87
1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 16.junho.2014 "Quando um homem não se encontra a si mesmo, não encontra nada." (Goethe) COMUNICADO SOBRE HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA AGÊNCIA FAZENDÁRIA DE VARGINHA Prezados(as) Profissionais, Conforme Decreto nº 163, de 16.04.14, em dias de jogos da seleção brasileira (12, 17 e 23.06.14), o atendimento na Agência Fazendária de Varginha será das 9 às 12 horas. Atenciosamente, Rogéria Alvarenga Fernandes Delegada Seccional do CRCMG em Varginha ICMS/MG. CT-e. CARTA DE CORREÇÃO EM PAPEL Texto publicado em 11/6/2014 às 13h13m. Nos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a utilização da Carta de Correção em papel para sanar erros em campos específicos do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e). IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

 · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

1

Boletim CONT-TRIB-JUR em 16.junho.2014

"Quando um homem não se encontra a si mesmo, não encontra nada." (Goethe)

COMUNICADO SOBRE HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA AGÊNCIA FAZENDÁRIA DE VARGINHA

Prezados(as) Profissionais,

Conforme Decreto nº 163, de 16.04.14, em dias de jogos da seleção brasileira (12, 17 e 23.06.14), o atendimento na Agência Fazendária de Varginha será das 9 às 12 horas.

Atenciosamente,

Rogéria Alvarenga FernandesDelegada Seccional do CRCMG em Varginha

ICMS/MG. CT-e. CARTA DE CORREÇÃO EM PAPELTexto publicado em 11/6/2014 às 13h13m.

Nos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a utilização da Carta de Correção em papel para sanar erros em campos específicos do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e).

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 2:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

2

ICMS-MG: Divulgada prazo da obrigatoriedade do MDF-e para prestação de serviço de transporte intermunicipal de bens e mercadoriasPublicado em 11 de junho de 2014 por Marina Freitas

Por meio do Decreto nº 46.534/2014 – DOE MG de 11.06.2014, o Fisco mineiro divulgou prazo para início da obrigatoriedade da emissão do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) para a prestação de serviço de transporte intermunicipal de bens mercadorias.

Fonte: ICMS- LegisWeb

IFRS: Novas regras contábeis estabelecidas por reguladores da Europa e EUAPublicado em 10 de junho de 2014 por Gabriel Peixoto

Mudanças visam informar melhor os investidores

Mudanças devem valer a partir de 2017, nos balanços referentes ao exercício anterior

Após mais de dez anos de discussão, órgãos reguladores dos Estados Unidos e da Europa – US Financial Accounting Standards Board (Fasb) e International Accounting Standards Board (Iasb) – aprovaram, na última semana, mudanças nas regras internacionais de contabilidade que devem trazer consenso para a forma de reconhecimento de receitas. Segundo a EY (ex-Ernest & Young), as mudanças devem afetar todas as empresas e aumentar a quantidade de informações divulgadas pelas companhias.

“As alterações vão elevar a qualidade das informações contábeis e melhorar os dados disponíveis para os investidores”, avalia Paul Sutcliffe, sócio-líder de IFRS da EY.

Começa em 2017

As novas normas devem começar a valer em 2017, para balanços referentes ao exercício anterior de empresas que adotam o padrão internacional (IFRS) ou o norte-americano (U.S. Gaap – Generally Accepted Accounting Principles). As companhias que precisam computar dois anos de informação comparativa já devem se adequar a partir de 2015.

As mudanças afetam, por exemplo, o momento em que as companhias reconhecem a receita vinda de contratos com consumidores. Assim, as alterações devem afetar especialmente aquelas empresas que vendem pacotes de serviços, como as do setor imobiliário e de construção.

Divulgação de contratos

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 3:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

3

“Os novos padrões vão exigir que as empresas mudem a forma que divulgam os contratos com os consumidores, especialmente as que oferecem múltiplos serviços em um único contrato”, afirma Sutcliffe.

Segundo ele, a alteração trouxe também esclarecimento no caso de produtos com pagamentos variáveis — como empresas de transporte, que têm ganhos ligados ao valor do combustível.

“A regra anterior não esclarecia se as receitas variáveis poderiam ser contabilizadas ao longo do contrato. Agora a empresa pode estimar no balanço as chances de receber a diferença e reconhecê-la ou não previamente”, destaca.

Reconhecimento de receitas

Dentre outros pontos afetados estão reconhecimento de receita em contratos nos quais o serviço é prestado ao longo do tempo e o reconhecimento das despesas.

O novo padrão deve mudar especialmente o momento quando a receita é reconhecida também para a indústria de telecomunicação, mas todas as empresas devem ser afetadas porque o padrão exige que as companhias divulguem publicamente mais informações de receita em suas demonstrações financeiras para que investidores tenham dados mais completos.

As discussões para se chegar a uma acordo sobre o padrão americano e o IFRS começaram em 2002, na tentativa de ter apenas uma forma de calcular e reportar as receitas. Os órgãos reguladores devem criar um grupo para auxiliar na transição da implementação das novas normas.

Fonte: Monitor Mercantil

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 4:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

4

CONTABILIDADE: PARCELAMENTO DE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS – ROTEIRO

Sumário:Introdução I - Valores componentes do pedido de parcelamento I.1 - Valor do principal I.2 - Multas I.3 - Juros I.4 - Encargos legais II - Reduções de multa, juros e encargos legais III - Valores devidos e não contabilizados em conta de obrigações IV - Exemplos de lançamentos contábeis IV.1 - Parcelamento de débitos devidamente contabilizados em conta de Passivo Circulante, nos moldes da Lei nº 10.522/2002 (Parcelamento Geral) IV.2 - Parcelamento de débitos devidamente contabilizados em conta de Passivo Circulante, nos moldes da Lei nº 11.941/2009 (Parcelamento Especial)

Introdução O parcelamento tributário é um meio legal que permite aos contribuintes pagar suas dívidas fiscais, sendo comumente utilizado pelos que buscam e necessitam de sua regularização fiscal, seja no âmbito federal, estadual ou municipal. De acordo com o Código Tributário Nacional o parcelamento é causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário e é concedido na forma e condições estabelecidas em lei específica. Nesse sentido, atualmente podemos citar várias alternativas de parcelamento existentes, como por exemplo, no âmbito federal, o parcelamento geral previsto na Lei nº 10.522/2002 e o Parcelamento Especial previsto na Lei nº 11.941/2009, além de tantos outros já havidos. Este Roteiro busca demonstrar e exemplificar os procedimentos contábeis e reflexos a que estão sujeitas as pessoas jurídicas nessa condição, a fim de que suas demonstrações contábeis sejam evidenciadas de forma correta e adequada, de acordo com as práticas contábeis atualmente vigentes.

I - Valores componentes do pedido de parcelamento No processo de solicitação de parcelamento, inicialmente, se faz necessária a consolidação dos valores devidos, onde são apurados os valores principais da dívida com os respectivos acréscimos moratórios até a concessão do parcelamento. A seguir, vejamos o tratamento dos itens geralmente componentes da solicitação de parcelamento.

I.1 - Valor do principal Por ocasião da solicitação do parcelamento, o valor principal da dívida já deve constar em conta própria de Passivo Circulante em decorrência do regime de competência. Nesse sentido o Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/1999), em seu art. 344, disciplina que os tributos e contribuições são dedutíveis na determinação do lucro real, segundo o regime de competência. Na prática, os tributos e contribuições federais, estaduais e municipais são dedutíveis na apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, independentemente do pagamento efetivo.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 5:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

5

 A dedutibilidade não alcança os tributos e contribuições cuja exigibilidade esteja suspensa, em decorrência haver o depósito do seu montante integral de haver reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo ou de haver concessão de medida liminar em mandado de segurança.

Fundamentação: art. 344 do Decreto nº 3.000/1999 (RIR); Ato Declaratório Normativo COSIT nº 11/1995; art. 9º da Resolução CFC nº 750/1993.

I.2 - Multas A pessoa jurídica, de acordo com a legislação de cada âmbito, seja, federal, estadual ou municipal, estão sujeitas a multas compensatórias, assim consideradas as multas de mora devidas nos recolhimentos em atraso. Ainda com respaldo na boa prática contábil e no regime de competência, os valores devidos devem ser evidenciados como obrigações. A exemplo, podem ser citados débitos para com a União, decorrentes de tributos e contribuições administrados pela Receita Federal do Brasil, cujos fatos geradores ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 1997, que não pagos nos prazos previstos na legislação específica devem ser acrescidos de multa de mora, calculada à taxa de trinta e três centésimos por cento, por dia de atraso, sendo limitado a vinte por cento. Nesse caso, em conta de Passivo Circulante, a cada mês, deve ser evidenciado o valor devido de multa moratória até seu limite de 20% em relação ao total do débito. Igual procedimento deve ser adotado em relação às multas moratórias impostas pela legislação estadual ou municipal. Quanto ao tratamento fiscal, as multas moratórias são dedutíveis na apuração do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, entretanto o fisco interpretava que esses valores somente eram dedutíveis no período de apuração em que fossem efetivamente pagos, citando como fonte o Parecer Normativo CST nº 61/1979. Considerando essa interpretação, os valores levados a débito em conta de resultado deveriam, por ocasião de levantamento de balanços ou balancetes de redução ou ainda em decorrência do encerramento do período de apuração, ser: a) adicionados ao lucro líquido e à base de cálculo da CSLL, pelo valor lançado no resultado; e b) excluídos do lucro líquido e da base de cálculo da CSLL, no período do efetivo pagamento

 Não são dedutíveis como custo ou despesas operacionais as multas por infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória e as impostas por infrações de que não resultem falta ou insuficiência de pagamento de tributo.

Esse entendimento por parte do fisco podia, ainda, ser visualizado no Manual de Instruções da DIPJ/2010, "Ficha 05 A - Despesas Operacionais - PJ em Geral" conforme transcrevemos:

Linha 05A/19 - MultasSão totalmente indedutíveis não só as multas impostas por infrações fiscais de que resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributo ou contribuição, como também aquelas que decorram de infrações a normas não tributárias (Sunab, trânsito, etc.). São dedutíveis, no período de apuração em que forem efetivamente pagas, as multas fiscais de natureza compensatória e aquelas impostas por descumprimento de obrigações tributárias, meramente acessórias, de que não resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributo ou contribuição (PN CST nº 61, de 1979).

Atenção: Os valores das multas indedutíveis devem ser indicados na coluna "Parcelas Não Dedutíveis". No entanto, por meio da Solução de Divergência nº 6/2012, a Receita Federal do Brasil definiu que as multas moratórias por recolhimento espontâneo de tributo fora do prazo são dedutíveis como despesa operacional, na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, no período em que forem incorridas, de acordo com o regime de competência, todavia o disposto

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 6:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

6

não se aplica aos tributos cuja exigibilidade esteja suspensa, à exceção do parcelamento e da moratória.

SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 6, DE 30 ABRIL DE 2012 ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA - IRPJEMENTA: DEDUTIBILIDADE. MULTA MORATÓRIA.REGIME DE COMPETÊNCIA. As multas moratórias por recolhimento espontâneo de tributo fora do prazo são dedutíveis como despesa operacional, na determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL, no período em que forem incorridas, de acordo com o regime de competência, todavia o disposto não se aplica aos tributos cuja exigibilidade esteja suspensa, à exceção do parcelamento e da moratória.DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 151, Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, art. 41, e Instrução Normativa nº 390, de 30 de janeiro de 2004, art. 50.FERNANDO MOMBELLI - Coordenador-Geral

No Manual de Instruções da DIPJ 2011 e 2012 a regra também foi alterada, tendo sido excluída a condição de dedutibilidade para as multas efetivamente pagas: Linha 05A/19 - MultasSão totalmente indedutíveis não só as multas impostas por infrações fiscais de que resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributo ou contribuição, como também aquelas que decorram de infrações a normas não tributárias (multas de trânsito, por exemplo). São dedutíveis as multas fiscais de natureza compensatória e aquelas impostas por descumprimento de obrigações tributárias, meramente acessórias, de que não resulte falta ou insuficiência de pagamento de tributo ou contribuição (PN CST nº 61, de 1979).Atenção: Os valores das multas indedutíveis devem ser indicados na coluna "Parcelas Não Dedutíveis".

Dessa forma, tem-se que o fisco passou a admitir que as multas moratórias sejam dedutíveis pelo regime de competência, salvo nos casos de débitos com exigibilidade suspensa, excepcionados a suspensão da exigibilidade em decorrência de parcelamento e moratória. Fundamentação: Parecer Normativo CST nº 61/1979; art. 61 da Lei nº 9.430/1996; arts. 249 e 250 do Decreto nº 3.000/1999 (RIR); Solução de Divergência nº 6/2012.

I.3 - Juros Os juros de mora calculados sobre débitos em atraso, de acordo com o regime de competência, devem ser evidenciados na escrituração contábil do contribuinte, ainda que não pagos. Quanto ao tratamento fiscal, os juros pagos ou incorridos são dedutíveis na apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL.

 Entende-se que os valores provisionados correspondentes a juros calculados pela taxa SELIC, relativos a tributo cuja exigibilidade esteja suspensa por força do art. 151, incisos II a IV, da Lei nº 5.172/1966, constituem meros acessórios do tributo, ou seja, submetem-se às mesmas regras de dedutibilidade impostas ao principal, devendo, por isso, ser adicionados ao lucro líquido do período de apuração para fins de determinação do lucro real, em decorrência do artigo 344, § 1º do RIR/99. Nesse sentido ver também o Processo de Consulta nº 216/2003.

Fundamentação: Parecer Normativo CST nº 174/1974; art. 374 do Decreto nº 3.000/1999 (RIR)

I.4 - Encargos legais O encargo legal é um valor monetário que corresponde à cobrança de honorários advocatícios, perante a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, no total de 20%, pago pelo executado a ser recolhido aos cofres públicos como renda da União. Esse encargo legal será reduzido para 10%, caso o débito inscrito na Dívida Ativada da União seja pago antes do ajuizamento da ação.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 7:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

7

O encargo é calculado sobre montante do débito, inclusive multas, atualizado monetariamente e acrescido dos juros e multa de mora. De acordo com a legislação no âmbito de cada modalidade de parcelamento, o encargo legal poderá compor o valor a ser parcelado. Esses valores devem ser levados à conta de resultado, como despesas operacionais e são dedutíveis na apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL. Fundamentação: art. 1º do Decreto-lei nº 1.025/1969 e art. 3º do Decreto-Lei nº 1.569/1977; art. 299 do Decreto nº 3.000/1999 (RIR).

II - Reduções de multa, juros e encargos legais Com intuito de estimular a regularização de débitos de natureza tributária e até mesmo encerrar litígios judiciais e administrativos, a norma tributária pode conceder redução de multa, juros e encargos legais. Nesse sentido a Lei nº 11.941/2009, que trata do Parcelamento Especial, prevê redução de multa de mora e de ofício, multas isoladas, juros de mora e encargo legal sobre débitos a serem pagos à vista ou parcelados de acordo com as regras previstas para esse parcelamento.

 Sobre o Parcelamento Especial veja Roteiro: Parcelamento Especial (REFIS da crise) - Lei nº 11.941/2009.A Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 7/2013, alterada pela Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 13/13, reabriu até 31.12.2013, o prazo para pagamento e parcelamento de débitos junto à PGFN e à RFB, de que tratam os arts. 1º a 13 da Lei nº 11.941/2009 (REFIS da crise).

Ressalve-se que não são todas as modalidades de parcelamento que prevêem reduções, devendo o contribuinte observar as normas específicas de cada parcelamento solicitado a fim de verificar sua existência e seu tratamento fiscal, se for o caso. Em relação ao Parcelamento Especial, os valores de multa de mora ou de ofício, multas isoladas, juros de mora e encargo legal contabilizados como obrigação, conforme a despesa incorrida, devem ser baixados contra o resultado do período em decorrência das reduções concedidas.

A Lei nº 11.941/2009, em seu art. 4º, parágrafo único, disciplina que não serão computados na base de cálculo do IRPJ, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, os valores referentes às reduções concedidas. Fundamentação: arts. 2º, 4º e 8º da Lei nº 11.941/2009.

III - Valores devidos e não contabilizados em conta de obrigações Conforme explanado, os valores devidos pelo contribuinte devem constar em obrigações seguindo o princípio da competência, independentemente de situação de inadimplência ou de litígio administrativo ou judicial. Não é incomum a situação em que contribuintes não evidenciam em sua escrituração esses valores. Além de não ser uma prática contábil recomendada, pode ter consequências tributárias.

O Manual de contabilidade das sociedades por ações: aplicável às demais sociedades / FIPECAFI (Ed. Atlas, 2010. p. 562), assinala que a: A Lei das Sociedades por Ações estabeleceu o critério de que o lucro líquido do ano não deve estar influenciado por efeitos que, na verdade, não pertencem ao exercício, para que o resultado do ano reflita um valor que possa ser comparado com o de outros anos em bases similares. Daí decorre a importância da consistência na aplicação dos critérios contábeis. Dessa forma, os valores relativos a ajustes de exercícios anteriores serão lançados diretamente na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, sem afetar as receitas ou despesas do ano, o que é

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 8:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

8

definido pelo § 1º do art. 186 da Lei nº 6.404/76:

"§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos de mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes." Dessa forma e de acordo com a legislação em comento, o lucro líquido do exercício não deve estar influenciado por efeitos que pertençam a exercícios anteriores, ou seja, deverão transitar pelo resultado somente os valores que competem ao respectivo período. Nesse sentido, vejamos o que disciplina a Receita Federal do Brasil, por meio de Perguntas e Respostas DIPJ/2010, em relação a valores não lançados no resultado em época própria:

CAPÍTULO VII - IRPJ - ESCRITURAÇÃO 052 Como a pessoa jurídica deverá proceder, no período em que foi efetuado o ajuste, com relação à dedutibilidade ou tributação das parcelas regularizadas decorrentes da inobservância do regime de competência, quando a legislação comercial determinar que a retificação seja considerada como ajustes de exercícios (períodos) anteriores?A regularização, como ajustes de exercícios (períodos) anteriores, não provoca qualquer reflexo no resultado do período em que for efetuada sua escrituração (não afeta o lucro líquido do período deapuração). Se, em decorrência da imputação a período de apuração anterior, resultar a apuração de saldo de imposto a pagar, ou inexistindo diferença de saldo de imposto a pagar, seus efeitos já terão sidoconsiderados na apuração do lucro real daqueles períodos e, consequentemente, não poderão influenciar a apuração no exercício em que forem efetuados os lançamentos contábeis de regularização. Entretanto, no caso em que não ocorra postergação de pagamento do imposto para período posterior ao em que seria devido, ou redução indevida do lucro real em qualquer período de apuração, e o contribuinte optar por efetuar a sua regularização em período posterior, contabilmente deve ser dado tratamento de ajuste de exercícios (períodos) anteriores. No aspecto fiscal, caso se trate de parcela correspondente a despesa dedutível ou receita tributável, para produzir efeito na determinação do lucro real, ela pode ser excluída ou deve ser adicionada ao lucro líquido do período de apuração respectivo, ou seja, aquele a que efetivamente se refere a receita ou a despesa. Como se vê, a Receita Federal já se manifestou quanto ao tratamento tributário de parcela correspondente a despesa dedutível não imputada ao resultado em período competente. Nesse caso, para produzir efeitos na determinação do lucro real, deve ser excluída ao lucro líquido de seu respectivo período de apuração, ou seja, àquele que efetivamente se refere.

IV - Exemplos de lançamentos contábeis

IV.1 - Parcelamento de débitos devidamente contabilizados em conta de Passivo Circulante, nos moldes da Lei nº 10.522/2002 (Parcelamento Geral) A pessoa jurídica pretende parcelar débito de COFINS com vencimento em 24.07.2009, com a seguinte composição em outubro de 2009, data da consolidação:

Tipo de débito Vencimento Valor principal Multa (20%) Juros (2,38%) Total consolidado

COFINS 24.07.2009 R$ 47.800,00 R$ 9.560,00 R$ 1.137,64 R$ 58.497,64

Neste exemplo hipotético, já estão contabilizados os valores de principal, multa e juros em conta de Passivo Circulante.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 9:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

9

De acordo com as regras constantes da Lei nº 10.522/2002, o débito será parcelado em 60 prestações mensais, assim o valor de cada parcela será o equivalente a R$ 974,96 (R$ 58.497,64/60).

O valor de cada parcela, por ocasião do pagamento, será acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de um por cento relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.

Contabilmente, observar: a) Pela constituição da obrigação assumida pelo parcelamento

Débito COFINS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 58.497,64

Crédito Parcelamento RFB/COFINS (Passivo Circulante) R$ 14.624,40

Crédito Parcelamento RFB/COFINS (Passivo Não Circulante) R$ 43.873,24

 As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior (art. 180 da Lei nº 6.404/1976). O valor de R$ 14.624,40 equivale a 15 prestações (outubro de 2009 a Dezembro de 2010) e R$ 43.873,24 equivale a 45 prestações, cujos vencimentos serão a partir de 2011.

b) Pelo pagamento das parcelas mensais Débito Parcelamento RFB/COFINS (Passivo Circulante) R$ 974,96

Crédito Banco conta movimento (Ativo Circulante) R$ 974,96

c) Pelo pagamento dos juros incidentes sobre a parcela mensal Débito Juros pagos ou incorridos (Resultado) R$ 9, 75

Crédito Banco conta movimento (Ativo Circulante) R$ 9, 75

 Hipoteticamente, consideramos o valor de R$ 9,75 (1% sobre a parcela do mês).

IV.2 - Parcelamento de débitos devidamente contabilizados em conta de Passivo Circulante, nos moldes da Lei nº 11.941/2009 (Parcelamento Especial) Determinada pessoa jurídica tem os seguintes débitos inscritos em Dívida Ativa:

Tipo de débito Competência Principal Multa Juros Encargos Total

PIS/PASEP 01/1998 105.340,22 21.068,04 203.527,83 65.987,22 395.923,31

PIS/PASEP 02/1998 39.297,07 7.859,41 75.061,33 24.443,56 146.661,37

O valor devido de PIS/PASEP consta em obrigações, no Passivo Circulante, acrescido dos valores de multa e juros. Os encargos estão em conta distinta, denominada "Encargos Legais" também no grupo Passivo Circulante. Dessa forma, o Passivo Circulante apresenta: PIS/PASEP a Recolher R$ 452.153,90 Encargos Legais R$ 90.430,78

 Os débitos não foram objeto de parcelamentos anteriores.

A modalidade escolhida para o Parcelamento Especial foi de 30 prestações com as seguintes reduções:

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 10:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

10

a) 90% de redução de multa moratória, equivalente a R$ 26.034,71b) 40% de redução de juros de mora, equivalente a R$ 111.435,66c) 100% de redução sobre o encargo legal, no valor de R$ 90.430,78.

Considerando as reduções, temos: Débito Competência Principal Multa Juros Encargos Total

PIS/PASEP 01/1998 105.340,22 2.106,80 122.116,70 0,00 219.563,72

PIS/PASEP 02/1998 39.297,07 785,94 45.036,80 0,00 85.119,81

Contabilmente, as reduções devem ser tratadas:

a) 90% de redução de multa moratória, no valor de R$ 26.034,71 Débito PIS/PASEP a recolher (Passivo Circulante) R$ 26.034,71

Crédito Outras Receitas Operacionais (Resultado) R$ 26.034,71

b) 40% de redução de juros de mora, equivalente a R$ 111.435,66 Débito PIS/PASEP a recolher (Passivo Circulante) R$ 111.435,66

Crédito Outras Receitas Operacionais (Resultado) R$ 111.435,66

c) 100% de redução sobre o encargo legal, no valor de R$ 90.430,78. Débito Encargos Legais a pagar (Passivo Circulante) R$ 90.430,78

Crédito Outras Receitas Operacionais (Resultado) R$ 90.430,78

 Não serão computados na base de cálculo do IRPJ, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS os valores referentes às reduções concedidas.

Após efetuadas todas as reduções e os respectivos lançamentos contábeis, o saldo da conta de PIS/PASEP a Recolher (PC) deverá ser transferido para a conta de Parcelamento Especial, conforme os grupos de Passivo Circulante e Passivo Não Circulante, considerando tratar-se de 30 parcelas.

Débito PIS/PASEP a Recolher (Passivo Circulante) R$ 304.683,53

Crédito Parcelamento Especial (Passivo Circulante) R$ 152.341,77

Crédito Parcelamento Especial (Passivo Não Circulante) R$ 152.341,77

 As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior (art. 180 da Lei nº 6.404/1976). O valor de R$ 152.341,77 equivale a 15 prestações (outubro de 2009 a Dezembro de 2010) e R$ 152.341,77 equivale a 15 prestações, cujos vencimentos serão a partir de 2011. Os exemplos apresentados e datas apresentadas são meramente hipotéticos. Ressalvamos que os pedidos de parcelamentos seguem o rito de cada legislação, especialmente no que tange ao momento da consolidação dos débitos, reduções, número de parcelas, dentre outros.

FONTE: FISCOSoft .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 11:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

11

Sped-contábil: Divulgações exigidas pelos padrões contábeis internacionais, complementares às demonstrações financeirasPublicado em 13 de junho de 2014 por Marina Freitas

A Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) divulgou, no Portal do Sped, em seu site na Internet (www.receita.fazenda.gov.br), informações sobre o Registro J800 da Escrituração Contábil Digital (ECD), ressaltando que ele é apropriado para transmissão de informações que devam constar em notas explicativas, especialmente divulgações exigidas pelos padrões contábeis internacionais, complementares às demonstrações financeiras.

Lembra-se que, conforme o Manual de Orientação do Leiaute do Sped Contábil da ECD, o registro J800 permite que seja anexado um arquivo em formato texto RTF (Rich Text Format) na escrituração, que se destina a receber informações que devam constar do livro, tais como notas explicativas, outras demonstrações contábeis, pareceres, relatórios etc.

Fonte: JusBrasil

Lucro presumido na nova lei do IRPJPublicado em 13 de junho de 2014 por Júlia Pereira

A Lei n° 12.973, de 2014 (conversão da MP 627) alterou o conceito de receita bruta, inclusive para a apuração do lucro presumido. Esse conceito passou a abranger não só o fruto do desenvolvimento do objeto social da empresa.

Com a edição da Medida Provisória n° 627, de novembro de 2013, as atenções foram voltadas, principalmente, para dois pontos disciplinados pela recente legislação tributária: o tratamento do ágio de investimento e a tributação dos lucros auferidos no exterior. Não há dúvidas que em termos de arrecadação esses pontos estão entre os mais importantes: a arrecadação do IRPJ pelas empresas que apuram o lucro real foi, em 2012, quase cinco vezes a arrecadação do IRPJ devido pelas empresas que optaram pelo lucro presumido (segundo dados disponíveis na página da internet da Receita Federal do Brasil).

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 12:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

12

Acontece que essa situação lembra aquela parábola do menino na praia: diante de uma areia repleta de bolachas-do-mar (Clypeasteroida), um menino jogava uma a uma de volta para a água. Um ancião, refletindo sobre a vida passa pela praia e, espantado com a atitude do menino, pergunta: “Meu jovem, você não está vendo que são inúmeras as bolachas-do-mar que estão na areia? Que diferença faz o seu trabalho tão limitado?” Então, o menino tomando nas mãos outra bolacha-do-mar a lança ao mar e responde: “Para esta aqui, faz toda a diferença!”

Estima-se que, no Brasil, existam menos de duzentas mil empresas que adotam o lucro real e mais de um milhão que optam pelo lucro presumido (com relação ao lucro no exterior, a Fundação Dom Cabral identifica 98 empresas multinacionais brasileiras). Ora, qual a importância em se discutir a regulamentação do lucro presumido se a quantidade das suas optantes é na casa do milhão, mas a arrecadação gerada por elas é menor do 17% do total do IRPJ recolhido? Para cada uma dessas empresas, é de total importância.

A Lei n° 12.973, de 2014 (conversão da MP 627) alterou o conceito de receita bruta, inclusive para a apuração do lucro presumido. Esse conceito passou a abranger não só o fruto do desenvolvimento do objeto social da empresa (constante no contrato social) , mas também “as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica”, ainda que não constante especificamente no seu contrato social. Tome como exemplo uma empresa atacadista que, diante da retração do seu mercado, resolve alugar uma parte do seu galpão, auferindo esse outro tipo de receita (locação). Em razão do volume, essa empresa acaba por ter duas atividades principais, conquanto no seu objeto social conste apenas comércio atacadista.

Essa mudança no conceito legal de receita parece adaptar a regulamentação contábil sobre a matéria à legislação tributária. Assim, a tributação aproxima-se da prática contábil – atualmente, baseada nos International Financial Reporting Standards – IFRS.

O primeiro efeito tributário é a ampliação da base de cálculo da Contribuição para o PIS e da Cofins. Mesmo após a alteração do texto constitucional, permitindo que essas contribuições sociais incidissem sobre faturamento e receitas, a lei aplicável às empresas optantes pelo lucro presumido não havia sido modificada. Até a publicação da MP 627 (convertida na Lei n° 12.973, de 2014): assim, a legislação pertinente ao lucro presumido é atualizada, no sentido de, no exemplo acima citado, a receita de locação passar a ser tributada por PIS/Cofins.

Por outro lado, o segundo efeito tributário é reflexo: considerando que, agora, todas as demais receitas compõem o conceito de receita bruta, todas elas ficam sujeitas ao percentual de presunção do lucro presumido; inclusive a receita de aluguel do nosso exemplo.

Recapitulando a apuração do IRPJ com base no lucro presumido: sobre a receita bruta é aplicado um percentual de presunção, expressamente previso em lei, em substituição à possibilidade de deduzir todo e qualquer custo ou despesa (setores de indústria e comércio é 8%; prestação de serviços é 32%; dentro outros). A essa “receita presumida” eram adicionadas todas as demais receitas (como a de locação do exemplo), inclusive as financeiras.

Com a Lei n° 12.973, de 2014, se dentre essas “demais receitas”, com exceção das financeiras, houver alguma relacionada à atividade principal da empresa, ainda que ausente a expressa menção no seu contrato social, essa receita estará sujeita, da mesma forma, ao percentual de presunção.

Dessa forma, de maneira geral, as empresas que optarem pelo lucro presumido, a partir da nova lei do IRPJ, passaram a recolher mais PIS/Cofins, porém, menos IRPJ/CSLL.

Fonte: Valor Econômico

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 13:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

13

LUCRO PRESUMIDO, VENDA DE SOFTWARE, PERCENTUAIS APLICADOS:

Por meio da Solução de Consulta abaixo transcrita, DOU de 12/06/2014, a Coordenação-Geral de Tributação da Receita Federal, em relação à venda de softwares por empresas tributadas pelo lucro presumido, esclareceu o seguinte:

I - a venda (desenvolvimento e edição) de softwares prontos para o uso (standard ou de prateleira) classifica-se como venda de mercadoria e o percentual para a determinação da base de cálculo:

a) do imposto sobre a renda é de 8% sobre a receita bruta; e

b) da contribuição social é de 12% sobre a receita bruta;

II – a venda (desenvolvimento) de softwares por encomenda classifica-se como prestação de serviço e o percentual para determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda e da contribuição é de 32% sobre a receita bruta;

III - caso a empresa desempenhe concomitantemente mais de uma atividade, por força do disposto no § 2º do artigo 15 da Lei nº 9.249, de 1995, o percentual de presunção correspondente deve ser aplicado sobre o valor da receita bruta auferida em cada atividade.

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 123, DE 28 DE MAIO DE 2014

ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA JURÍDICA – IRPJ

EMENTA: LUCRO PRESUMIDO. VENDA DE SOFTWARE. PERCENTUAL APLICÁVEL.

A venda (desenvolvimento e edição) de softwares prontos para o uso (standard ou de prateleira) classifica-se como venda de mercadoria e o percentual para a determinação da base de cálculo do imposto é de 8% sobre a receita bruta.

A venda (desenvolvimento) de softwares por encomenda classifica-se como prestação de serviço e o percentual para determinação da base de cálculo do imposto é de 32% sobre a receita bruta.

Caso a consulente desempenhe concomitantemente mais de uma atividade, o percentual de presunção correspondente deve ser aplicado sobre o valor da receita bruta auferida em cada atividade.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto n.º 3.000, de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda, artigos 518 e 519.

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO - CSLL

EMENTA: LUCRO PRESUMIDO. VENDA DE SOFTWARE. PERCENTUAL APLICÁVEL.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 14:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

14

A venda (desenvolvimento e edição) de softwares prontos para o uso (standard ou de prateleira) classifica-se como venda de mercadoria e o percentual para a determinação da base de cálculo da contribuição é de 12% sobre a receita bruta.

A venda (desenvolvimento) de softwares por encomenda classifica-se como prestação de serviço e o percentual para determinação da base de cálculo da contribuição é de 32% sobre a receita bruta.

Caso a consulente desempenhe concomitantemente mais de uma atividade, o percentual de presunção correspondente deve ser aplicado sobre o valor da receita bruta auferida em cada atividade.

DISPOSITIVOS LEGAIS Lei n.º 9.249, de 1995, artigo 20 c/c artigo 15, § 1.º; artigo 15, § 2.º.

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral”

Importante observar que o artigo 40 da Lei nº 9.250, de 1995, assim estabelece:

“Art. 40. A base de cálculo mensal do imposto de renda das pessoas jurídicas prestadoras de serviços em geral, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), será determinada mediante a aplicação do percentual de 16% sobre a receita bruta auferida mensalmente, observado o disposto nos arts. 30 a 35 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às pessoas jurídicas que prestam serviços hospitalares e de transporte, bem como às sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas.”

Note-se, no caso em questão, a redução de tal alíquota para 16% só é permitida se, além da receita bruta da pessoa jurídica não ultrapassar o limite anual de R$120.000,00, efetuar exclusivamente a prestação de serviços. A pessoa jurídica optante, que exerça atividades diversificadas, portanto sujeitas a diferentes percentuais, também para efeito de lucro presumido, deverá aplicar à receita correspondente a cada uma delas, seu percentual respectivo (p.e. 32% para serviços - sem direito a redução para 16% - e 8%, para vendas mercantis). A pessoa jurídica que realizar qualquer serviço (aqui na área da informática) que seja privativo de profissões regulamentadas, em face do disposto no parágrafo único do artigo transcrito, ficará absolutamente impedida de utilizar o percentual reduzido em questão, para todas as receitas de serviços percebidas (devendo utilizar o percentual “cheio” de 32%), mesmo para aquelas que “a priori” não sofreriam tal vedação - ressalvada a aplicação do percentual de 8%, sobre as vendas mercantis (de softwares prontos).

Receita Federal esclarece sobre o cálculo do imposto devido no regime do lucro presumido pelas prestadoras de serviços de reabilitaçãoPublicado em 9 de junho de 2014 por Marina Freitas

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 15:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

15

Por meio do Ato Declaratório Interpretativo nº 4/2014 – DOU 1 de 09.06.2014, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) esclareceu que, para fins de determinação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) devido com base no regime de lucro presumido, as prestadoras de serviços de reabilitação e atendimento, por meio de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e hidroterapia, devem aplicar o percentual de 8% sobre a receita bruta, haja vista que estas constituem subatividades referentes à atribuição dos estabelecimentos assistenciais de saúde consistente na prestação de atendimento de apoio ao diagnóstico e terapia, desde que, cumulativamente, a prestadora desses serviços seja organizada, de fato e de direito, sob a forma de sociedade empresária, registrada na Junta Comercial, nos termos da Lei nº 10.406/2002 (Código Civil), e possua infraestrutura física conforme a Resolução de Diretoria Colegiada Anvisa nº 50/2002, cuja comprovação deve ser feita mediante alvará expedido pelo órgão de vigilância sanitária competente.

Contudo, se tais serviços forem executados por meio de assistência e internação domiciliar ou por meio de assistência ou internação domiciliar (home care), esse percentual será de 32%.

Fonte: ICMS- LegisWeb

Instituições Imunes e Isentas do IRPJ no SPED Postado por José Adriano em 13 junho 2014 às 9:00 Exibir blog

As empresas Imunes e Isentas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica sempre tiveram um tratamento diferenciado quanto às obrigações acessórias da administração tributária. Isso mudou com o Decreto nº 7.979/2013, que incluiu no escopo do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) as instituições Isentas e Imunes. Essa mudança abriu caminho para o ingresso dessas instituições em toda a teia do projeto SPED.

O quadro abaixo contém os tipos de instituições enquadradas nas situações de Imunidade e Isenção:

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 16:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

16

Isso já começou, uma vez que o texto da IN RFB nº 1.252/2012 agora regulamenta a entrega da EFD-Contribuições para as instituições Isentas e Imunes. Vale ressaltar que para essas entidades a obrigação da entrega está associada aos momentos em que o valor da soma das contribuições do mês superar R$ 10.000,00, e se mantem para o restante do ano calendário em que ocorra.

O ano de 2014 também reserva para as empresas Isentas e Imunes o desafio de, juntamente com as empresas de Lucro Real e Presumido, entregar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF), conforme IN RFB 1.422/2013. A ECF contará inclusive com um bloco específico (Bloco U) para receber essas informações.

Dada a missão do SPED de englobar as atividades de todos os agentes do mercado, era natural que houvesse esse passo integrando isentas e imunes ao seu escopo. Se há algo que a iniciativa do SPED provou desde que foi instituído em 2007 é que ele é uma realidade inevitável, o melhor a ser feito é aceita-lo sem resistência, tentando tornar essas obrigações em uma oportunidade para que a instituição atinja as melhores práticas de governança corporativa.

Fonte: Decision IT

Única guia

Veja as diferentes alíquotas a que advogados se enquadram no Supersimples11 de junho de 2014, 18:50h

A mudança que alterou o regime de tributação das micro e pequenas empresas e universalizou o acesso do setor de serviços ao Supersimples incluiu o setor de advocacia. Para a Ordem dos Advogados do Brasil, isso representa uma tributação mais justa para milhares de profissionais, principalmente os advogados em início de carreira.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 17:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

17

Qualquer escritório que fature até R$ 3,6 milhões por ano poderá ingressar no regime especial de tributação após a aprovação do projeto no Senado e a sanção da presidente Dilma Rousseff. As empresas que não se enquadrarem no novo sistema serão tributadas de acordo com uma tabela que vai de 16,93% a 22,45% do faturamento mensal.

Os serviços advocatícios estão incluídos na tabela IV da Lei Complementar 123. O Supersimples será mais benéfico aos que faturam menos de R$ 180 mil por ano, sendo estes beneficiários de alíquota inferior a 5%. Os escritórios que faturam cerca de R$ 1 milhão por ano pagarão menos de 10% de tributos. Com o escalonamento, os escritórios menores serão mais favorecidos, mas há ganhos para faturamentos mais altos também. A alíquota máxima é de 16,85%, para escritórios com faturamento bruto entre R$ 3,42 milhões e R$ 3,6 milhões.

“O Supersimples beneficia a todos, valoriza a profissão e é uma causa que possui apoio de todos os setores da advocacia”, afirma o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.

Criado em 2007, o Simples Nacional (ou Supersimples), é um regime tributário especial que reúne o pagamento de seis tributos federais, o Imposto sobre Ciurculação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado por estados e pelo Distrito Federal, e o Imposto Sobre Serviços (ISS), cobrado pelos municípios.

Em vez de pagar uma alíquota para cada tributo, o micro e pequeno empresário recolhe, numa única guia, um percentual sobre o faturamento que é repassado para a União, os governos estaduais e as prefeituras. Atualmente, somente as empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano podem optar pelo Simples Nacional. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB e da Agência Brasil.

Veja abaixo a tabela IV da Lei Complementar 123 

Receita Bruta em 12 meses (em R$)

 Alíquota  IRPJ  CSLL  Cofins  PIS/Pasep  ISS

Até 180.000,00  4,50%  0,00%

 1,22%  1,28%  0,00%  2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00  6,54%  0,00%

 1,84%  1,91%  0,00%  2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00  7,70%  0,16%

 1,85%  1,95%  0,24%  3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00  8,49%  0,52%

 1,87%  1,99%  0,27%  3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00  8,97%  0,89%

 1,89%  2,03%  0,29%  3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00  9,78%  1,25%

 1,91%  2,07%  0,32%  4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00  10,26%  1,62%

  1,93%  2,11%  0,34%  4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00  10,76%  2,00%

 1,95%  2,15%  0,35%  4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00  11,51%  2,37%

 1,97%  2,19%  0,37%  4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00  12,00%  2,74%

 2,00%  2,23%  0,38%  4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00  12,80%  3,12%

 2,01%  2,27%  0,40%  5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00  13,25%  3,49  2,03%  2,31%  0,42%  5,00%

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 18:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

18

%De 2.160.000,01 a 2.340.000,00  13,70%  3,86

% 2,05%  2,35%  0,44%  5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00  14,15%  4,23%

 2,07%  2,39%  0,46%  5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00  14,60%  4,60%

 2,10%  2,43%  0,47%  5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00  15,05%  4,90%

 2,19%  2,47%  0,49%  5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00  15,50%  5,21%

 2,27%  2,51%  0,51%  5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00  15,95%  5,51%

 2,36%  2,55%  0,53%  5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00  16,40%  5,81%

 2,45%  2,59%  0,55%  5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00  16,85%  6,12%

 2,53%  2,63%  0,57%  5,00%

*Texto alterado às 13h08 do dia 13 de junho de 2014 para correção.

Revista Consultor Jurídico, 11 de junho de 2014, 18:50h

Adesão ao Refis dará direito a benefício extraPublicado em 11 de junho de 2014 por Júlia Pereira

As empresas que aderirem ao Refis terão direito a um desconto adicional em suas dívidas, medida que deve beneficiar principalmente as grandes multinacionais e bancos. O benefício extra vai dispensar as companhias do pagamento de qualquer tipo de encargo legal quando desistirem de ações judiciais contra a União e parcelarem suas dívidas.

Pelas regras atuais, os contribuintes que aderem ao Refis têm direito a isenção sobre os encargos judiciais – leia-se honorários advocatícios e sucumbência – apenas das dívidas em execução fiscal, ou seja, as disputas que já estejam inscritas em dívida ativa e onde há cobrança na Justiça.

O Congresso, no entanto, ampliou esse benefício e o desconto de até 100% nos encargos legais poderá ser estendido para todo tipo de ação, inclusive aquelas iniciadas pelos próprios contribuintes e que não chegaram ao estágio em que a União faz cobrança por meio judicial, a chamada execução fiscal.

O Valor PRO, serviço informação em tempo real do Valor, apurou que o governo não deve vetar a medida. A avaliação feita na área econômica e jurídica é que o impacto fiscal é desprezível. No ano passado, por exemplo, o pagamento de sucumbência em ações que não envolvem execuções fiscais foi de apenas R$ 50 milhões. Por outro lado, o incentivo que esse desconto adicional traz para a adesão das empresas ao programa e, portanto, para o aumento da arrecadação do governo, não é desprezível. A presidente Dilma Rousseff tem até o dia 18 para definir os vetos à MP 634.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 19:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

19

Segundo fontes que participam das conversas, a ampliação da isenção do pagamento de honorários é essencial para a adesão de bancos e grandes empresas. Boa parte das ações que envolvem a discussão da tributação de coligadas e controladas no exterior, assim como as disputas com o setor financeiro sobre a tributação do PIS e da Cofins não está em fase de execução fiscal.

“Esse benefício extra pode ser decisivo para a adesão ao programa em muitos casos. Na hora de fazer as contas, muitas empresas estavam concluindo que não valia a pena aderir”, explicou esse interlocutor.

A ampliação do benefício tributário do Refis já havia sido aprovada pelo Congresso na MP 627, mas o artigo foi vetado por recomendação do Ministério da Justiça. Na justificativa ao veto, o ministério afirmou que a medida poderia incentivar os contribuintes a “ingressar em juízo mesmo quando não lhe couber razão”. Segundo fontes ouvidas pelo Valor, a recomendação da Justiça não foi bem recebida pelos demais ministérios envolvidos na negociação. Procurado ontem, o ministério disse que o texto da MP ainda está sendo analisado e não há uma decisão sobre o assunto.

A mais recente edição do Refis concede descontos de 80% das multas, 50% dos juros e 100% dos encargos legais. Esses percentuais variam um pouco quando a dívida envolve a tributação de empresas no exterior ou as receitas de instituições financeiras.

O governo também exigiu que as empresas que quiserem aderir ao parcelamento das dívidas vencidas até 2013 terão que pagar 10% dos débitos à vista, se o valor do débito for de até R$ 1 milhão e 20% para aqueles superiores a esse valor. O prazo para adesão é 31 de agosto. A expectativa do governo é arrecadar R$ 12,5 bilhões com o Refis até o fim do ano. Essa receita será essencial para que o Tesouro consiga garantir o cumprimento da meta de superávit primário de 1,9% do PIB estabelecida para esse ano.

O Refis foi a saída encontrada pelo governo para compensar aumentos de despesas sem a elevação de impostos em pleno ano eleitoral. A proposta inicial era que apenas as dívidas de multinacionais e bancos vencidas até 2012 pudessem ser renegociadas. No caso dos demais contribuintes, foi reaberto o prazo original do Refis anterior, que incluía dívidas vencidas até o fim de 2008.

Com a pressão fiscal e a queda na arrecadação, a equipe econômica decidiu que aceitaria a renegociação de débitos vencidos até dezembro de 2013, para aumentar o volume de recursos arrecadados com o programa.

Fonte: Valor Econômico

SPED Contábil - ECD - PVA - Disponibilizada versão 3.1.4 corrigida

Postado por José Adriano em 13 junho 2014 às 9:59 Exibir blog

Esta semana foi publicado o novo pva da ECD 3.1.4, mas, o mesmo apresentou problemas na instalação ou na validação, e após diversas reclamações o Serpro informa que já foram corrigidos todos problemas.

Lembrando que o procedimento deve passar pelas seguintes etapas:IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 20:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

20

a) Desinstalação de todas as versões da ECD.

b) Instalação da nova versão. 

http://www.spedbrasil.net/forum/topics/ecd-nova-versao-3-1-4-correc...

Foi publicada a versão 3.1.4 do PVA do Sped Contábil (ECD) com as seguintes alterações:

1) (CORRIGIDO)Incluir validação do hashcode da substituída informado no requerimento de substituição para evitar dígitos que não atendam a regra de composição do hash: letras de A até F e números de 0 a 9. Transformar caracteres minúsculos em maísculos. (implementação da regra VALIDA-HEXADECIMAL).

2) (CORRIGIDO) Guardar informações das assinaturas na geração e restauração da cópia de segurança.

3) (CORRIGIDO) Corrigir exceção de sistema ao tentar recarregar o relatório de assinaturas da escrituração.

4) (CORRIGIDO) Corrigir exceção que ocorre quando é excluída a única escrituração existente nas bases de dados, aberta.

5) (CORRIGIDO) Não permitir a instalação de nova versão quando existe uma instância do PVA aberta.

6) (CORRIGIDO) Verificar exceção na aplicação da RNG REGRA_IGUAL_NUM_ORD_REGI030, visto que o campo NUM_ORD é numérico sem limite estabelecido - estabelecido limite de 18 bytes

7) (CORRIGIDO) Valor negativo DRE - implementar conforme definido nos requisitos:Incluir (-) antes da descrição da conta e informar o valor do campo VL_CTA do Registro J150 entre parênteses quando o campo IND_VL do Registro J150 for igual a "N" ou "D"."RNG Interface de visualização da Demonstração do Resultado do Exercício DRE

8) (CORRIGIDO) Retornar com as regras REGRA_ OBRIGATORIO_AUDITOR dos campos I030.NOME_AUDITOR e I030.COD_CVM_AUDITOR nos mesmos moldes anteriores.

9) (CORRIGIDO) Criar mensagem específica quando ocorrer problema de permissão de acesso na gravação do requerimento (ao invés de aparecer a mensagem"Problema na geração do requerimento, aparecer a mensagem "Problema na geração do requerimento. Usuário não tem permissão para gravação na pasta <nome da pasta>".Evolutiva OK (alterar artefato de mensagem antes de migrar para ALM).

10)(CORRIGIDO) Aplicar regra de erro de estrutura na ocorrência de campo numérico preenchido com branco, evitando exceção.

11) (CORRIGIDO) Correção da mensagem MSG_VALIDA_TOTAL_COD_AGLUTINACAO_J215, que está fazendo referência aos campos 04 e 06 do registro J210, quando deveria estar mencionandoos campos 05 e 07.

12) (CORRIGIDO) Exibição do histórico padrão no relatório razão.

13) Correção da implementação da regra de batimento entre razão e auxiliar, REGRA_CAMPO_ COD_HASH_AUX _OBRIGATORIO, REGRA_VALIDA_TIPO_LIVRO_AUXILIAR - Existeoutra regra que se sobrepões a esta, obrigando a informação dos auxiliares. Portanto, quando um livro R é

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 21:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

21

colocado sob exigência, é necessário que todos os auxiliares informados no mesmo estejam na base de dados, na situação de transmitido.

14) (CORRIGIDO)Exibir o nome da conta na visualização do Diário Auxiliar independente de exibir Plano de contas referencial.

16) (CORRIGIDO) Corrigir o termo CNPJ no cabeçalho da visualização do termo de abertura/encerramento.

17) (CORRIGIDO) Corrigir problema na visualização do DMPL (saldo inicial e final com erro na apuração trimestral).

18) (CORRIGIDO) Tratar a exceção na consulta da situação da escrituração quando o arquivo txt está corrompido - exibir mensagem de erro apropriada RNG - arquivo para visualização

19) (CORRIGIDO) Erro ao tentar visualizar o requerimento de escrituração importada como "somente visualização". Esta funcionalidade não deveria ser habilitada para escrituraçãona situação "somente visualização".

20) (CORRIGIDO) PVA está mantendo signatário excluído ou alterado na base de dados.

21) (CORRIGIDO) Erro ocorrido após alterar qualificação do assinante no registro J930

22) (CORRIGIDO) Erro quando altera a qualificação contador para outra e depois retorna novamente para contador. O Sistema não preenche a qualificação automaticamente e ao fazê-lo manualmente,ocorre o erro.

23) (CORRIGIDO) Importar arquivo com qualificação do signatário contador em branco. O sistema aponta o erro, que é corrigido dentro do PVA. O passo de validação é executado novamente,porém, o PVA considera que o arquivo importado não continha erros e salta para o passo de assinatura. Ao agir desta forma, o sistema está permitindo a transmissão de arquivo com erro, visto que a correção fica registrada na base de dados do sistema, mas como o passo de gerar o aqruivo txt não é executado, o arquivo txt original, com erro, é assinado e transmitido.

24) (CORRIGIDO) Corrigir o relatório Razão auxiliar, respeitando o tamanho informado na coluna COL_CAMPO do registro I510 na impressão do conteúdo do registro I550

25) (CORRIGIDO) Corrigir exceção na geração da DMPL.

26) (CORRIGIDO) Corrigir exceção na validação arquivo quando falta registro obrigatório 0007.

27) (CORRIGIDO) Divergência no saldo Final do Balancete Diário, consulta por conta e por data.

28) (CORRIGIDO) Erro na visualização de saldos no Razão.

29) (CORRIGIDO) Corrigir oroblema na ficha Criar Escrituração.

30) (CORRIGIDO) Corrigir regras de obrigatoriedade do registro J100.Ressaltamos que não será mais possível a transmissão da escrituração pela versão 3.1.3.

http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/noticias/2014/junho/noticia...

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 22:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

22

Decisão do STF sobre ISS x ICMS ainda está longe do fimPublicado em 13 de junho de 2014 por Júlia Pereira

Conforme nos aproximamos do aniversário de três anos da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 4.389, que determinou a incidência do ICMS na atividade industrialização de embalagens, vale lembrar um importante aspecto processual: essa decisão não é definitiva e, pelo que nos parece, a questão ainda está longe de ser resolvida.

Isso porque o posicionamento do STF em abril de 2011, sobre a polêmica da incidência do ISS ou do ICMS no setor de embalagens, possui natureza cautelar, ou seja, trata-se de uma decisão provisória, proferida mediante uma análise preliminar dos ministros quanto à matéria. Maior certeza jurídica dar-se-á somente quando da análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade pelos ministros.

Portanto, a questão do “ISS x ICMS” na operação das embalagens ainda deve ter alguns desdobramentos. É fato que o deferimento da medida cautelar na ADI 4.389 conferiu um importante direcionamento para a questão. Entretanto, o cenário pode mudar assim que o processo retornar à pauta do STF, e, dada a mudança normal no quadro dos ministros do STF, não é de se surpreender caso haja uma alteração no entendimento proferido naquela oportunidade e que ainda encontra-se vigente.

Assim, a definição que hoje é pela incidência do ICMS, pode ser reformada de forma que volte a incidir o ISS sobre as operações de industrialização de embalagem e, como se observa, o contribuinte permanece na pior situação possível, a da insegurança jurídica.

Nesse ponto, vale lembrar que a análise dessa matéria e de seu reflexo na carga tributária não é simples e direta, haja vista que vai muito além de comparar a alíquota do ISS (2% a 5%), com a alíquota do ICMS (18%).

Se o cerne da questão fosse simplesmente essa comparação das alíquotas dos impostos, o ISS seria muito mais vantajoso. Ocorre que, para a maior parte dos contribuintes o ICMS mostra-se mais benéfico por conta do seu regime não-cumulativo, pois são contribuintes do referido imposto e podem descontar créditos relativos às etapas anteriores da cadeia produtiva, o que resulta em uma carga tributária menor do que a aplicação de 18% sobre o faturamento de forma linear.

Naturalmente, não se pode desconsiderar que a quantidade e a qualidade dos créditos de ICMS são particulares de cada cadeia produtiva e que consequentemente cada empresa tem uma situação própria de apuração do ICMS, sendo que mudanças simples em sua sistemática a apuração pode resultar em grandes diferenças na carga tributária, até mesmo a diferença entre um saldo credor ou saldo devedor do ICMS.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 23:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

23

E aqui está o problema. Para que uma empresa possa melhorar sua eficiência tributária muitas vezes é necessário um planejamento de longo prazo, que envolve, por exemplo, mudança de toda a sua estrutura industrial para outro Estado, o que exige muitas vezes um relevante investimento. Isso demanda, por razões óbvias, em um ambiente legal estável. Exatamente o que não se verifica no caso do mercado de embalagens tendo em vista a delonga do STF para confirmar da medida cautelar deferida em 2011.

Dada a complexidade do sistema tributário atualmente em vigor no Brasil, as empresas são obrigadas a suportar custos operacionais que refletem direta ou indiretamente em sua atividade e rentabilidade, pois, necessariamente, precisam investir em consultoria, treinamento e atualização constante das pessoas que serão responsáveis pela definição e implementação de suas estratégias econômicas e tributárias.

Por isso a segurança jurídica é tão importante, e não somente pelo risco de alteração direta da carga tributária, mas igualmente pela necessidade de investimento e planejamento para a eficiência tributária das empresas. E tudo isso contribui para formação do custo Brasil.

Nesse mês de fevereiro, após o período de recesso, retornam as atividades e as sessões oficiais nos principais tribunais do Poder Judiciário brasileiro, dentre eles, o STF, com a promessa de um ano com o julgamento de temas importantes, todos com repercussão geral reconhecida.

Porém, em um ano de copa do mundo e eleições, muitos teriam um ceticismo justificável e bons argumentos para duvidar dessa promessa.

Fonte: Conjur

PIS/COFINS – CRÉDITOS – MUDANÇA DE REGIME DE APURAÇÃO PARA NÃO-CULULATIVO – INSUMOS IMPORTADOS.

1) Pergunta:

A pessoa jurídica que sair do regime cumulativo para o não-cumulativo poderá descontar créditos das contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins correspondentes ao estoque de abertura de bens importados?

2) Resposta:

Não. A importação de bens para revenda ou para utilização como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens destinados à venda não gera direito a crédito de abertura de estoques para ser utilizado na determinação da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, quando da mudança do regime cumulativo para o não-cumulativo, por falta de expressa previsão legal para tanto.

Base Legal: Art. 12, § 5º da Lei nº 10.833/2003 (UC: 11/06/14); Art. 11, § 3º da Lei nº 10.637/2002 (UC: 11/06/14) e; Solução de Consulta RFB nº 81/2009 (UC: 11/06/14).

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 10/06/2014 e atualizado em 11/06/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Prêmios em bens ou serviços distribuídos em concursos e sorteios (Area: Guia

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 24:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

24

de Impostos Retidos). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=182. Acesso em: 14/06/2014.

Tire aqui todas as dúvidas sobre a regulamentação – Imposto na NotaPublicado em 10 de junho de 2014 por Júlia Pereira

Que informação deve constar na nota fiscal?

A nota deve informar em termos percentuais ou valores aproximados os tributos incidentes na formação do preço cobrado do consumidor final de uma mercadoria ou serviço. Se um produto custa R$ 100,00 e aproximadamente R$ 25,00 desse preço se referem a tributos, deve constar na nota fiscal que a carga tributária incidente sobre aquele produto é de R$ 25,00 ou 25%.

Essas informações devem constar em todas as notas fiscais emitidas?

Não. A regra vale apenas para notas fiscais decorrentes da venda de mercadorias e serviços diretamente para o consumidor final – pessoa física ou jurídica que adquira mercadorias ou serviços para consumo próprio ou bens destinados ao seu ativo imobilizado.

Onde essa informação deve ser posicionada?

Em campo próprio ou no campo “informações complementares” do documento fiscal.

Deve ser informada cada mercadoria (ou serviço) comercializada ou o total da nota?

Mesmo considerando que cada uma das mercadorias ou serviços comercializados possuem cargas tributárias distintas, os valores estimados dos tributos incidentes devem ser informados por operação.

Ou seja, num documento fiscal relativo à venda de 4 mercadorias distintas, deve-se informar a carga tributária estimada para o conjunto.

São somados os tributos da União, estados e municípios ou informado apenas valor ou percentual de carga tributária estimada?

Não. Deve ser informado um valor ou percentual de carga tributária estimada para cada ente. Portanto, até três valores devem ser informados: um relativo a tributos federais, um relativo a tributos estaduais e um relativo a tributos municipais.

Quais tributos considerar e em qual campo inserir cada um deles?IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 25:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

25

Para o cálculo dos tributos federais somar os percentuais do:

a. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

b. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF), apenas para os produtos financeiros sobre os quais incide diretamente;

c. Contribuição Social para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) – (PIS/Pasep), apenas a parcela incidente na operação de venda ao consumidor final;

d. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), apenas a parcela incidente na operação de venda ao consumidor final;

e. Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (Cide); e

f. Imposto de importação, PIS/Pasep/importação e Cofins/importação, caso haja insumos oriundos de operações de comércio exterior e que representem mais de 20% do valor do preço de venda da mercadoria

O valor dos tributos estaduais corresponde à alíquota do Imposto sobre Operações relativas a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

O valor dos tributos municipais corresponde à alíquota do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

Nos casos de venda ao consumidor final, são inseridos apenas os tributos pagos na última etapa da cadeia produtiva?

É possível assim proceder desde que, além da carga tributária da etapa final da cadeia produtiva, seja somada eventual incidência tributária anterior (IPI, substituição tributária, por exemplo).

A Lei n° 12.741, de 2012, obriga, inclusive, que todos os fornecedores constantes das diversas cadeias produtivas forneçam aos adquirentes, em meio magnético, os valores do Imposto sobre a Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), individualizados por item comercializado.

Existem hipóteses de outros itens que devem ser divulgados?

Sim. Quando o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto fornecido ao consumidor, deve ser divulgada a contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores incidente, alocada ao serviço ou produto.

É possível aproveitar cálculos já realizados sobre a incidência de tributos sobre as mercadorias e serviços comercializados?

Sim. Caso desejem, as empresas vendedoras podem aproveitar estudos anteriores, desde que realizados por instituição de âmbito nacional reconhecidamente idônea e especializada na apuração e análise de dados econômicos.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 26:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

26

É possível calcular a carga tributária aproximada das mercadorias ou serviços comercializados? Existe alguma tabela de referência?

Sim. Todas as mercadorias ou serviços cujas informações de carga tributária aproximada serão informadas ao consumidor final podem ser classificadas de acordo com o disposto em três relações: a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), os itens de serviço da Lei Complementar 116 e a Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras Operações que produzam variação no patrimônio (NBS).

Após classificar as mercadorias e serviços que comercializa de acordo com alguma das listas citadas acima, basta correlacionar o código identificador com a respectiva carga tributária aproximada.

Caso em alguma mercadoria ou serviço comercializados haja imunidades, isenções, reduções ou não incidências de um ou mais tributos, como proceder?

Esses valores não devem entrar no cálculo do somatório dos tributos, justamente porque foram eximidos.

Prestadores de serviços de natureza financeira (não obrigados a emitir documento fiscal) estão dispensados de informar a incidência tributária sobre serviços?

Não. Essa informação deve ser afixada em tabelas visíveis em seu estabelecimento.

Existem outras maneiras, além do registro no documento fiscal, válidas para divulgar a carga tributária estimada das mercadorias e serviços comercializados?

Sim. É válida a opção por afixar painel, visível aos consumidores do estabelecimento, contendo a carga tributária estimada em termos percentuais sobre o preço a ser pago em cada mercadoria.

Essa informação pode ser útil principalmente para as empresas que não possuem sistema informatizado de emissão de notas fiscais.

O declarante será tributado a partir dos valores informados na nota?

Não. Os valores apresentados nos documentos fiscais (e em tabelas afixadas nos estabelecimentos) têm caráter meramente informativo.

O microempreendedor individual (MEI), optante do Simples Nacional nos termos da Lei Complementar n° 123, está dispensado de informar a carga tributária incidente nas mercadorias que comercializa ou nos serviços que presta?

Sim. Para o caso do MEI, a informação é facultativa.

A mesma dispensa vale para as micro e pequenas empresas?

Não. Porém, aquelas optantes do Simples Nacional podem informar apenas a alíquota a que se encontram sujeitas nos termos do referido regime. Além disso, devem somar eventual incidência tributária anterior (IPI, substituição tributária, por exemplo).

Existem outras previsões de dispensa da obrigatoriedade?

Sim. Como mencionado anteriormente, a obrigação vale apenas para as vendas ao consumidor final. Portanto, empresas terceirizadas contratadas para executar parte de um serviço, estabelecimentos

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 27:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

27

industriais e comerciais que vendem seus produtos para revendedores ou realizam operações de remessas para industrialização, além de brindes e amostras grátis estão dispensadas dessa obrigação.

O que acontece com os estabelecimentos que não cumprirem essa legislação?

As visitas de fiscalização das entidades de defesa do consumidor serão exclusivamente orientadoras até 31 de dezembro de 2014.

Como as empresas poderão resolver outras dúvidas a respeito do assunto?

O Ministério da Fazenda, o Ministério da Justiça e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República editarão normas complementares a respeito do assunto para orientar e normatizar outros aspectos da lei e do seu regulamento.

Fonte: Diário do Comércio

Não incidência de ISS no beneficiamento de produtosJuliano Ryzewski*

Primeiramente, cabe explicar que no processo de industrialização o produto passa pelas etapas de beneficiamento, embalagem e distribuição. O beneficiamento é todo o trabalho de tratamento e preparo da matéria-prima para a produção do produto final. Portanto, esse tipo de serviço visa a transformar e preparar um material para uma etapa seguinte de industrialização, o qual finalizará o produto pronto para ser comercializado.

Pois bem, as empresa que praticam esse tipo de serviço não estão sujeitas a cobrança de Imposto sobre Serviços (ISS), em virtude do princípio constitucional da discriminação de impostos (artigos 153, 155 e 156 da CF) que impede a bitributação jurídica, ou seja, ou as operações se sujeitam ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)/Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ou ao ISS, não podendo haver imposição concomitante do ICMS/IPI e do ISS.

Logo, os serviços tributados pelo ISS previstos na legislação são apenas aqueles prestados diretamente ao usuário final, nunca para compor uma etapa da cadeia de circulação de mercadorias. Assim, os serviços prestados pelas empresas de beneficiamento de matérias/mercadorias enquadram-se no conceito de industrialização previsto no parágrafo único, do artigo 46 do CTN: "Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo".

Deste modo, o que as empresas de beneficiamento fazem nada mais é do que preencher uma etapa no ciclo de comercialização da mercadoria. A transformação que essas empresas promovem no bem fornecido pelo encomendante é para posterior industrialização e comercialização, circunstância que descaracteriza do ponto de vista substancial a prestação de serviços para fins de tributação pelo ISS.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 28:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

28

E nem poderia ser diferente, afinal, o produto industrializado e beneficiado irá compor um produto final, que será objeto de comércio e, portanto, sujeito à incidência do ICMS, em cuja base de cálculo deverá constar o valor do serviço prestado pelas empresas de beneficiamento - por estar contido na cadeia de circulação do produto final.

Desta forma, é ilegal a cobrança de ISS sobre os serviços prestados pelas empresas de beneficiamento de produtos de meio já que, na realidade, o produto final se transforma em mercadoria e é comercializado, devendo incidir sobre esse apenas o imposto de ICMS, pois, caso contrário, haverá a existência de bitributação jurídica (ISS e de ICMS), tendo duas entidades políticas (Estado-membro e município) tributando o mesmo fato gerador, violando o princípio constitucional da discriminação de rendas tributárias.

* Advogado

Prêmios em bens ou serviços distribuídos em concursos e sorteiosResumo:

Analisaremos no presente Roteiro de Procedimentos as regras de tributação do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incidente sobre os prêmios em bens ou serviços distribuídos em competições, concursos e sorteios. Para tanto, utilizaremos como base o artigo 677 do RIR/1999, aprovado pelo Decreto nº 3.000/1999.

1) Introdução:Os prêmios distribuídos sob a forma de bens ou serviços, através de competições, concursos e sorteios de qualquer espécie, estão sujeitos à incidência, exclusivamente na fonte, do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) à alíquota de 20% (vinte por cento), observando-se que:

a. o IRRF incidirá sobre o valor de mercado dos bens ou da realização dos serviços na data da distribuição, sendo irrelevante que o seu recebimento, pelo contemplado, pessoa física ou jurídica, ocorra em outra data; e

b. compete à pessoa jurídica que efetuou à distribuição dos prêmios fazer o recolhimento do IRRF no prazo legalmente estabelecido, sem a necessidade de reajustamento da Base de Cálculo (BC) do imposto.

São exemplos de concursos, os realizados com finalidades artísticos, desportivos, científicos, literários ou outros títulos assemelhados.

Observamos que essa regra não se aplica aos prêmios em dinheiro e à distribuição realizada através de vale-brinde, sendo que este não está sujeito ao IRRF e aquele possui regras próprias de retenção.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 29:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

29

Devido a importância do tema, analisaremos no presente Roteiro de Procedimentos as regras de tributação do IRRF incidente sobre os prêmios em bens ou serviços distribuídos em concursos e sorteios. Para tanto, utilizaremos como base o artigo 677 do RIR/1999, aprovado pelo Decreto nº 3.000/1999.

Nota Tax Contabilidade:

(1) A partir de 01/01/2008, o IRRF sobre prêmios obtidos em loterias incidirá apenas sobre o valor do prêmio em dinheiro que exceder ao valor da 1ª (primeira) faixa da Tabela de incidência mensal do IRPF.

Base Legal: Art. 56 da Lei nº 11.941/2009 (UC: 11/06/14); Arts. 676 e 677 do RIR/1999 (UC: 11/06/14) e; Questão nº 295 do Perguntão IRPF/2014 (UC: 11/06/14).

2) Fato Gerador, Base de Cálculo e Alíquota:2.1) Fato Gerador:Conforme Ato Declaratório Normativo Cosit nº 19/1996 do Coordenador-Geral de Tributação, o fato gerador do IRRF relativamente aos prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços, mediante concursos e sorteios de qualquer espécie, exceto a distribuição realizada por meio de vale-brinde, ocorre na data da distribuição, ou seja, no dia da realização do concurso ou sorteio. Assim, é irrelevante que o efetivo recebimento do prêmio, pelo contemplado (pessoa física ou jurídica), ocorra em outra data.

Para facilitar a vida de nossos leitores, publicamos na íntegra a referida norma:

ADN COSIT 19/1996 - Ato Declaratório Normativo COORDENADOR-GERAL DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO - COSIT nº 19 de 26.07.1996

D.O.U.: 29.07.1996

Concursos e sorteios. Considera-se data de distribuição de prêmios sob a forma de bens ou serviços a data da realização do concurso ou sorteio.

O COORDENADOR-GERAL DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO, no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto no art. 63. da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, declara, em caráter normativo, às Superintendências REGIONAIS DA RECEITA FEDERAL, ÀS DELEGACIAS DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO E AOS DEMAIS interessados que, para os efeitos do art. 63. da Lei nº 8.981/95, considera-se efetuada a distribuição do prêmio na data da realização do concurso ou do sorteio, sendo irrelevante que o seu recebimento, pelo contemplado, ocorra em outra data.

PAULO BALTAZAR CARNEIRO

Base Legal: ADN Cosit nº 19/1996 (UC: 11/06/14); ADN Cosit nº 7/1997 (UC: 11/06/14) e; Art. 677, caput do RIR/1999 (UC: 11/06/14).

2.1.1) Loteria instantânea:

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 30:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

30

Na hipótese de loteria instantânea (ou "raspadinha"), considera-se distribuído o prêmio na data da apresentação dos bilhetes para resgate ou ressarcimento. Neste sentido, se manifestou a Superintendência Regional da Receita Federal (SRRF) da 1ª Região Fiscal:

Decisão nº 22 de 10 de abril 1997

ASSUNTO: Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF

EMENTA: Imposto de renda sobre prêmios distribuídos sob a forma de bens. Nas loterias instantâneas, ou raspadinhas, o imposto de renda na fonte deve ser calculado sobre o valor de mercado do prêmio na data da distribuição, considerando esta efetuada na data em que o beneficiário faz a comunicação à entidade pagadora do fato de que foi contemplado, pois esta é a data mais próxima a que este fez jus ao prêmio.

2.2) Base de Cálculo:O IRRF incidirá sobre o valor de mercado do prêmio (2) ou da realização do serviço na data da distribuição, não se aplicando o reajustamento da Base de Cálculo.

Nota Tax Contabilidade:

(2) Considera-se como custo de aquisição o valor de mercado do bem, acrescido do IRRF.

Base Legal: Art. 63, § 2º da Lei nº 8.981/1995 (UC: 11/06/14); Art. 677, § 1º do RIR/1999 (UC: 11/06/14) e; Questão nº 295 do Perguntão IRPF/2014 (UC: 11/06/14).

2.3) Alíquota:Os prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços, através de concursos e sorteios de qualquer espécie, estão sujeitos à incidência do IRRF à alíquota de 20% (vinte por cento), exclusivamente na fonte.

Base Legal: Art. 63, caput da Lei nº 8.981/1995 (UC: 11/06/14) e; Art. 677, caput do RIR/1999 (UC: 11/06/14).

3) Recolhimento do IRRF:3.1) Responsabilidade:Compete à pessoa jurídica que proceder à distribuição de prêmios, efetuar o recolhimento do IRRF correspondente, lembrando que, não se aplicando o reajustamento da BC.

Base Legal: Art. 63, § 2º do RIR/1999 (UC: 11/06/14).

3.2) Prazo:Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 01/01/2006, o recolhimento do IRRF incidente sobre os prêmios aqui tratados deverá ser efetuado até o 3º (terceiro) dia útil subsequente ao decêndio de

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 31:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

31

ocorrência do respectivo fato gerador (Ver subcapítulo 2.1 acima). Isso significa, por exemplo, que se o prêmio for pago em 09/05/2014, o imposto deverá ser recolhido até o dia 14/05/2014.

Base Legal: Art. 70, I, "b", 2 da nº Lei 11.196/2005 (UC: 11/06/14).

3.3) Código do Darf:No preenchimento do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para o recolhimento do IRRF incidente na distribuição de prêmios, deve ser indicado, no Campo 04, o código de receita número 0916.

Nota Tax Contabilidade:

(3) Na hipótese de distribuição de prêmios sob a forma de bens e serviços mediante sorteio de jogos de "bingo" permanente ou eventual, o IRRF incidente deve ser recolhido com o código de receita número 8673. Todavia, a parcela dos recursos arrecadados em bingo, destinada à União, para fomento do esporte e turismo deve ser recolhido no código de receita número 8699.

Base Legal: AD Cosar nº 20/1995 (UC: 11/06/14).

4) Tratamento fiscal pela fonte pagadora:A dedutibilidade, como custo ou despesa, de rendimentos pagos ou creditados a terceiros abrange o imposto sobre os rendimentos que o contribuinte, como fonte pagadora, tiver o dever legal de reter e recolher, ainda que assuma o ônus do imposto. Essa regra aplica-se, inclusive, ao IRRF incidente sobre o valor do prêmio distribuído mediante concurso ou sorteio, o qual, portanto, é dedutível na apuração do Lucro Real, como complemento da despesa com distribuição do prêmio.

Base Legal: Art. 344, § 3º do RIR/1999 (UC: 11/06/14) e; IN SRF nº 11/1996 (UC: 11/06/14).

5) Tratamento fiscal para o beneficiário:A pessoa física que receber prêmios em bens ou serviços com incidência de IRRF, com tributação exclusiva, deverá adotar os seguintes procedimentos na Declaração de Ajuste Anual (DAA):

a. declarar, como rendimento sujeito à tributação exclusiva, a diferença entre o valor de mercado do prêmio recebido e o IRRF, que deve constar da linha 01 do quadro 05 do Comprovante de Rendimentos Pagos e de Retenção do IRRF fornecido pela pessoa jurídica que distribuiu o prêmio;

b. incluir o bem na "Declaração de Bens" da DAA, pelo valor mencionado na letra "a", quando esse valor for superior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

6) Prêmios distribuídos por entidades imunes ou isentas:Em conformidade com o Ato Declaratório Cosit nº 41/1995. estão sujeitos à incidência do IRRF inclusive os prêmios distribuídos por entidades imunes ou isentas de que tratam o artigo 150, VI, "c", da Constituição Federal/1988:

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 32:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

32

ADN COSIT 41/95 - ADN - Ato Declaratório Normativo COORDENADOR-GERAL DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO - COSIT nº 41 de 30.11.1995

D.O.U.: 04.12.1995

Dispõe sobre a incidência do imposto de renda na fonte sobre a distribuição de prêmios em bens por entidades imunes isentas.

O COORDENADOR-GERAL DO SISTEMA DE TRIBUTAÇÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 63. da Lei nº 8.981 de 20 de janeiro de 1995, alterado pelo art. Da Lei nº 9.065. de 20 de junho de 1995 retificado em 03 de julho de 1995.

Declara, em caráter normativo as Superintendências Regionais da Receita Federal e aos demais interessados que:

I - Estão sujeitos à incidência do Imposto de Renda à alíquota de vinte por cento exclusivamente na fonte os prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços pelas entidades de que tratam o art. 150. , VI, "c", da Constituição Federal e o art. 159. do Regulamento do Imposto de Renda aprovado pelo Decreto nº 1.041 de 11.01.94;

II - O imposto incidirá sobre o valor de mercado do prêmio, na data da distribuição sem reajuste da base de cálculo;

III - Compete à entidade distribuidora dos prêmios efetuar o recolhimento do imposto correspondente até o terceiro dia útil da semana subsequente à da distribuição.

PAULO BALTAZAR CARNEIRO

Base Legal: Art. 150, VI, "c", da CF/1988 (UC: 11/06/14) e; AD Cosit nº 41/1995 (UC: 11/06/14).

7) Distribuição de prêmios em concursos artísticos, desportivos, científicos, literários ou outros títulos assemelhados:Ocorrendo a distribuição de prêmios em concursos artísticos, desportivos, científicos, literários ou outros títulos assemelhados, por pessoa jurídica à pessoa física, deverá ser adotado o procedimento abaixo para a retenção do IRRF incidente na distribuição:

a. quando houver vinculação quanto à avaliação do desempenho dos participantes, hipótese na qual os prêmios assumem o aspecto de remuneração do trabalho, independentemente se distribuídos em dinheiro ou sob a forma de bens e serviços, o IRRF deve ser calculado de acordo com a tabela progressiva mensal, a título de antecipação do devido na DIRPF, ou, se o beneficiário for residente no exterior, incide exclusivamente na fonte à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento);

b. quando não houver vinculação quanto à avaliação do desempenho dos participantes e os prêmios forem:

i. distribuídos sob a forma de bens e serviços, no caso de concursos em geral, o IRRF incide exclusivamente na fonte, à alíquota de 20% (vinte por cento) ou, se o beneficiário for residente no exterior, à alíquota de 15% (quinze por cento). Na hipótese de o beneficiário

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 33:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

33

ser residente em país com tributação favorecida, assim considerada pela legislação do imposto, este incide exclusivamente na fonte, à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento);

ii. distribuídos em dinheiro:o tratando-se de concursos de prognósticos desportivos e concursos desportivos em

geral, compreendidos os de turfe, o IRRF incide exclusivamente na fonte, à alíquota de 30% (trinta por cento) ou, se o beneficiário for residente no exterior, à alíquota de 15% (quinze por cento). Na hipótese de o beneficiário ser residente em país com tributação favorecido, assim considerado pela legislação do imposto, este incide exclusivamente na fonte, à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento);

o não se tratando de concursos de prognósticos desportivos e concursos desportivos em geral, o IRRF deve ser calculado de acordo com a tabela progressiva mensal, a título de antecipação do devido na DIRPF, ou, se o beneficiário for residente no exterior, incide exclusivamente na fonte à alíquota de 15% (quinze por cento). Na hipótese de o beneficiário ser residente em país com tributação favorecida, assim considerada pela legislação do imposto, este incide exclusivamente na fonte, à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento).

Já a distribuição de prêmios em concursos artísticos, desportivos, científicos, literários ou outros títulos assemelhados, por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica, deverá ser observado o seguinte:

a. os prêmios recebidos sob a forma de bens e serviços, através de concursos e sorteios de qualquer espécie, são tributados exclusivamente na fonte à alíquota de 20% (vinte por cento);

b. em se tratando de prêmios em dinheiro, obtidos em loterias, inclusive as instantâneas, mesmo as de finalidade assistencial, inclusive as exploradas diretamente pelo Estado, concursos desportivos em geral, compreendidos os de turfe e sorteios de qualquer espécie, e também os obtidos em concursos de prognósticos desportivos, todos estes tipos de prêmios tributam-se exclusivamente na fonte à alíquota de 30% (trinta por cento);

c. os prêmios em dinheiro recebidos em concursos que não sejam aqueles previstos no artigo 14 da Lei nº 4.506/1964, e nem os previstos no artigo 10 do Decreto-Lei 1.493/1976, devem ser contabilizados na escrituração da pessoa jurídica recebedora, de forma a compor a receita por ela auferida;

d. caso o beneficiário ser pessoa jurídica domiciliada no exterior, o IRRF incide exclusivamente na fonte, à alíquota de 15% (quinze por cento);

e. caso de beneficiário domiciliado em país com tributação favorecida, assim considerada pela legislação do imposto, este incide exclusivamente na fonte, à alíquota de 25% (vinte e cinco por cento)

Base Legal: Solução de Divergência Cosit nº 9/2012 (UC: 11/06/14).

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 10/06/2014 e atualizado em 11/06/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Prêmios em bens ou serviços distribuídos em concursos e sorteios (Area: Guia de Impostos Retidos). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=182. Acesso em: 14/06/2014.

PIS/COFINS – crédito sobre o ICMSIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 34:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

34

Publicado em 10 de junho de 2014 por Marina Freitas

A Solução de Consulta nº 106 emitida pela Secretaria da Receita Federal (DOU de 10-06), esclarece que no regime de apuração não cumulativa, o valor do ICMS incidente sobre a aquisição, integra a base de cálculo da COFINS e do PIS para fins crédito. O valor do ICMS (operação própria) faz parte do custo de aquisição do bem ou serviço, nos termos do inciso II do § 3o do artigo 3º da Lei nº 10.833/2003 e nos termos do I do artigo 3º da Lei nº 10.637/2002.

Já o ICMS substituição tributária – ICMS-ST, pago pelo adquirente, não integra o valor das aquisições de mercadoria para revenda, isto porque não constitui custo de aquisição, mas uma antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído na operação de saída da mercadoria. Portanto, sobre a parcela do ICMS-ST não poderá a pessoa jurídica, adquirente da mercadoria, descontar créditos de COFINS e PIS.

Confira integra da Solução de Consulta.

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL SUBSECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO E CONTENCIOSO

COORDENAÇÃO-GERAL DE TRIBUTAÇÃO

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 106, DE 11 DE ABRIL DE 2014

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins

EMENTA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CRÉDITOS. NÃO CUMULATIVIDADE.

No regime de apuração não cumulativa, o valor do ICMS, incidente na aquisição, integra a base de cálculo da Cofins para fins de crédito, faz parte do custo de aquisição do bem ou serviço, nos termos do inciso IIdo § 3º do art. 8º da Instrução Normativa SRF nº 404, de 2004. A pessoa jurídica poderá descontar créditos, inclusive de ICMS, calculados com base no custo de aquisição de mercadoria adquirida para revenda, inciso I do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003.

O ICMS substituição tributária (ICMS-ST), pago pelo adquirente na condição de substituto, não integra o valor das aquisições de mercadorias para revenda, por não constituir custo de aquisição, mas uma antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído na operação de saída da mercadoria. Sobre a parcela do ICMS-ST, não poderá a pessoa jurídica descontar créditos de Cofins.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 150 da CF/88; arts. 9º, 10 e 13 da Lei Complementar nº 87, de 1996; arts. 3º e 66 da Lei nº 10.637, de 2002; art. 8º da Instrução Normativa SRF nº 404, de 2004; Instrução Normativa SRF nº 594, de 2005; Parecer Normativo CST nº 70, de 1972 (Publicado no DOU 22.03.1972); Parecer Normativo CST nº 77, de 1986 (DOU 28/10/86).

ASSUNTO: Contribuição para o PIS/Pasep

EMENTA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CRÉDITOS. NÃO CUMULATIVIDADE.

No regime de apuração não cumulativa, o valor do ICMS, incidente na aquisição, integra a base de cálculo da PIS/Pasep para fins de crédito, faz parte do custo de aquisição do bem ou serviço. A pessoa jurídica poderá descontar créditos, inclusive de ICMS, calculados com base no custo de aquisição de mercadoria adquirida para revenda, inciso I do art. 3º da Lei nº 10.637, de 2002.

O ICMS substituição tributária (ICMS-ST), pago pelo adquirente na condição de substituto, não integra o valor das aquisições de mercadorias para revenda, por não constituir custo de aquisição, mas uma

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 35:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

35

antecipação do imposto devido pelo contribuinte substituído na operação de saída da mercadoria. Sobre a parcela do ICMS-ST, não poderá a pessoa jurídica descontar créditos de PIS/Pasep.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Art. 150 da CF/88; arts. 9º, 10 e 13 da Lei Complementar nº 87, de 1996; art. 66 da Instrução Normativa SRF nº 247, de 2002; Instrução Normativa SRF nº 594, de 2005; Parecer Normativo CST nº 70, de 1972 (Publicado no DOU 22.03.1972); Parecer Normativo CST nº 77, de 1986 (DOU 28/10/86)

FERNANDO MOMBELLICoordenador-Geral

Fonte: DOU

Bloco K - Próximos passos do SPED: Livro P3 na EFD-ICMS/IPI

Postado por José Adriano em 11 junho 2014 às 12:30 Exibir blog

Por Agnelo Prux

O ano de 2014 será um importante marco no Projeto SPED, haverá lançamentos de grande porte, como início da eSocial, a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e a Nota Fiscal Eletrônica leiaute 3.10 (NF-e 3.10). Profissionais das áreas de TI, Contábil e Tributária das empresas já têm grandes desafios pela frente ao serem envoltos nesse universo cada vez maior do SPED.

Em meio a tantos grandes lançamentos ainda para o ano de 2014, pode parecer preciosismo alertar para uma obrigação que terá início programado apenas para 2015. E isso talvez fosse verdade, não se tratasse de um ponto tão sensível para as empresas como é o controle de estoques.

Estamos falando do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (LRCPE), que após anos de discussões finalmente começará a ser exigido nos moldes do Projeto SPED a partir de 01/01/2015, conforme determina o  Ajuste SINIEF 18/2013 .

O Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3, instituído pelo Convênio SINIEF S/Nº de 15 de dezembro de 1970, é entregue por parte das indústrias, equiparados e atacadistas. Há a intenção de integrá-lo ao SPED Fiscal faz alguns anos, tal iniciativa teve seu embrião no Livro P3 Digital instituído pela Resolução 3.884/07 da SEFAZ/MG (SPED UAI).

Estrutura de produção, ordens de produção e consumo de materiais, podem ser vistos no Bloco K como uma IN86 de entrega mensal. Como forma de adiantar os próximos passos do fisco, é interessante avaliar sua origem. É crucial notar que, apesar das semelhanças entre o projeto mineiro e o nacional, o bloco K apresenta simplificações importantes: não faz menção sobre controle de rateios de custos industriais.

O Fisco desistirá desse controle ou apenas resolveu implantar a mudança de maneira gradual?

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 36:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

36

Fonte: Decision IT

SPED - EFD ICMS/IPI - Bloco K - Disponibilizado Guia Prático Versão 2.0.14 de 13/03/2014

Postado por José Adriano em 9 junho 2014 às 11:30 Exibir blog

o Guia Prático está disponível para download em http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/sistemas/sped-fiscal/downlo...

Refis da Copa busca recuperar as contas do governo e sanar dívidas empresariaisRoberta Mello

Quem quiser aderir terá de antecipar à União parte do valor devido

Depois das obras do Mundial, dos protestos contra a competição e antes mesmo dos jogos começarem, uma nova discussão se apropria do nome do evento mais discutido nos últimos tempos e começa a ganhar corpo. Trata-se de uma tentativa de parcelamento das dívidas com a União com mais segurança para o Executivo e benefícios aos contribuintes

Aprovada em 28 de maio deste ano, a Medida Provisória (MP) 638 pretende ampliar o Programa de Refinanciamento das Dívidas Tributárias com a União (Refis) para o parcelamento de débitos fiscais com a Receita Federal e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) até dezembro do ano passado – antes era apenas até 2008 – e instituir o pagamento antecipado de uma parte do valor devido. 

Ainda tratado por alguns como uma ampliação do Refis da Crise, de 2009, a verdade é que, independente do nome adotado, a medida traz mudanças relevantes, além do aumento do prazo dos débitos para até o final de 2013. A principal e mais polêmica delas é que, quem quiser aderir, desta vez terá de antecipar ao governo 10% do valor devido quando o montante for de até R$ 1 milhão e 20% quando superar esse patamar.

O prazo para pagamento do Refis da Crise já foi estendido. A Lei nº 12.973, de 13 de maio de 2014, reabriu, até 31 de julho de 2014, o prazo para pagamento à vista e/ou parcelamentos com os benefícios instituídos pela Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. No entanto, esta prorrogação não diz respeito a um novo Refis e não abrange os pontos tratados na MP 638.

Os programas especiais de parcelamento das dívidas não são novidade. Uma das alternativas adotadas pelo governo federal no intuito de aumentar a arrecadação e sanar os déficits orçamentários, o Refis vai além das negociações ordinárias oferecidas pela Receita Federal, com parcelamento em até 60 vezes, e oferece prazos maiores e deduções específicas.

O primeiro Programa de Refinanciamento foi lançado em 2000 e, como todo modelo-piloto, tinha inconsistências. A Lei 9.964 não estabelecia um prazo final para o pagamento, o que faz com que até hoje haja dúvidas no que diz respeito à consolidação dos débitos das empresas. Segundo o advogado e sócio do

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 37:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

37

Escritório Martinelli Advogados, Fabio Lozano Pinheiro, várias empresas que já pagaram a dívida estão tendo alguma dificuldade com a Receita Federal para obter a consolidação e certificação de que foi efetivamente pago. 

Após, foi criado o chamado parcelamento especial (Paes), um programa que trazia restrições e parcelamento da dívida em até 180 vezes. Depois, em 2006, veio o Parcelamento Excepcional (Paex), no mesmo formato do anterior e instituído pela Medida Provisória 303/2006.

Em todos esses programas, havia a possibilidade de “reparcelar” os débitos anteriores. Assim, se o contribuinte fosse excluído, por exemplo, do primeiro Refis ou do Paes, poderia repassar os débitos ao Paex. Para isso, era preciso reconsolidar a dívida e entrar no novo programa com novos débitos, além, é claro, de ter de obedecer ao período de adesão. 

Mais recente programa de refinanciamento, o Refis da Crise foi instituído pela Lei 11.941/2009. Com débitos a serem parcelados até outubro de 2013, a medida foi prorrogada um ano depois por meio da Lei 12.249, de 11 de junho de 2010, e, mais recentemente, através da Lei nº 12.973. 

A grande discussão em torno da prorrogação do Refis da Crise, que baliza a defesa do Refis da Copa, é o período de abrangência dos débitos. A Medida Provisória 638/2014, que institui o novo programa, prevê a inclusão de dívidas contraídas até dezembro de 2013 e o repasse de todos os saldos remanescentes dos parcelamentos anteriores à legislação recente. Além disso, o Refis da Copa traz maior segurança à União a partir do momento em que prevê o pagamento inicial de 10% ou 20% da dívida em até cinco vezes e ao contribuinte quando estabelece redutores da dívida.

Empresas podem começar a se programar para adesãoO Programa de Refinanciamento das Dívidas Tributárias com a União é interessante principalmente a quem tem algum processo em discussão no âmbito administrativo. O advogado Fábio Pinheiro adverte que, quando se nota que a jurisprudência de um processo em tramitação no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) não está favorável para a discussão, vale a pena desistir e colocar no parcelamento. 

Segundo Pinheiro, os contadores e advogados devem se ater aos vários itens que compõem o processo administrativo e avaliar quando é vantajoso ingressar no Refis. “No julgamento administrativo, é possível fazer uma desistência parcial do processo, enquanto no judicial isso já fica mais difícil de fazer, porque já está em execução e o processo é único”, diz. 

Conforme Pinheiro, clientes do Escritório Martinelli Advogados já estão analisando a adesão ao Refis da Copa e fazendo simulações do valor das parcelas e das deduções possíveis de serem aplicadas. O prazo está mais apertado do que nas edições anteriores. Aqueles que quiserem aderir deverão manifestar interesse, provavelmente através do portal e-CAC da Receita Federal, até 30 de agosto de 2014.

Confiante na sanção da presidente Dilma Rousseff, o advogado afirma que “o governo sempre diz que vai ser o último Refis, mas entra governo, sai governo, e são feitos programas de parcelamento”. A MP 638 já foi encaminhada para sanção da presidente. O prazo para sanção ou veto se esgota em 18 de junho. Se aprovada e convertida em lei, o contribuinte deverá aguardar a regulamentação da RFB e a disponibilização do sistema de adesão.

Alta parcela de entrada representa segurança para a União e entrave para o contribuinte

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 38:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

38

A cobrança de uma entrada com valor considerável é interpretada como uma solução plausível à flagrante inadimplência dos contribuintes logo após a emissão da Certidão Negativa de Débito (CND) – benefício gozado pelas organizações logo após a adesão ao Refis. No entanto, a decisão dificulta que pessoas jurídicas com contas no vermelho honrem totalmente a dívida. 

A última estimativa da Receita Federal (de 17 de dezembro de 2013) apontava que o número de pessoas físicas e jurídicas passíveis de exclusão do Refis em voga – da Crise – chegava a 124 mil parcelamentos, um total de R$ 11,9 bilhões em parcelas atrasadas. 

O governo federal acenou, na semana passada, com a disposição de reduzir pela metade esses percentuais, mas isso não foi incorporado no texto. A pressão de empresários fez com que a presidente Dilma Rousseff pedisse ao Ministério da Fazenda que analisasse a possibilidade.

O contador Mário Berti, presidente da Fenacon, sustenta que as empresas não honram o acordo com a União por causa dos altos valores devidos e não pela conquista da certidão negativa.  “Até porque essa certidão negativa tem prazo de um mês. Qual a vantagem de ter o nome limpo por apenas 30 dias e entrar na lista de devedores de novo depois?”, questiona.

O advogado Fábio Pinheiro completa que, teoricamente, o refinanciamento é uma grande oportunidade para colocar em dia os débitos. Porém, o parcelamento extraordinário é, sim, utilizado por alguns para obter a certidão negativa e solucionar questões bem pontuais, como trâmites de importação, obtenção de financiamento via Bndes ou para resolver uma questão na Junta Comercial. 

Para Berti, a alegação de inadimplência é comodista porque dá trabalho à Receita Federal fazer o Refis. “Mesmo que todas as empresas devedoras não consigam honrar o parcelamento, aquelas que pagam já geram arrecadação de recursos”, defende. “Eu insisto, a pessoa que entra no refis não é um sonegador, porque ele apresentou os documentos e está devendo já que não pode pagar. Se ele não quisesse pagar imposto, sonegava, mas não é o caso”.

CARF isenta empresas de tributação por créditos fiscais de ICMS Conforme decisão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), as empresas não tem obrigação de pagar PIS e Cofins sobre créditos de ICMS provenientes de benefícios fiscais.

Os incentivos concedidos sob a forma de créditos fiscais devem ser levados em conta apenas para a redução do imposto estadual devido, ou seja, tais valores não podem ser considerados como faturamento para efeitos de tributos federais.

Segundo o advogado especialista em Direito Tributário, Marco Aurélio Poffo, do escritório BPHG, de Blumenau (SC), os benefícios fiscais de ICMS concedidos pelos estados visam o crescimento de determinada atividade econômica, evitando que tais empresas procurem um menor custo produtivo ou logístico em outros estados. “É legítimo o direito dos contribuintes, porque estes benefícios fiscais não entram em forma de dinheiro no caixa da empresa. Não representam entrada de moeda, mas sim, de créditos fiscais, que acabam reduzindo o custo de ICMS”, afirma.

No caso de Santa Catarina, os Tratamentos Tributários Diferenciados, chamados TTDs, são concedidos IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 39:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

39

neste sentido, ou seja, para fortalecer o crescimento de algumas empresas ou setores da economia, principalmente as que importam ou exportam produtos, com a diminuição do valor de ICMS pago na importação e na revenda, ocasionando diminuição do custo do produto aqui produzido ou revendido. “A empresa local desembolsa menos ICMS do que se importasse o mesmo produto através de uma filial situada em outro estado, por exemplo,” considera Poffo.

O apetite do governo brasileiro por uma arrecadação maior de tributos impede que as empresas tenham uma segurança jurídica maior na hora de calcular o preço de seus produtos. “Se o Fisco concordasse com a ausência de tributação neste caso, as empresas iriam vender mais produtos, acarretando, por consequência, o aumento indireto na arrecadação”, avalia o advogado.

STJ isenta do IPI revenda de mercadoria por importadorPublicado em 13 de junho de 2014 por Júlia Pereira

Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberou os importadores de pagarem o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na comercialização de mercadorias importadas. Com um placar de cinco votos a três, os ministros consideraram que a cobrança configuraria bitributação.

O tema foi levado na quarta-feira à 1ª Seção do STJ – que tem por objetivo unificar a jurisprudência – por meio de cinco processos. São ações de importadores que foram autuados por não recolhimento de IPI sobre a revenda de mercadoria ou entraram na Justiça preventivamente. Dentre as envolvidas nas ações estão companhias que importam pneus e materiais de construção.

Nos processos, os importadores alegam que simplesmente revendem produtos que trazem do exterior. “Só poderia ter nova incidência de IPI se houvesse industrialização [no Brasil]“, diz o advogado José Antônio Homerich Valduga, do Blasi e Valduga Advogados Associados. O advogado representa algumas das empresas cujos processos foram analisados pela 1ª Seção.

Os casos começaram a ser julgados em fevereiro, mas tiveram a tramitação suspensa por um pedido de vista. O relator, ministro Sérgio Kukina, entendeu que a cobrança de IPI na saída de mercadorias importadas teria previsão legal. O magistrado considerou ainda que a tributação seria necessária para igualar o produto importado ao nacional.

A maioria dos ministros, entretanto, decidiu de forma contrária. O julgamento dos casos foi retomado ontem com o voto-vista do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, para quem, ao cobrar o imposto, a Fazenda Nacional estaria tributando pelo IPI a circulação de mercadorias. “Estaria se criando um ICMS federal”, afirmou durante a sessão.

O resultado, na prática, determina que as importadoras paguem o IPI apenas no desembaraço aduaneiro. As operações subsequentes, caso não haja industrialização, não geram a necessidade do pagamento do imposto novamente.

O anúncio do resultado foi comemorado por advogados que assistiram a sessão. O advogado Nelson Antonio Reis Simas Júnior, do Reis Simas e Heidrich Advogados e Consultores, que também defende companhias nos processos julgados, disse que a jurisprudência majoritária do STJ determinava a não

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 40:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

40

incidência de IPI sobre a revenda. Recentemente, porém, segundo ele, a 2ª Turma do STJ começou confirmar a tributação da operação, o que possibilitou que o assunto fosse levado à 1ª Seção.

O tema afeta diversas empresas. Simas Júnior defende cerca de 20 companhias que discutem o tema judicialmente. O advogado José Antônio Homerich Valduga outras 30.

A tributação atinge todas as grandes redes varejistas, segundo a advogada Maria Helena Tinoco Soares, da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). “As varejistas não são contribuintes do IPI. Essa tributação aumenta os custos”, afirmou. A Abras atuou como interessada no processo.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ainda estuda se vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o coordenador-geral da representação judicial da instituição, João Batista de Figueiredo, a Constituição Federal permite a cobrança do IPI duas vezes.

Ele citou que o artigo 153 da Constituição esclarece que cabe à União instituir impostos sobre produtos industrializados. “Não é o processo de industrialização que sofre a incidência de IPI, mas o produto industrializado”, disse.

Para Figueiredo, a cobrança do IPI apenas no desembaraço aduaneiro deixa os produtos importados em uma posição vantajosa em relação aos produzidos no Brasil. Isso porque as indústrias nacionais devem pagar o tributo ao adquirirem insumos e na saída do estabelecimento industrial. “O importador pode manter o preço no nível do produto nacional, e o lucro vai ser aumentado. Outra opção seria abaixar o preço e concorrer em deslealdade com o produto nacional”, disse.

As alegações são semelhantes às que a ministra Eliana Calmon – atualmente aposentada – utilizou para embasar seu voto anteriormente, quando foi relatora dos casos na 2ª Turma. Em uma das ações, a magistrada afirmou que “a alegação de inexistência de processo de industrialização do produto industrializado importado no mercado nacional é irrelevante para a hipótese de incidência [do IPI]“.

Fonte: Valor Econômico

5 cuidados para evitar autuações e multas na DIPJPrazo para entrega da declaração 2014 está na reta finalRedação, Administradores.com, 11 de junho de 2014, às 11h42

Restando pouco menos de um mês para encerrar o prazo de entrega da DIPJ 2014, muitas empresas ainda têm dúvidas sobre o processo e as informações que devem ser reportadas ao Fisco neste ano em que a declaração passou a ser digital.

"A DIPJ reúne informações sobre diferentes impostos e contribuições da pessoa jurídica - Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - informações que são cruzadas com outras como as reportadas na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) ou mesmo nas Declarações de Imposto de

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 41:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

41

Renda de Pessoa Física do proprietário da empresa, por exemplo. Este é o último ano do programa DIPJ, a partir do ano-calendário de 2014, as informações relacionadas à apuração do IRPJ e da CSLL passam a ser digitais. Com isso, a Receita terá um acesso muito mais assertivo ás informações econômico-fiscais declaradas, o que exige que as empresas, especialmente as de maior porte, redobrem o cuidado com os dados reportados", alerta Vanessa Miranda, especialista em impostos e tributos diretos da Thomson Reuters no Brasil.

Segundo ela, no caso das pequenas empresas, o principal ponto de atenção é atender aos critérios de obrigatoriedade: "Todas as pessoas jurídicas de direito privado, domiciliadas no País, registradas ou não, sejam quais forem seus fins e nacionalidade, incluindo filiais, sucursais ou representações no País das pessoas jurídicas com sede no exterior, estejam ou não sujeitas ao pagamento do imposto de renda devem apresentar a DIPJ 2014. Incluem-se ainda, na obrigação, as sociedades em conta de participação, as administradoras de consórcios para aquisição de bens, as instituições imunes e isentas, as sociedades cooperativas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, ou representante comercial que exerce atividades por conta própria".

Acompanhe abaixo a entrevista feita com Vanessa Miranda, especialista em impostos e tributos diretos da Thomson Reuters no Brasil, em que ela alerta para os 5 pontos de atenção que devem ser considerados pelas empresas para evitarem autuações e multas por erro ou incongruências na declaração.

1 - As pessoas jurídicas têm até as 23h59 do dia 30 de junho de 2014 para apresentarem a DIPJ 2014 à Receita Federal. Quem não cumprir esse prazo, deverá pagar uma multa de 2% ao mês, limitada a 20% sobre o valor do Imposto de Renda Pessoa Jurídica que for declarado.

2 - As DIPJs apresentadas contendo dados incorretos, inexatos, incompletos ou faltantes também serão passíveis de uma multa de R$ 20,00 (vinte reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou omitidas.

3 - Uma boa saída para garantir que os dados apresentados não apresentem inconsistências com as outras declarações é lançar mão de softwares especializados no gerenciamento de informações fiscais e tributárias que permitam o necessário cruzamento de dados e a geração das declarações digitais requeridas pelas três esferas legais que compõem a DIPJ. Os dados fiscais armazenados em uma única base sistêmica é um aliado importante para garantir a conformidade com o que é solicitado pelo Fisco, evitando assim autuações e multas.

4 - Estão desobrigadas de apresentar a DIPJ as pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Um ponto de atenção é o fato de a pessoa jurídica, cuja exclusão do Simples Nacional produziu efeitos dentro do ano calendário, ter que entregar duas declarações: a DASN, referente ao período em que esteve enquadrada no Simples Nacional e a DIPJ, referente ao período restante do ano-calendário. No caso dos profissionais liberais, estes não devem apresentar a DIPJ, ainda que se encontrem inscritos no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas Comerciais, o consórcio constituído na forma da Lei nº 6.404 de 1976, arts. 278 e 279; a pessoa física que, individualmente, exerça profissão ou explore atividade sem vínculo empregatício, prestando serviços profissionais, mesmo quando possua estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxiliares;

5 - As pessoas jurídicas inativas também estão desobrigadas a entregar a DIPJ 2014. Contudo, devem apresentar a Declaração de Inatividade.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 42:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

42

Bahia vai adotar a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e)Publicado em 12 de junho de 2014 por Júlia Pereira

Depois do sucesso da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), voltada para operações entre pessoas jurídicas, a Bahia vai adotar a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e), que substituirá as impressoras fiscais por um documento eletrônico emitido em tempo real. A NFC-e traz mais segurança e comodidade para o consumidor por permitir o recebimento da nota via e-mail e a leitura dos dados via QR-Code.

Para o contribuinte, a vantagem está na significativa redução de custos, já que estará liberado da aquisição de hardwares e de uma série de obrigações acessórias, e economizará ainda no consumo de papel, o que confere à tecnologia apelo ecológico. A NFC-e, além disso, irá aprofundar a inserção da Secretaria da Fazenda (Sefaz-Ba) na nova realidade de escrituração processada eletronicamente, conferindo mais agilidade e eficácia à fiscalização.

A meta, anunciada pelo secretário da Fazenda, Manoel Vitório, é emitir já no próximo semestre a primeira NFC-e em estabelecimento comercial sediado na Bahia. Ele explica que a NFC-e, criada como uma alternativa aos controles fiscais do varejo, é um projeto nacional instituído pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e conduzido por uma das câmaras técnicas do Conselho, o Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat).

Inovações digitais

Afim de preparar a equipe para a execução do projeto, a Sefaz-Ba organizou na tarde de segunda-feira (9) encontro entre os líderes nacionais do projeto, Almerindo Rehen e Newton Oller, e os servidores fazendários que ficarão responsáveis pela operacionalização do sistema na Bahia. O encontro aconteceu na Universidade Corporativa do Serviço Público (UCS – Unidade Fazenda).

O superintendente de Administração Tributária da Sefaz-Ba, José Luiz Santos Souza, ressaltou que o modelo está sendo testado em sete estados e constitui mais uma ferramenta do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que já reúne uma série de inovações na Bahia, como a Escrituração Fiscal Digital (EFD), a Escrituração Contábil Digital (ECD), o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e a própria Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

A nova nota será muito importante não só para o Fisco estadual, mas também para o próprio contribuinte, ressalta o superintendente. Hoje, o Estado, que reúne cerca de 50 mil contribuintes de ICMS, já emite diariamente 350 mil notas fiscais eletrônicas entre pessoas jurídicas. Com a Nota Fiscal do Consumidor

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 43:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

43

Eletrônica, o alcance será muito maior. “Estamos numa fase de implementação da NFC-e no Brasil, e a Bahia se prepara para mais um importante passo na modernização das relações com o contribuinte e o cidadão”.

O auditor fiscal da Sefaz-Ba e coordenador-geral do Encat, Eudaldo Almeida (Sefaz-Ba), por sua vez, ressalta que o diferencial da NFC-e em relação aos outros documentos fiscais eletrônicos é que permite o controle das operações de venda das empresas para o consumidor final. “Isso possibilita maior redução da sonegação e também maior transparência. Com a NFC-e, o contribuinte e o cidadão poderão verificar a qualidade do documento no banco de dados”. Com a leitura do QR-Code (código de barras bidimensional), que pode ser feita via smartphone, explica, o cidadão pode verificar a validade do documento e garantir que a sua compra foi realizada dentro das normas legais.

Confira as vantagens

Para o consumidor: a leitura do QR-Code, ou código de barras bidimensional, feita via smartphone, permite que o cidadão verifique a validade do documento, aferindo se a compra foi realizada dentro das normas legais. A tecnologia da NFC-e permite ainda que o consumidor receba o documento diretamente em seu e-mail ou celular, sem necessidade de impressão.

Para o contribuinte: expressiva redução de custos com dispensa de obrigatoriedade do hardware ECF (Emissor de Cupom Fiscal), uso de impressora não fiscal, simplificação de obrigações acessórias, a exemplo do Mapa de Caixa, transmissão em tempo real ou online da NFC-e, Flexibilidade de Expansão de Ponto de Venda (PDV), integração de plataformas de vendas físicas e virtuais, uso de novas tecnologias de mobilidade e redução significativa dos gastos com papel, o que confere apelo ecológico à NFC-e.

Para o Fisco Estadual: a nova tecnologia, ao aprofundar a inserção da Secretaria da Fazenda (Sefaz-Ba) na nova realidade de escrituração processada eletronicamente, vai conferir mais agilidade e eficácia à fiscalização, ao lado de outras ferramentas do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que já reúne inovações como a Escrituração Fiscal Digital (EFD), a Escrituração Contábil Digital (ECD), o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e a própria Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

Fonte: SEFAZ/BA

Publicada NT 2014.004 da Nota Fiscal EletrônicaPublicado em 12 de junho de 2014 por Gabriel Peixoto

Resumo:

Esta Nota Técnica aborda os seguintes itens:

Obrigatoriedade de informação do NCM em cada item da NF-e; Alteração do Schema da NF-e, permitindo a informação de novos códigos de País, conforme

alteração correspondente na tabela de países do Banco Central; Alteração do Schema de Eventos da NF-e permitindo a informação de Data e Hora de qualquer

região do mundo (faixa de horário UTC de -11:00 a +12:00) e não apenas as faixas de horário do Brasil;

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 44:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

44

Alteração do Schema da NF-e para não acusar falha na consulta situação da NF-e caso seja consultada uma chave de acesso enviada na versão 3.10 da NF-e utilizando a mensagem de consulta na versão 2.01.

A alteração do fuso horário no Schema de eventos gerou a necessidade de republicação dos schemas dos eventos de CC-e, Cancelamento, EPEC e Eventos da Manifestação do Destinatário devidamente publicados na aba de schemas.

Os prazos previstos para entrada em operação destas alterações são os seguintes:

Alteração do Schema da NF-e para códigos de país: já foi implementada em produção pelas SEFAZ Autorizadoras;

Alteração do Schema da NF-e e Schema de Eventos: a utilização dos novos Schemas pelas SEFAZ Autorizadoras deverá ser efetivada o mais cedo possível, já que esta mudança não traz impacto para os serviços de autorização de uso das SEFAZ, nem das empresas;

Mudanças em regras de validação:

Ambiente de Homologação (ambiente de teste das empresas): 15/07/14; Ambiente de Produção: 01/08/14.

Assinado por: Coordenação Técnica do ENCAT

Nota: As regras de validação têm o objetivo de auxiliar o contribuinte a montar corretamente o arquivo XML da NF-e. O fato de as regras de validação serem implementadas nos respectivos sistemas autorizadores em data posterior ao início da vigência da legislação não autoriza o descumprimento desta legislação.

Clique aqui para fazer o download da Nota Técnica 2014.004

Fonte: Portal Nacional da NF-e

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: lacunas e inovações constantes na Lei 12.441/2011 Publicado por Arlito Lucas - 6 dias atrás

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 45:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

45

Sumário: 1. Introdução 2. Lacunas constantes na Lei 12.441/2011 3. Responsabilidade do Sócio Individual 4. A Lei da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: incongruências frente ao Direito Empresarial 5. Regulamentações e Uniformização do registro da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 6. Aplicação Subsidiária Das Normas 7. Conclusão 8. Referências.

Resumo

Aborda a temática das inovações e lacunas constantes na nova lei que instituiu a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, não só apontando a nova modalidade de empresa capaz de se formar a sociedade unipessoal, mas também as suas possibilidades diante do Direito Empresarial e a legitimidade do titular capaz de compor a mencionada sociedade. O assunto será tratado demonstrando a capacidade dessa nova sociedade de regularizar as atividades de determinados indivíduos capaz de destinguir o seu patrimônio pessoal da sociedade formada. Resta, pois, trazer a tona além das inovações constantes na Lei nº 12.441/2011, as lacunas e questionamentos acerca de determinados conceitos constantes nesta. Por fim, busca-se demonstrar as vantagens e preencher as lacunas constantes na lei através, principalmente, da aplicação subsidiária das normas para demonstrar a relevância de ter instituído este novo tipo societário.

Palavras-chave: Direito Empresarial. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. EIRELI. Sociedade unipessoal. Tipos societários.

1.Introdução

O presente artigo visa analisar as inovações e lacunas constantes na lei que instituiu a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), em 11 de Julho de 2011, cuja qual possibilita a criação de empresa com sociedade composta por apenas um sócio, podendo ser responsabilizado até o limite do capital de sua empresa conforme será posteriormente comentado.

Cria-se, portanto, uma nova perspectiva para negócios, independentemente de pluralidade de sócios e que permite a apenas ao titular da EIRELI, único detentor da totalidade de suas quotas, manter a sua responsabilidade atrelada diretamente ao valor do capital social integralizado na sociedade. Isto é, que o titular poderá distinguir, diferentemente do que ocorre com o empresário individual, o seu patrimônio pessoal daquele da sociedade formada.

Vale lembrar que existem no direito brasileiro duas formas excepcionais de sociedades unipessoais. Tratam-se das empresas públicas, comumente constituídas com a integralidade do capital titularizado por um único Ente Público (Art. 5º, II do Decreto Lei nº 200/1967); e ainda a subsidiária integral (Art. 251 da Lei nº 6.404/1976), em crescente utilização, a qual configura em sociedade anônima constituída com por único acionista que seja sociedade brasileira.

A Lei 12.441/2011 modificou os artigos 44 e 980 do Código Civil (Lei 10.406/2002), de forma a permitir a constituição de micro e pequenas empresas sem a formação de sociedade, a chamada Eireli.

O artigo 44 do Código Civil, portanto, passou a ter a seguinte redação:

Art. 44, CC - São pessoas jurídicas de direito privado: I – as associações; II – as sociedades; III – as fundações; IV – as organizações religiosas; V – os partidos políticos; VI – as empresas individuais de responsabilidade limitada.

A sociedade unipessoal é uma sociedade de responsabilidade limitada, portanto, o titular não responde pelas obrigações assumidas pela sociedade. A Lei n. 12.441/2011 esclarece essa situação ao estabelecer que “a empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 46:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

46

totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o salário-mínimo vigente no País” (CC, art. 980-A). Como o capital deve ser totalmente integralizado no ato da constituição, não subsiste para o titular nenhuma responsabilidade pelas obrigações assumidas pela sociedade, exceto aquelas expressamente especificadas em lei: créditos do INSS, créditos tributários, desconsideração da personalidade jurídica.

A EIRELI permite a constituição de micro e pequenas empresas sem a formação de sociedade. Assim, além de ser alternativa para as pessoas físicas visando o exercício de atividades empresariais, também faz incluir aquelas atividades científicas, artísticas ou literárias. Isso significa que a lei cria um novo tipo societário com regime jurídico próprio, cuja finalidade é a de favorecer empresários individuais e profissionais intelectuais.

As pessoas físicas que recebem remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz podem constituir sociedade unipessoal de responsabilidade limitada. Todavia, o dispositivo não é claro em relação às demais atividades de natureza científica, artística ou literária. Por exemplo, o Estatuto da Advocacia impossibilita ao advogado constituir sociedade unipessoal de responsabilidade limitada. A dúvida persiste em relação aos demais profissionais, por exemplo, médicos, dentistas, contabilistas, administradores, economistas, etc., quando o exercício da atividade não constitui elemento de empresa.

Ocorre, porém, que a Lei n. 12.441/2011 estabelece expressamente que “poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional” (CC, art. 980-A, § 5º). Esse dispositivo autoriza, explicitamente, os profissionais intelectuais, que recebem remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais especificados e vinculados à atividade profissional, a constituir sociedade unipessoal de responsabilidade limitada. Além disso, a expressão “empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza” é ambígua, pode ser interpretada de modo amplo, alcançando todos e quaisquer serviços, mas também pode ser interpretada de modo restrito para alcançar apenas as situações especificadas no próprio dispositivo.

Enfim, a interpretação sistemática do conceito “empresa individual de responsabilidade limitada” implica uma concepção restritiva que alcança apenas as atividades expressamente indicadas na Lei n. 12.441/2011 (direitos de autor ou de imagem, nome, marca ou voz), portanto, exclui as atividades científicas, artísticas ou literárias que não constituem elemento de empresa e que não foram expressamente indicadas na Lei. Já a interpretação teleológica ou finalista implica uma concepção ampliativa que abrange todas as atividades científicas, artísticas ou literárias não excluídas por lei especial, independentemente de constituir ou não elemento de empresa.

Alguns doutrinadores denominam o tipo societário mencionado como sociedade unipessoal de responsabilidade limitada, por definir empresa como sendo a atividade empresária organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, e sociedade empresária a pessoa jurídica de direito privado que explora a empresa, a fim de destacar por trata-se de pessoa jurídica embora tenha apenas um titular ou sócio.

Apesar da EIRELI repercutir no Direito Empresarial, Tributário e Previdenciário, resta ainda questionamentos acerca, por exemplo, da possibilidade de uma pessoa jurídica ser titular de uma dessas empresas individuais de responsabilidade limitada, já que o artigo 980-A do Código Civil não faz distinção entre pessoa jurídica ou natural.

A pessoa física atuando como empresário individual por poder tomar as decisões e orientar seus negócios isoladamente, já que não tem necessidade de qualquer deliberação de sócios por inexistirem, acaba

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 47:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

47

acelerando qualquer processo decisório voltado a atividade que exerce. Inclusive, o empresário individual equipara-se à pessoa jurídica empresária para fins de tributação.

No entanto, as pessoas físicas ou jurídicas envolvidas obtêm vantagens sobre o empresário individual, quais sejam, por exemplo, a união de capitais e de conhecimentos compartilhados entre os sócios no desenvolvimento da atividade a que exerce e a separação patrimonial entre os sócios e a sociedade, consequente limitação de responsabilidade, presente na sociedade limitada e sociedade anônima. Nos casos citados, Em ambos os casos, exceto na limitada onde o capital social estar totalmente integralizado, o sócio responde unicamente pela integralização de suas cotas ou ações, sem ser afetado por qualquer fator da sociedade.

Ocorre que, poderá haver a desconsideração da personalidade jurídica, em virtude de causas trabalhistas, tributárias, ambientais ou consumeristas. Nessas esferas, poderá o empresário individual, por sua vez, responder ilimitadamente pelas obrigações assumidas no exercício da atividade empresarial.

Assim, a novidade trazida pela nova lei é justamente a de inserir entre essas duas figuras a possibilidade de uma empresa individual, com autonomia do empresário para suas decisões à frente do negócio, típica do empresário individual, e com limitação de sua responsabilidade, tal como a sociedade limitada.

É notória a possibilidade de aplicação da lei que instituiu a empresa individual de responsabilidade limitada em diversos casos, podendo facilitar e resolver questões de ordem patrimonial, bem como societária, sobretudo naqueles casos de empresas e grupos familiares. Inclusive, na utilização da EIRELI em diversos casos para facilitar e resolver questões de ordem societária, o que em virtude da lei ainda possuir diversas lacunas, traz a tona diversos questionamentos em sua composição, formação e hipóteses que poderá ser aplicada, por exemplo.

2. Lacunas Constantes na Lei 12.441/2011

Após modificar os artigos 44 e 980 do atual Código Civil, possibilitando a constituição de micro e pequenas empresas sem a formação de sociedade, a chamada Eireli, gerou-se controvérsias ao dispositivo que passou a ser o Art. 980-A do Código Civil vigente, cujo qual dispõe que a empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa, sem sequer fazer distinção entre pessoa jurídica ou natural.

Diante de tal lacuna, o Departamento Nacional de Registro do Comércio - DNRC, através de instrução normativa entendeu que somente pessoa física poderia ser titular da EIRELI. Mesmo assim, diversos doutrinadores entendem de maneira diversa, assim como o advogado Dinarte Santos em entrevista à revista Consultor Jurídico de 07 de Janeiro de 2012:

Não concordamos com essa determinação para que as Juntas Comerciais se recusem a registrar atos constitutivos de EIRELI, cujo titular não seja pessoa natural. A lei não traz isso e toda restrição a direitos deve ser expressa e não implícita.

Completa ainda seu entendimento com base em outro dispositivo da nova legislação:

É sabido que a lei restringiu a possibilidade da pessoa natural ser titular de mais de uma EIRELI, todavia, nada dispôs sobre a pessoa jurídica. Dessa forma, a pessoa jurídica não somente pode ser titular de EIRELI, como também poderá ser titular de mais de uma.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 48:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

48

Portanto, a proposta legislativa visa beneficiar apenas as pessoas naturais, aquelas constantes no Art. 980-A, § 2º, do Código Civil diante do veto ao § 4º do mesmo texto legal e a mudança injustificada da redação do caput.

Vale lembrar que a EIRELI não é uma sociedade empresária, mas sim uma forma diferenciada de constituição de empresário individual.

Assim, caso se considere que apenas as pessoas naturais podem constituí-la, no direito brasileiro a única forma de sociedade unipessoal continua sendo a subsidiária integral, de acordo ao Art. 251 da Lei nº 6.404/76 que diz respeito às empresas de sociedade anônima, a menos que se admita que a EIRELI seja formada por uma pessoa jurídica. Nesse caso, a EIRELI pode ser tanto um empresário individual quanto uma sociedade empresária unipessoal.

Por mais que a EIRELI traga facilidades aos empreendedores, algumas exigências representam contradições, como por exemplo, o valor mínimo do capital social que deve ser integralizado pelo empresário, alcançando 100 (cem) vezes o salário mínimo vigente, o que é considerada muito elevada por especialistas.

Verifica-se que a lei ainda é vaga e não esclarece de forma clara e precisa questionamentos principalmente estruturais, no entanto é notória a possibilidade de sua utilização em diversos casos poderá facilitar e resolver questões de organização patrimonial, bem como societária.

3.Responsabilidade do Sócio Individual

No que tange a responsabilidade do sócio individual, o que mais se admira ao se constituir uma empresa individual de responsabilidade limitada é a incomunicabilidade entre o patrimônio social e o pessoal do titular, pelo qual evita as fraudes realizadas na constituição de sociedades.

O titular da EIRELI apenas poderá responsabilizar-se até o limite capital de sua empresa. Consoante Art. 2º, § 4º do Projeto de Lei nº 18/2011 em sua redação original previa que:

Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de responsabilidade limitada, não se confundindo em qualquer situação com o patrimônio da pessoa natural que a constitui, conforme descrito em sua declaração anual de bens entregue ao órgão competente.

Porém, o referido dispositivo foi vetado quando da aprovação do projeto de lei, por considerar que a expressão "em qualquer situação", poderia gerar divergências quanto à aplicação das hipóteses gerais de desconsideração da personalidade jurídica, previstas no Art. 50 do Código Civil.

Desta forma, e com base no Art. 2º, § 6º, da Lei nº 12.441/2011, no qual dispõe que: "aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas", entende-se que poderão recair sobre os bens do sócio eventuais dívidas trabalhistas e débitos previdenciários, ou em casos de violação à lei, como ocorre com as demais sociedades.

Permanece, portanto, para este tipo de empresa a obrigação de honrar suas dívidas no limite de seu capital social, resguardado o patrimônio pessoal do sócio.

Ao contrário, consoante a lição de Rubens Requião, o empresário individual será a própria pessoa física ou natural, cujo patrimônio pessoal responde ilimitadamente pelas obrigações assumidas, não importando a natureza destas. Dessa forma, baseia-se no posicionamento do Egrégio Tribunal de Justiça de Santa Catarina:

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 49:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

49

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina explicou muito bem que o comerciante singular, vale dizer, o empresário individual, é a própria pessoa física ou natural, respondendo os seus bens pelas obrigações que assumiu, quer sejam civis, quer comerciais. A transformação de firma individual em pessoa jurídica é uma ficção do direito tributário, somente para o efeito do imposto de renda. (Ap. Cív. Nº 8.447 – Lajes, in Bol. Jur. ADCOAS, nº 18.878/73).

4.A Lei da “Empresa” Individual de Responsabilidade Limitada: Incongruências Frente ao Direito Empresarial

Segundo Wilges Bruscato (BRUSCATO, 2005, p.121), o empresário pode ser considerado como: “a pessoa capaz que sem impedimentos legais para tanto, exerce de modo profissional, atividade empresarial, sujeitando-se a regime especial de insolvência, na busca do lucro.

Conclui-se, assim, que para ser empresário não basta, tão somente, o exercício de qualquer atividade, mas devem ser observados requisitos estabelecidos no Art. 966 do Código Civil.

Assume o empresário individual por todos os riscos da atividade, sendo que todo seu patrimônio de pessoa física esta vinculada a essa atividade empresária, em virtude do empresário individual exercer a empresa em seu próprio nome.

O empresário individual é a pessoa física que exerce a empresa em seu próprio nome, assumindo todo o risco da atividade. É a própria pessoa física que será o titular da atividade. Ainda que seja atribuído um CNPJ próprio, distinto do se CPF, não há distinção entre a pessoa física em si e o empresário individual. Como no Brasil ainda não temos instrumentos de limitação dos riscos da atividade exercida pelo empresário individual, todo patrimônio deste se vincula pelo exercício da atividade. (TOMAZETTE, 2008, p.46).

Assim, surgiram as críticas ao se instituir a lei que disciplina as sociedades unipessoais, já que não se observa preceitos primários do direito empresarial, apesar de ter trazido solução no que tange ao empresário individual por não poder considerar-se pessoa jurídica, tendo em vista não constar no rol do Art. 44 do Código Civil.

Por fim, ressalta-se que a EIRELI, como uma espécie de empresa empresário individual ou sociedade empresária, também pode se beneficiar do SIMPLES, regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte, desde que se enquadre como uma delas. Não se tratam de modalidades de sociedades empresárias, mas sim de classificação para fins tributários.

Há vedação apenas para o enquadramento na modalidade de microempreendedor individual, que só pode ser empresário individual, conforme Art. 18-A, § 1º da Lei Complementar nº 123/2006.

A Lei Complementar nº 139/2011 modificou o Art. 3º da Lei Complementar nº 123/2006 que disciplina as microempresas e empresas de pequeno porte para possibilitar expressamente esse enquadramento:

“Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que (...)”.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 50:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

50

Além do enquadramento no SIMPLES, a EIRELI pode optar por outros dois regimes tributários: lucro real, previstos no Art. 246 e seguintes do Decreto nº 3.000/99; ou lucro presumido, de acordo aos Art. 516 e seguintes do mesmo regulamento.

5.Regulamentações e Uniformização quanto ao registro da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Instruções Normativas.

Diante das lacunas constantes na Lei nº 12.441/2011 e inovações que esta veio a proporcionar na esfera empresarial, sentiu-se a necessidade de regulamentação quanto ao registro das Empresas Individuais de Responsabilidade Limitada perante as Juntas Comerciais.

Nesse sentido, o Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC instituiu a Instrução Normativa nº 117/2011 a ser observada pelas Juntas Comerciais no ato do registro da mencionada empresa.

Além da mencionada Instrução Normativa, foram instituídas ainda as de nº 116/2011 e 118/2011, esta dispõe, por exemplo, acerca do processo de transformação de registro de empresário individual em sociedade empresária, contratual, ou em empresa individual de responsabilidade limitada, já aquela resta limitada a regulamentar acerca da formação do nome empresarial, incluindo orientações sobre a nova natureza jurídica.

A Instrução Normativa nº 117/2011, estabeleceu que uma Empresa Individual Limitada deverá ser constituída por meio de Ato Constitutivo contendo principalmente: a qualificação completa do titular da empresa e resolução de constituir uma empresa individual de responsabilidade limitada; nome empresarial, que deverá ser seguido da expressão “EIRELI”; capital expresso em moeda corrente nacional e equivalente a, pelo menos, 100 vezes o salário mínimo vigente no país no ato do registro, admitindo a integralização em bens, desde que suscetíveis de avaliação em dinheiro, não havendo necessidade de laudo de avaliação; declaração de integralização de todo o capital; objeto empresaria, podendo sendo explorada qualquer atividade permitida para as demais modalidades de pessoas jurídicas; prazo de duração determinado ou indeterminado; forma de administração da empresa, podendo inclusive por quem não seja titular da EIRELI; declaração de que o titular não participa de nenhuma outra EIRELI.

No entanto, a principal regulamentação do Departamento Nacional de Registro do Comércio através da Instrução Normativa nº 117/2011 dispõe acercada da constituição da EIREI, ficando expressamente vedada a constituição de EIRELI por pessoa jurídica. Assim, somente pessoas naturais poderão constituir EIRELI de cunho empresarial.

Verifica-se, assim, que esta interpretação tomou como base o Art. 980-A, § 3º do Código Civil, que determina que a pessoa natural que constituir Empresa Individual de Responsabilidade Limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade, o que impossibilita a constituição da EIRELI por pessoa jurídica.

Acontece que os Cartórios de Registro de Pessoas Jurídicas estão aceitando a constituição da EIRELI por pessoa jurídica, já que não estão vinculados ao Departamento Nacional de Registro do Comércio, o que não devem observar a Instrução Normativa nº 117/2011.

Ademais, a Lei nº 12.441/2011 não vedou expressamente a constituição por pessoa jurídica. Então, dependendo do objeto, a EIRELI poderá ser registrada nas Juntas Comerciais, cuja esta somente poderá ser constituída por pessoa física; ou nos Registros de Pessoas Jurídicas, possibilitando a constituição também por pessoa jurídica.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 51:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

51

6.Aplicação subsidiária da norma

Ao instituir a Lei nº 12.441/2011, o Código Civil sofreu as correspondentes alterações no Código Civil:

Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.

§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.

§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração.

§ 4º (VETADO).

§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional.

§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.

[...]

Nesse sentido, percebe-se aplicações de diversos outros dispositivos legais face a existência de lacuna ou omissão constante na regulamentação da sociedade unipessoal, já que esta ainda traz regras escassas e genéricas, cujas quais dependem da aplicações de outra legislação.

Logo, as lacunas existentes no Art. 980-A do Código Civil são supridas pelos artigos 1.052 / 1.087 do mesmo dispositivo, haja vista tratar-se de regras que regulamentam as sociedades de responsabilidade limitada.

Diante do entendimento de que a EIRELI não é uma sociedade empresária por entender ser uma forma diferenciada de constituição de empresário individual, o Art. 980-A, § 6º do Código Civil estabelecem quais são as normas aplicáveis subsidiariamente.

Para entender a importância da aplicação do Código Civil diante da Lei nº 12.441/2011, verifica-se que diversas alterações foram necessárias a fim de estabelece-se a EIRELI, assim são: a) Art. 44, VI do CC; b) Art. 980-A do CC; c) Art. 1.033 do CC.

a) Art. 44 do Código Civil.

A partir da Lei 13.441/2011, este dispositivo sofreu alteração na sua redação ao concluir que são pessoas jurídicas de direito privadoas empresas individuais de responsabilidade limitada.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 52:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

52

Resta atentar-se que o legislador geralmente confunde pessoa jurídica e empresa, já que esta deve ser entendida como sociedade e aquela como atividade. Empresa é a atividade empresária organizada para a produção ou circulação de bens e serviços, enquanto que sociedade empresária é a pessoa jurídica de direito privado que explora a empresa.

Nessa linha, diversos doutrinadores entendem que ao invés de utilizar-se da expressão empresa individual de responsabilidade limitada cabe melhor entendimento ao denominar sociedade unipessoal de responsabilidade limitada.

A EIRELI é submetida ao mesmo tratamento jurídico tributário concedido às demais pessoas jurídicas. Assim, pode-se optar pelo regime jurídico tributário simplificado e se enquadrar como microempresa ou empresa de pequeno porte, o que não impede que posteriormente uma lei tributária poderá disciplinar algum tratamento diferenciado, mas, enquanto isso não acontece, a sociedade unipessoal adentra no regime jurídico tributário das sociedades limitadas.

A sociedade unipessoal mesmo na hipótese de exercer atividade intelectual de natureza científica, artística ou literária, é sociedade empresária, já que explora uma empresa. Nesse sentido, a Lei nº 12.441/2011 é esclarecedora ao designar a sociedade unipessoal de empresa individual, conforme Art. 44, VI do Código Civil, submetendo às regras previstas para as sociedades limitadas consoante Art. 980-A § 6º do Código Civil.

Fica evidenciado, portanto, que a sociedade unipessoal submete-se ao regime jurídico da sociedade empresária limitada, devendo comportar-se de igual forma, como por exemplo, o arquivamento de seus atos constitutivos na Junta Comercial, pode ter a falência requerida e decretada, impetrar pedido de recuperação judicial, o estabelecimento empresarial pode ser negociado mediante contrato trespasse.

O titular da EIRELI não responderá pelas obrigações assumidas pela sociedade. Nesse sentido a Lei nº 12.441/2011 esclarece que:

... A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o salário-mínimo vigente no País. (Art. 980-A do Código Civil).

Como o capital deve ser totalmente integralizado no ato da constituição, não subsiste para o seu titular nenhuma responsabilidade pelas obrigações assumidas pela sociedade, exceto aquelas expressamente especificadas em lei.

b) Artigo 980-A do Código Civil.

O mencionado artigo foi acrescentado no Código Civil pela Lei nº 12.441/2011, definindo como empresa individual de responsabilidade limitada constituída por uma única pessoa física, cujo capital social não pode ser inferior a cem vezes o salário mínimo vigente, não podendo constituir mais de uma sociedade desse tipo, o que não impede o titular de ser sócio em outros tipos de sociedades.

Este artigo, também, regulamenta o nome empresarial da sociedade unipessoal, cujo qual deve sempre ser acrescido da expressão “EIRELI” após a denominação da firma, nome do titular ou qualquer expressão fantasia sendo necessário, neste último caso, designar a atividade da sociedade.

O Art. 980-A preceitua, ainda, consoante seu § 3º que a sociedade unipessoal também pode resultar-se da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. Quer dizer, a operação pela qual a sociedade passa de um tipo a outro sem que isso signifique a extinção da sociedade anterior e a criação de uma nova. Assim é que uma

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 53:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

53

sociedade limitada poder ser transformada numa empresa individual de responsabilidade limitada. Resumindo, muda a estrutura jurídica da sociedade sem alterar sua personalidade jurídica, o que na transformação os direitos dos credores não são afetados, já que apenas modifica o tipo de sociedade.

Nessa linha, a pessoa física que pretende explorar atividade empresária pode constituir sociedade unipessoal de responsabilidade limitada, já que a Lei nº 12.441/2011 autoriza a transformação do empresário individual e da sociedade empresária limitada em empresa individual de responsabilidade limitada.

Em contrapartida, aqueles que exercem atividade intelectual de natureza científica, artística ou literária, a atual lei não se expressa claramente por estabelecer que poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional, consoante artigo 980-A, § 5º do Código Civil.

O dispositivo supramencionado apenas deixa evidente que as pessoas físicas que recebem remuneração em virtude da cessão de direitos patrimoniais podem constituir sociedade unipessoal de responsabilidade limitada. O que faz menção de igual sorte no que tange as atividades de natureza científica, artística ou literária.

Quando, portanto, do exercício da profissão intelectual constituir elemento de empresa, o profissional é considerado empresário, Art. 966 parágrafo único do Código Civil, portanto, podendo optar por constituir uma sociedade unipessoal de responsabilidade limitada. Ocorre que, a Lei nº 12.441/2011 não esclarece quando o exercício da profissão não constituir elemento de empresa. Neste caso, o profissional não pode ser considerado empresário e, caso resolva constituir sociedade com outra pessoa, não pode ser sociedade empresária, deve ser, necessariamente, sociedade simples, o que consequentemente não seria possível a constituição de uma sociedade unipessoal de responsabilidade limitada.

Porém, analisando o Art. 980-A, § 5º do Código Civil, o mesmo faz referência a prestação de serviços de qualquer natureza, no que pode ser interpretada alcançando todos e quaisquer serviços, como também de modo restrito alcançando apenas as situações especificadas no próprio dispositivo.

c) Artigo 1.033, parágrafo único do Código Civil.

Esse dispositivo trata da sociedade cujo quadro societário passou a ter apenas um sócio em virtude, por exemplo, de morte ou exclusão do outro sócio. O Código Civil prescreve que a sociedade será dissolvida se a pluralidade de sócios não for reconstituída no prazo de cento e oitenta dias (CC, art. 1.033, IV). Caso a pluralidade de sócios não seja recomposta, o dispositivo autoriza o sócio remanescente requerer, no Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou para sociedade unipessoal de responsabilidade limitada.

Deve-se, assim, estabelecer normas no sentido de regulamentar os procedimentos necessários para constituição de sociedade unipessoal de responsabilidade limitada e para transformação de empresário individual ou sociedade empresária nesse novo tipo societário.

Resta lembrar ainda dos institutos vigentes no Direito Comparado, como por exemplo: em Liechtenstein, do denominado anstalt, de 1926; na Dinamarca, pela Lei nº 371/1973; na Alemanha, da sociedade unipessoal, constante da GmbH-Novelle, de 1980; na França, da enterprise uniperssonelle à responsabilité limitée, da Lei 85-697 de 1985; em Portugal, do estabelecimento individual de responsabilidade limitada, Decreto Lei nº 248/86; nos Países Baixos, pela Lei de 16/03/1986; na Bélgica, pela Lei de 14/07/1987.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 54:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

54

7.Conclusão

O empresário e a sociedade empresária são importantes peças para que a economia se mantenha aquecida, todavia para o primeiro sua responsabilidade se confundia com a responsabilidade da própria empresa, ou seja, uma responsabilidade ilimitada pelos atos praticados no exercício da atividade empresária.

A Lei nº 12.411/2011, portanto, possibilitou ao empresário uma limitação de responsabilidade, cuja qual ainda possui lacunas em virtude de suas inovações na esfera empresarial. Verifica-se que a norma ainda encontra-se com deficiências até mesmo ao denominar a tipo de empresa que ficou instituída por esta lei, uma vez que conforme anteriormente explanado, empresa é atividade.

Evidente ainda a limitação de responsabilidade do empresário, uma vez que se determina a aplicação das normas da sociedade limitada a empresa de responsabilidade limitada.

Enfim, manifesto a finalidade da Lei nº 12.411/2011, a qual se consubstancia na nova criação do empresário individual de responsabilidade limitada, devendo dar uma concepção ampliativa abrangendo todas as atividades científicas, artísticas ou literárias não excluídas por lei especial, independentemente de constituir ou não elemento de empresa.

8.Referências

Doutrinárias

BRUSCATO, Wilges Ariana. Empresário Individual de Responsabilidade Limitada. São Paulo: Quartier Latin, 2005.

REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Empresarial. Vol 1, 25ª Edição, atual. Por Rubens Edmundo Requião. São Paulo: Saraiva, 2003.

TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito Empresarial – Teoria Geral e Direito Societário. Vol 1, São Paulo: Atlas, 2008.

Eletrônicas

ARAÚJO, Marcos Minichillo de. Eireli: uma nova modalidade de pessoa jurídica. Disponível em: http://vendasgoverno.com.br. Acessado em 28/06/2012 às 10hs.

BARBOSA, Rogério. Lei deixa dúvidas sobre quem pode constituir Eireli. Disponível em: http://www.conjur.com.br. Acessado em 05/05/2012 às 18hs.

JÚNIOR, Aluer Baptista Freire; MAGALHÃES, Rodrigo Almeida de. As controvérsias da lei da “empresa” individual de responsabilidade limitada 12.441/11. Disponível em: http://www.ambito-jurídico.com.br. Acessado em 06/05/2012 às 14hs.

LUPI, André Lipp Pinto Basto; SCHLOSSER, Gustavo Miranda. A empresa individual de responsabilidade limitada: aspectos societários, tributários e econômicos. Disponível em: http://jus.com.br. Acessado em 05/05/2012 às 17:30hs.

NETO, Alfredo de Assis Gonçalves. A Empresa de Responsabilidade Limitada e um de seus problemas. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br. Acessado em 05/05/2012 às 16h.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 55:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

55

Incorporadora consegue isenção de ISSAlegação é de que obra ocorreu em terreno próprio, portanto não caberia cobrança do imposto

Anderson [email protected]

As construtoras de Sorocaba tiveram uma primeira vitória na luta contra a cobrança do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) pela Prefeitura de Sorocaba. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) deu ganho de causa à incorporadora pertencente ao grupo J. Cardoso por entender que as empresas que constroem em terreno próprio estão isentas do ISS. Com a decisão, a construtora deixará de repassar aos cofres do município em torno de R$ 250 mil. Para o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), essa isenção é justa e pode ter reflexos nos preços dos imóveis. A Prefeitura recorreu.

 Um dos responsáveis pela ação do impetrada no TJ, o advogado Tiago Rosa afirma que a decisão foi favorável porque a incorporadora fez a construção com recursos e em terreno próprios. "Não há prestação de serviços quando se faz para si mesmo", explica ele, reforçando que isso descaracteriza a cobrança do imposto.

 A ação foi movida por conta de uma cobrança de ISS feita pelo executivo local no valor de R$ 250 mil. O processo começou em 2010 e envolvia uma edificação em Sorocaba, composta por 81 unidades habitacionais que totalizavam 5.340 metros quadrados. "Na ocasião, questionamos a Prefeitura a respeito da não incidência desse imposto em casos de incorporação direta, ou seja, quando o incorporador constrói em terreno próprio, por sua conta e risco, e realiza a venda das unidades por preço global", comenta o advogado Ronaldo Dias Lopes Filho, também responsável pela ação.

 De acordo com Tiago Rosa, o posicionamento do TJ deve dar mais segurança às construtoras locais nas ações contra a cobrança do tributo. "Outras construtoras também terão de entrar na Justiça, mas a tese já está mais segura, pois existe essa decisão em favor das incorporadoras", considera.

 Ainda segundo o advogado, a decisão afasta os efeitos de uma alteração no método de tributação do ISS, feito pela Prefeitura e que está em vigor desde o último ano. A medida adotada exigia que a alíquota incidisse sobre o custo total e atualizado da obra, ou seja, sobre o valor gasto com a mão de obra e com os

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 56:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

56

materiais. No caso da construtora que entrou com ação judicial, o imposto havia sido estimado, inicialmente, em R$ 60 mil, mas passou para cerca de R$ 250 mil, um aumento de mais de 300%.

  Decisão justa

 A decisão pela não obrigatoriedade na cobrança do ISS, na opinião do diretor regional do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Elias Stefan Júnior, é correta e justa. "A base de cálculo que a Prefeitura utiliza não é a correta e, de certa forma, está fora da legislação", avalia. Elias afirma que várias empresas locais têm passado por este problema e também devem entrar na Justiça por um modelo de cobrança correto. "A expectativa é de que todos busquem seus direitos", diz, acrescentando que "o setor quer pagar o que for mais justo".

 

 Reflexo nos preços

 O advogado Tiago Rosa calcula que essa decisão deve beneficiar os consumidores finais, pois a tendência é de que haja uma readequação do valor dos imóveis novos em Sorocaba. "Vai reduzir custos, uma vez que é um valor expressivo e reflete no preço repassado aos consumidores", prevê.

 O presidente do Sinduscon também acredita que seja possível haver reflexo nos preços, embora não seja possível calcular a redução nas unidades a serem vendidas. "Não sei quanto isso vai pesar no valor da unidade, pois é uma conta mais complexa".

 Prefeitura

 A Prefeitura respondeu na semana passada que recorreu da decisão do TJ, que deu ganho para a incorporadora do grupo J. Cardoso. Quanto ao aumento no valor do imposto cobrado, que passou de R$ 60 mil para R$ 250 mil, a Prefeitura informa que o primeiro cálculo ocorreu no começo da construção.

 "O valor de R$ 60 mil corresponde ao valor estimado no início da obra. O valor efetivo a ser recolhido vai sendo apurado ao longo da construção da obra conforme a apresentação das notas fiscais e a pauta fiscal correspondente de acordo com a Lei 4994/95 e alterações", respondeu à Prefeitura em nota enviada por e-mail.

 Notícia publicada na edição de 10/06/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 001 do caderno B - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

Inconstitucionalidade dos 15% do INSS Por Dr. Edu Monteiro

É pacífico que a incidência tributária não pode ser fixada sem a observância de conceitos rígidos de determinância e paralelismo com a capacidade e identidade contributiva do contribuinte.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 57:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

57

O Código Tributário Nacional define como tributo "toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada".

O artigo 5º do CTN menciona como espécies de tributos: impostos taxas e contribuições de melhoria.

No entanto, sob a inteligência dos artigos 148 e 149 da Constituição Federal, evidencia-se que há mais duas espécies tributárias, a saber: o empréstimo compulsório e as contribuições especiais.

O artigo 195 da CF, estabelece, por seu turno, o custeio das atividades previdenciárias através de contribuições ditadas como sociais.

Dizem os artigos:  

Art. 149 da CF. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições que alude o dispositivo.”

 “Art. 195 da CF. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:...”

Portanto, a natureza jurídica das contribuições previdenciárias é de contribuição social, novel hipótese arregimentada ao sistema tributário nacional pela Constituição Federal.

Além das pessoas jurídicas de direito público interno, compete à sociedade o custeio da seguridade social, mediante a participação neste custeio dos intervenientes em relação jurídica que se sujeite à incidência dela enquanto contribuição social.

À vinculação do contribuinte à uma obrigação fiscal denomina-se sujeição passiva da obrigação tributária. No site da receita federal esta esclarece quem são seus sujeitos passivos tributários:

Sujeito passivo da obrigação tributária principal é a pessoa obrigada ao pagamento do imposto ou penalidade pecuniária, na condição de:

a) contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitui o fato gerador;  b) responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de expressa disposição de lei. (disponível em www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/1999/Inf_Gerais/Sujeito_Passivo_da_Obrigacao_Tributaria.htm)

Portanto, somente pode ser sujeito passivo da obrigação tributária previdenciária a pessoa, física ou jurídica, que com esta tenha vinculo tributário.

No que respeita à incidência da contribuição previdenciária às cooperativas de trabalho, a mesma tem origem  no artigo 1º, II, da  Lei Complementar 84, de 18 de janeiro de 1996, que a atribui às mesmas “no percentual de 15% do total das importâncias pagas, distribuídas ou creditadas a seus cooperados a título de remuneração ou retribuição pelos serviços que prestem a pessoas jurídicas por intermédio delas” 

Posteriormente, a Lei nº 9.876/99 alterou o artigo 22 da Lei nº 8.212/91, acrescentando-lhe o inciso V, IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 58:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

58

com a seguinte redação:

“Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: (...)

IV – quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe  são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.”

Da dialética do referido artigo, a Lei nº 9.876/99 desenvolve a criação de contribuição tendo como sujeito passivo a empresa contratante destas cooperativas.

Numa manobra legal digna de demonstrar absoluto dessaber do regramento constitucional, o legislador, em manifesta ignomínia jurídica, confunde o fato gerador –prestação de serviços- com a base de cálculo –nota fiscal de prestação de serviços.

É certo que a nota fiscal de prestação de serviços emitida pelas cooperativas não se destina, tão somente, à retribuição da prestação de serviços cooperados: custeia, também, as despesas internas da cooperativa, não só da gestão dos trabalhos destes cooperados, como também as despesas físicas e operacionais da mesma, como luz, água, telefone, aluguel e etc.

Assim, distanciando-se da previsão contida no artigo 1º, II, da Lei Complementar nº 84/96, a Lei nº 9.876/99 criou outra fonte de custeio, diferenciada daquela nela prevista, para que ela, deixando de ser o valor arrecadado e distribuído aos cooperados, passasse a ser o faturamento bruto da cooperativa.

Não é demais ressaltar que, não fosse somente esta discrepância abusiva, o inciso a do parágrafo único do artigo 11 da própria Lei nº 8.212/91 estabelece ser fonte de custeio da seguridade social as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço. E, o artigo 31 da mesma Lei, quando refere-se à serviços contratados a terceiros, estabelece que a mesma tem o dever de retenção de valores, e não de obrigação direta que lhe possa ser exigível. Citamos:

Artigo 31 - A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura ...

Então, numa situação que representaria à tomadora dos serviços, como contratante, à mera retenção como substituta tributária da cooperativa, estabeleceu-se, pela Lei nº 9.876/99, a condição de obrigação direta de pagamento de tributos. Já às cooperativas, na qualidade de intermediadoras da mão de obra destes cooperados, a Lei nº 9.876/99 estabeleceu tributação que, diferente da fixada em Lei Complementar, incide sobre seu faturamento bruto, e não apenas sobre os repasses recepcionados destes cooperados.

Vale registrar que à Lei Ordinária, caso da Lei nº 9.876/99, não era lícita a criação de nova base de cálculo ou atribuição de imposição tributária, eis que esta é reservada à Lei Complementar, na forma do inciso I do artigo 154 da Constituição Federal, e a Lei Complementar nº 84/96, em momento algum, fixou contribuições sociais à seguridade social com base no faturamento das cooperativas, e sim com base na produção cooperativista existente, não podendo prevalecer critério tributário não designado pela Lei Complementar.

Por estes motivos, inconstitucional o inciso IV da Lei nº 9.876/99, que fixou tributação às cooperativas incidente sobre sua recieta bruta.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 59:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

59

Desoneração da Folha de Pagamento: Base de cálculoPublicado em 11 de junho de 2014 por Caroline Renner

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA Nº 8.029,

DE 8 DE MAIO DE 2014

Assunto: Contribuições Sociais Previdenciárias

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE A RECEITA BRUTA (CPRB). LEI Nº 12.546, DE 2011. BASE DE CÁLCULO.

A receita bruta que constitui a base de cálculo da contribuição previdenciária a que se referem os arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 2011, compreende: a receita decorrente da venda de bens nas operações de conta própria, a receita decorrente da prestação de serviços em geral e o resultado auferido nas operações de conta alheia.

Não se computa nessa base de cálculo o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, e excluem-se os valores correspondentes: a) às vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; b) à receita bruta de exportações; c) à receita bruta decorrente de transporte internacional de carga; d) ao Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, se incluído na receita bruta; e) ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário.

Outras receitas, porventura auferidas pela pessoa jurídica sujeita ao recolhimento da CPRB, tais como receitas financeiras, variação cambial, recuperação de despesas, aluguéis, não compõem a base de cálculo da contribuição.

SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº. 40, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2014.

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

Page 60:  · Web viewNos termos do artigo 2º do Decreto Estadual nº 46.534, de 10/06/2014, a partir de 11/06/2014 aos contribuintes estabelecidos no Estado de Minas Gerais fica vedada a

60

Dispositivos Legais: Constituição Federal de 1988, art. 195; Lei nº 6.404, de 1976, art. 183; Lei nº 8.212, de 1991, art. 22; Lei nº 9.718, de 1998, arts. 2º e 3º; Lei nº 11.774, de 2008, art. 14; Lei nº 12.546, de 2011, arts. 7º, 9º e 52; Lei nº 12.715, de 2012, arts. 55 e 78; Medida Provisória nº 540, de 2011, art. 7º; Medida Provisória nº 563, de 2012; Medida Provisória nº 634, de 2013; Decreto nº 7.828, de 2012, arts. 2º e 5º; IN SRF nº 247, de 2002, art. 14; IN RFB nº 1.436, de 2013, art. 6º; Parecer CST/DLA/SIF nº 580, de 1991; Parecer Normativo nº 3, de 2012; ADE Codac nº 86, de 2011; ADE Codac nº 93, de 2011, e ADE Codac nº 33, de 2013.

EDUARDO NEWMAN DE MATTERA GOMES

Chefe

IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato