REVISIONAL DE HISTÓRIA – 6º Ano

1. Leia o texto sobre Carlos Magno e responda à questão.Ele ampliou tão largamente o reino franco, aliás, já grande e forte quando o recebeu das mãos de seu pai, que adicionou mais que o dobro de seu território anterior. […] Bem, Carlos derrotou e cobrou impostos de todas as tribos selvagens e bárbaras, duelando na Germânia, entre o Reno e o Vístula, o Oceano e o Danúbio, contra todos que falavam bem a mesma língua, mas diferiam largamente em costumes e vestimentas. […] Assim, Carlos defendeu, expandiu e embelezou seu reino, como é sabido; e aqui deixe expressar minha admiração por suas grandes qualidades e sua extraordinária constância, tanto no bom quanto no mau caminho. Einhard (770-840) Trad.: Luciano VIANNA e Cassandra MOUTINHO. Rev. e notas: Ricardo da COSTA Base da tradução: Medieval Sourcebook: Einhard: The Life of Charlemagne (translated by Samuel Epes Turner, New York: Harper & Brothers, 1880) De acordo com o texto, quais foram as principais características do reinado de Carlos Magno?

2. Observe a imagem para responder à questão.

Constantinopla era a capital do Império Bizantino. Descreva duas características dessa cidade. Em seguida, descreva a principal atividade econômica desse império.

Leia o texto para responder às questões 3 e 4.

O livro sagrado do Islamismo é o alcorão (do árabe alqur´rãn, leitura), consiste na coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre os seres humanos. Dentre os vários princípios do Islamismo, cinco são regras fundamentais para os mulçumanos: • Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé, seu profeta; • Realizar cinco orações diárias comunitárias (sãlat); • Ser generoso para com os pobres e dar esmolas; • Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual de jejum); • Ir em peregrinação à Meca pelo menos uma vez durante a vida (hajj). Disponível em: http://www.brasilescola.com/religiao/islamismo.htm (acesso em 14 fev. 2015)

3. Quem foi Maomé e o que é o Alcorão para os seguidores do islamismo? O islamismo é uma religião monoteísta? Justifique sua resposta.

4. De acordo com as informações do texto, a religião islâmica tem alguns princípios. Por que é necessário peregrinar a Meca? O que há de tão especial para os islâmicos nessa cidade?

5. No início da Idade Média, religiões monoteístas foram difundidas e atingiram grandes extensões territoriais que pertenceram ao Império Romano. Assinale a alternativa que apresenta corretamente duas dessas religiões. a) Igreja Católica e Zoroastrismo; b) Igreja Ortodoxa e Islamismo; c) Dualismo e Politeísmo; d) Hinduísmo e Budismo.

6. O Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino, tinha a cidade de Constantinopla como sua capital. Assinale com × as afirmações verdadeiras. ( ) Constantinopla era uma cidade pequena e despovoada, representando o fracasso do comércio praticado na região. ( ) Constantinopla, Alexandria e Antioquia eram cidades com uma vida urbana intensa no Império Bizantino. A principal atividade econômica era o comércio, praticado com produtos de várias partes do império. ( ) No Império Bizantino, o latim foi substituído pelo grego como língua oficial para o governo e a religião. ( ) Assim como no Império Romano do Ocidente, o Império Bizantino desapareceu logo após a morte de Justiniano.

Observe o mapa para responder às questões 7 e 8.

7. De acordo com o mapa, qual foi a principal característica do governo de Justiniano?

8. Podemos afirmar que o governo de Justiniano conquistou o apoio total da população que morava no Império Bizantino? Justifique sua resposta.

9. Maomé é o profeta do islamismo, religião que surgiu na península Arábica por volta do século VII. De acordo com essa crença, existiria apenas um único Deus, chamado Alá; seria necessário orar cinco vezes ao dia voltado para Meca, dar esmolas à comunidade, jejuar no mês de Ramadã e, ao menos uma vez na vida, peregrinar a Meca. Na cidade de Meca, a Caaba é considerada um local sagrado, conservando a pedra negra que, segundo a tradição islâmica, teria sido enviada pelo anjo Gabriel, símbolo da aliança dos homens com Deus. O marco de nascimento do islamismo é a data em que Maomé precisou fugir para Medina, para escapar da fúria dos cidadãos de Meca, contrários às suas ideias. Esse episódio é chamado de hégira (exílio) e representa o ano 1 do calendário muçulmano. Outras religiões monoteístas influenciaram a formação da doutrina islâmica, tais como o cristianismo e o judaísmo.

a) Dentro da religião islâmica, quem foi Maomé?

b) Qual é a importância da hégira para o islamismo?

10. A religião muçulmana, que contribuiu para unificar os povos de origem árabe e lhes forneceu amparo espiritual ao longo de sua expansão,a) Inspirava a forma de governo parlamentar, pois os líderes religiosos reuniam-se em assembléia proporcional.b) Pregava o politeísmo na medida em que reconhecia a adoração de vários deuses.c) Retirava sua orientação dos textos considerados sagrados, contidos no Corão.d) Reconhecia em Maomé o único e verdadeiro Deus a ser adorado pelos islamitas.e) Tinha como seu mais importante centro espiritual a cidade de Bagdá.

REVISIONAL DE HISTÓRIA – 7º Ano

Leia o trecho da Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita em 1500, para responder às questões 1 e 2.

Porém um deles [indígena] pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal como se lá também houvesse prata. […] Viu um deles [indígena] umas contas de rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou- -as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo para as contas e para o colar do Capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo.

1. Baseando-se na leitura do documento, descreva a interpretação dos portugueses sobre as atitudes do indígena.

2. A situação descrita no documento revela algumas diferenças culturais entre os indígenas e os portugueses, no século XVI. Descreva, no mínimo, duas diferenças culturais entre esses grupos.

3. Em 1534, o rei de Portugal decidiu criar as capitanias hereditárias como estratégia de ocupação e colonização do Brasil. Os donatários tinham como direitos e deveres, respectivamente:

a) doar sesmarias e proteger o território; b) vender sesmarias e guerrear com indígenas; c) pagar impostos e destruir vilas e cidades; d) escravizar africanos e catequizar indígenas; e) libertar indígenas escravizados e alimentar o tráfico africano de escravos.

4. Leia o texto.

Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio. VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).

a) Como eram organizados os engenhos coloniais?

b) De que maneira o texto descreve o trabalho dos escravos nos engenhos?

c) Quais são os aspectos da rotina dos escravos nos engenhos que levaram o Padre Antonio Vieira a descrever os trabalhos escravos da forma como o fez no texto?

5. Leia os textos. Texto I - Finalmente, por força de palavras, dinheiro e armas, Felipe II, rei da Espanha e tio de d. Sebastião, acabou por ser aclamado rei de Portugal, tentando realizar seu sonho de “união peninsular”, isto é, a união num só império dos dois países que formavam a península ibérica, Espanha e Portugal, e de todas as suas colônias. Disponível em: http://www.dialetico.com/historia_temas/historia_tema_195.pdf (acesso em 14 fev. 2015)

Texto II - Situada no braço leste da Serra das Bandeiras e a oeste da Serra dos Urupês, a chamada Serra da Lua é uma região a princípio inóspita, de vegetação cerrada e de imensos despenhadeiros e rochedos, que dificultam bastante a movimentação de grandes tropas e caravanas. É também uma autêntica terra de ninguém, fronteira natural entre os territórios dos Urupês e Iaraupês, índios hostis que repelem violentamente qualquer invasão. Além disso, por se localizar próxima à margem norte do Rio

São Caetano do Sul, a Serra da Lua sempre foi uma rota muito atraente para os escravos fugidos das fazendas, engenhos e vilas. FREITAS, L. E. R. O desafio dos bandeirantes. Rio de Janeiro: GSA, 1995.

a) Qual dos textos se relaciona com a invasão holandesa no Brasil, no século XVII? Justifique a sua resposta.

b) Qual dos textos se relaciona com os objetivos do bandeirantismo? Justifique a sua resposta.

6. Observe a imagem.

Gravura do século XIX – escravos africanos procurando ouro de aluvião em um riacho de Minas Gerais.

a) Complete o quadro descrevendo as modificações causadas pela exploração do ouro no Brasil colonial. Situação Modificação EconômicaSocialPolítica

b) Descreva o cotidiano dos escravos na região mineradora e suas formas de resistência à escravidão.

7. Observe o mapa.

Crie uma legenda explicativa para o mapa.

8. Observe a imagem.

Quais são os símbolos que representam o poder absoluto do rei? Descreva, no mínimo, dois símbolos.

9. A dominação inglesa na América deu origem a treze territórios colonizados por companhias de comércio, homens de negócios, grupos religiosos. Entretanto, alguns estudiosos dividem as treze colônias em dois núcleos, de acordo com as características da colonização empreendida em cada um deles. Uma das diferenças entre esses dois núcleos era o predomínio de:

a) mão de obra livre nas colônias do sul; b) latifúndios nas colônias do norte; c) mão de obra escrava nas colônias do norte; d) plantations nas colônias do sul; e) minifúndios nas colônias do sul.

10. Nessa nova organização política, o rei era o soberano, dotado de poderes absolutos e concedidos por Deus. Acreditava-se que aquele que reinava tinha o merecimento por ter sido assim coroado por Deus. Disponível em: http://www.infoescola.com/historia/direito-divino-dos-reis/ (acesso em 14 fev. 2015) O texto apresenta uma interpretação criada referente ao papel do rei na Idade Moderna, a qual é influenciada:

a) pelo aspecto militar da sociedade moderna; b) por elementos da cultura muçulmana na península Ibérica; c) pelas concepções racionalistas do século XVI; d) por uma visão religiosa sobre o exercício do poder político; e) pela hierarquia social que determinava privilégios aos nobres.

REVISIONAL DE HISTÓRIA – 8º Ano

Leia o texto para responder às questões de 1 a 3.

Nosso país apareceu, oficialmente, em 1822. A separação entre Brasil e Portugal conheceu episódios violentos e mostras evidentes de antilusitanismo popular, mas não passou de uma brisa quando comparado ao vendaval da década de 1860. Ao longo dos primeiros anos de independência, o que se viu foi um agravamento de tensões territoriais e sociais. Em primeiro lugar, existia a disputa entre as elites consolidadas no centro-sul, com sede no Rio de Janeiro, e as elites locais, dispersas pelas províncias. […] Estas tensões, que explodiram durante o período regencial (1831-1840), acabaram apaziguadas na década de 1850, com o chamado Gabinete de Conciliação, que incorporava à direção do Estado segmentos da elite política do país até então em conflito. […] Quando a Guerra estourou, em 1864, ela foi percebida como uma necessidade para reparação da honra nacional, pois o Brasil havia sido atacado. […] em todo o Brasil foram organizados corpos de combatentes espontâneos — os Voluntários da Pátria – que iriam para os fronts submetidos ao Exército.[…] Estes homens, os libertos, foram lutar lado a lado com negros livres, mestiços e brancos, provenientes da Guarda Nacional e do Exército, que, por sua vez, sairia do conflito como uma grande força organizada.Muitos mataram e outros tantos morreram nos campos abertos e nos lamaçais do país vizinho, embalados pela melodia do Hino Nacional e sob a mesma bandeira verde e amarela, forjando ali, na mais violenta face que pode assumir um Estado, um sentimento de unidade.

ELIAS, R. “Brava Gente”. Revista de História da biblioteca Nacional, ano 9, nº 97, 2013.

1. Identifique as tensões políticas presentes no período regencial.2. Descreva a solução política encontrada para as tensões políticas durante o governo de D. Pedro II.

3. De que maneira a Guerra do Paraguai contribuiu para a construção de um sentimento de unidade entre os brasileiros?

4. Leia o texto.Nas décadas iniciais do século XIX, a então província de São Paulo ocupava o lugar modesto no cenário econômico do Império. […] Tal quadro sofreu grandes alterações graças ao café. Inicialmente, o produto foi plantado no Vale do Paraíba, entre as serras do Mar e Mantiqueira, área que corta as capitanias de São Paulo e do Rio de Janeiro. […] Em 1836, a região já era a maior produtora do país, posição que manterá até meados de 1880. […] É importante destacar que, se o café é um produto novo, a sua produção seguiu, por décadas, o padrão estabelecido desde o período colonial: latifúndio, monocultura, mão de obra escrava, produção para o mercado externo, transporte das sacas em lombos de burros. […] O impacto da cafeicultura em termos de ocupação efetiva do espaço paulista tornou-se patente a partir do momento em que, na sua contínua expansão por terras ainda inexploradas, a produção irradiou-se do Vale do Paraíba para a região que compreende Campinas, Limeira, Rio Claro, São Carlos e Araraquara. […] As ferrovias tiveram profundo impacto na economia cafeeira. As comunicações tornaram-se rápidas e eficientes, as despesas com transporte diminuíram sensivelmente.LUCA, T. R. de. “Marcha para Oeste Paulista”. Revista História Viva, temas brasileiros, nº 1.

a) O cultivo do café na região do Vale do Paraíba apresentou diferenças significativas em relação ao cultivo na região de Campinas. Descreva, no mínimo, duas diferenças entre as práticas nessas regiões.

b) Analise a relação entre a ferrovia, o processo de imigração europeia para o Brasil imperial e o cultivo do café.

5. O resultado da devastação promovida pela agricultura brasileira, desde o Brasil Colonial, está materializada nas paisagens onde predominou a cana-de-açúcar, e principalmente o café. […] São regiões onde praticamente inexistem florestas primárias, os solos só se tornam produtivos com elevados investimentos e aportes externos de insumos e energia, com elevados custos de produção. […] A deterioração dos recursos não é uma consequência inevitável do progresso humano, nem das atuais densidades de população. É a resultante de um tipo de modelo econômico intrinsecamente insustentável em termos ecológicos, desigual e injusto em termos sociais.COSTA, M. B. B. da. “Rastro de destruição”. Revista História Viva, temas brasileiros, nº 1.

A relação entre a agricultura brasileira praticada ao longo da história e o meio ambiente:

a) revela o desenvolvimento de métodos sustentáveis na atualidade, diferente das práticas do período colonial;b) materializou a monocultura açucareira e cafeeira, consequência inevitável do progresso humano e do crescimento populacional;c) exemplifica a adoção de uma política latifundiária, permeada pela experiência do desmatamento e técnicas agrícolas agressivas ao meio;d) indica os perigos eminentes de um projeto agrário baseado na noção de progresso e contínuo crescimento populacional;e) nega a responsabilidade das políticas públicas e incentivos fiscais na degradação do meio ambiente, principalmente, em relação à erosão do solo.

6. Leia o texto e observe a imagem.

Na tela “Sem título (Cena da Família de Adolfo Augusto Pinto)” (1891), encomendada por um engenheiro paulista,bAlmeida Junior acomoda a família na sala de estar, ondeas visitas são recebidas. […] A pintura é repleta de elementos reveladores de um modo de vida burguês. Entre eles estão objetos que simbolizam prestígio e certa modernidade traduzida para os trópicos: o tapete da casa, o piso de madeira, alguns quadros na parede, o contrabaixo, o piano e, sobre ele, duas esculturas e uma partitura, os porta-retratos, álbum de fotografias e jornal lido pelo patriarca.PERUTTI, D. C. “Entre o tapete e a tapera”. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 8, nº 86, novembro 2012.

A imagem permite analisar a formação da elite paulista na segunda metade do século XIX, considerando:

a) os objetos, que simbolizam a influência da cultura europeia no padrão de vida urbano;b) as crianças, que simbolizam o enriquecimento desse grupo social;c) os instrumentos musicais, comprados por cafeicultores e engenheiros;d) a postura de Adolfo Augusto Pinto, evidenciando o desprezo à cultura letrada;e) a paisagem externa, construindo um cenário típico das fazendas cafeeiras do Sudeste.

7. Leia os textos.

Texto 1

O que as revoltas regenciais pareciam questionar era, portanto, o lugar que o Brasil reservava para as oligarquias regionais e as províncias periféricas. […] De passagem pelo Pará, Emille Carrey registrou que o termo “estrangeiro” significava, “na linguagem de Belém, os europeus ou americanos do norte e todos os brasileiros de outras províncias”, indistintamente. Os anais do Parlamento imperial brasileiro são repletos de queixas onde os políticos do Norte comparam, em termos depreciativos, as atitudes da corte do Rio de Janeiro com aquelas tomadas anteriormente por Lisboa.PINHEIRO, L. B. S. P. “Tempestade sobre Belém”. Revista Brasileira de História da Biblioteca Nacional, ano 4, nº 37.

Texto 2

Cidades importantes, como Rio Grande com seu porto, a rica Pelotas e a capital Porto Alegre não estiveram sob o poder dos rebeldes farrapos. O litoral e toda a região norte da província ficaram fora do domínio dos farroupilhas, cuja influência se estendia pela região da campanha, área das pastagens de criação de gado e que faz fronteira com os vizinhos da Bacia do Rio da Prata.MENEGAT. C. “A invenção dos gaúchos”. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 8, nº 86, novembro 2012.

Os textos apresentam informações sobre as rebeliões no período regencial. Essas informações são:

a) contraditórias, apresentando interpretações que divergem dos reais motivos presentes nas rebeliões;b) complementares, apresentando aspectos comuns às duas rebeliões regenciais;c) restritas à Cabanagem e à Farroupilha, ressaltando as peculiaridades de cada movimento;d) estereótipos, construídos com base na visão de estrangeiros sobre os movimentos;e) problematizadoras, indicando a irrelevância dessas rebeliões para o contexto político.

8. Leia o texto.

Se as vozes dos quatro milhões de africanos trazidos para o Brasil ao longo de mais de três séculos não fossem abafadas na nossa história, hoje saberíamos que eles, apesar de escravizados, não ficaram mudos. Participaram da configuração do português brasileiro e são responsáveis pelas diferenças que afastaram o português do Brasil do de Portugal. Aquelas vozes são perceptíveis na pronúncia rica em vogais da nossa fala, na nossa sintaxe — tendência de não marcar o plural do substantivo (os menino), na dupla negação (nãoquero não), no emprego preferencial da próclise (me dê) —, e se revelam de modo inequívoco nas centenas de palavras que enriqueceram o patrimônio linguístico do português do Brasil.CASTRO, Y P de. “Camões com dendê”. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 7, nº 78, março 2012.

O patrimônio linguístico do português do Brasil permite identificar:

a) o desgaste provocado pela fusão de diversas línguas ao longo da história;b) a contribuição indígena para a formação das peculiaridades na língua;c) a influência cultural de grupos sociais historicamente excluídos;d) a presença de escravos mudos entre os africanos traficados no século XIX;e) diversos vícios de linguagem que se originaram a partir da repressão aos escravos.

9. Leia os textos sobre a Guerra do Paraguai. Um dos textos foi publicado em 2014.

Texto 1

Em 2014 completam-se 150 anos do início da guerra da Tríplice aliança. A data pode ser o momento propício para que se discutam e se revisem as fontes sobre a guerra, de forma a construir um diálogo

franco e desapaixonado que permita compreender com maior precisão o que aconteceu. Seria auspicioso, para iniciar esse diálogo sobre nosso passado em comum, que se concretizasse a devolução dos troféus da guerra ao Paraguai por parte do Brasil. Em especial o canhão Cristiano, que estava entre os objetos saqueados em Assunção quando as tropas aliadas ocuparam a capital. O armamento foi forjado na fundição de ferro em Ybycui — estabelecimento dinamitado pelas tropas aliadas e que teve toda a sua guarnição submetida à degola. O gesto — de devolvê-lo ajudaria a encerrar definitivamente aquele conflito, cuja recordação é sinônimo de dor e desesperança na memória coletiva dos paraguaios.CAMPOS, H. C. “Sem misericórdia”. Revista de História da biblioteca Nacional, ano 9, nº 97, 2013.

Texto 2

“Já atendeu a todos os encargos provenientes da guerra? […] Já enxugou todas as lágrimas das viúvas desvalidas?[…] Já honrou principalmente a educação dos órfãos dos voluntários falecidos em campanha, dessas crianças que hoje são filhos da Pátria?”. O duro questionamento ao governo de d. Pedro II foi ouvido nas tribunas da Câmara, em discurso do deputado e romancista José de Alencar (1829-1877). Em pauta, o uso de recursos públicos para custear uma grande comemoração pelo fim da Guerra do Paraguai.SOUZA, A. B. R. de. “Grandes eventos: para quem?”. Revista de História da biblioteca Nacional, ano 9, nº 97, 2013.

a) Os dois textos apresentam visões críticas à Guerra do Paraguai. Descreva a visão apresentada em cada texto.

b) Por que, no final do texto 1, o autor afirma que a Guerra do Paraguai é “sinônimo de dor e desesperança na memória coletiva dos paraguaios”?

10. Imagine que você é um jornalista do século XIX. Escreva uma matéria sobre a crise da monarquia brasileira e a influência do abolicionismo nessa situação. Não se esqueça de criar um título!

REVISIONAL DE HISTÓRIA – 9º Ano

1. Os militares brasileiros tomaram o poder em 31 de março de 1964. Vários dispositivos legais impuseram a censura à imprensa, suspenderam as liberdades democráticas e limitaram a atuação de partidos de oposição, sindicatos e associações de classe. Agentes policiais do Dops e o DOI-CODI, perseguiam e prendiam os opositores do regime militar. Todas as operações eram descritas como “medidas de guerra” contra o que os governantes chamavam de “comunismo internacional”. Muitos opositores foram torturados ou assassinados. Vários deles desapareceram para sempre. A consolidação do regime militar aconteceu em dezembro de 1968, quando o presidente, general Arthur da Costa e Silva, assinou o Ato Institucional número 5. O AI-5 conferia ao governo o poder de cassar mandatos políticos, decretar o recesso do Congresso, e suspender as garantias individuais. O “milagre econômico” e o nacionalismo também contribuíram para a manutenção desse governo ditatorial.

a) Explique como foi possível ocorrer um golpe militar em 1964, no Brasil, considerando o contexto mundial, marcado pela Guerra Fria.

b) Alguns setores da sociedade brasileira organizaram reações contrárias à ditadura militar. Descreva duas formas de resistências ao governo ditatorial.

Leia o texto para responder às questões de 2 a 4.

A partir de 1964, o Brasil vivia sob uma ditadura militar. A partir dos Atos Institucionais, o poder Executivo concentrou poderes; houve o estabelecimento das eleições indiretas para presidente e o bipartidarismo (Arena e MDB); a cassação dos direitos políticos dos grupos considerados “perigosos”; a possibilidade de o Executivo fechar o Congresso; a implantação da Doutrina de Segurança Nacional (identificar e denunciar os agentes contrários ao regime político); a Lei de Imprensa, que implantou a censura dos meios de comunicação e o AI-5, que suspendeu direitos e as liberdades civis. Com a organização de uma ditadura linha dura, os únicos caminhos para contestação do regime eram a guerrilha ou o exílio. Para se manter no poder, a ditadura contava com o apoio internacional dos EUA, que facilitou o crédito, que permitiu ao Brasil viver o período descrito como “milagre econômico”. Foi uma época de grandes obras públicas e crescimento do PIB. Entretanto, a população assalariada sofria com o arrocho, a queda no poder aquisitivo e o aumento da desigualdade social.

2.a) Explique o significado político dos Atos Institucionais.

b) De que maneira a ditadura militar conseguiu se manter no poder por tanto tempo no Brasil?

3. Explique o que foi o milagre econômico.

4. Descreva uma consequência social e uma consequência econômica da ditadura militar para o Brasil.

5. Depois do governo Médici, o sucessor Geisel começou uma abertura política “lenta, gradual e segura”. O novo general presidente queria diminuir a influência da linha dura no governo, mas não queria agitações e manifestações populares. O governo pretendia recuperar o diálogo com a sociedade civil organizada e, aos poucos, permitir o livre funcionamento dos outros poderes, num caminho que restabelecesse a ordem democrática. Um caso específico abalou a reputação do regime militar. O jornalista Vladimir Herzog, que trabalhava na TV Cultura, havia sido convocado para depoimentos. No entanto, apareceu morto após ter assinado um documento no qual afirmava que era comunista. Fotografias foram divulgadas para comprovar o suicídio, mas vários indícios indicavam que ele havia sido assassinado. Um grande ato foi organizado na Catedral da Sé, com milhares de pessoas protestando contra a tortura e o desrespeito aos direitos humanos.

a) O que significa uma abertura política “lenta, gradual e segura”?

b) Quais as consequências do caso Vladmir Herzog para o governo militar?

6. No governo Figueiredo, a abertura política era inevitável. Em 1979, foi aprovada a lei que permitiu o retorno dos exilados e perdoou crimes políticos de ambos os lados, repressão e opositores. Sindicalistas, advogados, artistas, jornalistas, estudantes e outros setores da sociedade exigiam a redemocratização do país. Na década de 1980, o pluripartidarismo foi retomado e as eleições para governador foram diretas. Nesse momento, ganhou força a Campanha Diretas Já, que reivindicava o restabelecimento as eleições diretas para presidente. Houve grandes manifestações, comícios e passeatas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Entretanto, as eleições diretas iriam ocorrer mais tarde, pois o sucessor de Figueiredo foi escolhido indiretamente. Mas essa eleição representou uma vitória: depois de vários presidentes militares, o Brasil voltaria a ter um presidente civil — Tancredo Neves. Entretanto, ele morreu antes da posse, e seu vice, José Sarney, assumiu a presidência em seu lugar.

a) O que foi a Lei da Anistia?

b) O que significa pluripartidarismo? Por que isso é a uma característica da democracia?

c) Explique o que foram as Diretas Já.

Leia o trecho da reportagem para responder às questões 7 e 8.

O acordo de Forças Nucleares Intermediárias (INF, na sigla em inglês) foi assinado entre Mikhail Gorbachev e Ronald Reagan em 1987. Previa a remoção de parte do arsenal nuclear de EUA e União Soviética com fins de conter a ameaça para a segurança global representada pelas duas superpotências. Considerado o “começo do fim da Guerra Fria”, o Tratado INF proibiu possuir, produzir e testar mísseis nucleares de distância intermediária (entre 500 e 5,5 mil km). “Foi um acordo fundamental na Guerra Fria. Essencialmente, eliminou uma controversa classe de armas nucleares. E, por essa razão, ainda tem repercussão”, diz Nick Child, correspondente de assuntos internacionais da BBC. Na época, o pacto foi um marco especialmente na segurança da Europa, uma vez que tanto os EUA quanto a URSS possuíam arsenal desse tipo.“Pacto que ajudou a pôr fim à Guerra Fria está abalado?”, 03/08/2014. Disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/08/140731_tratado_russia_eua_kb (acesso em 14 fev. 2015).

7. Por que o acordo de Forças Nucleares Intermediárias representa o “começo do fim da Guerra Fria”?

8. Qual é a relação entre a queda do Muro de Berlim, o fim da URSS e o fim da Guerra Fria?

9. Leia o texto.O ano 1976 foi um divisor de águas na história argentina. A ditadura instaurada pelo golpe militar daquele ano viria a se tornar o regime mais macabro e atroz de todos os que já dominaram o país. “15.000 desaparecidos, 10.000 presos, 4.000 mortos, milhares de desterrados, são as cifras nuas desse terror”, escreveu Rodolfo Walsh em 1977. As cifras nuas continuariam crescendo, encarnadas no próprio Walsh, assassinado naquele mesmo ano. Outros autores, como Julio Cortázar e Juan Gelman, haviam saído do país antes do golpe e não puderam voltar. Os que ficaram viveram sob a mira da violência política. A literatura argentina, acostumada a tecer seu universo estético a partir da turbulenta matéria-prima da sua história, foi, a partir dos anos setenta, arremetida de forma profunda e definitiva pela comoção da dor, da ausência e do exílio.

a) Por que a literatura argentina, a partir dos anos 1970, foi caracterizada pela “comoção da dor, da ausência e do exílio”?

b) Cite e explique uma característica da ditadura argentina citada no texto que se assemelha à experiência ditatorial brasileira.

10. Leia o texto.O ex-técnico da CIA Edward Snowden, de 29 anos, é acusado de espionagem por vazar informações sigilosas de segurança dos Estados Unidos e revelar em detalhes alguns dos programas de vigilância que o país usa para espionar a população americana — utilizando servidores de empresas como

Google, Apple e Facebook – e vários países da Europa e da América Latina, entre eles o Brasil, inclusive fazendo o monitoramento de conversas da presidente Dilma Rousseff com seus principais assessores.Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/07/entenda-o-caso-de-edward-snowden-que-revelou-espionagem- -dos-eua.html (acesso em 14 fev. 2015).

De que maneira a espionagem no século XXI impõe limitações às sociedades democráticas?