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02 PASTORAL - diocesedeguarulhos.org.brdiocesedeguarulhos.org.br/wp-content/uploads/2017/... · dos Sacramentos da Iniciação Cristã, a realidade de tantos irmãos e irmãs em nossas

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02 ENFOQUE PASTORAL

ser na igreja e no mundoa presença do reino de deusA Igreja no Brasil celebrará no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cris-to Rei, à 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”. A Diocese de Guarulhos inicia-rá este ano enviando 12 leigos, por paró-quia, para acompanhar o ícone da Sagrada Família em suas paróquias e também para aprofundar o Documento 105 da CNBB, que nos apresenta o leigo como “Sujeito Eclesial: Discípulos Missionários e Cidadãos do Mundo” (DOC CNBB 105,92). Durante o Ano do Laicato também será comemorado os 30 anos do Sínodo Ordinário sobre os Leigos (1987) e da Exortação Apostólica Christifideles Laici, de São João Paulo II, sobre a vo-cação e a missão dos lei-gos na Igreja e no mundo (1988). Dom Sérgio da Rocha, presidente da CNBB, diz que, “este ano do Laicato leva o cristão leigo a tornar-se, de fato, um missio-nário na família e no trabalho, onde estiver vivendo. Será um ano para aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e mis-são; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”. Dom Edmilson, nosso pastor e bis-po referencial para os leigos no Sul I, nos apresenta o leigo com uma vocação própria e autônoma. Cita como exemplo, “os muitos leigos que trabalham na educação, nas mais variadas linhas pedagógicas. Ali ele vai exer-cer o seu ser cristão de forma autônoma. E

não é uma autonomia que o desvincula do Evangelho, do Magistério da Igreja, mas au-tonomia, no sentido de dar testemunho do seu ser Igreja. Isto porque o específico do leigo é a vocação de estar no mundo”. Bem sabemos que todos “os cris-tãos, leigos e leigas, portadores da graça batismal” (DOC CNBB 105,n.110), são cha-mados a dar esse testemunho onde quer

que estiverem: na família, no trabalho, nos assun-tos ligados a economia e política de nossa cidade e país. Assim chamados a ser presença iluminadora e esclarecedora, enviados a proclamar a Boa Nova aos pobres que sempre foram, são e sempre serão os pre-feridos do Reino de Deus. No dia 26 de novem-

bro, nossa Igreja se alegra em ordenar três novos sacerdotes e também inicia o ano do laicato enviando para missão na cidade e em suas paróquias 504 leigos, que representam as 42 paróquias de nossa diocese de Guaru-lhos. Peçamos a Mãe Imaculada Conceição, padroeira da Cidade e Diocese, que inspire nossos leigos a ofer-tarem suas vidas na Igreja e no mundo.

Padre Marcelo DiasCoordenador - CODIPA

este ano do Laicato leva o cristão leigo a

tornar-se, de fato, um missionário na família

e no trabalho

EDITORIAL

ver, julgar, agir e celebrar

Jornalista Resp.: Pe. Marcos V. Clementino MTB 82732 Orientação Pastoral: Pe. Macerlo DiasEditoração Eletrônica: Luiz Marcelo GonçalvesImpressão: Gráfica Marmar - Fone: 11 99961-4414

Cúria Diocesana de GuarulhosEnd: Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Guarulhos - SPCep: 07122-210 - Contato: 11 2408-0403Site: www.diocesedeguarulhos.org.brEmail: [email protected]: 30.000 exemplares

EXPEDIENTE

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

Queridos leitores, de modo especial você leigo e leiga, sal e luz do mundo, receba em nome da equipe da Folha Diocesana, a gratidão por seus dons a serviço do bem da humanidade e edificação do Reino de Deus. Desde já para-benizamos a todos pelo Ano do Laicato, e para melhor celebrar, a edição deste mês ressalta sua importância e oferece artigos e encarte dedica-dos a reflexão do ano jubilar. Apresentamos algumas preocupações que marcam o mundo nestes últimos tempos, com a in-tenção de reforçar que nossa ação evangelizadora não deve ser desligada da realidade como nos pro-põe o método: Ver, Julgar, Agir e Celebrar. É urgen-te refletir sobre a questão de gênero tratado pela TV de maneira intensa; a cultura e a liberdade através da “arte”, provocando um enorme debate nas mí-dias digitais com críticas pesadas à Igreja; a dimen-são política em crise ética e moral que por causa da corrupção prejudica o crescimento do país e não favorece o bem comum; o cansaço da vida corrida na cidade que atinge até mesmo os consagrados e compromete sua ação evangelizadora, e não pode-mos esquecer de ressaltar a luta em defesa da vida.Diante da realidade, parece que estamos envolvi-dos num caos, a esperança parece perder forças. Isso não é verdade, ainda existem ações concretas e propostas de caminho que alimentam a esperan-ça, prova disso é o encontro do papa com os novos bispos realizado no Vaticano; o mutirão missionário diocesano; o dia nacional da juventude; a semana da vida; o jubileu da congregação, além dos convi-tes ao Interclesial de Ceb`s, encontro de mulheres e o grande momento diocesano que será a ordena-ção presbiteral. Que a Imaculada Conceição, padroeira de nossa Diocese, interceda por todos nós para con-tinuarmos na missão de ver, julgar, agir e celebrar dada por Cristo, e assim transformar a realidade com a força da esperança.

03VOZ DO PASTORAGENDA DO BISPO

Catequesepastoral e missionária

Espero que em nossas paróquias, com suas co-munidades, tudo esteja sendo encaminhado para a catequese de inspiração catecumenal para as crianças e os adultos. No mês passado terminava meu artigo dizendo da necessidade de compreender, para além da catequese que prepara para a recepção dos Sacramentos da Iniciação Cristã, a realidade de tantos irmãos e irmãs em nossas comunida-des que, apesar da boa vontade e disponibilida-de na participação na vida da paróquia, carecem de uma verdadeira iniciação cristã, não obstante o fato de já terem recebido os Sacramentos da Iniciação Cristã. Esta preocupação da Igreja não é recente. Podemos dizer que isso se tornou pa-tente nos documentos da Igreja, logo após o Va-ticano II. Portanto, há meio século. Os números 64-66 da Constituição Sacrosanctum Concilium, sobre a Liturgia, do Concílio Vaticano II, (primeiro documento que foi aprovado no Concílio) determina a restaura-ção do Catecumenato, já com a intenção pas-toral, podemos dizer, de se passar de uma pas-toral de sacramentalização para uma pastoral de evangelização. O Capitulo IV do RICA (Rito da Iniciação cristã de adultos – anos 1973), vis-lumbrando já a necessidade de uma catequese de inspiração catecumenal, sugere uso adap-tado na catequese e de alguns ritos próprios do RICA para a conversão e amadurecimento na fé dos adultos já batizados. O Beato Paulo VI na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi (1975) n. 44 disse: “Verifica-se que as condi-ções do mundo atual tornam cada vez mais urgente a instrução catequética, sob forma de um catecumenato.” Já na Exortação Apostó-lica Catechesi Tradendae, sobre o Sínodo da Catequese (1979), São João Paulo II, dizia: “Um solícito pensamento pastoral e missio-nário...vai por fim para aqueles que, embora nascidos em países cristãos, que o mesmo é dizer num ambiente sociologicamente cristão, nunca foram educados na sua fé e são, che-

gados à idade adulta, verdadeiros catecúme-nos.” (CT 44) A iniciação cristã dos leigos e leigas também esteve presente na Exortação Apostó-lica pós sinodal de São João Paulo II, Christifi-deles laici n. 61 (1988): “Uma ajuda pode ser dada... por uma catequese pós batismal, em forma de catecumenato, através de uma ulte-rior proposta de certos conteúdos do Ritual da Iniciação Cristã dos Adultos, destinados a per-mitir uma maior compreensão e vivência das imensas e extraordinárias riquezas da respon-sabilidade do batismo recebido.” Na mesma linha, anos depois, se escreve no Catecismo da Igreja Católica 1231: “Pela sua própria nature-za, o batismo das crianças exige um catecu-menato pós batismal. Não se trata somente da necessidade de uma instrução posterior ao batismo mas do desabrochar necessário da graça batismal nos crescimento da pessoa.” As Diretrizes Gerais da Ação Evangeli-zadora da Igreja no Brasil de 2015, estudado na Semana Diocesana de Formação de 2015, fala também deste modo ampliado de entender a necessidade da Iniciação cristã. A Igreja como casa da Iniciação cristã é um legado do Docu-mento de Aparecida (2007). O Documento 105 sobre a missão do laicato, estudado na Sema-na Diocesana de Formação deste ano, também coloca a Iniciação à vida cristã, como elemento básico para a atuação dos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. Neste mês quis apresentar uma co-letânea de citações que nos fazem pensar. No próximo mês quero apresentar o que te-mos de concreto em nossa diocese e o que poderemos pensar em realizar.

DOM EDMILSON Amador CAETANOBISPO DIOCESANO

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

0109h30 – Codipa

14:30h – Reunião Formadores seminário – resid. episcopal

02 07h – Missa Cemiterio – Picanço

02-05 Participação na Convivência do CaminhoNeocatecumenal em Jundiaí

05 16h – Missa no encerramento do Interdiocesano de CEBs – SP2 – Centro Diocesano de Pastoral

06-09 Atualização do Clero em Passa Quatro – MG

10 09h – Visita à Sociedade Bíblica do Brasil

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12h – Festa Santo Antonio Maria Claret – Munhoz

15h – Crisma paróquia São Francisco – Nações

19h30 – Crisma paróquia São Judas – Jd. Alice

1209h – Crisma paróquia NS Loreto

19h30 – Missa paróquia Santo Alberto e NS das Graças

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09h30 – Economato

14h30 – Atendimento Cúria

20h – Missa no encerramento da Escola da PalavraForania Aparecida

1509h30 – Crisma paróquia NS Fátima – Vila Fátima

19h30 – Missa paróquia São José – 30 anos

16 09-12h – Reunião CONSER – Sul 1 – São Paulo

17 09h30 – Atendimento Cúria e 15h - Seminário Lavras

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Manhã: Encontro das Novas Comunidades – Canção Nova

17h – Crisma paróquia Santa Luzia – Mikail

19h30 – Crisma paróquia Santa Luzia – Mikail

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08h30 – Crisma par. Sag. Coração de Jesus – Normandia

10h30 – Presença no Incendeia – Virgo Potens

12h – Almoço Seminário – Lavras

15h – Crisma paróquia Santa Cruz e NS Aparecida

19h30 – Crisma paróquia Santa Rosa de Lima

2109h30 – Conselho de presbíteros

19h30 – Missa Novena NS das Graças – Itaquaquecetuba

2209h30 – Reunião Geral do clero – Lavras

20h – Missa novena NS das Graças – Vl. Nova Cachoeirinha

23 09h30 – Reunião com os formadores da Escola Diaconal – residência episcopal

23-24 Encontro da CIMBRA – Conferência de Intercâmbiomonástico do Brasil – Mosteiro de São Bento – Vinhedo

2509h – Palestra no Enc. Est. da Pastoral Familiar – Jundiai

19h30 – Crisma paróquia Santa Luzia – Alvorada

2608h – Crisma paróquia Santo Antonio – Parque

15h – Ordenação presbiteral

27 20h – Missa paróquia Santo Alberto e NS das Graças

28 14h30 – Atendimento cúria

2914h30 – Atendimento cúria

20h – Missa nas casas paróquia Santo Antonio – Parque

3009h30 – Atendimento cúria

19h30 – Encerramento do ano letivo no Seminário - Lavras

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

04 vida Presbiteral caminhada vocacional

a síndrome de burnoute o sentido da vida

cultura e liberdadehomem nú e família

O tema da cultura e liberdade de ex-pressão foram bastante discutidos nos meses de setembro e outubro no país. Na verdade, eles “causa-ram” debates, discussões, defesas, protestos e foram abordados pelos diferentes canais de comunicação e até veto de governador. Dois fatos chamaram bastante a atenção nes-te mês: a exposição Queermuseu organizada pelo Santander Cultural em Porto Alegre e a performance de um artista nu (Wagner Shwartz) e sua interação com uma criança, du-rante uma apresentação no Museu Arte Moderna (MAM) em São Paulo. Não pretendo aqui aprofun-dar sobre o conceito de arte e mui-to menos apoiar ou não este tipo de obra, entretanto para o fato da discussão ter levantado um tema bastante esquecido: o papel da família na educação das crianças. Em ambos os casos, foi colocado em xeque a classificação etária das amostras e acesso de temas adul-tos a crianças. Se ampliarmos bem a discussão, entraremos numa dis-cussão sobre a relação entre arte e moral, arte e senso comum e es-pecialmente no papel da família na formação do ser humano. Nossa cultura transfere para fora da família o processo de transmissão de valores e formação do ser humano. A nossa cultura pós-moderna desclassifica a inter-venção dos pais no processo de formação humana, como se isso

fosse um atentado a dignidade da pessoa humana ou uma infração contra a consciência e liberdade. O ser humano é considerado um ser independente, não necessitado de correção e orientação, aonde o úni-co critério de evolução seja o seu ego. As crianças hoje são tratadas como miniadultos e maduros para escolher tudo e ver tudo, indepen-dente do seu estágio de amadure-cimento cognitivo e sexual. Tudo é jogado sobre as crianças, sem se perguntar sobre as conseqüências futuras em suas vidas. A família perdeu a sua função reguladora dos diferentes sentidos da vida e transmissora dos valores mais es-senciais da vida humana. Ela per-mite tudo, até o que não é cristão. Toda esta situação reflete no surgimento e encaminhamento das vocações, pois nossos jovens trazem consigo esta bagagem fami-liar. A desestruturação familiar, em todos os sentidos, tem dificultado a possibilidade de muitas pessoas se-rem capazes de oferecer suas vida e assumir um compromisso religio-so e até mesmo pra vida. A situação de muitos vocacionados e jovens hoje é reflexo destas “expressões artísticas”: um ser humano distor-cido, perdido em si mesmo e coi-sificado. A arte também expressa o que são as pessoas.

Padre Edson R. dos Santos

Reitor Seminário Propedêutico

Celebrar missas, atender confissões, coordenar reuniões, pagar contas, ir ao banco, dar a unção aos enfer-mos, coordenar a ação pastoral, e atividades diversas... e tudo isso em um único dia. A cada dia se repete a mesma agenda e talvez um pouco mais intensa. A vida cotidiana do pa-dre possui uma série de exigências, e sempre com um forte peso emo-cional nos diversos afazeres. Esta é a nossa vida, a vida que como padres livremente esco-lhemos, nosso caminho de felicida-de, se vivida com profunda espiri-tualidade, de sermos presença de Cristo Bom Pastor e a Ele estarmos unidos por meio da espiritualidade. Mas há riscos de uma vida cotidiana intensa em atividades. Hoje têm-se percebido que mui-tas pessoas com agenda apertada nos horários e com atividades de alto impacto emocional (alegrias, tensões, exigências, resultados rá-pidos, gerenciamento de conflitos), vivem um grande desgaste que por vezes pode levar ao esgotamento. Os bons podem se cansar e perder o sentido do bem e da vida. Este esgotamento físico, afetivo e espiritual tem sido chama-do de síndrome de Burnout, ou sín-drome do esgotamento. Este fenô-meno se marca pelo fato de alguém pela intensidade dos fatos e pela vida cotidiana, ser levado à exaus-tão e a perda do sentido da missão.Uma síndrome que foi percebida em primeiro lugar, entre médicos e en-fermeiros, depois em pessoas que possuíam responsabilidade sobre

muitas vidas (empresários, gestores, etc), mas que nos últimos anos têm--se apresentado entre os padres. Esta enfermidade psíquica apresenta alguns sinais claros: 1º Esgotamento emocional: forte perda da energia psíquica, afetiva e física, com a sensação de ter-se chegado ao limite; 2º despersonalização: pas-sa a se viver o trabalho com grande indiferença, sem o sentido de ser uma missão; 3º perda do sentido de realização pessoal: começa-se a se questionar se de fato possui-se aquela missão, e muitas vezes se escolhe abandoná-la. Neste mês, nosso Clero reunir-se-á para refletir sobre esta síndrome, suas consequências e como o caminho para a superação deste desafio se encontra na busca do sentido da vida e da missão, por meio de uma abordagem psicológi-ca conhecida, como “logoterapia”, que parte da compreensão de que o sentido da vida, se encontra a partir do contato com o que há de mais profundo no homem: sua ca-pacidade de transcender a si, como um ser espiritual. O Sentido da vida que não se encontra nos atos cotidia-nos, mas na experiência espiritual profunda, capaz de dar sentido a todos as coisas e nos conduzir a unirmo-nos ao Senhor, Bom Pastor, “que tendo amado aos seus que estavam no mundo amou-os até o fim” (Jo 13,1).

Padre weber Galvanichaceler do bispado

Ao digitarmos a palavra transgê-nero em qualquer editor de texto que tenha correção ortográfica, a palavra sairá grifada em vermelho. Se até os programas modernos de edição de textos não reconhe-cem essa palavra, o que esperar da nossa cabeça moldada desde os tempos mais remotos e condi-cionada a considerar só aquilo que nos é familiar? A verdade é que o drama da personagem exposto na novela, apesar de ter chocado muitas pessoas, com algumas res-salvas, representa o drama de mi-lhares de pessoas que vivem nes-sa condição. Todavia, deveríamos ficar igualmente chocados com as estatísticas. O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Entre janeiro de 2008 e março de 2014, foram registra-das 604 mortes no país. De acordo com pesquisa do IBGE de 2013, a expectativa de vida desse grupo social não passa dos 35 anos, me-nos da metade da média nacional de 74,9 anos da população em ge-ral. Isso é vergonhoso. O que vem a ser Transgê-nero? De acordo com o Dicionário Houaiss é um adjetivo utilizado para definir pessoas cuja identidade de gênero (masculino e feminino) é in-compatível com aquela atribuída à nascença, identificando-se como pertencentes ao sexo oposto do que possuem. Há casos de crian-ças transgêneros que vivem de

acordo com o sexo com o qual se identificam. Os transgêneros geral-mente afirmam terem nascido no corpo errado. Possíveis causas. A hipóte-se científica mais explorada aponta para causas biológicas. Segundo o neurobiologista holandês Dick Frans Swaab, professor emérito da Universidade de Amsterdã, a formação dos ovários ou testícu-los ocorre num momento em que o cérebro ainda não está definido e dependendo de fatores de stress pode haver discrepância entre o sexo biologicamente definido e a identificação sexual, que é um fe-nômeno que ocorre no cérebro. Sendo ou não a identidade de gênero um fenômeno biológi-co, a verdade é que pessoas estão sendo vítimas de violência. Tão ina-ceitável quanto exaltar e promover a ideia vulgarizada de que a identi-dade sexual é uma questão de es-colha é demonizar a discussão em torno de um assunto tão complexo e delicado adotando uma postura meramente transfóbica. Precisa-mos lançar um olhar compassivo àqueles que sofrem e compreen-der que independentemente das diferenças, todos somos filhos de Deus.

romildo r. almeidapsicólogo clínico

05Falando da vida catequese

transgênero - quem sou eu?Um olhar compassivo diante do outro que sofre

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

Nesta edição a reflexão será so-bre Catecumenato, segunda eta-pa da Iniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal. Dentro do processo de Iniciação Cristã, o Catecumenato: é o segundo tempo “dedicado à catequese completa... um espaço de tempo em que os candidatos recebem formação e exercitam-se prati-camente na vida cristã” (RICA, n. 7,19). Um período mais longo, destinado à catequese integral. É a parte doutrinal que nos faz conhecer para amar a Igreja. Os candidatos recebem o conheci-mento para melhor aderir a Jesus Cristo e a tudo o que a Ele se re-vela. É neste período que ocorre a grande maturação da fé. Tendo sido feita a acolhida como catecúmenos na celebra-ção da primeira etapa, se inicia o catecumenato propriamente dito; é a fase mais longa de todo pro-cesso de iniciação à vida cristã.. Durante este tempo os catecúme-nos criam familiaridade com a Pa-lavra de Deus, recebem formação catequética, são iniciados nos ritos litúrgicos e exercitam-se na prática da vida cristã. Pede-se de-les uma progressiva mudança de mentalidade e dos costumes com suas consequências sociais. “A formação catecumenal, conforme a mais antiga tradição, se realiza através da narração das experi-ências de Deus, particularmente da História da Salvação mediante a catequese bíblica. A prepara-

ção imediata ao Batismo é feita por meio da catequese doutrinal, que explica o Símbolo Apostólico, com suas implicações morais” (cf. DNC, n. 47). Neste tempo de profundo aprendizado, os discursos de Je-sus iluminam o caminho para des-cobrir o sentido existencial deste mistério. Disto, São Paulo nos fala com muita clareza: “Confor-mando-me com Ele na sua morte, para ver se eu alcanço a ressurrei-ção de entre os mortos” (Fl 3,11) O catecumenato, ou for-mação dos catecúmenos, tem por finalidade permitir a estes últimos, em resposta à iniciativa divina e em união com uma comunidade eclesial, que levem a conversão e a fé à maturidade. Trata-se de uma “formação à vida cristã in-tegral (...) pela qual os discípulos são unidos a Cristo, seu mestre. Por isso, os catecúmenos devem ser iniciados (...) nos mistérios da salvação e na prática de uma vida evangélica, e introduzidos, me-diante ritos sagrados celebrados em épocas sucessivas, na vida da fé, da liturgia e da caridade do povo de Deus “.(CIC §1248).

Nas próximas edições fa-laremos de outras duas etapas do novo processo Catecumenal, que serão: Iluminação e Purificação e a Mistagogia.

Andreia F. S. Ribeiroequipe diocesana da catequese

catecumenatodedicado a catequese completa

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

06 ACONTECEUDiocese celebra o Dia Nacional da Juventude

A Diocese de Guarulhos comemorou neste domingo, 15, o Dia Nacional da Juven-tude, reunindo diversos movimentos jovens no Ginásio do Clube do Parque Cecap. Os jovens foram recebidos com muita alegria e animação e em seguida nosso pastor, Dom Edmilson Amador Caetano, presidiu a ce-lebração da santa missa, junto ao Pe. Fabrício Bezerra Lopes, assessor do Setor Juventude e Diácono Fábio Lima, assessor do EJC (Encon-tro de Jovens com Cristo). Dando inicio as atividades a Comunida-de Shalom e Juventude Missionária apresenta-ram a peça teatral chamada “Território”, onde falaram sobre o território da missão, onde Deus escolheu para que nós estivessemos. Em seguida, os jovens tiveram Pochet Show com a Missão Saboh e a peça teatral “Ecologia” com os jovens das Células e EJC, provocando o jovem para que seja sustentável, promovendo ações para salvar a terra, cuidan-do-a como nossa própria casa. Banda PJ (Pastoral da Juventude) ani-mou a galera, finalizando sua participação com a apresentação da peça “Cultura” organizada pela Pastoral da Juventude e Ministério Jovem, onde mostraram desde a criação do mundo até a destruição da terra pelos homens. E para finalizar o dia, os jovens tiveram um pocket show com a Célula e um forte mo-mento de Adoração ao Santíssimo e bênção de envio conduzida pelo diácono Márcio Arielton.

07

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

ACONTECEU

Paróquia Santa Rita de Cássia do Jd. Cumbicacompleta 20 anos de fundação

Com grande alegria a Pa-róquia Santa Rita de Cássia (Jardim Cumbica), celebrou na noite do dia 19/10, a Santa Missa em Ação de Graças pelos 20 anos de fundação da paróquia. Agradecidos pela interces-são da padroeira Santa Rita de Cás-sia que fortaleceu a caminhada desta comunidade, a missa foi presidida pelo Pároco, Pe. Renato Bernardes Duarte e concelebrada por Pe. René Cavalcante, que já atuou na paróquia como vigário.

Fora recordado que, na San-ta Missa de 19 de outubro de 1997, iniciava-se a Paróquia Santa Rita de Cássia e, com o passar do tempo, foram percorridos 20 anos de vida paroquial, com as graças derrama-das por Deus sobre a comunidade. Importante lembrar que os incontá-veis serviços laicais, os esforços e gestos magnânimos justificam-se, tão somente pelo amor a Deus e a Paróquia. As grandes obras são execu-tadas não pela força, mas pela perse-verança e pela fé.

diocese promove dia de encontro das secretáriasem comemoração ao dia desses profissionais

No dia 29/09 a Diocese de Guarulhos reunião as secretárias pa-roquias, das comunidade e capelas para um momento de reflexão e con-frfaternização no Centro Diocesano de Pastoral. O momento foi guiado pelo Padre Weber Galvani, Chaceler do Bispado que destacou a importân-cia do trabalho dos secretários e secretárias em nossas comunida-

des. Durante o discurso ele frizou as questões de responbilidade e carisma no atendimento de todos que nos procuram. Logo após esse reconheci-mento do trabalho ocorreu um mo-mento de oração com todos presen-tes pedindo a benção de Deus ao trabalho realizado e um almoço de confraternização foi oferecido a todos os presentes.

“Para que todos possam voltar para as dioceses com o espírito missionário renovado ou despertado “. Com es-sas palavras, o presidente do Regional Sul 1 da CNBB e arcebispo metropolitano de Campinas, dom Airton José dos Santos, encerrou a sessão de encerramento dos trabalhos da 39ª. Assembleia. Após três dias de muitas discussões acerca do tema “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade: Sal da terra e luz do mundo”, aconteceu no auditório Rainha dos Após-tolos do Centro de Espiritualidade Inaciana, em Itaici, Indaiatuba, SP, entre os dias 20 a 22 de outubro a 39ª. Assembleia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que compreende as dioceses do estado de São Paulo.

A assembleia recebeu mais de 260 participantes, entre Bispos, padres, leigos e leigas que atuam nas dioceses do estado de São Paulo As principais conferências foram as “Forma-ção dos cristãos leigos e leigas para a participação na vida social e política como um processo de iniciação a Vida Cristã” e “O Processo de Iniciação à Vida Cristã para formar cristãos leigos e leigas para a participação à vida social e política” e “Ano do Laicato”. O assessor do Setor Leigo da Comissão da CNBB, Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, abriu a conferência de abertura de assembleia. O assessor destacou que o processo de formação é essencial para a vida dos leigos e leigos, pois ninguém está pronto, de modo que se sintam sujeitos eclesiais. Ressaltou que os documentos 105 e 107 estão iluminados pelas Dire-trizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e do documento 100. Laudelino teve como base para desenvolver sua reflexão o capítulo III do documento 105, com os seguintes itens: 1. A Igreja, comunidade missionária; 2. Uma espiritualidade encarnada; 3. A presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; 4. A formação do laicato; 5. A ação trans-formadora do cristão leigo no mundo; 6. A ação dos cristãos leigos e leigas nos areópagos modernos. 7. Indicativos e encaminhamentos de ações pastorais; 8. Compromissos. Já no segundo dia o bispo auxiliar de São

Paulo, dom José Roberto Palau, abriu os trabalhos fa-zendo uma reflexão sobre a Iniciação à Vida Cristã, a partir do texto do encontro de Jesus e a Samaritana. A palestra foi dividida em quatro partes principais: Intro-dução, Caminho feito (VER); Caminho Revisto (julgar); Caminho Proposto (Agir). A Comissão para a Ação Missionária e Coope-ração Intereclesial esteve em pauta com o lançamento de vídeos, folders, banners das Ações missionária na Amazônia e na diocese de Pemba (Moçambique, Áfri-ca). A iniciativa é sensibilizar e despertar a consciência missionária na Igreja do estado de São Paulo. O bispo de Guarulhos (SP), dom Edmilson Amador Caetano, presidente da Comissão Episcopal para o Laicato, Vida e Família do Regional Sul 1 da CNBB proferiu a conferencia sobre o Ano do Laicato.

Fonte: CNBB Regional Sul 1

assembleia das igrejas particulares

José Luiz, Andreia de Fátima, Núbia Marcia, Lucio ( Caritas ), Dom Edmilson

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

08 ACONTECEU

Congregação das Filhas de N sra Stella Maris celebra 60 anos de Fundação

No dia 05/10, a Capelania Stella Maris comemorou a solenidade de sua padroeira, Nossa Senhora Stella Maris. A Santa Missa, que faz parte da novena em comemoração aos 60 anos de fundação da Con-gregação, foi presidida por Dom Edmilson, Bispo Diocesano , concele-brada por Pe. Berardo Graz, e com a presença das Irmãs Filhas de Stella Maris, responsáveis pela Igreja.

A Capelania, faz parte do Complexo Hospitalar Stella Maris, e esta sob os cuidados da Congregação de mesmo nome. Os festejos pe-los 60 anos, foram até o dia 08/10, com a Santa Missa de Encerramento, presidida pelo Capelão Pe. Berardo.

Tríduo Vocacional em preparação a Ordenação dos Diáconos Fábio, Márcio e Leonardo

Entre os dias 17 e 19 de Outubro, acon-teceu o Tríduo Vocacional Diocesano, prepara-tório à Ordenação Presbiteral dos Diáconos Le-onardo Henrique, Márcio Arielton e Fabio Lima. O tríduo, organizado pela Pastoral Vo-cacional e pelo Seminário Diocesano Imaculada Conceição, se iniciou no dia 17 (Terça Feira), com a Santa Missa Votiva de Nossa Senhora, realizada nas paróquias de origem de cada diá-cono – Marcio, na Santa Cruz e Nossa Senhora Aparecida, Fábio, na Santa Rita de Cássia Jd Cumbica e Leonardo, na São Roque – e pre-

sidida pelos párocos de cada Paróquia. Nesta celebração, cada Pároco abençoou as vestes que serão usadas pelos diáconos em sua or-denação e consagrou aquele diácono à Nossa Senhora. Na Quarta Feira, dia 18, aconteceu a Hora Santa Vocacional, nas paróquias atuais de cada diácono (onde estão atuando), pedindo a intercessão do Bom Jesus pelas vocações de nossa Diocese. Na Quinta feira, dia 19, aconteceu, pela manhã, a Santa Missa Vocacional Diocesana,

na Catedral Imaculada Conceição, presidida por Dom Edmilson e em honra às Vocações. As 18 horas, aconteceu, no Seminário Diocesano, a Concentração, Adoração e Santa Missa, com a presença das Congregações e Comunidades de Vida Consagrada. Os diáconos recebem a Ordenação Presbiteral no dia 26/11, às 15 horas, no Inter-nacional Eventos (Antiga Phillips), pela oração consagratória e imposição das mãos do Bispo Diocesano.

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

ACONTECEUmutirão missionário diocesano

Diocese promove Fórum das Pastorais Sociais A Diocese de Guarulhos promoveu no sábado, 21, o Fórum das Pastorais Sociais, no Centro Diocesano de Pas-toral (CDP). Mediado por Padre Tarcísio Almeida, Assessor Diocesano das Pastorais Sociais, o fórum, que contou com a presença de inúmeros agentes das pastorais sociais, tra-tou da realidade da sociedade brasileira, levando em conta adesigualdade social principalmente em nossa cidade. Também foi questionado sobre qual olhar, os agentes das pastorais sociais, estão buscando ver a realidade, suas ações e práticas, pois a realidade pode ter interpretações diferentes e ao estarmos inseridos na sociedade, devemos ser sujeitos da Fé e da Política, buscando somar forças para que os direitos dos menos favorecidos sejam respeitados e atendidos.

Queremos externar nosso agrade-cimento a cada um dos Senhores, por terem apoiado, e confiado no trabalho do Comidi no decorrer do ano, sempre nos enviando seus representantes, que por sua vez não mediram esforços para sem-pre se fazerem presentes, culmi-nando hoje nesta grande missão diocesana que vem responder ao apelo do Papa Francisco de ter uma igreja em saída, enlameada, mas feliz por ter ido ao encontro do outro em suas diversas perife-rias, não só as geográficas, mas sobre tudo as periferias existen-ciais, onde muitas vezes encon-tramos pessoas com sua digni-dade totalmente destruída por muitas situações de morte ao qual são expostas e a igreja é chama-da a estar exatamente ali, onde o próprio Cristo deveria estar (Lc 10, 1), levando uma palavra de con-forto, um olhar, um sorriso ou so-mente ouvir. Nós missionários so-mos chamados a ser um sinal de esperança na vida do outro, a dei-xar transparecer o rosto de Cristo, e tudo isso com imensa alegria, a alegria que sentimos hoje em poder dizer que vale a pena ser Missionário, vale a pena trabalhar pelas missões, mesmo que acon-teçam alguns percalços no cami-nho, vale à pena ir ao encontro de

tantos homens, mulheres, idosos, jovens e crianças sedentos de Je-sus. Toda essa alegria é resul-tado do grande amor de Deus que nos impele assim como diz San-to Antonio Maria Claret em seus escritos: “Impelidos pelo fogo do Espírito Santo, os apóstolos per-correram o orbe da terra. Incen-diados do mesmo fogo, os mis-sionários apostólicos chegaram, chegam e chegarão até o fim do mundo, de um extremo da terra a outro, para anunciar a palavra de Deus, podendo, assim, com justi-ça dizer de si mesmos as palavras do apóstolo Paulo: O amor de Cristo nos impele (2Cor 5,14)”. Que nunca percamos a Alegria de anunciar o Evangelho, que nunca percamos a Alegria de sermos Missionários. Que possa-mos juntos tornar nossa Diocese em estado permanente de mis-são. Santa Teresinha e São Francisco Xavier padroeiros das missões possam derramar copio-sas graças e bênçãos sobre a vida de cada um de vocês.

Pe. Hechilly de Brito Timóteo Assessor Diocesano

COMIDI – Conselho Missionário Diocesano

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

10 social

Um convite especialúltimo encontro diocesano do ano

pastorais sociaisconvite a compaixão

As Pastorais Sociais são formadas por agentes que trabalham no campo das transformações sociais e políticas bus-cando atender aos mais necessitados, excluídos, carentes e que requer cuida-dos especiais. Estão inseridas na Dimen-são Sócio-Transformadora da CNBB. Para entender esta dimensão usemos dois exemplos, um de Mt 9,35-38, que constitui um resumo das atividades de Jesus. Diz o texto que Jesus “percorria todas as cidades e aldeias”. No cami-nho encontrava as “multidões cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”. Diante delas, Jesus sentia “compaixão”. Aqui está o espírito de toda ação social. Uma sociedade que gera desemprego, violência, dependência química, prosti-tuição, racismo, corrupção, destruição do meio ambiente gera muitos irmãos e irmãs “cansados e abatidos”, por isto as Pastorais Sociais, cada uma em sua vocação, são tão atuais e necessárias. É preciso continuar a caminhada com Jesus e ter “compaixão”. Diz um provérbio chinês que perguntado a uma mulher a qual filho ela amava mais, ela, como mãe, res-pondeu: ao mais triste até que sorria, ao mais distante até que volte, ao mais pe-queno até que cresça. Na combinação dos dois exemplos, Deus ama a todos os seus filhos, mas é preciso socorrer o mais necessitado. As Pastorais Sociais atuam aí, não como assistencialismo, mas como presença transformadora, amar por primeiro aquele até que sorria, até que tenha o necessário. As Pastorais Sociais em nossa Diocese precisam de novo ardor, novos agentes, que chamados e enviados por Deus tenham compaixão e respondam: “eis me aqui, envia-me Senhor”.

A Diocese de Guarulhos cres-ce em formação e espiritualidade. Cada vez mais pessoas de nossas paróquias participam das diversas escolas, a de Ministérios, da Palavra, de Liturgia, da Catequese, de Música, nas missas e celebrações, nos diversos carismas, muitos fiéis em busca da Palavra e do auxílio de Deus. O Papa Francisco nos orienta para que recebendo a Palavra, partici-pando da Eucaristia nos coloquemos a caminho para ouvir o clamor do povo e ter compaixão; o Reino já acontecendo para que necessitam dos frutos da justi-ça e do Amor. Em 2018, a iniciar liturgicamen-te na Festa de Cristo Rei, será o ano do Laicato para toda a Igreja no Brasil: o ano dos leigos e leigas, aqueles que respondem ao chamado de Deus, não como Padres ou Religiosos, mas como discípulos missionários, enviados a ser o Sal da Terra e Luz do Mundo. Para bem vivenciar o Ano do Laicato em nossa diocese teremos mo-mentos importantes para formações, aprofundamento da espiritualidade e compreensão do papel e missão dos leigos e leigas. Venham participar e juntos (re) descobrir a nossa vocação como servidores do evangelho de Jesus Cristo, na Igreja e na Sociedade. Que ninguém fique de fora, venha conhecer, partilhar suas experiências e oferecer sua contribuição: procure sua comuni-dade, as pastorais sociais, o padre local, se informem e participem dos encontros de reflexão para o Ano do Laicato.

José Luiz Gomes de AlmeidaSecretário das Pastorais Sociais

A Pastoral do Dízimo caminha para o seu último encontro dio-cesano do ano de 2017. Encon-tro este, que acontecerá no dia 11 de Novembro na Capela São José às 18h, ao lado do Centro Diocesano de Pastoral (CDP) – Bom Clima, uma noite que será marcada pela Oração, dando graças a Deus pelas sementes plantadas e frutos colhidos e nos confraternizando como irmãos de caminhada. As oportunidades que ti-vemos em nossos encontros for-mativos foram inúmeras, em que nos empenhamos em trabalhar melhor a dimensão missionária dos irmãos e irmãs, membros da pastoral do Dízimo em cada pa-róquia da Diocese. Sabemos que o trabalho ainda é pequeno, de formiguinha; muitas são as reali-dades de dificuldades no âmbito pastoral e de consciência dos fi-éis, mas temos a certeza que o mais importante deve ser feito com zelo e perseverança: Evan-gelizar! Essa é a nossa palavra de ordem, para que os nossos ir-mãos também possam conhecer a Jesus Cristo, experimentá-lo e assim fazerem cada vez mais parte da comunidade, tornando--as como parte de suas vidas e se responsabilizando por elas.

Queremos aproveitar e re-forçar o convite a todos os mem-bros do dízimo de nossas paró-quias para que correspondam mais uma vez este chamado, de comparecerem na nossa noite de confraternização e selarmos mais uma vez este compromisso de juntos, rezarmos e trabalharmos para que na unidade possamos nos animar em nosso ardor mis-sionário e pastoral. Nossas datas e progra-mação para o ano de 2018 es-tarão dispostas aqui na nossa coluna da Pastoral do Dízimo nos próximos meses. Deus os aben-çoe e esperamos por vocês. “O Deus da paz vos con-ceda santidade perfeita. Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irre-preensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! Fiel é aquele que vos chama, e o cumprirá.” (I Ts 5,23-24)

MÃE DA DIVINA PROVIDENCIA, PROVIDENCIAI!

josé melone e roseCoordenadores Diocesanos - pastoral do dízimo

diácono márcio arieltonassessor Diocesano - pastoral do dízimo

dízimo

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FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

igreja em Missão

Concluindo o Encontro de Formação para os novos bispos nomeados no último ano, o Papa concedeu-nos, no dia 14 de setembro, na Cidade do Va-ticano, a graça de uma audiência, em que nos apresentou reflexões ressoan-do a formação promovida pela Congre-gação para os Bispos e para as Igrejas Orientais, que aconteceu ao longo de uma semana, assessorado por Car-deais, sobre tema: “O bispo, mestre do discernimento”. Em seu discurso, o Papa nos exortou ao necessário discernimento espiritual e pastoral, no exercício do Ministério Episcopal, para realizarmos uma das tarefas principais: o cuidado do rebanho, sobretudo nos momentos desafiadores que vivemos. Entretanto, para que este dis-cernimento aconteça, é fundamental nos deixarmos conduzir pelo Espírito Santo, para que não vivamos um mi-nistério estéril, conscientes de que o rebanho não nos pertence como pro-priedade, mas como responsabilidade de zelo e condução: “A nós cabe aco-lher quotidianamente de Deus a espe-rança que nos preserva de qualquer abstração, porque nos permite des-cobrir a graça escondida no presente sem perder de vista a longanimidade do seu desígnio de amor que nos ul-trapassa”, afirmou o Papa. Deste modo, os bispos terão a palavra de discernimento como fruto de uma vida íntima com Deus, de uma amizade fundada e nutrida na oração. No cultivo de uma fecunda espirituali-dade, o discernimento será mais con-forme aos desígnios de Deus, e aos ensinamentos da Igreja, que se origi-

nam na Sagrada Escritura. Enfim, nos encontrarmos com o Papa Francisco, o sucessor de Pedro, o primeiro a quem o Senhor confiou “as chaves” da Igreja, como nos diz o Evan-gelho: – “Tu és Pedro e sobre esta pe-dra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16,18), foi memorável e determinan-te para o exercício do nosso ministério, e assim, teremos sempre diante de nossos olhos a certeza de que não es-tamos sozinhos, e, na plena comunhão com o Sumo Pontífice e com os mem-bros do Colégio Episcopal, levaremos adiante a missão que o Senhor confiou aos primeiros apóstolos. Ao final do discurso, o Papa nos apresentou a Virgem Maria, como modelo para os bispos e todo o cristão, pois ela permanece com o olhar fixo no seu Filho, preservando e abençoando a nós e as Igrejas particulares que deve-mos conduzir e servir. Em comunhão com a Igreja Particular de Guarulhos, asseguro mi-nhas orações ao bispo, aos padres, di-áconos, religiosos/as, seminaristas e a todo o Povo de Deus, cristãos leigos e leigas, com os quais aprendi a amar e a ser Igreja. Da mesma forma, peço ora-ções para que eu realize, com amor, zelo e ardor, a missão que me foi confia-da, e que o meu Lema Episcopal, paute toda a minha vida e ação: “PARA MIM O VIVER É CRISTO” - “MIHI VIVERE CHRISTUS EST” (Fl 1, 21).

Dom Otacílio F. LacerdaBispo Auxiliar de Belo Horizonte - MG

Assim como em outros intereclesiais, também no Paraná o 14º- interecle-sial será um grande Pentecostes, um novo sopro do Espírito do Ressusci-tado, para a Igreja em todo o Brasil. O Intereclesial reforça a experiência de Igreja, com grupos bíblicos de re-flexão ou grupos de rua, comunidade de comunidades, da setorização, e fazendo sempre mais uma Igreja que seja casa da palavra, do pão, e da ca-ridade fraterna. O Intereclesial está sendo pre-parado no Brasil inteiro. Em todos os regionais, e sub- regionais da CNBB, estão acontecendo encontros de pre-paração. Toda essa fermentação, com certeza, vai levedar a nossa Igreja no Brasil. O 14º- vai ser uma benção para todos nós. Ele irá acontecer no con-texto do ano do laicato que a Igreja no Brasil irá promover de 26/11/17-25/11/18. Que seja um ano de redes-cobrir a beleza e o encanto de ser Igre-ja da Base que tem a ousadia de ser profeta, nesse tempo tão necessitado de voz forte e corajosa para proclamar que os cristãos unidos e comprometi-dos transformam a sociedade. Os encontros intereclesiais são momentos fortes, onde rezamos, celebramos e refletimos sobre as re-lações entre a Bíblia e a vida, com foco na defesa dos direitos humanos fundamentais de homens e mulheres, empobrecidos e marginalizados, pelo sistema econômico neo - liberal que privilegia o ter e o lucro em prejuízo da dignidade do ser humano. As comunidades eclesiais de base (cebs), da Igreja no Brasil, de-verão enfrentar o desafio urbano de

modo diferente, mas não podemos deixar de enfrentar tal desafio se que-remos, de fato, continuar a propor o Caminho, e o Evangelho de Jesus Cristo para o mundo de hoje. Diante dos desafios do mun-do urbano, o texto base do 14º- In-tereclesial aponta dez situações nas quais devemos estar atentos para fazer sinais do Reino, sempre na dire-ção de uma lógica de inclusão, o que em termos políticos significa buscar políticas públicas: as questões relati-vas a moradia; a mobilidade urbana; a violência ao meio ambiente e sus-tentabilidade; trabalho; saúde, edu-cação; arte, cultura, esporte e lazer; tecnologias de informação e comuni-cação; afetividade e sexualidade. Evidentemente, que cada Ceb, integrada a uma rede de comu-nidades, em comunhão com a Igreja, deve sustentar a vida espiritual dos seus membros para que todos e to-das possam manter viva a esperança de outro mundo possível, um mundo totalmente justo, igualitário, e inclusi-vo. Que as cebs possam encontrar força e consolo para viver os desa-fios do mundo urbano, o que não é nada fácil. Porém, a esperança de um mundo melhor deve estar sempre presente na vida cristã.

Padre Tarcísio Anatólio de Almeidaassessor das pastorais sociais

encontro do Papacom os novos bispos

CEB`s

14º interclesial das ceb’sdesafios do mundo urbano

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12 LITURGIA BÍBLIA

ano do laicatoaprender a ser assembleia

Sal da terra e luz do mundoreflexão bíblica para o ano nacional do laicato

Vamos iniciar, na festa de Cristo Rei, o Ano do Laicato. A orientação da Igreja para este ano é de reafirmar a vocação dos leigos e leigas: ser Sal da terra e Luz do mundo. São chamados a “cultivar a vida interior e a relação pessoal com Cristo, de modo que, iluminados pelo Espírito Santo, em todas as circunstâncias, tudo façam para a glória de Deus, a salvação do mundo e o bem de to-dos” (Doc. 105 CNBB, Introdução). O campo de atuação dos leigos e leigas é o mundo, mas nos torna-mos cristãos a partir da experiên-cia como assembleia litúrgica. Viver intensamente a liturgia nos ajuda a responder este chamado da Igreja. Porque é ali que Deus faz de nós seu Povo. A dinâmica da assem-bleia litúrgica nos ensina a viver melhor este chamado. Deus nos convoca, e res-pondemos ao nos reunir. Antes do sinal da cruz, antes do canto de en-trada, a assembleia está lá. Na ex-periência bíblica, Abraão, Moisés, os profetas e o próprio Jesus foram chamados por Deus a uma vida nova. E este chamado os enviou ao encontro de pessoas. A convocação foi para sair de si mesmos, sair para fora, para constituir um povo. Na assembleia litúrgica, o primeiro cha-mado não é para “fazer” ritos, mas antes para “ser” Povo de Deus, nos tornarmos Corpo de Cristo. Deus nos convoca e nos fala. A assembleia litúrgica é o pri-meiro ambiente, o espaço principal para ouvir as Escrituras de modo pessoal e comunitário. Na liturgia

da palavra Cristo nos fala, propõe novas relações com Deus, com as pessoas e com a criação, superando toda morte e pecado. Na assembleia litúrgica Deus comunica sua vida pela Palavra, e nos colocamos como aprendizes do seu projeto. Deus nos convoca, nos fala, faz aliança conosco em Cristo. Toda a vida de Jesus foi para construir esta aliança. Ele abre a assembleia dos fiéis a cegos, coxos, crianças, pecadores públicos, publicanos; convoca em assembleia não só os filhos de Israel, mas também os pa-gãos. Em Cristo todos os homens são chamados a formar o povo de Deus, uma nova sociedade sem ex-clusões nem privilégios. A comunhão é o sacramento, sinal desta aliança. Na oração eucarística II pedimos ao Senhor: “fazei de nós um só corpo e um só espírito!”. Esta é a finalidade do sacramento: recebemos a comu-nhão para nos tornar comunhão. Que a experiência da as-sembleia litúrgica nos ajude a ser Povo de Deus. E assim nossa vida se torne Eucaristia. Neste ano do lai-cato, vamos viver a assembleia litúr-gica com nova atitude: perceber que a comunidade é sacramento, a Pala-vra é sacramento, e a comunhão é o sublime sacramento do nosso com-promisso com Cristo, aliança para sermos sinais do Reino na Igreja e sociedade.

Padre jair costaAssessor diocesano de liturgia

No próximo dia 26 de novembro, Solenidade litúrgica de Cristo Rei, será celebrado o dia dos cristãos leigos e leigas e aberto o Ano nacional do laicato. Esta proposta deseja enraizar em nós a consciência da identidade e da missão dos leigos na Igreja (Papa Francisco). Experimentamos em nosso tempo um secularismo cada vez maior, a partir do qual diversos âmbitos do mundo con-temporâneo se tornam alheios, indiferentes, ou até mesmo, hostis aos valores da Boa Nova de Cristo e da Igreja. Diante desta realidade que “amedron-ta”, e “desanima”, e por falta de uma formação que conscientize a responsabilidade que nasce do Batismo, muitos leigos limi-tam seu compromisso batismal com o Evangelho às tarefas no seio da Igreja, sem um empe-nhamento real pela aplicação do Evangelho na transformação da sociedade (Papa Francisco). Nesta perspectiva surge--nos como ponto de reflexão o texto de Mt 5,13-16, que está inserido no Sermão da mon-tanha. Uma característica do Evangelho de Mateus são os amplos sermões de Jesus, nos quais o evangelista concentrou a pedagogia do Senhor. No tex-to em questão Jesus diz: “Vós sois o sal da terra...Vós sois a

luz do mundo”. Eis o chamado: “Cristãos leigos e leigas, sujei-tos e protagonistas na Igreja em saída, a serviço do Reino”. Primeiramente, Cristo é sal e luz! Sal, pois pela Palavra dá sabor a nossa vida e a con-serva na graça, mesmo diante de nossos medos, angústias e desânimos. E sendo luz ilumina nossas trevas, nossas fragilida-des, apegos e idolatrias para conhecermos o único caminho seguro: “segui-lo”. Esta certeza de que Cristo está a nossa fren-te como o Sol que nos ilumina, nos faz ter a coragem de sair de si mesmos, de nossa zona de conforto para ser uma Igreja em saída. Se o sal não for usado, torna-se insípido, perde o sabor e sua função. E a luz não foi feita para ficar escondida, mas para iluminar. Para ser sal e luz pre-cisamos recuperar a alegria do Evangelho. Portanto, o chamado do Senhor para os leigos é que se-jam sal e luz no mundo de hoje, atuando como discípulos, e ilu-minando para que a verdade, justiça, solidariedade, misericór-dia e o amor se espalhem pelo mundo!

diácono leonardo silvaAssessor diocesano

da pastoral universitária

13Vai acontecer

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

cnbb

Nota da cnbbsobre o atual momento político

“Aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito

do oprimido” (Is 1,17)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através de seu Con-selho Permanente, reunido em Brasí-lia de 24 a 26 de outubro de 2017, manifesta, mais uma vez, sua apre-ensão e indignação com a grave re-alidade político-social vivida pelo País, afetando tanto a população quanto as instituições brasileiras. Repudiamos a falta de ética, que há décadas, se instalou e conti-nua instalada em instituições públi-cas, empresas, grupos sociais e na atuação de inúmeros políticos que, traindo a missão para a qual foram eleitos, jogam a atividade política no descrédito. A barganha na liberação de emendas parlamentares pelo Go-verno é uma afronta aos brasileiros. A retirada de indispensáveis recursos da saúde, da educação, dos programas sociais consolidados, do Sistema Úni-co de Assistência Social (SUAS), do Programa de Cisternas no Nordeste, aprofunda o drama da pobreza de mi-lhões de pessoas. O divórcio entre o mundo político e a sociedade brasilei-ra é grave. A apatia, o desencanto e o desinteresse pela política, que vemos crescer dia a dia no meio da popula-ção brasileira, inclusive nos movimen-tos sociais, têm sua raiz mais profunda em práticas políticas que comprome-tem a busca do bem comum, privi-legiando interesses particulares. Tais práticas ferem a política e a esperan-ça dos cidadãos que parecem não mais acreditar na força transformado-

ra e renovadora do voto. É grave tirar a esperança de um povo. Urge ficar atentos, pois, situações como esta abrem espaço para salvadores da pá-tria, radicalismos e fundamentalismos que aumentam a crise e o sofrimento, especialmente dos mais pobres, além de ameaçar a democracia no País. Apesar de tudo, é preciso vencer a tentação do desânimo. Só uma reação do povo, consciente e organizado, no exercício de sua cida-dania, é capaz de purificar a política, banindo de seu meio aqueles que se-guem o caminho da corrupção e do desprezo pelo bem comum. Incen-tivamos a população a ser protago-nista das mudanças de que o Brasil precisa, manifestando-se, de forma pacífica, sempre que seus direitos e conquistas forem ameaçados. Chamados a “esperar contra toda esperança” (Rm 4,18) e certos de que Deus não nos abandona, con-tamos com a atuação dos políticos que honram seu mandato, buscando o bem comum. Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, anime e encora-je seus filhos e filhas no compromisso de construir um País justo, solidário e fraterno.

Brasília, 26 de outubro de 2017

Cardeal Sergio da RochaArcebispo de Brasília - Presidente da CNBB

Dom Murilo S. Ramos Krieger Arcebispo de São Salvador da Bahia -Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich SteinerBispo Auxiliar de Brasília - Secretário-Geral da CNBB

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

14 PROGRAME-SEDIA HORARIO ORGANIZAÇÃO ATIVIDADE LOCAL DIA HORARIO ORGANIZAÇÃO ATIVIDADE LOCAL

1 9h30 CODIPA Coordenação Cúria Diocesana

2 Todo o dia Legião de Maria Apostoladoda Legião

Cemitérios de Guarulhos

3 22h - 05h RCC Vigilia Diocesana Catedral N.Sra. Conceição

4

8h30-12h Fé e Politica Escola Diocesana Virgo Potens

9h Seminário Diocesano

Missa dos Amigos do Seminário

SeminárioDiocesano - Lavras

14h Past. Criança Retiro Santa Cruz - Taboão

14h Pastoral da Criança

Assembleia de Ramo Santa Rosa de Lima

16h Pastoral Operária Avaliação do ano Centro Social Taboão

5

8h - 17h Cebs Inter Diocesano de Cebs - SP II

CDP - Centro Diocesano

9h -h17h Pastoral Familiar Encontro com Cristo - EC

Santuário N. Sra Bonsucesso

13h SAV Enc. Vocacional Masculino

Seminário Diocesano - Lavras

6 à 9 FORMAÇÃO PERMANENTE DO CLERO Passa Quatro - MG

6 9h Pastoral da Pessoa Idosa

Missa - 13 anos PPI Nacional

Catedral N.Sra. Conceição

8 14h Pastoral da Criança

Assembleia de Ramo

N. Sra Aparecida - Bela Vista

9 19h30 CDDV Reunião Vigo Potens

9 e 10 14h Pastoral da Criança

Assembleia de Ramo

Sto Antônio Maria Claret

11

8h COMIDI e IAM Confraternização / COMIDI Marmelo

9h Pastoral da Criança

Assembleia de Ramo

N Sra FátimaTranquilidade

14h - 16h Past. Carcerária Reunião Mensal Catedral

14h Pastoral da Criança

Assembleia de Ramo Santa Mena

14h30 Pastoral Familiar Coordenadores Paroquiais

Sagrado Coração - Normandia

15h Past.Sobriedade Assembleia Eletiva Aracília

15h PASCOM Assembleia da Pascom Parque Sto Antonio

15h - 18h Fé e Politica Coordenação ampliada

Casa Pe. TitoGopouva

8h30 - 12h Fé e Politica Escola Diocesana Virgo Potens

20h ECC Jantar Dançante prol 3ª Etapa

CDP - Centro Diocesano

14h SAV/PV Reunião Mensal Catedral N.Sra. Conceição

129h Past. Batismo Retiro Diocesano Seminário - Lavras

14h SAV - PV 2ª DespertarVocacional

CDP - CentroDiocesano

10 11 12 Dia todo ECC 1ª Etapa - Santa

Rosa de Lima Recreio São Jorge

169h Pastoral da

Pessoa Idosa Reunião Sede PPI

9h30 CP Conselho de Presbíteros Cúria Diocesana

18

9h Vicentinos Reunião do Conselho Central Cumbica

8h30 - 12h Fé e Politica Escola Diocesana Virgo Potens

Dia todo ECC38ª Reunião

do Regional Sul 1 do ECC

Baurú

tarde - noite Shalom Jantar Dançante CDP - Centro Diocesano

1912h Sem. Diocesano Churrascada do

Seminário Seminário Diocesano

- Lavras

15h - 17h Terço dos Homens

Encontrão e Confraternização São Judas - Jd. Alice

20 PJ - Pastoralda Juventude

Atividade - Consciência Negra

22 09h30 - 16h CP Reunião do Clero Seminário Diocesano - Lavras

24

20h ForaniaBonsucesso

Confraternização CFP

Santuário N. SraBonsucesso

20h Cáritas Assembleia Ordi-nária da Cáritas Sede da Cáritas

20h ECC Missa de Ação de Graças do ECC

CDP - CentroDiocesano

24 e 25 09h - 16h Pastoral da

Criança Reunião Diocesa-

na AmpliadaCDP - Centro

Diocesano Todo

2514h - 17h COMIDI e IAM Bate Lata/ IAM Jd. Bela Vista

08h30 -12h Fé e Politica Escola Diocesana Virgo Potens

2608h - 13h RCC Formação - Minis-

tério de Formação CDP - Centro

Diocesano

15h Seminário Diocesano ORDENAÇÕES Internacional Eventos

28 20h Forania Bonsucesso

Confissõespara Advento

Santa Cruz Pres. Dutra

29 20h Forania Bonsucesso

Confissões para Advento

Sagrado CoraçãoSt Dumont

3020h Forania

BonsucessoConfissões

para Advento Santuário N. Sra

Bonsucesso

20h Forania Fátima Confissões para Advento

N. Sra FátimaAracília

Dom Edmilson Amador Caetano, O. Cist, Bispo Diocesano de Guarulhos:

- Incardinou na Diocese de Guarulhos o Rev.mo Padre Megumi Nagayama;- Incardinou na Diocese de Guarulhos o Rev.mo Padre Romualdo Nunes de Almeida e nomeou-o vigário paroquial da Paróquia Santa Teresinha e Nossa Senhora das Angústias;

COMUNICADOS DA CHANCELARIA

15

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

VAI ACONTECER

IMPRESSO ESPECIAL7220993744 - DR/SPMMITRA DIOCESANA

CORREIOS

16 defesa da vida

FOLHA DIOCESANA DE GUARULHOS - novemBRO 2017

realidades que se completam

família e vida

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A Família é a fonte natural da Vida e a abertura à Vida fortalece e plenifica a Família. Separar estas duas re-alidades leva ao enfraquecimento de ambas. Uma Vida sem família é incompleta em sua realização. Os filhos, fruto da moda da “procriação independente” ou abandonados pelo pai vivo, são exemplo disso: falta-lhe o suporte moral e afetivo do pai, que di-ficilmente será compensado. Por outro lado, uma Família que se fecha à vida, entendida não somente como vida biológica (pois até um casal estéril pode estar aberto a outras dimensões da vida que não a biológica), é uma família incompleta, ou até triste. Aliás o fechamento sistemático à vida torna o pró-prio sacramento do matrimônio inválido. Outras realidades que mutuamente se completam são o AMOR e a FECUNDIDADE. A ligação íntima entre amor e fecundidade torna o ato conjugal o centro dinâmico da vida da família. O amor entre os cônjuges é fonte de vida e a con-cepção de uma nova vida é testemunho indelével do amor do casal. Por isso o ensinamento da Igreja propõe claramente, contra todos os desvios he-donistas e oportunistas, a íntima união do aspec-to unitivo e procriativo do ato conjugal. Separar os dois aspectos leva ao enfraquecimento da união do casal, pois esta união não se sustenta pela simples satisfação do prazer sexual, que é o instrumento e não o fim desta união. Por outo lado, o afasta-mento do aspecto procriativo leva mais facilmente ao egoísmo e não à doação, em que consiste a verdadeira realização do ato conjugal. Contra a objeção falaciosa de que “a con-tracepção, tornada segura e acessível a todos, é o remédio mais eficaz contra o aborto” (EV 13), S. João Paulo II profeticamente afirma, em sua encí-clica “O Evangelho da Vida”, que “apesar de terem natureza e peso moral diversos,[a contracepção e o aborto] surgem, com muita frequência, intimamente relacionados como frutos da mesma planta. Em muitíssimos casos tais práticas afun-dam as suas raízes numa mentalidade hedonista e desresponsabilizadora da sexualidade e supõem um

conceito egoísta de liberdade”(EV 13). O desastre e o suicídio da sociedade oci-dental, que se fecha á vida, está começando a manifestar-se no “inverno demográfico” da Europa Ocidental, que no futuro será habitada pelos des-cendentes dos árabes e africanos, que continuam abertos à vida, enquanto os europeus, na sua gran-de maioria, preferiram a anticoncepção e o aborto. HOMEM e MULHER também são realida-des que se completam mutuamente. A complemen-tariedade biológica, psicológica e espiritual dos dois sexos (e não existem outros) é o fundamento da abertura à vida que se realiza no casamento e esteio da família. Afirmar que duplas de pessoas do mes-mo sexo formam família é desconhecer a verdade sobre o matrimônio e a família. Respeitemos os ho-mossexuais e não julguemos suas uniões, como é justo que toda pessoa seja respeitada, mas no caso destes trata-se de duplas e não de casais, de uniões e não de matrimônio. Os conceitos de matrimônio e de família se fundamentam na doação do ser de cada um dos parceiros, que transcende a si mesmo na comple-mentariedade e abertura à vida da relação conjugal, enquanto a relação homossexual só realiza a satis-fação do prazer sexual sem complementariedade nem abertura à vida e sem doação de si mesmo. Daí o maior índice de frustrações que acontecem nos relacionamentos homossexuais com relação aos relacionamentos heterossexuais. Os próprios homossexuais franceses reconheceram que as uni-ões homossexuais não formam família. As duplas homossexuais não geram novas vidas e por falta de complementariedade não pos-suem os requisitos para educarem filhos gerados por outros. Foi constatado que crianças educadas por duplas homossexuais tem dificuldade em reco-nhecer e viver a própria identidade sexual. Por fim outras realidades que se completam mutuamente são a VIVÊNCIA da CASTIDADE e a REALIZAÇÃO da PRÓPRIA VIDA. A crença de que a atividade genital pode

ajudar as pessoas a superar crises psicológicas e existenciais é mito falacioso. A explosão, vamos assim chamá-la, afetivo-sensual, que uma relação genital desencadeia na interrelação entre corpos e psique dos parceiros, exige uma forte maturidade psicológica, mais do que produzi-la, e longe de re-solver problemas psicológicos ou comportamentais pode agravá-los. É sabido que relações genitais em idade precoce e sem a devida maturidade podem prejudicar o comportamento sexual da pessoa pelo resto da vida. A castidade, como exercício do autodomí-nio de nós mesmos, é pré-requisito para a doação do nosso ser, doação em que consiste o sentido pleno da relação genital, como realização da pes-soa. A castidade nos prepara para a doação ple-na na formação da família, tornando-se fidelidade conjugal, ou para doar a nossa vida na virgindade consagrada, no celibato sacerdotal ou em outras vocações laicas. Foi o caso de cientistas que esco-lheram o celibato e a castidade para se dedicarem plenamente ao ideal de estudo e descobertas em função do bem da humanidade. Sustentar os valores até aqui descritos é afirmar que a nossa vida encontra sua realização ple-na na doação de nós mesmos e não simplesmente na busca de prazeres passageiros, que acabam nos frustrando. A nossa sociedade contesta todos estes valores como “politicamente não corretos” mas eles não perdem sua força de verdade, pois contentar-se com o “politicamente correto” é renunciar à busca da verdade plena e contentar-se com as meias--verdades, como o direito da mulher sobre o próprio corpo, entendido como direito de matar seu próprio filho, ou o direito de cada um a ser feliz, entendido como direito à satisfação sexual, seja qual for o par-ceiro, ou “rodízio” de parceiros, perdendo-se, assim, o sentido pleno da família, como experiência de do-ação de nós mesmos.

padre berardo brásassessor diocesano da pastoral da saúde