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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 20.junho.2016 "A mulher é uma flor que se estuda, como a flor do campo, pelas suas cores, pelas suas folhas e sobretudo pelo seu perfume." José de Alencar DITR/2016: Divulgadas as instruções para a apresentação 13 jun 2016 - IR / Contribuições Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.651/2016 - DOU 1 de 13.06.2016, foram disciplinadas as normas sobre a apresentação da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) do exercício de 2016. A DITR deve ser apresentada no período de 22.08 a 30.09.2016, pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da RFB, www.receita.fazenda.gov.br. O valor do imposto poderá ser pago em até 4 quotas iguais, mensais e consecutivas, observado o seguinte: a) nenhuma quota deverá ser inferior a R$ 50,00; b) o imposto de valor inferior a R$ 100,00 deverá ser pago em quota única; c) a 1ª quota ou quota única deverá ser paga até 30.09.2016; d) as demais quotas deverão ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês de outubro/2016 até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento. IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

 · Web viewSão considerados crimes contra a ordem tributária, conforme previsto na Lei nº 8.137/90, as práticas dolosas de omitir informação ou prestar declaração falsa às

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 20.junho.2016

"A mulher é uma flor que se estuda, como a flor do campo, pelas suas cores, pelas suas folhas e sobretudo pelo seu perfume."

José de Alencar

DITR/2016: Divulgadas as instruções para a apresentação13 jun 2016 - IR / Contribuições

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.651/2016 - DOU 1 de 13.06.2016, foram disciplinadas as normas sobre a apresentação da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) do exercício de 2016.

A DITR deve ser apresentada no período de 22.08 a 30.09.2016, pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da RFB, www.receita.fazenda.gov.br.

O valor do imposto poderá ser pago em até 4 quotas iguais, mensais e consecutivas, observado o seguinte:

a) nenhuma quota deverá ser inferior a R$ 50,00;

b) o imposto de valor inferior a R$ 100,00 deverá ser pago em quota única;

c) a 1ª quota ou quota única deverá ser paga até 30.09.2016;

d) as demais quotas deverão ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do mês de outubro/2016 até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% no mês do pagamento.

Fonte: LegisWeb

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PIS/COFINS: Receita Federal traz esclarecimentos quanto à suspensão das contribuições em relação à venda de carnes de animais17 jun 2016 - IR / Contribuições

A Receita Federal do Brasil (RFB) através da Solução de Consulta Cosit nº 81/2016 - DOU 1 de 17.06.2016 esclareceu que, observadas as exigências quanto à pessoa jurídica vendedora, a suspensão da incidência da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins de que trata o inciso II do art. 32 da Lei nº 12.058/2009 aplica-se às receitas decorrentes da venda dos produtos listados no referido dispositivo a qualquer pessoa jurídica, exceto no caso de:

a) a pessoa jurídica adquirente ser consumidora final, no caso de operações realizadas até 27.06.2011 (data de entrada em vigor do art. 53 da Lei nº 12.431/2011, que alterou o parágrafo único do art. 32 da Lei nº 12.058/2009);

b) a operação constituir venda a varejo, no caso de operações realizadas após 27.06.2011 (data de entrada em vigor do art. 53 da Lei nº 12.431/2011, que alterou o parágrafo único do art. 32 da Lei nº 12.058/2009).

Segundo a RFB, a sistemática de suspensão do pagamento das referidas contribuições incidentes sobre a receita bruta, decorrente da venda dos produtos de que tratam os incisos I e II do art. 32 da Lei n° 12.058/2009, não se aplica a qualquer operação de aquisição ou de venda vinculada a bens classificados no Capítulo 16 da NCM (capítulo que não compreende as carnes, miudezas, peixes, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos, preparados ou conservados pelos processos enumerados nos Capítulos 2, 3 ou na posição 05.04), por ausência de previsão legal.

A suspensão da incidência da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita da venda de insumos destinados à produção de mercadorias classificadas no Capítulo 16 da NCM, destinadas à alimentação humana ou animal, encontra seu fundamento legal no inciso III do art. 9º da Lei nº 10.925/2004, atendidos os demais requisitos normativos.

As pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins poderão apurar crédito presumido das contribuições em relação aos insumos adquiridos com aplicação da suspensão de incidência de que trata o art. 9º da Lei nº 10.925/2004 e utilizados na produção de produtos classificados no Capítulo 16 da NCM destinados à alimentação humana ou animal, nos termos do art. 8º da Lei nº 10.925/2004.

No caso de aquisição de bens não sujeitos ao pagamento da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, aplicável a suspensão da incidência das referidas contribuições, é vedada a apuração dos créditos da não cumulatividade da contribuição de que trata os art. 3º da Lei nº 10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003.

Fonte: LegisWeb

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Responsáveis técnicos por demonstrações contábeis devem cumprir Educação Continuada Por Comunicação CFC

Profissionais têm até o dia 31 de dezembro de 2016 para cumprir 40 pontos no Programa de Educação Profissional Continuada

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), considerando a importância e a abrangência do assunto, chama a atenção dos profissionais para as exigências da Norma Brasileira de Contabilidade NBC PG 12 (R1), que trata da Educação Profissional Continuada. A norma, editada em dezembro de 2015, determina que, a partir do ano de 2016, todos os responsáveis técnicos pelas demonstrações contábeis ou que exerçam funções de gerência e chefia no processo de elaboração das demonstrações contábeis, de empresas reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pelo Banco Central do Brasil (BCB), pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), ou que sejam consideradas de grande porte, têm que cumprir a Educação Profissional Continuada (EPC). O objetivo é garantir que esses profissionais se mantenham atualizados e em sintonia com as alterações que ocorrem nas normas em geral e na legislação aplicada ao setor.

A NBC PG 12 (R1) exige também que a EPC seja cumprida por todos os auditores independentes, mesmo aqueles que não atuam no mercado regulado. Os profissionais enquadrados na regra precisam obter, pelo menos, 40 pontos no Programa de Educação Continuada por ano-calendário. Cursos, palestras, reuniões técnicas, docência, participação em comissões profissionais e técnicas, bancas acadêmicas, orientação de tese, monografia ou dissertação, publicação de artigos em jornais, revista, autoria e coautoria de livros e outras atividades acadêmicas, desde que credenciadas e os respectivos pontos homologados pelo CFC.

A EPC existe desde 2003 e era obrigatória para os auditores registrados no Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI) e para os que atuam no mercado regulado. A NBC PG 12 (R1) alterou a abrangência da norma anterior – a NBC PA 12 –, voltada para auditores, para incluir também os profissionais que são responsáveis técnicos pelas demonstrações contábeis.

De acordo com o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CFC, Nelson Zafra, a alteração é decorrente de uma exigência do mercado Profissional nessa área. “Havia uma necessidade de que os profissionais que auditam as demonstrações contábeis e os responsáveis por apresentá-las estivessem submetidos às mesmas exigências em termos de atualização, garantindo maior qualidade às informações” esclarece.

Para saber quais são as instituições e eventos credenciados e a pontuação de cada atividade, o interessado deve procurar o Conselho Regional de Contabilidade do seu estado ou pode enviar email para o departamento de Desenvolvimento Profissional do CFC [email protected] com o questionamento.

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Receita frustra ampliação do SupersimplesMais uma vez a votação do projeto que torna o Supersimples mais abrangente foi adiada. O texto era prioridade na pauta do Senado, chegou a ser defendido na tribuna por sua relatora, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), mas antes da votação ser aberta, uma nota técnica da Receita Federal chegou às mãos de alguns parlamentares. A nota mensurava o impacto da ampliação do Simples na arrecadação, uma renúncia de R$ 5 bilhões.

Diante do fato de última hora, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), na posição de líder de sua bancada, pediu mais tempo para analisar o projeto. A relatora Marta até tentou argumentar. “Ontem a Receita esteve conosco e disse que o impacto seria de R$ 2 bilhões. Por que estão falando em R$ 5 bilhões agora?”, questionou a senadora.Não adiantou. Outros parlamentares acharam melhor ter um prazo maior para analisarem o impacto da proposta, e a votação acabou sendo reagendada para a próxima terça-feira, 21/06, como o primeiro item da pauta.

O projeto que amplia o Supersimples é um substitutivo de Marta ao PLC 125/2015, que veio da Câmara.O substitutivo traz em seu texto que poderão ingressar no regime simplificado empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões (hoje o limite é R$ 3,6 milhões). Também foram promovidas mudanças na forma de tributação dessas empresas, que passa a ser mais progressiva. Se aprovadas, as regras entram em vigor em 2018.

O ponto central da mudança no regime é a reformulação das tabelas do Simples. Atualmente elas são seis, e trazem 20 faixas de faturamento – até os R$ 3,6 milhões -, cada uma com uma alíquota específica.

Pelo texto do substitutivo, o novo Simples teria cinco tabelas, com seis faixas de faturamento – até os R$ 4,8 milhões -, também com suas respectivas alíquotas. Mas para tornar a transição entre as faixas mais suave, foi previsto um fator redutor para cada uma delas (veja as tabelas abaixo). Na prática, trata-se de um valor mensal deduzido pelas empresas.

Segundo a senadora Marta Suplicy, atualmente, quando uma empresa do Simples passa a faturar mais e migra de faixa, ela pode ter um acréscimo na alíquota que a tributa de até 36%.

O aumento é ainda mais significativo para uma empresa que estoura o limite de faturamento do Simples e precisa migrar para outro regime. Ao migrar para o Lucro Presumido, por exemplo, o aumento de tributação pode chegar a até 54% para uma empresa do comércio, a 40% para indústrias e a 35% para empresas de serviços. Ao evitar esses solavancos tributários, dizem os defensores da proposta, as empresas podem crescer e mudar de faixa de tributação de uma maneira menos traumática. A ampliação do Simples vem sendo chamada de “Crescer sem Medo” pelo Sebrae.

Mas a ampliação do teto para o enquadramento e a progressividade das tabelas não agradou a todos.Assim como a Receita Federal, os estados e municípios também se posicionaram contra a proposta pois temem perda de arrecadação.

Os governadores e prefeitos passaram a ser mais abertos ao projeto depois de alterações no texto que livraram o ICMS (estadual) e o ISS (municipal) do impacto da ampliação para R$ 4,8 milhões do teto do Simples. Na prática, o ICMS e o ISS continuarão sendo balizados pelo limite atual, de R$ 3,6 bilhões. “As empresas vão recolher por fora do Simples esses impostos”, disse Marta.

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PARCELAMENTO

O substitutivo também define um novo prazo para os parcelamentos especiais de dívidas das empresas do Supersimples. Hoje esse prazo é de 60 meses, que pode ser ampliado para 120 meses caso a proposta que tramita no Senado seja aprovada.

Além disso, o texto prevê redução de multas e juros de pelo menos 90% para os Microempreendedores Individuais (MEIs) e de pelo menos 50% para as micro e pequenas empresas.

Atendendo a um pedido de estados e municípios, a proposta traz que as parcelas não poderão ser inferiores a 0,5% da receita bruta mensal da empresa, ou R$ 100, o que for maior. Além disso, será proibido o acúmulo de parcelamentos.

PAGA MENOS QUEM EMPREGA MAISA proposta em análise no Senado prevê o chamado Fator Emprego, uma regra que privilegia os empreendimentos com maior potencial para a geração de empregos. Essas empresas podem ser inclusas nas tabelas que têm alíquotas menores. Para tanto, é necessário que a micro ou pequena empresa invista pelo menos 22,5% da receita bruta anual com a folha de salários.

Dentro desse contexto, o substitutivo abriu o Supersimples para atividades que têm crescido e gerado emprego recentemente, mas que hoje são impedidas de entrar no regime simplificado. Esse é o caso de microcervejarias, vinícolas, produtores de licores e destilarias. O texto da proposta, no entanto, estipula que esses produtores deverão obrigatoriamente ser registrados no Ministério da Agricultura, e obedecer também à regulamentação da Anvisa e da Receita Federal.CRÉDITO

O substitutivo também fala na criação de uma nova figura jurídica, a Empresa Simples de Crédito (ESC), que teria o papel de expandir a oferta de financiamentos para as micro e pequenas empresas, suprindo lacunas deixadas pelos bancos.

Pela proposta, a ESC poderá atuar com capital próprio. Não seria permitido, por exemplo, que captasse recurso junto a bancos para depois emprestar a terceiros.O campo de atuação da ESC estaria limitado ao município onde está instalada e a única remuneração seria a taxa de juros fixada sobre o valor emprestado. A cobrança de qualquer encargo ou tarifa é proibida.

Por outro lado, essas empresas de crédito poderiam adotar o instituto da alienação fiduciária. Isso abriria a possibilidade da ESC, por exemplo, se apropriar de bens financiados pelo devedor como garantia.

MEI

O limite para enquadramento dos MEIs, que hoje é R$ 60 mil, pela proposta seria elevado para R$ 72 mil. O substitutivo reforça o caráter orientador da primeira fiscalização de micro e pequenas empresas, inclusive do ponto de vista das relações de consumo. Em vez de punir, os fiscais orientarão os empresários com relação às diligências necessárias para a adequação dos negócios, até uma próxima visita fiscalizatória.

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Por Renato Carbonari Ibelli

Fonte: Diário do Comércio - SP

Associação Paulista de Estudos Tributários, 16/6/2016  14:55:45  

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Votação do projeto do Supersimples fica para a próxima terça-feira

16 de junho de 2016

 A bancada do PSDB pediu mais tempo para analisar o texto

A votação da atualização das regras do Supersimples foi adiada para a próxima terça-feira (21). A intenção era que o substitutivo de Marta Suplicy (PMDB-SP) fosse votado já nesta quarta-feira (15). A bancada do PSDB, porém, pediu mais tempo para analisar o texto.

Ao apresentar seu substitutivo ao projeto original do ex-deputado Barbosa Neto (PLC 125/2015 – Complementar), Marta Suplicy (PMDB-SP) explicou que o objetivo das alterações é fazer mais empresas aderirem ao Simples – e, consequentemente, gerar mais empregos.

Entre as mudanças está a elevação de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões do teto da empresa de pequeno porte a ser incluída no programa. O projeto também eleva o limite de receita bruta anual para o enquadramento como microempreendedor individual, que deverá passar dos atuais R$ 60 mil para R$ 72 mil. O número de faixas de faturamento foi reduzido de 20 para seis, segundo Marta Suplicy, para simplificar a lógica de todo o sistema.

– O projeto traz importantes alterações no Supersimples. As várias negociações permitiram um aperfeiçoamento do texto. Este projeto representa um impacto que vai ajudar as empresas a não fecharem as portas – declarou a relatora.Adiamento

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) elogiou a forma “sistematizada e dedicada” com que Marta Suplicy tratou do assunto. Ele disse, no entanto, que julgava ser precipitada a votação já nesta quarta. Ferraço alegou que tinha muitas dúvidas e lamentou que o relatório tenha sido disponibilizado apenas às 23h de terça-feira (14). Ele pediu que a votação ficasse para próxima terça-feira (21).

– É preciso avaliar os impactos nas finanças da União, dos estados e dos municípios – argumentou.

Na mesma linha, Tasso Jereissati (PSDB-CE) pediu mais tempo para conferir o texto e ter a segurança necessária para votar o substitutivo. A senadora Marta Suplicy disse que adiar a votação é uma tentativa de “procrastinação”. Ela chegou a dizer que desconfiava de uma “ação política” no pedido de adiamento.

Em resposta, Tasso disse que repudiava a declaração de Marta Suplicy. Ele acrescentou que considerava o projeto “ruim”, mas prometeu estudar as mudanças. Ferraço disse que estava procurando o diálogo e criticou a reação da relatora. O presidente do Senado, Renan Calheiros, ponderou que um prazo a mais poderia solucionar o impasse. Depois da discussão inicial, Marta Suplicy concordou com o pedido de mais prazo e a votação foi adiada.

– Eu quero cumprimentar o bom senso da relatora e dizer que vamos ter tempo para debater o assunto até a próxima terça – afirmou Renan.

Excelente lei

Na visão do líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o substitutivo se encaminha para ser uma “excelente lei”. Ele disse que o adiamento vai permitir a análise de alguns ajustes. O senador

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Ronaldo Caiado (DEM-GO) reconheceu o trabalho da relatora, mas questionou os critérios para decidir que categoria de trabalhadores será contemplada com o Supersimples. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também elogiou a atuação de Marta Suplicy, enquanto Fátima Bezerra (PT-RN) pediu que a votação não seja adiada além da próxima terça.

Fonte: Agência Câmara

TRF4 confirma constitucionalidade de PIS e Cofins sobre receitas financeiras

17 de junho de 2016

A incidência de PIS e Cofins sobre receitas financeiras é legal, inexistindo violação aos comandos legal e constitucional. Essa foi a decisão tomada na última semana pela 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que negou recurso de uma empresa de tratores do Rio Grande do Sul que alegava inconstitucionalidade da cobrança e pedia a compensação dos valores.

A empresa, que teve o mandado de segurança julgado improcedente pela Justiça Federal de Santa Maria (RS), recorreu ao tribunal. O advogado alega que o artigo 195, inciso I-b, da Constituição, alterado pela Emenda Constitucional nº 20/98, passou a prever como base de cálculo apenas a receita (bruta) ou o faturamento, o que excluiria as receitas financeiras.

A defesa argumenta que o Decreto nº 8.426/15, que restabelece as alíquotas da contribuição para o PIS e Cofins sobre receitas financeiras das pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não cumulativa, teve por objetivo constitucionalizar a referida incidência, o que só poderia ter sido feito por lei complementar, já que estaria criando nova fonte de custeio.

Segundo o relator do processo, desembargador federal Otávio Roberto Pamplona, houve equívoco da defesa ao confundir os conceitos de faturamento e de receita. Conforme o desembargador, “faturamento, na acepção constitucional, constitui a receita bruta decorrente da venda de mercadorias e ou da prestação de serviços ou, ainda, aquela decorrente do objeto principal da empresa. Já o conceito de receita é muito mais amplo, abrangendo todos os ingressos na empresa (receitas operacionais e não operacionais, inclusive financeiras)”.

Quanto ao Decreto nº 8.426/15, alterado pelo Decreto nº 8.451/15, Pamplona assinalou que a evolução normativa permite concluir que não há ofensa ao princípio da legalidade, pois ambos foram editados com “prévia e expressa autorização legal, observando os elementos essenciais para a validade e exigibilidade das exações definidas formal e materialmente pelas Leis nºs 10.637/02 e 10.833/03”.

O desembargador ressaltou que a Lei nº 10.865/04, em seu artigo 27, parágrafo 2º, não autorizou o Poder Executivo a elevar as alíquotas das contribuições PIS e Cofins incidentes sobre as receitas financeiras das referidas empresas, mas permitiu ‘reduzir’ ou ‘restabelecer’.

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“O fato de inexistir expressa autorização constitucional para que o Poder Executivo edite ato normativo elevando ou reduzindo as alíquotas das exações ora discutidas, a exemplo do que ocorre com o Imposto de Importação, o Imposto de Exportação, o Imposto sobre Operações financeiras, o Imposto sobre Produtos Industrializados e a CIDE relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo, gás natural e álcool (arts. 153, § 1º, e 177, § 4º, inc. I, alínea ‘b’, da CF), não implica inconstitucionalidade do Decreto nº 8.426/15, visto que amparado em autorização legal, bem como porque não houve inovação em relação ao texto legal, que prevê todos os elementos essenciais para a validade e exigibilidade do tributo (hipótese de incidência, sujeição passiva, alíquota e base de cálculo)”, analisou.

Pamplona acentuou que não há ofensa ao princípio da não-cumulatividade, pois, de acordo com a jurisprudência do TRF4, a forma de incidência das contribuições PIS e Cofins está sujeita à conformação da lei.

Por fim, o desembargador frisou que a Lei nº 10.865/04 excluiu a possibilidade de apuração de créditos de PIS e Cofins sobre despesas financeiras decorrentes de empréstimos e financiamentos. “Dessa forma, não havendo, atualmente, previsão legal para apuração de créditos de PIS e COFINS sobre as despesas correlatas, resta inviável o creditamento pleiteado”, concluiu.

Fonte: TRF4

PIS/COFINS: Juros sobre Capital Próprio compõe a base de cálculo 16 jun 2016 - IR / Contribuições

A receita decorrente de recebimento de juros sobre capital próprio deve compor a base de cálculo do PIS e da COFINS.

Este foi o entendimento emitido pelo Receita Federal, através da Solução de Consulta nº 84/2016 (DOU 16/06).

A partir da publicação da Lei nº 11.941/2009, a base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS no regime de apuração cumulativa ficou restrita ao faturamento auferido pela pessoa jurídica, que corresponde à receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598/1977, nos termos do art. 2º e caput do art. 3º da Lei nº 9.718/1998

A receita bruta sujeita ao PIS e a COFINS compreende as receitas oriundas do exercício de todas as atividades empresariais da pessoa jurídica, e não apenas aquelas decorrentes da venda de mercadorias e da prestação de serviços.

Assim, as receitas decorrentes do recebimento de juros sobre o capital próprio auferidas por pessoa jurídica cujo objeto social seja a participação no capital social de outras sociedades compõem sua receita bruta para fins de apuração do PIS e da COFINS devidas no regime de apuração cumulativa. Fonte: LegisWeb

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Atenção MEIs: cuidado com os BoletosSe aproveitando dos novos empresários que chegam ao mercado, golpistas tentam arrecadar dinheiros dos desavisados. São extremamente ágeis e estranhamente, mesmo antes da chegada do Carnê da Cidadania, este sim, de pagamento obrigatório, mensal, com vencimentos mensais dos tributos que devem ser pagos (INSS/Previdência Social, sendo de 5% sobre o valor do salário mínimo, mais R$ 1 de ICMS para o Estado (atividades de indústria, comércio e transportes de cargas intermunicipal e interestadual) e/ou R$ 5,00 ISS para o município (atividades de Prestação de Serviços e Transportes Municipal)).

Em sua maioria as associações que emitem esses boletos são falsas, não existem. Quando existem, nem todas avisam que o pagamento não é obrigatório. Quem é MEI não tem que pagar contribuição social. Só paga se quiser.

Se continua com dúvidas, consulte seu contador. Mesmo que o prazo de vencimento seja curto (uma das estratégias utilizadas) não seja afoito, pergunte! A Sempe (Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa) alerta que circulam boatos nas redes sociais sobre a autenticidade dos carnês enviados. Se houver dúvidas a respeito da veracidade dos boletos, o empresário deve entrar no Portal do Empreendedor

(www.portaldoempreendedor.gov.br) e consultar se o número do documento consta no extrato referente a determinado mês.

Fonte: Classe Contábil - Associação Paulista de Estudos Tributários, 15/6/2016  15:09:12  

Receita Federal lança vídeo sobre o NAF 17 de junho de 2016

A Receita Federal, com o intuito de se aproximar dos estudantes de Ciências Contábeis, de Comércio Exterior e da população de baixa renda, criou o Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal – NAF, um projeto que já dura cinco anos. A TV Receita lançou um vídeo explicando a iniciativa.

A atuação da Receita Federal do Brasil – RFB nos núcleos é apoiar as universidades com as quais firmou termo de colaboração técnica na capacitação dos alunos colaborando para que apliquem o aprendizado acadêmico na prática de suas obrigações. O objetivo é contribuir com a formação de profissionais cientes da função social dos tributos e dos direitos e deveres associados à tributação.

A iniciativa proporciona atendimento gratuito às comunidades, auxiliando na prestação de serviços como: inscrição e informações cadastrais do CPF e CNPJ, agendamento on-line de atendimentos na RFB; consulta à situação fiscal, entre outros.

Atualmente a RFB mantém acordos de cooperação técnica formalizados com 102 Instituições de Ensino no Brasil e o projeto já ultrapassou as fronteiras do país, existindo NAF em funcionamento em 9 países da América Latina baseados no exemplo brasileiro.

Para ver o vídeo clique aqui

Fonte: RFB

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MT - Nota de Esclarecimento sobre "Sefaz/MT responsabilizará contabilistas por sonegação fiscal"

Postado por José Adriano em 13 junho 2016 às 14:24

Por Silvia Cavalcante - Presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Mato Grosso

Em resposta à inúmeras reclamações recebidas referentes a matéria: “Sefaz responsabilizará contabilistas por sonegação fiscal” divulgada no site da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso nesta quarta-feira (08) e republicada em vários veículos de comunicação do Estado, é que a presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Silvia Cavalcante vem a público informar que os contadores são uníssonos ao afirmar que a publicação em questão, apresenta a categoria de forma generalista e inadequada.

''Embora haja previsão legal para que o profissional responda solidariamente pelas informações por ele prestadas, há que se observar com muito zelo, pontos importantes como: Obediência e o cumprimento do devido processo legal, o direito do contraditório e a ampla defesa. 

 A maioria dos profissionais são éticos e comprometidos no desempenho das boas práticas, no entanto, existem sim como em outras profissões, os maus profissionais; A estes serão aplicados pelo Conselho - órgão de fiscalização do exercício profissional, as sanções éticas e disciplinares necessárias. Não vamos nos furtar em punir profissionais que acobertam ou corroboram com a sonegação fiscal.

 Durante reunião entre CRCMT e Núcleo de Inteligência e Investigação Fiscal da Sefaz no dia 25 de maio, foram tratados diversos quesitos, resultando no objetivo de renovação do termo de cooperação, contemplando, a pedido do Conselho que seja permitida a exclusão da representatividade do profissional contábil daquelas empresas que estão baixadas ex-officio ou suspensas, sem ônus ao profissional. 

O crime de ordem tributária não é cometido em singularidade tampouco de forma isolada, e ressaltamos que a SEFAZ deverá, também, aprimorar seus controles, capacitar seus servidores, unificar e padronizar suas informações bem como praticar a estabilidade tributária de forma que não haja campo fértil para prática das chamadas “criação de dificuldades para venda de facilidades”. Como cita a própria matéria: “O objetivo do Núcleo de Inteligência e Investigação Fiscal da Sefaz é dificultar a prática de sonegação fiscal pelas empresas, tornando a fiscalização mais rigorosa e desestimulando contabilistas a praticarem atos ilícitos. A atitude mais firme da Sefaz também deve acabar com a concorrência desleal, pois vai impedir que maus profissionais conquistem mais clientes exatamente por utilizarem meios de burlar o fisco, enquanto os que trabalham direito acabam penalizados”.

 Não iremos admitir arbitrariedades por parte da Secretaria de Fazenda.

 A prática da sonegação tornou-se um vício que precisa ser combatido. Nesse passo, o Conselho Regional de Contabilidade de Mato Grosso, junto com os órgãos competentes, continuará agindo de forma combativa a fim de reduzir práticas espúrias bem como conscientizar a classe empresarial, tributarista (contábil), contadores, servidores vinculados ao fisco e todos os agentes envolvidos no processo, para que ética, honestidade, responsabilidade e competência sejam premissas que todos, inclusive os governos devem adotar a fim de que esta “cultura” de práticas ilícitas sejam totalmente expurgadas da nossa sociedade, e então, aos honestos e bons profissionais, seja dado o respeito que lhe é devido."

http://www.crcmt.org.br/novo/www/noticias/nota-esclarecimento,40834...IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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ECF - PVA - Publicação de nova versão 2.0.3 Postado por José Adriano em 17 junho 2016 às 15:54

Foi disponibilizada a versão 2.0.3 do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF), com as seguintes correções:

- Ajustes na recuperação de ECD com existência de I157.- Erro no momento da transmissão, no caso de recuperação da ECF anterior.- Edição dos campos numéricos com decimais.- Visualização dos registro filhos do X340, quando há mais de um X340. - Visualização e edição de contas referenciais no registro J051.- Erros de importação provenientes do registro Y800.- Relatório do Y600.- Relatório do e-LACS.- Relatório do registro N615.

Fonte: RFB

Publicada a versão 2.2.5 do PVA da EFD ICMS IPI 14 de junho de 2016

Está disponível para download a versão 2.2.5 do PVA da EFD ICMS IPI.

A nova versão visa corrigir as falhas de utilização da tabela de código de receita do estado de São Paulo.Para aqueles que estão utilizando normalmente a versão 2.2.4, esta permanecerá disponível para transmissão dos arquivos até 30/06/2016. Fonte: Sítio do SPED

Receita Federal publica Instrução Normativa que facilita consulta ao Siscomex

14 de junho de 2016

A Receita Federal publicou hoje, 13 de junho, a Instrução Normativa nº 1650 que dispõe sobre a consulta avulsa à Declaração de Importação, do Sistema Integrado de Comércio Exterior – Siscomex, no Portal único de Comércio Exterior. Essa norma oferece ao importador uma forma alternativa de consulta à declaração de importação, agilizando o relacionamento com autoridades e bancos. Além disso, possibilita ao importador fazer prova de suas operações de importação sem necessidade de habilitação no Siscomex.

Assim, a Receita Federal oferece mais um instrumento para simplificação e agilização dos procedimentos de comércio exterior.

Fonte: RFBIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Atenção: Publicada atualização da Nota Técnica 2015/003 (Versão 1.80)

13 de junho de 2016

Publicada atualização da Nota Técnica 2015/003 (Versão 1.80), com alterações nas seguintes regras de validação:

* E16a-30 para* somente aplicar a validação em operações interestaduais;* complementar a mensagem de rejeição para especificar essa alteração;* não aplicar a validação nos casos de isenção, imunidade ou não-tributação;

* N12-70 para* possibilitar a discriminação dos acessórios em itens separados na venda de veículos novos;* não aplicar a validação em operações interestaduais com lubrificantes derivados de petróleo enquadrados no regime de substituição tributária e antecipação do imposto com o encerramento de tributação;* possibilitar devoluções (finNFe=4) em situações de suspensão e diferimento;

* NA01-20 para não aplicar a validação nos casos de isenção, imunidade ou não tributação, e nem nos casos de NF-e Complementar ou de Ajuste.

Fonte: Portal da Nota Fiscal Eletrônica

Atualização torna-se obrigatória Postado por José Adriano em 16 junho 2016 às 9:00

A atualização profissional é fundamental em qualquer atividade, mas no caso dos contadores ela se tornou obrigatória a partir deste ano.

Isso porque está em vigor o novo programa de Educação Profissional Continuada instituído pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Segundo a nova norma, os contadores que atuam como auditores independentes devem participar de atividades programadas por entidades reconhecidas para continuar exercendo suas funções profissionais.

O objetivo, segundo especialistas, é atualizar e expandir conhecimentos, competências técnicas, habilidades multidisciplinares, relacionamentos e padrões éticos dos profissionais do segmento. A atualização profissional ainda é bastante tímida no Brasil. A título de comparação, os norte-americanos investem 31 horas de treinamento por ano por pessoa em suas empresas. Por aqui, são apenas 16 horas, compara a arquiteta educacional da empresa especializada em treinamentos corporativos DCF Associados, Susana de Carvalho Ferreira.

16 normas por horaIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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A necessidade de atualização é resultado da crescente especialização da área. Para se ter uma ideia, somente no ano passado, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), foram editadas novas 32.023 normas tributárias. Isso representa 127 novas regras por dia útil ou 15,88 por hora comercial. Há 352.366 normas tributárias no País, uma para cada 580 brasileiros.

Além desse cenário causado pela crescente complexibilidade tributária, os profissionais são mais exigidos com a entrada em vigor do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e eSocial, o programa que unifica as informações dos empregados que as empresas enviam ao Fisco. Também há a necessidade de adequação das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais para a unificação às regras de outros 120 países, destaca o presidente do Sindicato dos Contabilistas do Estado de São Paulo (Sindcont-SP), Jair Gomes de Araújo.

Neste sentido, a obrigatoriedade da educação continuada pode ter papel fundamental no processo de tornar os contadores brasileiros mais próximos dos americanos quando o assunto é qualificação. Por se tratar de uma atividade intelectual, depende de conhecimento multidisciplinar. Além disso, é uma área muito dinâmica e a atualização é fundamental para o exercício da profissão, destaca o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-SP), Márcio Shimomoto.

Contingente

Com o objetivo de contribuir com a qualificação profissional, as entidades de classe têm investido na realização de cursos, palestras e eventos de atualização para contadores. No Sescon-SP, por exemplo, cerca de 15 mil pessoas participam, anualmente, de programas elaborados pela entidade. Há palestras gratuitas com alertas e dicas sobre temas que podem impactar na profissão.

Já no Sindcont-SP, somente em 2015 foram realizados 66 seminários e palestras, além de 111 cursos, totalizando 10.712 participantes. Em São Paulo, o Conselho Federal de Contabilidade realizou 603 atividades presenciais no ano passado, com 52.276 participações.

A Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) chegou a criar uma universidade corporativa. No Brasil, infelizmente, não temos a cultura da atualização profissional, fundamental para a boa prestação de serviços ao cliente, afirma a gerente da UniFenacon, Helen Carolina Gama. No ano passado, a entidade criou 28 cursos, que contaram com a participação de11 mil alunos.

Engatinhando

Se considerarmos o universo de profissionais contábeis em todo o País (atualmente são mais de 520 mil, conforme dados do CFC), ainda é pouco, mas estamos caminhando para quebrar esse paradigma, complementa Helen. De acordo com ela, os cursos on-line têm contribuído para que mais pessoas, especialmente as que estão longe dos grandes centros, tenham acesso à atualização profissional.

Além das entidades, também as empresas estão atuando fortemente no processo de atualização de profissionais. A Deloitte Brasil é uma das companhias com programas de qualificação e atualização, tanto para colaboradores quanto para profissionais. As normas regulatórias são bastante dinâmicas no Brasil e a universidade corporativa é uma iniciativa que oferece conhecimento técnico e de gestão para os profissionais, destaca o diretor da Deloitte Educação Empresarial, Marcos Braga. 

Fonte: DCI-SP via http://www.ibpt.com.br/noticia/2440/Atualizacao-torna-se-obrigatoria

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Aplicativo Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional

16 de junho de 2016

Em 15/06/2016, estará disponível o novo aplicativo “Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN)” no portal do Simples Nacional e no portal e-CAC do sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).O aplicativo é uma Caixa Postal que permite ao contribuinte, optante pelo regime, consultar as comunicações eletrônicas enviadas pela Receita Federal do Brasil, Estados, Municípios e Distrito Federal. Será utilizado também para comunicação ao contribuinte que tenha solicitado opção pelo Simples Nacional, sendo, neste caso, apenas no tocante à ciência de atos relativos ao processo referente à opção.

O sistema de comunicação eletrônica para as empresas optantes pelo Simples Nacional está previsto na Lei Complementar nº 123/2006, em seu artigo 16, §§ 1º-A a D, e regulamentado na Resolução CGSN nº 94/2011.Conforme a legislação citada, para as comunicações feitas por meio eletrônico, está dispensada a publicação no Diário Oficial e o envio por via postal. Essa comunicação eletrônica será considerada pessoal para todos os efeitos legais. Considerar-se-á realizada a ciência da comunicação no dia em que se efetivar a consulta eletrônica ao teor da comunicação, que deverá ser feita em até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data da sua disponibilização, sob pena de ser considerada automaticamente realizada na data do término desse prazo. Nos casos em que a consulta se dê em dia não útil, a comunicação será considerada como realizada no primeiro dia útil seguinte.

Não é necessário solicitar adesão ao DTE-SN. Todos os optantes pelo Simples Nacional (desde que não optantes pelo SIMEI), automaticamente, já são optantes pelo DTE-SN. O acesso ao serviço, no portal do Simples Nacional ou portal e-CAC da RFB, é feito com a utilização de certificado digital ou código de acesso gerado nesses portais. Entretanto, o código de acesso gerado pelo portal do Simples Nacional não é válido para acesso ao e-CAC da RFB, e vice-versa.

Para mais informações sobre o aplicativo, consulte o Manual do Domicílio Tributário Eletrônico do Simples Nacional (DTE-SN), disponível no item “Manuais”.O DTE-SN não exclui outras formas de notificação, intimação ou avisos previstas nas legislações dos entes federados, incluídas as eletrônicas.

SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL

Fonte: RFB – Simples Nacional

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Receita Federal fiscaliza a entrega de declarações contábeis pelo SPED

16 de junho de 2016

Roberta Mello

A Receita Federal no Rio Grande do Sul apurou que 145 empresas gaúchas de grande e médio porte não enviaram ou entregaram com inconsistências escriturações contábeis e fiscais do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Os contribuintes têm até o dia 30 de junho para regularizarem as desconformidades através do envio de uma nova declaração. Caso contrário, a partir dessa data, as pessoas jurídicas serão intimadas e terão de pagar multas que podem variar de R$ 500 a R$ 5 milhões.

Estão sendo analisadas a Escrituração Contábil Digital (ECD), Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e Escrituração Fiscal Digital das Contribuições (EFD-Contribuições) referentes a 2013 e 2014. Os gaúchos são os primeiros do processo de fiscalização das informações prestadas nos três módulos. Apenas nessa primeira etapa, o valor arrecadado com a aplicação de multas pode chegar a R$ 124 milhões.

“Nosso objetivo não é esse. Estamos dando um prazo para o envio das novas escriturações, porque o que queremos é levar todos os contribuintes a declararem corretamente”, enfatizou o chefe da divisão de fiscalização da Receita Federal no Estado, Jorge Lopes da Silveira. Para corrigir, basta transmitir novamente a escrituração via Sped.Nos casos em que não for feita retificação ou esta continuar apresentando discrepâncias entre dados cruzados, haverá intimação. Após, as organizações sofrerão penalidades de acordo com o tipo de infração.

No caso de falta de entrega das escriturações e entrega em atraso, as multas podem variar de R$ 500,00 por mês de atraso até o limite de R$ 5 milhões, dependendo do tipo de escrituração e da receita bruta da empresa.Para as situações em que forem constatadas incorreções ou omissões, a multa prevista é de 3% do valor das transações omitidas. “Recebemos muitas declarações zeradas, sem nenhum tipo de informação. Esses contribuintes terão a multa calculada sobre o valor das transações omitidas, ou seja, uma empresa que teve faturamento de R$ 1 milhão e declarou zero terá de pagar R$ 30 mil”, avisa Silveira. O formato de análise dos dados no Estado deve ser estendido a todo o País ainda este ano.

Fonte: Jornal do Comércio

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A ilegalidade na cobrança do ICMS de insumos interestaduais na construção civil

14 de junho de 2016

Muitas empresas optam por não contratar serviços especializados na área tributária e pagam o preço por isso. Historicamente, a Receita Federal cobra impostos que na situação não são devidos. É o caso da constituição de crédito do diferencial de alíquota de ICMS nas operações de aquisição de insumos interestaduais.

Corre entendimento consolidado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que as empresas do setor de construção civil, quando adquirentes de insumos em outros Estados para aplicação nas obras que executam, não são devedoras do diferencial de alíquota de ICMS.

Isso porque os insumos adquiridos – ferro, areia, concreto, equipamentos, etc. – estão sendo utilizados em sua atividade fim, não caracterizando atividade mercantil, logo não há fato gerador de ICMS.

Desta forma, basta que a construtora/incorporadora demonstre que não promove circulação de mercadorias através de seu contrato social ou de qualquer outro documento hábil, para que esteja desobrigada ao pagamento.

As empresas que já efetuaram o pagamento deste diferencial de alíquota podem e devem procurar uma consultoria jurídica especializada para reaver os créditos pagos a maior na Justiça

Fonte: Investimentos e Negócios

Fundo de Equilíbrio Fiscal... é cada coisa...

Atenção: empresas que tem PTA em MG:

CONVÊNIO ICMS 42, DE 3 DE MAIO DE 2016

Publicado no DOU de 06.05.16

Autoriza os estados e o Distrito Federal a criar condição para a fruição de incentivos e benefícios no âmbito do ICMS ou reduzir o seu montante.

 Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ, na sua 261ª Reunião Extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 3 de maio de 2016, tendo em vista o disposto na Lei Complementar n° 24, de 7 de janeiro de 1975, resolvem celebrar o seguinte

 CONVÊNIO

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Cláusula primeira Ficam os estados e o Distrito Federal autorizados a, relativamente aos incentivos e benefícios fiscais, financeiro-fiscais ou financeiros, inclusive os decorrentes de regimes especiais de apuração, que resultem em redução do valor ICMS a ser pago, inclusive os que ainda vierem a ser concedidos:

 I - condicionar a sua fruição a que as empresas beneficiárias depositem no fundo de que trata a cláusula segunda o montante equivalente a, no mínimo, dez por cento do respectivo incentivo ou benefício; ou

 II – reduzir o seu montante em, no mínimo, dez por cento do respectivo incentivo ou benefício.

§ 1º O descumprimento, pelo beneficiário, do disposto nos incisos I e II do caput por 3 (três) meses, consecutivos ou não, resultará na perda definitiva do respectivo incentivo ou benefício.

§ 2º O montante de que trata o inciso I do caput será calculado mensalmente e depositado na data fixada na legislação estadual ou distrital.

 Cláusula segunda A unidade federada que optar pelo disposto no inciso I da cláusula primeira instituirá fundo de equilíbrio fiscal, destinado à manutenção do equilíbrio das finanças públicas, constituídos com recursos oriundos do depósito de que trata o inciso I da cláusula primeira e outras fontes definidas no seu ato constitutivo.

 Cláusula terceira Fica revogado o Convênio ICMS 31/16, de 8 de abril de 2016.

 Cláusula quarta Este convênio entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União, produzindo efeitos a partir da data de sua ratificação nacional.

 Presidente do CONFAZ – Nelson Henrique Barbosa Filho; Acre – Joaquim Manoel Mansour Macêdo, Alagoas - George André Palermo Santoro, Amapá - Josenildo Santos Abrantes, Amazonas – Afonso Lobo Moraes, Bahia – Manoel Vitório da Silva Filho, Ceará – Carlos Mauro Benevides Filho, Distrito Federal – João Antônio Fleury Teixeira, Espírito Santo – Ana Paula Vitali Janes Vescovi, Goiás – Ana Carla Abrão Costa, Maranhão - Marcellus Ribeiro Alves, Mato Grosso – Paulo Ricardo Brustolin da Silva, Mato Grosso do Sul - Márcio Campos Monteiro, Minas Gerais - José Afonso Bicalho Beltrão da Silva, Pará – Nilo Emanoel Rendeiro de Noronha, Paraíba – Marconi Marques Frazão, Paraná – Mauro Ricardo Machado Costa, Pernambuco - Márcio Stefanni Monteiro Morais, Piauí - Rafael Tajra Fonteles, Rio de Janeiro - Julio César Carmo Bueno, Rio Grande do Norte - André Horta Melo, Rio Grande do Sul – Giovani Batista Feltes, Rondônia – Wagner Garcia de Freitas, Roraima – Shiská Palamitshchece Pereira Pires, Santa Catarina – Antonio Marcos Gavazzoni, São Paulo - Renato Augusto Zagallo Villela dos Santos, Sergipe – Jeferson Dantas Passos, Tocantins – Edson Ronaldo Nascimento.

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Brechas para sonegação foram abertas com desoneração da folha17 jun 2016 Fernanda Rodrigues Tributário Deixe seu Comentário            Segundo subsecretário, modelo criado no governo Dilma é difícil de ser controlado e suscetível a fraudes; força-tarefa encontrou indícios de sonegação que podem levar a mais de R$ 6 bilhões em autuações

BRASÍLIA – A Receita Federal montou uma força-tarefa com a elite dos auditores fiscais do País para investigar fraudes tributárias praticadas pelas empresas que foram contempladas pela desoneração da folha de pagamentos, benefício que já custou aos cofres do Tesouro Nacional uma renúncia fiscal de R$ 63,43 bilhões até fevereiro deste ano. Para a Receita, a complexidade do modelo de desoneração da folha criado no País abriu brechas para a sonegação fiscal.

“É difícil de ser apurado pelo contribuinte, difícil de ser controlado pela Receita e suscetível a fraudes”, disse o subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Jung Martins.

Na primeira grande operação de fiscalização desde que a desoneração começou, em 2012, foi identificado que um número significativo de empresas tem inflado a base de produtos e serviços desonerados para reduzir o valor devido de contribuição previdenciária.

Fiscalização-piloto em 274 empresas do setor de construção civil apontou indícios de sonegação previdenciária de R$ 1,078 bilhão em 2.259 obras grandes e médias. Em outras 176 empresas de vários setores, há processos de fiscalização em andamento com potencial para auto de infração no valor de R$ 1,145 bilhão, segundo Martins.

O subsecretário informou que os auditores estão refinando os dados de outras 624 empresas, que informaram compensações indevidas. Nesse grupo, as autuações (imposto devido, multa) podem chegar a R$ 5,199 bilhões.

Alíquota. As empresas que são desoneradas deixam de pagar 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de salários e, em troca, recolhem uma alíquota sobre o faturamento. A medida beneficiou, principalmente, empresas que precisam de grande mão de obra.

No ano passado, o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy atacou o modelo de desoneração da folha criado pela gestão de Guido Mantega nos primeiros anos do governo Dilma Rousseff. Levy propôs um aumento das alíquotas para as empresas, mas o Congresso fez modificações nas propostas que abrandaram os seus efeitos.

Estudo preparado pela equipe de Levy mostrou que a política de desoneração custou mais aos cofres públicos do que os empregos mantidos ou gerados. A política foi criada em 2011 e expandida para 67 setores de forma permanente no ano passado. Para a Fazenda, a desoneração criou “distorções” no sistema tributário, em especial no financiamento da Previdência. A desoneração hoje é facultativa. Os setores com mais empresas desoneradas são transporte, construção de edifícios, varejo, serviços de tecnologia, obras de infraestrutura, vestuário e máquinas e equipamentos.

Em sua primeira entrevista como ministro da Fazenda, Henrique Meirelles já havia criticado as desonerações. “Podemos e vamos sim cortar despesas e privilégios daqueles que não precisam”, disse. Fonte: Estadão

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NF-e - A partir de julho de 2016 novos campos serão validados pelo programaSerão rejeitados os arquivos da NF-e que apresentarem inconsistências entre a alíquota aplicada à operação e o Código de origem da mercadoria.

Fonte: Siga o FiscoLink: http://sigaofisco.blogspot.com.br/2016/06/nf-e-partir-de-julho-de-2016-novos.html

A partir de 1º de julho de 2016 o programa da NF-e vai validar o campo do Código de origem da mercadoria com o campo da alíquota aplicada à operação.Serão rejeitados os arquivos da NF-e que apresentarem inconsistências entre a alíquota aplicada à operação e o Código de origem da mercadoria.

A seguir alíquotas de ICMS aplicáveis às operações interestaduais e seus respectivos Códigos de origem das mercadorias:

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Operação interestadual - Alíquota de 4%

Operação interestadual - Alíquota de 7% e 12%

Com as novas regras de validação, será rejeitado o arquivo da NF-e que tiver alíquota interestadual de ICMS incompatível com o Código de origem da mercadoria.Estas regras de validação dos arquivos da NF-e constam da NT 2015.003 (Versão 1.80) e serão aplicadas a partir de 1º de julho de 2016.

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A seguir exemplos de arquivos válidos e rejeitados.

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Quando se tratar de operação interestadual com mercadorias estrangeiras, a alíquota do ICMS será de 4% e se a mercadoria for nacional será de 7% ou 12% (observadas às exceções).Para evitar rejeição do arquivo da NF-e é necessário analisar e sanear possíveis inconsistências existentes nos parâmetros até 30 de junho.

Abraços

Armazenagem e frete não geram créditos de PIS/Cofins na venda com incidência concentrada17 jun 2016 Fernanda Rodrigues EFD-Contribuições Deixe seu Comentário             SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA 5 COSIT, DE 13-6-2016(DO-U DE 17-6-2016)

DEDUÇÃO DE CRÉDITOS – Impossibilidade

Armazenagem e frete não geram créditos de PIS/Cofins na venda com incidência concentrada

A Cosit – Coordenação-Geral de Tributação, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovou as seguintes ementas da Solução de Divergência em referência:“É vedada a apuração de créditos da Contribuição para o PIS/Pasep em relação aos dispêndios com armazenagem de mercadoria e com frete suportados pelo vendedor na operação de venda de produtos sujeitos à cobrança concentrada ou monofásica das contribuições, inclusive gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de aviação; óleo diesel e suas correntes; querosene de aviação; gás liquefeito de petróleo – GLP derivado de petróleo e gás natural.DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 3º, inciso IX e art. 15, inciso II.………………………………………………………….É vedada a apuração de créditos da Cofins em relação aos dispêndios com armazenagem de mercadoria e com frete suportados pelo vendedor na operação de venda de produtos sujeitos à cobrança concentrada ou monofásica das contribuições, inclusive gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de aviação; óleo diesel e suas correntes; querosene de aviação; gás liquefeito de petróleo – GLP derivado de petróleo e gás natural.DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 3º, inciso IX.”

Fonte: COAD

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Novo teto do Simples Nacional não contempla ICMS e ISS

13 de junho de 2016

O Projeto de Lei Complementar – PLC 125/2015, altera a Lei Complementar nº 123/06, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, para reorganizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto devido por optantes do Simples Nacional.

Uma das propostas do Projeto é de reduzir de 20 para 6 faixas de faturamento. Além disso, o aumento das alíquotas incidentes sobre cada uma das faixas deve ocorrer de forma gradativa, aplicando-se ao Simples o mesmo conceito de progressividade tributária atualmente vigente no Imposto de Renda Pessoa Física. Que foi intitulado de “rampa” suave que não inibe o crescimento dos negócios.

Com a promessa de aumentar o limite do Simples Nacional de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões em vez dos 14 milhões do texto original do Projeto de LC 125/2015, o governo pode ressuscitar o antigo Simples Federal e o Simples Estadual, em vigor até 30 de junho de 2007.

Antes de entrar em vigor o atual regime Simples Nacional (LC nº 123/2006), a empresa podia estar enquadrada no Simples Federal e não ser optante nos Estados.

Porque isto pode ocorrer?

Se a nova proposta for aprovada, o Simples Nacional terá o limite anual de faturamento de R$ 4,8 milhões, porém a partir de R$ 3,6 milhões o ICMS e o ISS não serão contemplados pelo regime. Estes tributos deverão ser recolhidos em guia própria.

Assim, o Simples Nacional desde que entrou em vigor nunca foi tão simples e poderá ficar mais complicado com o recolhimento do ICMS e do ISS fora do regime.

Muitas empresas preocupadas com um possível desenquadramento por excesso de receita, estão na expectativa da aprovação do aumento do teto, mas é necessário ficar atento.

Deixando de recolher o ICMS pelo regime Simples, a empresa ficará sujeita às obrigações exigidas dos contribuintes que apuram o imposto através do sistema crédito e débito (regime normal), e assim deverá elaborar e transmitir a EFD-ICMS, GIA, entre outras.

Consequências da aprovação do novo limite do Simples Nacional

Comércio / Indústria – ICMS

Somente as empresas com receita bruta anual de até R$ 3.600.000,00 terão o ICMS contemplado pelo Simples Nacional. Acima deste valor o imposto será cobrado “por fora” do regime, através da apuração normal, inclusive quanto às obrigações acessórias.

Prestação de serviços – ISS

Somente as empresas com receita bruta anual de até R$ 3.600.000,00 terão o ISS contemplado pelo Simples Nacional. Acima deste valor o imposto será cobrado em guia própria do município.

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Neste ponto cabe uma anotação: A alíquota máxima permitida do ISS é de 5%. Portanto, não faz sentido recolher este imposto em guia separada. A empresa optante pelo Simples Nacional poderia continuar recolhendo o ISS junto com os demais tributos através do DAS.

A empresa com receita decorrente de locação de bens móveis, será beneficiada em relação a continuidade no regime, quando auferir receita bruta de até R$ 4,8 milhões, já que esta atividade está livre de ISS e ICMS.

Em relação ao ICMS, além de recolher o imposto em guia própria, existem algumas questões que os Estados deverão se manifestar:

Como ficaria a questão do DIFAL da EC 87/2015, já que o STF suspendeu a cobrança das empresas optantes pelo Simples Nacional; e

Como ficaria também a questão do cálculo do ICMS-ST nas operações interestaduais, já que o Convênio ICMS 35/2011 determina que não há Ajuste da MVA, nas operações realizadas por fornecedor optante pelo Simples Nacional.

Se para o empresário há um alívio, pois o novo limite de faturamento poderá evitar o desenquadramento do regime por excesso de receita, por outro lado o responsável por acompanhar as regras e obrigações fiscais deve ficar atento para evitar multas.

De acordo com o projeto, vai ficar mais complexo apurar os tributos das empresas optantes pelo Simples Nacional, quando a receita bruta anual for superior a R$ 3,6 milhões.

Outras alterações

Neste mesmo projeto (PLC 125/2015), a receita bruta anual do MEI será elevada de R$ 60 mil para R$ 72 mil.

Já o parcelamento de débitos será ampliado de 60 meses para 120 meses, com redução de multas e juros de pelo menos 90% para o MEI e de pelo menos 50% para as micro e pequenas empresas.

De acordo com o projeto, a Lei do Simples Nacional será composta por cinco Tabelas, atualmente são seis.

O projeto ainda prevê a tributação dos advogados, arquitetos, terapeutas ocupacionais, médicos e odontólogos pelas alíquotas da tabela do Anexo 3, a mais favorável para os prestadores.

Mas a essência do regime, a tão divulgada simplificação, ainda não foi atingida, visto que existem várias exceções que exigem do optante pelo Simples Nacional o recolhimento de tributos “por fora” do Simples.

Confira aqui o PLC 125/2015.

Fonte: Jornal Contábil

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Receita regulamenta regime de apuração da Cofins e da Contribuição para o PIS/PasepAto Declaratório Interpretativo (ADI) n.º 4 normatiza o entendimento

A Receita Federal publicou, em 9 de junho de 2016, o Ato Declaratório Interpretativo (ADI) n.º 4  para normatizar o entendimento sobre o regime de apuração da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep aplicável às receitas decorrentes da venda de produtos submetidos à incidência concentrada ou monofásica.

O ato normativo tem por objetivo esclarecer que, para efeitos do rateio proporcional para cálculo de créditos utilizados pelas empresas que pagam as contribuições tanto pela forma cumulativa quanto pela não cumulativa, as receitas decorrentes da venda de produtos sujeitos à incidência concentrada ou monofásica da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins podem ser incluídas no cálculo da "relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não cumulativa e a receita bruta total", mesmo que tais receitas estejam submetidas à suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência das contribuições em voga, salvo disposições contrárias estabelecidas pela legislação.

Além disso, em relação às receitas decorrentes da venda de álcool para fins carburantes, a norma esclarece que elas estiveram sujeitas ao regime de apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins até 1º de outubro de 2008, aplicando-se a tais receitas, a partir dessa data, o regime de apuração não cumulativa das contribuições, salvo disposições contrárias estabelecidas pela legislação.

Fonte: Receita Federal do Brasil.

SIMPLES NACIONAL – REVENDA DE MECADORIA COM TRIBUTAÇÃO MONORASICA DO PIS/COFINSSOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA Nº 9.026, DE 27 DE OUTUBRO DE 2015 DOU13/06/2016

Assunto: *Simples Nacional* TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA. PERFUMARIA. Há redução dos percentuais relativos ao PIS/Pasep e à Cofins constantes das Tabelas do Anexo I, da Lei Complementar 123, de 2006, quando ocorrer a revenda de mercadorias sujeitas à tributação concentrada do PIS/Pasep e da Cofins, quanto a produtos farmacêuticos, de perfumaria e higiene pessoal. Para apuração do valor do Simples Nacional, devido em cada mês, relativo às mesmas receitas, devem ser desconsiderados nas respectivas tabelas do Anexo I, da mesma Lei Complementar, os percentuais referente ao Pis/Pasep e à Cofins. SOLUÇÃO DE CONSULTA VINCULADA À SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 202, DE 11 DE JULHO DE 2014. Dispositivos Legais: Lei Complementar 123, art. 18, caput e § 4º, inciso IV, e §§ 12,13 e 14, inciso I, alíneas "a" e "b" , Resolução CGSN nº 94, de 2011 e alterações posteriores, art. 25, inciso I alínea "b'.

MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTIChefe

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Receita Federal realiza Operação Engenharia Contábil

13 de junho de 2016

A Delegacia da Receita Federal em Divinópolis/MG deflagrou na última segunda-feira (06), operação que visa fiscalizar obras de construção civil de responsabilidade de pessoas jurídicas. A RFB intimará alguns contribuintes previamente selecionados a apresentarem sua contabilidade, para verificação das informações prestadas na DISO – Declaração e Informação Sobre a Obra.

Cerca de mil obras de construção civil pertencentes a pessoas jurídicas, foram regularizadas utilizando a declaração de que possui contabilidade regular, na jurisdição da DRF/Divinópolis a partir de 2012. Serão intimados contribuintes cujo montante de recolhimento indica a utilização de mão-de-obra informal. A operação irá constituir os créditos tributários daquelas empresas que não apresentarem contabilidade, ou apresentarem sem atender as normas contábeis e legais e lavrar representação fiscal para fins penais, pelo crime contra a ordem tributária. Além da constituição dos créditos a operação visa também a presença fiscal, desestimulando outras declarações inverídicas em futuras regularizações de obras.

Fonte: RFB

Estado altera o RICMS com relação à isenção Decreto-MG 47012/201617 jun 2016 Fernanda Rodrigues ICMS Deixe seu Comentário

DECRETO 47.012, DE 16-6-2016(DO-MG DE 17-6-2016)

REGULAMENTO – Alteração

Estado altera o RICMS com relação à isençãoEsta modificação no Decreto 43.080, de 13-12-2002 – RICMS-MG, dispõe sobre a isenção na saída, em operação interna, de lâmpada fluorescente em operações de doação promovida pela CEMIG para consumidores de unidades residenciais de baixa renda.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 90 da Constituição do Estado e tendo em vista o disposto na Lei nº 6.763, de 26 de dezembro de 1975, e no Convênio ICMS 15, de 5 de abril de 2013,DECRETA:Art. 1º O item 187 e o subitem 187.1 da Parte 1 do Anexo I do Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 43.080, de 13 de dezembro de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação:“

(…) (…)  (…)

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187 Saída, em operação interna, de lâmpada fluorescente compacta de 16 a 25 Watts, NBM/SH 8539.31.00, em operações de doação promovida pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) para consumidores de unidades residenciais de baixa renda.

31/12/2017

187.1 A isenção prevista neste item aplica-se às operações de doação que totalizem até 1.250.000 (um milhão duzentos e cinquenta mil) lâmpadas.

(…)

 

(…) (…)  (…)

” (nr)Art. 2º Fica revogado o item 114 da Parte 1 do Anexo I do Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 43.080, de 13 de dezembro de 2002.Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

FERNANDO DAMATA PIMENTEL

Fonte: COAD

Classificação fiscal de produto final industrializado em terceiroResumo:

Analisaremos neste Roteiro de Procedimentos o que a legislação do IPI, e os entendimentos da Receita Federal do Brasil (RFB) versam a respeito da classificação fiscal a ser utilizada quando do envio do produto final ao estabelecimento encomendante, quando da realização da operação denominada industrialização por encomenda. Procuraremos responder a seguinte questão: Qual classificação fiscal utilizar a fim de se identificar à alíquota do IPI (dos insumos ou a do produto final), quando da realização da operação de industrialização por encomenda?

Utilizaremos como base o RIPI/2010 e os entendimentos da RFB que tratam do assunto e citados ao longo deste trabalho.

1) Introdução:A industrialização por conta de terceiros ou industrialização sob encomenda ocorre quando o estabelecimento autor do pedido remete a outra empresa matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e materiais de embalagem (ME), ou seja, insumos em geral, para que este efetue a industrialização de um dado produto final.

A legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) conceitua industrialização (1), para efeitos de incidência do imposto, como sendo qualquer operação que importe em modificar a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo,

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tais como: (i) transformação; (ii) beneficiamento; (iii) montagem; (iv) acondicionamento ou reacondicionamento ou; (v) renovação ou recondicionamento.

Assim, perante a legislação do IPI, essas são as formas de industrialização que podem ser efetuadas pela empresa industrial ou por terceiros, neste caso, mediante encomenda.

Nesse passo, é oportuno mencionar que o artigo 43, VI do Regulamento do IPI/2010 (RIPI/2010) permite que a operação de remessa e de retorno dos insumos (MP, PI e ME), enviados para industrialização por encomenda, sejam realizadas sobre o abrigo da suspensão do imposto, desde que os produtos, depois de industrializados, sejam efetivamente enviados ao autor da encomenda (encomendante) pelo estabelecimento industrializador.

Como podemos verificar, apenas a remessa e o retorno dos insumos, este ainda que simbólico, estarão acobertados pelo suspensão do IPI. No que se refere ao produto final (produto produzido), o industrializador deverá verificar qual a destinação que será dada a ele, para que assim possa compor a Base de Cálculo (BC) do imposto, uma vez que o IPI poderá incidir sobre parte do produto final, ou sobre o total, incluído aí o próprio insumo remetido pelo estabelecimento encomendante.

Assim, para saber o que comporá a BC do imposto, se apenas a mão-de-obra (MO) e os materiais de propriedade do industrializador aplicados no processo industrial ou, também, a soma desses valores acrescido dos insumos originalmente remetidos, deverá ser verificado a destinação do produto final.

Sendo o valor dos insumos incluídos na BC do IPI, uma dúvida pode surgir em nossos leitores, qual seja, "Qual classificação fiscal utilizar a fim de se identificar à alíquota do imposto, a dos insumos remetidos ao estabelecimento industrial executor da encomenda ou a do produto final?".

É exatamente essa dúvida que procuraremos responder no presente Roteiro de Procedimentos, assim, analisaremos aqui o que a legislação do IPI, e os entendimentos da Receita Federal do Brasil (RFB) versam sobre o assunto. Para tanto, utilizaremos como base o RIPI/2010, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, bem como as Soluções de Consulta da RFB citadas ao longo do trabalho.

Nota Tax Contabilidade:

(1) Interessante que se diga que são irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados.

Base Legal: Arts. 4º, 43, VI e 191 do RIPI/2010 (UC: 17/06/16).

2) Conceitos:2.1) Industrialização:

De acordo com o Regulamento do IPI, caracteriza-se como sendo industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como:

a. a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação);

b. a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);

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c. a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);

d. a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou

e. a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento).

Importante destacar que, são irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados.

Base Legal: Art. 4º do RIPI/2010 (UC: 17/06/16).

3) Tratamento Fiscal do Retorno de Industrialização:Conforme visto na introdução deste trabalho, a remessa e o retorno de insumos, este ainda que simbólico, para estabelecimento industrializador de terceiro estão acobertados pelo suspensão do IPI. Porém, quanto ao produto final, o industrializador deverá verificar qual a destinação que será dada a ele, para que assim possa compor a Base de Cálculo (BC) do imposto.

Portanto, quando do retorno do produto final industrializado sob encomenda, em estabelecimento de terceiro, o IPI incidirá sobre:

a. o valor cobrado pelo estabelecimento industrializador (o valor da MO cobrada acrescidos dos materiais de propriedade do industrializador aplicados no processo industrial, desde que estes sejam de sua fabricação ou importação), quando os produtos forem destinados a:

i. comércio; ouii. emprego, como insumo em novo processo de industrialização que de origem à saída de

produto tributado; eb. o valor total da operação (o valor da MO cobrada acrescidos dos materiais aplicados no processo

industrial e dos insumos, exceto se usados, remetidos pelo encomendante), quando os produtos não forem destinados a:

i. comércio;ii. emprego, como MP ou PI em novo processo de industrialização; ou

iii. emprego no acondicionamento de produtos tributados.

Base Legal: Arts. 43, VI, 190, II e 191 do RIPI/2010 (UC: 17/06/16).

4) Classificação fiscal (produto final ou insumo):Sobre a BC citada no capítulo 3 acima, deverá ser aplicada a alíquota da classificação fiscal do produto final que está sendo retornado ao estabelecimento encomendante, conforme previsto na Tabela de Incidência do IPI/2011 (TIPI/2011). Portanto, o estabelecimento industrializador não poderá utilizar a alíquota da classificação fiscal dos insumos, independentemente se esta alíquota for menor ou maior do que o produto final.

Base Legal: Art. 189, caput do RIPI/2010 (UC: 17/06/16) e; TIPI/2011 (UC: 17/06/16).

4.1) Soluções de Consulta da RFB:IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Respaldando o entendimento firmado no capítulo 4, reproduzimos abaixo algumas Soluções de Consulta da RFB, que embora editadas na vigência do RIPI/2002, permanecem válidas no atual ordenamento normativo:

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 2 de 06 de Janeiro de 2004

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. NOTAS FISCAIS. No retorno de produtos industrializados por encomenda a partir de matérias-primas, produtos intermediários, material de embalagem, moldes, matrizes ou modelos previamente remetidos pelo respectivo encomendante deverá ser emitida pelo executor da encomenda uma única nota fiscal, na qual será indicado o preço total cobrado pela operação realizada, que incluirá: o valor da mão-de-obra aplicada no produto industrializado, o valor dos insumos de propriedade do industrializador (executor da encomenda) aplicados no produto e o valor das demais despesas por ele cobradas do encomendante, conforme legalmente previsto. Essas notas fiscais deverão sempre reportar-se à classificação fiscal do produto saído, resultante da industrialização realizada e, se couber o lançamento de IPI na operação de retorno, será ele calculado pela aplicação da alíquota que corresponder a esse produto. Além dos elementos antes discriminados a nota fiscal emitida quando do retorno dos produtos fabricados por encomenda deverá também mencionar os dados dos documentos fiscais que acompanharam os respectivos insumos recebidos pelo executor da encomenda e aplicados na industrialização efetuada.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 242 de 12 de Julho de 2007

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: Os produtos industrializados sob encomenda, com o fornecimento de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos por parte do encomendante, poderão sair do estabelecimento industrial com suspensão do IPI, desde que cumpridas as seguintes condições: a) que o executor da encomenda não utilize produtos de sua industrialização ou importação; b) que os produtos industrializados retornem ao estabelecimento do encomendante; c) que o encomendante destine esses produtos a comércio ou promova nova industrialização que dê origem à saída de produto tributado; d) que os insumos tenham sido remetidos pelo encomendante com suspensão de IPI. A remessa, por parte do encomendante, de matérias-primas com anotação N/T (Não-Tributado) na Tabela de Incidência de IPI, não permite a saída com suspensão de IPI do produto industrializado por encomenda. No retorno de produtos industrializados por encomenda, será emitida pelo estabelecimento industrial uma única nota fiscal, que deverá reportar-se à classificação fiscal do produto acabado, resultante da industrialização realizada, além dos demais procedimentos exigidos no RIPI/2002 para a emissão de notas fiscais. Se couber o lançamento de IPI na operação de retorno, este será calculado pela aplicação da alíquota que corresponder ao produto final, além da menção aos dados dos documentos fiscais que acompanharam os insumos remetidos pelo encomendante e aplicados na industrialização efetuada.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 184 de 09 de Julho de 2008

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ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: O estabelecimento industrial, quando do retorno dos produtos industrializados por encomenda, deverá emitir uma única nota fiscal, que deverá reportar-se à classificação fiscal do produto final, resultante da industrialização realizada, além dos demais procedimentos exigidos no RIPI/2002 para a emissão de notas fiscais. O lançamento do IPI na operação de retorno será calculado pela aplicação da alíquota que corresponder ao produto final, além da menção aos dados dos documentos fiscais que acompanharam os insumos remetidos pelo encomendante e aplicados na industrialização efetuada.

Base Legal: Os citados neste subcapítulo (UC: 17/06/16).

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 31/05/2014 e atualizado em 17/06/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Classificação fiscal de produto final industrializado em terceiro (Area: Guia do IPI). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=272. Acesso em: 19/06/2016.

Regras gerais de escrituração contábilResumo:

Veremos no presente Roteiro os critérios e procedimentos a serem adotados pelas entidades para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade.

O presente Roteiro está em consonância com a Resolução CFC nº 1.330/2011 (ITG 2000 – Escrituração Contábil).

1) Introdução:No meio empresarial brasileiro, escrituração é o nome que a legislação escolheu para expressar o ato de se efetuar lançamentos em contas, geralmente para fins contábeis, posteriormente compilados em livros e/ou fichas. Assim, além de escrituração contábil, também são comuns as expressões "escrituração mercantil ou comercial" e "escrituração tributária ou fiscal".

Toda entidade deve manter um sistema de escrituração contábil uniforme dos seus atos e fatos administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico em correspondência com a documentação respectiva e a levantar anualmente o Balanço Patrimonial (BP) e o resultado econômico, comumente chamado de Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE). Comporta destacar o artigo 1.009 do Código Civil/2002 (CC/2002) que impõe uma perfeita vinculação ao contabilista:

Art. 1.009. A distribuição de lucros ilícitos ou fictícios acarreta responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a ilegitimidade.

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Lembramos que a escrituração é uma obrigação imposta a todo tipo de pessoa jurídica, independentemente do tipo societário constituído (Sociedade Limitada, Sociedade Anônima, Empresa Individual, etc.), ou do regime de tributação escolhido (Lucro Real, Lucro Presumido, Simples Nacional, etc.). O que se deve ter em mente, sempre, é que a obrigação de manutenção da escrita contábil é uma imposição da legislação comercial, e não fiscal, como podemos verificar na dicção do artigo 1.179 do Código Civil/2002 (1):

Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.

§ 1º Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.

§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.

As Sociedades Anônimas possuem, além do Código Civil/2002, dispositivo legal específico (Lei das Sociedades Anônimas) obrigando-as a manter sistema de contabilidade na forma da legislação comercial e da própria Lei das Sociedades Anônimas. O artigo 177, caput da Lei das S/A assim estabelece:

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

Diante da legislação acima e considerando sua atribuições legais, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) expediu a Resolução CFC nº 1.330/2011, que aprovou a ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil, estabelecendo os critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a responsabilidade do profissional da contabilidade.

Assim, veremos neste Roteiro de Procedimentos as regras gerais presentes nas normas brasileiras de Contabilidade sobre escrituração contábil, principalmente às presentes na ITG 2000 (R1) – Escrituração Contábil).

Nota Tax Contabilidade:

(1) Tratando-se de empresário individual, caracterizado como Microempresa (ME) na forma da Lei Complementar nº 123/2006 que aufira Receita Bruta Anual de até R$ 60.000,00 (Sessenta mil reais), fica dispensado da obrigatoriedade de seguir um sistema de contabilidade (artigo, § 2º 1.179 do CC e, combinado com o artigo 68 da Lei Complementar nº 123/2006).

Fonte / Base Legal: Wikipédia (UC: 17/06/16); Art. 68 da LC nº 123/2006 (UC: 17/06/16); Art. 177, caput da Lei nº 6.404/1976 (UC: 17/06/16); Art. 1.179 da CC/2002 (UC: 22/07/2014) e; ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

2) Alcance da escrituração contábil:A escrituração contábil deve ser adotada por todas as entidades, independente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver.

Base Legal: Item 2 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014). IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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3) Formalidades da escrituração contábil:Primeiramente, cabe observar que a escrituração contábil das entidades deve ser realizada com a observância dos Princípios de Contabilidade normalmente aceitos. Assim, observando esses princípios, veremos neste capítulo as principais formalidades que envolvem a escrituração contábil segundo a ótica do CFC.

Base Legal: Item 3 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

3.1) Detalhamento da escrituração contábil:

O nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado às necessidades de informação de seus usuários. Nesse sentido, este Roteiro não estabelece o nível de detalhe ou mesmo sugere um plano de contas a ser observado. O detalhamento dos registros contábeis é diretamente proporcional à complexidade das operações da entidade e dos requisitos de informação a ela aplicáveis e, exceto nos casos em que uma autoridade reguladora assim o requeira, não devem necessariamente observar um padrão pré-definido.

A escrituração contábil deve ser executada:

a. em idioma e em moeda corrente nacionais;b. em forma contábil;c. em ordem cronológica de dia, mês e ano;d. com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas; ee. com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que

comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

Base Legal: Itens 3 a 5 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

3.2) Detalhamento do lançamento contábil:

A escrituração em forma contábil, ou seja, o lançamento contábil, deve conter, no mínimo:

a. data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;b. conta devedora;c. conta credora;d. histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico padronizado,

neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio;e. valor do registro contábil;f. informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo

lançamento contábil.

O lançamento contábil deve conter o número de identificação do lançamento em ordem sequencial relacionado ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

A terminologia utilizada no lançamento contábil deve expressar a essência econômica da transação.

Base Legal: Itens 6 a 8 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

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4) Formalidades extrínsecas dos Livros Contábeis:4.1) Livros Contábeis em forma não digital:

Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma não digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:

a. serem encadernados;b. terem suas folhas numeradas sequencialmente;c. conterem termo de abertura e de encerramento assinados pelo titular ou representante legal da

entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Base Legal: Item 9 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

4.2) Livros Contábeis em forma digital:

Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o Livro Razão, em forma digital, devem revestir-se de formalidades extrínsecas, tais como:

a. serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado;

b. quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público ou entidade competente.

Base Legal: Item 10 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

5) Utilização de Códigos e Abreviaturas:Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos contábeis, desde que permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos e/ou abreviaturas no Livro Diário ou em registro especial revestido das formalidades extrínsecas de que trata o capítulo 4 acima.

Base Legal: Item 11 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

6) Responsabilidade pela escrituração:A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises, demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e de responsabilidade exclusivas do profissional da contabilidade legalmente habilitado.

Base Legal: Item 12 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

7) Transcrição das Demonstrações Contábeis no Livro Diário:As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou de representante legal da entidade e do profissional da contabilidade legalmente habilitado.

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Base Legal: Item 13 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

8) Livro Diário e Livro Razão:No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.

Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro "Balancetes Diários e Balanços".

No caso da entidade adotar processo eletrônico ou mecanizado para a sua escrituração contábil, os formulários de folhas soltas, devem ser numerados mecânica ou tipograficamente e encadernados em forma de livro.

Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela entidade.

Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração contábil.

A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em órgão competente e por averbações exigidas pela legislação de recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de contabilidade a comunicação formal dessas exigências à entidade.

Base Legal: Itens 14 a 19 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

9) Escrituração contábil de filial, agência, sucursal ou assemelhada:A entidade que tiver unidade operacional ou de negócios, quer como filial, agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de escrituração descentralizado, deve ter registros contábeis que permitam a identificação das transações de cada uma dessas unidades.

A escrituração de todas as unidades deve integrar um único sistema contábil.

A opção por escrituração descentralizada fica a critério da entidade. Optando pela descentralização, deve ser observado o mesmo grau de detalhamento dos registros contábeis da matriz.

As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, bem como entre estas, devem ser eliminadas quando da elaboração das demonstrações contábeis da entidade.

As despesas e as receitas que não possam ser atribuídas às unidades devem ser registradas na matriz e distribuídas para as unidades de acordo com critérios da administração da entidade.

Base Legal: Itens 20 a 25 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

10) Documentação contábil:

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A documentação contábil é aquela que comprova os fatos que originam lançamentos na escrituração da entidade e compreendem todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, de origem interna ou externa, que apoiam ou componham a escrituração.

Referida documentação é hábil quando revestida das características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos "usos e costumes".

Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em meio magnético, desde que assinados pelo responsável pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado, devendo ser submetidos ao registro público competente.

Base Legal: Itens 26 a 28 da Res CFC nº 1.330/2011 (UC: 22/07/2014).

11) Contas de compensação:Contas de compensação constituem sistema próprio para controle e registro dos fatos relevantes que resultam em assunção de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos materializar-se-ão no futuro e que possam se traduzir em modificações no patrimônio da entidade.

Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão regulador, a escrituração das contas de compensação não é obrigatória. Nos casos em que não forem utilizadas, a entidade deve assegurar-se que possui outros mecanismos que permitam acumular as informações que de outra maneira estariam controladas nas contas de compensação.

Base Legal: Itens 29 a 30 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

12) Retificação de lançamento contábil:A retificação de lançamento contábil é o processo técnico de correção de registro realizado com erro na escrituração contábil da entidade e pode ser feito por meio de:

a. Estorno: Consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente;b. Transferência: É aquele que promove a regularização de conta contábil indevidamente debitada

ou creditada, por meio da transposição do registro para a conta adequada; ec. Complementação: É aquele que vem posteriormente complementar, aumentando ou reduzindo o

valor anteriormente registrado.

Em qualquer das formas anteriormente citadas, o histórico do lançamento deve precisar o motivo da retificação, a data e a localização do lançamento de origem.

Os lançamentos realizados fora da época devida devem consignar, nos seus históricos, as datas efetivas das ocorrências e a razão do registro extemporâneo.

Base Legal: Itens 31 a 36 da ITG 2000 (R1) - Escrituração Contábil (UC: 22/07/2014).

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 11/06/2012 e atualizado em 17/06/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Regras gerais de escrituração contábil (Area: Manual de Lançamentos Contábeis). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=102. Acesso em: 19/06/2016.

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Profissão Contábil: Práticas vedadas ao contabilistaResumo:

Veremos neste roteiro quais são as vedações que o contabilista devem observar no desempenho de suas funções que estão presentes no CEPC, aprovado pela Resolução CFC nº 803/1996, alterada pela Resolução CFC nº 1.307/2010.

1) Introdução:O Código de Ética Profissional do Contabilista (CEPC) tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe. Referida norma não se dirige apenas para o profissional liberal e autônomo que antes constituía a maioria da classe contábil, mas também, aos contadores empregados, vinculados tanto à iniciativa privada como aos órgãos públicos.

O CEPC está dividida em 5 (cinco) capítulos que tratam dos seguintes temas:

a. Capítulo I: Do Objetivo;b. Capítulo II: Dos Deveres e das Proibiçõesc. Capítulo III: Do Valor dos Serviços Profissionais;d. Capítulo IV: Dos Deveres em Relação aos Colegas e à Classe;e. Capítulo V: Das Penalidades.

No que se refere ao capítulo II (Dos Deveres e das Proibições), temos nele listados todos os deveres, vedações no desempenho da função e proibições que os profissionais da contabilidade deverão observar no desempenho de suas funções.

Devido a importância do tema para os profissionais que labutam na seara contábil, veremos neste roteiro quais são as vedações que o contabilista devem observar no desempenho de suas funções que estão presentes no CEPC, aprovado pela Resolução CFC nº 803/1996, alterada pela Resolução CFC nº 1.307/2010.

Base Legal: Arts. 1º e 3º da Resolução CFC nº 803/1996 (UC: 17/06/16).

2) Vedações no desempenho da função:No desempenho de suas funções, é vedado ao contabilista:

a. anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da organização contábil ou da classe, em detrimento dos demais, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes;

b. assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio para a classe;

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c. auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita;

d. assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheios a sua orientação, supervisão e fiscalização;

e. exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não habilitados ou impedidos;

f. manter organização contábil sob forma não autorizada pela legislação pertinente;g. valer-se de agenciador de serviços, mediante participação deste nos honorários a receber;h. concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou praticar, no

exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção;i. solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para aplicação ilícita;j. prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua responsabilidade profissional;k. recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas;l. reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua guarda;m. aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os Princípios

Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC);

n. exercer atividade ou ligar seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas;o. revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que,

comprovadamente, tenha tido conhecimento;p. emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em

publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles;

q. iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, de empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas;

r. não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado;

s. intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão contábil;t. executar trabalhos técnicos contábeis sem observância dos Princípios de Contabilidade e das

Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;u. renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que possam

prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho;v. publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado;w. apropriar-se indevidamente de valores confiados a sua guarda;x. exercer a profissão demonstrando comprovada incapacidade técnica;y. deixar de apresentar documentos e informações quando solicitado pela fiscalização dos Conselhos

Regionais.

Base Legal: Art. 3º da Resolução CFC nº 803/1996 (UC: 17/06/16).

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 16/01/2013 e atualizado em 17/06/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Profissão Contábil: Práticas vedadas ao contabilista (Area: Contabilidade Geral). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=145. Acesso em: 19/06/2016.

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Carf manda hospital pagar R$ 17 milhões por lucro disfarçado de debêntures

13 de junho de 2016

Companhias fechadas não podem emitir debêntures para beneficiar seus próprios acionistas, em percentuais pré-fixados e sem data de vencimento, pois a prática indica distribuição disfarçada de lucros para escapar de tributação. Assim entendeu a 1ª Turma Ordinária do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) ao reconhecer multa imposta pela Receita Federal a um hospital de São Paulo.

Debêntures são títulos de crédito emitidos por companhias que precisam de investimento. A entidade utilizou o recurso em 1998, mas o Fisco apontou que a prática foi só uma estratégia para diminuir o recolhimento de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. De toda a receita que entrava em caixa, a administração do hospital separava 85% para pagar os titulares desses títulos. Assim, só os 15% restantes eram identificados como lucros, sujeitos à tributação.

A entidade foi autuada para pagar R$ 17,5 milhões (dinheiro que deixou de entrar nos cofres públicos em 2007), mais multa de 75% do valor devido e juros de mora. O hospital tentou derrubar a sanção no Carf, mas a 1ª Turma concordou com a tese de que o caso representou um artifício.

O relator do caso, conselheiro Waldir Veiga Rocha, considerou anormal que uma pessoa jurídica abra mão de 85% dos seus lucros para remunerar debenturistas. Também apontou que os três titulares de títulos da entidade são os próprios sócios-administradores da emissora.

“Apesar de não existir impedimento legal (Lei das S/A) à participação dos acionistas no negócio em comento, seria, a princípio, no mínimo, de se estranhar que a empresa, necessitando de recursos financeiros a fim de obter o capital necessário para a consecução de seu objeto social, e optando pela emissão de valores mobiliários, não o fizesse junto ao público que traria recursos novos”, afirmou o relator.

Conta-gotasOutro problema, segundo ele, é que o dinheiro descontado dos lucros não era repassado integralmente aos acionistas. Os valores iam parar em determinadas contas e eram descontados progressivamente. Uma das sócias, por exemplo, retirava mensalmente o valor fixo de R$ 25 mil. Recibos do hospital indicam os valores como “pró-labore” e, no mês de dezembro, o lançamento contábil registrou mais R$ 25 mil como 13º salário.

“Conforme estes vão fazendo retiradas, os valores vão sendo descontados dessas contas passivas. Ora, se debênture é uma espécie de empréstimo, não é razoável, normal ou usual que o credor abra mão de grande parte desse montante”, concluiu o conselheiro. Ele concordou com o Fisco, que apontava a conduta como remuneração do lucro.

Segundo Rocha, a emissão teve o objetivo apenas de reduzir as bases de cálculo de IRPJ e CSLL, “posto que, ao mesmo tempo  que se injetou capital na empresa somente em uma ocasião, foi criada artificialmente uma espécie de despesa financeira que vem reduzindo o lucro líquido em diversos anos”. O voto foi seguido por unanimidade.

Clique aqui para ler a decisão.Processo 16561.720156/201237

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Fazenda de SP deflagra operação Catarse para desarticular esquema de fraude na substituição tributáriaA Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo deflagrou nesta quarta-feira, 15/6, a operação Catarse, com o objetivo de desarticular fraude fiscal estruturada praticada por um grupo do setor atacadista de produtos de higiene pessoal. O conglomerado, que controla mais de 60 empresas, teria movimentado aproximadamente R$ 2 bilhões em operações interestaduais, causando ao Estado prejuízos estimados em R$ 250 milhões de ICMS, considerando apenas os últimos cinco anos.

Foram mobilizados 60 agentes fiscais de rendas e 20 policiais civis do Serviço de Apoio à Fazenda Estadual (SAFE) para cumprir mandados de busca e apreensão emitidos contra 9 alvos situados nos municípios de Cotia e Itapevi. O objetivo da operação é apreender documentos físicos e arquivos digitais armazenados em computadores e servidores de dados das empresas que deverão compor o conjunto de provas que permitirá confirmar a fraude estruturada praticada pelo grupo empresarial e sua extensão.

As atividades deste conglomerado estão sendo monitoradas pelo Fisco há cerca de um ano. Neste trabalho de investigação, foram detectados indícios de constituição de empresas de fachada para simular operações de compras interestaduais, com o objetivo específico de fraudar o recolhimento do imposto devido por substituição tributária, o ICMS-ST, que deveria ser recolhido aos cofres estaduais no momento da entrada da mercadoria em território paulista.

Entre os indícios apurados pela fiscalização, há dezenas de empresas de fachada que teriam sido constituídas por pessoas interpostas (sócios-laranjas) para afastar eventual responsabilidade dos controladores do esquema pelos débitos tributários decorrentes da fraude.

Fonte: Sefaz-SP

Associação Paulista de Estudos Tributários, 16/6/2016  14:42:49  

Sem notificação dos responsáveis solidários, cobrança de tributo é nula

13 de junho de 2016

A administração tributária deve notificar todos os responsáveis solidários pelo crédito tributário. Caso contrário, fica cerceado o direito de defesa dessas partes, viciando o processo administrativo. Com esse entendimento, a 2ª Seção de Julgamento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais deferiu recurso da empresa Clean Service Serviços Gerais e anulou auto de infração da Receita Federal cobrando contribuições sociais dessa companhia e da Service Brasil Serviços Gerais.

No recurso ao Carf, a Clean Service alegou a nulidade da decisão da 5ª Turma da Delegacia da Receita Federal de Julgamento em Belém (PA) por ter deixado de enfrentar a questão da inexistência de grupo

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econômico. Além disso, a empresa sustentou a inconstitucionalidade da cobrança de contribuições sociais sobre aluguel pago a sócio, sobre os serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas, sobre gratificações natalinas, sobre os valores pagos aos contribuintes individuais aposentados pelo Regime Geral de Previdência Social e aos sócios a título de distribuição de lucro.

Além disso, a companhia afirmou serem inconstitucionais as contribuições decorrentes da retenção de 11% sobre o valor da nota fiscal ou fatura de serviço prestado mediante cessão de mão de obra ou empreitada e aquelas destinadas ao financiamento de benefícios concedidos em razão do grau de incapacidade laborativa dos riscos ambientais do trabalho.

Em seu voto, a relatora do caso, conselheira Alice Grecchi, apontou que o auto de infração declarou que a Service Brasil Serviços Gerais seria devedora solidária, por integrar o mesmo grupo econômico da Clean Service. Contudo, Alice destacou que aquela empresa não foi intimada do processo administrativo, algo exigido pelo inciso V do artigo 10 do Decreto 70.235/72.

Essa falta de comunicação de parte do procedimento viola os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, avaliou a conselheira. E por ser requisito essencial à validade do lançamento do crédito tributário, a sua ausência vicia o ato administrativo de forma insanável.

A maioria dos conselheiros da 2ª Seção de Julgamento do Carf seguiu o entendimento de Alice, e o auto de infração contra a Clean Service e a Service Brasil foi anulado.

Garantia constitucionalPara o ex-conselheiro do Carf Fabio Calcini, tributarista do Brasil Salomão e Matthes Advocacia, a decisão do órgão foi acertada e assegura a garantia constitucional do devido processo legal.

“Corretamente, a decisão do Carf reconhece que, na hipótese de solidariedade, é obrigatório o lançamento em face do contribuinte e do responsável solidário, sob pena de nulidade, uma vez que há de se respeitar também no processo fiscal o devido processo administrativo, garantia fundamental estabelecida na Constituição Federal”, avalia Calcini.

Fonte: ConJur

Não incidência: Revenda de produtos por estabelecimentos industriaisResumo:

Analisaremos no presente Roteiro de Procedimentos as hipóteses em que não haverá incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na revenda de produtos realizados por estabelecimentos industriais. Para tanto, utilizaremos como fonte de estudo o Regulamento do IPI (RIPI/2010), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, bem como outras fontes citadas ao longo do trabalho.

1) Introdução:

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O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um imposto cuja competência é atribuída à União (Governo Federal), sendo que sua administração cabe integralmente a Secretaria Receita Federal do Brasil (RFB). Ele incide sobre todos os produtos industrializados, nacionais ou importados, obedecidas as especificações constantes na Tabela de Incidência do IPI (TIPI/2011), aprovado pelo Decreto nº 7.660/2011., ainda que sujeitos à alíquota de 0% (zero por cento) ou isento do imposto.

Ressalta-se que estão excluídos do campo de incidência do IPI os produtos indicados como "NT" (não-tributado) na citada TIPI/2011.

O fato gerador do imposto, por sua vez, ocorre quando: a) do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira ou; b) da saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.

A hipótese tratada na letra "b" se refere aos produtos industrializados pelo próprio estabelecimento industrial, salvo quanto às operações realizadas pelos estabelecimentos equiparados a industrial, que serão tratados como contribuintes do imposto nas operações em que forem considerados equiparados pela legislação de regência do IPI.

Portanto, temos que o industrial que der saída de produto industrializado e o equiparado a industrial que der saída de produto em operação que for considerado equiparado deverão tributar normalmente a operação, salvo nos casos de produtos não-tributados ou beneficiados por algum tipo de incentivo fiscal. A contrário senso, considerando que a simples revenda de produto (ou mercadoria) adquirida de terceiros não se amolda no conceito de produto industrializado (que é fato gerador do IPI), temos que a dita operação não entrará no campo de incidência do imposto.

A revenda será tributada apenas, e somente apenas, quando o contribuinte for obrigatoriamente, ou por opção, considerado estabelecimento equiparado a industrial nessas saídas. Dessa forma, a simples revenda (sem que haja nova industrialização) de produtos adquiridos de terceiros por estabelecimento industrial NÃO está sujeita à incidência do IPI, independentemente da sujeição ao imposto nas saídas de produtos por ele industrializados.

Feitas essas considerações, analisaremos em detalhes no presente Roteiro de Procedimentos as hipóteses em que não haverá incidência do IPI na revenda de produtos realizados por estabelecimentos industriais. Para tanto, utilizaremos como fonte de estudo o Regulamento do IPI (RIPI/2010), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, bem como outras fontes citadas ao longo do trabalho.

Nota Tax Contabilidade:

(1) Leia também nosso Roteiro intitulado "Revenda de produtos idênticos aos de sua fabricação: Parecer Normativo RFB nº 24/2013" e saiba mais sobre a revenda, por estabelecimento industrial, de produtos idênticos aos de sua fabricação adquiridos de terceiros.

Base Legal: Art. 153, IV da CF/1988 (UC: 18/05/16); Arts. 2º a 4º e 35, caput do RIPI/2010 (UC: 18/05/16) e; TIPI/2011 (UC: 18/05/16).

2) Conceitos:2.1) Industrialização:

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De acordo com o RIPI/2010, caracteriza-se como sendo industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como:

a. a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe na obtenção de espécie nova (transformação);

b. a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento);

c. a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem);

d. a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ou

e. a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento).

Importante destacar que, são irrelevantes, para caracterizar a operação como industrialização, o processo utilizado para obtenção do produto e a localização e condições das instalações ou equipamentos empregados.

Base Legal: Art. 4º do RIPI/2010 (UC: 18/05/16).

2.2) Estabelecimento industrial:

Entende-se como industrial o estabelecimento que executa qualquer das operações consideradas industrialização (Ver subcapítulo 2.1 acima), das quais resulte produto tributado, ainda que de alíquota 0% (zero por cento), ou beneficiado com a isenção do IPI.

Base Legal: Arts. 4º e 8º do RIPI/2010 (UC: 18/05/16).

2.3) Estabelecimento equiparado a industrial:

A equiparação a industrial é atualmente dividida em 2 (duas) categorias distintas, quais sejam, a equiparação obrigatória (estabelecimentos importadores, por exemplo) e a equiparação facultativa, em que a equiparação fica a critério da própria pessoa jurídica.

Na prática, equiparar um estabelecimento comercial a um industrializador sem que a empresa realize qualquer processo produtivo é o mesmo que dizer que o comerciante passa a partir da equiparação a atuar como contribuinte do IPI, ficando a partir dessa data obrigado ao recolhimento do imposto e ao cumprimento de todas as obrigações acessórias próprias dos estabelecimentos industriais.

Entre os equiparados a industrial, citamos como exemplo:

a. os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saídas a esses produtos (equiparação obrigatória);

b. os estabelecimentos atacadistas dos produtos da Posição 87.03 da TIPI/2011 (equiparação obrigatória);

c. as cooperativas, por opção, constituídas nos termos da Lei no 5.764/1971, que se dedicarem à venda em comum de bens de produção (2), recebidos de seus associados para comercialização.

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Para entender mais sobre a equiparação a industrial, recomendamos a leitura do Roteiro intitulado "Estabelecimentos equiparados a industrial" em nosso Guia do IPI.

Nota Tax Contabilidade:

(2) Consideram-se bens de produção:

a. as matérias-primas;b. os produtos intermediários, inclusive os que, embora não integrando o produto final, sejam

consumidos ou utilizados no processo industrial;c. os produtos destinados à embalagem e acondicionamento;d. as ferramentas, empregadas no processo industrial, exceto as manuais; ee. as máquinas, instrumentos, aparelhos e equipamentos, inclusive suas peças, partes e outros

componentes, que se destinem a emprego no processo industrial.

Base Legal: Arts. 9º, I e X, 11, II e 610 do RIPI/2010 (UC: 18/05/16) e; TIPI/2011 (UC: 18/05/16).

3) Campo de incidência do IPI:O IPI é um imposto cuja competência é atribuída à União (Governo Federal), sendo que sua administração cabe integralmente a RFB. Ele incide sobre todos os produtos industrializados, nacionais ou importados, obedecidas as especificações constantes na Tabela de Incidência do IPI (TIPI/2011), ainda que sujeitos à alíquota de 0% (zero por cento) ou isento do imposto.

Ressalta-se que estão excluídos do campo de incidência do IPI os produtos indicados como "NT" (não-tributado) na citada TIPI/2011.

Base Legal: Art. 153, IV da CF/1988 (UC: 18/05/16); Art. 2º do RIPI/2010 (UC: 18/05/16) e; TIPI/2011 (UC: 18/05/16).

4) Fato gerador do IPI:O fato gerador do IPI ocorre quando:

a. do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; oub. da saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.

Base Legal: Art. 35, caput do RIPI/2010 (UC: 18/05/16).

4.1) Não incidência do IPI na revenda de produtos por estabelecimentos industriais:

A hipótese tratada na letra "b" do capítulo 4 acima se refere aos produtos industrializados pelo próprio estabelecimento industrial, salvo quanto às operações realizadas pelos estabelecimentos equiparados a industrial, que serão tratados como contribuintes do IPI nas operações em que forem considerados equiparados pela legislação de regência do IPI.

Portanto, temos que o industrial que der saída de produto industrializado e o equiparado a industrial que der saída de produto em operação que for considerado equiparado deverão tributar normalmente a operação, salvo nos casos de produtos não-tributados ou beneficiados por algum tipo de incentivo fiscal. A contrário senso, considerando que a simples revenda de produto (ou mercadoria) adquirida de terceiros

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não se amolda no conceito de produto industrializado (que é fato gerador do IPI), temos que a dita operação não entrará no campo de incidência do imposto.

A revenda será tributada apenas, e somente apenas, quando o contribuinte for obrigatoriamente, ou por opção, considerado estabelecimento equiparado a industrial nessas saídas. Dessa forma, a simples revenda (sem que haja nova industrialização) de produtos adquiridos de terceiros por estabelecimento industrial NÃO está sujeita à incidência do IPI, independentemente da sujeição ao imposto nas saídas de produtos por ele industrializados.

Por fim, recomendamos que o estabelecimento industrial mantenha uma perfeita separação entre os produtos fabricados e os adquiridos para revenda, de sorte a possibilitar à RFB o controle adequado dos mesmos, sob pena de se exigir o imposto, indistintamente, sobre a totalidade dos produtos saídos.

Base Legal: Art. 35, II, a contrario sensu do RIPI/2010 (UC: 18/05/16).

5) Devolução:Na saída em devolução de produtos adquiridos pelo estabelecimento industrial, tanto para comercialização quanto para uso como insumo industrial, não ocorre o fato gerador do IPI, caso em que o estabelecimento deverá emitir Nota Fiscal de devolução para acompanhar o produto até o estabelecimento de origem. Referida Nota Fiscal deverá ser emitida sem o destaque do imposto e com a indicação de seu valor no campo "Dados Adicionais" do campo "Informações Complementares".

Deverá constar, ainda, no campo "Informações Complementares", o número, a data da emissão e o valor da operação.

Base Legal: Arts. 231, I e 416, XIV do RIPI/2010 (UC: 18/05/16).

5.1) Nota Fiscal Eletrônica (NF-e):

Primeiramente, cabe nos observar que os contribuintes obrigados a emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), Modelo 55, deverão observar as regras estabelecidas no Ajuste Sinief nº 7/2005 e legislação complementar. Além disso, na emissão da NF-e deverão ser observadas, ainda, as instruções contidas no Manual de Orientação do Contribuinte (MOC) - Versão 5.0, aprovada pelo Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012.

Assim, conforme item 246 (Grupo do IPI) do Anexo I do MOC, versão 5.0, o IPI somente poderá ser destacado na NF-e quando, efetivamente, a operação ou o produto estiver sujeito à esse tributo. Portanto, na operação de devolução o campo "Valor do IPI"" da NF-e não deverá ser preenchido, em face ao disposto nos artigos 231, I e 416, XIV do RIPI/2010 (3).

Assim, considerando que o sistema de validação da NF-e, a partir da Nota Técnica nº 04/2011, exige que a soma das parcelas constantes nos campos totalizadores seja igual ao total da NF-e, não há a mínima possibilidade de o contribuinte emitir NF-e com a indicação do valor do IPI no campo "Informações Adicionais" e, concomitantemente, com a inclusão desse valor no total da operação. Em outras palavras, a informação constante no campo "Valor Total" da NF-e deverá corresponder ao resultado da seguinte fórmula (4):

o Valor Produto (-) valor Desconto (+) valor ST (+) valor Frete (+) valor Seguro (+) vOutro (despesas acessórias) (+) valor Imposto de Importação (+) valor IPI (+) valor Serviço.

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Como podemos verificar, na fórmula não há previsão de se somar o valor do IPI do campo "Informações Adicionais" da NF-e no total do documento fiscal eletrônico.

Portanto, em conclusão, temos que o campo "Tributos - IPI" da NF-e não deverá ser preenchido, em razão, conforme já estudado, da não ocorrência do fato gerador do imposto, bem como de o campo de "Observação" do item 246 (Grupo do IPI) do Anexo I do MOC, orientar no sentido de que este campo só conterá informação quando o item for sujeito ao IPI.

Por fim, registramos que o campo "Finalidade de Emissão", da aba "Dados da Nota Fiscal", deverá estar preenchida com o código "4 - Devolução de mercadoria".

Notas Tax Contabilidade:

(3) Os artigos 231, I e 416, XIV do RIPI/2010 dispõem sobre as indicações que deverão constar do campo "Informações Complementares" do quadro "Dados Adicionais" da Nota Fiscal de devolução emitida pelo estabelecimento que fizer a devolução, quais sejam:

a. o número, data da emissão e o valor da operação constante do documento originário, bem como indicando o IPI relativo às quantidades devolvidas e a causa da devolução (artigo 231, caput, I do RIPI/2010). Registra-se que o estabelecimento fornecedor (quem está recebendo a devolução) somente terá direito ao crédito do imposto caso reste cumprido essa exigência;

b. o número, a data da emissão e o valor da operação e do IPI da nota original (artigo 416, caput, XIV do RIPI/2010).

(4) Excetua-se dessa regra de validação apenas a hipótese de faturamento direto de veículos novos.

Base Legal: Arts. 231, caput, I e 416, caput, XIV do RIPI/2010 (UC: 18/05/16); Ajuste Sinief nº 7/2005 (UC: 18/05/16); Ato Cotepe/ICMS nº 11/2012 (UC: 18/05/16); Item 246 do Anexo I do MOC, versão 5.0 (UC: 18/05/16) e; Nota Técnica nº 04/2011 (UC: 18/05/16).

6) Decisões da RFB sobre o assunto:Interessante registrar nesse trabalho que a RFB já se manifestou diversas vezes pela não incidência do IPI na revenda de produtos por estabelecimentos industriais. A título de exemplo, reproduzimos algumas Soluções de Consulta extraídas do site da RFB:

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 79 de 28 de Maio de 2001

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: Contribuinte. Revenda de vidros. Não é contribuinte do IPI o estabelecimento comercial que revender vidros a distribuidores e comerciantes varejistas, sem qualquer transformação ou beneficiamento, já que, consoante a legislação regente, não constitui fato gerador do referido tributo.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 12 de 12 de Fevereiro de 2003

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ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: IPI. INCIDÊNCIA. O IPI incide na saída do estabelecimento industrial de produtos que nele foram submetidos a operação de industrialização, bem como na saída de bens de produção adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrialização ou revenda. O IPI não incide nas operações em que saem do estabelecimento industrial mercadorias revendidas a consumidores finais sem terem sido submetidas a processo de industrialização no dito estabelecimento.

Base Legal: SC nº 79/2001 (UC: 18/05/16) e; SC nº 12/2003 (UC: 18/05/16).

7) Crédito Fiscal:Considerando que a revenda de produtos por estabelecimentos industriais não será gravada pelo IPI, não haverá direito ao crédito do imposto pago e destacado na Nota Fiscal de compra desses produtos emitida pelo fornecedor.

Base Legal: Art. 254 do RIPI/2010 (UC: 18/05/16).

Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 02/04/2014 e atualizado em 14/06/2016, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Não incidência: Revenda de produtos por estabelecimentos industriais (Area: Guia do IPI). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTecsIndex.php?idMatTec=254. Acesso em: 19/06/2016.

Atenção: Contabilistas começam a ser responsabilizados por sonegação fiscalBy Priscila Garcia | 14/06/2016 | Boletim Informativo | cliente, contabilista, contador, contribuinte, fiscalização, sonegação fiscal | 1 |

Esta semana consideramos importante divulgar a notícia abaixo, vinda do Estado de Mato Grosso, mas tendência em todo o território nacional. Como já falamos anteriormente, em um cenário recessivo, com queda de arrecadação e profundo agravamento da dívida pública, os entes federativos estão iniciando ações cada vez mais intensas para combater a sonegação fiscal. Isto porque a crise política vem impedindo a criação de novos tributos e os investimentos no setor produtivo estão diminuindo. Assim, não há outra saída senão fiscalizar mais e melhor, com os instrumentos legais e tecnológicos disponíveis.

O Estado de Mato Grosso, dentro deste contexto, responsabilizará os contabilistas que estiverem envolvidos na prática de sonegação fiscal. Isso é bastante preocupante para estes profissionais, principalmente para aqueles que não têm um contrato de prestação de serviços bem definido ou que praticam atos em nome de seus clientes, utilizando seus respectivos certificados digitais. Apesar da alta concorrência, aconselhamos que seja iniciada uma alteração de postura entre o contador e seus clientes. Há responsabilidades que são da empresa como, por exemplo, o arquivamento de documentos fiscais

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eletrônicos. A partir do momento em que os escritórios de contabilidade assumem responsabilidades como esta, assumem também riscos adicionais perante a fiscalização. Vejamos a notícia abaixo:

Sefaz responsabilizará contabilistas por sonegação fiscal

A Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT) passará a responsabilizar os contabilistas que, individualmente ou aliados a contribuintes, praticarem sonegação fiscal. Os profissionais também serão denunciados aos órgãos competentes para que sejam responsabilizados criminalmente por seus atos ou omissões no sentido de suprimir ou reduzir tributo. A responsabilização de terceiros pelo pagamento do tributo, como solidários, caso concorram para o não pagamento do mesmo, está prevista no artigo 124 do Código Tributário Nacional (CTN), mas não era adotada como regra pela secretaria, situação que muda a partir de agora, por iniciativa do Núcleo de Inteligência e Investigação Fiscal da Sefaz.

Em 25 de maio, técnicos da Sefaz se reuniram com a diretoria do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-MT) para informar o posicionamento da secretaria sobre o tema. Além da esfera tributária, o profissional de contabilidade poderá responder nas esferas civil, penal e ético/profissional, por seus atos e omissões que resultem na prática de sonegação fiscal e outros crimes fazendários.

São considerados crimes contra a ordem tributária, conforme previsto na Lei nº 8.137/90, as práticas dolosas de omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; fraudar a fiscalização tributária, omitindo operação de qualquer natureza; falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata ou outro documento contábil; distribuir, fornecer ou emitir documento falso; corromper dados contábeis; entre outros.

O objetivo do Núcleo de Inteligência e Investigação Fiscal da Sefaz é dificultar a prática de sonegação fiscal pelas empresas, tornando a fiscalização mais rigorosa e desestimulando contabilistas a praticarem atos ilícitos. A atitude mais firme da Sefaz também deve acabar com a concorrência desleal, pois vai impedir que maus profissionais conquistem mais clientes exatamente por utilizarem meios de burlar o fisco, enquanto os que trabalham direito acabam penalizados.

A Sefaz também irá colaborar na orientação de contabilistas que ainda tenham dúvidas a respeito da responsabilidade sobre o trabalho que realizam, já que o profissional é penalizado não apenas quando age com dolo (intenção), mas também por negligência ou omissão. Para isso, a Secretaria Adjunta de Atendimento ao Cliente (SAAC), a pedido do CRC, irá ministrar palestra aos profissionais sobre os principais pontos da legislação que trata do assunto.

O Código Civil, no artigo 1177, também prevê que a responsabilidade dos profissionais de contabilidade é direta, pessoal e solidária na prática de atos dolosos.

Fonte: Sefaz-MT

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EFD-Reinf - Em reunião no CFC, empresas esclarecem dúvidas sobre o leiaute do EFD-Reinf

Postado por José Adriano em 14 junho 2016 às 8:30 Exibir blog

O Grupo de Trabalho Confederativo do eSocial (GTC) se reuniu esta semana, no Conselho Federal de Contabilidade (CFC), para tirar dúvidas das empresas sobre o leiaute da Escrituração Fiscal Digital das Retenções e Informações da Contribuição Previdenciária Substituída (EFD-Reinf), disponibilizado pelo governo em maio. O grupo também discutiu a proposta de cronograma para entrada em vigor do eSocial, previsto para setembro de 2017.O GTC é formado por integrantes do Ministério do Trabalho, da Receita Federal, da Caixa Econômica, do CFC, do Sistema S, da Confederação Nacional da Indústria, da Confederação Nacional do Comércio, da Confederação Nacional da Agricultura, da Fenacon, de cooperativas, do Sebrae e de empresas de Software.Os representantes das empresas levantaram uma série de dúvidas que foram esclarecidas pelo coordenador do grupo, José Alberto Maia, pelo supervisor da EFD-Reinf, Adriano Moreira Guedes, e pelo chefe da Divisão de Escrituração Digital da Receita, Clovis Peres. A representante do CFC no grupo, conselheira Sandra Batista, ressalta que é perceptível que a cada reunião o grupo avança para entregar um produto que seja consensual. “As reuniões são espaços qualificados de diálogo e entendimento. Observamos o empenho das entidades, empresas e do governo em construir um produto final que contribua para melhor controle das informações e acompanhamento das operações e dos tributos, frutos dessa pluralidade de expertise do grupo. ”O GTC também discutiu a minuta da resolução que será aprovada pelo Comitê Gestor do eSocial com o cronograma para entrada em vigor do projeto. A resolução vigente determina que o projeto entre em vigor em setembro deste ano, e a resolução discutida adia esse prazo para setembro de 2017, quando devem ser prestadas as informações referentes ao mês de agosto de 2017. “Estamos caminhando para o entendimento de que o prazo só é realizável pelas empresas se algumas condicionantes forem cumpridas pelo governo”, afirmou Maia. Sandra ressaltou que, embora ainda não tenha sido fechado acordo sobre a data, é nítida a postura de entendimento das partes envolvidas. Para ela, o resultado final será positivo.  “É importante destacar que estamos falando de esforço coletivo para reduzir as obrigações acessórias, eliminar repetição de dados em diversas declarações, otimizar os processos e atender a legislação. Isso será bom para o governo, para a sociedade, para as empresas e para a classe contábil. ” A resolução com o novo cronograma deve ser publicada até o fim do mês.

Sobre o CFCO Conselho Federal de Contabilidade (CFC) é uma autarquia federal, dotada de personalidade jurídica de direito público, criada pelo Decreto-Lei nº 9.295/46, de 27 de maio de 1946. O principal objetivo do CFC é registrar, normatizar, fiscalizar, promover a educação continuada e editar normas brasileiras de contabilidade de natureza técnica e profissional. O conselho conta com um representante de cada Estado e do Distrito Federal. Atualmente, existem mais de 530 mil profissionais no País, incluindo contadores e técnicos em contabilidade.http://contabilidadenatv.blogspot.com.br/2016/06/em-reuniao-no-cfc-...

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SPED - Uma "Fábrica de Multas" Postado por José Adriano em 14 junho 2016 às 9:30 Exibir blog

Por Fernando Alves Martins

Preenchendo uma Escrituração Contábil Fiscal (ECF), me deparei com este novo Registro: Registro Y720: Informações de Períodos Anteriores.

Segundo o Manual, este registro é obrigatório por ocasião da entrega da escrituração em atraso. Caso contrário o seu preenchimento é opcional. A obrigatoriedade será verificada na hora da transmissão.Podemos perceber que o PVA acusa como Erro, mas como ainda não enviei não sei se dentro do prazo irá enviar normalmente sem o preenchimento dos campos.Mas o que me chama a atenção é a finalidade deste Registro.

Se lermos o Art. 183. da INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1515, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2014, veremos:

CAPÍTULO IIDAS MULTAS POR DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO ACESSÓRIAArt. 183. O sujeito passivo que deixar de apresentar ou que apresentar em atraso o Lalur nos prazos fixados pela Secretaria da Receita Federal de Brasil, fica sujeito à multa equivalente a 0,25% (vinte e cinco centésimos por cento), por mês-calendário ou fração, do lucro líquido antes da incidência do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, no período a que se refere a apuração, limitada a 10% (dez por cento).§ 1º A multa de que trata o caput será limitada em:I - R$ 100.000,00 (cem mil reais) para as pessoas jurídicas que no ano-calendário anterior tiverem auferido receita bruta total, igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais);II - R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) para as pessoas jurídicas que não se enquadrarem na hipótese de que trata o inciso I deste parágrafo.§ 2º A multa de que trata o caput será reduzida:I - em 90% (noventa por cento), quando o livro for apresentado em até 30 (trinta) dias após o prazo;II - em 75% (setenta e cinco por cento), quando o livro for apresentado em até 60 (sessenta) dias após o prazo;III - à metade, quando o livro for apresentado depois do prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; e

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IV - em 25% (vinte e cinco por cento), se houver a apresentação do livro no prazo fixado em intimação.§ 3º Quando não houver lucro líquido, antes da incidência do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, no período de apuração a que se refere a escrituração, deverá ser utilizado o lucro líquido antes da incidência do imposto sobre a renda e da contribuição social sobre o lucro líquido do último período de apuração informado, atualizado pela taxa referencial do Selic, até o termo final de encerramento do período a que se refere a escrituração.Já temos diversos artigos e materiais escritos por profissionais da área questionando o abuso destas Multas. Imagine uma multa mínima de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais).Isto mesmo! Multa de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) pela não apresentação do LALUR. Creio que o legislador errou nos acréscimos dos zeros!!!Mas vejam, criaram um Registro “novo” no PVA para o Contribuinte prestar informações ao Fisco, para que o mesmo não tenha nem o trabalho de buscar as informações em seus supercomputadores (T-REX e Software HARPIA) para lavrar os Autos de Infração ou mesmo enviar um Intimação ao Contribuinte para prestar demais esclarecimentos.O próprio Contribuinte já confessa seu Lucro Líquido do Exercício Anterior em um Registro próprio! Uau, que Evolução...

É ou não é uma Fábrica de Multas?Sem falar na infinidade de informações redundantes que o contribuinte é obrigado a prestar em diversas Declarações ou até mesmo em uma mesma Declaração, como exemplo as Fichas 54 em diante da Antiga DIPJ e o atual Bloco Y da Escrituração Contábil Fiscal (ECF).Pergunto: Quando de fato iremos perceber os objetivos/benefícios do Projeto SPED de fato funcionando?http://contabilidadenatv.blogspot.com.br/2016/06/sped-uma-fabrica-d...

Empresas gastam 600 horas com obrigações fiscais

Postado por Jurânio Monteiro em 15 junho 2016 às 12:06

Um estudo da Receita Federal contrapõe dados que vêm sendo divulgados pelo Banco Mundial há pelo menos cinco anos. Trata-se do tempo que empresas brasileiras gastam para calcular e pagar os seus impostos e contribuições.

Segundo o Fisco, são, em média, 600 horas por ano (25 dias) um quarto do tempo diagnosticado na outra pesquisa.

No estudo do Banco Mundial, o “Doing Business” desenvolvido em parceria com a PricewaterhouseCoopers (PwC) o Brasil aparece nas últimas posições de uma lista de mais de 180 países. De acordo com este levantamento, as empresas brasileiras gastam, em média, 2.600 horas (108 dias).

A pesquisa da Receita surgiu do inconformismo à divulgação do Banco Mundial. “Tínhamos certeza que esse resultado não se sustentava”, diz o chefe da Divisão de Escrituração Digital da Receita Federal, Clovis Peres. “Então fomos olhar com precisão qual empresa é essa que o Doing Business está tratando”, completa.

Para isso, a Receita firmou parceria com a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon). Os parâmetros utilizados no

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levantamento foram, propositalmente, os mesmos do Doing Business. Partindo-se da questão: quanto tempo demoraria para um profissional de uma empresa de vasos cerâmicos, com 60 funcionários, preencher e entregar todos os formulários necessários.

Essa empresa, seguindo os critérios estabelecidos, teria de atuar em um único Estado e não poderia ter demitido ou contratado profissionais no mês. Além disso, deveria ser feita a extração de relógio ponto mecânico. A pesquisa da Receita, assim como o Doing Business, tratou de companhias de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Cinco escritórios de contabilidade participaram do levantamento o que, segundo a Fenacon, abrange um universo de cerca de 500 empresas nos dois Estados. As médias registradas foram as seguintes: 373,2 horas gastas com ICMS, IPI e contribuições, 116 horas com a contabilidade do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e 97,2 horas com a folha de pagamento.

O diretor de Educação e Cultura da Fenacon, Helio Cezar Donin Junior, afirma que para computar as horas gastas pelas empresas, o Doing Business tem utilizado ao longo dos anos o mesmo estudo que, segundo ele, já estaria defasado. Esse seria o principal motivo para a diferença entre os resultados das duas pesquisas. “Porque a estrutura tributária mudou muito, principalmente por conta das declarações eletrônicas”, diz.

Ele entende que o Brasil vem melhorando, ano a ano. Começou com a nota fiscal eletrônica. Depois, a implantação do Sistema Público de Escrituração Nacional (Sped), que unificou as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração contábil e fiscal. E, recentemente, o eSocial projeto do governo que pretende unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados.

“A tendência é que essas horas diminuam até estabilizar em um patamar um pouco menor do que apuramos agora”, acredita Helio Cezar Donin.

Especialistas chamam a atenção, no entanto, que mesmo o estudo da Receita Federal, que aponta para as 600 horas gastas com o pagamento de impostos, não coloca o Brasil numa situação privilegiada. Se comparado com outros países seguindo o Doing Business ainda há diferenças. Na América Latina, por exemplo, as empresas da Argentina gastam 405 horas e as chilenas 291. E a diferença é maior ainda se comparado a países desenvolvidos, como os Estados Unidos, em que são necessárias 175 horas ao ano.

Procurada pelo Valor, a Price informou que não se manifestaria sobre o estudo da Receita Federal. O Banco Mundial foi procurado, mas não retornou até o fechamento da edição.

Fonte: Valor Econômico

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Empréstimo tomado pela holding pode ser deduzido do lucro, desde que justificado

17 de junho de 2016

Empréstimos tomados ou assumidos pela holding e repassados a outras empresas do grupo com juros menores do que os a serem pagos pela controladora podem ser deduzidos do lucro bruto, desde que a responsabilidade pelo pagamento do montante esteja definida por obrigação contratual ou que o aporte seja necessário para o cumprimento do objetivo social das companhias. O entendimento foi usado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para negar dois recursos e aceitar um terceiro.

No caso, Companhia Paranaense de Energia captou recursos por meio de debêntures e emissão de notas de crédito comercial e industrial junto a dois bancos e repassou os valores a três de suas subsidiárias: Copel Distribuição, Copel Empreendimentos e às Centrais Elétricas do Rio Jordão (Elejor).

A operação fez com que a holding assumisse encargos financeiros maiores do que os cobrados das subsidiárias pelos repasses. A atitude foi entendida pela Receita Federal como tentativa de inibir a incidência de impostos, pois a administradora do grupo deduziu os empréstimos de seu lucro bruto.

Para o Fisco, é normal a pessoa jurídica contrair empréstimos e financiamentos para desenvolver as suas operações e deduzir esses valores contratados de seu lucro bruto desde que isso não sirva como meio de repassar ao Estado o ônus das ações da empresa. Destacou também que são dedutíveis apenas as despesas usuais, normais e relacionadas à atividade da companhia, ou seja, é necessário que o gasto seja indispensável.

Já a holding afirmou que os apontamentos da Receita Federal não passam de presunção simples e que os valores questionados não podem ser tributados por não terem aumentado o patrimônio do grupo. Sobre os repasses à Elejor, detalhou que o empréstimo tomado não foi concomitante aos recursos repassados à subsidiária, havendo diferença de quase um ano entre as operações.

Destacou que o fato de pagar juros maiores do que os cobrados das subsidiárias pelos repasses não pode ser necessariamente considerado indedutível do lucro real. A holding disse também que o Fisco está presumindo que os valores tomados tempos antes das transferências às subsidiárias foram contratados com essa finalidade.

Em relação aos repasses à Copel Distribuição, a holding argumentou que os valores transferidos foram obtidos exclusivamente durante a 4ª escritura particular de emissão de debêntures simples. Essa vinculação, de acordo com a empresa, é notória e desmonta o argumento do Fisco, de que os montantes repassados teriam outras origens.

O conselheiro Fernando Brasil de Oliveira Pinto, relator do caso, destacou em seu voto que não concorda com o argumento usado pelo Fisco — de que a diferença de juros não foi paga pela subsidiária porque seus lucros foram altos e só puderam ser obtidos por causa do repasse. “Se assim fosse, seria extremamente fácil a qualquer conglomerado equalizar os resultados das empresas do grupo de maneira a minimizar os lucros tributáveis de cada uma delas.”

“Assim agindo, diminuiria o resultado tributável da empresa que repassou os recursos, ao passo que se a captação tivesse sido realizada diretamente pela empresa destinatária final dos recursos, não haveria qualquer efeito tributário”, complementou o conselheiro, que também destacou o fato de o tempo entre a

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captação de recursos pela holding, o repasse à subsidiária e o recebimento de dividendos ter sido curto para o setor de energia elétrica.

“Não é crível que em um setor em que os investimentos necessitam de um maior grau de maturação até efetivamente redundarem em retorno, em tão curto período espaço de tempo, possa se extrair que repasses de empréstimos e recebimento de dividendos/JCP possam estar atrelados. Além disso, para se aferir a dedutibilidade de despesas há de se levar em conta o momento em que a mesma é registrada: ou a despesa é dedutível neste momento, ou não é”, explicou o relator.

Esse mesmo argumento foi usado por Oliveira Pinto em sentido totalmente oposto, pois serviu para negar recurso da controladora no caso envolvendo a Copel Empreendimentos. A holding contratou empréstimo para viabilizar a participação da subsidiária em um certame para concessão de rodovias. A despesa não foi considerada necessária, o que impede sua dedução do Lucro Bruto.

“A despesa glosada, de fato, não preenche os requisitos de necessidade, normalidade e usualidade a fim de que possa ser considerada dedutível, tratando-se, em realidade, de mera liberalidade por parte da recorrente”, concluiu o relator.

Obrigação contratualO questionamento envolvendo a Elejor trata de uma obrigação contratual assumida pela controladora do grupo depois que ela incorporou uma empresa responsável por obter participações em empreendimentos, a CopelPar. Essa segunda companhia emprestou R$ 107 milhões à Elejor e a operação foi assumida pela holding depois que a corporação especializada em adquirir participação em outros negócios foi internalizada.

Ao negar o recurso que pedia a tributação das operações, Oliveira Pinto destacou que as ações financeiras da controladora são apenas resultado das obrigações assumidas por seu antigo “braço” em participações. Também ressaltou que o valor transferido tem destino certo englobado pelo objetivo social da empresa: o fornecimento de energia.

“Concebo a hipótese de que um banco tenha em sua carteira um empréstimo de longo prazo concedido anteriormente – por razões empresariais legítimas à taxa X e posteriormente, por força das circunstâncias de mercado, tenha que captar recursos à taxa X+1. Estará o Fisco autorizado a considerar que esse diferencial de encargos foi pago desnecessariamente, por mera liberalidade? Poderá glosar esse diferencial? Penso que não”, exemplificou o conselheiro.

Prazo prescricionalO tributarista Fabio Calcini, do Brasil Salomão e Matthes Advocacia, destaca que outra grande questão abordada no caso foi o prazo prescricional definido. No julgamento, o Carf reafirmou que na doutrina o entendimento sobre as datas tomadas como base para a apresentação da ação só podem ser expandidas para antecipar o termo de início da decadência.

Mesmo havendo entendimento solidificado do STJ sobre o tema, o Fisco argumentou que o artigo 174 do Código Tributário Nacional permite o reinício da contagem do prazo decadencial na data em que foi constituído o crédito tributário. A alegação não foi aceita pelo conselheiro. “A turma julgadora a quo entendeu de forma divergente, e, a meu ver, acertadamente e baseada na mais atual jurisprudência do STJ.”

Segundo o STJ, o dispositivo citado pelo fisco incide apenas para antecipar o início do prazo de decadência para a Fazenda Pública lançar o débito fiscal, não servindo para dilatar esse período, “até porque, iniciado, o prazo de decadência não se suspende nem se interrompe”.Empréstimos tomados ou assumidos pela holding e repassados a outras empresas do grupo com juros menores do que os a serem

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pagos pela controladora podem ser deduzidos do lucro bruto, desde que a responsabilidade pelo pagamento do montante esteja definida por obrigação contratual ou que o aporte seja necessário para o cumprimento do objetivo social das companhias. O entendimento foi usado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para negar dois recursos e aceitar um terceiro.

No caso, Companhia Paranaense de Energia captou recursos por meio de debêntures e emissão de notas de crédito comercial e industrial junto a dois bancos e repassou os valores a três de suas subsidiárias: Copel Distribuição, Copel Empreendimentos e às Centrais Elétricas do Rio Jordão (Elejor).

A operação fez com que a holding assumisse encargos financeiros maiores do que os cobrados das subsidiárias pelos repasses. A atitude foi entendida pela Receita Federal como tentativa de inibir a incidência de impostos, pois a administradora do grupo deduziu os empréstimos de seu lucro bruto.

Para o Fisco, é normal a pessoa jurídica contrair empréstimos e financiamentos para desenvolver as suas operações e deduzir esses valores contratados de seu lucro bruto desde que isso não sirva como meio de repassar ao Estado o ônus das ações da empresa. Destacou também que são dedutíveis apenas as despesas usuais, normais e relacionadas à atividade da companhia, ou seja, é necessário que o gasto seja indispensável.

Já a holding afirmou que os apontamentos da Receita Federal não passam de presunção simples e que os valores questionados não podem ser tributados por não terem aumentado o patrimônio do grupo. Sobre os repasses à Elejor, detalhou que o empréstimo tomado não foi concomitante aos recursos repassados à subsidiária, havendo diferença de quase um ano entre as operações.

Destacou que o fato de pagar juros maiores do que os cobrados das subsidiárias pelos repasses não pode ser necessariamente considerado indedutível do lucro real. A holding disse também que o Fisco está presumindo que os valores tomados tempos antes das transferências às subsidiárias foram contratados com essa finalidade.

Em relação aos repasses à Copel Distribuição, a holding argumentou que os valores transferidos foram obtidos exclusivamente durante a 4ª escritura particular de emissão de debêntures simples. Essa vinculação, de acordo com a empresa, é notória e desmonta o argumento do Fisco, de que os montantes repassados teriam outras origens.

O conselheiro Fernando Brasil de Oliveira Pinto, relator do caso, destacou em seu voto que não concorda com o argumento usado pelo Fisco — de que a diferença de juros não foi paga pela subsidiária porque seus lucros foram altos e só puderam ser obtidos por causa do repasse. “Se assim fosse, seria extremamente fácil a qualquer conglomerado equalizar os resultados das empresas do grupo de maneira a minimizar os lucros tributáveis de cada uma delas.”

“Assim agindo, diminuiria o resultado tributável da empresa que repassou os recursos, ao passo que se a captação tivesse sido realizada diretamente pela empresa destinatária final dos recursos, não haveria qualquer efeito tributário”, complementou o conselheiro, que também destacou o fato de o tempo entre a captação de recursos pela holding, o repasse à subsidiária e o recebimento de dividendos ter sido curto para o setor de energia elétrica.

“Não é crível que em um setor em que os investimentos necessitam de um maior grau de maturação até efetivamente redundarem em retorno, em tão curto período espaço de tempo, possa se extrair que repasses de empréstimos e recebimento de dividendos/JCP possam estar atrelados. Além disso, para se aferir a dedutibilidade de despesas há de se levar em conta o momento em que a mesma é registrada: ou a despesa é dedutível neste momento, ou não é”, explicou o relator.

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Esse mesmo argumento foi usado por Oliveira Pinto em sentido totalmente oposto, pois serviu para negar recurso da controladora no caso envolvendo a Copel Empreendimentos. A holding contratou empréstimo para viabilizar a participação da subsidiária em um certame para concessão de rodovias. A despesa não foi considerada necessária, o que impede sua dedução do Lucro Bruto.

“A despesa glosada, de fato, não preenche os requisitos de necessidade, normalidade e usualidade a fim de que possa ser considerada dedutível, tratando-se, em realidade, de mera liberalidade por parte da recorrente”, concluiu o relator.

Obrigação contratualO questionamento envolvendo a Elejor trata de uma obrigação contratual assumida pela controladora do grupo depois que ela incorporou uma empresa responsável por obter participações em empreendimentos, a CopelPar. Essa segunda companhia emprestou R$ 107 milhões à Elejor e a operação foi assumida pela holding depois que a corporação especializada em adquirir participação em outros negócios foi internalizada.

Ao negar o recurso que pedia a tributação das operações, Oliveira Pinto destacou que as ações financeiras da controladora são apenas resultado das obrigações assumidas por seu antigo “braço” em participações. Também ressaltou que o valor transferido tem destino certo englobado pelo objetivo social da empresa: o fornecimento de energia.

“Concebo a hipótese de que um banco tenha em sua carteira um empréstimo de longo prazo concedido anteriormente – por razões empresariais legítimas à taxa X e posteriormente, por força das circunstâncias de mercado, tenha que captar recursos à taxa X+1. Estará o Fisco autorizado a considerar que esse diferencial de encargos foi pago desnecessariamente, por mera liberalidade? Poderá glosar esse diferencial? Penso que não”, exemplificou o conselheiro.

Prazo prescricionalO tributarista Fabio Calcini, do Brasil Salomão e Matthes Advocacia, destaca que outra grande questão abordada no caso foi o prazo prescricional definido. No julgamento, o Carf reafirmou que na doutrina o entendimento sobre as datas tomadas como base para a apresentação da ação só podem ser expandidas para antecipar o termo de início da decadência.

Mesmo havendo entendimento solidificado do STJ sobre o tema, o Fisco argumentou que o artigo 174 do Código Tributário Nacional permite o reinício da contagem do prazo decadencial na data em que foi constituído o crédito tributário. A alegação não foi aceita pelo conselheiro. “A turma julgadora a quo entendeu de forma divergente, e, a meu ver, acertadamente e baseada na mais atual jurisprudência do STJ.”

Segundo o STJ, o dispositivo citado pelo fisco incide apenas para antecipar o início do prazo de decadência para a Fazenda Pública lançar o débito fiscal, não servindo para dilatar esse período, “até porque, iniciado, o prazo de decadência não se suspende nem se interrompe”.

Fonte: ConJur

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Carf começa a analisar autuações contra GerdauPor Beatriz Olivon | De BrasíliaDivulgaçãoAdvogado Plinio Marafon: não há previsão legal para a diferença entre o ágio interno e o externo

O aguardado julgamento sobre ágio envolvendo a Gerdau no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) foi suspenso por um pedido de vista na 1ª Turma da Câmara Superior. O caso é um dos que envolvem processos investigados pela Operação Zelotes – que apura suposto esquema de compra de votos no Carf.

O julgamento, que engloba quatro autuações relativas à amortização de ágio, foi iniciado na manhã de ontem. Os lançamentos somam cerca de R$ 3 bilhões. A discussão, porém, foi suspensa após sete votos, de um total de dez. Há quatro votos pela manutenção das autuações e três contra. Em caso de empate, a decisão caberá ao presidente da 1ª Turma.

As autuações fiscais têm como pano de fundo uma reestruturação realizada pela Gerdau em 2004. Em todos os casos há o uso do chamado ágio interno, gerado a partir de reestruturações societárias de um mesmo grupo econômico para dedução do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O ágio consiste em um valor pago, em geral, pela rentabilidade futura de uma empresa adquirida ou incorporada. Pode ser registrado como despesa no balanço e amortizado, reduzindo os valores do IRPJ e a CSLL a pagar.

A Receita Federal, porém, costuma autuar os contribuintes quando interpreta que uma operação entre empresas foi realizada apenas com a intenção de reduzir a carga tributária.

Apesar de terem como base a mesma operação, as autuações da Gerdau tiveram destinos diferentes em turmas do Carf. A companhia venceu no julgamento de três processos em 2012 – envolvendo a Gerdau Açominas, Gerdau Comercial de Aços e Gerdau Aços Especiais. Somados, os autos equivalem a R$ 1,27 bilhão, de acordo com o balanço do grupo do primeiro trimestre.

Já o processo da Gerdau Aços Longos foi julgado em 2014, com vitória da Fazenda Nacional. A empresa recorreu, então, à Câmara Superior do Carf. Esta é a discussão de maior valor – R$ 1,9 bilhão (atualizado).

No julgamento iniciado ontem, o procurador da Fazenda Nacional Marco Aurélio Zortea Marques defendeu que a operação que deu origem à amortização de ágio não existiu. “Ela foi feita para ser desfeita. Foi meramente formal”, afirmou ele, acrescentando que a siderúrgica teria feito uma “contabilidade criativa”, que deve ser vedada.

Para o advogado que representa a Gerdau no processo, Plinio Marafon, do Marafon, Fragoso e Soares Advogados, porém, não é possível refutar a amortização do ágio apenas por se tratar de uma reestruturação interna. Não há previsão legal para a diferença entre ágio interno e externo, segundo o advogado. “Não dá pra pagar duas vezes o mesmo imposto sobre o mesmo fato.”

As discussões sobre ágio costumam dividir os integrantes do Carf. Não foi diferente nesse julgamento. Para a relatora, conselheira Adriana Gomes Rego, representante da Fazenda, apesar de a empresa alegar que o ágio é legítimo, em nenhum momento demonstrou pagamento ou transferência de recursos relativos ao ágio que aproveitou.

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“Não é possível despesa inventada”, afirmou Adriana. Segundo ela, a discussão sobre o uso de empresa veículo – que geralmente é questionada pelo Fisco – é pequena nesse caso, diante da amortização de um ágio artificialmente criado. “O argumento de que o legislador não vedou ágio surgido de operações intragrupo é mais absurdo ainda.”

A divergência foi iniciada pelo conselheiro Luís Flávio Neto, que representa os contribuintes. Segundo ele, a autuação não considera que há simulação no caso. “Para desconsiderar os atos realizados seria necessário ter a imputação da simulação”, disse. A divergência foi acompanhada por dois conselheiros que representam os contribuintes, Ronaldo Aplebaum e Natália Pompeu.

Na sequência, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do conselheiro Marco Feitosa, transformado em vista coletiva. Faltam ainda três votos. Os processos devem voltar a julgamento na próxima sessão da turma, em julho. Após o término do julgamento, Gerdau e Fazenda Nacional poderão apresentar embargos, recurso usado para pedir esclarecimentos da decisão. A companhia ainda poderá recorrer à Justiça.

Fonte: Valor Econômico

Associação Paulista de Estudos Tributários, 16/6/2016  14:50:11  

Concorrência acirrada pressiona resultado de auditoria independente16 jun 2016 - Contabilidade / Societário

Com novas exigências legais e a busca por redes multinacionais, pequenas e médias perdem competitividade e ganhos ficam comprometidos; previsão é de dois anos desafiadores

São Paulo - Com a globalização, o aumento das exigências legais e a alta concentração de mercado, empresas de auditoria independente precisam se reinventar para sobreviver. A previsão é que o faturamento do segmento se mantenha igual ou inferior à inflação em 2016, situação que ainda pode se agravar em 2017.

"As empresas estão com dificuldade de manter seus negócios nesse cenário", afirmou a sócia-diretora do Alonso, Barretto & Cia. Auditores Independentes, Angela Alonso, durante a 6ª Conferência de Contabilidade e Auditoria Independente realizada ontem em São Paulo.

Para ela, o aumento das exigências legais dos órgãos reguladores em caso de fraude é um dos principais gargalos do setor. "A responsabilidade está ficando muito grande. Nós temos uma técnica e damos uma opinião sobre os demonstrativos contábeis", explica. Um exemplo citado por ela é a normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que estabelece responsabilidade ilimitada às auditorias em caso de fraudes. "Não podemos ser responsabilizados por decisões da administração. Esses fatores estão deixando a auditoria cara", comenta.

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A executiva comenta que em casos recentes de fraudes empresariais, muitos auditores sofreram processos e tiveram contas bloqueadas. "Isso gera um aumento do custo, porque o auditor tem que incluir o risco", analisa.

Segundo a executiva, outra consequência que este cenário pode gerar para as empresas de auditoria é o desinteresse pela área. "Quem vai querer correr esses riscos? Podemos ter um apagão de mão de obra", expõe.

O que pode ajudar?

Um fator que pode facilitar a vida das auditorias é o Novo Relatório de Auditoria que começará a ser utilizado nos balanços de 2016. "Ele é mais detalhado e pode ser uma forma de blindar a auditoria", analisa.

Apesar de encarecer um pouco a operação, por exigir mais participação dos sócios do escritório no processo, a nova norma também pode ser vista como uma forma de aumentar a interação entre auditor e os gestores.

Para o presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Idésio Coelho um fator macroeconômico que poderia ajudar o setor é o incentivo de alguns mercados como o de cooperativas de crédito e o mercado de capitais para que pequenas e médias empresas possam ter acesso. "Além de ser uma oportunidade para o setor, melhorara a performance e o compliance das empresas. É necessário incentivar que firmas menores também sejam auditadas", afirma.

Segundo ele, entre as estratégias que as auditorias independentes - sobretudo, de pequeno porte - têm utilizado para conseguir manter a competitividade estão o redirecionamento para um nicho específico e a inclusão de serviços de outras áreas além da auditoria. "Está crescendo a demanda por consultoria, revisão de processo, adequação à lei anticorrupção e compliance."

De acordo com o sócio do escritório Magalhães Andrade S/S Auditores Independentes, Guy Almeida Andrade, outras saídas são a oferta de serviços que antecipem a auditoria e a formação de parcerias entre as companhias do ramo. "Desde que não comprometam a identidade como independente", diz. A meta da empresa para este ano será manter o mesmo desempenho de 2015, assim como a mesma base de clientes. "Também tentamos manter os mesmos honorários."

Pedra no sapato

Apesar das possibilidades, empresários deste ramo citam que outros fatores têm agravado a situação atual do setor. Entre eles, a globalização e a obrigatoriedade de rodízio de firmas de auditoria são as mais lembradas por terem reduzido o espaço de atuação das independentes. "Com a globalização, as empresas multinacionais optam por auditorias que têm atuação em outros países. Isso afastou as menores do mercado de capitais", explica Coelho, líder do Ibracon.

Já no caso do rodízio das firmas, o executivo conta que em cada mudança as companhias independentes perdem escala para as chamadas Big 4 do mercado - Deloitte, KPMG, PwC e S&P. "Não pela qualidade, mas pela força da marca. Existe uma tendência de aumento da procura por empresas globais", relata.

Além disso, ele aponta que com o rodízio fica mais difícil a negociação do preço. Frente a estes desafios, o executivo acredita que o mercado tenha um desempenho igual ou 'pouco' abaixo da inflação. "Em 2017 vai ser mais complicado, porque teremos um grande ciclo de rodízio de empresas grandes e com muito peso", complementa.

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Fonte: DCI - SP

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