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XX 97 02 a 04/06/2012 * Chefe de gabinete de Edinho ganha R$ 7mil e não vai à Casa - p.20 * Jogo de bicho tem ponto fixo na Câmara de Belo Horizonte - p.27 * Corrupção ainda é pouco punida no País, afirma CNJ - p.36

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XX 97 02 a 04/06/2012

* Chefe de gabinete de Edinho ganha R$ 7mil e não vai à Casa - p.20

* Jogo de bicho tem ponto fixo na Câmara de Belo Horizonte - p.27

* Corrupção ainda é pouco punida no País, afirma CNJ - p.36

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Justiça preserva cavernas MINERAÇÃO - Liminar restringe exploração de jazidas nas

proximidades de cavidades naturais em dois municípiosGustavo Werneck

Mais atenção e defesa para as cavernas e grutas de Minas, estado com cerca de 30% do patrimônio espeleo-lógico do país. O Ministério Público Federal, em parceria com o Ministério Público estadual, obteve na Justiça Fe-deral liminares para a proteção de importantes bens nacio-nais, informou ontem a procuradora da República Mirian Moreira Lima. As decisões foram proferidas pelo juiz da 20ª Vara Federal, em ação proposta no ano passado. Segundo a procuradora, o mesmo juiz havia negado anteriormente o pedido, sob argumamento de não ter sido demonstrada a urgência da medida.

Desta vez, com a reiteração do pedido diante de duas situações concretas, explicou a procuradora, o magistrado atendeu os requerimentos e proibiu o estado de Minas Ge-rais de conceder qualquer licença ou autorização ambiental relacionada às áreas onde estão localizadas duas cavernas, em Itabirito e Conceição do Mato Dentro, na Região Cen-tral. “Na prática, as decisões impedem a destruição dessas estruturas naturais por atividades de mineração. Consegui-mos essa e conseguiremos outras liminares para proteger o patrimônio mineiro”, disse.

Em Itabirito, a 55 quilômetros de Belo Horizonte, a Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvol-vimento Sustentável (Supram) Central Metropolitana deu autorização para que a própria empresa mineradora decidis-se o raio de proteção da caverna VL-47, situada na área do empreendimento. “Isso significa que o órgão ambiental de-legou ao próprio empreendedor, interessado na exploração

do minério, a definição do raio de proteção da cavidade. Ob-viamente, a empresa disse que a VL-47 não tinha qualquer relevância e pretendia reduzir de 250 para apenas 48 metros seu raio de proteção”, destacou a procuradora da Repúbli-ca.

No outro caso, a caverna sob ameaça fica na área de implantação do mineroduto Minas-Rio, em Conceição do Mato Dentro, a 175 quilômetros da capital. O Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais (Copam) recebeu pedi-do da empresa exploradora para redução do raio de proteção da cavidade CAI03, de 250 para 100 metros. “Essa caver-na, considerada de alta relevância e de rara beleza, tem 396 metros quadrados e está em área coberta por mata atlântica, com ocorrência do lobo-guará e do gato-do-mato-pequeno, espécies em extinção. Além do risco de dano ao patrimô-nio espeleológico, a diminuição do raio de proteção implica dano ambiental decorrente da supressão da mata”, destaca a representante do MP.

Em ambos os casos não foram feitos estudos especí-ficos para determinar as características e relevância das cavidades, porque Minas não dispõe, nos quadros de suas Suprams, de técnicos com formação e conhecimento na área de espeleologia. Com isso, segundo o MP, o estado não tem condições de analisar os estudos técnicos apresentados pe-los empreendedores.

O juiz determinou que as licenças somente poderão ser concedidas depois da devida avaliação de cada cavidade por profissional especializado. Se ficar demonstrado que o esta-do não pode fazê-lo, o Ibama deve assumir os trabalhos.

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Flávia Ayer

A comunidade do Bairro San-ta Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, acionará o Ministério Público (MP) estadual contra a pro-posta da prefeitura de ocupar o mer-cado distrital do bairro com a Escola Profissionalizante Automotiva do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).

Segundo os moradores, o pro-jeto fere as normas da Área de Di-retrizes Especiais (ADE) do Santa Tereza, perímetro protegido por re-gras diferenciadas, com objetivo de manter as características históricas e culturais do reduto boêmio da capi-tal.

A decisão de procurar o MP foi tomada ontem, durante reunião no Colégio Tiradentes, na Praça Duque de Caxias, para discutir o destino do mercado, fechado há cinco anos. A regulamentação da ADE define que o bairro pode receber escolas profis-sionalizantes, desde que a área máxi-ma do empreendimento seja de 400 metros quadrados. Pela proposta do Senai e da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), apresen-tada terça-feira a representantes da comunidade, a escola extrapolaria esse limite e iria ocupar toda a par-te coberta do mercado, que tem área total de 4 mil metros quadrados.

Além da escola, o Senai preten-de criar uma área de lazer, com pis-tas de caminhada e teatro de arena, onde atualmente está o estaciona-mento do mercado. “É difícil lutar contra uma escola, mas ela não está no perfil do bairro.

O projeto não se atém à lei”, afirma Yé Borges, de 59 anos, mora-dor de Santa Tereza desde que nas-ceu e ex-presidente da associação comunitária local. Para o morador Carlos Porfírio, de 52, a prefeitura agiu de forma arbitrária ao definir um uso privado para o espaço cole-

santa teReZa

Moradores recorrem ao Ministério Público Proposta da PBH de ceder o espaço do antigo mercado distrital para implantação de uma escola

profissionalizante do Senai é rechaçada pela comunidade do bairrotivo. “É uma privatização do espaço público”, alerta. A preocupação de Clóvis Alberto Farias Mares, dono de um bar em frente ao mercado, é que o local volte a ser ocupado. “Hoje, ali tem tudo de ruim: rato, barata, escor-pião, lixo”, diz. Com a volta da dis-cussão sobre a ocupação do Distrital, a intenção dos moradores é buscar apoio de outros bairros e retomar o projeto do Mercado Mineiro de Santa Tereza.

A proposta da Associação Comu-nitária manteria os feirantes e criaria espaços de cultura e gastronomia, além de uma incubadora de grupos artísticos. Para levar a ideia à frente, a comunidade do bairro se espelha na experiência dos moradores do Bairro Cruzeiro, na Região Centro-Sul.

Eles encamparam ao longo do ano passado luta para derrubar proje-to da prefeitura de transformar o Dis-trital do Cruzeiro em complexo com 1,9 mil vagas de estacionamento, dois hotéis, centro comercial e gas-tronômico, além de espaço para os atuais permissionários do mercado.

entenda o caso- Construído no fim da década de

1960, o Mercado Distrital de Santa Tereza foi fechado em 2007, sob pro-testo de moradores.

- Em 2008, a prefeitura deci-diu transformar o espaço em sede da Guarda Municipal. A comunidade protestou e promoveu um plebiscito em que optou por dar uma destinação cultural e gastronômica ao espaço.

- No mesmo ano, a população pôde votar pela internet em três pro-jetos para o local. Um deles seria a construção de um mercado de convi-vência para manter a identidade e ca-racterística do bairro, proposta cha-mada de Mercado Mineiro de Santa Tereza.

- A associação dos moradores denunciou fraude no processo de vo-tação. O MP entrou com ação civil pública e cancelou a eleição.

- Agora, a prefeitura apresenta novo projeto para o espaço, que será ocupado pela Escola Profissionali-zante Automotiva do Serviço Nacio-nal de Aprendizagem Industrial (Se-nai).

Fechado desde 2007, prédio está abandonado e continua a ser alvo de disputa entre a população do bairro e a administração municipal

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PiraporaMinistério Público

não consegue impedir a festa

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KARINA ALVESQuando o assunto é internet,

a maioria das pessoas associa, de imediato, palavras como “com-partilhar”, “curtir”, mas são pou-cos os que atentam para o risco escondido por trás da exposição nas redes. O episódio de invasão de privacidade vivido recente-mente pela atriz Carolina Dieck-mann, além da grande exposição, chamou atenção pelo tempo re-corde entre a descoberta do crime e a identificação dos suspeitos, que foi de pouco mais de uma se-mana. Bem diferente do que vive o cidadão comum, que precisa es-perar entre seis e oito meses para solucionar uma situação seme-lhante.

No Estado, investigações concluídas pelo Ministério Públi-co de Minas Gerais (MPMG) e pela Polícia Civil seguem para o Tribunal de Justiça, mas falta uma vara específica para julgar esses crimes. Os casos são distribuídos aos juízes de forma aleatória.

Segundo o juiz Haroldo André Toscano, titular da 2ª Vara Crimi-nal, o procedimento de quebra de sigilo não acontece em menos de dois meses. “A apuração de crime cibernético não é convencional. As coisas na internet acontecem de forma muito rápida. Então, a resposta tem que ser imediata”, avaliou Thiago Tavares, presi-dente da Safernet, organização de defesa dos direitos humanos na internet.

Dados da Promotoria Estadu-al de Combate a Crimes Ciberné-ticos de Minas Gerais (Pecciber) mostram que os crimes contra a honra, que incluem injúria, calú-nia e difamação, representam 25% das denúncias recebidas entre ju-nho de 2008 e março de 2012.

Ficam atrás apenas das denúncias de estelionato, que respondem por 56% do total. A promotoria não forneceu números absolutos. Considerando as estatísticas de 2009 a 2011 da Delegacia Espe-cializada de Investigação de Cri-mes Cibernéticos (Deicc), todos os casos de difamação e calúnia aumentaram nos últimos três anos. Enquanto em 2009, foram investigados 71 casos de difama-ção, em 2011 foram 86. Os casos de calúnias feitas pela internet passaram de 12 para 18 no mes-mo período.

Vítima de violação em suas contas de e-mail e redes sociais, uma jornalista de 23 anos, que pe-diu para não ter o nome divulgado, acionou a polícia para descobrir o invasor. “A sensação é péssima. A gente se sente vulnerável. É revoltante saber que todas as mi-nhas informações foram parar nas mãos de um estranho”. O invasor se passou por ela para conversar com um de seus contatos, o que, de acordo com a delegacia, confi-gura crime de falsa identidade.

O caso da jovem é investi-gado pela Deicc. Mas a solução pode demorar muito. Um inves-tigador da unidade informou que só a quebra de sigilo do invasor deve demorar três meses.

Quebra de sigilo

Resistência de sites compromete as investigações

Além da falta de amparo le-gal para agilizar as investigações sobre crimes cibernéticos, apenas sete Estados brasileiros contam com delegacias especializadas para averiguar as denúncias. “Os brasileiros que vivem nesses 20

Estados que não contam com de-legacias especializadas não têm outra saída a não ser fazer um bo-letim de ocorrência em uma dele-gacia de bairro, que não terá a es-trutura necessária e muito menos policiais treinados para investiga-rem o caso”, criticou o presidente da Safernet, organização de defe-sa dos direitos humanos na rede, Thiago Tavares.

Além de Minas, Rio de Janei-ro, Paraná, Espírito Santo, Distri-to Federal, Rio Grande do Sul e São Paulo contam com delegacias específicas, sendo que o último investiga somente crimes de or-dem financeira.

Thiago Tavares avalia que Minas tem uma posição privile-giada, mas ainda está longe de ser o cenário ideal. “Minas tem a primeira promotoria criada para investigar esse tipo de crime. O Estado mostra que está se orga-nizando para atender aos desafios da internet e tem uma estrutura mínima, mas que ainda não é a ideal”.

A promotora Vanessa Fusco, coordenadora da Promotoria Es-pecializada em Crimes Ciberné-ticos e o delegado Pedro Uchoa, titular da delegacia especializada, criticam a demora dos provedores no fornecimento de dados neces-sários às investigações. “Alguns provedores fornecem dados inde-pendentemente de ordem judicial, quando é algo que não implica quebra de sigilo. Mas muitos de-les atrasam o trabalho das autori-dades”, avaliou a promotora. Atu-almente, o Twitter, o Wordpress e o Myspace não têm representação legal no Brasil. Recentemente, o Facebook criou uma ferramenta para manter contato direto com as autoridades. (KA)

cRimes ciBeRnÉticos

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Diego AbreuPublicação: 03/06/2012 04:00 Brasília – Os 15 integrantes da comissão de refor-

ma do Código Penal se dedicarão nos próximos dias aos ajustes finais no texto do anteprojeto que vai ser encami-nhado no dia 27 ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Desde o começo do ano, o grupo se reúne duas vezes por semana para modernizar a legislação, criada em 1940, e que sofreu apenas alterações pontu-ais nas últimas décadas. Os juristas não se furtaram ao debate de nenhum tema. Avançaram sobre polêmicas e, assim, admitiram, por exemplo, a possibilidade do aborto até a 12ª semana de gestação e a descriminaliza-ção do uso de drogas.

Dezenas de alterações ao código foram propostas pelos juristas. A comissão conseguiu chamar a atenção da sociedade e da opinião pública. Mas a “revolução” apontada pelo presidente do colegiado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp, só será efetivada caso o Congresso Nacional mantenha o nú-cleo central do texto que está sendo concluído pelos ju-ristas.

A comissão volta a se reunir no dia 11. Os integran-tes vão debater ainda a criação de tipos penais específi-cos para a tortura e vão se dedicar à redação dos concei-tos de cada crime e da introdução do código. Segundo Dipp, nesse período os juristas também se dedicarão à

modulação e realinhamento das penas.Na avaliação do ministro, a diversidade do colegia-

do foi fundamental para o bom andamento dos trabalhos. “A comissão é composta de advogados, magistrados, integrantes do Ministério Público e professores univer-sitários. Ou seja, todos os segmentos do pensamento ju-rídico penal estão ali representados, cada um trazendo as suas experiências profissionais, sua ideologia em ma-téria penal, a sua concepção de vida e de valores, e suas características religiosas. O nosso parâmetro é fazer do código o centro do sistema penal brasileiro”, destacou o ministro.

No entanto, Dipp alerta que esta não é a primeira vez que se propõe a reforma do código, mas se mostra otimista quanto a efetivação das mudanças sugeridas. “As propostas anteriores, feitas por meio do Ministé-rio da Justiça, nunca chegaram ao fim. Essa pelo me-nos nasceu dentro do Senado, formada pelo presidente Sarney, que mais indicações para integrantes recebeu das lideranças partidárias. Chegou um momento em que havia 40 indicações para a composição dessa comissão. A Mesa do Senado reduziu para 16 (uma das integrantes não participou das reuniões devido a um problema de saúde na família). As lideranças realmente sabiam que é um código de condutas da sociedade brasileira. É a interferência do Estado naquilo que há de mais sagrado na vida do cidadão, que é a liberdade.”

leGislaÇÃo

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tentativa

Conciliação é o primeiro passo

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em dia com a PolÍtica - Projeto polêmicoBaptista Chagas de AlmeidaUma proposta de emenda

constitucional (PEC) em trami-tação na Câmara dos Deputados prevê que qualquer ocupante de cargos públicos e eletivos e orde-nadores de despesa possa ter seus sigilos bancário e patrimonial abertos automaticamente pelo Ministério Público. O projeto já

vem sendo bombardeado como inconstitucional, mas o autor da proposta, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), garante que ele é legal, já que o MP pode con-ferir alguma suspeita de irregula-ridade, mas sob garantia de sigi-lo, não pode tornar a informação pública. É polêmico, mas é tam-bém moralizador.

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André Luis Alves de Melo - Promotor de Justiça, mestre em direito público e professor universitário

O objetivo deste texto é discutir os limites dos termos constitucionais “normas gerais” no artigo 134 em confron-to com a “autonomia dos estados” prevista no artigo 25, ambos da Constituição Federal, analisando a inconstitucio-nalidade do artigo 99 da Lei Complementar 80/94 (Lei Or-gânica da Defensoria Pública).

Sem dúvida é importante assegurar aos carentes o di-reito de acesso ao Judiciário, bem como discutir a forma de efetivar esse direito, ressaltando que a assistência jurídica não é atividade privativa do Estado, embora seja essencial, assim como as outras de assistência como a médica, social e outras. Porém, considerando o relevante papel da Defen-soria, a qual tem uma atividade, não exclusiva, de assistir o cliente carente, e que esse limite entre proteger e controlar é muito próximo, como leciona Michael Foucault. Logo, é preciso muito cautela ao se permitir uma espécie de substi-tuição processual do carente, pois o cliente nesse caso per-de o controle da ação. De fato, é como se ficasse apenas na arquibancada do jogo processual e não no campo.

A rigor, a Constituição Federal não define a forma de escolha do defensor geral. Aliás, em momento algum do texto constitucional existe o termo “defensor-geral”. Logo, a Constituição não estabeleceu que o defensor-geral fosse escolhido pelos integrantes da carreira e nem eleito entre eles próprios. O fato de constar apenas recentemente que é uma instituição autônoma na CF, não torna constitucional a forma restritiva de escolha do cargo de chefia prevista na LC 80/94.

A questão agrava-se ainda mais em se tratando dos estados, pois a CF permitiu apenas que lei complementar tratasse de “normas gerais”, logo não caberia a uma lei fe-deral definir como seriam os critérios de seleção do defen-sor-geral dos estados, pois isso viola frontalmente o pacto federativo. Da mesma forma que cabe aos estados definir a forma de escolha dos seus advogados-gerais/procuradores-gerais, também cabe aos mesmos definir a forma de seleção dos defensores-gerais.

A autonomia os estados é princípio sensível do pacto federativo e está expressa no artigo 25 e outros da CF. Ape-nas ela poderia ter delimitado a forma de escolha do defen-sor-geral estadual. A Constituição também não define que o defensor-geral deve ser votado ou que tenha mandato. Nada impede que os estados adotem o formato de escolha previsto na LC 80/94, mas não podem ser obrigados, como vem prevalecendo.

Portanto, seria importante que o estado pudesse optar por um formato de escolha mais democrático, inclusive concedendo direito de voto e até de candidatura aos carentes ou entidades ligadas aos mesmos, não ficando a Defensoria fechada para que apenas seus membros pudessem escolher e candidatar ao cargo de defensor, o que gera exclusão até

mesmo interna, pois os servidores de apoio não votam nem podem se candidatar.

Considerando conhecida a luta de classes e a proposta da assistência jurídica de reduzir desigualdades sociais, não se pode ter um modelo de votação verticalizado e limitado a uma categoria. Logo, os estados podem optar pela livre escolha do defensor-geral, com ou sem mandato, ou então estabelecer um modelo de votação com ampla participação de outros setores ligados aos carentes, sociais ou estatais, além de poder ampliar a legitimidade para se concorrer ao cargo de defensor-geral. Caso contrário, se for mantido o atual sistema, acabará por ser um modelo de controle e não de assistência.

O fato de a Defensoria ter autonomia não significa que o defensor-geral deva ser escolhido apenas entre os defensores e por voto desses. Afinal, as autarquias têm au-tonomia, e não se adota esse modelo restritivo de escolha. Inclusive, a lei estadual poderia autorizar o governador a escolher um servidor de carreira da própria Defensoria e que não seja defensor, mas a lei complementar federal limi-tou indevidamente.

A assistência jurídica insere-se no conceito de assistên-cia pública previsto no artigo 23, II, da Constituição, logo é atividade de cunho privado, mas exercido pelo estado como ação social complementar. Esse modelo de escolha com vo-tação pelos membros foi previsto apenas para o Ministério Público Estadual e na Constituição Federal, nem mesmo o MP federal adota o modelo de escolha do procurador-geral da República em lista pelos membros do MPF, pois neste caso a CF apenas restringe que o chefe do Ministério Públi-co da União deverá ser integrante da carreira.

Entendimento contrário permitiria que se decidisse por lei que os ministros do Supremo Tribunal Federal pudes-sem ser escolhidos mediante lista prévia tríplice a ser reme-tida ao presidente da República, ou também com relação ao procurador-geral da República. Contudo, no caso do PGR nem há limitação de reconduções em razão da ausência de regra constitucional. Logo não é crível que a lei da Defen-soria limite o número de reconduções e até mesmo que crie mandato sem previsão constitucional. Também não pode a Lei Orgânica da Magistratura prever eleição para escolha para os dirigentes dos tribunais com participação de todos os juízes sem previsão legal.

Dessa forma, o papel de assistência jurídica prestado pela Defensoria, o qual é uma assistência pública relevan-te, mas sem poder de polícia, por se tratar de atividade as-sistencial, deve adequar-se à necessidade local do Estado, sendo importante que a LC 80/94 obedeça aos ditames constitucionais sem limitar a atividade do Executivo.

Logo, é parcialmente inconstitucional o artigo 99 da Lei Complementar 80/94, por extrapolar o termo “normas gerais” previsto no artigo 134, §1º, e o pacto federativo (ar-tigos 25 e 60, §4º, I,) ambos da CF.

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Inconstitucionalidade na lei de escolha do defensor geral estadual

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Sérgio Santos RodriguesOs requisitos básicos para a configuração do dever de indenizar

são claros: ato (ação ou omissão) ilícito, nexo causal e ocorrência de dano. É o que se extrai da leitura do artigo 927 do Código Civil (CC): “Aquele que, por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Em casos de acidente com au-tomóvel, não restam dúvidas que o causador do acidente deve arcar com os prejuízos decorrentes do mesmo, seja de ordem material, moral ou até mesmo estética. Certamente, como “o que não está nos autos não está no mundo”, a apuração do responsável pelo acidente deve ser feita por perícia caso não haja confissão por parte do autor.

Embora tal situação não comporte divergências, algumas va-riáveis em casos dessa natureza são muito discutidas em doutrina e jurisprudência e uma das que mais ensejam dúvida é quanto à res-ponsabilidade do proprietário do veículo pelo pagamentos dos danos se ele não estiver presente no acidente, em caso de pessoa física, ou em caso de pessoa jurídica, quando a responsabilidade poderia ocorrer.

Quanto a essa última hipótese, frequentemente recorre-se ao que determina o artigo 932, IV do CC para verificar se há a responsa-bilidade civil da pessoa jurídica proprietária do automóvel. Determi-na aquele dispositivo legal: “Artigo 932. São também responsáveis pela reparação civil: (...) III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”. Assim, alguns defendem a tese de que a pessoa jurídica só seria responsável se o condutor do veículo tivesse vínculo empregatício ou contratual com ele e o estivesse usando em serviço.

Já em relação à pessoa física, também há correntes que procu-ram isentar de responsabilidade o proprietário de veículo que sequer estava presente no acidente, sob a alegação de que o ato ilícito foi praticado por terceiro, de modo que aquele não concorreu ou não poderia ter evitado o evento danoso.

Todavia, tais posicionamentos não são os que a doutrina e ju-risprudência atuais seguem. Analisando a questão sob outro prisma, predomina o pensamento de que o proprietário, independentemente da circunstância, tem o dever de guarda sobre o bem, devendo, as-sim, ser responsável pelo ato ilícito causado por seu uso.Rui Stoco, em seu Tratado de responsabilidade civil (6ª edição, Editora Revis-ta dos Tribunais, pp. 1.539/1.540) ensina: “A responsabilidade pela reparação dos danos é, assim, em regra, do proprietário do veículo, pouco importando que o motorista não seja seu empregado, uma vez que sendo o automóvel um veículo perigoso, o seu mau uso cria a

responsabilidade pelos danos causados a terceiros, nos termos do artigo 186 do Código Civil (de 2002), independentemente de qual-quer outro dispositivo legal. A responsabilidade do proprietário do veículo não resulta de culpa alguma, direta ou indireta. Não se exige a culpa in vigilando ou in eligendo, nem qualquer relação de subor-dinação, mesmo porque o causador do acidente pode não ser subor-dinado ao proprietário do veículo, como, por exemplo, o cônjuge, o filho maior, o amigo, o depositário etc. Provada a responsabilidade do condutor, o proprietário do veículo fica necessária e solidaria-mente responsável pela reparação do dano, como criador do risco para os seus semelhantes.

Confiando o veículo a outrem, filho maior ou estranho, o pro-prietário assume o risco do uso indevido e como tal é solidariamente responsável pela reparação dos danos que venham a ser causados por culpa do motorista. É a responsabilidade pelo fato da coisa, con-soante tem sido reconhecido, inclusive pelo Supremo Tribunal Fede-ral (RTJ, 84/930 e 58/905).

Ao proprietário compete a guarda da coisa. A obrigação de guarda presume-se contra ele. Pelo descumprimento do dever de guarda do veículo, o proprietário responde pelos danos causados a terceiros, quando o mesmo é confiado a outrem, seja preposto ou não (Wladimir Valler, op. cit., p.88-89). Como se vê, a responsabilidade do proprietário do veículo, que é presumida, não exclui a do causa-dor mediato do acidente (terceiro que o dirigia). Ambos respondem solidariamente pelo evento, podendo a vítima acionar ambos ou qualquer deles, segundo sua escolha”.

De tal sorte, vê-se que, para o ilustre doutrinador, a responsa-bilidade do proprietário do veículo nos casos citados não só existe como também é objetiva (não decorre de culpa) e solidária. Quanto à solidariedade, vale frisar que, inobstante possa ser o proprietário acionado direta e intergralmente, persiste seu direito de propor ação de regresso contra o condutor causador do acidente.

Amparada na citada doutrina, a jurisprudência também segue, em sua maioria, essa corrente. Arrematando a questão, o desem-bargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais Arnaldo Maciel, em voto no processo 1.707.08.165.302-4/001, esclarece que esse também é o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ): “Resta pacificado na doutrina e na jurisprudência do Superior Tribu-nal de Justiça que o proprietário de veículo que o empresta a terceiro responde objetiva e solidariamente por danos causados pelo seu uso culposo, pouco importando que o motorista seja ou não seu empre-gado ou preposto, ou que o transporte seja gratuito ou não. Trata-se da aplicação da teoria da responsabilidade pelo fato da coisa”.

estado de minas – on line – diReito & JUstiÇa - 04.06.2012o diReito Passado a limPo

Responsabilidade por fato da coisa e o dever de indenizar em acidentes de trânsito

PolÍcia PaRa QUem PRecisa

Mais atenção ao crime do que às suas vítimaso temPo – on line – 03.06.2012

PEDRO LUIZ BATISTA - Ouço no rádio uma reportagem sobre jovens entrando sem camisa num coletivo urbano e o trocador, cum-prindo uma de suas funções, pede aos rapazes que se vistam. O grupo não gosta da abordagem. Começa uma confusão. A polícia surge e vão todos para a delegacia. O trocador é ameaçado diante do microfone da repórter. Vai ter troco. Um policial orienta o trabalhador a pedir transferência para outra linha de ônibus. Ameaças parecem ter livre trânsito. O direito do trabalhador trabalhar, não.

Um cidadão vai a uma delegacia de polícia registrar queixa de ameaça que sofreu por telefone. O investigador responsável pelo re-gistro do boletim de ocorrência diz que não há muito o que fazer. Um pedaço de papel não vai impedir um crime. É preciso uma ordem ju-

dicial para quebrar o sigilo telefônico do ameaçador, isso demora e há resistência das operadoras em cooperar. Se a ameaça for consumada, aí sim, a polícia terá elementos para atuar.

Os BOs são lavrados, mas fica a sensação de que, assim como naquela famosa série televisiva, na qual o médico dá mais atenção à doença do que ao adoentado, aqui a polícia dá mais atenção ao crime do que às suas vítimas. Não é má vontade policial, como algum “ra-pper” de plantão poderia sugerir. É falta de ajustamento logístico do Estado. Políticas públicas de segurança, voltadas ao cidadão comum, carecem de ajustamento ou adequação.

Deve-se dar atenção ao crime, priorizando, no entanto, salva-guardar a integridade física de prováveis vítimas.

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