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Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente A Nação Naçã JORNAL INDEPENDENTE Autárquicas’2 16 rejeitada, primeiro pelo Tribunal dos Mosteiros, e depois, pelo Supremo Tri- bunal de Justiça, Centeio volta à carga. Para essas eleições, o PAICV reaposta em Car- los Fernandinho Teixeira, que disputa a sua quarta (re)candidatura na quali- dade de presidente, depois de, nas eleições de 1996 e 2000, ter integrado a lis- ta como vereador. Contas feitas, Teixeira está na Câ- mara há 20 anos. Lúcio Fernandes, mé- dico-cardiologista, enca- beça a lista para a Assem- bleia Municipal (AM) pelo lado “tambarina”, fazen- do chapa com Fernandi- nho Teixiera. Já o MpD, que nunca se apresentou a duas elei- ções nos Mosteiros com o mesmo candidato, re- novando a cada acto elei- toral, aposta na figura do professor universitá- rio Isidoro Gomes, para destronar o PAICV nos Mosteiros. Curioso é que, também, o candidato “ventoinha” a presidente da AM é médico: Fran- cisco Fortunato Paulino Barbosa Amado. Centeio – que se candi- data pelo AM -, é outro es- treante-aspirante à cadei- ra camarária, mas acredi- ta que é possível derrotar as duas candidaturas ad- versárias, “por serem de- masiadas vinculadas aos partidos políticos”. Seis mil cidadãos estão inscritos nos cadernos elei- torais, distribuídos por 21 mesas de assembleias de votos, sendo nove no cen- tro urbano e 12 na parte rural. A possibilidade do resul- tado das eleições ditar uma Câmara mista, com repre- sentação das três candi- daturas, é um cenário que não está descartado. APRESENTAÇÃO DAS FORÇAS CONCORRENTES: Três candidatos na corrida a Mosteiros O Município do café e do vinho – Mosteiros -, conta com três candidaturas para a cadeira da Presidência da Edilidade. É que, além dos can- didatos tradicionais dos dois partidos políticos - PAICV e MpD -, tem uma candidatura do movi- mento-cidadão “Avançar Mosteiros Independente” (AMI), encabeçada por Pedro Centeio, emigrante em França. Depois da primeira ten- tativa, em 2012, ter sido Percurso pluralista Mosteiros é o bastião do PAICV na Ilha do Fogo, e, desde as primeiras Eleições Legislati- vas realizadas nesta parcela do território na- cional – enquanto município, que foi criado em 1994 -, ocorrido em 1996, menos de quatro anos após a elevação da Freguesia de Nossa Se- nhora da Ajuda, sempre o Partido da “Estrela Negra” cantou vitória. Aliás, em todas as eleições pluralistas reali- zadas desde 13 de Janeiro de 1991 (Legislativas, Presidenciais e Autárquicas), o PAICV sempre venceu nos Mosteiros. Mesmo nas últimas Le- gislativas de 20 de Março passado, em que o MpD “conquistou” a ilha do Fogo, no municí- pio dos Mosteiros, o PAICV levou vantagem em mais de 300 votos validamente expressos. Nas Eleições Autárquicas de 2008, o Movi- mento para a Democracia apostou forte para destronar Carlos Fernandinho Teixeira da Pre- sidência da Edilidade dos Mosteiros, chegando a ter “um resultado encorajador”. No pleito de 2012, a derrota foi estrondosa: o MpD só conse- guiu três dos 13 mandatos para a Assembleia Municipal, contra os 10 do PAICV, que permi- tiu uma “gestão tranquila e sem sobressaltos”. Em 2012, Mosteiros, com cerca de 10 mil ha- bitantes, tinha um total de cinco mil 447 elei- tores inscritos, distribuídos por 21 mesas de assembleias de votos, sendo nove na zona ur- bana e 12 na rural, representando mais de me- tade da sua população. Nas eleições autárquicas de 2012, para a Câ- mara Municipal, o PAICV obteve um total de dois mil 894 votos, contra os mil 134 do MpD. Uma diferença de mais de mil e 700 votos, dan- do, assim, a totalidade dos cinco mandatos (Presidente e quatro Vereadores) para a Câma- ra. Para Assembleia Municipal, o PAICV obte- ve dois mil 903 votos expressos, contra os mil e 110 (cerca de mil 800 votos de diferença) do MpD, permitindo ao PAICV eleger 10 deputa- dos municipais. Das 21 mesas de assembleias de voto, nas últimas Autárquicas, o PAICV venceu em 19 e perdeu apenas em duas mesas de votos (nos Mosteiros-Trás), onde o MpD tem a sua base eleitoral mais forte. Apesar da grande diferença de votos de há quatro anos, o MpD dos Mosteiros, estimula- do pela subida expressiva nas últimas Legisla- tivas, já que a diferença foi de apenas 300 votos entre as duas forças, e, não obstante serem dis- putas diferentes, acredita numa vitória. Outro facto que poderá contribuir para o desmoronar o “reinado” do PAICV é a candida- tura independente de Pedro Centeio, apoiada pela União Cabo-Verdiana Independente e De- mocrática (UCID), já que Centeio é tido como próximo dos “tambarinas”. BREVE RETROSPECTIVA DAS AUTÁRQUICAS

 · Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente. A Nação. A Nação. JORNAL INDEPENDENTE. Autárquicas’2 16. rejeitada, primeiro pelo Tribuna

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Page 1:  · Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente. A Nação. A Nação. JORNAL INDEPENDENTE. Autárquicas’2 16. rejeitada, primeiro pelo Tribuna

Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente

A NaçãoA NaçãoJ O R N A L I N D E P E N D E N T E

Autárquicas’2 16

rejeitada, primeiro pelo Tribunal dos Mosteiros, e depois, pelo Supremo Tri-bunal de Justiça, Centeio volta à carga.

Para essas eleições, o PAICV reaposta em Car-los Fernandinho Teixeira, que disputa a sua quarta (re)candidatura na quali-dade de presidente, depois de, nas eleições de 1996 e 2000, ter integrado a lis-ta como vereador. Contas feitas, Teixeira está na Câ-mara há 20 anos.

Lúcio Fernandes, mé-dico-cardiologista, enca-beça a lista para a Assem-bleia Municipal (AM) pelo

lado “tambarina”, fazen-do chapa com Fernandi-nho Teixiera.

Já o MpD, que nunca se apresentou a duas elei-ções nos Mosteiros com o mesmo candidato, re-novando a cada acto elei-toral, aposta na figura do professor universitá-rio Isidoro Gomes, para destronar o PAICV nos Mosteiros. Curioso é que, também, o candidato “ventoinha” a presidente da AM é médico: Fran-cisco Fortunato Paulino Barbosa Amado.

Centeio – que se candi-data pelo AM -, é outro es-

treante-aspirante à cadei-ra camarária, mas acredi-ta que é possível derrotar as duas candidaturas ad-versárias, “por serem de-masiadas vinculadas aos partidos políticos”.

Seis mil cidadãos estão inscritos nos cadernos elei-torais, distribuídos por 21 mesas de assembleias de votos, sendo nove no cen-tro urbano e 12 na parte rural.

A possibilidade do resul-tado das eleições ditar uma Câmara mista, com repre-sentação das três candi-daturas, é um cenário que não está descartado.

APRESENTAÇÃO DAS FORÇAS CONCORRENTES:

Três candidatos na corrida a Mosteiros O M u n i c í p i o

do café e do vinho – Mosteiros -, conta com

três candidaturas para a cadeira da Presidência da Edilidade.

É que, além dos can-didatos tradicionais dos dois partidos políticos - PAICV e MpD -, tem uma candidatura do movi-mento-cidadão “Avançar Mosteiros Independente” (AMI), encabeçada por Pedro Centeio, emigrante em França.

Depois da primeira ten-tativa, em 2012, ter sido

Percurso pluralistaMosteiros é o bastião do PAICV na Ilha do

Fogo, e, desde as primeiras Eleições Legislati-vas realizadas nesta parcela do território na-cional – enquanto município, que foi criado em 1994 -, ocorrido em 1996, menos de quatro anos após a elevação da Freguesia de Nossa Se-nhora da Ajuda, sempre o Partido da “Estrela Negra” cantou vitória.

Aliás, em todas as eleições pluralistas reali-zadas desde 13 de Janeiro de 1991 (Legislativas, Presidenciais e Autárquicas), o PAICV sempre venceu nos Mosteiros. Mesmo nas últimas Le-gislativas de 20 de Março passado, em que o MpD “conquistou” a ilha do Fogo, no municí-pio dos Mosteiros, o PAICV levou vantagem em mais de 300 votos validamente expressos.

Nas Eleições Autárquicas de 2008, o Movi-mento para a Democracia apostou forte para destronar Carlos Fernandinho Teixeira da Pre-sidência da Edilidade dos Mosteiros, chegando a ter “um resultado encorajador”. No pleito de 2012, a derrota foi estrondosa: o MpD só conse-guiu três dos 13 mandatos para a Assembleia Municipal, contra os 10 do PAICV, que permi-tiu uma “gestão tranquila e sem sobressaltos”.

Em 2012, Mosteiros, com cerca de 10 mil ha-bitantes, tinha um total de cinco mil 447 elei-tores inscritos, distribuídos por 21 mesas de assembleias de votos, sendo nove na zona ur-bana e 12 na rural, representando mais de me-tade da sua população.

Nas eleições autárquicas de 2012, para a Câ-mara Municipal, o PAICV obteve um total de dois mil 894 votos, contra os mil 134 do MpD. Uma diferença de mais de mil e 700 votos, dan-do, assim, a totalidade dos cinco mandatos (Presidente e quatro Vereadores) para a Câma-ra.

Para Assembleia Municipal, o PAICV obte-ve dois mil 903 votos expressos, contra os mil e 110 (cerca de mil 800 votos de diferença) do MpD, permitindo ao PAICV eleger 10 deputa-dos municipais.

Das 21 mesas de assembleias de voto, nas últimas Autárquicas, o PAICV venceu em 19 e perdeu apenas em duas mesas de votos (nos Mosteiros-Trás), onde o MpD tem a sua base eleitoral mais forte.

Apesar da grande diferença de votos de há quatro anos, o MpD dos Mosteiros, estimula-do pela subida expressiva nas últimas Legisla-tivas, já que a diferença foi de apenas 300 votos entre as duas forças, e, não obstante serem dis-putas diferentes, acredita numa vitória.

Outro facto que poderá contribuir para o desmoronar o “reinado” do PAICV é a candida-tura independente de Pedro Centeio, apoiada pela União Cabo-Verdiana Independente e De-mocrática (UCID), já que Centeio é tido como próximo dos “tambarinas”.

BREVE RETROSPECTIVA DAS AUTÁRQUICAS

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

2De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

CARLOS FERNANDINHO TEIXEIRA, CANDIDATO DO PAICV À CÂMARA DOS MOSTEIROS

“Estamos sintonizados com os munícipes”

Lúcio Miranda Fernandes, 35 anos, médico-cardiologista

O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

É a vontade de servir as pessoas e contribuir para a promoção de uma sociedade mais justa e plural. Ade-mais, quero dar a minha quota-parte de colaboração solidária para a edi-ficação de um Município, em cada dia que passa, mais solidário e com oportunidades iguais para todos.

Como está a participação dos

jovens na vida política nacional?

Ainda é muito fraca! É basta con-sultarmos e levarmos em linha de conta a posição que os jovens ocu-pam nas diversas listas concorren-tes. Mesmo assim, reconheço o ár-duo trabalho que vem sendo feito, com vista a estimular e fomentar a participação dos jovens na vida po-lítica local e nacional.

A abstenção, infelizmente, ain-da é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

As eleições são momentos-chave para o reforço e aperfeiçoamento da Democracia. Assim sendo, desafio a todos os jovens do meu Concelho – e não só! -, a exercerem, de forma consciente, cívica e cidadã, o seu di-reito de voto a 4 de Setembro, con-tribuindo, assim, para o reforço da nossa Democracia local.

O que leva uma mulher-jovem a interessar-se pela política?

Vontade de promover a igualdade e equidade de género e agir em defe-sa de uma camada social mais frágil numa sociedade machista. Necessi-dade de reconhecimento e “status”. Espírito de cidadania.

Porque é que integra esta lista e não outras no seu Município?

Porque me identifico com os prin-cípios do PAICV, confio no Progra-ma Eleitoral proposto e foi-me dada a possibilidade para uma integra-ção mais efectiva na vida política.

Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu Concelho?

Ainda existe uma participação

relativamente fraca, tendo em con-sideração o número de mulheres que fazem parte dos órgãos munici-pais eleitos. Há, também, uma falta de persistência e determinação da parte das mulheres em participa-rem na vida política activa.

Presidente Assembleia Municipal

Homem mais jovem do PAICV Mulher mais jovem do PAICV

Qual a motivação que está por de-trás da sua candidatura?

Servir Mosteiros e os mosteirenses. Ao longo dos anos, tenho dedicado a minha vida a Mosteiros e tenho a firme convicção do quanto, de mim próprio, tenho devota-do a esta nobre missão. Tenho ainda vonta-de, motivação e empenho para fazer mais e melhor, na premissa de que os mosteirenses precisarão sempre do melhor de nós.

Quais as linhas gerais da sua Plata-forma Eleitoral?

Vou dar atenção especial ao Plano Di-retor Municipal e projectar uma maior e melhor requalificação municipal, como matriz para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes, a par da adequação do nosso Plano Estratégico do Desenvol-vimento do Município à nova realidade. Quero, também, sublinhar novos elemen-tos culturais e ambientais, indexá-los à economia local, que tem de repensar o potencial dos eixos agrícola, pecuário, piscatório, comercial e turístico. Cada um destes eixos, exigirá da Edilidade par-cerias activas com o Governo, com as de-mais Câmaras do Fogo e com as demais instituições públicas e privadas. Vou apostar (e ganhar!) em termos da Cidada-nia Municipal, consolidando o Orçamen-to Participativo, instaurando a Ouvido-ria Municipal. Resumindo: vamos nivelar Mosteiros com os municípios nacionais e recusar a tendência de Concelho pobre e marginalizado.

Essas linhas são factíveis?

São exequíveis. Nos anteriores man-datos, estivemos a montar as condições,

sem as quais não se poderia dar o salto qualitativo. Neste momento, Mosteiros está em condições de tirar partido e de optimizar o seu potencial. Quando vejo o nosso café e o nosso vinho a ser exporta-do, sinto que as condições já estão cria-das. O desenvolvimento é uma questão de visão, de ambição e de desempenho. Isso não nos falta.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Estamos mais sintonizados com o quo-tidiano dos munícipes. As nossas propos-tas têm mais ambição, são mais realistas e ambiciosas. A minha lista, constituída por gente conhecida e competente, fala por si, e é a mais representativa da actual sociedade mosteirense.

Que repto deixa ao eleitores para irem às urnas?

Não se deixem levar por falsas promes-sas, nem por discursos que vendem a ba-nha de cobra. A única panaceia contra todos os males é a democracia. Todos os eleitores mosteirenses devem – e vão! - exercer o seu dever cívico.

ALEXANDRA PIRES

“Quero promover a igualdade e equidade de género”ANTÓNIO VAZ LOPES

“Eleições são momentos importantes na democracia”

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3A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-PAICV

Lista da Assembleia Municipal-PAICV

Carlos Fernandinho Teixeira

Lúcio Miranda Fernandes

Domingos Vaz Andrade

Adilson Andrade Martins

Hélder Alves Tavares

João Manuel Fernandes

António Vaz Lopes

Isildo Gonçalves Gomes

Porfírio Miranda Martins

Manuela Barbosa Lopes

Emanuel Andrade Lopes

Joaquim Rodrigues

Milene Isabel Gonçalves

António de Andrade

Morgado de Barros

Fábio Alves Vieira Pedro José TeixeiraJaime José Júnior

Lista dos supletes:Maria Eugénia Alves veiga, Edson Andrade Martins, Mamadú Camara, Alexandra Aline Lima R. Pires, Deury Pires Rodrigues

Lista dos supletes:Euclides Resende Gomes, Eliseu Amadeu oliveira da Silva, José Manuel Andrade Alves, Celestino Correa Ramos, Maria Carla Gonçalves Neto Mendes, Ricardo de Pina Antunes, Matias Vieira Andrade, Eduíno Lopes, Luís Carlos Vaz de Pina

1-Quais são os órgãos representativos do Mu-nicípio?Assembleia Municipal, Câmara Municipal e o Pre-sidente da Câmara Municipal. (Artigo 45.º do Es-tatuto dos Municípios)

2- Quais são as atribuições do Município? Constitui atribuição do Município, as que em vir-tude da lei não pertencem à administração Cen-tral e tudo o que respeita aos interesses próprios, comuns e específicos das populações respetivas, designadamente: (Artigos 26.º e seguintes do Es-

tatuto dos Municípios) 1. Administração de bens municipal;2. Planeamento, (elaboração, aprovação, execu-ção e controlo e aprovação do plano nacional de desenvolvimento);3. Saneamento básico (abastecimento de água, gestão do sistema municipal de esgotos, recolha e tratamento do lixo, limpeza de ruas, gestão dos cemitérios);4. Prestação de serviços públicos:• Saúde (controlo das normas de saúde e higiene

sobre a venda de produtos alimentares);

• Habitação (construção de moradias sociais, promoção de autoconstrução);

• Transportes (planeamento e implementação do sistema de transporte de passageiros, sinali-zação do trânsito, licença para táxis.);

• Educação (construção, gestão e manutenção das infraestruturas do ensino básico; promo-ção da educação pré-escolar e organização dos transportes escolares);

• Promoção social (ações, campanhas e progra-mas de proteção a criança, jovens, idosos e defi-cientes);

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

4De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Qual a motivação que está por de-trás da sua candidatura?

Todos aqueles que se sentem pre-dispostos e preparados para servirem as suas comunidades, devem fazê-lo. Olhando para a crítica situação deste Município do Fogo, para o patamar onde deveríamos estar, para o actual quadro político do País, e, acima de tudo, para aquilo que o Concelho me deu, tinha o dever moral em me candidatar à Presi-dência da nossa Câmara e servir os mos-

teirenses de forma abnegada.

Quais as linhas gerais da sua Plata-forma Eleitoral?

A nossa meta número um é eliminar a pobreza, recorrendo aos recursos inter-nos e externos e a todos os níveis. Não re-solveremos os problemas deste Concelho se não resolvermos os problemas da nossa juventude. Desenvolveremos políticas para atracção e fixação de jovens no Concelho e retenção dos talentos locais. O nosso Con-celho tem graves problemas de habitação. Principalmente nas zonas rurais.

Essas linhas são factíveis?

Evidentemente. Até digo mais: já esta-mos a trabalhar no impacto orçamental das medidas que vamos propor materiali-zar. E não vamos ficar à espera apenas das transferências regulares do Governo Cen-tral e da aprovação dos contratos-progra-ma. Uma das ações que vamos introduzir na nossa Agenda de Emergência prende--se com a identificação e criação de uma nova rede de parceiros, nacionais e inter-nacionais.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Porque ela é composta por gente tecni-camente bem preparada e politicamente experimentada, com caras novas, com a força da juventude, motivada em traba-lhar por Mosteiros e determinada em de-senvolver o Concelho que nos viu nascer e contribuir para a felicidade, realização e orgulho de todos os mosteirenses, sem exceção. Por outro lado, a nossa lista está em conformidade com a nossa visão de desenvolvimento que propomos para o Concelho.

Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Quem não concorda com o actual es-tado das coisas nos Mosteiros, que vote. Aqueles que foram discriminados e mal-tratados pelo actual edil camarário, que votem. Todos que querem ver os Mostei-ros num novo patamar, a desenvolver-se e a competir com outros concelhos e com uma nova visão de futuro, que votem. Essa decisão deve ser manifestada na urna e nunca em casa.

Francisco Fortunato Pauli-no Barbosa Amado, 56 anos, médico

Homem mais jovem do MpD

O que leva um jovem a interessar--se pela política?

É na política que encontramos a so-lução dos nossos problemas. Tendo em conta o estado actual do nosso Conce-lho, onde, praticamente, nada foi fei-to para os jovens, onde enfrentamos muitos problemas no nosso dia-a-dia, não devemos aceitar lamentações ou justificativas  sucessivas sobre a falta de recursos.

Como avalia a participação dos jovens na vida política nacional?

Os jovens sabem – mais do que nin-

guém! - das dificuldades que enfren-tam e os obstáculos que têm que ul-trapassar no seu quotidiano. Temos responsabilidade no rumo do nosso Concelho. Temos que introduzir novas ideias e construir um novo caminho. Temos que acreditar na nossa força como instrumento de transformação das nossas terras. O jovem - seja ele de direita ou de esquerda! -, indepen-dentemente do partido a que pertence, não pode ficar indiferente e ausente das discussões que envolvem o nosso futuro comum. Infelizmente, ainda, o envolvimento dos mais novos na vida política está longe do ideal.

A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa para irem às urnas a 4 de Se-tembro?

Que participem mais na vida políti-ca, e que, no dia 4 de Setembro, todos devem ir às urnas e votar em consciên-cia. Que escolham o melhor candida-to e os melhores projectos para os seus municípios.

Mulher mais jovem do MpD

O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da política?

Porque sou uma jovem que quer dar o meu contributo para o desen-volvimento dos Mosteiros, que pre-cisa do nosso apoio e total colabora-ção. Há muito tempo que estamos a enfrentar uma realidade nada agra-dável. Não sou a única a entrar na vida política nestas eleições, tendo em conta que todos jovens dos Mos-teiros já estão conscientes de que juntando-se ao MpD estaremos, cer-tamente, a contribuir para o desen-volvimento do nosso Concelho.

Porque é que integra esta lista e não outras no seu Município?

Porque acredito que é a melhor de-cisão que um jovem consciente pode tomar. As outras listas não oferecem e nunca ofereceram nada de posi-tivo aos mosteirenses, e, tampouco aos nossos queridos jovens. A lista do MpD apresenta boas esperanças e propostas para jovens e Mosteiros em geral. O nosso candidato à Câ-

mara dos Mosteiros tem competên-cia para exercer o cargo de Presiden-te, tem uma visão bem maior, preo-cupa-se com Mosteiros.

Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu Concelho?

Infelizmente é muito pouca, tendo em conta que, na maioria das vezes, as mulheres hesitam entrar na vida política por questões pessoais, moti-vos familiares, medo de represálias e por opção própria.

Presidente da Assembleia Municipal

GILSON GOMES

“Temos de acreditar na força jovem”CRISTINA SOARES ROSA

“Infelizmente, a participação das mulheres é muito pouca”

ISIDORO GOMES, CANDIDATO DO MPD À CÂMARA DOS MOSTEIROS

“A nossa lista está em conformidade com a nova visão de desenvolvimento”

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5A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-MpD

Lista da Assembleia Municipal-MpD

Isidoro Mendes Gomes

Francisco Fortunato Amado

Heiton Quintino Gomes

Hermóngenes Fernandes

Nuno Miguel Martins

Rude Manuel Duarte

Alina Nunes Lopes

Estevam Lobo Gomes Jaime de Pina Andrade

António Nunes de Pina

Maria Rosário de Andrade

Zeca Andrade MonteiroJoão Nilton dos Santos

Lourenço Andrade Lopes

Carlos Manuel Fernandes

José Alberto Andrade Natália Vieira Monteiro Abdou Massaly

Lista dos supletes: Manuel Alves, Jorge Fernandes Canuto, Daniel Resende Pereira

Lista dos supletes: Sandra Maria Andrade Alves, Maria de Fátima Fontes Alves, Maria Antónia Pina Correia, Maria So-corro Vieira Tavares, Flávio Mendes Pires, Cristina Gomes Soares Rosa, Sany Sara Miranda Lopes, Jorge Alexandre Alves Martins , António Alves Martins, Gilson Gonçalves Gomes, Silvestre Andrade Fontes, Maria Martina Gonçalves Andrade, José Adilcar Rodrigues Ramos

• Cultura (criação de condições de lazer e de cul-tura, como cineteatros, bibliotecas, museus, praças, parques e realização de eventos cultu-rais);

• Desporto (promoção e organização de atcivi-dades desportivos, construção, gestão e manu-tenção de recintos desportivos);

• Comércio (construção de mercados, matadouros, talhos; licenciamentos de actividade comercial re-talhista e ambulante, fixação do horário de fun-cionamento dos bares, lojas, etc.);

• Proteção civil (bombeiros, nadador salvador).

3- Quem pode votar nas eleições dos órgãos das autarquias locais?

(art. 418.º do Código Eleitoral):

• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18 anos, recenseados no território nacional

• Estrangeiros e apátridas de ambos os sexos, maiores de dezoito anos, e com residência le-gal e habitual em Cabo Verde há mais de três anos e recenseados no território nacional

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabeleci-dos em Cabo Verde, nas mesmas condições que

os cidadãos nacionais, desde que recenseados no território nacional.

4-Quem pode ser eleito para os órgãos das au-tarquias locais?Podem concorrer e ser eleitos para os órgãos das autarquias locais os cidadãos eleitores a seguir in-dicados (art. 419.º do Código Eleitoral):• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18 anos;• Eleitores estrangeiros e apátridas de ambos os

sexos, maiores de dezoito anos, e com residên-cia legal e habitual em Cabo Verde há mais de cinco anos;

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município (Cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

6De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

PEDRO CENTEIO, CANDIDATO DO “AVANÇAR MOSTEIROS INDEPENDENTE” A PRESIDENTE

“Motivação maior é servir o Município”

Qual a motivação que está por detrás da sua candidatura?

  A motivação maior é servir o Muni-cípio. Contribuir para retirar Mosteiros da lista dos mais pobres de Cabo Verde. Preocupa-me que este Concelho, com as potencialidades que todos reconhecem, continue a ver passar o tempo e as oportu-nidades de desenvolvimento. A nossa can-didatura AMI (Avançar Mosteiros Inde-pendente) foi construída numa discussão séria e empenhada, onde a maioria acredi-

ta que Mosteiros pode vir a ser um melhor lugar para viver.

Quais as linhas gerais da sua Plata-forma Eleitoral?

AMI propõe um caminho sustentado, rumo ao desenvolvimento. Turismo, Pes-cas e Agricultura, são áreas-chaves para o projecto de um Mosteiros diferente, am-bicioso e organizado. Defendemos que a função da Câmara não deve ser a de subs-tituir aos privados e a solução passa por criar condições para atrair parceiros na-cionais e internacionais. Na Educação, de-finir melhor as estratégias para um sector fundamental e, ainda, a Proteção Social, porque, o apoio aos mais desfavorecidos deve ser uma preocupação permanen-te num Concelho onde muitos são os que precisam do básico para sobreviver.

Essas linhas são factíveis? 

Tudo o que propomos é exequível. Não estamos a inventar nada, o Concelho tem tudo: gente capaz e trabalhadora nas mais diversas áreas, um mar que espera investi-mento para ser melhor explorado; um terre-

no agrícola que é dos melhores das ilhas; um potencial turístico que tem sido descurado ao longo dos últimos anos e que, com o nos-so projecto, terá um impulso para tornar-se um importante vector de desenvolvimento.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Porque temos a melhor lista de candi-datos para Mosteiros, jovens licenciados, líderes locais e ainda professores que co-nhecem a fundo o Concelho - de Relvas a Atalaia. Formei uma equipa pensando na mais-valia que cada um acrescenta ao projecto. Uma lista onde a juventude tem lugar de destaque.

Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro? 

Peço a todos os mosteirenses, que não deixem de exercer o seu direito nas urnas. O facto de existirem três candidaturas abre novas possibilidades. É uma oportu-nidade que noutras eleições, pela bipar-tidarização, reduzia as hipóteses de es-colha. Que decidam em consciência, sem medos ou intimidações.

Nilton Cesar Fernandes Gomes , 28 anos, Professor

Homen mais jovem

O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

Pode ser vista em várias perspe-tivas, uma vez que cada pessoa tem um projecto de vida. Há aquele que entra vida na política por questão financeira, há outro que a vê como meio de ter “status” social. Há, tam-bém, aquele que faz da política a oportunidade para mudança. Esse último deveria ser o interesse dos

jovens na política.

Como avalia a participação dos jovens na vida política nacional?

Deveria ser reforçada! Há jovens com capacidade e vontade de fazer, com ideias inovadoras e activos na vida social. Com esses indicado-res, a política nacional irá ter outra cara. O que está faltando é apenas oportunidade para mostrarmos que somos capazes.

A abstenção, infelizmente, ain-da é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Votem e escolham o candida-to que aprimora pela qualidade de vida dos munícipes. Não deixem ser engandos pela falsa promessa das vésporas do voto. Vós sois a Nação!

Mulher mais jovem

O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da política?

A presença feminina é uma neces-sidade e é fundamental para o aper-feiçoamento da democracia. Deve haver igualdade de oportunidades entre homens e mulheres - por méri-to! Posso ser porta-voz de muitas jo-vens mulheres, com capacidade para demonstrar ideias e competências para o nosso Concelho.

Porque é que integra esta lista e não outras no seu Município?

Porque Mosteiros precisa de uma terceira força, que não seja dos par-tidos políticos. Acredito que esta força veio da sociedade mosteiren-se, marcará a diferença durante este acto eleitoral. Pedro Centeio é a melhor opção para Mosteiros. Rumo ao desenvolvimento, cons-truíremos novos horizontes, com força e determinação.

Como avalia a participação

das mulheres na vida política do seu Concelho?

É extremamente positiva. As mu-lheres já consecializaram que é ex-tremamente importante participar no desenvolvimento do seu Muni-cípio. Nós, mulheres temos outras sensibilidades; estamos acostuma-dos a cuidar dos outros. Consegui-mos ultrapassar todas as barreiras. Cada dia estamos a ser mais moder-nas, mais competentes e mais cons-cientes dos nossos direitos na cons-trução social.

Presidente Assembleia Municipal

IVONE DE ANDRADE GOMES ALVES

“Mosteiros precisa de uma terceira força”HELENO ANDRADE CORREIA

“Temos capacidade e vontade de fazer”

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7A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-AMI

Lista da Assembleia Municipal-AMI

Pedro José Centeio Gonçalves

Nilton Cesar Fernandes Gomes

Ivone de Andrade Alves

Heraclita Pereira

Manuel Alberto Andrade

Manuel Ribeiro

Socorro Andrade

Pedro Vieira Andrade

Eugénio Rodrigues

Eugenia Correia Ramos

Socorro Lima da Mota

João Vieira Fontes

Paulo Sérgio Fernandes

João Nilton Macedo

Maria Correia Gonçalves

Heleno Andrade Correia Agostinha Centeio PiresJoão Alves Vieira

Lista dos supletes: Danielson Pires Rodrigues, Domingos Vieira Gonçalves, Pedro José Alves Neto

Lista dos supletes:Santos Vieira Alves , Magno Resende do Canto Gonçalves, António Emanuel A.L. de Pina

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabelecidos em Cabo Verde, nas mesmas condições que os ci-dadãos nacionais

5- Quem não pode ser eleitos para os órgãos das autarquias locais?São inelegíveis (arts. 9.º e 420.º do Código Eleitoral):

• Os magistrados judiciais e do Ministério Público, em efetividade de funções;

• A Alta Autoridade Contra a Corrupção;• Os funcionários dos quadros privativos de inspe-

ção da Administração Pública, em efetividade de funções;

• Os militares, no ativo ou em efetividade de fun-ções;

• Os membros das forças policiais, no ativo;• Os diplomatas de carreira em efetividade de fun-

ções e os agentes em exercício de funções diplo-máticas ou consulares;

• Os oficiais de justiça em efetividade de funções;• Os funcionários e agentes dos serviços de segu-

rança em efetividade de funções;• Os membros dos conselhos superiores das ma-

gistraturas, do Conselho de Comunicação Social, das Comissões de Recenseamento e da Comissão Nacional de Eleições, bem como os seus delega-dos;

• Os devedores em mora do município e respetivos garantes;

• Os que tenham contrato administrativo com o município ainda que irregularmente celebrado;

• Os concessionários ou peticionários de conces-são de serviços do município respetivo;

• Os governadores civis, nos municípios cujos ter-ritórios estejam sob a sua jurisdição;

Contactos Fogo/ Mosteiro - Jeremias Mendes Vaz Fernandes - [email protected] - 993 48 24 / 930 70 25

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município (Cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

8De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Porquê que se deve votar?

Com grande potencial para fruticultura

José Carlos Mendes (Mingo), opera-dor de vendas, Mosteiros Trás - Acho que o voto é importante na medida em que contribui para o desenvolvimento do nosso Concelho, nas várias vertentes, quer na área social, como na educacão, saúde, desporto e emprego. É um direi-to de cada munícipe. Vou escolher aque-le que tiver melhor projecto e esteja mais bem capacitado para desenvolver cada vez mais os Mosteiros.

António Andrade (Tó), desempre-gado, Mosteiros Trás - Devemos ir vo-tar para escolher o candidato com o melhor projecto para o nosso Concelho. O voto é um dever cívico que temos. É a melhor decisão que um cidadão cabo--verdiano deve tomar. As pessoas de-vem ir às urnas com consciência e acre-ditando no que será de mais-valia para os Mosteiros. Ninguém deve ser com-prado no exercício do seu direito.

Maria Veiga, Monitora, Corvo - Porque é um direito de todos. O voto é muito importante. Por isso é necessá-rio que o cidadão saiba como fazer a sua reflexão no sentido de saber em que candidato irá votar. É que vamos dar confiança a uma pessoa e, como sabe-mos, nem todos estarão à altura de le-var o nosso Concelho adiante.

Maria da Luz Oliveira Macedo, (Márcia), Balconista, Queimada Guincho - Devemos votar a 4 de Se-tembro porque é um dever cívico do cidadão. Acho que as pessoas devem ir às urnas e fazerem as suas escolhas de forma consciente, clara e objectiva para um futuro melhor, sem margem para a pobreza e o desemprego.

Situado a Norte da Ilha do Fogo, Mos-teiros foi criado na década de 90 (do sé-culo passado). Ocu-

pa uma área de 85 quilómetros quadrados (Km2), correspon-dendo a 18% da área total da Ilha, e, aproximadamente, 2% do território Nacional. Conta com com uma população de dez mil habitantes, correspon-dente a 27% da população resi-dente na Ilha, sendo que quatro mil 666 são homens e quatro 895 mulheres.

A população está distribuí-da por 16 pequenas localida-des. À semelhança da tendên-cia do país, a população é ex-tremamente jovem: perto de 70% tem menos de 30 anos.

Não obstante ser montanho-so, praticamente não dispõe de localidades encravadas.

Situado na parte alta do Concelho, Monte Velha é con-siderado um parque natural de espécies exclusivas da Ilha.

Grande parte do solo das zo-

nas Sul e Centro do Município é coberta de lavas vulcânicas, que resultaram de sucessivas erupções do passado, reduzin-do, significativamente, a área cultivável.

Com um índice elevado de

pluviosidade, sobretudo na Zona Alta, Mosteiros tem gran-de potencial para fruticultura, sendo que a cultura de café e da vinha, dois produtos que tem contribuído para a melhoria da economia das famílias, ape-

sar de ainda serem explorados com alguma limitação. Além do café e do vinho, Mosteiros dispõe de potencial no domínio de fruticultura, mas, também, de cultura de sequeiro, silvicul-tura e pecuária.

A pesca e o turismo são ou-tras potencialidades. De entre os pontos de interesses turís-tico, destacam-se o Vulcão da ilha - que constitui um patri-mónio dos três municípios -, mas, também, o Perímetro Flo-restal de Monte Velha, que se localiza perto do Vulcão.

Em termos de Educação, dados relativos ao ano lectivo 2012/2013 - do Ministério de Educação -, relatava a matrícu-la de 512 crianças no pré-esco-lar, mil 350, no básico e 961 no Secundário.

Dos dois mil 219 agrega-dos familiares do Município, 40,74% vivem em alojamento com ligação à rede pública de água, 69,16% dispõe de electri-cidade como fonte de energia, 76,00% vivem em alojamentos clássicos, e quase ninguém vive em garagens, barracas, conten-tores ou fábrica.

B.I DO MUNICÍPIO

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Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente

A NaçãoA NaçãoJ O R N A L I N D E P E N D E N T E

Autárquicas’2 16

ça e a luta tenaz na defesa dos interesses da ilha.

Além dos dois candida-tos partidários, os mais de 14 mil eleitores inscritos nos cadernos eleitorais de São Filipe, distribuídos por mais de 50 mesas de as-sembleias de votos, terão uma outra alternativa: a candidatura independen-te do actual edil Luís Pires, que após ter sido “descar-tado” pelo Partido que o apoiou em 2012 - o PAICV -, recandidata-se a um se-gundo mandato, desta vez, sob a chapa do Grupo Por Amor Incondicional por São Filipe (GPAIS), “a pedi-do e forte pressão” de um grupo de cidadãos do Mu-nicípio.

Assim, à semelhança das duas últimas eleições, os ci-dadãos eleitores poderão escolher, para gerir a edi-lidade de 2016 a 2020, en-tre os candidatos do PAI-CV, Eugénio Veiga, do MpD,

Jorge Nogueira, e do GPAIS, Luís Pires.

Os três candidatáveis já exerceram funções autár-quicas em São Filipe, sendo Eugénio Veiga, na qualida-de de presidente da edili-dade durante cinco manda-tos (20 anos) e um manda-to, entre 2012 e 2016, como vereador sem pasta, Luís Pires como presidente, du-rante um mandato (2012 a 2016), e dois mandatos na qualidade de vereador, e mais um como presidente da Assembleia Municipal. Por sua vez, Jorge Nogueira foi vereador não-profissio-nalizado, por um curto pe-ríodo de tempo, depois das Eleições de 2008, altura a partir da qual a gestão em São Filipe passou a ser tri-partida.

Facto curioso é que os candidatos independentes nunca ganharam as elei-ções em São Filipe desde as primeiras autárquicas rea-

lizadas em Cabo Verde, fi-cando sempre no terceiro lugar, depois das duas for-ças políticas de maior ex-pressão - PAICV e MpD -, tendência que o candidato de GPAIS pretende alterar e fazer história nas próximas eleições autárquicas.

Outra curiosidade é que o MpD sempre apostou em candidatos à presidência da Câmara de São Filipe, cujo nome se inicia pela le-tra “Jota”: 1991/92 (então Câmara do Fogo), João do Rosário, 1996 (São Filipe, incluindo Santa Catarina), apoiou candidatura inde-pendente de José de Pina (José de “Nho Tuntun”), 2000 e 2004 (São Filipe, in-cluindo Santa Catarina), e 2008, Jorge Nogueira, para, em 2012, apoiar a candida-tura independente do mé-dico Júlio Andrade.

Os “ventoínhas” nunca venceram eleições em São Filipe.

APRESENTAÇÃO DAS FORÇAS CONCORRENTES:

Três pretendentes à Câmara de São FilipeO PAICV repes-

cou o “dinos-sauro” Eu-génio Veiga,

que, em 2012, concorreu como independente, para tentar assegurar a edilida-de de São Filipe, uma Câ-mara simbólica para os “tambarinas”, que, nas Le-gislativas de Março passa-do, viu cerca de um quarto do seu eleitorado a exercer o direito ao voto, ditando assim, a primeira derrota em 25 anos de Democracia.

Já o Movimento para a Democracia (MpD) apos-ta na figura de Jorge No-gueira, que candidata-se pela quarta vez, depois de 2000, 2004 e 2008, para ten-tar destronar o fragilizado PAICV, não só pela gestão camarária, como pela divi-são interna que reina desde as eleições de 2008, cimen-tando a vitória obtida nas últimas Legislativas, que foi atribuída à perseveran-

Imprevisibilidade para 4 de Setembro

O resultado das próximas Eleições Autár-quicas, em São Filipe, é de todo imprevisível, se se atender ao histórico dos dois últimos pleitos, nos quais nenhuma das forças políti-cas concorrentes obtiveram a maioria abso-luta. Em face disso, implicou a gestão tripar-tida, em 2008 e em 2012, cabendo, em ambas as circunstâncias, a Presidência ao candida-to do PAICV, Eugénio Veiga, em 2008, e Luís Pires, em 2012.

Este Município, o mais importante do Fogo - quer pela sua extensão territorial como pelo número de população, sendo a principal porta de entrada e saída da Ilha, afigura-se na lista de prioridade do MpD, que desde as primeiras Eleições Autárqui-cas vem lutando para conquistar esta pra-ça ao Partido da “Estrela Negra”. Apesar de não ter conseguido, ainda, o objectivo maior - conquistar a Presidência desta edilidade -, o MpD vem aumentando, de eleições para eleições, desde 2004, altura em que o actual Município de Santa Catarina fazia parte de São Filipe, ficando, em 2008 e 2012, a escas-sos votos para conseguir o objectivo. Nestas duas eleições, conquistou dois lugares na Vereação.

Em 2008, altura em que, pela primeira vez, se registou a participação de três can-didaturas – PAICV, MpD e a de um grupo in-dependente -, a Câmara foi tripartida, com o PAICV a obter, a nível camarário, quatro dos sete mandatos, o MpD com dois e o (então) GIGA, liderada por Luís Pires, a conseguir um mandato. O GIGA viabilizou a Câmara (então) presidida por Eugénio Veiga, apro-vando sempre os instrumentos de gestão.

Nas eleições de 2012, o resultado foi mais equilibrado. O PAICV perdeu a maioria na Câmara, elegendo, somente, três dos sete vereadores, ficando o Grupo Independente Abraçar São Filipe, apoiado pelo MpD, com dois vereadores e o Grupo Independente Unidos por São Filipe, liderado por Eugénio Veiga, com dois vereadores.

Na Assembleia Municipal, em termos de mandato, o PAICV foi minoria, tendo obti-do igual número de mandatos que o GIASF/MpD, seis, seguido do GIUSD, que elegeu cinco deputados, num universo de 17.

Em 2012, dos 13 mil 172 eleitores inscritos, exerceram o direito de voto um total de nove mil 166 eleitores, correspondente a 69.6%, tendo o PAICV obtido 37.3%, o GIASF/MpD 33.6%, e lo GIUSD 27.9%. , em termos globais.

Para o pleito de 4 de Setembro, estão ins-critos mais de 14 mil eleitores, representan-do um aumento de mais de mil eleitores, comparativamente com o de 2012.

BREVE RETROSPECTIVA DAS AUTÁRQUICAS

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

10De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

JORGE NOGUEIRA, CANDIDATO DO MPD PARA SÃO FILIPE

“A minha lista é a mais dialogante e representativa”

Adolfo José Rodrigues, 49 anos, Professor do Ensino Se-cundário (Liceu)

Homem mais jovem do MpD

O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

O intuito principal é dar o seu con-tributo para o desenvolvimento e crescimento de algo. Se não for para levar mais-valia, não importa. Aliás, se não for com este propósito, a ca-minhada será muito curta. Não se deve ser apenas mais um elemento no meio de muitos. Há que fazer valer a força da juventude para dar passos significativos, independentemente do projecto que se vê à frente. 

Como está a participação dos jovens na vida política nacional?

Tem vindo a crescer. No entanto, ainda está longe do desejado. As re-vindicações do dia-a-dia, surgem, na sua maioria, na camada jovem. Isso demonstra que queremos estar pre-sentes e sermos partes integrantes do desenvolvimento e crescimento da ilha e do país.

A abstenção ainda é grande en-tre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem as urnas a 4 de Setembro?

É prova clara do descontentamen-to da camada jovem. A contínua insa-tisfação leva ao desalento, falta de in-teresse. Se não soubermos dominar a situação, esta nos domina. Porém, não podemos deixar de acreditar que a solução está ao nosso alcan-ce. Vamos fazer diferente, vamos dar a São Filipe o tão desejado presente. 

Mulher mais jovem do MpD

O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da política?

É a vontade de mudar a predomi-nância machista que se tem verifi-cado na nossa sociedade. A presen-ça feminina é essencial para o for-talecimento da democracia. Além disso, nós andamos na luta pelos nossos direitos. Então, nada mais justo, também, que façamos parte do mundo político, pois trazemos sempre ideias geniais e valiosas, que contribuem para o melhoramento da nossa sociedade.

Por que é que integra esta lista e não outras no seu município?

Porque é a mais séria e confiável. É a que apresenta uma Plataforma que beneficia todas as áreas sociais. Além disso, os candidatos à Câma-ra e à Assembleia Municipais não têm sede de mandar. Têm amor ao Município e não se cansam de lutar para o bem-estar das pessoas deste Concelho. Pessoalmente, como que-

ro o bem do meu Município não po-deria integrar outras listas.

Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu Concelho?

As mulheres deste Município não receiam a vida política. Embora te-nham lutado muito nas campanhas políticas, poucas vezes são eleitas. Os partidos devem integrar mais mulheres nas listas, em posições elegíveis, de forma a elevarmos a nossa participação na vida política.

Presidente Assembleia Municipal

LEIDA ALVES

“Partidos devem integrar mais mulheres nas listas”ÉLDER GABRIEL CORREIA LOPES

“Abstenção deve-se ao descontentamento”

Qual a motivação que está por de-trás da sua candidatura?

Porque não me conformo com o ma-rasmo e o declínio da minha Cidade e do meu Concelho. Porque este é o momen-to para estabelecermos um verdadeiro pacto de mudança para invertermos o rumo da degradação do nosso Concelho. Porque os jovens, que foram colocados à margem das oportunidades sabem que, agora, é a vez de confiarem num candi-dato que conhece, vive e tem as soluções para os seus problemas.

Quais as linhas gerais da sua Plata-forma Eleitoral?

Os sectores de educação/formação, agricultura, pesca, turismo, indústria e emprego, são as prioridades da nossa Plataforma Eleitoral, que têm por finali-dade inverter o processo acelerado de de-gradação do nível de vida das populações no Concelho de São Filipe. Para tal, as se-guintes medidas serão implementadas: apoios à educação, formação e estágios profissionais, combate ao desemprego e à pobreza. Vamos comparticipar na cria-ção de um Rendimento de Inclusão aos mais vulneráveis, criaremos jardins de infância em todas as localidades neces-sitadas e preparar São Filipe para uma nova função na economia cabo-verdiana. Negociaremos com o Governo a criação de um Fundo para o Crédito à Agricultu-ra e incentivaremos o funcionamento do Centro Pós-Colheita, a par da certifica-ção dos produtos do Fogo.

Trabalharemos, também, com o Go-verno para a melhoria substancial dos transportes marítimos e aéreos, daremos atenção especial à preservação/recupe-ração do património arquitectónico e do Centro Histórico, entre outros. A nível

desportivo, criaremos uma Rede de Cen-tros Multi-Usos, criaremos uma Aldeia e placas desportivas em todos os centros populacionais.

Essas linhas são factíveis?

São! Propomos só o que é materializá-vel.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Porque é a mais capacitada, mais re-presentativa, mais dialogante, que me-lhor representa o Concelho e a que mais se preocupa com os problemas das po-pulações. Os outros dois candidatos go-vernam o Concelho há 24 anos. A minha equipa precisa de apenas quatro anos para mostrar toda a diferença.

Que repto deixa ao eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Todos os eleitores devem ir votar. O medo acabou. Como já não haverá repre-sálias e nem perseguições, todos devem expressar, livremente, a sua vontade nas urnas.

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11A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-MpD

Jorge Arcanjo Livramento Nogueira

Ludomila Maria Pires Daniela Gomes Correia Alexandre Amado Estevam Fernandes BarrosLucas de Pina Alves Caetano Rodrigues

Lista da Assembleia Municipal-MpD

Adolfo José Rodrigues “Adolfo”

António Pedro Cardoso

Elder Gabriel Lopes

Nilda Margarida Veiga

Mário de Pina Cabral

Maria José Pina Barbosa

Rita D. da Silva Barbosa

Leida Maria Dias Alves

João Filipe Cardoso

Jelson Emanuel G. Silva

Adilson João Gomes

António Carlos Pires

João Domingos Gonçalves

Domingas de Pina

José Henrique Andrade

Manuel Augusto Mendes

Jorge Augusto Gonçalves

Lista dos supletes: Jailson Miguel Barbosa Teixeira Manuel Gracindo Fernandes Barros, Osvaldino Lopes Correia , Cleida Patrícia Pires de Pina, João Manuel Oliveira Gomes, Fausto de Pina, Maria Teresa Amado Cardoso, Edson Patrick Pina Alves, Lidiana Lígia Barbosa da silva, José Carlos Antó-nio de Pina Correia, Lúcia de Pina Correia, Adilson Lopes da Rosa Correia, Iliana Marly Andrade Rodrigues de Pina, Manuel Eduardo Barbosa Cardoso, João de Andrade de Pina, José Andrade, José Henrique Barros Amado Gomes

Lista dos suplentes:Mariza Isabel Lopes dos Anjos, Bruno Patrick Gomes Lobo, Edna Marisa Nunes de Pina , Soila Lopes

Santos Pina, José Manuel Pereira Correia, Pedro Jorge Silva Andrade, Manuel de Jesus Miranda Gomes

1-Quais são os órgãos representativos do Mu-nicípio?Assembleia Municipal, Câmara Municipal e o Pre-sidente da Câmara Municipal. (Artigo 45.º do Es-tatuto dos Municípios)

2- Quais são as atribuições do Município? Constitui atribuição do Município, as que em vir-tude da lei não pertencem à administração Cen-tral e tudo o que respeita aos interesses próprios, comuns e específicos das populações respetivas, designadamente: (Artigos 26.º e seguintes do Es-

tatuto dos Municípios) 1. Administração de bens municipal;2. Planeamento, (elaboração, aprovação, execu-ção e controlo e aprovação do plano nacional de desenvolvimento);3. Saneamento básico (abastecimento de água, gestão do sistema municipal de esgotos, recolha e tratamento do lixo, limpeza de ruas, gestão dos cemitérios);4. Prestação de serviços públicos:• Saúde (controlo das normas de saúde e higiene

sobre a venda de produtos alimentares);

• Habitação (construção de moradias sociais, promoção de autoconstrução);

• Transportes (planeamento e implementação do sistema de transporte de passageiros, sinali-zação do trânsito, licença para táxis.);

• Educação (construção, gestão e manutenção das infraestruturas do ensino básico; promo-ção da educação pré-escolar e organização dos transportes escolares);

• Promoção social (ações, campanhas e progra-mas de proteção a criança, jovens, idosos e defi-cientes);

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

12De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

EUGÉNIO VEIGA, CANDIDATO DO PAICV À CÂMARA DE SÃO FILIPE “A nossa equipa é de palavra e honra os compromissos”

Qual a motivação que está por de-trás da sua candidatura?

A minha motivação vem, em primei-ro lugar, da manifestação de simpatia da maioria dos são-filipenses à qual reagi positivamente. Também, hoje, o meu co-nhecimento sobre a realidade municipal, sendo mais profundo, as contribuições serão obviamente mais eficazes e úteis no processo de desenvolvimento deste Muni-cípio. Como sempre, nos bons e maus mo-mentos, exerci as minhas funções com o sentido moral de colocar os interesses de

São Filipe acima de quaisquer outros.

Quais as linhas gerais da sua plata-forma eleitoral.

Entre outras, reforçar e resgatar a cre-dibilidade da Instituição Municipal, pro-mover o desenvolvimento tão harmonio-so quanto possível do Território Munici-pal, valorizar os recursos humanos, so-bretudo garantindo aos jovens perspecti-vas positivas da vida, desenvolvendo ini-ciativas criativas viradas para crianças, montando projectos estratégicos para a tranquilidade das pessoas da terceira ida-de. Vamos, também, promover o diálogo construtivo com as Autoridades Centrais, na perspectiva de, neste Município, ao longo deste mandato, os projectos assu-midos, como o Aeroporto Internacional, o Porto Vale dos Cavaleiros alargado, o Pólo de Ensino Superior, a rede de Esgoto e Sa-neamento sejam concretizados.

Estas linhas são factíveis?

A nossa equipa é de palavra e honra os compromissos assumidos. Igualmente, é uma equipa engajada e com profundo conhecimento da realidade Municipal, e,

por isso, a nossa Plataforma é um acordo com os são-filipenses.

Por que a sua lista deve ser a vence-dora?

É a que incorpora experiência – sa-ber da vida, associado aos conhecimen-tos científicos - com ousadia da juventu-de, também extremamente comprometi-da com os nobres valores de São Filipe. É uma equipa que tem olhares para crian-ças, jovens, pessoas da terceira idade, com o mesmo carinho para a Cidade e as localidades rurais, que respeita o eleito-rado e capaz de trabalhar, com a mesma intensidade, durante todo o mandato. É uma equipa com alma são-filipense.

Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

É mais um momento crucial na vida dos são-filipenses, cuja decisão soberana compete aos eleitores, maioritariamente da nossa confiança. A nossa equipa, es-tando seriamente engajada com o proces-so de desenvolvimento, garante um pro-duto, de qualidade e realizável para os são-filipenses.

Manuel da Luz Alves, 63 anos, funcionário

O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

A participação dos jovens deve--se ao facto  de querermos estar pre-sentes nas decisões importantes do nosso Município, ilha ou país. Tam-bém é uma forma de demonstrar-mos a nossa disponibilidade de ter uma participação activa no desen-volvimento do país.

Como avalia a participação dos jovens na vida política nacional?

Ainda está longe do ideal. Se le-

varmos em conta que a população cabo-verdiana é maioritariamente jovem, devemos estar, também, pre-sentes nas tomadas de decisões im-portantes para o Município e o país. Portanto, deve-se dar mais opor-tunidade aos jovens. Sendo assim, apelo aos partidos políticos neste sentido.

A abstenção, infelizmente, ain-da é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

O sufrágio é, também, uma forma de participar/contribuir para a to-mada de decisões importantes para o nosso Concelho. Tendo em conta as eleições autárquicas que se avizi-nham, apelo aos jovens a participa-rem no sufrágio de 4 de Setembro, pois, é uma forma de decidirem o futuro do Município, e, consequen-temente, o nosso futuro colectivo.

O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da política?

Deve-se à vontade de ajudar a mi-nha cidade, localidade, e, principal-mente, para o empoderamento das mulheres, levando em conta que, para muitos, a mulher é incapaz de exercer altos cargos. Resumindo: o motivo é dar o meu contributo, en-quanto jovem e mulher, para o meu Município e para a minha ilha.

Por que é que integra esta lista e não outras?

Porque é uma lista composta por pessoas de grande competência e que podem, sim, melhorar São Fili-pe e a ilha do Fogo em geral. Acredi-to que é uma candidatura com po-tencial de ganhar a eleição do dia 4 de Setembro.

Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu Concelho?

Há uma maior adesão, mas ainda falta muito por fazer para que, cada vez mais haja mais mulheres capa-citadas e disponíveis a darem o seu contributo para o melhoramento do nosso pequeno país.  É preciso fazer um bom trabalho de casa, sensibi-lizando as mulheres a entrarem na política, mas também sensibilizar a população em geral sobre as van-tagens da participação feminina na política. Em São Filipe, não tenho uma ideia de quantas são, mas ain-da deixa muito a desejar.

Presidente Assembleia Municipal

Homem mais jovem do PAICV Mulher mais jovem do PAICVDIAMANTINO AMADEU TAVARES

“Votar é escolher o nosso futuro colectivo”MÓNICA SOFIA ALVES FERNANDES

“Quero contribuir para o meu Município”

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13A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-PAICV

Lista da Assembleia Municipal-PAICVEugénio Miranda da Veiga

Manuel da Luz Alves

Diamantino Tavares Maria Nova Montrond Amílcar António Lopes

Maria de Fátima Santos

Perivaldo Adriano Andrade

Adelaide Teixeira da Silva

João António de Pina

Vanulda Helena Barbosa

António Jorge Monteiro

Nilton Sebastião Lopes

Eduardo Correia Lopes

José Carlos de Pina

Mónica Sofia Fernandes

Euclides Fernandes

Sebastião Barbosa Júnior

Diva Iolanda Pires Lopes

Bénur Barros Cardoso

Rosemery de Pina Gomes

Álvaro José Ramos

Henriqueta Cardoso Raul Jorge dos SantosRenato Paulo Delgado

Lista dos supletes: Claudina Centeio Lopes, Renato André Lopes Brandão, Bruno Esmael Rodrigues Rosa Teixeira, Patrick Emanuel Monteiro B Fernandes, Tito Lando Correia Brandão, Vanda Lúcia Fer-nandes, João Lopes Monteiro

Lista dos supletes: Sandro Jorge de Pina Teixeira Xavier, Nilza Sofia de Pina Dias, Manuel de Pina Tavares, Naidy Cardoso Gomes, Luís Ro-drigues, Amadeu António Tavares, Bernardina Filomena Rodrigues Al-ves, Isaías Alves Barbosa Fernandes, Idalina Mendes Barbosa Andrade, Valdemiro Gomes Barros, Henrique Cardoso Gomes, Madalena Gomes de Pina, Indiane Simone Fernandes, Cristápio Lobo Barros, Sandro He-leno Andrade Fonseca Monteiro

• Cultura (criação de condições de lazer e de cul-tura, como cineteatros, bibliotecas, museus, praças, parques e realização de eventos cultu-rais);

• Desporto (promoção e organização de atcivi-dades desportivos, construção, gestão e manu-tenção de recintos desportivos);

• Comércio (construção de mercados, matadouros, talhos; licenciamentos de actividade comercial re-talhista e ambulante, fixação do horário de fun-cionamento dos bares, lojas, etc.);

• Proteção civil (bombeiros, nadador salvador).

3- Quem pode votar nas eleições dos órgãos das autarquias locais?

(art. 418.º do Código Eleitoral):

• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18 anos, recenseados no território nacional

• Estrangeiros e apátridas de ambos os sexos, maiores de dezoito anos, e com residência le-gal e habitual em Cabo Verde há mais de três anos e recenseados no território nacional

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabeleci-dos em Cabo Verde, nas mesmas condições que

os cidadãos nacionais, desde que recenseados no território nacional.

4-Quem pode ser eleito para os órgãos das au-tarquias locais?Podem concorrer e ser eleitos para os órgãos das autarquias locais os cidadãos eleitores a seguir in-dicados (art. 419.º do Código Eleitoral):• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18 anos;• Eleitores estrangeiros e apátridas de ambos os

sexos, maiores de dezoito anos, e com residên-cia legal e habitual em Cabo Verde há mais de cinco anos;

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município (Cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

14De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

LUÍS PIRES, CANDIDATO DO GPAIS-SÃO FILIPE

“São Filipe precisa de pessoas abertas ao diálogo”

Qual a motivação que está por de-trás da sua candidatura?

A nossa candidatura é a pedido dos são-filipenses e é para continuarmos a servir o povo e o desenvolvimento do Município. O povo achou que é justo e que merecemos mais um mandato, por-que fizemos muito mais do que era pos-sível e em condições extremamente di-fíceis. Aceleramos o processo de desen-volvimento de São Filipe, ultrapassan-do os obstáculos de uma Câmara mista,

uma Assembleia instável, um ambiente geral de crise, orçamento chumbado, seca, erupção vulcânica, mais do que 60 mil contos de indeminizações, apenas para citar alguns reveses, terminando o mandato com uma das mais altas taxas de realizações do país: 90,5 por cento.

Quais as linhas gerais da sua Plata-forma Eleitoral?

Mais educação e formação para as crianças, adolescentes e jovens, melhor habitação social e mais emprego para a juventude. De 2016 a 2020, o nosso prin-cipal compromisso será melhorar a ha-bitação das pessoas e vamos fazer isso todos os dias, assim como assumimos e honramos o transporte escolar neste mandato. O Estádio Municipal, a repavi-mentação completa do núcleo histórico, onde nunca na sua história houve tanto trabalho preparatório com a colocação de tudo o que é tubo ou cabo subterrâ-neo e início da asfaltagem das ruas, nos bairros do Município, a continuação da conversão de passadeiras em pontes e es-tradas de penetração nas localidades do interior. Em articulação com o Governo

e outras instituições públicas e privadas vamos trabalhar para que haja a mobili-zação de mais água ao serviço da agri-cultura e criação de animais.

Essas linhas são factíveis? Vamos trabalhar de braços dados com

os nossos grandes parceiros, locais, na-cionais e internacionais e vamos fazer muito mais do que fizemos nestes pri-meiros quatro anos.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Porque São Filipe precisa de uma equipa jovem e competente, liderada por pessoas abertas ao diálogo, quer na Câmara quer na Assembleia. Porque São Filipe está num bom ritmo e não pode parar. 

Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Votar em consciência, fazer a me-lhor escolha é também fazer o desen-volvimento. É fundamental que nin-guém fique em casa, para que possa-mos, colectivamente, levar São Filipe para a frente.

António Alberto Lopes Alves, 35 anos, bancário

O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

Em primeiro lugar, por ser uma forma de representar a voz da maio-ria da população do Município que é jovem!

Também participo para mostrar que temos hoje uma geração bem preparada e pronta para assumir as rédeas do desenvolvimento do nos-

so Município da ilha do Fogo em ge-ral. 

O que acha da participação dos jovens na vida política

Estamos num Município e num país onde a maioria da população é jovem, e, onde, ainda, subsistem vá-rios problemas ligados à juventude. Este país é dos jovens!

Os políticos mais velhos devem dar oportunidades aos mais jovens, para que haja novas ideias e maior dinâmica no desenvolvimento.

A abstenção, infelizmente, ain-da é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Todos, sem exceção, devem vo-tar. Ninguém mais do que os jovens para escolherem os melhores gover-nantes locais.

O que leva uma mulher-jovem a entrar no mundo da política?

Entro na política para ajudar e engrossar a participação da mulher na vida pública e para dar o meu contributo para o desenvolvimento da minha localidade e do meu Mu-nicípio.

Porque é que integra esta lista e não outras no seu Município?

Porque é liderada por um político mais jovem - mas muito experien-te! - que vem fazendo um excelente trabalho no domínio da educação formação, promoção do emprego, entre outros.

Como avalia a participação das mulheres na vida política

A participação das mulheres

ainda é fraca, mas estou convenci-da que, com mais formação e mais oportunidades pode melhorar. Aliás, já está melhorando!

Presidente Assembleia Municipal

Homem mais jovem do GPAIS A Mulher mais jovem do GPAISCEILA CRISTINA ANTUNES PINA

“Com mais oportunidades aumenta a participação da mulher”

Renovaldo Heitor Lopes

“Temos uma geração preparada para as-sumir o desenvolvimento do Município”

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15A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-GPAIS

Luís Joaquim Gonçalves Pires

Pedro Fernandes Pires Marcelino Gonçalves Jorge Soares de PinaMaria Antónia Garcia Manuel AndradePaula Cristina da Silva

Lista dos supletes:Maria Socorro Ledo Cabral, Antónia Ribeiro Gomes, Daniela Vicente Lopes de Pina, Augusto Ledo Pontes Barbosa, Kleiton José Mendes Lopes, Mário Alberto Gomes Dias Barbosa, Jorgina de Pina Fernandes

Lista da Assembleia Municipal-GPAIS

António Alberto Alves Lopes

Caetano Alves Mendes

Jailson Oriano Mendes

Jandira Diniz AlvesVanda Isabel Timas

Elsa Patrícia Correia Elsa Varina Lopes

Sónia Cristina SilvaNélida Indira Teixeira

Renovaldo Lopes

Jailson Cardoso

Aquiles de Pina Barbosa

Carlos Aldino dos Santos

Aníbal Cardoso

Carlos Lúcio de Pina Adilson Monteiro

Clarindo Teixeira

Lista dos supletes:Gilson Montrond Sequeira, Yolando de Pina Gomes, Antónia Barros Centeio, So-langela Santos Alves de Oliveira, Ceila Cristina Antunes Pina, António de Je-sus Barros Rocha, José António Monteiro Gonçalves, Lia Tavares Pina Correia, Manuel Caetano Andrade Barbosa, Adilson Flávio Gomes de Barros, Ibrahima Michel Marena, Leonor Domingas Fernandes, Claudino de Pina Gomes Timas, Clara Mendes de Barros, Ivandra Vieira Lopes, José João Vieira de Andrade, Élio Evanilton Afonseca de Pina Andrade

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabelecidos em Cabo Verde, nas mesmas condições que os ci-dadãos nacionais

5- Quem não pode ser eleitos para os órgãos das autarquias locais?São inelegíveis (arts. 9.º e 420.º do Código Eleitoral):

• Os magistrados judiciais e do Ministério Público, em efetividade de funções;

• A Alta Autoridade Contra a Corrupção;• Os funcionários dos quadros privativos de inspe-

ção da Administração Pública, em efetividade de funções;

• Os militares, no ativo ou em efetividade de fun-ções;

• Os membros das forças policiais, no ativo;• Os diplomatas de carreira em efetividade de fun-

ções e os agentes em exercício de funções diplo-máticas ou consulares;

• Os oficiais de justiça em efetividade de funções;• Os funcionários e agentes dos serviços de segu-

rança em efetividade de funções;• Os membros dos conselhos superiores das ma-

gistraturas, do Conselho de Comunicação Social, das Comissões de Recenseamento e da Comissão Nacional de Eleições, bem como os seus delega-dos;

• Os devedores em mora do município e respetivos garantes;

• Os que tenham contrato administrativo com o município ainda que irregularmente celebrado;

• Os concessionários ou peticionários de conces-são de serviços do município respetivo;

• Os governadores civis, nos municípios cujos ter-ritórios estejam sob a sua jurisdição;

Contactos CNE Fogo/ São Filipe - Francisco Tavares - [email protected] - 992 70 77

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município (Cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

16De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Porquê se deve votar a 4 de Setembro?

Principal núcleo populacional do Fogo

O Município de São Filipe possui uma área de 391 quiló-metros quadrados

(Km2), correspondente a mais de três quartos da superfície total do Fogo, que é de 476Km2, e 9% da área total de Cabo Ver-de.

São Filipe surgiu do “des-membramento” do então Con-celho do Fogo, dando origem a três municípios: Mosteiros (1994), Santa Catarina (2005) e São Filipe.

A Cidade com o mesmo nome é a sede do Município, e é o núcleo populacional mais antigo da Ilha e o segundo de Cabo Verde, depois da Ribei-ra Grande de Santiago (Cidade Velha), com estatuto de Cidade há 94 anos – desde 12 de Julho de 1922.

À semelhança dos demais municípios do país, é rural, com mais de 70 por (%) da sua gente a viver no campo, depen-dendo da agricultura, pecuária e dos trabalhos públicos. Uma

parte significativa da popula-ção está emigrada, sobretudo nos Estados Unidos da Améri-ca, Portugal e Angola, contri-buindo com remessas, quer em divisas como em espécies, para o seu desenvolvimento.

Estima-se que a população residente situa-se à volta dos 25

mil habitantes. Das actividades económicas

mais importantes, destacam--se a agricultura, incluindo sil-vicultura e pecuária, que ocu-pa 38,6% da sua gente, mas São Filipe dispõe de grandes poten-cialidades turísticas consubs-tanciadas na existência do Vul-

cão e da linda arquitectura da Cidade, que ilustra toda a his-tória e a cultura dos foguenses.

Para melhor aproveitamento das potencialidades, é necessá-ria a valorização das oportuni-dades turísticas, o aumento do rendimento da população lo-cal e a protecção e conservação

dos recursos ambientais, que estão na base da atracção dos turistas, através de resolução dos constrangimentos ainda existentes.

A população activa, com base no Censo de 2010, era de sete mil 318, correspondendo a uma taxa de actividade de 63,70%. Estimava-se que, no mesmo período, 28,80% da po-pulação vivia na pobreza, ou seja com valor inferior a 590 dó-lares por ano.

No conjunto dos três muni-cípios da ilha é o que apresenta a menor taxa de índice de po-breza, já que, nos Mosteiros, essa taxa é de 51%, enquanto que, em Santa Cataria atinja os 60%.

Com relação ao indicador de bem-estar, o Censo de 2010 dava conta que, em São Filipe, vivem cinco mil e 91 agregados familiares, sendo 58,20% em alojamento com ligação à rede pública de água.

João José Pires Canuto (Lalau Canuto)Estudante universitário –Porque é muito importante. Aliás, o principal

objectivo do voto é contribuir para a escolha do melhor candidato, tendo em conta a sua platafor-ma eleitoral. Ressalto, ainda, que nenhum cidadão deve ficar agarrado a qualquer partido político, mas sim, às propostas que avança, que devem ser analisdas e avalidas das suas factibilidades. Deve-mos estar atentos, livres e com capacidade para analisarmos as propostas que sejam exequíveis e que contribuem para a melhoria do nosso Muni-cípio.

Carla Sofia Pina (Duduxa)Chefe de Secretaria da Casa das Bandeiras -Deve-se votar porque, para além de exer-

cermos um dever cívico, que é, também, um direito de cada cidadão, também estará o mu-nícipe/eleitor a escolher os representante para o seu Município. Vamos eleger as pessoas que vão realizar transformações, fazer mudanças para a melhoria do nosso Concelho. Através do voto estaremos, ainda, a fazer parte das deci-sões sobre o futuro do nosso Município, Ilha, e, por arrastamento, Cabo Verde.

Carlos Antunes (Cau)Encarregado de obras -As eleições são muito importantes. Além de re-

presentar um acto de cidadania, possibilitam a es-colha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem, directamente, em nossas vidas. Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na nossa qualidade de vida. O voto deve ser valorizado e ocorrer de for-ma consciente. Devemos votar em políticos com um passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da nossa colectividade.

Jacira Helena Fernandes Teixeira Tavares (Jandira)

Desempregada-Devo votar no dia 4 de Setembro, primei-

ramente, porque é um direito meu, enquanto munícipe e cidadão. Devo faze-lo, ainda, para ajudar na escolha de um verdadeiro represen-tante político para o meu Concelho. Voto, tam-bém, pelo desenvolvimento do meu Município, e para que haja mais oportunidades de empre-go, investimentos e menos pobreza. Peço e in-cito a todos os munícipes que façam o mesmo.

B.I DO MUNICÍPIO

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Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente

A NaçãoA NaçãoJ O R N A L I N D E P E N D E N T E

Autárquicas’2

mas dezenas de votos, num processo que o próprio con-siderou de “viciado e pou-co transparente, devido “à compra de consciência”.

Um dos municípios mais pobres da ilha e de Cabo Verde, Santa Catari-na, desde a sua criação es-teve sempre nas mãos do PAICV. Primeiro, de 2005 a 2008, pela Comissão Instaladora, depois, atra-vés de eleições, em 2008 e 2012, sempre presidi-do por João Aqueleu Bar-bosa Amado, cuja gestão dos últimos quatro anos é muito contestada, pela oposição local, sobretudo, na gestão da erupção vul-cânica de 23 de Novembro

de 2014.O MpD, galvanizado pela

vitória obtida no Municí-pio, nas Legislativas de 20 de Março, embora por es-cassos quatro votos, e es-tando no poder, aposta for-te no seu candidato para, também, destronar o PAI-CV, e pôr término, assim, ao reinado de 11 anos. En-tretanto, algumas medidas adoptadas pelo Governo em relação aos deslocados de Chã das Caldeiras pode-rão ditar um resultado dife-rente para Alberto Nunes.

Já o PAICV, quer man-ter a presidência de San-ta Catarina. Além de esco-lher um “candidato novo”, também renovou, a cem

por cento, a equipa para a Câmara Municipal, já que, da mesma, não consta ne-nhum dos vereadores da equipa de Aqueleu, tendo, igualmente, apostado em pessoas influentes das oito localidades.

O cenário está monta-do e as duas candidaturas, constituídas, na sua maio-ria, por jovens-quadros, já estão na estrada. Como “é o povo quem mais ordena”, caberá aos eleitores dar o veredito, colocando nas mãos de Waldemar Pires ou de Alberto Nunes, a ges-tão para os próximos qua-tro anos.

É esperar para ver!

APRESENTAÇÃO DAS FORÇAS CONCORRENTES:

Caloiro Waldemar (PAICV) e repetente Alberto (MpD) disputam “cadeira” de Aqueleu Amado

16

Santa Catarina do Fogo, o mais novo Município da ilha, com 11 anos de existên-

cia, realiza a sua terceira eleições autárquicas da sua história, depois das de 2008 e 2012.

Os poucos mais de três mil 440 inscritos nos cader-nos eleitorais, vão escolher, no dia 4 de Setembro, de en-tre o jornalista Waldemar Pires, que se estreia como candidato autárquico, e o professor de História, Al-berto Nunes, que concorre, pela segunda vez, à cadeira presidencial deste municí-pio, depois de, em 2012, ter sido derrotado por algu-

Equilíbrio eleitoral

Em Santa Catarina - o mais novo Município do Fogo - regista-se um cer-to equilíbrio em termos de resultados eleitorais entre as duas principais for-ças políticas cabo-verdianas: o MpD e o PAICV, com ligeira vantagem para os “tambarinas”, que sempre geriu o Con-celho, na sequência das eleições de 2008 e 2012, as únicas realizadas nesse terri-tório.

Nas primeiras Autárquicas realiza-das em Santa Catarina do Fogo, o MpD não apresentou, directamente, uma candidatura, optando, em apoiar um candidato independente - emigrante nos Estados Unidos da América -, que foi derrotado por João Aqueleu Barbosa Amado (PAICV).

Com o desgaste dos anos de gover-nação de “um dos municípios mais po-bres” de Cabo Verde, as eleições de 2012, disputada entre Alberto Nunes (MpD) e João Aqueleu Amado (PAICV), foram re-nhidas e com “suspense” até ao apura-mento do resultado.

Com um total de três mil 63 cidadãos inscritos nos cadernos eleitorais de 2012, distribuídos por 13 mesas de as-sembleias de votos - para a Câmara Mu-nicipal -, a candidatura do PAICV obte-ve mil 315 votos validamente expressos, contra os mil 155 do MpD. Uma diferen-ça de apenas 160 votos, permitindo ao PAICV a maioria absoluta, e, em con-sequência, eleger os cinco membros da Câmara, o Presidente e os quatro verea-dores. Uma curiosidade: nenhum deles consta da lista para o pleito de 2016.

Para a Assembleia Municipal, em 2012, o PAICV obteve mil 304 votos, con-tra os de mil 162 votos do MpD.

No entanto, nas Legislativas de 20 de Março de 2016, o MpD conseguiu, pela primeira vez, uma vitória, ainda que por escassos quatro votos, circunstân-cia que estimula a candidatura do MpD.

Em 2012, Santa Catarina do Fogo contava seis mil habitantes e três mil e 63 eleitores. Para o pleito de 4 de Setem-bro estão inscritos três mil 447 eleito-res, representando um aumento de 384 novos eleitores.

BREVE RETROSPECTIVA DAS AUTÁRQUICAS

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

18De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Waldemar Pires, candidato do PAICV à Câmara de Santa Catarina

Qual a motivação que está por detrás da sua candidatura?

Não respondeu.

Quais as linhas gerais da sua Plataforma Eleitoral?

Não respondeu.

Essas linhas são factíveis?

Não respondeu.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Não respondeu.

Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Não respondeu.

Henrique José Fernandes, 50 anos, Engenheiros

Homem mais jovem do PAICV

O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

São vários motivos. Por exemplo: ter uma carreira política contribui para o desenvolvimento do País ou ou do Município, uma vez que abre portas para a tomada de decisões importantes para a sociedade.

O que acha da participação dos jovens na vida política nacional?

Tem sido muito fraca! Enquanto

Mulher mais jovem do PAICV

O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da política?

Constatei que o meu Município pre-cisa da minha colaboração e participa-ção activa enquanto munícipe. Aliás, todos os jovens devem participar, acti-vamente, na vida política municipal e nacional.

Porque é que integra a lista do PAICV e não a outra?

Como munícipe activa, decidi que é a melhor opção para dar a continui-dade aos trabalhos já desenvolvidos - e que estão à vista de todos! Ademais, quero zelar e batalhar para novas e maiores conquistas.

Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu Concelho?

Há uma participação muito mode-

Presidente Assembleia Municipal

HOMERO LOPES ANDRADE

“Os jovens devem participar no destino do seu Município”

jovens e membros de uma soci-dade, temos que, desde cedo, ter responsabilidades e tomar parte nas decisões que são importantes para Cabo Verde. Nesse caso con-creto, do Município. Aliás, não é responsabilidade exclusiva dos jovens, mas de todos os santa-ca-tarinenses.

A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Devem participar activamente nas eleições e devem ir às urnas, porque, só assim podem decidir, com responsabilidade, o futuro do nosso querido Município. Os jovens devem participar, desde cedo, com sensibilidade e respon-sabilidade, no destino do nosso Município.

rada. Pode e deve ser muito mais, tanto a nível de Santa Ca-tarina, quiçá, a nível de Cabo Verde. Nós, jovens mulheres, devemos ser mais ousadas e batalhadoras. Há condições para que isso seja possível no nosso Municópio e em Cabo Verde de uma forma geral.

DOMINGAS FERNANDES ANDRADE

“As mulheres jovens devem ser mais ousadas”

Nota do editor: Apesar dos inú-meros contactos, atempadamente, para que o candidato Waldemar Pi-res respondesse ao questionário, e apesar das promessas do mesmo em enviar as respostas, até ao fecho des-ta edição o Jornal A NAÇÃO não obte-ve qualquer resposta.

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19A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores

Lista da Assembleia MunicipalValdemar Pires

Henrique José Fernandes

Ladson Pires Andrade Pedro Jorge Pires

Rose Ângelo Fernandes

José Carlos Oliveira Domingas Andrade

Pedro Novo AndradeJoão Monteiro António Andrade NunesRosando Monteiro Germano Centeio

Jorge dos SantosJoaquim Alves

Rosa dos Reis Gonçalves

Lourenço Andrade

Pedro Lopes de PinaHomero Lopes Andrade

Lista dos supletes:João Andrade Gonçalves, Vanusa Indira Alves Centeio, Carlos António Ribeiro Monteiro, João Fernandes Fontes, Sónia Souto Amado Andrade

Lista dos supletes: Isa maria Oliveira Centeio , Manuel Dinicio Gomes Alves, João José da Fonseca, Pedro da Fonseca, António Fernandes Gomes de Miranda, Maridilson de Pina B:V: Sequeira, Vladimir Fernandes Andrade, Francisco Marcos Gonçalves Lopes, Patrícia Fontes An-drade, Benilda de Andrade, Erminalda de Barros Veiga, Manuel Francisco Fernandes, Mónica Miranda Teixeira

1-Quais são os órgãos representativos do Mu-nicípio?Assembleia Municipal, Câmara Municipal e o Pre-sidente da Câmara Municipal. (Artigo 45.º do Esta-tuto dos Municípios)

2- Quais são as atribuições do Município? Constitui atribuição do Município, as que em vir-tude da lei não pertencem à administração Cen-tral e tudo o que respeita aos interesses próprios, comuns e específicos das populações respetivas, designadamente: (Artigos 26.º e seguintes do Esta-

tuto dos Municípios) 1. Administração de bens municipal;2. Planeamento, (elaboração, aprovação, execu-ção e controlo e aprovação do plano nacional de desenvolvimento);3. Saneamento básico (abastecimento de água, gestão do sistema municipal de esgotos, recolha e tratamento do lixo, limpeza de ruas, gestão dos ce-mitérios);4. Prestação de serviços públicos:• Saúde (controlo das normas de saúde e higiene

sobre a venda de produtos alimentares);

• Habitação (construção de moradias sociais, promoção de autoconstrução);

• Transportes (planeamento e implementação do sistema de transporte de passageiros, sinali-zação do trânsito, licença para táxis.);

• Educação (construção, gestão e manutenção das infraestruturas do ensino básico; promo-ção da educação pré-escolar e organização dos transportes escolares);

• Promoção social (ações, campanhas e progra-mas de proteção a criança, jovens, idosos e de-ficientes);

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

20De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

ALBERTO NUNES, CANDIDATO DO MPD A PRESIDENTE DE SANTA CATARINA DO FOGO “Somos uma equipa de jovens conhecedores da nossa realidade”

Qual a motivação que está por detrás da sua candidatura?

É a missão de servir o nosso Município e os seus munícipes. Vivemos no Conce-lho mais rico do Fogo, porém, devido à fal-ta de visão, de estratégia, e, sobretudo, do conhecimento das suas potencialidades, por parte dos governantes locais, conti-nuamos, ainda, na cauda do desenvolvi-mento nacional, albergando 59,9 por cen-to de pobres. É necessário uma nova equi-pa, com nova visão, competência técnica e política, capaz de congregar as potenciali-dades humanas e materiais em oportuni-

dades para todas as famílias e empresas. Em suma: o que move a nossa candidatura é o bem-estar e a felicidade das famílias de Santa Catarina do Fogo.

Quais as linhas gerais da sua Plata-forma Eleitoral?

Propomos criar um bom ambiente po-lítico e de negócios. Garantimos trabalhar para que haja condições para o investimen-to público e privado no Concelho como for-ma de criar emprego para os jovens, ren-dimentos para as famílias e tranquilidade das empresas. Elegemos o turismo como a nossa principal matéria-prima para a pro-moção de actividades geradoras de rendi-mento. A agricultura, pesca, pecuária, cul-tura e a emigração são, também, sectores importantes para o desenvolvimento do nosso Município. Combater o desempre-go, priorizar a juventude, infraestruturar o Concelho, promover o desporto, saúde e educação são metas que pretendemos che-gar durante os próximos quatro anos. Rel-var o Estádio Municipal, construir placas desportivas nas localidades onde ainda não existem, instalar o Município são também as nossas metas.

Essas linhas são factíveis?

Garantimos aos munícipes o que pode-mos cumprir durante um mandato, pois, conhecemos bem o nosso Concelho e for-mamos uma equipa com jovens comprome-tidos e conhecedores da nossa realidade. 

Porque é que a sua lista deve ser a ven-cedora?

É a única em que o seu candidato à Pre-sidência conhece bem a história, a cultura e as potencialidades do município. É a única em que o seu candidato acompanhou, desde a Comissão Instaladora e os dois mandatos, toda a política levada a cabo pelos governan-tes, denunciou e propôs soluções a bem dos munícipes. É a única em que a candidatura foi preparada ao longo desses anos todos.

Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Que não se deixem ser manipulados com ofertas venenosas, nas vésperas das eleições. Que votem em consciência e em liberdade! E que vença a melhor equipa - em liberdade e em consciência!

Luís António Gomes Alves, 35 anos, Advogado

Homem mais jovem do MpD

O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

É o desejo da mudança, princi-palmente, quando o poder está nas mãos de pessoas incompetentes ou desonestas. É necessário que os jo-vens revolucionem o espectro políti-co actual, visto que somos a força e a voz activa da sociedade.

Como está a participação dos jovens na vida política nacional?

Tem vindo a crescer. Os jovens buscam um lugar na política no sen-tido de resolvermos os problemas

Mulher mais jovem do MpD

O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da política?

Ainda que esteja a dar os meus pri-meiros passos, entrei na política por-que entendo que sou capaz de ajudar no desenvolvimento do meu Municí-pio. Sou cidadã atenta ao que se vem passando e sei que posso dar algo de novo. Num universo político particu-larmente dominado pelos homens, as mulheres estão a conquistar o seu es-paço e vêm demonstrando que conse-guem fazer política de igual ou até de melhor forma que os homens.

Porque é que integra esta lista e não outras no seu Município?

É a que irá mudar Santa Catarina. É a lista que está mais preparada para enfrentar as dificuldades dos muní-cipes. É a que apresenta as melhores soluções, composta por pessoas total-mente comprometidas e engajadas com o desenvolvimento do Concelho,

Presidente da Assembleia Municipal

de uma forma competente, realista e sustentável.

Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu concelho?

Infelizmente, ainda o mundo da política está dominado por homens. A pouca participação das mulhe-res na vida política activa deve-se a uma certa “barreira” criada pelos homens. Felizmente, este cenário está a alterar-se.

do País, promovendo a qualidade de vida e a igualdade de oportunidades. Os jovens eneveredam-se pela polí-tica para se manifestarem e critica-rem o rumo do desenvolvimento da sua Pátria. Precisamos de unir para questionarmos e confrontarmos os nossos governantes com os seus de-sempenhos. Até porque, juntos, so-mos mais fortes e capazes de mudar o trilho do desenvolvimento do nosso País.

A abstenção, infelizmente, ain-da é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Que se desloquem às urnas e exerçam o seu voto, de forma cons-ciente e livre, pois, é um acto demo-crático e um dever cívico de todos os cidadãos. E é secreto. Que não se deixem ser levados pela “boca de urna”. Não votando é ainda muito pior; as pessoas ficarão no poder, tomando decisões que não estão de acordo com a nossa opinião.

ADILEUSA MONTROND

“As mulheres estão a conquistar o seu espaço”

MICHEL PLATINI ANDRADE

“Devemos revolucionar o espectro político”

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21A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Alberto Andrade Nunes

Luís António Alves

Madueno Ribeiro Adileusa Montrond

António AndradeFrancisco Alves Alberto de PinaJennifer Fontes

Virgílio Pires Pina

Michel Andrade Fausta Nunes

Carlos RodriguesMaria Socorro Alves

José de Pina Carla Vanessa Abreu Nelinina BarbosaIdalina Monteiro Renato de Oliveira

Lista dos supletes da Assembleia Municipal:Adilson Lopes,Eunice Centeio Fernandes, Nelson Teixeira Andrade, Crisólita de Andrade, Claudimir Andrade Gonçalves, Humberto Rodrigues Alves, Itelvina de Andrade, António Santos da Cruz , Felix A. Rodrigues Pires, Michael Andrade Ri-beiro, Ana Leida Fernandes Veiga

Lista dos suplentes da Câmara Municipal:Cláudia Monteiro Lopes Ferreira, Valdemar Alves de Pina, Gil Veiga Gonçalves, Socorro Salvador P.O.Andrade,

Lista dos Vereadores

Lista da Assembleia Municipal

• Cultura (criação de condições de lazer e de cultura, como cineteatros, bibliotecas, mu-seus, praças, parques e realização de eventos culturais);

• Desporto (promoção e organização de atcivi-dades desportivos, construção, gestão e ma-nutenção de recintos desportivos);

• Comércio (construção de mercados, matadou-ros, talhos; licenciamentos de actividade co-

mercial retalhista e ambulante, fixação do ho-rário de funcionamento dos bares, lojas, etc.);

• Proteção civil (bombeiros, nadador salva-dor).

3- Quem pode votar nas eleições dos órgãos das autarquias locais? (art. 418.º do Código Eleitoral):• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18

anos, recenseados no território nacional• Estrangeiros e apátridas de ambos os sexos,

maiores de dezoito anos, e com residência le-gal e habitual em Cabo Verde há mais de três anos e recenseados no território nacional

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabele-cidos em Cabo Verde, nas mesmas condições que os cidadãos nacionais, desde que recen-seados no território nacional.

Contactos CNE Fogo/ Santa Catarina - Marília - Monte Grande - [email protected] - 977 44 29

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município (Cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

22De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Porquê que se deve votar?

Vulcão é o “ex-libris” do Município

Santa Catarina é o mais novo Município do Fogo, criado em 2005. Está situado a Norte

dos Mosteiros e a Oeste de São Filipe, ocupando uma área de 154 quilómetros quadrados (Km2), correspondente a 33,7 % da área da Ilha.

A Cidade de Cova Figueira, a sede administrativa, foi fun-dada em 1799, na sequência de uma erupção vulcânica, que atingiu a localidade de Relvas (Mosteiros). É neste Município que fica o único Vulcão activo do País, cuja última erupção foi registada a menos de dois anos.

Predominantemente rural, apesar da existência de alguns povoados mais ou menos no seu litoral, os dados do Cen-so’2010 indicam que a maior parte da sua população, cons-tituída por cinco mil 299 habi-tantes, sendo dois mil 596 do sexo masculino e dois mil 702

do sexo feminino, repartidas por 930 famílias.

O carácter sazonal de deter-minadas actividades económi-cas, nomeadamente a agricul-tura de sequeiro, coloca uma percentagem relativamente

elevada da sua população em situação de permanente vul-nerabilidade. Aliás, a pobreza constitui, ainda, um fenómeno preocupante: é o mais pobre da ilha e o segundo do país.

O Município apresenta algu-

mas potencialidades, no domí-nio da agricultura, com desta-que para a localidade de Chã das Caldeiras, o único espaço em Cabo Verde, onde se culti-vam videiras e outras culturas mediterrânicas, em regime de

sequeiro. O vinho é uma das principais riquezas do Municí-pio.

O Vulcão é o “ex-libris” do turismo. Além disso, existem variadíssimos pontos turísti-cos, como a cratera, o Parque Natural, a Bordeira, e praias de Fajã e Alcatraz, entre outros.

A nível da educação, no ano de 2012/13, estavam no sistema 303 alunos no ensino pré-esco-lar, 940 no Ensino Básico e 482 alunos no Secundário. A taxa líquida de escolarização era de 88,70% (no básico) e de 25,70% (secundário).

Já os indicadores de bem-es-tar apontavam para a existên-cia de mil 115 agregados fami-liares, dos quais 33,90% vivem em alojamento com ligação à rede pública de água, 48,18% da população dispõe de electri-cidade como fonte de energia. Dados da edilidade apontam cenários muito mais optimis-tas.

Danilo Fontes, Professor (Chã das Caldeiras) -Deveria votar no dia 4 de Setembro se me achasse um cidadão de pleno direito para escolher a me-lhor opção e participar na vida da sua Nação. Isto, em condições normais. Mas, como os serviços não funcionaram, eu e muitos outros cidadãos maio-res, não podemos fazer isso, simplesmente, porque a nossa localidade deixou de ser considerada como tal.

Carla Vanessa de Pina Abreu Estudante (Cova Figueira)

-O voto é muito importante. É através do voto que escolhemos o melhor para os nossos municípios. Eu vou votar no dia 4 de Setembro para o bem do meu Município. Votarei, tam-bém, para o avanço de Santa Catarina do Fogo, para a minha querida e benquista lha do Fogo e do País em geral. Apelo a todos para que vo-tem em consciência, contribuindo para o de-senvolvimento do nosso Cabo Verde.

Maria Imaculada Ribeiro (Maculada) Estu-dante (Cova Figueira)

-Voto para o desenvolvimento da minha Cida-de e Município, contribuindo para uma socieda-de mais justa e próspera, de modo a que haja um governo local transparente, que atenda da melhor maneira as necessidades do povo. Quando vota-mos, é importante acompanhar, posteriormente, o desempenho de quem elegermos, avaliando se fi-zemos uma boa escolha.

Estêvão Fonseca (Landim)Médico-Veterinário (Roçadas)

-Vou às urnas porque o meu voto conta, e porque, também, acredito e trabalho para o de-senvolvimento do meu Concelho. Votarei em consciência e na esperança de que estarei a dar um grande contributo para a cimentação da Democracia. Aliás, é o que posso fazer, enquan-to cidadão que ama a sua terra e almeja ver dias melhores para Santa Catarina do Fogo.

B.I DO MUNICÍPIO

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Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente

A NaçãoA NaçãoJ O R N A L I N D E P E N D E N T E

Autárquicas’2 16

4.103 leitores inscritos vão de-cidir se Balla avança para o se-gundo mandato ou se Maney será o novo presidente da Câ-mara Municipal da ilha das flo-res.

As Eleições Autárquicas do próximo dia 4 de Setembro, na ilha Brava, vão ser disputa-das, assim, pelas candidaturas das listas do MPD e do PAICV. Orlando da Luz Vieira Balla, emigrante reformado, recandi-data-se ao segundo mandato,

apoiado pelo MPD, à Câmara Municipal da Brava. Fernan-da Burgo, professora do Ensino Básico Integrado (EBI), é o nú-mero 1 da lista para a Assem-bleia Municipal.

Já para a lista do PAICV à Câmara Municipal da ilha das flores, concorre Manuel Ramos Gomes “Maney”, Director Lo-gístico da Enapor, tendo José Lenine Moreira Carvalho, téc-nico veterinário e ex-delegado do Ministério do Desenvolvi-

mento Rural (MDR) na Brava, como cabeça de lista para a As-sembleia Municipal.

Os professores, tanto do en-sino secundário como do EBI, dominam as listas para a Câ-mara e Assembleia Municipal, quer do MPD como do PAICV.

No MPD, num total de 35 integrantes das listas (10 para Câmara e 25 para Assembleia), 13 dos candidatos são professo-res do secundário e do EBI.

Já para o PAICV, num lista

Na ilha Brava, con-correm duas lis-tas, uma do Mo-vimento Para De-mocracia (MPD),

liderada por Orlando Balla e outra do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) encabeçada por Ma-nuel “Maney” Gomes. Para a Assembleia Municipal, concor-rem respectivamente, Fernan-da Burgo e José Lenine Carva-lho. No dia 4 de Setembro, os

Pela presidência da Câmara Municipal da ilha Brava já se passaram Jorge Nogueira, do MPD, na primeira eleição em 1991, José Maria de Barros, do MPD, em 1996 e 2000, Camilo Gonçalves, do PAICV, em 2004 e 2008, e Orlando Balla, do MPD, em 2012.

Nas primeiras eleições autárquicas de 1992, na ilha Brava estavam inscritos 3.255 eleitores, sen-do que 2.410 votaram, o que significa uma taxa de 74,8%. Houve 44 votos brancos (1,82%) e 87 nulos (3,60%). Jorge Nogueira do MPD ganhou essas elei-ções com 1.573 votos (69,02%) contra os 706 votos de António Tavares, do PAICV, correspondendo a 30, 97%.

Já em 1996, José Maria de Barros foi o candida-to do MPD para a Brava, vencendo essas segundas eleições autárquicas na Ilha das Flores.

José Maria de Barros viria também a vencer as eleições de 2000, contra Camilo Gonçalves do PAI-CV, somando o segundo mandato à frente da Câ-mara Municipal daquela ilha. Estavam inscritos 4265 eleitores. O número de votantes foi de 2942 (68,98%) e a abstenção chegou aos 1322 eleitores (31,02%).

As eleições de 2004 foram ganhas por Camilo Gonçalves, do PAICV, contra João Gomes Mon-teiro, do MpD. Nesse ano, estavam inscritos 4.525 eleitores, sendo que 2.778 votaram. A abstenção rondou os 38,60%. Camilo venceu com 1.655 votos (61,5%) contra 1.032 de João Monteiro (38,5%).

Em 2008, Camilo Gonçalves avançou para o se-gundo mandato, vencendo as eleições contra Da-vid Lima Gomes, do MPD. Nesse ano estavam ins-

critos 3.598 eleitores, sendo que 3.123 votaram, o que significa uma taxa de 86,8% de votantes. Hou-ve 53 votos brancos (1,7%) e 31 nulos (1,99%). Nesse ano, a abstenção foi equivalente a 472 eleitores, o que corresponde à 13,12%. Camilo Gonçalves, do PAICV, ganhou com 1.743 votos (57,3%) contra os 1.299 votos de David Lima Gomes, do MPD, 42,7%.

Nas sextas eleições autárquicas no país, em 2012, Orlando Balla, do MPD, foi o vencedor na ilha Brava, contra Camilo Gonçalves, do PAICV, que se tinha candidatado ao terceiro mandato. Num total de 4.121 eleitores inscritos, 3.128 vota-ram (76%), sendo que 993 não votaram, ficando a taxa de abstenção nos 24%. Orlando Balla obteve 1.674 votos (54%) e Camilo Gonçalves conseguiu 1.383 votos (44%).

Balla e Maney em disputa na ilha Brava composta por 28 candidatos (8 para a Câmara e 20 para a As-sembleia), 12 são professores. Isso quer dizer que, na ilha Bra-va, 25 professores estão inscri-tos nas listas dos dois partidos que concorrem às Eleições Au-tárquicas de 4 de Setembro.

O número de eleitores cres-ceu nesta ilha, contando ago-ra com 4.103 votantes. Actual-mente, recensearam-se 440 no-vos cidadãos, representando um crescimento de 10,7%.

Brava teve quatro presidentes nas seis Eleições AutárquicasBREVE RETROSPECTIVA DAS AUTÁRQUICAS

APRESENTAÇÃO DAS FORÇAS CONCORRENTES:

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

24De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

1 - Qual a motivação que está por detrás da sua candidatura?

Tenho um sentimento de carinho muito forte pela ilha Brava. Aqui ainda há uma carência enorme em termos de infra-estruturação e queremos elevar a Brava a um patamar mais equilibrado, em relação às outras ilhas. Temos um programa em que acreditamos chegar a esse patamar. Por razões, que vão além das nossas capacidades, não consegui-mos alcançar tudo o que desejamos no

mandato anterior. Esperamos que o povo da Brava nos dê mais uma oportu-nidade para darmos seguimento ao nos-so projecto.

2 – Quais as linhas gerais da sua plataforma eleitoral?

É fazer de Brava um destino turísti-co de referência. Abrange também ou-tros programas, como transporte, mais e melhor água, sistema de cuidados de saúde, com mais qualidade, e menos ne-cessidade de evacuação. Vamos traba-lhar com a juventude e os idosos, e criar condições na área da cultura, valorizan-do a tradição, mas sem impedir novas ideias e intervenções. Pesca e agricultu-ra são outras áreas de forte interesse, às quais pretendemos dar continuidade.

3 – Essas linhas são factíveis?

No último mandato focamos muito na infra-estruturação. Por isso, assim como vamos conseguindo resolver os problemas de infra-estruturas públicas, também vamos tendo mais habilidade para trabalhar as necessidades sociais.

4 – Porquê é que a sua lista deve ser a vencedora?

A nossa lista deve ser a vencedora porque, como cabeça de lista, o meu in-teresse é somente o bem do povo da ilha. Formamos uma equipa de jovens bem qualificados, com vontade de trabalhar e com muita energia. A lista foi escolhi-da com base no mérito. Essa equipa vai fazer mais e melhor no próximo manda-to.

5 – Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Peço aos eleitores que façam uma observação, uma análise séria, com posição neutra, sobre o quê que a nos-sa equipa tem feito nos últimos 4 anos. Que analisem a real situação, o quê que conseguimos fazer com poucos recur-sos e com a carga pesada de dívidas an-teriores que não foram para investimen-tos, mas sim para funcionamento da Câmara. Temos cerca de 40 mil contos de dívidas que herdámos. O meu desejo é continuar a servir o meu povo e a mi-nha ilha.

Fernanda Fidalgo de Pina Burgo, 46 Anos, tem formação de professora de Ensino Bási-co Integrado (EBI), pelo Ins-tituto Pedagógico da Praia. No último mandato desempe-nhou a função de Vereadora da Educação, Cultura, Desen-volvimento Social e Género.

Homem mais jovem do MpD

1- O que leva um jovem a inte-ressar-se pela política?

É tentar ajudar a manter o bem-es-tar do país, com novas ideias, visões e projectos. É tentar construir um Cabo Verde mais justo e mais dinâmico e participar no seu desenvolvimento.

2- O que acha da participação dos jovens na vida política nacio-nal?

A participação dos jovens na vida política nacional, é um bem maior, porque somos o motor do país, da nossa nação. A nossa opinião no par-lamento conta, e muito. Quando um jovem participa na política, adqui-

re experiência e deixa a sua marca de como pretende ver a estabilidade do país. Não há desenvolvimento de um país sem a juventude. Devia ha-ver mais oportunidades para os jo-vens participarem na política, como também, nós os jovens, deveríamos mostrar-nos mais interessados pela política do nosso país.

3- A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

É importante irmos às urnas no dia 4 de Setembro, porque o nos-so voto contribui para o desenvol-vimento e um futuro melhor para a ilha Brava. Votar não é obrigató-rio, mas é um dever cívico de todos nós. Apelo aos jovens para votarem, imporem a sua decisão e que façam a melhor escolha para o desenvolvi-mento do seu concelho e do nosso país. Que seja uma escolha acertada, baseada na confiança e no trabalho, para o bem-estar de Cabo Verde. Não fiques em casa dia 4 de Setembro, “si bo ê jovem mo mi, ba urna vota”.

Mulher mais jovem do MpD

1 - O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da Política?

Estar na política significa compro-meter-se com o desenvolvimento de Cabo Verde e, em particular, da minha ilha. É contribuir para a melhoria das condições de vida da população em vá-rias áreas: saúde, energia, telecomuni-cações, e vários outros bens e serviços indispensáveis à vida das populações. Estar na política é pôr os meus conhe-cimentos à disposição das pessoas. Por isso, face à conjuntura atual, decidi en-trar na política, pois ela exige energia renovada, sentido de responsabilida-de, amor à terra, e, acima de tudo, vi-são para materializar os projetos estru-turantes para o crescimento da Brava.

2 - Porque integra esta lista e não outra no seu município?

A actual equipa camarária tem de-monstrado eficiência ao longo desses anos, embora tenha estado ausente da ilha, mas sempre acompanhei o exce-lente trabalho deles. Considero que esta lista dá garantias de desenvolvimento, em diversos sectores, para a Brava, pois pauta pela paridade de género, e é uma lista muito competente e muito credí-vel. É uma lista renovada, com gente ex-

periente e juventude, sendo esta última a força motora da ilha, pois, qualquer instituição, seja ela de que cariz for, ne-cessita de “sangue novo”.

3 - Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu concelho?

Como se sabe, a mulher tem ganho um certo protagonismo na vida políti-ca nacional, mas ainda falta muito para que possa haver a tal desejada paridade de gênero. Aqui, a participação das mu-lheres na vida política é muito baixa. Ainda há pouca oportunidade na ela-boração das listas, poucos incentivos e poucas atividades que cativem as mu-lheres para a política.

Presidente Assembleia Municipal

ORLANDO DA LUZ VIEIRA BALLA, CANDIDATO DO MPD À CÂMARA MUNICIPAL DA BRAVA

“Vamos fazer da Brava um destino turístico de referência”

IVONE DELGADO CARDOSO

“A participação das mulheres na vida política é muito baixa”FRANCISCO EMANUEL FORTES DE BURGO

“Si bo ê jovem mo mi, ba urna vota”

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25A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

1-Quais são os órgãos representativos do Mu-nicípio?Assembleia Municipal, Câmara Municipal e o Pre-sidente da Câmara Municipal. (Artigo 45.º do Esta-tuto dos Municípios)

2- Quais são as atribuições do Município? Constitui atribuição do Município, as que em vir-tude da lei não pertencem à administração Cen-tral e tudo o que respeita aos interesses próprios, comuns e específicos das populações respetivas, designadamente: (Artigos 26.º e seguintes do Esta-

tuto dos Municípios) 1. Administração de bens municipal;2. Planeamento, (elaboração, aprovação, execu-ção e controlo e aprovação do plano nacional de desenvolvimento);3. Saneamento básico (abastecimento de água, gestão do sistema municipal de esgotos, recolha e tratamento do lixo, limpeza de ruas, gestão dos ce-mitérios);4. Prestação de serviços públicos:• Saúde (controlo das normas de saúde e higiene

sobre a venda de produtos alimentares);

• Habitação (construção de moradias sociais, promoção de autoconstrução);

• Transportes (planeamento e implementação do sistema de transporte de passageiros, sinali-zação do trânsito, licença para táxis.);

• Educação (construção, gestão e manutenção das infraestruturas do ensino básico; promo-ção da educação pré-escolar e organização dos transportes escolares);

• Promoção social (ações, campanhas e progra-mas de proteção a criança, jovens, idosos e de-ficientes);

Lista dos Vereadores-MpD

Lista da Assembleia Municipal-MpD

Orlando da Luz Vieira Balla

Fernanda Fidalgo de Pina Burgo

Edna Conceição Oliveira

José Henrique Ramos

Janice Ester Barbosa

João Paulo da Silva

Paulo Domingos Rodrigues

Samuel Baptista Varela

Ilda Tavares Freire

João José Costa Delgado

António da Lomba

Boaventura Vicente

Idial Gonçalves Louro

Elisabeth Pires Gomes

Manuel de Fátima Duarte

Ivone Delgado Cardoso Domingas CoelhoFrancisco Walter Tavares

Lista dos suplentes:Mário Jorge Correia Soares, Vergílio Lopes Pires, Aguinaldo Silva da Pina, Mónica Mariza Lomba Brito, Adilson José Teixeira Barbosa

Lista dos supletes:Maria José Pires Vieira Avelino, José Gonçalves, António Gomes Mendes, Helena Jesus da Veiga, José Pedro Monteiro da Lomba, Roberto Carlos Fernandes Andrade, Maria do Carmo Ramos Dias, Carlos Alberto Lopes Martins, Francisco Emanuel Fortes de Burdo, Igualdino da Lomba, Abílio Gonçalves de Sousa, Manuel Sousa Tavares

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

26De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

MANUEL RAMOS GOMES, CANDIDATO DO PAICV À CÂMARA MUNICIPAL DA BRAVA

“Posso fazer a diferença”

José Lenine Moreira Carva-lho, tem 39 anos, é natural de Picos, São Salvador do Mundo - Santiago, residente na Brava desde Setembro de 1998, Carva-lho é Técnico de Nível Médio em Medicina Veterinária e quadro do MDR na ilha Brava, desem-penhando a função de técnico veterinário. Foi Delegado do MDR na ilha Brava de Abril de 2003 a 15 Junho de 2016.

1 – O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

Já faz algum tempo que eu me in-teresso pela política. Sou da zona de Cova Rodela, e é essencial, e impor-tante, o meu envolvimento na política para que não se deixe de apoiar a mi-nha localidade, e a Brava, no geral.

O meu interesse é mais nas ques-tões de gestão autárquica. Os as-suntos locais para mim são muito mais relevantes por afectarem mais directamente as pessoas, sem es-quecer da importância das políticas nacionais.

2 – O que acha da participação dos jovens na vida política nacional?

Acho que os jovens estão cada vez mais ativos na política e o resultado das recentes eleições legislativas são a prova disso. Apesar dos discursos re-ferentes aos anos 90, os jovens de hoje não têm qualquer lembrança daquela época e fizeram a diferença nas elei-ções de 20 de Março.

A participação dos jovens, por isso mesmo, não deixa de ser importante porque quanto mais participarmos, mais diferença faremos.

3 – A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Peço aos jovens que façam como eu e sejam mais interventivos, pois, não votar confere aos eleitos, independen-temente da nossa abstenção, os pode-res para decidirem sobre as questões que directamente influenciarão as nossas vidas. Por isso, eu participo e peço que os outros o façam também.

1- O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da política?

Para nós, que vivemos da agricultu-ra e ainda precisamos ajudar nas tare-fas domésticas, é difícil participarmos nas reuniões e nas atividades políticas.

Eu tenho apoiado o PAICV porque acredito que este partido pode fazer mais pela ilha Brava.

Na zona onde moro, que é a locali-dade de Baleia, o único partido que nos tem apoiado é o PAICV e, por isso, quero que se faça mais pela minha co-munidade. Fazer parte da lista é uma forma de contribuir com as minhas ideias, para que a minha comunidade não fique esquecida.

2- Porque é que integra esta lista e não outra no seu município?

Como já disse na localidade de Ba-leia o único partido que trabalhou aqui foi o PAICV, primeiro com o pre-sidente Camilo, depois com o Sr. Le-nine Carvalho. Mas, agora, com a Câ-mara Municipal, que é sustentada pelo MPD, não se fez nada para esta comu-nidade a não ser a conclusão da placa desportiva de Baleia. Mas este fundo

veio do Governo do PAICV e tratou-se da conclusão de um projecto do PAI-CV, o que reforça a ideia de que só este partido tem-se lembrado da comuni-dade de Baleia .

3- Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu município?

As mulheres não gostam de se en-volver porque há muito trabalho para fazer em casa e aquelas que tem filhos têm muito mais dificuldade de parti-cipar. Para os homens é mais fácil por-que têm menos trabalho que nós.

Presidente Assembleia Municipal

Homem mais jovem do PAICV Mulher mais jovem do PAICV

1 - Qual a motivação que está por de-trás da sua candidatura?

A minha vontade de servir a ilha Brava, onde nasci e cresci e pela qual tenho um sen-timento forte de pertença. Depois, o meu in-conformismo por ver a minha ilha com tan-to potencial e subaproveitada.

Acredito que as competências que ad-quiri, nestes anos de desempenho da mi-nha profissão, me fizeram acreditar que posso fazer a diferença e, com isto, orgu-lhar-me de ser um ator neste processo de desenvolvimento da Brava e, por força dis-to, de Cabo Verde.

2 - Quais as linhas gerais da sua Pla-taforma eleitoral?

A nossa Plataforma foi elaborada sob vários eixos, com um forte pendor social, vincado na lógica de promoção da parti-cipação comunitária, através do reforço e empoderamento das associações, de modo a que, cada munícipe, em cada comunida-de, e através da sua associação, decida, em conjunto com a gestão camarária, tudo o que seja interessante e relevante para o de-senvolvimento local e do município.

Vamos devolver o poder de decisão dos destinos do município à mulher e ao ho-mem bravenses, descentralizar e descon-centrar a administração e, assim, levar os serviços camarários aos quatro cantos do município.

Valorizaremos a pesca, a agricultura e a criação de animais para que possamos dar o salto dos atuais meios artesanais, para uma produção mais voltada para a trans-formação destes produtos.

3 - Essas linhas são factíveis?

São certamente, e estamos confiantes na nossa capacidade de envolvimento das

comunidades organizadas à volta destas questões.

4 - Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Porque os bravenses já estão a sair de uma governação autárquica que falhou, em toda linha, nas promessas e não conseguiu demonstrar capacidade de mobilização e de organização do nosso município para o desenvolvimento,

Os jovens estão incrédulos nas possibili-dades futuras para a sua integração na ilha, as comunidades passaram anos sem sentir qualquer presença da câmara municipal.

Há, por isso, uma nova esperança que transmitimos com a nossa candidatura.

5 - Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Aos bravenses pedimos que encarem es-tas eleições autárquicas como mais um de-safio rumo à difícil escolha dos melhores, para gerirem o nosso município e pedimos o seu voto para provarmos que não há des-culpas possíveis para quem promete e não cumpre.

FRANCISCO OLIVEIRA DE PINA

“Acho que os jovens estão cada vez mais ativos na política”

HELENA GOMES

“Fazer parte da lista é uma forma de contribuir para que a minha comunidade não fique esquecida”

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27A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-PAICV

Lista da Assembleia Municipal-PAICV

Manuel Ramos Gomes

José Lenine Carvalho

Vanda Helena Fernandes

Cármen Helena dos Santos Cristiano de Brito de Pina João António Coelho

José Mendes

Manuel Barbosa Adalberto Martins

Autilio Gonçalves

Jorge Reverdes

Arlindo da Graça

Adilson Carvalho BangoCarlos Manuel Costa

Lista dos supletes:Amélia Maguy Monteiro da Veiga, Sónia Maria Andrade Coelho, João Pereira baptista, João Cândida Pereira Baptista

Lista dos supletes:Isabel Marcelino de Sena, Francisco Oliveira de Pina, Helena Gomes, Carlos Nataniel Araújo de Pina, Eloisa Lopes dos San-tos Bango, Manuel Pinto Coelho, Henrique Meireles da Lomba, José Carlos Lopes Pires, Maria Bárbara Lima Gonçalves

• Cultura (criação de condições de lazer e de cultura, como cineteatros, bibliotecas, mu-seus, praças, parques e realização de eventos culturais);

• Desporto (promoção e organização de atcivi-dades desportivos, construção, gestão e ma-nutenção de recintos desportivos);

• Comércio (construção de mercados, matadou-ros, talhos; licenciamentos de actividade co-

mercial retalhista e ambulante, fixação do ho-rário de funcionamento dos bares, lojas, etc.);

• Proteção civil (bombeiros, nadador salva-dor).

3- Quem pode votar nas eleições dos órgãos das autarquias locais? (art. 418.º do Código Eleitoral):• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18

anos, recenseados no território nacional• Estrangeiros e apátridas de ambos os sexos,

maiores de dezoito anos, e com residência le-gal e habitual em Cabo Verde há mais de três anos e recenseados no território nacional

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabele-cidos em Cabo Verde, nas mesmas condições que os cidadãos nacionais, desde que recen-seados no território nacional.

Contactos Brava - Marílio José Fortes Sanches - Nova Sintra - [email protected]/[email protected] - 599 61 17/ 925 99 40

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município (cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

28De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Porquê que se deve votar?Dionísio Ferreira, 24 anos, estudante univer-

sitárioTemos de votar porque é importantíssimo se

queremos ajudar nas decisões do desenvolvimento da ilha Brava, que precisa de investimentos em ter-mos de infra-estruturas e emprego jovem. No dia 4 de Setembro vou votar e apelo aos jovens para o fazerem também, e votarem de forma consciente. Somos nós que temos a decisão de escolher quem vai ter a oportunidade de criar projectos que favo-reçam as pessoas da ilha e o próprio desenvolvi-mento da Brava, que carece de maior visibilidade.

Débora Cabral, 19 anos, estudante secundárioVou votar nas autárquicas pela primeira vez e

acho que participar nas eleições é um acto muito im-portante porque somos nós que decidimos quem são as pessoas que vão nos representar nas várias ques-tões de interesse público. Por isso, para o bem do de-senvolvimento da Brava, o voto tem que ser feito de forma consciente e com responsabilidade, porque é o futuro da Ilha que está nas nossas mãos. Apelo aos jovens que, tal como eu, vão votar pela primeira vez, para participarem nas autárquicas de 4 de Setembro porque somos o futuro da Brava e de Cabo Verde.

Francisco Pina Gomes, 49 anos, funcionário reformado da CV Tele-com

Eu sempre votei e vou votar nestas autárquicas porque o voto é essencial para reforçarmos a democracia no país. E, na minha opinião, os cabo-ver-dianos estão conscientes e sabem das suas decisões, estão a par do que acon-tece nos seus municípios e, de certeza, vão saber fazer as suas escolhas no dia 4 de Setembro.

Carlos Aires, 36 anos, trabalhadorVotar é importante! Em termos gerais, é o que defi-

ne a vivência na sociedade, gerando todas as mudan-ças dos nossos representantes, o que engradece a de-mocracia. Temos que ser conscientes quando formos às urnas porque são aqueles que escolhemos que vão fazer ações que nos beneficiam, mas também que nos podem prejudicar. Espero que a equipa que sair ven-cedora tente fazer o máximo para benefício da popu-lação da Brava. Os candidatos devem fazer uma boa campanha, apresentando bons projectos que sensibili-zem e convençem os eleitores a irem votarem.

A Ilha Brava, com uma superfície total de 64 km2, é a mais peque-na ilha habitada de

Cabo Verde e a mais ocidental do grupo de Sotavento, encon-trando-se situada ao sul do ar-quipélago, representando cer-ca de 1,58% do território nacio-nal. Segundo o Censo 2010, a ilha Brava conta com uma po-pulação de 5.995 habitantes, dos quais 2.973 são homens e 3.021 são mulheres.

Mas, de acordo com o “Inqué-rito Multiobjectivo Contínuo 2015 – Estatísticas do Empre-go e Mercado do Trabalho” do Instituto Nacional de Estatísti-ca (INE), a população activa do município da Brava era de 1.954, correspondendo a uma taxa de actividade de 43,01%.

A população ocupada é de cerca de 995, dos quais 51,77 % correspondem ao sexo mascu-lino e 48,23% ao feminino. Cer-ca de 15,85% da população ac-tiva está desempregada e cerca de 35,10 % da população vive na pobreza, ou seja tem consu-

mo em valor inferior a 7 mil es-cudos por ano.

No decurso do ano 2012/2013, segundo estatís-ticas do então Ministério de Educação e Desporto (MED), estavam matriculados 388 alu-nos no ensino pré-escolar, 849 no Ensino Básico e 610 alunos

no Ensino Secundário. A taxa líquida de escola-

rização no ensino básico é de 107,80% e no secundário 62,90%. Regista-se uma taxa de abandono escolar de 2,3% para o ensino básico 12,00% no ensi-no secundário, sendo que a ilha Brava possui um único liceu.

A taxa de acesso à eletrici-dade, segundo o INE, em 2015 atingiu os 92%. No mesmo ano, a taxa de acesso à água na ilha rondava os 82%.

Na ilha Brava, estima-se que cerca de 20% das terras de se-queiro sejam cultivadas por conta própria, 22% em regime

de parceria, 14% por arrenda-mento e 45% por comodato (ex-ploração que o agricultor faz da terra que não lhe pertence), sendo esta última, uma for-ma semidirecta de exploração, muito importante na ilha.

Também a pesca represen-ta um sector de elevada impor-tância para o desenvolvimento socioeconómico da ilha Brava, não só pela sua contribuição na segurança alimentar das popu-lações, mas também pela cria-ção de empregos, sendo o sus-tento de vários agregados fa-miliares residentes nas imedia-ções da zona do porto da Furna.

Um dos factores que tem impedido o desenvolvimento socioeconómico desta ilha, é a falta de ligações marítimas que ainda se manifestam de-ficientes, apesar da ligação do Fast-Ferry, fazendo com que a Brava se torne numa das ilhas mais isoladas do país, a par do Maio.

B.I do MunicípioAcesso regular e eficiente à ilha continua a ser um dos grandes desafios

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Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente

A NaçãoA NaçãoJ O R N A L I N D E P E N D E N T E

Autárquicas’2 16

São Salvador do Mundo, que era uma das an-tigas juntas de freguesia pertencentes ao município de Santa Catarina, fica situado no coração da Ilha de Santiago e foi eleva-do à categoria de município a 19 de Julho de

2005. Para o pleito de 4 de Setembro, neste município,

estão inscritos cinco mil eleitores nos cadernos elei-

torais, que vão escolher entre Manuel Torres (PAI-CV), que se estreia como candidato a presidente da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo, e Ân-gelo Vaz, que concorre pela segunda vez, depois de ter sido derrotado em 2008 por João Baptista Perei-ra.

A Câmara Municipal de São Salvador do Mundo sempre esteve nas mãos do PAICV, desde as eleições

de 2008. Primeiro por João Baptista Pereira, que des-de 2005 liderava a Comissão Instaladora, e por Manuel Torres, que substituiu o então edil, que agora é depu-tado da Nação.

Dos 4.843 inscritos, 3.874 foram votar nas eleições autárquicas de 2012, nesse concelho. A abstenção ron-dou os 22%. O PAICV venceu essas eleições com 2175 votos (57%), contra 1500 (40%) do MpD.

APRESENTAÇÃO DAS FORÇAS CONCORRENTES:

São Salvador do Mundo:Cinco mil inscritos nos cadernos

BREVE RETROSPECTIVA DAS AUTÁRQUICAS

O PAICV geriu a Câmara Municipal de São Sal-vador do Mundo desde a sua criação em 2005. Pri-meiro com uma comissão instaladora e de 2008 a esta uma equipa vencedora das últimas eleições autárquicas (2008 e 2012).

João Baptista Pereira, que liderou a comissão instaladora desse município, como venceu o can-didato do MpD, Victor Semedo, e, quatro anos mais tarde, nas eleições autárquicas de 2012, derrotava a candidatura ventoinha liderada por Ângelo Vaz, que volta na corrida à Câmara Mu-nicipal de São Salvador do Mundo, nas eleições

autárquicas de 4 de Setembro. Entretanto, João Baptista Pereira, que integrou

a lista do PAICV para as eleições legislativas de Março, último, foi eleito deputado e daí ter deixa-do o cargo para o vereador Manuel António Tor-res Lopes, que agora concorre à presidência da Câmara.

O município de São Salvador do Mundo é um município recém-criado. Trata-se de uma das antigas juntas de freguesia pertencente ao mu-nicípio de Santa Catarina e fica situado no co-ração da Ilha de Santiago. Passou à categoria de

município a partir do dia 19 de Julho de 2005. Trata-se por outro lado de um município essen-cialmente rural e um dos mais pobres de Cabo Verde. No município concentra uma população de 10.310 habitantes e tem uma área de 30 Km2 de superfície.

Nas eleições autárquicas de 4 de Setembro, Ma-nuel Torres, que concorre pela primeira vez ao cargo de presidente da Câmara Municipal de São Salvador do Mundo, vai ter pela frente o “repeten-te”, Ângelo Vaz, que encabeça, pela segunda vez consecutiva à presidência da Câmara.

PAICV é poder desde a Comissão Instaladora do Município

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

30De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

MANUEL ANTÓNIO LOPES, CANDIDATO DO PAICV À CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO S. DO MUNDO

“Almejamos um Município sustentável e com qualidade ambiental”

Manuel Graciano Moreno Rocha, Funcionário Público e Jurista de profissão.

1. O que leva um jovem a inte-ressar-se pela política?

A juventude é a força e o futuro deste país, razão pela qual devemos estar no centro das decisões a om-brear com os mais velhos, não só para aprender, mas também para partilhar com eles as aspirações da juventude, actualmente.

2. O que acha da participação dos jovens na vida política nacio-nal?

Acho que tem estado a evoluir de forma acentuada, sendo visível a abertura, por parte dos mais velhos, até porque, faz todo o sentido que estejamos juntos, uma vez que, por sermos de gerações diferentes, con-seguimos fazer uma boa sinergia em termos de governação.

3. A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Quem não faz o exercício da ci-dadania, não tem moral para exigir. Por isso, aconselho-os a irem, todos, votar no dia 4 de Setembro, e que vo-tem de forma consciente.

1. O que leva uma mulher jo-vem a entrar no mundo da políti-ca?

A política, para mim, é um espa-ço em que, além de ser ouvida, me permite dar a minha contribuição a favor do desenvolvimento do meu município.

2. Porque é que integra esta lis-ta e não outra no seu município?

Optei por esta lista por acre-ditar nos cabeças de lista, bem como, em toda a equipa, uma vez que são pessoas com provas dadas a nível profissional, são visioná-rios e comprometidos com as cau-sas do município.

Mais do que isso, encoraja-me, ainda mais, as propostas de gover-nação que, a meu ver, vão de en-contro às expectativas dos muní-cipes.

3. Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu concelho?

Ainda é um pouco tímida, e é por isso que, além de dar a minha con-tribuição, quero entrar na política, como uma forma de encorajar mais mulheres a fazerem o mesmo.

Presidente Assembleia Municipal

Homem mais jovem do PAICV Mulher mais jovem do PAICV

Qual é a motivação que está por trás da sua candidatura?

A minha primeira motivação é servir o município, terra que me viu nascer e crescer, tenho um amor profundo para o meu torrão natal, por isso quero colo-car a minha disponibilidade, experiência e visão, para, juntamente com a minha equipa, trabalhar abnegadamente em prol do desenvolvimento do Município de São Salvador do Mundo.

Quais são as linhas gerais da sua Pla-taforma Eleitoral?

Almejamos um município sustentável e com qualidade ambiental, com infra-es-truturas e serviços importantes que con-tribuam para o desenvolvimento da eco-nomia local. Pretendemos um município forte e autêntico, atento, próximo dos mu-nícipes, capaz de contribuir para a resolu-ção dos seus problemas. Turismo, despor-to e cultura, desenvolvimento económi-co, juventude, emprego e empoderamento das famílias, infra estruturas, saneamen-to e electrificação, reforço institucional, cooperação descentralizada, educação e saúde, são os principais eixos da nossa plataforma eleitoral.

Essas linhas são factíveis?

Claro que essas acções são factíveis, temos consciência dos desafios, é preci-samente por isso que temos que mobili-zar parcerias dentro e fora de Cabo Ver-de.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Somos uma equipa representativa do Município, de gente com experiência de governação, comprometida com as cau-sas de São Salvador do Mundo e acima de tudo com uma Plataforma Eleitoral factí-vel e que vá ao encontro das expectativas dos munícipes. Por isso, estamos confian-tes que os salvadorenhos votem massiva-mente na nossa equipa no dia 04 de Se-tembro.

Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Primeiramente, apelaria ao civismo de todos, por outro, dizer que a nossa equi-pa está melhor e mais preparada para go-vernar, uma equipa de gente experiente, competente, visionária com provas dadas a nível profissional, comprometida com as causas do desenvolvimento do nosso Mu-nicípio, e como tal, no dia 4 de Setembro, devem exercer a sua cidadania votando na nossa equipa.

JEREMIAS DE JESUS AMADO CARVALHO

“Votem de forma consciente”SÓNIA INDIRA TEIXEIRA

“É uma forma de encorajar mais mulheres”

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31A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-PAICV

Lista da Assembleia Municipal-PAICV

Manuel António Torres Lopes

Manuel Graciano Moreno Rocha

Alberto Pinto Semedo

José Manuel Tavares

Nelson de Varela Correia

Ivanildo Gomes Mendes

Ana Cristina Varela

José Maria Gomes Lopes

José Carlos da Moura

Osvaldo dos Reis Tavares

Anildo Jorge Borges

Sónia Indira Teixeira

Jeremias da Moura

Nasolino de Carvalho

Natalino de Carvalho

Gerson Paulo Pereira Carla Marisa de CarvalhoMaria Deolinda Pereira

Lista dos supletes:Eugénio Nasolino Alves da Veiga, Manuela Sousa Dias Cabral, AnaBela da Silva Monteiro, Iva Mariza Fernandes da Lomba, Edmilson da Moura Rodrigues

Lista dos supletes:Joaquim Varela de Oliveira, Maria Arselinda Duarte Cabral, Juvino Lopes Tavares, Dulcelena de Jesus Varela Mendes, Danilo Lopes Vieira, Sónia Eveline Rocha Gomes, Andelson de Jesus Monteiro, Edmilson da Graça Veiga, Autilio Tavares Gomes, Vladmir Lenine Mendes Borges

1-Quais são os órgãos representativos do Mu-nicípio?Assembleia Municipal, Câmara Municipal e o Pre-sidente da Câmara Municipal. (Artigo 45.º do Esta-tuto dos Municípios)

2- Quais são as atribuições do Município? Constitui atribuição do Município, as que em vir-tude da lei não pertencem à administração Cen-tral e tudo o que respeita aos interesses próprios, comuns e específicos das populações respetivas, designadamente: (Artigos 26.º e seguintes do Esta-tuto dos Municípios)

1. Administração de bens municipal;2. Planeamento, (elaboração, aprovação, execu-ção e controlo e aprovação do plano nacional de desenvolvimento);3. Saneamento básico (abastecimento de água, gestão do sistema municipal de esgotos, recolha e tratamento do lixo, limpeza de ruas, gestão dos ce-mitérios);4. Prestação de serviços públicos:• Saúde (controlo das normas de saúde e higiene

sobre a venda de produtos alimentares);• Habitação (construção de moradias sociais,

promoção de autoconstrução);

• Transportes (planeamento e implementação do sistema de transporte de passageiros, sinali-zação do trânsito, licença para táxis.);

• Educação (construção, gestão e manutenção das infraestruturas do ensino básico; promo-ção da educação pré-escolar e organização dos transportes escolares);

• Promoção social (ações, campanhas e progra-mas de proteção a criança, jovens, idosos e de-ficientes);

• Cultura (criação de condições de lazer e de cul-tura, como cineteatros, bibliotecas, museus, pra-ças, parques e realização de eventos culturais);

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

32De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Qual a motivação que está por trás da sua Candidatura?

Como filho dos Picos, nascido, criado, tendo vivido sempre neste Concelho, ex-cepto o período da minha formação no exterior, sempre dei o meu contributo para o desenvolvimento do meu Municí-pio. E a minha motivação, de facto, tem a ver com o atraso que temos verificado no Concelho. Chegamos a pensar que com a ascensão de Picos à categoria de

município, a qualidade de vida das pes-soas iria melhorar, mas, infelizmente, constatamos o contrário. Por isso, deci-dimos assumir o desafio, enquanto filho de Picos, em fazer mais para melhorar a vida dos munícipes desse Concelho.

Quais as linhas gerais da sua plata-forma eleitoral?

Em primeiro lugar a infra-estrutura-ção do Município, depois a questão da habitação social, o empreendedorismo para jovens e mulheres, a economia lo-cal e o ambiente. A nível da infra-estru-turação a meta será desencravar a maio-ria das 16 localidades do Concelho, que ficam isoladas no período de chuvas. Na habitação social a nossa intervenção se-ria no sentido de reabilitar cerca de 600 casas, que estão com tectos a ruir.

Essas linhas são factíveis?

São factíveis e implicam djunta-mon entre a Câmara Municipal, Governo, em-presários e famílias, porque os proble-mas são de todos. Com uma gestão mais

criteriosa por parte da Câmara, com a valorização dos recursos disponíveis, seremos capazes de melhorar o estado de coisas.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

É uma lista de jovens com experiência em vários sectores e diversas áreas, tais como docentes universitários, profissio-nais da área da investigação e com for-mação em áreas transversais à nossa so-ciedade, daí a razão da escolha do nosso projecto. Mais importante, são jovens ca-pazes e que vivem a realidade e o dia-a--dia deste C\oncelho.

Que repto deixa aos eleitores para irem à urnas a 4 de Setembro?

É fundamental uma mudança a partir do dia 4 de Setembro. Temos de aprovei-tar a vantagem de poder ter no Governo central uma pessoa com quem teremos a facilidade de conversar, pelo que não po-demos perder essa oportunidade de tra-balhar com Ulisses Correia e Silva.

José Custódio Barros Lo-pes, 35 anos, Empresário e En-genheiro de formação

Homem mais jovem do MpD

1. O que leva um jovem a inte-ressar-se pela política?

Eu, particularmente, interesso--me pela política, primeiramente, pelo espírito de servir. Dar o meu contributo, para o meu Município, no sentido de elevá-lo a um outro patamar é, essencialmente, o meu objectivo.

2. O que acha da participação dos jovens na vida política nacio-nal?

Primeiramente, a participação dos jovens é fundamental, uma vez que a juventude constitui a maioria da população cabo-verdiana e é o motor de desenvolvimento de Cabo Verde e de qualquer país. Se um país se quer desenvolver, a aposta deve ser grande na juventude. A en-volvência dos jovens é crucial para o desenvolvimento porque trazem consigo toda a dinâmica e a força próprias da juventude. É extrema-mente importante.

3. A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Apelo a todos a participarem em massa e a acreditarem na política porque a política é também o motor que ajuda a que o Município e o país avancem. Por isso, a participação de todos é importante, mormente da juventude, porque a mudança co-meça nas urnas.

Mulher mais jovem do MpD

1. O que leva uma mulher a en-trar no mundo da política?

Desde que fiz a minha formação, trabalhei no mundo da sociedade ci-vil com ONG’s e associações nacio-nais, razão pela qual sempre tive a vontade de dar o meu contributo ao meu município.

Neste momento, se calhar, foi a melhor altura e uma boa oportunida-de para entrar na política.

2. Porque é que integra esta lista e não outra no seu município?

Foi o facto de compactuar com o programa e a plataforma do MpD que tem projectos que, neste momen-to, são necessários para o desenvolvi-mento do município.

3. Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu concelho?

Acho que, infelizmente, não tem

tido muita adesão, pois as mulheres ainda têm receio de o fazer. Eu já vi muitas mulheres a serem convidadas e a negarem.

Pessoalmente, acho que é um de-safio que tem de ser aceite porque somos importantes e sabemos que tem havido cada vez mais mulheres a abraçarem a política, até porque é um desafio que, como qualquer ou-tro, tem de ser agarrado.

Presidente Assembleia Municipal

ÂNGELO DO CARMO VAZ, CANDIDATO DO MPD À CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO S. DO MUNDO

“Queremos reabilitar 600 casas com os tetos a ruir município”

ANA SILVA

“As mulheres ainda têm receio de entrar na política”GIL VAZ

“A participação dos jovens é fundamental”

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33A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-MpD

Lista da Assembleia Municipal-MpD

Ângelo do Carmo Monteiro Vaz

José Custódio Barros Lopes

Jair Varela Correia

Edson Lino Morreira

Evandro Tavares

José Miguel Teixeira

Domingas Cardoso

Domingos Varela

Lizete Alves Varela

Regina Gomes Cabral

Daniel Mendes Vieira

Maria Semedo Silva

Zuleica Patrícia dos Reis

Gil Amílcar Costa Vaz

José Benvindo Monteiro

Ana Maria Lopes Moreno Vitorino FernandesEuclides Jorge da Silva

Lista dos supletes:Águida Filomena Borges Carvalho, Angelina Correia Gomes, Jailson Gonçalves Vieira, Vil-ma Eneida Vaz Correia

Lista dos supletes:Eduardo Neves dos Santos, Itália de Jesus Alves da Moura, Filomeno de Jesus Almeida Correia, Deonilde Tavares de Oliveira, Alcídeo Ramos Morreira, Cláudio António Lopes Pereira, Simão de Jesus Cardoso Borges, Euclides da Graça Mendes Tavares, Cláudio António Carvalho Garcia, Wagner de Jesus Tavares, Maria de Lourdes Silva Mendes, Zuleica de Fátima Correia Vare-la, António Carlos Mendes Gomes

• Desporto (promoção e organização de atcivida-des desportivos, construção, gestão e manuten-ção de recintos desportivos);

• Comércio (construção de mercados, matadouros, talhos; licenciamentos de actividade comercial re-talhista e ambulante, fixação do horário de funcio-namento dos bares, lojas, etc.);

• Proteção civil (bombeiros, nadador salvador).

3- Quem pode votar nas eleições dos órgãos das autarquias locais? (art. 418.º do Código Eleitoral):

• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18 anos, recenseados no território nacional

• Estrangeiros e apátridas de ambos os sexos,

maiores de dezoito anos, e com residência legal e habitual em Cabo Verde há mais de três anos e recenseados no território nacional

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabelecidos em Cabo Verde, nas mesmas condições que os ci-dadãos nacionais, desde que recenseados no terri-tório nacional.

CNE São Salvador do Mundo - Francisco Pinto - [email protected] - 9844188/ 272 13 89Contactos:

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município (Cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

34De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Porquê que se deve votar?

Turismo e agricultura são as grandes potencialidades de SSM

B.I do Município

Filomena Cabral, 29 anos, Técnica Superior das Finanças

As pessoas devem votar porque é um direito e um dever de todos os cidadãos. Mais do que isso, é o poder que as pessoas têm de cobrar, consoante o desempenho de cada representante. Eu voto sempre que possível e entendo que todas as pes-soas em idade de voto deveriam cumprir com esse direito.

João Sousa, 38 anos, comercianteO voto é um dever cívico que todos os

cidadãos devem exercer, a fim de esco-lherem quem pretendem colocar como representante do povo, para que, futura-mente, se possa ver qualquer desenvolvi-mento do país, um objectivo que só será conseguido com o trabalho de todos. O acto de votar é o momento de virada ou permanência, uma decisão que só depen-de do povo.

Arlindo Correia, 35 anos, condutor de hiace

É importante votar para mudar o que está mal ou manter o que está bem. Votar é, antes de tudo, o exercício do dever cívico e a única forma que o povo, que é quem elege, tem de cobrar ou exigir quando os eleitos não estão cumprindo com o prometido. Por outro lado, é preciso ter em mente que só se pode cobrar que o outro faça a sua parte, quando já fize-mos a nossa.

Natalina Lopes, 30 anos, monitora de in-fância

O voto é importante porque é o único meio que se tem de escolher os nossos representan-tes. Além disso, o exercício do voto é um de-ver dos cidadãos que tem como fim último a escolha do melhor para o nosso país e para o nosso Concelho. Voto sempre e aconselho to-dos a votarem para bem do nosso Concelho. É importante destacar também que, quem não vota, não tem como reclamar.

São Salvador do Mundo (SSM) integra o gru-po dos mais recentes concelhos criados em

2005, em Cabo Verde. Situado no coração da ilha de Santia-go, faz parte de uma das anti-gas juntas de freguesia perten-centes ao município de Santa Catarina e foi elevado à cate-goria de município a 19 de Ju-lho de 2005. Durante o período de transição foi governado por uma Comissão Instaladora, li-derado por João Baptista Pe-reira, que acabou por ser eleito Presidente da Câmara de SSM a 18 de Maio de 2008, pelo Parti-do Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), parti-do que sustenta aquele muni-cípio até hoje. Constituída por apenas uma freguesia, com a mesma designação, tem sede na Cidade de Picos.

Essencialmente rural, de acordo com o último Censo de 2010, SSM concentra uma po-pulação de 8.677 habitantes, sendo 4070 do sexo masculino e 4607 do sexo feminino, espa-lhados por uma área de 30 qui-lómetros quadrados (km2) de

superfície.Sendo um município essen-

cialmente rural, a sua activi-dade económica baseia-se, fun-damentalmente, no sector da agricultura, na pecuária e no comércio de artesanato. Embo-

ra tenha potencialidades para o turismo rural, de natureza e/ou ecológico, SSM não dispõe de infraestruturas mínimas de alojamento para turistas, o que tem condicionado o desenvol-vimento dessa actividade.

Segundo dados do Inquérito Multi-objectivo Contínuo, do INE, relativos a 2015, em SSM a taxa de actividade da popu-lação rondava os 60 por cen-to (%). Já a taxa de ocupação da população, em 2015, era de

55,4%, dos quais, mais de meta-de era do sexo masculino.

Da população activa ocupa-da, 28,2% corresponde aos ho-mens e 71,8% por cento às mu-lheres. A idade média de tra-balho era de 24,2 anos e a taxa média de estudo de 11,2 anos. Relativamente à edução, o con-celho dispõe de um único liceu.

Os indicadores de bem-estar dão conta que, em 2015, cer-ca de 66% da população tinha acesso a instalações sanitárias, e, desses, 50% tem acesso a fos-sa ou esgoto. Quanto à eletrici-dade, os dados mostram que, em 2015, 73% da população de SSM dispunha de acesso à ele-tricidade como fonte de ener-gia, e 69% tinha ligação à rede pública de abastecimento de água. Agora, São Salvador do Mundo prepara-se para rece-ber o seu primeiro shopping, cuja obra está já em constru-ção.

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A NaçãoA NaçãoJ O R N A L I N D E P E N D E N T E

Autárquicas’2 16

Em Santa Catarina de Santiago, desde as primei-ras eleições autárquicas em Dezembro de 1991, o Município vem sendo dividido entre o MpD e o PAI-CV, duas principais forças políticas de Cabo Verde. Entretanto, o MpD leva uma vantagem de dois man-dados em relação ao seu principal adversário.

Celestino Almada, que logo após a abertura po-lítica em 1991 assumia as funções de delegado do Governo em Santa Catarina, viria, em Dezembro do mesmo ano, nas primeiras eleições autárquicas no país, a ser eleito o primeiro presidente da Câmara Municipal desse concelho do interior de Santiago.

Em Dezembro de 1991, nas primeiras eleições au-tárquicas, Celestino Almada, candidato do MpD, derrotou Aires Borges, que, na altura, concorreu pelo PAICV à Câmara Municipal de Santa Catarina.

Em 1996, o MpD voltou a sair vitorioso em San-ta Catarina, desta feita com o candidato Pedro Frei-re, que tinha sido ministro da Justiça do Governo de Carlos Veiga. Nessas eleições, Pedro Freire derrotou José Maria Neves que era candidato do PAICV.

Entretanto, Pedro Freire viria a deixar o cargo de presidente da edilidade a meio do mandato, devido a desentendimento com a cúpula do MpD. Freire foi substituído, na altura, por Moisés Monteiro.

Em 2000, o PAICV conquistava pela primeira vez a Câmara Municipal de Santa Catarina. José Maria Neves derrotava Carlos Albertino Veiga, que concor-reu pelo MpD.

Entretanto, José Maria Neves que viria a ser o lí-der do PAICV foi obrigado a deixar o cargo para con-correr a primeiro-ministro nas eleições legislativas

de Fevereiro de 2002. Neves foi substituído na altura por João Baptista Freire.

Nas eleições autárquicas de 2004, João Baptista Freire foi o candidato escolhido pelo PAICV. Freire derrotou José Manuel Pinto Monteiro , candidato do MpD.

Em 2008, Alcídio Tavares foi escolhido para enca-beçar a lista do PAICV à Câmara Municipal de San-ta Catarina, mas sairia derrotado pelo candidato do MpD, Francisco Tavares.

Em 2012, Francisco Tavares voltou a concorrer pelo MpD, tendo pela frente o candidato do PAICV José Maria Veiga. Os ventoinhas venciam a Câmara por escassos votos, mas perdiam a Assembleia Mu-nicipal para os tambarinas, depois da repetição da eleição em algumas mesas de voto.

Assim como a maio-ria dos municípios de Cabo Verde, esta será a

sétima eleição autárquica em Santa Catarina, terceiro maior concelho do país e segundo da ilha de Santiago.

Mais de 22 mil inscritos nos cadernos eleitorais vão esco-lher no dia 4 de Setembro, de entre José Alves Fernandes

(MpD), que se estreia como candidato a presidente da Câ-mara Municipal de Santa Ca-tarina, e Alcídio Tavares, que concorre pela segunda vez, de-pois de ter sido derrotado em 2008 por Francisco Tavares.

Desde as primeiras eleições autárquicas, em Dezembro de 1991, a Câmara Municipal de Santa Catarina já esteve tanto

em mãos do MpD e do PAICV. O MpD governou o Município de Dezembro de 1991 a Março de 2000, sob a presidência, de Ce-lestino Almada, Pedro Freire e Moisés Monteiro.

O PAICV assumiu as rédeas desse concelho em 2000, com a eleição de José Maria Neves como presidente da Câmara Municipal. Com cerca de uma

ano no cargo Neves passaria a presidência da edilidade a João Baptista Pereira, que se mante-ve no cargo até 2008, depois de ter vencido as eleições autár-quicas de 2004.

O MpD recuperou a Câmara Municipal de Santa Catarina em 2008, pelas mãos de Fran-cisco Tavares, que também venceu as eleições autárquicas

de 2012, nesse concelho. Nas eleições anteriores es-

tiveram inscritos 21.546 elei-tores. 15.864 foram votar e, por isso, a abstenção rondou os 26%. A luta foi renhida e o MpD acabou por vencer a Câ-mara com apenas 31 votos de diferença. Na Assembleia Mu-nicipal, o PAICV venceu com dois votos de diferença.

BREVE RETROSPECTIVA DAS AUTÁRQUICAS

MpD leva vantagem de dois mandatos

APRESENTAÇÃO DAS FORÇAS CONCORRENTES:

Duelo entre José Fernandes e Alcídio Tavares

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

36De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Qual é a motivação que está por trás da sua candidatura?

Prende-se com a necessidade de ser-vir os santacatarinenses nos mais di-versos sectores, nomeadamente, na economia local, urbanismo, na infra es-truturação do concelho, no desencra-vamento das localidades, no ambiente e saneamento, área social e iluminação pública.

Quais são as linhas gerais da sua

plataforma eleitoral?

Santa Catarina é o terceiro Concelho do país e o segundo de Santiago, com isso, entendemos que este município deve desempenhar um papel importan-te no desenvolvimento da ilha de San-tiago e de Cabo Verde em geral, mais concretamente no eixo estratégico de Sotavento, que integra ainda as ilha do Maio, Fogo e Brava. Melhorando as li-gações tanto marítimas e terrestres en-tre os concelhos e ilhas, que albergam cerca de 65% da população de Cabo Ver-de estaríamos a tornar Santa Catarina num concelho pivot nesse processo de desenvolvimento.

Sotavento é o eixo estratégico para o desenvolvimento de Santa Catarina no horizonte de 2016/2026. Com um porto em Santa Cruz e com uma ligação rá-pida entre os dois concelhos, mas tam-bém com um porto no Maio e outro no Fogo, será possível fazer a ligação entre essas ilhas beneficiando o turismo e o escoamento dos produtos desses Con-celhos eminentemente agrícolas.

Essas linhas são factíveis?

São factíveis, porque hoje temos um governo que transmite confiança aos cidadãos e às instituições e estamos certos de que, com a vontade de servir bem os cabo-verdianos, estaremos em condições de desenvolver esse projecto.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Porque é uma lista jovem, com qua-dros qualificados que já provaram no nosso mercado de trabalho. Jovens competentes, sérios, com energia e com vontade de servir.

Que repto deixa aos eleitores para irem às urnas a 4 de Setembro?

Os eleitores de Santa Catarina inicia-ram no dia 20 de Março um grande pro-cesso de mudança do país e, por isso, apelamos a todos os santacatarinen-ses que voltem às urnas no dia 4 de Se-tembro, para que possamos concluir o grande trabalho que iniciamos juntos. Com o apoio dos eleitores vamos trans-formar este Concelho.

João Eurico Gonçalves da Moura, professor reformado

Homem mais jovem do MpD

1. O que  leva um jovem a inte-ressar-se pela política?

Uma das principais razões que me levaram a entrar na política foi acreditar no candidato do MpD e no seu projecto. Acredito que ele possa resolver o grande problema dos jo-vens daqui, que é o desemprego.

2. O que acha da participação dos jovens na vida política nacio-nal?

Acho bom porque, como sempre

digo, de qualquer forma, somos to-dos movidos pela política, por isso, acho que, cada vez mais, os jovens devem abraçar a política.

3. A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Primeiramente, que têm de acre-ditar, pois só acreditando podemos ver mudanças. O maior problema dos jovens, em irem ou não votar, prende-se com o facto de acredita-rem ou de estarem desacreditados com a política. Temos de acreditar que as pessoas que estão à frente têm boas intenções para o país, e para o Concelho, em particular, por isso, apelo a todos os jovens a irem às urnas no dia 4 de Setembro.

Mulher mais jovem do MpD

1. O que leva uma mulher jovem a entrar no mundo da política?

Eu recebi o convite e, tendo em conta que, desde pequena andava atrás dos carros das campanhas, mas não podia votar, ia somente por sim-patia, quando recebi o convite fiquei mesmo muito satisfeita. Mas, ao mes-mo tempo, acabei por reflectir sobre a responsabilidade que isto acarre-ta e tive que ponderar. Ponderan-do tudo, a balança pesou mais para o sim e resolvi aceitar porque penso que Santa Catarina precisa de alter-nância e alternativa.

2. Porque é que integra esta lista e não outra?

Porque sempre tive vontade de participar em sessões de Assembleia e penso que, por agora, ali é o melhor sítio para mim. Talvez no futuro e, em outras circunstâncias, possa até ponderar, mas penso que, neste mo-mento, a Assembleia é o melhor sí-tio. Por isso, penso que estou no sítio certo, no local certo e com as pessoas

certas.

3. Como avalia a paricipação das mulheres na vida política do seu concelho?

No meu concelho, a participação política das mulheres tem vindo a crescer. No meu tempo de criança, por exemplo, não me lembro de mui-tas participações de mulheres na po-lítica, mas, ultimamente, e porque a mulher acaba por saber gerir certos conflitos, que, muitas vezes, preci-sam de uma atenção especial, a par-ticipação feminina tem aumentado.

Presidente Assembleia Municipal

JOSÉ ALVES FERNANDES, CANDIDATO DO MPD À CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA CATARINA

“Podemos ser um eixo estratégico de Sotavento”

EVELINE JESUS BORGES SANTOS MONTEIRO

“A participação feminina tem aumentado”ANTÓNIO JORGE SEMEDO

“Só acreditando podemos ver mudanças”

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37A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-MpD

Lista da Assembleia Municipal-MpD

José Alves Fernandes

João Eurico Gonçalves da Moura

1-Quais são os órgãos representativos do Mu-nicípio?Assembleia Municipal, Câmara Municipal e o Pre-sidente da Câmara Municipal. (Artigo 45.º do Esta-tuto dos Municípios)

2- Quais são as atribuições do Município? Constitui atribuição do Município, as que em vir-tude da lei não pertencem à administração Cen-tral e tudo o que respeita aos interesses próprios, comuns e específicos das populações respetivas, designadamente: (Artigos 26.º e seguintes do Esta-tuto dos Municípios)

1. Administração de bens municipal;2. Planeamento, (elaboração, aprovação, execu-ção e controlo e aprovação do plano nacional de desenvolvimento);3. Saneamento básico (abastecimento de água, gestão do sistema municipal de esgotos, recolha e tratamento do lixo, limpeza de ruas, gestão dos ce-mitérios);4. Prestação de serviços públicos:• Saúde (controlo das normas de saúde e higiene

sobre a venda de produtos alimentares);• Habitação (construção de moradias sociais,

promoção de autoconstrução);

• Transportes (planeamento e implementação do sistema de transporte de passageiros, sinali-zação do trânsito, licença para táxis.);

• Educação (construção, gestão e manutenção das infraestruturas do ensino básico; promo-ção da educação pré-escolar e organização dos transportes escolares);

• Promoção social (ações, campanhas e progra-mas de proteção a criança, jovens, idosos e de-ficientes);

• Cultura (criação de condições de lazer e de cul-tura, como cineteatros, bibliotecas, museus, pra-ças, parques e realização de eventos culturais);

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município

Ricardo Fidalgo

Eveline Monteiro

Euclides Cabral Furtado

José Ivaldino Pereira Ivanilda Pereira António Pereira

Jacinto Landim Horta

Nataniel Varela Ribeiro

Silvino Mendes Robalo

Adilson Rocha da Moura Arlindo da Cruz

Vladmir de Brito

Jassira Maria Monteiro

Denilson Pires dos Santos

Hermínia Xavier Martins

Péricles da Rosa Brito

José Maria Silva Veiga

Augusto Ribeiro Silva

Isabel Maria Monteiro

Ângelo Horta Fidalgo

Manuel Moreira Tavares

José Luís Semedo

António Varela Semedo

Adelcia Manuela de Pina

António Tavares de Pina Luís Amilcar de Pina

Emanuel Gabriel Semedo

Lista dos supletes:Leila Leonor Monteiro de Andrade Lopes, Ruth Helena Dias Mendes Varela, Ro-mildo Antunes Tavares Ramos, Maria Rosa Alvarenga Morreira Borges, Clau-dino da Silva Cabral, Aleida da Conceição Borges Moreira, Adnilson Roque dos Santos Gomes, Ana Celeste Lopes de Oliveira, João Amaro Silva da Veiga

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

38De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

ALCÍDIO TAVARES, CANDIDATO DO PAICV À CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA CATARINA

“Para que haja mudança é preciso votar”

Lamine Tavares, 39 anosEngenheiro mecânico eGestor.

1. O que leva um jovem a interes-sar-se pela política?

Aqui, em Santa Catarina, nem é o ser político, mas a necessidade de to-dos se juntarem para tirar o município do marasmo em que está. Santa Cata-rina é um concelho muito importante a nível nacional, mas temos visto que não tem tido desenvolvimento. Portan-to, não é só ser político, mas deve ha-ver uma união de todos para vermos se tiramos Santa Catarina dessa calami-dade em que se encontra. É, na verda-de, um “djunta mom”, para ver se colo-

camos Santa Catarina no seu lugar de destaque a nível nacional.

2. O que achas da participação dos jovens na vida política nacional?

Neste momento estou a gostar da participação dos jovens porque Cabo Verde também é feito por jovens e, sim, merecemos mais destaque, portanto, temos que conquistar o nosso lugar.

3. A abstenção, infelizmente, ain-da é muito grande entre os jovens. Que apelo deixas para os jovens irem às urnas a 4 de Setembro?

Peço para os jovens irem às urnas em massa porque é ali que mostram a sua força. Aliás, os jovem devem ser os primeiros a chegar nas mesas de voto e participar no melhoramento do seu concelho, porque acho que represen-tam o grupo mais esclarecido, e o que mais beneficia ou sofre com o cami-nho tomado. Portanto, devem ser os primeiros a dar o seu contributo para melhorar a situação da sua localidade.

1. O que leva uma mulher uma mu-lher jovem a entrar no mundo da po-lítica?

O facto de veres que podes contribuir em muitas coisas na tua sociedade, no teu Concelho, na tua zona, te leva a que-rer dar o teu contributo e a aceitar o de-safio de dar um pouco de ti para melho-rar. Fui convidada para integrar a lista e, como sempre quis dar o meu contributo para a juventude, aceitei logo à primeira.

2. Porque é que integra esta lista e não outras no seu município?

Integrei essa lista, primeiramente, porque foi este grupo que me fez o con-vite e, em segundo lugar, porque, desde sempre, tive simpatia com esse partido. Gosto muito do trabalho que tem feito em relação aos jovens, trabalho esses que sempre acompanhei, daí a razão por ter optado por essa lista.

3. Como avalia a participação das mulheres na vida política dos eu concelho?

Acho que, em Santa Catarina, há pouca participação das mulheres na política, mas a nível nacional, vejo que as mulheres estão a participar cada vez mais. Acho essa participação muito in-teressante porque não há dúvidas de que, nós, mulheres temos algo a dar a este país. E, naturalmente, que a fraca participação das mulheres na política, em Santa Catarina, pesou na minha decisão, pois, desde criança sempre sonhei fazer algo pelo meu concelho, e pelo meu país. Por isso, vi aqui uma oportunidade e não hesitei em agarrá--la.

Presidente Assembleia Municipal

Homem mais jovem do PAICV Mulher mais jovem do PAICV

Qual a motivação que está por trás da sua Candidatura ?

Desde logo para acudir ao insistente apelo de uma franja significativa de Santa catarinenses, conhecedores dos meus fei-tos no domínio da gestão autárquica e que se mostram preocupados com o estado de degradação e descaracterização da cida-de e do município, como consequência de oito anos de uma administração marcada pelo populismo barato, opacidade, e nepo-tismo, que fez instalar a desesperança e a incerteza nas mentes dos munícipes.

Em segundo lugar, por me sentir, como filho de Santa Catarina e gestor autárquico com vasta obra, na obrigação de disponibi-lizar-me para possibilitar aos conterrâneos uma solução alternativa à continuidade do caminho que levou o Concelho a este esta-do de insalubridade, desorganização, des-crédito e caminhada para a falência.

Quais as linhas gerais da sua Plata-forma Eleitoral?

A Plataforma Eleitoral está sendo for-matada para responder aos desafios de hoje mas, com os olhos postos no ambicio-nado futuro de um Concelho desenvolvi-do, acolhedor e competitivo, capaz de pro-piciar uma melhor qualidade de vida a to-dos os seus filhos, seja em que domínio for: económico, social, desportivo, cultural, ou outro, e que se assuma como verdadeiro catalisador de desenvolvimento de todo o Santiago Norte.

Essas linhas são factíveis?

Temos a consciência de que o quadro fi-

nanceiro de Santa Catarina, que não é de todo conhecido, não é bom, e, por conse-guinte, será necessário uma equipa com credibilidade, com propostas racionais para poder tirar o município do estado em que se encontra.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Desde logo porque os munícipes já têm uma avaliação e sabem que a ac-tual equipa não tem soluções para San-ta Catarina. Em contraponto vamos apresentar uma equipa com provas da-das, com pessoas conhecidas pela sua competência e pela entrega à causa da comunidade.

Que repto deixa aos eleitores para irem à urnas a 4 de Setembro?

É uma oportunidade para os muníci-pes fazerem a sua justiça, avaliando a governação dos últimos oito anos. Mas para que haja mudança é preciso votar.

ANTÓNIO PEDRO DA COSTA

“Votar é exercer a nossa força ”SÓNIA PATRÍCIA SILVA CABRAL

“Em Santa Catarina, há pouca participação das mulheres na política”

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39A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-PAICV

Lista da Assembleia Municipal-PAICV

Alcídio José Gonçalves Tavares

Lamine António dos Santos Tavares

Pedro Borges Tavares

Carlos Borges Monteiro

Maria Emilia Lopes

António Pedro da Costa

Outilio da Veiga Pereira

Francisco Paulo Fernandes

Elsa Maria Gamboa

Silvio Varela Moreira

Frederico Hopffer Almada

Leonildo Simião Da Veiga

Manuel de Barros

Mario Jorge Borges

Gilson António Cabral Kátia Helena Monteiro Arsénio Causo Monteiro

Elisângela Semedo

António Monteiro Moreira

Nuno Miguel Moreira

António Martins

Alexandre Mendes

António da Veiga

Alberto Luciano Correia

Claudio Jeremias Barbosa

Maria José da Veiga Manuel António Tavares Adriano Furtado VeigaArnaldo Jorge de Brito

José Carlos Brito

Lista dos supletes:Otílio Gonçalves de Oliveira, Dulce Helena Fernandes da Graça, Manuel Morei-ra Fernandes, Sónia Patricia Silva Cabral, João Augusto Dias da Veiga, Manuel Semedo Alves, Maria de Fatima Pires Barbosa Santos, Fernando Sence Cumba

Lista dos supletes: Manuel Borges Tavares, Ludemila Cardoso Pereira, Carlos dos Santos Fernandes Brito, António Jorge Gomes Landim, Dulce Helena Cunha Correia, José Maria Varela Sanches, José Tavares Fereira da Veiga, Zuleica Rosy Tavares dos Santos, Victor Cabral Gonçalves, Adilson Jair Teixeira Monteiro, El-ves Furtado Lopes, Saturnino Lopes Gomes, Aldino de Jesus Tavares Pereira, Israel de Jesus Pereira Gonçalves, Evandro de Jesus Pereira Monteiro, Maria Auxilia Mendes Borges, Jose Herminio Monteiro Mendes da Veiga, Ider Sanches Pereira

• Desporto (promoção e organização de atcivi-dades desportivos, construção, gestão e ma-nutenção de recintos desportivos);

• Comércio (construção de mercados, matadou-ros, talhos; licenciamentos de actividade comer-cial retalhista e ambulante, fixação do horário de funcionamento dos bares, lojas, etc.);

• Proteção civil (bombeiros, nadador salvador).

3- Quem pode votar nas eleições dos órgãos das autarquias locais?

(art. 418.º do Código Eleitoral):

• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18 anos, recenseados no território nacional

• Estrangeiros e apátridas de ambos os sexos,

maiores de dezoito anos, e com residência legal e habitual em Cabo Verde há mais de três anos e recenseados no território nacio-nal

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabele-cidos em Cabo Verde, nas mesmas condições que os cidadãos nacionais, desde que recen-seados no território nacional.

Espaço CNE

Santa Catarina - José Gracelino F. Barreto - [email protected] - 985 37 07 / 265 13 54 Jaqueline Rosário Brito - [email protected] - não tem ainda

Contactos:

Orgãos representativos do Município (Cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

40De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Porque que se deve votar?

O celeiro de Cabo Verde

Alcides Varela Borges, 32 anos, técnico infor-mático

Como cidadãos, temos o dever de votar para cumprir a nossa cidadania. Votar é também um direito nosso e temos que exercê-lo para que as coisas melhorem. A partir do momento em que se vota, conquista-se a autoridade para criticar ou cobrar por melhorias e/ou cumprimento do pro-metido. Porque, quem não vota mostra que não se importa e, portanto, não faz sentido criticar. Eu voto e como eu, todos os cidadãos em idade, deve-riam votar.

Fernanda Fernandes, 46 anos, agente po-licial

Votar é, antes de tudo, o exercício de um dever cívico e o que nos possibilita escolher os nossos representantes, sobretudo no nosso Concelho, onde estamos mais perto da popula-ção e é possível ver as necessidade básicas das pessoas. Eu voto em todas as eleições e enten-do que todos os cidadãos eleitores devem cum-prir com esse dever.

José António Moreno, 40 anos, professorO voto é um acto de cidadania que deve ser

cumprido, mas também é o único momento em que somos considerados todos iguais peran-te a lei. Voto em todas as eleições, e aconselho a todos, em idade de voto, a fazerem o mesmo. Aliás, eu como professor, incentivo todos a vo-tar porque só cumprindo esse nosso dever po-demos ver as mudanças acontecerem.

Edna Tavares, 38 anos, vendedeira ambu-lante

O exercício do voto é um momento impor-tante para escolhermos o melhor para o país. Entendo que as pessoas não devem estar agar-radas aos partidos, mas sim ver as propostas e escolher as que melhor se ajustam às necessi-dades do país e dos municípios. Como sempre, cumprirei, uma vez mais, com o meu dever. E mais, o exercício do voto deveria ser obrigatório porque quem não vota mostra não se importar com o país.

Segundo maior municí-pio de Santiago, Santa Catarina (SC) situa-se na parte central e lito-

ral da ilha, abarcando uma su-perfície de 274 km2. Assomada, que é sede do município, dista cerca de 44 km da cidade da Praia, capital do país.

No fim do século XIX, San-ta Catarina ocupava a metade norte da ilha, enquanto que a metade sul era ocupada pelo concelho da Praia. Após uma revisão no início do séc. XX, passou a ocupar o terço central de Santiago, passando duas fre-guesias a norte da ilha a consti-tuir o concelho do Tarrafal.

Em 1971, outra revisão se-parou as freguesias de Santia-go Maior e São Lourenço dos Órgãos (SLO), passando essas duas a perfazer o concelho de Santa Cruz.

Em 2005, uma freguesia a sul foi separada para constituir o concelho de São Salvador do Mundo.

Segundo o Censo de 2010 (dados do INE), o município contava, na altura, com uma população de 43.297 habitan-tes, 20.263 do sexo masculino e 23.034 do sexo feminino.

Localizado estrategicamen-te no centro da ilha de Santiago

e sendo um município essen-cialmente rural, a actividade produtiva de SC baseia-se no tradicional sector agrícola, no comércio, na silvicultura e na pesca.

Aliás, o concelho é conheci-do como o “celeiro de Cabo Ver-

de”, e o mercado da Assomada é um dos mais antigos e mais importantes do país, atraindo às quartas e sábados, gente de todos os cantos da ilha.

Segundo dados do INE, SC tinha, em 2015, uma taxa de ac-tividade a rondar os 60% da po-

pulação e a taxa de ocupação, nesse ano, era de 49,1%, dos quais, 51,1 pontos percentuais, pertenciam ao sexo masculino e 47,4 ao feminino.

Da população activa ocupa-da, 68,2% eram homens e 31,4% mulheres. A idade média de trabalho era de 28,4 anos e a taxa média de estudo de 9 anos.

Ainda segundo esses mesmo dados, em 2015, 67% da popula-ção tinha acesso a instalações sanitárias, sendo que, cerca de 60% tinha fossa ou esgoto.

Quanto à cobertura elétri-ca, 78% da população dispu-nha, no mesmo ano, de acesso à electricidade como fonte de energia e 57% tinha ligação à rede pública de abastecimento de água. Em SC, cerca de 50% da população, ainda cozinha à lenha.

No que se refere à educação, o concelho possui uma univer-sidade, dois liceus, uma escola técnica e duas escolas secun-dárias privadas.

B.I do Município

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Parte integrante do jornal A NAÇÃO nº 466- Não pode ser vendido separadamente

A NaçãoA NaçãoJ O R N A L I N D E P E N D E N T E

Autárquicas’2 16

a comissão instaladora des-se município, quando venceu o candidato do MpD, Antó-nio Gonçalves, e, quatro anos mais tarde, nas eleições au-tárquicas de 2012, derrotava a candidatura ventoinha lidera-da por Carlos Alberto Vascon-celos Fernandes, que volta na corrida à Câmara Municipal de São Lourenço dos Órgãos,

nas eleições autárquicas de 4 de Setembro.

Victor Baessa, que está à frente dessa autarquia desde 2005, na comissão instaladora, vai concorrer agora ao tercei-ro mandato consecutivo como presidente da Câmara Muni-cipal de São Lourenço dos Ór-gãos.

O Município de São Lou-

renço dos Órgãos foi criado a 9 de Maio de 2005 pelo Decre-to-Lein.º 64/IV/2005 ao abri-go da alínea b) do artigo 174.º da Constituição da Repúbli-ca, em regime de instalação. É um dos cinco mais recen-tes Concelhos de Cabo Ver-de, criado pela desanexação do antigo concelho de San-ta Cruz, existindo este desde

O PAICV geriu a Câ-mara Municipal de São Lourenço dos Órgãos des-de a sua criação

em 2005. Primeiro com uma comissão instaladora e de 2008 a esta parte com uma equipa vencedora das últimas eleições autárquicas (2008 e 2012).

Victor Baessa, que liderou

São Lourenço dos Órgãos foi elevado à cate-goria de município em 2005, com a sua desane-xação do Concelho de Santa Cruz.

A nível da localização geográfica, o Concelho de São Lourenço dos Órgãos situa-se no centro da ilha de Santiago, confrontando a Norte com o Município de São Salvador do Mundo, a Sul pelo Município de São Domingos, a Oeste pelo Muni-cípio de Ribeira Grande e a Leste pelo Município de Santa Cruz.

Segundo dados do último censo (2010) , a po-pulação do Município de São Lourenço dos Ór-gãos é de 7.388 habitantes, sendo, 49,8% do sexo masculino e 50,2% do masculino. A exemplo de

Cabo Verde, São Lourenço dos Órgãos é um Mu-nicípio com uma população essencialmente jo-vem.

São Lourenço dos Órgãos é um dos municípios mais pobres da ilha de Santiago e de Cabo Verde. Este facto deve-se ao fraco desenvolvimento ao longo dos anos transactos e por ser um municí-pio rural e de escassos recursos.

Muito embora tenha em 2000, a proporção da população que constitui força de trabalho (69,6%) ligeiramente superior à média nacional (69,3%) em São Lourenço dos Órgãos, o desem-prego é particularmente elevado.

Cerca de cinco mil inscritos nos cadernos elei-

torais vão escolher no dia 4 de Setembro, de entre o actual edil, Victor Baessa (PAICV), que concor-re pela terceira vez a presidente da Câmara Mu-nicipal de São Lourenço dos Órgãos, e Carlos Vas-concelos, que concorre pela segunda vez, depois de ter sido derrotado em 2008.

A Câmara Municipal de São Lourenço dos Ór-gãos sempre esteve nas mãos do PAICV, desde as eleições de 2008. Sempre por Victor Baessa, que desde 2005 liderava a Comissão Instaladora.

Dos 4.701 inscritos, 3.794 foram votar nas elei-ções autárquicas de 2012, nesse concelho. A abs-tenção rondou os 19%. O PAICV venceu essas elei-ções com 2295 votos, contra 1389 do MpD.

São Lourenço dos Órgãos: Mais um duelo entre Baessa e Vasconcelos

PAICV na liderança desde a Comissão Instaladora

1971 (Decreto n° 108/71,de 29 de Março).

Nas eleições autárquicas de 4 de Setembro, Victor Baessa, vai ter mais uma vez pela fren-te Carlos Alberto Vasconcelos Fernandes, que, pela segun-da vez consecutiva, encabeça a lista do MpD para a Câmara Municipal de São Lourenço dos Órgãos.

APRESENTAÇÃO DAS FORÇAS CONCORRENTES:

BREVE RETROSPECTIVA DAS AUTÁRQUICAS

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

42De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

VICTOR BAESSA, CANDIDATO DO PAICV À CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO LOURENÇO DOS ÓRGÃOS

“Os nossos compromissos são exequíveis”

José António Neves Correia Professor do Ensino Secún-

dario

1. O que leva um jovem a inte-ressar-se pela política?

Desde bem cedo tive muito inte-resse pela política porque sempre quis dar o meu contributo activa-mente porque, se repararmos, os jo-vens criticam sempre mas, no fun-do, ninguém se envolve para dar o seu contributo. Por isso, aceitei esse desafio porque sou um jovem críti-co, mas antes de criticar dou o meu contributo para só depois tecer al-guma crítica.

2. O que acha da participação dos jovens na vida política nacio-nal?

Os jovens têm tido cada vez mais espaço na vida política nacional. Sa-bemos que esse espaço começou a ser conquistado há uns tempos para cá, porque a cultura cabo-verdiana estava um bocadinho reticente com o envolvimento dos jovens na polí-tica. Mas, neste momento, as listas são, na sua maioria, composta por jovens.

3. A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro?

Apelo a todos os jovens, lorenti-nos e não lorentinos a irem às urnas no dia 4 porque votar é importante, pois, isso significa que estás a dar o teu contributo para o desenvolvi-mento do teu município.

1. O que leva uma mulher a entrar no mundo da política?

A entrada na vida política significa comprometer-se a lutar pelo bem es-tar de todos e apoiar a todos. É com-prometer a entregar-se e a dar o má-ximo ao serviço dos anseios dos muní-cipes. É uma responsabilidade minha querer que tudo corra bem e da melhor forma possível. Quero lutar para que São Lourenço seja cada vez melhor.

2. Porque é que integra esta lista e não outra no seu município?

Esta é a lista que tem um compro-misso sério com o Concelho. Esta lista está muito bem estruturada naquilo que são os compromissos do Municí-pio e, mais do que isso, tem uma pers-pectiva clara para os jovens, para os adolescentes, para as crianças, para os adultos e os menos jovens também. Dá atenção a todos os sectores da socie-dade, enfim, uma lista que potenciali-za o Município, daí a razão da minha permanência nela.

3. Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu concelho?

A mulher tem um papel muito im-portante no desenvolvimento político da nossa sociedade. Mesmo que não esteja nas listas, a participação na for-mação de opinião do próprio jovem ou criança é uma actividade política. Eu penso que nós devíamos potenciar a mulher onde ela se sente mais confor-tável, mas também colocá-la nos luga-res de tomada de decisões.

Presidente Assembleia Municipal

Homem mais jovem do PAICV Mulher mais jovem do PAICV

Qual a motivação que está por trás da sua Candidatura?

A minha recandidatura veio em res-posta ao apelo de vários munícipes de São Lourenço dos Órgãos para legitimar a con-tinuidade da minha liderança à frente dos desafios deste amável município, a fim de juntos continuarmos a concretizar esta aliciante tarefa de construir um São Lou-renço desenvolvido e próspero para toda a sua população. Decisão essa repleta de um espírito de missão e de compromisso as-

sumido com o município que me viu nas-cer e com a sua gente. Sinto-me cada vez mais preparado, pela experiência ganha nos dois mandatos já exercidos e, por isso, considero que sou detentor de uma visão estratégica, de médio e longo prazo, para enfrentar e vencer os desafios que, neste momento, o nosso município impõe.

Quais as linhas gerais da sua plata-forma eleitoral?

Tem a ver com a construção de infra-es-truturas básicas comunitárias, nomeada-mente, as ligadas aos serviços municipais, ao comércio, ao ensino, à saúde, ao des-porto, as acessibilidades, à habitação so-cial, à energia, ao abastecimento de água, aos espaços públicos e de lazer, entre ou-tras, constituem a lista das prioridades para o próximo mandato. Mas queremos concluir, de forma sistemática, os projec-tos de requalificação urbana da cidade de João Teves e o centro turístico de São Jor-ge. O planeamento detalhado, que já está em curso, a construção de habitações so-ciais, a reabilitação das vias de acesso, são

também acções que vamos priorizar para o próximo mandato.

Essas linhas são factíveis?

Pela convivência com a realidade de São Lourenço dos Órgãos, apesar das di-ficuldades económicas, será um trabalho de continuidade. Estamos confiantes e convictos de que os nossos compromissos são exequíveis.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

São Lourenço do Órgãos precisa desta visão, precisa da capacidade técnica que nós temos, através de uma lista equilibra-da entre a experiência e a nova geração.

Que repto deixa aos eleitores para irem à urnas a 4 de Setembro?

Apelamos à participação massiva da população, porque, com isso, haverá toda a legitimidade para trabalharmos juntos para o desenvolvimento do município.

ADILSON MANUEL SANCHES BATALHA

“Antes de criticar devemos dar o nosso contributo e votar”

LARISSA VARELA, PAICV

“Devemos colocar também as mulheres nos lugares de decisões”

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43A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-PAICV

Lista da Assembleia Municipal-PAICV

Victor Baessa

José António Neves Correia

Larissa Varela

Mário Eufémio Tavares

Ildo Albertino Varela

José Maria Moreira

Valdir Péricles da Veiga

Suzete Soares Moniz

Maria Elisita Fonseca

Admir Adilson Semedo

Gerson Patrick Moniz

Carlos António Freire

Adilson Adelino de Oliveira

José Carlos Teixeira

Maria de Fátima Moreira

Paulino Moreira Euclides CabralAntónio Fernandes

Lista dos supletes:Maria Julieta de Barros F. Marques, Adilson Manuel Sanches Batalha, José Maria Gonçalves Pe-reira, Ilce Helena dos Reis Semedo, Iolanda Marisa Barros de Sousa

Lista dos supletes:Cleidir Jorge Pina Dias, Elisângela Maria Semedo Afonso, Elisabete de Deus Fernandes A. Correia, Maria José Fernandes Cunha, Luciene Mendes Gonçalves, Nélida Suelly Silva Garcia, Vailson de Jesus G. Freire Garcia, Solângela Moreno Moniz, Edna Celina Semedo Varela, Jailton Estêvão Rocha Mendes, Jaceline Melena Vieira Tavares, Carla Leinira Mendes Nunes, Jacira Mayra San-ches Garcia

1-Quais são os órgãos representativos do Mu-nicípio?Assembleia Municipal, Câmara Municipal e o Pre-sidente da Câmara Municipal. (Artigo 45.º do Esta-tuto dos Municípios)

2- Quais são as atribuições do Município? Constitui atribuição do Município, as que em vir-tude da lei não pertencem à administração Cen-tral e tudo o que respeita aos interesses próprios, comuns e específicos das populações respetivas, designadamente: (Artigos 26.º e seguintes do Esta-

tuto dos Municípios) 1. Administração de bens municipal;2. Planeamento, (elaboração, aprovação, execu-ção e controlo e aprovação do plano nacional de desenvolvimento);3. Saneamento básico (abastecimento de água, gestão do sistema municipal de esgotos, recolha e tratamento do lixo, limpeza de ruas, gestão dos ce-mitérios);4. Prestação de serviços públicos:• Saúde (controlo das normas de saúde e higiene

sobre a venda de produtos alimentares);

• Habitação (construção de moradias sociais, promoção de autoconstrução);

• Transportes (planeamento e implementação do sistema de transporte de passageiros, sinali-zação do trânsito, licença para táxis.);

• Educação (construção, gestão e manutenção das infraestruturas do ensino básico; promo-ção da educação pré-escolar e organização dos transportes escolares);

• Promoção social (ações, campanhas e progra-mas de proteção a criança, jovens, idosos e de-ficientes);

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

44De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Qual a motivação que está por trás da sua candidatura?

São Lourenço dos Órgãos é o meu tor-rão natal, pois, aqui nasci, cresci e vivo. Constatamos que, desde a sua criação em 2005, ainda o Concelho carece de qua-se tudo. Continuamos a ser um dos mu-nicípios mais pobres do País, onde as fa-mílias ainda possuem parcos rendimen-tos. Apesar disso, o Concelho tem gran-

des potencialidades para crescer. Sendo assim, como filho deste concelho, encaro a minha candidatura como uma missão no sentido de melhorar as condições de vida das famílias lourentinas, com uma equipa forte, competente e com visão do crescimento e desenvolvimento para ti-rarmos Órgãos deste marasmo.

Quais as linhas gerais da sua Plata-forma Eleitoral?

A nossa candidatura estabelece a agricultura, a pecuária o ambiente e tu-rismo, como eixos fundamentais para o desenvolvimento do Concelho. Na área social, a educação, a juventude a cultura e o desporto, merecerão também aten-ção especial na nossa plataforma eleito-ra, assim como a saúde e a promoção so-cial. A requalificação da cidade de João Teves, de São Jorge, Jardim Botânico, Ca-ramanchão e a construção do Paços do Concelho estarão também no centro das nossas atenções, a par da reabilitação de casas degradadas. No capítulo das ges-

tão financeira iremos pautar a nossa ac-tução pelo rigor e transparência.

Essas linhas são factíveis?

Acreditamos que sim, uma vez que o nosso programa foi socializado tendo em conta as opinições das populações e vai ao encontro do Programa do Governo.

Porque é que a sua lista deve ser a vencedora?

Porque é formado por quadros jovens competentes e com elevado sentido de Estado. O nosso programa já apresenta-do da garantias de melhorias de condi-ções de vida dos lourentinos em todas as suas vertentes.

Que repto deixa aos eleitores para irem à urnas a 4 de Setembro?

O voto é um acto de cidadania e que cada munícipe exerça o seu direito, na candidatura que achar conveniente.

Emanuel Borges GonçalvesLicenciado em medicina,

especialista em orto-trauma-tologia no Hospital Baptista de Sousa

Homem mais jovem do MpD

1. O que leva um jovem a inte-ressar-se pela política?

O simples facto de Cabo Verde ser um país jovem, deve ser suficien-te para que nós, os jovens, dêmos o nosso contributo no cenário políti-co do país, já que o crescimento e o desenvolvimento não se constrói se não houver políticas acertadas vira-das para os jovens e não só. Aliás, é importante que nos inspiremos em Cabral que, tão jovem, deu o seu contributo para a afirmação dos Es-tados da Guiné e Cabo Verde. 

2. O que acha da participação dos jovens na vida política nacio-nal?

A participação dos jovens na po-lítica ainda é fraca, mas tem evoluí-do paulatinamente. Prova disso são, cada vez mais quadros jovens no Parlamento, no Governo e noutras esferas do Estado e do sector priva-do, exercendo funções importantes.

3. A abstenção, infelizmente, ainda é grande entre os jovens. Que apelo deixa aos jovens para irem às urnas a 4 de Setembro.

Apelo à juventude para ir às urnas em massa porque, como agentes da mudança, devemos ser cidadãos acti-vos, para que possamos cumprir com os nossos deveres e exigir os nossos direitos, pois, só assim, teremos uma democracia mais participativa que nos permita tornar Cabo Verde num país melhor para a nossa família, os nossos amigos e todos os cidadãos.

Mulher mais jovem do MpD

1. O que leva uma mulher jovem a entrar na política?

Porque a política faz-se com ideias e  ações. Vejo-me como uma jovem mulher, dotada de aptidões necessá-rias, à semelhança de muitas que já se encontram na vida política activa, para dar o meu contributo na senda política do meu país, assumindo po-sições diante da diversidade de inte-resses existentes na sociedade. 

E porque entendo que, como cida-dã cabo-verdiana, tenho que cumprir e sujeitar-me a tudo o que se decide através da política no meu país e no meu Concelho, em particular.

Foi por isso que, então, decidi par-ticipar de forma activa e construti-va neste tão nobre desafio que são as eleições.

2. Porque é que integra esta lista e não outras no seu município?

Porque esta lista é formada por quadros jovens, cidadãos  globaliza-

dos com  visão, capazes de, juntos, solucionarem os problemas que afec-tam o município.  

3. Como avalia a participação das mulheres na vida política do seu concelho?

Ainda está à quem do que se dese-ja. Porém, nota-se que, já se afloram desejos e intenções de muitas jovens em aderirem à política neste Conce-lho.

Presidente Assembleia Municipal

CARLOS VASCONCELOS, CANDIDATO DO MPD À CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO LOURENÇO DOS ÓRGÃOS

“O Concelho tem grandes pontencialidades para crescer”

SUZI PAULA BRITO DOS REIS

“A política faz-se com ideias e acções”ANTUNES MIGUEL DOS SANTOS MARQUES

“Há cada vez mais quadros jovens no parlamento”

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45A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Lista dos Vereadores-MpD

Lista da Assembleia Municipal-MpD

Carlos Alberto Vasconcelos Fernandes

Emanuel Borges Goncalves

Valdano Paulo Furtado

João Alberto Soares

Adilson Celestino dos Reis

Antunes Miguel Marques

Zuleica Aline Freire Silva

Eduardo de Pina

Maria de Jesus Pereira

Diamantino Freire

Mark Lene Semedo

Tereza Ramos dos Passos

Leila Rozy Barbosa Melo

Odair António Afonso

Ângelo de Jesus Cardoso

Surzi Paula Brito dos Reis Moisés Pereira VazJosé Carlos Vieira

Lista dos supletes:Edenilson da C. Rodrigues Mendes, Júlio César Borges Tavares, Jairson de Jesus Vieira, João da Veiga Varela, Sandra Helena Correia Varela

Lista dos supletes:Ana Lourdes da Lomba Correia, Filomeno Alexandre Ortet Lopes Tavares, Andricio de José Monteiro Cabral, Filomeno de Jesus Garcia Andrade, Nelida da Conceição Vieira dos Reis, Anilson da Graça Moreno Ramos, Ermelinda Silva Moreno, Sónia Maria Moreira da Veiga, Edelmiro Heleno Tavares, António do Espírito Santo Semedo Vieira, Adilson José Vieira Sousa, João de Deus Tavares de Almeida, Alexander Varela Monteiro

Contactos CNE São Lourenço - Euclides Brito - [email protected] - 957 56 99

• Cultura (criação de condições de lazer e de cultura, como cineteatros, bibliotecas, mu-seus, praças, parques e realização de eventos culturais);

• Desporto (promoção e organização de atcivi-dades desportivos, construção, gestão e ma-nutenção de recintos desportivos);

• Comércio (construção de mercados, matadou-ros, talhos; licenciamentos de actividade co-

mercial retalhista e ambulante, fixação do ho-rário de funcionamento dos bares, lojas, etc.);

• Proteção civil (bombeiros, nadador salva-dor).

3- Quem pode votar nas eleições dos órgãos das autarquias locais? (art. 418.º do Código Eleitoral):• Os cidadãos cabo-verdianos, maiores de 18

anos, recenseados no território nacional• Estrangeiros e apátridas de ambos os sexos,

maiores de dezoito anos, e com residência le-gal e habitual em Cabo Verde há mais de três anos e recenseados no território nacional

• Os cidadãos lusófonos legalmente estabele-cidos em Cabo Verde, nas mesmas condições que os cidadãos nacionais, desde que recen-seados no território nacional.

Espaço CNE

Orgãos representativos do Município (Cont.)

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A Nação AUTÁRQUICAS’2016A Nação

46De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

Porquê que se deve votar?

Agricultura e turismo são as grandes potencialidades de São Lourenço dos Órgãos

Vitalina Mendes, 39 anos, vendedeiraTodos os cidadãos devem votar porque o

acto de votar é muito mais do que escolher um candidato, mas sim participar na esco-lha daquilo que é melhor para o seu muni-cípio. Eu voto sempre e aconselho todos a votarem porque, da mesma forma que exi-gimos que os outros façam a sua parte, nós também temos que fazer a nossa. Temos to-dos que cumprir o nosso dever de votar.

Maria Ester, 34 anos, técnica socialAs pessoas devem votar em alguém

capaz de representar da melhor forma o nosso concelho, mas, mais do que isso, para cumprir com o seu dever cívico, até porque, só depois de exercer o seu dever de voto, as pessoas encontram-se aptas para fazer qualquer tipo de exigência ou cobrança perante os representantes. Eu voto e entendo que todos devem votar também para escolher aquele que me-lhor nos represente.

Afonso dos Santos Vieira, 35 anos, agente da Polícia Nacional

O exercício do voto é o momento que se tem para escolher os nossos representan-tes, seja a nível nacional, regional ou lo-cal. O voto deve ser consciente, até porque é a arma que os cidadãos têm para cobrar quando a governação não está de acordo com o esperado. É o poder do povo. Eu sem-pre voto e defendo que as pessoas devem também fazê-lo sempre.

Manick Mendes Moreno, 28 anos, artesão O voto é importante porque é um dever que

todos os cidadãos têm para escolher um repre-sentante, quando necessário. É esse o objectivo. E o melhor que se deve fazer, quando se quer o melhor para o seu país e o seu concelho, é vo-tar. Voto sempre e defendo que todos os cida-dãos acima dos 18 anos também devem fazê-lo. Aliás, no meu entender, o exercício do voto de-via ser obrigatório e quem não o cumprisse, de-veria ser punido.

São Lourenço dos Ór-gãos (SLO) é um dos cinco concelhos mais recentes de Cabo Ver-

de, criado pela antiga desane-xação do concelho de Santa Cruz. SLO fica localizado bem no centro da ilha de Santiago, ladeado a norte pelo município de SSM, a sul por São Domin-gos, a oeste pela Ribeira Gran-de de Santiago e a leste pelo município de Santa Cruz.

Embora tenha sido criado a 5 de Maio de 2005, o dia do município é comemorado a 10 de Agosto, data que coincide com a celebração das festas do santo padroeiro, Nhô São Lou-renço. Durante o período de transição, SLO foi governado pela comissão instaladora, até 18 de Maio de 2008, altura em que aconteceu a primeira elei-ção municipal, ganha por Vic-tor Baessa, do Partido Africano da Independência de Cabo Ver-de (PAICV), quem governou o município até agora. Baessa é novamente candidato ao pleito de 2016.

Considerado um dos muni-

cípios mais pobres de Santiago, e de Cabo Verde, a população de SLO ronda os 7388 habitan-tes, segundo dados do Censo de 2010, dos quais, 49.8% são do sexo masculino e 50.2% do sexo feminino. Desse grosso, a maio-ria da população é jovem.

Embora seja um município rural, com potencialidades, o

desemprego em SLO é, particu-larmente, elevado. Apesar dis-so, vale ressaltar que em 2000, a proporção da população que constituiu a força de trabalho do município era ligeiramente superior à média nacional, isto é, 69,6% contra 69,3 %.

Curiosamente, SLO tem como uma das grandes opor-

tunidades económicas, a prin-cipal estrada nacional que o atravessa, em toda a extensão, e que dá acesso a todos as lo-calidades de Santiago. A par disso, SLO conta ainda com im-portantes potencialidades de atração de investimentos em actividades económicas e tu-rísticas, como a Barragem do

Poilão, o Pico de Antónia, o pe-rímetro florestal e o Jardim Bo-tânico de São Jorge.

Segundo dados do INE, em 2015, SLO tinha uma taxa de actividade de 41% e uma taxa de ocupação de 37,4 %, sen-do 47,2 pontos percentuais do sexo masculino e 27,5 do sexo feminino. Da população activa ocupada, 55,2 % corresponde aos homens e 44,8 % as mulhe-res. A idade média de trabalho era de 28, 3 anos e a taxa média de estudo de 11,4 anos.

Ainda segundo esses dados, em 2015, 56% da população ti-nha acesso a instalações sanitá-rias e, dessa percentagem, 45% tinha fossa ou esgoto. Quanto à eletricidade, 91% da popula-ção dispunha de acesso à elec-tricidade como principal fonte de energia e 26% da popula-ção tinha ligação à rede públi-ca de abastecimento de água. Em SLO, cerca de 74% da popu-lação ainda cozinha com recur-so a lenha.

B.I do Município

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47A NaçãoAUTÁRQUICAS’2016A Nação

De 04 a 10 de Agosto de 2016 De 04 a 10 de Agosto de 2016

O que espera das eleições autárquicas de 4 de Setembro?

Edneia Varela, “Dneia”, Empregada doméstica- Lisboa, Portugal

-Espero que sejam um pouco melhor do que as anteriores porque eles têm que fa-zer mais por nós, além das promessas. No momento, eles só estão preocupados em ganhar e, depois, esquecem do resto, das promessas. Ainda não sei se vou votar porque vou renovar o meu documento e não sei se estará pronto a tempo de votar. Mas, já tenho o meu candidato. Acho até que todos os estrangeiros residentes no país, devem votar nas eleições em Cabo Verde porque, afinal de contas, eles tam-bém estão a viver lá.

Eddie Gomes - Estudante, Praia

-Espero que seja uma eleição objetiva, verdadei-ra e limpa, pois, muitos de nós sabemos que, duran-te as eleições, existe muita corrupção, nomeadamente a “compra de votos”. Infeliz-mente, é a nossa realidade. Gostaria que os candidatos cumprissem realmente a pa-lavra, em vez de procurarem o povo só para diminuir a taxa de abstenção. Tratan-do-se de eleições autárqui-cas e sabendo que existem muitos estrangeiros residentes aqui e que estão diretamente/indiretamente ligados ao desenvolvimento da economia da ci-dade, não vejo problema nenhum em eles exercerem também o seu dever de voto. Até porque, a abstenção tem aumentado porque as pessoas já estão cansadas de falsas promessas e de muitas mentiras.

Oumar Saikou - Costureiro da Guiné-Bissau, residente na Praia

-Gostaria de ver uma maior participação dos eleitores e dese-jo que tudo corra bem. Ainda não me recenseei, mas sei que pode-mos recensear lá na Fazenda e es-tou a pensar ir para poder votar. Mas, há muitas pessoas que estão decepcionadas e não acreditam mais nos políticos. O que eles fa-lam no momento da campanha e o que eles fazem quando estão no poder, são coisas totalmente dife-rentes. Por isso, há muita absten-ção. Votar e não votar está a ser igual.

Olava Almeida - Estudante, Calheta de São Miguel

-Espero mais confiança por partes dos candida-tos, porque, muitas vezes, os eleitores estão a ser in-timidados a votar. Devemos votar para escolhermos a pessoa mais capaz de ajudar no desenvolvimento do nosso país, mas ainda não sei se vou votar porque nem pensei em candidatos e nem vi a lista dos candi-datos. Não concordo com o facto dos estrangeiros po-derem votar, porque nem sempre sabem a realidade do país. A CNE precisa de mais fiscalização no terre-no, no sentido de passar mais confiança aos eleitores para exercerem seu voto em liberdade e democracia.

Moustapha Sacc – vendedor, Senegal, residente na Praia

-Espero ir votar e esco-lher o meu candidato; um candidato que trabalhe. Ainda não pensei em ne-nhum candidato, estou à procura daquele que traba-lha e que esteja no bom ca-minho, não aquele que fala e não faz nada. Acho que todos devemos votar, por-que é um direito mas tam-bém um dever. Penso que, quem de direito (CNE), precisa sair mais à rua e

falar com as pessoas que não conhecem a importância do voto e o seu significado para um país, e fazê-los perceber isso.

Alexandra Rodrigues – estudante, Santo Antão

-Nas próximas eleições, os candi-datos devem priorizar os jovens em termo de apoio no estudo e também no trabalho. Na minha localidade já sei em quem votar, porque o atual presidente não fez nada, e nem vai fazer nada pelo desenvolvimento, principalmente agora na oposição. Vou votar e acho que quem deve fa-zê-lo tem de ter nacionalidade cabo--verdiana, porque se eu não tenho direito de participar na vida política dos estrangeiros, acho que eles tam-bém não têm o direito de participar na nossa.

•Depoimentos recolhidos pelas estagiárias: Paula Tavares e Maria Tavares

Exame

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A Nação PUBLICIDADEA Nação

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