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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CONCURSO VESTIBULAR VERÃO/2008 2 a PROVA : Redação / Língua Portuguesa e Literatura Brasileira / Conhecimentos Específicos 02 / DEZEMBRO / 2007 GABARITO INSTRUÇÕES 01) Confira se os dados impressos acima, que identificam esta prova, estão corretos. Preencha com seu nome e número de ins- crição. Assine em seguida. 02) O caderno de prova deverá conter 61 (sessenta e uma) questões, sendo 01 (uma) questão de Redação e 60 (sessenta) ques- tões de múltipla escolha, com 5 (cinco) al- ternativas, das quais 1 (uma) só é correta, assim distribuídas: 10 (dez) questões de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, numeradas de 01 a 10; 25 (vinte e cinco) de Língua Portuguesa e Literatura Brasilei- ra, numeradas de 11 a 35; e 25 (vinte e cinco) de Matemática, numeradas de 36 a 60. 03) A duração da prova será de 4h (quatro ho- ras), incluindo a resolução da prova e o preenchimento da folha de respostas. O candidato que sair do local da prova antes de ter decorrido 1 h (uma hora) do início da mesma será automaticamente desclas- sificado. 04) A interpretação das questões é parte inte- grante da prova, não sendo, portanto, permitidas perguntas aos Fiscais. 05) A prova é INDIVIDUAL, sendo vetada a comunicação entre os candidatos durante sua realização. 06) Será eliminado o candidato que utilizar material de consulta ou qualquer sistema de comunicação. 07) Em cada questão, há somente uma respos- ta correta. Para facilitar, posteriormente, o preenchimento da folha de respostas, você poderá marcar, no modelo ao lado, a letra da alternativa que considera correta, antes de transcrevê-la para a folha de respostas. Nesse quadro, poderá haver rasuras. 08) Não copie as respostas para comparar com o resultado, pois a ordem das alternativas publicadas poderá ser diferente da do can- didato. 09) O caderno de prova deve ser entregue para o Fiscal, juntamente com a folha de res- postas e a folha de redação. 10) ATENÇÃO! Ao receber sua folha de respostas, aja da seguinte forma: a) verifique se os dados pré-impressos estão corretos; b) assine no local indicado; c) assinale no campo indicado sua opção de prova de Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol) e res- ponda somente as questões refere ntes a esta sua opção. A ausência de preenchimento neste campo acarretará, automaticamente, a correção de sua prova como sendo de língua Inglesa; d) pinte, preenchendo por inteiro, com caneta esferográfica ponta média, tinta azul-escura ou preta, o campo correspondente à alternativa que considera correta em cada questão; e) não amasse, não dobre e nem rasure a folha de respostas. DIVULGAÇÃO DO RESULTADO: dia 21 de dezembro de 2007 , às 15 horas, nos Editais da UTFPR. ATENÇÃO: Utilize caneta, ponta média, de tinta azul-escura ou preta para preencher os campos soli- citados. Preencha assim: GRUPO 6 CURSOS: • Administração • Ciências Contábeis • Licenciatura em Matemática

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ CONCURSO VESTIBULAR

VERÃO/2008 2a PROVA: Redação / Língua Portuguesa e Literatura Brasileira /

Conhecimentos Específicos 02 / DEZEMBRO / 2007

GABARITO

INSTRUÇÕES01) Confira se os dados impressos acima, que

identificam esta prova, estão corretos. Preencha com seu nome e número de ins-crição. Assine em seguida.

02) O caderno de prova deverá conter 61 (sessenta e uma) questões, sendo 01 (uma) questão de Redação e 60 (sessenta) ques-tões de múltipla escolha, com 5 (cinco) al-ternativas, das quais 1 (uma) só é correta, assim distribuídas: 10 (dez) questões de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, numeradas de 01 a 10; 25 (vinte e cinco) de Língua Portuguesa e Literatura Brasilei-ra, numeradas de 11 a 35; e 25 (vinte e cinco) de Matemática, numeradas de 36 a 60.

03) A duração da prova será de 4h (quatro ho-ras), incluindo a resolução da prova e o preenchimento da folha de respostas. O candidato que sair do local da prova antes de ter decorrido 1 h (uma hora) do início da mesma será automaticamente desclas-sificado.

04) A interpretação das questões é parte inte-grante da prova, não sendo, portanto, permitidas perguntas aos Fiscais.

05) A prova é INDIVIDUAL, sendo vetada a comunicação entre os candidatos durante sua realização.

06) Será eliminado o candidato que utilizar material de consulta ou qualquer sistema de comunicação.

07) Em cada questão, há somente uma respos-ta correta. Para facilitar, posteriormente, o preenchimento da folha de respostas, você poderá marcar, no modelo ao lado, a letra da alternativa que considera correta, antes de transcrevê-la para a folha de respostas. Nesse quadro, poderá haver rasuras.

08) Não copie as respostas para comparar com o resultado, pois a ordem das alternativas publicadas poderá ser diferente da do can-didato.

09) O caderno de prova deve ser entregue para o Fiscal, juntamente com a folha de res-postas e a folha de redação.

10) ATENÇÃO! Ao receber sua folha de respostas, aja da seguinte forma: a) verifique se os dados pré-impressos estão corretos; b) assine no local indicado; c) assinale no campo indicado sua opção de prova de Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol) e res-

ponda somente as questões referentes a esta sua opção. A ausência de preenchimento neste campo acarretará, automaticamente, a correção de sua prova

como sendo de língua Inglesa; d) pinte, preenchendo por inteiro, com caneta esferográfica ponta média, tinta azul-escura ou preta,

o campo correspondente à alternativa que considera correta em cada questão; e) não amasse, não dobre e nem rasure a folha de respostas.

DIVULGAÇÃO DO RESULTADO: dia 21 de dezembro de 2007, às 15 horas, nos Editais da UTFPR.

ATENÇÃO: Utilize caneta, ponta média, de tinta azul-escura ou preta para preencher os campos soli-citados. Preencha assim:

GRUPO

6 CURSOS: • Administração

• Ciências Contábeis

• Licenciatura em Matemática

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2 • UTFPR 2 – G6 / VERÃO 2008

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Quem são os milionários brasileiros Há 160.000 brasileiros com mais de 1 milhão de reais para investir. Esses são os milionários nacionais, segundo cinco dos maiores bancos do país. A pedido de Veja, essas instituições revelaram alguns dados do perfil de seus clientes mais afortunados. A seguir, o cruzamento dessas informações. Quem são 70% são homens de 45 a 60 anos, casados e com filhos. Onde estão

Em São Paulo50%

Na Região Sul15%

Em Minas Gerais14%

Em outros Estados

7%

No Rio de Janeiro14%

Como ficaram ricos

Vêm da classe média

50%

Herdaram tudo o que

têm

15%

Aumentaram a fortuna da

família

35%

Como investem • 50% têm dinheiro no exterior • 85% preferem renda fixa

REDAÇÃO

REDAÇÃO 1 Reúna as informações presentes nos gráficos. Em seguida, utilizando também os seus conhecimentos sobre a realida-

de social brasileira, produza um texto sobre o perfil dos “milionários nacionais” e sobre o seu papel em relação ao res-tante da sociedade. Seu texto deve ter entre 18 e 25 linhas.

Após concluir seu texto, transcreva-o, de forma definitiva, para a Folha de Redação.

(Fonte: Veja, 12/maio/2004)

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UTFPR 2 – G6 / VERÃO 2008 • 3

CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

BRASILEIRA

OS TEXTOS A SEGUIR SÃO REFERÊNCIA PARA AS QUESTÕES DE 01 A 05.

TEXTO 1 NÃO É RACISMO SE INSURGIR CONTRA BRAN-

CO, DIZ MINISTRA A ministra Matilde Ribeiro, titular da Secreta-

ria Especial de Política da Promoção da Igualda-de Racial (Seppir), diz que considera natural a discriminação dos negros contra os brancos.

Em entrevista para lembrar os 200 anos da proibição do comércio de escravos pelo Império Britânico, tido como o ponto de partida para o fim da escravidão em todo o mundo, ela disse que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco".

(...) BBC Brasil - Como o Brasil se coloca no contexto

internacional? O Brasil gosta de pensar que não tem discriminação e gosta de se citar como exemplo de in-tegração. É assim que a senhora vê a situação?

Matilde Ribeiro - É o seguinte: chegaram os euro-peus numa terra de índios, aí chegaram os africanos que não escolheram estar aqui, foram capt urados e chegaram aqui como coisa. Os indígenas e os negros não eram os donos das armas, não eram os donos das leis, não eram os donos dos bens de consumo. A for-ma que eles encontraram para sobreviver não foi pelo conflito explícito. No Brasil, o racismo não se dá por lei, como foi na África do Sul. Isso nos levou a uma mistura. Aparentemente todos podem usufruir de tu-do, mas na prática há lugares onde os negros não vão. Há um debate se aqui a questão é racial ou soci-al. Eu diria que é as duas coisas.

BBC Brasil - E no Brasil tem racismo também de negro contra branco, como nos Estados Unidos?

Matilde Ribeiro - Eu acho natural que tenha. Mas não é na mesma dimensão que nos Estados Unidos. Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. Racismo é quando uma maioria econômi-ca, política ou numérica coíbe ou veta direitos de ou-tros. A reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação nat ural, embora eu não esteja incitando isso. Não acho que seja uma coisa boa. Mas é natural que aconteça, porque quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou.

(...) BACOCCINA, Denize, Folha de São Paulo, Brasília,

27/03/2007. Disponível em <folhaonline>, acesso em 28/03/2007

TEXTO 2 NEGRO CONTRA BRANCO NÃO É RACISMO, DIZ

MINISTRA Causou desconforto no governo a divulgação

de uma declaração da ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Política da Promoção da I-gualdade Racial (Seppir), (...). A reação foi imedia-ta e veio de militantes negros e de integrantes de movimentos sociais. "Como negro, não alcanço o sentido de tão estranha declaração", criticou Percí-lio de Sousa Lima Neto, vice-presidente do Conse-lho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, ór-gão do Ministério da Justiça. Ele disse que, por princípio, condena qualquer tipo de discriminação ou preconceito, seja de negros ou brancos, mas avaliou que precisaria conhecer o contexto da en-trevista "para emitir melhor juízo". Membros do governo evitaram comentar a declaração.

Diante da reação negativa, Matilde divulgou uma nota, por meio da assessoria, alegando que trechos da entrevista foram tirados de contexto, causando visão distorcida das suas declarações e "induzindo o leitor a equívoco". Ela lembrou que, no decorrer da entrevista, deixa claro que não está incitando condutas racistas. "A afirmação apenas reconhece a histórica situação de exclusão social de determinados grupos étnicos no Brasil, preva-lecente após 120 anos da abolição, que pode, por vezes, provocar esse tipo de atitude - também condenável", ressaltou.

MENDES, Vannildo. Folha de São Paulo, Brasília, 27/03/2007.

Disponível em <folhaonline>,acesso em 28/03/2007

TEXTO 3 MINISTRA DIZ QUE RACISMO DE NEGRO CON-

TRA BRANCO É NATURAL Matilde Ribeiro ressalva, porém, que não

concorda com esse tipo de comportamento. Afirmação, feita durante entrevista concedida

à BBC Brasil, recebeu críticas e foi considerada como uma manifestação de racismo.

A ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Espe-

cial de Política da Promoção da Igualdade Racial, criou polêmica ontem ao considerar "natural" que haja racismo de negros contra brancos no Brasil.

A nova interpretação para o que seja racismo apareceu em entrevista dada pela ministra ontem à BBC Brasil.

(...) No espaço de tempo de algumas horas, ela pas-

sou a classificar de "condenável" o que antes cha-mara de "natural": "A afirmação [da ministra] ape-nas reconhece a histórica situação de exclusão so-cial de determinados grupos étnicos no Brasil, que prevalece após 120 anos de abolição, e pode, por vezes, provocar esse tipo de atitude, também con-denável", diz a nota.

À noite, em evento sobre reforma política, a ministra afirmou que esse tipo de comportamento ocorre "por uma questão de defesa, considerando que o racismo é um regime nefasto". "Talvez eu tenha sido infeliz na formulação [das frases]", completou.

As reações começaram com nota do presidente da OAB. Empossado ontem integrante do CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Huma-

na), Cezar Britto criticou uma possível interpreta-ção das palavras da ministra. "Aceitar qualquer ti-po de preconceito não pode ser medida eficaz no que se refere a essa mesma democracia racial", a-firmou ele.

(...) O sociólogo Simon Schwartzman disse que não ficava bem para quem ocupa função pública sancionar um comportamento "que pode ser com-preensível, mas não aceitável".

A ministra recebeu alguns apoios. Mas houve quem classificasse as declarações como manifesta-ção de racismo (...). A Constituição passou a consi-derar a prática de racismo "crime inafiançável".

A entrevista à BBC foi feita a propósito dos 200 anos da proibição do comércio de escravos pelo império britânico, fato que teria dado início ao fim da escravidão no mundo.

SALOMON, Marta. Folha de São Paulo, São Paulo, 28/03/2007

Disponível em <folhaonline>, acesso em 28/03/2007

QUESTÃO 01 Assinale a alternativa que reescreva, sem pre-

juízo do significado, e respeitando a norma culta padrão, o enunciado “A reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação natural, embora eu não esteja incitando isso” (Texto 1): A) Eu acho uma reação natural a reação de um

negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, embora eu não esteja incitando isso.

B) Creio uma reação natural a reação de um ne-gro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, embora eu não este-ja incitando isso.

C) Creio que é uma reação natural à reação de um negro não querer conviver com um branco, ou não gostar dele, embora eu não esteja incitan-do isso.

D) Acho natural que um negro não queira con-viver com um branco, ou não goste dele, em-bora eu não esteja incitando isso.

E) Creio que é natural que um negro não conviva com brancos, ou não goste deles, embora eu não esteja incitando isso.

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4 • UTFPR 2 – G6 / VERÃO 2008

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QUESTÃO 02 Considerando o contexto, assinale a alternati-

va que reescreva, sem prejuízo de seu sentido bá-sico, o trecho do texto 2: "Como negro, não alcanço o sentido de tão estranha declaração": A) Como negro, não compreendo o sentido des-

sa afirmação incomum. B) Como vítima do racismo, não compreendo que

alguém apóie uma manifestação de racismo. C) Como negro, compreendo que alguém apóie

uma afirmação de caráter racista. D) Como vítima de racismo, não aceito que al-

guém apóie quaisquer de suas manifestações. E) Como negro, não aceito que alguém apóie

quaisquer tipos de racismo.

QUESTÃO 03 Assinale a alternativa que NÃO expresse uma

idéia contida no texto 3. A) A ministra considera natural a existência do

racismo de negro contra branco, apesar de não incentivá-lo.

B) A afirmação da ministra foi julgada por pesso-as de diferentes posições como uma atitude racista.

C) Matilde Ribeiro primeiramente afirmou que o racismo de negro contra branco era natural e, poucas horas depois, que era condenável.

D) A suspensão do tráfico de escravos pelo Reino Unido teria deflagrado o processo internacio-nal de abolição da escravidão.

E) Segundo a Constituição Brasileira, Matilde responderá por um crime sem fiança e pode-rá perder imunidade política.

QUESTÃO 04 Assinale a alternativa que sintetiza o trecho

do texto 3 “O sociólogo Simon Schwartzman disse que não ficava bem para quem ocupa função pública sancionar um comportamento ‘que pode ser compre-ensível, mas não aceitável’. A ministra recebeu alguns apoios. Mas houve quem classificasse as declarações como manifestação de racismo”. A) Alguns dos entrevistados são também racistas,

por manifestarem seu apoio à ministra. B) As reações à afirmação da ministra variaram,

incluindo relativização, adesão e rejeição. C) Houve tantas manifestações de apoio como de

rejeição à proposta da ministra. D) Não é adequado à líder nacional da luta contra

o racismo ser racista. E) A maioria das pessoas comentou que Matilde

Ribeiro é racista.

QUESTÃO 05 Considere as seguintes proposições:

I) O texto 1 é organizado pela apresentação da tese, já no título, que é especificada na linha fina (em negrito, abaixo do título), e confirmada pela afirmação da ministra, a-presentada na entrevista.

II) O texto 1 é organizado pela apresentação da tese, já no título, que é desenvolvida na linha fina (em negrito, abaixo do título), e refutada pela afirmação da ministra, apre-sentada na entrevista.

III) O texto 2 é organizado pelo desenvolvi-mento da tese, já no título, que é especifi-cado por um resumo do articulista, posto em dúvida pela apresentação de diversas reações à declaração da ministra e confir-mada pela nota da assessoria de Matilde.

IV) O texto 2 é organizado pela apresentação da tese, já no título, que é especificada por um resumo do articulista, confirmada pela apresentação de diversas reações à decla-ração da ministra e refutada pela nota da assessoria de Matilde.

V) O texto 3 é organizado pela apresentação da tese, já no título, que é especificada na linha fina (em negrito, abaixo do título), introduzida no corpo do texto por resumo do articulista e polemizada por meio de comparações de declarações incoerentes da própria ministra e de reações à primeira afirmação.

VI) O texto 3 é organizado pela apresentação da tese, já no título, que é ironizada na li-nha fina (em negrito, abaixo do título), de-senvolvida no corpo do texto por opinião do articulista e refutada por meio de com-parações de declarações incoerentes da própria ministra e de reações à primeira afirmação.

Estão corretas apenas as afirmações:

A) I, III e V. B) II, IV e VI. C) I, IV e V. D) I, II e V. E) I, IV e VI.

QUESTÃO 06 Sobre Demônio Familiar, marque a alternativa

em que fala e personagem (entre parênteses) não podem ser associados: A) “Quando nhonhô tiver luneta, prende no can-

to do olho, e deita para a moça. Ela começa logo a se remexer e a ficar cor de pimentinha malagueta. Então rapaz fino volta as costas, assim com quem não faz caso; e a moça só espiando ele.” (Azevedo)

B) “Não sei também; essas moças... têm cabeci-nha de vento; um dia gostam de um, outro dia gostam de outro. Nhanhã, que esperava todo o dia para ver seu Alfredo passar, nem se lembra mais; escreveu aquela carta a Sr. Azevedo!” (Pedro)

C) “É verdade, suas palavras me decidem. Você é meu irmão, e o chefe da nossa família, desde que perdemos nosso pai. Devo dizer-lhe tudo; tens o direito de repreender-me.” (Carlotinha)

D) “O que noto em meu genro, e que desejo cor-rigir-lhe, é o mau costume de falar metade em francês e metade em português, de modo que ninguém o pode entender!” (Vasconcelos)

E) “Já soube tudo, uma malignidade de Pedro. É a conseqüência de abrigarmos em nosso seio reptis venenosos, que quando menos espera-mos nos mordem no coração!” (Eduardo)

QUESTÃO 07 Marque a alternativa correta em relação à re-

presentação literária do elemento pobre na ficção brasileira. A) Em O Cortiço de Aluísio Azevedo, o pobre é

sempre humilde e dócil. B) Em Os sertões de Euclides da Cunha, o pobre é

reacionário, conformado à situação política vi-gente.

C) A personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, representa majoritariamente o pobre malan-dro, esperto, que no final obtém sucesso.

D) Em Vidas Secas de Graciliano Ramos, o emi-grante nordestino consegue se qualificar no trabalho, representando tantos nordestinos migrantes e pobres que trabalham, por exem-plo, nas fábricas paulistas.

E) O pobre nos contos de Rubem Fonseca (déca-da de 60/70), em grande maioria, são urba-nos, revoltados com a questão social e apre-sentam, muitas vezes, conduta marginal, vin-gando-se da exclusão.

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UTFPR 2 – G6 / VERÃO 2008 • 5

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QUESTÃO 08 “Mas nesse momento a recordação do homem

não a angustiava e, pelo contrário, trazia-lhe um sa-bor de liberdade há doze anos não sentido. Porque seu marido tinha uma propriedade singular: bastava sua presença para que os menores movimentos de seu pensamento ficassem tolhidos. A princípio, isso lhe trouxera certa tranqüilidade, pois costumava cansar-se pensando em coisas inúteis, apesar de divertidas.”

Sobre o texto é correto afirmar que: I) se trata de um trecho de uma obra român-

tica, pois retrata a mulher submissa, per-tencente à classe burguesa, com seus ví-cios, luxos e ambições financeiras. Ainda, tem-se a mensagem clara e conservadora da moral e dos bons costumes, segundo os padrões da época, ao preservar o único amor santo e digno: o conjugal.

II) devido à linguagem utilizada, trata-se de um trecho de obra naturalista em que a personagem, humilde, pertencente ao po-vo, em luta pela sobrevivência animaliza-se na promiscuidade e prostituição, e para não ser solta no desamparo deixa-se escravizar pelo bicho homem a que chama de marido.

III) por meio de um discurso feminino e de uma ótica feminina, tem-se o questiona-mento existencial, o medo e a angústia tí-picos do modernismo. Os sentimentos são contraditórios, há a oposição entre assu-mir-se e deixar-se estar, com a importância da linguagem, da percepção e da sensação, sobrepondo-se à importância das ações.

Está (ão) correta(s) apenas:

A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) I e III.

QUESTÃO 09 Assinale a alternativa correta sobre o conto

Pintou um clima (Macho não ganha flor). A) A prostituição é vista de uma forma quase ro-

mântica já que, no conto, as prostitutas são personagens idealizadas.

B) O “cliente”, no início, foi honesto, contando de seu divórcio e de como havia sido infeliz com a ex-esposa.

C) O “cliente”, apesar de ter sido honesto no iní-cio, depois foi desonesto ao acusar a prostituta de roubo.

D) As prostitutas do conto, além da exploração que sofrem nas ruas, precisam conviver com a violência policial.

E) A prostituta demonstrou ser mais honesta que o cliente por conservar o celular até que ele voltasse para apanhá-lo.

QUESTÃO 10 Quando o Rei Salomão atribui a função de jul-

gar o pastorzinho à personagem central de A Mu-lher Que Escreveu a Bíblia, produz nessa persona-gem uma nova percepção sobre o poder, contra-pondo-se ao seu desejo inicial de subir as escada-rias e sentar-se no trono para sentir ao menos o calor do corpo de Salomão.

Assinale a alternativa que não traduz a nova percepção sobre o trono e o poder. A) “Estava frio o assento, hostilmente frio. E era

alto o trono, muito mais alto do que eu tinha imaginado. Lá em cima eu me sentia isolada. Não era o mesmo isolamento que experimen-tava ao galgar a montanha e ao contemplar, lá de cima, o deserto; não, era do isolamento do poder que se tratava ali.”

B) “mas era exatamente isso o que eu queria, sentar no trono do rei Salomão: uma bizarra, grotesca e inócua tentativa de ascender ao poder. Não era a mim própria, contudo, que eu queria entronizar, e sim a minha feiúra.”

C) “Como o rei – mas tinha aprendido muito bem a minha lição, eu – fiz, uma dramática pausa. E então anunciei o meu veredicto, um veredicto que até a mim causou surpresa, porque eu me ouvia falando, e era como se a voz não fosse minha, como se alguém estivesse falando por minha boca, - quem? Não a esposa de Salo-mão, por certo; talvez a garota que corria pe-las veredas da montanha, aquela garota que, apesar de infeliz, nada temia.”

D) “Eu? Eu, julgar o pastorzinho? Eu, a feia, a esposa rejeitada? Eu? Não. Eu não poderia fazer aquilo. Era uma honra, e todos me olhavam com admiração e inveja – mas não, quem era eu para julgar, Domine, non sum digna.”

E) “Um isolamento, um poder, para o qual eu não estava preparada. Toda aquela gente, centenas de pessoas mirando-me, esperando por minhas palavras, aquilo verdadeiramente me aterrori-zava.”

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6 • UTFPR 2 – G6 / VERÃO 2008

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

BRASILEIRA

QUESTÃO 11 Sobre as referências a Tiradentes no Roman-

ceiro da Inconfidência, NÃO se pode afirmar que: A) antecipa desde o início o tipo de morte que te-

rá, no romance De Nossa Senhora da Ajuda, úni-ca cena de sua infância tratada na obra.

B) estabelece, no romance Do cigano que viu che-gar o Alferes, uma analogia entre a entrada de-le em Ouro Preto e a de Cristo em Jerusalém – episódio da vida de Cristo que é relembrado pelo catolicismo no Domingo de Ramos.

C) apresenta-o como um visionário, nos roman-ces Do riso dos tropeiros e De mais tropeiros, si-nalizando já para impossibilidade de concretização dos ideais dele.

D) reconstitui sua morte valendo-se de alusões a figuras da História nacional que lutaram pela liberdade, conforme se lê nos romances Do cigano que viu chegar o Alferes, Do caminho da forca e Do bêbedo descrente.

E) reitera sua origem simples quando, no roman-ce Da arrematação dos bens do Alferes, lista os bens deixados por ele.

QUESTÃO 12 O trecho abaixo é um fragmento do primeiro

Cenário do Romanceiro:

“Isabéis, Dorotéias, Eliodoras, ao longo desses vales, desses rios, viram as suas mais douradas horas em vasto furacão de desvarios vacilar como em caules de altas velas cálida luz de trêmulos pavios. Minha sorte se inclina junto àquelas vagas sombras da triste madrugada, fluidos perfis de donas e donzelas.”

Compõem os “perfis de donas e donzelas” tra-

çados pela obra de Cecília, EXCETO: A) o sofrimento amoroso de Juliana de Masca-

renhas e Maria Ifigênia, “tristes donzelas sem dote”, por não poderem se casar em função de sua pobreza.

B) a opulência de Chica da Silva e a sua preocu-pação com as verdadeiras intenções do Conde

de Valadares para com o Contratador João Fer-nandes.

C) o remorso da Rainha D. Maria I e o seu temor do inferno por sentir-se culpada pelas mortes inocentes provocadas por seus decretos.

D) o inconformismo de Marília ao receber a notí-cia de que Gonzaga, exilado em Moçambique, lá se casou.

E) a nobre descendência de Bárbara Eliodora e o seu triste fim, causado pelo degredo do mari-do.

LEIA OS 2 TEXTOS A SEGUIR PARA RESPONDER

AS QUESTÕES 13, 14, 15 E 16. TEXTO 1 - Os filhos da era digital (...) Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de

Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, publica-ram no ano passado um estudo com alunos de es-colas públicas americanas no qual concluem que o rendimento escolar dos alunos que usam compu-tadores para pesquisas e jogos educativos subiu de 72% para 79%. No Brasil, a professora Maria Tere-sa Freitas, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Linguagem da Universidade Federal de Juiz de Fo-ra, que estuda a escrita dos adolescentes na inter-net, afirma que eles “lêem e estudam mais com a rede”. Para ela, os blogs, os diários virtuais, tam-bém são boas ferramentas para a escrita. A profes-sora afirma que as conversas nos chats – espaço para os papos virtuais – contribuem para o pen-samento crítico e ajudam a desenvolver uma me-lhor argumentação. (...)

As pesquisas com resultados positivos não sig-nificam que a internet seja uma solução mágica para as dificuldades escolares das crianças, nem que seja adequado privilegiar o mundo virtual em detrimento do aprendizado tradicional. (...). Na ho-ra de fazer tarefas ou exames escolares, as crian-ças entrevistadas por ÉPOCA admitiram adotar, às vezes, as abreviações usadas na internet, como pq em vez de porque, nas provas escolares. Todas disseram, porém, que os professores não aceitam essas abreviações. Mas não foi só a linguagem que mudou. (...) Na época dos “imigrantes”, a lógica era ter começo, meio e fim, porque era assim que as informações chegavam aos pequenos leitores de enciclopédias e livros didáticos. Não mais. Como hoje a principal fonte de informação é a internet, os assuntos nunca estão isolados, e sim ligados a temas correlatos. Cabe ao nativo digital escolher quando termina sua busca.

A internet é cheia de hiperlinks, as janelas sem fim. Um site remete a outro, e assim sucessiva-mente. Ao contrário do que alguns educadores pensavam, as crianças fascinadas com o mundo virtual não se perdem nos sites de buscas. “Os na-tivos não se surpreendem com a imensidão da re-de. Eles sabem que ela é quase infinita e, por isso, não abrem o espectro mais do que precisam”, diz Agnaldo Arroio, do Departamento de Ensino e Formação de Professores da USP. Junto com a faci-lidade de lidar com vários aparelhos eletrônicos ao mesmo tempo, a relação com o computador trans-forma a mente das crianças. “O reflexo disso é um cérebro cheio de conexões, ativado por várias par-tes que realizam tarefas aparentemente simples”, diz Geraldo Possendoro, especialista em Neuroci-ências e Comportamento da Universidade Federal de São Paulo. (...) Essa análise instantânea das in-

formações faz com que ela desenvolva maior capa-cidade cognitiva. Mas a velocidade carrega um e-feito potencialmente ruim, de acordo com Clau-demir Viana, do Laboratório de Pesquisa sobre Cri-ança, Imaginário e Televisão da Universidade de São Paulo. “Elas podem perder a reflexão”, diz. As crianças também se tornaram mais sintéticas. De certa forma, impacientes com quem não tem as mesmas habilidades que elas na internet. “A garo-tada não consegue entender como a gente faz o caminho mais longo em vez de usar os atalhos”, diz Arroio, da USP. Eles têm dificuldades para as-similar a tecnologia superada. (...)

(MELLO, Kátia e VICÁRIA, Luciana. Os filhos da era digital. Época, 10/09/2007. parte integrante da Ed. 486)

Texto 2 – Messias, meu filho...

O Gato e a Gata, Laerte, disponível em

http://www.laerte.com.br

QUESTÃO 13 Pode-se depreender do texto 1 que:

A) o uso da internet é, em última análise, preju-dicial para o desenvolvimento cognitivo infan-til, embora haja provas de resultados benéficos em alguns casos.

B) o desempenho no aprendizado infantil expe-rimentou uma melhora significativa ao redor do globo devido à utilização da internet.

C) apesar de alguns efeitos nocivos, como o des-respeito à norma culta e o imediatismo, o uso da internet e aparelhos eletrônicos ofe-rece muitas vantagens para a evolução inte-lectual da criança.

D) a oferta de informação na rede é tão extensa que a maioria dos usuários não é capaz de se decidir por um caminho específico, o que fragmenta seu conhecimento.

E) a resolução de pequenos trabalhos mentais simultâneos desenvolve a capacidade analítica dos jovens.

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QUESTÃO 14 Considerado em sua construção, o texto 1:

A) é dissertativo-científico, estruturado a partir de uma discussão entre especialistas na área, sejam contra ou a favor do uso da internet, pa-ra provar a tese das autoras.

B) é um texto informativo com opinião implíci-ta. Apresenta, após cada argumento de auto-ridade a favor do uso da internet, um possí-vel efeito negativo, no sentido de manter a imparcialidade.

C) como é um artigo de jornal, trata de manter a objetividade, o que se nota, sobretudo, no uso da terceira pessoa.

D) é dissertativo, mas apresenta descrição e, em alguns trechos entre aspas, pequenas narra-ções.

E) é uma campanha publicitária mascarada de ar-tigo informativo dirigido a pais preocupados com o uso excessivo de seus filhos da internet e aparelhos eletrônicos.

QUESTÃO 15 O recurso lingüístico utilizado no texto 2 que

deflagra o efeito de humor no leitor é: A) a pergunta do pai, no primeiro quadrinho, in-

terrompida pelo filho, evidenciando o conflito de gerações.

B) a falta de sentido do diálogo entre pai e filho, como resultado do uso exagerado de jogos ele-trônicos pelo segundo.

C) a seriedade da pergunta do pai em contraposi-ção à despreocupação do filho com temas im-portantes.

D) a ambigüidade decorrente do enunciado profe-rido pelo pai, uma vez que o filho, por não o-lhar para o pai, não é capaz de estabelecer o sentido da pergunta.

E) a polissemia do vocábulo “vida”, que é to-mado em seu sentido denotativo pelo pai e compreendido em uma conotação específica, no contexto de jogos eletrônicos, pelo filho.

QUESTÃO 16 Os textos 1 e 2 estabelecem entre si uma rela-

ção de: A) intertextualidade implícita: ambos os textos

tratam do mesmo tema, ainda que sejam de gêneros diferentes e tenham uma abordagem distinta.

B) referência explícita, dado o uso da citação do primeiro texto no segundo.

C) gênero textual, uma vez que ambos são publi-cados em meios de comunicação de massa.

D) intertextualidade explícita, marcada pela pa-ródia do primeiro texto pelo segundo.

E) argumentação, uma vez que o primeiro está a favor do uso de internet e jogos eletrônicos e o segundo, contra.

QUESTÃO 17 Leia as seguintes afirmações sobre o conto

Macho não ganha flor, do livro de mesmo título, e depois assinale a alternativa correta. I) O mundo dos personagens é povoado por

aqueles que representam os vícios da soci-edade, com poucas exceções, como o la-drão desse conto que se arrepende e acaba indo embora sem fazer mal à vítima do as-salto.

II) O noivo da moça representa o papel da-quele que, por amor, apóia mesmo sem confiar na fidelidade de sua noiva.

III) Mesmo sem o estupro ter sido consumado, as marcas psicológicas permaneceram na vítima mesmo após o casamento.

Somente está(ão) correta(s):

A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) II e III.

QUESTÃO 18 Leia as seguintes afirmações sobre o conto Is-

so aí, malandro, do livro Macho não ganha flor, e depois assinale a alternativa correta. I) O personagem principal representa o pe-

queno ladrão, que vive de arrombamentos e pequenos furtos, arriscando e tentando levar a vida “na malandragem”.

II) Paralelamente à vida de crimes, o perso-nagem também tem uma vida pessoal: já teve mulher e filha, que foi afogada no tra-vesseiro porque chorava.

III) No final do conto o personagem se mostra arrependido e inconformado com o seu destino.

Está(ão) correta(s):

A) somente I. B) somente II. C) somente III. D) somente I e II. E) I, II e III.

A CHARGE DE ANGELI, ABAIXO, É REFERÊN-

CIA PARA AS QUESTÕES 19 E 20.

Angeli, disponível em

http://www2.uol.com.br/angeli

QUESTÃO 19 Assinale a alternativa INCORRETA em relação

ao texto. A) O efeito cômico decorre do fato de as mesmas

pessoas que fazem uma homenagem à probi-dade serem corruptas.

B) A representação do elemento gráfico tem um papel supérfluo na construção do sentido da charge por parte do leitor.

C) A figura de linguagem dominante no texto é a ironia.

D) Há uma ironia dupla, uma vez que a comissão responsável pela fiscalização do processo pede propina para não cumprir seu papel.

E) O paradoxo também está presente no texto, marcado pela coexistência dos sentidos opos-tos de “probo”, explícito no título, e “corrup-to”, inferido pelo comportamento de executo-res e fiscais da obra.

QUESTÃO 20 O diminutivo de “cerveja”, no texto, manifes-

ta a idéia de: A) intensidade. B) ironia. C) afetividade. D) eufemismo. E) desprezo.

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TEXTO DE REFERÊNCIA PARA AS QUESTÕES

21, 22 E 23. Não foi sempre assim O Parlamento brasileiro é uma instituição de

triste presente e incerto futuro mas de passado glorioso.

O Congresso Nacional já foi uma instituição com muito mais peso no jogo entre os poderes. Em períodos do Império e da República, o Legisla-tivo dividiu com o Executivo a agenda política e protagonizou momentos memoráveis. No Segundo Reinado, por exemplo, a participação do Parlamen-to foi fundamental na conquista da abolição. A fi-gura de proa foi Joaquim Nabuco. Deputado por Pernambuco, Nabuco fez do fim da escravidão uma causa que transpôs os muros da Câmara. Lembra o historiador Marco Antonio Villa: “Ele buscou apoi-os no exterior, viajou para a Inglaterra e lançou um livro, O Abolicionista, que se tornou um clássi-co. Hoje, a maior produção literária de nossos par-lamentares são os livros de poemas que eles edi-tam na gráfica do Senado”.

Tanto no Império como na República Velha, a sintonia entre o Legislativo e a sociedade era mais intensa. O fato de o Parlamento ter sua sede no Rio de Janeiro, então capital do país, permitia uma participação popular mais freqüente. Em assuntos de grande repercussão, as galerias ficavam lotadas e os parlamentares deixavam o Congresso carre-gados em triunfo ou debaixo de vaias. Na Re-pública, o grande momento do Legislativo, de a-cordo com os historiadores, se deu entre 1946 e 1964, um intervalo entre dois períodos antidemo-cráticos – a ditadura Vargas e o regime militar. Foi a fase de ouro dos tribunos, em que despontaram juristas com o talento oratório de Afonso Arinos de Melo Franco. Números do Cebrap mostram que, nesse período, o Parlamento foi também especi-almente ativo em sua produção legislativa. Entre 1946 e 1964, apenas 38% das leis aprovadas no Congresso tinham origem no Executivo. Hoje, no-ve em cada dez leis aprovadas são feitas do outro lado da Praça dos Três Poderes.

(Veja, 31 jan. 2007)

QUESTÃO 21 Considerando as seguintes informações sobre

o texto “Não foi sempre assim”: I) O texto faz um retrospecto da atuação do

Parlamento brasileiro, localizando no pas-sado seu período de maior produtividade.

II) São exemplos da atuação do Congresso na-cional a abolição, a sintonia com a socie-dade e a atuação de alguns juristas impor-tantes.

III) A grande participação da sociedade junto ao Congresso Nacional não se devia à loca-lização do mesmo.

IV) Figuras como Joaquim Nabuco e Afonso A-rinos de Melo Franco conferiram ao Con-gresso a imagem de lentidão.

V) Outro dado para corroborar as glórias pas-sadas do congresso é a procedência das leis aprovadas por ele.

Estão corretas somente as assertivas: A) I – II – V

B) I – II – III C) I – II – IV D) I – III – V E) I – III – IV

QUESTÃO 22 Das proposições abaixo, a única que NÃO en-

contra respaldo no texto é: A) O segmento “Hoje, a maior produção literária de

nossos parlamentares são os livros de poemas que eles editam na gráfica do Senado” consiste em uma crítica do texto aos parlamentares atuais.

B) O uso de adjetivos – incerto, triste, glorioso, memoráveis – sinaliza para o posicionamento do texto ao lado dos parlamentares do passado – apesar do texto ser essencialmente informa-tivo.

C) A expressão “nesse período” refere-se à Repú-blica Velha.

D) Entre a ditadura Vargas e o regime militar en-contramos grandes juristas e um número ex-pressivo das leis (62%) aprovadas pelo Con-gresso elaboradas no Legislativo.

E) Os conectivos “por exemplo” e “nesse período” são empregados para introduzir uma exempli-ficação e localizar uma informação no tempo, respectivamente.

QUESTÃO 23 A partir do texto “Não foi sempre assim”, só é

correto afirmar que: A) o título “Não foi sempre assim” apresenta inco-

erência em relação ao primeiro parágrafo do texto.

B) apesar de apresentar informações sobre o Po-der Legislativo, o texto critica também o Exe-cutivo.

C) são palavras e/ou expressões que retomam o referente parlamento brasileiro: instituição, ju-rista, jogo, peso.

D) os dois últimos períodos do texto em que se compara a origem das leis aprovadas no con-gresso desmentem a idéia expressa no pri-meiro parágrafo.

E) vários vocábulos e/ou segmentos do texto mantêm a unidade temática ao dar prosse-guimento ao título, como em já foi, momentos memoráveis, fase de ouro.

QUESTÃO 24 Pode-se afirmar que a felicidade clandestina,

do conto homônimo, a narradora alcança quando: A) consegue livrar-se da tirania da filha do dono

da livraria que, cruelmente, manipula sua von-tade de ler o livro.

B) percebe que ela, narradora, embora não pos-sua o livro, é esbelta e bonita, enquanto a filha do dono da livraria é gorda, sardenta e feia.

C) pode entregar-se ao prazer solitário da leitu-ra, ao receber o livro emprestado da mãe da menina gorda e tirânica, com a possibilidade de ficar com o livro por quanto tempo qui-sesse.

D) cria uma simbiose em que se identifica com a personagem de Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, sentindo-se uma verdadeira rainha.

E) o conto apresenta uma ironia temática, já que não existe o que se possa chamar de felicidade clandestina, pois toda felicidade é, por defini-ção, explícita, aparente.

QUESTÃO 25 Leia as seguintes afirmações sobre o conto

Uma Amizade Sincera (Felicidade Clandestina) e, depois, assinale a alternativa correta. I) O contato com o profundo sentimento de

solidão existencial, que até mesmo a ami-zade mais sincera não consegue superar.

II) A relação de dois rapazes, cuja amizade os leva a superar qualquer obstáculo que en-contram na vida a dois.

III) A busca de respostas às angústias existen-ciais que se tornam inevitáveis no cotidia-no da vida moderna.

IV) Nem mesmo a sinceridade de uma amizade verdadeira elimina a solidão existencial in-trínseca ao indivíduo.

V) A narrativa desmascara a questão da sin-ceridade numa amizade, demonstrando que, apesar do esforço dos dois persona-gens, a amizade deles não é sincera, pois não conseguiram levar sua amizade adian-te.

Estão corretas somente:

A) I e IV. B) I e III. C) II e III. D) II e IV. E) I, IV e V.

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QUESTÃO 26 “Por que, minha irmã? Todos devemos perdoar-

nos mutuamente; todos somos culpados por ha-vermos acreditado ou consentido no fato primeiro, que é a causa de tudo isto. O único inocente é a-quele que não tem imputação, e que fez apenas uma travessura de criança, levado pelo instinto da amizade. Eu o corrijo, fazendo do autômato um homem; restituo-o à sociedade, porém expulso-o do seio de minha família e fecho-lhe para sempre a porta de minha casa. (A Pedro) Toma: é a tua carta de liberdade, ela será a tua punição de hoje em di-ante, por que as tuas faltas recairão unicamente sobre ti; porque a moral e a lei te pedirão uma conta severa de tuas ações. Livre, sentirás a neces-sidade do trabalho honesto e apreciarás os nobres sentimentos que hoje não compreendes. (Pedro beija-lhe a mão)”

(ALENCAR, José. Demônio familiar. São Paulo: Martin Claret, 2005.)

Marque a alternativa correta. A) A fala transcrita é do personagem Carlotinha

visto que é bastante doce e ponderada. B) A fala é do personagem Eduardo que se mostra

extremamente benevolente e paternal para com Pedro, o escravo.

C) No excerto, vê-se que o trabalho escravo, so-bretudo o doméstico, realizado pelo persona-gem Pedro é tão valorizado quanto o trabalho livre.

D) No fragmento, vê-se que a liberdade é um bem fácil de se conseguir.

E) A fala é de Eduardo e o tom é severo, austero e moralizador.

QUESTÃO 27 Sobre Demônio Familiar, marque a alternativa

correta. A) A peça apresenta grande número de persona-

gens cujas aventuras dinamizam o drama, o-correndo em vários espaços externos, dificul-tando a encenação uma vez que há cenários múltiplos.

B) As peripécias se sucedem, colocando as perso-nagens em situações limites como a morte, a decadência, a falência, a prisão, os inúmeros infortúnios.

C) Embora a peça seja uma comédia de costumes, o tema destacado é a crueldade a que são sub-metidos os escravos e suas lutas anti-escravagistas.

D) O ambiente familiar não recebe trégua, sendo mostrado em suas profundas contradições em que se sobressaem as personagens negativas, egoístas e marginalizadas.

E) A peça traz marcas românticas, idealizando instituições sociais como a família, o traba-lho e o casamento, fontes de felicidade e realização, contrapondo-se à vida mundana dos salões.

QUESTÃO 28

MODA DA CAMA DE GONÇALO PIRES

Gonçalo Pires possui uma cama Em nossa vila não tem mais nenhuma, Gonçalo Pires se dá um estadão, Só ele na terra dorme gostoso Em traste bonito de estimação. Delém, dem! dem!... O sr. Ouvidor, Representante de Felipe IV, Já vem subindo pelo Cubatão. O dr. Antonio Rebelo Coelho Vem nesta vila fazer correição. Delém! dem! dem!... São Paulo nos acuda! Se agita a Municipalidade, Ouvidor-geral não dorme no chão! Gonçalo Pires não quer emprestar Cama cobertor lençol e colchão. Mas os vereadores são bons paulistas E Francisco Jorge, o procurador, Recebe da Câmara autorização: Trará a cama de Gonçalo Pires, Ele que deixe-se de mangação! Gonçalo Pires resmunga, peleja, Mas a autoridade é da Autoridade, Lá vêm pelas ruas em procissão, Cobertos de olhos relampeando inveja Cama cobertor lençol e colchão. Que úmido frio... Das várzeas em torno Da noite vazia que não tem fim Dissolve as casinhas a cerração... O Ouvidor-geral sonha em cama boa E Gonçalo Pires dorme no chão. Delém! dem! dem!... Ouvidor vai-se embora. Sai mais festejado que quando entrou... A Câmara impa de satisfação. Mas os vereadores são bons paulistas: - Que entregue-se a cama com prontidão. Gonçalo Pires rejeita o bem dele. Não dorme em cheiro de ouvidor-geral... Se reune a Câmara em nova sessão. - Lave-se o lançol! indica o notário. Qual! Gonçalo empaca na rejeição. Sete anos levam nessa pendenga A Câmara paulista e Gonçalo Pires, Paulista emperrando, não cede não. E a História não sabe que fim levaram Cama cobertor lençol e colchão.

(Mário de Andrade: Clan do Jabuti , 1927)

Sobre o poema é INCORRETO afirmar que: A) alinha-se às preocupações da primeira fase

modernista de contestar o legado cultural português e reconhecer no primitivo os tra-ços definidores da nacionalidade.

B) aproxima-se da narração, dada a presença de alguns dos elementos desse gênero, como a-presentação, personagens, conflito e desfecho.

C) delineia alguns dos contornos do Brasil colô-nia, como as desigualdades sociais e os privi-légios dos ocupantes de postos da administra-ção.

D) possui ritmo e sonoridade, criados, dentre ou-tros recursos, pela regularidade da métrica e pela rima, não obstante se enquadre na pri-meira fase do modernismo.

E) enaltece o paulista, embora não associe isso ao fenômeno do crescimento por que passa-vam o estado e a cidade de São Paulo à época da produção da obra.

QUESTÃO 29 Apesar de toda luta histórica feminista, o au-

tor de A mulher que escreveu a bíblia, deixa entre-ver, nas linhas de seu romance, que o mundo é es-sencialmente machista. Qual fragmento do ro-mance se contrapõe a essa afirmação? A) “Uma primogênita era sempre um inconveni-

ente, para dizer o mínimo: não garantia suces-são, não ajudava no trabalho e ainda precisa-ria de um dote para poder casar.”

B) “Era um varão que meu pai queria para pri-mogênito; aliás, só queria filhos homens, mas Jeová o castigou dando-lhe três filhas, a primeira medonha.”

C) “Mulher, mesmo feia, era para cuidar de ca-sa, para casar, gerar filhos. O que ele (o es-criba) estava me propondo não chegava a ser uma transgressão, mas era algo fora do co-mum.”

D) “Escrever era coisa para raríssimos iniciados, para os escribas que, por mecanismos obscu-ros, chegava ao domínio de uma habilidade que nós outros olhávamos com um respeito quase religioso.

E) “– De agora em diante – prosseguiu a mulher – tua rotina será a de todas as esposas. Vais levantar pela manha – cedo, porque o rei não gosta de preguiçosas; farás ginástica para manter o corpo jovem e flexível. A seguir, uma escrava virá lavar-te, pentear-te, vestir-te, a-dornar-te. Farás uma refeição – tua alimenta-ção será rigorosamente controlada – e ficarás à espera.”

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QUESTÃO 30 Assinale a alternativa que contradiz o texto A

Mulher Que Escreveu a Bíblia, de Moacyr Scliar. A) Em algumas partes do texto, o autor resgata

estereótipos sociais sobre a mulher. Exemplo podemos ler na história da “Virgem Caduca”. Esta, segundo a narrativa, vivia de forma ranzinza e queixosa, porque “o problema era que ela nunca havia sido desvirginada”.

B) Outro estereótipo trabalhado por Moacyr Scli-ar, que podemos sintetizar na célebre frase de Vinícius de Moraes é “As feias que me descul-pem, mas a beleza é fundamental.”

C) “Sem dificuldades, pulei o muro do palácio. Corri pelas ruas da cidade adormecida, em di-reção ao sul, ao deserto. Ia atrás de um certo pastorzinho. Se me apressasse, poderia encon-trá-lo em dois ou três dias. À altura de certa montanha. E de suas enigmáticas, mas pro-missoras cavernas.” Quanto a esse final do li-vro, revela-nos, a narrativa, que é possível a-plicar o ditado popular: “Um asno sempre en-contra outro para se enroscar”.

D) Ao escrever o texto da história de Salomão, a autora foi isenta e em nenhum momento se infiltra na narrativa, revelando o espectro de seu insatisfeito sexo. Nada, nem mesmo nas entrelinhas fora, segundo a narradora, posto.

E) A culpa pela feiúra da personagem é posta, ex-cluindo-se aqui a traição paterna e o estado em que ficou a mãe, como um fato da crendice popular. Tratava-se de “um inesperado efeito: a visão da montanha ficou impressa para sem-pre no meu rosto. Como aquelas mães que comem morango e o filho nasce com um sinal em tudo semelhante ao morango”.

QUESTÃO 31 O fato de o livro desejado pela narradora de

Felicidade Clandestina ser Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato, pode ser entendido como: A) A narradora, sendo humilhada constantemen-

te pela filha do dono da livraria, tinha o desejo inconsciente de sentir-se por cima, tornar-se uma “rainha, de nariz empinado”.

B) Referência à ascendência que a filha do dono da livraria, detentora do livro, tinha sobre a narradora, em função do intenso desejo de ler o livro que tem esta.

C) A escolha de Reinações de Narizinho é absolu-tamente circunstancial, nada tendo a ver com a concepção estrutural do texto.

D) Trata-se de um conto autobiográfico e, assim sendo, Clarice Lispector apenas relata o que lhe aconteceu na infância, registrando, portan-to, o nome do livro que foi objeto de sua expe-riência.

E) Era apenas natural que, sendo Monteiro Loba-to, na época, o principal autor de livros infan-tis, fosse escolhida uma de suas obras, e, espe-cificamente, Reinações de Narizinho, obra-prima do escritor do Rio Grande do Sul.

QUESTÃO 32 Entre os temas abordados por Dalton Trevisan

no livro Macho não ganha flor, qual deles NÃO apa-rece no conto Um tal Tibinha? A) Assassinato B) Drogas C) Sedução D) Violência E) Estupro

QUESTÃO 33 “As figuras de linguagem (...)Recursos que aumentam o grau de expressi-

vidade do texto, as figuras de linguagem são tam-bém usadas nos discursos publicitários. É conveni-ente aconselhar o interlocutor valendo-se de e-xemplos comparativos (metáforas), amenizando fatos (eufemismos) ou exagerando-os (hipérboles), reforçando palavras ou conceitos (repetições), en-fim, adotando conscientemente procedimentos argumentativos que tratam de tornar o discurso mais envolvente, mesmo porque sua finalidade não é só informar, mas persuadir, gerar uma ação futura.

Na mensagem Tranta Totem, verificamos mui-tas figuras de linguagem: antonímia (Leia mais li-vros e assista menos TV), aliteração (Quando você perder, não perca a lição), prosopopéia (ele- o Tan-tra Totem- foi enviado ao redor do mundo).”

(CARRASCOZA, J. A. Redação publicitária: estudos sobre a retórica do consumo, São Paulo: Futura, 2003, p.44, texto

adaptado) Marque a alternativa INCORRETA.

A) A frase “fale devagar, mas pense com rapidez” consiste no uso da figura de linguagem anto-nímia.

B) A frase “Não deixe uma pequena disputa fe-rir uma grande amizade” não se utiliza de antonímia.

C) A frase “Lembre-se dos três Rs: respeito por si próprio, respeito pelo próximo, responsabili-dade pelas suas ações” utiliza a aliteração.

D) A frase “Super proteção, máxima discrição” se utiliza da hipérbole.

E) A frase “Rainha: o tênis que o brasileiro fabrica e o americano USA” gira em torno da ambigüi-dade, do sentido duplo.

QUESTÃO 34 No conto O grande assalto (Macho não ganha

flor) aparece a figura do pequeno criminoso típico dos grandes centros urbanos modernos gerado por vários problemas sociais. Assinale entre os trechos retirados do conto, abaixo, um que apre-senta uma possível causa para a formação desse criminoso. A) Peguei o dinheiro, meti no bolso e vim para

casa. B) Desde os 12 anos já perdido nas drogas. C) Nós roubamos e dividimos o dinheiro. D) Chega no caixa e aponta a arma: É um assalto! E) A arma. Passa pra cá.

QUESTÃO 35 “Em setembro de 1842, surgiria, no Alegrete

(RS), O Americano, para substituir O Povo, que dei-xara de circular desde a ocupação de Caçapava pe-los imperiais. Surgia da necessidade de combater ‘os escritores venais do Rio de Janeiro e seus saté-lites, que desfiguram os atos da nossa gloriosa re-volução[Farroupilha, no Rio Grande do Sul] e pro-palam mil calúnias, dirigidas a aviltar nosso cará-ter e a deprimir nosso governo’. A doutrinação po-lítica exercida pelo novo órgão farroupilha era democrática: ‘a soberania reside nos povos, todo o poder legítimo dimana da vontade popular’, pre-gava. Quando Caxias apareceu, defendendo a solu-ção conciliadora para pôr termo à longa campa-nha que devastava a província, O Americano, res-pondia com sarcasmo: ‘Quem há por aí que repro-ve a moderação e a docência com que S. Ex. fala de si mesmo? Quem duvidará que o Senhor Supremo, pois um dos seus incompreensíveis mistérios, o tenha elegido para satisfazer os ardentes desejos do Imperador e do Brasil? Rio-grandenses, rendei as armas; entregai vossos pulsos às cadeias... Ele foi mandado, qual outro Moisés, a libertar o povo querido do cativeiro e da tirania: sua missão é au-gusta e sagrada, seu poder, imenso e sobrenatu-ral...’ Sem a leitura de O Povo, que circulou de 1838 a 1840, de O Mensageiro, que circulou de 1835 a 1836, de O Americano, que circulou de 1842 a 1843, da Estrela do Sul, que circulou em 1843 e uns pou-cos mais, a história farroupilha é incompleta. Nes-sas folhas, impressas quase sempre sob condições extremamente difíceis, o movimento ficou espe-lhado, em todos os seus traços, os gerais e os par-ticulares.” (SODRÉ N. W. História da imprensa no Brasil. 4.ed. Rio de

Janeiro: Mauad, 1999,p. 131) Marque a alternativa correta.

A) Sodré salienta a importância dos periódicos pró-governo, criticando os jornais cuja infor-mação versava sobre o Rio Grande do Sul.

B) Sodré valoriza a imprensa do eixo Rio-São Pau-lo visto que somente aí residia a verdade sobre as revoluções gaúchas do século dezenove.

C) Os jornais rio-grandenses eram limitados uma vez que espelhavam somente a história parti-cular das revoluções gaúchas.

D) Os periódicos gaúchos citados são fonte de documentação histórica sobre o país e o Rio Grande do Sul.

E) Sodré informa com pesar o período curto de vida dos jornais gaúchos.

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MATEMÁTICA

QUESTÃO 36 Uma classe de quarenta alunos realizou a

prova de uma olimpíada contendo duas questões: uma de Matemática e outra de Física. Se 10 alunos acertaram as duas questões, 25 acertaram a ques-tão de Matemática e 20 acertaram a questão de Fí-sica, pode-se afirmar que o número de alunos que erraram as duas questões foi de: A) 2. B) 3. C) 4. D) 5. E) nenhum.

QUESTÃO 37 A área de um retângulo é 40 m2 e a medida

de um de seus lados é 15 m. Nessas condições, é correto afirmar que: A) a medida do outro lado é uma dízima perió-

dica. B) o perímetro do retângulo é 7 6 m.

C) o outro lado mede 362 m.

D) a medida do outro lado é um número inteiro.

E) o perímetro do retângulo é )156(2 + m.

QUESTÃO 38 Podemos formar figuras com pontos e rela-

cioná-las com números. Alguns desses números estariam relacionados da forma mostrada nas ta-belas a seguir, sendo n o número da figura.

Números Triangulares

n = 1 n = 2 n = 3

Números Quadrangulares n = 1 n = 2 n = 3

Números Pentagonais n = 1 n = 2 n = 3

Desta forma, o número total de pontos neces-sários para formar a n-ésima figura para números hexagonais é dada pela função.

A) n–2nf(n) 2= .

B) 1 – n nf(n) 2 += .

C) 1–n6f(n) = .

D) 4 – 5nf(n) = .

E) 2

nn)n(f

2 += .

QUESTÃO 39

Se 25003log3

5003log2

327

m = então log m é igual a:

A) 1. B) 3. C) 5. D) 6. E) 10.

QUESTÃO 40 Em uma cultura, o número de bactérias é da-

do pela função kt0eN)t(N = , onde 0N é o número

inicial de bactérias, K é a constante de proporcio-nalidade e t é igual ao tempo. Em uma cultura, há inicialmente 0N bactérias. Uma hora depois

( 1t = ), o número de bactérias passa a ser .N23

0

Então, o tempo necessário para que o número de bactérias triplique é de:

(Dado 1,10ln3 e 40,05,1ln == ) A) 2 horas e 45 minutos. B) 3 horas. C) 2 horas e 15 minutos. D) 3 horas e 15 minutos. E) 2 horas.

QUESTÃO 41 Seja a função real f definida por

( )2

x1x212

x1x21xf22 −−

+−+

= , cujo do-

mínio é o intervalo [ ]1,1− , e α= cosx , π≤α≤0 .

A imagem de 12π=α é igual a:

A) 22

B) 21

C) 4

62 +

D) 1

E) 4

13 +

QUESTÃO 42 Dado um triângulo ABC, em que α é o ângu-

lo interno ao vértice A e β é o ângulo interno ao vértice B. Então, se β+α =60°, a expressão

22 )sensen()cos–(cos β+α+βα é igual a:

A) 3. B) 1.

C) 34 .

D) –1. E) 2.

QUESTÃO 43 A expressão

)xseccosxg)(cotxseccos–xg)(cotxsen–1(

)xtgx)(secxtg–x(secy 2 +

+=

é equivalente a: A) – sec2 x B) cossec2 x C) – cossec2 x D) cos2 x E) – cos2 x

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QUESTÃO 44 No retângulo ABCD , 5BC = , 3AB = e

NDMNCM == . A tangente do ângulo MÂN é igual a: C B M N D A

A) 52

B) 33

C) 2629

27

D) 2626

E) 275

QUESTÃO 45 Um turista se encontra em um ponto A no

Parque Barigui e vê o Mirante da Torre de Teleco-municações no bairro Mercês, representado pelo ponto P. De um ponto B, distante 1km do ponto A também é possível ver o mesmo mirante. Se os ângulos BAP = 30o e ABP = 135o, então, pode-se afirmar que a distância entre o turista (ponto A) e a torre (ponto P) é de, aproximadamente:

(Considere: 73,13e41,12 == ).

A) 1,41 km. B) 3,58 km. C) 2,73 km. D) 4,41 km. E) 5,12 km.

QUESTÃO 46 Um tanque com capacidade para 100 litros re-

cebe 10 litros de uma determinada substância no primeiro dia do mês. Nos dias seguintes recebe 20% a mais que no dia anterior. Considerando log 3 = 0,477 e log 2 = 0,301, podemos afirmar que o tanque transbordará no: A) 7o dia. B) 8o dia . C) 9o dia. D) 10o dia. E) 11o dia.

QUESTÃO 47

O coeficiente do termo de 4x no desenvolvi-mento de ( )72x + vale N. Então pode-se afirmar que 35logNlog 22 − é igual a:

A) 2. B) 3. C) 4. D) 5. E) 6.

QUESTÃO 48 A e B são matrizes quadradas de ordem 3

e B = k.A, com k ∈ *R+ . Sabe-se, ainda, que det A = 2,5 e det Bt = 160. Então: A) k = 64 B) k = 160

C) k = 51

D) k = 25

E) k = 4

QUESTÃO 49 Numa competição internacional, 30 países i-

rão disputar os jogos de voleibol. Primeiramente, serão formados 6 grupos com 5 times cada. Em cada grupo, os times jogarão todos entre si de forma a extrair-se um campeão de cada grupo. Os times campeões de grupo irão então jogar todos entre si para definir a classificação final da compe-tição. Desta forma, pode-se concluir que o número total de jogos será de: A) 25. B) 100. C) 85. D) 60. E) 75.

QUESTÃO 50 Seja o triângulo ABC inscrito numa circunfe-

rência de raio igual a 12cm, conforme mostra a fi-gura a seguir. Se os lados AB e AC são, respecti-vamente, iguais a 4cm e 6cm, então a altura AH do triângulo é, em cm, igual a:

A) 3.

B) 32 . C) 1. D) 2. E) 33 .

QUESTÃO 51 As dimensões de um paralelepípedo retângulo

estão em progressão aritmética crescente e têm como soma 24 m. Se a área desse paralelepípedo é igual a 366 m2, podemos afirmar que a razão dessa progressão aritmética é: A) 2. B) 4. C) 5. D) 3. E) 6.

QUESTÃO 52 Uma lata de Achocolatado em Pó tem 10 cm

de diâmetro e 10 cm de altura, e são embaladas em caixas de papelão, com quatro fileiras de seis latas, conforme a figura a seguir. A caixa comporta 2 latas na sua altura, tendo uma capacidade total para 48 latas.

Com base nos estudos de cilindros e paralele-pípedos, afirma-se que: (π = 3,14) I) o volume de cada lata é de 785 cm3. II) a área total de cada lata é de 471 cm2. III) o volume da caixa de papelão é de 24000

cm3.

Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que: A) I e II estão corretas. B) I e III estão corretas. C) II e III estão corretas. D) I, II e III estão corretas. E) I, II e III estão incorretas.

P

A B BARIGUI

MERCÊS

C

H

B

A

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QUESTÃO 53 Seja o sólido mostrado na figura a seguir,

formado por um tronco de cone vazado por um cone invertido com vértice no centro da base maior do tronco de cone. Se o volume do cone in-vertido é 12cm3, então o volume deste sólido, em cm3, é igual a: A) 24. B) 84. C) 96. D) 36. E) 72.

QUESTÃO 54 Seja uma pirâmide hexagonal regular com a-

pótema da base igual à ( )cm4x + e altura igual à ( )cm3x3 − . Se o volume desta pirâmide é igual à

3cm3648 , então pode-se afirmar que o lado da base, em cm, mede: A) 9. B) 36 . C) 6.

D) 32 . E) 4.

QUESTÃO 55 Sabendo que

2xx2x

11x72x

Q1x

N1x

M23 +−−−

=−

++

+−

com 1x ±≠ e 2x ≠ , podemos afirmar que

QNM ++ é igual a:

A) 0. B) 1. C) 4. D) 3. E) 2.

QUESTÃO 56 Seja a equação polinomial

0ax13x3x 23 =+−− com três raízes reais e distintas. Se estas raízes formam uma P.A. crescente, então o valor de a é: A) 8. B) 15. C) – 8. D) – 15. E) 10.

QUESTÃO 57 Os menores valores de n ∈ Z+, tais que:

I) n)i3( − seja real,

II) n)i3( − seja imaginário puro, são, respectivamente:

A) 1 e 0.

B) 3

13 e 31 .

C) 21 e 3 .

D) 0 e 113 .

E) 1 e 611 .

QUESTÃO 58 Seja P = (x, y) um ponto eqüidistante dos ei-

xos coordenados e distante 8 u.c. da origem. O número de pontos que satisfazem essa condição é: A) 2. B) 3. C) 4. D) 5. E) 6.

QUESTÃO 59 O quadrado ABCD tem seus vértices sobre as

retas r: 2y – x – 5 = 0 e s: 2y – x + 5 = 0. A diagonal deste quadrado, em unidades de com-primento, mede: A) 103 .

B) 102 .

C) 63 .

D) 62 .

E) 25 .

QUESTÃO 60 Seja a circunferência com equação

03–y2–x6–y2x2 22 =+ . Então, pode-se afirmar que o seu raio é igual a:

A) 252 .

B) 26. C) 13. D) 4. E) 2.