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} COORDENAÇÃO DO ENSINO DE PORTUGUÊS NO REINO UNIDO E ILHAS DO CANAL Número 28, Janeiro-Março de 2017 photo by Peer Coordenação do Ensino Português no Reino Unido e Ilhas do Canal Ministério dos Negócios Estrangeiros {

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ÍNDICE

Editorial 2Ciência em Português 3Ler em Português 7

Escrever em Português 13Parlamento de Jovens 34Ida à Queen Mary University 36

Regina dos Santos Duarte Coordenadora do Ensino Português no Reino Unido e Ilhas do Canal

A Primavera pede um editorial sobre renovação, recomeços, retornos. Apesar de ser uma imagem já muito usada, em educação vale sempre a pena pensarmos na ideia de recomeço. Tal como a natureza se regenera, também nós precisamos de ir deixando para trás as folhas secas das nossas práticas habituais, para criarmos espaço para a renovação. Os nossos a lunos mudam, crescem, os seus interesses variam, a sua atenção vira-se para assuntos cada mais interiores. Os espaços em que trabalhamos modernizam-s e , e q u i p a m - s e c o m a s ú l t i m a s tecnologias, que aprendem a conviver, sempre, com o papel e com os livros. A informação que nos chega é cada vez mais, e em formatos diversificados.

Tudo muda constantemente. Ficamos nós, educadores, no meio desta troca constante de interesses, no meio deste abandonar do projetor de acetatos e do integrar uma nova aplicação que, sozinha, organiza os alunos em grupos e regista as suas a t i v idades . F i camos nós também desatualizados, mas com a grande vantagem de nos conseguirmos atualizar: conversamos uns com os outros, fazemos formação, assistimos a conferências. Ouvimos ideias novas, part i lhamos algumas que sabemos funcionarem, outras reciclamos. Sentimo-nos, alguns dias, à frente da inovação, agentes de mudança, outros perfeitamente atrás do comboio, a perder conta às novidades que apareceram de um dia para o outro. No meio de tanta novidade, precisamos de manter alguma perspetiva e ir selecionando o que precisamos nas nossas salas de aula e o que pode fazer sentido para melhorar as aprendizagens dos alunos. Não podemos deixar que a mudança seja o fim, mas, tal como na natureza, parte do processo. Damos aqui, neste número, exemplos de atividades desenvolvidas com os alunos nas nossas aulas de português, sem a pretensão de que sejam inovadoras, mas sabendo que estamos sempre com vontade de recomeçar, de olhar para o que resulta, de melhorar e de deixar para trás o que claramente não dá frutos.

EDITORIAL

Recomeços

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LILIAN BAYLIS TECHNOLOGY SCHOOL

CIÊNCIA EM PORTUGUÊS

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Texto, fotografias e trabalhos dos alunos enviados pela professora Ana Fonseca

Na quarta-feira, dia 18 de janeiro, tivemos o privilégio de ter a visita dos “Native Scientists”, na Lilian Baylis Technology School, às aulas de Português. Estiveram presentes, a coordenadora do projeto, Maria João Cruz e 4 cientistas para trabalharem com os nossos alunos: Luis Lacerda - Maneiras de olhar para dentro do cérebro; Ana Rita Pinho - Estudar olhos; Joana dos Reis - Regenerar os neurónios e Liliana Brito - Estudar o coração.À espera dos cientistas estavam 25 crianças curiosas e ansiosas para aprender. Tiveram oportunidade de ouvir, observar e experimentar. Houve uma interação muito dinâmica entre os cientistas convidados e os nossos alunos, que mostraram muito interesse e fizeram muitas perguntas! No fim estavam muito contentes e foram contar aos pais o que tinham aprendido.

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SER UM CIENTISTA…

S e e u f o s s e u m cientista, eu estudava o corpo e inventava um medicamento que curasse toda a gente.

Beatriz Morais, 6 anos

CIÊNCIA EM PORTUGUÊS

SER UM CIENTISTA…

S e e u f o s s e u m c i e n t i s t a , e u gostava de descobrir como se fazem os jogos.

Tiago Pires, 6 anos

SER UM CIENTISTA…

Se eu fosse uma cientista,

eu gostava de descobrir

poções mágicas.

Mariana Figueiredo da Silva , 6 anos

LILIAN BAYLIS TECHNOLOGY SCHOOL

Textos e ilustrações enviados pela professora Ana Fonseca

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RICHARD ATKINS PRIMARY SCHOOL

CIÊNCIA EM PORTUGUÊS

Textos e fotografias enviados pela professora Ana Rocha

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Mais uma vez, os alunos da nossa rede tiveram a oportunidade de poder assistir e participar num fantástico workshop de ciência. Desta vez, os felizes contemplados com esta visita foram os alunos da escola Richard Atkins. Durante duas horas, os alunos aprenderam coisas extraordinárias sobre o cérebro humano, como ele se desenvolve, que células o compõem, como é que ele comanda os outros órgãos e como é que ele é protegido pelo crânio. Aprenderam também como o peixe-zebra é um bom modelo para estudar o desenvolvimento e como a mosca-das-frutas pode ajudar-nos a entender a morte celular, importante mesmo durante o desenvolvimento e a doença. Para tudo isto, usaram o microscópio para examinar os dois organismos! Além disso, aprenderam mais sobre o parasita da malária e como ele a transmite. No final, os alunos tornaram-se especialistas na identificação de parasitas no sangue!

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ST. JOSEPH’S COLLEGE - BEULAH HILL

CIÊNCIA EM PORTUGUÊS

“O que é um cientista?” Esta foi a pergunta que a professora Sónia Brites fez aos alunos do 1º, 2º, 3º e 4º anos da escola St. Joseph's College, em Norwood, no início da aula que antecedeu o workshop Native Scientist. As respostas não se fizeram esperar... “É uma pessoa muito inteligente”, “Alguém que faz experiências”, “Pessoa que inventa coisas”.A pergunta seguinte gerou uma onda ainda maior de respostas “Se fosses cientista o que farias?” Desde máquinas de viajar no tempo, passando por robôs que fazem os trabalhos de casa, as sugestões dos alunos revelaram uma imaginação fantástica. Estava dado o mote para a visita da Native Scientist. Desde logo os alunos ficaram extremamente entusiasmados com o workshop e mal puderam esperar pela semana seguinte.Chegado o dia 9 de fevereiro, os alunos da escola St. Joseph's College, tiveram então a oportunidade de participar num workshop promovido pela Native Scientist e assim “matar a curiosidade” sobre o que fazem os cientistas.Esta sessão permitiu aos alunos conhecer o trabalho de cinco cientistas lusófonos que se encontram a trabalhar em Londres e, desta forma, usar a Língua Portuguesa para falar sobre novos assuntos. Durante o workshop os cinco cientistas mostraram o seu trabalho de uma forma divertida e motivadora, de modo a inspirar os alunos a aprenderem mais sobre as ciências e a dar-lhes a possibilidade de desenvolverem o seu vocabulário em Português.Os alunos gostaram muito da sessão e no final muitos deles exclamavam “Eu também quero ser cientista!”

Texto e fotografias enviados pela professora Sónia Brites

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LER EM PORTUGUÊS

SESSÕES DE LEITURA COM GABRIELA RUIVO TRINDADE

Nos dias 7 e 10 de março, os alunos da professora Paula Vila Cova das turmas de Kingsley Academy e da Bishop Douglass School tiveram um encontro com a escritora Gabriela Trindade.

O principal objetivo foi promover e incentivar hábitos de leitura e escrita junto dos mais novos. A autora contou aos alunos quais as situações da sua vida que a inspiraram a escrever os seus dois livros: “A Vaca Leitora” e “Uma Outra Voz” e falou-lhes sobre a importância da escrita.

O encontro foi muito animado e participado por todos os presentes. Um dos momentos mais emocionantes foi, sem dúvida, a colocação de questões à escritora. Os alunos quiseram saber tudo sobre os livros e a vida desta autora, que também é psicóloga. No final do encontro decorreu uma sessão de autógrafos.

Ilustrações dos alunos de Kingsley Academy

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Sessão na Kingsley Academy Sessão na Bishop Douglass School

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LER EM PORTUGUÊS

SESSÕES DE LEITURA COM GABRIELA RUIVO TRINDADE

Danny Fleming, 5º ano, Bishop Douglass School

Serena Amaro NG, 6º ano, Bishop Douglass School

Isabel Luz Martins, 1º ano, Bishop Douglass School

Dylan Fleming, 5º ano, Bishop Douglass School

Texto, fotografias e trabalhos dos alunos enviados pela professora Paula Vila Cova

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A professora Anabela Pais organizou um concurso em que os alunos tinham que apresentar uma lengalenga previamente memorizada. A atividade foi realizada entre os alunos de cada turma que teriam que escolher entre três lengalengas propostas pela professora, nomeadamente, “O Gato Maltês”, “Tim Terlim" e “Sola Sapato”. Foram apresentadas pequenas lengalengas e foi interessante verificar que alguns alunos conheciam ou já tinham ouvido uma ou outra. As mais conhecidas são: “Pim, Pam, Pum”; “Caracol” e “Os dedos da mão”.

Os alunos se dedicaram-se à memorização do seu texto e participaram com entusiasmo, alguns um pouco inibidos, mas conseguiram concluir a apresentação. Na avaliação foi tomada em consideração o conhecimento do texto, a entoação, a fluência e expressividade.

Os vencedores de cada uma das turmas são aqui identificados e receberam como prémio um dos seguintes contos “O macaco do rabo cortado”, “A filha do moleiro”, “O pequeno polegar”, “O alfaiate valente”, “A galinha dos ovos de ouro” ou um dos seguintes livros “De onde vêm as bruxas?” e “Orlando, O caracol apaixonado”.

Concurso “Diz uma lengalenga de cor”

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Letícia Viveiros, Rouge Bouillon School (Jersey) Pedro Freitas, Rouge Bouillon School (Jersey)

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Concurso “Diz uma lengalenga de cor”

LER EM PORTUGUÊS

Texto e fotografias enviados pela professora Anabela Pais

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Sofia Rodrigues, First Tower School (Jersey) Eliane Pita, St. Clement’s School (Jersey)

Fátima Andrade, First Tower School (Jersey)Danny França, First Tower School (Jersey)

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LER EM PORTUGUÊS

COMPANHEIROS DE LEITURA

No dia 1 de fevereiro de 2017, no âmbito do Plano de Incentivo à Leitura, as professoras Cândida Santos e Márcia Fortuna organizaram uma sessão de leitura conjunta para as suas turmas, na Allen Edwards Primary School. A sessão de leitura foi constituída por duas partes: hora do conto e leitura em grupo.

Os alunos da professora Cândida Santos, com idades compreendidas entre os 6 e os 11 anos, levaram para a sessão os livros “Se eu fosse muito forte”, de António Mota e ilustrações de Rui Castro, e “Hoje eu sinto-me”, de Madalena Moniz. Os alunos da professora Márcia Fortuna, com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos, escolheram alguns livros da Biblioteca Itinerante que consideravam interessantes, divertidos e adequados para os seus colegas. Os livros escolhidos foram “O Cuquedo”, de Clara Cunha e ilustrações de Paulo Galindro, e “Quando eu for… grande”, de Maria Inês de Almeida.

A sessão começou com a leitura dramatizada do livro “O Cuquedo”, preparada nas aulas anteriores. Em seguida, a professora Cândida Santos leu “Se eu fosse muito forte” e os alunos completaram a leitura lendo as suas próprias frases para os outros alunos e mostraram as ilustrações que fizeram. No final desta atividade, os alunos da turma da professora Márcia Fortuna foram convidados a pensar no que fariam se fossem muito fortes e partilharam as suas ideias. Os alunos da professora Márcia Fortuna leram cada um uma frase com a qual se identificavam do livro “Quando eu for… grande”. Por fim, ouviram a história "Hoje sinto-me", de Madalena Moniz, que é um verdadeiro ABC dos sentimentos e indagaram sobre as ilustrações da personagem do livro que aparece em várias situações. Os alunos exprimiram a emoção que os acompanhava naquele dia. 

Texto e fotografias enviados pelas professoras Cândida Santos e Márcia Fortuna

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LER EM PORTUGUÊS

COMPANHEIROS DE LEITURA

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Ilustrações dos alunos da Allen Edwards Primary School sobre os livros que leram para os colegas

Margarida Palha Silva, 10º ano, professora Márcia FortunaDaniel Silva Alves, 8º ano, professora Márcia Fortuna

Joana Silva, 5º ano, professora Cândida Santos Beatriz Ezequiel Salgado, 5º ano, professora Cândida Santos

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ESCREVER EM PORTUGUÊS

Alunos do nível A2 da St. Thomas More Language College

professor Manuel Carlos Xastre

O GATO SONHADOR

Era um vez um gato branco, o seu pelo era tão branco que parecia neve. O nome dele era Fofo e era muito sonhador. Um dia sonhou que visitou Londres e foi andar na roda gigante, passou pelo Big Ben, que é um relógio famoso. Mas ele tinha um problema, tinha medo de alturas. Primeiro visitou o relógio e gostou muito de tudo o que viu. Depois foi andar na roda gigante. Mas como ele tinha medo de alturas fechou os olhos e sem dar pelo passar do tempo, quando voltou a abrir os olhos só viu estrelas à sua volta.

Na verdade, o que tinha acontecido foi que a roda girou e parou lá em cima e tudo que via eram luzes da cidade. Ele ficou encantado com o que os seus olhos viam.

Mas, claro que tudo não passou de um sonho. Natacha dos Santos, 9 anos

O CÃO DO AMOR

Era uma vez um cão castanho que tinha um coração cheio de amor. Ainda na história, o cão tinha a pele como um cavalo. Depois um dia ele foi ao parque de diversões e foi andar na montanha russa e havia uma senhora-gato e ela não conseguia fechar o ferro de segurança. Então o cão, com o coração de amor, foi ajudar a senhora a apertá-lo.

E depois o cão do amor pensou e pensou “se eu não tivesse ajudado a senhora-gato, ela morreria no parque”.

Depois o cão ficou caidinho por ela, então, foi para casa. E nessa noite de diversão, o cão e a mulher gato tiveram um pensamento que era eles os dois a andar na montanha russa e adormecer. Sarah Cerqueira, 9 anos

A PEQUENA ELEFANTA

Era uma vez uma pequena elefanta que vivia na selva. Na selva, existiam muitos elefantes como ela, mas, no entanto, ela sentia-se muito só porque eles não queriam brincar com ela. Os outros elefantes eram grandes, majestosos e tinham grandes trombas ao contrário da pequena elefanta.

LIVRO DE TURMA

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Um dia a pequena elefanta bebia água junto do rio e encontrou um animal estranho. Ela perguntou como ele se chamava e ele respondeu que era um macaco. A pequena elefanta nunca tinha ouvido falar sobre aquela espécie, mas ficou bastante curiosa e começou a perguntar ao macaco com que é que ele gostava de brincar. O macaco respondeu que o jogo favorito dele era balançar nas árvores e o outro era brincar com a água e fazer bolhas ao saltar para dentro do rio. A pequena elefanta ficou bastante contente por saber que o macaco gostava de brincar com a água, dizendo:

- Eu sou bastante grande para subir às árvores, mas posso te ajudar-te a fazer bolhas na água com a minha tromba.

A partir desse dia, a pequena elefanta e o macaco tornaram-se os melhores amigos e passaram a brincar todas as dias à mesma hora no rio. A pequena elefanta nunca mais se sentiu só. Alexandre Rodrigues, 8 anos

O PEQUENO FLOCO DE NEVE

Quando a neve está por todo o lado, a vaca canta de contente. Toda a gente gosta de se divertir no inverno, por isso, vamos todos brincar lá fora! O cão adora a sua casinha! Está sozinho, mas está a divertir-se à grande com um osso.

Sabes, quando o Pai Natal acaba o trabalho, também se diverte. Abre os presentes todos e exclama: “HO, HO, HO”. Há montes de presentes debaixo da árvore de Natal, onde dois ursinhos brincam alegremente. Eduardo Andrade, 8 anos

SONHO DE UM MENINO

Era uma vez um menino que adorava futebol, ele jogava calçado ou descalço, debaixo de chuva ou de sol, não importava. O que importava era mesmo jogar. Até que um dia alguém reparou nele e foi jogar numa equipa regional (Andorinhas). E a partir daí ele tornou-se um dos jogadores principais da equipa.

Entretanto, foi convidado para jogar no Nacional, talvez uma das melhores equipas da Madeira. Foi então que ele deu um grande salto para o Sporting. Depois de muito esforço, trabalho e dedicação é que se aperceberam do seu talento e conseguiu um contrato milionário para o Manchester United, com apenas 18 anos. Tornando-se assim num dos melhores atacantes do mundo.

Até que ao fim de alguns anos conseguiu realizar o sonho de qualquer jogador, chegar ao Real Madrid, onde conquistou quatro bolas de ouro, três ligas dos Campeões e muito mais, não esquecendo que ajudou Portugal a ser campeão da Europa, pela primeira vez na história. O seu nome é Cristiano Ronaldo. Dinis Carvalho, 9 anos

ESCREVER EM PORTUGUÊS NO RUICLIVRO DE TURMA

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ESCREVER EM PORTUGUÊS NO RUIC

Klareiss Mwangi, 3º ano, aluna da Lark Hall Primary School, professora Ana Figueiredo

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CARNAVAL

Klareiss Mwangi, 3º ano, e Henrique Moniz, 5 º ano, alunos da Lark Hall Primary School, professora Ana Figueiredo

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ESCREVER EM PORTUGUÊS NO RUIC

CARNAVAL

Beatriz Cardoso, 6º ano, aluna da Lark Hall Primary School, professora Ana Figueiredo

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LENDA DAS AMENDOEIRAS

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o-\»C>Joel Figueiredo Silva, 5º ano, Hillside School, aluno da professora Lucília Gomes

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LENDA DAS AMENDOEIRAS

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Letícia da Cunha Faria, 6º ano, Hillside School, aluna da professora Lucília Gomes

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Alunos do nível A2 da St. Angela’s Ursuline School professora Fernanda Shepherd

Atividade: reconto da história “O Fantasma das Cuecas Rotas”

O Fantasma das Cuecas RotasNuma casa assombrada vivia um fantasma com um nome muito engraçado. O nome

dele era Fantasma das Cuecas Rotas. Ele era um fantasma solitário sem amigos, por causa do nome que lhe tinham posto.

Um dia, ele estava a escorregar no corrimão, mas sem olhar para a frente, ele caiu

e rompeu as suas cuecas. Sem sorte, algumas pessoas viram e riram-se muito do

fantasma sem sorte.Alguns dias depois, na sua caixa de correio cheia de teias de aranha velhas, chegou

finalmente uma carta que o convidava para uma festa assombrada de fantasmas. Ele

achou estranho, porque o nome dele não era assombrado, era um nome de comédia.

No entanto, com toda a alegria, foi para a festa. Ele chegou e encontrou uma fantasma muito bonita. O Fantasma das Cuecas Rotas foi sentar-se ao pé dela. A

fantasma falou-lhe muito baixinho:

-Qual é o teu nome?

Demorou alguns minutos a reparar que ela estava a falar com ele.

Envergonhadamente, o fantasma disse:-Sou o fantasma das Cuecas Rotas, por favor, não te rias!

Mas ela não se riu, respondeu:

-É engraçado, eu tenho um nome quase igual. Eu sou a Fantasma do Vestido ao

Contrário!Depois daquele dia, eles tornaram-se os melhores amigos para sempre.

Jennifer Morais, 9 anos

O fantasma Era uma vez um fantasma feio, desdentado e muito esquecido.

Um certo dia, teve a triste ideia de descer pelo corrimão, em vez de ir

pelas escadas. Por essa razão rasgou as cuecas, mas como era muito esquecido, foi à festa do Halloween, mesmo com as cuecas rasgadas.

Na festa conheceu uma fantasma chamada fantasma do vestido ao

contrário. Ele pensou que ela se iria rir dele, mas ela não se riu, porque

também tinha um nome engraçado. Por fim, tudo acabou bem.

Ronaldo Domingos, 10 anos

CADERNOS DE ESCRITA

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Alunos do nível A2 da St. Thomas More School (Wood Green) professora Fernanda Shepherd

Atividade: no Dia Mundial do Mágico, os alunos tiveram que escrever um texto sobre o que fariam se encontrassem uma varinha mágica

A varinha mágica misteriosa

Um dia, estava a passear com o meu cão no parque e o Simba encontrou um pedaço de pau, mas era diferente, algo de estranho havia nele.Entretanto, enquanto brincávamos notei que o pau começava a mexer-se e foi aí que notámos que algo de misterioso se passava. Era um pau mágico.Resolvi, então, tentar fazer alguma magia. Como estávamos cheios de fome, resolvi experimentar fazer aparecer muitas coisas boas para comer.Depois de já estarmos saciados, brincámos mais um pouco e ao mesmo tempo, fazendo magia.Como estava a ficar um pouco tarde para irmos para casa, resolvi fazer aparecer um tapete mágico para nos levar para casa.E assim foi, eu e o Simba voámos no tapete mágico, pelo parque até chegarmos a casa.

Francisco de Freitas, 11 anos

A varinha mágica

Tudo aconteceu no ano depois da Sara pegar o remédio para

salvar um pirata de um veneno que uma das bruxas deu.

Um dia, a Sara foi para o mar. Desde que salvou o pirata, ela fez

uma mágica para ser uma sereia, falando estas palavras:

- Me vira uma sereia, estou cansada de voar. Não quero andar, só

quero nadar.

Neste segundo, ela virou uma sereia bonita, mas uns segundos

depois, ela virou fada de novo. Ela falou as palavras de novo,

mas não funcionou.

CADERNOS DE ESCRITA

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- Elas só dão trabalho. As bruxas são pessoas ruins, só fazem

coisas como roubar, mentir, matar…sendo essas as três coisas mais

ruins do mundo. – disse a fada Sara.

Então, a Sara foi para uma pedra roxa, pôs a mão nela e

perguntou onde estavam as bruxas. Um mapa apareceu e mostrou

onde estavam. A casa das bruxas mudava, cada vez que um

humano brigava. A casa delas agora estava no lugar que a Sara

mais odiava. As bruxas estavam num lugar com muitos buracos e

espinhos, onde a Sara nunca tinha entrado.

A Sara começou a viagem para a casa das bruxas, mas não queria

ir. Quando ela estava no meio do caminho, ela sentiu um negócio

no pé.

- Ai! - disse a Sara.

Ela levantou o pé e lá estava uma varinha.

Ela levantou a varinha, apontou–a para um lugar vazio e um

segundo depois apareceu uma árvore grande e verde.

Formou-se um plano na sua cabeça. Apontou a varinha na

direcção da casa e repetiu essas palavras:

- Me traz a minha mágica de volta.

Num instante, uma bola de fogo bateu nela e ela virou uma sereia.

Ela falou as palavras:

-Me vira fada, não quero nadar.

- Não quero andar, mas quero voar.

Ela virou uma fada e voltou para casa e foi feliz para sempre.

Sofia Cherifi, 13 anos

CADERNOS DE ESCRITA

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O INVERNO

Raquel Brito Gomes, 6º ano, Laurence Haines School, aluna da professora Lucília Gomes

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Francisco Freitas, 6º ano, St. Thomas More School - Wood Green, aluno da professora Fernanda Shepherd

AUTORRETRATO

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Trabalho coletivo da turma 4 da Holy Cross School, professora Cristina Oliveira

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DIA INTERNACIONAL DA MULHER

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DIA DA MULHER

Dia 8 de março é para celebrar,

O dia das Mulheres vamos sempre lembrar!

Há muitos anos lutaram,

Por todas as mulheres falaram

E muitos direitos conquistaram!

Hoje podemos trabalhar,

E até votar…

Crianças nós somos,

Vamos à escola.

Mulheres seremos,

Pela igualdade lutaremos!

Poema coletivo da turma 6 da Holy Cross School,

professora Cristina Oliveira

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AS RECEITAS FAVORITAS DOS NOSSOS ALUNOS

O grupo de B1.1 do professor Carlos Ferreira da escola de St. Thomas More Language College esteve a usar o Imperativo e acabou a trabalhar textos instrucionais, com o intuito também de aplicar o tempo verbal referido. Os alunos e o professor criaram, adaptaram e transformaram receitas de culinária. Por último e, para consolidar a utilização do Imperativo, foi-lhes pedido que obtivessem, junto dos pais, a receita do prato favorito deles.

Aqui ficam algumas delícias gastronómicas, de fazer crescer água na boca, bem portuguesas, aqui, Por Terras de Sua Majestade!

A Maria Luísa Loureiro gosta particularmente das almôndegas de atum da mãe.

Ingredientes para duas pessoas:- 2 latas de atum - meia cebola pequena- 1 colher de sopa de salsa picada- 1 ovo- 4 colheres de sopa de pão ralado- sal e pimenta q.b.

Preparação:Escorra bem o atum e coloque-o numa taça. Acrescente a cebola picada fina e a salsa. Junte o ovo e o pão ralado e tempere com um pouco de sal e pimenta a gosto. Misture bem e, se a mistura ainda estiver muito húmida e não conseguir formar as bolinhas, acrescente um pouco mais de pão ralado. Tenda depois a mistura em bolinhas. Leve uma frigideira ao lume com um fio de azeite e aloure as almôndegas

durante alguns minutos. Sirva com arroz ou massa curta e uma salada de tomate.

A Inês Lopes prefere a carne de porco à Alentejana que a mãe cozinha lá em casa.

Ingredientes: - 300ml de vinho branco- 800gr de carne de porco- 800gr de amêijoas - 3 dentes de alho- 2 colheres de sopa de massa de pimentão- sal e pimenta a gosto - 1 raminho de coentros - 1 folha de louro - 1 limão- 125gr de banha - picles a gosto

Preparação:Primeiro, comece por criar a marinada para a carne: junte a massa de pimentão, os dentes de alho esmagados, o louro, o sal, a pimenta e o vinho branco. Em seguida, corte a carne de porco em cubos e junte à marinada. Deixe repousar de um dia para o outro no frigorífico. Mergulhe as amêijoas em água com sal umas 2 horas para perderem as areias. Depois, passe-as por água a correr. Numa frigideira alta e larga, deite a banha e deixe aquecer. Escorra depois a carne de porco (guarde a marinada) e quando a frigideira estiver quente, ponha a carne na frigideira. Aloure a carne de todos os lados. Em seguida, junte a marinada, deixe ferver uns minutos e acrescente as amêijoas. Vá mexendo e tomando conta.

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Quando as amêijoas abrirem todas, junte os coentros, mexa bem e tire do lume. Sirva com picles e com fatias de limão, o que combina muito bem com a doçura da carne e das amêijoas. Acompanhe com batatas fritas aos cubos.

A Catarina Xavier é fã do bacalhau com natas da mãe.

Ingredientes:- 600gr de bacalhau- 2 cebolas médias- 30gr de farinha- 30gr de manteiga - 1,5 dl de leite - 0,25 dl de natas- 1 folha de louro - sal e pimenta q.b.- uma pitada de cravinho- 500gr de batatas

Preparação:Corte o bacalhau e coloque num recipiente com água de véspera, a demolhar. Mude a água várias vezes. Retire o bacalhau e leve-o a cozer em água limpa. Em seguida, desfie-o. Corte as cebolas em rodelas finas e as batatas em palitos o mais finos possível, fritando-as à parte num tacho. Leve ao lume a manteiga e junte-lhe a farinha mexendo bem. Adicione o leite, previamente fervido, mexendo lentamente. Deixe cozer, continuando sempre a mexer com uma colher de pau. Finalmente, tempere com sal e pimenta e junte as natas quando adquirir uma consistência muito cremosa. Numa frigideira à parte, coloque o azeite e junte a cebola. Deixe refogar. Assim

que a cebola começar a alourar, adicione o bacalhau desfiado para que refogue um pouco. Unte um tabuleiro de ir ao forno com manteiga e deite o preparado, pondo uma camada de batatas por cima. Cubra tudo com o creme de natas e leve ao forno para ganhar um pouco de cor.

A preferência do Diogo Fernandes vai para o bolo de laranja com cobertura de chocolate.

Ingredientes: Bolo

- 1 ½ chávenas de açúcar- 2 ½ chávenas de farinha com fermento- 1 colher de chá de fermento- 4 ovos e 1 gema - 1 laranja bem sumarenta- 1 chávena de óleo

Cobertura de chocolate- 125gr de chocolate em pó- 200 ml de leite - 1 colher de sopa de margarina- 1 colher de sopa de mel

Preparação:Coloque a casca de laranja (sem a parte branca) na batedeira e dê uns toques no turbo. Adicione o açúcar, os ovos e a gema. Bata durante dois minutos. Depois, incorpore o sumo de laranja, adicione o óleo em fio e bata durante mais dois minutos. Por fim, envolva a farinha com o fermento e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus. A forma deverá ter sido previamente untada com manteiga e polvilhada com farinha. Leve todos os ingredientes ao lume. Quando ferver, deixe em lume brando durante 15 minutos. Após ter arrefecido, poderá cobrir todo o bolo.

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AS RECEITAS FAVORITAS DOS NOSSOS ALUNOS

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AS RECEITAS FAVORITAS DOS NOSSOS ALUNOSA Raquel da Luz não passa sem os cupcakes lá de casa.

O que é preciso: 3 ovos250gr de manteiga500gr de açúcar200ml de leite

Preparação: Ponha a manteiga e o açúcar numa tigela. Misture a manteiga e o açúcar até obter um creme dourado. Incorpore as gemas de ovos na mistura. Bata o creme até os ovos estarem misturados com o creme da manteiga. Adicione também o leite e continue a bater a mistura. Aqueça o fogão a 200 graus. Entretanto, coloque a massa nas formas: Vai ao forno 15 a 20 minutos. Quando o bolo está a cozer, abra um buraco com um garfo e volta ao forno para terminar a cozedura. Retire do forno quando ficar dourado.

O Paulo Silva não dispensa a aletria que a mãe lhe prepara.

Ingredientes:- 250gr de Aletria- 450gr de açúcar - duas cascas de limão- 1800ml de leite - 1 pau de canela - 50 gr de manteiga - sal e canela em pó q.b.- 4 gemas de ovo

Preparação:Numa panela, leve ao lume o leite, deixando um pouco para misturar com as gemas. Junte as casquinhas de limão, o pau de canela, a manteiga e deixe a ferver. Entretanto, misture

muito bem as gemas com o restante leite. Passado cinco minutos, junte as gemas com o restante leite. Junte as gemas à aletria e deixe cozer as gemas, sem deixar ferver. Por último, retire a casaca de limão e o pau de canela. Sirva num prato grande e fundo. Depois de arrefecer, polvilhe com canela e está pronto a servir.

Por último, o que o Rafael Antunes aprecia mesmo são os brownies que a mãe faz .

Ingredientes:- 200gr de chocolate amargo picado- 200gr de açúcar refinado- 1 colher de sopa cheia de farinha de trigo- 6 colheres de sopa rasas de cacau em pó (de preferência a 100%)- pitada de sal- 1 colher de chá de essência de baunilha- 1 colher de chá de fermento em pó- 4 ovos à temperatura ambiente- forma retangular- papel manteiga - manteiga para untar

Preparação:Num processador, junte o chocolate picado, a manteiga e o açúcar. Bata bem. Acrescente depois o cacau em pó, a farinha de trigo, a baunilha e a pitada de sal. Bata novamente até estar tudo muito bem misturado. Por último, junte os ovos e o fermento e bata de novo. Molhe o papel manteiga e tire o excesso de água (este processo deixa o papel flexível, mais maleável para colocar na forma). Unte depois com manteiga e deite a massa dos brownies de chocolate. Leve ao forno, pré-aquecido, a 200 graus.

Textos e fotografias enviados pelo professor Carlos Ferreira

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O meu Pai

O meu pai é alto e tem cabelo castanho, ele é muito generoso e muito divertido. Ele faz-me rir! O meu Pai é um jardineiro e gosta de ajudar as pessoas a arranjar carros e motas. O meu pai gosta de usar o I-pad e o telemóvel dele. Ele gosta de ver televisão. Eu e o meu pai brincamos juntos. O meu pai leva-me sempre onde eu quero, ao parque, à escola, a casa dos meus amigos. Nós brincamos juntos em casa. Eu adoro o meu pai. Ele é o melhor pai de sempre. Ninguém é melhor do que o meu pai!

Nicole Sena, 5º ano, 9 anos

O meu Pai e Eu

Ele gosta de saltar Ele gosta de apanhar ar Ele gosta de comer E também gosta de correr.

Nós gostamos de fazer desenhos Sempre juntos Nós gostamos de cantar Sempre juntos Também gostamos de dançar.

És o melhor pai do mundo!

Sofia Rodrigues, 4º ano, 8 anos

O meu Pai

O meu pai é altoTem cabelo preto,Ele tem os pés grandesTem uma tatuagem no peito.

Ele trabalha muito De segunda a domingo,Com uma carrinha grandeEle encontra um caminho.

Jogamos muito à bolaE converso muito com ele, Nós já fomos à pesca E até conduzo o carro dele.

Ele é o maiorEle está no meu coração,Eu adoro o meu paiPorque ele é um brincalhão.

Leonardo Martins, 6º ano, 11 anos

DIA DO PAI

Textos dos alunos da professora Anabela Pais que frequentam as aulas na First Tower School

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DIA DO PAI

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Fotografias dos trabalhos e dos alunos da First Tower School enviados pela professora Anabela Pais

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Ana Beatriz Azevedo, 7º ano, Grainville School (Jersey), aluna da professora Dorinda Barros

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A MAIOR FLOR DO MUNDO

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EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS ILUSTRADAS

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As expressões idiomáticas são formas de expressão próprias de uma língua que refletem a sua riqueza, pois é através delas que se transmitem referências culturais de determinada comunidade linguística. Através das frases feitas, um falante nativo consegue expressar uma certa realidade de forma natural e inconsciente. O mesmo já não acontece com falantes não nativos, para quem a apropriação deste tipo de expressões e a correta utilização poderão revelar-se tarefa difícil. Esta dificuldade reside, essencialmente, no facto de estas formas de expressão não poderem ser traduzidas de forma literal para outras línguas. Deste modo, a aprendizagem de expressões idiomáticas, a sua assimilação e o seu uso ajudam os alunos a elevar a sua proficiência linguística.Os alunos do nível A2 e de A-Level da Hillside Junior School foram desafiados a pesquisar expressões idiomáticas em Língua Portuguesa e a representá-las através de imagens, desenhos ou ilustrações. Depois, na aula seguinte, os alunos foram convidados a apresentar as suas frases/expressões ao jeito de adivinhas. Os resultados foram bastante engraçados e permitiram aos alunos concluir que uma imagem, por vezes, “vale por mil palavras”….

Stephanie Pereira, 10º ano, Hillside Junior School Catarina Pita, 10º ano, Hillside Junior School

Mónica Silva, 11º ano, Hillside Junior School Sara Figueiras, 7º ano, Hillside Junior School

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EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS ILUSTRADAS

Texto e trabalhos enviados pela professora Fátima Marques

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Andreia Costa, 12º ano, Hillside Junior SchoolAndreia Costa, 12º ano, Hillside Junior School

Sílvia Canossa, 10º ano, Hillside Junior School

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PARLAMENTO DE JOVENSEstudantes portugueses do Highlands College (Jersey) representam o Círculo Eleitoral da Europa

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Alunos do ano 13 do sistema inglês e que frequentam os cursos de língua e cultura portuguesas, do Instituto Camões, concorrem na edição 2016/2017 do concurso “Parlamento dos Jovens”, o rg a n i z a d o p e l a A s s e m b l e i a d a República.

O professor do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Rui Pires, decidiu propor aos seus alunos do Highlands College (às duas turmas do A-Level – a turma AS e a A2), a participação na edição deste ano. A primeira reação foi de desconhec imento , mas de a lguma curiosidade sobre este concurso, o que não deixa de ser normal perante algo que nunca ouvimos falar.

Todos os anos há um tema para o nível do 2º e 3º ciclos e para o secundário. O tema deste ano para os alunos do secundário não é fácil: 40 anos de Constituição, da Repúb l ica Por tuguesa e do poder autárquico – desafios ao poder local. Relativamente ao tema dos 2º e 3º ciclos é “Os Jovens e a Constituição – Tens uma palavra a dizer”

Assim, começaram-se a analisar os artigos da Constituição Portuguesa, no que se refere ao Poder Local, em cada uma das turmas. A primeira abordagem foi frustrante. Os estudantes não conseguiam encontrar nenhum artigo para o qual poderiam recomendar alguma alteração, algum acréscimo ao que estava escrito, ou mesmo a sugestão de algum novo artigo ou alínea. Era este o trabalho: propor, recomendar algo inovador, algo que pudesse contribuir para um melhor poder local, ao nível das Juntas de Freguesia e dos Municípios, em Portugal.

Depois de vários “brainstormings”, as ideias foram aparecendo.

Um dos objetivos do programa é que as escolas participantes envolvam o maior número possível de alunos e de entidades locais. Foi o que foi feito. Foram distribuídos cartazes em português e em inglês a explicar o envolvimento do estabelecimento de ensino e os objetivos do Parlamento dos Jovens. O presidente (conhecido como Constable) da Parish de St Helier (capital de Jersey), Mr Simon Crowcroft, assim como os polícias honorários, Mr Phillip Coffey (Centenier – posição mais elevada nesta função) e uma colega, Hannah Hegarty (Constable’s officer) estiveram presentes em dois debates com os alunos sobre a “Jersey Honorary Police”.

Outro objetivo era a constituição de listas concorrentes, cada uma com 10 alunos (deputados). Cada lista teria de apresentar uma recomendação e justificá-la. Duas listas apresentaram-se a concurso. Foi marcado o dia da eleição, aberta a toda a comunidade educativa do Highlands College. Através do método de D’Hont, o objetivo desta votação seria apurar os 15 deputados que estariam presentes numa Sessão Escolar. 119 alunos votaram, o que significa que se conseguiu envolver a comunidade académica neste processo.

Esta fase conclui-se com a realização da Sessão Escolar. Nesta, é aprovada a recomendação a levar à Assembleia da República. Estavam duas recomendações em debate, mas apenas uma teve os votos a favor da maioria dos deputados presentes.

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PARLAMENTO DE JOVENS

Foram, também, eleitos (por voto secreto) os dois alunos que irão representar o Highlands College, a ilha de Jersey, o Camões e a Europa, na fase final do Parlamento dos Jovens, a realizar em maio, na Assembleia da República.

Natasha Belim (Lista B) e Daniela Carreira (Lista A) foram as mais votadas. Agora, terão a responsabilidade de convencer todas as outras escolas participantes sobre as potencialidades da proposta. Esta e outras propostas só serão consideradas recomendações finais do Parlamento dos Jovens se forem aprovadas no plenário, de dia 9 de maio, por maioria dos deputados representantes das escolas do continente, ilhas e do círculo de fora da Europa (para além do Circulo da Europa, representado por Jersey).

Este sistema da Polícia Honorária já existe em Jersey há muitos anos e tem sido um sucesso na prevenção e resolução imediata de pequenos crimes, sem necessidade que estes processos avancem para tribunal, sobrecarregando o trabalho dos juízes. Esperemos que as duas deputadas consigam fazer valer os seus argumentos em Lisboa e consigam contribuir para que as escolas portugueses fiquem mais seguras, assim como a Pol íc ia de Segurança Pública - PSP, a Guarda Nacional Republicana - GNR e a Polícia Municipal – PM, tenham um apoio essencial em eventos de grande afluência de público ou mesmo na prevenção de incêndios, entre outras valências que possam ser atribuídas a estes voluntários pelas Juntas de Freguesia ou Municípios portugueses.

Esta recomendação foi já enviada. Durante o mês de março ou abril aguardaremos a confirmação da presença das duas deputadas do Highlands College, na final do Parlamento dos Jovens, dias 8 e 9 de maio,

em Lisboa, em representação do Círculo Eleitoral da Europa.

Este concurso educativo, que já vai na sua 22ª edição (1985-2017), é uma iniciativa da Assembleia da República, dirigida aos jovens dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, de escolas do ensino público, privado e cooperativo do Continente, das Regiões Autónomas e dos círculos da Europa e de Fora da Europa.

Constituem objetivos do programa:

- Educar para a cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política;

- Dar a conhecer a Assembleia da República, o significado do mandato parlamentar, as regras do debate parlamentar e o processo de decisão do P a r l a m e n t o , e n q u a n t o ó r g ã o representativo de todos os cidadãos portugueses;

- Promover o debate democrático, o respeito pela diversidade de opiniões e pelas regras de formação das decisões;

- Incentivar a reflexão e o debate sobre um tema, definido anualmente;

- P r o p o r c i o n a r a e x p e r i ê n c i a d e participação em processos eleitorais;

- Estimular as capacidades de expressão e argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da tolerância e da formação da vontade da maioria;

- S u b l i n h a r a i m p o r t â n c i a d a s u a contribuição para a resolução de questões que afetem o seu presente e o futuro individual e coletivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do poder político.

Texto e fotografia enviados pelo professor Rui Pires

Estudantes portugueses do Highlands College (Jersey) representam o Círculo Eleitoral da Europa

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No dia 1 de março, um grupo de alunos de GCSE e de A-Level de português dos cursos da William Morris School e do Instituto Cañada Blanch estiveram na Queen Mary, Universidade de Londres, a convite da professora Else Vieira, diretora  do departamento de estudos ibéricos e latino-americanos.

Já em novembro de 2016, a professora Else Vieira tinha estado com os alunos do cursos do Instituto Cañada Blanch. Nessa altura, falou-se sobre a universidade, os estudo de português e a língua portuguesa. Segundo a professora Else, o departamento vai abrir uma variante de estudos para alunos língua de herança.

No dia 1, os alunos começaram por  fazer uma visita ao campus da universidade e participaram numa sessão de demonstração de capoeira.

A capoeira é uma  tradição brasileira desenvolvida por escravos e que mistura artes marciais, dança e música. Durante a sessão os alunos formaram uma roda de capoeira e tiveram a oportunidade de tocar um dos instrumentos musicais típicos da capoeira (berimbau, bandeira, atabaque). No  final, os alunos conviveram com estudantes e professores do departamento de estudos ibéricos e latino-americanos.

FORMAÇÃOIDA À QUEEN MARY UNIVERSITY

Texto e fotografia enviados pelo professor Pedro Marques

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Modelo gráfico: Nuno Silva

Coordenação do Ensino Português no Reino Unido

e Ilhas do CanalMinistério dos Negócios Estrangeiros

FICHA TÉCNICA Propriedade

Coordenação do Ensino Português no Reino Unido e Ilhas do Canal

Camōes - Instituto da Cooperação e da Língua

EdiçãoRegina Duarte (Coord.)

Márcia Fortuna (Adj. Coord.)

Equipa de Apoio PedagógicoAna Rocha

Carlos FerreiraCarlos Xastre

Helena Ferreira

Coordenação do Ensino Português no Reino Unido e Ilhas do CanalEmbaixada de Portugal em Londres

11, Belgrave SquareLondon SW1X 8PP

Tube: Hyde Park Corner, Knightsbridge, Victoria

0044(0)20723588110044(0)7834192542

[email protected]

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