)
(15.748)
(16.599)
(19.785)
(36.384)
Gastos Diversos
(530)
-
(530)
(691)
-
(691)
Resultado da Atividade
75.175
11.839
87.014
32.577
25.251
57.828
Equivalência Patrimonial
(3.209) - (3.209)
(301)
-
(301)
Resultado Financeiro
(8.545) - (8.545)
(18.446)
-
(18.446)
Despesas Financeiras
11.689 - 11.689
10.306
-
10.306
Receitas Financeiras
(20.234) - (20.234)
(28.752)
-
(28.752)
Resultado Antes dos Impostos Sobre o
Lucro
63.421 11.839 75.260
13.830
25.251
39.081
Despesa com Impostos sobre o Lucro
(22.275) (4.025) (26.300)
(4.966)
(8.972)
(13.938)
Resultado Líquido das Operações em
Continuidade 41.146 7.814 48.960
8.864
16.279
25.143
Resultado Líquido do Exercício
41.146 7.814 48.960
8.864
16.279
25.143
Atribuível Aos:
Acionistas Controladores
41.146 7.814 48.960
8.864
16.279
25.143
27.1 Bonificação de Outorga
27.1.1 Ativo Financeiro e Intangível
O valor da Bonificação de Outorga foi reconhecido na Contabilidade Societária como
um Ativo Financeiro, em atendimento ao disposto no ICPC 01 – Contratos de
Concessão, em função do direito incondicional da Companhia de receber o valor pago
com atualização pelo IPCA e juros remuneratórios durante o período de vigência da
concessão. O saldo do ativo financeiro das concessões é calculado deduzindo-se o valor
mensal recebido de Retorno de Bonificação de Outorga – RBO, estabelecido pela
Resolução Homologatória ANEEL no 2.265, de 4 de julho de 2017; somando-se os juros
mensais calculados com base na taxa de juros efetiva (TIR); e somando-se a atualização
monetária pelo IPCA, estabelecido pelo Contrato de concessão. Todavia, para fins de
Contabilidade Regulatória, tais práticas não são adotadas e o montante de Bonificação
de Outorga foi contabilizado como Ativo Intangível, conforme definido no Despacho
de Encerramento ANEEL no 245/2016, e é amortizado conforme prazo de concessão.
27.1.2 Remuneração do Ativo Financeiro
Por ser classificado como Ativo Financeiro na Contabilidade Societária, devem ser
reconhecidas as receitas dos juros mensais calculados com base na taxa de juros efetiva
(TIR) e da atualização monetária pelo IPCA, conforme estabelecido pelo Contrato de
Concessão, para que o montante a ser recebido pelo RBO esteja mensurado pelo valor
justo. Todavia, para fins de contabilidade regulatória tais práticas não podem ser
adotadas.
27.2. Imobilizado
27.2.1. Adoção Inicial às Normas Internacionais
Conforme previsto no CPC 27 – Ativo Imobilizado e em atendimento às orientações
contidas na Interpretação Técnica ICPC 10 – Interpretação Sobre a Aplicação Inicial ao
Ativo Imobilizado, foi reconhecido o ajuste do valor justo do Ativo Imobilizado na data
da adoção inicial dos CPCs em 1o de janeiro de 2009. A contrapartida do referido ajuste
líquido de Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos foi reconhecida na conta
Ajuste de Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido. Dessa forma, o valor do Ativo
Imobilizado apresentado na Contabilidade Societária passou a ser maior do que o saldo
da Contabilidade Regulatória. Esta rubrica é realizada contra a conta de Reserva de
Retenção de Lucros na medida em que a depreciação do ajuste a valor justo do Ativo
Imobilizado é reconhecida no resultado.
27.2.2. Teste de Recuperabilidade – Impairment Test
Conforme requerido no CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos, a
Celesc G avalia anualmente se há alguma indicação de que um Ativo Imobilizado possa
ter sofrido desvalorização. Por outro lado, conforme estabelecido no MCSE, deverá ser
constituída provisão para ajuste contábil do Ativo Imobilizado apenas quando
identificadas perdas permanentes e mediante prévia anuência do Órgão Regulador.
Dessa forma, o reconhecimento de desvalorização do Ativo Imobilizado foi
contabilizado apenas na Contabilidade Societária.
27.2.3 Depreciação
Conforme descrito no OCPC 05 - Contratos de Concessão, a depreciação societária
deve estar baseada na premissa de que os bens devem ser amortizados com base na vida
útil econômica de cada bem ou no prazo da concessão, dos dois o menor. Já a
regulamentação regulatória define as taxas anuais dos bens vinculados à concessão,
exceto nos casos de não indenização dos bens ao final da concessão, que devem ser
depreciados de acordo com o prazo de concessão.
Ainda, em decorrência de diferenças de valor do imobilizado societário e regulatório
ocasionadas pela adoção do custo atribuído e pelo teste de recuperabilidade dos ativos, a
despesa de depreciação entre as contabilidades societária e regulatória são distintas.
27.3. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos
Os ajustes de Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos são decorrentes das
diferenças:
a) Do saldo de imobilizado, calculados sobre o ajuste ao valor justo da primeira adoção
do Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, e em atendimento às
orientações contidas na Interpretação Técnica ICPC 10 – Interpretação Sobre a
Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperável
dos Ativos sobre a Provisão para Perdas do Ativo Imobilizado, como resultado do
Impairment Test do Parque Gerador da Celesc G;
b) Da receita financeira de Bonificação de Outorga, que tem sua tributação calculada em
conformidade com o artigo 168 da Instrução Normativa RFB no 1.700, de 14 de março
de 2017.
27.4. Conciliação do Patrimônio Líquido Societário e Regulatório
Descrição
31 de
dezembro
de 2017
31 de
dezembro
de 2016
Saldos no Início do Exercício (Societária)
425.880
389.742
Efeito dos Ajustes entre Contabilidade Societária versus Regulatória
Ajustes de Avaliação Patrimonial - Deemed Cost (Custo Hisórico) (27.2.1)
(226.473)
(226.473)
Depreciação Acumulada Deemed Cost (27.2.3)
199.763
192.590
Depreciação Acumulada da Provisão de Impairment Test (27.2.3) (14.477) (16.521)
Saldo de Provisão de Impairment Test (27.2.2)
48.239
51.331
Receita Bonificação de Outorga (27.1.2) (43.603) (33.256)
Amortização Acumulada de Bonificação de Outorga Regulatória (27.1.1) (9.927) (2.310)
Tributos sobre as Diferenças de Práticas Contábeis (27.3)
15.803
11.778
Saldos no Fim do Exercício (Regulatória)
395.205
366.881
27.4. Conciliação do Lucro Líquido Societário e Regulatório
Descrição
31 de
dezembro
de 20117
31 de
dezembro
de 2016
Lucro Líquido conforme Contabilidade Societária
48.960
25.143
Efeito dos Ajustes entre Contabilidade Societária versus Regulatória
Receita Bonificação de Outorga (24.2) (10.347) (33.256)
Despesa de Depreciação Deemed Cost (24.2.3)
7.173
32.528
Despesa de Depreciação Impairment Test (24.2.3) 2.044 (10.433)
Despesa Amortização Bonificação de Outorga (24.1.1) (7.617) (2.310)
Perda/Reversão por Recuperabilidade do Ativo – Impairment Test (24.2.2)
(3.092)
(11.780)
Tributos sobre as Diferenças de Práticas Contábeis (24.3)
4.025
8.972
Lucro Líquido Regulatório
41.146
8.864
28. EVENTO SUBSEQUENTE
28.1. Repactuação da 1a Emissão de Debêntures Simples
O Conselho de Administração, em reunião realizada em 22 de fevereiro de 2018,
autorizou a Diretoria Executiva assinar o mandato para rolagem com os atuais
debenturistas da primeira emissão de debêntures simples da Celesc G e iniciar os
procedimentos para preparação dos documentos e atos societários relativos à
Repactuação da 1ª Emissão de Debêntures Simples pela Celesc G.
Em Assembleia Geral de Debenturistas, realizada no dia 1o de março de 2018, foi
aprovada a alteração da data de vencimento das debêntures de 03 de março de 2018 para
1o de junho de 2018. Mantem-se inalterado o pagamento dos juros remuneratórios das
debêntures previsto para 03 de março de 2018, referente ao período de 03 de dezembro
de 2017 a 03 de março de 2018, conforme previsto na Escritura de Emissão.
Os juros remuneratórios para o período de 03 de março de 2018 (inclusive) até a nova
data de vencimento (exclusive) será de 100% da variação acumulada da Taxa DI Over,
acrescida de uma sobretaxa ("Spread") de 2,5% ao ano, com base em um ano de 252
dias úteis. Adicionalmente, a Emissora pagará aos Debenturistas um prêmio no valor de
R$6,66 por debênture.
Por fim, a Celesc G iniciou os procedimentos para preparação dos documentos e atos
societários relativos à sua 2ª Emissão de Debêntures, que será destinada para quitação
da 1ª Emissão de Debêntures, com alongamento de prazo de vencimento.
PARECER DO CONSELHO FISCAL
O Conselho Fiscal da Celesc Geração S.A., no uso de suas atribuições legais e estatutárias, dando cumprimento ao que dispõe o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, examinou: 1) o Relatório de Administração, as Demonstrações Contábeis Regulatórias referentes ao exercício socail findo em 31 de dezembro de 2017. Com base nos trabalhos, entrevistas e acompanhamentos realizados ao longo do exercício, e, considerando, ainda, o conteúdo do Parecer dos auditores independentes Deloitte Touche Tohmatsu, opina que tais documentos estão em condições de serem submetidos à apreciação do órgão regulador.
Florianópolis/SC, 26 de abril de 2018.
______________________________ _____________________________ Paulo da Paixão Borges de Andrade André Luiz Bazzo
______________________________ _____________________________ Telma Suzana Mezia Luiz Hilton Temp