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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano X – nº 14 – Porto Alegre, sexta-feira, 23 de janeiro de 2015 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Expediente Secretaria dos Órgãos Julgadores Expediente SPLE Nro 18/2015 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 860

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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno X n 14 Porto Alegre, sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

PUBLICAES JUDICIAIS

SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEES

Expediente

Secretaria dos rgos Julgadores

Expediente SPLE Nro 18/2015

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

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AUTOS COM DESPACHO

APELAO CVEL N 2005.04.01.035190-3/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : EDMAR RENY SPERB sucessoADVOGADO : Marcal Eron Pires da Silveira

DECISO

Trata-se de petio apresentada pelo INSS informando que no se ope integrao da herdeira do de cujus a lide, entretanto, requer a decretao da nulidade doprocesso de execuo, incluindo-se os atos praticados a partir do bito do autor,considerando que a execuo teve incio em 19/03/2001 (fls. 130) e o autor faleceu em08/07/1997.

Decido.

Registre-se que somente em 20/06/2014 foi informado o falecimento doembargado, ocorrido em 08/07/1997, e de seu procurador, em 19/03/2011, ocasio em que foirequerida a habilitao da herdeira Gesiane Teresinha da Silva Sperb (fls. 123).

Vale referir que o processo de conhecimento transitou em julgado em22/02/2001 e a execuo foi proposta em 19/03/2001.

No obstante o longo tempo decorrido entre o bito do autor e a propositura daexecuo, tenho que no o caso de reconhecer a nulidade de todos os atos do processo. Istoporque, importa consignar que o procedimento mais adequado teria sido suspender oprocesso de conhecimento at a regularizao da capacidade processual, nos termos do art.265, I, do CPC, o que no foi realizado por desconhecimento acerca do advento morte, tantopor parte do procurador do demandante quando do Juzo; circunstncia esta que impediria,inclusive, a fluncia de eventual prazo prescricional.

No realizada a suspenso do processo no momento adequado, considerando osprincpios da economia e celeridade processuais e tratando-se de vcio sanvel, jregularizado neste momento, no merece acolhida o pedido de nulidade dos atos processuaisocorridos entre o bito e a habilitao da sucesso.

Ante o exposto, indefiro o pedido do INSS de fl. 137.

Intimem-se. Em seguida, determino o retorno dos autos Vice-Presidncia parajuzo de admissibilidade do recurso extraordinrio.

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2014.APELAO CVEL N 2009.71.99.002256-7/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA

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APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ALENCAR PALHANO FORTEADVOGADO : Diogenes Conte e outro

DECISO

Converto o julgamento em diligncia.

Aps examinar o feito, para melhor esclarecer os fatos do processo, entendonecessria a complementao do laudo pericial das fls. 74/77, devendo o perito esclarecer oseguinte:

1) Na percia realizada, quem acompanhou o perito, prestando as informaes edocumentos necessrios confeco do laudo? Esclarea o perito se as informaes acercadas atividades descritas no laudo foram baseadas exclusivamente nos relatos da parte autoraou se houve o acompanhamento de representante da Prefeitura de So Jos do Ouro(devidamente identificado) e consulta a documentos da empregadora acerca dos registrosfuncionais da parte autora.

2) Considerando a referncia periculosidade como possvel risco ocupacional(item 5.d), indique o perito expressamente o(s) agente(s) causador(es) do risco.

3) Na hiptese de exposio ao agente fsico eletricidade, dever o peritoesclarecer qual/quais a/as tenso/tenses a que a parte autora estava exposta, bem como sehavia exposio habitual e permanente a tenses superiores a 250 volts.

4) Outros esclarecimentos que possa o Sr. Perito prestar para melhor elucidaoda causa.

Da complementao do laudo, d-se vista s partes.

Concludas as diligncias, para as quais estipulo o prazo de 60 dias, com asprovidncias de praxe, voltem os autos conclusos.

Intimem-se.

Porto Alegre, 15 de dezembro de 2014.

ATO ORDINATRIO

APELAO CVEL N 0009194-31.2012.404.9999/RSAPELANTE : GILMAR SCARIOTADVOGADO : Elisandra Kleber Piva

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

Ficam as partes intimadas do retorno dos autos a esta Corte, bem como para quese manifestem, querendo, sobre a documentao juntada, no prazo legal.

Porto Alegre - RS, 19 de dezembro de 2014.

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Jaqueline Paiva Nunes GoronDiretora de Secretaria

APELAO CVEL N 0003464-05.2013.404.9999/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : KUNO MULLERADVOGADO : Eliane Patricia Boff

DECISO

Trata-se de embargos de declarao opostos pela parte autora da deciso que,com fundamento no art. 557, 1 - A, do CPC, deu provimento apelao do INSS e remessa oficial, para declarar a decadncia do direito de reviso do ato de concesso dobenefcio previdencirio.

Alega a parte autora, em sntese, que a deciso foi contraditria ao decretar adecadncia do direito da reviso e contrria ao posicionamento do STJ sobre a matria.

o relatrio. Decido.

A deciso embargada reconheceu a decadncia do direito da parte autora derevisar o ato concessrio do seu benefcio previdencirio nos seguintes termos:

DecadnciaDecidiu o Supremo Tribunal Federal, em sede de repercusso geral (RE 626489), que anorma processual de decadncia incide a todos benefcios previdencirios concedidos,desde o dia primeiro do ms seguinte ao do recebimento da primeira prestao a partir de01/08/97 (pela vigncia da MP n 1.523-9/97). Decorre da o impedimento reviso doato de concesso do benefcio sob qualquer justificativa (alterao da RMI pela inclusode tempo, sua classificao como especial, erros de clculo do PBC...).Como decorrncia da actio nata somente se computa a decadncia com o surgimento dodireito pela comunicao de encerramento do processo administrativo ou por fatoposterior (alterao legal ou administrativa nos benefcios pagos).De outro lado, do voto do Relator do RE 626.489 extrai-se no incidir a decadncia sobreo direito fundamental previdncia social, que sempre poder ser postulado, assim nose aplicando a decadncia para pleito de benefcio integralmente denegado.Esclareo que uma vez estabelecidos os parmetros para a fixao do termo inicial dacontagem do prazo decadencial, conforme acima referido, no se pode cogitar queposterior requerimento administrativo de reviso venha criar excepcional hiptese desuspenso ou, menos ainda, de interrupo do prazo decadencial.Na espcie, ocorreu a DIP em 03/07/1992 (fl. 10) e o ajuizamento desta ao em28/07/2010 deu-se aps o prazo decenal, sem notcia de intermedirio recursoadministrativo ou judicial, pelo que reconheo como consumada a decadncia ao direitode reviso do ato administrativo, na forma do art. 103 da Lei n 8.213/91 c/c art. 269, IV,do CPC.

Como se v, a deciso foi devidamente fundamentada, entendendo que mesmoos casos em que o segurado pretende o reconhecimento de tempo e sua classificao comoespecial, como o caso dos autos, esto sujeitos ao prazo decadencial.

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Portanto, o pleito de reforma da deciso no encontra supedneo nas hipteseslegais (omisso, contradio e obscuridade) de cabimento dos embargos declaratrios,mostrando-se incabvel sua oposio. Destaque-se que os efeitos modificativos (infringentes)do julgado ou deciso so avessos aos embargos declaratrios, os quais so recurso apenasde forma, cujo objetivo o aperfeioamento da deciso judicial, no a redeciso da matriajulgada.

Contudo, por economia processual, e tendo em vista o disposto nas Smulas 282e 356 do Excelso STF e 98 do Egrgio STJ, dou por prequestionados os dispositivossuscitados.

Ante o exposto, dou parcial provimento aos embargos de declarao, apenaspara fins de prequestionamento.

Porto Alegre, 04 de dezembro de 2014.APELAO CVEL N 0007182-10.2013.404.9999/PRRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDAAPELANTE : OZELIA DA SILVA CAVALHEIROADVOGADO : Levi de Castro Mehret

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DESPACHO

Transcorrido o prazo recursal, Secretaria para encaminhar os autos Vara deorigem, a quem caber a anlise do pedido de dilao do prazo (fl. 75).

Intime-se. Cumpra-se.

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0003291-68.2014.404.0000/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : MARIA ELOA SCHUQUEL RAMIRESADVOGADO : Heitor Paveglio

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostoem face da deciso da MM. Juza de Direito da 2 Vara Cvel da Comarca de So LuizGonzaga/RS que, em sede de execuo de sentena, determinou ao INSS a elaborao dosclculos de liquidao de sentena (fl. 37).

Sustenta o INSS que tal ordem se afigura manifestamente ilegal, pois contraria o

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disposto no art. 475-B do CPC. Afirma que j colacionou aos autos os dados necessrios apurao, pela parte autora, de eventuais crditos. Pugna, assim, pela reforma do decisum,argumentando que, a seu ver, nada mais devido a ttulo de penso por morte, restandoapenas o pagamento dos honorrios advocatcios.

o sucinto relatrio. Decido.

Merece prosperar a pretenso da parte agravante.

As Turmas especializadas em direito previdencirio tm entendido que, antes deiniciar a fase executiva, deve-se oportunizar ao INSS a apresentao de clculo dos valoresque entende devidos. De tal determinao decorrem trs possibilidades: a) se o INSSapresenta a conta e o credor manifesta concordncia, inicia-se a fase executiva sem oarbitramento de honorrios advocatcios, o que no afasta a necessidade de prosseguimentopelo rito do art. 730 do Cdigo de Processo Civil; b) se o INSS apresenta a conta e o credordiscorda, dever este apresentar os seus clculos, momento em que o magistrado a quodever arbitrar-lhe verba honorria e prosseguir no rito do art. 730 do CPC; c) se o INSS noapresenta a conta, decorrido o prazo que lhe foi estipulado abre-se a possibilidade da partecredora apresentar a conta e propor a execuo contra a Fazenda Pblica, com a fixao deverba advocatcia.

Contudo, tal faculdade (de apresentar a conta de liquidao) no pode ser vistacomo uma determinao cogente, notadamente quando a Autarquia sustenta a inexistncia devalores pendentes de pagamento.

Neste contexto, manifestando o INSS no ter interesse em apresentar clculo deliquidao e tendo fornecido os elementos necessrios apurao da conta pela parte autora,deve ser observado o procedimento descrito no item 'c' acima (se o INSS no apresenta aconta, decorrido o prazo que lhe foi estipulado abre-se a possibilidade da parte credoraapresentar a conta e propor a execuo contra a Fazenda Pblica, com a fixao de verbaadvocatcia).

Assim, cabe parte autora prosseguir com a execuo de sentena, na forma doart. 730 do CPC, apresentando a memria de clculo correspondente.

A propsito, colaciono os seguintes precedentes desta Corte:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIRIO. EXECUO. APRESENTAO DEMEMRIA DE CLCULO.1. A apresentao da memria de clculo constitui, como regra, ato privativo do credor.No entanto, o Cdigo obriga o devedor a fornecer os dados necessrios elaborao damemria discriminada de clculo.2. Hiptese em que o INSS est dispensado de apresentar os clculos relativos liqidao de sentena, embora possa faz-lo espontaneamente, se assim desejar.Todavia, os dados necessrios elaborao da conta devero ser informados pelaautarquia, no prazo assinado pelo magistrado singular, caso ainda no constem dosautos.(AG n. 0012396-74.2011.404.0000/RS, 5 Turma, Rel. Des. Federal RICARDO TEIXEIRADO VALLE PEREIRA, D.E. 09-12-2011)

PREVIDENCIRIO. PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO DESENTENA. MEMRIA DE CLCULO. APRESENTAO. CREDOR.

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SENTENA. MEMRIA DE CLCULO. APRESENTAO. CREDOR.De acordo com o art. 475-B do CPC, acrescentado pela a Lei 11.232/2005, com vignciaa partir de 24-6-2006, a apresentao da memria de clculo constitui, como regra, atoprivativo do credor.(AG n. 2007.04.00.010036-0/RS, 6 Turma, Rel. Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOSLAUS, D.E. 09-05-2008)

Diante desse contexto, h de ser deferido o efeito suspensivo, eximindo-se oINSS de apresentar os referidos clculos relativos liquidao de sentena. Todavia, se amagistrado a quo entender serem insuficientes os dados constantes dos autos para aelaborao da conta, dever assinar prazo para que estes sejam informados pela Autarquia.

Registre-se, por oportuno, que, caso a parte autora seja beneficiria da justiagratuita, poder requerer a remessa dos autos Contadoria Judicial para elaborao da conta,conforme preceitua o art. 475-B, 3, do CPC.

ISTO POSTO, defiro o efeito suspensivo para eximir o INSS de apresentar osclculos relativos liquidao.

Intimem-se, sendo a parte adversa nos termos do art. 527, V, do CPC.

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0003506-44.2014.404.0000/PRRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : FATIMA MARIA DOS SANTOS BURIOLAADVOGADO : Guilherme Costa Terceiro e outro

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostoem face da deciso que, em sede de ao ordinria objetivando o restabelecimento dobenefcio de auxlio-doena com converso em aposentadoria por invalidez, deferiu aantecipao dos efeitos da tutela (fl. 47).

Sustenta o INSS a inexistncia de elementos que permitam afirmar oimplemento dos requisitos legais para a concesso imediata do benefcio, porquanto osatestados mdicos particulares no constituem prova inequvoca apta a afastar a presunode veracidade e legitimidade da percia mdica autrquica.

o sucinto relatrio. Decido.

De incio, necessrio pontuar que a percia mdica realizada pelo INSSconstitui ato administrativo e, como tal, possui presuno de legitimidade, somente sendoafastado por vigorosa prova em contrrio.

Seria admissvel desconsiderar a percia administrativa ante (a) novos atestadosmdicos (que comprovariam situao diversa daquela presente quando da percia no INSS);

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(b) atestados mdicos de especialistas (quando esta especialidade no tinha o responsvelpela percia do INSS); ou (c) atestados mdicos fornecidos por maior nmero de profissionaisdo que os signatrios da percia administrativa. Invivel transformar a presuno delegitimidade dos atos administrativos e a f pblica dos servidores pblicos - situaoequiparvel em que se encontra o mdico perito do INSS - em presumida desconfianajudicial dos critrios adotados no processo administrativo.

Destarte, visando a comprovar sua incapacidade laborativa e infirmar aconcluso mdico-pericial do INSS, a autora juntou exames mdicos (fls. 16, 23-verso,24/26), receiturios de prescries medicamentosas (fls. 14-verso, 15, 17-verso, 18, 33/36) esete atestados mdicos subscritos por trs profissionais (fls. 15-verso, 17, 18-verso, 19,38/39), sendo que apenas o atestado mdico firmado pelo Dr. Lysenor C. Alcntara (fl. 15-verso), em 28-02-2014, contemporneo ltima negativa administrativa.

Contudo, o Dr. Lysenor indica a necessidade de afastamento das atividadeslaborativas por sessenta dias, perodo que chegou a seu termo final em abril/2014, h cercade oito meses.

Por fim, o fato de o INSS ter reconhecido a incapacidade da seguradaanteriormente um indcio que litiga em prol do agravante, porquanto denota, numa anliseprima facie, que o cancelamento do benefcio ocorreu porque efetivamente houve arecuperao da capacidade laboral.

Assim, diante da inexistncia, em sede de juzo perfunctrio, de elementos queagreguem verossimilhana ao direito alegado pela autora, configura-se indevida aantecipao dos efeitos da tutela, devendo a concluso da percia autrquica prevalecer atser infirmada ou corroborada por percia mdica judicial a ser realizada durante a instruo.

ISTO POSTO, defiro o pedido de efeito suspensivo, nos termos dafundamentao.

Comunique-se ao Juzo de origem.

Intime-se a parte adversa para os efeitos do art. 527, V, do CPC.

Porto Alegre, 15 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0003632-94.2014.404.0000/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDAAGRAVANTE : JOAO CARLOS ROSA DA SILVAADVOGADO : Miriam Matias de Souza e outro

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DECISO

Em consulta ao processo de origem no site do Tribunal de Justia do Estado doRio Grande do Sul, verifico que, em 21/10/2014, foi proferida sentena extintiva no feito queoriginou este agravo de instrumento. Assim, a situao em que proferida a deciso agravada

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no mais subsiste, restando prejudicado o presente recurso.

ISTO POSTO, nego seguimento ao agravo de instrumento, com base no art.557 , caput, do CPC, e no art. art. 37, 2, II, do Regimento Interno desta Corte, porprejudicado.

Aps o decurso do prazo para manifestao, d-se baixa na distribuio eremetam-se os autos origem.

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0003756-77.2014.404.0000/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : ARTHUR OSMAR FERNANDES TELLESADVOGADO : Taciane Durigon Biasotto e outros

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostoem face da deciso da MM. Juza de Direito da Comarca de Tapejara/RS que, em sede de aoprevidenciria objetivando o reconhecimento do exerccio de atividade rural emdeterminados perodos, deferiu a antecipao dos efeitos da tutela, determinando ao INSS aapresentao do clculo atualizado do dbito relativo s contribuies devidas pelo autor de01-11-1991 a 31-08-1994, sem a incidncia de multa e juros de mora.

Sustenta o INSS o no preenchimento de um dos requisitos sem os quais indevida a antecipao dos efeitos da tutela, qual seja a urgncia, pois h "absolutaimpossibilidade de dano irreparvel na no emisso de um clculo". Pugna, assim, pelareforma do decisum.

o sucinto relatrio. Decido.

A deciso agravada assim disps (fl. 09):

Vistos.

1. Para o deferimento do pedido de antecipao de tutela, como cedio, necessria aexistncia de verossimilhana das alegaes com base em prova inequvoca, alm deperigo de dano irreparvel ou de difcil reparao ou propsito protelatrio do ru(artigo 273, do Cdigo de Processo Civil). No caso em tela, aps anlise dos autos,entendo cabvel o pedido do autor em sede de antecipao de tutela, uma vez que hverossimilhana em suas alegaes com base em prova inequvoca. Ademais, necessrio oconhecimento do autor acerca do valor devido a ttulo de contribuies previdenciriasem caso de procedncia da demanda.

2. Em razo do exposto, defiro o pedido de antecipao de tutela para o efeito dedeterminar ao INSS que apresente, no prazo de 10 dias, o clculo atualizado do dbitorelativo s contribuies devidas pelo autor de 01.11.1991 at 31.08.1994, sem a

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incidncia de multa e juros de mora.

3. Apresentado o clculo, d-se vista ao autor to somente para que tome cincia, sendoque eventual pagamento ser determinado aps por este Juzo.

O provimento antecipatrio pressupe a coexistncia de verossimilhana dasalegaes da parte e de fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao. Comefeito, ele visa a assegurar o resultado prtico do reconhecimento do direito antes do trnsitoem julgado e, devido a seu carter excepcional, cabvel somente em situaes especficas,discriminadas no artigo 273 do Cdigo de Processo Civil.

Em que pese a magistrada a quo tenha concludo pela demonstrao daverossimilhana do direito postulado, no observo a existncia de perigo de dano irreparvelou de difcil reparao a ser ensejado pelo trmite regular do processo, na medida em que acincia, por parte do autor, para posterior pagamento do valor atualizado do dbito relativos contribuies previdencirias em atraso, s se far necessria se for reconhecido nasentena o exerccio de atividade rural no perodo em questo.

ISTO POSTO, defiro o efeito suspensivo, nos termos da fundamentao.

Comunique-se.

Intimem-se, sendo a parte adversa nos termos do art. 527, V, do CPC.

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0006693-60.2014.404.0000/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDAAGRAVANTE : ROGERIO LUIZ DO NASCIMENTOADVOGADO : Joo Marcos Duarte Guar

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de antecipao de tutelarecursal, interposto em face de deciso que, em ao ordinria objetivando orestabelecimento de auxlio-doena, indeferiu o pedido de provimento antecipatrio para aimediata implementao do benefcio.

Sustenta o agravante que, presente nos autos prova inequvoca dos elementosautorizadores concesso do benefcio, bem como a urgncia no seu restabelecimento,cumpre a imediata implementao do auxlio-doena, pois, diversamente do que entendeu apercia mdica administrativa, o quadro incapacitante - decorrente de problemas na coluna -permanece, devendo, portanto, ser restabelecido o benefcio.

o relatrio. Decido.

De incio, necessrio pontuar que a percia mdica realizada pelo INSS

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constitui ato administrativo e, como tal, possui presuno de legitimidade, somente sendoafastado por vigorosa prova em contrrio.

Seria admissvel desconsiderar a percia administrativa ante (a) novos atestadosmdicos (que comprovariam situao diversa daquela presente quando da percia no INSS);(b) atestados mdicos de especialistas (quando esta especialidade no tinha o responsvelpela percia do INSS); ou (c) atestados mdicos fornecidos por maior nmero de profissionaisdo que os signatrios da percia administrativa. Invivel transformar a presuno delegitimidade dos atos administrativos e a f pblica dos servidores pblicos - situaoequiparvel em que se encontra o mdico perito do INSS - em presumida desconfianajudicial dos critrios adotados no processo administrativo.

H que se referir que, para a concesso de tutela antecipada, no se exige provavigorosa, mas sim a verossimilhana do direito postulado.

Destarte, objetivando comprovar sua incapacidade laborativa e infirmar aconcluso mdico-pericial do INSS, o agravante juntou exames mdicos (fls. 62/70),receiturios de prescries medicamentosas (fls. 46/47) e atestados mdicos (fls. 39/41,43/45, 49, 51/61 e 131).

O atestado mdico assinado em 21/07/2014 pelo Dr. Mrcio L. Damin,ortopedista/traumatologista, afirma que o recorrente foi submetido cirurgia na cervical em10-02-2009 e que a ressonncia magntica da lombar mostra alteraes degenerativas, razopela qual no apresenta condies para o trabalho, necessitando de afastamento (fl. 39). J oatestado firmado pelo mesmo profissional em 08/10/2014 refere que a eletroneuromiografiamostrou radiculopatia cervical, e novamente afirma o estado incapacitante, mas agora deforma definitiva (fl. 131).

O Dr. Alexandre Rodrigues da Silva, mdico neurologista, refere o"comprometimento neurolgico devido hrnia de disco cervical e lombar", "j submetido laminectomia cervical, sem resultado", "com piora radiolgica", estando incapacitado para otrabalho, motivo pelo qual sugere seja aposentado por invalidez (fls. 40/41).

Por fim, o Dr. Daniel Souto, ortopedista/traumatologista, corroborando odiagnstico fornecido por seus colegas, refere a "ps artrodrese da coluna cervical comsintomas de compresso radicular", bem como a necessidade de afastamento das atividadeslaborativas por tempo indeterminado (fls. 45 e 48).

Os referidos atestados mdicos so contemporneos negativa da AutarquiaPrevidenciria e contundentes quanto existncia de incapacidade laborativa, alm de seremsubscritos por mdicos especializados nas reas correspondentes s doenas que acometem oagravante.

Ademais, verifico que o autor j havia ingressado em juzo contra o INSSanteriormente pleiteando a concesso do referido benefcio em decorrncia da mesmamolstia, sendo que a ao foi julgada procedente com base no contedo constante do laudomdico pericial (fls. 24-28 - processo n. 068/1.07.0001901-5). Assim, entendo que litiga emseu favor o fato de a Autarquia ter-lhe negado anteriormente o benefcio de auxlio-doenadevido constatao de capacidade laborativa e, em juzo, a percia mdica chegar concluso diversa.

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Assim, considerando que (a) as enfermidades a que se encontra acometido oautor so as mesmas que ensejaram a concesso do auxlio-doena anteriormente, e (b) tendoos documentos juntados confirmado no apenas a existncia das molstias, mas tambm aexistncia de inaptido laboral delas decorrentes - elemento autorizador concesso doauxlio-doena -, faz jus o autor ao referido benefcio.

Portanto, diante desse contexto, entendo que o agravante se desincumbiu donus de carrear aos autos elementos suficientes a conferir verossimilhana a suas alegaes,motivo pelo qual deve ser reformada a deciso recorrida.

ISTO POSTO, defiro o pedido de antecipao de tutela recursal, nos termos dafundamentao.

Comunique-se ao Juzo de origem com urgncia.

Intimem-se, sendo a parte adversa nos termos e para os fins do artigo 527,inciso V, do Cdigo de Processo Civil.

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007152-62.2014.404.0000/PRRELATOR : Juiz Federal PAULO PAIM DA SILVA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : ILSON MILANIADVOGADO : Silvia Regina Gazda e outro

DECISO

Cuida-se de agravo de instrumento interposto contra deciso que rejeitoualegao do INSS para fins de que fosse declinada da competncia para a Unidade Avanadade Atendimento da Justia Federal em Astorga-PR.

Sustenta o Agravante a incompetncia absoluta da Comarca de Astorga-PR,tendo em vista o disposto na Resoluo n 63 desta Corte, que criou a Unidade Avanada deAtendimento da Justia Federal em Astorga-PR.

Conforme se extrai da anlise dos autos, a ao foi ajuizada em 23-07-2014,portanto aps a criao da Unidade Avanada de Atendimento (UAA) da Justia Federal emAstorga, nos termos da Resoluo n 63/2014 do TRF4, de 30-04-2014, que assim dispe

Art. 1 Instituir, a partir de 08/05/2014, a Unidade Avanada de Atendimento da JustiaFederal em Astorga/PR.Art. 2 Compete Unidade Avanada de Atendimento da Justia Federal em Astorga,processar e julgar as causas previdencirias do juzo comum e os executivos fiscais eprocessos conexos, da competncia delegada, bem como as aes de competncia dosjuizados especiais federais da jurisdio sobre os municpios de Astorga, Iguarau,Jaguapit, Munhoz de Melo, Pitangueiras, Sabudia e Santa F. 1 As aes das localidades de Astorga, Iguarau, Munhoz de Melo, Sabudia e Santa

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F sero processadas e julgadas pelas varas que compem a Subseo Judiciria deMaring, de acordo com suas competncias. 2 As aes das localidades de Jaguapit e Pitangueiras sero processadas e julgadaspelas varas que compem a Subseo Judiciria de Londrina, de acordo com suascompetncias.Art. 3 Os servidores e estagirios da unidade avanada tambm tero atribuio para aprtica de atos voltados tramitao dos processos, cabendo Direo do Foro daSubseo Judiciria de Maring coordenar e organizar, no mbito administrativo, osservios a serem realizados, sempre em colaborao e harmonia com o solicitado pelosjuzos das varas competentes.Art. 4 Esta resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

No caso dos autos, tendo a ao sido ajuizada aps a instalao da UnidadeAvanada da Justia Federal no municpio em que a parte autora domiciliada, entendo sercaso de competncia da Unidade Avanada, nos termos da sentena.

A propsito do tema, transcrevo comentrio da Desembargadora Federal VniaHack de Almeida, por ocasio do julgamento do AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0005567-72.2014.404.0000/PR, na sesso da Sexta Turma desta Corte, de 26-11-2014:

O RE n 293.246-9, analisando exceo de incompetncia, definiu ser vivel "em prol dacomodidade processual do segurado" a opo pelo ajuizamento de ao previdenciriana: a) Justia Estadual instalada no Foro do domiclio do segurado; b) Justia Federal(no instalada no municpio do domiclio do autor, porm com competncia jurisdicionalsobre a referida localidade); c) Varas Federais da Capital do Estado Membro (no casotratava-se da 11 Vara Federal Previdenciria de Porto Alegre).Contudo, creio que o referido precedente no interpretou o 3 do art. 109 da CF aoponto de ampliar os casos de competncia delegada para a Justia Estadual de municpioem que h sede de Justia Federal, porque, nestes casos, j se est conferindo o amploacesso jurisdio e, com isto, resta atendida a finalidade da norma constitucionalprevista no art. 5, XXXV.Assim, a meu ver, aps a criao de Unidade Avanada no municpio em que domiciliadoo segurado, a opo pelo ajuizamento na Justia Estadual no mais subsiste, porquantono verifico a presena da hiptese constitucional de delegao de competncia,podendo o segurado optar entre ajuizar a ao na Justia Federal instalada no seudomiclio ou na Justia Federal da Capital do Estado Membro. (Grifei)

No mesmo sentido, o entendimento da Quinta Turma desta Corte, conforme seextrai do seguinte precedente:

PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. INSTALAO DE UNIDADE AVANADA DEATENDIMENTO DA JUSTIA FEDERAL. REMESSA DO PROCESSO PARA O JUZOCOMPETENTE. Sendo o demandante residente e domiciliado na cidade em que houveinstalao de Unidade Avanada de Atendimento (UAA), impe-se remessa dos autos parao referido posto avanado da Justia Federal, que detm a competncia para processar ejulgar o feito. (TRF4, APELAO CVEL N 0003975-66.2014.404.9999, 5 TURMA, Des.Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, POR UNANIMIDADE, D.E.16/05/2014, PUBLICAO EM 19/05/2014)

Frente ao exposto, defiro o pedido de efeito suspensivo.

Comunique-se ao Juzo de origem. Intimem-se, sendo a parte agravada na formae para os fins legais.

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Porto Alegre, 16 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007184-67.2014.404.0000/PRRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDAAGRAVANTE : MARIA MADALENA PFEIFERADVOGADO : Alcemir da Silva Moraes

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto em face da deciso do MM. Juizde Direito da Comarca de Marechal Cndido Rondon/PR que, em sede de ao ordinriaobjetivando a concesso de aposentadoria por idade hbrida, indeferiu o pedido deantecipao dos efeitos da tutela (fls. 36/37).

Sustenta a agravante o preenchimento dos requisitos autorizadores concessoda medida liminar, razo pela qual pugna pela antecipao da tutela recursal a fim de queseja determinado ao INSS a imediata implementao da aposentadoria postulada.Prequestiona o artigo 30 do Estatuto do Idoso (Lei n. 10.741/2003) e o artigo 273 do CPC.

o sucinto relatrio. Decido.

Compulsando os autos, verifico que, conforme informaes constantes doComunicado de Deciso do INSS (fl. 28), o indeferimento administrativo deu-se em razo dono cumprimento da carncia mnima exigida, na medida em que foi apurado um total de 140contribuies mensais a partir da data de filiao ao RGPS (20-12-1990).

Estes os contornos da espcie.

Pois bem. Ainda que os documentos trazidos aos autos pelo autora sirvam deincio de prova material, e apesar de os argumentos por ela explanados mostrarem-serelevantes, o direito concesso de aposentadoria por idade hbrida, mediante oreconhecimento de atividade rural em determinados perodos, constitui matria que requerdilao probatria, a fim de se proceder a uma anlise mais apurada dos fatos, nocomportando, por ora, deciso in limine.

Saliente-se que, optando a autora por ajuizar ao que tramita pelo ritoordinrio, est-se sujeitando, via de regra, a um procedimento que demanda extensa dilaoprobatria, devido inexistncia de cabal demonstrao de direito lquido e certo.

Todavia, ainda que se abstrasse a discusso acerca da verossimilhana dodireito alegado, da leitura dos autos no verifico a existncia de fundado receio de danoirreparvel ou de difcil reparao, uma vez que, a fim de demonstrar o preenchimento dopressuposto, a recorrente apenas menciona a idade avanada (64 anos) e o carter alimentardo benefcio postulado.

Registre-se que a natureza alimentar dos benefcios previdencirios, por si s,no basta para configurar o preenchimento do segundo requisito legal da tutela antecipada,

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qual seja, risco de dano irreparvel ou de difcil reparao. At mesmo porque, se assimfosse, todos os benefcios previdencirios teriam de ser pagos imediatamente, dado ao carteralimentar que lhes nsito.

Diante desse contexto, no h reparos a serem feitos na deciso hostilizada.

ISTO POSTO, indefiro o pedido de antecipao de tutela recursal.

Intime-se a parte agravada nos termos do art. 527, V, do CPC.

Porto Alegre, 12 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007205-43.2014.404.0000/PRRELATOR : Des. Federal LUIZ CARLOS DE CASTRO LUGON

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : LUIS CARLOS BALIANAADVOGADO : Silvia Regina Gazda e outro

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso que, em aoordinria, indeferiu o pedido de reconhecimento da incompetncia absoluta da Comarca deAstorga. Sustenta o agravante que, em vista da recente Resoluo n 63 do Tribunal RegionalFederal, de 30 de abril de 2014, que criou a Unidade Avanada de Atendimento da JustiaFederal em Astorga/PR, deve ser reconhecida a incompetncia da Justia Estadual para ojulgamento do feito. Postula, assim, a agregao de efeito suspensivo ao agravo.

Brevemente relatado, decido.

Est definida no art. 109, I, da Constituio Federal, a competncia para oprocessamento e o julgamento de aes judiciais que tenham por objeto os benefcios daPrevidncia Social, conforme se pode ver, in verbis:

Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:I - as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal foreminteressadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia,as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho;

O pargrafo terceiro do citado dispositivo constitucional, por sua vez, fazpreviso acerca da exceo feita nos casos em que no h Juzo Federal no foro de domicliodo segurado, segundo se v:

3 - Sero processadas e julgadas na justia estadual, no foro do domiclio dossegurados ou beneficirios, as causas em que forem parte instituio de previdnciasocial e segurado, sempre que a comarca no seja sede de vara do juzo federal, e, severificada essa condio, a lei poder permitir que outras causas sejam tambmprocessadas e julgadas pela justia estadual.

A maior amplitude de acesso justia para os potenciais beneficirios da

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previdncia social um exemplo caracterstico de sensibilidade do constituinte aos termosparticulares da lide previdenciria, especialmente a presumvel hipossuficincia do autor dademanda, a natureza alimentar da verba em discusso e a capilaridade representativa daAdministrao Previdenciria.

Assim, muito embora a regra seja de competncia da Justia Federal paraprocessamento e julgamento das aes previdencirias, h exceo que leva em consideraoa competncia em razo do domiclio do segurado, pois h lei especfica permitindo adelegao da competncia federal Justia Estadual, salientando-se nesse sentido o art. 15,III, da Lei n 5.010/1966, a seguir colacionado:

"Art. 15. Nas Comarcas do interior onde no funcionar Vara da Justia Federal (artigo12), os Juzes Estaduais so competentes para processar e julgar:(...)III - os feitos ajuizados contra instituies previdencirias por segurados ou beneficiriosresidentes na Comarca, que se referirem a benefcios de natureza pecuniria. (VideDecreto-Lei n 488, de 1969)"

A Resoluo n 63/2014 do TRF4, que criou a unidade Avanada da JF emAstorga, no altera essa lgica de amplo acesso justia.

No caso em comento, o domiclio da parte autora no sede de vara do juzofederal, sendo assegurada sua opo pelo ajuizamento da demanda perante a Justia Estadualda comarca em que reside ou no mbito da Justia Federal com jurisdio sobre o municpiode seu domiclio, concorrentemente.

A instituio de Unidade de Atendimento visa facilitao do acesso dojurisdicionado Justia Federal, proporcionando-lhe alternativas ao deslocamento(independentemente do valor da causa, se superior ou inferior a 60 salrios-mnimos).Ausente, no caso, criao de unidade jurisdicional autnoma; e, insista-se, mesmo com acriao de vara do juzo federal, persistiria a faculdade do segurado quanto eleio do foropara processamento e anlise da causa previdenciria.

Essa linha de pensamento encontra-se, a meu ver, consentnea com a ratio legisda norma inserta no art. 109, 3, da CF/88: facilitar o acesso justia, ampliando spossibilidades que se submetem nica e exclusivamente convenincia do segurado daPrevidncia Social.

Esse o entendimento consolidado no mbito do Supremo Tribunal Federal,como se observa da edio da Smula 689: "O segurado pode ajuizar ao contra ainstituio previdenciria perante o juzo federal do seu domiclio ou nas varas federais daCapital do Estado-membro".

Nesse mesmo sentido se encontra a jurisprudncia desta Corte Regional:

AGRAVO. PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. COMPETNCIA DELEGADA. RITOESPECIAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. 1. No caso de ao previdenciriamovida contra o INSS, o Supremo Tribunal Federal sufragou o entendimento, adotadotambm por esta Corte, de ser concorrente a competncia do Juzo Estadual do domicliodo autor, do Juzo Federal com jurisdio sobre o seu domiclio e do Juzo Federal dacapital do Estado-membro, devendo prevalecer a opo exercida pelo segurado (STF,Tribunal Pleno, RE n. 293.246/RS, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJU 02-04-2004; Smula 689

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do STF; Smula 08 do TRF da 4. Regio). 2. No possvel a aplicao do ritoestabelecido na Lei n. 10.259/01 aos processos que tramitam na Justia Estadual emrazo da delegao de competncia. Precedentes. (TRF4, AG 0004464-64.2013.404.0000, Sexta Turma, Relator Celso Kipper, D.E. 18/09/2013)

Quanto ao tema especfico, isto , a competncia para processamento e anliseda ao previdenciria quando o domiclio do autor no sede de vara de juzo federal, masabrangido por unidade de atendimento; j decidiu esta 5 Turma pela persistncia dafaculdade do segurado (TRF4, AG 0002358-95.2014.404.0000, Quinta Turma, Relatora TasSchilling Ferraz, D.E. 22/08/2014).

Indefiro o pedido de efeito suspensivo ao agravo.Intime-se a parte agravada para resposta.

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007206-28.2014.404.0000/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : MARLI TERESA REBINSKIADVOGADO : Iracildo Binicheski e outro

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostoem face da deciso que, em sede de ao ordinria objetivando a concesso de aposentadoriapor invalidez ou de auxlio-doena, deferiu a antecipao dos efeitos da tutela.

Sustenta o INSS a inexistncia de elementos que permitam afirmar oimplemento dos requisitos legais para a concesso imediata do benefcio, porquanto osatestados mdicos particulares no constituem prova inequvoca apta a afastar a presunode veracidade e legitimidade da percia mdica autrquica.

o sucinto relatrio. Decido.

De incio, necessrio pontuar que a percia mdica realizada pelo INSSconstitui ato administrativo e, como tal, possui presuno de legitimidade, somente sendoafastado por vigorosa prova em contrrio.

Seria admissvel desconsiderar a percia administrativa ante (a) novos atestadosmdicos (que comprovariam situao diversa daquela presente quando da percia no INSS);(b) atestados mdicos de especialistas (quando esta especialidade no tinha o responsvelpela percia do INSS); ou (c) atestados mdicos fornecidos por maior nmero de profissionaisdo que os signatrios da percia administrativa. Invivel transformar a presuno delegitimidade dos atos administrativos e a f pblica dos servidores pblicos - situaoequiparvel em que se encontra o mdico perito do INSS - em presumida desconfianajudicial dos critrios adotados no processo administrativo.

Compulsando os autos, verifico que, visando a comprovar sua incapacidade

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laborativa e infirmar a concluso mdico-pericial do INSS, a autora juntou um atestadomdico atual, subscrito por mdico psiquiatra e que refere expressamente a existncia deincapacidade laborativa (fl. 134).

Contudo, a opinio de apenas um mdico particular no se mostra suficientepara elidir a concluso da percia autrquica acerca da existncia de capacidade laborativa,devendo esta prevalecer at ser corroborada - ou no - por percia mdica judicial a serrealizada durante a instruo.

Assim, diante da inexistncia, em sede de juzo perfunctrio, de elementos queagreguem verossimilhana ao direito alegado pela autora, configura-se indevida aantecipao dos efeitos da tutela, devendo a concluso da percia autrquica prevalecer atser infirmada ou corroborada por percia mdica judicial a ser realizada durante a instruo.

ISTO POSTO, defiro o pedido de efeito suspensivo, nos termos dafundamentao.

Comunique-se ao Juzo de origem.

Intime-se a parte adversa para os efeitos do art. 527, V, do CPC.

Porto Alegre, 17 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007214-05.2014.404.0000/RSRELATOR : Des. Federal LUIZ CARLOS DE CASTRO LUGON

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : ANTONIO MARCOS DA SILVAADVOGADO : Lucian Tony Kersting e outro

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra deciso que, em aoordinria, indeferiu o pedido de reconhecimento da incompetncia absoluta da Comarca deAstorga. Sustenta o agravante que, em vista da recente Resoluo n 63 do Tribunal RegionalFederal, de 30 de abril de 2014, que criou a Unidade Avanada de Atendimento da JustiaFederal em Astorga/PR, deve ser reconhecida a incompetncia da Justia Estadual para ojulgamento do feito. Postula, assim, a agregao de efeito suspensivo ao agravo.

Brevemente relatado, decido.

Est definida no art. 109, I, da Constituio Federal, a competncia para oprocessamento e o julgamento de aes judiciais que tenham por objeto os benefcios daPrevidncia Social, conforme se pode ver, in verbis:

Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:I - as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal foreminteressadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia,as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho;

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O pargrafo terceiro do citado dispositivo constitucional, por sua vez, fazpreviso acerca da exceo feita nos casos em que no h Juzo Federal no foro de domicliodo segurado, segundo se v:

3 - Sero processadas e julgadas na justia estadual, no foro do domiclio dossegurados ou beneficirios, as causas em que forem parte instituio de previdnciasocial e segurado, sempre que a comarca no seja sede de vara do juzo federal, e, severificada essa condio, a lei poder permitir que outras causas sejam tambmprocessadas e julgadas pela justia estadual.

A maior amplitude de acesso justia para os potenciais beneficirios daprevidncia social um exemplo caracterstico de sensibilidade do constituinte aos termosparticulares da lide previdenciria, especialmente a presumvel hipossuficincia do autor dademanda, a natureza alimentar da verba em discusso e a capilaridade representativa daAdministrao Previdenciria.

Assim, muito embora a regra seja de competncia da Justia Federal paraprocessamento e julgamento das aes previdencirias, h exceo que leva em consideraoa competncia em razo do domiclio do segurado, pois h lei especfica permitindo adelegao da competncia federal Justia Estadual, salientando-se nesse sentido o art. 15,III, da Lei n 5.010/1966, a seguir colacionado:

"Art. 15. Nas Comarcas do interior onde no funcionar Vara da Justia Federal (artigo12), os Juzes Estaduais so competentes para processar e julgar:(...)III - os feitos ajuizados contra instituies previdencirias por segurados ou beneficiriosresidentes na Comarca, que se referirem a benefcios de natureza pecuniria. (VideDecreto-Lei n 488, de 1969)"

A Resoluo n 63/2014 do TRF4, que criou a unidade Avanada da JF emAstorga, no altera essa lgica de amplo acesso justia.

No caso em comento, o domiclio da parte autora no sede de vara do juzofederal, sendo assegurada sua opo pelo ajuizamento da demanda perante a Justia Estadualda comarca em que reside ou no mbito da Justia Federal com jurisdio sobre o municpiode seu domiclio, concorrentemente.

A instituio de Unidade de Atendimento visa facilitao do acesso dojurisdicionado Justia Federal, proporcionando-lhe alternativas ao deslocamento(independentemente do valor da causa, se superior ou inferior a 60 salrios-mnimos).Ausente, no caso, criao de unidade jurisdicional autnoma; e, insista-se, mesmo com acriao de vara do juzo federal, persistiria a faculdade do segurado quanto eleio do foropara processamento e anlise da causa previdenciria.

Essa linha de pensamento encontra-se, a meu ver, consentnea com a ratio legisda norma inserta no art. 109, 3, da CF/88: facilitar o acesso justia, ampliando spossibilidades que se submetem nica e exclusivamente convenincia do segurado daPrevidncia Social.

Esse o entendimento consolidado no mbito do Supremo Tribunal Federal,como se observa da edio da Smula 689: "O segurado pode ajuizar ao contra a

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instituio previdenciria perante o juzo federal do seu domiclio ou nas varas federais daCapital do Estado-membro".

Nesse mesmo sentido se encontra a jurisprudncia desta Corte Regional:

AGRAVO. PREVIDENCIRIO E PROCESSUAL CIVIL. COMPETNCIA DELEGADA. RITOESPECIAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. 1. No caso de ao previdenciriamovida contra o INSS, o Supremo Tribunal Federal sufragou o entendimento, adotadotambm por esta Corte, de ser concorrente a competncia do Juzo Estadual do domicliodo autor, do Juzo Federal com jurisdio sobre o seu domiclio e do Juzo Federal dacapital do Estado-membro, devendo prevalecer a opo exercida pelo segurado (STF,Tribunal Pleno, RE n. 293.246/RS, Rel. Min. Ilmar Galvo, DJU 02-04-2004; Smula 689do STF; Smula 08 do TRF da 4. Regio). 2. No possvel a aplicao do ritoestabelecido na Lei n. 10.259/01 aos processos que tramitam na Justia Estadual emrazo da delegao de competncia. Precedentes. (TRF4, AG 0004464-64.2013.404.0000, Sexta Turma, Relator Celso Kipper, D.E. 18/09/2013)

Quanto ao tema especfico, isto , a competncia para processamento e anliseda ao previdenciria quando o domiclio do autor no sede de vara de juzo federal, masabrangido por unidade de atendimento; j decidiu esta 5 Turma pela persistncia dafaculdade do segurado (TRF4, AG 0002358-95.2014.404.0000, Quinta Turma, Relatora TasSchilling Ferraz, D.E. 22/08/2014).

Indefiro o pedido de efeito suspensivo ao agravo.Intime-se a parte agravada para resposta.

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007219-27.2014.404.0000/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : SAULO LEALADVOGADO : Jose Francisco Gomes Bolacel e outro

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo ativo,interposto em face de deciso que, em sede de cumprimento de sentena, manteve decisoque indeferiu o pedido de penhora online, bem como indeferiu a expedio de ofcio Receita Federal, ante a inexistncia de "comprovao de esgotamento de diligncias nombito administrativo no sentido de localizar bens passveis de penhora" (fl. 168).

Sustenta o agravante a possibilidade imediata de bloqueio de ativos financeiros,antes mesmo da procura por bens do devedor, na medida em que a lei (LEF e CPC) confere adinheiro e a ativos financeiros preferncia na ordem de bens penhorveis. Por essa razo,requer seja determinado, liminarmente, o bloqueio de ativos financeiros (preferencialmentevia BACEN-JUD), bem como seja oficiada a Receita Federal para que fornea cpia das trsltimas declaraes do IRPF do devedor.

o relatrio. Decido.

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DO PEDIDO DE PENHORA ON LINE

A jurisprudncia desta Corte e do e. Superior Tribunal de Justia sedimentou-seno sentido de que a interposio de pedido de reconsiderao no interrompe nem suspendeo prazo para o aviamento do recurso prprio, isto , do recurso previsto na lei processualpara questionar a deciso contra a qual a parte se insurge.

A propsito, colaciono os seguintes julgados:

PEDIDO DE RECONSIDERAO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DEINSTRUMENTO.1. A oposio de pedido de reconsiderao no interrompe nem suspende o prazo parainterposio dos recursos prprios.2. A sano processual a que se refere o 2 do art. 557 do CPC tem raiz nos artigos 14 e17 do referido diploma legal, que pune a parte que, no processo, deixa de "proceder comlealdade e boa-f", como aquela que interpe "recurso manifestamente protelatrio".3. Pedido de reconsiderao rejeitado, com determinao de certificao do trnsito emjulgado.(STJ, RCDESP no AgRg no Ag 980.772/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMO, 4Turma, julgado em 16/08/2011, DJe 19/08/2011)

AGRAVO. PROCESSUAL. PEDIDO DE RECONSIDERAO. REABERTURA DO PRAZORECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO.1. O pedido de reconsiderao no possui o condo de reabrir o prazo processual para ainterposio de outros recursos.2. In casu, considerando que a deciso que causou gravame parte exequente aquelaque indeferiu o pedido de execuo de sentena, ou seja, a deciso que consta fl. 123do processo principal, da qual a parte agravante foi intimada em 18-12-2009, e levandoem conta, ainda, que a interposio de pedido de reconsiderao no possui o condo dereabrir o prazo processual para a interposio de outros recursos cabveis, entendo que oprazo para a interposio de agravo de instrumento encerrou-se em 18-01-2010, razopela qual, o presente agravo, interposto to-somente em 10-05-2010, intempestivo.(TRF4, AG n 0013596-53.2010.404.0000, 6 Turma, Relator Des. Federal CELSOKIPPER, D.E. 09/08/2010)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTEMPESTIVIDADE.PRECLUSO. PEDIDO DE RECONSIDERAO. INTERRUPO DO PRAZO.INOCORRNCIA.1. O agravo de instrumento deve ser interposto contra a deciso interlocutria queaprecia o mrito da questo incidental. Eventuais despachos de impulsionamentoposteriores, que se limitam a ordenar o cumprimento da primeira deciso, no a renovam,tampouco reabrem o prazo recursal.2. O prazo para interposio de agravo de instrumento conta-se da cincia da decisoque originou o pedido de reconsiderao e no da cincia da deciso que o indeferiu.3. O pedido de reconsiderao no interrompe, nem suspende o prazo para interposiode recursos.(TRF4, AG n 0007471-35.2011.404.0000, 4 Turma, Juiz Federal GUILHERMEBELTRAMI, D.E. 15/08/2011)

No caso em tela, o prazo para recorrer da deciso que indeferiu o pedido depenhora online (fl. 161) iniciou em 27/08/2014 (fl. 162-verso) e findou em 15-09-2014.

Ocorre que, ao invs de interpor agravo de instrumento naquele momento, oINSS reiterou o pedido de penhora online e requereu a expedio de ofcio Receita Federal

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(fls. 163/164), oferecendo novos documentos, em evidente inteno de ver reconsiderada adeciso indeferitria.

Por sua vez, este agravo foi protocolado somente em 10/12/2014 (fl. 170), ouseja, aps a deciso que manteve a anterior (fl. 168).

Portanto, quanto ao pedido de penhora on line o presente recurso intempestivo.

DO PEDIDO DE EXPEDIO DE OFCIO RECEITA FEDERAL

A jurisprudncia do e. Superior Tribunal de Justia tem restringido as hiptesesnas quais tem cabimento a quebra de sigilo bancrio ou fiscal com vistas obteno deinformaes sobre a existncia e localizao de bens do devedor inadimplente. Prevalece oentendimento segundo o qual se admite o indigitado expediente somente aps restaremesgotadas pelo credor todas as tentativas de obteno dos dados na via extrajudicial.

Nesse sentido, trago os seguintes precedentes do e. Superior Tribunal deJustia:

AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUO. SIGILOFISCAL. EXPEDIO DE OFCIO RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL.1. O STJ firmou entendimento de que a quebra de sigilo fiscal ou bancrio do executadopara que o exeqente obtenha informaes sobre a existncia de bens do devedorinadimplente admitida somente aps terem sido esgotadas as tentativas de obteno dosdados na via extrajudicial.2. Agravo regimental provido.(STJ, AgRg no REsp 1135568/PE, 4 Turma, Relator Ministro JOO OTVIO DENORONHA, Data do Julgamento 18-05-2010, DJe 28-05-2010)

RECURSO ESPECIAL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. OFCIO. RECEITAFEDERAL. EXCEPCIONALIDADE NO CONFIGURADA. SMULA 7/STJ.I - Omissis.II - O STJ firmou entendimento de que a quebra do sigilo fiscal ou bancrio do executadopara que a Fazenda Pblica obtenha informaes sobre a existncia de bens do devedorinadimplente admitida somente aps restarem esgotadas todas as tentativas de obtenodos dados pela via extrajudicial.III - Tendo o Tribunal de origem se apoiado no conjunto ftico-probatrio dos autos paraconcluir que no restou configurada a excepcionalidade de esgotamento das tentativas delocalizao de bens do devedor, no cabe ao STJ, em sede de recurso especial, alterar talentendimento para determinar a expedio de ofcio Receita Federal, visto queimplicaria o reexame de provas, o que vedado em face do bice contido na Smulan.7/STJ.Agravo regimental a que se nega provimento.(STJ, AgRg no Ag 669015/RS, 3 Turma, Relator Desembargador convocado PAULOFURTADO, Data do Julgamento 13-10-2009, DJe 23-10-2009)

Cumpre ao INSS proceder s diligncias disponveis para a localizao de bensdo executado, nus do qual no se desincumbiu satisfatoriamente, na medida em que apenasinformou que "no foram encontrados bens imveis ou veculos em nome do executado (...)como demonstram as telas em anexo, retiradas do sistema Plenus Dvida e da Rede Infoseg"(fl. 163).

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Diante desse contexto, inexistem reparos a serem feitos na deciso hostilizada.

Registro que, realizadas outras diligncias, abre-se a possibilidade do INSSrequerer novamente a apreciao de ambos os pedidos.

ISTO POSTO, nego seguimento ao agravo de instrumento, com base no art.557, caput e 1, do CPC.

Porto Alegre, 17 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007225-34.2014.404.0000/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDAAGRAVANTE : DORLI LEONHARDT SAATKAMPADVOGADO : Carla Perazzoli Bonato e outro

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DECISO

Trata-se de agravo de instrumento, interposto em face de deciso que, nos autosde ao previdenciria objetivando a converso da aposentadoria por tempo de contribuioem aposentadoria especial e/ou averbao de tempo especial em comum, indeferiu o pedidode percia tcnica judicial na empresa CORTUME TAPERA LTDA. (fl. 45).

Sustenta a agravante ser necessria a realizao da prova pericial a fim decomprovar o exerccio de atividades sob condies nocivas na referida empresa, na qualdesempenhou a funo de auxiliar de servios gerais no perodo de 03-07-2001 a 12-02-2010, uma vez que o respectivo Perfil Profissiogrfico Previdencirio - PPP omisso quanto exposio a agentes qumicos (hidrocarbonetos e outros compostos de carbono), alm dequantificar o rudo em nvel inferior ao que realmente esteve exposto.

Assim, ante as dissonncias existentes entre as informaes prestadas nodocumento e as reais condies de labor a que esteve submetida, a agravante requer,liminarmente, seja determinada a realizao da percia tcnica na empresa CORTUMETAPERA LTDA..

o relatrio. Decido.

Ainda que o PPP abranja todos os perodos trabalhados na empresa em comento,e esteja devidamente preenchido, com referncia ao responsvel tcnico legalmentehabilitado, s atividades exercidas pela demandante, bem como aos agentes nocivosexistentes - rudo e umidade (fl. 43), creio que a juntada de laudo tcnico serviria paramelhor elucidar as condies de trabalho a que esteve exposta a autora, porquanto h dvidase o manuseio do couro ("retirar os couros das mquinas de medir, abrindo ou empilhandonas mesas ou cavaletes para os classificadores", "controlar a umidade do couro", "colocar etirar peles de couros nas mquinas e nos carrinhos, levando-os para outros processos")realmente a expunha a agentes qumicos.

Assim, em que pese a recorrente no haja se desincumbido de demonstrar a

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 860

efetiva negativa da empresa em fornecer o laudo tcnico, entendo prudente a expedio deofcio quela para que fornea os documentos de que dispe, devendo o magistrado a quo,aps a juntada destes ou, no sendo possvel sua juntada aos autos, reavaliar a necessidadede prova pericial, permanecendo resguardado o direito de a parte postular novamente arealizao de percia tcnica na empresa em comento.

ISTO POSTO, defiro, em parte, o pedido liminar, a fim de determinar aexpedio de ofcio empresa CORTUME TAPERA LTDA..

Comunique-se ao Juzo de origem.

Intime-se a parte agravada nos termos e para os fins do artigo 527, inciso V, doCdigo de Processo Civil.

Porto Alegre, 17 de dezembro de 2014.APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000726-10.2014.404.9999/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDAAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : MARIA ISABEL DE OLIVEIRA RIBEIROADVOGADO : Marco Aurelio Zanotto

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE SANTOANTONIO DA PATRULHA/RS

DECISO

Converto o julgamento em diligncia.

Trata-se de ao proposta por agricultora objetivando a concesso de benefciopor incapacidade.

Do exame dos autos, observo que, embora exposto exordial que o autor segurado especial e exista incio de prova material no h prova definitiva nesse sentido,sequer foi produzida prova testemunhal a fim de corroborar a prova documental.

Assim, querendo o autor ser aposentado por invalidez em face da condio dequalidade de segurado especial, e havendo incio de prova material (notas fiscais de fls.59/60/61/62/63), faz-se necessria a produo de prova oral para comprovar sua condio,com o questionamento das testemunhas acerca do tempo e das tarefas desempenhadas pelademandante nas propriedades rurais, dentre outros esclarecimentos que se fizeremnecessrios.

Registro que a prova testemunhal, em se tratando de benefcio devido atrabalhador rural, essencial comprovao da atividade, uma vez que se presta a corroboraros incios de prova material apresentados. Trata-se, pois, de prova que, segundo oentendimento desta Corte, indispensvel adequada soluo do processo. Ademais, a oitivadas testemunhas da parte autora no passvel de causar prejuzo ao INSS, pois, caso obenefcio seja concedido, estar apenas se reconhecendo o direito do segurado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 24 / 860

Por essas razes, converto o julgamento em diligncia, determinando o retornodos autos vara de origem, a fim de ser realizada audincia para oitiva de testemunhas.

Concludas as diligncias, para as quais estipulo o prazo de 60 dias, com asprovidncias de praxe, voltem os autos conclusos.

Intimem-se.

Porto Alegre, 17 de novembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007230-56.2014.404.0000/RSRELATOR : Juiz Federal PAULO PAIM DA SILVAAGRAVANTE : ANGELA BERNADETE VUADENADVOGADO : Fabiano Vuaden

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DECISO

Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostocontra deciso que, nos autos de ao ordinria objetivando a concesso de aposentadoriapor tempo de contribuio mediante o cmputo de perodos de atividade especial, indeferiurequerimento de realizao de prova pericial, diante da impossibilidade ftica da realizaoda mesma, tendo em vista que as empresas esto inativas.

Sustenta a Agravante, em sntese, a possibilidade de realizao de percia porsimilaridade. Afirma, ainda, com relao ao perodo laborado na empresa PENASULALIMENTOS, nica que se encontra ativa, de 13-01-1992 a 03-03-1995, uma vez que aempresa no possui laudo tcnico para tal intervalo.

Conforme se extrai da anlise dos autos, a parte autora pretende oreconhecimento do exerccio de atividade especial nos seguintes perodos:

1) 17-12-1985 a 03-03-1987 na Indstria de Calados Flama Ltda. na funo de serviosgerais;2) 04-03-1987 a 12-09-1989 na Indstria de Calados Flama Ltda. no cargo decostureira;3) 13-01-1992 a 06-03-1995 na Penasul Alimentos no cargo de ajudante de produo;4) 05-05-1997 a 23-09-1997 na empresa ANIGER Calados no cargo de costureira;5) 15-10-1997 a 28-12-2009 na empresa J A ALLGAIER no cargo de costureira.Em consulta ao site da Receita Federal, verifico que as empresas

Indstria de Calados Flama Ltda. e ANIGER Calados, encontram-se com situao cadastralbaixada, sendo que a empresa JA ALLGAIER consta como situao cadastral ativa, em 03-11-2005.

Ressalto que o fato de algumas das empresas estarem inativas no constituibice realizao da prova pericial, uma vez que o entendimento desta Corte no sentido deque, restando impossvel a realizao da percia no local onde o servio foi prestado, porqueno mais existente, admite-se a percia indireta ou por similitude, realizada mediante o estudotcnico em outro estabelecimento, que apresente estrutura e condies de trabalhosemelhantes quele em que a atividade foi exercida (TRF4, EINF 0008289-08.2008.404.7108, Terceira Seo, Relator Joo Batista Pinto Silveira, D.E. 15/08/2011;TRF4, EINF 0003914-61.2008.404.7108, Terceira Seo, Relator Celso Kipper, D.E.10/06/2011).

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Possvel e at mais indicado a utilizao de laudo existente j realizado emempresa similar, em relao s mesmas atividades da parte autora.

Quanto ao primeiro intervalo trabalhado na Indstria de Calados Flama Ltda.na funo de servios gerais, necessria a produo de prova testemunhal a fim deverificar quais eram as atividades desenvolvidas pela parte autora.

Com a verificao das atividades efetivamente desenvolvidas, deve seroportunizada a juntada de laudo similar em que se tenha informaes sobre agentes nocivospresentes em tal atividade; ou, se caso inexistente laudo, dever ser realizada prova pericialem empresa com atividaddes similares.

No que pertine ao perodo laborado na empresa Penasul Alimentos no cargo deajudante de produo, de 13-01-1992 a 06-03-1995, consta no PPP (fl. 48) que o autortrabalhou como Ajudante de Produo I, no setor Sala de Cortes, executando tarefas simplesnas instalaes internas da rea industrial em diversos postos de trabalho do processo deproduo de cortes de frango. Contudo, no h referncia exposio a fatores de riscos,sendo que consta no final do documento a seguinte informao: "A PENASULALIMENTOS LTDA. INFORMA QUE A SEO II DESTE PPP NO PODE SERPREENCHIDA, PORQUE A EMPRESA NO POSSUI LAUDO TCNICO DAS CONDIESAMBIENTAIS DO TRABALHO PARA O PERODO DE 13/01/1992 A 03/03/1995."

Contudo, estando a empresa em atividade, como refere o prprio autor, entendoque ainda no se mostra necessria a realizao de prova pericial, devendo, primeiramente,ser oficiado empresa para juntada dos laudos em que conste a atividade exercida pelodemandante, ainda que em momento posterior. No caso de no haver laudo, de seoportunizar a juntada de exame realizado em empresa similar; ou, ento, a realizao depercia judicial na empresa.

Frente ao exposto, defiro em parte o pedido de efeito suspensivo.Comunique-se ao Juzo de origem. Intimem-se, sendo a parte agravada na forma

e para os fins legais. Aps, voltem conclusos.Porto Alegre, 17 de dezembro de 2014.

APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0020103-64.2014.404.9999/SCRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDAAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ANA PAULA DE CARVALHOADVOGADO : Taise de Souza da Silva Luiz e outro

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE SAOJOAQUIM/SC

DESPACHO

Converto o julgamento em diligncia. Aps examinar o feito, para melhoresclarecer os fatos do processo, entendo necessrio percia judicial, com laudo detalhado eresposta aos quesitos eventualmente formulados, para comprovar a condio de deficiente daparte autora.

Concluda a diligncia, para a qual estipulo o prazo de 60 dias, com asprovidncias de praxe, voltem os autos conclusos.

Intimem-se.Porto Alegre, 09 de dezembro de 2014.

AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007280-82.2014.404.0000/RSRELATOR : Juiz Federal PAULO PAIM DA SILVA

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 26 / 860

AGRAVANTE : MARLI DUPONTADVOGADO : Leila Grasiela Ohlweiler Schulte e outro

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DECISO

Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostocontra deciso que indeferiu a antecipao da tutela objetivando o pagamento do acrscimode 25% aposentadoria por tempo de contribuio percebida pela parte autora.

Sobre o tema, assim dispe o artigo 45 da Lei n. 8.213/91:

Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistnciapermanente de outra pessoa ser acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

Como se v, o adicional de 25% devido apenas nas hipteses de aposentadoriapor invalidez, no se constituindo em benefcio prprio, tendo natureza meramente acessria.

Nesse sentido, os seguintes precedentes desta Corte:

EMBARGOS INFRINGENTES. ACRSCIMO DE 25% PREVISTO NO ART. 45 DA LEI8.213/91. APOSENTADORIA POR IDADE. INAPLICABILIDADE. 1. O dispositivo do art.45 da Lei 8.213/91 prev a possibilidade de acrscimo de 25% ao valor percebido pelosegurado, quando este necessitar de assistncia permanente de outra pessoa, apenas noscasos de aposentadoria por invalidez. 2. A extenso do benefcio a casos outros que no aaposentadoria por invalidez viola os princpios da legalidade (artigo 5, II e 37, caput, daConstituio da Repblica) e da contrapartida (artigo 195, 5, da Constituio Federal).3. A falta de igual proteo a outros beneficirios com igual necessidade de assistnciano constitui necessria lacuna ou violao da igualdade, pela razovel compreenso deque ao invlido o grau de dependncia diretamente decorrente da doena motivadorado benefcio - isto no se dando automaticamente nos demais benefcios previdencirios.4. A extenso do auxlio financeiro pela assistncia ao invlido para outros benefciosprevidencirios critrio poltico, de alterao legislativa, e no efeito deinconstitucionalidade legal. (TRF4, EMBARGOS INFRINGENTES N 0017373-51.2012.404.9999, 3 SEO, Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA, POR VOTO DEDESEMPATE, D.E. 21/08/2014, PUBLICAO EM 22/08/2014)

PREVIDENCIRIO. ASSISTNCIA PERMANENTE DE TERCEIRO. ACRSCIMO DE 25%(VINTE E CINCO POR CENTO) PREVISTO NO ARTIGO 45 DA LEI 8.213/91.APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIO, CONTRIBUIO OU POR IDADE.DESCABIMENTO. INVALIDEZ. I. O caput do artigo 45 da Lei n. 8.213/91 estabeleceexpressamente que "o valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitarda assistncia permanente de outra pessoa ser acrescido de 25% (vinte e cinco porcento)", deixando de contemplar o benefcio de aposentadoria por idade ou por tempo deservio/contribuio. II. A extenso do adicional do art. 45 da LBPS aos casos deaposentadoria no decorrentes de invalidez implicaria reconhecimento da invalidadeparcial da norma, do que no se cogita, pois a admisso de vcio da norma somente sejustificaria no caso em apreo com base em possvel afronta ao princpio da isonomia. III.No h igualdade entre a situao do segurado que desempenhando atividade laborativase depara com a contingncia da incapacidade e a situao do aposentado que, emmomento posterior obteno de aposentadoria por idade, tempo de servio oucontribuio, passe a apresentar severas restries fsicas ou psquicas. Diversas as bases

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 27 / 860

fticas, o legislador no est obrigado a trat-los de forma idntica. (TRF4, AC 5000066-69.2012.404.7001, Quinta Turma, Relator p/ Acrdo Gerson Godinho da Costa, D.E.17/06/2013)

PREVIDENCIRIO. SEGURADO APOSENTADO POR IDADE QUE VEM A NECESSITARDA ASSISTNCIA PERMANENTE DE OUTRA PESSOA. ACRSCIMO DE 25% PREVISTONO ARTIGO 45 DA LEI 8.213/91. DESCABIMENTO. 1. O caput do artigo 45 da Lei8.213/91 estabelece expressamente que "o valor da aposentadoria por invalidez dosegurado que necessitar da assistncia permanente de outra pessoa ser acrescido de25%", deixando de contemplar o benefcio de aposentadoria por idade ou por tempo deservio/contribuio. 2. A extenso do acrscimo de 25% aos casos de aposentadoriaimplicaria reconhecimento da invalidade parcial da norma, do que no se cogita, pois oreconhecimento da mcula da norma somente se justificaria no caso em apreo com baseem possvel afronta ao princpio da isonomia. 3. No h igualdade entre a situao dosegurado que desempenhando atividade laborativa se depara com a contingncia daincapacidade, e a situao do aposentado que tempos aps obter sua aposentadoria poridade, tempo de servio ou contribuio, vem a ficar doente ou sofrer acidente. Diversasas bases fticas, o legislador no est obrigado a trat-los de forma idntica. 4. Aconcesso do adicional no caso da denominada "grande invalidez" no determinadapela Constituio Federal, de modo que no ofenderia a Constituio Federal a Lei8.213/91 se no tivesse sequer criado acrscimo previsto em seu artigo 45. No se pode,assim, afirmar que invlida a norma porque no contemplou outros benefcios que no aaposentadoria por invalidez. (TRF4, APELAO CVEL N 0018094-03.2012.404.9999,5 TURMA, Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, PORUNANIMIDADE, D.E. 28/01/2013)

Assim, afastada a verossimilhana das alegaes, no h como ser concedida aantecipao da tutela.

Frente ao exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

Intimem-se, sendo a parte agravada nos termos do artigo 527, V, do CPC. Aps,voltem conclusos.

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2014.APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0022552-92.2014.404.9999/RSRELATOR : Juiz Federal PAULO PAIM DA SILVAAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ELISETE MARIA SPESATTO FRAPORTTIADVOGADO : Jorge Calvi

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DEENCANTADO/RS

DECISO

Trata-se de apelao interposta contra sentena proferida pelo MM. Juiz deDireito da 2 Vara da Comarca de Encantado - RS, que julgou procedente o pedido, paracondenar o ru a conceder em favor da parte autora o auxlio-acidente desde a cessao doNB 541.283.228-4.

Examinada a petio inicial e documento anexo (fl. 28), verifica-se que a parte

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autora obteve o auxlio-doena por acidente do trabalho n 541.283.228-4, espcie 91, DIB05/06/2010, e, devido sua cessao em 03/09/2010, postula na presente demanda seurestabelecimento.

Ora, o exame da causa de pedir decisivo para a determinao da competnciaratione materiae, e por esse exame se conclui tratar-se de causa de natureza acidentria,caso em que incide a 2 parte do inciso I do art. 109 da Constituio Federal, in verbis:

Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:I - As causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal foreminteressadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia,as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho(sublinhou-se).

A matria, alis, j foi sumulada pelo Superior Tribunal de Justia (STJ),conforme se v do seguinte enunciado:

Compete Justia Estadual processar e julgar os litgios decorrentes de acidente dotrabalho.

Tambm o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou a orientao de que as aesdecorrentes de acidente do trabalho so da competncia absoluta da Justia Estadual. Estejulgado serve de amostra:

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINRIO. ACIDENTE DO TRABALHO.AO ACIDENTRIA AJUIZADA CONTRA O INSS. COMPETNCIA DA JUSTIACOMUM ESTADUAL. INCISO I E 3 DO ARTIGO 109 DA CONSTITUIO FEDERAL.SMULA 501 DO STF.A teor do 3o c/c inciso I do artigo 109 da Constituio Republicana, compete Justiacomum dos Estados apreciar e julgar as aes acidentrias, que so aquelas propostaspelo segurado contra o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, visando ao benefcio eaos servios previdencirios correspondentes ao acidente do trabalho. Incidncia daSmula 501 do STF. Agravo regimental desprovido.(RE-AgR n. 478472/DF, STF, 1. Turma, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 01-06-2007).

Ante o exposto, declino da competncia, determinando a remessa dos autosao Egrgio Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre, 04 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007284-22.2014.404.0000/RSRELATOR : Juiz Federal PAULO PAIM DA SILVA

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAGRAVADO : JOAO ANTONIO VENITE DE MOURAADVOGADO : Deivis Junior Oss Emer da Silva

DECISO

Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 29 / 860

contra deciso que deferiu a antecipao da tutela determinando o pagamento do acrscimode 25% ao benefcio de aposentadoria por tempo de contribuio percebido pela parte autora.

Sustenta o Agravante, em sntese, que o acrscimo de 25% previsto no artigo 45da Lei n. 8.213/91 aplica-se apenas aposentadoria por invalidez.

Sobre o tema, assim dispe o artigo 45 da Lei n. 8.213/91:

Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistnciapermanente de outra pessoa ser acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).

Como se v, o adicional de 25% devido apenas nas hipteses de aposentadoriapor invalidez, no se constituindo em benefcio prprio, tendo natureza meramente acessria.

Nesse sentido, os seguintes precedentes desta Corte:

EMBARGOS INFRINGENTES. ACRSCIMO DE 25% PREVISTO NO ART. 45 DA LEI8.213/91. APOSENTADORIA POR IDADE. INAPLICABILIDADE. 1. O dispositivo do art.45 da Lei 8.213/91 prev a possibilidade de acrscimo de 25% ao valor percebido pelosegurado, quando este necessitar de assistncia permanente de outra pessoa, apenas noscasos de aposentadoria por invalidez. 2. A extenso do benefcio a casos outros que no aaposentadoria por invalidez viola os princpios da legalidade (artigo 5, II e 37, caput, daConstituio da Repblica) e da contrapartida (artigo 195, 5, da Constituio Federal).3. A falta de igual proteo a outros beneficirios com igual necessidade de assistnciano constitui necessria lacuna ou violao da igualdade, pela razovel compreenso deque ao invlido o grau de dependncia diretamente decorrente da doena motivadorado benefcio - isto no se dando automaticamente nos demais benefcios previdencirios.4. A extenso do auxlio financeiro pela assistncia ao invlido para outros benefciosprevidencirios critrio poltico, de alterao legislativa, e no efeito deinconstitucionalidade legal. (TRF4, EMBARGOS INFRINGENTES N 0017373-51.2012.404.9999, 3 SEO, Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDA, POR VOTO DEDESEMPATE, D.E. 21/08/2014, PUBLICAO EM 22/08/2014)

PREVIDENCIRIO. ASSISTNCIA PERMANENTE DE TERCEIRO. ACRSCIMO DE 25%(VINTE E CINCO POR CENTO) PREVISTO NO ARTIGO 45 DA LEI 8.213/91.APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIO, CONTRIBUIO OU POR IDADE.DESCABIMENTO. INVALIDEZ. I. O caput do artigo 45 da Lei n. 8.213/91 estabeleceexpressamente que "o valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitarda assistncia permanente de outra pessoa ser acrescido de 25% (vinte e cinco porcento)", deixando de contemplar o benefcio de aposentadoria por idade ou por tempo deservio/contribuio. II. A extenso do adicional do art. 45 da LBPS aos casos deaposentadoria no decorrentes de invalidez implicaria reconhecimento da invalidadeparcial da norma, do que no se cogita, pois a admisso de vcio da norma somente sejustificaria no caso em apreo com base em possvel afronta ao princpio da isonomia. III.No h igualdade entre a situao do segurado que desempenhando atividade laborativase depara com a contingncia da incapacidade e a situao do aposentado que, emmomento posterior obteno de aposentadoria por idade, tempo de servio oucontribuio, passe a apresentar severas restries fsicas ou psquicas. Diversas as basesfticas, o legislador no est obrigado a trat-los de forma idntica. (TRF4, AC 5000066-69.2012.404.7001, Quinta Turma, Relator p/ Acrdo Gerson Godinho da Costa, D.E.17/06/2013)

PREVIDENCIRIO. SEGURADO APOSENTADO POR IDADE QUE VEM A NECESSITARDA ASSISTNCIA PERMANENTE DE OUTRA PESSOA. ACRSCIMO DE 25% PREVISTO

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NO ARTIGO 45 DA LEI 8.213/91. DESCABIMENTO. 1. O caput do artigo 45 da Lei8.213/91 estabelece expressamente que "o valor da aposentadoria por invalidez dosegurado que necessitar da assistncia permanente de outra pessoa ser acrescido de25%", deixando de contemplar o benefcio de aposentadoria por idade ou por tempo deservio/contribuio. 2. A extenso do acrscimo de 25% aos casos de aposentadoriaimplicaria reconhecimento da invalidade parcial da norma, do que no se cogita, pois oreconhecimento da mcula da norma somente se justificaria no caso em apreo com baseem possvel afronta ao princpio da isonomia. 3. No h igualdade entre a situao dosegurado que desempenhando atividade laborativa se depara com a contingncia daincapacidade, e a situao do aposentado que tempos aps obter sua aposentadoria poridade, tempo de servio ou contribuio, vem a ficar doente ou sofrer acidente. Diversasas bases fticas, o legislador no est obrigado a trat-los de forma idntica. 4. Aconcesso do adicional no caso da denominada "grande invalidez" no determinadapela Constituio Federal, de modo que no ofenderia a Constituio Federal a Lei8.213/91 se no tivesse sequer criado acrscimo previsto em seu artigo 45. No se pode,assim, afirmar que invlida a norma porque no contemplou outros benefcios que no aaposentadoria por invalidez. (TRF4, APELAO CVEL N 0018094-03.2012.404.9999,5 TURMA, Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, PORUNANIMIDADE, D.E. 28/01/2013)

Assim, afastada a verossimilhana das alegaes, deve ser cassada aantecipao da tutela concedida.

Frente ao exposto, defiro o pedido de efeito suspensivo.

Comunique-se ao Juzo de origem. Intimem-se, sendo a parte agravada nostermos do artigo 527, V, do CPC. Aps, voltem conclusos.

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2014.AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0007300-73.2014.404.0000/RSRELATOR : Juiz Federal PAULO PAIM DA SILVAAGRAVANTE : GILMAR CALGAROTTOADVOGADO : Jeferson Zanella e outro

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

DECISO

Cuida-se de agravo de instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interpostocontra deciso que indeferiu a antecipao da tutela objetivando o restabelecimento dobenefcio de auxlio-doena.

Sustenta a Agravante estarem comprovados os requisitos que autorizam aconcesso da tutela antecipada. Afirma que os atestados mdicos juntados demonstram queno tem mais condies de exercer atividades laborativas.

Conforme se extrai da anlise dos autos (fl. 20), foi indeferido o pedido deprorrogao e mantido o pagamento do benefcio de auxlio-doena at 06-11-2014, em

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razo de exame mdico pericial concluindo que no existe incapacidade para o trabalho e/ouatividade habitual.

Entendo que as concluses da percia administrativa do INSS podem serafastadas desde que a parte autora traga aos autos prova robusta da alegada incapacidade.

Contudo, aps a cessao do benefcio foram acostados aos autos dois atestadosmdicos (fls. 22-23).

Logo, verifico que a prova acostada no enseja o deferimento, de plano, daantecipao de tutela requerida, mostrando-se necessria a instruo probatria, com arealizao de percia mdica judicial.

Frente ao exposto, indefiro o pedido de efeito suspensivo.

Intimem-se, sendo a parte Agravada na forma e para os fins legais. Aps, voltemconclusos.

Porto Alegre, 19 de dezembro de 2014.REEXAME NECESSRIO CVEL N 0011375-34.2014.404.9999/RSRELATORA : Des. Federal VNIA HACK DE ALMEIDAPARTE AUTORA : NELSON JOS MASSOTTIADVOGADO : Marcio Cesar Sbaraini e outroPARTE RE' : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE TRESPASSOS/RS

DECISO

Trata-se de ao proposta em face do INSS na qual a parte autora objetiva areviso de seu benefcio previdencirio, concedido em 02/05/1997 (fl. 08), a fim de que sejarecalculada a renda mensal inicial, considerando os perodos que laborou na agricultura emregime de economia familiar e sob condies especiais.

A sentena julgou procedente a ao para o fim de condenar o INSS a recalculara RMI do benefcio previdencirio do autor, com o cmputo dos perodos controversos, como pagamento das diferenas havidas desde a data da concesso, corrigidos monetariamente eacrescidos de juros moratrios, observada a prescrio qinqenal. Condenou o INSS, ainda,no pagamento de honorrios advocatcios e de metade das custas processuais.

Subiram os autos por fora de remessa oficial.

o relatrio. Decido.

Inicialmente, registro que a questo devolvida a este Colegiado pela apelaodo INSS e/ou remessa oficial comporta julgamento monocrtico pelo relator na forma doartigo 557, 1-A, do CPC.

Remessa Oficial

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Consoante deciso da Corte Especial do STJ (EREsp n 934642/PR), em matriaprevidenciria, as sentenas proferidas contra o Instituto Nacional do Seguro Social s noestaro sujeitas ao duplo grau obrigatrio se a condenao for de valor certo (lquido)inferior a sessenta salrios mnimos. No sendo esse o caso, conheo da remessa oficial.

Decadncia

Decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sede de repercusso geral (RE626489), que a norma processual de decadncia incide a todos benefcios previdenciriosconcedidos, desde o dia primeiro do ms seguinte ao do recebimento da primeira prestao apartir de 01/08/97 (pela vigncia da MP n 1.523-9/97). Decorre da o impedimento revisodo ato de concesso do benefcio sob qualquer justificativa (alterao da RMI pela inclusode tempo, sua classificao como especial, erros de clculo do PBC...).

Como decorrncia da actio nata somente se computa a decadncia com osurgimento do direito pela comunicao de encerramento do processo administrativo ou porfato posterior (alterao legal ou administrativa nos benefcios pagos).

De outro lado, do voto do Relator do RE 626489 extrai-se no incidir adecadncia sobre o direito fundamental previdncia social, que sempre poder serpostulado, assim no se aplicando a decadncia para pleito de benefcio integralmentedenegado.

Esclareo que uma vez estabelecidos os parmetros para a fixao do termoinicial da contagem do prazo decadencial, conforme acima referido, no se pode cogitar queposterior requerimento administrativo de reviso venha criar excepcional hiptese desuspenso ou, menos ainda, de interrupo do prazo decadencial.

Na espcie, ocorreu a DIP em 02/05/1997 (fl. 08) e o ajuizamento desta ao em04/10/2012 deu-se aps o prazo decenal, sem notcia de intermedirio recurso administrativoou judicial, pelo que reconheo como consumada a decadncia ao direito de reviso do atoadministrativo, na forma dos arts. 103 da Lei n 8.213/91 c/c art. 269, IV, do CPC.

Consectrios legais

Condeno a parte autora no pagamento das custas processuais e honorriosadvocatcios, estes fixados em 10% (dez por cento) do valor atualizado da causa, tudosuspenso enquanto perdurar sua condio de beneficirio da gratuidade judiciria (fl. 43).

Prequestionamento

Quanto ao prequestionamento, no h necessidade de o julgador mencionar osdispositivos legais e constitucionais em que fundamenta sua deciso, tampouco os citadospelas partes, pois o enfrentamento da matria atravs do julgamento feito pelo Tribunaljustifica o conhecimento de eventual recurso pelos Tribunais Superiores (STJ, EREsp n155.621-SP, Corte Especial, Rel. Min. Slvio de Figueiredo Teixeira, DJ de 13-19-99).

Dispositivo

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Ante o exposto, dou provimento remessa oficial para declarar a decadncia aodireito de reviso do ato administrativo concessrio do benefcio previdencirio, comfundamento no art. 557, 1-A, do Cdigo de Processo Civil.

Porto Alegre, 03 de dezembro de 2014.APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0023090-73.2014.404.9999/SCRELATOR : Juiz Federal PAULO PAIM DA SILVAAPELANTE : MARIA DAS GRAAS DA SILVA NOBREGAADVOGADO : Edna de Werk CericatoAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DEPINHALZINHO/SC

DECISO

Trata-se de remessa oficial e de apelaes interpostas contra sentena proferidapela MM. Juza de Direito da Vara nica da Comarca de Pinhalzinho - SC, que julgouparcialmente procedente pedido de restabelecimento do benefcio de auxlio-doena, acontar da data de sua cessao (05.06.2012) at 14.09.2014.

Examinada a petio inicial e documentos anexos (fls. 32-3), verifica-se que aparte autora obteve o auxlio-doena por acidente do trabalho n 548.824.014-0, espcie 91,DIB 11/11/2011, e, devido sua cessao em 05/06/2012, postula na presente demanda seurestabelecimento.

Ora, o exame da causa de pedir decisivo para a determinao da competnciaratione materiae, e por esse exame se conclui tratar-se de causa de natureza acidentria,caso em que incide a 2 parte do inciso I do art. 109 da Constituio Federal, in verbis:

Art. 109. Aos juzes federais compete processar e julgar:I - As causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal foreminteressadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia,as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho(sublinhou-se).

A matria, alis, j foi sumulada pelo Superior Tribunal de Justia (STJ),conforme se v do seguinte enunciado:

Compete Justia Estadual processar e julgar os litgios decorrentes de acidente dotrabalho.

Tambm o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou a orientao de que as aesdecorrentes de acidente do trabalho so da competncia absoluta da Justia Estadual. Estejulgado serve de amostra:

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINRIO. ACIDENTE DO TRABALHO.AO ACIDENTRIA AJUIZADA CONTRA O INSS. COMPETNCIA DA JUSTIACOMUM ESTADUAL. INCISO I E 3 DO ARTIGO 109 DA CONSTITUIO FEDERAL.SMULA 501 DO STF.

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A teor do 3o c/c inciso I do artigo 109 da Constituio Republicana, compete Justiacomum dos Estados apreciar e julgar as aes acidentrias, que so aquelas propostaspelo segurado contra o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, visando ao benefcio eaos servios previdencirios correspondentes ao acidente do trabalho. Incidncia daSmula 501 do STF. Agravo regimental desprovido.(RE-AgR n. 478472/DF, STF, 1. Turma, Rel. Min. Carlos Britto, DJ 01-06-2007).

Enfim, a prpria segurada, nas razes de apelao (fl. 103), requereu a remessados autos ao Tribunal de Justia do Estado do Paran, por ser competente para julgar causasprevidencirias de natureza acidentria.

Ante