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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA IBRATI SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA SOBRATI MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA LANECLEY GOUVEIA NEVES FULCO JANAÍNA VIEIRA PIMENTEL PEDROSA GERÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATISOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATIMESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA

LANECLEY GOUVEIA NEVES FULCO

JANAÍNA VIEIRA PIMENTEL PEDROSA

GERÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

JOÃO PESSOA - PB

2016

LANECLEY GOUVEIA NEVES FULCO

JANAÍNA VIEIRA PIMENTEL PEDROSA

GERÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.

Orientador: Prof. Dra. Maria Helena Wanderley

JOÃO PESSOA - PB

2016

LANECLEY GOUVEIA NEVES FULCO

JANAÍNA VIEIRA PIMENTEL PEDROSA

GERÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.

Aprovada em: ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________Prof. Dr. Douglas Ferrari Carneiro

Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATIPresidente

_______________________________________Prof. Dra. Maria Helena Rodrigues de Barros Wanderley

Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATIOrientador

_________________________________________Examinador

___________________________________________

Examinador

Dedicamos este trabalho ao ser supremo que até aqui tem nos sustentado e iluminado para conseguir realizar mais uma vitória na nossa vida e posteriormente queremos dedicar aos nossos familiares e ao IBRATI por nos proporcionar este mestrado profissionalizante.

AGRADECIMENTOS

Queremos externar nossa sincera e singela gratidão, em primeiro lugar a

Deus, por nos amar de uma forma incondicional e por ter sido sempre fiel a nós,

mesmo não merecendo permitindo que mais um dos nossos sonhos sejam

realizados.

Também queremos agradecer aos nossos pais que mesmo na com

simplicidade e humildade souberam nos educar de uma forma humilde, porém com

garra, e tudo que estamos nos tornando devemos a eles.

Agradecemos ao apoio e incentivo dos nossos maridos Heron Fulco e

Leonardo Pimentel que nos momentos de cansaço e fraquejo nos motivaram a

continuar enfatizando sempre: Força, foco e fé. Aos nossos filhos pela compreensão

da dedicação do tempo destinado ao estudo e pesquisa que são tão primordiais para

nosso crescimento cientifico.

Eu Lanecley Fulco agradeço a amiga Janaína Pimentel e familiares que nesse

período tem me acolhido de uma forma tão singular na sua residência, que tenho me

sentido em casa. Obrigada!

Eu Janaína Pimentel agradeço a amiga Lanecley Fulco pela parceria,

confiança e por ter sido uma ajudadora durante o mestrado, és um exemplo de

dedicação!!

E por fim queremos agradecer a nossa querida orientadora: Maria Helena que é

sinônimo de sabedoria e simplicidade. Ao Prof. Dr. Douglas Ferrrari e ao Prof. Dr.

Rodrigo Tadine que nos trouxeram um novo olhar para o conceito real de equipe

multidisciplinar que faz a diferença, assim como nos ensinaram a não se conformar

com os conceitos pré-estabelecidos e impostos pela sociedade, mas ser agente

transformador pensando no processo como parte do todo.

A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.

Albert Einstein

FULCO, L. G. N; PEDROSA, J. V. P . Gerência de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva: Relato de uma Experiência.19 Págs. Tese de Mestrado, orientado pelo professor Dra.Helena Wanderley. Mestrado Profissionalizante. João Pessoa- PB, 2016.

RESUMO

A visão de acompanhamento e monitorização que caracterizou ao longo do tempo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com a função do enfermeiro assistencial dedicado também a pratica educativa se expressando em diferentes atividades como nos cuidados preventivos, praticas sociais e praticas administrativa trouxeram incumbências e responsabilidades voltadas a pratica da gestão.( VIANA, 2011).O gerenciamento de uma UTI é de extrema importância para obter bons resultados assistenciais se garantir a segurança do paciente, ter uma equipe conhecedora desse processo como aliada faz toda diferença, para isso é necessário organização e liderança. Objetivo Geral: Descrever a atuação do enfermeiro diante do gerenciamento de uma Unidade de Terapia Intensiva, além de partilhar experiências vividas pelas autoras. Trata-sede um estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiências, além de uma revisão sistemática da literatura através do banco de dados: PubMed, ScientificElectronic Library Online (Scielo), Bireme,Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medline e Google acadêmico com artigos dos anos entre 2000 e 2015. Gerenciar não se constitui apenas pelos esforços do gestor, é necessário o envolvimento de toda equipe de saúde que devem estar aptos para desenvolver ferramentas para promoção, acompanhamento e elaboração de melhorias dos resultados assistências. O enfermeiro foi direcionado em sua graduação para cuidar e com a necessidade da organização e gestão abarcou em suas atribuições o gerenciamento de recursos humanos, financeiros, físicos e materiais desenvolvendo competências administrativas, buscando estratégias para cuidar além da beira do leito, acompanhando resultados assistenciais e administrativos com indicadores que promovam intervenções e melhoria do cuidado em tempo real.Palavras Chaves: Gerenciamento, administração, indicador, qualidade.

Fulco, G. L. N; PEDROSA, J. V. P. Nursing management in the Intensive Care Unit: Report of an experience. 19 Pp. Master's thesis, supervised by Professor Dr. Helena Wanderley. Professional Masters. João Pessoa-PB, 2016.

ABSTRACT

The vision tracking and monitoring that characterized over time the intensive care unit (ICU) with the function of hospital nurses also dedicated to educational practice expressing themselves in different activities such as preventive care, social practices and administrative practices brought errands and responsibilities facing the practice of management. (VIANA, 2011). The management of a UTI is very important to get good care results and ensure patient safety, have a knowledgeable staff of this process as an ally makes all the difference, this requires organization and leadership. Objectives: To describe the work of nurses on the management of an Intensive Care Unit (ICU), and to share our experiences in. Method: This host a descriptive qualitative study of the experiences of account type, and a systematic review of the literature through the database PubMed, ScientificElectronic Library Online (Scielo), Bireme, the Latin American and Caribbean in Sciences health (LILACS), Medline and Google scholar articles to the years between 2000 and 2015. Manage not only is the manager's efforts, the involvement of the entire health team needs to should be able to develop tools to promotion, monitoring and preparation of improvements of results assists. The nurse was directed at her graduation to take care and to the needs of the organization and encompassed management in their duties managing human, financial, physical and material developing administrative skills, seeking strategies to look beyond the bedside, following results care and administrative interventions with indicators that promote and improve the real-time care.

Keywords: Management, administration, indicator quality.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 09

2 OBJETIVOS............................................................................................................11

3 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................12

4 DISCUSSÃOE RESULTADOS..............................................................................13

DO CONTEXTO HISTÓRICO À REALIDADE DA PRÁTICA..................................13

TENDÊNCIAS E PERSPECTIVA BASEADO NA EXPERIÊNCIA DOS

AUTORES..................................................................................................................14

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................18

REFERÊNCIAS..........................................................................................................19

1 INTRODUÇÃO

A enfermagem surgiu ao longo do contexto da história da humanidade em

diferentes momentos, no desenvolvimento da saúde, na descrição da história pré-

moderna e moderna conforme dados literários. Nessa cronologia surge o

desenvolvimento do saber empírico para o saber cientifico dentro de um contexto de

aprendizado vivenciado nas guerras e campos de batalhas da época,primeiramente

na Inglaterra com a primeira escola de formação cientifica com Florence Nightingale,

e aqui no Brasil a profissionalização da enfermagem teve inicio também pós guerra

com a fundação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras recebendo o

nome de Ana Nery que foi a primeira brasileira que rompeu os preceitos da época

que tinham a mulher como prisioneira do lar, no propósito de não separa-se de seus

filhos se oferece para serviços médicos em prol do Brasil na guerra do Paraguai,

retornando após 5 anos com o diferencial da assistência aos soldados com a

aplicação da pratica de cuidados diferenciado, pois era uma mulher culta de

entendimento diferenciado. (VIANA, 2011)

Conforme relatos históricos a Universidade Federal do Estado do Rio de

Janeiro em 1890 era onde ficava a Escola, e tinha o conteúdo teórico ensinado e

aplicado pelos médicos onde o aprendizado se fazia por repetições frequentes de

tarefas e a base teórica era fundamentada no ensino rudimentar de anatomia,

fisiologia, patologia e farmacologia, tornando o conhecimento limitado e o cuidado

rotineiro, nesse modelo de ensino diferentes grupos de cuidados atuavam na

enfermagem da época: enfermeiras diplomadas; auxiliares de enfermagem; praticas

de enfermagem: enfermeiras práticas; irmãs de caridade e atendentes.

Diante da pluralidade das funções, aumento da complexidade dos pacientes e

a complexidade terapêutica que cresceu mais rápido que o desenvolvimento da

ciência, o campo que era de expertise e autoridade tradicionalmente considerada de

domínio dos médicos os enfermeiros com a responsabilidade de aprender e

conhecer desenvolveu a beira do leito de forma rigorosa, a vigilância continua e o

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domínio da nova prática assistencial tendo nesse contexto à visão de

acompanhamento e monitorização que caracterizou com isso ao longo do tempo, a

Unidade de terapia intensiva (UTI) com a função do enfermeiro assistencial dedicado

também a prática educativa, se expressando em diferentes atividades como nos

cuidados preventivos, praticas sociais e práticas administrativa uma vez que esse

avanços trouxeram incumbências e responsabilidades administrativas e a prática da

gestão.( VIANA, 2011)

A unidade de terapia intensiva é um local destinado para a internação de

pacientes críticos ou instáveis, que possui ambientes individuais ou coletivos,

dependendo da gravidade, faixa etária e patologia (MOZACHI et al., 2009). Dentro

desse contexto, o conhecimento sobre o perfil da clientela assistida assim como a

realidade da instituição e serviços é de fundamental importância, visando obter

dados consistentes que permitam melhor planejar o processo de assistência à saúde

dos pacientes e distribuição de atividades das equipes. O domínio desses fatores

está relacionado ao direcionamento da assistência prestada, ao direcionamento das

equipes visando em especial atenção aos resultados da terapia intensiva, ao

prognóstico e fatores de riscos aos quais estão expostos. No que tange à

enfermagem, possibilita a criação de instrumentos de avaliação por indicadores de

assistência, indicadores de desfecho, indicadores de resultados, indicadores de

moral e mensuração da carga de trabalho da enfermagem. Neste sentido, o

presente estudo tem como proposta compartilhar a experiência vivenciada pelas

autoras na coordenação e gerenciamento de enfermagem na UTI de uma unidade

hospitalar privada de Olinda - PE. Para tanto, adotaremos o método descritivo

segundo as etapas seqüenciais da realidade da UTI, da qual participamos na

qualidade de gerente de enfermagem e enfermeira líder.

A fundamentação teórico-metodológica desenvolveu-se por meio de

uma revisão de literatura a respeito do tema, através de pesquisas no banco de

dados PubMed, Scielo, Bireme, Lilacs, MEDLINE e Google Acadêmico. Foram

selecionados artigos publicados entre o período de 2000 e 2015, com os seguintes

critérios de inclusão: textos integrais livres, publicados nos últimos anos. A busca

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feita de modo manual para as referencias de artigos de revisão encontrados, para

captar possíveis artigos não selecionados na estratégia de busca. (ABRAÃO, 2010)

Trata-se de um estudo descritivo, com uma abordagem qualitativa, do tipo

relato de experiência. É uma modalidade de estudo que permite investigar para se

preservar as características holísticas e significativas de episódios da vida real,

como ciclos de vida individuais e processos organizacionais e administrativos. Este

tipo de estudo contribui ainda, de maneira inigualável para a compreensão dos

fenômenos individuais, organizacionais, sociais e políticos. (GIL, 2008)

2 OBJETIVO

2.1 OBJETIVO GERAL

Descrever a atuação do enfermeiro na gerência do cuidado e na gerência da

Unidade de Terapia Intensiva - UTI.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Compreender o gerenciamento como uma dimensão do cuidar.

Descrever as tendências e perspectivas da gerencia de enfermagem no que tange

administração, gerência e gestão baseado na experiência dos autores.

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3 REFERENCIAL TEORICO

Nos últimos anos, o crescimento da cirurgia invasiva e dos procedimentos

clínicos baseados em protocolos vem aumentado, com isso a necessidade da

criação de unidades de alta complexidade que contam cada vez mais com equipe

especializada de médicos, enfermeiros e outros profissionais, apoiados por

equipamentos para monitorização e intervenções de emergência. (PAIVA, 2009)

Os novos tratamentos e o incremento tecnológico hoje presente na terapia

intensiva tem como finalidade promover ação mais dinâmica na assistência e

contribuição para identificação rápida das evoluções clinicas. Por conseguinte, as

UTIs têm sido uma estratégia para o oferecimento de um suporte especializado de

assistência à saúde, abrangendo o uso de recursos tecnológicos e terapêuticos de

ponta.(FREITAS, 2010),

Ao longo da história das UTIs as demandas do cuidado requerem equipe

permanente de médicos e de pessoal da enfermagem, além de outros profissionais

da saúde. Sendo assim a equipe deve ter preparo e habilidade para o atendimento

do paciente em questão e, obviamente, conhecimentos teóricos relacionados à área

específica da terapia intensiva, se fazendo com isso ser importante o contexto de se

ter traçado o perfil de pacientes atendidos. A experiência prática, consequente ao

acompanhamento dos doentes que passam pela unidade, é também fator importante

do sucesso da UTI, no que concerne à recuperação dos seus pacientes. (PAIVA, et

al., 2009)

Para Viana (2011),nas unidades de terapia intensiva o grande objetivo é a

segurança e a recuperação do pacientes clinicamente instáveis, proporcionada pela

vigilância contínua e rigorosa da enfermagem, existindo maior relação

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enfermeiro/paciente em comparação às demais unidades hospitalares e também aos

demais profissionais envolvidos na assistência. Com isso o enfermeiro dentro de

suas atribuições e estratificação do trabalho com limitações de recursos

desenvolveu habilidades voltadas para áreas do cuidar, da educação, do

gerenciamento de ambiente e gerenciamento de equipes para assegurar domínio

cientifico e o desenvolvimento de competências, isto já presente desde os períodos

das guerras como na Guerra da Crimeia que por Florence Nightingale (1820 – 1910)

implementou o cuidado relativo à higiene e a estratificação de complexidade dos

pacientes, treinando as equipes e reduzindo em 42,7% o índice de infecção na

época, chamada Infecção hospitalar.

4 DISCUSSÃO E RESULTADOS

DO CONTEXTO HISTÓRICO À REALIDADE DA PRÁTICA

Atualmente o termo administração tem sido substituído por gerencia

devido ao desgaste e as falhas na prática administrativa relacionada a sentimentos

de descrença, insatisfação e liderança impositiva. Assim gerenciar tem sido um

conceito estratégico que vem sendo discutido como sendo a aplicação da utilização

da gestão que proporciona participação na construção de resultados.

Na prática administrativa aprendemos na graduação os modelos

tradicionais baseados nos ensinamentos de Taylor, Fayol e seus seguidores onde

uma boa organização é a que possui um organograma detalhado com ênfase na

divisão de trabalho, descrição de cargos, manuais de tarefas, manuais de

procedimentos. Esses modelos ao longo da história favorecem a organização, mas

tem pouco influencia nos resultados e leva a burocratização do serviço seja ele de

saúde ou afins.

Gerenciar cuidados e unidade de trabalho UTI assim como outros

processos é instituir práticas com análise do processo trabalho, disponibilidade de

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equipe, diálogo e participação e debate dos resultados alcançados e esperados,

envolve flexibilizar os instrumentos de desenvolvimento da assistência, conhecer as

necessidades reais do processo e acompanhar resultados, desenvolver processo de

negociação por rede de contatos, identificação de problemas críticos, agilidade nas

decisões, estimular contatos horizontais para promover comprometimento,

desenvolver liderança e habilidades inovadoras.

TENDÊNCIA E PERSPECTIVA BASEADO NA EXPERIÊNCIA DOS AUTORES:

A gerência de saúde não se constitui só pelo desenvolvimento do trabalho do

gestor, os profissionais de saúde de forma geral devem estar aptos a desenvolver

ações que promovam prevenção, proteção e reabilitação a saúde em nível individual

e coletivo, assegurando sua prática de forma íntegra sendo capaz de criticamente

desenvolver instrumentos de análise que promovam melhoria na assistência por

análise de problema, assim o profissional precisa desenvolver competências

técnicas para o fortalecimento da promoção da melhor assistência.

Buscamos em nosso serviço, saberes que auxiliariam a prática administrativa

e refletiriam no resultado da assistência, primeiro conhecendo as teorias

administrativas, as ferramentas específicas da gerência, o processo do trabalho, o

poder organizacional para utilizar na negociação de recursos, saúde do trabalhador,

leis trabalhistas, gerenciamento de pessoas, dimensionamento de pessoas pautado

na legislação vigente, gerenciamento de recursos materiais, recursos físicos, custos

e visão de processo decisório, descrição de cargos, qualidade percebida. Esses

conhecimento fortalecem a implementação de metas e acoberta a decidir condutas

mais adequadas a realidade oferecida pelo serviço.

A tendência de se fazer gestão com credibilidade passa pelo conhecimento,

agregar valores no colaborador buscando estratégias que visem diminuir rejeição,

oposição, gerenciar conflitos para obter governabilidade, dedica-se pelo grupo com

objetivos definidos para que as metas sejam desejadas por todos e sejam buscadas

na promoção do melhor resultado, visão bem definida e implementada com a pratica

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da gestão de qualidade da assistência nos serviços de saúde. A Organização

Mundial de Saúde (OMS) define a qualidade da assistência como o conjunto de

atributos que inclui excelência profissional, uso eficiente de recursos, risco mínimo

ao usuário e alto grau de satisfação por parte do paciente. Esse processo é todo

gerenciado por indicadores que permitem por relação matemática medir e comparar

metas e assim utilizar no gerenciamento para tomada de decisão nos vários núcleos

da gestão, como exemplo:

Gestão de PessoasTaxa de absenteísmo= Nº de horas não trabalhadas ausentes no mês x 100 Nº de horas trabalhada p\ todos da unid.

Taxa de acidente de trabalho= Nº de acidentes de trabalho no mês x 100 Nº de colaboradores expostos

Horas de Enfermeiro= Nº de horas de assistência prestada Nº pacientes \ dia

Índice de Segurança Técnica (IST): km = Dias da Semana X IST JST

Gestão de ProcessoÍndice de Queda de paciente= Número de Quedas x 1000 Nº pacientes \ dia

Íncide de Extubação acidental= Nº extubação não planejada x 100 Nº pacientes intubados\ dia

Índice de perda de Sonda Nasoenteral= Nº perdas de sondas x 100 Nº de pacientes com sonda\ dia

Índice de lesão por pressão= Nº de casos de lesão por pressão x 100 Nº de exposto ao risco \ dia

Índice de não conformidade relacionada a administração de medicamentos pela enfermagem= Nº não conformidade administração de medicamento x 100 Nº de pacientes \ diaÍndice de flebite = Nº de casos de flebite x 100 Nº pacientes\ dia com AVP

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Trabalhamos com indicadores na perspectiva de promover mudança de

cultura, identificar problemas, comparação com serviços equivalentes, desencadear

melhorias na organização, tornar a organização confiável. Os indicadores nos

desafiam a buscar melhor resultado.

Iniciamos o caminho do levantamento de dados por indicadores com dados

levantados manualmente através de livros de registros e impressos preenchidos por

enfermeiros no decorrer da assistência diariamente, indicadores ligados a falha na

assistência e\ou evento adverso como os casos de flebite, perdas de sondas,

quedas de pacientes, etc, com a busca da excelência da assistência e a fidelização

dos dados conquistamos no serviço a implementação de um sistema de dados

informatizado onde os indicadores são lançados diariamente por um enfermeiro

específico e todos as informações ligadas a assistência são coletadas de prontuário,

relatório de livro de registro e passagem de plantão sendo cadastradas no

sistema,gerando então indicadores que dão suporte na gestão em tempo real. Esses

indicadores são acompanhados semanalmente pela alta gestão e divulgado

mensalmente com as equipes é nesse momento que realizamos discussão e

análise, com sugestão de melhoria e seguimos com exposição em quadro de avisos

na UTI para que todos tomem conhecimento, inclusive familiares.

O trabalho de gerenciamento foi desenvolvendo e com isso as necessidades de

acompanhamento com análise dos dados foram aprimorando assim como os

recursos, passamos a utilizar uma ferramenta de lançamento de dados que no

sistema gera relatórios consolidados em qualquer período do mês, com isso a

tomada de decisão e implementação de medidas se tornam mais rápidas e evidente,

nessa mesma linha de amadurecimento do gerenciamento também foi

implementada a equipe,as enfermeiras lideres, gerenciando um número determinado

de equipe e resultados fazendo com que o gestor esteja mais presente junto a

equipe assim como as ações de capacitações.

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Desenvolvimento e atuação da enfermeira líderes:

A enfermeira líder é mais uma ferramenta que auxilia no gerenciamento da UTI com

acompanhamento diário das rotinas, supervisão das equipes na assistência com o

objetivo de garantir a segurança do paciente baseado nos protocolos institucionais,

promovendo treinamento a fim de fortalecer as boas práticas do cuidado ou diante

de algum evento ou incidente, elaboração de notificações, análises e plano de ação

diante de eventos, participação como integrante ativo na elaboração,

acompanhamento e levantamento de dados dos protocolos institucionais, supervisão

da aplicação dos bundles de prevenção a Pneumonia associada a ventilação

mecânica (PAV), Infecção do Trato Urinário (ITU) e Infecção por Corrente Sanguinea

(ICS), realizando dimensionamento de pessoal diariamente a fim de promover

qualidade no cuidado e reduzir custos desnecessários a empresa, realizando

acolhimento de novos colaboradores e integrando-os a equipe,apresentando os

indicadores mensalmente à equipe (técnicos de enfermagem e enfermeiros) de

forma motivacional tornando um momento de interação do grupo e estimulando o

empoderamento do resultado do seu trabalho, desta forma, teremos uma equipe

motivada, conhecedora do processo e participativa nas ações de melhoria.

O papel da enfermeira líder é fundamental para gestão de uma unidade de terapia

intensiva visto que, acompanhar, promover, planejar, garantir bons resultados

demanda tempo e o gerente precisa está focado no processo.

Aplicações práticas das Enfermeiras LíderesAplicação de Bundle de IPCS; PAV; ITU

Participação efetiva na Round Diário com tomada de decisão e discussão de

condutas no Plano Terapêutico;

Auditoria de Rotinas e aplicabilidade de Protocolos;

Treinamento e capacitação da equipe.

Lançamento de Dados no Sistema de monitorização.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desde o advento da enfermagem moderna a dimensão da prática

administrativa foi estabelecida primeiramente a partir da necessidade de organizar

os hospitais, com isso gerenciamento foi incorporado como função do enfermeiro,

inclusive fazendo parte como cadeira na graduação a administração de

enfermagem, o profissional de enfermagem abarcou em suas atribuições

gerenciamento de recursos financeiros, físicos e materiais e ainda liderar equipes

assistenciais e cuidar assistencialmente, esse é o desafio e o grande conflito vivido

pelo profissional que foi formado para cuidar e se depara com gestão que envolve

outros horizontes além do cuidado, esse foi o maior desafio do autor do estudo

aprender a cuidar sobre outro prisma além da beira do leito e desenvolver

competências administrativas consideradas indispensáveis, buscar conhecimento no

conjunto do planejar, tomar decisões, interagir, gerir pessoas e recursos entendendo

que esse papel promove estrutura no cuidado pois salienta os meios pelos quais os

cuidados são organizados e dispensados. Planejar e acompanhar rotinas, protocolos

onde o foco e na natureza do cuidado, buscar resultado onde a satisfação do

paciente e familiar gera fidelização que é também um resultado esperado.

Deste modo resumo que os objetos do trabalho do enfermeiro no

gerenciamento e coordenação envolvem organização do trabalho, acompanhamento

dos resultados assistenciais e administrativos, recursos humanos de enfermagem

com indicadores que avaliem o processo e promovam intervenções que possibilitem

a melhoria do cuidado e uma gerencia melhor instrumentalizada.

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6 REFERÊNCIAS

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