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RH MAGAZINE MONOTORIZAÇÃO DA VIDA DO TRABALHADOR Uma vitória ao respeito pelo direito à privacidade AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Os benefícios e compensações que realmente motivam os colaboradores FISCALIZAÇÃO LABORAL Novas Prerrogativas Legais N.º1 EDIÇÃO DEZEMBRO 2017

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RHM A G A Z I N E

MONOTORIZAÇÃO DA VIDA

DO TRABALHADOR

Uma vitória ao respeito pelo

direito à privacidade

AVALIAÇÃO DE

DESEMPENHO

Os benefícios e

compensações que

realmente motivam os

colaboradores

FISCALIZAÇÃO LABORAL

Novas Prerrogativas Legais

N.º1E D I Ç Ã O D E Z E M B R O 2 0 1 7

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A avaliação de desempenho, tão questionável ecomplexa em conteúdos e parâmetros qualitativose quantitativos, pressupõe sempre um sistema derecompensas e um reconhecimento de mérito.

Contudo, parece nos cada vez mais relevante,sobrepor o "ser" ao "ter" no âmbito desta temática,ter um prémio por um desempenho relevante, vaimuito além de uma quantia monetária, prende-semuito mais com o reconhecimento, naquilo que é oesforço individual no trabalho de equipa.

Não podemos, por isso, deixar de enumerar aimportância dos benefícios e compensações nãomonetários, no âmbito de uma avaliação dedesempenho recompensadora do trabalhoprestado.

Gostaríamos de frisar a mudança de paradigma nomercado de trabalho, cujo ritmo alucinante dosdias, fez com que o tempo livre para actividades delazer e convivio familiar fosse um bem mais precisopara os colaboradores do que o dinheiro.

O tempo, esse bem inestimável, é um direito quepassou a ter de ser adquirido num equilíbrioestreito entre a vida profissional e pessoal, tantasvezes um factor de difícil gestão.

Consideramos que se são motivos de retenção detalentos, e de motivação profissional, a concessãodos seguintes benefícios e compensações:

ON RH.MAGAZINE N.º1 - DEZEMBRO | 02 ANGOLA PORTUGAL MADEIRA MOÇAMBIQUE

▪ Flexibilização de Horário: trabalharem a partir decasa uma vez por semana, ou possibilitar aosfuncionários a escolha do seu próprio horário detrabalho;

▪ Possibilitar a frequência de formaçõescertificadas, em alguns casos suportando oscustos da mesma;

▪ Oferecer um dia de folga (para além das fériasanuais) como recompensa pela realização de umtrabalho bem-sucedido;

▪ Oferecer recompensas baseadas em interessespessoais específicos - por exemplo, adesão aoginásio local;

▪ Possibilidade o colaborador participar emprojectos do seu interesse, mesmo que nãoestejam necessariamente relacionados com asua actividade principal.

▪ No caso de empresas que possuam várias filiais,possibilitar aos funcionários a possibilidade detrabalhar numa destas filiais, conferindo lhe umaoportunidade internacional.

A importância das recompensas não financeiras,uma recompensa intangível, não-monetária, têmmaior impacto na motivação dos funcionários, nasua motivação e bem- estar do que as recompensasmonetárias, mais imediatas e efémeras.

AVALIAÇÃOOs benefícios e compensações que realmente motivam

os colaboradores

de desempenho

Por Lúcia Palma | [email protected] | Manager RH

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ANGOLAEstamos a recrutar

ON RH.MAGAZINE N.º1 - DEZEMBRO | 03 ANGOLA PORTUGAL MADEIRA MOÇAMBIQUE

Contabilista Sénior para Angola (M/F)A On.Corporate pretende reforçar a sua equipa decontabilidade em Luanda com a contratação de umcontabilista sénior.

FunçãoResponsável pela execução (Classificação elançamentos) da contabilidade de uma carteira declientes, bem como o encerramento mensal e anualde contas;Preparação de Demonstrações Financeiras deacordo com os prazos acordados com o cliente,bem como preparação dos restantes reportssolicitados;Elaboração de todas as declarações fiscais (Anuais eMensais) necessárias ao cumprimento regras fiscaisem Angola.

PerfilLicenciatura em Contabilidade, Gestão ou áreasequivalentes;Experiência mínima em Contabilidade de 4 - 5 anos,preferencialmente em empresas de prestação deserviços de contabilidade;Sólidos conhecimentos de Contabilidade;Conhecimentos de fiscalidade Angolana;Conhecimentos da língua inglesa falada e escrita(Exclusão);Conhecimentos a nível do software Primavera(Preferencial);Excelente capacidade de trabalho em equipa;Capacidade analítica e rigor no cumprimento deprazos;Conhecimentos de informática na ótica doutilizador, especialmente Excel.

OfertaIntegração numa equipa jovem, em organização decontexto multinacional;Vencimento compatível com a experiênciademonstrada;Excelentes perspectivas de crescimentoprofissional;Formação contínua.

Envie o seu CV para: [email protected]

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PORTUGALEstamos a recrutar

ON RH.MAGAZINE N.º1 - DEZEMBRO | 04 ANGOLA PORTUGAL MADEIRA MOÇAMBIQUE

Contabilista Certificado M/FA On.Corporate pretende reforçar a sua equipa decontabilidade em Portugal com a contratação deum contabilista certificado.

FunçãoClassificação e lançamento contabilísticos;Preparação de Demonstrações Financeiras;Elaboração de todas as declarações fiscaisperiódicas necessárias e obrigatórias.

PerfilExperiência mínima em Contabilidade de 3 anos;Sólidos conhecimentos de Contabilidade;Sólidos conhecimentos de Fiscalidade, emespecífico IRS;Sólidos conhecimentos da língua inglesa falada eescrita;Conhecimentos a nível do software Primavera(preferencial);Licenciatura em Contabilidade, Gestão ou áreasequivalentes;Excelente capacidade de trabalho em equipa;Capacidade analítica e rigor no cumprimento deprazos;Conhecimentos de informática na ótica doutilizador, especialmente Excel.

OfertaIntegração num projeto ambicioso;Vencimento compatível com a experiênciademonstrada;Formação contínua.

Os/As candidatos/as interessados/as devem enviaro seu Curriculum Vitae detalhado, com a referênciaCCPT para: [email protected]

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MONOTORIZAÇÃO

DA VIDA DO TRABALHADORUma vitória ao respeito pelo direito à privacidade

Não podemos deixar de assinalar a decisão proferida pelo TribunalEuropeu dos Direitos do Homem (TEDH) num acórdão que veio alterar oentendimento anteriormente proferido no caso Barbulescu, concluindopela efectiva violação do artigo 8.º da Convenção Europeia dos Direitosdo Homem, no que toca ao Direito ao respeito pela vida privada.

Em Janeiro de 2016, o TEDH considerou que um trabalhador nãopoderia ter expectativas de privacidade em relação a instrumentos detrabalho e, bem assim que estão fora do uso pessoal. Estava em causa oacesso às comunicações da conta Yahoo Messenger criada e utilizadapara responder a questões dos clientes, pela entidade empregadora nocontexto de um procedimento disciplinar, cujo acesso foi feito nopressuposto de que a informação em questão estava relacionada com aactividade profissional.

No caso concreto existiam regras internas que impediam ostrabalhadores de utilizar os instrumentos de trabalho, quais sejam,equipamentos e dispositivos, cedidos pela empresa para fins pessoais.Argumentos bastantes que levaram o tribunal romeno a concluir que amonitorização feita pela empresa foi adequada e proporcional, pois foilimitada no seu âmbito.

No entanto, o primeiro acórdão proferido pelo TEDH que manteve adecisão, teve um voto de vencido, precisamente do juiz português, Dr.Paulo Pinto de Albuquerque, que considerou ter havido uma violação dodireito ao respeito pela vida privada do trabalhador.

O jurista português defendia que os empregadores deveriam ter umapolítica de utilização de Internet guiada por princípios da necessidade eproporcionalidade, de forma a evitar uma situação em que os dadospessoais recolhidos relacionados com a organização e com as políticastecnológicas, represente uma forma de controlo do comportamentodos trabalhadores. Sem esta política de utilização, a vigilância através daInternet figura um risco de abuso por parte dos empregadores.

Este o entendimento que foi agora parcialmente seguido pelo TEDH.Considerando que era essencial que o trabalhador tivesseconhecimento antecipado que a entidade empregadora iria iniciar umprocesso de monitorização das suas actividades, principalmente quandovão aceder a comunicações do trabalhador.

O TEDH considerou que o trabalhador não foi antecipadamenteinformado da extensão e natureza da monitorização feita pela entidadeempregadora e da possibilidade de acesso desta ao conteúdo das suasmensagens pessoais.

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A alteração de entendimento do TEDH representa uma vitória na defesado direito à privacidade, e sublinha a importância das empresas, emespecial o Departamento de Recursos Humanos, de instituírem regras elimites que devem ser implementadas através de políticas internas deutilização dos instrumentos de trabalho, bem como um alerta de que ocontrolo ao trabalhador não pode ser desmedido, e nem desinformado,sendo fulcral que o mesmo esteja a par de todos os procedimentosnesta matéria a partir da sua admissão.

Sobre esta matéria é ainda importante destacar as regras constantes noRegulamento e da Deliberação n.º 1638/2013 da CNPD, para criação deprocedimentos de monitorização lícitos e que respeitem os direitos edeveres de ambas as partes.

A atuação da empresa deve centrar-se numa filosofia preventiva,criando barreiras no acesso à navegação na internet, de modo, a nuncapor em causa a produtividade laboral.

Perante a verificação de acessos excessivos e desproporcionais noâmbito da sua atividade laboral, deve seguir-se um aviso ao trabalhador,sendo que só se deve consultar os seus acessos, se o trabalhador puserem causa a advertência e quiser ele próprio conferir a realização de taisacessos, ainda mais se se tratar de perfis pessoais de redes sociais, cominformações de carácter pessoal e mesmo íntimo.

Lúcia Palma | [email protected]

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Está em vigor desde o dia 1 de Agosto, a Lei55/2017 que reforça a fiscalização do trabalho nãodeclarado em todas as suas formas. São abrangidospor esta nova Lei, não apenas os “falsos recibosverdes”, mas também outras formas de trabalhonão declarado tais como falsos estágios curricularesou profissionais.

Nesse sentido, a presente Lei vem manter afiscalização na esfera da Autoridade para asCondições do Trabalho (ACT), no qual quando oInspetor detetar uma prestação de trabalho em quenão existe contrato de trabalho mas que as suascaracterísticas correspondem a tal, o empregadorserá alvo de um auto e automaticamente notificadopara que no prazo máximo de 10 dias regularize asituação com a celebração de um contrato ouargumente as suas razões para não o fazer.Ultrapassado o prazo legal, caso nada tenha sidofeito, o Inspetor deverá comunicar no prazomáximo de 5 dias ao Ministério Público no respetivotribunal para que seja reconhecido a existência docontrato de trabalho. Está ainda previsto a proteçãodo trabalhador contra o despedimento durante operíodo de regularização, bem como o pagamentodas contribuições ao Instituto da Segurança Socialdas contribuições desde a data em que se vier fixaro início do contrato.

Num momento em que a economia portuguesacresce acima da média da zona euro e a taxa dedesemprego desce de forma contínua desde 2014,para níveis de pré-crise (2008) para os 9,2%, épreciso ter em conta uma outra evolução maisnegativa e que geralmente não entra na discussão

do tema: os cidadãos com ensino superior sãoatualmente a maioria dos trabalhadoresindependentes. Infelizmente, é um facto que aempregabilidade deste grupo está cada vez maisassente na aceitação de condições precáriasindependentes.

Com estes dados podemos concluir, que serão osmais bem qualificados, os principais beneficiáriosdesta Lei, e de outras que possam vir a existir noâmbito do combate à precariedade.

Deste modo, é expectável que a sociedade civilcontinue exigente com a sua classe política para aresolução do emprego precário, pois numaeconomia global, não será apenas com medidas“locais” que se combate o problema. Portugal,inserido na maior economia que ainda é atualmentea União Europeia (UE), onde concorre com osrestantes países da União, fortes em determinadossectores de atividade e também eles comcaracterísticas únicas de diferenciação, seráinteressante e até inadiável um entendimento entretodos os países da UE na qual se definem Leiscomunitárias a aplicar em todos os países. Sendo alivre circulação de pessoas entre estados, um dosprincipais pilares da UE, e o facto de serem asgerações mais novas as que mais usufruem dessaliberdade, bem como do reconhecimento daimportância desta instituição europeia, é previsívelque sejam também mais exigentes com a sua classepolítica para a discussão e adoção de um mercadode trabalho europeu único, caracterizado por umabaixa precariedade e regulação eficaz.

FISCALIZAÇÃO LABORALNovas prerrogativas legais

Por Rui Pires | [email protected] | Consultor Sénior de RH

ON RH.MAGAZINE N.º1 - DEZEMBRO | 07 ANGOLA PORTUGAL MADEIRA MOÇAMBIQUE

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PORTUGALAvenida da República, N.º 32,4.º Direito, 1050-193 LisboaT + 351 217 613 220E [email protected]

MADEIRAAvenida Arriaga N.º 77Edifício Marina Fórum, 6.º9000-060 FunchalT +351 291 202 400E [email protected]

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MOÇAMBIQUEAv. 25 de Setembro 1821,Sala 107, MaputoM +244 926 904 937 E [email protected]