166
Coordenação Cláudio Sancho Mônica Assessoria Jairo Saldanha Rimes Adilson da Luz Equipe CAD Alita Neves Cantini Artur José Pereira Bompet Aurélia de Jesus Amaral Carlos Maurício Raposo Cíntia Guimarães Costa Cíntia Iorio Rodrigues José Antônio Garcia Júnior Josué Vieira dos Santos Luciana Trindade Ferreira Pinto Marcelo Simas Ribeiro Patrícia Fernandes Marques Rafael Cabral Ribeiro Samuel Gomes e Silva CONTAS DE GESTÃO 2008 Edição e Informação: Edição e Informação: Edição e Informação: Edição e Informação: Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento Rua Santa Luzi Rua Santa Luzi Rua Santa Luzi Rua Santa Luzia, 732 a, 732 a, 732 a, 732 – salas 808/812 salas 808/812 salas 808/812 salas 808/812 CEP 20.030 CEP 20.030 CEP 20.030 CEP 20.030-040 040 040 040 - Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro – RJ RJ RJ RJ Tels.: Tels.: Tels.: Tels.: (021) 3824 (021) 3824 (021) 3824 (021) 3824-3648/3654/3704/3740 3648/3654/3704/3740 3648/3654/3704/3740 3648/3654/3704/3740 Fax : Fax : Fax : Fax : (021) 2220.1918 (021) 2220.1918 (021) 2220.1918 (021) 2220.1918 www.tcm.rj.gov.br www.tcm.rj.gov.br www.tcm.rj.gov.br www.tcm.rj.gov.br [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]

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Coordenação Cláudio Sancho Mônica

Assessoria Jairo Saldanha Rimes

Adilson da Luz

Equipe CAD Alita Neves Cantini Artur José Pereira Bompet Aurélia de Jesus Amaral Carlos Maurício Raposo Cíntia Guimarães Costa Cíntia Iorio Rodrigues José Antônio Garcia Júnior Josué Vieira dos Santos Luciana Trindade Ferreira Pinto Marcelo Simas Ribeiro Patrícia Fernandes Marques Rafael Cabral Ribeiro Samuel Gomes e Silva

CONTAS DE GESTÃO 2008

Edição e Informação:Edição e Informação:Edição e Informação:Edição e Informação: Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoCoordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoCoordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoCoordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento Rua Santa LuziRua Santa LuziRua Santa LuziRua Santa Luzia, 732 a, 732 a, 732 a, 732 –––– salas 808/812 salas 808/812 salas 808/812 salas 808/812 CEP 20.030CEP 20.030CEP 20.030CEP 20.030----040 040 040 040 ---- Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro Rio de Janeiro –––– RJ RJ RJ RJ Tels.:Tels.:Tels.:Tels.: (021) 3824(021) 3824(021) 3824(021) 3824----3648/3654/3704/37403648/3654/3704/37403648/3654/3704/37403648/3654/3704/3740 Fax :Fax :Fax :Fax : (021) 2220.1918(021) 2220.1918(021) 2220.1918(021) 2220.1918 www.tcm.rj.gov.brwww.tcm.rj.gov.brwww.tcm.rj.gov.brwww.tcm.rj.gov.br [email protected][email protected][email protected][email protected]

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 265

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

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ÍNDICE

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 264

2 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL 274

3 AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES 309

4 FUNDOS ESPECIAIS 313

5 EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 336

6 LIMITES 348

7 CRÉDITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA 383

8 ENDIVIDAMENTO 392

9 ASPECTOS OPERACIONAIS – INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS IGE’S 404

10 PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO ANTERIOR 410

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS 419

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1.1 RESPONSÁVEL PELA GESTÃO 265

1.2 DOCUMENTAÇÃO 265

1.3 ESTRUTURA MUNICIPAL 265

1.4 APRESENTAÇÃO DOS BALANÇOS 265

1.5 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 266

1.6 CERTIFICADO DE AUDITORIA 268

1.6.1 DECRETO Nº 30.331/08 269

1.7 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 270

1.7.1 ANEXO DE METAS FISCAIS 270

1.7.2 ANEXO DE RISCOS FISCAIS 270

1.8 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 270

1.8.1 PROJETO DE LEI Nº 1353 – A/2007 271

1.8.2 DIVERGÊNCIAS EM RELAÇÃO À LDO 271

1.8.3 ORÇAMENTO PARTICIPATIVO 271

1.9 CONSIDERAÇÕES DA ATUAL GESTÃO 272

1.9.1 RESTOS A PAGAR 272

1.9.2 DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS 272

1.9.3 PREVIDÊNCIA 273

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

11

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 265

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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1111 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARESCONSIDERAÇÕES PRELIMINARESCONSIDERAÇÕES PRELIMINARESCONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

A Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento - CAD, em cumprimento ao disposto

no inciso I do parágrafo 4º do art. 1º da Deliberação nº 142/2002 efetuou a presente

análise em face das demonstrações contábeis relativas ao exercício encerrado em 31

de dezembro de 2008, publicadas no D.O. RIO de 14/04/2009 – Suplemento Especial.

1.11.11.11.1 RESPONSÁVEL PELA GESTÃORESPONSÁVEL PELA GESTÃORESPONSÁVEL PELA GESTÃORESPONSÁVEL PELA GESTÃO

A gestão do Município do Rio de Janeiro em 2008 foi exercida pelo Excelentíssimo

Senhor Prefeito CESAR EPITÁCIO MAIA, que ocupou o cargo no período de 01 de

janeiro a 31 de dezembro de 2008.

1.21.21.21.2 DOCUMENTAÇÃODOCUMENTAÇÃODOCUMENTAÇÃODOCUMENTAÇÃO

A Prestação de Contas está constituída pelos documentos abaixo relacionados,

abrangendo a Administração Direta e a Administração Indireta:

•••• Ofício GBP nº 183/2009, de 16 de abril de 2009, do Excelentíssimo Senhor Prefeito EDUARDO

PAES ao Excelentíssimo Senhor Presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de

Janeiro;

•••• Certificado de Auditoria nº 114/2009 emitido, na modalidade COM RESSALVAS, pela

Auditoria Geral da Controladoria Geral do Município do Rio de Janeiro;

•••• Relatório do Desempenho da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro frente à Lei de

Responsabilidade Fiscal no Exercício de 2008, elaborado pela Controladoria Geral do

Município;

•••• Relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000);

•••• Relatórios de Limites Legais, Relatórios Consolidados, Relatórios de Contabilidade com base

na Lei nº 4.320/64;

•••• Demonstrações Contábeis da Lei nº 6.404/76; e

•••• Comentários do Prefeito Eduardo Paes em relação ao desempenho da Prefeitura em 2008.

1.31.31.31.3 ESTRUTURA MUNICIPALESTRUTURA MUNICIPALESTRUTURA MUNICIPALESTRUTURA MUNICIPAL

Em 31/12/2008, a estrutura da Administração Municipal estava constituída pela

Câmara de Vereadores (CMRJ), Tribunal de Contas (TCMRJ), Gabinete do Prefeito (GBP),

Controladoria Geral (CGM), Procuradoria Geral (PGM), 23 Secretarias, 15 Fundos

Especiais, 2 Autarquias, 4 Fundações, 8 Empresas Públicas e 4 Sociedades de

Economia Mista.

1.41.41.41.4 APRESENTAÇÃO DOS BALANÇOSAPRESENTAÇÃO DOS BALANÇOSAPRESENTAÇÃO DOS BALANÇOSAPRESENTAÇÃO DOS BALANÇOS

Os Balanços previstos no parágrafo 1º do art. 41 do Regimento Interno do Tribunal de

Contas, aprovado pela Deliberação nº 34/93, estão segregados em:

•••• Balanços e Quadros da Administração Direta, abrangendo os Poderes Executivo e Legislativo;

•••• Balanços das Autarquias, Fundações, Fundos Especiais, Empresas Públicas e Sociedades de

Economia Mista, sem prejuízo da apresentação de suas Prestações de Contas Anuais;

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Considerações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações PreliminaresConsiderações Preliminares

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•••• Balanços Orçamentário e Patrimonial Consolidados, contemplando a Administração Direta,

Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

Verificou-se que os seguintes demonstrativos, assim como na Prestação de Contas

dos exercícios de 2006 e 2007, não foram encaminhados junto com a presente

Prestação de Contas:

•••• Demonstrativo das Notas de

Repasse;

•••• Ativo Financeiro Disponível;

•••• Ativo Financeiro Vinculado;

•••• Aplicações em Títulos Públicos

Federais;

•••• Ativo Financeiro Realizável;

•••• Bens Móveis e Intangíveis;

•••• Bens Imóveis;

•••• Créditos;

•••• Valores;

•••• Passivo Financeiro;

•••• Dívida Fundada Interna;

•••• Dívida Fundada Externa.

A CGM, por meio do ofício nº 292/CGM, de 25/08/08, que formou o processo

nº 040/004.413/08 (em apenso), informou que os demonstrativos mencionados

podem ser obtidos diretamente através do sistema FINCON.

Porém, os demonstrativos constantes de fls. 44/151 do presente processo (fls. 69/283

do relatório da CGM) também são originários do FINCON e os demonstrativos de fls.

19/37 (fls. 19/55 do relatório da CGM) são publicados no Diário Oficial do Município.

Ou seja, o fato destes relatórios estarem disponíveis por outros meios não desobriga o

cumprimento de recomendação deste Tribunal.

1.51.51.51.5 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCALLEI DE RESPONSABILIDADE FISCALLEI DE RESPONSABILIDADE FISCALLEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

Em cumprimento à Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000, a presente Prestação de

Contas de Gestão apresenta os demonstrativos exigidos nos arts. 52, 53 e 55, nos

quais foi contemplada toda a Administração Direta, Indireta, , , , inclusive as Empresas

Estatais Dependentes1.

O Relatório Resumido da Execução Orçamentária e os Relatórios de Gestão Fiscal do

Executivo e o Consolidado do Município do Rio de Janeiro foram objeto de publicação

no D.O. RIO, de 30/01/2009, por meio das Resoluções da Controladoria Geral do

Município nºs 883, 884 e 887, todas de 29/01/2009, sendo alguns anexos

republicados no D.O. RIO, de 02/02/2009.

Posteriormente, a Resolução CGM nº 899, de 17/04/2009, estabeleceu que os Anexos

constantes da presente prestação de contas são os definitivos. Os referidos relatórios

1 Portaria STN nº 589/2001, art. 2º [...] III - empresa estatal dependente: empresa controlada pela União, pelo Estado, pelo Distrito

Federal ou pelo Município, que tenha, no exercício anterior, recebido recursos financeiros de seu controlador, destinados ao

pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excluídos, neste último caso, aqueles provenientes de

aumento de participação acionária, e tenha, no exercício corrente, autorização orçamentária para recebimento de recursos

financeiros com idêntica finalidade; [...]

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

foram divulgados via INTERNET, conforme determina o art. 48 da Lei Complementar

nº 101/00.

Cabe ressaltar que, assim como nos exercícios anteriores, o demonstrativo dos

resultados alcançados pelas medidas adotadas na forma do art. 13 da LRF2 – previsto

no inciso I do parágrafo único do art. 7º da Deliberação TCM nº 134/2000 – não

integra as referidas Contas.

Além disso, o relatório dos projetos concluídos e em conclusão contendo a

identificação, a data de início, a data de conclusão, quando couber, e o percentual de

realização física, nos termos do disposto no parágrafo único do art. 45 da LRF3 –

previsto no inciso II da referida Deliberação – apresenta-se de forma incompleta,

conforme subitem 2.4 da Prestação de Contas elaborada pela CGM – Relatório de

Acompanhamento dos Projetos LDO.

Deve-se destacar que a referida Prestação de contas não contempla as despesas com a

conservação do patrimônio público; apresenta os projetos em andamento, mas nada

menciona quanto aos paralisados; não quantifica qual a dotação necessária para que

cada projeto seja atendido adequadamente; e não informa quais os novos projetos que

a PCRJ planeja para 2009.

Cabe ressaltar que, no processo nº 040/1349/20084, a CAD, em estudo solicitado

pela Secretaria de Controle Externo – SCE, elaborou algumas propostas de redação

para o PPA, LDO e LOA, com a intenção de colaborar com a discussão a respeito da

regulamentação do art. 45 da LRF, sem a pretensão de invadir a competência dos

Poderes Executivo e Legislativo. Ainda, foi ventilada a possibilidade de se encaminhar

à Comissão de Finanças e Orçamento da CMRJ, como subsídio para o exame dos

projetos de LDO e LOA, os relatórios de inspeção/auditoria que enfocarem os projetos

em andamento ou paralisados, bem como o adequado atendimento das despesas com

a conservação do patrimônio público. Então, foi proposta a elaboração de uma

Deliberação sobre o assunto cuja sugestão de minuta consta no referido processo.

Os valores arrecadados, bem como os desembolsos realizados no exercício de 2008,

estão demonstrados no subitem 2.3 da Prestação de Contas elaborada pela CGM.

2 LRF, art. 13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de

arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade

e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis

de cobrança administrativa.

3 LRF, art. 45. Observado o disposto no § 5º do art. 5º, a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após

adequadamente atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em

que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto de lei de diretrizes

orçamentárias, relatório com as informações necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo, ao qual será dada ampla

divulgação.

4 Em consulta efetuada no Sistema de Controle de Processos - SCP, no dia 04/05/2009, verificou-se que o processo encontra-se com

carga para a Secretaria de Controle Externo - SCE do TCMRJ.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Os demonstrativos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal serão analisados nos

itens referentes aos seus respectivos conteúdos.

Relatório Resumido da Execução Orçamentária SUBITEM

Anexo I Balanço Orçamentário 2.3

Anexo II Demonstrativo da Execução das Despesas por Função / Subfunção

2.9.1

Anexo III Demonstrativo da Receita Corrente Líquida - RCL 2.6.2.5

Anexo V Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias do Regime Próprio dos Servidores Públicos

4.1.1

Anexo VI Demonstrativo do Resultado Nominal 8.2.3.2

Anexo VII Demonstrativo do Resultado Primário 8.2.3.1

Anexo IX Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão 8.1

Anexo X Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino - MDE

6.1

Anexo XI Demonstrativo das Receitas de Operações de Crédito e Despesas de Capital

6.9

Anexo XIII Demonstrativo da Projeção Atuarial do Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Públicos

4.1.2

Anexo XIV Demonstrativo da Receita de Alienação de Ativos e Aplicação dos Recursos

2.6.2.4

Anexo XVI Demonstrativo das Receitas e Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde

6.3

Relatório de Gestão Fiscal SUBITEM

Anexo I Demonstrativo da Despesa com Pessoal (Consolidado e Poder Executivo)

6.4

Anexo II Demonstrativo da Dívida Consolidada 6.6

Anexo III Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores 6.7

Anexo IV Demonstrativo das Operações de Crédito 6.8

Anexo V Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa (Consolidado e Poder Executivo)

6.13

Anexo VI Demonstrativo dos Restos a Pagar (Consolidado e Poder Executivo)

6.13

Anexo VII Demonstrativo de Limites (Consolidado e Poder Executivo) 6

1.61.61.61.6 CERTIFICADO DE AUDITORIACERTIFICADO DE AUDITORIACERTIFICADO DE AUDITORIACERTIFICADO DE AUDITORIA

O Certificado de Auditoria nº 114/2009, emitido na modalidade COM RESSALVAS,

ressalta que o escopo da verificação limitou-se ao Poder Executivo e atesta que:

•••• A dívida consolidada líquida alcançou 48,04% da RCL, respeitando o limite de 120%, nos

termos do inciso I do art. 30 da LRF e inciso II do art. 3º da Resolução do Senado nº 40/01;

•••• As receitas realizadas com operações de crédito tiveram a participação de 0,50% na receita

corrente líquida, se enquadrando no limite de 16%, nos termos do inciso I do art. 30 da LRF

e inciso I do art. 7º da Resolução do Senado nº 43/01;

•••• Não foram contratadas operações de crédito nos 120 (cento e vinte) dias anteriores ao final

do mandato Municipal – inciso I do art. 30 da LRF e Resolução do Senado Federal nº 32/06,

que altera o art. 15 da Resolução nº 43/01;

•••• As receitas realizadas com operações de crédito não superaram as Despesas de Capital no

exercício de 2008, conforme previsto no inciso V do § 1º c/c o § 3º, ambos do art. 32 da

LRF;

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 269

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

•••• O comprometimento com juros, amortizações e encargos da dívida foi inferior ao limite de

11,50% determinado pelo inciso II do art. 7º da Resolução do Senado nº 43/01,

representando 10,49% da receita corrente líquida, conforme Demonstrativo dos Limites da

Dívida Pública, elaborado pela Superintendência do Tesouro Municipal;

•••• Não houve contratação de operação de crédito por antecipação de receita no exercício de

2008 – arts. 32 e 38 da LRF;

•••• Os valores registrados como Restos a Pagar estão suportados por suficiente disponibilidade

de caixa – art. 42 da LRF;

•••• A despesa com pessoal do Executivo foi equivalente a 48,69% da receita corrente líquida,

cumprindo o limite de 54% determinado pela alínea “b” do inciso III do art. 20 da LRF;

•••• Quanto ao disposto no parágrafo único do art. 21, que veda o aumento da despesa de

pessoal nos 180 dias anteriores ao final do mandato, há de se ressalvar a alteração realizada,

em 06/08/08, no Regulamento de Pessoal da Companhia Municipal de Limpeza Urbana,

atribuindo benefícios aos diretores e a edição do Decreto nº 30.331/08, de 30/12/08, que

revogou critérios para a percepção da Gratificação aos Agentes Municipais do Sistema de

Administração, resultando os referidos atos em aumento da despesa de pessoal, sendo estes,

portanto, atos nulos de pleno direito.

1.6.11.6.11.6.11.6.1 DECRETO Nº 30.331/08DECRETO Nº 30.331/08DECRETO Nº 30.331/08DECRETO Nº 30.331/08

A pesquisa sobre a ressalva da CGM acerca do aumento de despesa de pessoal nos

últimos 180 dias anteriores ao final de mandato, em função da edição do Decreto nº

30.331, de 30/12/2008, que alterou o Decreto nº 24.7495, de 27/10/2004, revelou

que as modificações foram efetuadas apenas no art. 9º, que trata dos requisitos para

acesso aos Níveis da Gratificação por Capacitação – GCAP, constantes do Anexo III da

Lei nº 3.789/04.

Da nova redação do art. 9º foram excluídos os seguintes dispositivos:

No inciso I – nível inicial, foi suprimida a alínea “c”;

c) ter no mínimo seis meses de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo;

No inciso II – intermediário, foram suprimidas as alíneas “b” e “d”;

b) estar percebendo, por no mínimo um ano, o percentual da GCAP correspondente ao

Nível Inicial;

(...)

d) ter cumprido o estágio probatório com a conseqüente confirmação no cargo de

provimento efetivo;

No inciso III - avançado, foi suprimida a alínea “b”.

b) estar percebendo, por no mínimo 2 (dois) anos, o percentual da GCAP

correspondente do Nível Intermediário;

5 Regulamenta dispositivos da Lei nº 3.789, de 29/06/2004

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Em 22/04/2009, foi editado o Decreto nº 30.621, revogando o Decreto nº 30.331/08

e repristinando o Decreto nº 24.749/04. Logo após, em 24/04/2009, houve a edição

do Decreto nº 30.628, que anulou o Decreto nº 30.331/08, revogou o Decreto

nº 30.621/09 e repristinou o Decreto nº 24.749/04.

O termo “revogado”, empregado no Decreto nº 30.621/09, foi alterado para “anulado”,

no Decreto nº 30.628/09. Cabe mencionar que, em regra, a decretação de invalidade

de um ato opera efeitos ex tunc, implicando no desfazimento de todas as relações

jurídicas que tiveram sua origem no ato inválido. Por isso, todas as partes envolvidas

no ato nulo devem retornar ao statu quo ante.

Em face do exposto, deve-se indagar ao Poder Executivo quais providências estão

sendo adotadas em relação aos efeitos decorrentes da anulação do Decreto nº

30.331/08.

1.71.71.71.7 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIASLEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIASLEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIASLEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

As Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2008 foram instituídas pela Lei

nº 4.566, de 20 de julho de 2007.

1.7.11.7.11.7.11.7.1 ANEXO DE METAS FISCAISANEXO DE METAS FISCAISANEXO DE METAS FISCAISANEXO DE METAS FISCAIS

A Portaria nº 633, de 30 de agosto de 2006, aprovou a 6ª edição do Manual de

elaboração do Anexo de Metas Fiscais e do Relatório Resumido da Execução

Orçamentária.

A CAD confrontou a referida Portaria com os Anexos de Metas constantes da Lei de

Diretrizes Orçamentárias e constatou que os mesmos estão em conformidade com o

Manual.

1.7.21.7.21.7.21.7.2 ANEXO DE RISCOS FISCAISANEXO DE RISCOS FISCAISANEXO DE RISCOS FISCAISANEXO DE RISCOS FISCAIS

A Portaria nº 632, de 30 de agosto de 2006, aprovou a 6ª edição do Manual de

Elaboração do Anexo de Riscos Fiscais e do Relatório de Gestão Fiscal.

A CAD, em relação ao Anexo de Riscos Fiscais (§ 3º do art. 4º da LRF), verificou que o

mesmo está em consonância com as determinações impostas pela Lei de

Responsabilidade Fiscal.

1.81.81.81.8 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUALLEI ORÇAMENTÁRIA ANUALLEI ORÇAMENTÁRIA ANUALLEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

A Lei nº 4.566, de 20 de julho de 2007, que estabeleceu as Diretrizes Orçamentárias

para 2008, orientou a elaboração da proposta da Administração Pública Municipal,

consubstanciada na Lei nº 4.751, de 21/01/2008, publicada no Diário Oficial – D.O.

Rio de 22/01/2008, que, em Orçamento Único (Administração Direta e Indireta),

estimou a Receita e fixou a Despesa em R$ 10.903.823.603,00. Do total da Receita,

R$ 9.491.839.082,00 têm como origem Recursos do Tesouro e R$ 1.411.984.521,00,

recursos de outras fontes. Do valor do Orçamento da Despesa, o montante de

R$ 6.461.795.717,00 foi destinado ao Orçamento Fiscal e R$ 4.442.027.886,00, à

Seguridade Social.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A Lei Orçamentária, em seu art. 9º, autorizou o Poder Executivo a abrir créditos

adicionais suplementares em até 25% do total da despesa fixada.

Destaca-se, também, a autorização referida no art. 8º, que possibilitou ao Poder

Executivo adotar medidas para, em decorrência de alteração de estrutura

organizacional ou da competência legal ou regimental dos órgãos da administração

direta, indireta ou fundacional instituídas pelo Poder Público Municipal, adaptar o

orçamento aprovado pela LOA.

A Lei Orçamentária fixou em seu art. 14, como incentivo à cultura, o limite mínimo de

0,4% e o máximo de 1% da arrecadação com Imposto Sobre Serviços de Qualquer

Natureza – ISS.

1.8.11.8.11.8.11.8.1 PROJETOPROJETOPROJETOPROJETO DE LEI Nº DE LEI Nº DE LEI Nº DE LEI Nº 1353 1353 1353 1353 –––– A/2007 A/2007 A/2007 A/2007

O projeto de LOA foi enviado à Câmara Municipal em 21/09/2007 e publicado no

DCM, de 24/09/2007, obedecendo, portanto, ao prazo determinado no inciso III do

parágrafo único do art. 258 da Lei Orgânica Municipal, alterado pela Emenda à Lei

Orgânica do Município nº 12, de 04/07/2002.

1.8.21.8.21.8.21.8.2 DIVERGÊNCIAS EM RELAÇÃO À LDODIVERGÊNCIAS EM RELAÇÃO À LDODIVERGÊNCIAS EM RELAÇÃO À LDODIVERGÊNCIAS EM RELAÇÃO À LDO

A CAD confrontou os valores apresentados no Anexo de Metas Fiscais da LDO com os

constantes no Projeto de Lei Orçamentária e na LOA, conforme demonstrado abaixo:

R $ m i lh õ e s

L DO - Le i n º

4.566/07

Pr o je to de Le i n º

1353-A /07

LOA - Le i n º

4.751/08

Re ce ita Tota l 10.039,51 10.903,82 10.903,82

De spe sa Tota l 10.039,51 10.903,82 10.903,82

L DO - Le i n º

4.566/07

Pr o je to de Le i n º

1353-A /07

LOA - Le i n º

4.751/08

Re sulta do P rim á rio 266,98 18,20 18,20

Pela análise do quadro, observa-se que os valores da Receita e Despesa na LOA estão

em desacordo com os demonstrados na Lei nº 4.566/2007 (LDO), assim como os

valores referentes ao Resultado Primário.

Os dados da LOA estão em conformidade com o Anexo VI do Projeto de Lei

Orçamentária, que atualizou os valores constantes na LDO.

1.8.31.8.31.8.31.8.3 ORÇAMENTO PARTICIPATIVOORÇAMENTO PARTICIPATIVOORÇAMENTO PARTICIPATIVOORÇAMENTO PARTICIPATIVO

A Lei nº 4.566/2007, que dispôs sobre as Diretrizes Orçamentárias para 2008,

estabeleceu, em seu art. 7º, § 2º, VIII, a forma de participação popular na elaboração

do Projeto de Lei Orçamentária, que deve seguir os ditames da Lei nº 3.189, de

23/03/2001, a qual dispõe sobre a participação da comunidade no processo de

elaboração, definição e acompanhamento da execução do PPA, das Diretrizes

Orçamentárias e do Orçamento Anual.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O subitem 4.6 da Prestação de Contas elaborada pela CGM – Demonstrativo do

Orçamento Participativo – apresenta os projetos selecionados mediante participação

popular.

Analisando o quadro, verifica-se que o mesmo encontra-se preenchido de forma

incorreta, apresentando valores empenhados, liquidados e pagos para o projeto 1062

(Tema Cultura). Ocorre que consulta feita no FINCON (Anexo I desta análise) indicou

que não houve execução do referido projeto no exercício de 2008.

Efetuando-se o ajuste dos valores conforme execução orçamentária obtida junto ao

FINCON, observou-se que o percentual de execução dos projetos decorrentes do

orçamento participativo foi de 20%.

1.91.91.91.9 CONSIDERAÇÕES DA ATUAL GESTÃOCONSIDERAÇÕES DA ATUAL GESTÃOCONSIDERAÇÕES DA ATUAL GESTÃOCONSIDERAÇÕES DA ATUAL GESTÃO

A Prestação de Contas apresenta, às fls. 250 a 263, “Comentários do Prefeito Eduardo

Paes em relação ao Desempenho da Prefeitura em 2008”, nos quais afirma que alguns

problemas “merecem destaque e servem para provocar reflexão sobre o processo de

degradação pelo qual passou a Cidade do Rio de Janeiro, com impactos nas políticas

públicas e na qualidade de vida do cidadão carioca, inclusive dos servidores públicos”.

Segue, portanto, um resumo dos problemas citados pelo Prefeito nas áreas de Pessoal,

Previdência e Restos a Pagar.

1.9.11.9.11.9.11.9.1 RESTOS A PAGARRESTOS A PAGARRESTOS A PAGARRESTOS A PAGAR

Observa o Prefeito que, no exercício de 2008, um montante superior a 1 bilhão de

reais foi inscrito em Restos a Pagar6, onerando a atual Administração para o exercício

de 2009. Desse valor total, 678,9 milhões de reais correspondem a restos a pagar não

processados, cujas pertinência e valoração demandam uma profunda análise.

Destaca, por fim, a evolução observada ao longo dos cinco últimos exercícios no

montante inscrito em restos a pagar, ressaltando que, se comparados a valores de

2004, os restos a pagar em 2008 são 268% superiores.

1.9.21.9.21.9.21.9.2 DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOSDESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOSDESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOSDESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS

Ressalta o Prefeito que houve forte aceleração das despesas com pessoal e encargos

sociais no último ano do Governo anterior, sendo esse crescimento refletido no índice

de comprometimento da referida despesa sobre a Receita Corrente Líquida – RCL.

Destaca, ainda, que, “considerando a arrecadação bastante positiva e a abertura de

crédito adicional de 685 milhões de reais no início de 2008, os limites prudenciais da

LRF (51,3% da RCL) foram, praticamente, violados”. Alega o Prefeito que a aproximação

do limite é resultado da concessão de benefícios e aumentos de remuneração para o

corpo funcional da Prefeitura, que provocaram forte impacto sobre a gestão da atual

Administração Municipal. Registra, assim, o ocorrido na COMLURB, onde, no mês de

agosto de 2008, houve aumento expressivo com a incorporação no Regulamento de

6Considerou os valores totais, sem as eliminações intragovernamentais.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Pessoal de diversos benefícios para sua Diretoria, em descumprimento à Lei de

Responsabilidade Fiscal. Cita, ainda, a edição do Decreto nº 30.331, de 30/12/2008,

publicado em 31/12/2008, através do qual se extinguiu o interstício para a mudança

de nível de carreira das categorias de Agentes do Sistema Municipal de Administração,

criando a condição de aumento automático com a progressão funcional.

Em função de tal fato, frisa que “uma rigorosa auditoria na folha da COMLURB está em

curso”.

1.9.31.9.31.9.31.9.3 PREVIDÊNCIAPREVIDÊNCIAPREVIDÊNCIAPREVIDÊNCIA

Argumenta o Prefeito que o FUNPREVI, da forma como vinha sendo administrado e

dado o expressivo aumento de gastos, “não teria condições de no futuro próximo

arcar com as despesas de aposentadoria dos servidores”.

Além dessa preocupação revelada com a Previdência, alega, também, em relação à

Assistência, que o incremento na concessão de benefícios pelo PREVI-RIO parece não

ter seguido nenhum critério de ordem técnica que o balizasse, gerando déficit para o

Instituto.

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2.1 PREVISÃO DA RECEITA E FIXAÇÃO DA DESPESA 275

2.2 CRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOS 275

2.3 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO 276

2.4 RESULTADO ORÇAMENTÁRIO 276

2.5 RECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS 276

2.6 ARRECADAÇÃO DA RECEITA 278

2.6.1 MAIORES ARRECADAÇÕES 279

2.6.2 EVOLUÇÃO DA RECEITA 280

2.7 DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA 291

2.7.1 DESPESAS CORRENTES 292

2.7.2 DESPESAS DE CAPITAL 294

2.8 DESPESAS POR ÓRGÃOS DE GOVERNO 295

2.9 FUNÇÕES DE GOVERNO 295

2.9.1 EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR FUNÇÃO 295

2.9.2 EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS FUNÇÕES 297

2.10 DESPESAS POR FONTE DE RECURSOS 298

2.10.1 SALÁRIO-EDUCAÇÃO 298

2.10.2 MULTAS DE TRÂNSITO 299

2.11 PROJETOS E ATIVIDADES 300

2.11.1 ATIVIDADE 2136 - MERENDA ESCOLAR 300

2.11.2 ATIVIDADE 2013 – PUBLICIDADE E PROPAGANDA 301

2.11.3 PROJETO 1215 – PROGRAMA FAVELA-BAIRRO 301

2.11.4 PROJETOS 3035 E 1460 – CIDADE DA MÚSICA 302

2.11.5 DECORRENTES DE EMENDAS LEGISLATIVAS 302

2.11.6 NÃO EXECUTADOS 303

2.12 BALANÇO FINANCEIRO ADMINISTRAÇÃO DIRETA 304

2.13 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO 304

2.13.1 ATIVO FINANCEIRO 306

2.13.2 PASSIVO FINANCEIRO 307

2.13.3 ATIVO NÃO FINANCEIRO 307

2.13.4 PASSIVO NÃO FINANCEIRO 308

2.13.5 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 308

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E

PATRIMONIAL

22

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

2222 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIALGESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIALGESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIALGESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL

2.12.12.12.1 PREVISÃO DA RECEITA E FIXAÇÃO DA DESPESAPREVISÃO DA RECEITA E FIXAÇÃO DA DESPESAPREVISÃO DA RECEITA E FIXAÇÃO DA DESPESAPREVISÃO DA RECEITA E FIXAÇÃO DA DESPESA

A Lei Orçamentária Anual de 2008, Lei nº 4.751, de 21 de janeiro de 2008, fixou as

despesas e estimou as receitas em R$ 10.903.823.603,00.

2.22.22.22.2 CRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOSCRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOSCRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOSCRÉDITOS ADICIONAIS ABERTOS

Durante o exercício de 2008, foram abertos créditos adicionais suplementares no valor

de R$ 3.693.512.880,85 (sendo R$ 659.979.299,67 decorrentes de créditos abertos

com base no art. 9º da Lei 4.751/08, dentro dos limites estabelecidos pela Lei

Orçamentária, e R$ 3.021.273.581,18 decorrentes de créditos abertos extralimite,

com base no art. 10 da referida lei), mas houve R$ 2.573.405.825,12 em

cancelamentos, gerando uma alteração final de 10,27%.

C RÉDITOS ADIC IONAIS R$ mil

Orç amento Inic ial A prov ado 10.903.823,60

+ Créditos A dic ionais 3.693.512,88

(-) Cancelamentos (2.573.405,83)

TOT AL DA DESPESA FIXA DA 12.023.930,66

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Os acréscimos ao orçamento foram decorrentes dos seguintes recursos:

R$ mil

ACRÉSCIM OS AO ORÇAM ENTOLEI n º 207/80 (ART.112)

Inc iso I - Superáv it Financ eiro 684.638,82

Inc iso II - Exc es so de A rrec adaç ão 200.157,97

Inc iso V - Inc orporação de Rec urs os 235.310,27

TOTAL 1.120.107,06

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Analisou-se a composição dos créditos abertos, tendo como base o excesso de

arrecadação, conforme o inciso II do art. 112 da Lei 207/80, Código de Administração

Financeira e Contabilidade Pública do Município do Rio de Janeiro, haja vista que o

excesso de arrecadação no exercício em tela foi de R$ 51.888 mil. Ressalte-se que o

referido artigo do CAF, em seu parágrafo terceiro, estabelece que o excesso de

arrecadação deve ser calculado sobre a arrecadação global. Foram abertos R$ 200.158

mil em créditos adicionais mediante a edição dos seguintes Decretos:

EXCESSO DE ARRECADAÇÃO R $ mil

ORGÃO Nº DECRETO D.O.M/R.JFONTE DE

RECURSOSVALOR

SME 29.496 24/06/08 142 200.000

RIOZOO 30.223 02/12/08 200 158

TOTAL 200.158

Fonte: D.O.RIO

A Lei 4.751/08, em seu artigo 9º, estabeleceu como limite máximo o percentual de

25% para transposição, remanejamento ou transferências de recursos, sendo que o

Município do Rio de Janeiro cumpriu com o previsto na LOA, tendo aberto créditos

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

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adicionais em 6,72%. O detalhamento deste percentual está apresentado no subitem

6.5.

2.32.32.32.3 BALANÇO ORÇAMENTÁRIOBALANÇO ORÇAMENTÁRIOBALANÇO ORÇAMENTÁRIOBALANÇO ORÇAMENTÁRIO

Com base nos valores publicados no Anexo I (Balanço Orçamentário) do Relatório

Resumido da Execução Orçamentária – exigido pela LRF –, observou-se que, em

relação à receita prevista (R$ 10.903.824 mil), foram arrecadados 100,48%

(R$ 10.955.712 mil) dos recursos, desempenho superior aos obtidos nos anos de

2007 e 2006, que foram, respectivamente, 93,72 e 91,85%.

A despesa realizada correspondeu a 92,74% da dotação final do exercício de 2008.

2.42.42.42.4 RESULTADO ORÇAMENTÁRIORESULTADO ORÇAMENTÁRIORESULTADO ORÇAMENTÁRIORESULTADO ORÇAMENTÁRIO

Após a consolidação dos balanços, com as

respectivas eliminações, foi registrado um

Excesso de Arrecadação de R$ 51.888 mil,

obtido pela diferença entre a Receita

Arrecadada e a Prevista. Foi verificada,

ainda, uma economia orçamentária de

R$ 872.554 mil.

O exercício de 2008 apresentou Déficit da

Previsão Orçamentária na ordem de

R$ 1.120.107 mil, resultante da diferença

entre a Receita Prevista Total de

R$ 10.903.824 mil e a Despesa Autorizada

Total de R$ 12.023.931 mil.

Foi observado, ainda, um resultado

deficitário na Execução Orçamentária de

R$ 195.665 mil, decorrente da diferença

entre a receita arrecadada, no valor de

R$ 10.955.712 mil, e a despesa realizada,

no valor de R$ 11.151.377 mil.

Exce s s o d e A r r e cadação R$ mil

Receita A rrecadada 10.955.712

Receita Prev is ta 10.903.824

51.888

Econ om ia Orçam e n tár ia R$ mil

Despes a Fix ada A tual 12.023.931

Despes a Executada 11.151.377

(872.554)

Dé ficit Orçam e ntár iod e Pr e vis ão R$ mil

Receita Prev is ta 10.903.824

Despes a Fix ada A tual 12.023.931

(1.120.107)

Dé fict da Exe cução Or çam e n tár ia R$ mil

Receita A rrecadada 10.955.712

Despes a Executada 11.151.377

(195.665)

F o nte: C o ntas de G es tão 2008

F o nte: C o ntas de G es tão 2008

F o nte: C o ntas de G es tão 2008

F o nte: C o ntas de G es tão 2008

2.52.52.52.5 RECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIASRECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIASRECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIASRECEITAS E DESPESAS INTRAORÇAMENTÁRIAS

A classificação econômica da receita e da despesa orçamentária é estabelecida pela

Lei 4.320/64 (que fixou as normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e

controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do

Distrito Federal):

•••• receitas: subdivididas em receitas correntes e de capital;

•••• despesas: subdivididas em despesas correntes e de capital.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), por sua

vez, estabeleceu normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na

gestão fiscal, dispondo sobre a obrigação de o Poder Executivo da União promover a

consolidação das contas dos entes da Federação.

A Portaria Interministerial STN/SOF nº 688, de 14 de outubro de 2005, incluiu no

Anexo II da Portaria nº 163 a modalidade de aplicação7 de nº 91, referente à Aplicação

Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos

Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social8.

Posteriormente, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006,

alterou o Anexo I da Portaria nº 163, definindo as operações intraorçamentárias9 e

incluindo como categoria econômica10 as receitas correntes intraorçamentárias e as

receitas de capital intraorçamentárias.

As referidas Portarias detalharam as receitas e as despesas correntes e de capital

também em intraorçamentárias, definindo como operações intraorçamentárias aquelas

que resultem em despesa de um órgão e receita para outro, desde que ambos

pertençam à mesma esfera de governo e sejam integrantes dos mesmos orçamentos

fiscal e de seguridade social.

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional11, as receitas intraorçamentárias

constituem contrapartida das despesas realizadas na modalidade “91 - Aplicação

Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes dos

Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social”. Dessa forma, na consolidação das contas

públicas, essas despesas e receitas poderão ser identificadas, de modo que se anulem

os efeitos das duplas contagens decorrentes de sua inclusão no orçamento.

7 A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada "modalidade de aplicação", a qual tem por

finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por

outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos

recursos transferidos ou descentralizados;

8 “Despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos

orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e

contribuições, além de outras operações, quando o recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa

estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo”;

9 “Definir como intraorçamentárias as operações que resultem de despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas

estatais dependentes e outras entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de

materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão,

fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma

esfera de governo”;

10 “Incluir as seguintes classificações em nível de categoria econômica no Anexo I da Portaria Interministerial STN/SOF no 163, de 4

de maio de 2001, destinadas ao registro das receitas decorrentes de operações intraorçamentárias: I - 7000.00.00 – Receitas

Correntes Intraorçamentárias e II - 8000.00.00 – Receitas de Capital Intraorçamentárias”;

11 Receitas Públicas: Manual de procedimentos: aplicado à União, Estados, Distrito Federal e Municípios – 4ª edição – Brasília, 2007;

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Assim sendo, a partir da presente prestação de contas, alguns quadros de Despesas e

Receitas Orçamentárias serão apresentados destacando aquelas classificadas como

Intraorçamentárias.

2.62.62.62.6 ARRECADAÇÃO DA RECEITAARRECADAÇÃO DA RECEITAARRECADAÇÃO DA RECEITAARRECADAÇÃO DA RECEITA

Com relação à Receita Prevista de 2008, o Orçamento Inicial de R$ 10.903.824 mil

estimou para Receitas Correntes R$ 10.046.878 mil e para Receitas de Capital o valor

de R$ 856.945 mil.

A seguir é apresentada a arrecadação por categoria e subcategoria econômica:

R $ m i l

Pre vis ão Ar re cadação

Re ce itas C or re nte s 10.046.878 10.662.102

Rec eita Tributária 4.116.113 4.585.303

Rec eita de Contr ibuições 733.828 754.736

Rec eita Patr imonial 515.138 581.333

Rec eita Indus tr ial 7.446 7.402

Rec eita de Serv iços 243.300 260.040

Trans f erênc ias Correntes 3.854.580 3.855.204

Outras Rec eitas Correntes 576.473 618.083

Re ce itas d e Cap ital 856.945 293.610 Operaç ões de Crédito 197.382 48.800 A mortização de Emprés timos 70.037 103.865 Trans f erênc ias de Capital 450 121.469 A lienaç ão de Bens 249.077 19.475 Outras Rec eitas de Capital 340.000 0

TOT AL 10.903.824 10.955.712Fonte: FINCON

A partir do quadro apresentado, pode-se observar que as Receitas Correntes

arrecadadas superaram as previstas em 6,12 % enquanto, por outro lado, as de Capital

arrecadaram 65,74 % abaixo do previsto. Os fatores que mais contribuíram para este

desempenho das receitas de capital foram “ALIENAÇÕES DE IMÓVEIS – ÁREAS

MUNICIPAIS” (previsão de R$ 230 milhões) e “OUTRAS RECEITAS-FUNDO DE

INVESTIMENTO DIREITOS CREDITÓRIOS-FIDC” (previsão de R$ 340 milhões), ambas

não realizadas em 2008.

Em relação à Subcategoria “Receita Patrimonial”, cabe destacar que no exercício de

2008 as sub-rubricas “RECURSOS DO FMS-TRANSFERÊNCIAS DO FNS”, “RENDIMENTOS

DE APLICAÇÃO FINANCEIRA - PREVI-RIO”, “RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES

FINANCEIRAS – FUNPREVI”, “RESERVA TÉCNICA - DEPÓSITOS JUDICIAIS” e “TRANSF. DO

FNDE-SALÁRIO-EDUCACAO-LEI 10832 29/12/2003” arrecadaram somas superiores ao

previsto no orçamento, fazendo com que esta subcategoria tenha obtido o melhor

índice de arrecadação, com 13 % acima do previsto.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A seguir temos o mesmo quadro, desta feita destacando as Intraorçamentárias.

R $ mil

Receita Previsão Arrecadação

Exceto Intra-orçamentárias 10.204.424 10.221.405 Receitas Correntes 9.347.479 9.933.073

Receita Tributária 4.113.488 4.579.225

Receita de Contribuições 237.486 261.290

Receita Patrimonial 498.339 562.118

Receita Industrial 1.121 1.366

Receita de Serviços 72.662 88.528

Transferências Correntes 3.852.020 3.853.873

Outras Receitas Correntes 572.363 586.672

Receitas de Capital 856.945 288.332 Operações de Crédito 197.382 48.800 Amortização de Empréstimos 70.037 103.865 Transferências de Capital 450 116.191 Alienação de Bens 249.077 19.475 Outras Receitas de Capital 340.000 0

Intra-orçamentárias 699.399 734.307 Receitas Correntes 699.399 729.028

Receita Tributária 2.625 6.077 Receita de Contribuições 496.342 493.447 Receita Patrimonial 16.798 19.215 Receita Industrial 6.326 6.036 Receita de Serviços 170.638 171.512 Transferências Correntes 2.560 1.332 Outras Receitas Correntes 4.110 31.411

Receitas de Capital 0 5.278 Transferências de Capital 0 5.278

TOTAL 10.903.824 10.955.712Fonte: FINCON

Conforme se observa as receitas intraorçamentárias correspondem a 6,7% do total das

receitas orçamentárias.

2.6.12.6.12.6.12.6.1 MAIORES ARRECADAÇÕESMAIORES ARRECADAÇÕESMAIORES ARRECADAÇÕESMAIORES ARRECADAÇÕES

A seguir, são apresentados os maiores valores arrecadados pelo Município em 2008

com os respectivos conceitos ABOP12.

A respeito do indicador, deve-se ressaltar que este não deve

ser interpretado como fator de determinação da capacidade de

arrecadação do Município do Rio de Janeiro. Não se trata de

avaliar se a arrecadação superou ou não as expectativas do

Tesouro Municipal, mas sim, de se verificar o índice de acerto

da previsão da arrecadação municipal ao longo do exercício.

12 A Associação Brasileira de Orçamento Público - ABOP desenvolveu para as receitas o índice TPR – Trabalho de Previsão da

Receita, que estabelece a comparação entre a previsão inicial da receita e a sua realização. Esta avaliação refere-se unicamente ao

campo financeiro.

ÓTIMO

Dife rença m enor que 2,5%

BOM

Dife rença entre 2,6% e 5%

REGULAR

Dife rença entre 5,1% e 10%

DEFICIENTE

Dife rença entre 10,1% e 15%

ALTAM ENTE DEFICIENTE

Dife rença acim a de 15%

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

R $ m i l

% Conce ito

IM POSTO SOBRE SERVICOS DE QUALQUER NATUREZA 2.081.428 2.333.425 12,11% Def ic iente

COTA-PARTE IMP. S /OPERAC. REL. A CIRC. DE M ERC. E SERVICOS 1.415.000 1.404.446 0,75% Ótimo

IM POSTO PREDIAL 1.130.444 1.144.214 1,22% Ótimo

TRANSFERENCIAS DE RECURSOS DO FUNDEB - PARCELA ICM S 731.885 837.585 14,44% Def ic iente

TRANSFERENCIAS FNS - GESTAO PLENA DE S ISTEM A M UNICIPAL 508.887 470.441 7,56% Regular

COTA-PARTE DO IM POSTO S/A PROPR. DE VEICULOS AUTOM OTORES 360.200 370.065 2,74% Bom

IM POSTO SOBRE TRANSMISSAO INTER-VIVOS DE BENS IM OVEIS 300.899 344.239 14,40% Def ic iente

CONTRIBUICAO PATRONAL - ATIVO CIV IL - PODER EXECUTIVO 265.394 293.215 10,48% Def ic iente

IRRF-FOLHA DE PAGAMENTO-PODER EXECUTIVO 215.573 290.982 34,98% A ltamente Def ic iente

RENDIM ENTOS DE APLICACOES FINANCEIRAS - FUNPREVI 251.031 257.230 2,47% Ótimo

TAXA DE COLETA DOM ICILIAR DO LIXO 220.858 196.520 11,02% Def ic iente

CONTRIBUICAO DE SERVIDOR ATIVO CIV IL - PODER EXECUTIVO 131.697 162.137 23,11% A ltamente Def ic iente

CONTRIBUICAO PATRONAL-ATIVO CIV IL ADMITIDO APOS 15/12/1998 - PODER EXECUTIVO 146.948 152.190 3,57% Bom

COTA-PARTE DO FUNDO DE PARTICIPACAO DOS MUNICIP IOS 119.090 148.637 24,81% A ltamente Def ic iente

TRANSF. DO FNDE-SALARIO-EDUCACAO/FNDE-LEI 10832 37984 198.702 141.484 28,80% A ltamente Def ic iente

TRANSFERENCIAS FNS-ACOES ESTRATEGICAS 120.453 119.057 1,16% Ótimo

TRANSFERENCIAS FNS - P ISO DE ATENCAO BASICA - PAB 109.081 115.985 6,33% Regular

IM POSTO SOBRE SERVICOS DE QUALQUER NATUREZA -ISS RETENCAO LEI 4452/06 0 105.630 nd nd

IPTU - MULTAS E JUROS DE M ORA 86.611 103.859 19,91% A ltamente Def ic iente

DEM AIS 2.509.641 1.964.369 21,73% A ltamente Def ic iente

TOTAL 10.903.824 10.955.712 0,48% Ótim o

Ar re cadaçãoTPR

RECEITAS Pr e vis ão

Fonte: Contas de Gestão 2008

Observe-se que entre as rubricas de maior arrecadação, o ISS, de responsabilidade

direta do município, obteve o conceito DEFICIENTE e o IPTU, outra importante receita

própria, apresentou o conceito ÓTIMO.

Frise-se que algumas rubricas decorrentes de transferências governamentais, sobre as

quais o município não possui qualquer ingerência, apresentaram conceitos

ALTAMENTE DEFICIENTE, DEFICIENTE e REGULAR, exceção feita às Cotas Parte ICMS e

Transferências FNS AÇÕES ESTRATÉGICAS, que apresentaram conceito ÓTIMO.

2.6.22.6.22.6.22.6.2 EVOLUÇÃO DA RECEITAEVOLUÇÃO DA RECEITAEVOLUÇÃO DA RECEITAEVOLUÇÃO DA RECEITA

Neste subitem, será efetuada uma análise na evolução da receita do Município do Rio

de Janeiro nos últimos exercícios, considerando-se os valores de 2008 fixos e

atualizando os dos anos anteriores com base no IPCA-E (Índice de Preços ao

Consumidor Amplo Especial) médio do período, medido pelo IBGE, a fim de tornar os

dados passíveis de comparação. O Gráfico a seguir demonstra a evolução da receita

corrente e de capital do Município no período de 2004 a 2008:

Evolução das Receitas Correntes (2004-2008)

8

9

10

11

2004 2005 2006 2007 2008

Bilhões

Evolução das Receitas de Capital (2004-2008)

-

100

200

300

400

500

600

700

2004 2005 2006 2007 2008

Milhões

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Conforme se pode observar, as Receitas Correntes apresentam um comportamento

mais regular do que as Receitas de Capital. Enquanto as primeiras estão em processo

de crescimento real e são mais fortemente influenciadas por variáveis econômicas,

como indicadores de atividade econômica (ISS, ITBI, Cota Parte ICMS etc.), as Receitas

de Capital apresentam comportamento errático, crescendo ou diminuindo na medida

em que o município consegue captar recursos via Operações de Crédito, Alienação de

Ativos e Transferências de Capital, rubricas que podem ou não se materializar, pois

dependem de fatores alheios às intenções do Município.

2.6.2.12.6.2.12.6.2.12.6.2.1 RECEITA TRIBUTÁRIARECEITA TRIBUTÁRIARECEITA TRIBUTÁRIARECEITA TRIBUTÁRIA

A arrecadação de impostos próprios13 (IPTU, ITBI, ISS) e taxas teve um acréscimo real

(valores atualizados pelo IPCA-E) de 12,07%, acima dos 8,07% obtidos em 2007/2006.

Em relação à 2004, a Receita tributária cresceu 32% em termos reais.

R$ m il

2004 2005 2006 2007 2008

Im pos tos 2.984.927 3.114.988 3.267.127 3.547.406 3.989.636

IPTU 1.146.688 1.156.968 1.145.899 1.147.414 1.193.627

ITBI 223.897 243.908 258.578 310.207 344.239

ISS 1.614.342 1.714.113 1.862.650 2.089.785 2.451.769

T axas 235.562 236.004 235.151 237.762 252.242

TOT AL 3.220.490 3.350.993 3.502.278 3.785.168 4.241.878

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Evolução da Receita Tributária (2004-2008)

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

2004 2005 2006 2007 2008

Bilhões R$

A seguir, são analisados, com mais detalhes, os principais impostos, fonte de recursos

próprios, considerando os valores de 2008 fixos e atualizando os dos anos anteriores

com base no IPCA-E médio do período, medido pelo IBGE.

13 Impostos próprios – Não considera o Imposto de Renda Retido na Fonte, pois não está inserido na competência tributária do

Município, embora lhe pertença por imposição constitucional.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

2.6.2.1.12.6.2.1.12.6.2.1.12.6.2.1.1 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA ---- ISS ISS ISS ISS

O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) totalizou o maior volume de

receita tributária do Município do Rio de Janeiro, representando 58% do total

arrecadado com impostos e taxas e 22,38% do total de todas as receitas arrecadadas.

Conforme o gráfico a seguir, a arrecadação do ISS em 2008, tratada a valores

constantes, apresentou crescimento de 17,32%, percentual superior aos 12,19%

obtidos para 2007/2006.

Evolução da Receita do ISS (2004-2008)

-

1,0

2,0

3,0

2004 2005 2006 2007 2008

Bilhões R$

As principais atividades arrecadadoras de ISS14, nos exercícios de 2005 a 2008, estão

apresentadas no quadro a seguir, que contém as atividades que mais geraram receita

em 2008, comparadas com os anos de 2005 a 2007 (os valores foram atualizados pelo

IPCA-E).

R $ m i l

DESCRIÇÃO 2005 2006 2007 2008

PERFURACAO DE POCOS DE PETROL EO 5.926 14.486 30.079 108.476

INSTITUICAO FINANCEIRA M UL TIPL A 94.622 102.524 107.738 91.430

PROCESSAM ENTO DE DADOS 66.561 85.025 92.545 92.082

CONSTRUÇÂO C IV IL 49.920 55.010 71.516 50.052

PLANOS DE SAÚDE 39.661 44.000 58.659 75.047

AL UGUEL DE M AQUINAS APARELHOS E EQUIPAM ENT OS 45.396 52.212 48.112 48.254

CONSULT ORIA TÉCNICA 37.437 39.707 46.396 56.849

BANCO 41.748 44.371 43.549 40.669

HOTEL 41.872 44.496 43.345 44.454

PRODUÇÃO ART ÍSTICA 19.404 40.404 45.974 48.537

ASSESSORIA TÉCNICA 44.802 40.906 40.261 47.719

DEM AIS 1.232.690 1.313.994 1.491.690 1.541.780

TOTAL 1.720.038 1.877.136 2.119.864 2.245.349

14 As divergências entre os dados contábeis (CGM) e o quadro apresentado pela SMF são justificadas pelos critérios de classificação

das Receitas “Ignoradas” do ISS. Enquanto a CGM faz o reconhecimento contábil das mesmas no período em que são sanadas, a

SMF, em seu relatório gerencial, retroage à data em que o imposto era devido.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

2.6.2.1.22.6.2.1.22.6.2.1.22.6.2.1.2 IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO ---- IPTU IPTU IPTU IPTU

O IPTU representou 28,14% da Receita Tributária e 10,89% da Receita Total, este

último percentual inferior aos 11,4% obtidos em 2007.

Pode-se constatar no gráfico seguinte que a arrecadação do IPTU em 2008, medida

em valores constantes, apresentou um acréscimo de 4,03% em relação a 2007,

mantendo-se superior também aos demais exercícios analisados.

Evolução da Receita do IPTU (2004-2008)

1,00

1,10

1,20

2004 2005 2006 2007 2008

Bilhões R$

2.6.2.1.32.6.2.1.32.6.2.1.32.6.2.1.3 IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTERIMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTERIMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTERIMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER----VIVIVIVIVOS DE BENS IMÓVEISVOS DE BENS IMÓVEISVOS DE BENS IMÓVEISVOS DE BENS IMÓVEIS---- ITBI ITBI ITBI ITBI

Nota-se, no gráfico a seguir, que a arrecadação do ITBI em 2008 apresentou um

aumento de 10,97% em relação ao exercício de 2007, mantendo a tendência

observada nos exercícios anteriores.

Evolução da Receita do ITBI (2004-2008)

-

100

200

300

400

2004 2005 2006 2007 2008

Milhões R$

2.6.2.1.42.6.2.1.42.6.2.1.42.6.2.1.4 TAXASTAXASTAXASTAXAS

Apesar de as taxas terem uma participação reduzida com relação ao total das receitas

tributárias (5,95%), cumpre ressaltar a existência de divergência de entendimento legal

entre os órgãos envolvidos na gestão da taxa de autorização de publicidade, com

impacto negativo na arrecadação.

Em inspeção realizada pela Coordenadoria de Auditoria de Desenvolvimento (CAD) em

2008 (processo 40/004.319/2008), foi verificado que existem diversos processos

pendentes de solução, ao longo dos anos, devido a divergências, acerca de

interpretações legais, entre a Divisão de publicidade – F/CLF-2 e a Coordenadoria do

ISS e Taxas – F/CIS, tais como:

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 284

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

- Quanto à ocorrência do fato gerador, na desistência do contribuinte após o

deferimento do processo de autorização da exibição publicitária:

A Divisão de publicidade e a F/CLF emitem a guia para pagamento da taxa após o

deferimento da autorização pelo Titular da Secretaria de Fazenda ou Governo,

conforme o caso. Em muitos processos, por variados motivos, após o deferimento, o

contribuinte não efetua o pagamento da taxa. No entendimento dos órgãos citados

acima, ocorreu o fato gerador, uma vez que houve a autorização administrativa, aqui

entendida como o ato que deferiu o pedido de autorização. Cabe ressaltar que esta

interpretação é corroborada, e até ampliada, por manifestações e promoções da

Procuradoria Geral do Município15, que, entre outras sustentações, entende que a

obrigação de pagar a Taxa de Autorização de Publicidade subsiste mesmo na hipótese

de indeferimento do requerimento do contribuinte.

Já a F/CIS, de forma resumida, entende que o pagamento da taxa é pressuposto para

concessão da autorização, aqui entendida como a expedição de documento que

comprova a legalidade da situação (projeto aprovado, alvará de licença etc.), e sem o

pagamento não há que se falar em taxa. Logo, no caso de desistência do contribuinte

após o deferimento da autorização, desde que não tenha sido retirado nenhum

documento autorizativo, não há taxa a ser recolhida. Tal entendimento encontra base

em pareceres da F/CET16 e do Conselho de Contribuintes da SMF.

Dessa divergência decorre a seguinte situação corriqueira: o contribuinte solicita a

autorização; o processo é deferido; o contribuinte não paga a taxa; os órgãos de poder

de polícia, devido ao deferimento da autorização, não se sentem em condições de

multar o contribuinte, caso ele exiba a publicidade; e a F/CIS, órgão responsável pelo

lançamento do tributo, em consonância com o seu entendimento, não emite a nota de

débito para inscrição em dívida ativa. Ou seja, atualmente, o contribuinte que tem sua

pretensão deferida, ainda que não recolha a taxa, está autorizado a exibir publicidade,

sem nenhum ônus.

- Quanto à ocorrência do fato gerador, na exibição de publicidade irregular:

A Divisão de publicidade e a F/CLF entendem que na exibição de publicidade irregular

ocorre o fato gerador da taxa, pelo exercício regular do Poder de Polícia, traduzido na

atividade de vigilância e fiscalização, exercidas no momento da constatação da

irregularidade. Logo, verificada a irregularidade, além da multa, o contribuinte deve

pagar a taxa. Este entendimento encontra correspondência no art. 37 §3º17 da lei

1.921, de 05/11/92, no art. 15718 do Código Tributário Nacional – CTN e, ainda, na

Promoção PG/4ª PS/004-RARS da Procuradoria Geral do Município.

15 Manifestação Técnica PG/PADM/CTP/THCS/ACS/ 002/2007, Promoção PG/PTR nº 04/95 e Promoção PG/PTR n.º 05/97.

16 Processo 11/021.575/1996, fls. 38 a 59.

17 Art. 37...

§ 3º “A aplicação das multas não exime o infrator do pagamento da taxa devida”.

18 Art. 157. “A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário”.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A F/CIS, por sua vez, entende que o fato gerador somente ocorre com a efetiva

autorização. Portanto, no caso de exibição de publicidade irregular, não há que se

falar em taxa, somente em multa. Logo, não há emissão de nota de débito e,

conseqüentemente, inscrição em dívida ativa.

Desse caso também decorre uma situação bastante peculiar: considerando que a multa

sobre a exibição irregular representa 50% (cinqüenta por cento) do valor da taxa, se

torna vantajoso exibir publicidade sem autorização, dificultando o trabalho dos órgãos

de poder de polícia, cujo principal objetivo é o ordenamento visual da cidade.

A equipe inspecionante concluiu pela necessidade de se estabelecer um entendimento

jurídico que resulte em uma uniformidade de conceitos normativos, tanto para os

órgãos de poder de polícia, quanto para o órgão responsável pelo lançamento do

tributo, com o objetivo de aperfeiçoar políticas públicas orientadas para a missão da

SMF, e com reflexos imediatos no aumento da arrecadação. Tal entendimento, s.m.j.,

deverá vir através de parecer normativo da Procuradoria Geral do Município.

Ademais, conforme verificado no processo 04/450.819/2007, existem cerca de

R$ 5.700.000,00 de guias emitidas em 2003, não inscritas em dívida ativa e que, pelo

lapso temporal, decaíram.

2.6.2.22.6.2.22.6.2.22.6.2.2 APLICAÇÕES FINANCEIRAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS ---- ADMINISTRAÇÃO DIRETA ADMINISTRAÇÃO DIRETA ADMINISTRAÇÃO DIRETA ADMINISTRAÇÃO DIRETA

É apresentada a seguir a evolução da receita de aplicação financeira da Administração

Direta, lembrando que foram considerados os valores de 2008 fixos, atualizando-se

os anos anteriores com base no IPCA-E médio do período.

Evolução da Receita de Aplicação Financeira (2004-2008)

-

50

100

150

200

2004 2005 2006 2007 2008

Milhões R$

Desta forma, verifica-se que as receitas de aplicações financeiras da Administração

Direta aumentaram em 24,50% em relação ao exercício anterior.

No mesmo período, o valor do saldo das Aplicações Financeiras, constante no Balanço

Patrimonial da Administração Direta, apresentou um decréscimo de 12,41% em relação

a 2007.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A seguir observa-se o gráfico desta evolução, frisando-se que os valores foram

corrigidos pelo IPCA-E médio do período.

Saldo das Aplicações Financeiras em 31 de dezembro(2004-2008)

-

0,4

0,8

1,2

1,6

2004 2005 2006 2007 2008

Bilhões

2.6.2.32.6.2.32.6.2.32.6.2.3 TRANSFERÊNCIASTRANSFERÊNCIASTRANSFERÊNCIASTRANSFERÊNCIAS

As Transferências Correntes tiveram uma participação de 36,16% nas Receitas

Correntes, inferiores aos 39,57% apurados em 2007 e uma participação de 35,19% em

relação à Receita Total, também inferior aos 39,04% apurados no ano de 2007.

2.6.2.3.12.6.2.3.12.6.2.3.12.6.2.3.1 COTACOTACOTACOTA----PARTE DO ICMSPARTE DO ICMSPARTE DO ICMSPARTE DO ICMS

A participação da Cota-parte do ICMS na receita orçamentária total do Município

diminuiu de 13,32%, apurados em 2007, para 12,82% em 2008. No gráfico a seguir,

temos a evolução da Cota-parte com os valores de 2008 mantidos fixos, atualizando-

se os anos anteriores com base no IPCA-E médio do período.

Evolução da Receita da Cota-Parte ICMS(2004-2008)

1,0

1,2

1,4

1,6

2004 2005 2006 2007 2008

Bilhões R$

No que diz respeito à Cota-Parte do ICMS, deve-se destacar a questão da repartição,

entre os municípios do Estado do Rio de Janeiro, da parcela prevista no inciso II, do

parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal/88, que determina que ¼ dos 25%

do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre prestações de serviços de

transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, será repartido de acordo

com o que dispuser lei Estadual.

Ocorre que no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, a lei Estadual nº 2.664/96 para

atender dispositivo constitucional retromencionado, em seu Anexo III, estabeleceu o

índice 0,00 (ZERO) de rateio para o Município do Rio de Janeiro, o que implicava em

nenhum repasse daquela parcela.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Em 11/09/1997, a Procuradoria Geral do Município ingressou no Tribunal de Justiça

do Estado, com a ação ordinária nº 97.001.103.934-3 cujo pedido se resumia em

incluir o Município como destinatário das parcelas do produto de arrecadação do

ICMS. O Juízo de primeira instância julgou improcedente a ação, decisão que,

posteriormente, foi confirmada por acórdão do Tribunal de Justiça. Na seqüência, a

PGM interpôs o Recurso Extraordinário nº RE 401.953/RJ ao Supremo Tribunal Federal,

tendo sua admissibilidade provida.

Em 16/05/07, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Sessão Plenária, por

unanimidade dos votos, acordaram em conhecer e dar provimento ao Recurso

declarando a INCONSTITUCIONALIDADE da Lei nº 2.664/96, desde o início de sua

vigência, nos termos dos votos do relator. O acórdão foi publicado em 21/09/2007.

Confira-se os termos do voto do Eminente Ministro Relator Joaquim Barbosa:

“Uma vez que o recálculo de partilha poderá implicar diminuição da cota de

participação dos demais Municípios do Estado, com eventual compensação dos valores

recebidos com os valores relativos aos exercícios futuros, a execução do julgado não

poderá comprometer o sustentáculo financeiro razoável e proporcional dos Municípios.

Logo, a lei que irá normatizar o recálculo e a transferência ao recorrente dos créditos

pertinentes aos períodos passados deverá prever, ainda, compensação e parcelamento

em condições tais que não impliquem aniquilamento das parcelas futuras devidas aos

demais Municípios”.

Em face da impugnação da Lei nº 2.664/96, era necessário uma nova Lei que

definisse: (1) os novos critérios de rateio e (2) a compensação das parcelas pretéritas.

Nesse sentido, a PGM opôs em 1/10/2007 Embargos Declaratórios com objetivo de

esclarecer esses pontos.

O referido Recurso Especial encontra-se, desde 22/04/2008, “apresentado em mesa

para julgamento”, conforme consulta realizada no site do STF19.

Contudo, destaque-se que o Estado do Rio de Janeiro editou a Lei 5.100, de

04/10/2007, que incluiu o inciso VI ao art. 1º da Lei 2.664/96, acrescendo aos demais

o critério relativo à conservação ambiental, incluindo, para os efeitos de distribuição

das parcelas do ICMS de que trata esse inciso, o Município do Rio de Janeiro.

O art. 2º da Lei 5.100/07 determina que o percentual a ser distribuído aos municípios,

em função do critério de conservação ambiental acrescido, será de 2,5% (dois vírgula

cinco pontos percentuais) subtraídos da parcela total distribuída aos municípios de

acordo com a Lei nº 2.664/96 e será implantado de forma sucessiva anual e

progressiva, conforme os seguintes percentuais: 1% (um por cento) para o exercício

fiscal de 2009; 1,8% (um vírgula oito por cento) para o exercício fiscal de 2010 e 2,5%

(dois vírgula cinco por cento) para o exercício fiscal de 2011.

19 Disponível em http://www.stf.jus.br. Acesso em 16/04/2008.

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Processo 040/1075/09

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Entretanto, continua pendente a questão relativa ao não repasse das parcelas

pretéritas, que de acordo com a Assessoria de Receitas Transferidas da SMF seria em

torno de R$ 700 milhões.

2.6.2.3.22.6.2.3.22.6.2.3.22.6.2.3.2 TRANSFERÊNCIAS DO FNSTRANSFERÊNCIAS DO FNSTRANSFERÊNCIAS DO FNSTRANSFERÊNCIAS DO FNS

As transferências do Fundo Nacional de Saúde - FNS em 2008 representaram o total

de R$ 764.397 mil, apresentando um acréscimo, em valores constantes, de 2,67% em

relação ao exercício de 2007.

Destaque-se que em 2005 o Município do Rio de Janeiro havia perdido a Gestão Plena

do Sistema de Saúde Municipal (Decreto Federal nº 5.392, de 10 de março de 2005),

tendo sido reabilitado na Gestão Plena em 2006, por meio do Decreto nº 5.968/06

(Novembro de 2006).

O gráfico a seguir retrata as transferências efetuadas pelo Fundo Nacional de Saúde ao

Município do Rio de Janeiro, considerando os valores de 2008 fixos e os dos anos

anteriores atualizados com base no IPCA-E médio do período. Nele ficam claros os

efeitos financeiros da desabilitação e posterior retorno da Gestão Plena da Saúde no

âmbito do MRJ.

Evolução da Receita das Transferências do FNS(2004-2008)

-

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

2004 2005 2006 2007 2008

Bilhões R$

2.6.2.3.32.6.2.3.32.6.2.3.32.6.2.3.3 TRANSFERÊNCIAS LÍQUIDAS DO FUNDEBTRANSFERÊNCIAS LÍQUIDAS DO FUNDEBTRANSFERÊNCIAS LÍQUIDAS DO FUNDEBTRANSFERÊNCIAS LÍQUIDAS DO FUNDEB20

A instituição do FUNDEB pela Emenda Constitucional n.º 53, de 19/12/06, com

vigência a partir de 1º de janeiro de 2007 e a conseqüente extinção do FUNDEF alterou

significativamente a composição das fontes dos recursos destinados à Educação.

Assim sendo e considerando a necessidade de se manter a série histórica das

transferências para a educação, foram mantidos os valores líquidos arrecadados pelo

FUNDEF nos exercícios 2004-2006 no gráfico a seguir:

20 O FUNDEB é um Fundo de natureza contábil, instituído pela Emenda Constitucional n.º 53, de 19 de dezembro de 2006 e

regulamentado pela Medida Provisória nº 339, de 28 de dezembro do mesmo ano, convertida na Lei nº 11.494 em 20/06/2007. Sua

implantação foi iniciada em 1º de janeiro de 2007, e ocorrerá de forma gradual até 2009, quando o Fundo contemplará todo o

universo de alunos da educação básica pública presencial e os percentuais de receitas que o compõem terão alcançado o patamar

de 20% de contribuição.

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Data 17/04/09 Fls 289

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Evolução da Receita das Transferências Líquidas do FUNDEF/FUNDEB (2004-2008)

400

450

500

550

600

650

700

2004 2005 2006 2007 2008

Milhões R$

FUNDEF

FUNDEB

As transferências líquidas (ganho) do FUNDEB em 2008 representaram o total de

R$ 677 milhões, um acréscimo, em valores constantes, de 11,25% em relação ao

exercício de 2007.

A respeito do FUNDEB e da receita advinda de sua implantação, deve-se verificar o

item 4.3 deste relatório que trata especificamente dos recursos do Fundo.

2.6.2.3.42.6.2.3.42.6.2.3.42.6.2.3.4 ROYALTIES DO PETRÓLEOROYALTIES DO PETRÓLEOROYALTIES DO PETRÓLEOROYALTIES DO PETRÓLEO

As transferências dos Royalties do Petróleo em 2008 representaram o total de

R$ 170,9 milhões, sendo R$ 68,3 milhões provenientes da União e R$ 102,6 milhões

do Estado, apresentando um acréscimo, em valores constantes, de 11,25% em relação

ao exercício de 2007 conforme se observa no gráfico a seguir.

Cabe ressaltar que os valores de 2008 foram mantidos fixos, atualizando-se os dos

anos anteriores com base no IPCA-E médio do período.

Evolução da Receita dos Royalties(2004-2008)

-

50

100

150

200

2004 2005 2006 2007 2008

Milhões R$

2.6.2.42.6.2.42.6.2.42.6.2.4 RECEITAS DE CAPITALRECEITAS DE CAPITALRECEITAS DE CAPITALRECEITAS DE CAPITAL

Compõem as receitas de capital aquelas procedentes da realização de recursos

financeiros oriundos de operações de crédito, alienação de bens, amortização de

empréstimos concedidos e transferências de capital.

Re ce itas de Cap ital R $ m i l

Operaç ões de Crédito 48.800

A mortiz aç ão de Emprés timos 103.865

Trans f erênc ias de Capital 121.470

A lienaç ão de Bens 19.475

TOTA L 293.610

Fonte: Contas de Ges tão 2008

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Com relação ao exercício financeiro de 2007, houve um acréscimo no valor arrecadado

com Receitas de Capital na ordem de 114,70%.

No exercício em análise, 70,65% das transferências de capital são provenientes de

transferências de Convênios com a União, referentes ao PAC (Programa de Aceleração

do Crescimento – Moradia e/ou Urbanização) no Complexo de Manguinhos, no

Complexo do Alemão, na Colônia Juliano Moreira, no Complexo da Tijuca e no

SOEICON/CENTRO.

A Lei Complementar nº 101/2000 – LRF, em seu art. 44, veda a aplicação de Receita de

Capital, proveniente da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio

público, para o financiamento de despesas correntes, salvo se for destinada, por lei,

aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

Como demonstrado no Anexo XIV do Relatório Resumido da Execução Orçamentária,

foram aplicados, integralmente em despesas de capital, os recursos de R$ 19 milhões

provenientes da alienação de ativos realizados no exercício de 2008, não havendo,

portanto, saldo financeiro a aplicar. Em uma análise global, pode-se inferir que a

alienação de bens não financiou despesas correntes.

No próximo gráfico, observa-se a evolução das receitas de operação de crédito que

em 2008 foi decorrente das operações externas.

Receita Total de Oper. De Crédito

Operação de Crédito Interna

Operação de Crédito Externa

EVOLUÇÃO DA RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO (2004 - 2008)

-

50

100

150

200

250

Milhões

2004 2005 2006 2007 2008

Ressalte-se que os valores de 2008 foram mantidos fixos, atualizando os exercícios

anteriores com base no IPCA-E médio do período.

2.6.2.52.6.2.52.6.2.52.6.2.5 RECEITA CORRENTE LÍQUIDARECEITA CORRENTE LÍQUIDARECEITA CORRENTE LÍQUIDARECEITA CORRENTE LÍQUIDA

A Receita Corrente Líquida – RCL se constitui num importante parâmetro da

racionalização das despesas, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal tem como ênfase

o controle e contenção dos gastos. Assim, quanto mais cresce a RCL, mais se poderá

expandir o valor das despesas que estão a ela referenciadas.

O demonstrativo da RCL - Anexo III do Relatório Resumido da Execução Orçamentária

- apresenta que a mesma atingiu, no exercício de 2008, o montante de R$ 9.667

milhões.

Destaque-se que, no exercício de 2008, assim como no exercício anterior, não foi

considerado como dedução, para fins de apuração da RCL, o montante referente à

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Data 17/04/09 Fls 291

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

despesa paga a título de transferência ao Estado e a instituições privadas, especificado

a seguir, por conta da Gestão Plena que detém o Município do Rio de Janeiro.

Em R$

18.01.10.302.0120.2521INFRAES TRUTURA DA REDE

M UNICIP AL DE S AÚDE

3.3.30.39.00Trans ferênc ias a E s tados eao Dis trito Federal

Outros S erviços de Terc eirosP es soa Jurídic a

2.900.000

18.01.10.302.9000.5015GES TÃO DE OP ERAÇÕES

ES P ECIAIS

3.3.30.39.00Trans ferênc ias a E s tados eao Dis trito Federal

Outros S erviços de Terc eirosP es soa Jurídic a

91.073.471

18.01.10.302.9000.5015GES TÃO DE OP ERAÇÕES

ES P ECIAIS

3.3.30.92.00Trans ferênc ias a E s tados eao Dis trito Federal

Des pes as de E x erc íc ios A nteriores

4.203.253

18.01.10.302.0209.2128 AÇÕES E P ROGRAM AS DA S AÚDE

3.3.50.39.00Trans ferênc ias a Ins t. P riv. s em Fins Luc rativos

Outros S erviços de Terc eirosP es soa Jurídic a

134.400

98.311.124 TOTAL DES P ES A P AGA - FONTE 194 - GES TÃO P LENA

AP OIO AO FUNCIONAM ENTO DA REDE DE S AUDE

AÇÕES E S ERV ICOS DE S AUDE DA REDE CREDENCIADA S US

AÇÕES E S ERV ICOS DE S AUDE DA REDE CREDENCIADA S US

AÇÕES DE CONTROLE DE DOENÇAS CRÔNICAS TRANS M IS S ÍV EIS

Considerando que o valor recebido pelo Município não se caracteriza como receita do

Ente, devendo o mesmo providenciar sua transferência aos reais beneficiários, se

observaria alteração na RCL e nos limites a ela relacionados.

Assim, após a desconsideração do montante de R$ 98 milhões, o novo valor da RCL

apurado pela CAD foi de R$ 9.568.472 mil, ou seja, 1,02%, menor que aquela

informada pela CGM.

O objetivo deste ajuste é evitar que receitas de caráter temporário deem margem à

criação de despesas obrigatórias de caráter continuado, tais como despesas com

pessoal, em nível incompatível com o equilíbrio das contas públicas quando essas

receitas cessarem.

Cabe ressaltar que o caráter precário da ocorrência destas transferências já foi

manifestado quando da perda da gestão plena da Saúde em 2005-2006, conforme se

pode observar no gráfico constante no item 2.6.2.3.2 .

O próximo gráfico apresenta a evolução da Receita Corrente Líquida de 2004 a 2008,

considerando os valores de 2008 fixos e atualizando os anos anteriores com base no

IPCA-E médio do período, medido pelo IBGE.

Evolução da Receita Receita Corrente Líquida(2004-2008)

-

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

2004 2005 2006 2007 2008

Bilhões R$Valores ajustados.Cálculos CAD

2.72.72.72.7 DESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICADESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICADESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICADESPESAS POR CATEGORIA ECONÔMICA

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Os gastos correntes somaram R$ 9.560.758 mil, enquanto os de capital atingiram

R$ 1.590.619 mil, representando, respectivamente, 85,74% e 14,26% do total das

despesas empenhadas. Essas despesas, por Categorias e Grupos de Natureza de

Despesa, no exercício de 2008, se apresentaram conforme demonstrado a seguir.

1.000,00R$

De s pe s a Autor iz ada

De s pe s a Re aliz ada

De s pe s as Cor re n te s 9.276.925 8.871.893

Pess oal e Enc argos Soc iais 5.768.421 5.556.733

Outras Des pesas Correntes 2.917.819 2.724.984

Juros e Enc argos da Dív ida 590.685 590.176

De s pe s as de Cap ital 1.976.516 1.584.405

Inves timentos 1.162.566 837.107

A mortiz aç ão da Dív ida 466.156 403.354

Invers ões Financ eiras 347.695 343.944

Re s e r va de Contingê ncia 99 0

TOTAL 11.253.441 10.456.298

De s pe s as Cor re n te s 764.268 688.866

Pess oal e Enc argos Soc iais 461.192 436.979

Outras Des pesas Correntes 303.076 251.887

De s pe s as de Cap ital 6.222 6.213

Inves timentos 6.222 6.213

TOTAL 770.490 695.079

De s pe s as Cor re n te s 10.041.193 9.560.758

Pess oal e Enc argos Soc iais 6.229.613 5.993.712

Outras Des pesas Correntes 3.220.895 2.976.870

Juros e Enc argos da Dív ida 590.685 590.176

De s pe s as de Cap ital 1.982.738 1.590.619

Inves timentos 1.168.788 843.321

A mortiz aç ão da Dív ida 466.156 403.354

Invers ões Financ eiras 347.695 343.944

Re s e r va de Contingê ncia 99 0

TOTAL 12.023.931 11.151.377

Intra-orçam entárias

E xceto Intra-orçam entárias

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Despesa Total

As despesas Intraorçamentárias representaram cerca de 6 % do total das despesas

realizadas, sendo a maior parte referente a Despesa de Pessoal e Encargos Sociais.

As Despesas Correntes representaram o maior volume de gastos do governo, com

destaque para os gastos com pessoal (53,75% do total das despesas realizadas) e para

as outras despesas correntes (26,70% do total das despesas realizadas).

De spe sa Tota l

De spe sa Corre nte

De spe sa de Ca pita l

Despesas por Categoria Econômica

-

2

4

6

8

10

12

2004 2005 2006

R$ Bilhões

2007 2008

Verifica-se que as despesas executadas superaram em 2,61% os valores de 2007

atualizados pelo IPCA-E.

2.7.12.7.12.7.12.7.1 DESPESAS CORRENTESDESPESAS CORRENTESDESPESAS CORRENTESDESPESAS CORRENTES

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Em termos percentuais, as despesas correntes em 2008 ficaram assim distribuídas:

1.000,00R$

De s pe s a Re aliz ada

%

De s pe s as Cor r e n te s

Pes soal e Encargos Soc iais 5.993.712 62,7%

Outras Des pesas Correntes 2.976.870 31,1%

Juros e Enc argos da Dív ida 590.176 6,2%

T OTAL 9.560.758 100,0%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Despesas Correntes Total

Juros e Encargos da Dívida

6,2%

Pessoal e Encargos Sociais62,7%

Outras Despesas Correntes

31,1%

Pode-se observar que 62,7% das Despesas Correntes se referem a Pessoal e Encargos

Sociais.

2.7.1.12.7.1.12.7.1.12.7.1.1 CONVERSÃO DE LICENÇA ESCONVERSÃO DE LICENÇA ESCONVERSÃO DE LICENÇA ESCONVERSÃO DE LICENÇA ESPECIAL EM PECÚNIA INDENIZATÓRIAPECIAL EM PECÚNIA INDENIZATÓRIAPECIAL EM PECÚNIA INDENIZATÓRIAPECIAL EM PECÚNIA INDENIZATÓRIA

O Poder Executivo instituiu, por meio dos Decretos nº 28.362, de 29/08/2007, e

nº28.514, de 05/10/2007, a possibilidade de conversão em pecúnia indenizatória de

licença especial, regulamentando a matéria por intermédio da Resolução Conjunta

SMA/SMF nº 100, de 23/10/2007.

O Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, após análise sobre a

aplicabilidade dessa conversão (Processo 040/005537/2007), na 2ª Sessão

Administrativa, ocorrida em 14/01/2008, remeteu ao Senhor Prefeito e ao Senhor

Presidente da Augusta Câmara Municipal cópia das manifestações da Assessoria

Jurídica e da Procuradoria Especial desta Corte de Contas, para que tomassem ciência

de seu conteúdo, bem como do teor da decisão do voto do Relator, Excelentíssimo

Senhor Conselheiro Jair Lins Netto, no sentido de que “os instrumentos normativos

adotados não são adequados, por implicarem em aumento da despesa, cuja matéria é

afeta à reserva de lei, nos precisos termos do disposto no art. 84, VI, da Constituição

Federal, com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional nº 32”.

Por conseguinte, em março de 2008, o Poder Executivo enviou à Câmara Municipal do

Rio de Janeiro, o Projeto de Lei Complementar nº 60/2008, que “visa a tornar

permanente, isto é, sem risco de descontinuidade, benefício já concedido através do

Decreto nº 28.362, de 29 de agosto de 2007, que assegura ao servidor, em hipóteses

específicas, a possibilidade de ter convertida em pecúnia indenizatória licença

especial, de que trata o artigo 110, da Lei nº 94, de 14 de março de 1979, adquirida e

não usufruída”.

Em novembro de 2008, o referido projeto de lei foi arquivado tendo em vista a

apresentação de novo projeto de idêntico objetivo, o Projeto de Lei Complementar

nº 77/2008.

O novo Projeto de Lei foi convertido na Lei Complementar nº 93, de 24 de dezembro

de 2008, que convalidou os atos praticados com base no Decreto nº 28.362/07.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Em 2009, o atual Prefeito editou o Decreto nº 30.441, de 02/02/2009, que dispôs, em

seu art. 1º, que não caberia, após 26 de dezembro de 2008, qualquer deferimento de

pedido ou pagamento de valores decorrentes da conversão de tempo de licença

especial não usufruída em pecúnia indenizatória, na forma do artigo 1º da Lei

Complementar n.º 93, de 24 de dezembro de 2008, publicada em 26 de dezembro de

2008.

O parágrafo único do art. 1º do referido decreto determinou, ainda, que qualquer

pagamento de pecúnia indenizatória posterior à data de 26 de dezembro de 2008

deveria ser considerado nulo de pleno direito, devendo a Administração adotar as

medidas necessárias ao ressarcimento ao Erário.

No exercício de 2008, foram convertidas em pecúnia licenças especiais no valor de,

aproximadamente, R$ 128 milhões, divididas nos seguintes órgãos:

R $ 1.0 0 0

ÓRGÃO De s p . Re aliz ada %

Enc argos Gerais do Munic ípio 40.595 31,6%

Fundaç ão Planetár io 20 0,0%

Prev i-Rio 1.778 1,4%

Sec retaria Munic ipal de Educ aç ão 57.387 44,7%

Sec retaria Munic ipal de Saúde 28.618 22,3%

TOTAL 128.398 100,0%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Cabe ressaltar que a 5ª IGE em inspeção realizada em abril de 2009 constatou algumas

impropriedades sobre o aqui comentado, conforme subitem 9.3 da presente análise.

2.7.22.7.22.7.22.7.2 DESPESAS DE CAPITALDESPESAS DE CAPITALDESPESAS DE CAPITALDESPESAS DE CAPITAL

Em termos percentuais, as despesas de capital em 2008 ficaram distribuídas conforme

quadro e gráfico a seguir, nos quais se destaca que 53% do total se referem a

Investimentos:

1.000,00R$

De s p e s a Re aliz ad a

%

De s pe s as de C apital

Inv es timentos 843.321 53,0%

A mortizaç ão da Dív ida 403.354 25,4%

Inv ers ões Financ eiras 343.944 21,6%

T OT AL 1.590.619 100,0%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Despesas de Capital Total

Inversões Financeiras

21,6% Investimentos53,0%

Amortização da Dívida

25,4%

No gráfico a seguir, é demonstrada a evolução dos investimentos do Município do Rio

de Janeiro de 2004 a 2008, lembrando que os valores de 2008 foram mantidos fixos e

os dos anos anteriores foram atualizados com base no IPCA-E médio do período.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Evolução dos Investimentos (2004-2008)

0

200

400

600

800

1.000

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Milhões

Observa-se que os investimentos, no exercício financeiro de 2008, tiveram uma queda

de 8,53%, se comparados com 2007.

2.82.82.82.8 DESPESAS POR ÓRGÃOS DE GOVERNODESPESAS POR ÓRGÃOS DE GOVERNODESPESAS POR ÓRGÃOS DE GOVERNODESPESAS POR ÓRGÃOS DE GOVERNO

A distribuição das despesas por órgãos de governo é a seguir apresentada:

Despesas Totais

27,8%

13,5%

17,5%

19,7%

21,5% Secretaria Municipalde Administração

Secretaria Municipalde Educação

Secretaria Municipalde Saúde

Encargos Gerais doMunicípio

Demais

Observe-se que quatro “órgãos” (SMA, SME, SMS e Encargos Gerais) apresentaram

cerca de 72,16% da despesa realizada.

2.92.92.92.9 FUNÇÕES DE GOVERNOFUNÇÕES DE GOVERNOFUNÇÕES DE GOVERNOFUNÇÕES DE GOVERNO

A aplicação dos recursos da Administração Pública encontra-se aqui examinada

através das Funções Governamentais, que agregam o nível máximo de ações do

Município do Rio no cumprimento de seus objetivos socioeconômicos.

A análise das Funções de Governo desenvolveu-se a partir dos demonstrativos

contábeis constantes no Orçamento Anual e nos Balanços Gerais Consolidados do

Município, contemplando a Administração Direta, Autarquias, Fundações, Empresas

Públicas e Sociedades de Economia Mista.

A Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, do Ministério do Orçamento e Gestão,

estabeleceu em seu art. 6º que os Municípios, a partir de 2002, deveriam adotar em

seus orçamentos a estrutura de funções, subfunções, programas, projetos, atividades

e operações especiais.

2.9.12.9.12.9.12.9.1 EXECUÇÃO DAS DESPESAS POR FUNÇÃOEXECUÇÃO DAS DESPESAS POR FUNÇÃOEXECUÇÃO DAS DESPESAS POR FUNÇÃOEXECUÇÃO DAS DESPESAS POR FUNÇÃO

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Este demonstrativo é previsto no art. 52, inciso II, alínea “c”, da Lei de

Responsabilidade Fiscal, sendo publicado no Relatório Resumido da Execução

Orçamentária como Anexo II, de acordo com o modelo aprovado pela Portaria STN

nº 574, de 30/08/07.

O quadro a seguir sintetiza o referido Anexo, com a dotação inicial, a dotação

atualizada de cada Função e sua respectiva realização ao final do exercício.

Conforme a citada Portaria, no encerramento do exercício, as despesas empenhadas e

ainda não liquidadas deverão ser consideradas como liquidadas. Porém, a seguir, estas

despesas são divididas em liquidadas e restos a pagar não processados.

R$ 1.000,00

FunçãoDotação Inicial

Dotação Atualizada

Empenhada LiquidadaRestos a Pagar Não

Processados

Previdência Social 2.426.255,45 2.593.506,33 2.380.774,03 2.223.438,79 157.335,24

Educação 2.037.162,99 2.419.243,05 2.235.671,50 2.104.459,47 131.212,03

Saúde 1.857.436,74 1.990.877,05 1.938.442,77 1.830.456,57 107.986,20

Encargos Especiais 1.017.966,84 1.066.777,90 1.052.098,30 1.045.617,28 6.481,03

Urbanismo 868.992,52 922.144,37 859.279,29 840.200,43 19.078,86

Administração 599.548,03 657.051,28 618.645,87 594.082,04 24.563,83

Legislativa 396.198,11 393.195,71 385.802,24 381.329,95 4.472,29

Assistência Social 353.496,88 445.249,76 385.542,75 360.517,65 25.025,09

Saneamento 315.787,14 357.144,78 298.985,78 280.650,42 18.335,36

Cultura 90.645,80 235.299,97 221.887,83 125.623,61 96.264,22

Segurança Publica 178.778,86 169.467,88 166.471,33 163.950,70 2.520,63

Habitação 278.098,46 262.554,21 155.155,04 102.816,54 52.338,50

Gestão Ambiental 122.777,56 163.551,88 139.872,86 131.023,79 8.849,07

Transporte 130.513,57 128.855,71 125.476,74 112.626,20 12.850,54

Judiciária 54.895,02 78.471,56 69.207,20 65.393,57 3.813,63

Comercio e Serviços 56.550,60 71.000,93 57.390,28 55.770,69 1.619,59

Desporto e Lazer 74.573,94 44.630,01 37.930,26 34.177,21 3.753,05

Trabalho 8.798,84 13.264,65 12.417,02 10.860,99 1.556,04

Industria 9.960,30 9.991,30 9.138,72 8.611,75 526,97

Ciência e Tecnologia 1.826,31 1.553,45 1.187,22 1.183,36 3,86

Direitos da Cidadania 6.000,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Reserva de Contingência 17.559,63 98,88 0,00 0,00 0,00

Total Geral 10.903.823,60 12.023.930,66 11.151.377,04 10.472.791,03 678.586,01

Fonte: Contas de Gestão 2008

O gráfico, a seguir, apresenta o percentual da despesa realizada por função de

governo em relação ao total dos gastos do Município:

Despesa por Função

21,3%

20,0%

17,4%

9,4%

7,7%

24,1%

PrevidênciaSocial

Educação

Saúde

EncargosEspeciais

Urbanismo

Demais

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

2.9.22.9.22.9.22.9.2 EVOLUÇÃO DAS FUNÇÕESEVOLUÇÃO DAS FUNÇÕESEVOLUÇÃO DAS FUNÇÕESEVOLUÇÃO DAS FUNÇÕES

A seguir, será apresentada a evolução dos gastos de algumas funções, abrangendo o

período de 2004 a 2008, ressaltando que os dados foram corrigidos pelo IPCA-E

médio do período, mantendo-se o valor de 2008 constante.

Função Previdência SocialDespesa Realizada

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Bilhões

Função EducaçãoDespesa Realizada

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Bilhões

Função SaúdeDespesa Realizada

0,0

0,4

0,8

1,2

1,6

2,0

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Bilhões

Função Encargos EspeciaisDespesa Realizada

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Bilhões

Função UrbanismoDespesa Realizada

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Bilhões

Função AdministraçãoDespesa Realizada

0

100

200

300

400

500

600

700

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Milhões

Função LegislativaDespesa Realizada

0

100

200

300

400

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Milhões

Função Desporto e LazerDespesa Realizada

0

100

200

300

400

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Milhões

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 298

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

2.102.102.102.10 DESPESAS POR FONTE DE RECURSOSDESPESAS POR FONTE DE RECURSOSDESPESAS POR FONTE DE RECURSOSDESPESAS POR FONTE DE RECURSOS

As despesas, por fonte de recursos, foram assim realizadas: R $ 1.0 0 0 ,0 0

De s pe s a FONTE DE RECURSOSDOT AÇÃO

AT UAL IZ ADAEM PENHADA

ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS 6.292.991 6.131.191 FUNDEB 1.027.083 964.557 PRESTA ÇÃ O DE SERV IÇOS MÉDICOS 869.853 843.112 RECEITA PRÓPRIA DE A UTA RQUIA S, FUNDA ÇÕES E EMPRESA S 813.274 662.541 CONTRIBUIÇÃ O PA RA SEGURIDA DE SOCIA L 443.091 392.876 SA LÁ RIO EDUCA ÇÃ O 304.177 240.632 ROY A LTIES DO PETRÓLEO 238.539 220.629 RETORNO DE EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A SERV IDORES 218.900 218.900 CONTRIBUIÇÃ O PA RA SEGURIDA DE SOCIA L / 2002 209.669 202.520 CONV ÊNIOS 212.844 155.870 MULTA S POR INFRA ÇÃ O À LEGISLA ÇÃ O DO TRÂ NSITO 81.471 78.494 FUNDO DE A SSISTENCIA À SA UDE DO SERV IDOR 78.180 76.357 OPERA ÇÕES DE CRÉDITO CONTRA TUA IS REA LIZA DA S 152.709 70.633 TRA NSFERÊNCIA DO GOV ERNO FEDERA L PA RA MERENDA ESCOLA R 33.992 33.655 HONORÁ RIOS A DV OCA TÍCIOS 34.512 28.616 OUTRA S 42.714 24.521 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS - CONTRA PA RTIDA DE CONV ÊNIOS 28.671 24.490 TRA NSFERÊNCIA DO FUNDO NA CIONA L E ESTA DUA L DE A SSISTÊNCIA SOCA IL 24.396 24.358 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS - CONTRA PA RTIDA DE OPERA ÇÕES DE CRÉDITO 26.494 23.255 INCENTIV O A CULTURA 9.839 9.839 PROGRA MA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA - TRA NSFERÊNCIA DO GOV ERNO FEDERA L PA RA EDUCA ÇÃ O 7.928 7.923 LICENCIA MENTO DE GRUPA MENTO DE EDIFICA ÇÕES 6.690 6.688 CONTRA PA RTIDA - REGULA RIZ A ÇÃ O DE OBRA S 5.933 5.780 CONTRIBUIÇÃ O A INTERV ENÇÃ O NO DOMÍNIO ECONÔMICO -CIDE 6.208 4.512 MULTA S POR INFRA ÇÃ O A LEGISLA ÇÃ O DO MEIO A MBIENTE 6.775 4.351 OPERA ÇÕES DE CRÉDITO CONTRA TUA IS A REA LIZ A R 76.499 - RETORNO DE EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS A INSTITUIÇÕES 10 -

11.253.441 10.456.298

ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS - CONTRIBUIÇÃ O PA RA SEGURIDA DE SOCIA L 267.994 255.303 RECEITA PRÓPRIA DE A UTA RQUIA S, FUNDA ÇÕES E EMPRESA S 186.150 138.793 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS - CONTRIBUIÇÃ O PA RA SEGURIDA DE SOCIA L / 2002 139.598 134.351 FUNDEB 78.976 72.667 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS 48.835 47.310 PRESTA ÇÃ O DE SERV IÇOS MÉDICOS 26.160 24.186 SA LÁ RIO EDUCA ÇÃ O 20.731 20.602 ORDINÁ RIOS NÃ O V INCULA DOS FUNDO DE A SSISTENCIA À SA UDE DO SERV IDOR 1.800 1.693 TRA NSFERÊNCIA DO FUNDO NA CIONA L E ESTA DUA L DE A SSISTÊNCIA SOCA IL 81 81 ROY A LTIES DO PETRÓLEO 101 54 HONORÁ RIOS A DV OCA TÍCIOS 49 29 CONV ÊNIOS 6 6 MULTA S POR INFRA ÇÃ O À LEGISLA ÇÃ O DO TRÂ NSITO 9 5

770.490 695.079 TOTAL 12.023.931 11.151.377

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Exce to In tra-o rçam e n tár ias

In tr a-or çam e ntár iasTotal Exce to In tra-o rçam e n tár ias

Total Intr a-or çam e ntár ias

Abaixo, a distribuição gráfica das principais despesas por fonte de recursos:

9,3%

7,8%

7,2%

20,3%

55,4%

ORDINÁRIOS NÃOVINCULADOS

FUNDEB

PRESTAÇÃO DESERVIÇOS MÉDICOS

RECEITA PRÓPRIA DEAUTARQUIAS,FUNDAÇÕES E EMPRESAS

DEMAIS

2.10.12.10.12.10.12.10.1 SALÁRIOSALÁRIOSALÁRIOSALÁRIO----EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃO

O Salário-Educação é uma contribuição social prevista no art. 212, § 5º, da

Constituição Federal, que serve como fonte adicional de recursos do ensino

fundamental público, permitindo às três instâncias do Governo investirem em

programas, projetos e ações que qualifiquem profissionais da educação e estimulem

alunos a permanecerem em sala de aula.

No que diz respeito, especificamente, à aplicação dos recursos do Salário-Educação, a

Lei 9766/98, alterada pela Lei nº 11.494/07, em seu art. 7º, é taxativa em vedar a

destinação de recursos para pagamento de pessoal.

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Como se pode observar no próximo quadro, os recursos do Salário-Educação (Fonte

107) destinaram-se a gastos com investimentos e outras despesas correntes,

atendendo, desta forma, ao disposto no referido artigo.

DESPESA NATUREZA DA DESPESA 1.000,00R $

Outras Despesas Correntes

Material de Consumo 91.349

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 68.881

Material de Distribuição Gratuita 1.107

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 355

Premiações Culturais, Artísticas, Científ icas, Desportivas e Outras 190

Locação de Mão-de-Obra 165

Indenizações e Restituições 63

Despesas de Exercícios Anteriores 1

Investimentos

Obras e Instalações 48.866

Equipamentos e Material Permanente 23.644

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 4.888

Serviços de Consultoria 977

Material de Consumo 145

Despesas de Exercícios Anteriores 1

240.632

Outras Despesas Correntes

Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 20.602

20.602 TOTAL 261.234

Fonte: Contas de Gestão 2008

Exceto Intra-orçamentárias

Total Exceto Intra-orçamentárias

Intra-orçamentárias

Total Intra-orçamentárias

2.10.22.10.22.10.22.10.2 MULTAS DE TRÂNSITOMULTAS DE TRÂNSITOMULTAS DE TRÂNSITOMULTAS DE TRÂNSITO

A seguir são apresentadas as despesas realizadas com os recursos das multas de

trânsito – Fonte 109, por órgão e por natureza de despesa.

DESPESA ÓRGÃO Natureza de Despesa Em R$ 1.000

Secretaria Municipal de TransportesCET-RIO

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 39.805 Despesas de Exercícios Anteriores 1.432 Equipamentos e Material Permanente 27

SMTOutros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 16.356 Despesas de Exercícios Anteriores 3.233 Equipamentos e Material Permanente 7

Secretaria Municipal de Transportes Total 60.859

Encargos Gerais do MunicípioRec sobre a Supervisão da SMF

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 2 Rec sobre a Supervisão da SMT

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 15.006 Indenizações e Restituições 27

Encargos Gerais do Município Total 15.035

Gabinete do PrefeitoEMV

Obrigações Patronais 2.600

Gabinete do Prefeito Total 2.600

78.494

Secretaria Municipal de TransportesRec sobre a Supervisão da SMT Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 2.240

Indenizações e Restituições 28 Rec sobre a Supervisão da SMF

Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 0

Encargos Gerais do Município Total 2.268

Secretaria Municipal de TransportesSMT

Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica 5 Secretaria Municipal de Transportes Total 5

5

78.498

Fonte: Contas de Gestão 2008

Total

Exceto Intra-orçamentárias

Total Exceto Intra-orçamentárias

Intra-orçamentárias

Total Exceto Intra-orçamentárias

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O Código Nacional de Trânsito, no art. 320, dispõe que:

“A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada,

exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento,

fiscalização e educação de trânsito.”

Conforme verificado, a determinação legal acima foi cumprida no exercício de 2008.

2.112.112.112.11 PROJETOS E ATIVIDADESPROJETOS E ATIVIDADESPROJETOS E ATIVIDADESPROJETOS E ATIVIDADES

Os projetos, atividades e operações especiais realizados, de maior incidência

monetária, foram:

Despesa PROJETO/ATIVIDADE/OPERAÇÃO ESPECIAL Em R$ 1.000

PROVISAO DE GASTOS COM PESSOAL 1.099.127 SERVIDORES INATIVOS DA REDE DE ENSINO 868.717 PESSOAL DAS UUEE - ENSINO FUNDAMENTAL 840.960 ENCARGOS DA DIVIDA RENEGOCIADA 547.586 PROVISAO DE GASTOS COM PESSOAL - INDIRETAS 544.662 CONSTITUICAO DE RESERVAS PATRIMONIAIS PARA MANUTENCAO DE BENEFICIOS 399.379 SERVIDORES INATIVOS DA ADMINISTRACAO DIRETA 353.600 APOIO AO FUNCIONAMENTO DA REDE DE SAUDE 353.155 GASTOS COM PESSOAL, OBRIGACOES PATRONAIS E OUTROS BENEFICIOS 299.576 PROCESSAMENTO LEGISLATIVO 294.005 DEMAIS 4.855.530

10.456.298

GASTOS COM PESSOAL, OBRIGACOES PATRONAIS E OUTROS BENEFICIOS 436.979 BENEFICIOS A SEGURADOS E DEPENDENTES 63.760 OBRIGACOES ADMINISTRATIVAS, TRIBUTARIAS E CONTRIBUTIVAS 59.000 MANUTENCAO E REVITALIZACAO DAS UNIDADES DA REDE DE ENSINO 58.664 APOIO AO FUNCIONAMENTO DA REDE DE SAUDE 19.382 DEMAIS 57.294

695.079

TOTAL 11.151.377

Fonte: Contas de Gestão 2008

Exceto Intra-orçamentárias

Total Exceto Intra-orçamentárias

Intra-orçamentárias

Total Intra-orçamentárias

A seguir são apresentadas as evoluções de alguns projetos e atividades no período

compreendido entre 2004 e 2008.

2.11.12.11.12.11.12.11.1 ATIVIDADE 2136 ATIVIDADE 2136 ATIVIDADE 2136 ATIVIDADE 2136 ---- MERENDA ESCOLAR MERENDA ESCOLAR MERENDA ESCOLAR MERENDA ESCOLAR

Tem como objetivo melhorar os hábitos alimentares dos alunos, para que aumentem a

resistência às doenças com a conseqüente melhoria do aproveitamento escolar.

O quadro e o gráfico, seguintes, cujos valores de 2008 são fixos e os dos anos

anteriores atualizados com base no IPCA-E médio do período, apresenta a evolução

total da despesa na atividade, bem como, suas fontes de recursos.

2004 Em R $ 1.0 0 0 ,0 0

78.100

2005

73.997

2006

61.353

2007

72.204

2008

92.292

Participação % nos Gastos da Merenda

0%

20%

40%

60%

80%

100%

2004 2005 2006 2007 2008

TRANSFERÊNCIAS FEDERAIS ORDINÁRIOS NÃO VINCULADOS

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Assim, pode-se notar que os gastos com a atividade 2136 - “Merenda Escolar”

aumentaram em 50,42% em relação a 2006, porém, quando comparados com o

exercício de 2004, cresceram apenas 18,17% e que a participação de recursos do

tesouro, Ordinários não vinculados Fonte 100, reduziu-se a zero no exercício de

2008, tendo sido os gastos financiados integralmente por meio de transferências

federais (Salário-Educação e Transferências para Merenda).

2.11.22.11.22.11.22.11.2 ATIVIDADE 2013 ATIVIDADE 2013 ATIVIDADE 2013 ATIVIDADE 2013 –––– PUBLICIDADE E PR PUBLICIDADE E PR PUBLICIDADE E PR PUBLICIDADE E PROPAGANDAOPAGANDAOPAGANDAOPAGANDA

Tem como objetivo dar publicidade aos atos, programas e ações do governo municipal

de modo a garantir ao cidadão participação e benefícios dela decorrentes.

A título de ilustração, foi efetuado um comparativo das despesas realizadas na

Atividade 2013 – Publicidade e Propaganda, de 2004 a 2008, lembrando que os

valores de 2008 foram mantidos fixos, atualizando-se os anos anteriores com base no

IPCA-E médio do período.

2004 Em R$ 1.000,00

9.524,75

2005

2.219,91

2006

182,53

2007

864,13

2008

448,29

Publicidade e Propaganda

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Milhões

Pode-se notar que, a partir de 2005, os gastos com a atividade 2013 - “Publicidade e

Propaganda” decaíram significativamente, apresentando, porém, um pequeno

acréscimo, com relação a 2006, no exercício de 2007, voltando a cair em 2008.

O aspecto legal referente às despesas com publicidade no último ano de exercício de

mandato, nos termos da Lei nº 9.504/97 - art. 73, VII e Resolução TSE nº 20.988/02 -

art. 36, VII será examinado no item 6.16.

2.11.32.11.32.11.32.11.3 PROJETO 1215 PROJETO 1215 PROJETO 1215 PROJETO 1215 –––– PROGRAMA FAVELA PROGRAMA FAVELA PROGRAMA FAVELA PROGRAMA FAVELA----BAIRROBAIRROBAIRROBAIRRO

Iniciado em 1995, o Programa Favela-Bairro tem como proposta obras de serviços

públicos essenciais (água, esgoto, pavimentação, drenagem e contenção de encostas);

a convivência comunitária nos espaços públicos e equipamentos criados (creches,

praças, quadras de esportes); atendimento à criança em idade pré-escolar;

organização de núcleos comerciais, possibilitando a inserção dos moradores no

mercado formal de trabalho e, principalmente, a integração do morro à cidade.

A seguir, é demonstrada a evolução dos gastos com o Programa Favela-Bairro, de

2004 a 2008, alertando que os dados de 2004-2007 foram corrigidos pelo IPCA-E

médio do período, mantendo-se o valor de 2008 constante.

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

2004 Em R $ 1.0 0 0 ,0 0

14.736,33

2005

18.408,95

2006

17.839,23

2007

12.503,21

2008

18.970,78

Programa Favela-Bairro

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Milhões

2.11.42.11.42.11.42.11.4 PROJETOS 3035 E 1460 PROJETOS 3035 E 1460 PROJETOS 3035 E 1460 PROJETOS 3035 E 1460 –––– CIDADE DA MÚSICA CIDADE DA MÚSICA CIDADE DA MÚSICA CIDADE DA MÚSICA

As despesas com a Cidade da Música, no exercício de 2008, concentraram-se nos

projetos: 3035 (Cidade da Música) e 1460 (Construção, Reforma, Ampliação e

Restauração de Unidades Culturais).

No quadro a seguir é apresentado o resumo dos termos referentes à “Cidade da

Música”, discriminados por favorecido, objeto e valor empenhado.

P roje to Ativida de

Fa vore cido Obje to Em pe nha da(R$ 1.000,00)

Consórc io Cidade da M ús ica Obra de cons trução das fundações , im perm ebiliz ações do P rédio da Cidade da M ús ica CT 34/04 10.528

Consórc io B arra da Tijuca Conc lusão das ins talações , túneis e es tac ionam ento da c idade da m ús ica CT 01/08 72.465

A CDP do B ras il P rojetos Ltda P res t. S erv. A com panham ento obras , m ontagem de equippam ento TE 06/08 ao CT 75/06 1.425

P rom ovel M oveis e Objetos Ltda A quis ição de M obiliário da Cidade da M us ica CT 35/08 317 A L M oreira A quis ição de M obiliário da Cidade da M us ica CT 37/08 1.101 M ult im ix 2003 Com erc io e Representações A quis ição de M obiliário da Cidade da M us ica CT 38/08 558 M ult im ix 2003 Com erc io e Representações A quis ição de M obiliário da Cidade da M us ica CT 39/08 512 Tota l 86.906

1460Consórc io Cidade da M ús ica 2 Com plem entaç ão das obras de cons trução do P rédio da

Cidade da M ús ica CT 108/05 26.168

113.074 TOTAL EM P ENHADO CIDADE M ÚS ICA - 2008

3035

O Tribunal de Contas efetuou, ao longo da execução das Obras da Cidade da Música,

diversas visitas técnicas por intermédio da 2ª IGE (processo 040/2557/04), cujos

relatórios encontram-se disponíveis para consulta no site do TCMRJ21.

Através do Memo 017/09 a CAD solicitou à 2ª IGE que destacasse fatos relevantes que

pudessem influenciar a análise da presente Prestação de Contas (Anexo IV desta

análise). Em resposta, foi encaminhado o Memo 25/09 que se encontra também no

mencionado Anexo.

2.11.52.11.52.11.52.11.5 DECORRENTES DE EMENDAS LEGISLATIVASDECORRENTES DE EMENDAS LEGISLATIVASDECORRENTES DE EMENDAS LEGISLATIVASDECORRENTES DE EMENDAS LEGISLATIVAS

A seguir, é demonstrado um quadro representativo da execução dos projetos e

atividades decorrentes de Emendas Legislativas ao texto do Projeto de Lei

Orçamentária (Mensagem nº 121/2007, Projeto de Lei nº 1353/2007), apresentadas

pelos Senhores Vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

21 http://www.tcm.rj.gov.br/WEB/Site/Noticia_Detalhe.aspx?noticia=3322&detalhada=2&downloads=72

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Das dotações iniciais previstas pelas emendas, de R$ 203 milhões, ocorreram

cancelamentos/decréscimos da ordem de R$ 199 milhões, correspondentes a,

aproximadamente, 98% do orçamento aprovado.

A execução dos projetos/atividades/operações especiais ocorreu da seguinte forma:

Em R $ 1.000

PROJETO/ATIVIDADE/OPERAÇÃO ESPECIALDESPESA

EMPENHADADESPESA

PAGA

PAGAMENTO DA DESAPROPRIACAO DE IMOVEL PARA O TCMRJ - EL 3456 1.573 1.573 PROJETOS ESPORTIVOS - EL 7923 820 820 COMEMORACOES DO BICENTENARIO DA CHEGADA DA FAMILIA REAL AO BRASIL 652 652 SISTEMA DE DRENAGEM NO RIO DA RUA CATULO CEARENSE, ENGENHO DE DENTRO, XIII RA - EL 3427 397 397 SUBVENCAO SOCIAL PARA DIVERSAS ENTIDADES - EL 8386 113 113 SUBVENCAO SOCIAL PARA DIVERSAS ENTIDADES - EL 8383 40 40 DESTINACAO DE RECURSOS PARA INSTITUICOES DE ASSISTENCIA SOCIAL - EL 8303 20 20 SUBVENCAO SOCIAL A ACAO CRISTA VICENTE MORETTI - EL 2808 20 20 SUBVENCAO SOCIAL PARA DIVERSAS ENTIDADES - EL 8385 20 20

TOTAL 3.656 3.656

Fonte: Contas de Gestão 2008

Cumpre destacar que, da dotação atualizada de R$ 4,0 milhões, foram efetivamente

empenhados cerca de 90,75% - R$ 3,6 milhões.

Analisando os referidos projetos, verifica-se que a despesa empenhada foi

integralmente paga.

2.11.62.11.62.11.62.11.6 NÃO EXECUTADOSNÃO EXECUTADOSNÃO EXECUTADOSNÃO EXECUTADOS

No próximo quadro são evidenciadas as ações não executadas em 2008, com

dotações iniciais superiores a R$ 1.500.000,00:

Em R$ 1.000,00

PROJETO/ATIVIDADE/OPERAÇÃO ESPECIAL

DOTAÇÃO INICIAL MAIOR QUE 1,5

MILHÃO DE REAIS

CONSTITUICAO DE RESERVAS PATRIMONIAIS DO FUNPREVI 57.710

OBRIGACOES PATRONAIS DA CMRJ - EL 3453 22.000

RESERVA DE CONTINGENCIA 17.560

OBRIGACOES PATRONAIS DO TCMRJ - EL 3454 11.000

CONVENIO MINC/BID - MONUMENTA - ORCAMENTO PARTICIPATIVO 8.261

PLEBISCITO SOBRE IMPLANTACAO DE HORARIO INTEGRAL E CICLOS DE FORMACAO NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - EL 8364 6.000

MANUTENCAO DO CENTRO ADMINISTRATIVO - CASS - SME 5.000

MANUTENCAO DO CENTRO ADMINISTRATIVO - CASS - SMS 5.000

IMPLANTACAO DA LINHA 4 DO METRO DO RIO DE JANEIRO - EL 1278 4.000

URBANIZACAO DE AREA DE BAIXA RENDA - EL 9234 4.000

PROAP - PROGRAMA DE ASSENTAMENTOS POPULARES - SMAS 3.759

SUBVENCAO SOCIAL A ENTIDADES DE ATENDIMENTO A PESSOAS COM DEFICIENCIA - EL 3380 3.450

CONSTRUCAO DE UMA VILA OLIMPICA - EL 3360 3.360

URBANIZACAO / REURBANIZACAO DO BAIRRO DA PRACA SECA, EM JACAREPAGUA - EL 3569 3.200

RESTITUICAO DE DEPOSITOS ADMINISTRATIVOS 3.110

RESTITUICAO DE DEPOSITOS JUDICIAIS - LEI N. 10819/03 3.110

AMPLIACAO DO POSTO DE SAUDE HENRIQUE MONAT - EL 3933 3.000

CONSTRUCAO DO REGATAS DO FLAMENGO - EL 3969 3.000

SUBVENCAO SOCIAL A ABBR - ASSOCIACAO BRASILEIRA BENEFICIENTE DE REABILITACAO - EL 1252, 1320, 7479, 7930 2.950

URBANIZACAO / REURBANIZACAO DO BAIRRO DO TANQUE, EM JACAREPAGUA - EL 3568 2.800

SUBVENCAO SOCIAL A SANTA CASA DA MISERICORDIA - EL 1254, 7493 2.500

SUBVENCAO SOCIAL PARA VARIAS ENTIDADES - EL 3429 2.500

OBRAS DE MELHORIAS VIARIAS - RUA RIO DA PRATA - BANGU - EL 2806 2.035

CONSTRUCAO DE CRECHES NA AP 4 E AP 5 - EL 1237 2.000

CONSTRUCAO DE QUADRA COBERTA NA XVIII RA - CAMPO GRANDE - AP 5 - EL 3932 2.000

VIABILIZAR RECURSOS PARA CONSTRUCAO DA VILA OLIMPICA DA ROCINHA - EL 3971 2.000

SUBVENCAO SOCIAL A ASSOCIACAO BRASILEIRA BENEFICENTE DE REABILITACAO - ABBR - EL 7492, 1282 1.900

CONSTRUCAO DE MINI TERMINAL RODOVIARIO NA PRACA HORACIO HORA - BANGU - AP 5.1 - EL 2811 1.540

ACOES PERMANENTES E CONTINUADAS DE ESTERILIZACAO GRATUITA DE CANINOS, FELINOS E EQUINOS - EL 8662 1.500

SUBVENCAO SOCIAL A ACEST - ASSOCIACAO DE CULTURA E EDUCACAO SANTA TERESA - EL 7913 1.500

SUBVENCAO SOCIAL A APAS - ASSOCIACAO PRESBITERIANA DE ACAO SOCIAL - EL 3566 1.500

SUBVENCAO SOCIAL A APAS - ASSOCIACAO PRESBITERIANA DE ACAO SOCIAL - EL 3935 1.500

SUBVENCAO SOCIAL A ASSOCIAÇÃO AMOR E VIDA - EL 3564 1.500

SUBVENCAO SOCIAL A SOCIEDADE DE EDUCACAO E ASSITENCIA REALENGO - EL 3567 1.500

FESTIVIDADES DE 100 ANOS DA UMBANDA - EL 9255 1.500

URBANIZACAO DE PRACAS NA AP 5 - EL 9189 1.500

Fonte: Contas de Gestão 2008

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 304

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

E as não realizadas, com dotação atualizada igual ou superior a R$ 1.000.000,00

foram:

Em R$ 1.000

PROJETO/ATIVIDADE/OPERAÇÃO ESPECIALDOTAÇÃO FINAL

Maior que 1 Milhão de Reais

CONSTITUICAO DE RESERVAS PATRIMONIAIS DO FUNPREVI 57.710

CONVENIO MINC/BID - MONUMENTA - ORCAMENTO PARTICIPATIVO 4.523

PROAP - PROGRAMA DE ASSENTAMENTOS POPULARES - SMAS 1.906

Fonte: Contas de Gestão 2008

2.122.122.122.12 BALANÇO FINANCEIRO ADMINISTRAÇÃO DIRETABALANÇO FINANCEIRO ADMINISTRAÇÃO DIRETABALANÇO FINANCEIRO ADMINISTRAÇÃO DIRETABALANÇO FINANCEIRO ADMINISTRAÇÃO DIRETA (R$ m il)

Rece itas Orçam e ntárias 9.489.091.742,35 De spes as Orçam entár ias 7.491.830.261,70

Rece itas Corrente s 9.301.199.045,07 Administração 542.094.926,93

Tributárias 4.585.302.504,54 Assistência Social 183.964.447,54 Patrimoniais 203.779.677,15 Ciência e Tecnologia 1.187.218,41 Serviços 54.656.385,28 Comércio e Serviços 6.111.313,37 Transferências Correntes 3.854.673.293,74 Cultura 211.633.211,88 Outras Receitas Correntes 602.787.184,36 Desporto e Lazer 37.930.255,58 Rece itas de Capital 187.892.697,28 Educação 2.215.143.090,86

Operações de Crédito 48.800.341,27 Encargos Especiais 1.052.098.302,80 Alienações de Bens 17.872.944,39 Gestão Ambiental 114.276.502,41 Transferências de Capital 121.219.411,62 Habitação 155.155.041,38

Judiciária 69.207.203,73Legislativa 385.802.239,66Previdência Social 196.682.020,86Saneamento 95.874.928,54Saúde 1.938.442.770,55Segurança Publica 2.680.474,11Trabalho 12.417.021,23Transporte 41.420.956,65Urbanismo 229.708.335,21

Re passe s 1.984.001.989,37

Rece itas Extra-Orçam entár ias 1.916.887.732,95 De spes as Extra-Orçam entárias 1.825.714.298,47Restos a Pagar 742.090.370,73 Restos a Pagar 676.543.026,47Notas de Repasse a Pagar 139.036.017,34 Notas de Repasse a Pagar 264.337.293,69Depósitos Exigíveis a Curto Prazo 763.054.223,51 Depósitos Exigíveis a Curto Prazo 734.006.571,31Transações Intramunicipais 90.130,40 Transações Intramunicipais 1.178.551,08Contas a Receber 10.921.944,52 Contas a Receber 11.085.111,87Atualização dos Títulos Públicos Federais

199.408.982,64Baixa/Desvalorização dos Títulos Públicos Federais 5.833.362,06

Reversão de Provisões para Perda - Títulos Públicos Federais

62.254.474,35Provisão para Perda - Títulos Públicos Federais 132.730.360,27

Outros Créditos 31.589,46 Outros Débitos 21,72

Saldos do Exe rcício Anter ior 1.373.197.227,39

Saldos para o Exercício Seguinte 1.477.630.153,15

Disponível 312.025.477,78 Disponível 657.249.120,99Recursos V inculados 1.061.171.749,61 Recursos V inculados 820.381.032,16 TOTAL GERAL 12.779.176.702,69 TOTAL GERAL 12.779.176.702,69

Esta análise refere-se apenas ao Balanço Financeiro da Administração Direta, da qual

destacam-se:

•••• Quanto às Receitas Extra-Orçamentárias (R$ 1.916.887 mil), R$ 763.054 mil referem-se a

Depósitos Exigíveis a Curto Prazo e R$ 742.090 mil a Restos a Pagar.

•••• No que se refere às Despesas Extra-Orçamentárias (R$ 1.825.714 mil), R$ 734.006 mil dizem

respeito aos Depósitos Exigíveis a Curto Prazo e R$ 676.543 mil a Restos a Pagar.

2.132.132.132.13 BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADOBALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADOBALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADOBALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO

O Balanço Patrimonial Consolidado abrange, além da Administração Direta, todas as

fundações, autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista,

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 305

Rubrica

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

considerando que as operações entre estas entidades e entre elas e a Administração

Direta são ajustadas nesse demonstrativo.

A Consolidação das Contas Públicas está prevista no parágrafo único do art. 110 da

Lei nº 4.320/64 e no Inciso III do art. 50 da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF.

A Portaria STN nº 109, de 08 de março de 2002, aprovou o “Quadro dos Dados

Contábeis Consolidados Municipais”, atualizados pela Portaria nº 101, de 23/02/2007.

A CGM, na demonstração do Balanço Patrimonial Consolidado, seguiu o modelo da

referida Portaria e o adaptou às mudanças introduzidas pela Lei n.º 11.638/2007 e

pela MP n.º 449/2008, uma vez que, até a finalização deste demonstrativo, a

Secretaria do Tesouro Nacional – STN não expediu normativo neste sentido.

Das alterações feitas pela CGM no modelo original decorreram as seguintes

reclassificações e variações significativas, em relação ao exercício de 2007:

•••• No Ativo Não Financeiro

Os valores integrantes do “Imobilizado”, “Intangível” e “Diferido”, que até o exercício

de 2007 estavam sendo apresentados como integrantes do Permanente, passaram a

ser apresentados em conformidade com o modelo definido para o exercício de 2008;

No subgrupo “Realizável a Curto Prazo”, a conta Empréstimo e Financiamentos está

sendo apresentada líquida da provisão para perdas no valor de R$ 46.597.732,14,

valor este proveniente da RIOURBE.

•••• No Passivo Financeiro

Os valores representativos de RPP - obrigações tributárias e RPN passaram a ser

desmembrados em “Do exercício” e “De exercícios anteriores”.

•••• No Passivo Não Financeiro

Os valores representativos de “Resultados de Exercícios Futuros” passaram a ser

apresentados dentro do subgrupo “Obrigações Exigíveis a Longo Prazo” nas colunas

dos exercícios de 2007 e 2008;

No subgrupo “Obrigações Exigíveis a Longo Prazo”, a rubrica Precatórios, que até o

exercício de 2007 estava sendo apresentada junto a rubrica “Obrigações a Pagar”

,passou a ser apresentada destacadamente em conformidade com o modelo definido

pela CGM para o exercício de 2008.

O Balanço Patrimonial Consolidado do Município do Rio tem sua situação

demonstrada, em 31/12/2008, da seguinte forma, expresso em milhares de reais:

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 306

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

ATIVOdez/07R$ m il

dez/08R$ m il

Var. %07/08

% Total

FINANCEIRO 3.944.524 3.949.326 0,12% 12,48% Caixa/Bancos 58.177 263.793 353,43% 0,83% Aplicações f inanceiras 3.730.472 3.480.198 (6,71%) 11,00% Créditos em Circulação 155.876 205.335 31,73% 0,65%

NÃO FINANCEIRO 22.453.215 26.043.423 15,99% 82,30% Realizável a Curto Prazo 853.998 540.766 (36,68%) 1,71% Valores Pendentes a CP 857 563 (34,32%) 0,00% Realizável a Longo Prazo 19.295.374 23.141.795 19,93% 73,13% Investimentos 143.266 130.809 (8,70%) 0,41% Imobilizado 2.158.208 2.227.852 3,23% 7,04% Intangível 665 1.354 103,50% 0,00% Diferido 847 284 (66,52%) 0,00%

COM PENSADO 1.367.037 1.650.595 20,74% 5,22%

Total 27.764.776 31.643.345 13,97% 100,00%

PASSIVOdez/07R$ m il

dez/08R$ m il

Var. %07/08

% Total

FINANCEIRO 1.320.787 1.434.586 8,62% 4,53% Depósitos 243.989 360.402 47,71% 1,14% Restos a Pagar 1.076.799 1.074.184 (0,24%) 3,39%

NÃO FINANCEIRO 7.909.028 8.790.423 11,14% 27,78% Obrigações em Circulação 252.060 264.170 4,80% 0,83% Depósitos Exigíveis a Longo Prazo 346.800 219.882 (36,60%) 0,69% Obrigações Exigíveis a Longo Prazo 7.310.169 8.306.371 13,63% 26,25%

PATRIM ÔNIO LÍQUIDO 17.167.924 19.767.741 15,14% 62,47% COM PENSADO 1.367.037 1.650.595 20,74% 5,22%

Total 27.764.776 31.643.345 13,97% 100,00%

Fonte: Contas de Gestão 2008

Pode ser observado que 73,13% do Ativo Total provêm do grupo ‘’Realizável a Longo

Prazo’’, onde está incluída a Dívida Ativa do Município. Além disso, verifica-se,

também, que 90,25 % do Passivo têm origem nos grupos ‘’Não Financeiro’’ e

‘’Patrimônio’’.

2.13.12.13.12.13.12.13.1 ATIVO FINANCEIROATIVO FINANCEIROATIVO FINANCEIROATIVO FINANCEIRO

O Ativo Financeiro do Balanço Consolidado Geral, em 31/12/2008, encontra-se

representado da seguinte forma:

ATIVO FINANCEIRO R$ m il %

DISPONIVEL 3.743.992 94,80%Caixa 17.297 0,44%Bancos C/ Movimento 246.496 6,24%Aplicações Financeiras 3.480.198 88,12%

CRÉDITOS EM CIRCULAÇÃO 205.335 5,20%TOTAL 3.949.326 100,00%

Fonte: Contas de Gestão 2008

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Processo 040/1075/09

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Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

2.13.22.13.22.13.22.13.2 PASSIVO FINANCEIROPASSIVO FINANCEIROPASSIVO FINANCEIROPASSIVO FINANCEIRO

O Passivo Financeiro, em 31/12/2008, está composto da seguinte forma:

PASSIVO FINANCEIRO R$ m il %

DEPÓSITOS 360.402 25,12%

Consignações 17.236 1,20%

Depósitos de Diversas Origens 343.167 23,92%

RESTOS A PAGAR 1.074.184 74,88%

Restos a Pagar Processados 473.800 33,03%

Restos a Pagar Não Processados 600.384 41,85%

TOTAL 1.434.586 100%

Fonte: Contas de Gestão 2008

2.13.32.13.32.13.32.13.3 ATIVO NÃO FINANCEIROATIVO NÃO FINANCEIROATIVO NÃO FINANCEIROATIVO NÃO FINANCEIRO

No grupo "Ativo Não Financeiro" deverá ser indicada a soma de valores que não

interferem na movimentação financeira, compreendendo os subgrupos “realizável a

curto prazo”, “valores pendentes a curto prazo”, “realizável a longo prazo”,

“investimentos”, “imobilizado”, “intangível” e o “diferido”.

AT IV O NÃO FINA NCEIRO R$ m il %

REA LIZÁ V EL A CURTO PRA ZO 540.766 2,08%

Créditos em Liquidação 455.289 1,75%

Bens e V alores em Circulaç ão 85.478 0,33%

V ALORES PENDENTES A CURTO PRA ZO 563 0,00%

REA LIZÁ V EL A LONGO PRAZ O 23.141.795 88,86%

Depós itos Realiz áv eis a Longo Prazo 13.115 0,05%

Créditos Realiz áv eis a Longo Praz o 23.128.680 88,81%

INV ESTIM ENT OS 130.809 0,50%

Partic ipaç ão Soc ietár ia 100.118 0,38%

Outros Inves timentos 15.645 0,06%

Imóv eis p/ Inves timento 76.552 0,29%

Deprec iaç ão de Bens p/ Inv es timentos ( - ) (3.354) -0,01%

Prov isão para Perdas Prov áv eis ( - ) (58.151) -0,22%

IM OBIL IZ ADO 2.227.852 8,55%

Bens Móv eis e Imóv eis 2.766.854 10,62%

Imobiliz aç ões em Curs o 62.537 0,24%

Deprec iaç ão A cumulada ( - ) (601.540) -2,31%

INTANGÍV EL 1.354 0,01%

Títulos , V alores e Bens Intangíveis 9.606 0,04%

A mortizaç ão A cumulada ( - ) (8.252) -0,03%

DIFERIDO 284 0,00%

Des pesas Dif eridas 732 0,00%

A mortizaç ão A cumulada ( - ) (448) 0,00%

T OT AL 26.043.423 100%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

O valor mais expressivo é o referente aos "Créditos Realizáveis a Longo Prazo", que

registra a soma da dívida ativa, empréstimos/financiamentos e créditos a receber,

representando 88,81% do ativo não financeiro. A Dívida Ativa Consolidada

corresponde a 96,56% desse grupo (R$ 22.334.076 mil).

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 308

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Gestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e PatrimonialGestão Orçamentária, Financeira e Patrimonial

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Pela sua representatividade, a Dívida Ativa será abordada com maior profundidade no

capítulo 7.

2.13.42.13.42.13.42.13.4 PASSIVO NÃO FINANCEIROPASSIVO NÃO FINANCEIROPASSIVO NÃO FINANCEIROPASSIVO NÃO FINANCEIRO

O grupo "Passivo Não Financeiro" registra a soma das obrigações que não provocam

efeitos financeiros, representadas pelas obrigações em circulação, Depósitos exigíveis

a longo prazo e obrigações exigíveis a longo prazo.

PASSIVO NÃO FINANCEIRO R$ m il %

OBRIGAÇÕES EM CIRCULAÇÃO 264.170 3,01%

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 8.526.253 96,98%

Depós itos Exigíve is a L.P. 219.882 2,50%

Obrigações Exigíve is a L.P. 8.306.371 94,47%

Operações de Créditos - Internas 6.828.969 77,69%

Operações de Créditos - Externas 731.178 8,32%

Outras Obrigações 744.521 8,47%

Receitas Diferidas Líquidas 1.703 0,02%

TOTAL 8.790.423 100%

Fonte: Prestação de Contas 2008

O valor mais expressivo refere-se às “Operações de Crédito Internas”, onde se

encontra registrada a Dívida Renegociada com a União, apresentada a seguir pelo

contrato “BB - M.P. nº 2.118-26”:

OPERAÇÕES DE CRÉDITO INTERNAS R$ m il %

BB - M.P. nº 2.118-26 6.562.110 96,1%

BB - Lei 7.976/89 33.419 0,5%

STN - Convertida em Contratos 85.758 1,3%

CEF 117.035 1,7%

BNDES - Av. Brasil 21.539 0,3%

BNDES - PROMAT 4.619 0,1%

LIGHT - Reluz 4.489 0,1%

TOTAL 6.828.969 100,0%

Pela sua representatividade, a dívida municipal será abordada com maior profundidade

no capítulo 8.

No exercício de 2008, o grupo “Provisões”, que integra o grupo “Obrigações em

Circulação” do “Passivo não Financeiro”, totalizou o valor de R$ 234.463 mil.

2.13.52.13.52.13.52.13.5 PATRIMÔNIO LÍQUIDOPATRIMÔNIO LÍQUIDOPATRIMÔNIO LÍQUIDOPATRIMÔNIO LÍQUIDO

O Patrimônio Líquido do Município alcançou o montante de R$ 19.767.741 mil no

exercício de 2008, representado um aumento de 15,14% se comparado ao exercício de

2007.

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3.1 FATOS RELEVANTES 310

3.1.1 PREVIRIO 310

3.1.2 GEO-RIO 311

3.1.3 RIOZOO 311

3.1.4 FPJ – PARQUES E JARDINS 311

3.2 FUNLAR 312

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

33

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 310

Rubrica

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Autarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e Fundações

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

3333 AUTARQUIASAUTARQUIASAUTARQUIASAUTARQUIAS22 E FUNDAÇÕES E FUNDAÇÕES E FUNDAÇÕES E FUNDAÇÕES

No quadro a seguir estão relacionados os principais componentes orçamentários das

autarquias e fundações em atividade em 31/12/2008.

R$ M il

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

PR

EV

IRIO

IPP

GE

O R

IO

RIO

ZO

O

PA

RQ

UE

S

E J

AR

DIN

S

PL

AN

ET

ÁR

IO

TO

TA

L

A - Repasses do Tesouro 792.543 5.573 6.304 7.297 15.968 4.487 832.172

B - R eceita Corrente 1.214.927 368 55 3.684 227 1.164 1.220.425

C - R eceita de Capital 104.291 0 0 0 0 0 104.291

D - R eceita Total Arrecadada (A+B+ C) 2.111.761 5.941 6.359 10.981 16.195 5.651 2.156.888

E - D ependênc ia Financeira (A/D ) 38% 94% 99% 66% 99% 79% 39%

F - Despesa Corrente Realizada (em penhada) 1.976.701 3.692 814 10.425 13.482 5.157 2.010.271

G - D espesa de Capital R ealizada (em penhada) 408.899 2.008 4.752 32 852 424 416.967

H - D espesa Total R ealizada (em penhada) (F+G) 2.385.600 5.701 5.566 10.457 14.334 5.581 2.427.239

I - R esultado O rçam entário (D - H) (273.839) 240 793 524 1.861 70 (270.351)

Fonte: P res taç ão de Contas de 2008/FINCON

No quadro a seguir, estão relacionados os principais componentes patrimoniais das

autarquias e fundações em atividade em 31/12/2008.

R$ Mil

AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

PR

EV

IRIO

IPP

GE

O R

IO

RIO

ZO

O

PA

RQ

UE

S

E J

AR

DIN

S

PL

AN

ET

ÁR

IO

TO

TA

L

J - Disponível 304.830 376 365 1.680 412 1.336 308.999

K - Recursos Vinculados 1.901.094 65 9 75 155 64 1.901.462

L - Realizável 174.060 607 512 922 1.399 595 178.095

M - Ativo Financeiro (J+K+L) 2.379.984 1.048 886 2.677 1.966 1.995 2.388.556

N - Ativo Permanente 1.302.077 606 430 16.794 465 871 1.321.243

O - Passivo Financeiro 430.301 716 530 1.241 1.524 802 435.114

P - Passivo Permanente 686 0 0 5.087 875 50 6.698

Q - Patrimônio 3.243.074 938 786 13.143 32 2.014 3.259.987

Fonte: Prestação de Contas de 2008/FINCON

3.13.13.13.1 FATOS RELEVANTESFATOS RELEVANTESFATOS RELEVANTESFATOS RELEVANTES

No exercício de 2008, quanto às Autarquias e Fundações em atividade, foram

observados os seguintes fatos relevantes:

3.1.13.1.13.1.13.1.1 PPPPREVIRIOREVIRIOREVIRIOREVIRIO

Em 31/08/07 o PREVIRIO publicou edital tornando pública a abertura de inscrições

para a comercialização financiada de imóveis residenciais a seus segurados por

intermédio da concessão de Cartas de Crédito, conforme disposto no Decreto

nº 28.301, de 14 de agosto de 2007. Assim, em virtude das concessões de

22 PREVIRIO – Inclui o FUNPREVI e o FASS.

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Autarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e Fundações

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

financiamentos imobiliários por cartas de crédito efetuadas no exercício de 2008, o

saldo da conta do Ativo Permanente “Carteira de Financiamento Imobiliários” passou

de R$ 509.727.760,94, no encerramento do exercício de 2007, para R$

729.764.522,12 no encerramento de 2008.

3.1.23.1.23.1.23.1.2 GEOGEOGEOGEO----RIORIORIORIO

O precatório no valor de R$ 984.583,57 (processo de nº 06/100.674/2007) a ser pago

à Nova Solar Construtora LTDA., ainda pende de recurso especial, conforme ofício

nº 36 Geo-Rio/AJU, de 08/12/2008, razão pela qual não houve provisionamento em

Contingências Passivas, mas indicação nas Notas Explicativas às Demonstrações

Contábeis do Exercício de 2008.

3.1.33.1.33.1.33.1.3 RIOZOORIOZOORIOZOORIOZOO

No encerramento do exercício de 2008, constavam contabilizados no Passivo

Permanente da Riozoo R$ 4.887.073,59 como Provisões. Esse saldo, conforme quadro

abaixo, corresponde a dívidas junto à Cia Estadual de Águas e Esgoto - CEDAE, em

virtude do não-pagamento pela prestação dos serviços de abastecimento de água e

esgotamento sanitário. Nas inspeções realizadas pela CAD nos anos de 2006, 2007 e

2008 foi apurado que essas dívidas não foram pagas em virtude da falta de

disponibilidade de caixa na fonte de recursos próprios (bilheteria), e da ausência de

previsão orçamentária na fonte do tesouro.

R$ M il

EX ERCÍCIO VALOR

2.004 411

2.005 591

2.006 1.369

2.007 1.216

2.008 1.300

TOTA L 4.887

3.1.43.1.43.1.43.1.4 FPJ FPJ FPJ FPJ –––– PARQUES E JARDINS PARQUES E JARDINS PARQUES E JARDINS PARQUES E JARDINS

O saldo de R$ 660.307,35, registrado no Passivo Permanente como “Outras

Obrigações”, refere-se a serviços de obras e conservação efetuados no exercício de

2002 e abandonados pelas empresas antes do término dos contratos. Esses serviços,

conforme Nota Explicativa às Demonstrações Contábeis, não possuem fatura, apenas

declarações dos fiscais referentes à execução das etapas, tendo sido lançados em RPN

em 2002 e cancelados em 2003.

Estão registrados no Compensado, de acordo com a Assessoria Jurídica da Fundação,

Contingências que em 31/12/08, totalizaram R$ 2.571.890,35, sendo R$ 736.199,22

de Contingências Trabalhistas e R$ 1.835.691,63 de Contingências Cíveis.

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Autarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e FundaçõesAutarquias e Fundações

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

3.23.23.23.2 FUNLAR FUNLAR FUNLAR FUNLAR

O Decreto n.º 27.798, de 11/04/2007, transferiu as funções inerentes à Fundação

Municipal Lar Escola Francisco de Paula - FUNLAR para a Secretaria Extraordinária

Deficiente-Cidadão, que posteriormente foi transformada na Secretaria Municipal da

Pessoa com Deficiência - SMPD, através da Lei n.º 4.595, de 20/09/2007.

A Resolução CGM n.º 796, de 17/12/2007, estabeleceu os procedimentos de controle

interno para o cumprimento do Decreto 27.798/2007, dispondo, dentre outras coisas,

que deveriam ser aplicadas, no que coubesse, as normas instituídas pela Resolução

Conjunta CGM/SMA/SMF n.º 22, de 09/03/2006, e pela Resolução CGM n.º 697, de

09/06/2006, que estabeleceram os procedimentos para cumprimento do Decreto n.º

26.210, de 07/02/2006, que transformou outras entidades da Administração Indireta

em órgãos da Administração Direta. A mesma Resolução determinou que a FUNLAR

deveria elaborar, com data-base de 31/03/2008, os Balanços Orçamentário,

Financeiro e Patrimonial, e a Demonstração das Variações Patrimoniais.

A Resolução CGM n.º 828, de 15/05/2008, criou Comissão com a finalidade de

analisar os procedimentos adotados pela FUNLAR para a incorporação do seu

Patrimônio à Administração Direta.

Em inspeção ordinária realizada pela CAD, em outubro de 2008, a fim de verificar os

procedimentos contábeis adotados referentes à incorporação do Patrimônio da

FUNLAR à Administração Direta, em cumprimento ao Decreto nº 27.798, foram

observados os seguintes fatos relevantes:

Não incorporação de imóvel situado à Rua Correia de Oliveira, 21 – Vila Isabel ao

patrimônio municipal – valor R$ 3.100.000,00. O referido valor foi baixado

contabilmente na FUNLAR em 27/05/2008, tendo sido o valor lançado no Sistema

Compensado da Administração Direta, pois a SMDP ainda não havia comprovado a

titularidade do imóvel. Cabe ressaltar que o lançamento no Sistema Compensado não

tem reflexo no seu saldo patrimonial. Foi recomendado que a Superintendência de

Patrimônio da Secretaria Municipal de Fazenda adotasse as providências cabíveis

visando à incorporação do imóvel ao patrimônio municipal.

Bens Móveis – Equipamentos de Informática: foi lançada contabilmente na

Administração Direta a depreciação no valor de R$ 307.986,47, menor R$ 75.159,22

com relação ao valor de R$ 383.145,69 baixado da FUNLAR. Foi recomendado que a

SMDP justificasse a divergência constatada.

O valor de R$ 87.650,31, registrado como Provisões Trabalhistas, referentes a

processos movidos contra a FUNLAR, foi baixado contabilmente da Fundação, porém

não foram identificados os lançamentos no Patrimônio da Administração Direta. Foi

recomendado que a Contadoria Geral da CGM informasse sobre a contabilização desse

valor na Administração Direta.

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4.1 FUNPREVI 317

4.1.1 RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS 317

4.1.2 DÍVIDA DO TESOURO COM O FUNPREVI 318

4.1.3 DEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIAL 319

4.1.4 CRÉDITOS VENCIDOS EM 31/12/2003 319

4.1.5 CONTRIBUIÇÃO PATRONAL – CMRJ E TCMRJ 320

4.2 FMS 320

4.2.1 RECEITAS 321

4.2.2 DESPESAS 321

4.2.3 INSPEÇÕES 322

4.3 FUNDEB 325

4.3.1 RECEITAS 325

4.3.2 SALDO FINANCEIRO 327

4.3.3 DESPESAS 329

4.3.4 INSPEÇÕES 329

4.4 FMDCA 332

4.4.1 VINCULAÇÃO DO FUNDO 332

4.4.2 RECEITAS E FONTE DE RECURSOS 332

4.5 FCA 333

4.6 FMDU 333

4.7 FMH 334

FUNDOS ESPECIAIS

44

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

4444 FUNDOS ESPECIAISFUNDOS ESPECIAISFUNDOS ESPECIAISFUNDOS ESPECIAIS

Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que, por lei, se vinculam à

realização de determinados objetivos ou serviços. Os fundos apresentam natureza

contábil e não possuem personalidade jurídica própria, sendo instituídos após prévia

autorização legislativa.

Atualmente, o Município do Rio de Janeiro possui 15 fundos. Destes, o FMHIS (Fundo

Municipal de Habitação de Interesse Social), instituído pela Lei nº4.463/2007, e o FEPT

(Fundo Especial Projeto Tiradentes), instituído pela Lei nº 3.019/2000, não

apresentaram execução orçamentária no exercício de 2008. Ressalte-se que, por

volume de recursos, os fundos mais importantes são o FUNPREVI, FMS e FUNDEB que

juntos são responsáveis por 95% dos recursos executados.

De forma consolidada, os fundos especiais arrecadaram receitas orçamentárias que

totalizaram R$ 4.851.342 mil e realizaram despesas orçamentárias no montante

de R$ 4.975.412 mil, gerando um resultado orçamentário deficitário de R$ 124.070

mil.

R$ milhares

Re ce itas Orçam e n tár ias

A r r e cad ad as

De s p e s as Or çam e n tár ias

Re alizad as

Re s u ltad o s Or çam e n tár io s

FUNPREV I 1.774.977 1.749.346 25.631

FMS 1.867.816 1.938.443 (70.627)

FUNDEB 1.029.502 1.037.225 (7.722)

FMEO 7.360 805 6.555

FA SS 78.303 76.357 1.947

FMA S 52.544 51.164 1.380

FCA 16.779 83.733 (66.954)

FOE/PGM 19.628 30.802 (11.173)

FMDCA 1.322 1.691 (368)

FMH 3.022 5.847 (2.825)

FUNDET 17 - 17

FMDU 54 - 54

FMA D 16 - 16

T OT A L 4.851.342 4.975.412 (124.070)

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Com relação à gestão orçamentária, destacam-se os seguintes pontos:

•••• 46% dos Fundos Especiais apresentaram déficit orçamentário, destacando-se o FMS e o FCA

que apresentaram déficits de R$ 70.627 mil e R$ 66.954 mil respectivamente;

•••• Os Déficits verificados no FMS, FUNDEB, FCA, FOE, FMDCA e FMH devem-se à incorporação

de superávit financeiro de exercício anterior;

•••• Além do FMHIS e do FEPT, o FUNDET, o FMDU e o FMAD não realizaram despesa. Tal fato foi

objeto da recomendação nº 12 no Parecer Prévio às Contas de 2007: “Que o Fundo de

Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Município do Rio de Janeiro – FUNDET, Fundo

Municipal de Habitação – FMH, Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano – FMDU e o

Fundo Municipal Antidrogas - FMAD cumpram suas diretrizes e finalidades básicas

estabelecidas em suas leis de criação”.

No quadro seguinte, evidencia-se o montante das despesas orçamentárias que foram

realizadas, comparativamente à dotação final autorizada em valores e em percentuais:

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

R$ milhares

Dot. A tualiz . (A )

De s p . Re aliz . (B)

% (B/A)

FUNPREV I 1.920.976 1.749.346 91,1%

FMS 1.990.853 1.938.443 97,4%

FUNDEB 1.106.059 1.037.225 93,8%

FMEO 1.612 805 49,9%

FA SS 78.184 76.357 97,7%

FMA S 52.492 51.164 97,5%

FCA 100.057 83.733 83,7%

FOE/PGM 39.527 30.802 77,9%

FMDCA 3.732 1.691 45,3%

FMH 6.151 5.847 95,1%

FUNDET 10 - 0,0%

FMDU 47 - 0,0%

FMA D 24 - 0,0%

FEPT 5.347 - 0,0%

T OTA L 5.305.072 4.975.412 93,8%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Com relação à comparação visualizada no quadro anterior, destacam-se os seguintes

pontos:

•••• De forma consolidada, 93,8% das dotações autorizadas foram realizadas. Os Fundos que

apresentaram os menores percentuais de realização foram o FMDCA (45,3%), FMEO (49,9%),

FOE (77,9%) e FCA (83,7%);

•••• De forma consolidada, R$ 329.660 mil deixaram de ser aplicados pelos fundos em 2008,

destacando-se o FUNPREVI, FUNDEB e FMS que deixaram de aplicar recursos autorizados de

R$171.630 mil, R$ 68.834 mil e R$ 52.410 mil,respectivamente.

De acordo com as informações orçamentárias de 2008, os recursos utilizados pelos

fundos foram direcionados para o custeio das seguintes despesas:

R$ milhares

Pe s s oal e Encar go s So ciais

%Ou tr as De s p e s as

Co r r e nte s%

De s p e s as de C apital

% To tal

FUNPREV I 1.690.346 97% 59.000 3% - 0% 1.749.346

FMS 1.048.052 54% 851.097 44% 39.293 2% 1.938.443

FUNDEB 933.826 90% 99.316 10% 4.083 0% 1.037.225

FMEO - 0% - 0% 805 100% 805

FA SS - 0% 76.357 100% - 0% 76.357

FMA S - 0% 50.758 99% 406 1% 51.164

FCA - 0% 8.643 10% 75.091 90% 83.733

FOE/PGM 14.067 46% 13.297 43% 3.438 11% 30.802

FMDCA - 0% 1.691 100% - 0% 1.691

FMH - 0% - 0% 5.847 100% 5.847

FUNDET - 0% - 0% - 0% -

FMDU - 0% - 0% - 0% -

FMA D - 0% - 0% - 0% -

FEPT - 0% - 0% - 0% -

T OTA L 3.686.292 74% 1.160.158 23% 128.962 3% 4.975.412

Fonte: Contas de Ges tão 2008

O quadro anterior evidencia os seguintes pontos:

•••• 74% dos recursos foram aplicados no custeio de despesa de pessoal e encargos sociais,

destacando-se o FUNPREVI (97%) e o FUNDEB (90%);

•••• Apenas 3% dos recursos foram direcionados para Despesa de Capital, destacando-se o FMEO

e o FMH que aplicaram 100% e o FCA que aplicou 90% neste tipo de despesa;

•••• Destaca-se o baixo percentual de recursos direcionados pelo FMS (2%) e FUNDEB (menos de

1%) para Investimentos.

A seguir, é demonstrada a variação ocorrida nas disponibilidades financeiras dos

fundos especiais:

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

R$ Milhares

Dis p o n íve l e m 31/12/2007

Dis p o n íve l e m 31/12/2008

Evo lu ção %

FUNPREV I 1.868.957 1.892.156 1,2%

FMS 192.752 82.925 -57,0%

FUNDEB 150.081 85.586 -43,0%

FMEO 1.197 474 -60,4%

FA SS 5.315 8.938 68,1%

FMA S 10.867 6.423 -40,9%

FCA 104.624 21.311 -79,6%

FOE/PGM 56.131 47.006 -16,3%

FMDCA 3.825 3.399 -11,1%

FMH 5.312 1.875 -64,7%

FUNDET 146 163 11,9%

FMDU 450 504 12,1%

FMA D 26 43 63,5%

T OT AL 2.399.683 2.150.803 -10,37%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

A análise das variações ocorridas nas disponibilidades evidencia:

•••• De forma consolidada, as disponibilidades dos fundos foram reduzidas em 10,37% em

relação ao exercício anterior;

•••• 88% das disponibilidades estão concentradas no FUNPREVI, 4% no FMS, 4% no FUNDEB, 2% no

FOE e 2% nos demais fundos;

•••• 38% dos fundos apresentaram aumento da disponibilidade em relação ao ano anterior,

destacando-se o FASS e o FMAD que tiveram aumento de 68% e 64%, respectivamente;

•••• 62% dos fundos apresentaram redução da disponibilidade, com destaque para o FMS que

reduziu o seu disponível em R$109.827 mil.

A comparação dos valores do Ativo e Passivo Financeiro dos fundos revela os

seguintes dados:

R$ milhares

Ativo Fin an ce ir o (A )

Pas s ivo Fin an ce ir o (B)

Dife r e n ça (A -B)

FUNPREV I 2.001.969 250.251 1.751.718

FMS 286.788 181.380 105.408

FUNDEB 85.599 78.783 6.816

FMEO 594 119 474

FA SS 13.154 7.854 5.300

FMA S 6.626 1.852 4.774

FCA 27.568 8.252 19.316

FOE/PGM 52.206 5.054 47.152

FMDCA 3.399 221 3.177

FMH 3.338 2.413 925

FUNDET 163 83 80

FMDU 504 - 504

FMA D 43 - 43

T OT AL 2.481.950 536.264 1.945.686

Fonte: Contas de Ges tão 2008

A análise dos dados anteriores demonstra os seguintes pontos:

•••• De forma globalizada, a comparação do ativo financeiro com o passivo financeiro revela um

superávit financeiro de R$ 1.945.686 mil;

•••• A maior parcela do passivo financeiro (96%) está concentrada no FUNPREVI (47%), FMS (34%) e

FUNDEB (15%).

A comparação das disponibilidades com o passivo financeiro (dívidas de curto prazo)

indica os seguintes dados:

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Data 17/04/09 Fls 317

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

R$ milhares

Dis p on ib ilidade s APas s ivo

Fin an ce ir o BEnte s o ur am e nto (A -

B)En te s ou r am e nto

%

FUNPREV I 1.892.156 250.251 1.641.905 87%

FMS 82.925 181.380 (98.455) -119%

FUNDEB 85.586 78.783 6.803 8%

FMEO 474 119 355 75%

FA SS 8.938 7.854 1.084 12%

FMA S 6.423 1.852 4.571 71%

FCA 21.311 8.252 13.058 61%

FOE/PGM 47.006 5.054 41.952 89%

FMDCA 3.399 221 3.177 93%

FMH 1.875 2.413 (539) -29%

FUNDET 163 83 80 49%

FMDU 504 - 504 100%

FMA D 43 - 43 100%

TOT AL 2.150.802 536.264 1.614.539 75%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

A análise dos dados anteriores revela os seguintes pontos:

•••• Os FMS e FMH, apesar de não possuírem disponibilidades suficientes para cobrir o seu

passivo financeiro, têm registrado no Ativo Financeiro valores a receber do Tesouro Municipal

para pagamento de despesas da Fonte de Recurso 100 no montante de R$ 126.653 mil e R$

1.463 mil, respectivamente;

•••• 85% dos fundos apresentam disponibilidades superiores as suas dívidas de curto prazo;

•••• Em termos percentuais, os maiores entesouramentos estão no FMDU (100%), FMAD (100%) e

FMDCA (93%).

Por fim, é oportuno comentar que, segundo o inciso XI do art. 11 da Instrução

Normativa da RFB nº 748/2007, os Fundos públicos de natureza meramente contábil

são obrigados a ter inscrição no CNPJ, contudo, observou-se que:

•••• o FMH, o FMEO, o FMDCA, o FMAS, o FUNDET e o FUNDEB não possuem tal inscrição e

•••• o FCA possui inscrição, porém com a indicação de situação INAPTA junto à Receita Federal.

4.14.14.14.1 FUNPREVIFUNPREVIFUNPREVIFUNPREVI

O Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro – FUNPREVI, gerido

pelo Instituto de Previdência e Assistência do Município do Rio de Janeiro - PREVI-RIO,

foi criado pela Lei Municipal nº 3.344, de 28/12/2001, com a finalidade específica de

prover recursos para o pagamento de benefícios previdenciários aos segurados do

Regime Próprio de Previdência e Assistência dos Servidores Públicos do Município do

Rio de Janeiro e a seus dependentes.

4.1.14.1.14.1.14.1.1 RECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIASRECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIASRECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIASRECEITAS E DESPESAS PREVIDENCIÁRIAS

No exercício de 2008, as principais receitas do FUNPREVI foram, de acordo com o

quadro a seguir, o Aporte do Tesouro Municipal, a Contribuição Patronal – Poder

Executivo, os Rendimentos de Aplicações e a Contribuição do Servidor – Poder

Executivo, representando, respectivamente, 44,65%, 25,09%, 14,49% e 12,24% da

receita total.

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Data 17/04/09 Fls 318

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Re ce itas R$

CORRENTES 980.885.181

Contr ibuiç ão Patronal - A tivo Civ il - Poder Ex ecutiv o 445.404.933

Contr ibuiç ão de Serv idor - A tiv o Civ il - Poder Ex ec utiv o 217.182.175

Contr ibuiç ão de Serv idor - A tiv o Civ il - TCMRJ 5.484.722

Contr ibuiç ão de Serv idor - A tiv o Civ il - Poder Legis lativ o - CMRJ 9.183.148

Contr ibuiç ão de Serv idor - Inativ o Civ il - Poder Ex ec utiv o 4.190

Compens ação Prev idenc iaria 4.998.931

Rendimentos de A plic aç ões Financ eiras 257.229.987

Juros de Emprés timos - Financ iamento Imobiliár io 38.656.554

Rec eita Intra-Orç amentária - Multa e Juros Contr ib. Patronal 691.053

Outras Rec eitas 2.049.487

CA PITAL 1.548.765

A lienaç ão de Títulos Mobiliár ios 1.548.765

REPASSES 792.542.981

Rec urs os do Tes ouro 792.542.981

TOT AL 1.774.976.928

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Com relação às despesas orçamentárias, estas atingiram o montante de

R$ 1.749.346.186, representando 91% das despesas autorizadas.

Pr o je tos / A tividade s R$ %

BENEFÍCIOS A DEPENDENTES 263.154.194 15,04%

OBRIGA ÇÕES A DMINISTRA TIV A S, TRIBUTÁ RIA S E CONTRIBUTIV A S 59.021.513 3,37%

SENTENÇA S JUDICIA IS E PRECA TÓRIOS 810.262 0,05%

SERV IDORES INA TIV OS DA A DMINISTRA ÇÃ O DIRETA 353.600.119 20,21%

SERV IDORES INA TIV OS DA A DMINISTRA ÇÃ O INDIRETA 2.825.940 0,16%

SERV IDORES INA TIV OS DA CMRJ 52.270.423 2,99%

SERV IDORES INA TIV OS DA REDE DE ENSINO 868.716.875 49,66%

SERV IDORES INA TIV OS DA REDE DE SA ÚDE 129.610.931 7,41%

SERV IDORES INA TIV OS DO TCMRJ 19.335.929 1,11%

TOTAL 1.749.346.186 100,00%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

A análise do quadro anterior revela os seguintes pontos:

•••• 84,91% das despesas realizadas estão concentradas em servidores inativos da rede de

ensino, servidores inativos da administração direta e benefícios a dependentes;

•••• As despesas com servidores inativos da rede de ensino representaram 49,66%,

correspondendo à metade do total.

Confrontando receitas arrecadadas e despesas realizadas no exercício de 2008,

chegou-se a um superávit previdenciário de R$ 25.630.742.

R$

Re ce ita Ar r e cadad a (A )De s p . Re aliz ad a

(B)Re s u ltado

Pr e vid e n ciár io (C )% (B/A )

1.774.976.928 1.749.346.186 25.630.742 98,56%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

4.1.24.1.24.1.24.1.2 DÍVIDA DO TESOURO COM O FUNPREVIDÍVIDA DO TESOURO COM O FUNPREVIDÍVIDA DO TESOURO COM O FUNPREVIDÍVIDA DO TESOURO COM O FUNPREVI

No exercício de 2007, foi apurada, por estimativa, dívida do Tesouro com o FUNPREVI,

de R$ 486.454.110,31, em valores históricos, decorrente da falta de repasses para

pagamento de inativos e da entrada em vigor do Decreto nº 27.502, de 26/12/2006,

que “alterou” a Lei nº 3.344/2001, estabelecendo nova data de corte para atribuição

da responsabilidade pelo pagamento das aposentadorias, o que gerou um aumento

das obrigações do FUNDO.

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Data 17/04/09 Fls 319

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Em relação ao exercício de 2008, a CAD apurou, também, uma dívida de

R$ 29.776.938,23, por estimativa,. Logo, ao acrescentar o valor apurado no exercício

de 2007, chega-se ao montante de R$ 516.231.048,54, em valores históricos.

Interessante destacar que a atual gestão também se preocupou com o acréscimo das

obrigações do Fundo e, conseqüentemente, com sua capacidade de solvência, como

pode ser observado através dos Comentários do Prefeito Eduardo Paes em relação ao

Desempenho da Prefeitura em 2008 às fls. 250/263 do presente processo.

Argumenta o atual Prefeito que “o FUNPREVI, da forma como vinha sendo administrado

e dado o expressivo aumento de gastos, não teria condições de no futuro próximo

arcar com as despesas de aposentadoria dos servidores”.

No entanto, apesar desse pronunciamento, a atual gestão ainda não revogou o Decreto

nº 27.502, de 26/12/2006, bem como não se manifestou sobre como planeja realizar

a quitação da dívida com o Fundo. Em inspeção realizada pela CAD, no último mês de

março (relatório em fase de revisão), a SMF, como resposta à solicitação de que

informasse se havia previsão para pagamento ao FUNPREVI, se limitou a comunicar

que não havia previsão no Orçamento de 2009.

Em 19/03/2009, foi realizada, na Câmara Municipal, Audiência Pública da Comissão

de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira para demonstração e avaliação do

cumprimento das metas fiscais do 3º quadrimestre de 2008. A audiência, transcrita no

Diário Oficial do Poder Legislativo do Município de 24/03/2009, contou com a

presença da atual Secretária Municipal de Fazenda, Eduarda Cunha de La Rocque, que,

comentando a análise efetuada pela Vereadora Andrea Gouvêa Vieira, não questionou

a dívida do Tesouro com o FUNPREVI, mas, ao contrário, afirmou que “de fato, existe

esse parecer, essa dívida”, alegando, no entanto, em função do montante envolvido,

que seria proposta uma “solução paulatina, uma flexibilização”.

4.1.34.1.34.1.34.1.3 DEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIALDEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIALDEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIALDEMONSTRATIVO DA PROJEÇÃO ATUARIAL

Esse demonstrativo – Anexo XIII do RREO, nos termos da Portaria STN nº 587, de

29/08/2005, deve apresentar a projeção das receitas e despesas previdenciárias por,

pelo menos, 35 (trinta e cinco) anos, tendo como inicial, o ano anterior à sua

publicação.

Quanto à avaliação atuarial, o PREVI-RIO informou a este Tribunal, por meio do

Memorando AAT nº 08, de 26/02/2009, que a referente ao exercício de 2007

encontra-se em elaboração, estando a empresa responsável em atraso quanto à

entrega do relatório final, e, em relação ao exercício de 2008, o procedimento

licitatório está em fase inicial.

4.1.44.1.44.1.44.1.4 CRÉDITOS VENCIDOS EM 31/12/2003CRÉDITOS VENCIDOS EM 31/12/2003CRÉDITOS VENCIDOS EM 31/12/2003CRÉDITOS VENCIDOS EM 31/12/2003

A Lei nº 3.344/2001 determinou que o patrimônio do FUNPREVI seria constituído pelos

créditos do PREVI-RIO com órgãos e entidades do Município existentes em

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

31/12/2001 e que esses valores deveriam ser pagos no prazo máximo de 24 (vinte e

quatro) meses.

No exercício de 2003, foi constituído, no PREVI-RIO, o processo 05/501851/2003,

requerendo à Secretaria Municipal de Fazenda - SMF a adoção das medidas

necessárias à quitação da dívida. O referido processo, além do PREVI-RIO e da SMF, já

tramitou pela Controladoria Geral do Município - CGM e pela Procuradoria Geral do

Município - PGM e foi restaurado em função de extravio ocorrido nas dependências da

autarquia, formando o processo 05/506065/2005.

No balancete do FUNPREVI, levantado em 31/12/2008, esses créditos somavam

R$ 196.948.135,21.

4.1.54.1.54.1.54.1.5 CONTRIBUIÇÃO PATRONAL CONTRIBUIÇÃO PATRONAL CONTRIBUIÇÃO PATRONAL CONTRIBUIÇÃO PATRONAL –––– CMRJ E TCMRJ CMRJ E TCMRJ CMRJ E TCMRJ CMRJ E TCMRJ

Desde as Contas de 2006, vem sendo recomendado que as contribuições patronais do

TCMRJ e da CMRJ sejam efetivamente pagas ao FUNPREVI pelo Poder Executivo, em

consonância com a decisão da Oitava Câmara Civil do Egrégio Tribunal de Justiça do

Estado Rio de Janeiro (processo 2004.004.016320).

Ressalte-se, que os valores pagos pelo Tesouro em 2007 e 2008, a título de

contribuição patronal – TCM, foram transferidos ao Fundo juntamente com a verba

destinada ao custeio dos inativos – TCM, sendo contabilizados na Administração Direta

como repasses, o que explica a ausência de execução orçamentária (subitem 2.11.6).

No entanto, verificou-se que estão pendentes de pagamento, em valores históricos,

R$ 103.643.752,18, sendo R$ 81.882.722,31 relativos à Câmara Municipal e

R$ 21.761.029,87 ao Tribunal de Contas.

4.24.24.24.2 FMSFMSFMSFMS

O Fundo Municipal de Saúde – FMS foi criado, em 30/07/1990, através da Lei

Municipal nº 1.583 e, posteriormente, regulamentado pelo Decreto Municipal nº 9.865,

de 05/12/1990, que criou o Conselho de Gestão do Fundo Municipal de Saúde. Esse

Conselho (Gestor) é presidido pelo Secretário Municipal de Saúde, possuindo dentre

outras atribuições a de analisar e aprovar os planos, programas e projetos

relacionados com a aplicação de recursos do Fundo, fixar as diretrizes operacionais e

decidir sobre matéria relacionada à política financeira e operacional.

O gestor do Fundo Municipal de Saúde é a Secretaria Municipal de Saúde, através de

seu Secretário, que conta com o Conselho Municipal de Saúde, criado pela

Lei nº 1.746, de 23/07/1991.

O FMS é formado por recursos próprios do Tesouro Municipal, do SUS (Sistema Único

de Saúde criado em 19/09/1990) e de Convênios com o FNS (Fundo Nacional da

Saúde).

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Data 17/04/09 Fls 321

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

4.2.14.2.14.2.14.2.1 RECEITASRECEITASRECEITASRECEITAS

O FMS arrecadou, no exercício de 2008, R$ 1.867.816 mil, conforme demonstrado a

seguir:

Re ce itas R$ %

C ORRENTES 858.754.526 46,0%

Patr imoniais 20.969.221 1,1%

Trans f erênc ias Correntes 776.907.736 41,6%

Outras Rec eitas Correntes 60.877.569 3,3%

C APITA L 3.336.910 0,2%

Trans f erênc ias de Capital 3.336.910 0,2%

REPA SSES 1.005.724.655 53,8%

TOT AL 1.867.816.092 100,0%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Os repasses do Tesouro Municipal representaram 53,8% da receita orçamentária

arrecadada, ou seja, R$ 1.005.725 mil, enquanto as Transferências Correntes

provenientes de recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), do Fundo Estadual de

Saúde (FES) e de convênios participaram com 41,6% do total arrecadado.

As transferências correntes foram compostas da seguinte forma:

T r an s fe r ê n cias C o r r e n te s R$

Trans f erênc ia FNS 764.396.514

Trans f erênc ia FES 7.599.246

Conv ênios 4.911.976

T OT A L 776.907.736

Fonte: Contas de Ges tão 2008

4.2.24.2.24.2.24.2.2 DESPESASDESPESASDESPESASDESPESAS

As Despesas Orçamentárias foram realizadas através dos seguintes projetos e

atividades:

P r o je t o /A t iv id a d e R$ %A ÇÕES DE A TENÇÃ O INTEG RA L A OS CICLO S DA V IDA E GÊNERO 1 .47 9 .4 2 2 0 ,0 8 %A ÇÕES DE CONT. DE A GRA V OS E DOENÇA S CRÔNICA S NÃ O TRA NS MIS S ÍV EIS 2 9 .60 8 .0 1 8 1 ,5 3 %

A ÇÕES DE CONTROL E DE DO ENÇA S CRÔ NICA S TRA NS MIS S ÍV EIS 2 .53 8 .5 1 7 0 ,1 3 %

A ÇÕES DE CONTROL E DE Z O ONOS ES E DE MEDICINA V ETERINÁ RIA 12 1 .1 2 8 0 ,0 1 %A ÇÕES DE V IG IL Â NCIA E INFO RMA ÇÃ O EM S A ÚDE 1 4 .69 1 .6 9 0 0 ,7 6 %A ÇÕES E S ERV IÇO S DE S A ÚDE DA REDE CREDENCIA DA S US 2 7 1 .44 2 .4 9 7 1 4 ,0 0 %A ÇÕES INTERS ETO RIA IS E DE INCL US Ã O 5 .04 7 .3 5 8 0 ,2 6 %A ÇÕES PA RA PROMOÇÃ O E COMUNICA ÇÃ O EM S A ÚDE 15 8 .6 9 2 0 ,0 1 %A DMINIS TRA ÇÃ O DO CONS EL HO MUNICIPA L DE S A ÚDE - COMS 7 7 .5 3 3 0 ,0 0 %A MPL IA ÇÃ O DO PA RQUE DE INFO RMÁ TICA 90 8 .6 8 8 0 ,0 5 %A MPL IA ÇÃ O E Q UA L IFICA ÇÃ O DA A TENÇÃ O B Á S ICA 9 2 .91 3 .0 1 7 4 ,7 9 %A MPL IA ÇÃ O E Q UA L IFICA ÇÃ O DA A TENÇÃ O B Á S ICA - PES S O A L 1 3 3 .91 9 .6 4 7 6 ,9 1 %A MPL IA ÇÃ O E RENOV A ÇÃ O DO PA RQUE TECNOL Ó GICO 1 .74 9 .9 4 5 0 ,0 9 %A PO IO A DMINIS TRA TIV O 1 0 .11 1 .3 0 8 0 ,5 2 %A PO IO A O FUNCIO NA MENTO DA REDE DE S A ÚDE 3 7 2 .53 7 .3 1 8 1 9 ,2 2 %

A TUA L IZ A ÇÃ O TECNO LÓ G ICA E A DEQ UA ÇÃ O FÍS ICA DE UNIDA DES DE S A ÚDE - PA N 2 0 0 72 .05 2 .8 6 5 0 ,1 1 %

CO NS TRUÇÃ O , A MPL IA ÇÃ O E REFO RMA DE UNIDA DES DE S A ÚDE 2 3 .22 1 .8 5 0 1 ,2 0 %DES ENV O LV IMENTO DE RECURS OS HUMA NO S 1 6 .02 0 .9 3 8 0 ,8 3 %DES PES A S CO M L O CA ÇÃ O DE IMÓ V EIS - S MS 3 .59 0 .3 9 4 0 ,1 9 %DES PES A S O B RIGA TÓRIA S E OUTROS CUS TEIO S - A DMINIS TRA ÇÃ O DIRETA 9 .40 7 .4 9 2 0 ,4 9 %G A S TO S CO M PES S O A L, O B RIG A ÇÕ ES PA TRONA IS E OUTRO S B ENEFÍCIOS 2 6 6 .43 9 .0 6 6 1 3 ,7 5 %INOV A ÇÃ O E DES CENTRA L IZ A ÇÃ O NA G ES TÃ O 1 3 8 .75 9 .5 5 0 7 ,1 6 %MA NUTENÇÃ O E DES ENV OL V IMENTO DA INFORMÁ TICA - A DM. DIRETA 4 .56 9 .5 2 8 0 ,2 4 %PES S O A L DA S UNIDA DES FEDERA IS DE S A ÚDE 1 8 .10 8 .5 5 1 0 ,9 3 %PES S O A L DO PRO GRA MA S A ÚDE DA FA MÍL IA 1 5 .29 3 .9 9 4 0 ,7 9 %PRO V IS Ã O DE G A S TO S CO M PES S OA L 4 9 6 .11 1 .0 4 4 2 5 ,5 9 %REES TRUTURA ÇÃ O DA V IG IL Â NCIA S A NITÁ RIA 7 .0 0 0 0 ,0 0 %S IS TEMA NA CIONA L DE INFORMA ÇÕES EM S A ÚDE - S NIS 4 .78 3 .9 9 9 0 ,2 5 %V IG IL Â NCIA E FIS CA L IZ A ÇÃ O S A NITÁ RIA 2 .77 1 .7 2 2 0 ,1 4 %

T OT A L 1 .9 3 8 .44 2 .7 7 1 1 0 0 ,0 0 %Fo n te : Co n ta s d e G es tã o 2 0 0 8

R$ milh a re s

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 322

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

4.2.34.2.34.2.34.2.3 INSPEÇÕESINSPEÇÕESINSPEÇÕESINSPEÇÕES

A CAD detectou os seguintes pontos relevantes nas inspeções objetivando verificar a

gestão dos recursos do FMS no exercício de 2008:

4.2.3.14.2.3.14.2.3.14.2.3.1 DESPESAS A PAGDESPESAS A PAGDESPESAS A PAGDESPESAS A PAGAR DE 2004 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO AR DE 2004 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO AR DE 2004 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO AR DE 2004 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO

PATRIMONIALPATRIMONIALPATRIMONIALPATRIMONIAL

Do montante das despesas sem prévio empenho, do exercício de 2004, de

aproximadamente R$ 151 milhões, não registrados no Balanço Patrimonial à época,

estão pendentes de pagamento aos fornecedores R$ 78.203.307,57, sendo que a

Secretaria Municipal de Saúde encaminhou à Secretaria Municipal de Fazenda, por

meio do Ofício S/SUBG nº 195/2008, solicitação de inscrição em dívida pública

daquele valor, sendo R$ 73.380.258,70 com sindicância e R$ 4.823.049,87 sem

sindicância.

A Controladoria Geral do Município mencionou, nas Notas Explicativas às

Demonstrações Contábeis da Administração Direta, a existência dessa dívida,

ressaltando, contudo, que solicitou parecer da PGM (no processo 13/000468/2008) a

respeito dos procedimentos dessa sindicância, para, somente após, e se for o caso,

registrar efetivamente essas despesas nas Demonstrações Contábeis.

Além disso, cumpre ressaltar que o Excelentíssimo Sr. Prefeito Eduardo Paes, em

18/03/2009, oficiou ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Ofício GP

nº 147), comunicando a ocorrência das seguintes irregularidades nos processos de

despesas sem empenho oriundas da SMS:

•••• “a) a Secretaria em referência, quando da celebração da contratação, não emitiu as

respectivas notas de empenho prévio para suportar as despesas, contrariando o art. 84 do

Código de Administração Financeira do Município, o art. 114 do Regulamento do retrocitado

Código e o art. 60 da Lei Federal 4.320/64, que estabelecem a vedação de realização de

despesa sem prévio empenho;

•••• b) as sindicâncias administrativas instauradas pela Secretaria Municipal de Saúde foram

concluídas em prazo médio de 10 (dez) dias, o que não nos parece razoável, ainda mais se

consideradas a complexidade e o volume de processos. Além disso, é possível verificar nos

processos de sindicância que não foram observados os procedimentos mínimos necessários

à apuração das irregularidades e identificação dos seus responsáveis exigidos no Manual de

sindicância aprovado por meio do Decreto Municipal 4.784/84, tais como: a) oitiva das

pessoas relacionadas ao evento, com redução a termo das suas declarações; b) realização das

necessárias Diligências; c) juntada de documentação comprobatória das informações e dos

fatos apurados na Sindicância.”

4.2.3.24.2.3.24.2.3.24.2.3.2 DESPESAS A PAGAR DE 2005 A 2007 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO DESPESAS A PAGAR DE 2005 A 2007 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO DESPESAS A PAGAR DE 2005 A 2007 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO DESPESAS A PAGAR DE 2005 A 2007 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO

PATRIMONIALPATRIMONIALPATRIMONIALPATRIMONIAL

A Auditoria Geral da CGM apurou no relatório 344.1/2008 como despesas, dos

exercícios de 2005 a 2007, não registradas no Passivo do FMS, o montante de

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 323

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

R$ 4.028.459,80, sendo R$ 3.821.500,26 com reconhecimento de dívida e

R$ 206.959,54 sem reconhecimento de dívida.

4.2.3.34.2.3.34.2.3.34.2.3.3 DESPESAS A PAGAR DE 2008 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO DESPESAS A PAGAR DE 2008 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO DESPESAS A PAGAR DE 2008 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO DESPESAS A PAGAR DE 2008 NÃO REGISTRADAS NO BALANÇO

PATRIMONIALPATRIMONIALPATRIMONIALPATRIMONIAL

Foi constatada a existência de despesas sem prévio empenho realizadas em 2008, e

não contabilizadas, no valor de R$ 3.613.733,83. A composição das referidas

despesas está apresentada no quadro a seguir:

R$

Pr oce s s o Favor e cido V alo r Pr oce s s o Favore cido V alo r09/380770/2008 A mauri Cardos o 14.424 09/316718/2008 Lido 31.969 09/344299/2008 A rca da A lianç a 44.543 09/070309/2009 Lido 25.750 09/102577/2008 A rca da A lianç a 9.513 09/070333/2009 Lido 28.392 09/101760/2008 A rca da A lianç a 4.756 09/313272/2008 Medicalcoop 6.092 09/180966/2008 A rca da A lianç a 2.458 09/263151/2009 Medicalcoop 364 09/236177/2008 A rca da A lianç a 66.954 09/580147/2009 Medicalcoop 1.636 09/102103/2008 A rca da A lianç a 17.300 06/503493/2008 Multidiesel 23.640 09/102214/2008 A rca da A lianç a 14.474 06/503554/2008 Navele 199.993 09/102175/2008 A rca da A lianç a 104.446 09/073775/2008 New s con-Bentel 40.500 09/141259/2008 A rca da A lianç a 3.427 09/400055/2009 Oberon 68.018 09/074502/2008 A uto-Cooper 14.880 06/503843/2008 Parole 2.000 09/101785/2008 Bazar Sideral 801 06/503822/2008 Planemc 10.871 09/141154/2008 Bazar Sideral 2.044 09/141596/2008 Prolav 177.943 09/316714/2008 Bes t V igilânc ia 11.191 09/100019/2009 Prolav 35.282 09/170030/2009 Bras il Sul 239.500 09/137195/2008 Prolav 20.149 09/287743/2008 Cas a do Radiologis ta 502 09/140067/2009 Prolav 7.183 09/140063/2009 Conf ederal 101.620 09/287555/2008 Qualidade Total 4.575 09/213332/2008 Dentalex 2.058 09/102001/2008 Qualidade Total 4.575 09/273827/2008 Emf omate 2.554 09/073283/2008 Sav ior 1.070 09/102589/2008 Fer lim 116.247 06/504089/2008 Seminter 2.646 09/100148/2009 Fer lim 83.503 06/503890/2008 Separar 43.045 09/180122/2009 Fer lim 3.943 09/074332/2008 Sodexho Pass 831.069 09/070070/2009 Fernando Zef err ino 22.192 06/503616/2008 Senic 393.169 09/132776/2008 Gan Rio 32.296 09/140107/2009 Seven 163.108 09/360073/2009 HBS 2.528 06/503463/2008 TX 3.049 09/360088/2009 HBS 5.055 09/344725/2008 União Forte 9.480 09/074606/2008 José Pereira Herdeiro 4.870 09/344508/2008 UTN 295.610 09/077243/2003 KS TEL 399 09/070160/2009 V igo 26.039 09/273893/2008 Lavander ia Pinguim 200.762 09/070216/2009 V igo 27.279

1.129.239 2.484.495

3.613.734

Fonte: Relatório de Inspeção - FMS 2008

Subto tal Sub to tal

To tal

4.2.3.44.2.3.44.2.3.44.2.3.4 TOTAL DAS OBRIGAÇÕES NÃO REGISTRADASTOTAL DAS OBRIGAÇÕES NÃO REGISTRADASTOTAL DAS OBRIGAÇÕES NÃO REGISTRADASTOTAL DAS OBRIGAÇÕES NÃO REGISTRADAS

Portanto, pelo exposto nos itens 4.2.3.1, 4.2.3.2 e 4.2.3.3, conclui-se que o valor total

de obrigações não registradas no Balanço Patrimonial do FMS, em 31/12/2008, é de

R$ 85.845.501,20 (R$ R$ 78.203.307,57 + R$ 4.028.459,80 + R$ 3.613.733,83),

constituindo-se, assim, um passivo omisso, contrariando os princípios contábeis da

competência e da oportunidade e distorcendo a informação sobre a real situação

financeira do Fundo Municipal de Saúde.

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

4.2.3.54.2.3.54.2.3.54.2.3.5 DESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHODESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHODESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHODESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHO

Os processos a seguir, identificados por meio de amostragem, referem-se a despesas

sem prévio empenho geradas e pagas em 2008, contrariando o disposto no art. 60 da

Lei nº 4.320/1964 e art. 114 do RGCAF.

Pro ce s s o V alo r Pr oce s s o V alor

09/400135/2008 1.345.301 09/581553/2008 136.668

09/400052/2008 1.330.168 09/263277/2008 133.531

09/400198/2008 1.298.387 09/071048/2008 133.259

09/400275/2008 1.191.411 09/140124/2008 106.244

09/400100/2008 1.100.171 09/070394/2008 91.000

09/400032/2008 994.346 09/071402/2008 90.288

09/343536/2008 765.949 09/281021/2008 85.050

09/343675/2008 658.583 09/273009/2008 84.800

09/240126/2008 513.777 09/070399/2008 78.280

09/071517/2008 504.722 09/071100/2008 78.280

09/263550/2008 455.413 09/132095/2008 74.658

09/240245/2008 413.945 09/071785/2008 73.109

09/343831/2008 339.604 09/071697/2008 72.580

09/263171/2008 300.159 09/070834/2008 70.984

09/070820/2008 272.826 09/074196/2007 65.367

09/240528/2008 245.611 09/205266/2008 60.892

09/263135/2008 238.830 09/263095/2008 55.825

09/070516/2008 168.061

Su btotal 12.137.263 Sub to tal 1.490.816

13.628.078

Fonte: Relatór io de Inspeção - FMS 2008

T otal

É importante destacar que, consta no Parecer Prévio às Contas do Sr. Prefeito, relativas

ao exercício de 2006 e 2007, recomendação para que o controle interno (CGM)

identifique os responsáveis pelas despesas sem prévio empenho, comunicando a esta

Corte as providências adotadas, conforme §1º do art. 74 da CF.

4.2.3.64.2.3.64.2.3.64.2.3.6 RECOLHIMENTO DO INSSRECOLHIMENTO DO INSSRECOLHIMENTO DO INSSRECOLHIMENTO DO INSS

Nos casos dos serviços prestados mediante cessão de mão-de-obra, foi verificado que

a retenção do INSS estava sendo recolhida com atraso, sem o pagamento de multa e

juros, contrariando, assim, o art. 15623 da IN/MPS/SRP nº 003/2005, o qual determina

que o valor retido deverá ser recolhido pela empresa contratante até o dia dez do mês

seguinte ao da emissão da nota fiscal.

A Procuradoria Geral do Município, após consulta, no processo 04/400.326/2003, se

manifestou pelo recolhimento do INSS depois da liquidação do empenho, ou seja, do

reconhecimento do débito. Para tanto, propôs Ação Declaratória, pleiteando ver

reconhecido o direito de o Município considerar, como mês de competência, para fins

23 Art. 156. A importância retida deverá ser recolhida pela empresa contratante até o dia dois do mês seguinte ao da emissão da nota

fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, prorrogando-se este prazo para o primeiro dia útil subseqüente quando não

houver expediente bancário neste dia, informando, no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do

estabelecimento da empresa contratada e, no campo nome ou denominação social, a denominação social desta, seguida da

denominação social da empresa contratante.

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

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de retenção do art. 3124 da Lei 8.212/91, aquele em que ocorre o efetivo pagamento e

não o mês de emissão da NF.

A ação foi proposta na Justiça Federal (processo 2006.51.01.001633-8) em fevereiro

de 2006. Em consulta ao processo (www.jfrj.gov.br), foi verificado que o último

movimento ocorreu em 17/06/2008: “suspenso – aguardando julgamento de recurso”.

4.2.3.74.2.3.74.2.3.74.2.3.7 AUDIÊNCIAS PÚBLICASAUDIÊNCIAS PÚBLICASAUDIÊNCIAS PÚBLICASAUDIÊNCIAS PÚBLICAS

A Lei Federal nº 8.689/93, em seu art. 12, determina que "o gestor do Sistema Único

de Saúde em cada esfera de governo apresentará, trimestralmente, ao Conselho de

Saúde correspondente e em audiência pública nas Câmaras de Vereadores e nas

Assembléias Legislativas respectivas, para análise e ampla divulgação, relatório

detalhado, contendo, dentre outros, dados sobre o montante e a fonte de recursos

aplicados, as auditorias concluídas ou iniciadas no período, bem como sobre a oferta e

produção de serviços na rede assistencial própria, contratada ou conveniada".

Com o objetivo de verificar o cumprimento da referida Lei Federal, a CAD solicitou e

reiterou à Secretaria Municipal de Saúde, por meio de memorandos, cópia das atas das

audiências públicas trimestrais realizadas no FMS, no exercício de 2008. Porém, a SMS,

até o término da presente análise, não respondeu a esta Coordenadoria.

Ressalte-se que a sonegação de processo, documento ou informação, em inspeções

ou auditorias realizadas pelo Tribunal, poderá ensejar multa aos responsáveis,

conforme art. 3º, VI da Lei Municipal nº 3.714/03.

4.34.34.34.3 FUNDEBFUNDEBFUNDEBFUNDEB

O FUNDEB é um Fundo instituído pela Emenda Constitucional n.º 53, de 19 de

dezembro de 2006, e regulamentado pela Medida Provisória nº 339, de 28 de

dezembro do mesmo ano. Registre-se que a referida MP foi convertida na Lei

nº 11.494, de 20/06/2007.

Sua implantação foi iniciada em 1º de janeiro de 2007 e ocorrerá de forma gradual

até 2009, quando o Fundo contemplará todo o universo de alunos da educação básica

pública presencial e os percentuais de receitas que o compõem terão alcançado o

patamar de 20% de contribuição. O FUNDEB substitui o extinto FUNDEF que vigorou

até o exercício de 2006.

4.3.14.3.14.3.14.3.1 RECEITASRECEITASRECEITASRECEITAS

O Fundo é composto, na quase totalidade, por recursos dos próprios Estados, Distrito

Federal e Municípios, sendo constituído através das seguintes fontes de recursos:

24 Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão-de-obra, inclusive em regime de trabalho

temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher a

importância retida até o dia 10 (dez) do mês subseqüente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura em nome da empresa

cedente da mão-de-obra, observado o disposto no § 5o do art. 33 desta Lei. (Redação dada pela lei nº 11.488, de 2007).

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Além desses recursos, ainda compõe o FUNDEB, a título de complementação, uma

parcela de recursos federais, sempre que, no âmbito de cada Estado, seu valor por

aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente.

Com relação à contribuição municipal para o FUNDEB, a principal diferença em relação

ao FUNDEF é:

•••• o aumento do percentual de retenção que passará de 15% para 20%, a partir de 2009, sobre

as fontes que antes formavam o FUNDEF, ou seja, sobre as Transferências da quota-parte do

ICMS, do FPM, do IPI Exportação e das oriundas da desoneração do ICMS;

•••• a retenção de 20% a partir de 2009, sobre fontes que antes não contribuíam para o FUNDEF,

no caso, o IPVA e o IPTR.

4.3.1.14.3.1.14.3.1.14.3.1.1 REPASSES RECEBIDOSREPASSES RECEBIDOSREPASSES RECEBIDOSREPASSES RECEBIDOS

Os repasses recebidos em 2008 totalizaram o montante de R$ 1.019.252 mil e foram

decorrentes das seguintes fontes:

Origem de Recursos R$

ICMS 837.585.340,29

FPM 68.544.523,40

FPE 33.814.681,54

IPI-EXP 24.462.279,93

LC 87/96 5.390.928,73

Parcela ITCM 7.182.968,61

Parcela IPVA 42.191.515,55

Parcela ITR 80.024,97

TOTAL 1.019.252.263,02

Fonte : Contas de Gestão 2008

A distribuição dos recursos é efetivada com base no número de alunos da educação

básica pública, de acordo com dados do último Censo Escolar, ou seja, os Municípios

receberão os recursos do FUNDEB com base no número de alunos da educação infantil

e do ensino fundamental e os Estados, com base no número de alunos do ensino

fundamental e médio, observada a seguinte escala de inclusão:

•••• Alunos do ensino fundamental regular e especial considerados: 100% a partir de 2007;

•••• Alunos da Educação Infantil, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos considerados:

33,33% em 2007; 66,67% em 2008 e 100% a partir de 2009.

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

4.3.1.24.3.1.24.3.1.24.3.1.2 GANHO DE RECURSOSGANHO DE RECURSOSGANHO DE RECURSOSGANHO DE RECURSOS

O ganho de Recursos acumulado até dezembro de

2008 totalizou R$ 677.061 mil. Este ganho é

decorrente da diferença entre o valor retido e o

recebido, conforme sintetizamos ao lado:

Este considerável ganho de recursos com o FUNDEB deve-se à elevada participação do

Município do Rio de Janeiro no quantitativo geral de alunos matriculados na educação

básica. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira25, existiam, em 2007, 732.324 alunos matriculados nas

diversas unidades educacionais do Município do Rio de Janeiro, conforme censo

realizado.

Comparando o quantitativo total de matrículas existente no censo de 2008 com o de

2007, observa-se uma redução de 16.997 matrículas, evidenciada no quadro a seguir:

Censo

Ano Creche Pré -escola 1ª a 8ª Educação Especial EJA total

2002 19.686 84.262 595.145 4.489 23.062 726.644

2003 19.775 93.411 590.578 5.159 26.349 735.272

2004 23.006 95.611 595.907 5.669 32.869 753.062

2005 25.894 99.894 592.267 6.132 36.260 760.447

2006 25.840 94.942 591.741 6.213 33.545 752.281

2007 28.699 90.882 576.380 9.470 26.893 732.324

2008 29.685 86.380 562.602 9.559 27.101 715.327

Núm ero de M atriculas

F o nte : IN E P

A comparação do ganho do FUNDEB em 2008 com o

registrado no exercício anterior evidencia um significativo

aumento de R$100.953 mil.

4.3.24.3.24.3.24.3.2 SALDO FINANCEIROSALDO FINANCEIROSALDO FINANCEIROSALDO FINANCEIRO

Comparando a disponibilidade financeira de

2008 com a do exercício anterior, verifica-se

um decréscimo de R$ 64.495 mil.

Deduzindo a dívida flutuante da

disponibilidade financeira encontra-se um

entesouramento do Fundo no montante de

R$ 6.803 mil.

25 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério

da Educação (MEC), cuja missão é promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro com o

objetivo de subsidiar a formulação e implementação de políticas públicas para a área educacional a partir de parâmetros de

qualidade e eqüidade, bem como produzir informações claras e confiáveis aos gestores, pesquisadores, educadores e público em

geral.

R $ m ilha re s

Disponibilidade Financeira 85.586

(-) Dívida Flutuante 78.783

= Entesouramento 6.803

Entesouram ento de Recursos

R $ m ilha re s

Ano Disponibilidades

2008 85.586

(-) 2007 150.081

Decréscimo Financeiro (64.495)

R $ m ilha re s

Ano Ganho

2008 677.061

2007 576.108

Evolução 100.953

Ano Valor (R$ m ilhares )

Valor Repassado 1.019.252

(-) Valor Retido 342.191

(=) Ganho 677.061

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Data 17/04/09 Fls 328

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Como determinado no § 2º do art. 21 da Lei nº

11.494/200726, o máximo de recursos do FUNDEB

que pode ser entesourado é 5%. Em 2008, a

comparação do valor entesourado com os repasses

recebidos no exercício revela o seguinte percentual:

Verificou-se que, até 28 de abril de 2009, ainda não tinha sido aberto o crédito

adicional suplementar relativo à incorporação do valor entesourado do superávit

financeiro de 2008.

Em relação ao superávit financeiro de 2007, constatou-se que somente foi

incorporado ao orçamento de 2008 em maio, por meio do Decreto nº 29.386, de

30/05/2008, que teve como objeto a abertura de crédito adicional suplementar no

valor de R$ 11.796.099,00.

A CGM alerta, no processo nº40/004413/2008, para a existência de uma resolução

normativa desta Corte de Contas que impede a abertura do crédito adicional antes da

divulgação das Contas de Gestão do Prefeito.

No entanto, como já exposto pela CAD no processo nº40/004896/2008, a Lei Federal

nº 11.494/2007 é posterior à Resolução Normativa TCM nº 01/2000, constituindo,

portanto, uma exceção à mesma no que tange ao momento a ser considerado para a

abertura do crédito.

Considerando que a Lei nº 11.494/2007 entrou em vigor em 20/06/2007, o Município

deveria ter previamente ajustado seus procedimentos, em relação ao FUNDEB, de

forma a permitir a ocorrência no primeiro trimestre de 2008 da elaboração do balanço

patrimonial de 2007, da abertura dos créditos adicionais com base no superávit

financeiro nele apurado, conforme exigência do art.73 da Lei nº 4.320/64, e, ainda, da

utilização dos recursos por meio da execução orçamentária da despesa.

Em face do exposto, conclui-se que a não utilização das sobras financeiras do

exercício anterior no primeiro trimestre de 2008 implica no descumprimento de uma

premissa fundamental da Lei nº 11.494/2007, que é o não entesouramento de

recursos do FUNDEB.

26 Art. 21. Os recursos dos Fundos, inclusive aqueles oriundos de complementação da União, serão utilizados pelos Estados, pelo

Distrito Federal e pelos Municípios, no exercício financeiro em que lhes forem creditados, em ações consideradas como de

manutenção e desenvolvimento do ensino para a educação básica pública, conforme disposto no art. 70 da Lei nº 9.394, de 20 de

dezembro de 1996.

(...)

§ 2º Até 5% (cinco por cento) dos recursos recebidos à conta dos Fundos, inclusive relativos à complementação da União recebidos

nos termos do § 1º do art. 6º desta Lei, poderão ser utilizados no 1o (primeiro) trimestre do exercício imediatamente subseqüente,

mediante abertura de crédito adicional.

R $ m ilha re s

A - Receita Arrecadada 1.029.494

B - Entesouramento 6.803

Percentual (B/A) 0,66%

Percentual não Utilizado

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Acrescenta-se que a inércia na aplicação do recurso representa situação tipificada

entre as passíveis de aplicação de multa, conforme previsto no artigo 3º da Lei

nº 3.714/200327.

Vale acrescentar que a simples incorporação do crédito adicional não caracteriza a

utilização dos recursos, trata-se apenas de um ato prévio e obrigatório para que a

efetiva aplicação dos recursos entesourados seja promovida com a adequada

cobertura orçamentária.

4.3.34.3.34.3.34.3.3 DESPESASDESPESASDESPESASDESPESAS

A Lei nº 11.494/07 define que os recursos do FUNDEB destinam-se ao financiamento

de ações de manutenção e desenvolvimento da educação básica pública,

independentemente da modalidade em que o ensino é oferecido (regular, especial ou

de jovens e adultos), da sua duração, da idade dos alunos (crianças, jovens ou

adultos), do turno de atendimento (matutino e/ou vespertino ou noturno) e da

localização da escola (zona urbana, zona rural, área indígena ou quilombola),

observando-se os respectivos âmbitos de atuação prioritária dos Estados e Municípios,

conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição.

Ressalte-se que os Municípios devem utilizar recursos do FUNDEB na educação infantil

e no ensino fundamental e os Estados, no ensino fundamental e médio, sendo:

•••• O mínimo de 60% na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica

pública;

•••• O restante dos recursos em outras despesas de manutenção e desenvolvimento da Educação

Básica pública.

A principal diferença do FUNDEB em relação ao FUNDEF é que, além do ensino

fundamental, os seus recursos também podem ser aplicados no ensino médio e

educação infantil.

4.3.44.3.44.3.44.3.4 INSPEÇÕES INSPEÇÕES INSPEÇÕES INSPEÇÕES

A CAD detectou os seguintes pontos relevantes nas inspeções, objetivando verificar a

gestão dos recursos do FUNDEB no exercício de 2008:

4.3.4.14.3.4.14.3.4.14.3.4.1 CARÊNCIA DE PROFESSORESCARÊNCIA DE PROFESSORESCARÊNCIA DE PROFESSORESCARÊNCIA DE PROFESSORES

Atualmente, a Secretaria Municipal de Educação apresenta uma elevada carência de

profissionais na área de ensino. Segundo os dados que evidenciam a realidade em

27 Art. 3º O Tribunal de Contas poderá aplicar multa de até R$ 20.000,00 (vinte mil Reais), após constatada a tipificação concreta de

infração e, ouvido o plenário que deverá aprová-la por maioria, aos responsáveis por:

(...)

II - ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e

patrimonial;

(...)

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

19/03/2009, o Município do Rio de Janeiro apresenta um déficit de 12.265

professores conforme quadro a seguir:

Para suprir a carência de professores, a SME

vem utilizando várias estratégias como

concessão de duplas regências, realização de

concursos públicos e convocação de

professores lotados em outras funções não

regentes de turma como o diretor, diretor

adjunto, coordenador pedagógico, professores

lotados nas Coordenadorias, professor de sala

de leitura, etc.

Pr ofe s s or Car ê ncia To tal

L. Portugues a 972

Matemática 966

Ciênc ias 747

Geograf ia 696

His tór ia 739

Educ aç ão Fís ica 1.251

Inglês 368

A rtes Plás tic as 268

A rtes Cênicas 50

Es panhol 95

Franc ês 43

Educ aç ão Mus ic al 80

Prof ess or II 5.990

Total 12.265

F o n t e : R e la t ó r io d e In s p e ção - F U N D E B 2 0 0 8

No entanto, a maior parte da carência vem

sendo suprida pela dupla regência,

atualmente, há 11.548 professores exercendo

dupla jornada de trabalho nas escolas do

Município do Rio de Janeiro.

Pro fe s s or Du p las Re g ê n cias

L. Portuguesa 972

Matemática 966

Ciênc ias 740

Geograf ia 672

His tória 668

Educ ação Fís ica 1.245

Inglês 235

A rtes Plás ticas 268

A rtes Cênicas 50

Espanhol 95

Franc ês 43

Educ ação Mus ical 80

Prof essor II 5.514

Total 11.548

F o n t e : R e la t ó r io d e In s p e ção - F U N D E B 2 0 0 8

4.3.4.24.3.4.24.3.4.24.3.4.2 TERMO DE CESSÃO DE USO 147/2004TERMO DE CESSÃO DE USO 147/2004TERMO DE CESSÃO DE USO 147/2004TERMO DE CESSÃO DE USO 147/2004

O Estado vem utilizando várias escolas municipais no período noturno, desde a fusão

do antigo Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro ocorrida em 1975, para

realizar os segmentos educacionais de sua competência prioritária, que são o ensino

médio e os cursos supletivos.

Inicialmente, foi detectado, em 2001, o fato de que não havia um termo jurídico

regularizando a cessão, tampouco a contrapartida pelas despesas realizadas pelo

Município com o ensino estadual, não havendo sequer uma proposta da SME para

regularização das cessões das escolas municipais.

Atendendo a constantes questionamentos do TCMRJ, a SME elaborou uma proposta de

cessão de uso e enviou ao Estado para análise. Após um longo período de negociação,

enfim, foi assinado, em 04 de maio de 2004, o Termo de Cessão de Uso nº 147/2004,

regularizando a utilização das escolas municipais pelo Estado.

O Termo de Cessão de Uso nº 147/2004 está orçado em R$ 40 milhões e tem como

objeto a cessão de 294 escolas municipais ao Estado, no período de 19h às 23h, no

prazo de 5 anos, para funcionamento das unidades de ensino estadual.

A contrapartida do Estado pela cessão se limita aos seguintes encargos:

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

•••• Pagamento, por ressarcimento, de 33% das despesas realizadas pelo Município com

conservação, preservação e segurança dos prédios municipais e suas instalações,

equipamentos e mobiliário;

•••• Pagamento direto e integral das despesas de água e esgoto de imóveis cedidos;

•••• Limpeza e conservação diária, às suas expensas, das partes cedidas dos imóveis e de suas

instalações, equipamento e mobiliário, direta ou indiretamente utilizados.

A SME informou que o Estado vem descumprindo as duas primeiras obrigações.

Ressalte-se que o montante não pago até 18/03/2009 totalizou R$ 55.729.483,28.

Apesar do valor envolvido, as medidas tomadas pela SME, visando o recebimento do

ressarcimento previsto no Termo de Cessão de Uso nº 147/2004, limitam-se ao envio

de Ofícios à Secretaria Estadual de Educação, encaminhando as notas de débitos.

Com relação ao ressarcimento das despesas anteriores à entrada em vigor do Termo

de Cessão (maio/2004), não foram informadas nem identificadas medidas visando à

compensação dos gastos municipais com o ensino Estadual, que provêm desde a

fusão dos Entes ocorrida em 1975.

Ressalte-se que, se fosse considerado o custo anual estimado no Termo de Cessão

(R$ 11.530.237,92), o valor a ser ressarcido pelo Estado montaria a importância de

R$ 334.376.899,68, sem considerar o valor mensal relativo às contas de água e

serviço de esgoto referentes às escolas cedidas.

4.3.4.34.3.4.34.3.4.34.3.4.3 EXISTÊNCIA DE DÉBITOS COM A CEDAEEXISTÊNCIA DE DÉBITOS COM A CEDAEEXISTÊNCIA DE DÉBITOS COM A CEDAEEXISTÊNCIA DE DÉBITOS COM A CEDAE

Nas escolas cedidas ao Estado, o Município não pagou, até maio de 2004, as contas da

CEDAE, mesmo inexistindo documento oficial que dispense a SME da referida

obrigação.

Com o advento do Termo de Cessão de Uso nº 147/2004, as contas de água e esgoto

das escolas cedidas, emitidas a partir de maio de 2004, passaram a ser de

responsabilidade do Estado.

Conforme informado pela SME, a situação atual dos débitos com a CEDAE permanece

não regularizada:

•••• Débitos anteriores ao Termo de Cessão de Uso nº 147/2004 (valor: R$ 41.226.655,35) – Não

regularizados. Ressalte-se que não foram identificadas medidas tomadas pela SME visando à

regularização dos débitos;

•••• Débitos posteriores ao Termo de Cessão de Uso nº 147/2004 (valor: R$71.902.120,66) – Não

regularizados. Apesar de o Termo de Cessão prever que os débitos são de obrigação do

Estado, o mesmo não vem quitando as dívidas. Ressalte-se que as contas continuam sendo

emitidas e enviadas à SME pela CEDAE.

4.3.4.44.3.4.44.3.4.44.3.4.4 VALORES NÃO REPASSADOS PELOVALORES NÃO REPASSADOS PELOVALORES NÃO REPASSADOS PELOVALORES NÃO REPASSADOS PELO ESTADO ESTADO ESTADO ESTADO

Com a substituição do FUNDEF pelo FUNDEB, houve uma mudança na sistemática de

transferências dos repasses que são efetivados pela União e pelo Estado. No exercício

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

de 2007, foi verificada uma transferência a menor para o FUNDEB no montante de

R$8,9 milhões em decorrência de valores não repassados pelo Estado.

Conforme inspeção realizada em março de 2009, ainda não foi providenciada a

regularização da diferença apontada.

4.44.44.44.4 FMDCAFMDCAFMDCAFMDCA

O Fundo Municipal para Atendimento dos Direitos da Criança e do Adolescente foi

instituído pela Lei Municipal nº 1.873/92, em seu art. 15, e regulamentado pelo

Decreto Municipal nº 11.873/92.

O FMDCA é vinculado diretamente ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do

Adolescente (art. 16 da Lei Municipal nº 1.873/92, alterado pela Lei Municipal

nº 4.062/05, c/c art. 88, IV, do Estatuto da Criança e do Adolescente) e tem como

objetivo ser instrumento de captação e aplicação dos recursos destinados às políticas

públicas de atendimento à criança e ao adolescente estabelecidas pelo Município com

o auxílio das propostas de ação do CMDCA.

A CAD detectou os seguintes pontos relevantes nas inspeções objetivando verificar a

gestão dos recursos do FMDCA no exercício de 2008:

4.4.14.4.14.4.14.4.1 VINCULAÇÃO DO FUNDOVINCULAÇÃO DO FUNDOVINCULAÇÃO DO FUNDOVINCULAÇÃO DO FUNDO

Embora o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA

esteja legalmente vinculado ao Gabinete do Prefeito, na prática o referido Conselho

encontra-se vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social (art. 1º, § 1º, da Lei

Municipal nº 1.873/92 c/c Lei Municipal nº 4.062/05).

O FMDCA é vinculado diretamente ao CMDCA e, por isso, também deveria estar

vinculado ao Gabinete do Prefeito. No entanto, está de fato alocado na SMAS, o que

contraria a Lei Municipal de sua criação, já incluídas as devidas alterações. Por lei, o

ordenador de despesas do FMDCA é o titular do Gabinete do Prefeito, mas de fato é o

titular da SMAS.

4.4.24.4.24.4.24.4.2 RECEITAS E FONTE DE RECURSOSRECEITAS E FONTE DE RECURSOSRECEITAS E FONTE DE RECURSOSRECEITAS E FONTE DE RECURSOS

O Classificador de Receitas e Despesas elaborado conjuntamente pela CGM e SMF, por

meio da Resolução nº 37, de 15/09/2008, não evidencia com clareza as receitas do

FMDCA, tendo em vista que todas as receitas do Fundo estão com a Fonte de Recursos

(FR) “113 – Outras”, quando existem as seguintes fontes, que atendem perfeitamente

ao Fundo: “105 – Doações; 191 – Transferências dos Conselhos Nacional e Estadual

dos Direitos da Criança e do Adolescente; 192 – Transferências por Condenações em

Ações ou Penalidades ao Estatuto da

Criança e do Adolescente”. Segue

quadro demonstrando o comentado:

Re ce itas FR R$

CORRENTES

Remuneraç ão de Depós itos Banc ár ios 113 421.736

Res tituição de Conv ênios 113 36.207

Outras Rec eitas 113 864.433

To tal 1.322.376

Fonte: Contas de Ges tão 2008

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Logo, verifica-se que há publicidade, mas não há transparência, o que dificulta a

fiscalização e o controle pelos membros do CMDCA.

4.54.54.54.5 FCAFCAFCAFCA

O Fundo de Conservação Ambiental - FCA, previsto no parágrafo único do art. 129 da

Lei Orgânica do Município, foi criado pela Lei nº 2.138/94 e regulamentado pelo

Decreto nº 13.377/94. A Resolução SMAC “N” nº 25/97 dispõe sobre o Regimento

Interno do Fundo de Conservação Ambiental e estabelece como este será gerido.

A CAD detectou em inspeção realizada no exercício de 2008 que o Decreto nº 28.467,

de 21/09/2007, revogou o parágrafo único do art. 1º do Decreto nº 22.810, de

14/04/2003, que destinava ao Fundo de Conservação Ambiental 60% dos créditos

orçamentários derivados dos royalties do petróleo. O referido Decreto também

revogou o art. 13 do Decreto nº 27.562, de 26/01/2007, que previa a distribuição de

royalties ao FCA na mesma proporção estabelecida pela Lei nº 4.458/06 (LOA-2007).

Isso representava 11,35% dos valores transferidos diretamente ao Município do Rio de

Janeiro pela União.

Como a edição do Decreto de suspensão dos repasses ocorreu em setembro de 2007,

a perda financeira foi verificada, apenas, no exercício em análise, conforme quadro a

seguir:

R$

RECEITAS 2007 2008 Evo lução

CORRENTES 13.271.483 7.916.050 -40,35%

Patrimoniais 13.270.946 7.916.050 -40,35%

Outras Rec eitas 537 0 -100,00%

REPASSES 41.624.034 8.863.264 -78,71%

TOTAL 54.895.517 16.779.314 -69,43%

Fonte: Contas de Ges tão 2008

Analisando os dados, verifica-se que a receita do Fundo apresentou uma queda de

69,43%, não só pela redução dos repasses dos royalties, mas também pela perda dos

rendimentos obtidos com a aplicação desses valores.

4.64.64.64.6 FMDUFMDUFMDUFMDU

O art. 22 da Lei Complementar nº 16/1992 (Plano Diretor Decenal) previu a criação do

Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, vinculado à Secretaria Municipal de

Urbanismo, com a finalidade de dar suporte financeiro à implantação dos objetivos,

programas e projetos relativos à habitação e infra-estrutura de saneamento básico nas

Áreas de Especial Interesse Social. A criação e regulamentação do Fundo foram

realizadas pela Lei nº 2.261/1994

Ressalte-se que o TCMRJ tem indicado na análise da Prestação de Contas do Chefe do

Poder Executivo desde o exercício de 2001 que seja efetivado um estudo sobre a

revitalização do Fundo ou a sua extinção.

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Fundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos EspeciaisFundos Especiais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O Grupo de Trabalho criado através do Decreto nº 27.737/2005 para analisar a

recomendação desta Corte de Cortas, por meio de relatório datado em 03/01/2006,

revelou a necessidade e urgência na redefinição das atribuições do FMDU e do FMH,

indicando também o aproveitamento da revisão do Plano Diretor da Cidade do Rio de

Janeiro. Na referida inspeção constatou-se que, ainda, não tinham sido implementadas

ações visando ao atendimento das recomendações propostas pelo Grupo de Trabalho.

4.74.74.74.7 FMHFMHFMHFMH

O Fundo Municipal de Habitação foi criado pela Lei nº 2.262/94 e regulamentado pelo

Decreto “N” nº 15.898/97, sendo sua gestão de competência da Secretaria Municipal

do Habitat.

Esse Fundo tem como objetivo proporcionar recursos ao planejamento, execução e

fiscalização dos programas e projetos da política habitacional do Município.

Em relatório de inspeção ordinária realizada em 2008, o TCMRJ recomendou que os

gestores do Fundo envidassem esforços no sentido de operacionalizar com maior

agilidade e eficiência os recursos disponíveis, evitando que permaneçam se

avolumando sem a destinação apropriada. Tal recomendação foi adotada e o

patrimônio líquido do FMH que, em 2007, era de R$ 3.735.869,70, reduziu-se, em

2008, para R$ 924.848,86.

No entanto, cabe ressaltar que o Fundo possui em seu Ativo Financeiro um saldo de

Valores a Receber do Tesouro Municipal no montante de R$ 1.463.561,04 e em seu

Passivo Financeiro, um saldo de Valores a Repassar ao Tesouro Municipal que totaliza

R$ 1.725.161,79, sem que haja compensação.

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5.1 ASPECTOS LEGAIS E FORMAIS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 336

5.2 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E PATRIMONIAIS 337

5.2.1 RIOCOP 338

5.2.2 RIOLUZ 339

5.2.3 RIOFILME 339

5.2.4 IMPRENSA DA CIDADE - EMAG 340

5.2.5 IPLANRIO 340

5.2.6 MULTIRIO 341

5.2.7 RIOURBE 341

5.2.8 EMPRESA MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA – EMV 343

5.2.9 RIOCENTRO 343

5.2.10 CET-RIO 344

5.2.11 COMLURB 344

5.2.12 RIOTUR 345

5.3 DESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHO 346

EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE

ECONOMIA

MISTA

55

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 336

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

5555 EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTAEMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTAEMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTAEMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

Empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito

privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização

legal, tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividades gerais de caráter

econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos.

As principais diferenças entre essas empresas estatais são a forma jurídica e o

controle acionário. As empresas públicas são criadas sob qualquer forma jurídica

adequada a sua natureza, tendo o Estado como único acionista; enquanto que as

sociedades de economia mista são criadas sob a forma de sociedades anônimas, cujo

controle acionário pertence ao Poder Público.

Embora essas empresas estatais sejam pessoas jurídicas de direito privado, sujeitam-

se a um controle administrativo do Estado, que atribui uma natureza híbrida ao seu

regime jurídico.

5.15.15.15.1 ASPECTOS LEGAIS E FORMAIS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISASPECTOS LEGAIS E FORMAIS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISASPECTOS LEGAIS E FORMAIS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISASPECTOS LEGAIS E FORMAIS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A seguir serão apresentadas as impropriedades detectadas na Prestação de Contas do

Prefeito:

a) Por meio da Lei nº 11.638/07, a elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa

passou a ser obrigatória no Brasil, sendo facultativa sua elaboração, para as

companhias fechadas com Patrimônio Líquido, na data do Balanço, inferior a

R$ 2 milhões. Cabe ressaltar que o art. 7º da referida Lei estabelece que essa

demonstração poderá ser divulgada, no seu primeiro ano de vigência, sem a indicação

dos valores correspondentes ao exercício anterior.

Entretanto, observou-se que as empresas RIOLUZ, RIOFILME, EMAG e CET-RIO

apresentaram Patrimônio Líquido superior a R$ 2 milhões e não elaboraram a

Demonstração do Fluxo de Caixa, conforme determinado na Lei retromencionada e

regulamentado pela Resolução CFC nº 1.125/08.

b) O art.3º da Lei nº 11.638/07 determina que se aplicam às sociedades de grande

porte, ainda que não constituídas sob a forma de sociedade por ações, as disposições

da Lei nº 6.404/76, sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras e a

obrigatoriedade de auditoria independente por auditor registrado na Comissão de

Valores Mobiliários (CVM). (grifo nosso)

Segundo a referida Lei, considera-se empresa de grande porte, a sociedade ou

conjunto de sociedades sob controle comum, que tiver, no exercício social anterior,

Ativo total superior a R$ 240 milhões ou Receita Bruta anual superior a R$ 300

milhões.

A COMLURB apresentou Receita Bruta anual de R$ 601 milhões, no exercício social de

2007, e R$ 661 milhões, no exercício social de 2008, logo se enquadra como empresa

de grande porte, sendo obrigada a ter suas demonstrações contábeis auditadas por

auditoria independente, com registro na Comissão de Valores Mobiliários.

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Data 17/04/09 Fls 337

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

c) Não foram evidenciados em Nota Explicativa, os valores constantes da conta

Provisões para Riscos/Contingências e da conta Débitos Fiscais, de R$ 146.989.796,51

e R$ 62.544.319,27, respectivamente, apresentados no Balanço Patrimonial da

COMLURB, grupo Passivo Não Circulante, conforme determinado pela alínea “a” do

inciso IV do art. 176 da Lei nº 6.404/76.

d) A EMV apresentou na Demonstração de Resultado o grupo Resultado Não

Operacional, o qual não possui mais previsão legal, pois a MP nº 449/08 alterou o

Inciso IV, art. 187, da Lei 6.404/76, para “lucro ou prejuízo operacional, as outras

receitas e as outras despesas”.

5.25.25.25.2 INFORMAÇÕES FINANCEIRAS E PATRIMONIAIINFORMAÇÕES FINANCEIRAS E PATRIMONIAIINFORMAÇÕES FINANCEIRAS E PATRIMONIAIINFORMAÇÕES FINANCEIRAS E PATRIMONIAIS S S S

A seguir será apresentado um quadro contendo algumas informações financeiras e

patrimoniais, bem como um resumo dos principais fatos relevantes ocorridos nas

empresas e nas sociedades de economia mista, no exercício de 2008, os quais foram

divulgados em notas explicativas, ou foram objeto de inspeções realizadas pela CAD.

EMPRESAS

EM

AG

EM

V

CE

TR

IO

CO

ML

UR

B

IPL

AN

RIO

RIO

CE

NT

RO

RIO

FIL

ME

RIO

LU

Z

RIO

TU

R

RIO

UR

BE

RIO

CO

P

MU

LT

IRIO

TO

TA

L

A - Receita Arrecadada Subvenção - Tesouro 2.283 151.658 59.781 545.015 66.328 3.790 2.032 37.027 38.526 114.148 129 18.897 1.039.614

B - Receita Arrecadada Própria 7.598 4.652 15.581 93.197 6.074 0 839 1.802 5.882 5.359 0 88 141.072

C- Receita Total Arrecadada (A+B) 9.881 156.310 75.362 638.212 72.402 3.790 2.871 38.829 44.408 119.507 129 18.985 1.180.686

D - Dependência Financeira (A/C) 23% 97% 79% 85% 92% 100% 71% 95% 87% 96% 100% 100% 88%

E - Despesa Realizada (empenhada) 9.139 163.791 84.056 656.717 76.551 3.870 4.673 41.164 47.409 124.278 129 20.528 1.232.305

F - Resultado Orçamentário (C - E) 742 (7.481) (8.694) (18.505) (4.149) (80) (1.802) (2.335) (3.001) (4.771) 0 (1.543) (51.619)

G - Passivo Circulante 1.519 22.668 10.713 186.092 12.185 3.732 1.544 9.089 5.175 88.499 2.331 2.473 346.020

H - Passivo Não Circulante 344 50.902 13.912 209.534 9.806 1.685 0 24.184 73.923 350.797 24.881 18.483 778.451

I - Dívida Total (G+H) 1.863 73.570 24.625 395.626 21.991 5.417 1.544 33.273 79.098 439.296 27.212 20.956 1.124.471

J - Patrimônio Líquido 3.725 (53.132) 4.244 (299.621) 954 (3.067) 19.381 39.693 (59.189) (307.236) (20.801) (16.055) (691.104)

L - Ativo Total 5.588 20.437 28.870 96.005 22.946 2.350 20.925 72.965 19.909 132.061 6.410 4.901 433.367

M - Lucro/Prejuízo do Exercício 194 (32.062) (2.114) (158.620) 124 (1.677) (3.242) (3.150) (4.031) (54.482) 25 (823) (259.858)

N - Grau de Endividamento (I/L) 33% 360% 85% 412% 96% 231% 7% 46% 397% 333% 425% 428% 259%

O - Perfil da Dívida (G/I) 82% 31% 44% 47% 55% 69% 100% 27% 7% 20% 9% 12% 31%

P - Contingências Pas. e Déb. Fiscais - 2007 701 33.116 6.708 686.948 9.223 3.206 73 23.915 65.330 247.858 8.419 17.331 1.102.828

Q - Contingências Pas. e Déb. Fiscais - 2008 712 66.076 13.912 932.788 9.806 4.364 44 24.184 73.169 260.212 24.881 18.033 1.428.181

R - Variação (Q/P) 2% 100% 107% 36% 6% 36% -40% 1% 12% 5% 196% 4% 30%

Fonte: Prestação de Contas de 2008/FINCON

R$ Millares

Em termos gerais, observa-se, no quadro anterior que foram transferidos pelo

Tesouro às empresas e sociedades de economia mista, a título de subvenção, R$ 1,04

bilhões, tendo a receita própria arrecadada alcançado R$ 141,1 milhões, o que

representa uma dependência financeira das empresas em relação ao Tesouro de 88%

da receita total arrecadada (aproximadamente R$ 1,2 bilhões).

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A despesa total empenhada pelas empresas foi de R$ 1,2 bilhões, o que gerou, no

exercício de 2008, um déficit de execução orçamentária consolidado de R$ 51,6

milhões.

O Grau de Endividamento28 total das empresas é de 259%. A EMV, COMLURB,

RIOCENTRO, RIOTUR, RIOURBE e MULTIRIO possuem juntas uma dívida que representa

aproximadamente, 92,6% do total das dívidas de todas as empresas e sociedades de

economia mista. O perfil dessa dívida está representado da seguinte forma: 31%

classificada no Passivo Circulante (curto prazo) e 69% registrada no Passivo Não

Circulante (longo prazo), o que demonstra que no prazo de aproximadamente 1 ano

as empresas terão que captar recursos para quitar 31% das dívidas totais, ou seja, R$

346 milhões.

A dívida total registrada nos Balanços Patrimoniais das empresas é de R$ 1,1 bilhões,

sendo que o Ativo total é de R$ 433,3 milhões e, caso todas as empresas do município

fossem extintas, o Tesouro teria que arcar com uma transferência de recursos de

aproximadamente R$ 691,1 milhões (passivo a descoberto) para quitar a dívida das

dessas empresas.

O Resultado do Exercício total, apresentado nas Demonstrações de Resultados das

empresas e sociedades de economia mista, em 2008, foi um prejuízo de R$ 259,8

milhões.

O crescimento das contingências passivas e débitos fiscais (autos de infrações fiscais e

trabalhistas contabilizados no Balanço, ou não contabilizados, mas divulgados em

notas explicativas) foi de 30%, passando, no exercício de 2007, de R$ 1,1 bilhões para

R$ 1,4 bilhões, no exercício de 2008.

Cabe ressaltar que, sem prejuízo da imputação de responsabilidade na prestação de

contas do ordenador da despesa, o principal ponto relacionado às empresas

municipais, já há alguns anos, vem sendo os autos de infrações fiscais decorrentes do

não cumprimento da legislação tributária e trabalhista. A ocorrência dos autos de

infrações poderia ser atenuada, ou até mesmo extinta, caso as empresas

aperfeiçoassem seus controles internos, mediante a capacitação dos funcionários

quanto à legislação tributária e trabalhista, ou através da inserção de advogados no

quadro funcional das empresas para dirimir as dúvidas quanto à correta interpretação

da legislação, sem a necessidade de terceirização dos serviços.

5.2.15.2.15.2.15.2.1 RIOCOPRIOCOPRIOCOPRIOCOP

A empresa apresentou, em notas

explicativas, a descrição das suas

Provisões para Riscos e Contingências,

conforme quadro ao lado:

28 Representa o percentual resultante da divisão da Dívida Total pelo Ativo da empresa. Um percentual superior a 100% significa que

a empresa não possui bens e direitos suficientes para quitar suas dívidas.

De s cr ição 2007 2008

Contingênc ias Trabalhis tas 354 337

Contingênc ias F is c ais - A ç ões Federais 1.212 1.212

Contingênc ias F is c ais - Im pos tos a rec olher 2.043 8.321

Contingênc ias F is c ais - Im p. de Renda Diferido 774 774

Contingênc ias Cíveis - A ções Judic iais 4.036 14.237

Tota l 8.419 24.881 Fonte: Pres tação de Contas 2008

Pr o vis õ e s p ar a Ris cos e Co ntin g ê ncias -R$ M ilh ar e s

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CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A Companhia Municipal de Conservação e Obras Públicas – RIOCOP se encontra em

liquidação extrajudicial desde 1996 e, contudo, seu Ativo total, de R$ 6,4 milhões ,

vem se deteriorando ao longo do tempo, não sendo suficiente para que a empresa

possa honrar suas dívidas, havendo a necessidade do Tesouro, quando da finalização

do processo de liquidação, assumir esse passivo que, em 31/12/2008, se encontrava

em aproximadamente R$ 20,8 milhões (valor do passivo a descoberto). Vale salientar

que, do total do Ativo (R$ 6,4 milhões), R$ 5,7 milhões já foram dados em penhora,

entretanto, devido ao mal estado de conservação dos mesmos, a expectativa de

liquidez é muito baixa.

Tendo em vista o processo de liquidação, a RIOCOP depende de recursos do Tesouro

para sua manutenção ao longo do exercício. Somente em 2008, foram repassados à

mesma, pelo Tesouro, R$ 129 mil a título de subvenção.

O Grau de Endividamento da RIOCOP é de 425%, sendo a dívida total de R$ 27,2

milhões, dos quais 9% estão classificados no curto prazo e 91% no longo prazo.

5.2.25.2.25.2.25.2.2 RIOLUZRIOLUZRIOLUZRIOLUZ

A RIOLUZ recebeu R$ 37 milhões do Tesouro, a título de subvenção, representando um

grau de dependência financeira de 95% das receitas totais, tendo em vista que suas

receitas próprias foram de apenas R$ 1,8 milhões, ou seja, 5% da receita total da

empresa.

O Grau de Endividamento é de 46%, sendo a dívida total da empresa de R$ 33,3

milhões, segregada da seguinte forma: 27% em curto prazo e 73% em longo prazo.

A empresa apresentou, em notas explicativas, a descrição das suas Provisões para

Riscos e Contingências, bem como seu Débito Fiscal, conforme quadro a seguir:

De s cr ição 2007 2008

Contingênc ias F is cais - COFINS 4.943 5.126

Contingênc ias F is cais - Im pugnação COFINS 21 21

Contingênc ias F is cais - P AS E P 691 717

Contingênc ias F is cais - IRP J 1.164 1.208

Contingênc ias F is cais - Dívida A t iva - IRP J 22 23

Contingênc ias F is cais - CSS L 379 393

Contingênc ias F is cais - INS S 12.723 13.109

Contingênc ias Cíveis - Sentenç as Judic iais 3.040 2.635

Contingênc ias Trabalhalis tas 402 402

Débito F isc al Auto de Infração DCTF 530 550

Tota l 23.915 24.184 Fonte: Pres tação de Contas 2008

Pr ovis õ e s para Ris co s , Co nt ing ê n cias e Dé b ito s Fis cais -R$ M ilh are s

Estão penhorados veículos da RIOLUZ no valor de R$ 933 mil e o Imóvel na Rua

Prefeito Olímpio de Melo nº 1.514, Benfica, no valor de R$ 1,2 milhões.

5.2.35.2.35.2.35.2.3 RIOFILMERIOFILMERIOFILMERIOFILME

A RIOFILME recebeu R$ 2 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que representa

um grau de dependência financeira de 71% das receitas totais, tendo em vista que

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

suas receitas próprias foram de R$ 839 mil reais, ou seja, 29% da receita total da

empresa.

O Grau de Endividamento é de 7%. A dívida total da empresa é de R$ 1,5 milhões,

classificada no curto prazo, sendo composta, principalmente, de Depósitos e Garantias

de R$ 955 mil e Provisões Trabalhistas de R$ 231 mil.

Em nota explicativa, é informado que o prejuízo no exercício de 2008 de R$ 3,2

milhões teve como principal causa o baixo retorno de bilheteria obtido nos filmes

financiados.

5.2.45.2.45.2.45.2.4 IMPRENSA DA CIDADE IMPRENSA DA CIDADE IMPRENSA DA CIDADE IMPRENSA DA CIDADE ---- EMAG EMAG EMAG EMAG

A EMAG recebeu R$ 2,3 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que representa

um grau de dependência financeira de 23% das receitas totais, tendo em vista que

suas receitas próprias foram de R$ 7,6 milhões, ou seja, 77% da receita total da

empresa.

O Grau de Endividamento da EMAG é de 33%. A dívida total da empresa é de R$ 1,9

milhões, e o seu perfil está segregado da seguinte forma: 82% em curto prazo e 18%

em longo prazo.

Em nota explicativa, é informado que em decorrência da fiscalização do INSS a

Empresa foi autuada, por meio do processo nº 2007.51.01.01.004339-5, no valor de

R$ 155 mil, efetuando um depósito em Garantia em Juízo, registrado no Balanço

Patrimonial no grupo Ativo Não Circulante - subgrupo Créditos e Valores.

A empresa registrou, ainda, Provisão para Contingência Fiscal no valor de R$ 172 mil e

possui um valor, não registrado no Balanço Patrimonial, de R$ 540 mil, referentes ao

auto de infração nº 071.9000/02346/04, lavrado pela Secretaria da Receita Federal, o

qual aguarda o recurso administrativo.

5.2.55.2.55.2.55.2.5 IPLANRIOIPLANRIOIPLANRIOIPLANRIO

A IPLANRIO recebeu R$ 66,3 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que

representa um grau de dependência financeira de 92% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 6,1 milhões , ou seja, 8% da

receita total da empresa.

O Grau de Endividamento da IPLANRIO é de 96%. A dívida total da empresa é de R$

21,9 milhões, e o seu perfil está segregado da seguinte forma: 55% em curto prazo e

45% em longo prazo.

A empresa apresentou, em notas

explicativas, a descrição de suas

Provisões para Riscos e

Contingências, conforme quadro ao

lado:

De s cr ição 2007 2008

Contingênc ias Trabalhis tas 1.653 1.329

Contingênc ias F isc ais - P IS /P A S E P 333 520

Contingênc ias F isc ais - COFINS 329 894

Contingênc ias F isc ais - INS S 6.271 6.515

Contingênc ias F isc ais - IRP J 103 13

Contingênc ias Cíveis 533 535

Tota l 9.223 9.806 Fonte: Pres taç ão de Contas 2008

Pr ovis õe s par a Ris cos e C o nting ê ncias -R$ M ilh ar e s

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

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A empresa possui bens penhorados no valor de R$ 6,5 milhões, conforme quadro a

seguir, para cobertura dos processos em fase recursal das contingências

previdenciárias e fiscais.

Pr o ce s s os Fis cal Be n s R$ M ilhar e s

2004/51.01.522547-4 S witch 309

2004/51.01.506586-0 e 2004/51.01.503929-0 S ervidor Itautec 130

2004/51.01.531690-0 M ódulo S witch 217

2004/51.01.531690-0 Dois V eículos Corsa S edan 47

Nove NFLD´s de 2002 P redio Gago Coutinho, 52 5.507

2004/51.01.531690-0 Três Corsas W ind 63

2005/51.01.504910-0 Com putadores 250

Tota l 6.523 Fonte: Pres taç ão de Contas 2008

BENS PENHORADOS

5.2.65.2.65.2.65.2.6 MULTIRIOMULTIRIOMULTIRIOMULTIRIO

A MULTIRIO recebeu R$ 18,9 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que

representa um grau de dependência financeira de, aproximadamente, 100% das

receitas totais, tendo em vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 88 mil.

O Grau de Endividamento é de 428%. A dívida total da empresa é de R$ 21 milhões, e

o seu perfil está segregado da seguinte forma: 12% em curto prazo e 88% em longo

prazo.

A empresa apresentou, em notas explicativas, a descrição de suas Provisões para

Riscos e Contingências, conforme quadro a seguir:

De s cr ição 2007 2008

A ções Trabalhis tas 1.698 1.760

Contingênc ias F is cais - INSS 15.098 15.727

Contingênc ias F is cais - P IS /P AS E P - 11

Contingênc ias Cíveis - P rem ier A lim ento e Evento 535 535

Tota l 17.331 18.033 Fonte: Pres taç ão de Contas 2008

Pr ovis õ e s par a Ris cos e Co nting ê n cias -R$ M ilhar e s

Em nota explicativa, a empresa informa que, por conta dos processos ajuizados pelo

INSS, foram oferecidos 1.721 itens para penhora de bens, avaliados em R$ 1,8

milhões.

A empresa registrou uma Provisão para Perdas no Ativo Não Circulante de R$ 742 mil,

referente aos valores apurados nos processos nº 07/000.115/08 e nº 07/000.128/08

e com base no processo de Sindicância nº 07/000.548/07, relativo ao recolhimento de

dívida do IRRF e ISS.

5.2.75.2.75.2.75.2.7 RIOURBERIOURBERIOURBERIOURBE

A RIOURBE recebeu R$ 114,1 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que

representa um grau de dependência financeira de 96% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de apenas R$ 5,3 milhões, ou seja, 4% da

receita total da empresa.

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Data 17/04/09 Fls 342

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O Grau de Endividamento é de 333%. A dívida total da empresa é de R$ 439,3 milhões,

e o seu perfil está segregado da seguinte forma: 20% em curto prazo e 80% em longo

prazo.

A empresa tem registrado, no Balanço Patrimonial, o valor de R$ 260,2 milhões,

segregado em Provisões para Riscos/Contingências e Débitos Fiscais.

Em nota explicativa, é informado que 70% do total do Ativo Imobiliário líquido, R$ 64

milhões , estão penhorados em garantias de ações judiciais e 2% estão hipotecados em

garantia de empréstimos e financiamentos.

A RIOURBE possui uma Dívida Imobiliária com o PREVI-RIO de R$ 19,4 milhões,

registrada na conta Empréstimos e Financiamentos do Passivo Circulante.

Cabe ressaltar que a dívida total da RIOURBE representa, aproximadamente, 39% da

dívida total de todas as empresas e sociedades de economia mista do município e,

caso fosse extinta, o Tesouro Municipal teria que arcar, atualmente, com R$ 307,2

milhões para saldar as dívidas da empresa (passivo a descoberto).

O prejuízo líquido, no exercício de 2008, foi de R$ 54,5 milhões, dos quais R$ 32,1

milhões foram atribuídos a indenização por perdas e danos por desequilíbrio

econômico de contrato de obras.

Na inspeção ordinária realizada pela CAD, processo nº 40/005.184/08, foi detectado,

por amostragem, que o INSS retido dos fornecedores, sobre o valor da mão-de-obra,

estava sendo recolhido com atraso, gerando juros e multa, valores estes deduzidos do

pagamento do fornecedor.

Contudo, a RIOURBE fazia a atestação da nota fiscal em tempo hábil para se efetuar o

recolhimento do INSS até o dia 10 (dez)29 do mês seguinte. Assim não se observou, na

amostra, culpa do fornecedor pela demora na entrega da nota fiscal, não havendo

motivos para o mesmo arcar com os juros e multa por problemas de controle interno

da RIOURBE.

No quadro a seguir demonstra-se o fluxo dos fatos:

Nº Pr oce s s o Data Nota Fis cal Data A te s taçãoData Pag to

INSSV alor

M u lta/Jur os

06/500.605/08 28/02/2008 29/02/2008 25/03/2008 22.398,92

06/503.435/07 27/11/2007 30/11/2007 10/01/2008 15.743,45

06/500.604/08 28/02/2008 29/02/2008 25/03/2008 12.245,59

06/503.249/07 14/11/2007 21/11/2007 08/02/2008 787,10

Fonte: Process o 40/5184/08

DA DOS INSPEÇ ÃO

29 O valor retido deverá ser recolhido pela empresa contratante até o dia dez do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal em

documento de arrecadação contendo o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ e a denominação social da empresa

contratada, conforme art. 156 da IN/INSS nº 03/2005.

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

5.2.85.2.85.2.85.2.8 EMPRESA MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA EMPRESA MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA EMPRESA MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA EMPRESA MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA –––– EMV EMV EMV EMV

A EMV recebeu R$151,6 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que representa

um grau de dependência financeira de 97% das receitas totais, tendo em vista que

suas receitas próprias foram de apenas R$ 4,7 milhões , ou seja, 3% da receita total da

empresa.

O Grau de Endividamento é de 360%. A dívida total da empresa é de R$ 73,5 milhões,

e o seu perfil está segregado da seguinte forma: 31% em curto prazo e 69% em longo

prazo.

A EMV possui registrado, no Balanço Patrimonial, Contingências Trabalhistas e Fiscais,

conforme detalhado no quadro a seguir:

Au to de In fração V alor

COFINS - 10768028637/96 3.722

P A S E P - 10768028636/96 1.212

INS S - 702644/02 1.657

Contingênc ia Trabalhis ta 44.272

Tota l 50.863 Fonte: Pres taç ão de Contas 2008

Pro vis ão p / Ris cos e C onting ê ncia -R$ M ilhar e s

Existem valores de autos de infração de COFINS, PASEP e INSS não contabilizados no

Balanço Patrimonial, mas mencionados em notas explicativas, no valor de

R$ 15,2 milhões, os quais estão sendo questionados judicialmente para fins de

contestação dos débitos fiscais, conforme detalhado a seguir:

De s cr ição V alo r

CO FINS - 15374001009/99 6.598

P A S E P - 15374001008/99 2.144

INS S - 35.233.660-9 3.665

INS S - 35.233.661-7 437

INS S - 35.233.665-0 1.195

INS S - 35.297.796-5 1.173

Tota l 15.213 Fonte: Pres taç ão de Contas 2008

AUT OS DE INFRA ÇÃ O - R$ M ilh ar e s

5.2.95.2.95.2.95.2.9 RIOCENTRORIOCENTRORIOCENTRORIOCENTRO

A RIOCENTRO recebeu R$ 3,8 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que

representa um grau de dependência financeira do Tesouro Municipal de 100%.

O Grau de Endividamento é de 231%. A dívida total da empresa é de R$ 5,4 milhões, e

o seu perfil está segregado da seguinte forma: 69% em curto prazo e 31% em longo

prazo.

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O RIOCENTRO possui registrado no Balanço Patrimonial, grupo Passivo Circulante, um

valor de R$ 2,7 milhões , referentes a autos de infração efetuados pela Secretaria da

Receita Federal, relativos ao período de 1999 a 2003, e Provisão para Contingências

Trabalhistas/Cíveis.

Possui registrado no Balanço Patrimonial, grupo Passivo Não Circulante, Provisão para

Riscos/Contingências no valor de R$ 1,6 milhões, referentes, também, a ações

trabalhistas e cíveis.

5.2.105.2.105.2.105.2.10 CETCETCETCET----RIORIORIORIO

A CET-RIO recebeu R$ 59,7 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que

representa um grau de dependência financeira de 79% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de R$ 15,6 milhões, ou seja, 21% da receita

total da empresa.

O Grau de Endividamento é de 85%. A dívida total da empresa é de R$ 24,6 milhões, e

o seu perfil está segregado da seguinte forma: 44% em curto prazo e 56% em longo

prazo.

A CET-RIO possui registrado no Balanço Patrimonial, grupo Passivo Não Circulante,

Provisão para Riscos/Contingências no valor de R$ 13,9 milhões.

Importante ponto a destacar, é a falta de recolhimento de ISS sobre a receita própria

contabilizada, que já ultrapassava um saldo de R$ 5,7 milhões, em 31/03/2009. A

CET-RIO formalizou na Fazenda Municipal, por meio do processo

nº 04/000.733/2001, um pedido de isenção da tributação do ISS sobre a receita

própria. Às fls. 89, do referido processo, a CET-RIO solicita à Secretaria Municipal de

Fazenda que o encaminhe ao conhecimento da Procuradoria Geral do Município para

suas considerações, tendo em vista que a Divisão de Estudos Tributários da SMF, em

31/01/2008, aponta ser a CET-RIO, também, contribuinte do Imposto sobre Serviço.

A empresa informa, em nota explicativa, que foi condenada em ação internacional por

descumprimento de contrato firmado com a empresa WORLDWIDE PARKING, INC, em

ação julgada pelo Tribunal Federal dos Estados Unidos do distrito de Columbia, no

valor de US$ 2.668.475,00 (R$ 6.234.091,30).

5.2.115.2.115.2.115.2.11 COMLURBCOMLURBCOMLURBCOMLURB

A COMLURB recebeu R$ 545,0 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que

representa um grau de dependência financeira de 85% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de R$ 93,1 milhões, ou seja, 15% da receita

total da empresa.

O Grau de Endividamento é de 412%. A dívida total da empresa é de R$ 395,6 milhões,

e o seu perfil está segregado da seguinte forma: 47% em curto prazo e 53% em longo

prazo.

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Cabe ressaltar que a dívida total da COMLURB representa aproximadamente 35% da

dívida total de todas as empresas e sociedades de economia mista do município e,

caso fosse extinta, o Tesouro Municipal teria que arcar, atualmente, com R$ 299,6

milhões para saldar as dívidas da empresa (passivo a descoberto).

No Passivo Circulante e Não Circulante a empresa possui nas contas Provisão para

Riscos/Contingências e Débitos Fiscais o valor registrado de R$ 324,8 milhões, e há

ainda um valor, não contabilizado, de R$ 607,9 milhões , conforme demonstrado no

quadro a seguir:

De s cr ição V alo r

P rovisão A ções Trabalhis tas 7.000

P rovisão A ções Cíveis 97.968

INS S - Refis e IP TU 10.302

A uto Infraç ão IS S (não c ontabiliz ado) 607.985

P rovisão p/ Risc os e Débitos F is c ais Longo P raz o 209.533

Tota l 932.788 Fonte: Pres taç ão de Contas 2008

PROV ISÃ O RISC O e DÉBIT OS FISC A IS - R$ M ilh ar e s

O valor de R$ 607, 9 milhões refere-se aos Autos de infração do ISS não

contabilizados no Balanço Patrimonial, mas divulgados em notas explicativas. Os

Autos de nº 66.313/95 e 66.032/03 estão sendo contestados no âmbito

administrativo. A COMLURB informa, nas notas explicativas, que o Parecer PGM/PTR

reconhece a não-incidência do ISS nas transferências orçamentárias, aguardando a

empresa o cancelamento da nota de Débito.

5.2.125.2.125.2.125.2.12 RIOTURRIOTURRIOTURRIOTUR

A RIOTUR recebeu R$ 38,5 milhões do Tesouro, a título de subvenção, o que

representa um grau de dependência financeira de 87% das receitas totais, tendo em

vista que suas receitas próprias foram de R$ 5,8 milhões, ou seja, 13% da receita total

da empresa.

O Grau de Endividamento é de 397%. A dívida total da empresa é de R$ 79 milhões, e

o seu perfil está segregado da seguinte forma: 7% em curto prazo e 93% em longo

prazo.

Cabe ressaltar que a dívida total da RIOTUR representa, aproximadamente, 7% da

dívida total de todas as empresas e sociedades de economia mista do município e caso

fosse extinta o Tesouro Municipal teria que arcar, atualmente, com R$ 59,2 milhões

para saldar as dívidas da empresa (passivo a descoberto).

A empresa apresentou, em notas explicativas, a descrição de suas Provisões para

Riscos e Contingências, conforme quadro a seguir:

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Empresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia MistaEmpresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

De s cr ição 2007 2008

Contingênc ias F is cais IS S 41.865 43.662

Contingênc ias Trabalhis tas 698 709

Contingênc ias Trabalhis tas - TF 50 55

Contingênc ias Trabalhis tas - IP 3.780 7.745

Contingênc ias F is cais - INS S 11.321 12.667

Contigênc ias Cíveis 4.034 4.514

Contigênc ias Cíveis - Fazenda Nac ional 2.479 2.774

Contingênc ias Cíveis FGTS 1.103 -

Débitos F is cais - 1.043

Tota l 65.330 73.169 Fonte: Pres taç ão de Contas 2008

Pr ovis õe s par a Ris cos e C ontin gê ncias -R$ M ilhar e s

A RIOTUR informa, em notas explicativas, que a Secretaria do Patrimônio da União

apresentou Notificação de Débito, no valor de R$ 11,3 milhões, referente à taxa de

ocupação da Marina da Glória no período de 1986 a 2000, cobrança essa que,

segundo Parecer da Procuradoria Geral do Município, é indevida, visto que a Prefeitura

é titular do domínio daquele imóvel.

5.35.35.35.3 DESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHODESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHODESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHODESPESAS SEM PRÉVIO EMPENHO

Segundo o art. 60 da Lei nº 4.320/64 e o art.114 do RGCAF, é vedada a realização de

despesas sem prévio empenho. No entanto, conforme análise processual, observou-se

que as empresas relacionadas no quadro a seguir contrariaram, no exercício de 2008,

o determinado no caput dos dispositivos legais mencionados.

PROCESSO TERMO A JUSTE EMPRESA VALOR – R$

40/005.125/2008 * Termo Ajuste nº 011 a 019/2008 COMLURB 107.675,13

40/006.168/2008 Termo Ajuste nº 111/2008 RIOLUZ 15.814,32

40/006.170/2008 Termo Ajuste nº 109/2008 RIOLUZ 10.542,88

40/000.016/2009 Termo Ajuste nº 118/2008 RIOLUZ 10.542,88

40/000.027/2009 Termo Ajuste nº 130/2008 RIOLUZ 10.542,88

40/000.015/2009 Termo Ajuste nº 139/2008 RIOLUZ 8.545,11

40/006.173/2008 Termo Ajuste nº 106/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/006.165/2008 Termo Ajuste nº 114/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/006.172/2008 Termo Ajuste nº 107/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.023/2009 Termo Ajuste nº 117/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.034/2009 Termo Ajuste nº 122/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.017/2009 Termo Ajuste nº 123/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.024/2009 Termo Ajuste nº 126/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.030/2009 Termo Ajuste nº 127/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.038/2009 Termo Ajuste nº 128/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.026/2009 Termo Ajuste nº 137/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.218/2009 Termo Ajuste nº 141/2008 RIOLUZ 5.271,44

40/000.236/2009 Termo Ajuste nº 142/2008 RIOLUZ 5.271,44

* A pensos 5126/08, 5127/08, 5128/08, 5129/08, 5130/08, 5131/08, 5132/08 e 5133/08

RE ALIZAÇ ÃO D E D E SP E SAS S E M PRÉ V IO E M P ENHO

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6.1 MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO 349

6.1.1 APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO EM 2008 350

6.1.2 COMPENSAÇÃO EM 2008 DO VALOR NÃO APLICADO EM 2007 358

6.1.3 RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES A 2008 359

6.1.4 REPASSE DE RECEITAS À SME DESTINADAS À MDE 361

6.1.5 SIOPE 362

6.2 REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO 363

6.3 AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE - ASPS 363

6.3.1 ACOMPANHAMENTO DE RESTOS A PAGAR 364

6.4 DESPESA COM PESSOAL 366

6.4.1 OUTRAS DESPESAS DE PESSOAL 367

6.5 CRÉDITOS ADICIONAIS 368

6.6 DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA 369

6.7 GARANTIAS DE VALORES 371

6.8 OPERAÇÕES DE CRÉDITO EM RELAÇÃO À RCL 371

6.9 “REGRA DE OURO” 371

6.10 REGRA DE OURO - PROJETO DA LOA 373

6.11 SALDO DE OPERAÇÕES DE ARO 374

6.12 LIMITE DE DISPÊNDIO DA DÍVIDA PÚBLICA 374

6.13 INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS 374

6.13.1 DEMONSTRATIVO DO PODER EXECUTIVO 376

6.13.2 OUTRAS OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS 376

6.13.3 DISPONIBILIDADES FINANCEIRAS 377

6.14 INCENTIVO À CULTURA 379

6.15 PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS 380

6.16 DESPESAS COM PUBLICIDADE 380

LIMITES LEGAIS

66

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 348

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

6666 LIMITESLIMITESLIMITESLIMITES

O quadro, a seguir, sintetiza o desempenho do Município do Rio de Janeiro em relação

às exigências constitucionais e legais aplicáveis ao período analisado. Ressalte-se que

as informações foram impactadas pelas constatações processadas por meio de

inspeções e do exame da execução orçamentária.

Obje to L im ite Exig ê n cia A tin g id o Cu m pr iu Ite m

Manutenç ão e Desenv olv imento do Ens ino

Impos tos , Trans f erênc ias ,juros e multas e dív ida ativ a deimpos tos

25% 23,84% NÃO 6.1 .1

Remuneraç ão do Magis tér io A rrec adaç ão do FUNDEB 60% 90,71% SIM 6.2

A ç ões e Serv iç os Públicos de Saúde

Impos tos , Trans f erênc ias(Ex ceto impos to s obreoperaç ões c om ouro), juros ,multas e dív ida ativa

15% 15,78% SIM 6.3

Pes s oal - Ex ecutiv o Rec eita Corrente Líquida 54% 49,19% SIM 6.4

Pes s oal - Legis lativ o Rec eita Corrente Líquida 6% 2,99% SIM 6.4

Pes s oal - Cons olidado Rec eita Corrente Líquida 60% 52,18% SIM 6.4

Dis pêndios da Dív ida Rec eita Corrente Líquida 11,50% 10,49% SIM 6 .1 2

Des pes as com parc erias públic o-pr iv adas

Rec eita Corrente Líquida 1% 0,00% SIM 6 .1 5

Inc entiv o à Cultura Rec eita de ISS 0,4 a 1% 0,40% SIM 6 .1 4

Des pes as com Public idade realiz ada no 1º s emes tre

Des pes a realiz ada em 2007 ou a média de 2005 a 2007 - aque f or maior.

R$ 965.383 R$ 189.228 SIM 6 .1 6

Es toque da Dív ida Consolidada Líquida

Rec eita Corrente Líquida 120% 73,03% SIM 6.6

Garantias ou Contragarantias Rec eita Corrente Líquida 22% 0,00% SIM 6.7

Operaç ões de Crédito por A RO Rec eita Corrente Líquida 7% 0,00% SIM 6 .1 1

Operaç ões de Crédito Rec eita Corrente Líquida 16% 0,51% SIM 6.8

Operaç ões de Crédito Des pes as de Capital R$ 1.590.619 R$ 48.800 SIM 6.9

Operaç ões de Crédito Prev is tas Des pes as de Capital Fix adas R$ 1.459.958.819 R$ 197.381.900 SIM 6 .1 0

Outros A ber tura de Créditos A dic ionais Fix ado na LOA 25% 6,72% SIM 6.5

En

div

idam

ento

Des

pes

as

Mín

imas

Des

pes

as

Máx

imas

O quadro evidencia:

A) que o Município não cumpriu o percentual mínimo exigido para aplicação na

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino de 25%, pois aplicou 23,84%. A dedução de

25% do ganho do FUNDEB foi o principal fator que implicou o índice inferior ao

parâmetro constitucional.

Ressalte-se que tal fato sujeita o Município à intervenção do Estado, conforme inciso

III do art.35 da Constituição Federal, bem como ao não recebimento de transferências

voluntárias, conforme alínea “b” do inciso IV do parágrafo 1º do art.25 da LRF.

B) a necessidade de emitir Alerta relacionado ao limite das despesas com pessoal do

Poder Executivo. Segundo exposto no subitem 6.4, o percentual atingido superou 90%

do limite, o que implica a emissão do alerta previsto no inciso II do §1º do art.59 da

LRF.

Cabe ressaltar, ainda, o cumprimento do art. 42 da LRF (subitens 6.13 e 6.13.1).

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Data 17/04/09 Fls 349

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Os subitens seguintes contêm os detalhamentos sobre as exigências Constitucionais e

Legais.

6.16.16.16.1 MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINOMANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINOMANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINOMANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

O art. 212 da Constituição Federal obriga os Municípios a aplicarem, na manutenção e

desenvolvimento do ensino - MDE, um mínimo de 25% de sua receita resultante de

Impostos, inclusive as provenientes de Transferências.

Os principais parâmetros para a aferição do cumprimento do limite acima referido

podem ser encontrados nos arts. 212 e 213 da Constituição Federal - CF, bem como

na Lei nº 9.394, de 20/12/1996, conhecida como Lei das Diretrizes e Bases da

Educação - LDB, em seus arts. 11, 18 e 69 a 73, na Lei nº 11.494/2007 e nas

manifestações da Câmara de Educação Básica – CEB do Conselho Nacional de

Educação30- CNE.

A LDB, em seu art.72, determina que as receitas e despesas com manutenção e

desenvolvimento do ensino serão apuradas e publicadas nos balanços do Poder

Público, assim como no relatório previsto no §3º do art.165 da CF, como segue:

Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino serão

apuradas e publicadas nos balanços do Poder Público, assim como nos relatórios a que

se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.

O relatório previsto no §3º do art.165 da CF é o Relatório Resumido da Execução

Orçamentária – RREO, como segue:

Art.165 (...)

§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada

bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

O Poder Executivo publicou o demonstrativo das receitas e despesas com educação no

RREO, no subitem 2.1.8 e 3.1.2 da Prestação de Contas.

30 Art. 9º, §1º da Lei 4024/61 - São atribuições da Câmara de Educação Básica:(Redação dada pela Lei nº 9.131, de 1995):

(...)

g) analisar as questões relativas à aplicação da legislação referente à educação básica;(Incluída pela Lei nº 9.131, de 1995)

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Data 17/04/09 Fls 350

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

6.1.16.1.16.1.16.1.1 APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO EM 2008APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO EM 2008APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO EM 2008APURAÇÃO DO PERCENTUAL APLICADO EM 2008

Os fatos constatados em inspeção ordinária e o contido nos Pareceres Prévios de

exercícios anteriores, bem como a análise da execução do orçamento, confrontados

com os dados publicados pelo Município revelam o seguinte:

1. D e spe sas Incluídas no Ane xo X pe la C G M

Se cre taria M unicipal de Educação/M ultirio

O utros órgãos

2. D e duçõe s CG M T C M R JC O M EN T ÁR IO S N O

SU B IT EM

O utros órgãos 0 (39.084.447) 6.1.1.2.1

R e stos a Pagar C ance lados (7.257.296) (5.393.519) 6.1.1.2.3

D e dução das D e spe sas do FU N D EB 0 (173.758.308) 6.1.1.1

U niforme s - Se cre taria M unicipal de Educação

0 (3.170.616) 6.1.1.2.2

T otal das de duçõe s (2) (7.257.296) (221.406.890)

(3) D espesas C onsideradas para fins de lim ite C onstitucional (1 - 2)

1.922.801.833 1.708.652.239

4. R e ce ita ante s das de duçõe s CG M T C M R JC O M EN T ÁR IO S N O

SU B IT EM

R e ce itas de Impostos 4.677.702.847 4.677.702.847R e ce itas de T ransfe rê ncias C onstitucionais e Le gais 1.974.292.582 1.974.292.582

G anho do FU N D EB 0 677.060.819 6.1.1.1.1

R e ce itas Patrimoniais 0 10.169.035 6.1.1.1.2

Re ce ita T otal ante s das de duçõe s (4) 6.651.995.429 7.339.225.283

5.D e duçõe s de 25% do G anho do FU N D EB CG M T C M R JC O M EN T ÁR IO S N O

SU B IT EM

25% do G anho do FU N D EB 0 (169.265.205) 6.1.1.1.1

25% das re ce itas patrimoniais 0 (2.542.259) 6.1.1.1.2

T otal das de duçõe s (5) 0 (171.807.464)

(6) R eceitas C onsideradas para fins de lim ite C onstitucional (4-5 )

6.651.995.429 7.167.417.819

C GM

P E R C E N TU AL AP LIC AD O E M 2008 (3/6) 28,91% 23,84%

39.084.447

APU R AÇ ÃO D O C U M PR IM EN T O D A O B R IG AÇ ÃO C O N ST IT U C IO N AL M ÍN IM A C O M A M D E

D espesas C onsideradas para fins de lim ite constitucional e D eduções (E m R $)

1.930.059.129

1.890.974.682

Verifica-se que o Município aplicou o percentual de 23,84%, não cumprindo, portanto,

o definido no art. 212 da CF em 2008, que exige 25%. Ressalte-se que esse resultado

foi influenciado, principalmente, pela dedução de parcela do ganho do FUNDEB da

base de cálculo, devido ao seu valor expressivo.

A diferença entre a obrigação constitucional de 25% e o valor apurado de 23,84% é de

1,16%, que corresponde a conforme quadro que segue:

C O M ENT ÁR IO S N O SU B IT EM

A = OB R IGAÇ ÃO C ON S TITU C ION AL D E 2008 25% D E R $ 7.167.417.819 1.791.854.455

B = APLIC AÇ ÃO C ON FOR ME C ÁLC U LO D A C AD

1.708.652.239 6 .1 .1

C = N ÃO AP LIC AD O N O E XE R C ÍC IO D E 2008 (B -A)

(83.202.215)

VALOR N E C E SS ÁR IO P AR A O ATIN GIME N TO D E 25% E M 2008

23,84%

1,16%

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Cabe lembrar que não houve a efetiva compensação, exigida por esta Corte, do valor

não aplicado em 2007 de R$ 20.143.594,29, conforme apontado no subitem 6.1.2 e,

ainda, ocorreu o cancelamento de Restos a Pagar de 2007, em 2008, no valor de

R$ 5.131.027,27, evidenciando que o Poder Executivo deixou de aplicar o montante de

R$ nos últimos dois exercícios encerrados, como segue:

CO M EN T ÁR IO S N O SU B IT EM

A = V ALOR N ÃO AP LIC AD O D E 2008 83.202.215 6.1.1

B = V ALOR N ÃO AP LIC AD O E M 2007 25.274.622 6.1.3.2

108.476.837

V ALOR E S N ÃO AP LIC AD OS E M 2007 E 2008

C = V ALOR E S N ÃO AP LIC AD OS C ON FOR ME AR TIGO 212 D A C F E M 2007 E 2008 (A+B )

Os fatos mencionados evidenciam, portanto, a necessidade de aplicação de

R$ 108.476.837,05 como aplicação adicional no exercício de 2009.

6.1.1.16.1.1.16.1.1.16.1.1.1 AJUSTES NA BASE DE CÁAJUSTES NA BASE DE CÁAJUSTES NA BASE DE CÁAJUSTES NA BASE DE CÁLCULO LCULO LCULO LCULO –––– RECEITAS E DESPESAS RECEITAS E DESPESAS RECEITAS E DESPESAS RECEITAS E DESPESAS

O ganho do FUNDEB, ou seja, a transferência adicional em função do número de

matrículas, afetou o percentual apurado pelo Poder Executivo, contrariando o

parágrafo único do art.1º da Lei nº 11.494/2007 e as decisões desta Corte.

Os fundamentos para que o ganho do FUNDEB não afete a base de cálculo constam do

processo nº 40/001.653/2007, conforme Voto do Exmo Sr. Conselheiro Antônio

Carlos Flores de Moraes, e do parágrafo único do art.1º da Lei nº 11.494/2007. Esta

Corte considerou a transição do FUNDEF para o FUNDEB, que entrou em vigor em

2007, de forma que o Plenário aprovou a desconsideração gradativa do ganho na base

de cálculo dos exercícios posteriores, da seguinte forma: 2007 – 0%; 2008 – 25%; 2009

– 50%; 2010 – 75% ; 2011 em diante – 100%.

Um dia após a decisão do Plenário desta Corte, entrou em vigor a Lei nº 11.494/2007,

que, pela sistemática do parágrafo único do art.1º, inviabiliza o cumprimento do

art.212 com a influência do ganho do FUNDEB e das Receitas Patrimoniais,

corroborando o constante do Parecer Prévio relativo a 2006.

O exame das Contas de Governo do exercício de 2007 observou que não foi

identificada a repercussão do dispositivo citado e das decisões desta Corte no

orçamento de 2008, demonstrando que não havia, até aquele momento, a intenção

manifestada de se atender ao constante no Parecer Prévio de 2006.

Em função dos fatos assinalados, foram emitidos quatro alertas durante o exercício de

2008, conforme Votos do Exmo Sr. Conselheiro Fernando Bueno Guimarães e Exmo Sr.

Conselheiro Ivan Moreira.

6.1.1.1.16.1.1.1.16.1.1.1.16.1.1.1.1 MEMÓRIA DE CÁLCULO MEMÓRIA DE CÁLCULO MEMÓRIA DE CÁLCULO MEMÓRIA DE CÁLCULO ––––DEDUÇÃO DE 25% DO GANHO DO FUNDEBDEDUÇÃO DE 25% DO GANHO DO FUNDEBDEDUÇÃO DE 25% DO GANHO DO FUNDEBDEDUÇÃO DE 25% DO GANHO DO FUNDEB

O Anexo X do RREO não permite considerar o ganho e as receitas patrimoniais do

FUNDEB no campo das Receitas pertencentes à Base de Cálculo para avaliação do

cumprimento do disposto na Constituição. No entanto, o Município do Rio de Janeiro

manteve as despesas custeadas por esse ganho e pelas receitas patrimoniais na

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

apuração, resultando em um percentual de 28,91%, de aplicação em MDE, que contém

despesas realizadas com receitas que não foram consideradas na base de cálculo.

Constata-se, então, que o percentual é majorado pela influência do ganho do FUNDEB

sem qualquer dedução e pela sua consideração somente no campo das despesas.

Diante do exposto, há dois pontos relevantes a considerar:

•••• dedução de 25% do ganho do FUNDEB;

•••• eliminação da distorção provocada pela manutenção, na base de cálculo, de despesas, sem

que 75% do ganho do FUNDEB conste da apuração, no campo das receitas.

Inicialmente, cabe estender à receita, por meio de ajuste, o tratamento que o

Município dispensou à despesa, considerando aquela na base de cálculo, de forma a

eliminar a distorção.

Após a eliminação da distorção, promove-se a eliminação do efeito de 25% do ganho

do FUNDEB da base de cálculo, verificando a relação de dois componentes: a despesa

realizada em relação às receitas do exercício.

A despesa realizada constitui o numerador desse cálculo, enquanto as receitas

constituem o denominador, como segue:

DESPESAS MDE=

RECEITAS ARRECADADASX 100

O ganho do FUNDEB influencia tanto o numerador, quanto o denominador, da seguinte

forma:

•••• numerador - Parte das despesas computadas pelo Poder Executivo foi custeada pelo ganho

do FUNDEB;

•••• denominador – Parte da receita que constitui a origem das despesas consideradas como MDE

pelo Poder Executivo, referem-se ao ganho do FUNDEB.

Logo, a eliminação do ganho do FUNDEB da base de cálculo repercute em dedução,

tanto no campo da despesa, quanto no campo da receita, pois:

I - Caso se promova somente a exclusão das despesas custeadas pelo ganho do

FUNDEB (numerador), sem ajustes nas receitas (denominador), o percentual apurado

continuará distorcido, pois haverá despesas remanescentes na base de cálculo (75%)

sem que o campo das receitas contenha as respectivas origens;

II - Caso se considere o impacto de 75% do ganho do FUNDEB no denominador

(receitas), sem eliminar o efeito das despesas custeadas pela parcela de 25% no

numerador, o percentual encontrado também será distorcido, pois ainda haverá

despesas na base, sem que o campo das receitas contenha as respectivas origens;

III – Caso se promova a exclusão, tanto no campo das despesas, quanto no campo das

receitas, obter-se-á um percentual correto, pois serão eliminados tanto os recursos

quanto as aplicações. O ganho do FUNDEB deixa de afetar a base de cálculo de forma

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

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integral, considerando seus dois aspectos, o efeito no numerador e no denominador.

Neste caso, será necessário o ajuste das receitas, de forma que contemplem o

remanescente de 75% do ganho do FUNDEB, pois o Poder Executivo só considerou a

influência do ganho do FUNDEB no campo das despesas no Anexo X. Caso não se

proceda assim, o efeito da distorção - Cômputo de despesas sem a respectiva

correspondência no campo das receitas - somente será eliminado, em definitivo, a

partir do exercício de 2011, quando o ganho do FUNDEB será completamente

expurgado da base de cálculo.

Sugere-se, portanto, a partir dos dados do Anexo X, a aplicação do procedimento de

se eliminar o impacto do FUNDEB, no campo das despesas, e ajustar o campo das

receitas de forma a contemplar 75% do ganho do FUNDEB.

Quanto à expressão monetária das deduções, cabe considerar as peculiaridades de

cada componente, como segue:

a)Valor a ser deduzido no campo da receita:

O ganho do FUNDEB apurado em 2008 foi de R$ 677.060.819. A parcela

correspondente a 25% é de R$ 169.265.205, e não deve compor a base de cálculo.

Considera-se na base de cálculo de 2008 o montante de R$ 507.795.614, que

corresponde a 75%.

b)Valor a ser deduzido no campo da despesa:

A despesa total executada com recursos do FUNDEB foi de R$ 1.037.224.676,16,

tendo como origem de recursos o ganho do FUNDEB, as receitas patrimoniais, o

superávit financeiro do exercício anterior e a parcela de R$ 342.191.444,10, que não é

considerada ganho.

Cabe ressaltar que, pela aplicação do inciso I do parágrafo único do art.1º da Lei

nº 11.494/2007, somente pode ser considerada na base de cálculo, que apura o

cumprimento do art. 212 da Constituição, a parcela das despesas do FUNDEB até o

valor equivalente a sua contribuição para a formação do Fundo. Elimina-se, assim:

•••• As despesas custeadas pelo ganho do FUNDEB, conforme o contido no processo

nº 40/001.653/2007;

•••• As despesas custeadas pela receita patrimonial e pelo superávit financeiro do exercício

anterior, que também não devem compor a base de cálculo, conforme subitens 6.1.1.1.3 e

6.1.1.1.4.

O quadro a seguir apura o montante a deduzir, conforme exposto:

A)Total das D espesas do FUND EB em 2008 1.037.224.676

B)Montante correspondente à Partic ipação do Poder Executivo na form ação do FUND EB

342.191.444

D )D e spe sas do FU N D EB não computáv e is na M D E (A-B ) 695.033.232

E)Parce la a de duz ir = 25% de D 173.758.308

D ESPESAS N A B ASE D E C ÁLC U LO D A M D E

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

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Verifica-se que a dedução no campo das despesas corresponde a R$ 173.758.308,02,

representando parte das aplicações custeadas com o ganho do FUNDEB, com o

superávit do exercício anterior e com as receitas patrimoniais.

6.1.1.1.26.1.1.1.26.1.1.1.26.1.1.1.2 RECEITAS PATRIMONIAISRECEITAS PATRIMONIAISRECEITAS PATRIMONIAISRECEITAS PATRIMONIAIS

No Relatório sobre as Contas do exercício de 2006, elaborado pelo Exmo Sr.

Conselheiro Antônio Carlos Flores de Moraes, há observação sobre a indevida inclusão

das receitas patrimoniais do FUNDEF na base de cálculo que apurava o cumprimento

do art.212 (fls.566). A base legal utilizada foi o art.8º da Lei nº 9.424/96, como segue:

“No entanto, observa-se, pelo quadro acima, que o município está incluindo o Valor

Adicional Recebido do FUNDEF e a Receita Financeira desse fundo na base de cálculo

da MDE. Tal procedimento está desvirtuando o valor a ser aplicado, conforme

estabelece o art. 8º, da Lei 9.424/96, analisado no item 7.4. A deste relatório.”

A Lei nº 11.494/2007, que entrou em vigor após a Sessão Plenária que aprovou o

Parecer Prévio de 2006, reproduziu os termos do antigo art.8º da Lei nº 9.424/96, no

parágrafo único do art.1º, aplicando as mesmas regras do FUNDEF ao atual FUNDEB.

As receitas patrimoniais e as respectivas despesas devem ser expurgadas da base de

cálculo pelos mesmos motivos que fundamentam a dedução do ganho do FUNDEB.

Assim sendo, deve ser aplicada a mesma metodologia aprovada pelo Plenário quando

da análise da prestação de contas do exercício de 2006, ou seja, a exclusão de 25% em

2008, 50% em 2009, 75% em 2010 e 100% a partir de 2011.

6.1.1.1.36.1.1.1.36.1.1.1.36.1.1.1.3 SUPERÁVIT FINANCEIRO DO FUNDEBSUPERÁVIT FINANCEIRO DO FUNDEBSUPERÁVIT FINANCEIRO DO FUNDEBSUPERÁVIT FINANCEIRO DO FUNDEB

O Poder Executivo incorporou o superávit financeiro do FUNDEB, de R$ 11.796.099,47,

ao orçamento de 2008, com o fim de oferecer lastro para a abertura de créditos

adicionais.

Ressalte-se que aquela cifra influenciou apenas o campo das despesas, sem registro

da respectiva fonte no campo das receitas, pois estas foram realizadas no passado.

Tal fato distorce a base de cálculo, pois se computam despesas sem os recursos

relacionados no campo específico, aumentando o percentual aplicado. Este valor

deveria ter sido registrado na linha 27 do Anexo X do RREO como dedução.

Ressalte-se que a dedução proposta no subitem 6.1.1.1.1 já foi influenciada pelo

superávit financeiro.

6.1.1.1.46.1.1.1.46.1.1.1.46.1.1.1.4 OUTRAS RECEITAS DO FUNDEBOUTRAS RECEITAS DO FUNDEBOUTRAS RECEITAS DO FUNDEBOUTRAS RECEITAS DO FUNDEB

O Poder Executivo considerou valores referentes a Outras Receitas do FUNDEB,

decorrentes da anulação de despesas, multas por infrações contratuais e descontos

obtidos. Os fundamentos legais para a não inclusão do ganho do FUNDEB e das

receitas patrimoniais aplicam-se, também, a essas parcelas.

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 355

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Apesar de o valor de R$ 72.959,24 não afetar a base de cálculo de forma relevante,

sugere-se que tais parcelas não sejam mais computadas na apuração do cumprimento

do art.212 da CF.

6.1.1.26.1.1.26.1.1.26.1.1.2 AJUSTES NA BASE DE CÁLCULO AJUSTES NA BASE DE CÁLCULO AJUSTES NA BASE DE CÁLCULO AJUSTES NA BASE DE CÁLCULO ---- OUTRAS DESPESAS OUTRAS DESPESAS OUTRAS DESPESAS OUTRAS DESPESAS

Esse item evidencia outras despesas que o Município incluiu na apuração do

cumprimento da obrigação constitucional de aplicar o mínimo de 25% na MDE e que

não devem compor a base de cálculo.

6.1.1.2.16.1.1.2.16.1.1.2.16.1.1.2.1 DESPESAS REALIZADAS POR OUTROS ÓRGÃOSDESPESAS REALIZADAS POR OUTROS ÓRGÃOSDESPESAS REALIZADAS POR OUTROS ÓRGÃOSDESPESAS REALIZADAS POR OUTROS ÓRGÃOS

O Poder Executivo considerou como despesas com a MDE as realizadas pela Secretaria

de Esporte e Lazer - SMEL, no valor de R$ 28.658.772,13 e pela Secretaria de Pessoa

com Deficiência, resultado da transformação da Fundação Municipal Lar Escola

Francisco de Paula – FUNLAR, no valor de R$ 10.425.674,65.

Os fundamentos para a não inclusão das despesas de outros órgãos, na apuração do

cumprimento do art.212, constam dos Pareceres Prévios dos exercícios anteriores.

Anexamos o trecho que trata do assunto de forma consolidada, extraído do processo

nº 40/001.775/2008 (Anexo II desta análise).

As recomendações firmadas por esta Corte em seus Pareceres Prévios vêm sendo

descumpridas de forma recorrente, como segue:

Exercício de 2005 – Relator: Exmo Sr. Conselheiro Nestor Rocha

Foi emitida a Recomendação nº 12:

“12. Que nas futuras Prestações de Contas, inclusive do exercício de 2006, e nos

projetos de lei orçamentária, sejam adotados os ajustes apresentados no subitem

8.1.3, para efeito de apuração do percentual aplicado na Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino, conforme art. 212, da Constituição Federal. Tal

recomendação, também, deverá ser observada em qualquer demonstrativo publicado;”

Exercício de 2006 – Relator: Exmo Sr. Conselheiro Antônio Carlos Flores de Moraes

Foram emitidas as seguintes recomendações:

“Recomendação A.A.7 - Deve adotar, nas futuras Prestações de Contas, inclusive do

exercício de 2007, e nos projetos de lei orçamentária, os ajustes apresentados nos

subitens 8.1.1 e 11.12 do Relatório da CAD, para efeito de apuração do percentual

aplicado na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, conforme art. 212, da

Constituição Federal. Tal recomendação, também, deverá ser observada em qualquer

demonstrativo publicado.” 31

“Recomendação C.C.4 - Conforme recomendação “A.a.7”, às fls. 665, feita à CGM, deve

(a Secretaria Municipal de Fazenda), em conjunto com o Controle Interno, adotar, nas

futuras Prestações de Contas, inclusive do exercício de 2007, e nos projetos de lei

orçamentária, os ajustes apresentados nos subitens 8.1.1 e 11.12 do Relatório da CAD,

31 Recomendação específica para a Controladoria Geral do Município.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

para efeito de apuração do percentual aplicado na Manutenção e Desenvolvimento do

Ensino, conforme art. 212, da Constituição Federal. Tal recomendação, também,

deverá ser observada em qualquer demonstrativo publicado.” 32

As recomendações motivaram a emissão do Alerta “D”.

Exercício de 2007 - Relator: Exmo Sr. Conselheiro Fernando Bueno Guimarães.

Foi adotada a seguinte Recomendação no Relatório do TCMRJ:

“Recomendação nº 39 - Que sejam observados os parâmetros constitucionais e legais

que permeiam as decisões desta Corte sobre a correta apuração das despesas com a

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, conforme subitens 8.1.1 e 11.3.10;”

A inclusão das despesas indevidas influenciou o montante mencionado na

Recomendação nº 40, que trata da compensação de R$ 20.143.594,29 em 2008, bem

como no percentual mencionado na Ressalva nº 5.

Foram identificadas novas manifestações da SMF e da SME:

•••• a SMF informou que parte da recomendação está sendo tratada em outros itens, e o restante

em conjunto com a CGM e PGM;

•••• a SME se limitou a informar que a matéria se enquadra nas atribuições da CGM e da

Secretaria Municipal de Fazenda, porque envolve ajustes no percentual aplicado na MDE.

A CGM não apresentou resposta para a Recomendação nº 39.

6.1.1.2.26.1.1.2.26.1.1.2.26.1.1.2.2 DESPESAS COM UNIFORMES E SIMILARESDESPESAS COM UNIFORMES E SIMILARESDESPESAS COM UNIFORMES E SIMILARESDESPESAS COM UNIFORMES E SIMILARES

O Poder Executivo considerou as despesas realizadas no código 3.3.90.30.04 -

Materiais de Vestuário, Uniformes, Fardamentos, Tecidos e Aviamentos, na base de

cálculo no valor de R$ 4.634.375,46. A pesquisa realizada no FINCON indicou que se

referiam às aquisições de calças, camisas e similares.

Estas despesas não devem ser computadas, conforme o contido no parecer prévio

relativo a 2007 - Voto do Exmo Sr. Conselheiro Fernando Bueno Guimarães.

Cabe, portanto, a dedução destas despesas da base de cálculo, mas sugere-se que a

expressão monetária seja somente da parcela custeada com a fonte 100, de

R$ 3.170.616,11, de forma a afastar o risco da dupla exclusão, em face do elevado

montante do ganho do FUNDEB deduzido conforme subitem 6.1.1.1.1.

6.1.1.2.36.1.1.2.36.1.1.2.36.1.1.2.3 RESTOS A PAGAR DE 2008 CANCELADOS EM 2009RESTOS A PAGAR DE 2008 CANCELADOS EM 2009RESTOS A PAGAR DE 2008 CANCELADOS EM 2009RESTOS A PAGAR DE 2008 CANCELADOS EM 2009

Esta Corte tem considerado as despesas empenhadas na apuração do percentual

aplicado na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, assim como o Poder Executivo,

o que é corroborado nos Manuais da Secretaria do Tesouro Nacional, como no

aprovado pela Portaria nº 575, de 30 de agosto de 2007 (página 215 do Manual).

32 Recomendação específica para a Secretaria Municipal de Fazenda.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

‘ (...) Portanto, durante o exercício, são consideradas despesas executadas apenas as

despesas liquidadas e, no encerramento do exercício, são consideradas despesas

executadas as despesas liquidadas e as inscritas em restos a pagar não processados.”

Essa prática demanda o acompanhamento dos Restos a Pagar, pois o eventual

cancelamento destas parcelas nos exercícios subseqüentes impactará o percentual

efetivamente aplicado em educação nos exercícios passados, pois, neste caso, a

despesa que foi inserida na base de cálculo não trará benefícios à Educação.

O Poder Executivo informou no demonstrativo exigido pela LDB o cancelamento de

R$ 7.257.296, no campo das deduções.

A finalidade do campo, segundo o Manual da STN, é a seguinte:

“Esse valor não deverá compor a base de cálculo para fins de cumprimento dos limites

mínimos constitucionalmente estabelecidos, devendo, portanto, ser deduzido. O

objetivo é compensar, no exercício, os Restos a Pagar cancelados provenientes de

exercícios anteriores que se destinavam à manutenção e desenvolvimento do ensino.”

Ocorre que a simples dedução dos restos a pagar pode encobrir a descaracterização

da efetiva aplicação em exercícios passados, e apresenta alguns aspectos que não

foram contemplados, como segue:

•••• não se pode exigir compensação de restos a pagar cancelados em 2008 de exercício que não

foi afetado por tal fato, permitindo que este continue apresentando percentual igual ou

superior a 25%, que é a exigência constitucional;

•••• Tem ocorrido o cancelamento de restos a pagar do último exercício encerrado, ainda na fase

de preparação, análise e/ou apuração das Contas, nos primeiros meses do exercício

subsequente. Neste caso, o procedimento correto é não considerar tais despesas na base de

cálculo, pois já é conhecida a inutilidade do valor inscrito para a geração de benefício

passado, presente ou futuro para MDE, tratando-se de valor que não será objeto de

liquidação.

Tais valores não podem ser considerados como aplicação em MDE em vista do art. 212

da CF e do princípio da moralidade, fixado no art.37 da mesma.

O Anexo do Manual do RREO não contempla todas as possibilidades de controle, nem

impede o exame da composição das informações necessárias, por exemplo, quando

da identificação dos responsáveis, bem como da exatidão dos valores.

O percentual divulgado pelo Poder Executivo em 2008 considerou despesas

empenhadas inscritas em restos a pagar que foram canceladas em 2009, no valor de

6.320.095,03 conforme se verifica a seguir:

S M E 6.038.420,20

M ultir io 281.674,83

T otal cance lado 6.320.095,03

T O T AL C AN C E LAD O D E 2008 E M 2009

A parcela cancelada é composta por R$ 926.576,05 e R$ 5.393.518,98 com indicação

de fonte 142 – FUNDEB e 100 – Ordinários não vinculados, respectivamente.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O valor com indicação de fonte 142 não deve ser expurgado da base de cálculo para

afastar o risco da dupla exclusão, pois não há como aferir se este valor cancelado

compõe o expressivo montante deduzido conforme subitem 6.1.1.1.

Logo, a parcela a ser deduzida da base de cálculo da MDE deve se referir somente às

despesas com indicação de fonte 100, conforme comentado no subitem 6.1.1.2.3, no

valor de R$ 5.393.518,98

6.1.26.1.26.1.26.1.2 COMPENSAÇÃO EM 2008 DO VALOR NÃO APLICADO EM 2007COMPENSAÇÃO EM 2008 DO VALOR NÃO APLICADO EM 2007COMPENSAÇÃO EM 2008 DO VALOR NÃO APLICADO EM 2007COMPENSAÇÃO EM 2008 DO VALOR NÃO APLICADO EM 2007

O TCMRJ apurou que o Poder Executivo não cumpriu o art. 212 da Constituição Federal

no exercício de 2007, ao aplicar o percentual de 24,68% na MDE, que é inferior ao

mínimo exigido de 25%, conforme Voto do Relator Exmo Sr. Conselheiro Fernando

Bueno Guimarães no processo nº 40/001.775/2008, que trata do Parecer Prévio

relativo ao exercício de 2007.

A expressão monetária do descumprimento correspondia a R$ 20.143.594,29 e

decorria da aplicação dos parâmetros fixados por esta Corte, que resultaram na

seguinte recomendação:

“39. Que sejam observados os parâmetros constitucionais e legais que permeiam as

decisões desta Corte sobre a correta apuração das despesas com a Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino, conforme subitens 8.1.1 e 11.3.10;”

Em virtude dos fatos apurados, o TCMRJ expediu, ainda, a Ressalva nº 5, como segue:

“ O Município descumpriu o disposto no art. 212 da Constituição Federal ao aplicar o

percentual de 24,68% em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (subitem 8.1).”

Foi recomendada, ainda, a aplicação adicional em 2008 de R$ 20.143.594,29, a fim de

regularizar o ocorrido em 2007, sem prejuízo do cumprimento dos 25%.

O exame das manifestações encaminhadas a esta Corte revelaram o seguinte:

•••• A Secretaria Municipal de Fazenda informou que foram disponibilizados, em 2008, recursos

orçamentários suficientes para atender às recomendações do Tribunal de Contas no subitem

8.1, constante do processo nº 40/1775/2008.

•••• A Secretaria Municipal de Educação informou que a matéria se enquadra nas atribuições da

CGM.

Ressalte-se que a CGM não se manifestou sobre o ponto.

O exame dos dados constantes na prestação de contas, na execução orçamentária e os

obtidos em inspeção, com o intuito de verificar se a compensação foi efetivada,

resultou nas constatações que seguem.

O exame das Contas de 2008 revelou que o Poder Executivo não adotou:

a) a recomendação nº 39, que trata dos parâmetros atinentes a apuração do art. 212,

de forma a evitar o seu descumprimento. Esses parâmetros influenciaram, em 2007, o

percentual inferior a 25%, e a análise indicou que o percentual de 2008 também foi

afetado. Vide subitem 6.1.1.2.

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Data 17/04/09 Fls 359

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b) a dedução de 25% do ganho do FUNDEB da base de cálculo, estipulada por esta

Corte no item “B” de fls.70 do processo nº 40/001.653/2007, que foi objeto de quatro

alertas aplicáveis a 2008, emitidos por este Tribunal sobre o assunto, sendo um no

processo nº 40/001.775/200833, que trata do exame da Prestação de Contas de 2007,

e três nos processos de acompanhamento dos RREO – 2008 – Processos

nºs 40/001.460/2008, 40/002.431/2008 e 40/003.713/200834. Não cumpriu,

portanto, o parágrafo único do art.1º da Lei nº 11.494/2007. O assunto encontra-se

detalhado no subitem 6.1.1.1.1.

c) a recomendação nº 40, que ensejaria a aplicação de R$ 1.817.129.076 em 2008. O

Poder Executivo aplicou R$ 1.708.652.239, indicando parcela não realizada de

R$ 108.476.837.

C OMP OS IÇ ÃO VALORC O M EN T ÁR IO S N O SUB IT EM

(A) L IMITE AP LIC ÁVE L A 2008 (25% D E R $ 7.167.417.819)

1 .791.854.455 6 .1 .1

(B ) AP LIC AÇ ÃO AD IC ION AL P AR A R E GU LAR IZAR 2007

25.274.622 6.1.3.2

(C ) TOTAL QU E D E V ER IA S E R APLIC AD O E M 2008 (A+B )

1.817.129.076

(D ) V ALOR AP LIC AD O 1 .708.652.239 6 .1 .1

(E ) V alores N ão Ap licados C onform e Art.212 da C F em 2007 e 2008 (D -C )

(108.476.837)

Além de não adotar o comentado nos itens “a”, “b”, “c”, foi identificado o

cancelamento, em 2008, de R$ 5.131.027,27, relativos a restos a pagar de 2007 que o

Poder Executivo havia considerado na base de cálculo. O subitem 6.1.3.2 demonstra

que, em função de tais ocorrências, o valor não aplicado em 2007 atingiu o montante

de R$ 25.274.621,56, e o percentual de 24,60%.

Os fatos mencionados evidenciam, portanto, que não houve a aplicação adicional de

R$ 20.143.594,29 no exercício de 2008, mas sim a majoração do valor não aplicado

em 2007.

6.1.36.1.36.1.36.1.3 RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES A 2008 RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES A 2008 RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES A 2008 RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES A 2008

O acompanhamento dos restos a pagar, que foram computados na MDE de exercícios

entre 2000 e 2007, revelou que, em alguns casos, não restavam valores a processar ou

a pagar e, em outros, que o cancelamento do montante pendente não ocasionaria

efeito relevante.

Diante do exposto, serão comentados os exercícios de 2004 e 2007.

6.1.3.16.1.3.16.1.3.16.1.3.1 RESTOS A PAGAR DE 2004RESTOS A PAGAR DE 2004RESTOS A PAGAR DE 2004RESTOS A PAGAR DE 2004

O percentual apurado por esta Corte como gasto na Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino, no exercício de 2004, foi de 25,00%, considerando a exclusão de despesas

33

Relator - Exmo Sr. Conselheiro Fernando Bueno Guimarães

34 Relator - Exmo Sr. Conselheiro Ivan Moreira

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Data 17/04/09 Fls 360

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

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realizadas durante o exame das Contas de 2004, por não se coadunarem com a LDB, e

o valor relativo às despesas inscritas em Restos a Pagar em dezembro de 2004 e

canceladas no decurso do exercício de 2005, conforme apurado quando do exame da

Prestação de Contas de 2005.

Considerando a existência de Restos a Pagar de 2004, ainda em 2006 (dois anos

depois), esta Corte expediu alerta ao Município do Rio de Janeiro sobre o possível

impacto, no percentual aplicado em 2004, do eventual cancelamento.

Posteriormente, foi constatado que o cancelamento dos Restos a Pagar do exercício de

2004 comprometeu o cumprimento constitucional, pois em 2007, os novos

cancelamentos implicaram o percentual de 24,98%.

Esse fato demonstrou a necessidade de aplicação adicional de R$ 749.464,49, que foi,

então, deduzida do valor apurado em 2007.

A análise do exercício de 2008 revelou que não ocorreram novos cancelamentos. No

entanto, refletiu a existência de restos a pagar processados daquele exercício no valor

de R$ 75.608,31(4 anos depois de inscritos), cujo eventual cancelamento implicaria a

necessária aplicação adicional de igual valor.

6.1.3.26.1.3.26.1.3.26.1.3.2 RESTOS A PAGAR DE 2007RESTOS A PAGAR DE 2007RESTOS A PAGAR DE 2007RESTOS A PAGAR DE 2007

Esta Corte emitiu Parecer Prévio relativo ao exercício de 2007, considerando não

cumprida a obrigação percentual mínima com educação, tendo em vista a aplicação de

24,68%, com base em despesas reconhecidas pelo Tribunal.

Foi identificado, durante a análise das Contas de 2007, que o Poder Executivo

cancelou o valor de R$ 2.083.528,97, logo após o encerramento do mencionado

exercício (primeiro bimestre).

Posteriormente, a consulta ao sistema FINCON revelou que o Poder Executivo

prosseguiu cancelando mais R$ 5.131.027,27, relativos a 2007, após o primeiro

bimestre de 2008.

Cabe ressaltar que esta Corte expediu a recomendação nº 40, quando da emissão do

Parecer Prévio relativo a 2007, que fixava a promoção da aplicação adicional, em 2008,

do valor de R$ 20.143.594,29, de forma a regularizar o descumprimento do art.212

da Constituição Federal. O subitem 6.1.2 evidencia que tal compensação não foi

efetivada pelo Poder Executivo.

Verifica-se, portanto, que, além de não promover a compensação determinada de

R$ 20.143.594,29, o Poder Executivo ainda cancelou mais R$ 5.131.027,27.

Esta Corte vem emitindo, nos Pareceres Prévios, alertas que requeriam cautela sobre

os efeitos do cancelamento de Restos a Pagar não processados na apuração do

cumprimento do art.212 da CF:

•••• Exercício de 2005 – Relator: Nestor Rocha – Alerta nº 4;

•••• Exercício de 2007 – Relator: Fernando Bueno – Alerta nº 3.

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Data 17/04/09 Fls 361

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Esse fato aumenta o montante não aplicado em 2007 para R$ 25.274.621,56 e,

conseqüentemente, o percentual diminui para 24,60%, como segue:

M D E - Exe rcício de 2007 F=De spe sa G =R e ce itaH =Pe rce ntual

(F/G )%

A =Percentual relativo a 2007 1.542.849.436 24,68%

B = R estos a Pagar C ancelados - Entre m arço e dezem bro de 2008

(5.131.027) (0,08%)

C = Percentual Ajus tado de 2007 em 2009 (A-B) 1.537.718.409 24,60%

D = Percentual obrigatório = 25% da R eceita 1.562.993.031 25,00%

E = Montante abaixo de 25% (C -D ) (25.274.622) (0,40%)

Fonte:C ontas de Ges tão de 2007 e 2008, FINC O N e Pareceres Prévios de 2007 a 2008

6.251.972.123

6.1.46.1.46.1.46.1.4 REPASSE DE RECEITAS À SME DESTINADAS À MDEREPASSE DE RECEITAS À SME DESTINADAS À MDEREPASSE DE RECEITAS À SME DESTINADAS À MDEREPASSE DE RECEITAS À SME DESTINADAS À MDE

A LDB estabelece que as receitas pertencentes à base de cálculo da MDE deverão ser

repassadas ao órgão responsável pela educação e disciplina os prazos, fixados em

função da arrecadação. Determina, ainda, que o atraso na liberação sujeitará os

recursos à correção monetária e a responsabilização civil e criminal das autoridades

competentes, como segue:

“Art. 69 A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas

respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos,

compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento

do ensino público.

(...)

§5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela

educação, observados os seguintes prazos:

(...)”

Esta Corte emitiu a Recomendação nº 30, no processo nº 40/001.775/2008, relativa

ao exame das Contas de Governo do exercício de 2007 sobre o assunto:

“30. Que seja adotado o procedimento prescrito no § 5º do art. 69 da LDB a fim de que

os recursos da MDE sejam repassados a Secretaria Municipal de Educação (subitem

8.1.1.2.3)”

Foi encaminhada resposta pela Secretaria Municipal de Fazenda com o seguinte teor:

“A alocação de recursos é feita através do orçamento, e na ocasião da abertura do

mesmo os recursos encontram-se disponíveis para pronta execução das despesas da

Secretaria Municipal de Educação.”

É sabido que a despesa a ser executada deverá constar da lei orçamentária, bem como

deverão ser trilhados todos os ritos orçamentários da execução: empenho, liquidação

e pagamento. O repasse ao ordenador de despesas da SME não anulará a necessidade

de se observar as normas que regem a fixação da despesa e sua execução, sem

prejuízo da observância às normas licitatórias.

Não é este o cerne da impropriedade que motivou a emissão da recomendação.

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 362

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A recomendação trata do §5º do art.69 da LDB, que determinou o repasse dos

recursos relativos à MDE para o órgão responsável pela educação, no caso a SME.

Houve inclusive a fixação de prazos contados a partir da arrecadação, por meio dos

incisos I, II e III, como segue:

“§5º do art.69 (...)

I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o vigésimo dia;

II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até o

trigésimo dia;

III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o décimo

dia do mês subseqüente.”

O Poder Executivo deve operacionalizar o repasse dos valores arrecadados nos exatos

termos dos incisos do §5º do art.69. O atraso na liberação sujeita os recursos à

correção monetária e à responsabilização civil e criminal das autoridades competentes,

conforme parágrafo 6º do mesmo artigo, como segue:

Art.69 (...)

§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos à correção monetária e à

responsabilização civil e criminal das autoridades competentes.

6.1.56.1.56.1.56.1.5 SIOPESIOPESIOPESIOPE

O Ministério da Educação publicou a Portaria nº 6, de 20/06/2006, que instituiu o

Sistema de Informações sobre o Orçamento Público em Educação – SIOPE, sistema

informatizado de coleta, processamento e disseminação de dados orçamentários da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios relativos à aplicação da

receita vinculada à manutenção e desenvolvimento do ensino.

De acordo com o art. 2º da citada Portaria, o preenchimento completo dos dados

orçamentários relativos à educação era condição indispensável para a realização de

transferências voluntárias pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação -

FNDE.

O exame das Contas do exercício de 2007 revelou que o Município do Rio de Janeiro

não efetuou a transmissão dos dados referentes ao período de 2005 a 2007.

Em função de possível restrição para a obtenção das mencionadas transferências

voluntárias, oriundas do FNDE, foi expedida a Recomendação nº 23, como segue:

“Que o Município adote as providências necessárias para se evitar óbice à obtenção de

receitas, decorrentes das transferências voluntárias, oriundas do Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação, tendo em vista o contido na Portaria MEC nº 06, de

20/06/2006. A existência de restrição para a obtenção desses recursos pode afetar,

inclusive, a pretensão de futuros Governantes (subitem 8.1.3);”

Posteriormente, o Ministério da Educação publicou a Portaria nº 844, de 8 de julho de

2008, que passou a tratar do SIOPE e revogou a Portaria MEC nº 6, de 20/06/2006.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Segundo o seu art. 3º, a partir de 1º de janeiro de 2009, o preenchimento completo

dos dados será condição para a celebração de convênios e termos de cooperação com

o Ministério da Educação ou com órgãos da administração indireta a ele vinculado.

A CGM respondeu que encaminhou para o MEC-FNDE as informações referentes ao

cumprimento do limite constitucional de gastos com educação, através dos Ofícios

CGM nº 466/2007 e 189/2008, seguindo os critérios aprovados na Lei Orçamentária

Anual.

Acrescentou, ainda, que as informações não foram incluídas no sistema, em função da

incompatibilidade com os parâmetros estabelecidos no mesmo. No entanto, não

encaminhou a cópia dos Ofícios remetidos ao MEC nem detalhou quais seriam as

referidas incompatibilidades.

O site do SIOPE revela que os Ofícios enviados ao MEC não alteraram a condição de

“não transmitido”, entre 2005 e 2008, conforme Anexo III desta análise.

Cabe ressaltar que o Manual do Sistema, disponível no site do FNDE, evidencia que o

ganho do FUNDEB não deve compor a base de cálculo. Tal parâmetro está alinhado

com as decisões desta Corte, conforme pareceres prévios sobre as contas de governo

de 2006 e 2007. A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro procede de forma diferente.

6.26.26.26.2 REMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉREMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉREMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉREMUNERAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO RIO RIO RIO

O inciso XII do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da

Constituição Federal, com redação incluída pela Emenda Constitucional nº 53/2006,

estabelece que o Município deverá destinar o mínimo de 60% dos recursos do FUNDEB

ao pagamento dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo

exercício.

A apuração do cumprimento dessa obrigação também deve compor o Relatório

Resumido da Execução Orçamentária - RREO, exigido no §3º do art.165 da

Constituição Federal, conforme determinação da LDB em seu art.72.

O Anexo X do RREO apresentou o percentual de 90,71% de aplicação, ficando acima do

mínimo constitucional.

Não foram identificados fatos relevantes sobre os cálculos constantes da Prestação de

Contas, bem como não existem restos a pagar relativos às despesas em comento de

2007 e 2008.

Através de consulta realizada no FINCON a partir do exercício de 2000, verificou-se

que não há restos a pagar relativos a despesas com pessoal com os recursos do

extinto FUNDEF. Cabe lembrar que havia exigência similar à comentada neste item até

o exercício de 2006.

6.36.36.36.3 AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE ---- ASPS ASPS ASPS ASPS

A Emenda Constitucional nº 29, de 13/09/00, que alterou os arts. 34, 35, 156, 160,

167 e 198 da Constituição Federal e acrescentou o art. 77 ao Ato das Disposições

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Constitucionais Transitórias, estabeleceu o percentual mínimo de 15% para aplicação

em Ações e Serviços Públicos de Saúde.

Os parâmetros utilizados para aferição do cumprimento do limite constam da

Resolução CNS nº 322, de 08/05/03, que substituiu, sem alteração de substância, a

Resolução CNS nº 316/02, após as discussões que envolveram as três esferas de

governo, inclusive esta Corte de Contas. Estas discussões visavam à uniformização de

critérios pelos entes federativos.

Também foi considerado o já manifestado posicionamento desta Corte de Contas,

quando do exame das Contas do Prefeito relativas a exercícios anteriores.

O Poder Executivo apurou o percentual de 15,73%, enquanto o exame da CAD revelou

que o percentual correto é 15,78%, conforme comentado no subitem 6.3.1.2. O

quadro a seguir apresenta as informações ajustadas.

D e spe sas C onside radas para fins de limite constitucional e De duçõe s

PC RJ T CM R J CO M ENT ÁRIO S

NO SU BIT EM

1.D e spe sas Incluídas 1.052.037.450 1.052.037.450

Se cre taria M unicipal de Saúde 1.052.037.450 1.052.037.450

2.D e duçõe s 5.456.800 2.650.554

R e stos a Pagar Cance lados 5.456.800 2.650.554 6.3.1.2

3.De spe sas C onside radas para fins de limite Constitucional (1-2)

1.046.580.650 1.049.386.896

R ECEIT AS C O N SIDER ADAS PC RJ C AD

1. Re ce itas de Impostos 4.677.702.847 4.677.702.847

2. R e ce itas de T ransfe rê ncias C onstitucionaise Le gais 1.974.112.455 1.974.112.455

R e ce itas Conside radas para fins de limite Constitucional

6.651.815.301 6.651.815.301

P ER C E N TU AL AP LIC AD O EM 2008 15,73% 15,78%

APU RAÇ ÃO D O CU M PR IM EN T O D A O BR IG AÇÃO CO NST IT U CIO N AL M ÍN IM A C O M AS ASPS

6.3.16.3.16.3.16.3.1 ACOMPANHAMENTO DE RESTOS A PAGAR ACOMPANHAMENTO DE RESTOS A PAGAR ACOMPANHAMENTO DE RESTOS A PAGAR ACOMPANHAMENTO DE RESTOS A PAGAR

Esta Corte tem considerado as despesas empenhadas na apuração do percentual

aplicado em ASPS, assim como o Poder Executivo, o que é corroborado nos Manuais da

Secretaria do Tesouro Nacional, como no aprovado pela Portaria nº 575, de 30 de

agosto de 2007 (página 244 do Manual).

(...) Portanto, durante o exercício, são consideradas despesas executadas apenas as

despesas liquidadas e, no encerramento do exercício, são consideradas despesas

executadas as despesas liquidadas e as inscritas em restos a pagar não processados.

Esta prática demanda o acompanhamento dos Restos a Pagar, pois o eventual

cancelamento destas parcelas nos exercícios subsequentes impactará o percentual

efetivamente aplicado em saúde nos exercícios passados, pois neste caso, a despesa

que foi inserida na base de cálculo não trará benefícios à Saúde.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O Poder Executivo informou, no demonstrativo que compõe o RREO, o cancelamento

de R$ 5.456.799,86, como dedução.

A finalidade do campo, segundo o Manual vigente em 2008, é a seguinte:

“Esse valor deverá ser compensado no exercício de referência, aplicando-o em

despesas com ações e serviços públicos de saúde, além do limite mínimo

constitucional para o exercício de referência.”

Ocorre que a simples dedução dos restos a pagar pode encobrir a descaracterização

da efetiva aplicação em exercícios passados apresentando alguns aspectos que não

foram contemplados e que são considerados neste item, como segue:

•••• não se pode exigir compensação de restos a pagar cancelados em 2008 de exercício que não

tenha sido afetado por tal cancelamento, que continua apresentando percentual igual ou

superior a 15%, que é a exigência constitucional;

•••• tem ocorrido o cancelamento de restos a pagar do último exercício encerrado, ainda na fase

de preparação, análise e/ou apuração das Contas, no início do exercício seguinte. Neste

caso, o procedimento correto é não considerar tais despesas na base de cálculo, pois já é

conhecida a inutilidade do valor inscrito para a geração de benefício passado, presente ou

futuro para as ASPS, tratando-se de valor que não será objeto de liquidação.

Dessa forma, esses valores não podem ser considerados como a aplicação exigida no

§2º do art.198 da CF. Invoca-se, ainda, neste caso, o princípio da moralidade, fixado

no art.37 da CF. O Anexo do Manual do RREO não contempla todas as possibilidades

de controle, nem impede o exame da composição das informações necessárias, por

exemplo, quando da identificação dos responsáveis, bem como da exatidão dos

valores.

Considerando consulta realizada no FINCON a partir do exercício de 2000, cabe

informar que alguns exercícios não serão comentados nos subitens que seguem, pois

o exame revelou, em alguns casos, que não restavam valores a processar ou a pagar

e, em outros, que o cancelamento do montante pendente não ocasionaria efeito

relevante.

6.3.1.16.3.1.16.3.1.16.3.1.1 INCLUÍDOS EM 2007 INCLUÍDOS EM 2007 INCLUÍDOS EM 2007 INCLUÍDOS EM 2007

O percentual aplicado em ações e serviços públicos de saúde, no exercício de 2007,

foi de 15,14% e o exame do fluxo dos Restos a Pagar revelou que o Município do Rio

de Janeiro efetuou o cancelamento de R$ 5.456.799,86 em 2008.

Ressalte-se que esta Corte já havia deduzido a parcela de R$ 229.577,34, quando do

exame da Prestação de Contas de 2007, de forma a ajustar o percentual mencionado.

Logo, cabe deduzir a parcela adicional de R$ 5.227.222,52, conforme exposto a seguir

e no subitem 6.3.1:

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Saúde - Exe rcício de 2007 De spe sa R e ce ita Pe rce ntual

D ados apurados em 2007 857.823.908 15,14%

R estos a Pagar Cancelados entre m arço e dezem bro de 20085.227.223 0,09%

D ados de 2007 ajus tados para 2008 852.596.686 15,05%

Fonte:Contas de Ges tão de 2008 e FINCON

5.664.174.369

Verifica-se a redução do percentual aplicado de 15,14% para 15,05%, em decorrência

do cancelamento de restos a pagar, sendo desnecessária a aplicação adicional.

A consulta ao FINCON indicou que o restante dos restos a pagar foi quitado em 2008.

6.3.1.26.3.1.26.3.1.26.3.1.2 INCLUÍDOS EM 2008INCLUÍDOS EM 2008INCLUÍDOS EM 2008INCLUÍDOS EM 2008

A análise do fluxo relativo aos restos a pagar de 2008, que foram computados na

apuração da obrigação constitucional mínima com a saúde, revelou que houve o

cancelamento de R$ 2.650.553,76 em 2009.

Estas despesas não devem ser computadas na base de cálculo, conforme comentado

no subitem 6.3.1.

6.46.46.46.4 DESPESA COM PESSOALDESPESA COM PESSOALDESPESA COM PESSOALDESPESA COM PESSOAL

O quadro de Despesa de Pessoal é exigido pela Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF

em seu art. 55, inciso I, alínea “a”, como parte integrante do Relatório de Gestão Fiscal.

Este demonstrativo visa a assegurar a transparência da despesa com pessoal de cada

um dos Poderes e órgãos e a verificar os limites de que trata a LRF.

A Lei de Responsabilidade Fiscal fixou limites para as Despesas com Pessoal em

percentuais da Receita Corrente Líquida, sendo de 60% para o Município (art. 19, inciso

III), distribuídos em 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município,

(apenas para efeito do art. 20) e 54% para o Executivo (art. 20, inciso III, alíneas “a” e

“b”).

De acordo com o demonstrativo a seguir, o total da Despesa com Pessoal

(Consolidado) de R$ 4.993.112 mil corresponde a 52,18% da Receita Corrente Líquida,

sendo R$ 4.706.836 mil gastos pelo Poder Executivo (49,19%) e R$ 286.274 mil, pelo

Poder Legislativo (2,99%), incluído o Tribunal de Contas do Município, atendendo,

portanto, aos limites previstos nos arts. 19, inciso III35 e 20, inciso III, alínea “b”, da

LRF36. A Receita Corrente Líquida considerada foi aquela apurada pela CAD, conforme

35 Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e

em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

(...)

III – Municípios: 60% (sessenta por cento).

36 Art. 20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os seguintes percentuais:

(...)

III – na esfera municipal:

(...)

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

subitem 2.6.2.5. O cálculo apresentado na Prestação de Contas, considerando a RCL

apurada pela CGM, apurou um percentual da Despesa Total de Pessoal de 51,65%,

sendo 48,69% referentes ao Poder Executivo, e 2,96% referentes a CMRJ e TCMRJ. Em R$ 1.000,00

EXECU T IVO LEG ISLAT IVO CO N SO LID AD O

JAN a D EZ/2008

JAN a DEZ/2008

JAN a DEZ/2008

DESPESA BR UT A CO M PESSO AL (I) 5.700.585 293.126 5.993.711 Pess oal Ativo 3.859.557 292.370 4.151.928 Pess oal Inativo e Pens ionis tas 1.690.569 756 1.691.325 O utras de D espes a de Pes soal decorrente de contratos de terc eiriz ação (art. 18 § 1° da LRF) 150.459 150.459

DESPESAS NÃO CO M PUT ADAS (art. 19, § 1º da LRF) (II) 993.749 6.852 1.000.601 (-) Indeniz ações por D em iss ão e Incentivos à Dem iss ão Voluntária 7.762 7.762 (-) Dec orrentes de D ec is ão Judic ial 53.763 53.763 (-) Des pesas de Exerc íc ios Anteriores 70.557 6.852 77.409 (-) Inativos e Pens inis tas c om Recurs os Vinculados 861.667 861.667 -

T O T AL DA D ESPESA CO M PESSO AL PARA FINS D E LIM IT E (III) = (I) - (II) 4.706.836 286.274 4.993.111

RECEIT A CO R RENT E LÍQ UIDA - R CL (IV) 9.568.472 9.568.472 9.568.472

% do T O T AL DA DESPESA LÍQ UIDA C O M PESSO AL SO BR E A RC L (V) = (III / IV)*100

49,19% 2,99% 52,18%

Fonte:Pres taç ão de Contas do Pref eito/Relatórios de Gestão Fis c al da CMRJ e TCMRJ

D ESPESA CO M PESSO AL

Observa-se que a despesa do Poder Executivo, ao atingir o percentual de 49,19%,

encontra-se sujeita à emissão de alerta previsto no inciso II do § 1º do art. 5937.

6.4.16.4.16.4.16.4.1 OUTRAS DESPESAS DE PESSOAL OUTRAS DESPESAS DE PESSOAL OUTRAS DESPESAS DE PESSOAL OUTRAS DESPESAS DE PESSOAL

O §1º do art. 18 da LRF determina que os valores gastos com terceirização de mão-

de-obra, quando para a substituição de servidores ou empregados públicos, deverão

ser computados como “Outras Despesas de Pessoal”.

A execução orçamentária das citadas despesas, consideradas no demonstrativo do

Relatório de Gestão Fiscal, apresentou os seguintes valores:

Naturezas

31903401 31903402 31903403 31903404 31903405SMS 118.086.639 118.086.639 78,48%

COMLURB 1.185.443 24.148.797 25.334.240 16,84%SMPD 1.957.472 1.957.472 1,30%RIOLUZ 1.316.738 590.913 1.907.651 1,27%RIOZOO 1.498.214 1.498.214 1,00%SMH 987.069 987.069 0,66%Planetário 526.925 526.925 0,35%SMTR 92.009 92.009 0,06%RIOFILME 54.510 54.510 0,04%IPP 14.033 14.033 0,01%

TOTAIS 118.086.639 3.801.135 3.435.122 24.148.797 987.069 150.458.762 100%Fonte: Contas de Gestão de 2008

ÓRGÃOS %TOTAL GERAL

NATUREZAS DE DESPESA - R$

Os códigos das despesas são os seguintes :

Códigos de Despesas31903401 Mão-de-Obra para Serv iços de Saúde Pública31903402 Serv iços Técnicos, Científ icos e de Pesquisas de Caráter Continuado31903403 Serv iços Adminis trativos de Caráter Continuado31903404 Serv iços de Limpeza Urbana de Caráter Continuado31903405 Serv iços de Engenharia de Caráter Continuado

Nom enclatura

b) 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.

37 Art. 59

(...)

§ 1º: Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20 quando constatarem:

(...)

II – que o montante da despesa com pessoal ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite:

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

6.56.56.56.5 CRÉDITOS ADICIONAISCRÉDITOS ADICIONAISCRÉDITOS ADICIONAISCRÉDITOS ADICIONAIS

A Lei nº 4.751, de 21/01/2008, em seu art. 9º, estabeleceu o limite máximo de 25%

para transposição, remanejamento ou transferências de recursos. As parcelas que não

compõem a base de cálculo constam do parágrafo único do art. 9º, que excluiu os

valores correspondentes à amortização e encargos da dívida e as despesas financiadas

com operações de crédito contratadas e a contratar.

O Município do Rio de Janeiro cumpriu o previsto na LOA, pois os créditos abertos,

sujeitos ao limite, corresponderam a 6,72% da despesa fixada na Lei Orçamentária de

R$ 10.903.823.603.

Dotação Inicial Global (A) 10.903.823.603,00 Dotações para des pes as (B) 1.086.832.998,00

Com Juros e Encargos da Dívida 534.886.000,00 Com Amortização da Dívida 354.565.098,00 Custeadas com a fonte 112 92.318.500,00 Custeadas com a fonte 110 105.063.400,00

Dotação Inicial na Base de Cálculo (C=A-B) 9.816.990.605,00 Cré ditos Adicionais Abe rtos s uje itos ao Lim ite (D) 659.979.299,67 Pe rce ntual atingido E=D/C 6,72%

25%2.454.247.651,25

Obs.:Fonte 112 - Operações de Crédito a Realizar/Fonte 110 - Operações de Crédito RealizadasFonte:Prestação de Contas 2008 e FINCON

Cálculos CAD

Lim ite Es tabelecido na Le i Orçam entár ia

De forma geral, os créditos adicionais apresentaram a seguinte composição:

R$

Saldo Inicial dos Cré ditos Autorizados 10.903.823.603,00

(+) Cré ditos Adicionais 3.693.512.880,85

a) Créditos abertos com base no Art. 9º da Lei nº 4.751/08 659.979.299,67

b) Créditos abertos extra-limite com base no A rt 10 da Lei nº 4.751/08 3.021.273.581,18 c) Créditos abertos com base no Art 11 da Lei nº 4.751/08 12.260.000,00

(-) Cance lam e ntos 2.573.405.825,12

Saldo Final dos Cré ditos Autorizados 12.023.930.658,73

Fonte:Prestação de Contas 2008 e FINCON

CRÉDITOS ADICIONAIS

Cabe ressaltar que, na Prestação de Contas referente ao exercício de 2007, o

Município do Rio de Janeiro publicou o demonstrativo com indicação do limite sem

considerar as deduções previstas na LOA, tendo sido tal fato objeto de recomendação

desta Corte. Na presente Prestação de Contas, tal irregularidade foi sanada, sendo

observada a metodologia de cálculo definida na Lei Orçamentária.

O quadro, a seguir, compara os limites autorizados com o valor dos créditos

efetivamente abertos, no quinquênio 2004/2008.

R$

ANOBASE DE

CÁLCULO (A)LIM ITE

DO CRÉDITOVALOR

ABERTO (B)LIM ITE

% (B)/(A)

2004 7.415.028.789,00 2.224.508.636,70 741.469.422,40 30,00% 10,00%

2005 8.050.074.782,27 2.415.022.434,68 453.186.992,89 30,00% 5,63%

2006 8.468.000.205,00 2.455.720.059,45 576.892.179,88 29,00% 6,81%

2007 9.069.038.350,00 2.630.021.121,50 989.366.593,15 29,00% 10,91%

2008 9.816.990.605,00 2.454.247.651,25 659.979.299,67 25,00% 6,72%

Fonte : Prestações de Contas 2004/2008

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Data 17/04/09 Fls 369

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Percebe-se que o Poder Executivo não vem utilizando todo o percentual de créditos

suplementares autorizados em lei.

6.66.66.66.6 DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDADÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDADÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDADÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA

O detalhamento, a forma e a metodologia de apuração do Demonstrativo da Dívida

Consolidada Líquida visam assegurar a transparência das obrigações contraídas pelos

entes da Federação e verificar o cumprimento do limite de endividamento de que trata

o inciso II do art. 3° da Resolução n° 40/2001 do Senado.

O dispositivo legal estabelece que o montante da dívida consolidada líquida dos

municípios não poderá exceder a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita

corrente líquida.

O Parecer Prévio relativo às contas de 2007 conteve as recomendações nos 31 e 32,

descritas a seguir:

31. Que as disponibilidades do Fundo Especial de Previdência do Município do

Rio de Janeiro – FUNPREVI não integrem as deduções da dívida consolidada na base de

cálculo que apura o cumprimento do art. 3º do Inciso II da Resolução nº 40/2001 do

Senado;

32. Que os Restos a Pagar sejam incluídos nas deduções do Ativo Disponível na

base de cálculo que apura o cumprimento do art. 3º do Inciso II da Resolução nº

40/2001 do Senado.

A CGM informou que a STN estaria tratando de matéria afeta ao Senado Federal, ao

propor metodologias de cálculo com efeito no montante da dívida consolidada líquida.

Alegou, ainda, que a própria União não apura sua Dívida Consolidada Líquida

utilizando tal parâmetro.

Sobre os comentários da CGM, cabe informar que:

a) a Resolução do Senado nº 40/2001, em foco, regulamenta os limites

exclusivamente para os Estados, Municípios e Distrito Federal, conforme abaixo:

“Art. 1º Subordina-se às normas estabelecidas nesta Resolução a dívida pública

consolidada e a dívida pública mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios.”

De fato, a União ao publicar seu demonstrativo da dívida consolidada líquida insere a

seguinte nota, em vista de não estar sujeita aos ditames da Resolução nº40/2001:

“2 - Limite em regulamentação. O Poder Executivo encaminhou proposta de limite de

endividamento da União para regulamentação pelo Senado Federal.”

Logo, os atos e omissões da União não podem ser invocados como contra-argumento

no caso em questão, pois se trata de norma aplicada a Estados, Municípios e Distrito

Federal.

b) cabe enfatizar que a LRF atribuiu ao Ministério da Fazenda a verificação dos limites

e condições das operações de crédito, conforme art.32, como segue:

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Data 17/04/09 Fls 370

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

“Art.32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições

relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive

empresas por eles controladas, direta ou indiretamente.”

c) a Douta Procuradoria Especial desta Corte concluiu no Processo nº 40/001.653/07

referente às Contas de 2006 que:

“Não cabe, segundo penso, à Controladoria Geral do Município entender que a

Secretaria do Tesouro Nacional, ao propor metodologias de cálculo com efeito no

montante da dívida consolidada líquida, estaria tratando de matéria afeta ao Senado

Federal, conforme afirmação da CAD, porquanto tais atribuições estão definidas em

lei.”

Segundo o Manual de Instrução de Pleitos - MIP de operação de crédito para os

Estados e Municípios, editado por aquele Ministério:

•••• o Senado Federal delegou ao Ministério da Fazenda a instrução dos processos sujeitos à sua

autorização e

•••• consideram-se como normatizados os itens constantes nas Portarias da STN, cujos termos

foram inseridos na denominada análise de caráter vinculado.

Logo, há possibilidade de o Município ter um eventual pleito de operação de crédito

prejudicado, por não adotar a sistemática da STN, pois o manual que trata do cálculo

do limite da dívida consolidada líquida foi elaborado pela Coordenação – Geral de

Contabilidade da STN (CCONT/STN), com a colaboração técnica da Coordenação-Geral

de Operações de Créditos de Estados e Municípios, integrante da própria STN

(COPEN/STN).

O quadro a seguir compara o percentual da Dívida Consolidada Líquida apurado pelo

Poder Executivo com o resultante da aplicação dos parâmetros do Manual do RGF e do

MIP.

Em R$ mil

ITEMPublicado pe la

CGM

M anual do RGF, M anual de

Ins trução de Ple itos e TCM RJ

Dife rença

Dívida Consolidada ( A ) 8.684.931 8.684.931 0

( - ) Deduçõe s (B) 4.040.776 1.697.388 2.343.388

A tivo Disponível e Haveres Financeiros 4.040.776 2.038.806 2.001.969

( - )Restos a Pagar Processados ** 0 341.419 (341.419)

Dívida Consolidada Líquida ( C=A-B ) 4.644.155 6.987.543 (2.343.388)

* Rece ita Corrente Líquida (D ) 9.666.783 9.568.472 98.311

Re lação Dívida Consolidada Líquida s / RCL (C/D) 48,04% 73,03% (24,98%)

108%

Lim ite 120%

* Rece ita Corrente Líquida - O valor indicado de R$ 9.568.471.679 foi apurado conform e subitem 2.6.2.5.

** Não inclui os RP do FUNPREVI.Fonte: Contas de Gestão 2008

Alertar se for super ior a

Independentemente dos parâmetros utilizados, pode-se afirmar que o Município do

Rio de Janeiro cumpriu o limite estabelecido no inciso II do art. 3° da Resolução

n° 40/2001 do Senado Federal.

O comportamento da Dívida encontra-se comentado no capítulo 8 desta análise.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

6.76.76.76.7 GARANTIAS DE VALORESGARANTIAS DE VALORESGARANTIAS DE VALORESGARANTIAS DE VALORES

O Demonstrativo das Garantias e Contragarantias de Valores, parte integrante do

Relatório de Gestão Fiscal - RGF, é elaborado pelo Poder Executivo e abrange as

prestadas a terceiros, de cada ente da respectiva esfera de governo.

As garantias constituem formas de proteção adicional para assegurar que o contrato

se dará na forma pactuada e que as obrigações assumidas serão honradas, ou que

serão asseguradas compensações aos contratos. De acordo com a posição evidenciada

no Anexo III do RGF, preparado pela Controladoria Geral do Município, não houve

saldo de garantias e/ou contragarantias no exercício de 2008.

6.86.86.86.8 OPERAÇÕES DE CRÉDIOPERAÇÕES DE CRÉDIOPERAÇÕES DE CRÉDIOPERAÇÕES DE CRÉDITO EM RELAÇÃO À RCLTO EM RELAÇÃO À RCLTO EM RELAÇÃO À RCLTO EM RELAÇÃO À RCL

A Resolução nº 43/200138 do Senado estabeleceu os limites para as Operações de

Crédito, sendo os dados divulgados no Anexo IV do Relatório de Gestão Fiscal,

conforme sintetizado a seguir:

R$ M il

Operações de Crédito Internas e Externas (A) 48.800

Rece ita Corrente Líquida - RCL (B ) 9.568.472

0,51%

16,00%1.530.955

Fonte: Contas de Gestão 2008

Lim ite - Inciso I do Art.7º da Resolução Senado nº 43/2001

Operações Inte rnas e Exte rnas/RCL - A/B

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

As operações de crédito corresponderam a 0,51% da Receita Corrente Líquida, apurada

no subitem 2.6.2.5. Esse percentual se encontra abaixo do limite de comprometimento

(16% da RCL) estabelecido pelo art. 7º da Resolução nº 43/2001 do Senado.

6.96.96.96.9 “REGRA DE OURO”“REGRA DE OURO”“REGRA DE OURO”“REGRA DE OURO”

A Constituição Federal vedou a realização de Operações de Crédito que excedam o

montante das despesas de capital, no inciso III do art.167 (Regra de Ouro), cujo

cumprimento é demonstrado no Anexo XI do RREO, conforme dados a seguir:

R$ Mil

A)De s p e s as d e Cap ital 1.590.619

B)In ce ntivos Fis cais para Co ntr ibu in te - 1.590.619

D)Ope r açõe s d e Cr é d ito In te rn as e Exte r nas 48.800

Fonte: Contas de Ges tão 2008

C)Re gr a d e o ur o p ara 2008 - As ope raçõe s d e cré d ito não po de m u ltr ap as s ar = A-B

Cu m pr iu a r e g ra d e our o: D m e nor q ue C

REGRA DE OURO

As receitas de operações de crédito foram inferiores às despesas de capital,

atendendo, assim, ao dispositivo mencionado.

38 Art. 7º As operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios observarão, ainda, os seguintes

limites:

I - o montante global das operações realizadas em um exercício financeiro não poderá ser superior a 16% (dezesseis por cento) da

receita corrente líquida, definida no art. 4º.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

No entanto, cabe ressaltar que foram identificadas impropriedades na classificação de

determinados gastos como Despesas de Capital, conforme informação da 1ª IGE

(Anexo IV desta análise).

A análise revelou que esses gastos referem-se a Convênios firmados com o objetivo

de desenvolver e promover cursos de capacitação para a população prioritária do

Município do Rio de Janeiro, visando a atender à demanda local e à certificação

profissional e ocupacional. No item 9.6, consta a descrição detalhada desses

convênios.

Os Convênios, firmados pela Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego – SMTE,

classificam as despesas na categoria econômica 4 – Despesa de Capital, no grupo de

natureza de despesas 4 – Investimento.

A Portaria Interministerial nº 163, de 04/05/2001, da Secretaria do Tesouro Nacional –

STN e Secretaria de Orçamento Federal – SOF estabelecia, até 2008, a classificação da

despesa que deverá ser observada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A

fundamentação legal do propósito é o disposto no art.51 da Lei de Responsabilidade

Fiscal, que estabelece a necessidade da consolidação das Contas Públicas.

O art.3º da Portaria Interministerial mencionada define Despesa de Capital e

Investimentos conforme exposto a seguir:

“4 - Despesa de Capital

Classificam-se nesta categoria aquelas despesas que contribuem, diretamente, para a

formação ou aquisição de um bem de capital.”

“4 - Investimentos

Despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de

imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de

instalações, equipamentos e material permanente.”

O posicionamento dos Órgãos Municipais pode ser extraído do processo

nº 40/004.768/2007, no qual a CGM ratificou a classificação orçamentária da despesa

na categoria econômica de capital e no grupo de natureza de investimentos. O seu

fundamento foi:

“Neste sentido, podemos observar o Anexo III da Portaria Interministerial STN/SOF

nº 163, de 04/05/2001, que elementos de despesas tipicamente associados a

despesas correntes, podem ser combinados com a categoria econômica de Capital e

grupo de natureza Investimentos, desde que se incorporem ao custo dos

investimentos, contribuindo para a aquisição dos meios necessários à sua execução.”

Tal posicionamento foi também adotado pela Secretaria Municipal de Fazenda, como

segue:

“A SMTE, de acordo com orientação da F/SOR, justificou a classificação utilizada por se

tratar de investimento na área social, adotando uma interpretação ampla em

detrimento da detalhada definição constante na Portaria Interministerial STN/SOF

nº 163, de 04/05/2001.”

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Conforme o Anexo III (discriminação das naturezas de despesa) da Portaria sob

análise, verifica-se que esta trazia apenas um rol de códigos e descrições, mas em

nenhum momento indicava que se poderiam classificar cursos de qualificação social e

profissional, como bens de capital, tampouco como obra.

Tais manifestações não podem prosperar, pois não tem fundamento a classificação

desses gastos como Despesa de Capital, já que não se referem à formação de um bem

de capital e nem como Investimento, pois não se tratam de despesas com o

planejamento e execução de obras, nem com a aquisição de equipamentos,

instalações e materiais permanentes.

Como consequência da indevida classificação do montante como Despesa de Capital,

tem-se:

1) Superavaliação do limite das receitas de operações de crédito - o incremento

errôneo das Despesas de Capital aumenta, indevidamente, a margem para a realização

de operações de crédito, resultando na distorção da apuração do cumprimento da

Regra de Ouro.

2) Distorção da execução orçamentária – A execução orçamentária não reflete a real

natureza da despesa.

Ressalte-se, ainda, que o incorreto procedimento adotado pelo Poder Executivo pode

criar um precedente para que sejam classificadas, por exemplo, todas as despesas

com ensino como investimento na área educacional, incrementando de forma

relevante o seu limite para operações de crédito.

Por fim, cabe informar que a Portaria Interministerial nº 163/2001 foi revogada pela

Portaria Conjunta da Secretaria do Tesouro Nacional - STN e Secretaria de Orçamento

Federal- SOF nº 3, de 15/10/2008, que aprovou o Volume II – Manual da Despesa

Nacional – do Manual Técnico de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

Os aspectos atinentes à Categoria Econômica - Despesa de Capital e ao Grupo de

Natureza - Investimento não sofreram alteração, de forma que os comentários deste

subitem continuam válidos para 2009 e exercícios futuros.

6.106.106.106.10 REGRA DE OURO REGRA DE OURO REGRA DE OURO REGRA DE OURO ---- PROJETO DA LOA PROJETO DA LOA PROJETO DA LOA PROJETO DA LOA

A Lei de Responsabilidade Fiscal veda a previsão das Receitas de Operações de Crédito

em valores superiores aos das Despesas de Capital no projeto de lei orçamentária

(art.12, §2º) e o Ministério da Fazenda solicita, dentre as diversas exigências para a

realização de operação de crédito:

•••• o encaminhamento de cópia de declaração entregue ao Tribunal de Contas que ateste, em

relação às contas do último exercício analisado, o cumprimento do citado dispositivo,

conforme Anexo VI do Manual de Instrução de Pleitos.

•••• Certidão, expedida pelo Tribunal de Contas, atestando o cumprimento deste e de outros

dispositivos da LRF, conforme disposto na alínea “a”, do inciso IV do art. 21 da Resolução

nº 43 do Senado Federal.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Face ao exposto, foi elaborado o quadro a seguir, que demonstra o cumprimento do

§2º do art.12 da LRF, em relação ao exercício de 2008:

Projeto de Lei nº 1353/2007 - Redação Original Valores Despesa de Capital Fixada 1.459.958.819,00 Receita de Operação de Crédito P revis ta 197.381.900,00

6.116.116.116.11 SALDO DE OPERAÇÕES DE AROSALDO DE OPERAÇÕES DE AROSALDO DE OPERAÇÕES DE AROSALDO DE OPERAÇÕES DE ARO

A Resolução nº 43/2001 do Senado estabeleceu, em seu art. 10, os limites para o

Saldo Devedor das Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária -

ARO, sendo os dados divulgados no Anexo IV do Relatório de Gestão Fiscal.

No exercício em análise, não houve saldo devedor decorrente de operações de crédito

por antecipação de receita orçamentária.

6.126.126.126.12 LIMITE DE DISPÊNDIO DA DÍVIDA PÚBLICALIMITE DE DISPÊNDIO DA DÍVIDA PÚBLICALIMITE DE DISPÊNDIO DA DÍVIDA PÚBLICALIMITE DE DISPÊNDIO DA DÍVIDA PÚBLICA

O inciso II39 do art. 7º da Resolução do Senado nº 43/01 fixa o limite para o

comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida

consolidada.

A CGM, no Certificado de Auditoria nº 114/2009, apurou o percentual de 10,49%,

baseado em cálculos da Secretaria Municipal de Fazenda, não evidenciados na

Prestação de Contas.

Esta Corte de Contas tem emitido Parecer Prévio com recomendação para a remessa do

demonstrativo do cálculo do percentual apurado pela Superintendência do Tesouro

Municipal desde o exercício de 2003.

Em sua resposta, a CGM se limitou a discorrer sobre o procedimento adotado por ela e

pela SMF relativo ao ponto em análise e a reproduzir o texto constante da Resolução

do Senado. Informou que não cumpriu a recomendação por não encontrar, em

deliberação do TCMRJ, tal obrigatoriedade.

Pela resposta apresentada, conclui-se, então, que a CGM não cumpriu, mais uma vez,

ato do Plenário.

6.136.136.136.13 INSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOSINSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOSINSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOSINSCRIÇÃO DE RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS

Para atendimento ao Princípio do Equilíbrio das Contas Públicas, o §1º do art. 1º da Lei

Complementar nº 101/2000 dispõe que “A responsabilidade na gestão fiscal

pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem

desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas (...)”, apontando que as

39 Art. 7º As operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios observarão, ainda, os seguintes

limites:

II - o comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada, inclusive relativos a valores a

desembolsar de operações de crédito já contratadas e a contratar, não poderá exceder a 11,5% (onze inteiros e cinco décimos por

cento) da receita corrente líquida;

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

despesas inscritas em Restos a Pagar – Processados e Não Processados – deverão

estar, ao final de cada exercício financeiro, cobertas pelas disponibilidades constantes

nas contas de Caixa e Bancos, possibilitando, assim, seu pagamento no exercício

seguinte.

O Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa (Anexo V do RGF) visa a evidenciar a

disponibilidade financeira e a verificar a parcela comprometida para inscrição em

Restos a Pagar de despesas não liquidadas, cujo limite é a suficiência financeira. Na

inscrição, deve-se observar que os recursos legalmente vinculados à finalidade

específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação.

O Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa Consolidado, constante do subitem

2.2.6. da Prestação de Contas do Exmo Sr. Prefeito, permite obter os dados

evidenciados a seguir:

R$ M il

M unicípio se m FUNPREVI

FUNPREVI Global

Disponibilidade Finance ira (1) 1.947.357 2.001.969 3.949.326

Obrigações Finance iras (2) 745.523 191.251 936.774

Depósitos 393.599 58.870 452.469

RPP (saldo) 351.623 132.381 484.005

RPN (exercícios anteriores) 301 301

Outras Obrigações Financeiras - -

Suficiência Antes da Inscrição em RPN (1-2) 1.201.834 1.810.718 3.012.552

Inscrição em RPN 600.083 59.000 659.083

Suficiência Após a Inscrição em RPN 601.751 1.751.718 2.353.469

Fonte:Contas de Gestão de 2008

Os dados publicados mostram que do total das disponibilidades existentes em

31/12/2008, 50,69% pertenciam ao FUNPREVI e 49,31% ao Município. Cabe ressaltar

que na parcela sem o FUNPREVI (R$ 1.947.357 mil) há, ainda, a participação relevante

de outros recursos vinculados, conforme apurado no subitem 6.13.3, não cabendo

inferir que sejam, em sua integralidade, recursos de livre utilização pelo Município do

Rio de Janeiro.

Após deduzir o total das Obrigações Financeiras de R$ 936.774 mil e os Restos a

Pagar Não Processados (R$ 659.083 mil), apurou-se uma suficiência de caixa de

R$ 2.353.469 mil, na qual o FUNPREVI participa com 74,43% e o Município com

25,57%.

Com base nos dados do Anexo V, verifica-se o atendimento ao preceituado no art.42

da LRF, pois se as disponibilidades, em 31/12/20008, suportam os restos a pagar do

exercício de 2008 e de exercícios anteriores, não haverá restrição quanto aos últimos

dois quadrimestres.

O subitem seguinte examina o Demonstrativo do Poder Executivo.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

6.13.16.13.16.13.16.13.1 DEMONSTRATIVO DO PODER EXECUTIVODEMONSTRATIVO DO PODER EXECUTIVODEMONSTRATIVO DO PODER EXECUTIVODEMONSTRATIVO DO PODER EXECUTIVO

O Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa – Poder Executivo, constante do subitem

2.2.7 da Prestação de Contas do Exmo Sr. Prefeito, permite obter os dados

evidenciados a seguir:

R$ M il

Pod e r Exe cutivo s e m

FUNPREV I FUNPREV I Glob al

Dis po nib ilidad e Fin an ce ira (1) 1.934.799 2.001.969 3.936.768

Obr ig açõ e s Finance iras (2) 742.819 191.251 934.070

Depós itos 393.503 58.870 452.373

RPP (s aldo) 349.316 132.381 481.697

RPN (exerc íc ios anteriores ) - -

Outras Obrigaç ões Financ eiras - - -

Suficiê n cia An te s da Ins cr ição e m RPN (1-2) 1.191.980 1.810.718 3.002.698

Ins cr ição e m RPN 595.584 59.000 654.584

Suf iciê n cia Ap ó s a In s cr ição e m RPN 596.396 1.751.718 2.348.114

Fonte:Contas de Ges tão de 2008

Com base nos dados publicados, verifica-se o atendimento pelo Poder Executivo ao

preceituado no art.42 da LRF, pois se as disponibilidades, em 31/12/20008, suportam

os restos a pagar do exercício de 2008 e de exercícios anteriores, não haverá restrição

quanto aos últimos dois quadrimestres.

6.13.26.13.26.13.26.13.2 OUTRAS OBRIGAÇÕES FINANCEIRASOUTRAS OBRIGAÇÕES FINANCEIRASOUTRAS OBRIGAÇÕES FINANCEIRASOUTRAS OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS

Cabe ressaltar que não constam no demonstrativo as obrigações mencionadas nos

subitens 6.13.2.1 e 6.13.2.2 que, embora não tenham sido contraídas, em sua

integralidade, nos últimos dois quadrimestres de 2008, poderão afetar as finanças da

atual gestão.

6.13.2.16.13.2.16.13.2.16.13.2.1 DÍVIDAS NÃO RECONHECIDAS DÍVIDAS NÃO RECONHECIDAS DÍVIDAS NÃO RECONHECIDAS DÍVIDAS NÃO RECONHECIDAS ---- FMS FMS FMS FMS

O subitem 4.2.3.4 evidencia diversas obrigações do FMS não contabilizadas no valor

de R$ 85.845.501,20.

6.13.2.26.13.2.26.13.2.26.13.2.2 DÍVIDAS DO TESOURO COM O FUNPREVIDÍVIDAS DO TESOURO COM O FUNPREVIDÍVIDAS DO TESOURO COM O FUNPREVIDÍVIDAS DO TESOURO COM O FUNPREVI

Os subitens 4.1.2, 4.1.4 e 4.1.5 evidenciam diversos valores devidos pelo Tesouro

Municipal ao FUNPREVI, que são decorrentes de:

1) falta de repasses para pagamento de inativos e da entrada em vigor do Decreto

nº 27.502, de 26/12/2006, que “alterou” a Lei nº 3.344/2001, estabelecendo nova

data de corte para atribuição da responsabilidade pelo pagamento das aposentadorias

e reduzindo as transferências, legalmente previstas, ao Fundo.

2) créditos do PREVI-RIO com órgãos e entidades do Município existentes em

31/12/2001, que deveriam ter sido pagos no prazo máximo de 24 (vinte e quatro)

meses, a contar daquela data, conforme Lei nº 3.344/2001.

3) decisão da Oitava Câmara Civil do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

Janeiro (processo 2004.004.016320), determinando que as contribuições patronais do

TCMRJ e da CMRJ deveriam ser pagas ao FUNPREVI pelo Poder Executivo.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O quadro a seguir sintetiza os valores devidos:

R$ M il

516.231 E xerc íc ios anteriores a 2008 486.454,11 E xerc íc io de 2008 29.776,94

Cré ditos do FUNP REV I 196.948 Contribuiçã o da CM RJ e do TCM RJ 103.644

816.823

D ívidas do Tesouro com o FU N PR EVI

V a lore s nã o Re pa ssa dos e m funçã o do De cre to 27502/2006 que a lte rou a Le i 3344/2001

Total

Em 19/03/2009, foi realizada, na Câmara Municipal, Audiência Pública da Comissão

de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira para demonstração e avaliação do

cumprimento das metas fiscais do 3º quadrimestre de 2008. A audiência, transcrita no

Diário Oficial do Poder Legislativo do Município de 24/03/2009, contou com a

presença da atual Secretária Municipal de Fazenda, Eduarda Cunha de La Rocque, que,

comentando a análise efetuada pela Vereadora Andrea Gouvêa Vieira, não questionou

a dívida do Tesouro com o FUNPREVI, mas, ao contrário, afirmou que “de fato, existe

esse parecer, essa dívida”, alegando, no entanto, em função do montante envolvido,

que seria proposta uma “solução paulatina, uma flexibilização”.

6.13.2.36.13.2.36.13.2.36.13.2.3 APURAÇÃO DA SUFICIÊNCIAAPURAÇÃO DA SUFICIÊNCIAAPURAÇÃO DA SUFICIÊNCIAAPURAÇÃO DA SUFICIÊNCIA

A consideração do mencionado no subitem 6.13.2.1 e 6.13.2.2 (Outras Obrigações

Financeiras) é exposta no quadro seguinte:

R$ M il

Pod e r Exe cu tivo s e m

FUNPREV I FUNPREV I Glo bal

Dis p on ib ilid ade Fin ance ir a (1) 1.934.799 2.001.969 3.936.768

Obr ig açõ e s Finan ce iras (2) 1.645.488 191.251 1.836.739

Depós itos 393.503 58.870 452.373

RPP (saldo) 349.316 132.381 481.697

RPN (ex erc íc ios anteriores ) - -

Outras Obr igações Financeiras 902.669 - -

Suficiê n cia Ante s da Ins cr ição e m RPN (1-2) 289.312 1.810.718 2.100.029

In s cr ição e m RPN 595.584 59.000 654.584

Suficiê n cia Apó s a Ins cr ição e m RPN (306.273) 1.751.718 1.445.445

Fonte:Contas de Ges tão de 2008

Caso fossem computadas as obrigações mencionadas verificar-se-ia que o Poder

Executivo (exceto FUNPREVI), em 31/12/2008, apresentaria uma insuficiência de

R$ 306 milhões.

6.13.36.13.36.13.36.13.3 DISPONIBILIDADEDISPONIBILIDADEDISPONIBILIDADEDISPONIBILIDADES FINANCEIRASS FINANCEIRASS FINANCEIRASS FINANCEIRAS

O demonstrativo publicado pelo Município do Rio de Janeiro, nos moldes do Anexo V,

aprovado pela Portaria STN nº 574, de 31 de agosto de 2007, permite visualizar os

recursos não comprometidos com o Sistema Previdenciário, mas não evidencia as

disponibilidades Financeiras não comprometidas com outros tipos de vinculação,

como o FUNDEB, SUS, Convênios, Transferências Federais etc.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Desta forma, esta seção é dedicada a apurar o valor mais próximo do que estaria

descomprometido com determinadas vinculações.

O quadro a seguir, apresenta as Disponibilidades Financeiras do Município do Rio de

Janeiro, de forma detalhada:

R$

FUNPREVI 2.001.969.138,39 50,69%

FASS 8.938.010,60 0,23%

FUNPREVI/FASS 2.010.907.148,99 50,92%

Fundos Especiais (1) 319.568.003,63 8,09%

Outras Fontes V inculadas 389.311.372,47 9,86%

Depósito Judicial 166.826.526,76 4,22%

Conta Garantia 215.316,06 0,01%

Projetos 7.687.330,59 0,19%

Lei de Incentivo à Cultura - Lei nº1.940/92 6.631.917,70 0,17%

Dire ta - V inculados 890.240.467,21 22,54%

Autarquias e Fundações - V inculados (Exce to PREVIRIO) 369.337,91 0,01%Total de Recurs os V inculados (Exce to Em pre s as ) 2.901.516.954,11 73,47%

Empresas (2) 67.302.934,23 1,70%

Direta - Não V inculados ( 3) 657.996.069,87 16,66%

CMRJ/TCMRJ 12.557.841,60 0,32%

Autarquias e Fundações - Não V inculados 309.952.457,74 7,85%

Total da Ad. Dire ta e Autarquias Não V inculados/TCM RJ/CM RJ/Em pre s as 1.047.809.303,44 26,53%

Dis ponibilidade s Finance iras 3.949.326.257,55 100,00%

(1) Incluindo recursos de convênios pertencentes aos Fundos Especiais e R$ 69.859.435,05 relativos a valores a

receber do FMS, qualif icados como disponibilidade para os f ins do Anexo V ;

(2) A disponibilidade f inanceira das empresas pode conter recursos vinculados decorrentes de convênios e outras

f ontes, que não foram detalhadas na Prestação de Contas;

(3) A CAD excluiu as disponibilidades da CMRJ e TCMRJ para evidenciá-las separadamente.

Fonte: Prestação de Contas e Inspeções - Cálculos CAD

Ad

min

istr

ação

Dir

eta

PREVI-RIO

Outros

O quadro evidencia que 73,47%, no mínimo, das disponibilidades apresentadas

referem-se a recursos vinculados, sendo:

•••• 50,92% comprometidos com os propósitos do FUNPREVI e FASS;

•••• 22,54% comprometidos com os propósitos de outros Fundos Especiais (FMS, FUNDEB, FMDCA

etc.) e de convênios, além de outras vinculações, como depósitos judiciais e administrativos;

•••• 0,01% vinculados no âmbito das autarquias e fundações (exceto PREVIRIO).

Estes recursos têm destinação específica, mesmo que descomprometidos com

obrigações financeiras.

Verifica-se que a administração direta sem os recursos vinculados participa com

16,66% das disponibilidades.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O gráfico a seguir evidencia a composição das Disponibilidades Financeiras,

sintetizando seus principais componentes:

Composição das Disponibilidades

Empresas1,7%

Recursos Vinculados

73,5%

TCMRJ e CMRJ0,3%

Não vinculados - Adm.

Direta/Autarquias e Fundações

24,5%

Observa-se que da disponibilidade financeira total de R$ 3.949.326.257,55, a

relevante parcela de R$ 2.901.516.954,11 são recursos vinculados.

A disponibilidade financeira das empresas é de R$ 67.302.934,23, na qual pode haver

recursos vinculados, não detalhados na Prestação de Contas. De qualquer forma, estas

entidades apresentaram passivo a descoberto, como em outros exercícios, revelando o

comprometimento com terceiros, conforme apontado no subitem 5.2.

As disponibilidades financeiras não vinculadas da administração direta montam em

apenas R$ 657.996.069,87.

Cabe ressaltar que os valores aqui apurados não se referem à suficiência financeira,

mas às Disponibilidades Financeiras.

6.146.146.146.14 INCENTIVO À CULTURAINCENTIVO À CULTURAINCENTIVO À CULTURAINCENTIVO À CULTURA

A Lei nº 4.751/2008, Lei Orçamentária Anual – LOA, fixou em seu art. 14 os limites

para aplicação do incentivo fiscal à cultura, previsto na Lei nº 1.940/92, em no mínimo

0,40% e no máximo 1% da arrecadação do Imposto sobre Serviço de Qualquer

Natureza – ISS, cumprindo assim o previsto no §2º do art. 1º da Lei nº 1.940/92.

O dispositivo constante da LOA cumpre o fixado no §2º do art.1º da Lei nº 1.940, de

31/12/1992, conforme transcrito a seguir:

Art. 1º - Fica instituído, no âmbito do Município, incentivo fiscal em benefício do apoio

à realização de projetos culturais, a ser concedido a pessoas jurídicas contribuintes do

Município.

§ 1º - O incentivo fiscal referido no caput corresponderá à emissão de Certificados de

Enquadramento para projetos culturais apresentados por produtores culturais à

Secretaria Municipal de Cultura, capacitando-os a receber recursos de contribuintes do

Imposto Sobre Serviços - ISS, recursos estes abatíveis até o limite de vinte por cento,

dos pagamentos referentes a este tributo de responsabilidade dos mesmos

contribuintes.

§ 2º - A Lei Orçamentária fixará, anualmente, os montantes mínimo e máximo,

calculados com base na receita do referido tributo, a serem adotados para a concessão

do incentivo fiscal de que trata esta Lei.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O Município do Rio de Janeiro publicou as seguintes informações a respeito deste

subitem:

2008

ARRECADAÇÃO ISS 2.451.769.115 Incentivos Fiscais Concedidos 9.838.541

Percentual Aplicado 0,40%

Ressalte-se, ainda, que o Município do Rio de Janeiro realizou despesas com a Função

Cultura no montante de R$ 221.887.828,24, em 2008.

6.156.156.156.15 PARCERIAS PÚBLICOPARCERIAS PÚBLICOPARCERIAS PÚBLICOPARCERIAS PÚBLICO----PRIVADASPRIVADASPRIVADASPRIVADAS

A Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004, que instituiu normas gerais para

licitação e contratação de parceria público-privada, no âmbito da administração

pública, se aplica aos órgãos da administração direta, aos fundos especiais, às

autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia

mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados,

Distrito Federal e Municípios.

O art. 28 determina que a União não poderá conceder garantia e realizar transferência

voluntária aos Estados, Distrito Federal e Municípios se a soma das despesas de

caráter continuado, derivadas do conjunto das parcerias já contratadas por esses

entes, tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita corrente líquida

do exercício ou se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anos

subsequentes excederem a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada

para os respectivos exercícios.

A Secretaria do Tesouro Nacional estipulou a elaboração, no Relatório Resumido da

Execução Orçamentária (RREO), do Anexo XVII - Demonstrativo das Despesas de

Caráter Continuado Derivados das Parcerias Público-Privadas Contratadas. Conforme a

edição vigente em 2008, a publicação é restrita para os que realizarem as parcerias.

A CGM não publicou o demonstrativo.

6.166.166.166.16 DESPESAS COM PUBLICIDADEDESPESAS COM PUBLICIDADEDESPESAS COM PUBLICIDADEDESPESAS COM PUBLICIDADE

A Lei nº 9.504/1997 estabelece vedações aos agentes públicos com o intuito de evitar

que a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais seja afetada.

Observa-se que o inciso VII do art. 73 da referida lei proibiu os agentes públicos,

servidores ou não, de realizarem, em ano de eleição, antes do prazo fixado no inciso

VI (três meses que antecedem o pleito), despesas com publicidade dos órgãos públicos

federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração

indireta, que excedam a média dos gastos nos três últimos anos que antecedem ao

pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição.

Logo, para o exercício em análise, há uma limitação legal para a realização de

determinadas despesas pelo Exmo Sr. Prefeito.

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Limites LegaisLimites LegaisLimites LegaisLimites Legais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Na verificação do cumprimento do referido dispositivo, foram consideradas as

despesas com a atividade 2013 - Propaganda e Publicidade, conforme o quadro a

seguir apresentado:

PAté Jun 2008 189.228

2007 781.8222006 166.8662005 1.947.461

M é dia 965.383

Ativ idade 2013 D ESPESAS

Verifica-se que estas despesas no primeiro semestre de 2008, não superaram as

realizadas em 2007 nem a média de 2005 a 2007.

Cabe informar que não foram computadas as seguintes despesas:

•••• da Secretaria Especial de Publicidade, Propaganda e Pesquisa, pois sua execução não segrega

a publicidade e propaganda da pesquisa;

•••• as realizadas na natureza de despesa 3.3.90.39.08 - Serviços de Comunicação Social, que

trata das despesas com campanhas publicitárias, clipping diversos, divulgação interna e

externa e traduções em geral;

•••• da Secretaria de Comunicação Social.

Caso se considerassem estas despesas, o cumprimento da lei não seria afetado.

.

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7.1 DADOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS 383

7.1.1 COMPOSIÇÃO DO SALDO 383

7.1.2 INDICADORES DE GESTÃO DA DÍVIDA ATIVA 386

7.2 OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA DÍVIDA ATIVA 387

7.2.1 ARRECADAÇÃO JUDICIAL X AMIGÁVEL 387

7.2.2 INSCRIÇÕES - ISS E IPTU 389

7.2.3 CANCELAMENTOS DE INSCRIÇÕES 389

7.2.4 COMPOSIÇÃO DO SALDO – POR DEVEDORES 390

DÍVIDA ATIVA

77

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

7777 CRÉDITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVACRÉDITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVACRÉDITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVACRÉDITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA

Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública, proveniente de obrigação legal

relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são

os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos

compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multas de qualquer origem ou

natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, aluguéis ou taxas de ocupação,

custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos,

indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente

julgados, bem como os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de

sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de

outras obrigações legais (Lei Federal n.º 4.320, art. 39, § 2º).

7.17.17.17.1 DADOS DA PRESTAÇÃO DE CONTASDADOS DA PRESTAÇÃO DE CONTASDADOS DA PRESTAÇÃO DE CONTASDADOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

A arrecadação proveniente da Dívida Ativa do Município é segregada desde exercício

de 2002, em 03 rubricas distintas: Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa dos

Tributos, Receita da Dívida Ativa Tributária e Receita da Dívida Ativa não Tributária,

esta última englobando o principal, multas e juros de mora destes créditos. Tal fato,

embora não caracterizado como impeditivo da análise temporal da arrecadação de tais

rubricas, implicou a necessidade de se realizar um agrupamento por tributo associado,

para que tal análise pudesse ser efetuada.

7.1.17.1.17.1.17.1.1 COMPOSIÇÃO DO SALDOCOMPOSIÇÃO DO SALDOCOMPOSIÇÃO DO SALDOCOMPOSIÇÃO DO SALDO

O estoque da Dívida Ativa do Município é demonstrado no Balanço Patrimonial da

Administração Direta na conta contábil Créditos do Município, componente do grupo

Ativo Circulante com R$ 248.007.465 e do Realizável à Longo Prazo com

R$ 22.337.813.336, totalizando R$ 22.585.820.802. Do montante registrado no

ATIVO - R$ 27.838.791.216 - 81,13% correspondem a créditos inscritos em Dívida

Ativa.

7.1.1.17.1.1.17.1.1.17.1.1.1 ANÁLISE DO SALDOANÁLISE DO SALDOANÁLISE DO SALDOANÁLISE DO SALDO

As variações ocorridas no exercício estão demonstradas a seguir:

R$ Mil

ATUALIZAÇÃO INSCRIÇÃOBAIXA POR

PAGAM ENTO

BAIXA POR CANCEL./ALT

ER.TOTAL

31/12 /2008

IPTU 10 .146.405 1.078 .069 730 .557 (215 .579 ) (129.703 ) 1 .463 .345 11 .609 .749

ISS 7 .750.736 571 .045 1.418 .132 (53 .177 ) (33.736 ) 1 .902 .264 9.653 .000

IVVC 219.436 11 .523 0 (17 ) 0 11 .506 230 .942

ITBI 80.741 10 .078 155 .876 (2 .941 ) (77 ) 162 .936 243 .677

DIVERSOS 728.954 93 .702 40 .248 (13 .470 ) (981 ) 119 .499 848 .453

TOTAL INSCRITO 18 .926.272 1.764 .417 2.344 .813 (285 .185 ) (164.496 ) 3 .659 .549 22 .585 .821

Parcelam entos a receber

(195.337 ) (248 .007)

TOTAL CONSTANTE NO PATRIM ÔNIO

18 .730.934 1.764 .417 2.344 .813 (285 .185 ) (164.496 ) 3 .659 .549 22 .337 .813

Fonte : C GM

M UTAÇÕES DO EXERCÍCIO 2008

31 /12 /2007

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Data 17/04/09 Fls 384

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O valor de R$ 195.337 mil, na coluna de 31/12/2007, diz respeito a parcelamentos

concedidos para créditos já inscritos em Dívida Ativa, com previsão de recebimento

em 2008. Enquanto que os R$ 248.007 mil referem-se aos parcelamentos concedidos

com previsão para recebimento no exercício de 2009. Tendo em vista a maior

probabilidade de recebimento destes créditos, uma vez que houve a concordância dos

credores com o parcelamento, a CGM efetuou a reclassificação contábil.

Conforme observado no gráfico a seguir, a maior participação no total inscrito da

dívida, em 31/12/2008, correspondia ao IPTU, com 51,40%, seguido pelo ISS, com

42,74%.

Participação no Saldo da Dívida

56,73%

36,68%

6,60%

53,67%

41,00%

5,34%

53,61%

40,95%

5,44%

51,40%

42,74%

5,86%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

IPTU ISS Outros

2005 2006 2007 2008

A seguir, a evolução gráfica do saldo total da Dívida Ativa no período 2004-2008, em

valores reais, atualizados pelo IPCA-E:

Evolução do saldo da Dívida Ativa

-

5,0

10,0

15,0

20,0

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Bilhões

A evolução do saldo da Dívida Ativa do Município no período 2004/200840 revela um

aumento real, já considerada a variação média anual do IPCA-E do período, da ordem

de 68,16%. A comparação apenas dos exercícios de 2007 e 2008 denota um

crescimento de 12,97%, conforme demonstrado a seguir:

40 Valores deflacionados pelo IPCA-E do IBGE, com base 2008 = 100.

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

R$ M il

2004 2005 % 2006 % 2007 % 2008 % %

R$ R$ 2005/2004 R$ 2006/2005 R$ 2007/2006 R$ 2008/2007 2008/2004

IP TU 7.608.242 8.632.546 13,46% 9.698.984 12,35% 10.718.173 10,51% 11.609.749 8,32% 52,59%

IS S 5.062.269 5.581.480 10,26% 7.408.875 32,74% 8.187.504 10,51% 9.653.000 17,90% 90,69%

IV V C 117.273 225.735 92,49% 231.753 2,67% 231.802 0,02% 230.942 -0,37% 96,93%

ITBI 30.217 33.274 10,12% 51.764 55,57% 85.291 64,77% 243.677 185,70% 706,43%

Dive rsos 613.220 744.876 21,47% 680.777 -8,61% 770.032 13,11% 848.453 10,18% 38,36%

TOTAL 13.431.221 15.217.912 13,30% 18.072.153 18,76% 19.992.802 10,63% 22.585.821 12,97% 68,16%

V alores Reais Bas e 2008 =100

Fonte: CGM, c álc ulos CA D/SCE

NATUREZA

No que tange à evolução da Dívida Ativa, discriminada por natureza, o IPTU e o ISS,

como tributos mais expressivos, apresentaram crescimento de 52,59% e 90,69%,

respectivamente, entre 2004 e 2008.

Este fato pode ser explicado pela constante diferença entre a atualização monetária

dos créditos já inscritos acrescida das novas inscrições, e os valores pagos acrescidos

dos cancelamentos, conforme a seguir:

R$ m il2004 2005 2006 2007 2008

Atua lizações /Inscrições 2 .127 .4 29 2 .654 .440 3 .753 .387 2 .700 .697 4 .109 .230

Pagam entos /Cance lam entos 241 .52 3 321 .504 582 .685 295 .349 44 9 .681

Dife rença 1 .885 .9 06 2 .332 .937 3 .170 .701 2 .405 .348 3 .659 .549

V alores Reais Bas e 2008 =100

Fonte: CGM, cálculos CA D/SCE

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Milhões

Atualizações/Inscrições Pagamentos/Cancelamentos Diferença

7.1.1.27.1.1.27.1.1.27.1.1.2 DÍVIDA ATIVA DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETADÍVIDA ATIVA DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETADÍVIDA ATIVA DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETADÍVIDA ATIVA DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

No Balanço Patrimonial Consolidado, foi excluído o valor referente à Dívida Ativa

lançada contra a COMLURB (IPTU – R$ 4.522.382), e incluído o valor referente ao

crédito de titularidade da Fundação Rio Zôo (R$ 785.517). Assim, no Balanço

Patrimonial Consolidado consta o saldo de R$ 22.334.076.471 na conta contábil

Créditos Realizáveis a Longo Prazo – Dívida Ativa, e R$ 248.007.465 na conta Créditos

em Circulação, no realizável a Curto Prazo.

Ainda com relação aos valores que deveriam ser utilizados na consolidação do

Balanço, cabe registrar que, em inspeção ordinária realizada pela CAD, em março de

2009, a PGM não forneceu o relatório solicitado com os valores inscritos em Dívida

Ativa Avulsa que tinham como sujeito passivo entidades integrantes da administração

indireta municipal.

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Data 17/04/09 Fls 386

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Contudo, ao se verificar as demonstrações contábeis de algumas dessas entidades,

observou-se que:

•••• Pelo menos três inscrições contra a RIOTUR, correspondendo a R$ 42.084.081, são

referenciadas no Passivo não Circulante daquela empresa como Tributárias – ISS.

•••• pelo menos duas inscrições contra a COMLURB, correspondendo a R$ 607.985.335, são

referenciadas em nota41 explicativa da empresa.

Ressalte-se que, conforme apurado na inspeção, existem cerca de 1.100 (um mil e

cem) certidões de Dívida Ativa, referentes ao IPTU, que possuíam registro de “Ente

Municipal” no Sistema de Dívida Ativa, totalizando R$ 14.902.371,02.

7.1.27.1.27.1.27.1.2 INDICADORES DE GESTÃO DA DÍVIDA ATIVAINDICADORES DE GESTÃO DA DÍVIDA ATIVAINDICADORES DE GESTÃO DA DÍVIDA ATIVAINDICADORES DE GESTÃO DA DÍVIDA ATIVA

Preliminarmente, é necessário informar que foi utilizado o critério de considerar todas

as receitas decorrentes da cobrança de créditos inscritos em Dívida Ativa, tendo em

vista que, historicamente, esse era o procedimento adotado no âmbito da Prefeitura, o

que permite a comparação temporal nos últimos cinco anos.

Ressalte-se que a melhoria dos indicadores, a seguir comentados, impactará

positivamente a arrecadação do Município e, conseqüentemente, a Receita Corrente

Líquida. Desta forma, sugere-se que o MRJ envide esforços no incremento da

arrecadação da dívida ativa.

No saldo da Dívida estão inclusos multas, juros e atualizações dos créditos não pagos.

ÍNDICE DE ARRECADAÇÃO - composto pela divisão da Receita Arrecadada pelo Total

do Saldo da Dívida.

O quadro a seguir compara os últimos cinco exercícios. A tendência de queda nos

índices nos últimos anos foi interrompida com um pequeno crescimento, passando de

1,22% para 1,26%.

R$ m il2004 2005 2006 2007 2008

Re ce ita T o tal 201.522 228.445 213.717 227.882 285.185

Sald o d a Dívid a 11.017.286 13.350.223 16.353.020 18.730.934 22.585.821

Ín d ice de Ar re cad ação 1,83% 1,71% 1,31% 1,22% 1,26%

Fonte: CGM

ÍNDICE DE GESTÃO DA DÍVIDA - composto pela divisão da Receita Arrecadada pelo

Total de Inscrições em Dívida Ativa, indicando a eficiência da Administração na

cobrança da Dívida.

41 Nota Explicativa da COMLURB

b) Contingências Passivas ISS - não foi registrado o débito com ISS, referente aos Autos de Infrações nº 66.313 e 63.032, nos valores

R$ 203.872.895,12 e R$ 404.112.440,46, respectivamente, tendo em vista a contestação em âmbito administrativo. O A.I. nº

66.313, gerou a execução fiscal nº 2003.120.013513-6, e opomos exceção e estamos aguardando a extinção do feito, por força do

comando normativo exarado no Parecer PGM/PTR, que reconhece a não-incidência do ISS nas transferências orçamentárias, com

o conseqüente cancelamento da Nota de Débito e CDA. Com relação ao A.I. nº 63.023, provavelmente logrará o mesmo feito.

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Conforme observado no quadro a seguir, o indicador sofreu quedas expressivas em

2005 e em 2006, deixando o índice em patamar inferior ao de 2003. Em 2007, com a

inscrição voltando ao nível de 2005, houve uma melhora significativa no índice, com

queda novamente em 2008, dado o aumento de mais de 64% nas inscrições contra um

acréscimo de menos de 26% na receita.

R$ m il2004 2005 2006 2007 2008

Re ce ita T otal 201.522 228.445 213.717 227.882 285.185

V alor Ins cr ito e m Dívid a A tiva 839.966 1.302.661 2.313.735 1.426.422 2.344.813

Ge s tão da Dívid a A tiva 23,99% 17,54% 9,24% 15,98% 12,16%

Fonte: CGM

INDICADOR DA ADMINISTRAÇÃO DA INADIMPLÊNCIA - composto pela divisão do Total

de Inscrições em Dívida Ativa pela Receita Tributária Total, indicando a eficiência da

Administração na arrecadação das receitas próprias.

No exercício de 2007, foi invertida a tendência de alta na inadimplência apresentada

nos exercícios anteriores, ocasionado, principalmente, pela queda significativa na

inscrição, de quase 40%, contrastando com um aumento de 11,91% na arrecadação

tributária. Em 2008, com a inscrição voltando ao nível de 2006, houve uma nova piora

no índice.

R$ m il2004 2005 2006 2007 2008

V alor Ins cr ito e m Dívida A tiva 839.966 1.302.661 2.313.735 1.426.422 2.344.813

Re ce ita T r ibu tár ia 2.641.689 2.939.726 3.201.659 3.583.245 4.579.225

Adm in is tr ação da Inad im p lê ncia 31,80% 44,31% 72,27% 39,81% 51,21%

Fonte: CGM

7.27.27.27.2 OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA DÍVIDA ATIVAOUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA DÍVIDA ATIVAOUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA DÍVIDA ATIVAOUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA DÍVIDA ATIVA

7.2.17.2.17.2.17.2.1 ARRECADAÇÃO JUDICIAL X AMIGÁVELARRECADAÇÃO JUDICIAL X AMIGÁVELARRECADAÇÃO JUDICIAL X AMIGÁVELARRECADAÇÃO JUDICIAL X AMIGÁVEL

A seguir, são apresentadas as evoluções, em valores corrigidos pelo IPCA-E, das

arrecadações por via judicial e amigável. Foram excluídos os valores que compõem o

chamado LixãoLixãoLixãoLixão, que se referem a pagamentos que, por motivos operacionais do

sistema da Dívida Ativa, não podem ser imediatamente relacionados a uma Certidão,

antes que se defina tratar-se de cobrança amigável ou judicial. Posteriormente, a

Procuradoria da Dívida Ativa - PDA toma as medidas para fins de identificação. Daí o

fato de o valor apresentado a seguir ser diferente do informado no subitem 7.1.1.

A arrecadação pela via amigável apresenta uma tendência de queda desde o exercício

de 2005. Já a arrecadação pela via judicial apresentou grande oscilação no período,

com crescimento de 44,16% no último exercício.

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

AM IGÁV EL % TOT AL JUDICIAL % T OT AL T OTAL

2004 127.668.397 52,68% 114.666.643 47,32% 242.335.040

2005 136.548.980 52,46% 123.733.227 47,54% 260.282.207

2006 133.510.859 57,27% 99.620.076 42,73% 233.130.935

2007 116.182.339 48,41% 123.802.602 51,59% 239.984.940

2008 107.477.508 37,59% 178.474.568 62,41% 285.952.076

* Não inc lui os valores pagos mas não apropriados

Fonte: PGM/ PDA

ARRECADAÇÃO T OT AL (V ALORES REAIS - atu alizad o p e lo IPCA-E)

Na sequência, é apresentado o gráfico da evolução dos valores dos dois tipos de

cobrança, que em 2006 inverteu a tendência de aproximação dos valores arrecadados

pelas cobranças amigável e judicial. Porém, em 2007, com a queda expressiva na

arrecadação amigável, a cobrança via judicial ficou superior à via amigável pela

primeira vez desde 2002. Confirmando esta nova tendência, em 2008 esta diferença

ficou em 66% a favor da cobrança judicial.

Evolução da Arrecadação por via Judicial e Amigável

60

80

100

120

140

160

180

200

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Milhões

AMIGÁVEL

JUDICIAL

Esta alteração no comportamento da arrecadação pode ser fruto de uma maior

agilidade na realização de leilões de imóveis inscritos na Dívida Ativa. Muitos

proprietários tomam a iniciativa de quitar suas dívidas quando seus imóveis são

relacionados para leilões. Outro fator que influencia é o aumento dos parcelamentos,

que desde outubro42 de 2006 podem ser realizados em até 84 meses. Inicialmente,

estes parcelamentos podem levar a uma queda na arrecadação, mas no médio e longo

prazo a tendência se reverte com os acúmulos de vencimentos das parcelas. A seguir é

apresentada uma tabela com os vencimentos de parcelamentos para os próximos

anos.

Exe r cício Gu ias Pr incipal Juro s Total

2009 1.807.480 186.339.841 32.591.295 218.931.136

2010 1.866.683 165.560.477 43.314.756 208.875.233

2011 1.657.822 148.566.945 53.901.691 202.468.636

2012 1.465.016 135.352.770 62.960.360 198.313.130

2013 1.321.710 128.983.339 73.183.051 202.166.390

2014 907.038 88.978.452 55.849.702 144.828.154

2015 316.260 31.667.934 20.313.379 51.981.313

Totais 9.342.009 885.449.759 342.114.234 1.227.563.993

Fonte: PGM

V a lore s de Ce rtidõe s P a rce la da s

42 Definido inicialmente pelo decreto nº 27.088, de 3 outubro de 2006, e atualmente pelo decreto n° 30.416, de 22 de janeiro de 2009.

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

7.2.27.2.27.2.27.2.2 INSCRIÇÕES INSCRIÇÕES INSCRIÇÕES INSCRIÇÕES ---- ISS E IPTU ISS E IPTU ISS E IPTU ISS E IPTU

No exercício de 2008, houve novamente uma variação significativa nos créditos

inscritos em Dívida Ativa, referente ao ISS, com relação ao exercício anterior, já

considerada a variação do IPCA-E. Enquanto o IPTU manteve-se praticamente estável,

o ISS teve uma variação superior a 100%.

Evoluçã o do V a lor Inscrito e m Dívia Ativa - IP TU e IS S

Exe r cício IPTU ISS IPTU + ISS

2004 626.733 370.744 997.476

2005 779.394 527.766 1.307.160

2006 745.189 1.700.270 2.445.459

2007 732.712 687.646 1.420.358

2008 730.557 1.418.132 2.148.689

R$ M ilFonte: CGM

É importante destacar que a COMLURB foi responsável por mais de 25% do total de

inscrição no ISS no exercício de 2008.

Evolução do valor inscrito em Dívida Ativa - Impostos Selecionados - IPTU e ISS

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

2004 2005 2006 2007 2008

R$ Bilhões

IPTU ISS IPTU + ISS

7.2.37.2.37.2.37.2.3 CANCELAMENTOS DE INSCRIÇÕESCANCELAMENTOS DE INSCRIÇÕESCANCELAMENTOS DE INSCRIÇÕESCANCELAMENTOS DE INSCRIÇÕES

O cancelamento da inscrição em Dívida Ativa ocorre quando a PGM, a SMF ou o

interessado, sempre por meio de processo administrativo devidamente fundamentado,

requer a extinção da cobrança do referido débito. Em outros casos, a baixa pode se

dar em função de decisão judicial transitada em julgado.

Pode-se verificar, ao analisar o quadro a seguir, que os cancelamentos sempre

possuíram um grande peso nas baixas da Dívida Ativa, sendo que em 2006 foram

superiores aos pagamentos, chegando a 63,32% do total baixado. Em 2007, os

cancelamentos tiveram uma queda significativa, mas no exercício de 2008 houve um

crescimento de mais de 130% com relação ao ano anterior.

V a l o r e s R e a i s

EXERCÍC IO CANCELAM ENTOS PAGAM ENTOS TOTAL %

2004 48.765.058 245.676.522 294.441.580 16,56%

2005 106.077.831 260.404.076 366.481.907 28,94%

2006 403.612.954 233.783.484 637.396.438 63,32%

2007 71.269.626 240.027.809 311.297.434 22,89%

2008 164.496.147 285.185.037 449.681.184 36,58%

Fonte: CGM - v alores atualiz ados pelo IPCA -E

PART IC IPAÇÃO DOS CANCELAM ENT OS NAS BAIXAS DA DÍV IDA AT IV A

BAIXAS DA DÍV IDA AT IV A - R$

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Data 17/04/09 Fls 390

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

7.2.47.2.47.2.47.2.4 COMPOSIÇÃO DO SALDO COMPOSIÇÃO DO SALDO COMPOSIÇÃO DO SALDO COMPOSIÇÃO DO SALDO –––– POR DEVEDORES POR DEVEDORES POR DEVEDORES POR DEVEDORES

A CAD, em março de 2009, na sua inspeção ordinária na Procuradoria Geral do

Município, solicitou a relação dos 15 maiores devedores do IPTU (por inscrição

imobiliária) e da Dívida Avulsa, tendo sido apresentada as seguintes situações:

CPF/CNPJ Valor Inscrito Inscrição Imobiliária Valor Inscrito

00XXXXXXXXXX51 993.523 085XXXXX 1.940.851

42XXXXXXXXXX74 609.887 058XXXXX 1.787.085

30XXXXXXXXXX69 541.059 131XXXXX 110.538

33XXXXXXXXXX79 468.110 296XXXXX 80.342

42XXXXXXXXXX04 393.099 120XXXXX 80.307

42XXXXXXXXXX01 369.974 298XXXXX 45.287

34XXXXXXXXXX06 352.084 045XXXXX 40.881

68XXXXXXXXXX86 222.548 136XXXXX 40.206

42XXXXXXXXXX28 191.981 075XXXXX 40.206

04XXXXXXXXXX71 147.166 096XXXXX 37.046

33XXXXXXXXXX00 127.119 030XXXXX 33.990

34XXXXXXXXXX06 126.370 300XXXXX 33.300

00XXXXXXXXXX08 111.206 054XXXXX 33.076

33XXXXXXXXXX34 109.661 014XXXXX 30.698

34XXXXXXXXXX21 108.583 098XXXXX 30.112

TOTAL 4.872.368 TOTAL 4.363.927

Fonte: PGM

IPTU - Inscrição Imobiliária R$ Mil Dívida Ativa Avulsa Por CNPJ/CPF R$ Mil

Os valores apresentados acima correspondem a 40,89% do montante inscrito em

Dívida Ativa.

Cabe destacar os valores referentes às inscrições n.ºs 085XXXXX e 058XXXXX, que

totalizam mais de R$ 3,7 bilhões, ou 32,11% do total inscrito em Dívida Ativa a título

de IPTU, abrangendo o período de 1975 até agora. Os respectivos imóveis, localizados

na Barra da Tijuca, estão sobrepostos a outros, já tendo sido procedidas pela SMF

novas inscrições para as edificações que neles foram construídas. As diversas

execuções fiscais ajuizadas pela PGM não passaram sequer pela fase de citação do

executado, uma vez que, segundo informações da PDA, tal procedimento revela-se

extremamente problemático, em virtude da não existência de dados suficientes que

permitam uma correta localização do imóvel tributado e de seu proprietário.

O proprietário do imóvel de inscrição 296XXXXX encontra-se em estado de

concordata, fazendo com que os respectivos créditos também sejam de difícil

realização para o Município.

O Saldo da Dívida Ativa Avulsa de R$ 609.887 mil é da COMLURB.

Tais situações reafirmam a necessidade, já exposta por esta Corte quando do Parecer

Prévio referente às Prestações de Contas dos exercícios de 2002 (recomendação

n.º 38), 2003 (recomendação n.º 14), 2004 (recomendação nº 8), 2005 (recomendação

nº 4), 2006 (recomendações nos a.3 e b.1) e 2007 (recomendações nos 2 e 3), da

constituição de uma provisão contábil que reflita a probabilidade da não realização de

créditos do Município inscritos em Dívida Ativa, a fim de que o Patrimônio do ente não

seja superavaliado.

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Dívida AtivaDívida AtivaDívida AtivaDívida Ativa

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Cabe ressaltar que, em relação ao Ativo Real Consolidado do MunicípioAtivo Real Consolidado do MunicípioAtivo Real Consolidado do MunicípioAtivo Real Consolidado do Município, a Dívida Ativa

referente ao IPTU dos dois imóveis da Barra da Tijuca responde por cerca de 12%, ou

seja, de cada R$ 100,00 demonstrados como bens e direitos totais do Município em

seu Balanço Patrimonial, cerca de R$ 12,00, muito provavelmente, nunca serão de fato

realizados financeiramente.

É importante destacar que a necessidade desta provisão não está relacionada a uma

eventual deficiência administrativa/judicial na cobrança dos créditos, mas sim à

grande probabilidade de não recebimento de determinados créditos, em função de

suas características.

A doutrina contábil conceitua as provisões como reduções de ativo ou acréscimos de

exigibilidade que reduzem o Patrimônio Líquido, e cujos valores não são ainda cujos valores não são ainda cujos valores não são ainda cujos valores não são ainda

totalmente definidostotalmente definidostotalmente definidostotalmente definidos. Representam expectativas de peexpectativas de peexpectativas de peexpectativas de perdas de ativosrdas de ativosrdas de ativosrdas de ativos ou estimativas de

valores a desembolsar que, apesar de financeiramente ainda não efetivadas, derivam

de fatos geradores contábeis já ocorridos.

A definição anterior permite concluir que a constituição de provisão para perdas no

recebimento da dívida ativa pelo município encontra amparo na doutrina contábil,

tendo em vista tratar-se de expectativa de perda de valores classificados no Ativo do

Ente. Além disso, a definição do termo provisão deixa claro que, para sua constituição

contábil, não há necessidade de conhecimento dos exatos valores da perda, até

porque, trata-se exatamente de uma previsão de perdaprevisão de perdaprevisão de perdaprevisão de perda, e não de uma constatação e

tampouco de cancelamento de créditos do Município, cujo montante deverá ser

apurado com base em critérios previamente definidos, critérios estes que poderão ser

delimitados pela PGM, em conjunto com a CGM.

Neste sentido, a Norma Internacional de Contabilidade do Setor Público n.º 19 – NICSP

19 estabelece que só devem ser reconhecidos, nas demonstrações contábeis, aqueles

ativos que tenham uma grande possibilidade de realização, enquanto os direitos de

recebimento totalmente incerto e fora do controle da entidade não devem constar dos

balanços.

Esse conceito foi reforçado pela Norma Brasileira de Contabilidade 16.1043 - avaliação

e mensuração de ativos e passivos em entidades do setor público – que no item 8

define que os riscos de recebimento de dívidas são reconhecidos em conta de ajuste, a

qual será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a

originaram.

43

Aprovada pela RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.137/08, de 21 de novembro de 2008

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8.1 RESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃO 393

8.2 DÍVIDA CONSOLIDADA – LRF 393

8.2.1 DÍVIDA CONTRATUAL – ADMINISTRAÇÃO DIRETA 395

8.2.2 CAPACIDADE DE PAGAMENTO 398

8.2.3 METAS FISCAIS 398

8.3 PRECATÓRIOS JUDICIAIS 400

8.3.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA - PRECATÓRIOS 2008 401

8.3.2 PARCELAMENTO - PRECATÓRIOS 2003 401

ENDIVIDAMENTO

88

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 393

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

8888 ENDIVIDAMENTOENDIVIDAMENTOENDIVIDAMENTOENDIVIDAMENTO

8.18.18.18.1 RESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃORESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃORESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃORESTOS A PAGAR POR PODER E ÓRGÃO

Este item examina o Anexo IX do RREO - Restos a Pagar por Poder e Órgão, em virtude

de sua expressiva participação na Dívida Flutuante.

Considerando os dados consolidados, o Poder Executivo concentra 99,34% do total

dos valores inscritos em Restos a Pagar. Deste percentual, 66,74% são oriundos da

Administração Direta e 32,60% da Administração Indireta.

Os Restos a Pagar Processados, aqueles cuja fase de liquidação já foi preenchida,

participam com 44,11% do total.

R$ mil

Poder/Órgão RPP RPN Total %

EXECUTIVO 471.493 595.584 1.067.077 99,34%ADM.DIRETA 283.613 433.259 716.872 66,74%

SME 115.924 120.890 236.814 22,05%SMS 66.980 104.568 171.548 15,97%SMC 1.208 95.504 96.712 9,00%SMH 10.079 52.336 62.415 5,81%SMO 23.037 7.692 30.729 2,86%EGM 13.415 21.466 34.881 3,25%OUTRAS 52.970 30.803 83.773 7,80%

ADM. INDIRETA 187.880 162.325 350.205 32,60%EMV 10.725 2.512 13.237 1,23%FUNPREVI 132.381 0 132.381 12,32%COMLURB 24.326 22.069 46.395 4,32%PREVIRIO 1.769 104.393 106.162 9,88%CETRIO 4.218 9.637 13.855 1,29%OUTRAS 14.461 23.714 38.175 3,55%

LEGISLATIVO 2.307 4.800 7.107 0,66%TOTAL 473.800 600.384 1.074.184 100,00%

% 44,11% 55,89% 100,00%Fonte: Prestação de Contas 2008

O montante de R$ 1.074.184 mil inscrito em RPP e RPN não coincide com os valores

demonstrados no Anexo V do RGF. Essa diferença se justifica pelo fato de que tal

demonstrativo não contempla as eliminações das operações entre o FUNPREVI com os

outros órgãos municipais.

8.28.28.28.2 DÍVIDA CONSOLIDADA DÍVIDA CONSOLIDADA DÍVIDA CONSOLIDADA DÍVIDA CONSOLIDADA –––– LRF LRF LRF LRF

Nos termos da LRF, a dívida consolidada corresponde ao montante total, apurado sem

duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude

de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para

amortização em prazo superior a 12 meses ou de prazo inferior a 12 meses cujas

receitas tenham constado do orçamento. Equipara-se à operação de crédito a

assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sendo

que, para fins de cálculo dos limites estabelecidos pela legislação (LRF, Resoluções e

Portarias do Senado e da Secretaria do Tesouro Nacional), integram a dívida

consolidada os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento.

Eventuais garantias concedidas (bem como suas contragarantias) e o estoque de

precatórios anteriores a 5 de maio de 2000 não compõem a dívida consolidada.

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A seguir, é apresentado, para fins de comparação, um quadro da dívida consolidada

nos exercícios de 2007 e 2008, evidenciando as variações ocorridas:

( mi lhar es)

SALDO EX. ATUAL AJUSTES SALDO EX. ATUAL SALDO EX. VARIAÇÃO VARIAÇÃO

(ante s do ajus te ) - (ajus tado) ANTERIOR R$ %

DÍVIDA CONSOLIDADA 8.759.181 -74.250 8.684.931 7.650.662 1.034.269 13,52%

1-Administração Direta 7.981.771 -180.882 7.800.889 7.217.245 583.644 8,09%

2-Administração Indireta 777.410 106.632 884.042 433.417 450.625 103,97%

Com base no quadro anterior, pode-se inferir que:

•••• A dívida consolidada cresceu, em valores nominais, R$ 1.034.269 mil, ou seja, 13,52%;

•••• O montante da dívida da Administração Direta apresentou incremento de 8,09%, enquanto na

Administração Indireta verificou-se aumento de 103,97%. A justificativa para este fato

encontra seu fundamento na Resolução Conjunta SMF/CGM nº 147, de 19/11/2008, “que

dispõe sobre a harmonização de procedimentos de informações dos saldos e dispêndios a

pagar das Dívidas da Administração Direta e Indireta.” Dessa forma, para efeito de apuração

da Dívida Consolidada, diversos compromissos que, até então estavam contabilizados no

Curto Prazo, foram remanejados para Longo Prazo (R$ 160 milhões);

•••• Um dos fatores que mais contribuiu para o crescimento da Dívida Consolidada foi o

relacionado a sua parcela externa que cresceu 43,4%, por conta da desvalorização do real em

relação ao dólar norte-americano44.

•••• Os ajustes da consolidação totalizaram R$ 74.250 mil e correspondem a dívidas

intramunicipais, ou seja, entre entes do Município. Tais ajustes precisam ser realizados para

que as dívidas não sejam computadas em duplicidade.

Após a realização dos ajustes, o montante de R$ 8.684.931 mil está composto da

seguinte forma:

44

Em 1/08/2008, a cotação do dólar registrou R$ 1,56; em 31/12/2008, o valor unitário estava cotado a R$ 2,33 refletindo uma

desvalorização de quase 50%. Durante o exercício a perda foi de 31%, todavia no período de 5 meses as perdas cambiais

exerceram um forte impacto no nível de endividamento, num valor superior a R$ 200 milhões.

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

SALDO EM 31 / 12 / 2008 R $

DIRETA 7.800.889

INDIRETA 884.042

AUTARQUIAS/FUNDAÇÕES 660

PARQUES E JARDINS 660

PREVIRIO (FUNPREVI) 0

EM PRESAS PÚBLICAS 522.081

RIOCOP 24.881

RIOLUZ 24.184

RIO FILME 44

RIOZOO 4.887

GUARDA MUNICIPAL 50.902

IPLAN-RIO 9.806

MULTIRIO 18.033

EMAG-Empresa Munic.A rtes Gráf icas 654

RIOURBE 388.690

SOC. DE ECON. M ISTA 361.301

CET-RIO 8.347

RIOCENTRO 4.408

COMLURB 319.038

RIOTUR 29.508

8.2.18.2.18.2.18.2.1 DÍVIDA CONTRATUAL DÍVIDA CONTRATUAL DÍVIDA CONTRATUAL DÍVIDA CONTRATUAL –––– ADMINISTRAÇÃO DIRETA ADMINISTRAÇÃO DIRETA ADMINISTRAÇÃO DIRETA ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Os subitens a seguir destacam a dívida renegociada e a execução dos programas

relacionados à dívida contratual da Administração Direta (principal componente do

endividamento municipal).

8.2.1.18.2.1.18.2.1.18.2.1.1 DÍVIDA RENEGOCIADADÍVIDA RENEGOCIADADÍVIDA RENEGOCIADADÍVIDA RENEGOCIADA

O montante da dívida renegociada com o Governo Federal, ancorada na MP 2.185-35,

no final de 2008, atingiu R$ 6.562.110 mil. O referido valor corresponde a 86,8% da

dívida fundada contratual e 82,2% do montante total da dívida da administração direta

em 31/12/08, não incluindo a dívida flutuante. Foi constatado que, durante o período,

houve um acréscimo nominal de 7,6% nesta categoria de compromisso. A manutenção

deste cenário implica admitir o aumento gradual da participação da União no Passivo

Real do Município, fato que vem ocorrendo, também, com outros Estados e

Municípios.

Em 01/07/99, foi firmado entre a União e o Município o contrato de confissão,

promessa de assunção, consolidação e refinanciamento da dívida mobiliária municipal

interna e externa no montante de R$ 2.653.366 mil, os quais a União se comprometeu

a quitar em nome do Município, e este se obrigou, então, a pagar tal valor àquela em

360 prestações mensais a vencerem em cada dia 25 a partir de julho/99. No mesmo

instrumento ficou acordado que o saldo devedor seria atualizado monetariamente com

base na variação do IGP-DI e acrescido de juros nominais de 9% a.a.

Em 24/09/99, o montante da dívida foi acrescido do valor de R$ 345.362 mil,

referentes a débitos do Município com a STN, BNDES e CEF e, posteriormente, de mais

R$ 2.593 mil referentes a débitos com a CEF, através de Termo Aditivo firmado em

30/03/00.

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Em 03/05/00, foi firmado novo Termo Aditivo com a finalidade de reduzir a taxa de

juros para 6% a.a., voltando para 9% a.a. caso o Município não cumprisse, no prazo de

30 meses, a contar da assinatura do Termo, com a amortização extraordinária de pelo

menos 10% do saldo devedor atualizado da dívida renegociada, ou para 7,5% caso a

amortização extraordinária não atingisse a 20% da dívida atualizada.

No entanto, a amortização extraordinária não foi paga pelo Município. Desta forma, os

juros de mora foram recalculados à taxa de 9% a.a. retroativamente a 01/09/99.

Assim, a diferença de 3% (9% - 6%) vem sendo debitada mensalmente das contas do

Município, a crédito da União.

Ao final do exercício de 2008, o montante da diferença causada pela mudança nos

juros alcançou R$ 931.056 mil, sendo que R$ 245.635 mil correspondem à

movimentação no decorrer do ano. Os valores mencionados estão registrados no Ativo

Compensado, na conta de Responsabilidade por Riscos e Contingências, uma vez que

o município questiona judicialmente a diferença de juros.

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Data 17/04/09 Fls 397

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

8.2.1.28.2.1.28.2.1.28.2.1.2 COMPOSIÇÃO DA DESPESA COMPOSIÇÃO DA DESPESA COMPOSIÇÃO DA DESPESA COMPOSIÇÃO DA DESPESA

A seguir, são apresentados os valores de realização da despesa com amortização,

juros e outros encargos da dívida, por projetos e atividades:

R$

Projetos, Atividades e Natureza de Despesa Desp. Autorizada Desp. Realizada% da Despesa Realizada

sobre AutorizadaDespesa Paga

% da Despesa Paga

sobre RealizadaEncargos da Dívida Renegociada - PT 31.02.28.843.9000.5024

547.960,49 547.586,21 99,93% 547.586,21 100,0%

32902100 - Juros sobre a Dívida por Contrato 547.169,09 546.801,46 99,93% 546.801,46 100,0%32902200 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

791,40 784,75 99,16% 784,75 100,0%

Dívida Renegociada - PT 31.02.28.841.9000.5025 238.345,00 237.037,31 99,45% 237.037,31 100,0%46907700 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciada

238.345,00 237.037,31 99,45% 237.037,31 100,0%

Encargos da Dívida Interna - PT 31.02.28.843.9000.5026

17.862,81 17.727,94 99,24% 17.727,94 100,0%

32902100 - Juros sobre a Dívida por Contrato 16.502,06 16.434,13 99,59% 16.434,13 100,0%32902200 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

1.360,75 1.293,81 95,08% 1.293,81 100,0%

Dívida Interna - PT 31.02.28.841.9000.5027 62.252,52 59.809,14 96,08% 59.809,14 100,0%46907100 - Principal da Dívida Contratual Res gatado

62.252,52 59.809,14 96,08% 59.809,14 100,0%

Encargos da Dívida Externa - PT 31.02.28.844.9000.5028

24.861,74 24.861,66 100,00% 24.861,66 100,0%

32902100 - Juros sobre a Dívida por Contrato 24.861,74 24.861,66 100,00% 24.861,66 100,0%32902200 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

- 0,00 - 0,00 -

Dívida Externa - PT 31.02.28.842.9000.5029 39.583,50 39.583,40 100,00% 39.583,40 100,0%46907100 - Principal da Dívida Contratual Res gatado

39.583,50 39.583,40 100,00% 39.583,40 100,0%

TOTAL 930.866,06 926.605,66 99,54% 926.605,66 100,0%Fonte: FINCON

São apresentados, na sequência, os valores de realização da despesa com

amortização, juros e outros encargos da dívida, considerando os seus componentes:

Dívida Pública - Total Pago 2008

-

200

400

600

800

1.000

Milhares

Interna Externa Renegociada

Dívida Pública - Total de Juros pagos 2008

-

100

200

300

400

500

600

Milhares

Interna Externa Renegociada

Dívida Pública - Total Amortizado 2008

-

50

100

150

200

250Milhares

Interna Externa Renegociada

Dívida Pública - Total de Outros Encargos pagos 2008

-

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

Milhares

Interna Externa Renegociada

Com base no quadro e nos gráficos apresentados anteriormente, pode-se afirmar que:

•••• Os percentuais de realização da dívida comparados com a despesa autorizada foram

equivalentes a 99,54% nos Programas de Trabalho das dívidas interna e externa e

•••• Dos R$ 906.605,66 mil pagos no exercício de 2008, R$ 316.429,85 mil referem-se a

amortizações, R$ 588.097,05 mil, a juros e R$ 2.078,56 mil, a outros encargos sobre a

dívida.

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 398

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

8.2.28.2.28.2.28.2.2 CAPACIDADE DE PAGAMENTOCAPACIDADE DE PAGAMENTOCAPACIDADE DE PAGAMENTOCAPACIDADE DE PAGAMENTO

A Portaria nº 89/1997 do Ministério da Fazenda estabelece os critérios e a

metodologia a serem utilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional para classificar os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios segundo sua situação financeira e

capacidade de pagamento. O objetivo é viabilizar o processo decisório nas solicitações

de operações de créditos adicionais e concessões de garantias da União,

estabelecendo as seguintes categorias:

•••• "A" - resultado primário positivo e suficiente para pagar os serviços da dívida;

•••• "B" - resultado primário positivo suficiente para pagar os encargos;

•••• "C" - resultado primário positivo, mas insuficiente para pagar os encargos da dívida;

•••• "D" - resultado primário negativo.

A base de cálculo está no resultado primário apurado, definido no Comunicado

nº 6.749/1998 do Banco Central.

O conceito de resultado primário mostra a diferença entre a receita e a despesa fiscais.

Na receita fiscal não estão incluídas as operações de crédito, as receitas financeiras e

as de privatização. Já a despesa fiscal é apurada com a exclusão dos gastos com a

dívida. Para fazer frente ao serviço da dívida, é necessário ter superávit primário, ou

seja, o governo gastar menos do que arrecada, o que garantirá recursos adicionais

para amortizar dívidas ou pagar encargos.

O Município do Rio de Janeiro, em virtude de apresentar resultado primário positivo de

R$ 456.285 mil, classifica-se na categoria "C", uma vez que o pagamento de encargos

da dívida em 2008 montou a quantia de R$ 590.176 mil. Este cenário é o mesmo

constatado nos exercícios de 2006 e 2007 e revela que, em tese, o valor de R$

133.891mil corresponde a recursos remanejados de receitas próprias para atender

pagamentos dos encargos de dívidas.

8.2.38.2.38.2.38.2.3 METAS FISCAISMETAS FISCAISMETAS FISCAISMETAS FISCAIS

A Lei Complementar nº 101/00, Lei de Responsabilidade Fiscal, prevê, em seu art. 4º,

§ 1º, que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) conterá um Anexo de Metas Fiscais,

no qual serão estabelecidas metas anuais relativas a receitas, despesas, resultados

nominal e primário e o montante da dívida, instruídos com memória de cálculo, que

justifique os valores pretendidos.

A Lei Municipal nº 4.566, de 20/07/2007 (Lei de Diretrizes Orçamentárias para o

exercício de 2008), trouxe, em seu anexo, metas anuais de resultado primário e

montante da dívida pública fundada.

8.2.3.18.2.3.18.2.3.18.2.3.1 RESULTADO PRIMÁRIORESULTADO PRIMÁRIORESULTADO PRIMÁRIORESULTADO PRIMÁRIO

O Demonstrativo do Resultado Primário está previsto no art. 53, inciso III, da Lei de

Responsabilidade Fiscal e faz parte do Relatório Resumido da Execução Orçamentária –

Anexo VII.

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 399

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

O resultado primário corresponde à diferença entre as receitas e despesas não

financeiras registradas durante o exercício.

PREV ISÃOREAL IZA DO

2008

Re ce itas Pr im ár ias 9.942.592 10.273.389

(- )De s pe s as Pr im ár ias 10.668.240 9.817.104

Re s u ltad o Pr im ár io (725.648) 456.285

M e ta Fixada 266.977

Re s u ltad o Pr im ár io (R$ m il)

A meta estipulada na LDO, para o exercício de 2008, foi de R$ 266.977 mil favoráveis,

enquanto, ao final do exercício, verificou-se um resultado positivo de R$ 456.285 mil,

representando uma variação favorável em relação à meta, de R$ 189.308 mil.

Aprofundando esta análise, e agora fazendo uma comparação com a previsão

atualizada e relativa ao mesmo período, constata-se uma variação favorável de

R$ 1.181.933 mil. Isto ocorreu porque a previsão de resultado primário foi atualizada

para R$ 725.648 mil negativos, como decorrência das alterações orçamentárias

provocadas por créditos adicionais e cancelamentos.

Na análise dos dois grupos que compõem o resultado primário, a partir dos

parâmetros fixados na Lei Orçamentária Anual (LOA), constata-se que a receita fiscal

líquida registrada no exercício ficou R$ 330.797 mil acima do previsto, enquanto a

despesa fiscal líquida registrou uma variação favorável de R$ 851.136 mil,

provocando, como mencionado anteriormente, uma variação favorável no processo de

execução orçamentária de R$ 1.181.933 mil, com impacto direto no resultado

primário.

8.2.3.28.2.3.28.2.3.28.2.3.2 RESULTADO NOMINALRESULTADO NOMINALRESULTADO NOMINALRESULTADO NOMINAL

Este demonstrativo está previsto no art. 53, inciso III, da Lei de Responsabilidade Fiscal

e faz parte do Relatório Resumido da Execução Orçamentária – Anexo VI.

Resultado Nominal é a variação no período da dívida fiscal líquida (dívida consolidada

líquida ajustada pelas receitas de privatizações e reconhecimento de passivos).

O quadro a seguir apresenta os dados divulgados pelo Poder Executivo:

(R $ Milh a res )

Em 3 1 Dez 2 007 Em 3 1 Dez 2 008

(a ) (c )

DÍVIDA CONSOLIDADA (I) 7 .65 0 .66 2 8 .684 .93 1

DEDUÇÕES (II) 4 .05 3 .20 2 4 .040 .77 6Ativo D is pon íve l 3 .78 8 .64 8 3 .743 .99 2H averes Fin ance iro s 26 4 .55 4 296 .78 4(-) R es tos a Pag ar Proces s ados

DÍVIDA CONSOLIDADA LÍQUIDA (III) = (I - II) 3 .59 7 .46 0 4 .644 .15 5

RECEITA DE PRIVATIZAÇÕES (IV)

PASSIVOS RECONHECIDOS (V) 5 8 .05 5 68 .34 3

DÍVIDA FISCAL LÍQUIDA (III + IV - V ) 3 .53 9 .40 5 4 .575 .81 2

J an a Dez 2 008

(c - a )

RESULTADO NOM INAL 1 .036 .40 7DISCRIMINAÇÃO DA M ETA FISCAL VALOR

(8 .38 8)

FONTE: Controladoria Geral do Munic ípio

SALDO

ESPECIFICAÇÃO

M eta de Re sulta do Nom ina l fix ada no Anexo de Me ta s

Fisca is da LDO p/ o e xerc íc io de re ferê nc ia

ESPECIFICAÇÃO

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 400

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A LDO fixou a meta do Resultado Nominal em R$ 8.388 mil negativos, isto é, uma

redução na Dívida Fiscal Líquida – DFL, nesse montante. Entretanto, o resultado

alcançado foi de R$ 1.036.407 mil positivos, ou seja, um incremento na DFL.

Verifica-se, portanto, que o Poder Executivo não cumpriu a meta de Resultado

Nominal fixada para 2008.

Conforme já ressaltado no subitem 6.6, o cálculo da Dívida Consolidada Líquida (DCL),

que integra o cálculo da DFL, não foi elaborado conforme o disposto nas Portarias STN

nos 574 e 575, ambas de 2007. Tal fato implica na subavaliação da DCL acarretando,

ainda, uma distorção do Resultado Nominal.

8.38.38.38.3 PRECAPRECAPRECAPRECATÓRIOS JUDICIAISTÓRIOS JUDICIAISTÓRIOS JUDICIAISTÓRIOS JUDICIAIS

Os bens públicos têm a característica da impenhorabilidade, motivo pelo qual impõe-

se que a execução contra a Fazenda Pública tenha um procedimento especial,

chamado de execução imprópria, tratado nos arts 730 e 731 do Código de Processo

Civil, por meio de precatórios.

Para fins de emissão de precatórios, considera-se Fazenda Pública a pessoa jurídica de

direito público (União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Autarquias e Fundações

Públicas).

Nas execuções contra a Fazenda Pública, esta é citada para opor embargos ao devedor

em trinta dias. Se não os opuser, ou se estes forem rejeitados, o juiz que deferiu o

pedido da citação requisitará, por meio do Presidente do Tribunal competente, o

pagamento, que será feito na ordem de apresentação dos precatórios, havendo duas

ordens cronológicas: a dos créditos de natureza alimentícia e a dos demais.

O assunto encontra-se normatizado pelos arts. 78 e 100 - ADCT da Constituição

Federal/88, pelos arts. 730 e 731 do Código de Processo Civil e pelos arts. 10 e 30 - §

7º da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Os principais Tribunais responsáveis pelo acompanhamento do processo de

pagamento dos precatórios judiciais, pelas Entidades de Direito Público do Município

do Rio de Janeiro, são: (1) Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e (2) Tribunal Regional

do Trabalho, cada um com um procedimento específico de controle sobre o

encaminhamento dos precatórios às respectivas Entidades.

O Tribunal de Justiça, por meio de sua Assessoria de Precatórios Judiciais, envia

anualmente, até o mês de julho, uma relação com todos os precatórios emitidos em

ordem seqüencial no período de 2 de julho do ano anterior a 1º de julho do ano atual

para que esses valores possam ser incluídos no orçamento do ano seguinte.

O Tribunal Regional do Trabalho oficia aos órgãos municipais sobre cada precatório à

medida que este é expedido pelo juiz da execução, cabendo às Entidades oficiadas o

controle quanto à totalidade e seqüência cronológica de pagamento dos mesmos.

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Data 17/04/09 Fls 401

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Na época do pagamento dos precatórios, as Entidades Municipais de Direito Público

requerem aos Tribunais competentes a emissão das guias de pagamento, sendo estas

consignadas diretamente ao Poder Judiciário.

8.3.18.3.18.3.18.3.1 EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA ---- PRECATÓRIOS 2008 PRECATÓRIOS 2008 PRECATÓRIOS 2008 PRECATÓRIOS 2008

Com base no quadro seguinte, resta evidenciado que foram realizados 84,19% do

previsto, tendo sido efetivamente pagos 99,93% do total realizado.

ORÇAM ENTODESPESA

REALIZADADESPESA

PAGA

Adm in is tr ação Dir e ta (PGM ) 68.705.836 58.292.638 58.249.773

FUNPREV I 1.010.000 810.262 810.262

Fundação Par que s e Jar d ins 410.000 - -

Ins titu to Pe r e ira Pas s os 20.000 10.662 10.662

Fundação Rio Zoo 25.000 1.316 1.316

Fundação GEORIO 25.000 - -

Fundação Plane tár io 25.000 5.414 5.414

TOTAL 70.220.836 59.120.292 59.077.427

En tidade s de Dir e ito Púb lico M un icipal - Pr e catór ios Jud iciais (R$)

O orçamento relativo a “precatórios judiciais” é composto, basicamente, pelos

seguintes itens: relação de precatórios informados pelo Tribunal de Justiça e Tribunal

Regional do Trabalho, encargos trabalhistas incidentes sobre os precatórios e folga

orçamentária para a cobertura de possíveis alterações nos valores envolvidos.

Os valores correspondentes ao Orçamento de 2008 referem-se aos precatórios

apresentados de 02 de julho de 2006 a 01 de julho de 2007, de acordo com a

instrução oficial dos tribunais competentes.

Em 31 de dezembro de 2008, as demonstrações contábeis apresentavam a posição de

R$ 71.011 mil à conta de precatórios judiciais. A seguir está especificada,

detalhadamente, a responsabilidade pelo pagamento de precatórios por Entidade de

Direito Público Municipal:

P ro v is ão e m 3 1/ 12 / 2 0 0 8

Adm inis tração Dire ta (PGM ) 45.675

Fundação Parques e Jardins 215

RIOLUZ 24.184

FUNDAÇÃO PLANETÁRIO 50

PREVIO (FUNPREVI) 687

RIOZÔO 200

TOTAL 71.011

Entidades de Dire ito Público M unicipal – Pre catór ios Judiciais (R$ m ilhare s)

8.3.28.3.28.3.28.3.2 PARCELAMENTO PARCELAMENTO PARCELAMENTO PARCELAMENTO ---- PRECATÓRIOS 2003 PRECATÓRIOS 2003 PRECATÓRIOS 2003 PRECATÓRIOS 2003

O Município do Rio de Janeiro efetuou o parcelamento dos precatórios judiciais

inclusos no Orçamento de 2003. O pagamento da 6ª parcela, condicionado por

critérios relacionados a seguir, foi efetuado em dezembro de 2008.

O Município e o Poder Judiciário estabeleceram critérios específicos para o pagamento

da 2ª parcela de precatórios judiciais relativos ao Orçamento de 2003. De acordo com

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Data 17/04/09 Fls 402

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EndividamentoEndividamentoEndividamentoEndividamento

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

o parágrafo único, cláusula 4ª do Termo de Compromisso nº 003/334/04 firmado

entre as partes em 30 de junho de 2004:

“Obriga-se o Município do Rio de Janeiro a quitar integralmente, através de pagamento

único, até o final do exercício de 2004, os precatórios pendentes de quitação integral

relativos ao Orçamento de 2003, cujos créditos, de qualquer valor, sejam de

titularidade de pessoas físicas ou de pessoas jurídicas credoras de importâncias não

superiores a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).“

De acordo com a referida cláusula, em 2004 foram feitos os pagamentos de todos os

precatórios judiciais parcelados relativos a pessoas físicas, e os pagamentos daqueles

de valor até R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), relativos a pessoas jurídicas.

Em 2008, conforme quadro a seguir, foram feitos os pagamentos dos precatórios

judiciais parcelados relativos a pessoas jurídicas, cujos valores eram superiores a

R$ 2.000.000,00:

Nº Pr e cató r io

Nom e d o Be n e ficiár ioNatu r e za Ju r íd ica

d o b e n e ficiár io

Sald o d o p ar ce lam e nto ante s d o p ag am e n to d a

6a. Par ce la

Pag am e n to d a 6a. p ar ce la e m

d e ze m b r o /2008

Sald o d o p arce lam e n to

apó s o p ag am e n to

M ODAL IDADE CUST EIO03079 A GRO IMOBILIA RIA PRIMA V ERA S/A Pessoa Jurídic a 9.395 1.792 7.60303087 CONSTRUTORA A FFONSECA S/A Pessoa Jurídic a 2.529 483 2.046

11.924 2.275 9.649

M ODA L IDA DE C APITA L03085 A SSOCIA ÇÃ O DA IGREJA METODISTA Pessoa Jurídic a 6.235 1.189 5.046

6.235 1.189 5.046

18.159 3.464 14.695

Re lação d e Pr e cató r ios Ju d iciais Par ce lad o s r e lativo s ao Or çam e n to d e 2003 - Pag am e n to d a 6a. Par ce la - R$ m ilh ar e s

T OTA L GERAL

SUB T OT AL

SUB T OT AL

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9.1 PROGRAMA DE VISITAS ÀS UNIDADES ESCOLARES – 2º SEGMENTO 404

9.2 MÁS CONDIÇÕES DOS ALMOXARIFADOS DA SAÚDE 407

9.3 CONVERSÃO EM PECÚNIA DA LICENÇA ESPECIAL 407

9.4 FISCALIZAÇÃO DE CONCESSÕES E PERMISSÕES 407

9.5 OBRAS PARALISADAS E INACABADAS POR FALTA DE EMPENHO 408

9.6 CLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS CORRENTES COMO DE CAPITAL 408

9.7 OUTROS PONTOS LEVANTADOS PELAS IGE’S 409

ASPECTOS OPERACIONAIS

99

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 404

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Aspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos Operacionais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

9999 ASPECTOS OPERACIONAIS ASPECTOS OPERACIONAIS ASPECTOS OPERACIONAIS ASPECTOS OPERACIONAIS –––– INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS INFORMAÇÕES PRESTADAS PELAS

IGE’SIGE’SIGE’SIGE’S

O exame das Contas do Prefeito é, na verdade, um trabalho que esta Corte realiza

desde o início do exercício sob exame, seja através da análise processual seja por

meio das inspeções e visitas realizadas nas jurisdicionadas. Essa análise, portanto, não

se limita ao exame do processo recebido, mas contempla todos os fatos apurados e

decisões emitidas no decorrer do exercício que tenham impacto sobre a gestão.

Com base nesse entendimento, a CAD, além do resultado de seu próprio trabalho, leva

em conta todo o exame realizado pela Secretaria de Controle Externo, através de suas

inspetorias. Para tanto, em todos os exercícios são enviados memorandos às IGE’s

solicitando informações sobre fatos relevantes que possam influenciar esta análise.

Embora tais informações tenham sido sempre consideradas quando do exame das

Contas, optou-se, neste exercício, por incluir um capítulo específico, destinado a

compilar os principais fatos relatados. Além disso, os memorandos recebidos foram

anexados aos autos (Anexo IV desta análise), permitindo o conhecimento de todos os

dados fornecidos.

9.19.19.19.1 PROGRAMA DE VISITAS ÀS UNIDADESPROGRAMA DE VISITAS ÀS UNIDADESPROGRAMA DE VISITAS ÀS UNIDADESPROGRAMA DE VISITAS ÀS UNIDADES ESCOLARES ESCOLARES ESCOLARES ESCOLARES –––– 2º SEGMENTO 2º SEGMENTO 2º SEGMENTO 2º SEGMENTO

Segundo informações obtidas no referido Programa, a 3ª IGE, através do Memorando

19/09, ressaltou o seguinte:

1) Quanto à situação estrutural das escolas, foram detectadas 14,5% em condição

precária, 8,6% razoável com risco, 28,8% razoável e 48,1% em condição boa.

Precária

14,5%0%

25%

50%

75%

100%Razoável

28,8%

0%

25%

50%

75%

100%

Razoável com Risco

8,6%

0%

25%

50%

75%

100%

1ªCRE

2ªCRE

3ªCRE

4ªCRE

5ªCRE

6ªCRE

7ªCRE

8ªCRE

9ªCRE

10ªCRE

SME

Boa

48,1%

0%

25%

50%

75%

100%

1ªCRE

2ªCRE

3ªCRE

4ªCRE

5ªCRE

6ªCRE

7ªCRE

8ªCRE

9ªCRE

10ªCRE

SME

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 405

Rubrica

SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Aspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos Operacionais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

2) Quanto à infra-estrutura das quadras esportivas existentes, foi verificada que 12,4%

estavam em condições precárias de uso; 2,7%, razoáveis com risco; 16,1%, razoáveis e

68,8%, em condições boas.

Precária

12,4%0%

25%

50%

75%

100%Razoável

16,1%

0%

25%

50%

75%

100%

Razoável com Risco

2,7%

0%

25%

50%

75%

100%

1ªCRE

2ªCRE

3ªCRE

4ªCRE

5ªCRE

6ªCRE

7ªCRE

8ªCRE

9ªCRE

10ªCRE

SME

Boa

68,8%

0%

25%

50%

75%

100%

1ªCRE

2ªCRE

3ªCRE

4ªCRE

5ªCRE

6ªCRE

7ªCRE

8ªCRE

9ªCRE

10ªCRE

SME

3) Existência e utilização dos laboratórios de informática:

Observou a 3ª IGE que foram instalados laboratórios de informática em 65,6% das

escolas. No entanto, apenas 11% do total de alunos utilizam esses laboratórios.

Ressaltou, ainda, a Inspetoria que, apesar do baixo aproveitamento dos equipamentos,

foi concedido ao orçamento da SME, através do Decreto nº 29.763, de 29/08/2008,

crédito suplementar, no valor de R$ 11.936.250,00, com a finalidade de aquisição de

6.366 novos computadores.

35,4% 11,1%

53,5%

Utilizam oLaboratório

Nãoutilizam

LaboratórioInexistente

UTILIZAM LABORATÓRIO

0%

25%

50%

75%

100%

NÃO UTILIZAM

0%

25%

50%

75%

100%

1ªCRE

2ªCRE

3ªCRE

4ªCRE

5ªCRE

6ªCRE

7ªCRE

8ªCRE

9ªCRE

10ªCRE

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Data 17/04/09 Fls 406

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Aspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos Operacionais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

4) Carência de Merendeira e Agente Educador:

O número absoluto encontrado que seria necessário para atender a carência de

merendeiras foi de 186 profissionais.

09 2

40 39

6

5024

8 8

186

0

50

100

150

200

1ª CRE 2ª CRE 3ª CRE 4ª CRE 5ª CRE 6ª CRE 7ª CRE 8ª CRE 9ª CRE 10ª CRE SME

Carência de Merendeiras

Quanto à questão dos agentes educadores (antigos inspetores de alunos), verificou-se

que em 70,8% das escolas este número é inferior ao número mínimo exigido pela

Portaria Conjunta E/DGE/E-DAD nº 01, de 11/12/1989.

29,1%

70,9%

PossuiAgenteEducador

Não possuiAgenteEducador

POSSUEM AGENTE EDUCADOR

0%

25%

50%

75%

100%

NÃO POSSUEM

0%

25%

50%

75%

100%

1ªCRE

2ªCRE

3ªCRE

4ªCRE

5ªCRE

6ªCRE

7ªCRE

8ªCRE

9ªCRE

10ªCRE

Ainda, sobre a questão do agente educador, outro dado importante a ser considerado

é que nas escolas onde o quantitativo destes profissionais estava de acordo com o

estabelecido na referida Portaria, 86,4% dos Diretores das Unidades afirmaram que

estes quantitativos não atenderiam às necessidades das escolas. Diante deste

percentual, deve ser verificado se os limites estabelecidos pelo ato normativo

retromencionado precisam ser alterados, a fim de efetivamente atenderem às

carências das unidades.

5) Disciplinas sem aula:

No gráfico abaixo, apresentado pela 3ª IGE, foi observado que existem disciplinas sem

aula em 56,3% das unidades de 2º Segmento.

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Aspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos Operacionais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50% 55% 60%

Português

Matemática

Geografia

História

Ciências

E.Física

Sala de Leitura

Artes

Lingua Estrangeira

Centro de Estudos

SME

6) Professores com dupla-regência:

Foram verificadas ocorrências de dupla-regência em 85% das unidades escolares

visitadas.

9.29.29.29.2 MÁS CONDIÇÕES DOS ALMOXARIFADOS DA SAÚDEMÁS CONDIÇÕES DOS ALMOXARIFADOS DA SAÚDEMÁS CONDIÇÕES DOS ALMOXARIFADOS DA SAÚDEMÁS CONDIÇÕES DOS ALMOXARIFADOS DA SAÚDE

Em inspeção ordinária realizada pela 4ª IGE nos almoxarifados da Saúde (processo

40/002790/2008), foram identificadas situações como existência de medicamentos

vencidos, insuficiência de espaço, inexistência de extintores, infiltrações, problemas

relativos ao esgoto e, inclusive, o aparecimento de ratos.

9.39.39.39.3 CONVERSÃO EM PECÚNIA DA LICENÇA ESPECCONVERSÃO EM PECÚNIA DA LICENÇA ESPECCONVERSÃO EM PECÚNIA DA LICENÇA ESPECCONVERSÃO EM PECÚNIA DA LICENÇA ESPECIALIALIALIAL

Em inspeção realizada pela 5ª IGE, verificou-se que o número total de concessões de

pedidos de conversão de licença especial em pecúnia indenizatória em 2008 chegou a

22.375 e o montante pago, no mesmo exercício, atingiu R$ 125.695.867,64.

Cabe ressaltar que o valor apurado diverge do extraído no FINCON de R$ 128,4

milhões.

O exame realizado pela Inspetoria contemplou 189 servidores e 232 concessões,

totalizando um pagamento de R$ 1.749.488,90. Verificou-se que foram cumpridas,

em todas as concessões de pecúnia, os requisitos previstos nos incisos I, II, III e

parágrafo único do art. 3º da Resolução Conjunta SMA/SMF nº 100/2007. No entanto,

não foram comprovadas as amortizações das dívidas com a casa própria, nem da

dívida bancária contraída até 31/07/2007, nos termos previstos nos incisos II e III do

art. 1º do Decreto nº 28.362 de 29/08/2007.

9.49.49.49.4 FISCALIZAÇÃO DE CONCESSÕES E PERMISSÕESFISCALIZAÇÃO DE CONCESSÕES E PERMISSÕESFISCALIZAÇÃO DE CONCESSÕES E PERMISSÕESFISCALIZAÇÃO DE CONCESSÕES E PERMISSÕES

Como ressalta a 1ª IGE, a fiscalização inadequada pode implicar menor arrecadação

para o Município, destacando os seguintes pontos:

•••• o descumprimento do Decreto Municipal nº 22.723, de 14/03/2003, que transferiu para a

Secretaria Especial de Turismo (SETUR) a administração da Marina da Glória, sendo que a

Secretaria não vem exercendo a fiscalização da concessão (processo nº 40/004.105/2008);

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Data 17/04/09 Fls 408

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Aspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos Operacionais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

•••• a SMF não exerce satisfatoriamente a fiscalização dos termos de concessão/permissão de

uso, o que pode implicar em uma arrecadação de receita menor para o Município, conforme

foi observado na execução de contratos (processo nos 40/005.781/2004 e 40/000987/2006)

e na realização de auditoria operacional (processo nº 40/001.397/2008).

A 6ª IGE, seguindo a mesma direção, ressalta as questões prejudiciais relacionadas à

concessão da Linha Amarela.

A preocupação com o tema, além da análise de processos e da realização de

inspeções, materializou-se, também, através de um estudo socioeconômico intitulado

Concessão e Equilíbrio Econômico-Financeiro do Contrato nº 513/94 - Linha Amarela,

realizado pela CAD e pela 6ª IGE, em fase de finalização.

9.59.59.59.5 OBRAS POBRAS POBRAS POBRAS PARALISADAS E INACABADAS POR FALTA DE EMPENHOARALISADAS E INACABADAS POR FALTA DE EMPENHOARALISADAS E INACABADAS POR FALTA DE EMPENHOARALISADAS E INACABADAS POR FALTA DE EMPENHO

A 2ª IGE informou, por intermédio do memorando 025/09, a existência de diversas

obras paralisadas, a maioria por falta de empenho e outras com serviços realizados

que não serão utilizados, configurando desperdício de recursos públicos

9.69.69.69.6 CLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS CORRENTES COMO DE CAPITALCLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS CORRENTES COMO DE CAPITALCLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS CORRENTES COMO DE CAPITALCLASSIFICAÇÃO DE DESPESAS CORRENTES COMO DE CAPITAL

Destaque-se que esta Corte de Contas apurou, no exercício em análise, por meio da

1ª IGE, a existência de diversos convênios oriundos da Secretaria Municipal do

Trabalho e Emprego, em que as despesas necessárias à realização de seus objetos

foram contabilizadas como despesas de capital, enquanto este Tribunal considera

mais adequado tratá-las como despesas correntes45, tais como:

•••• Convênio SMTE nº 10/2007, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, por intermédio da

Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego, e o Instituto Phoenix (processo

040/004768/2007);

•••• Convênio SMTE nº 9/2007, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da Secretaria

Municipal do Trabalho e Emprego, e o Instituto Phoenix (processo 040/004770/2007);

•••• Convênio SMTE nº 24/2006, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, e o MCS – Movimento Cultural Social (processo

040/005637/2006);

•••• Convênio SMTE nº 23/2007, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, e o MCS – Movimento Cultural Social (processo

040/005638/2006);

•••• Convênio SMTE nº 15/2007, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, e o Instituto Phoenix (processo

040/005271/2007);

•••• Convênio SMTE nº 16/2007, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, e o Instituto Phoenix (processo

040/005272/2007);

45 Conforme Portaria Interministerial nº 163, de 04/05/2001, da Secretaria do Tesouro Nacional – STN e Secretaria de Orçamento

Federal – SOF.

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Aspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos OperacionaisAspectos Operacionais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

•••• Convênio SMTE nº 18/2007, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, e o Centro de Cidadania Cidade Maravilhosa –

CCCM (processo 040/005923/2007);

•••• Convênio SMTE nº 19/2007, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, e a Instituição de Apoio ao Trabalhador

Autônomo – ATA (processo 040/005924/2007);

•••• Convênio SMTE nº 20/2007, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, e a Instituição de Apoio ao Trabalhador

Autônomo – ATA (processo 040/005925/2007);

•••• Convênio SMTE nº 01/2008, firmado entre o Município do Rio de Janeiro, através da

Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego, e o Instituto Phoenix (processo

040/001141/2008).

No subitem 6.9, foi apontado, como conseqüência de tal procedimento, a

superavaliação do limite das receitas de operações de crédito, o que impacta,

diretamente, na observância à Regra de Ouro.

9.79.79.79.7 OUTROS PONTOS LEVANOUTROS PONTOS LEVANOUTROS PONTOS LEVANOUTROS PONTOS LEVANTADOS PELAS IGE’STADOS PELAS IGE’STADOS PELAS IGE’STADOS PELAS IGE’S

•••• Aquisições de equipamentos, de especificação idêntica, com custos muito diversos entre as

CRE’S;

•••• Existência de despesas sem prévio empenho;

•••• Ausência de documentação que justifique o acréscimo de valor de contrato.

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10.1 RESSALVAS 411

10.2 ALERTAS 412

10.3 RECOMENDAÇÕES 413

EXERCÍCIO

ANTERIOR

1100

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Data 17/04/09 Fls 411

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Exercício AnteriorExercício AnteriorExercício AnteriorExercício Anterior

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

10101010 PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO ANTERIORPRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO ANTERIORPRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO ANTERIORPRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO ANTERIOR

Esta Corte emitiu parecer favorável à aprovação das contas relativas ao exercício de

2007, de responsabilidade do então Prefeito César Maia, com 5 (cinco) ressalvas, 4

(quatro) alertas e 40 (quarenta) recomendações, como especificado a seguir.

10.110.110.110.1 RESSALVASRESSALVASRESSALVASRESSALVAS

Considerando que ressalvas são observações de natureza restritiva quanto a fatos

constatados no exame das contas que não estejam em conformidade com as leis e

normas aplicáveis, ressalvaram-se os seguintes itens:

1. A Prefeitura do Município do Rio de Janeiro deixou de responder às

recomendações desta Corte, tendo, ainda, apresentado um percentual de

cumprimento das mesmas inferior a 18%. Ressalte-se que algumas dessas

recomendações vêm sendo reiteradas desde o exercício de 2000 (item 11.3);

No exercício sob exame, a situação não se modificou como se pode observar na tabela

apresentada neste item.

2. O Município realizou despesas indevidas com recursos do FUNDEB (subitem

6.1.6.6), contrariando o art. 70 da Lei 9.394/96, combinado com o art. 23 da

Lei 11.494/07;

Quanto a esta ressalva, está sendo verificado nos processos das inspeções realizadas

em 2008, os quais ainda se encontram em tramitação.

3. O Município realizou despesas sem prévio empenho, contrariando o art. 60 da

lei 4.320/64 - RIOZOO (subitem 5.2); SMS (6.2.3.1, 6.2.3.2 e 6.2.3.3); CET-

RIO, COMLURB e RIOFILME (subitem 7.4);

Da mesma forma, foi identificado, por amostragem, em inspeção realizada no FMS, no

último mês de março, um saldo de R$ 85.845.501,20 referentes a despesas sem

prévio empenho, dos quais R$ 3.613.733,83 tiveram origem no exercício de 2008.

Foram, ainda, examinados os Termos de Ajustes encaminhados pelas Inspetorias

Gerais, mediante os quais se identificaram, como apontado no subitem 5.3, despesas

sem prévio empenho na COMLURB e na RIOLUZ, nos montantes de R$ 107.675,13 e

R$ 119.245,35, respectivamente.

4. O Município promoveu aumento de despesas por meio de instrumentos

normativos inadequados (Decretos nº 28.362 de 29/08/2007 e nº 28.514 de

05/10/2007), pois a matéria lá tratada era afeta à reserva de lei, nos termos

do disposto no art. 84, VI, da Constituição Federal, com a redação que lhe foi

dada pela Emenda Constitucional nº 32 (subitens 2.6.1.1 e 2.6.1.2);

Em 26/12/2008, foi publicada a Lei Complementar Municipal nº 93, de 24/12/2008,

que convalidou, até a data da referida publicação, os atos praticados com base no

Decreto Municipal nº 28.362, de 29/08/2007, revogado, também em 26/12/2008,

pelo Decreto Municipal nº 30.326, de 24/12/2008.

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Exercício AnteriorExercício AnteriorExercício AnteriorExercício Anterior

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

No entanto, como verificado em inspeção realizada pela 5ª Inspetoria Geral desta

Corte, “em que pese haverem sido cumpridas, em todas as concessões de pecúnia, os

requisitos estampados nos incisos I, II, III e parágrafo único do art. 3º da Resolução

Conjunta SMA/SMF nº 100/2007, não restaram comprovadas as amortizações das

dívidas contraídas em razão do pagamento com a casa própria, assim como com

dívida bancária contraídas até 31 de julho de 2007, nos termos previstos nos incisos II

e III do art. 1º do Decreto nº 28.362 de 29/08/07”.

5. O Município descumpriu o disposto no art. 212 da Constituição Federal ao

aplicar o percentual de 24,68% em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

(subitem 8.1).

No exercício sob exame, também se observou o descumprimento do dispositivo

constitucional, sendo apurado, como demonstrado no subitem 6.1.1, o percentual de

23,84%.

10.210.210.210.2 ALERTASALERTASALERTASALERTAS

Com base no disposto no §1º do art. 59 da LRF, esta Corte alertou ao Poder Executivo

quanto:

1. aos riscos decorrentes da implementação da Operação de Securitização dos

Créditos relativos à Dívida Ativa conforme subitem 9.2.2;

Conforme observado em inspeção ordinária, a operação não se concretizou. No

entanto, como relatado na análise das Contas de 2007, processo nº 40/001.775/2008,

em decorrência da operação pretendida, foram firmados contratos com o Banco Efisa

S/A e com o Deustche Bank Securities Inc., destinados à prestação de serviços de

consultoria técnico-financeira. Em consulta realizada no FINCON, em 25/05/2009,

verificou-se que, do primeiro contrato mencionado, foram pagos R$ 1.134.572,14.

2. ao risco do comprometimento das finanças municipais, em virtude da

possibilidade da existência de valores não reconhecidos no Passivo do Município

do Rio de Janeiro (subitem 8.11.1);

Da mesma forma, como verificado em inspeção na CGM, realizada no último mês de

março, não integraram o Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa - Anexo V do RGF

os valores referentes às despesas sem prévio empenho e às dívidas do Tesouro com o

FUNPREVI, que podem chegar, como apontado no subitem 6.13.2.3, à casa de 1 bilhão

de reais.

3. de cautela com as despesas elencadas como MDE, haja vista o disposto no subitem

8.1.1.3;

Como apontado nos subitens 6.1.1.2.3 e 6.1.3, foram mantidos os procedimentos

adotados no exercício anterior.

4. à necessidade de se observar o parágrafo único do art. 1º da Lei nº 11.494/2007,

de forma a expurgar o ganho do FUNDEB da base de cálculo da MDE, conforme

subitem 8.1.2 e item 11.1.B.

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Exercício AnteriorExercício AnteriorExercício AnteriorExercício Anterior

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

A base de cálculo continua abrangendo a totalidade do ganho, como exposto no

subitem 6.1.1.1.1.

10.310.310.310.3 RECOMENDAÇÕESRECOMENDAÇÕESRECOMENDAÇÕESRECOMENDAÇÕES46

O Poder Executivo editou o Decreto Municipal nº 29.584, de 11/07/2008, pelo qual

deu conhecimento aos Órgãos da Administração Municipal do Parecer Prévio, emitido

por esta Corte de Contas, atribuindo aos respectivos titulares a responsabilidade pelo

cumprimento das recomendações. Os Órgãos deveriam responder diretamente ao

Tribunal, encaminhando cópia à CGM, para fins de arquivamento e subsídio para a

prestação de contas dos respectivos titulares das Secretarias ou Órgãos.

Em atendimento ao citado Decreto, foram prestados ao Tribunal esclarecimentos

referentes às recomendações efetuadas, mediante os Ofícios a seguir relacionados,

cujos respectivos processos encontram-se apensados ao presente processo:

•••• SMU – Ofício nº 585, de 11/08/2008 (processo nº 40/004.101/2008);

•••• CGM – Ofício nº 292, de 25/08/2008 (processo nº 40/004.413/2008);

•••• SMAS – Ofício nº 1.305, de 26/11/2008 (processo nº 40/006.047/2008);

•••• SMF – Ofício nº 1.352, de 19/12/2008 (processo nº 40/006.531/2008);

•••• SME – Ofício nº 2.422, de 30/12/2008 (processo nº 40/000.149/2009);

•••• RIOCOP – Ofício nº 30, de 12/03/2009 (processo nº 40/000.808/2009);

•••• COMLURB – Ofício nº 161, de 24/03/2009 (processo nº 40/000.862/2009);

•••• SMH – Ofício nº 215, de 27/03/2009 (processo nº 40/000.937/2009);

•••• CET-RIO – Ofício nº 211, de 22/04/2009 (processo nº 40/001.155/2009).

Destacando a importância da avaliação do empenho da Administração quanto ao

saneamento e não reincidência das deficiências apontadas, a CAD procedeu à análise

dos esclarecimentos prestados em conjunto com as informações obtidas no decorrer

das inspeções realizadas no exercício anterior e no mês de março/2009, sendo estas

concentradas, principalmente, nas seguintes áreas: Lei de Responsabilidade Fiscal,

Saúde, Educação, Previdência, Receita, Dívida Ativa e Dívida Pública.

Segue, portanto, de forma resumida, um quadro demonstrativo do atendimento das

recomendações efetuadas. Para aquelas que não tenham sido tratadas até aqui, neste

relatório, ou que suscitem a necessidade de informações adicionais, serão feitos

breves comentários no campo Observações.

46 Recomendações são medidas sugeridas para a correção das falhas e deficiências verificadas.

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 414

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Exercício AnteriorExercício AnteriorExercício AnteriorExercício Anterior

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Legenda:

REINC - reincidência

AA – recomendação atendida

AP – atendida em parte dos itens

AF – demanda análise futura

NA – recomendação não atendida

PO – perda do objeto

RECOMENDAÇÕES 2007 – PROCESSO 40/001775/2008 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

1. Que as Prestações de Contas do Município do Rio de Janeiro contenham esclarecimentos objetivos sobre as recomendações efetuadas nos exercícios anteriores (item 11.3.1). Essa recomendação visa avaliar o empenho da Administração em sanar as deficiências reveladas na gestão passada;

NA desde 2002

Alguns órgãos, como a PGM, continuam sem se pronunciar e outros, como a SMF, não contribuíram para que se pudesse observar eventuais ações da Administração destinadas a solucionar as questões apontadas, conforme se verifica através dos ofícios de esclarecimentos, em apenso.

2. Que a Procuradoria Geral do Município informe à CGM o valor total dos créditos de improvável recuperação (subitens 9.2.5 e 11.3.3);

NA desde 2002

A presente recomendação foi direcionada à PGM e, como mencionado anteriormente, esta não se pronunciou. De qualquer forma, a provisão não foi constituída como se verifica no Balanço e no próprio entendimento da CGM exposto a seguir.

3. Que a CGM constitua provisão contábil para perdas prováveis com base no valor a ser informado pela PGM, conforme recomendação anterior (subitens 9.2.5 e 11.3.4);

NA desde 2002 A CGM não concorda com a constituição da provisão, pois entende que não há perdas por inadimplência na Dívida Ativa.

4. Que sejam disponibilizados a esta Corte de Contas os Relatórios de Auditoria elaborados pela Auditoria Geral, nos termos do que consta nos arts. 37, inciso II, alínea “c”, e 38, inciso III, da Deliberação n.º 034/83 (subitem 11.3.7);

AF desde 2003 A atual gestão, por intermédio do Ofício nº 211, de 31/03/2009, informou que os relatórios estarão à disposição do TCM.

5. Que as audiências públicas do FMS mencionadas nos subitens 6.2.3.5 e 11.3.8 sejam realizadas conforme estabelecido na Lei nº 8.689/93;

NA desde 2004 Subitem 4.2.3.7

6. Que os repasses devidos pelo Tesouro Municipal ao FUNPREVI sejam efetuados de acordo com o disposto na Lei nº 3.344/01 (subitens 6.3.1 e 11.3.14);

NA desde 2004

No exercício de 2008, a responsabilidade pelo pagamento da folha de inativos continuou seguindo as regras impostas pelo Decreto Municipal nº 27.502, de 26/12/2006, que alterou a Lei Municipal nº 3.344, de 28/12/2001, elevando o montante a ser custeado pelo FUNPREVI.

7. Que a CET-RIO providencie a regularização dos fatos apontados nos subitens 7.2.10 e 11.3.15;

AF

Em função da revogação do Decreto Municipal nº 21.008, de 22/01/2002, que delegava à CET-RIO competência para administração das áreas de estacionamento, serão verificados em futuras inspeções o cenário existente e a devida regularização do período anterior. Quanto ao ISS, continua-se aguardando o parecer da PGM, objeto da recomendação nº 17 a seguir.

8. Que sejam solucionadas as questões relativas à área de Educação (subitens 6.1.6 e 11.3.18);

NA desde 2004 Subitem 4.3.4

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Exercício AnteriorExercício AnteriorExercício AnteriorExercício Anterior

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

RECOMENDAÇÕES 2007 – PROCESSO 40/001775/2008 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

9. Que os demonstrativos mencionados nos subitens 1.4 e 11.3.19 integrem as futuras prestações de contas em obediência ao princípio da transparência;

NA desde 2006 Subitem 1.4

10.Que as dotações decorrentes do Orçamento Participativo sejam identificadas, na LOA, por meio de projetos e atividades específicos, de forma a que se possa efetuar o devido acompanhamento de sua execução (subitens 1.9 e 11.3.20);

AA

Em consonância com a resposta da SMF, a Lei Orçamentária para o exercício de 2008, Lei Municipal nº 4.751, de 21/01/2008, já apresentou os projetos identificados.

11.Que a CGM discrimine os repasses recebidos pelo Fundo Municipal de Conservação Ambiental – FCA - de forma que se possa verificar a sua composição no demonstrativo das receitas arrecadadas (subitem 11.3.24);

NA desde 2006

Embora a CGM tenha informado que estava avaliando a possibilidade de inclusão de detalhamento das contas nas Notas Explicativas, tal fato não ocorreu.

12.Que o Fundo de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Município do Rio de Janeiro – FUNDET, Fundo Municipal de Habitação –FMH, Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano –FMDU e o Fundo Municipal Antidrogas - FMAD cumpram suas diretrizes e finalidades básicas estabelecidas em suas leis de criação (item 6 e subitem 11.3.25);

AP desde 2006 Pela análise do Balanço Orçamentário, apenas o FMH executou despesas no exercício sob exame.

13.Que seja observada a metodologia de cálculo, definida na Lei Orçamentária, na aferição do cumprimento à limitação, quanto à abertura de créditos suplementares (subitem 8.5 e 11.3.28);

AA Subitem 6.5

14.Que seja anexado nas futuras Prestações de Contas, o demonstrativo do cálculo do percentual apurado pela Superintendência do Tesouro Municipal relativo ao comprometimento com os juros, amortizações e encargos da dívida (subitem 8.10 e 11.3.33);

NA desde 2003 Subitem 6.12

15.Que as Prestações de Contas venham acompanhadas da documentação relacionada no parágrafo único do art. 7º da Deliberação TCM nº 134, de 28 de novembro de 2000 (subitens 1.5 e 11.3.34);

NA desde 2002 Subitem 1.5

16.Que sejam criados controles específicos para a vinculação das receitas de capital derivadas da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público à sua aplicação das despesas de capital, uma vez que a sua inexistência dificulta a transparência no tocante ao atendimento do disposto do art. 44 da Lei de Responsabilidade Fiscal (subitem 2.5.2.4 e 11.3.35);

NA desde 2002

A SMF entende que o controle se dá quando o Anexo XIV do RREO revela que as receitas correntes são suficientes para atender às despesas de custeio. Nada mencionou, no entanto, a respeito da criação de mecanismos que permitissem a comprovação individualizada da vinculação e não somente global.

17.Que a Procuradoria Geral do Município – PGM – envide esforços para sanar de forma célere as pendências jurídicas comentadas nos subitens 7.2.10 e 11.3.30;

AF

Como apontado anteriormente, na recomendação nº 7, a questão continua pendente. Em futuras inspeções, serão examinados eventuais pronunciamentos da PGM.

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Exercício AnteriorExercício AnteriorExercício AnteriorExercício Anterior

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

RECOMENDAÇÕES 2007 – PROCESSO 40/001775/2008 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

18.Que a Administração Municipal dê ciência regularmente a esta Corte de Contas sobre o andamento da questão judicial mencionada no subitem 2.5.2.3.1 - ICMS; AF

A SMF informou que tomou conhecimento, junto à PGM, de que o processo se encontra no Supremo Tribunal Federal, aguardando decisão sobre embargo de declaração interposto pelo Estado do Rio de Janeiro. Dessa forma, a análise do atendimento à presente recomendação deverá continuar sendo observada.

19.Que a RIOZOO providencie a resolução do apontado no subitem 5.1;

NA Subitem 3.1.3

20.Que a Secretaria Municipal de Saúde observe o disposto no art. 156 da IN/MPS/SRP nº 003/2005 o qual determina que o valor retido da contribuição ao INSS, nos casos de cessão de mão-de-obra, deverá ser recolhido pela empresa contratante até o dia dez do mês seguinte ao da emissão da nota fiscal (item 6.2.3.4);

AF

Como verificado em inspeção no FMS, realizada no último mês de março, por orientação da PGM, o Município entrou com Ação Declaratória, pleiteando o reconhecimento da data de liquidação como período de competência.

21.Que sejam regularizados os fatos apontados nos subitens 7.1 e 7.2 no que diz respeito às empresas públicas e sociedades de economia mista;

NA

Como se verifica, nos subitens 5.1 e 5.2, continuam sendo observados nas empresas municipais pontos relacionados à forma de apresentação das demonstrações contábeis e, principalmente, à alta ocorrência de contingências passivas.

22.Que a CGM providencie, no âmbito das empresas públicas, uniformização na contabilização das transferências do Tesouro, pois estas vêm utilizando procedimentos distintos, de acordo com o subitem 7.2;

AF

O procedimento contábil será avaliado em futura inspeção, considerando a informação da CGM de que providenciará normatização sobre o assunto.

23.Que o Município adote as providências necessárias para se evitar óbice à obtenção de receitas, decorrentes das transferências voluntárias, oriundas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, tendo em vista o contido na Portaria MEC nº 06, de 20/06/2006. A existência de restrição para a obtenção desses recursos pode afetar, inclusive, a pretensão de futuros Governantes (subitem 8.1.3);

PO

O MEC publicou a Portaria nº 844, de 08/07/2008, que passou a tratar do SIOPE e revogou a Portaria MEC nº 6, de 20/06/2006.

Segundo o seu art. 3º, a partir de 1º de janeiro de 2009, o preenchimento completo dos dados será condição APENAS para a celebração de convênios e termos de cooperação, que dependem da ação discricionária da Administração Pública Municipal.

24.Que a CGM ao elaborar o demonstrativo do Resultado Nominal (anexo VI do RREO) desconsidere o ativo disponível do FUNPREVI em seu cálculo, bem como providencie a dedução dos valores inscritos em Restos a Pagar Processados (subitem 10.3.2.2);

NA Subitens 6.6 e 8.2.3.2

25.Que se proceda à regularização dos créditos do Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro - FUNPREVI com órgãos e entidades do Município do Rio de Janeiro (subitens 6.3.1 e 11.3.5);

NA desde 2003 Subitem 4.1.4

26.Que as contribuições patronais do TCMRJ e da CMRJ sejam efetivamente pagas ao FUNPREVI pelo Poder Executivo, em consonância com a decisão da Oitava Câmara Civil do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Rio de Janeiro (subitens 6.3.1 e 11.3.21);

NA desde 2006 Subitem 4.1.5

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Exercício AnteriorExercício AnteriorExercício AnteriorExercício Anterior

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RECOMENDAÇÕES 2007 – PROCESSO 40/001775/2008 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

27.Que seja realizada avaliação atuarial do FUNPREVI, de acordo com o estabelecido no inciso I do art. 1º da Lei nº 9717/98 (subitem 11.3.32);

NA desde 2006 Subitem 4.1.3

28.Que no cálculo da Receita Corrente Líquida sejam consideradas as deduções referentes às Transferências da Gestão Plena (subitem 2.5.2.5);

NA Subitem 2.6.2.5

29.Que nos exercícios futuros, incluindo 2008, não sejam consideradas na base de cálculo que apura o cumprimento do art. 212 da Constituição Federal, despesas com características similares às abordadas no subitem 8.1.1.1;

NA Subitem 6.1.1.2

30.Que seja adotado o procedimento prescrito no § 5º do art. 69 da LDB a fim de que os recursos da MDE sejam repassados a Secretaria Municipal de Educação (subitem 8.1.1.2.3);

NA Subitem 6.1.4

31.Que as disponibilidades do Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro – FUNPREVI não integrem as deduções da dívida consolidada na base de cálculo que apura o cumprimento do art. 3º do Inciso II da Resolução nº 40/2001 do Senado (subitem 8.6);

NA Subitem 6.6

32.Que os Restos a Pagar sejam incluídos nas deduções do Ativo Disponível na base de cálculo que apura o cumprimento do art. 3º do Inciso II da Resolução nº 40/2001 do Senado (subitem 8.6);

NA Subitem 6.6

33.Que o Município atente para a correta apuração das despesas com pessoal para os fins de cumprimento do art.19, inciso III e 20, inciso III, alínea “b”, da LRF, conforme subitem 8.4 e subitem 11.2.A;

AF

Tal recomendação, na verdade, está mais relacionada à alteração da Lei Municipal nº 3.344, de 28/12/2001, pelo Decreto Municipal nº 27.502, de 26/12/2006, do que à apuração da despesa com pessoal. De qualquer forma, será acompanhada a decisão da atual gestão quanto ao tema.

34.Que o previsto no § 2º do art. 21 da Lei nº 11.494/07 seja obedecido (subitem 6.1.4);

NA Subitem 4.3.2

35.Que seja providenciada a regularização das despesas indevidas realizadas com recursos do FUNDEB (subitem 6.1.6.6)

AF

Para as despesas com aquisição de mochilas e uniformes e para as com projetos culturais, a SME informou que, por se tratar de interpretação da lei que criou o FUNDEB, solicitou pronunciamento da PGM. Quanto ao tópico Despesas com alimentação de alunos, a Secretaria argumenta que, no processo nº 07/201.243/2007, o foco não era assistência alimentar ou fornecimento de lanches e, no processo nº 07/020.670/2007, em razão da execução em fontes distintas, também se poderia concluir que não foram utilizados recursos do FUNDEB com assistência nutricional.

Em relação ao exercício de 2008, o TCMRJ está verificando, em inspeções, se foi providenciada a regularização das despesas indevidas.

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Data 17/04/09 Fls 418

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Exercício AnteriorExercício AnteriorExercício AnteriorExercício Anterior

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

RECOMENDAÇÕES 2007 – PROCESSO 40/001775/2008 ANÁLISE REINC. OBSERVAÇÕES

36.Que o Controle Interno (CGM) identifique os responsáveis pelas despesas sem prévio empenho (subitens 5.2, 6.2.3.1, 6.2.3.2, 6.2.3.3, 7.4 e 11.3.2), comunicando a esta Corte as providências adotadas (§1º do art.74 da CF) ;

NA desde 2002

A CGM argumenta que as despesas sem prévio empenho são de responsabilidade dos ordenadores de despesa e somente poderão ser incluídas no Balanço, após a apuração de sua veracidade, conforme Decreto Municipal n 26.182, de 17/01/2006. No entanto, apesar da constatação da existência dessas despesas no exercício (subitens 4.2.3.3, 4.2.3.5 e 5.3), não foi informada a esta Corte nenhuma providência adotada.

37.Que sejam consideradas no cálculo da suficiência apurada de acordo com o Anexo V do Relatório de Gestão Fiscal, as “despesas a pagar”, “provisões” ou qualquer outra obrigação financeira decorrentes ou não da execução orçamentária. (subitens 8.11 e 11.3.13);

NA desde 2004 Subitem 6.13.2.3

38.Que o Município não promova aumento de despesas através de instrumentos normativos inadequados (subitem 2.6.1);

PO Vide ressalva 4 neste item.

39.Que sejam observados os parâmetros constitucionais e legais que permeiam as decisões desta Corte sobre a correta apuração das despesas com a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino, conforme subitens 8.1.1 e 11.3.10;

NA desde 2005 Subitem 6.1.1

40.Que o Município promova a aplicação adicional de receitas na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino no exercício de 2008 para que seja atingido um percentual mínimo de R$ 20.143.594,29 de forma a regularizar o apontado no subitem 8.1, considerando as demais decisões desta Corte atinentes a base de cálculo da MDE.

NA Subitem 6.1.2

Constatou-se, assim, que 67,5% das recomendações não foram atendidas, 20%

demandam análise futura para verificação do atendimento, 2,5% foram atendidas

parcialmente, 5% perderam o objeto e 5% foram acatadas. Em relação às

recomendações não atendidas, foram evidenciados, ainda, os períodos desde os quais

vêm sendo reiteradas.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

1111

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Data 17/04/09 Fls 420

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SCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e DesenvolvimentoSCE/Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento

Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

11111111 CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS

Cumprindo o disposto no inciso I, do § 4°, do art. 1°, da Deliberação n° 142/2002, a

CAD efetuou a análise preliminar das Contas de Gestão prestadas pelo Chefe do Poder

Executivo, referentes ao exercício financeiro de 2008, para subsidiar a apreciação e a

emissão de Parecer Prévio por esta Corte de Contas.

Inicialmente cumpre destacar que, no exame das contas, foram encontradas as

seguintes infrações às normas constitucionais e legais:

1. O Poder Executivo deixou de responder a maioria das recomendações desta

Corte, apresentando um percentual de não atendimento de 67,5% das mesmas.

Ressalte-se que algumas dessas recomendações vêm sendo reiteradas desde o

exercício de 2002 (subitem 10.3)

2. O Poder Executivo realizou despesas sem prévio empenho, contrariando o art. 60

da Lei Federal nº 4.320, de 17/03/1964 (subitens 4.2.3.3, 4.2.3.5, 5.3 e 9.7);

3. O Poder Executivo descumpriu o disposto no art. 212 da Constituição Federal ao

aplicar o percentual de 23,84% em Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

(subitem 6.1.1);

4. O Poder Executivo deixou de repassar ao FUNPREVI cerca de R$ 500 milhões,

contrariando o disposto na Lei Municipal nº 3.344, de 28/12/2001 (subitem

4.1.2);

5. O Poder Executivo não utilizou as sobras financeiras do FUNDEB de 2007 no

primeiro trimestre de 2008, descumprindo uma premissa fundamental da Lei

Federal nº 11.494, de 20/06/2007, que é o não entesouramento de recursos

(subitem 4.3.2);

6. O Poder Executivo não adotou o fixado no §5º do art.69 da LDB, ao não

providenciar o repasse dos recursos da MDE à Secretaria Municipal de Educação

(subitem 6.1.4);

7. O Poder Executivo não promoveu a aplicação adicional, em 2008, do valor não

aplicado em 2007, de R$ 20.143.594,29, na Manutenção e Desenvolvimento do

Ensino (subitem 6.1.2);

8. O Poder Executivo não cumpriu o disposto no parágrafo único do art. 21 da LRF,

ao promover o aumento da despesa de pessoal nos últimos 180 dias do mandato,

conforme apontado pela CGM no Certificado de Auditoria nº 114/2009 (subitens

1.6 e 1.9.2);

Assim, caso o Egrégio Plenário entenda que os itens mencionados não fundamentam a

emissão de parecer prévio contrário, sugere-se que os mesmos sejam convertidos em

RESSALVAS.

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Data 17/04/09 Fls 421

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Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

Quanto às recomendações referentes às Contas do exercício de 2007, cumpre destacar

que, conforme observado no item anterior, 67,5% não foram atendidas, ressaltando

ainda que, não foi sequer incluído item destinado à prestação de esclarecimentos por

parte do Município, contrariando o disposto na recomendação 01 de 2007. Assim tais

pontos serão reiterados com os devidos ajustes à nova situação encontrada em 2008.

1. Que as Prestações de Contas do Município do Rio de Janeiro contenham esclarecimentos

objetivos sobre as recomendações efetuadas nos exercícios anteriores (subitem 10.3.1).

Essa recomendação visa avaliar o empenho da Administração em sanar as deficiências

reveladas na gestão passada;

2. Que a Procuradoria Geral do Município informe à CGM o valor total dos créditos de

improvável recuperação (subitens 7.2.4 e 10.3.2);

3. Que a CGM reconheça em conta de ajuste, com base no valor informado pela PGM

(recomendação anterior), a parcela da Dívida Ativa que possua riscos de recebimento de

acordo com a Resolução CFC nº 1.137, de 21/11/2008 (subitens 7.2.4 e 10.3.3);

4. Que as audiências públicas do FMS mencionadas nos subitens 4.2.3.7 e 10.3.5 sejam

realizadas conforme estabelecido na Lei Federal nº 8.689/93;

5. Que os repasses devidos pelo Tesouro Municipal ao FUNPREVI sejam efetuados de acordo

com o disposto na Lei Municipal nº 3.344/01 (subitens 4.1.2 e 10.3.6);

6. Que se envidem esforços para solucionar a questão relativa à carência de professores

(subitens 4.3.4.1, 9.1 e 10.3.8);

7. Que seja solucionada a questão relativa ao acerto de contas necessário à solução das

pendências constantes nos subitens 4.3.4.2, 4.3.4.3 e 10.3.8;

8. Que os demonstrativos mencionados nos subitens 1.4 e 10.3.9 integrem as futuras

Prestações de Contas em obediência ao princípio da transparência;

9. Que a CGM discrimine os repasses recebidos pelo Fundo de Conservação Ambiental – FCA

- de forma que se possa verificar a sua composição no demonstrativo das receitas

arrecadadas (subitem 10.3.11);

10. Que o Fundo de Desenvolvimento Econômico e Trabalho do Município do Rio de Janeiro –

FUNDET, Fundo Especial Projeto Tiradentes - FEPT, Fundo Municipal de Desenvolvimento

Urbano – FMDU e o Fundo Municipal Antidrogas - FMAD cumpram suas diretrizes e

finalidades básicas estabelecidas em suas leis de criação (Capítulo 4 e subitem 10.3.12);

11. Que seja anexado, nas futuras Prestações de Contas, o demonstrativo do cálculo do

percentual apurado pela Superintendência do Tesouro Municipal relativo ao

comprometimento com os juros, amortizações e encargos da dívida (subitens 6.12 e

10.3.14);

12. Que as Prestações de Contas venham acompanhadas da documentação relacionada no

parágrafo único do art. 7º da Deliberação TCM nº 134, de 28/11/2000 (subitens 1.5 e

10.3.15);

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Processo 040/1075/09

Data 17/04/09 Fls 422

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Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

13. Que sejam criados controles específicos para a vinculação das Receitas de Capital

derivadas da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público à sua

aplicação das Despesas de Capital, uma vez que a sua inexistência dificulta a

transparência no tocante ao atendimento do disposto no art. 44 da Lei de

Responsabilidade Fiscal (subitens 2.6.2.4 e 10.3.16);

14. Que a Administração Municipal dê ciência regularmente a esta Corte de Contas sobre o

andamento da questão envolvendo o ressarcimento das parcelas pretéritas da Cota Parte

do ICMS devidas pelo Estado do Rio de Janeiro, mencionadas nos subitens 2.6.2.3.1 e

10.3.18;

15. Que seja solucionada a pendência relativa à RIOZOO (subitens 3.1.3 e 10.3.19);

16. Que a CGM, ao elaborar o demonstrativo do Resultado Nominal, desconsidere o ativo

disponível do FUNPREVI em seu cálculo, bem como providencie a dedução dos valores

inscritos em Restos a Pagar Processados (subitens 8.2.3.2 e 10.3.24);

17. Que se proceda à regularização dos créditos do Fundo Especial de Previdência do

Município do Rio de Janeiro - FUNPREVI com órgãos e entidades do Município do Rio de

Janeiro (subitens 4.1.4 e 10.3.25);

18. Que as contribuições patronais do TCMRJ e da CMRJ sejam efetivamente pagas ao

FUNPREVI pelo Poder Executivo, em consonância com a decisão da Oitava Câmara Civil do

Egrégio Tribunal de Justiça do Estado Rio de Janeiro (subitens 4.1.5 e 10.3.26);

19. Que seja realizada avaliação atuarial do FUNPREVI, de acordo com o estabelecido no inciso

I do art. 1º da Lei Federal nº 9717/98 (subitens 4.1.3 e 10.3.27);

20. Que no cálculo da Receita Corrente Líquida sejam consideradas as deduções referentes às

Transferências da Gestão Plena (subitens 2.6.2.5 e 10.3.28);

21. Que nos exercícios futuros, incluindo 2009, não sejam consideradas na base de cálculo

que apura o cumprimento do art. 212 da Constituição Federal despesas com

características similares às abordadas nos subitens 6.1.1 e 10.3.29;

22. Que seja adotado o procedimento prescrito no § 5º do art. 69 da LDB, a fim de que os

recursos da MDE sejam repassados à Secretaria Municipal de Educação (subitens 6.1.4 e

10.3.30);

23. Que as disponibilidades do Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro –

FUNPREVI não integrem as deduções da dívida consolidada na base de cálculo que apura o

cumprimento do art. 3º, inciso II, da Resolução nº 40/2001 do Senado (subitens 6.6 e

10.3.31);

24. Que os Restos a Pagar sejam incluídos nas deduções do Ativo Disponível na base de

cálculo que apura o cumprimento do art. 3º, inciso II, da Resolução nº 40/2001 do Senado

(subitens 6.6 e 10.3.31);

25. Que o previsto no § 2º do art. 21 da Lei Federal nº 11.494/07 seja obedecido (subitens

4.3.2 e 10.3.34);

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Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

26. Que o Controle Interno (CGM) identifique os responsáveis pelas despesas sem prévio

empenho (subitens 4.2.3.1, 4.2.3.2, 4.2.3.3, 4.2.3.5, 5.3 e 10.3.36), comunicando a esta

Corte as providências adotadas (§1º do art.74 da CF);

27. Que sejam consideradas no cálculo da suficiência apurada de acordo com o Anexo V do

Relatório de Gestão Fiscal as “despesas a pagar”, as “provisões” ou qualquer outra

obrigação financeira decorrentes ou não da execução orçamentária (subitens 6.13.2 e

10.3.37);

28. Que sejam observados os parâmetros constitucionais e legais que permeiam as decisões

desta Corte sobre a correta apuração das despesas com a Manutenção e Desenvolvimento

do Ensino, conforme subitens 6.1 e 10.3.39;

29. Que o Município promova a aplicação adicional de receitas na Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino no exercício de 2009, de R$ 108.476.837,05, de forma a

regularizar o apontado no subitem 6.1.1, considerando as demais decisões desta Corte

atinentes à base de cálculo da MDE.

Em face da presente análise, entende-se pertinente que poderiam ser efetuadas novas

recomendações a seguir relacionadas:

30. Que sejam informadas as providências adotadas em função da anulação do Decreto

Municipal nº 30.331, de 30/12/2008 (subitem 1.6.1);

31. Que o Demonstrativo do Orçamento Participativo reflita a correta execução orçamentária

das ações que o compõem (subitem 1.8.3);

32. Que seja encaminhado o relatório da Auditoria na folha de pagamento da COMLURB,

mencionado pelo atual Prefeito às fls. 255 do presente (subitem 1.9.2);

33. Considerando a preocupação revelada com a Previdência nos Comentários do Prefeito

Eduardo Paes, em relação ao Desempenho da Prefeitura em 2008, que sejam adotadas

providências para que cessem os efeitos do Decreto Municipal nº 27.502, de 26/12/2006

e demais dispositivos que nele tenham tido origem (subitens 1.9.3 e 4.1.2);

34. Baseado no mesmo entendimento da recomendação anterior, que seja providenciado um

plano para quitação da dívida com o Fundo, em razão da não observância da Lei Municipal

nº 3.344, de 28/12/2001 com cronograma e especificação dos recursos a serem

utilizados (subitens 1.9.3, 4.1.2, 4.1.4, 4.1.5 e 6.13.2.2);

35. Que sejam adotadas providências visando uniformizar conceitos normativos, aplicáveis no

exercício do poder de polícia e no lançamento de tributos, conforme comentado no

subitem 2.6.2.1.4;

36. Que a CGM identifique os responsáveis pelas ações e/ou omissões que resultaram em

contingências fiscais, trabalhistas e civis, comunicando a esta Corte as providências

adotadas (Capítulos 3 e 5);

37. Que sejam adotadas providências para evitar a ocorrência de fatos que resultem em

contingências trabalhistas e cíveis na Fundação Parques e Jardins (subitem 3.1.4);

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Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

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38. Que sejam solucionadas as pendências decorrentes da transformação da FUNLAR (subitem

3.2);

39. Que seja providenciada a regularização da inscrição no CNPJ do FMH, FMEO, FMDCA,

FMAS, FUNDET, FUNDEB e FCA (item 4);

40. Que seja providenciada a vinculação do FMDCA, conforme disposto no art. 1º, § 1º, da Lei

Municipal nº 1.873/92 c/c Lei Municipal nº 4.062/05 (subitem 4.4.1);

41. Que seja aprimorada a classificação das receitas por fonte do FMDCA, de forma que se

possa identificar com objetividade as origens dos recursos do Fundo (subitem 4.4.2);

42. Que seja elaborada a Demonstração do Fluxo de Caixa da RIOLUZ, RIOFILME, EMAG e CET-

RIO, conforme determinado no inciso IV c/c § 6º ambos do art. 176 da Lei Federal

nº 6.404/76 (subitem 5.1);

43. Que seja realizada a contratação de empresa de auditoria independente para a COMLURB,

conforme determinado no art. 3º da Lei Federal nº 11.638/07 (subitem 5.1);

44. Que seja evidenciado, em notas explicativas, os valores constantes da Provisão para

Riscos/Contingências e os Débitos Fiscais classificados no Passivo Não Circulante da

COMLURB, conforme determinado no art.176, inciso IV, alínea “a”, da Lei Federal

nº 6.404/76 (subitem 5.1);

45. Que seja elaborada a Demonstração de Resultado do Exercício da EMV, conforme

determinado no art.187, inciso IV, da Lei Federal nº 6.404/76 (subitem 5.1);

46. Que seja elaborado um plano de medidas financeiras para reestruturação e pagamento das

dívidas da EMV, COMLURB, RIOCENTRO, RIOTUR, RIOURBE e MULTIRIO (subitem 5.2);

47. Que o Poder Executivo realize estudo sobre o crescimento do endividamento das Empresas

Públicas e Sociedades de Economia Mista, que se revela preocupante, bem como sobre a

viabilidade de alteração da forma jurídica dessas entidades (subitem 5.2);

48. Que seja aprimorado o controle interno das empresas públicas e sociedades de economia

mista, mediante a capacitação dos funcionários quanto às legislações tributária e

trabalhista, sem prejuízo da imputação de responsabilidade na Prestação de Contas do

ordenador da despesa, conforme apontado no subitem 5.2;

49. Que sejam providenciadas melhorias no controle interno da RIOURBE com o intuito de que

o pagamento da retenção do INSS seja realizado na data prevista, sem onerar a empresa,

bem como o fornecedor, sem prejuízo da imputação de responsabilidade na Prestação de

Contas do ordenador da despesa, conforme apontado no subitem 5.2.7;

50. Que o Poder Executivo adote os procedimentos cabíveis, de forma a evitar que eventuais

cancelamentos de restos a pagar comprometam a aplicação mínima em “MDE” nos

exercícios futuros, levando em consideração aspectos relacionados ao planejamento e às

metodologias de apuração fixadas nos pareceres prévios emitidos por esta Corte (subitens

6.1.1.2.3 e 6.1.3);

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Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

CCCCOOOONNNNTTTTAAAASSSS DDDDEEEE GGGGEEEESSSSTTTTÃÃÃÃOOOO –––– EEEExxxxeeeerrrrccccíííícccciiiioooo 2222000000008888

51. Que o Poder Executivo adote os procedimentos cabíveis de forma a evitar que eventuais

cancelamentos de restos a pagar comprometam a aplicação mínima em “ASPS” nos

exercícios futuros, levando em consideração aspectos relacionados ao planejamento e às

metodologias de apuração fixadas nos pareceres prévios emitidos por esta Corte (subitem

6.3.1);

52. Que o Poder Executivo observe a correta classificação orçamentária nos Termos

celebrados, de forma a evitar que objetos similares aos comentados no subitem 9.6 sejam

considerados como Despesa de Capital (subitem 6.9);

53. Que a CGM não considere na apuração da “Regra de Ouro” as despesas com características

similares as abordadas nos subitens 6.9 e 9.6;

54. Que se envidem esforços para o incremento da Receita Corrente Líquida, como a melhoria

dos indicadores da Gestão da Dívida Ativa e o aprimoramento da fiscalização das

concessões e permissões, tendo em vista que a mesma afeta o cumprimento de diversos

limites da LRF (subitens 7.1.2 e 9.4);

55. Que o Poder Executivo adote as providências necessárias para o cumprimento das metas

de Resultado Nominal (subitem 8.2.3.2);

56. Que se envidem esforços para solucionar as imperfeições detectadas pela 3ª Inspetoria

Geral em seu Programa de Visitas às Unidades da Rede Municipal de Ensino – 2º Segmento

(subitem 9.1);

57. Que seja implementado um efetivo controle dos almoxarifados vinculados à Secretaria

Municipal de Saúde (subitem 9.2);

58. Que o Poder Executivo adote providências para que sejam comprovados os pagamentos de

dívidas relativas à casa própria e de dívidas bancárias contraídas até 31/07/2007, nos

termos previstos nos incisos II e III do art.1º do Decreto Municipal nº 28.362, de

29/08/2007, que permitiram a conversão da licença especial em pecúnia para aqueles

fins, em virtude da constatação mencionada no subitem 9.3;

59. Que seja aprimorado o planejamento das obras públicas a fim de evitar a paralisação das

mesmas e a execução de serviços desnecessários, como ocorrido no exercício de 2008

(subitem 9.5).

Adicionalmente, sugere-se que este Tribunal, de acordo com o disposto no §1º do art.

59 da LRF, alerte o Poder Executivo quanto:

i. ao risco de descontinuidade da EMV, COMLURB, RIOCENTRO, RIOTUR, RIOURBE e MULTIRIO,

em função do apontado no subitem 5.2, o que acarretaria, em 31/12/08, um ônus para o

Tesouro Municipal de R$ 738,3 milhões;

ii. ao risco de o Tesouro arcar com um ônus superior a R$ 20,8 milhões para atender ao

passivo a descoberto da RIOCOP, devido ao mau estado de conservação dos bens

penhorados e da baixa expectativa de liquidez dos mesmos, conforme apontado no item

5.2.1;

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Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

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iii. à necessidade de se observar o parágrafo único do art. 1º da Lei Federal nº 11.494/2007,

de forma a expurgar o ganho do FUNDEB da base de cálculo da MDE, de acordo com o

aprovado por esta Corte, sendo 50% em 2009, 75% em 2010 e 100% a partir de 2011,

conforme subitens 6.1.1.1.1 e 10.2.4;

iv. ao risco existente no cancelamento dos restos a pagar referentes às despesas elencadas

como MDE, haja vista o disposto nos subitens 6.1.1.2.3 e 6.1.3;

v. ao risco existente no cancelamento dos restos a pagar referentes às despesas elencadas

como ASPS, haja vista o disposto no subitem 6.3.1.1;

vi. ao montante da Despesa Total com Pessoal do Poder Executivo (subitem 6.4) que

ultrapassou 90% do limite previsto no art. 20, inciso III, alínea “b”, da LRF, observando que

o disposto nas recomendações nºs 35 e 54 poderá influenciar na melhoria de percentuais

futuros;

vii. à possibilidade de ter pleitos de operação de crédito prejudicados em função da não

adoção do constante nos manuais da STN (subitem 6.6);

viii. ao risco do comprometimento das finanças municipais, em virtude da existência de valores

não reconhecidos no Passivo do Município do Rio de Janeiro (subitem 6.13.2).

Sugere-se, ainda, ao Plenário que:

•••• seja encaminhado ofício ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro informando sobre

a falta de repasse de valores referentes ao FUNDEB e ao descumprimento do Termo de

Cessão de Uso nº 147/2004, por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro (subitens

4.3.4.2 e 4.3.4.4);

•••• seja comunicado à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara

Municipal do Rio do Janeiro sobre a necessidade de não se considerar as disponibilidades do

Fundo Especial de Previdência do Município do Rio de Janeiro – FUNPREVI como dedução da

dívida consolidada, na determinação da meta do Resultado Nominal, quando do exame do

Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (subitem 8.2.3.2);

•••• seja comunicado à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara

Municipal do Rio do Janeiro sobre a necessidade da inclusão dos Restos a Pagar Processados

do Município nas deduções do Ativo Disponível na determinação da meta do Resultado

Nominal, quando do exame do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (subitem 8.2.3.2).

Cabe, ainda, informar que os seguintes pontos serão considerados no exame das

Prestações de Contas dos Ordenadores de Despesas, em face da possibilidade de

aplicação de sanções aos responsáveis:

•••• sonegação de documentos em inspeção pela SMS e pela PGM – Gestão 2009 (subitens 4.2.3.7

e 7.1.1.2) - art. 3º, inciso VI, da Lei Municipal nº 3.714/03;

•••• não aplicação das sobras financeiras de 2007, no primeiro trimestre de 2008, conforme

Regulamento do FUNDEB – Gestão 2008 (subitem 4.3.2) - art. 3º, inciso II, da Lei Municipal nº

3.714/03;

•••• descumprimento da Deliberação TCMRJ nº 134/00 – Gestões 2008 e 2009 (Subitem 1.5) -

art. 3º, §1º, da Lei Municipal nº 3.714/03 ;

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Considerações FinaisConsiderações FinaisConsiderações FinaisConsiderações Finais

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•••• descumprimento da Deliberação TCMRJ nº 34/83 pela CGM – Gestão 2008 (Subitem 10.3.4) -

art. 3º, §1º, da Lei Municipal nº 3.714/03;

•••• não encaminhamento de informações e demonstrativos solicitados pelo TCMRJ à CGM –

Gestões 2008 e 2009 (Subitens 1.4, 4.5 e 6.12) - art. 3º, inciso IV, da Lei Municipal nº

3.714/03;

•••• possível prejuízo ao erário decorrente de ações e/ou omissões que resultaram em

contingências fiscais, trabalhistas e cíveis (Capítulos 3 e 5) – art.3º, inciso I, alínea “b” da Lei

Municipal nº 3.714/03.

Finalizando, é apresentado um quadro com os percentuais e montantes relativos aos

limites mínimos e máximos, ajustados pela CAD, que deverão ser considerados pelo

TCMRJ quando da emissão de certidões e demais solicitações:

Manutenção e Desenvolvimento do EnsinoManutenção e Desenvolvimento do EnsinoManutenção e Desenvolvimento do EnsinoManutenção e Desenvolvimento do Ensino

•••• 24,60% em 2007 e

•••• 23,84% em 2008,

conforme subitens 6.1.3.2 e 6.1.1, conforme subitens 6.1.3.2 e 6.1.1, conforme subitens 6.1.3.2 e 6.1.1, conforme subitens 6.1.3.2 e 6.1.1,

respectivamente;respectivamente;respectivamente;respectivamente;

Ações e Serviços Públicos de SaúdeAções e Serviços Públicos de SaúdeAções e Serviços Públicos de SaúdeAções e Serviços Públicos de Saúde

•••• 15,05 % em 2007 e

•••• 15,78% em 2008,

conforme subitens conforme subitens conforme subitens conforme subitens 6.3.1.1 e 6.3, 6.3.1.1 e 6.3, 6.3.1.1 e 6.3, 6.3.1.1 e 6.3,

respectivamenterespectivamenterespectivamenterespectivamente;;;;

Dívida Consolidada Líquida

•••• 73,03% em 2008,

conforme subitem 6.6;conforme subitem 6.6;conforme subitem 6.6;conforme subitem 6.6;

Despesa com Pessoal do Poder Executivo

•••• 49,19% em 2008,

conforme subitem 6.4;conforme subitem 6.4;conforme subitem 6.4;conforme subitem 6.4;

Despesa com Pessoal Consolidada

•••• 52,18% em 2008,

conforme subitem 6.4;conforme subitem 6.4;conforme subitem 6.4;conforme subitem 6.4;

Operações de Crédito

•••• 0,51%,

conforme subitem 6.8.conforme subitem 6.8.conforme subitem 6.8.conforme subitem 6.8.

Em 26/05/2009

Cláudio Sancho Mônica

Coordenador da CAD

Matricula 40/900.806