000525_Método e Técnicas de Trabalho Em Saúde e Segurança Do Trabalho - 01166 [ E 1 ]

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  • MTODOS E TCNICAS DE

    TRABALHO EM SADE E

    SEGURANA DO

    TRABALHO I

  • INTRODUO

    Quando um trabalhador sai de sua casa para ir ao

    trabalho, leva consigo conhecimentos,

    esperanas, expectativas, desejos, suas

    necessidades e as de sua famlia, os anseios de

    uma vida melhor e de promover qualidade de

    vida para si e para os seus.

    O local de trabalho, portanto, seria a realizao

    desses sonhos, e no deve ser sinnimo de risco

    de acidentes e doenas profissionais, que

    constantemente ceifam sonhos, sade e, s vezes

    vidas.

  • A segurana do trabalhador, dentro e fora da

    empresa, no deve ser vista apenas como uma

    obrigao de cumprimento da lei, mas tambm

    como forma de desenvolvimento e valorizao

    do ser humano, de respeito sade,

    integridade fsica e ao bem-estar, alm de

    contemplar uma relao salutar entre

    empregador e empregado, propiciando o

    desenvolvimento social e humano.

  • POR QUE DEVEMOS PREVENIR OS ACIDENTES E DOENAS

    DECORRENTES DO TRABALHO?

    Sob todos os aspectos em que possam ser

    analisados, os acidentes e doenas decorrentes do

    trabalho apresentam fatores extremamente

    negativos para a empresa, para o trabalhador

    acidentado e para a sociedade.

    Anualmente, as altas taxas de acidentes e doenas

    registradas pelas estatsticas oficiais expem os

    elevados custos e prejuzos humanos, sociais e

    econmicos que custam muito para o Pas,

    considerando apenas os dados do trabalho formal.

  • O somatrio das perdas, muitas delas

    irreparveis, avaliado e determinado

    levando-se em considerao os danos

    causados integridade fsica e mental do

    trabalhador, os prejuzos da empresa e os

    demais custos resultantes para a sociedade.

  • DANOS CAUSADOS AO TRABALHADOR

    As estatsticas da Previdncia Social, que

    registram os acidentes e doenas decorrentes

    do trabalho, revelam uma enorme quantidade

    de pessoas prematuramente mortas ou

    incapacitadas para o trabalho.

    Os trabalhadores que sobrevivem a esses

    infortnios so tambm atingidos por danos

    que se materializam em:

  • sofrimento fsico e mental;

    cirurgias e remdios;

    prteses e assistncia mdica;

    fisioterapia e assistncia psicolgica;

    dependncia de terceiros para

    acompanhamento e locomoo;

  • diminuio do poder aquisitivo;

    desamparo famlia;

    estigmatizao do acidentado;

    desemprego;

    marginalizao;

    depresso e traumas.

  • PREJUZOS DA EMPRESA

    As pequenas e micro empresas so fortemente

    atingidas pelas conseqncias dos acidentes e

    doenas, apesar de nem sempre os seus

    dirigentes perceberem este fato.

  • O custo total de um acidente dado pela soma

    de duas parcelas: uma refere-se ao custo direto

    (ou custo segurado), a exemplo do

    recolhimento mensal feito Previdncia

    Social, para pagamento do seguro contra

    acidentes do trabalho, visando a garantir uma

    das modalidades de benefcios estabelecidos

    na legislao previdenciria. A outra parcela

    refere-se ao custo indireto (custo no

    segurado).

  • Estudos informam que a relao entre os custos

    segurados e os no segurados de 1 para 4, ou

    seja, para cada real gasto com os custos

    segurados, so gastos 4 com os custos no

    segurados.

    Os custos no segurados impactam a empresa

    principalmente nos seguintes itens:

    salrio dos quinze primeiros dias aps o

    acidente;

    transporte e assistncia mdica de urgncia;

  • paralisao de setor, mquinas e equipamentos;

    comoo coletiva ou do grupo de trabalho;

    interrupo da produo;

    prejuzos ao conceito e imagem da empresa;

    destruio de mquina, veculo ou equipamento;

    danificao de produtos, matria-prima e outros insumos;

    embargo ou interdio fiscal;

    investigao de causas e correo da situao;

    pagamento de horas-extras;

  • atrasos no cronograma de produo e entrega;

    cobertura de licenas mdicas;

    treinamento de substituto;

    aumento do prmio de seguro;

    multas e encargos contratuais;

    percia trabalhista, civil ou criminal;

    indenizaes e honorrios legais; e

    elevao de preos dos produtos e servios.

  • CUSTOS RESULTANTES PARA A SOCIEDADE

    As estatsticas informam que os acidentes

    atingem, principalmente, pessoas na faixa

    etria dos 20 aos 30 anos, justamente quando

    esto em plena condio fsica.

    Muitas vezes, esses jovens trabalhadores, que

    sustentam suas famlias com seu trabalho,

    desfalcam as empresas e oneram a sociedade,

    pois passam a necessitar de:

  • socorro e medicao de urgncia;

    intervenes cirrgicas;

    mais leitos nos hospitais;

    maior apoio da famlia e da comunidade; e

    benefcios previdencirios.

  • Isso, conseqentemente, prejudica o

    desenvolvimento do Pas, provocando:

    reduo da populao economicamente ativa;

    aumento da taxao securitria; e

    aumento de impostos e taxas.

    Degradao da imagem do Pas

  • importante ressaltar que, apesar de todos os

    clculos, o valor da vida humana no pode ser

    matematizado, sendo o mais importante no

    estudo o conjunto de benefcios que a micro

    ou pequena empresa consegue com a adoo

    de boas prticas de Sade e Segurana no

    Trabalho, pois, alm de prevenir acidentes e

    doenas, est vacinada contra os imprevistos

    acidentrios, reduz os custos, otimiza conceito

    e imagem junto clientela e potencializa a sua

    competitividade.

  • OBJETIVO

    A incorporao das boas prticas de gesto de

    sade e segurana no trabalho no mbito das

    micro e pequenas empresas contribui para a

    proteo contra os riscos presentes no

    ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo

    acidentes e doenas e diminuindo

    consideravelmente os custos.

  • Alm de diminuir os custos e prejuzos, torna

    a empresa mais competitiva, auxiliando na

    sensibilizao de todos para o

    desenvolvimento de uma conscincia coletiva

    de respeito integridade fsica dos

    trabalhadores e melhoria contnua dos

    ambientes de trabalho.

  • No caso das micro e pequenas empresas, a

    participao do prprio empreendedor e dos

    trabalhadores na identificao dos riscos

    assume um papel de extrema importncia para

    o xito do programa de gesto.

  • ACIDENTE DO TRABALHO

    CONCEITO DE ACIDENTE DO TRABALHO

    Segundo o art. 19 da Lei n 8.213/91, "acidente dotrabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho aservio da empresa ou exerccio do trabalho dossegurados referidos no inciso VII art. 11 desta Lei,provocando leso corporal ou perturbaofuncional que cause a morte ou a perda ou reduo,permanente ou temporria, da capacidade para otrabalho." 1

  • EXERCCIO DO TRABALHO A SERVIO

    DA EMPRESA

    Para que uma leso ou molstia seja

    considerada acidente do trabalho necessrio

    que haja uma ligao entre o resultado e o

    trabalho, ou seja, que o resultado danoso

    tenha origem no trabalho desempenhado, e em

    funo do servio. Por exemplo, se um

    empregado for assistir a um jogo de futebol e

    cair a arquibancada onde se sentou, no se

    tratar de um acidente do trabalho.

  • Todavia, se com ele cai o funcionrio do

    estdio que estava a efetuar a limpeza na

    arquibancada, a lei de acidentes proteger este

    ltimo.

    LESO CORPORAL

    So considerados leses corporais quaisquer

    danos anatmicos, como por exemplo uma

    fratura, um machucado ou a perda de algum

    membro.

  • PERTURBAO FUNCIONAL

    Perturbao funcional consiste no prejuzo

    causado ao funcionamento de algum rgo ou

    sentido, tal como uma perturbao mental

    causada por uma pancada, prejuzo ao

    funcionamento de algum rgo ( pulmes,

    etc.) e pela aspirao ou ingesto de elementos

    nocivos usados no exerccio do trabalho.

  • A lei tambm considera acidente do trabalho a

    doena profissional e a doena do trabalho. As

    chamadas doenas ocupacionais.

    *DOENA PROFISSIONAL

    So equiparadas ao acidente as doenas

    oriundas do trabalho, tpicas ou atpicas,

    quando ocasionam incapacidade laboral.

  • DOENA DO TRABALHO

    a adquirida ou desencadeada em funo de

    condies especiais em que o trabalho

    realizado e com ele se relaciona diretamente, e

    constante da respectiva relao elaborada pelo

    Ministrio do Trabalho e Emprego.

    A doutrina classifica os acidentes do trabalho

    em trs espcies:

  • DOENAS DO TRABALHO, tambm

    chamadas mesopatias, so aquelas que no

    tm no trabalho sua causa nica ou exclusiva.

    A doena resulta de condies especiais em

    que o trabalho executado (pneumopatias,

    tuberculose, bronquites, sinusite, etc.). As

    condies excepcionais ou especiais do

    trabalho determinam a quebra da resistncia

    orgnica fazendo eclodir ou agravar a doena.

  • DOENAS PROFISSIONAIS ou tecnopatias

    - Tm no trabalho a sua causa nica, eficiente

    por sua prpria natureza, ou seja, a

    insalubridade. So doenas tpicas de algumas

    atividades (silicose, leucopenia, tenossinovite,

    etc).

  • ACIDENTES DO TRABALHO TIPO - Em

    seu conceito devem estar presentes a

    subtaneidade da causa e o resultado imediato,

    ao contrrio das doenas que possuem

    progressividade e mediatidade do resultado.

  • Acidente tipo a maneira como a pessoa

    recebe o ferimento. Podemos destacar :

    Batida contra... objetos, peas, materiais, etc.

    Batida por.... objetos, peas, materiais, etc.

    Prensagem entre ,... objetos, peas, materiais,

    etc.

    Queda de objetos.

  • Esforo excessivo ou de mau jeito.

    Contatos com temperaturas extremas -

    incluem queimaduras.

    Contatos com produtos qumicos - ingesto ou

    inalao.

    Contatos com eletricidade - incluem

    queimaduras por arco voltaico.

    Outros ( descrever ).

  • O ponto de distino bsico que na doena

    profissional o fator determinante a atividade,

    enquanto na doena do trabalho a relevncia

    est nas condies em que a atividade

    exercida.

    Excepcionalmente, mesmo que a doena no

    esteja includa na relao, se demonstrado que

    ela resulta das condies especiais em que o

    trabalho executado e com ele se relaciona

    diretamente, a Previdncia Social deve

    consider-la acidente de trabalho.

  • Existem tambm algumas situaes em que,

    apesar da leso ou perturbao funcional no

    ocorrer pelo exerccio do trabalho, a lei

    equipara a acidente do trabalho, o que ns

    chamaramos de acidente do trabalho por

    fico legal.

  • A lei considera o empregado no exerccio do

    trabalho nos perodos destinados a refeio ou

    descanso ou por ocasio da satisfao de

    outras necessidades fisiolgicas, no local do

    trabalho ou durante este. Logo, ser acidente

    do trabalho o ocorrido nesses perodos.

    Reputo importante a distino entre acidente

    do trabalho real e por fico legal e entre

    doena profissional e doena do trabalho para

    se fixar a responsabilidade do empregador e

    seus agentes.

  • Lei n 8.213/91

    Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho,

    nos termos do artigo anterior, as seguintes

    entidades mrbidas:

    I - doena profissional, assim entendida a

    produzida ou desencadeada pelo exerccio do

    trabalho peculiar a determinada atividade e

    constante da respectiva relao elaborada pelo

    Ministrio do Trabalho e da Previdncia

    Social;

  • II - doena do trabalho, assim entendida a

    adquirida ou desencadeada em funo de

    condies especiais em que o trabalho

    realizado e com ele se relacione diretamente,

    constante da relao mencionada no inciso I.

  • 1 No so consideradas como doena do

    trabalho:

    a) doena degenerativa: diabetes

    b) a inerente a grupo etrio: reumatismo

    c) a que no produza incapacidade laborativa:

    miopia

    d) a doena endmica adquirida por segurado

    habitante de regio em que ela se desenvolva,

    salvo comprovao de que resultante de

    exposio ou contato direto determinado pela

    natureza do trabalho: malria

  • 2 Em caso excepcional, constatando-se que

    a doena no includa na relao prevista nos

    incisos I e II deste artigo resultou das

    condies especiais em que o trabalho

    executado e com ele se relaciona diretamente,

    a Previdncia Social deve consider-la

    acidente do trabalho.

  • Art. 21. Equiparam-se tambm ao acidente do

    trabalho, para efeitos desta Lei:

    I - o acidente ligado ao trabalho que, embora

    no tenha sido a causa nica, haja contribudo

    diretamente para a morte do segurado, para

    reduo ou perda da sua capacidade para o

    trabalho, ou produzido leso que exija ateno

    mdica para a sua recuperao;

  • II - o acidente sofrido pelo segurado no local e

    no horrio do trabalho, em conseqncia de:

    a) ato de agresso, sabotagem ou terrorismo

    praticado por terceiro ou companheiro de

    trabalho;

    b) ofensa fsica intencional, inclusive de

    terceiro, por motivo de disputa relacionada ao

    trabalho;

    c) ato de imprudncia (excesso de confiana), de

    negligncia (falta de ateno) ou de impercia

    (inabilitao) de terceiro ou de companheiro de

    trabalho;

  • d) ato de pessoa privada do uso da razo;

    e) desabamento, inundao, incndio e outros

    casos fortuitos (quedas de raios) ou

    decorrentes de fora maior (enchentes);

    III - a doena proveniente de contaminao

    acidental do empregado no exerccio de sua

    atividade: A AIDS adquirida por profissional

    de sade ao manipular instrumento com

    sangue ou outro produto derivado

    contaminado

  • IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda

    que fora do local e horrio de trabalho:

    a) na execuo de ordem ou na realizao de

    servio sob a autoridade da empresa;

    b) na prestao espontnea de qualquer

    servio empresa para lhe evitar prejuzo ou

    proporcionar proveito;

  • c) em viagem a servio da empresa, inclusive

    para estudo quando financiada por esta dentro

    de seus planos para melhor capacitao da

    mo-de-obra, independentemente do meio de

    locomoo utilizado, inclusive veculo de

    propriedade do segurado;

  • d) no percurso da residncia para o local de

    trabalho ou deste para aquela, qualquer que

    seja o meio de locomoo, inclusive veculo

    de propriedade do segurado.

    1 Nos perodos destinados a refeio ou

    descanso, ou por ocasio da satisfao de

    outras necessidades fisiolgicas, no local do

    trabalho ou durante este, o empregado

    considerado no exerccio do trabalho.

  • 2 No considerada agravao ou

    complicao de acidente do trabalho a leso

    que, resultante de acidente de outra origem, se

    associe ou se superponha s conseqncias do

    anterior.

  • DOENA DO TRABALHO TPICA

    Doenas profissionais, ou doenas do trabalho

    tpicas, so aquelas causadas por agentes

    fsicos, qumicos e biolgicos prprios de

    determinadas funes, desde que constem da

    relao elaborada pelo MPAS ( Ministrio da

    Previdncia e Assistncia Social ). Como

    exemplos tm-se o saturnismo, intoxicao

    que acomete aqueles que trabalham com

    chumbo, e a silicose, que acomete

    profissionais que trabalham com slica.

  • DOENAS DO TRABALHO ATPICAS

    Tratam-se daquelas que, no constando da

    relao elaborada pelo Ministrio da

    Previdncia e Assistncia Social, resultam das

    condies especiais em que o trabalho

    executado e com ele se relacionam

    diretamente. J no podem ser consideradas

    como tais as doenas degenerativas e aquelas

    inerentes a determinada faixa etria, bem

    como as que no acarretam incapacidade para

    o trabalho.

  • ACIDENTE DO TRABALHO E

    CARACTERIZAO

    Um cidado sai de sua casa e dirige-se ao

    trabalho. Faz o caminho habitual e utiliza os

    meios usuais de conduo. Ele chega, executa

    sua atividade, almoa no refeitrio da

    empresa, termina seu horrio de trabalho,

    toma a conduo e retorna sua casa.

  • Todo esse processo de deslocamento, isto ,

    desde o momento em que um trabalhador sai

    de sua casa, at retornar a ela, deve-se ao

    contrato de trabalho, que o une ao

    empregador. Portanto, qualquer acidente que

    por ventura ocorrer durante tal processo

    coberto pela lei de acidentes do trabalho.

  • ACIDENTE TPICO DE TRABALHO

    Acidente tpico do trabalho aquele que

    ocorre no local de trabalho e durante o

    exerccio do mesmo. considerado um

    acontecimento sbito, violento e ocasional que

    provoca no trabalhador incapacidade para a

    prestao de servio.

  • ACIDENTE DE TRAJETO

    Conforme dito anteriormente, a partir do

    momento em que o trabalhador sai de sua casa

    e dirige-se ao local de trabalho, bem como

    quando faz o percurso inverso, est

    automaticamente protegido pela legislao.

    Tambm so caracterizados acidentes de

    trabalho aqueles que venham a ocorrer quando

    ele faz o mesmo trajeto para efetuar suas

    refeies em casa, ou em intervalos destinados

    satisfao de necessidades fisiolgicas.

  • Deixa de caracterizar-se o acidente quando o

    empregado tenha, por interesse prprio,

    interrompido ou alterado o percurso normal.

    Entende-se por percurso normal o caminho

    ordinariamente seguido, locomovendo-se a p

    ou usando transporte fornecido pela empresa,

    conduo prpria ou transporte coletivo

    urbano.

  • CAUSAS DE INCAPACIDADE ASSOCIADAS AO

    ACIDENTE DO TRABALHO

    O acidente do trabalho , portanto, em sentido

    amplo, aquele que causa leso corporal,

    perturbao funcional ou doena que provoque

    a morte, perda ou reduo, permanente ou

    temporria, da capacidade para o trabalho.

    H casos em que o trabalhador j apresenta

    condies pessoais que facilitam o

    acontecimento ou o resultado.

  • Por exemplo, se um indivduo tem uma certa

    fraqueza ssea e sofre uma pancada que para

    outro traria como consequncia apenas uma

    zona dolorida, mas para ele resulta numa

    fratura, suas condies pessoais no afastam a

    aplicao da legislao acidentria, devido

    totalidade do acontecimento.

  • Se uma leso com ferimento atinge um

    diabtico, que em face de suas condies de

    sade vem a sofrer a amputao de uma perna

    ou de um brao, a legislao cobre a

    consequncia total.

  • Por isso, segundo o regulamento da lei de

    acidente do trabalho, no art. 3, pargrafo

    nico, tambm considerado acidente de

    trabalho aquele que embora no tenha sido a

    causa nica, haja contribudo diretamente para

    a morte ou a perda ou a reduo da capacidade

    para trabalho, ou que tenha produzido leso

    que exija ateno mdica para a sua

    recuperao.

  • CONCEITO PREVENCIONISTA

    Os prevencionistas, em especial os cipeiros,

    no devem se ater somente ao conceito legal

    de acidente de trabalho, mas procurar

    conhecer o acidente de trabalho em toda a sua

    extenso, alm das possibilidades de

    preveno.

  • Os acidentes que no causam ferimentos

    pessoais devem ser considerados acidentes do

    trabalho, do ponto de vista tcnico-

    prevencionista, visando evitar os danos fsicos

    que eles podem ocasionar. Assim, o conceito

    prevencionista caracteriza o acidente de

    trabalho como toda ocorrncia no

    programada, estranha ao andamento normal do

    trabalho, da qual danos fsicos e/ou danos

    materiais e econmicos empresa.

  • A RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR PELA

    PREVENO DE ACIDENTES DO TRABALHO

    Por lei, a empresa responsvel pela adoo e

    uso das medidas coletivas e individuais de

    proteo e segurana da sade do trabalhador,

    devendo prestar informaes pormenorizadas

    sobre os riscos da operao a executar e do

    produto a manipular,

  • cabendo-lhe, ainda, (art. 157 da CLT) cumprir

    e fazer cumprir as normas de segurana e

    medicina do trabalho; e instruir os

    empregados, atravs de ordens de servio,

    quanto s precaues a tomar no sentido de

    evitar acidentes do trabalho ou doenas

    ocupacionais.

  • Devendo inclusive punir o empregado que,

    sem justificativa, recusar-se a observar as

    referidas ordens de servio e a usar os

    equipamentos de proteo individual

    fornecidos pela empresa (art. 158 da CLT).

  • Por fora de norma regulamentadora, a

    empresa tomadora de servios est obrigada a

    estender aos empregados da empresa

    contratada que lhe presta servios no seu

    estabelecimento (terceirizao) a assistncia

    de seus Servios Especializados em

    Engenharia e Segurana e em Medicina do

    Trabalho.

  • 4 CLT:

    Art. 157 - Cabe s empresas:

    I - cumprir e fazer cumprir as normas de

    segurana e medicina do trabalho;

    II - instruir os empregados, atravs de ordens

    de servio, quanto s precaues a tomar no

    sentido de evitar acidentes do trabalho ou

    doenas ocupacionais;

  • lIl - adotar as medidas que lhe sejam

    determinadas pelo rgo regional competente;

    IV - facilitar o exerccio da fiscalizao pela

    autoridade competente.

  • Lei 8.213/91:

    Art. 19. Acidente do trabalho o que ocorre

    pelo exerccio do trabalho a servio da

    empresa ou pelo exerccio do trabalho dos

    segurados referidos no inciso VII do art. 11

    desta Lei, provocando leso corporal ou

    perturbao funcional que cause a morte ou a

    perda ou reduo, permanente ou temporria,

    da capacidade para o trabalho.

  • 1 A empresa responsvel pela adoo e

    uso das medidas coletivas e individuais de

    proteo e segurana da sade do trabalhador.

    2 Constitui contraveno penal, punvel

    com multa, deixar a empresa de cumprir as

    normas de segurana e higiene do trabalho.

    3 dever da empresa prestar informaes

    pormenorizadas sobre os riscos da operao a

    executar e do produto a manipular.

  • Norma Regulamentadora n. 1.

    1.7. Cabe ao empregador:

    cumprir e fazer cumprir as disposies legais

    e regulamentares sobre segurana e medicina

    do trabalho; (101.001-8 / I1)

    elaborar ordens de servio sobre segurana e

    medicina do trabalho, dando cincia aos

    empregados, com os seguintes objetivos:

    (101.002-6 / I1)

  • I - prevenir atos inseguros no desempenho do

    trabalho;

    II - divulgar as obrigaes e proibies que os

    empregados devam conhecer e cumprir;

  • III - dar conhecimento aos empregados de que

    sero passveis de punio, pelo

    descumprimento das ordens de servio

    expedidas;

    IV - determinar os procedimentos que devero

    ser adotados em caso de acidente do trabalho e

    doenas profissionais ou do trabalho;

    V - adotar medidas determinadas pelo MTb;

    VI - adotar medidas para eliminar ou

    neutralizar a insalubridade e as condies

    inseguras de trabalho.

  • Informar aos trabalhadores: (101.003-4 / I1)

    I - os riscos profissionais que possam originar-

    se nos locais de trabalho;

    II - os meios para prevenir e limitar tais riscos

    e as medidas adotadas pela empresa;

    III - os resultados dos exames mdicos e de

    exames complementares de diagnstico aos

    quais os prprios trabalhadores forem

    submetidos;

  • IV - os resultados das avaliaes ambientais

    realizadas nos locais de trabalho.

    Permitir que representantes dos trabalhadores

    acompanhem a fiscalizao dos preceitos

    legais e regulamentares sobre segurana e

    medicina do trabalho. (101.004-2 / I1)

  • 1.8. Cabe ao empregado:

    cumprir as disposies legais e

    regulamentares sobre segurana e medicina do

    trabalho, inclusive as ordens de servio

    expedidas pelo empregador;

    usar o EPI fornecido pelo empregador;

    submeter-se aos exames mdicos previstos

    nas Normas Regulamentadoras - NR;

    colaborar com a empresa na aplicao das

    Normas Regulamentadoras - NR;

  • 1.8.1. Constitui ato faltoso a recusa

    injustificada do empregado ao cumprimento

    do disposto no item anterior.

    1.9. O no-cumprimento das disposies

    legais e regulamentares sobre segurana e

    medicina do trabalho acarretar ao

    empregador a aplicao das penalidades

    previstas na legislao pertinente.

  • A RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR E

    SEUS AGENTES NOS ACIDENTES DO TRABALHO.

    Quando ocorre um acidente do trabalho, o fato

    tem repercusses no mbito penal, civil,

    previdencirio e trabalhista, respondendo cada

    um que para ele concorra, na medida de sua

    participao.

  • Para haver responsabilizao do empregador e

    seus agentes necessrio existir nexo causal

    entre a conduta deles e o resultado danoso

    (causalidade naturalstica) ou entre o

    resultado dano e a conduta que deveriam

    ter adotado (causalidade normativa). Foi por

    isso que, ao definir acidente do trabalho,

    fizemos a distino entre acidente do trabalho

    real e por fico legal, entre doena

    profissional e doena do trabalho.

  • Enquanto no acidente do trabalho real e na

    doena do trabalho a regra o nexo causal

    com a conduta do empregador e seus agentes,

    no acidente do trabalho por fico legal e na

    doena profissional a regra a inexistncia de

    nexo causal com a conduta do empregador e

    seus agentes.

  • Isto porque, enquanto no acidente de trabalho

    real e na doena do trabalho, o empregador

    sempre tem o domnio da situao ftica, no

    acidente do trabalho por fico e na doena

    profissional a situao foge ao seu controle,

    no tendo ele meios para previr ou evit-los,

    quase sempre.

  • RESPONSABILIDADE DOS INTEGRANTES DOS SERVIOS

    ESPECIALIZADOS DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO

    NOS ACIDENTES DO TRABALHO.

    Segundo o item 4.4 da NR 4, os Servios

    Especializados em Engenharia de Segurana e

    em Medicina do Trabalho, tm a finalidade

    promover a sade e proteger a integridade

    do trabalhador no local de trabalho, sendo

    integrados por mdico do trabalho, engenheiro

    de segurana do trabalho, enfermeiro do

    trabalho,

  • tcnico de segurana do trabalho e auxiliar de

    enfermagem do trabalho, variando o nmero e

    a especialidade desses profissionais, bem

    como o tempo mnimo de dedicao diria

    funo, de acordo com a grau de risco da

    atividade da empresa e o nmero de

    empregados no estabelecimento.

  • No exerccio de suas atividades, que tm por

    finalidade promover a sade e proteger a

    integridade do trabalhador no local de

    trabalho, os integrantes dos Servios

    Especializados em Engenharia de Segurana e

    em Medicina no Trabalho possuem a

    obrigao legal, cada um dentro de sua

    especialidade,

  • de "aplicar os conhecimentos de engenharia de

    segurana e de medicina do trabalho ao

    ambiente de trabalho e a todos os seus

    componentes, inclusive mquinas e

    equipamentos, de modo a reduzir at eliminar

    os riscos ali existentes sade do

    trabalhador". Quando esgotados todos os

    meios conhecidos para a eliminao do risco e

    este persistir, mesmo reduzido,

  • os integrantes dos Servios Especializados de

    Segurana e Medicina do Trabalho devero

    determinar a utilizao, pelo trabalhador, de

    equipamentos de proteo individual, de

    acordo com o que determina a NR 6, desde

    que a concentrao, a intensidade ou

    caracterstica do agente assim o exija.

  • Se os SESMT estabelecem e avaliam os

    procedimentos adotados pela empresa no

    campo de segurana e medicina no trabalho,

    natural que seus integrantes, cada um no limite

    de sua participao, respondam quando, por

    culpa ou dolo, do causa ao acidente do

    trabalho.

  • Os integrantes dos SESMT podem dar causa

    ao acidente do trabalho por ao ou omisso.

    Ressalto que a omisso relevante

    juridicamente quando o omisso devia e podia

    agir para evitar o resultado. Tendo os

    integrantes dos SESMT a obrigao legal de

    agir para promover a sade e proteger a

    integridade do trabalhador no local de

    trabalho,

  • somente se eximiro de responsabilidade

    provando que no puderam agir para prevenir

    ou evitar o acidente ou que, apesar de

    cumprirem com todas as suas obrigaes

    legais, ainda assim ocorreu o acidente. Sendo

    certo que a ordem manifestamente ilegal de

    superior hierrquico no caracteriza a

    impossibilidade de agir, assumindo

    responsabilidade o membro dos SESMT que,

    ao dar cumprimento a ordem manifestamente

    ilegal, contribui para o evento danoso.

  • Para se imputar responsabilidade penal aos

    membros dos SESMT, necessrio existir

    nexo causal entre a conduta deles, ao ou

    omisso, e o acidente do trabalho.

    Nas hipteses de acidente do trabalho real

    ocorrido no local de trabalho, e de doena do

    trabalho, h forte possibilidade de existir nexo

    causal entre o resultado e a conduta dos

    membros dos SESMT.

  • J nas outras hipteses, o nexo de causalidade

    dificilmente existir. Isso porque, enquanto no

    acidente de trabalho real ocorrido no local de

    trabalho e na doena do trabalho os

    profissionais dos SESMT tm a possibilidade

    de influncia e controle da situao ftica, no

    acidente fora do local de trabalho ou por

    fico legal, bem como na doena

    profissional, a situao ftica foge esfera de

    controle desses profissionais, no tendo eles

    meios para preveni-los ou evit-los, quase

    sempre.

  • RESPONSABILIDADE DOS INTEGRANTES DA

    CIPA NOS ACIDENTES DO TRABALHO.

    As empresas privadas e pblicas e os rgos

    governamentais que possuam empregados

    regidos pela Consolidao das Leis do

    Trabalho so obrigados a organizar e manter

    em funcionamento, por estabelecimento, uma

    Comisso Interna de Preveno de Acidentes.

  • A CIPA tem por objetivo observar e relatar

    condies de risco nos ambientes de trabalho e

    solicitar medidas para reduzir at eliminar os

    riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos,

    discutir os acidentes ocorridos,

    encaminhando aos Servios Especializados

    em Engenharia de Segurana e em Medicina

    do Trabalho e ao empregador o resultado da

    discusso, solicitando medidas que previnam

    acidentes semelhantes e, ainda, orientar os

    demais trabalhadores quanto preveno de

    acidentes.

  • Quando constatar risco ou ocorrer acidente do

    trabalho, com ou sem vtima, o responsvel

    pelo setor dever comunicar o fato, de

    imediato, ao presidente da CIPA, o qual, em

    funo da gravidade, convocar reunio

    extraordinria ou incluir na pauta ordinria.

    A CIPA dever discutir o acidente e

    encaminhar aos SESMT e ao empregador o

    resultado e as solicitaes de providncias.

  • O empregador, ouvido os SESMT, ter oito

    dias para responder CIPA, indicando as

    providncias adotadas ou a sua discordncia

    devidamente justificada.

    Quando o empregador discordar das

    solicitaes da CIPA e esta no aceitar a

    justificativa, o empregador dever solicitar a

    presena do Ministrio do Trabalho e

    Emprego, no prazo de oito dias a partir da data

    da comunicao da recusa da justificativa pela

    CIPA.

  • Os integrantes da CIPA podem dar causa ao

    acidente do trabalho por ao ou omisso.

    Ressalto que a omisso relevante

    juridicamente quando o omisso devia e podia

    agir para evitar o resultado. Tendo os

    integrantes da CIPA a obrigao legal de

    proteger a sade e integridade do trabalhador

    no local de trabalho, somente se eximiro de

    responsabilidade provando que no puderam

    agir para prevenir ou evitar o acidente ou que,

  • apesar de cumprirem com todas as suas

    obrigaes legais, ainda assim ocorreu o

    acidente. Sendo certo que a ordem

    manifestamente ilegal de superior hierrquico

    no caracteriza a impossibilidade de agir,

    assumindo responsabilidade o membro da

    CIPA que, ao dar cumprimento ordem

    manifestamente ilegal, contribui para o evento

    danoso.

  • Para se imputar responsabilidade penal aos

    membros da CIPA, necessrio existir nexo

    causal entre a conduta deles, ao ou omisso,

    e o acidente do trabalho.

    Nas hipteses de acidente do trabalho real

    ocorrido no local de trabalho, e de doena do

    trabalho, h forte possibilidade de existir nexo

    causal entre o resultado e a conduta dos

    membros da CIPA.

  • J nas outras hipteses, o nexo de causalidade

    dificilmente existir. Isso porque, enquanto no

    acidente de trabalho real ocorrido no local de

    trabalho e na doena do trabalho membros da

    CIPA, tm a possibilidade de influncia e

    controle da situao ftica, no acidente fora do

    local de trabalho ou por fico legal, bem

    como na doena profissional, a situao ftica

    foge esfera de atuao deles, no tendo eles

    meios para preveni-los ou evit-los, quase

    sempre.

  • RESPONSABILIDADE PENAL DO EMPREGADOR E

    SEUS AGENTES NO ACIDENTE DO TRABALHO.

    Enquanto na esfera civil admite-se a

    responsabilidade por ato de outrem, na seara

    penal a responsabilidade nica e exclusiva

    de quem deu causa ao crime. Considerando-

    se causa a ao ou omisso sem a qual o

    resultado no teria ocorrido.

  • Sendo a empresa uma pessoa por fico legal,

    pois no tem vontade e ao prprias,

    conduzindo-se segundo a vontade da pessoa

    fsica que a representa, emprestando-lhe

    tambm a ao, nunca ser ele sujeito ativo de

    crime, respondendo pessoalmente por suas

    condutas todos os que participem da gesto

    da empresa: scios gerentes, diretores,

    administradores ou gerentes.

  • O empregado somente se eximir de

    responsabilidade se tiver agido em estrita

    obedincia ordem no manifestamente ilegal

    de superior hierrquico. Assim, se o superior

    hierrquico determina o descumprimento de

    normas de segurana e medicina do trabalho, o

    subalterno no deve obedec-lo, sob pena de

    responder civil e criminalmente no caso de

    acidente do trabalho.

  • Se o causador do acidente for o prprio

    empregado, por culpa exclusiva sua

    (negligncia), no haver crime, pois a auto-

    ofensa no punida no nosso ordenamento

    jurdico.

  • CUSTO DA REPARAO DO DANO

    A reparao do dano deve ser a mais ampla

    possvel, buscando restituir ao mximo a

    situao anterior do ofendido, tornando-o

    indene de qualquer prejuzo.

  • a) A indenizao no caso de morte consiste no

    pagamento das despesas com o tratamento a

    vtima, seu funeral, luto da famlia, na

    prestao de alimentos s pessoas a quem o

    defunto os devia, dano moral e mais a

    constituio de um capital, cuja renda assegure

    o cabal cumprimento do pagamento das

    prestaes vincendas.

  • Este capital ser representado por imveis ou

    ttulos da dvida pblica, impenhorveis. Para

    garantir um salrio mnimo, determinado pela

    regio, dever ser considerado o rendimento

    da poupana, e o juro legal mximo de 12%

    a.a.

    Paradoxalmente, no caso de acidente fatal a

    despesa do causador bem menor do que

    quando a vtima sobrevive. Vejamos:

  • b) despesas de tratamento mdico da vtima,

    isto inclui, por exemplo: medicamentos,

    hospitais, fisioterapia, prteses, rteses,

    colcho de gua, cama hospitalar, cadeira de

    rodas sem e com motor, enfermeiros,

    acompanhantes, e manuteno dos

    equipamentos, dos prteses e rteses, por toda

    a vida da vtima.

  • c) lucros cessantes at o fim da convalescena

    - (tudo que deixou de ganhar em razo do

    acidente).

    d) multa no grau mdio da pena criminal

    correspondente, duplicada se resultar aleijo

    ou deformidade.

  • e) se mulher em condies de casar, resultar

    aleijo ou deformidade, o pagamento de dote,

    segundo as posses do ofensor e as

    circunstncia da ofendida.

    f) se a ofensa resultar incapacidade total ou

    parcial permanente para o trabalho, o

    pagamento de penso correspondente a

    importncia do trabalho, para que se inabilitou

    ou da depreciao que sofreu.

  • g) dano esttico.

    h) o mesmo capital para garantir as prestaes

    vincendas.

    i) dano moral.6

  • 6. O DECRETO 52.795 de 31/10/1963 -

    DOU 12/11/1963 - que aprova o Regulamento

    dos Servios de Radiodifuso, no TTULO

    XVIII - Da Reparao dos Danos Morais -

    estabelece um padro de valor para o dano

    moral:

  • ART.165 - Na estimao do dano moral,

    conforme estabelece o art.84, da Lei n 4.117,

    de 27 de agosto de 1962, o Juiz ter em conta,

    notadamente, a posio social ou poltica do

    ofendido, a situao econmica do ofensor, a

    intensidade do nimo de ofender, a gravidade

    e repercusso da ofensa.

  • 1 O montante da reparao ter o mnimo

    de 5 (cinco) e o mximo de 100 (cem) vezes o

    maior salrio-mnimo vigente no Pas.

    2 O valor da indenizao ser elevado ao

    dobro quando comprovada a reincidncia do

    ofensor em ilcito contra a honra, seja por que

    meio for.

    3 A mesma agravao ocorrer no caso de

    ser ilcito contra a honra praticado no interesse

    de grupos econmicos ou visando a objetivos

    antinacionais.

  • REFLEXO PREVIDENCIRIO:

    No caso de acidente do trabalho por

    negligncia quanto s normas padro de

    segurana e higiene do trabalho indicadas para

    a proteo individual e coletiva, a Previdncia

    Social propor ao regressiva contra os

    responsveis. (art.120 da Lei 8.213/91).

  • Esse dispositivo importante por constituir-se

    em mais um instrumento de punio a quem

    der causa a acidente do trabalho, que no

    ficar civilmente impune mesmo que a vtima

    ou seus parentes no tenham interesse ou no

    possam, por qualquer motivo, acionar o

    causador do dano.

  • REFLEXO TRABALHISTA:

    Estabilidade Provisria:

    Em decorrncia do acidente de trabalho, o

    empregado ter garantida a manuteno do seu

    contrato de trabalho pelo prazo mnimo de

    doze meses, aps a cessao do auxlio-

    doena acidentrio, independentemente de ter

    restado seqela.

  • Resciso indireta:

    Descumprindo a empresa normas de proteo

    segurana e sade do trabalhador, seus

    empregados podero rescindir o contrato de

    trabalho por culpa do empregador, com base

    nas alneas c, correr perigo de mal

    manifesto, e f, o empregador ou seus

    prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo

    em caso de legtima defesa, prpria ou de

    outrem, do artigo 483 da CLT.

  • Entendemos que no caso de morte em acidente

    do trabalho decorrente de culpa da empresa ou

    seus prepostos, os dependentes ou herdeiros

    do falecido tero direito s mesmas verbas

    trabalhistas que ele teria direito no caso de

    resciso indireta do contrato de emprego,

    como por exemplo 40% do FGTS e aviso

    prvio.

  • 7 Redao original do art. 118 da Lei n

    8.213/91: "O segurado que sofreu acidente do

    trabalho tem garantida, pelo prazo mnimo de

    doze meses, a manuteno do seu contrato de

    trabalho na empresa, aps a cessao do

    auxlio-doena acidentrio,independentemente

    de percepo do auxlio-acidente.

  • Redao dada ao art. 118 da Lei n 8.213/91

    pela Medida Provisria n ......., que no foi

    reedita e por isso perdeu eficcia: "O segurado

    que sofreu acidente do trabalho tem garantida,

    pelo mnimo de doze meses, a manuteno do

    seu contrato de trabalho na empresa, aps a

    cessao do auxlio-doena acidentrio, desde

    que, aps a consolidao das leses , resulte

    seqela que implique reduo da capacidade

    para o trabalho que exercia habitualmente."

  • OUTROS PREJUZOS PARA A EMPRESA

    Havendo grave e iminente risco para o

    trabalhador, a empresa, alm da multa, ainda

    poder ter interditado o estabelecimento, setor

    de servio, mquinas e equipamentos, ou

    embargada a obra comprometendo a sua

    produtividade e o seu cronograma, o que

    fatalmente resultar em prejuzos de monta

    (artigo 161 da CLT).

    A empresa tambm fica sujeita multa

    administrativa, na forma do artigo 201 da CLT.

  • OUTROS CONCEITOS PRINCIPAIS

    Algumas definies, segundo Damsio de

    Jesus em sua obra Direito Penal, teis a

    compreenso da matria.

    AO - "Ao a que se manifesta por

    intermdio de um movimento corpreo

    tendente a uma finalidade "(Damsio de

    Jesus).

  • OMISSO - " a no-realizao de um

    comportamento exigido que o sujeito tinha a

    possibilidade de concretizar. Assim, a

    possibilidade de realizao da conduta

    constitui pressuposto do dever jurdico de agir.

    S h omisso relevante quando o sujeito,

    tendo o dever de agir, abstm-se do

    comportamento:

  • IMPRUDNCIA - a prtica de um fato

    perigoso. Consiste na falta involuntria de

    observncia das medidas de precaues e

    segurana, de conseqncia previsvel, que se

    faziam necessrias no momento para evitar um

    mal ou a infrao da lei, excesso de confiana:

  • Realizao de limpeza numa mquina em

    funcionamento, Empilhar caixas e volumes

    sem obedecer s recomendaes de

    arrumao, trnsito, carga e descarga; dirigir

    veculo em rua movimentada com excesso de

    velocidade.

  • NEGLIGNCIA - a omisso voluntria de

    diligncia ou cuidado - falta de ateno. a

    ausncia de precauo ou indiferena em

    relao ao ato realizado Ex.: deixar arma de

    fogo ao alcance de uma criana.

  • Enquanto na negligncia o sujeito deixa de

    fazer alguma coisa que a prudncia impe, na

    imprudncia ele realiza uma conduta que a

    cautela indica que no deva ser realizada.

  • IMPERCIA - a falta a falta de aptido

    especial, habilidade, experincia para o

    exerccio de arte ou profisso. De observar

    que se o sujeito realiza uma conduta fora de

    sua arte, ofcio e profisso, no se fala em

    impercia, mas em imprudncia ou

    negligncia. A impercia pressupe que o fato

    tenha sido cometido no exerccio desses

    misteres.

  • DOLO - Quando o agente quer o resultado ou

    assume o risco de produzi-lo.

    AUTOR - quem executa o comportamento

    descrito pelo ncleo do tipo (quem mata,

    subtrai)

    PARTCIPE o agente que acede sua conduta

    realizao do crime, praticando atos diversos

    do autor. Assim, se A instiga B a matar C, este

    autor e aquele participa.

    INCIDENTE - o evento que tem o potencial

    de levar a um acidente ou que deu origem a

    um acidente.

  • PERIGO - a fonte ou situao com

    potencial para provocar danos ao homem,

    propriedade ou ao meio ambiente, ou a

    combinao destes.

    RISCO - a combinao da probabilidade de

    ocorrncia e da gravidade de um determinado

    evento perigoso.

  • DANO - a conseqncia de um perigo, em

    termos de leso, doena, prejuzo

    propriedade, meio ambiente ou uma

    combinao destes.

    SADE - Segundo a OMS, o equilibrado do

    bem-estar fsico, mental e social do ser

    humano.

  • PRINCIPAIS CAUSAS DOS ACIDENTES E

    DOENAS DO TRABALHO

    Inmeros fatores contribuem para a ocorrncia

    de acidentes e doenas nos locais de trabalho.

    Geralmente, adotam-se concepes simples e

    erradas para aquilo que causou os acidentes ou

    doenas, buscando-se, desta forma, o consolo

    para os infortnios atravs da alegao de que

    foi coisa do destino, m sorte, obra do acaso,

    castigo de Deus.

  • Na verdade, todos os acidentes podem ser

    evitados se providncias forem adotadas com

    antecedncia e de maneira compromissada e

    responsvel.

    Estudos nacionais e internacionais informam

    que a maioria dos acidentes e doenas

    decorrentes do trabalho ocorrem,

    principalmente, por:

  • Falta de planejamento e gesto gerencial

    compromissada com o assunto;

    Descumprimento da legislao;

    Desconhecimento dos riscos existentes no

    local de trabalho;

    Inexistncia de orientao, ordem de servio

    ou treinamento adequado;

    Falta de arrumao e limpeza;

    Utilizao de drogas no ambiente de trabalho;

  • Inexistncia de avisos, ou sinalizao sonora

    ou visual sobre os riscos;

    Prtica do improviso (jeitinho brasileiro,

    gambiarras) e pressa;

    Utilizao de mquinas e equipamentos

    ultrapassados ou defeituosos;

    Utilizao de ferramentas gastas ou

    inadequadas;

    Iluminao deficiente ou inexistente;

    Utilizao de escadas, rampas e acessos sem

    proteo coletiva adequada;

  • Falta de boa ventilao ou exausto de ar

    contaminado;

    Existncia de radiao prejudicial sade;

    Utilizao de instalaes eltricas precrias ou

    defeituosas;

    Presena de rudos, vibraes, calor ou frio

    excessivos; e

    Umidade excessiva ou deficitria.

  • Comunicao do acidente de trabalho

    Aps a execuo das medidas de primeiros

    socorros e assistncia ao acidentado, toda

    empresa dever comunicar o acidente do

    trabalho Previdncia Social at o primeiro

    dia til seguinte ao da ocorrncia e, em caso

    de morte, de imediato, autoridade

    competente, sob pena de multa varivel entre

    o limite mnimo e o limite do salrio de

    contribuio, sucessivamente aumentada nas

    reincidncias.

  • Antecedentes legais sobre Segurana e Sade

    no Trabalho

    A vida em sociedade exige regras de

    comportamento fundamentais para sua

    sobrevivncia. Assim, as regras do Direito so

    necessrias para assegurar a convivncia e a

    paz social. No mundo do trabalho, os

    acidentes e doenas, alm de provocarem

    elevados custos, agridem a integridade fsica e

    mental do homem e conduzem desarmonia

    social.

  • Responsabilidade legal

    O acidente e a doena do trabalho podem

    gerar responsabilidade penal, civil,

    administrativa, acidentria do trabalho e

    trabalhista, sendo independentes as

    responsabilidades civil e criminal das outras.

  • Na viso jurdica, os acidentes e doenas

    decorrentes do trabalho, em sua maioria,

    ocorrem devido culpa. Culpa uma conduta,

    ao ou omisso de algum que no quer que

    o dano acontea, mas ele ocorre pela falta de

    previso daquilo que perfeitamente

    previsvel. O ato culposo aquele praticado

    por negligncia, imprudncia ou impercia.

  • Exemplo:

    Conduzir veculo, operar mquina ou

    equipamento sem possuir habilitao, curso ou

    treinamento adequado e obrigatrio.