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FACULDADE SATC ADRIANO RENAN BERNARDINO ESTUDO DE VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA GERAÇÃO A GÁS NATURAL NO HORÁRIO DE PONTA

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FACULDADE SATC

ADRIANO RENAN BERNARDINO

ESTUDO DE VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UMA GERAÇÃO A GÁS

NATURAL NO HORÁRIO DE PONTA

Criciúma

Maio – 2017

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ADRIANO RENAN BERNARDINO

ESTUDO DE VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE GERAÇÃO A GÁS

NATURAL NO HORÁRIO DE PONTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Elétrica da Faculdade SATC, como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Eletricista.

Orientador: Prof. Dr. André Abelardo Tavares.

Coordenador do Curso: Prof. Dr. André Abelardo Tavares.

Criciúma

Maio – 2017

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ADRIANO RENAN BERNARDINO

ESTUDO DE VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE GERAÇÃO A GÁS

NATURAL NO HORÁRIO DE PONTA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de bacharel em Engenharia Elétrica e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação em Engenharia Elétrica da Faculdade SATC.

Criciúma, (dia) de (mês) de 2017.

______________________________________________________Professor e orientador André Abelardo Tavares, Dr.

Faculdade SATC

______________________________________________________Prof. Nome do Professor, Título.

Faculdade SATC

______________________________________________________Prof. Nome do Professor, Título.

Faculdade SATC

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Dedico este trabalho à minha família, por

sempre me apoiar e me dar o amparo

necessário para seguir em frente.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente a Deus, por sempre me proteger e guiar meus caminhos

nos momentos bons e ruins de minha vida.

Agradeço a minha namorada, por ser tão companheira e especial em minha vida.

Agradeço a meu orientador André Abelardo Tavares, por seu constante empenho

na realização deste trabalho e pelos conhecimentos a mim ensinados.

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“Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o

lazer; e Z é manter a boca fechada.” (Albert Einstein)

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RESUMO (NÃO ULTRAPASSAR 500 PALAVRAS)

O resumo precisará conter: a delimitação da pesquisa; o propósito da investigação; a

relevância da pesquisa; a fundamentação teórica empregada no estudo; a metodologia de

pesquisa e/ou tipo de estudo; o desenho de investigação; a modalidade de pesquisa (caso seja

necessário), tamanho de população, tamanho da amostra, técnica empregada para a coleta de

dados, tipo de instrumento de coleta usado, validez e confiabilidade (reportando o índice de

confiabilidade); de forma muito breve, faz-se referência aos resultados e às conclusões mais

significativas da pesquisa. O resumo não é dividido em parágrafos, apenas em frases e, além

disso, não apresenta citações.

Palavras-chave: Palavra 1; Palavra 2; Palavra 3. (máximo: 5 palavras)

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LISTA DE FIGURAS

Fig. 1 – Hierarquia do SEB[4].................................................................................................14

Fig. 2 – Matriz energética brasileira – 2016[10, adaptado].....................................................16

Fig. 3 – Estrutura GD[15]........................................................................................................18

Fig. 4 – Tipos de reservatórios petrolíferos[22].......................................................................20

Fig. 5 – Distribuição das reservas brasileiras provadas[16]....................................................22

Fig. 6 – Reservas provadas brasileiras de GN em 2015[25, adaptado]...................................22

Fig. 7 – Produção Brasileira de GN em 2015[25,adaptado]....................................................23

Fig. 8 – Trajeto do GASBOL[28]............................................................................................24

Fig. 9 – Porcentagens do gás natural estrangeiro adquiridas em 2016[26].............................24

Fig. 10 – Estrutura de Regaseificação em Pecém – CE[30]....................................................25

Fig. 11 – GASBOL em SC[27, adaptado]...............................................................................26

Fig. 12 – Modelo de ERPM – CPL Concordia[37, adaptado].................................................29

Fig. 13 – Gerações anuais a partir de fontes hídricas e de GN até 2014[16]...........................30

Fig. 14 – Composição de um ciclo combinado[38].................................................................30

Fig. 15 – GE Frame 7FA[40]...................................................................................................31

Fig. 16 – Ciclo simples a vapor - Rankine[functv]..................................................................32

Fig. 17 – GE 7F.05[42]............................................................................................................33

Fig. 18 – Turbina a gás – Circuito aberto[18]..........................................................................34

Fig. 19 – Turbina a gás – Circuito fechado[18].......................................................................34

Fig. 20 – Siemens SGT-05 AE[39]..........................................................................................35

Fig. 21 – GE 7F.06[43]............................................................................................................36

Fig. 22 - Tempos de partida para TGs GE[44]........................................................................37

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LISTA DE TABELAS

Tab. 1 – Potência Instalada[10, adaptado]...............................................................................16

Tab. 2 – Tarifas sem impostos para GD industrial[35]............................................................27

Tab. 3 – Tarifas sem impostos para GD comercial[35]...........................................................27

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LISTA DE ABREVIAÇÕES

SIGLAS (Exemplos)

AISI ___ American Iron and Steel Institute

SATC ___ Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina

SÍMBOLOS (Exemplos)

[º] Ângulo de parede [º] Metade do ângulo interior do cone formado pelo limite de contato

entre a ferramenta e a peça de trabalho [mm] Alongamento [º] Ângulo de dobramento ___ Deformação verdadeira

A [mm2] Área instantânea da chapa

B [mm] Largura instantânea da chapa

C [MPa] Constante do material

D [mm] Diâmetro do punção

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................11

1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES........................................................................11

1.2 OBJETIVO GERAL.........................................................................................................12

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................................13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................14

2.1 VISÃO GERAL DO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO..........................................14

2.1.1 BANDEIRAS TARIFÁRIAS......................................................................................15

2.1.2 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA.................................................................15

2.1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES E MODOS TARIFÁRIOS.............16

2.2 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA............................................................................................18

2.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS GD......................................................................................19

2.3 GÁS NATURAL..............................................................................................................19

2.3.1 RESERVAS, PRODUÇÃO E IMPORTAÇÃO DE GN NO BRASIL...................21

2.3.2 PROCESSAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO GN..................................................25

2.3.3 O GN EM SC................................................................................................................26

2.3.3.1 COMPOSIÇÃO DA TARIFA....................................................................................26

2.3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS CLIENTES........................................................................27

2.3.3.3 SOLICITAÇÃO E INSTALAÇÃO DA REDE GN...................................................28

2.4 GERAÇÃO TERMELÉTRICA A GÁS NATURAL......................................................29

2.4.1.1 TURBINA A VAPOR................................................................................................31

2.4.1.1.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA TURBINA A VAPOR........................31

2.4.1.1.2 CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÕES DAS TV......................................................32

2.4.1.2 TURBINAS A GÁS....................................................................................................33

2.4.1.2.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DAS TG.....................................................33

2.4.1.2.2 CLASSIFICAÇÕES E APLICAÇÕES DAS TG....................................................34

2.4.1.3 COMPARAÇÕES ENTRE TURBINAS A GÁS E VAPOR.....................................37

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (MANTENHA O NOME)......................42

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS (MANTENHA O NOME).............43

5 CONCLUSÕES (MANTENHA O NOME)....................................................................44

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REFERÊNCIAS......................................................................................................................45

APÊNDICES...........................................................................................................................51

APÊNDICE A – FOTOGRAFIA AÉREA DA CIDADE....................................................51

ANEXOS..................................................................................................................................53

ANEXO A – TIRA-DÚVIDAS NA ELABORAÇÃO DO TCC..........................................53

ANEXO B – ANTES IMPRIMIR..........................................................................................54

ANEXO C – TITULAÇÕES..................................................................................................55

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1 INTRODUÇÃO

A energia elétrica, com o passar dos anos, se tornou um commodity

elementar na vida das pessoas e se faz presente em todos os âmbitos da sociedade

moderna. É como se fosse a “roda” que faz o mundo girar.

Desde o início da industrialização, as empresas sempre buscaram otimizar

os processos, de modo que se faça mais pelo mesmo preço ou que se faça o mesmo por

uma despesa mais baixa, dessa forma, sempre se procura reduzir os custos fixos como

as tarifas de água e energia elétrica.

É nesse contexto de redução dos valores da conta de energia das

organizações que é empregado o conceito de geração distribuída, o qual denota uma

fonte geradora instalada próxima à carga que supra, parcial ou integralmente, a demanda

elétrica da empresa.

Se houver excedentes na geração, estes podem ser entregues à

concessionária de energia elétrica como doações ou para ganhar crédito em futuras

faturas de energia. Percebe-se assim a importância da descentralização da produção de

energia elétrica, pois a geração distribuída, dentro de alguns anos, terá parcela ainda

mais relevante no sistema elétrico brasileiro[1].

Este trabalho exporá um estudo sobre a exequibilidade de uma geração

termelétrica a gás natural, em uma empresa hipotética do ramo plástico, situada em

Criciúma, Santa Catarina. Justifica-se a escolha pelo gás natural pelo fato deste ser um

vantajoso combustível para a produção de energia elétrica, do ponto de vista ecológico,

pois possui uma queima que libera um baixo nível de poluentes. Destaca-se também que

não há a necessidade de armazenamento, já que o mesmo é canalizado[2].

O sucesso deste material científico se dará quando o acadêmico interessado

na leitura conseguir compreender os conceitos abordados na realização do estudo e, se

houver interesse, que desenvolva novos estudos acerca das gerações distribuídas.

1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES

A presente monografia detalhará quais devem ser os elementos e condições

considerados em estudos de viabilidade de sistemas desse modelo. Destacar-se-á o custo

de canalização do gás natural até a localização da empresa, que deve, de modo

preferencial, estar localizada próxima a um ramal de derivação da rede de gás. Esse

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aspecto é relevante, pois a distância entre o ponto de ramificação e a sede da empresa é

proporcional ao valor de canalização.

Muitas pequenas cidades brasileiras, como o caso de Siderópolis, ainda não

possuem postos de combustível que sejam abastecidos com GNV. Essa situação

acontece, pois a demanda dos consumidores finais por esse gás seria baixa, frente ao

fator populacional. Faz-se o adendo de que há uma estação de compressão de GN da

TBG dentro do território do referido município, localizada a cerca de 1km dos eventuais

solicitantes da linha de gás.

Será intrínseco à monografia também, referir-se ao preços do gás natural e

instalação das máquinas e elementos necessários ao bom funcionamento do sistema.

Além das compras do combustível, de turbinas a gás natural e motogeradores,

evidenciar-se-ão os sistemas de segurança que devem ser implantados em projetos desse

modelo.

A geração termelétrica a gás natural, destaca-se frente as demais formas de

produção de energia, pela ausência da obrigação fazer estoque de combustível dentro da

empresa. Tem-se essa diferença como um fator a ser considerado na escolha de um

sistema de geração distribuída, visto que os equipamentos ocupariam uma menor área

para a instalação do processo em questão[2].

Este estudo, além de prover uma contribuição à sociedade, tornar-se-á um

material de apoio à realização de novas pesquisas e análises de viabilidade para a

execução de projetos nesse âmbito. Diversos universitários têm feito seus trabalhos de

conclusão de curso embasados nas energias eólica e solar e, é na contramão desse fato,

que foi elegido o tema.

1.2 OBJETIVO GERAL

- Analisar a viabilidade econômica da utilização de uma geração

termelétrica a gás natural durante o horário de ponta em uma empresa do ramo plástico.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

-Apontar os preços de compra e canalização do gás natural;

-Descrever o sistema de tarifação de energia elétrica;

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-Discriminar os equipamentos principais para a geração termelétrica a gás

natural; e

-Sintetizar os conceitos acerca das gerações distribuídas.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, serão revisados os conceitos elementares englobados pela

pesquisa, de modo que o acadêmico interessado na leitura possa ter uma boa

compreensão de como se dá o sistema de geração distribuída de energia elétrica a gás

natural.

2.1 VISÃO GERAL DO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO

O SEB é composto pelo SIN, Sistema Interligado Nacional, que abrange

quase toda capacidade produtiva de energia elétrica no Brasil, com exceção de alguns

pontos da região amazônica que compõe o SIB[3].

Os segmentos de geração, transmissão, distribuição e comercialização de

energia elétrica têm associados níveis de tensão e condições específicas individuais.

Estão submetidos ao controle ou associadas a órgãos específicos, conforme mostrado

pela Fig.1.

Fig. 1 – Hierarquia do SEB[4]

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Diante de todos os estudos que são realizados por estes órgãos, pode ser

evidenciado o critério de segurança denominado n-K, cuja função é possibilitar o

planejamento e operação dos sistemas elétricos na ocorrência de faltas. K representa o

número de elementos danificados com contingências e, é de mais fácil estudo se

analisado com valores de 1 e 2 [5;6].

Estas avarias podem, por ventura, tornar o processo mais caro por causa das

manipulações realizadas pela operação e os adicionais acabam repassados ao

consumidor final. A ANNEL, constituinte do monopólio natural de transmissão e

distribuição, determina estes valores [7].

2.1.1 BANDEIRAS TARIFÁRIAS

Com o intuito de disponibilizar maior transparência na conta de energia dos

consumidores, foram instituídas quatro bandeiras tarifárias, que visam demonstrar as

momentâneas condições as quais o sistema de geração de energia elétrica está operando

sob e são explicadas a seguir:

- Bandeira Verde: sinaliza que o sistema está em boas condições de geração

e não acontecem cobranças de valores extras;

- Bandeira Amarela: aponta uma relativa dificuldade de produção de energia

e acarreta um encarecimento, na ordem de R$0,02/kWh solicitado à rede;

- Bandeira Vermelha Patamar 1: Indica o estado complexo à que o sistema

de geração está submetido e acrescenta à conta do consumidor por volta de R$0,03/kWh

consumido; e

- Bandeira Vermelha Patamar 2: Corresponde a mais crítica situação de

geração de eletricidade e desencadeia uma adição de aproximadamente R$0,035/kWh

utilizado[8].

Todas essas sinalizações dependem de maneira direta do nível das barragens

da usinas hidrelétricas, visto que quanto menor o nível de afluências, menor será a

produção de origem hidráulica. Dessa forma, uma maior potência será solicitada às

usinas térmicas, resultando em um maior custo para a energia elétrica.

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2.1.2 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

A ANEEL, por meio do Banco de Informações de Geração, informa aos

consumidores o status da matriz energética do Brasil. Nesse periódico, constam os

dados das usinas que já estão em operação, as que estão em construção e as unidades em

fase de projeto. A Fig. 2 e a Tab. 1 representam a capacidade instalada relatada pelo

BIG[7;9;10].

Fig. 2 – Matriz energética brasileira – 2016[10, adaptado]

Tab. 1 – Potência Instalada[10, adaptado]

Tipo de Geração %Usinas Hidrelétricas – UHE 61,09Usinas Termelétricas – UTE 27,12Usinas Eolielétricas – EOL 6,86

Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH 3,27Usinas Termonucleares – UTN 1,31

Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH 0,35Usinas Fotovoltaicas- UFV 0,02

A matriz energética brasileira, como visto, tem predominância na energia

hidráulica e é bem diversificada. Faz-se necessário esse panorama, pois a demanda está

em constante crescimento e há de se ter condições de atender à carga em condições

adversas, como nas bandeiras diferentes da verde[10;11].

2.1.3 CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES E MODOS TARIFÁRIOS

Os consumidores do SEB são atendidos em diferentes classes de tensões,

contratam demandas e consomem potências ativas distintas. Dessa forma, por

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determinação do órgão regulador, são classificados como Grupos A e B. Informações

extras podem ser encontradas no Anexo A[11].

Esses conjuntos pagam por valores condicionados a sua respectiva classe e

estão sujeitos à condições específicas que estruturam a tarifa de energia elétrica mensal.

A seguir, serão enunciados os principais conceitos formadores da tarifação de EE no

Brasil:[11]

-Tarifa Monômia: Estrutura tarifária exclusivamente relacionada ao

consumo de energia elétrica e aplicável aos consumidores do Grupo B;

-Tarifa Binômia: Estrutura tarifária associada ao consumo de energia

elétrica e a demanda faturável, com abrangência restrita aos consumidores do Grupo A;

-Demanda Contratada: Demanda de potência que poderá ser cobrada pela

concessionária, independente se utilizada em sua totalidade ou não. Em caráter

obrigatório, deve ser disponibilizada à unidade consumidora durante o período de

vigência do contrato assinado entre as partes;

-Demanda Medida: Maior demanda de potência ativa aferida durante os

quinze minutos que compõe o período de faturamento;

-Demanda de Ultrapassagem: Valor que excede à demanda contratada. O

consumidor infrator fica sujeito a cobranças adicionais;

-Demanda Faturável: É a base de cálculo para o faturamento;

-Período Seco: Intervalo entre os meses de maio a novembro, quando se

espera um menor nível de precipitações no Brasil;

-Período Úmido: Intervalo entre os meses de dezembro a abril, quando se

acredita que as precipitações serão elevadas no território brasileiro;

-Horários de Ponta e Fora de Ponta: Considera-se horário de ponta, em

geral, o intervalo entre 17h30 às 20h30. As demais horas do dia se classificam como

fora de ponta;

-Tarifa Convencional: Caracteriza-se pela cobrança sobre o consumo e/ou

demanda de potência sem considerar os horários do dia e os períodos que tratam das

taxas de precipitação num ano. Abrange os consumidores do Grupo B;

-Tarifa Horo-Sazonal: Compreende o consumo de energia elétrica e a

demanda de potência ativa solicitada, em concordância com as definições de horários e

períodos diferenciados. Envolve os consumidores do Grupo A;

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-Tarifas Horo-Sazonal Azul: Faz referência a cobrança à parte dos

subgrupos do Grupo A, utiliza os parâmetros de horários e períodos, e abrange

consumidores com tensão de fornecimento maior ou igual a 69 kV;

-Tarifa Horo-Sazonal Verde: Diferencia-se pelo fato de cobrar uma

demanda única durante todo o dia, e também enquadra consumidores do Grupo A;

-Tarifa Branca: Entrará em vigor em 2018. Proporcionará aos clientes uma

redução na conta de EE se os mesmos optarem pela utilização de energia no período

fora de ponta. Enquadra os consumidores do Grupos B, atendidos em tensões menores

ou iguais a 440 V, e os do Grupo A atendidos em baixa tensão [9;11;12].

2.2 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

A geração distribuída, por mais que pareça ser um tema recente, era a

maneira mais utilizada para a produção de energia elétrica nos anos 30. Todavia, viu-se

que a implantação de grandes usinas era de maior valia e produtividade. Nos dias de

hoje, devido ao grande aumento populacional e consequente ampliação da demanda

energética, faz-se necessária a utilização de meios que auxiliem à estabilidade do

SIN[13].

Rotula-se como geração distribuída toda forma de gerar energia de maneira

descentralizada, na qual não há a necessidade de longas linhas de transmissão, por meio

de micro e minigerações que atendem a um único ou um grupo de consumidores em

uma área de concessão autorizada. A Fig. 3 demonstra como é estruturado esse novo

velho padrão[14].

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Fig. 3 – Estrutura GD[15]

Um dos grandes anseios das empresas é a redução do consumo no horário

de ponta, intervalo o qual tem valores mais impactantes cobrados pelas concessionárias.

Nesse âmbito, instaurou-se o Sistema de Compensação de Energia Elétrica que, de fato,

incentiva o consumidor buscar por alternativas em GD[1].

Para que os consumidores possam se introduzir no processo de geração

distribuída, e de forma eventual usufruir de descontos em suas tarifas de EE, faz-se

necessário o cumprimento de etapas determinadas pela ANEEL, conforme Resolução

Normativa Nº 687/2015. Cita-se, por exemplo, a instalação do sistema de medição que

tem por função descrever as quantidades de potência injetada à rede e consumida pela

carga. De maneira sucinta, esse sistema é composto por um medidor bidirecional ou

dois unidirecionais. A compra, instalação e manutenção deste material são competências

da distribuidora caso o consumidor seja optante pela microgeração, do contrário, é o

agente acessante que arca com os valores[1].

2.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS GD

Hoje em dia, há uma grande preocupação com a utilização de combustíveis

renováveis devido à emissão de poluentes. Porém, a GD, em determinada situação,

também engloba a queima de combustíveis fósseis. A seguir, descrevem-se quais

mecanismos de geração e em quais circunstâncias estes podem ser classificados como

geração distribuída: [1;13]

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- Cogeração;

- Geração de emergência;

- Geração que usa como combustíveis resíduos processuais;

- Painéis Solares;

- PCHs; e

- Geração no horário de ponta, que pode utilizar fontes não-renováveis,

como o gás natural.

2.3 GÁS NATURAL

O gás natural é um combustível fóssil inodoro de grande valia para a

sociedade moderna e corresponde a terceira maior parcela da matriz energética do

mundo, atrás apenas do petróleo e do carvão. É composto, quando ainda em seu estado

bruto, por grandes porcentagens de metano, além de possuir valores de etano, propano,

butano, outros hidrocarbonetos, pequenas parcelas de água, HCl, CO2, N2, bem como

outras impurezas. O GN, após ser passar pelo processo de odorização, é utilizado nos

ramos industrial, comercial, residencial e de geração de energia. Trata-se de uma

importante fonte que entra em consonância aos rigorosos padrões ambientais, pois se

adequa, em termos, à crescente preocupação com o nível de poluentes liberados à

atmosfera. Entretanto, muitas discussões ainda ocorrem, pois a geração termelétrica só

perde para o setor de transportes quando o assunto é emissões de poluentes e

particulados[16;17;18;19].

Esse material é um dos elementos resultantes da decomposição de matéria

orgânica em pontos do subsolo e pode ou não estar adjunto ao petróleo. Define-se gás

associado como o composto que está dissolvido no petróleo ou na forma de uma capa de

gás dentro do local onde estão armazenados. Nesse caso, prioriza-se a extração do óleo,

de modo que o gás mantenha a pressão do reservatório. Caso o gás não possua

condições econômicas, além de poder ser reinjetado na jazida, o mesmo pode ser

queimado nos flares para evitar uma atmosfera de produção rica em gases

inflamáveis[16;18;20].

Já o gás natural não associado, é caracterizado por sua independência no

subsolo e é encontrado em rochas e livre de petróleo ou água, e logo pode ser extraído

de forma exclusiva [16;20].

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Para que o gás obtenha condições comerciais padronizadas, a ANP definiu,

por meio da Resolução Nº 16 de 17 de junho de 2008, as especificações do gás natural,

seja nacional ou importado, que é entregue aos consumidores. Dentre essas

características, pode-se evidenciar o poder calorífico superior, definido dentro de uma

margem aceitável. Essa variável indica a quantidade de calor transferida à vizinhança

por uma porção de combustível, em condições de referência, quando queimado por

completo, de modo que os resultados desse processo também estejam em condições

padrão e a toda água produzida pela queima de H está em estado líquido. Estabeleceu-se

os valores desse parâmetro na faixa de 9,47 a 11,94 kWh/m³ [18;21].

Os reservatórios petrolíferos encontrados nessas regiões podem ser

qualificados como convencionais ou não-convencionais, cuja classificação é

determinada pela ocorrência desses na área subterrânea e pelos custos demandados para

a produção. A Fig. 4 proporciona mais informações sobre os mesmos.

Fig. 4 – Tipos de reservatórios petrolíferos[22]

Descreve-se o termo “reserva” como sendo todo ambiente armazenador de

recursos petrolíferos com níveis de qualidade operáveis. Realizam-se estudos

geológicos e de engenharia, que visam a qualificar as reservas conforme o nível de

incerteza de produção e se estas gerarão bons resultados econômicos, de acordo com os

enunciados abaixo:

-Reservas Provadas: Áreas nas quais se tem um alto nível de confiança de

que há materiais a serem recuperados.

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-Reservas Prováveis: Jazidas que possuem um valor de incerteza de

produtividade maior do que as Reservas Provadas, porém, ainda, tem-se a chance de

extrair elementos restauráveis; e

-Reservas Possíveis: Referenciam as áreas em que os estudos indicam que

há baixa possibilidade de conterem gás natural e petróleo em condições executáveis,

porém, é válida a consideração para incrementos na reserva nacional[16].

2.3.1 RESERVAS, PRODUÇÃO E IMPORTAÇÃO DE GN NO BRASIL

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis(ANP), é o

agente da União que tem como funções regular, contratar e fiscalizar todos processos

que envolvam materiais sob sua outorga dentro do território brasileiro, ou seja, trabalha

“do poço ao posto”. Diante dessa série de atribuições, a ANP objetiva proporcionar

continuidade e qualidade no fornecimento ao consumidor final[23].

O Brasil dispõe de uma grande quantidade de gás natural em seus domínios,

visto que possui 29 bacias sedimentares que abrangem uma área de 7,175 milhões de

km², apesar de que apenas pequena parcela dessa imensa área tem sido utilizada. A

maior parte do GN produzido no Brasil é proveniente do mar e, em geral, encontra-se

associado ao petróleo. A Fig. 5 mostra a estimativa de como estão distribuídas as

reservas desse material no território brasileiro[20;24].

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Fig. 5 – Distribuição das reservas brasileiras provadas[16]

Por se tratar de um recurso não-renovável, as jazidas de gás natural têm a

tendência de se esgotarem num horizonte de longo prazo, visto que há uma grande

demanda por esse elemento petrolífero no Brasil. A Fig. 6 mostra, em números, as

reservas exequíveis de gás natural no país em 2015 presentes no mar e na terra[25].

AmazonasMaranhão

CearáRio Grande do Norte

AlagoasSergipe

BahiaEspírito SantoRio de Janeiro

São PauloParaná

Santa Catarina0 50000 100000 150000 200000 250000 300000

4666212748

256395420282954

1828537464

25620749401

00

Reservas Provadas em 2015

Milhões de m³

Unid

ades

da

Fede

raçã

o

Fig. 6 – Reservas provadas brasileiras de GN em 2015[25, adaptado]

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Segundo dados da ANP, as reservas factíveis de gás natural no país, em

2015, eram de 429.958 milhões de m³ e caíram 8,73% com relação ao ano anterior[25].

Em contrapartida, em 2015, produziu-se cerca de 35.126 milhões de m³ de

gás natural no Brasil. Essa quantidade, no geral, tem aumentado ano após ano. A Fig. 7

representa essa produção por UF no ano supracitado[25].

AmazonasMaranhão

CearáRio Grande do Norte

AlagoasSergipe

BahiaEspírito SantoRio de Janeiro

São Paulo

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000

50601565

27.5427427.4

863.83040.8

4114.414062

5538.4

Produção de GN em 2015

Milhões de m³

Unid

ades

da

Fede

raçã

o

Fig. 7 – Produção Brasileira de GN em 2015[25,adaptado]

Nesse âmbito, a ANP realiza estudos com o objetivo de mensurar até que

ponto no tempo o Brasil terá gás natural próprio para ser beneficiado. A última

estimativa, feita em 2015, apontou uma relação reserva/produção de 12,2 anos[25].

Não obstante, em 2016, o Brasil importou cerca de 38% do gás que atendeu

à demanda nacional. Grande parte do GN não proveniente de reservas brasileiras foi

trazido da Bolívia, por meio do Gasoduto GASBOL, que é de posse da TBG. As Figs. 8

e 9 demonstram o traçado do Gasoduto Bolívia-Brasil e os volumes de importação de

gás natural no ano citado, respectivamente[26;27].

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Fig. 8 – Trajeto do GASBOL[28]

Fig. 9 – Porcentagens do gás natural estrangeiro adquiridas em 2016[26]

A parcela restante das importações fazem referência ao Gás Natural

Liquefeito, GNL, que é transportado por navios supridores, aptos à trabalhar com

temperaturas por volta de -162 ºC, e que chegam ao país de diversas partes do mundo

[16;26;29].

O gás na forma líquida é comprado de países que não fazem fronteira com o

Brasil, como por exemplo o Catar, EUA, Nigéria e Trinidad e Tobago. Essas

quantidades, ao chegarem aos terminais de regaseificação localizados no Rio de Janeiro,

Ceará e Bahia, podem ser de imediato transformadas para a forma gasosa ou ficarem

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armazenadas dentro dos próprios navios para posterior utilização. Há ainda a

possibilidade de reexportação de determinados volumes ociosos, desde que a demanda

nacional seja atendida em sua plenitude. A Fig. 10 mostra uma dessas estações

localizada em Pecém – CE[26].

Fig. 10 – Estrutura de Regaseificação em Pecém – CE[30]

Após passar pelos processos de extração e produção, o GN segue para novas

etapas, conforme mostrado na subseção que segue.

2.3.2 PROCESSAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DO GN

O gás natural de origem brasileira é encaminhado às Unidades de

Processamento de Gás Natural (UPGNs), onde o material é convertido em diversas

matérias-primas e recebe o tratamento necessário para obtenção de condições

comerciais padronizadas. Depois desse passo, o gás é enviado às distribuidoras das UF

abrangidas pela malha duto-viária por meio das transportadoras de gás natural, assim

como ocorre com o GNL novamente transformado para o estado gasoso[29;31].

No mesmo sentido, o processo de transmissão do gás boliviano da

Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), é embasado nas Estações de

Compressão, que têm por função qualificar o gás natural às condições ideais de

transporte via gasodutos. Feito esse melhoramento, o GN é direcionado aos Pontos de

Entrega ou City Gates, onde a pressão desse material é reduzida e entra sob concessão

das distribuidoras estaduais. As distribuidoras, por sua vez, introduzem o gás natural em

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suas respectivas redes de fornecimento e disponibilizam ao consumidor volumes gás em

condições normatizadas[29;31].

2.3.3 O GN EM SC

A Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS), foi fundada em 25 de

fevereiro de 1994 é a organização responsável pela distribuição de GN no estado.

Dispõe de grandes malhas duto-viárias, com a abrangência de 52 municípios cuja

maioria têm ligações radiais ao GASBOL. A Fig. 11 representa a parcela catarinense do

Trecho Sul desse gasoduto[27;32;33].

Fig. 11 – GASBOL em SC[27, adaptado]

A SCGÁS disponibiliza, em seu site, aos consumidores que tiverem

interesse, os mapas das redes de distribuição de GN de todas as cidades abrangidas pelo

atendimento. Esses documentos possuem elevada importância, pois podem fornecer

subsídios para que os clientes, sejam eles industriais, comerciais ou residenciais, possam

realizar projetos e prover na infraestrutura desses, processos e/ou equipamentos que

utilizem GN.

2.3.3.1 COMPOSIÇÃO DA TARIFA

Com o objetivo de remunerar o sistema de GN, a Agência Reguladora de

Serviços Públicos de Santa Catarina (ARESC), fixa valores tarifários, que recebem

atualizações periódicas, e são repassados pela SCGÁS aos consumidores finais. A Eq.

(1) descreve a estrutura da tarifa:

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arifa = PV + MB + COA +

I

Onde:

PV: Custo do gás e transporte;

MB: Margem bruta;

COA: Custos operacionais e administrativos; e

I: ICMS + PIS/COFINS[34;35].

2.3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS CLIENTES

Os usuários da rede de distribuição de gás natural são diferenciados pelos

fatores enunciados a seguir:

-Faixa de consumo diário;

-Quantidade Contratada; e

-Área de atuação: Industrial, Comercial, Residencial, Veicular, Termelétrico

ou Geração Distribuída[34;35].

Dentre todos essas áreas, evidencia-se a GD por ser a mais recente e estar

em consonância com os anseios da política nacional energética. Esse segmento abrange

as empresas e comércios que trabalham com a cogeração qualificada, que, de maneira

geral, consiste nos aproveitamentos elétrico e térmico do GN. Inserem-se também, nessa

área, os estabelecimentos optantes pela geração termelétrica no horário de ponta,

intervalo no qual os valores cobrados pelas concessionárias de energia elétrica são

maiores. As Tabs. 2 e 3 mostram a tarifação vigente para o setor de Geração Distribuída

para os clientes industriais e comerciais de gás natural no ano de 2017,

respectivamente[35].

Tab. 2 – Tarifas sem impostos para GD industrial[35]

TGG – INDUSTRIALConsumo Diário (m³/dia) Margem bruta (R$/m³) PV (R$) Tarifa Líquida (R$)

0 a 10.000 0.1493 0.495 0.644310.001 a 90.000 0.0917 0.495 0.5867

90.001 a 200.000 0.0729 0.495 0.5679Maior que 200.000 0.0729 0.495 0.5679

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Tab. 3 – Tarifas sem impostos para GD comercial[35]

TGG – COMERCIALFaixa de Consumo (m³/mês) Margem Bruta (R$/m³) PV (R$/m³) Tarifa Líquida (R$)

Única 0.1493 0.495 0.6443

Após ser tomado conhecimento da tarifação para unidades GD, faz-se

necessário uma explanação a respeito do processo de instalação da rede de gás, que

envolve a distribuidora estadual e os consumidores.

2.3.3.3 SOLICITAÇÃO E INSTALAÇÃO DA REDE GN

Conforme Gustavo Caldas dos Santos, Analista de Mercado da SCGÁS,

para que a última etapa de fornecimento seja concretizada, fazem-se necessários os

cumprimentos de responsabilidades da distribuidora e da empresa interessada, que são

listados a seguir:

-O consumidor interessado solicita a distribuição junto à SCGÁS por meio

dos canais de comunicação com o cliente;

-A distribuidora realiza estudos de viabilidade técnica e econômica, que

englobam o custo de instalação de um ramal devido à distância da empresa até a RD,

investimento para prover a montagem da estação de redução de pressão e medição

(ERPM), classificação do cliente quanto à estrutura tarifária e se haverá condições de

terminar a obra até a data limite especificada pelo consumidor. As estimativas devem

demonstrar um payback de até 20 anos, caso contrário, a distribuidora inviabiliza o

projeto;

-A área para instalação da estação ERPM, que tem um exemplar mostrado

na Fig. 12, deve ser disponibilizada pelo consumidor, bem como o acesso a mesma deve

ser liberado de modo restrito a agentes da SCGÁS ou terceiros a sua ordem; e

-O cliente deve organizar o processo que demandará GN, de modo que seja

possível a correta utilização do gás natural de acordo com os procedimentos de

segurança normatizados pela NBR 12123[36].

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Fig. 12 – Modelo de ERPM – CPL Concordia[37, adaptado]

Após a abordagem acerca do processo de adesão à rede, faz-se necessária

uma explanação sobre os conceitos intrínsecos à geração a gás natural, conforme

mostrado na seção 2.4.

2.4 GERAÇÃO TERMELÉTRICA A GÁS NATURAL

A geração termelétrica a gás natural tem importância estratégica na

produção de energia elétrica no Brasil e cresce ano após ano. O somatório das potências

instaladas das 160 usinas termelétricas a gás natural instaladas em território brasileiro,

em 2016, foi indicado na ordem de 13 GW, valor correspondente a 8,113% da matriz

elétrica brasileira. A Fig. 13 exibe o aumento da utilização do gás natural para geração

de energia elétrica no Brasil[38].

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Fig. 13 – Gerações anuais a partir de fontes hídricas e de GN até 2014[16]

A relevância da geração a GN pode ser confirmada pelo fato do

combustível fóssil utilizado no processo oferecer boa continuidade de fornecimento às

termelétricas. Por essa razão, esse modelo de produção de energia elétrica atua como

complementação às gerações baseadas nas fontes renováveis eólica e solar, classificadas

como intermitentes[16].

Dentre todas as formas de geração de energia elétrica de viés térmico,

enfatiza-se a área das termelétricas de ciclo combinado. Essas usinas aproveitam os

gases aquecidos provenientes da exaustão das turbinas a gás (fim do ciclo simples) para

produzir vapor e iniciar a segunda etapa do processo. Esse arranjo possibilita às

termelétricas atingirem uma eficiência de até 58%. Alguns fabricantes, como a Siemens,

disponibilizam plantas de ciclo combinado flexíveis, compostas por turbinas a gás e a

vapor, geradores elétricos e demais componentes. A Fig. 14 mostra o funcionamento do

processo citado[39;40].

Fig. 14 – Composição de um ciclo combinado[39]

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No estudo da geração termelétrica a gás natural, fazem-se necessária as

explanações sobre os ciclos, aplicabilidades e custos das turbinas, elementos-chave do

processo, sem desconsiderar a relevância dos outros componentes que podem ser

empregados de acordo com a forma de produção de energia[16]

2.4.1.1 TURBINA A VAPOR

Entende-se por turbina a vapor (TV), a máquina térmica que trabalha em

associação com a combustão externa de materiais, que podem ser o gás natural, carvão,

óleo diesel e entre outros[16].

O primeiro registro histórico desse tipo de máquina data de 175 a.C.,

quando Herón de Alexandria fez o primeiro experimento. Entretanto, outros

investigadores contribuíram para que os padrões atuais de turbinas desse tipo fossem

desenvolvidos. A Fig. 15 mostra um exemplar dessa turbina[18].

Fig. 15 – GE Frame 7FA[41]

As TVs são as máquinas de combustão externa que possuem maior índice

de utilização, pois podem compor usinas de alta potência, atreladas ao fato de serem

confiáveis, eficientes e duráveis[18].

2.4.1.1.1PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DA TURBINA A VAPOR

Para uma descrição mais completa, relata-se o funcionamento da TV em

associação à definição do processo ao qual está atrelada. O ciclo de Rankine se baseia

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na combustão externa de ar e combustível, que aquece a água armazenada numa

caldeira a fim de vaporizá-la. Esse vapor passa por uma pressurização e é o agente que

fará o eixo da turbina girar e, por consequência, produzir trabalho mecânico. Com o

acoplamento do eixo da turbina a um gerador elétrico, tem-se o produto final

objetivado. Ao passar pelo condensador e pela bomba, o vapor se transforma em água

novamente e passa por um processo de resfriamento com o objetivo de ser outra vez

injetado na caldeira e assim, o processo recomeça. A Fig. 16 mostra o ciclo

supracitado[16].

Fig. 16 – Ciclo simples a vapor - Rankine[42]

2.4.1.1.2 CLASSIFICAÇÃO E APLICAÇÕES DAS TV

De acordo com Lora, as TVs podem ser diferenciadas pela finalidade e

princípio de funcionamento. Quando se trata do modo operante em que as máquinas

trabalham, pode-se diferenciá-las por turbinas a vapor de reação e de impulso, que se

baseiam nos arranjos dos estágios internos às máquinas térmicas[18]

Com relação às aplicações das TVs, as mesmas podem ser para

acionamentos mecânicos e elétricos, conforme segue abaixo:

-Cogeração;

-Geração de EE em sistemas simples e em plantas combinadas;

-Bombas;

-Compressores; e

-Propulsão naval[18;43].

Na subseção seguinte, far-se-á uma explanação a respeito das turbinas a gás,

que muito podem trabalhar em associação as turbinas a vapor.

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2.4.1.2 TURBINAS A GÁS

Interpreta-se por turbina a gás (TG), convencionalmente, o conjunto

composto por compressor, câmara de combustão e pela própria turbina, que não

necessita de fluidos intermediários no processo de geração termelétrica[16;18].

O primeiro protótipo de turbina a gás desenvolvido com êxito foi feito por

Aegidius Elling, em 1903, após diversas tentativas de outros pesquisadores que não

obtiveram trabalho útil na ponta do eixo[18].

O maior salto tecnológico na produção das turbinas a gás ocorreu na

Segunda Guerra Mundial, quando se havia uma grande necessidade de incrementar a

velocidade dos aviões e, desde aquele tempo, diversas melhorias foram aplicadas. A

Fig. 17 mostra um dos modelos atuais[18]

Fig. 17 – GE 7F.05[44]

2.4.1.2.1PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DAS TG

O funcionamento de uma turbina a gás é baseado no ciclo de Brayton, que

pode ser aberto ou fechado. Esse ciclo se inicia com a admissão de ar no compressor,

local que aumenta a pressão e aquece esse material para posterior ingresso do mesmo na

câmara de combustão, onde o combustível é inserido. Essa queima gera uma expansão

de gases quentes e pressurizados que, por fim, fazem a turbina girar. Após a geração de

trabalho mecânico no eixo da turbina, por consequência, gera-se uma tensão nos bornes

do gerador elétrico[16].

No circuito aberto, a queima do gás natural é realizada dentro do sistema e o

fluido utilizado no processo é descartado, fator que traduz a reduzida eficiência desse

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circuito, pois os gases exauridos possuem alto potencial energético. A Fig. 18 representa

esse tipo de circuito Brayton[16].

Fig. 18 – Turbina a gás – Circuito aberto[18]

Entretanto, no circuito fechado, a combustão acontece em um trocador de

calor instalado na parte externa da planta e os gases provenientes do processo

permanecem dentro do sistema. A grande vantagem da utilização de máquinas que

operam nesse formato é que há condições de utilizar altos valores de pressão dentro do

processo, fato que viabiliza a redução nas dimensões da máquina, bem como a alteração

da potência útil em função da pressão utilizada. A Fig. 19 retrata o arranjo de operação

citado[16].

Fig. 19 – Turbina a gás – Circuito fechado[18]

2.4.1.2.2 CLASSIFICAÇÕES E APLICAÇÕES DAS TG

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Lora classifica as turbinas a gás como aeroderivativas ou heavy duty. As

mesmas são diferenciadas conforme suas composições, potências geradas, eficiências

térmicas e aplicações[18;40].

As TG aeroderivativas podem trabalhar em ciclo simples ou combinado.

Resultam da modificação dos projetos das turbinas de cunho aeronáutico, pois seria

inviável, do ponto de vista econômico, desenvolver um novo segmento. O processo se

decorreu dessa maneira, pois os investimentos militares no aprimoramento da eficiência

dessa tecnologia foram superiores aos industriais. Essas máquinas são compostas, em

geral, por um gerador de gás utilizado em aviões, alterado para combustão de

inflamáveis industriais, e por uma turbina de potência ou livre. Caracterizam-se por

terem tempos de partida curtos, consideráveis valores de eficiência, serem confiáveis,

ocuparem pequenas áreas para a instalação e possuírem baixa relação peso/potência.

Essas turbinas são aplicadas em muitos segmentos da indústria, conforme listado a

seguir:

-Propulsão naval;

-Bombeamento de gás; e

-Geração em termelétricas em picos de demanda e em

emergências[18;19;40].

Se uma empresa que representa uma carga de 6 MW possui operações que

geram muitas perdas quando há a falta de energia elétrica da concessionária, ou mesmo

deseja gerar a própria energia no horário de ponta para obter redução de custos, sugere-

se a instalação de um sistema de geração de energia para situações emergenciais e

esporádicas. Nesse caso, pode ser aplicada a turbina SGT-A05 AE 6 MW, pois as TGs

desse grupo da Siemens disponibilizam a potência total dentro de 60 segundos de

operação. A Fig. 20 mostra uma turbina desse segmento[40].

Fig. 20 – Siemens SGT-05 AE[40]

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As turbinas heavy duty podem trabalhar em ciclo simples ou combinado e

têm suas concepções de projeto voltadas para utilização no ramo industrial. Em geral,

são compostas por um compressor, uma câmara de combustão e uma turbina. Destacam-

se por terem uma estrutura muito robusta e poderem trabalhar em ambientes hostis.

Oferecerem boa confiabilidade, serem flexíveis quanto aos combustíveis usados no

processo e possuírem baixo custo, quando comparadas as demais. São aplicadas para

geração de energia elétrica em plantas de ciclos simples e combinado, utilizações em

cogeração, usos em horário de pico, intermediário ou mesmo na base[18;19;40].

Supõe-se que uma determinada termelétrica deseja expandir seu parque

produtivo com a construção de uma nova filial que terá uma potência instalada de 230

MW, mas objetiva um atendimento à carga de forma não demorada. Após a alocação

dos mecanismos processuais e posterior canalização do gás natural, conforme normas

vigentes, faz-se necessária a escolha de um grupo gerador de energia que atenda a

constante apreensão com os poluentes exauridos, como o óxido de nitrogênio (NOx),

liberados à atmosfera. Em situações como essa, em que se tenha a compreensível

preocupação com o nível de emissões de poluentes e rapidez na partida, pode-se

selecionar a turbina heavy duty GE 7F.06 em ciclo simples. A Fig. 21 mostra a turbina

citada[40].

Fig. 21 – GE 7F.06[45]

Um importante fator considerado para a seleção da melhor turbina, é o

tempo dispendido para que a máquina térmica possa estar apta para fornecer a potência

em sua totalidade. A Fig. 22 mostra um gráfico com os tempos de start-up de algumas

TG produzidas pela GE.

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Fig. 22 - Tempos de partida para TGs GE[46]

Do gráfico, analisa-se que a relação entre potências e tempos de partida das

turbinas supracitadas não é linear, pois o start-up depende dos aspectos construtivos e

operacionais de cada máquina.

2.4.1.3 COMPARAÇÕES ENTRE TURBINAS A GÁS E VAPOR

As turbinas a gás possuem tempos de resposta baixos, logo os starts e as

paradas dessas máquinas possuem baixas inércias. Apresentam também, como

características positivas, os fatos de gerar menos vibrações em suas operações e quase

não solicitarem água para seus funcionamentos. Essa máquinas térmicas possuem como

desvantagens os fatos de possuírem menor durabilidade, baixas eficiências e

inviabilizarem a manutenção na planta[47].

As turbinas a vapor se destacam por possuírem versatilidade e alta

eficiência, quando comparadas as demais. Evidenciam-se, também, pelo fato de que

quando estão em modo de operação, têm as manutenções facilitadas e não precisam de

lubrificação em seus interiores. Pode-se citar que um dos aspectos negativos dessas

máquinas é que, quando a mesma possuir baixas potências e operar em ciclo simples,

trabalhará com baixas eficiências[48].