01- Freudo-marxismo

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    FREUD - MARXUM PERCURSO A SER ATINGIDO

    Geraldo Natanael de Lima

    Orientador:Prof. Carlos Csar Barros

    O homem um ser social e histrico e o que levaesse homem a transformar a natureza, e, nesteprocesso, a si mesmo, a satisfao de suasnecessidades.

    Andery sobre o pensamento de Marx

    SalvadorJunho / 2011

    FACULDADE SOCIAL DA BAHIACurso de Psicologia

    Bases Tericas Freudo-marxismo

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    SUMRIO

    1- INTRODUO............................................................................................................................. 03

    2- BREVE BIOGRAFIA DE KARL MARX (1818-1883)............................................................. 04

    3- INFLUNCIAS TERICAS DE OUTROS PENSADORES E FRAGMENTOS DO

    PENSAMENTO MARXISTA.......................................................................................................... 07

    4- UMA BREVE REFLEXO SOBRE FREUD E A PSICANLISE........................................ 13

    5- CONCLUSO: UMA BREVE ASSOCIAO ENTRE A TEORIA DE MARX COM A DE

    FREUD ATRAVS DO PENSAMENTO DE ERICH FROMM................................................. 15

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS............................................................................................ 17

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    1-Introduo.

    Esse trabalho tem como objetivo realizar uma sntese sobre alguns pontos da Teoria Marxista

    e da Teoria Freudiana. Nesse trabalho foram utilizados Textos sobre Freud, Marx e Eric Fromm e

    alguns fragmentos de artigos e trabalhos realizados por Geraldo Natanael durante o seu percurso do

    estudo de filosofia, psicanlise e psicologia que esto referenciados na bibliografia em anexo.

    Utilizamos tambm fragmentos de diversos autores. O objetivo no fazer um artigo original, mas

    realizar um resumo sobre o percurso realizado na disciplina Bases Tericas Freudo-marxismo.

    O Marxismo constitudo por um conjunto de idias filosficas, econmicas, polticas e

    sociais elaboradas por Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). O conceito daconcepo materialista e dialtica da Histria interpreta a vida social conforme a dinmica da base

    produtiva das sociedades e das lutas de classes. O marxismo analisa o homem como um ser social

    histrico e que possui a capacidade de trabalhar, transformando a natureza.

    J o grande mrito da psicanlise foi ter descoberto o inconsciente e o mtodo analtico da

    livre associao. A psicanlise surgiu atravs da observao dos casos clnicos e o desenvolvimento

    da tcnica analtica. Baseado nas suas observaes, Sigmund Freud (1856-1939) pode escrever a

    teoria que fundamentou a conduo da prtica psicanaltica. Um mtodo de investigao, que

    consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das aes, das

    produes imaginrias (sonhos, fantasias, delrios) de um sujeito.

    A psicanlise nasce com Freud, na ustria, a partir da prtica mdica, recupera paraa Psicologia a importncia da afetividade e postula o inconsciente como objeto deestudo, quebrando a tradio da Psicologia como cincia da conscincia e da razo.(Bock, p.39).

    O psicanalista Erich Fromm (1900-1980) analisou o mecanicismo das relaes sociais e

    econmicas do mundo contemporneo, regido pelo capitalismo. Influenciado pela obra de Karl

    Marx, ele faz uma analogia entre os conceitos marxistas e os freudianos, tentando estabelecer entre

    ambos uma relao dialtica, procura de uma sntese destas idias. Ele privilegiou a teoria de

    Marxista, valendo-se de Freud para completar alguns pontos no explicados pelo marxismo. Segundo

    Fromm o homem busca a liberdade, o dinheiro e o poder. Fromm acredita que a aceitao do outro, a

    solidariedade, o trabalho em conjunto e o conforto social podem oferecer Humanidade uma sada

    vivel para esta trgica situao criada pelo prprio Homem.

    Acompanhando o percurso realizado pelo Professor Carlos Barros, vamos iniciar esse

    trabalho realizando uma breve pesquisa sobre a biografia de Marx e fragmentos do seu pensamento.

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    2- Breve Biografia de Karl Heinrich Marx (1818-1883).

    Marx nasceu em Trier (Trves), na Rennia, Prssia, atual Alemanha, prximo Frana. Seu

    pai era o advogado Hirschel Marx que sabia de cor Voltaire e Rousseau. Acompanhou de perto osestudos do filho, mas no escondeu o seu desapontamento quando soube que, ao invs de prosseguir

    nos estudos de Direito, Marx queria ser poeta bem ao estilo romntico, que era a grande moda nas

    universidades.

    A holandesa Henriette Pressburg era a sua me e Marx sempre repetia a frase que ela lhe

    havia dito e que soava ao mesmo tempo como uma censura: Em vez de ficar escrevendo sobre o

    capital, seria melhor se meu filho conseguisse algum para si prprio. Por isso mesmo, me e filho

    jamais se reconciliariam. Seu av paterno era um rabino judeu, porm, Hirschel, por temer asconseqncias das leis anti-semitas promulgadas pelo rei da Prssia, converteu-se ao protestantismo

    quando Marx ainda era criana.

    Em 1835, aos 17 anos, Marx ingressou no curso de direito, mitologia clssica e histria da

    arte na Universidade de Bonn. Um ano depois seu pai o envia para estudar na longnqua

    Universidade de Berlim devido ao temor que seu filho levasse sua noiva Jenny para uma vida

    aventureira e cheia de perigos. Para consternao do pai, acabou por abandonar o estudo do Direito

    e foi estudar Filosofia. A partir desse momento comea a ter contato com as obras de Hegel, antigoprofessor da universidade, Spinoza, Kant, Aristteles e Epicuro. Discordou da filosofia de Hegel,

    acreditando ser necessrio traz-la do cu das abstraes espirituais para a terra com as

    preocupaes sociais e polticas. Ele freqentou crculos de poetas, porm, reconheceu que sua

    poesia no tinha valor artstico.

    Em maro de 1841, com o certificado de concluso do curso de Filosofia envia para a

    Universidade de Iena sua tese intitulada A Diferena da Filosofia da Natureza em Demcrito e

    Epicuro e uma semana depois obtm o ttulo doutor. Em Berlim teria sido mais difcil a obtenodesse ttulo, porque algumas teses que manifestavam uma certa simpatia pelo atesmo e pelo

    materialismo j haviam sido recusadas.

    Com o diploma na mo, Marx pensava poder conseguir uma vaga para poder lecionar em

    alguma universidade. Nessa ocasio, seu amigo Bruno Bauer dava aula na Universidade de Bonn e

    pensava em lev-lo tambm para l. Mas, entre catlicos e protestantes, Bauer, hegeliano e ateu,

    no demorou muito a perder a vaga, e com isso Marx tambm perdeu as esperanas de vir a se

    tornar professor.

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    Ligou-se ao grupo dos ento chamados hegelianos de esquerda e passa a escrever em jornais

    socialistas. Os jornais eram fechados pelos governos europeus devido a questes polticas o que fez

    Marx viajar e reabri-los com outros nomes e parceiros na Alemanha (1842-1843), Frana (1844),

    Blgica (at 1848), Alemanha (at 1849) e na Inglaterra at sua morte em 1883. Marx no ficou

    somente na teoria, atuando politicamente fundando a Liga dos Comunistas em 1847 e redigindo

    com Engels o Manifesto do Partido Comunista em 1848.

    Jenny von Westphalen casou-se com Marx em 1843 aps 7 anos de noivado. Jenny era uma

    jovem aristocrata quatro anos mais velha que Marx, amiga de sua irm Sofia e filha do conselheiro

    de Estado prussiano, o baro von Westphalen que tinha um alto cargo no governo e despertou em

    Marx o interesse pela literatura romntica e pelo pensamento poltico de Saint-Simon. Marx era

    considerado um pai meigo e amoroso e dizia que os filhos devem educar os pais. Afirmava que a

    relao homem-mulher uma troca de valores, mas quando um dos parceiros deixa-se alienar pelo

    dinheiro, os valores so opostos: o amor se transforma em dio, a fidelidade se dilui.

    Marx em 1851 tem um filho - Henry Frederick Demuth - com a governanta da sua casa

    Helena Delmuth. Entretanto para evitar escndalos, Engels assume a paternidade da criana.

    Freddy, como tambm era chamado, foi criado por uma famlia operria inglesa, adquiriu a

    profisso de metalrgico e atuou no movimento sindical e nunca soube quem era seu verdadeiro

    pai.

    Um dos aspectos mais caricatos da vida pessoal de Marx, sobretudo quando se instalou em

    Londres, era o fato de conduzir a sua vida como um burgus respeitvel. (Francis Wheen e

    Desidrio Murcho). Como na realidade no era um burgus, apesar de ser uma pessoa respeitvel,

    mas sim um homem sem recursos, andou literalmente toda a vida fugindo dos credores. Mas no

    prescindia de alugar as casas caras e de fazer frias nos locais onde toda a "sociedade" se mostrava.

    Anos depois, Marx haveria de declarar que de nada se arrependia exceto de ter imposto sua

    mulher e filhas uma vida de sacrifcios e dificuldades. Esta era uma das razes pela qual ele

    procurava ter uma vida to semelhante quanto possvel de um burgus respeitvel: para garantir

    s suas filhas um futuro - que naquela altura significava um bom casamento, o que implicava

    pertencer sociedade (Ibidem).

    Vrios filhos de Marx morreram muito jovens entre 1851 e 1856, em Londres, quando a

    famlia atravessava uma grande misria, sua casa era muito suja, desorganizada e s vezes no tinha

    o que comer. Trs das suas filhas casaram com socialistas ingleses e franceses: Eleanor Aveling,

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    Laura Lafargue e Jenny Longuet; um dos filhos desta ltima foi membro do Partido Socialista

    Francs.

    O principal amigo e colaborador de Marx, ajudando-o inclusive financeiramente durantemuitos momentos foi Friedrich Engels (1820-1895). Engels era filho de um industrial muito

    religioso e conservador e fora criado num ambiente dominado pelo pietismo, a tendncia mais

    rigorosa do protestantismo da Igreja Luterana alem. Ele tambm nasceu na Alemanha, estudou na

    Universidade de Berlim, onde se ligou aos hegelianos de esquerda, fez jornalismo escrevendo sobre

    poltica e filosofia, foi militante poltico e administrador da indstria de tecelagem de seu pai na

    Inglaterra. Publicou junto com Marx em 1845 A sagrada famlia, em que eles rompem ao mesmo

    tempo com o idealismo hegeliano e o materialismo mecanicista (Marcondes, 2001:82). Engels

    morreu de cncer no esfago.

    Marx sofreu distrbios hepticos durante mais de 20 anos e faleceu na mesa de seu escritrio

    tuberculoso e morando num casebre. Foi sepultado no cemitrio de Highgate, em Londres, no setor

    reservado s pessoas rejeitadas pela igreja anglicana.

    Cronologia - Fatos histricos ligados a Karl Marx.

    a)

    1818 Nascimento de Karl Marx na Alemanha (Prssia).b) 1824 - O pai de Marx, manda batizar os filhos na religio evanglica.c) 1837-1841- Marx estudou direito em Berlim e conhece a filosofia de Hegel e se torna

    um defensor do grupo hegeliano de esquerda.

    d) 1841- Marx defendeu sua tese de doutorado comparando as filosofias de Demcrito eEpicuro.

    e) 1842-1843- Marx passou a trabalhar na Gazeta Renana, jornal liberal, como redator-chefe at ser fechado pelo governo da Prssia. Incio de sua amizade com FriedrichEngels (1820-1895). Em junho de 1843 Marx casa-se com Jenny, com quem teve 7

    filhos.

    f) 1844- Marx foi morar na Frana e participou da nica publicao da revista AnalFranco-Alem junto com o artigo de Engels sobre economia poltica. Escreve o livro

    A sagrada famlia, rompendo com a esquerda hegeliana.

    g) 1844-1848- Perodo revolucionrio na Europa com o fim da primeira grande fase deexpanso industrial. Marx expulso de Paris em 1845. Fixa residncia em Bruxelas,

    juntamente com Engels. Escreve as teses contra Feuerbach: A ideologia Alem. Viaja

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    com Engels para a Inglaterra e adere a Liga dos Justos em 1847, que passa a ser

    chamada de Liga dos Comunistas, tendo como divisa: "Proletrios de todos os pases,

    uni-vos". Marx foi para a Blgica (Bruxelas) e participou junto com Engels da Liga dos

    Comunistas e escreveram o Manifesto Comunista e A ideologia alem em 1948.

    h) 1848-1849- Marx retorna a Alemanha e funda o jornal Nova Gazeta Renana que serfechado. Em 1849 Marx muda-se para Inglaterra (at a sua morte), com a sua famlia

    para o Soho, um bairro pobre de Londres. Engels volta a trabalhar na fbrica de tecidos

    do pai para ajudar materialmente o amigo.

    i) 1862- Para melhorar sua situao financeira, Marx se candidata a um cargo numacompanhia ferroviria inglesa, mas rejeitado por causa de sua pssima caligrafia. Estafoi a nica vez, que Marx procurou emprego remunerado.

    j) 1863-1864- Em 1963 o ano de incio da redao de O capital e morre Mary Burnsoperria irlandesa que foi casada com Engels. Em 1964 morre Henriette Marx, me de

    Marx, deixando-lhe uma herana.

    k) 1870- Engels vende sua parte na fbrica de Manchester e muda-se para a casa ao lado daMarx, passando a dedicar-se integralmente militncia e fornecendo uma ajuda

    financeira mais efetiva ao amigo.l) 1871- Insurreio em Paris - A comuna. Marx torna-se conhecido mundialmente.m)1881/1882- Morte de Jenny Marx.n) 1883- No dia 14/03 Marx falece, vitimado de uma pleurisia. Seu corpo enterrado no

    cemitrio de Highgate, em Londres.

    o) 1895- Morte de Engels, aps ter organizado e publicado diversos escritos deixados porseu amigo Marx.

    3- Influncias tericas de outros pensadores e fragmentos do pensamento

    marxista.

    3.1- Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).

    Foi o primeiro filsofo que influenciou na construo da filosofia marxista, principalmente

    atravs do grupo dos hegelianos de esquerda com o qual Marx teve contato na universidade. Hegel

    nasceu em Stuttgart na Alemanha e chegou a ser reitor da Universidade de Berlim. Foi o mais

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    importante filsofo do idealismo alemo ps-kantiano e seu sistema filosfico considerado como

    o ltimo grande sistema da tradio clssica (Marcondes, 2001:122).

    Hegel rompendo com a filosofia transcendental kantiana, reflete sobre os grandes eventoshistricos como a Revoluo Francesa e as guerras napolenicas. Danilo Marcondes assinalou que a

    filosofia de Hegel ressaltava a necessidade de:

    (...) examinar, em primeiro lugar, as etapas de formao da conscincia, tanto emseu sentido subjetivo, no indivduo, quanto em sentido histrico. (...) A filosofia deHegel dialtica, porm esta no deve ser vista a como um mtodo, mas como umaconcepo do real mesmo, a contradio constituindo a essncia das prprias coisas.(...) O seu sistema representaria assim o fim da filosofia, a superao da oposioentre diferentes sistemas e a sntese das verdades que todos contm, resultado de sua

    anlise das etapas do desenvolvimento do esprito.(Ibidem, 123).

    Madan Sarup afirmou em seu livro que Hegel considerava o pensamento como realidade e

    era um idealista, pois atribua maior importncia s idias do que aos objetos. Tinha a dialtica

    como o mtodo central em que a contradio (da tese) produzia uma sntese que se tornava uma

    nova tese (anttese) num nvel mais elevado. Sarup vai mais alm e prope que:

    Hegel afirmava que de acordo com esse processo que todas as mudanas, ahistria e o desenvolvimento das naes podiam ser compreendidos. Para Hegel, adialtica fundamentalmente um processo religioso ou metafsico; para ele, s a

    mente real e s as aes e efeitos mentais podem formar uma base para umaexplicao do mundo de nossa experincia. (1980:103).

    Marx utiliza as categorias hegelianas e a proposio dialtica para entender o concreto e

    buscar construir o conhecimento. Os seguidores da filosofia de Hegel eram divididos no grupo de

    direita, esquerda e centro, sendo que este ltimo grupo defendia os escritos originais deste filsofo.

    a) Hegeliano de direita: defendia o Esprito Absoluto como criador da realidade, umacriao, ento, com um fim previsto, carregando uma viso teleolgica da histria.

    (Andery, 396).

    b) Hegeliano de esquerda: opondo uma concepo liberal e democrtica a umaconcepo de Estado forte. Enfatizavam o homem como sujeito, concebendo-o como um

    ser consciente e ativo. (Ibidem).

    3.2- Ludwig Feuerbach (1804-1872).

    Feuerbach era tambm um hegeliano de esquerda e foi a segunda grande influncia para a

    formao do pensamento de Marx. Feuerbach nasceu em Landsut, na Bavria, Alemanha e estudou

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    filosofia e teologia e se ops a construo de sistemas filosficos. Rompe com o pensamento de

    Hegel em 1837 e passou a defender a idia de que a religio uma alienao do homem, os dolos

    religiosos so criados pelos homens que projetam suas esperanas em vez de realiz-las. Marx no

    texto Manuscritos economia y filosofia no livro de Andery cita o seguinte pensamento de

    Feuerbach:

    A filosofia nada mais que a religio trazida para as idias e desenvolvidadiscursivamente; que , portanto, to condenvel como aquela e no representa maisque outra forma, outro modo de existncia da alienao do ser humano. (Marx apudAndery 1999:399).

    Acreditava que os deuses so criaes humanas de acordo com a sua imagem e semelhana e

    os homens transferem para o Cu o ideal de justia que no consegue realizar na Terra.

    As idias so decorrncia da interao do homem com a natureza, de um homemque faz parte da natureza e que a recria em suas idias, a partir de sua interao comela.(Andery, 1999:402).

    Sarup em seu livro afirmou que Feuerbach desenvolveu uma Filosofia materialista que era

    uma inverso do hegelianismo e define que:

    (...) Feuerbach transformou o sujeito tradicional da Filosofia idealista num

    predicado, e o predicado tradicional, o Homem num sujeito. Partindo-se do Homem,o Homem concreto poderia ser libertado da subservincia que lhe era imposta pelametafsica hegeliana. Esse mtodo tomava como ponto de partida de toda a discussosocial e filosfica no o pensamento, a mente, a conscincia ou o esprito mas oHomem (1980:104).

    Marx escreve Teses sobre Feuerbach em que reconhece a superao de Feuerbach sobre a

    dialtica de Hegel, porm no foi capaz de analisar apropriadamente a autoconscincia e suas

    projees religiosas em termos de foras econmicas e sociais fundamentais. (Blackburn,

    1997:146). Marx influenciado por Feuerbach pela viso materialista na compreenso do homemassumindo que a matria existe independentemente da conscincia e que as idias so o material

    transposto [e] traduzido pela conscincia humana (Ibidem).

    3.3- Adam Smith (1723-1790).

    Marx l Adam Smith para critic-lo e reinterpreta algumas idias como o do valor do

    trabalho de Ricardo de uma forma oposta ao que foi formulado originalmente.

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    Adam Smith nasceu na Esccia, Reino Unido - Inglaterra, era de uma famlia rica, se tornar

    filsofo, economista, reitor da universidade de Glasgow e amigo de David Hume. Considerado o

    fundador da economia poltica liberal formulou idias sobre o sistema capitalista vejamos o que

    Danilo Marcondes escreveu sobre suas idias:

    Pensador otimista, acreditava que a verdadeira fonte de riqueza reside no trabalho,sendo que a quantidade de trabalho necessria produo de uma mercadoriadetermina seu valor de troca. (...) Contrariamente aos fisiocratas, Smith afirmava quea diviso internacional do trabalho, a livre troca e a concorrncia favorecem aproduo. Acreditava em uma mo invisvel que regularia o funcionamento domercado econmico, fazendo com que a economia se auto-ajustasse. (Marcondes,2001:250).

    3.4- Alguns conceitos para o entendimento da Teoria de Marx.

    Decidi incluir nesta pesquisa alguns conceitos bsicos necessrios para compreender o

    pensamento marxista. Retiramos alguns fragmentos do livro de Maria Andery que mostram um

    pouco do pensamento de Marx complementados com consulta a dicionrios de filosofia.

    a) Materialismo Mecanicista: contrape-se a teoria organicista iniciada por Aristteles em queas relaes entre objetos so governadas e determinadas por uma causalidade imanente e a

    natureza seria uma espcie de mquina com leis determinadas a priori. Na viso materialistaos fenmenos naturais so explicveis pela matria em movimento e o princpio metafsico

    da sua emergncia.

    b) Materialismo Histrico: uma concepo marxista da histria das sociedades humanas, emtodas as pocas, atravs dos fatos materiais, essencialmente econmicos e tcnicos.

    Enfatizando o mtodo dialtico em oposio ao materialismo mecanicista pelo socialismo

    proletrio. a procura da causa ltima e da grande fora que faz mover todos os

    acontecimentos histricos importantes no desenvolvimento econmico da sociedade, nas

    mudanas dos modos de produo e de troca, na conseqente diviso da sociedade em classes

    distintas e na luta das classes que se opem (Engels, apud Blackburn, 1997:240). A

    sociedade comparada a um edifcio no qual as fundaes, a infra-estrutura, seriam

    representadas pelas foras econmicas, enquanto o edifcio em si, a superestrutura,

    representaria as idias, costumes, instituies (polticas, religiosas, jurdicas, etc).

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    c) Materialismo Dialtico: uma concepo materialista da histria utilizado no pensamentomarxista em que o desenvolvimento e a transformao da sociedade ocorre atravs dos

    conflitos, da contradio, da luta de classes sociais e da revoluo (interpretao de

    Plekhanov e Lnin). Marx faz da dialtica hegeliana um mtodo e Engels a converte no

    mtodo do materialismo.

    O mtodo dialtico de Marx difere do hegeliano, pois considerava que o ideal o

    material, o concreto, transposto e trazido na cabea do homem. O modo de produo

    material condiciona o processo da vida social, poltica e espiritual e o ser social que

    determina a conscincia do homem.

    d)

    Materialismo humanista ou fenomenolgico: no livro Marxismo e Educao de MadanSarup afirma que o materialismo humanista tende a se concentrar em uma concepo

    ideolgica da sociedade se aproximando das estruturas econmicas e polticas (Sarup,

    1980:169) e acrescenta que este materialismo:

    (...) fornece uma descrio dessas fraquezas dessas perspectivas, apoiando-se emvrias disciplinas a fim de explicar as controvrsias descritas. (...) [entretanto eledefende a] adoo de um modelo fenomenolgico do Homem, seu uso de estudosantropolgicos, a importncia dos estudos em sala de aula e a rejeio de umafilosofia liberal da educao predominante em muitos pases ocidentais. (1980:1

    aba).

    e) Valor de Troca X Valor de Uso:O valor de troca corresponde ao aspecto quantitativo do trabalho, o valor correspondente ao

    tempo de trabalho realizado para produzir um determinado produto. O valor de uso corresponde

    ao aspecto qualitativo do trabalho, o valor correspondente entre o trabalhador e a sua atividade,

    entre o produto e outros homens.

    f) Superestrutura: segundo o pensamento marxista, o processo que ocorre em um certomomento histrico em que os modos de produo determinam as relaes de produo que

    formam as estruturas (ou base) econmica de toda a sociedade. Essa estrutura econmica

    por sua vez gera novas estruturas que se sobrepem a ela, constituindo a superestrutura

    (Marcondes, 2001:256). A estrutura econmica gera as superestruturas como a poltica, o

    direito, a religio, a arte, a cultura e a educao.

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    g) Alienao: Sarup associou a alienao no pensamento marxista com a noo de que oHomem importante para agir. As situaes histricas podem ser superadas pela ao que

    altera as circunstancias de vida das pessoas. Danilo Marcondes definiu alienao como:

    (...) o estado do indivduo que no mais se pertence, que no detm o controle de simesmo ou que se v privado de seus direitos fundamentais, passando a serconsiderado uma coisa. (...) Para Marx, a propriedade privada, com a diviso dotrabalho que institui, pretende permitir ao homem satisfazer suas necessidades; narealidade, ao separ-lo de seu trabalho e ao priv-lo do produto de seu trabalho, ela oleva a perder a sua essncia, projetando-a em outrem, em Deus. (2001:6).Hegel e Marx consideravam a relao do Homem com o mundo sendo que o primeiro

    defendia a posse do mundo pelo conhecimento e Marx dava nfase realidade concreta

    possuindo o mudo atravs do trabalho. Sarup vai mais longe e afirma:A sociedade que venha a abolir a alienao abolir no o trabalho, mas as suascondies alienantes. A abolio da diviso do trabalho implica a abolio dasdistines que impedem o homem de ser realmente humano. O advento docomunismo significar que os homens podem viver numa sociedade onde j noestaro alienados de si mesmos. Significar a soluo do conflito entre o Homem e aNatureza, e a realizao, por ele, da liberdade e de sua humanidade universal;(1980:111).

    h) A compreenso da sociedade: devia basear-se na compreenso de suas relaes econmicase no entendimento das suas relaes histricas, polticas e ideolgicas.

    i) O trabalho: a caracterstica fundamental do homem e a base da sociedade. O homem se fazhomem, constri e transforma a sociedade e faz a histria atravs do trabalho. O trabalho

    uma categoria especial que permite explicar o mundo, a sociedade, a constituio do homem,

    o passado e antever o futuro atravs de propostas transformadoras.

    j) A dialtica: ocorre atravs das contradies, dos conflitos, dos antagonismos que constituema histria e a transformao da sociedade.Os saltos qualitativos ocorrem atravs das

    revolues provocados pelos conflitos em que os homens so envolvidos.

    k) A Histria: feita pelos prprios homens. " o homem que faz a Histria, mas num meioque o condiciona" (Engels, apud Site Conscincia Poltica).

    l)

    Homem (concepo materialista): o homem parte da natureza, mas no se confunde comela, pois a transforma de acordo com a sua necessidade e neste processo, faz-se homem. Marx

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    identifica e distingue homem e natureza, e naturaliza e humaniza o homem e a natureza. O

    homem constri e transforma a si mesmo e a prpria natureza, por isso o homem se torna um

    produzido produtor do que o produz (Pinto, 1979, p.85, apud, Andery).

    m)Prxis: consultando o dicionrio de Ferrater Mora O marxismo foi apresentado, alis, comouma filosofia da prxis por A.Gramsci.(2001:2347), sendo que a prxis para Marx a

    unio da teoria com a prtica. Para Sarup a prxis representa a noo de que o homem a

    sua atividade (1980:102).

    4 Uma breve reflexo sobre Freud e a psicanlise.Em 6 de maio de 1856 nasce Sigmund Freud, mdico austraco e fundador da psicanlise e

    autor da obra A Interpretao dos Sonhos, na cidade Freiberg, Morvia (hoje Pribor), na atual

    Repblica Tcheca, ento parte do Imprio Austraco. Filho de Jacob Freud, e de Amalia Nathanson,

    sua terceira esposa, registrado com o nome Schlomo Sigismund. Aos 22 anos ele muda o prenome

    para Sigmund. Segundo o costume de certas famlias judaicas, ele teria recebido tambm um

    segundo prenome: Schlomo.

    Freud publicou o seu primeiro livro em 1895, onde consideramos o incio da sua influncia.Freud comeou seus estudos com a hipnose e com as histricas (mtodo catrtico), juntamente com

    seu orientador o fisiologista francs Jean Martin Charcot ltimo grande representante da psiquiatria

    dinmica e seu professor Josef Breuer, porm somente em 1900 com A interpretao dos sonhos

    o marco do incio da psicanlise (mtodo da livre associao de idias).

    Freud formou-se em medicina, tendo-se especializado em neurologia. Foi atravs da

    reflexo dos dados que recolheu junto dos seus pacientes, das observaes que fez sobre si prprio,

    bem como do debate que sempre estabeleceu com os investigadores seus contemporneos, queFreud foi procurar o significado mais profundo das perturbaes psicolgicas. Seria impossvel

    compreender os processos patolgicos se s se admitisse a existncia do consciente.

    A grande revoluo introduzida por Freud consistiu na afirmao da existncia do

    inconsciente que seria uma zona do psiquismo humano constituda por pulses (processo dinmico

    que orienta e pressiona o organismo para determinados comportamentos, atitudes e afetos),

    tendncias e desejos fundamentalmente de carter afetivo-sexual, a qual no passvel de

    conhecimento direto, como acontece com o consciente. Existe tambm o pr-consciente que faz aligao entre o consciente e o inconsciente.

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    Psicanlise a cincia do inconsciente que foi fundada por Sigmund Freud. Um mtodo de

    investigao, que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das

    aes, das produes imaginrias (sonhos, fantasias, delrios) de um sujeito. Este mtodo baseia-se

    principalmente nas associaes livres do sujeito, que so a garantia da validade da interpretao. O

    estudo terico, a anlise didtica de cada participante e a superviso so partes fundamentais no

    processo de formao de um analista.

    O mtodo usado por Freud com os seus doentes foi o mtodo de associao de idias em que

    o paciente dever dizer livremente o que lhe vem ao esprito e expressar os afetos e as emoes

    sentidas, sem se preocupar com uma descrio lgica ou com o sentido das suas afirmaes. O

    objetivo seria recordar e/ou reviver os acontecimentos traumticos recalcados, interpret-los e

    compreend-los, de forma a dar ao ego a possibilidade de um controle sobre as pulses. Todo este

    processo se desenrola num cenrio adequado: um div onde, deitado e relaxado, o sujeito fala de si,

    conta, sonha, descreve fantasias, recorda fragmentos de vida, questiona o que o surpreende. Mesmo

    o que lhe parece insignificante e sem sentido deve ser contado. Por detrs do div, o psicanalista

    escuta com ateno, tenta compreender o paciente e a forma como ele prprio sente o que

    expresso.

    medida que o material significativo emerge, o paciente resiste, tornando-se difcil o

    processo analtico, pois, apesar do paciente se sentir compreendido, a anlise causa sofrimento.

    Cabe ao psicanalista favorecer o ultrapassar da resistncia, isto , a tentativa de impedir ou adiar a

    vinda do inconsciente do material recalcado, por parte do paciente. O processo de resistncia est

    relacionado com a importncia que os acontecimentos tm na realidade ou na fantasia do indivduo.

    O analista deve tambm prestar ateno aos atos falhos, chistes e principalmente nos sintomas do

    paciente.

    Atravs do trabalho do Freud, o homem percebeu o poder de seu desejo e que todo o

    positivismo, toda rigidez moral no seria capaz de dominar a natureza humana; j que tal natureza

    encontrava-se estruturalmente cindida, entre uma parte pequena e passvel de controle - que era a

    conscincia - e outra parte insondvel, incontrolvel e pulsional, que era o inconsciente.

    Contribuies da Psicanlise: de um modo geral, a teoria freudiana tem tido um forte

    impacto sobre a Psicologia. Alguns conceitos de Freud tiveram ampla aceitao.

    Apesar das criticas de falta de rigor cientfico e de fraqueza metodolgica, a Psicanlise

    continua a ser uma importante fora da Psicologia de hoje. A admisso do inconsciente na

    Psicologia e a existncia de uma sexualidade infantil so um legado da obra de Freud.

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    5 Concluso: uma breve associao entre a Teoria de Marx com a de

    Freud atravs do pensamento de Erich Fromm.

    Realizando uma pesquisa sobre Erich Fromm, constatamos que ele nasceu na Alemanha em

    Frankfurt em 23 de maro de 1900 e morreu em Muralto, na Sua em 18 de maro de 1980.

    Descendente de uma famlia de judeus (seu pai, Naftali Fromm, era comerciante de vinhos, e sua

    me, Rosa, dona de casa), Erich Fromm tinha apenas 14 anos e ainda morava na Alemanha quando

    explodiu a 1 Guerra Mundial (1914/18). Aps cursar filosofia na Universidade de Heidelberg, foi

    fazer especializao em psicanlise na Universidade de Munique e no Instituto Psicanaltico de

    Berlim, fundado por Freud.

    Fromm foi um psicanalista alemo, filsofo e socilogo e foi um dos fundadores do Instituto

    de Pesquisa Social de Frankfurt, que mais tarde se tornaria conhecida como Escola de Frankfurt, ao

    lado de Karl Korsch, Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin e Herbert Marcuse. Aps

    a ascenso do nazismo, Fromm, tal como muitos intelectuais de sua poca, abandona a Alemanha e

    vai para os Estados.

    Doutor em filosofia, Fromm estabeleceu um relacionamento entre o marxismo e a psicanlise.

    Nos ltimos anos de sua vida, comeou a estudar a agresso. A correlao direta entre o conceitomarxista de ideologia e o conceito psicanaltico de racionalizao veio a ser feita por Fromm (1971,

    p. 153-4), no artigo Mtodo e Funo de uma Psicologia Social Analtica, onde ele afirma:

    A Psicanlise pode mostrar que as ideologias do homem so produtos de certosdesejos, impulsos instintivos, interesses e necessidades, os quais, em grande medida,inconscientemente, encontram sua expresso como racionalizaes isto , comoideologias. A Psicanlise pode mostrar que, embora os impulsos instintivos sedesenvolvam, de fato, na base de instintos biologicamente determinados, a suaquantidade e contedo so grandemente afetados pela situao ou classe scio-

    econmica do indivduo. Marx diz que os homens so os produtos de suas prpriasideologias; a psicologia social analtica pode descrever empiricamente o processo deproduo de ideologias, da interao dos fatores naturais e sociais. Portanto, aPsicanlise pode mostrar como a situao econmica transformada em ideologia,atravs dos impulsos do homem. Unidos.

    Fromm critica aqueles que deformaram o pensamento de Marx, transformando-o num

    economicista e empobrecendo o seu pensamento e tambm critica Freud e sua concepo de homem

    como ser fechado e movido pelas foras da autopreservao e instintos sexuais (Fromm, 1977). As

    crticas de Fromm a Freud (1977; 1980) abrem espao para ele partir da concepo de natureza

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    humana em Marx e assim apresentar uma renovao da psicanlise num sentido freudo-marxista,

    indo alm de vrias outras tentativas neste sentido, tais como a de Osborn (1966), Reich (1973),

    entre outros.

    Nildo Viana afirmou que Fromm parte da idia de natureza humana para unir Marx e Freud e

    elaborar sua concepo de psicanlise. A sociedade de classes produz a alienao e esta uma

    negao da natureza humana. A psicologia de Marx, assim como sua filosofia, uma teoria da

    atividade humana e a maneira mais adequada para descrever a definio de homem de Marx a de

    um ser de prxis (...) (Fromm, 1977, p. 63). Para Fromm vivemos em uma sociedade capitalista

    motivada e cultivada a partir do seu exterior, das exigncias econmicas e sociais do industrialismo.

    Divertir-se consiste principalmente na satisfao de consumir e tomar mercadorias,paisagens, alimentos, bebidas, cigarros, pessoas, conferncias, livros, filmes, tudo consumido, engolido. O mundo um grande objeto para o nosso apetite: uma grandema, uma grande garrafa, um grande seio... Como poderemos deixar de serdesiludidos se o nosso nascimento se detm no seio materno, se no somos nuncadesmamados, se continuamos sendo bebs crescidos...? (FROMM, 1983, p. 166).

    Achei bastante interessante essa disciplina, pois tivemos muitos instantes de debates sobre as

    idias de Freud, Marx e Fromm. Acredito que possamos aprofundar futuramente, quem sabe atravs

    de um grupo de estudo?

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    Referncias Bibliogrficas.

    ANDERY, Maria Amlia (coord.), Para Compreender a Cincia - Uma perspectiva histrica, SP,

    Editora da PUC-SP, 1999.

    BOCK, Ana M.B., FURTADO, Odair, TEIXEIRA, Maria de Lourdes, Psicologias: Uma introduo

    ao Estudo de Psicologia, 5. ed.ref. So Paulo: Saraiva, 1993.

    FREUD, Sigmund. Obras Psicolgicas Completas. Verso 2.0.

    FROMM, Erich.A Crise da Psicanlise. Freud, Marx e a Psicologia Social. 2 edio, Rio de

    Janeiro, Zahar, 1977.

    FROMM, E. Mtodo e funo de uma psicologia social analtica. In: FROMM, E. Crise da

    psicanlise: ensaios sobre Freud, Marx e Psicologia Social. Traduo de lvaro Cabral. Rio de

    Janeiro: J. Zahar, 1971. Cap. III. p.142.

    FROMM, E. O medo liberdade. Traduo de Octvio Alves Velho. 14. ed. Rio de Janeiro:

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    10. ed. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1983b.

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    JAPIASS, Hilton & MARCONDES, Danilo. Dicionrio Bsico de Filosofia. Rio de Janeiro:

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    INTERNET: Pensamentos de Engels, http://www.consciencia.net/citacoes/ef/engels.html, consulta

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