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ANO 13 – Nº 2270 – SÃO PAULO, 03 a 09 DE JUNHO DE 2010 – R$ 2,50 www.jornalnippak.com.br Criminosos voltam a aterrorizar moradores nikkeis da Zona Leste de São Paulo JIRO MOCHIZUKI —–––––——–––––––––––––––—–––––——––––––––––––––—–––––——–––––––––––——––––––—–| pág 09 Bunkyo prepara homenagem aos condecorados da Primavera O Bunkyo (Sociedade Bra- sileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), em conjunto com 34 entidades nipo-brasileiras, prepara para o próximo dia 10 de junho, a partir das 19h30, a homena- gem da comunidade nikkei aos Condecorados da Prima- vera. —–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 06 Os homenageados são Isidoro Yamanaka, que foi condecorado com a Ordem do Tesouro Sagrado, Raios de Ouro com Laço de Fita (Zuihou Tyujyushou), e Hiro- shi Nishitani, condecorado com a Ordem do Sol Nascen- te, Raios de Ouro e Prata (Kyokujitsu Soukoushou). A comunidade nikkei (princi- palmente os idosos) moradora na Vila Prudente – Zona Les- te de São Paulo voltou a ser alvo da ação de assaltantes de casas da região desde o início do ano. Representantes da Associação Okinawa Kenjin da Vila Prudente re- velaram que no espaço de um mês, pelo menos seis casos de violência atingiram membros da comunidade da região e associados da entidade. En- tre as vítimas estão os casos dos nikkeis S.N., H.H., Y.N., KH, J.N. e de duas irmãs que venderam a casa e se muda- ram para o interior de São Paulo. Os assaltos acontece- ram nas Ruas Antonio Bitten- court e Faria Lobato, nas pro- ximidades das Avenidas Salim Farah Maluf e Vila Ema, afo- ra os casos não divulgados em que as vítimas não regis- traram boletim de ocorrência. Em todas as situações regis- tradas pela comunidade, os ataques seguidos de violência contra as famílias foram pra- ticados provavelmente por cerca de dois a quatro indiví- duos jovens adolescentes, que escalaram muros, invadin- do as residências, e agredin- do os proprietários, principal- mente idosos. —–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 03 Assembleia do Rio homenageia ministro Uyeda DIVULGAÇÃO Em sessão solene realizada no último dia 27, a Assem- bleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro prestou uma homenagem ao ministro Massami Uyeda, do Supe- rior Tribunal de Justiça. A cerimônia foi presidida pelo deputado Paulo de Mello e contou com a presença de altas autoridades dos três Poderes, familiares e ami- gos. Uyeda recebeu o título —–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 05 de cidadão do Estado do Rio e a Medalha Tiradentes outorgados pelo Poder Le- gislativo daquele Estado. Amigos de São Paulo pres- tigiaram o evento, dentre eles, Kiyoshi Harada, Ar- mando Kihara, Raimundo Uezono, Coji Yamaguita, Tomio Katsuragawa, Sus- sumo Okamoto, o Desem- bargador Nelson Hanada e Fábio Hanada. Marico Kawamura recebe homenagem de ex-alunos LUCI JUDICE YIZIMA Produzido por ex-alunos do Colégio Shohaku-Oshiman, o documentário “Kibishisa Arigatou”, que visa homena- gear a professora Marico Kawamura, de 81 anos de idade – dos quais 60 dedica- —–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 04 dos à educação – fundadora da instituição, será lançado no próximo dia 11, no Auditório Elis Regina, no Anhembi, em São Paulo. O longa relata, em depoimentos e manifestações de ex e atual alunos. CASANOVA – Robertinho Casanova doará o troféu que conquistou ao vencer o No- dojiman, o concurso de ka- raokê mais importante do Ja- pão, para o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil. A revelação foi feita com exclusividade ao Jornal Nippak. De passagem ao Brasil – veio especialmente para participar do quadro Olha Minha Banda do Cal- deirão do Huk – programa comandado pelo apresenta- dor Luciano Huk – Roberti- nho, quer aproveitar ao má- ximo sua estadia no País. Não só para matar saudades dos velhos amigos, como o casal Joe Hirata e Danielle (na foto, com Robertinho, Mika e Rina), como também para planejar seu futuro. Até o re- torno para o Japão, marcado para o dia 24 de julho, Ro- bertinho espera fechar “algo de concreto”, o que não aconte- ceu mesmo depois da históri- ca vitória no Nodojiman, con- curso de música organizado pela NHK. Robertinho Casa- nova foi o terceiro estrangeiro e o primeiro “brasileiro nato” a conquistar o Nodojiman. O primeiro estrangeiro a alcan- çar o feito foi o nikkei Joe Hi- rata, em 1994, e a segunda a nipo-argentina. Vanessa Oshiro, em 2001. No entan- to, mesmo após a façanha, a carreira ainda não deu a gui- nada que ele tanto esperava. Pelo menos por enquanto. Jiro Nishimura é o novo presidente da FSNT DIVULGAÇÃO O empresário Jiro Nishimu- ra, integrante do Conselho de Administração do Grupo Jac- to, é o novo presidente da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia (FSNT). Ins- talada numa área de 35 alqueires, a FSNT que é man- tida pelo Grupo Jacto, está prestes a completar 30 anos —–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 06 de existência e visa oferecer educação e tecnologia a ser- viço da agricultura, preparan- do jovens para atuar no mer- cado agrícola com competên- cia, dignidade e com conhe- cimento profundo nas mais avançadas tecnologias volta- das para a agricultura e para o agronegócio.

03 JUN 2010 - Jornal Nippak...na Vila Prudente – Zona Les-te de São Paulo voltou a ser alvo da ação de assaltantes de casas da região desde o início do ano. Representantes da

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ANO 13 – Nº 2270 – SÃO PAULO, 03 a 09 DE JUNHO DE 2010 – R$ 2,50www.jornalnippak.com.br

Criminosos voltam a aterrorizar moradoresnikkeis da Zona Leste de São Paulo

JIRO MOCHIZUKI

—–––––——–––––––––––––––—–––––——––––––––––––––—–––––——–––––––––––——––––––—–| pág 09

Bunkyo prepara homenagem aoscondecorados da Primavera

O Bunkyo (Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa ede Assistência Social), emconjunto com 34 entidadesnipo-brasileiras, prepara parao próximo dia 10 de junho, apartir das 19h30, a homena-gem da comunidade nikkeiaos Condecorados da Prima-vera.—–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 06

Os homenageados sãoIsidoro Yamanaka, que foicondecorado com a Ordemdo Tesouro Sagrado, Raiosde Ouro com Laço de Fita(Zuihou Tyujyushou), e Hiro-shi Nishitani, condecoradocom a Ordem do Sol Nascen-te, Raios de Ouro e Prata(Kyokujitsu Soukoushou).

A comunidade nikkei (princi-palmente os idosos) moradorana Vila Prudente – Zona Les-te de São Paulo voltou a seralvo da ação de assaltantesde casas da região desde oinício do ano. Representantesda Associação OkinawaKenjin da Vila Prudente re-velaram que no espaço de ummês, pelo menos seis casos deviolência atingiram membrosda comunidade da região eassociados da entidade. En-tre as vítimas estão os casosdos nikkeis S.N., H.H., Y.N.,KH, J.N. e de duas irmãs quevenderam a casa e se muda-ram para o interior de São

Paulo. Os assaltos acontece-ram nas Ruas Antonio Bitten-court e Faria Lobato, nas pro-ximidades das Avenidas SalimFarah Maluf e Vila Ema, afo-ra os casos não divulgadosem que as vítimas não regis-traram boletim de ocorrência.Em todas as situações regis-tradas pela comunidade, osataques seguidos de violênciacontra as famílias foram pra-ticados provavelmente porcerca de dois a quatro indiví-duos jovens adolescentes,que escalaram muros, invadin-do as residências, e agredin-do os proprietários, principal-mente idosos.

—–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 03

Assembleia do Riohomenageia ministro Uyeda

DIVULGAÇÃO

Em sessão solene realizadano último dia 27, a Assem-bleia Legislativa do Estadodo Rio de Janeiro prestouuma homenagem ao ministroMassami Uyeda, do Supe-rior Tribunal de Justiça. Acerimônia foi presidida pelodeputado Paulo de Mello econtou com a presença dealtas autoridades dos trêsPoderes, familiares e ami-gos. Uyeda recebeu o título—–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 05

de cidadão do Estado doRio e a Medalha Tiradentesoutorgados pelo Poder Le-gislativo daquele Estado.Amigos de São Paulo pres-tigiaram o evento, dentreeles, Kiyoshi Harada, Ar-mando Kihara, RaimundoUezono, Coji Yamaguita,Tomio Katsuragawa, Sus-sumo Okamoto, o Desem-bargador Nelson Hanada eFábio Hanada.

Marico Kawamura recebehomenagem de ex-alunos

LUCI JUDICE YIZIMA

Produzido por ex-alunos doColégio Shohaku-Oshiman, odocumentário “KibishisaArigatou”, que visa homena-gear a professora MaricoKawamura, de 81 anos deidade – dos quais 60 dedica-—–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 04

dos à educação – fundadorada instituição, será lançado nopróximo dia 11, no AuditórioElis Regina, no Anhembi, emSão Paulo. O longa relata, emdepoimentos e manifestaçõesde ex e atual alunos.

CASANOVA – RobertinhoCasanova doará o troféu queconquistou ao vencer o No-dojiman, o concurso de ka-raokê mais importante do Ja-pão, para o Museu Históricoda Imigração Japonesa noBrasil. A revelação foi feitacom exclusividade ao JornalNippak. De passagem aoBrasil – veio especialmente

para participar do quadroOlha Minha Banda do Cal-deirão do Huk – programacomandado pelo apresenta-dor Luciano Huk – Roberti-nho, quer aproveitar ao má-ximo sua estadia no País. Nãosó para matar saudades dosvelhos amigos, como o casalJoe Hirata e Danielle (nafoto, com Robertinho, Mika

e Rina), como também paraplanejar seu futuro. Até o re-torno para o Japão, marcadopara o dia 24 de julho, Ro-bertinho espera fechar “algo deconcreto”, o que não aconte-ceu mesmo depois da históri-ca vitória no Nodojiman, con-curso de música organizadopela NHK. Robertinho Casa-nova foi o terceiro estrangeiro

e o primeiro “brasileiro nato”a conquistar o Nodojiman. Oprimeiro estrangeiro a alcan-çar o feito foi o nikkei Joe Hi-rata, em 1994, e a segunda anipo-argentina. VanessaOshiro, em 2001. No entan-to, mesmo após a façanha, acarreira ainda não deu a gui-nada que ele tanto esperava.Pelo menos por enquanto.

Jiro Nishimura é o novopresidente da FSNT

DIVULGAÇÃO

O empresário Jiro Nishimu-ra, integrante do Conselho deAdministração do Grupo Jac-to, é o novo presidente daFundação Shunji Nishimurade Tecnologia (FSNT). Ins-talada numa área de 35alqueires, a FSNT que é man-tida pelo Grupo Jacto, estáprestes a completar 30 anos

—–––––——––––––––––––––––——––––––—–| pág 06

de existência e visa oferecereducação e tecnologia a ser-viço da agricultura, preparan-do jovens para atuar no mer-cado agrícola com competên-cia, dignidade e com conhe-cimento profundo nas maisavançadas tecnologias volta-das para a agricultura e parao agronegócio.

2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

Publicidade:Tel. (11) 3208-3977Fax (11) 3341-6476

[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

Redação: Afonso José de SousaColaboradores: Erika Tamura Sumida, Jorge Nagao,

Kuniei Kaneko (Registro),Shigueyuki Yoshikuni (Lins), Célia Kataoka (Campinas),

Paulo Maeda (Paraná) e Osmar Maeda (Zona Norte)Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,[email protected]

FÓRUM CULTURAL – A Comissão de In-cremento Social do Bunkyo realizou no últimodia 22, no Pequeno Auditório da entidade, o 1ºFórum Cultural. Cerca de 70 pessoas estive-ram reunidas para ouvir os palestrantes CyroTakano; Patrícia Kamitsuji Ito; Rodolfo Taka-hashi; Nagashi Furukuwa (ex-secretário deAdministração Penitenciária do Estado de SãoPaulo); Márcia Nakagawa (gerente comerciale de negócios do Japan Desk do Banco San-tander Brasil); Rafic Farah (arquitetos edesigners) e Cláudio Kurita (funcionário daSPTURIS).

FESTA DO KAKI FUYU – a AssociaçãoCultural e Esportiva de Piedade, com apoio daPrefeitura Municipal de Piedade e da Associa-ção dos Produtores de Caqui de Piedade reali-zaram nos dias 211, 22 e 23, a 10ª Festa doKaki Fuyu. A festa, que fez parte das come-morações dos 170 anos do município, superouas expectativas dos organizadores.

Akyo Ogawa, Eiji Enokizono e Antão ShinobuIkegami

Vice-presidente da Acep, Jorge Miasawa e LuisYuki, ex-presidente da União Paulista de Karaokê

Carlos Munetachi Hayashida da Ucens, vereadorJooji Hato e Junji Abe

REGISTRO – A Associação Cultural Nipo-Brasileira de Registro (Bunkyo) e o RegistroBaseball Club realizaram no último dia 8, nosalão de festas do RBBC, a tradicional quer-messe. O recinto lotou com 800 pessoas apro-ximadamente e terminou com sucesso e muitaanimação. Como o evento ocorreu na vésperado Dia das Mães, foram entregues rosas àspresentes. Vanderlei Aquino, de Registro, foi ofelizardo que levou uma moto Yamaha paracasa.

MUSAS – É claro que elas não podiam ficarde fora. Elas, as musas, desfilam talento, char-me e graça embelezando ainda mais tênis demesa. E no Campeonato Mundial Por Equipes

de Tênis de Mesa, disputado de 23 a 30 de maio,em Moscou, na Rússia, não foi diferente. Con-fira o que registrou as lentes do expert – emtênis de mesa – Marcos Yamada.

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Crítica de arte Fernanda Lopes escuta explicaçãodo artista plástico e organizador da mostra ClaudioMatsuno

Vista geral da Galeria Deco

AINDA DESENHO – Acon-teceu no último dia 29, o lan-çamento do catálogo da mos-tra coletiva “Ainda Desenho”e conversa com os artistas,mediada pela jornalistas e crí-

tica de arte carioca FernandaLopes. Organizada pela artis-ta plástico Claudio Matsuno, aexposição segue aberta a visi-tação até o dia 06 de junho,com os artistas Marcelo Amo-

rim, Marcelo Gandhi, Marciade Moraes, Monica Rizzolli eThais Beltrame - além deMatsuno, que exploram o de-senho como linha principal dassuas criações.

CINEMA JAPONÊS – A pesquisadora do Centro de EstudosOrientais da PUC-SP Marcela Canizo ministrou o curso “DeRashomon à A Partida. Um percurso pelo sucesso do cinemajaponês no Ocidente” no Espaço Cultural da FJSP nos dias 26,27 e 28 de maio. Para um público direcionado, a mestre emComunicação e Semiótica analisou alguns filmes selecionados(dos anos 50 até os dias atuais) e revisou seu contexto tanto naprodução no Japão quanto na recepção no ocidente, observan-do as características deste fenômeno no Brasil. O antropólogoe integrante do GRAVI-USP Alexandre Kishimoto tambémparticipou do evento.

Vista geral do público no Espaço Cultural da FJSP

A pesquisadora Marcela Canizoe antropólogo AlexandreKishimoto

ERICO MARMIROLI / DIVULGAÇÃO VILA MATILDE – A Asso-ciação Cultural Desportiva daVila Matilde, entidade presi-dida por Minoru Murakami,realizou no último dia 30 o seutradicional Festival da Feijoa-

Helena, Mauricio, Vera e Alice Mauricio Miya se apresenta na Associação deVila Matilde

Público não resiste aos passos da Dança country Membros da diretoria animam o bingo

Sofia, Ruth, Sonia e Hiromi com Mauricio Miya Tokuyoshi Ueda relações públicas, anunciando oCantor

Senhoras do Fujinkai e membros da diretoriaPúblico compareceu em bom número

da e o animadíssimo bingo.Helena Takayama, presiden-te do Fujinkai, e demais mem-bros da diretoria, estavam fe-lizes com a quantidade de as-sociados e convidados espe-

ciais que compareceram aoevento, entre elas o cantor ser-tanejo Mauricio Miya cantan-do para o público, algumascanções do seu novo CD“Tudo Magia”.

Beth com a Banda Rítmo Tropical e com os amigos

BAILE ALLEGRO – Re-alizado no dia 22 de maio, nasdependências da AssociaçãoMie Kenjin do Brasil (ZonaSul de São Paulo), o tradicio-nal Baile Allegro contou comanimação da Banda RitmoTropical, que esquentou a fria

noite de sábado com seu re-pertório eclético. E por falar emfrio, os freqüentadores pude-ram se aquecer também comum cardápio variado, que in-cluiu kar}e, tirasushi ecalabresa acebolada.O próxi-mo Baile Allegro será no dia

26 de junho, em ritmo deCopa do Mundo, também naAssociação Mie (Av. Lins deVasconcelos, 3352 – próximoà estação Vila Mariana dometrô). Informações e reser-vas pelos telefones: 11/3209-2609 / 9904-2237.

DIVULGAÇÃO

São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010 JORNAL NIPPAK 3

Idosos nikkeis da Vila Prudente, na Zona Lestede São Paulo, voltam a ser vítimas de violências

COMUNIDADE/VIOLÊNCIA

Acomunidade nikkei(principalmente os ido-sos) moradora na Vila

Prudente – Zona Leste de SãoPaulo voltou a ser alvo da açãode assaltantes de casas da re-gião desde o início do ano. Re-presentantes da AssociaçãoOkinawa Kenjin da Vila Pru-dente revelaram que no espa-ço de um mês, pelo menos seiscasos de violência atingirammembros da comunidade daregião e associados da entida-de. Entre as vítimas estão oscasos dos nikkeis S.N., H.H.,Y.N., KH, J.N. e de duas ir-mãs que venderam a casa ese mudaram para o interior deSão Paulo. Os assaltos acon-teceram nas Ruas Antonio Bit-tencourt e Faria Lobato, nasproximidades das AvenidasSalim Farah Maluf e Vila Ema,afora os casos não divulgadosem que as vítimas não regis-traram boletim de ocorrência.

Em todas as situações re-gistradas pela comunidade, osataques seguidos de violênciacontra as famílias foram prati-cados provavelmente por cer-ca de dois a quatro indivíduosjovens adolescentes, que esca-laram muros, invadindo as re-sidências, e agredindo os pro-prietários, principalmente ido-sos. O bando costuma agirdesarmado e para amedrontaras vítimas usam facas da pró-pria cozinha da casa invadida;além de roubar os bens patri-moniais, batem nas pessoasidosas que são muitomachucadas.

Desconfia-se que os sus-peitos podem ter ligação comuma gangue identificada porMooca Chapa Quente (MCQ),que aterrorizou a comunidadena Vila Prudente e na Moocaa partir de 2008. O bando quecultua ritmos musicais como orap e o funk, já teve váriosmembros identificados comoautores de roubos na região.Os assaltos aos imóveis eramdecididos durante bailes reali-zados na zona Leste, o grupochegou a criar até uma comu-nidade na internet, incluindo oYou Tube, onde mostravamarmas, dinheiro arrecadado eprodutos dos roubos.

“De uns 15 dias para cáparece que deu umacalmadinha, mas não sabemosao certo. Esse pessoal pareceque visa mais a comunidadeoriental, acho que eles são da-qui do pedaço, das proximida-des. Os ataques aconteceramà tarde ou de manhã cedinho,entram no quintal e ficam es-perando os donos quando nãoestão”, explica o presidente daassociação, Y. A. que preferiuo anonimato.

Solução – Para discutir o pro-blema, buscar alternativas,bem como uma solução, a di-retoria da entidade realizouuma reunião no dia 18 de maiocom a participação de cercade 70 pessoas entre elas au-toridades como o vereadorUshitaro Kamia (DEM); o de-legado divisionário da direto-ria do Departamento de Polí-cia Judiciária da capital(Decap), Choji Miyaki; dopadre Marcos Michalak, da

Vítima teve nariz fraturadoapós agressões físicas

Um dos assaltos recentesque aterrorizaram a comuni-dade local vitimou o dentistanikkei aposentado S.N., quepreferiu não se identificar. Se-gundo ele numa quinta-feira,dia em que geralmente nãotrabalha, foi atender umaemergência e saiu com a es-posa, ficando fora 1h50 apro-ximadamente. Ele acreditaque os dois indivíduos podemter monitorado a sua saída decasa onde ficou apenas a so-gra de 85 anos. “Nesse perí-odo eles entraram, amorda-çaram e bateram na minhasogra que fraturou o nariz, fi-cou toda deformada. Invadi-ram os cômodos, espalharamobjetos no chão, levaram di-nheiro e jóias da minha espo-sa. Mas o grande drama mes-mo foi a violência que ela so-freu, isso que deixa a gentepreocupado”, reclama.

S.N informa que os sus-peitos são garotos e que apolícia prendeu um dosagressores que estavam comduas jóias (que sumiram) eduas bijuterias. Segundo eleparece que o elemento foiencaminhado para a Funda-ção Casa. “Como eles sãomenores eu acho que não vãoficar lá por muito tempo. Omenor se protege atrás do

Estatuto da Criança e do Ado-lescente, nem as autoridadeso interpretam, o documentonão torna o menor agressorde não ser punido, não éinimputável O estatuto prote-ge o menor de abusos contraa sua pessoa, dignidade e ci-dadania”, esclarece.

Revoltado, S.N. perguntase é necessário que alguémmorra para tomar uma deci-são. “A grande mágoa dagente não são os bens mate-riais, e sim a agressão violen-ta, são covardes”, afirma eleao dizer que a polícia até sabequem assalta os cidadãosnikkeis da região. Após o in-cidente ele foi convocado paraprestar esclarecimento sobreo boletim de ocorrência queregistrou. “Achei estranho,faço um BO, sou vítima, eagora tenho que esclarecerdúvidas? Demos as dicas paraa polícia que sabe até onde oselementos moram”, avalia odentista que espera que a po-lícia investigue os acusados eque cumpra o dever de prote-ger o cidadão.

De acordo com ele umareunião estava prevista paraser realizada na associaçãodo bairro para discutir o as-sunto com o intuito de mobili-zar os moradores do bairro.

JORNAL NIPPAK

S.N. não esconde sua revolta: “Eles são covardes”

Paróquia Nossa Senhora doPilar, entre outros. “A comu-nidade reclamou pedindo umasolução, cada um contou a suahistória para eles. No dia se-guinte após a reunião o vere-ador Ushitaro Kamia telefo-nou para os delegados dos 29ºDP e do 57º DP pedindo paradarem assistência, não sei se

estão cumprindo”, destaca opresidente.

O vereador Ushitaro Kamiaadiantou que a polícia está fa-zendo um policiamento maispreventivo (ronda) na regiãopara investigar os casos, masreclamou que o problema é quea PM leva os elementos para adelegacia onde acabam sendo

soltos. “Vou agendar nas pró-ximas semanas uma reuniãocom o comandante da PM daárea para atender a comunida-de. Já foram realizadas reuni-ões anteriores que não surtiramefeito. A comunidade precisatomar precauções porque aoportunidade faz o ladrão, nãodá para colocar um posto poli-

Fachada da casa do aposentado nikkei S.N.: famílias convivem diariamente com o medo

JORNAL NIPPAK

cial em cada lugar”, alerta.O parlamentar incentiva às

vítimas a fazer o BO que vaifacilitar as investigações poli-ciais, caso contrário às averi-guações da polícia serão difi-cultadas. Quanto ao abaixo-assinado ele afirmou a impor-tância do documento como for-ma das autoridades se mani-festarem.

Após a reunião da associ-ação uma providência foi to-mada na ocasião com iniciati-va do padre Marcos Michalakque sugeriu a elaboração deum abaixo-assinado por conta

das reclamações dos fiéis dacomunidade e da sociedade daregião, para isso foram distri-buídos vários cadernos pararecolher assinaturas. O sacer-dote adiantou para a reporta-gem do Jornal Nippak que estárecebendo os cadernos com asassinaturas e deve entregar nodia 5 de junho para o seu ami-go pessoal, o ex-governadorGeraldo Alckmin (PSDB), quepor sua vez deve repassar odocumento para o Secretárioda Segurança Pública do Es-tado, Domingos Paulo Neto.

(Afonso José de Sousa)

A onda de assaltos gene-ralizados durante dois mesesna região da Vila Prudente eMooca começou por volta doprimeiro semestre de 2008 efoi noticiada em várias repor-tagens do Jornal Nippak comona edição do dia 4 de outubrode 2009. O caso mais gravevitimou o presidente da asso-ciação Okinawa Kenjin dobairro, KN, que teve a suacasa roubada e foi agredidopor quatro indivíduos no dia14 de agosto de 2008. Naocasião ele ficou internadona UTI de um hospital duran-te dois dias por causa dos fe-rimentos graves, sem falar dotrauma gerado pelo roubo.

Os assaltos constantesnão pararam por ai, e conti-

nuou vitimando os moradores,em outra oportunidade um gru-po de infratores invadiram umacasa, ameaçando e chutando acabeça de um senhor de idade.Em outro dia dois rapazes in-vadiram uma casa na RuaEttore Ximenez e fizeram asduas moradoras orientais refénsno banheiro, onde permanece-ram trancadas por 27h. Ambasforam libertadas por um vizinhoque ouviu os pedidos de socor-ro, uma delas sofreu escoria-ções no corpo e no olho direito.As vítimas informaram que osladrões estavam atrás de di-nheiro e não de bens materiais.

Para tranqüilizar a comuni-dade a Polícia Civil passou ori-entações para as pessoas comocuidados ao sair de casa e

guardar veículos nas gara-gens das residências princi-palmente após às 21h ou 5he 6h. Acompanhamento demenores até o ponto de ôni-bus; manter a comunicaçãoentre os vizinhos; entrar emcontato com o 190 da PolíciaMilitar e posteriormente coma chefia e plantão da delega-cia de polícia são outras su-gestões. “A diretoria da as-sociação já alertou os asso-ciados distribuindo tambémum manual com dicas de se-gurança”, ressalta o presiden-te da associação, Y.A. quefoi eleito para o cargo em ja-neiro deste ano por indicaçãode dois conselheiros da dire-toria, através de um consen-so já que não houve eleição.

Assaltos aos membros da comunidade nikkeicomeçaram por volta de 2008

Rua Faria Lobato: traqnuilidade term servido de chamariz para a ação de criminosos

4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010

COLUNA DA ERIKA SUMIDA

Agora, passado a difícilfase da crise econômica ja-ponesa, o mercado japonêsvolta a ter um pequeno au-mento em seus números eco-nômicos. A economia do Ja-pão cresceu 1,2% no primei-ro trimestre de 2010 em rela-ção aos três meses imediata-mente anteriores, na maiorexpansão em três trimestres,estimulada por fortes expor-tações para a Ásia e peloconsumo.

Isso significa que melho-rando a economia aqui noJapão, tudo melhora para osbrasileiros residentes aquitambém. Pois já podemosobservar um aumento nashoras extras e uma maioroferta de empregos no mer-cado. Mas ninguém passa poruma crise imune de mudan-ças, o mercado afunilou-se naexigências dos requisitos paraa contratação de mão de obra,em contrapartida houve umamelhoria na qualificação damão de obra oferecida. Issoporque muitos brasileiros de-sempregados aproveitaram otempo livre disponível paraestudar o idioma ou correratrás de algum curso de qua-lificação. Pode ser que oemprego arranjado agora nãoseja tão bom como em anosanteriores, mas se olharmoscom atenção veremos quequalquer emprego por maismal remunerado que seja émelhor do que ficar desem-pregado.

E tudo leva a crer que atendência econômica é que omercado se aqueça cada vezmais e assim aos poucos tudová melhorando para todos.

O consumo privado, querepresenta cerca de 60% daeconomia, cresceu 0,3%, emgrande parte devido a umamaior demanda por causa doincentivo do governo parabens eletrônicos que poupamenergia, os chamados ecolo-gicamente corretos.

Mas a verdade é quequando vou aos shopings ousimplesmente saio para fazeruma compra básico, deparo-me com muitos japoneses car-regados de sacolas, e todoseles gastando muito ou pou-co, mas gastando. E a per-gunta que me vem a cabeçaé: Crise? Que crise?

Parece mesmo que paraos japoneses nada mudou, ouse mudou, foi quase que im-perceptível aos olhos da mai-oria da população. Os brasi-leiros sim sofreram, masaqueles que ainda continuamaqui no Japão, reergueram-se.

Já disse num artigo ante-rior que a crise traz benefíci-

os, pois junto com ela surgemas melhores idéias, e se so-bressai realemte quem é omelhor. E aqui no Japão, nãoé diferente, com o iminentefim de uma crise econômica,chegou a hora de colocarmosa casa em ordem, quem estáaqui é porque lutou contratodos os males da crise, econseguiu heróicamentemanter-se no mercado de tra-balho.

E conversando com umdiretor de uma construtora ja-ponesa, percebi que as coi-sas realmente estão encaixan-do-se, pois agora que a poei-ra baixou, os brasileiros vol-taram a procurar a constru-tora, para comprar uma casaem terras nipônicas e com aconfiança redobrada, ou seja,agora teem certeza que que-rem ficar por aqui mesmo.

Eu também estou acredi-tando muito na reviravoltaeconômica do Japão, inaugu-rei a minha firma e estoumuito confiante nessa novaempreitada, sem contar queconto com a ajuda do gover-no japonês em todos os as-pectos, pois há um incentivopara quem quer investir nojapão.

Mas não é só isso, moran-do aqui no japão, percebi oquanto o Brasil é um país comum grande potencial de cres-cimento econômico e com avantagem de ser um país prós-pero. Está na hora de parar-mos de achar que o Brasil éum país pobre e subdesenvol-vido, aliás de sub não temnada, pois no Brasil é tudomacro, tudo gigantesco, des-de o território até a possibili-dade de prosperar. Temosque parar de jogar toda a cul-pa no governo e começarmosfazer a nossa parte dentro decada parâmetro econômico,eu estou abrindo uma firmaaqui, mas isso não significaque não acredito no Brasil.Acredito sim, e muito, mascomo já moro aqui há 12anos, nada mais seguro queeu invista aqui, um lugar emque estou segura de todas asminhas capacidades profissi-onais. Mas não abandonei oBrasil, assim que puder dis-ponibilizar financeiramente aintenção é o investimento naeconomia brasileira.

Enquanto isso vou lutan-do aqui no Japão e querendomutio ajudar todos ospatrícios no que eles precisa-rem.

*Erika Sumida nasceu em Ara-

çatuba (SP) e mora há 12 anos no

Japão, onde trabalha com desen-

volvimento de criação. E-mail:

[email protected]

O aquecimento daeconomia japonesa

COMUNIDADE/ENSINO

Ex-alunos homenageiam MaricoKawamura em documentário

Produzido por ex-alunosdo Colégio Shohaku-Oshiman, o documentá-

rio “Kibishisa Arigatou”, quevisa homenagear a professoraMarico Kawamura, de 81anos de idade – dos quais 60dedicados à educação – fun-dadora da instituição, será lan-çado no próximo dia 11, no Au-ditório Elis Regina, no Anhem-bi, em São Paulo. O longa re-lata, em depoimentos e mani-festações de ex e atual alunos,o trabalho e os desafios que asensei enfrentou durante aSegunda Guerra Mundial e asbatalhas que teve de vencerpara realizar seu grande sonho.

A ideia de produzir o docu-mentário para homenagearKawamura surgiu dos empre-sários Mário Hirata e CarlaTaba, ex-alunos da professo-ra. “Eu a conheço há um ano,mas parece que já a conheçohá décadas. Quando fiquei sa-bendo de sua trajetória, da suahistória, aí veio à inspiração. Oque motivou a lançar o docu-mentário foi à raridade da mes-tra que ela é. Dedicada e cari-nhosa com todos, a Kawamu-ra sensei sempre será a mes-tra que todo aluno gostaria deter” declara Mário Hirata, queatualmente estuda japonêscom a homenageada.

A empresária CarlaHissami Taba se emocionaquando relata que a professo-ra Kawamura é uma “empre-endedora na educação, ummodelo a ser seguido”. “A pre-ocupação da Kawamurasensei não é formar alunos esim capacitar pessoas, trans-formar em cidadãos. Modelarsem perder a identidade de serjaponês”, destaca Carla Taba.

Projetos – Apesar da idade,a professora que ainda tem oprazer de ministrar aulas emjaponês e etiqueta japonesa,confessa que ainda tem doisprojetos em mente: o primeiroé provar que é possível prepa-rar o estudante em dois anos,após o ensino fundamental,para entrar na faculdade noJapão. O segundo é lançar umlivro sobre etiqueta japonesa,em português e japonês. “Em

pleno século 21, enquanto amaioria das escolas se preo-cupa e investe em tecnologiade ponta, eu agrego a alta tec-nologia e me dedico na forma-ção humana. Em formar cida-dãos que cultivem a paz atra-vés do respeito às diferençastanto raciais, como culturais esociais. Pois os ensinamentosque os alunos aprendem aqui,eles vão levar para o resto davida”, explica a sensei.

Trajetória – Marico Kawa-mura nasceu em Botucatu, in-terior de São Paulo, 1928. Aos12 anos viajou com a mãe parapassar alguns dias no Japão.Mas o que seria apenas umasférias se tornou uma estadaforçada, já que teve início aSegunda Guerra Mundial enenhum navio podiam entrarou sair do país. Durante o pe-ríodo de guerra, Kawamurapassou por muitas provaçõese aprendizado.

Anos depois, quando aguerra já tinha acabado e elafinalmente conseguiu voltar aoBrasil, já casada e formadaprofessora, passa a dar aulaspara sustentar a casa. Na dé-cada de 1950 abre a escola delíngua japonesa Shohaku

Gakuen, que mais tarde veio ase chamar Colégio Oshiman,atualmente dirigido por sua fi-lha.

”Kotodama” – A propostaeducacional defendida pelaprofessora Marico Kawamu-ra e sua trajetória de vida se-rão abordadas em um livro emjaponês, editado no Japão.Trata-se de mais uma home-nagem aos seus 60 anos detrabalhos dedicados à educa-ção. Temas como as ativida-des realizadas no Shohako, astradições japonesas, as liçõesde vida tiradas nas mais di-versas situações, além de pla-no de educação para o futuroque consiste no “educar paraser feliz” e os resultados doseu, também farão parte do li-vro.

Além dos relatos da própriaKawamura, depoimentos deex-alunos da sensei tambémestarão presentes no livro.Eles encerram a obra, contan-do como fora a convivênciacom a professora e quais osensinamentos. Tsuyoshi Mura-kami, Carla Toda, JoojiOkuhara, Satoshi Miki, depu-tado federal Walter Ihoshi sãoalguns alunos participantes. A

obra será lançada junto com odocumentário.

Realização – “KibishisaArigatou” é uma realização doInstituto Paulo Kobayashi, comauditoria Ecrel e Apoio da Im-pressa Gráficas. Patrocinado-res do projeto: Invel Brasil,Invel Japan, Niplan, deputadofederal Walter Ihoshi, DreamConcert, São Paulo Turismo,Onodera e Camicado. Com tri-lha sonora composta exclusi-vamente pelo maestroMasayuki Carvalho com mú-sicos eruditos europeus. O pro-jeto conta com o apoio do em-presário japonês Yasuyuki Oie o deputado federal WalterIhoshi e de ex-alunos simpati-zantes de Kawamura sensei,como é carinhosamente cha-mada por todos que a conhe-cem.

(Luci Júdice Yizima)

PROJEÇÃO “KIBISHISAARIGATOU – A VIDA E OBRA DAPROFESSORA MARICOKAWAMURA”QUANDO: DIA 11 DE JUNHO, ÀS 19 HORAS

ONDE: PARQUE ANHEMBI – AUDITÓRIO

ELIS REGINA (AV. OLAVO FONTOURA,1.209 PORTÃO 38 – SÃO PAULO)ENTRADA GRATUITA

Marico Kawamura (centro), com ex-alunos do Colégio Shohaku-Oshiman: formando cidadãos

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POLÍTICA

Jorge Yanai entrega a Serra reivindicações para Mato GrossoO senador Jorge Yanai

(DEM/MT) encontrou-se, noúltimo dia 29, em Cuiabá, como candidato à presidência daRepública, José Serra (PSDB),durante um evento supraparti-dário para lançamento da can-didatura de Wilson Santos aoGoverno do Estado de MatoGrosso, no qual estavam pre-sentes outros senadores, líde-res de seu partido e políticosdo PSDB e do PTB.

Aproveitando a oportunida-de, o senador Yanai e o sena-dor Gilberto Goellner entrega-ram a Serra um documentocom reivindicações de obrasnecessárias para aprimora-mento da logística do estado.Entre as sugestões contidas nodocumento, estavam projetospara a construção de hidrovias,principalmente da Tapajós-Teles Pires-Juruena, e a con-clusão da BR-163 e da ferro-via Uruaçu – Lucas do RioVerde – Vilhena.

Na segunda-feira (31/5),Yanai participou da cerimôniade abertura do Encontro “Mu-nicípios Mato-grossenses emFoco – Perspectivas de umaNova Era”, um evento promo-vido pela Associação Mato-grossense dos Municípios(AMM) em parceria com aAssembleia Legislativa deMato Grosso e com o Gover-

foi a primeira de quatro que jáestão programadas, nas quaisrepresentantes do governo oudo consórcio responsável pelaconstrução da Usina esclare-cerão eventuais dúvidas comrelação ao projeto. Participoutambém dessa primeira sessãoo ministro das Minas e Ener-gia, Márcio Zimmermanm.

Em sua fala, o ministro re-latou o histórico do setor Elé-trico no Brasil, tendo citadotambém as fontes alternativasde energia. Quanto aos confli-tos que vêm ocorrendo na re-gião, ele enfatizou: “A hidrelé-trica é um fator de desenvol-vimento regional muito grande.Um consórcio normalmentedá treinamento profissionalpara 10, 15 mil pessoas. Issogera um impacto positivo mui-to significativo. Os municípiosque têm uma usina construídaem suas terras se desenvolve-ram bastante. É impressionanteo efeito. Além disso, BeloMonte está longe de ser umausina problemática, ecologica-mente falando.”

O senador Yanai foi indica-do pelo partido (DEM) paramembro titular da Subcomis-são de Belo Monte, que temcomo presidente o senadorFlexa Ribeiro (PSDB-PA) ecomo relator, o senadorDelcídio Amaral (PT-MS).

no do Estado.Em discurso proferido na

ocasião, o senador Yanai men-cionou a deficiência que o Es-tado sofre em setores comoSaúde, Educação e SegurançaPública e assegurou que a so-lução para esses e outros pro-blemas da região está no inves-timento em logística, principal-mente na conclusão da BR-163até o Porto de Santarém; naFerrovia Uruaçu – Lucas doRio Verde – Vilhena; e na cons-trução das hidrovias: Tocantins-Araguaia, Tietê-Paraná, Para-guai-Paraná, Hidrovia do RioMadeira, do São Francisco e,principalmente, a Tapajós-TelesPires-Juruena.

“Quem for contra a insta-

lação dessa Hidrovia é contrao Estado de Mato Grosso”,afirmou.

O encontro prosseguiu atéquarta-feira (2/6) e permitiutroca de experiências entre asdiversas administrações muni-cipais e conta com a partici-pação de prefeitos de todos osmunicípios do Estado de MatoGrosso. O local do aconteci-mento é o Centro de Eventosdo Pantanal, em Cuiabá.

Belo Monte – No dia 25, Jor-ge Yanai participou da primei-ra Audiência Pública propostapela Subcomissão temporáriade acompanhamento da cons-trução da Usina Hidrelétrica deBelo Monte. Essa Audiência

Jorge Yanai e Gilberto Goellner reivindicaram obras para MT

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O Ciate (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalhadorno Exterior) informa seus pró-ximos cursos preparatóriospara quem pretende trabalharno Japão. No dia 8 (terça-fei-ra), o tema da palestra será“Planejamento para alcançarobjetivos” e no dia 10 (quinta),“Seguro Desemprego e Segu-ro Nacional de Saúde”. Os cur-sos são gratuitos e acontecemsempre das 14 às 16 horas.

Em julho, o Ciate promove-rá 3 semanas de “curso inten-sivo de japonês - conversa-ção”. Serão abordados cum-primentos como autoapresen-tação, números, expressõesrelacionadas a tempo e outrasde uso no cotidiano, especial-mente no trabalho.

O Ciate fica na Rua SãoJoaquim, 381, 1º andar, Liber-dade – SP. Informações pelotelefone: 11/3207-9014

DEKASSEGUIS

Ciate divulga cursos epalestras preparatórios

São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010 JORNAL NIPPAK 5

Assembleia do Rio de Janeirohomenageia ministro Uyeda

CIDADES/RIO DE JANEIRO

A Associação CulturalSuzanense ”Bunkyo Suza-no”, realizará no dia 13 dejunho, em sua sede (Av. Ar-mando Salles de Oliveira,444), o seu 60º Undokai(Gincana Esportiva). O even-to, que tem como um de seus

CIDADES/SUZANO

Associação CulturalSuzanense realiza Undokai

objetivos promover a confra-ternização familiar, deve reu-nir participantes das mais di-versas faixas etárias. O iní-cio está previsto para as 9horas. Entrada franca. Infor-mações pelo telefone: 11/4746-2744

A Prefeitura Municipal deJaboticabal investirá, até o fi-nal deste ano, mais de R$ 14milhões em construções, refor-mas e revitalizações de esco-las, creches e patrimônios his-tóricos. Das 19 obras previs-tas, três delas são aguardadashá anos pela população: a re-vitalização da Concha acústi-ca (R$ 750 mil), a restauraçãoda Escola Coronel Vaz (R$ 1.8milhão) e a reforma da Esta-ção de Eventos Cora Coralina(R$ 160 mil). “É um resgatehistórico, importante parareviver a história da nossa ci-dade. Vamos revitalizar parareinventar formas de investirem cultura e educação”, ex-plica o secretário de Educação,Cultura, Esporte e Lazer, Cláu-dio Almeida.

Outras obras mais recen-tes vão entrar para a históriade Jaboticabal. A construçãode uma rotatória e duplicaçãodas avenidas Jaime Ribeiro eEduardo Zambianch (R$ 600mil), a construção do labora-tório da Fatec (R$ 900 mil) e a

CIDADES/JABOTICABAL

Jaboticabal investe mais de R$ 14 milhões em EducaçãoDiminuir o défict de vagas

na rede municipal tambémestá entre os desafios da novagestão. Para isso, serão cons-truídos nos próximos meses ascreches Antônio Marconato(R$ 2.8 milhões), ArmandoLerro, no Jardim Paulista (R$1.68 milhão) e Pró-Infância(Sanbra) / MEC (R$ 1.2 mi-lhão). A secretaria também vaireformar a antiga Escola AldaLanzoni (R$ 1 milhão), paraatender a demanda dos bair-ros que receberam novasobras, como a construção dosapartamentos da CDHU.

“Sabemos que zerar odéfict de vagas é difícil, por-que o número de criançascresce e, com o aumento naqualidade da educação muni-cipal, muitas estão migrando daparticular para a pública. Sóem 2009 criamos quase 500vagas. Vamos continuar traba-lhando, construindo creches eampliando vagas. É um com-promisso da administraçãoHori com Jaboticabal”, infor-ma o secretário.

entrada da FATEC (R$ 360mil) trazem uma nova paisa-gem para quem chega à cida-de. “A Vila Industrial vive ummomento especial. As obrasdarão uma nova roupagemàquela região. Com certezaconstruímos um novo cartãopostal”, disse o prefeito, JoséCarlos Hori.

Outros projetos, como aconstrução de um complexoescolar em tempo integral,

com creche (R$ 1.2 milhão),escola (R$ 2 milhões) e infra-estrutura completa (R$ 1.750milhão) são frutos de convêni-os e emendas. “A escola inte-gral é um sonho. Quero cons-truir um ‘campus’ da educa-ção, inserido na cidade, quetraga o cidadão comum paraaproveitar toda uma estruturade esporte e cultura, inéditosna nossa região”, informa oprefeito.

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Das 19 obras presvistas, três são aguardadas pela população

OPINIÃO

Quarenta horasCRISTOVAM BUARQUE*

De um lado, os opositoresà ideia se apegam à aritméti-ca de que menos horas de tra-balho significa menos produ-ção e, portanto, menos rique-za, ou que a redução das ho-ras aumentará os custos pro-vocando elevação nos preços.

Assim, deixam de conside-rar a riqueza implícita no lazerdo trabalhador ao dispor dequatro horas por semana parasuas atividades lúdicas, suaconvivência familiar e o exer-cício da cultura. Viciados naidéia de que a riqueza só exis-te quando produzida material-mente e vendida no mercado,os opositores da jornada redu-zida não percebem a riquezamaior que existe na disponibi-lidade de tempo livre paracada pessoa. Esquecem tam-bém que o avanço técnicopode permitir produção cres-cente com menos mão deobra.

Do outro lado, os defen-sores da redução da jornadanão percebem que a lei nãosurtirá efeito. A redução dajornada de 44 para 40 horasvai manter os trabalhadoresna mesma jornada, apenasrecebendo horas extras paramanterem a produção nomesmo patamar. Isto por umarazão simples: o Brasil nãodispõe de mão de obra quali-ficada para substituir quase10% de redução da jornada.

Com o baixo nível educa-cional e de formação técnicano Brasil, as vagas surgidasnão serão preenchidas. Avantagem da redução da jor-nada será um aumento sala-rial, sob forma de horas ex-tras, o que é uma vantagemfinanceira para o trabalhador,mas pode provocar aumentono custo de produção a sertransferido pelo capitalistaaos próprios trabalhadoressob a forma de aumento nospreços, ou por conta da re-dução na produção. Inflaçãocausada pelo custo aumenta-do ou oferta diminuída.

A redução na jornada detrabalho, seja diária, seja peloaumento no período de férias,é um objetivo justo, correto,desejado e que ocorrerá ne-cessariamente ao longo do fu-turo. Mas deve ser objetivadade fato com o aumento dotempo livre à disposição do tra-

balhador, e não como um arti-fício para aumento (justo tam-bém) de salário. E ela só seráviável e eficiente se vier acom-panhada de dois fatores: umavanço tecnológico que per-mita reduzir jornada sem ne-cessidade de reposição do tra-balho e um salto educacionalque permita casar as novasvagas com a qualificação pro-fissional dos desempregados.Se estas condições forem pre-enchidas, a jornada reduzidaou as férias ampliadas sãobandeiras justas, eficientes, vi-áveis. Um objetivo que fará opaís mais rico pelo valor dotempo livre, sem perda de pro-dução, sem aumento de gas-tos e com ampliação da maisfundamental das riquezas:tempo livre para o exercíciolivre.

Favoráveis ou contráriosnão percebem que a reduçãosó será plena depois de umarevolução na educação, quepermita o desenvolvimentotecnológico com elevação daprodutividade para permitir re-dução da jornada sem perdase a disseminação da formaçãopara permitir substituição deum trabalhador por outro.

De qualquer forma, as lu-tas para redução da jornadaprovocam o debate e quemsabe despertem para um pro-blema que está além do nú-mero de horas extras que ostrabalhadores atuais vão tra-balhar. Como as cotas quedespertam a população parao assunto da negritude noBrasil.

O que ocorre no debatesobre as 40 horas é o resul-tado da forma míope comodebatem nosso futuro, olhan-do só para o imediato e ven-do apenas a parte tradicionale material da economia. Poristo mesmo fica inviável cri-ar as bases de uma reduçãoeficiente da jornada, porquenão se vê o caminho da edu-cação. É uma pena que nãose vê sindicatos lutando paraconstruir a base necessáriada redução da jornada, pelaqual eles lutam.

*CristovamBuarque éprofessor daUniversidadede Brasília eSenador peloPDT/DF

Em sessão solene realiza-da no último dia 27, aAssembleia Legislativa

do Estado do Rio de Janeiroprestou uma homenagem aoministro Massami Uyeda, doSuperior Tribunal de Justiça. Acerimônia foi presidida pelodeputado Paulo de Mello econtou com a presença de al-tas autoridades dos três Pode-res, familiares e amigos. Uye-da recebeu o título de cidadãodo Estado do Rio e a MedalhaTiradentes outorgados peloPoder Legislativo daquele Es-tado. Amigos de São Pauloprestigiaram o evento, dentreeles, Kiyoshi Harada, Arman-do Kihara, Raimundo Uezono,Coji Yamaguita, Tomio Katsu-ragawa, Sussumo Okamoto, oDesembargador Nelson Hana-da e Fábio Hanada.

O ministro Mssami Uyedaé uma das personalidades maiscondecoradas pela cidade e

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Amigos prestigiaram homenagem ao ministro Massami Ueyda (c)

de a sua ascensão ao cargo deMinistro do Tribunal da Cida-dania, em junho de 2006, vemsendo alvo de sucessivas ho-menagens por parte de inúme-ras instituições públicas e pri-vadas e nas mais diferentesregiões do País.

O emocionado discurso deagradecimento pela honrariarecebida, com invulgar rique-za vocabular, fluência, pertinên-cia e objetividade bem demons-trou as razões de tantas home-nagens recebidas pelo Minis-tro Uyeda, que muito envaide-ce a comunidade nikkei doBrasil.

Uyeda, a exemplo de ou-tras personalidades ilustres dacomunidade, simboliza o esfor-ço, a dedicação, a evolução, aintegração, a ascensão e a vi-tória final dos humildes imi-grantes japoneses e seus des-cendentes neste País multirra-cial e multicultural.

Estado do Rio – antes, rece-bera a comenda Albert Sabinconferida pela Câmara Muni-cipal; colar Victor Nunes Leal,conferido pelo Tribunal de Con-tas do Município do Rio; e otítulo de cidadão honorário dacidade do Rio de Janeiro, ou-torgado pela Câmara Munici-

pal daquela cidade.Mercê de sua cultura e eru-

dição incomensuráveis e daformação jurídica invejável,tendo atuado nas três áreasque formam o tripé da Justiça– Advocacia, Ministério Públi-co e agora Magistratura – oMinistro Massami Uyeda, des-

COMUNIDADE

Indicações ao 40º Prêmio Kiyoshi Yamamotodevem ser feitas até 30 de junho

A Comissão do Prêmio Ki-yoshi Yamamoto já iniciou ospreparativos para a outorga do40º Prêmio Kiyoshi Yamamo-to, programado para o próxi-mo dia 26 de novembro.

Neste ano a Comissão estáprogramando, além da home-nagem, uma série de palestrascom especialistas em seu pro-jeto de difusão agrícola nas ci-dades interioranas.

A homenagem é feita a cin-co personalidades seleciona-das a partir das indicações dacomunidade local, que aten-dam aos critérios estabelecidospela Comissão Organizadora.

A Comissão solicita a co-laboração de todos para que

Homenageados em 2009: este ano também haverá palestras

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façam a indicação de candida-tos ao Prêmio, e pede que estarecomendação seja feita emconjunto com mais duas enti-dades.

Os critérios para exames eseleção estabelecidos pela Co-missão Organizadora são: 1)Melhoramentos de variedadesde produtos agrícolas; 2) Mé-rito em áreas de especialida-des agrícolas, por exemplo, ino-vação tecnológica; 3) Impor-tante contribuição social, edu-cacional e cultural em todas asáreas agrícolas.

Os formulários e modelosde apresentação dos candida-tos são livres, porém solicita-mos que as realizações da pes-

soa recomendada sejam des-critas com o maior detalha-mento possível.

O prazo de entrega das in-dicações prossegue até 30 dejunho.

O endereço para corres-pondência é:

Comissão Prêmio KiyoshiYamamotoRua São Joaquim, 381 –Liberdade –Cep 01508-900 – São Paulo– SPe-mail:[email protected]ções: tel. 11/3208-1755 – Fax: (11) 3208-5519,com Regina

CIDADES/SÃO BERNARDO DO CAMPO

Vereador Minami e Grupo Sempre Mulherfazem doações de livros à entidade religiosa

O Grupo Sempre Mulher eo vereador de São Bernardodo Campo, Hiroyuki Minamiestiveram no Instituto das Ir-mãs de Maria, programa ca-tólico de inclusão social e for-mação acadêmica para crian-ças carentes, localizado no Jd.Las Palmas, em uma área de20.927 m², o edifício tem3.277m2 de área construídaem São Bernardo do Campo.

O motivo da visita foi a en-trega de livros que foram doa-dos para equipar a biblioteca dainstituição. “Todo o esforço érecompensado quando vemosum trabalho maravilhoso quenem este” disse uma das vo-luntárias do grupo Sempre Mu-lher, centenas de livros em bomestado foram entregues.

O Instituto integra uma con-gregação religiosa internacio-nal, fundada em Pusan, naCoréia do Sul, a creche do ins-tituto tem capacidade para re-ceber 120 crianças, oferecen-do gratuitamente alimentação,vestuário, bem como educaçãoacadêmica e profissionalizan-te, um complexo educacionalcom piscina, quadras, ginásioe imóveis que comportarão ofi-cinas técnicas, entre outrasobras. Serviços de saúde tam-

Minami: “Fico feliz em ajudar a plantar mais esta semente”

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bém serão oferecidos às crian-ças e à população do bairro.

“Lembro-me como se fos-se hoje, o que disse quando vi-emos visitar o terreno: ‘Daquisurgirá a Vila das crianças maisbonita do mundo’. Hoje, vendotodas essas crianças felizes,brincando, motivadas a estudar,tendo uma alimentação saudá-vel e dispondo de serviços desaúde digno e de qualidade, mesinto um homem realizado”, dis-se Minami, acrescentando que“fico muito feliz em ter ajudadoa plantar mais esta semente emnosso município, e que muitaspessoas serão beneficiadas e

terão oportunidade de colher umfuturo melhor”.

6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010

Jiro Nishimura é o novo presidenteda Fundação Shunji Nishimura

COMUNIDADE 1COLUNA DO JORGE NAGAO

*JORGE NAGAO

Pelé parou uma guerra.Foi na África, em 1969, no ex-Congo Belga, quando o San-tos marcou um jogo emKinshasa que estava emguerra com Brazaville. Numrápido acordo, suspenderamo conflito desde que o SFCjogasse também contra oBrazaville. Depois que ossantistas deixaram a região,a guerra recomeçou. Essa in-crível história só poderiaacontecer com Pelé. 41 anosdepois, o continente africanofaz a festa do futebol.

Um desses cachorrosgrandes do G8, da Fifa, leva-rá o caneco: Brasil, Espanha,Portugal, Holanda, Itália, Ale-manha, Argentina e Inglater-ra. Faça a sua aposta. Mes-mo com as ausências de Gan-so e Neymar, e de Ronaldi-nho e Ernanes, os jornalistasda Folha Kfouri, PVC eCouto, estão otimistas. Mas,adverte Kfouri, que “se o fu-tebol de Kaká não rena serentrará um cabeça-de-área,um cabeça-de-bagre (do ca-beça Dunga), aí, sei não”.PVC diz que é possível oBrasil jogar bem e ser o bompois, ultimamente, tem joga-do bem contra as grandesseleções. Para Couto, o Bra-sil, “time difícil de ser batidopor causa de sua defesa, vaiaos trancos e barrancos, maisna base do alívio do que nada alegria”. Se o ataque nãofuncionar, pode ser batidonum pênalti mal batido, nummata-morre, e babau!- completo yo.

Como o futebol é impre-visível, alguns fatores podemser decisivos. A bola Jabulaniparece com essas vendidasem supermercado, segundo oJúlio César. Outro Julio, oBaptista, disse que a bola émuito ruim. Se a bola da vezpudesse responder lhe diria:- Ruim de bola é você, JulioBaptista. Outro fator é avuvuzela, a irritante corneta,que colocará à prova a paci-ência dos atletas. Mas o gran-de medo dos dirigentes bra-sileiros é que ocorra um aten-tado como aquele contra a se-leção do Togo que acabou de-sistindo da Copa da África.Seria um forte argumentopara os europeus tirarem aCopa de um país do terceiromundo, alerta Kfouri.

Que seleções farão agrande final? Na Copa daSouth África pode dar umpaís aqui da South America,uai not? Iniesta copa, quis osorteio das Xavis que Brasile Argentina só se encontra-rão numa possível final. Já

REPRODUÇÃO

Maradona ou Mala Dunga?

imaginou nosotros contraelesotros?

Dunga é um mala porquealém de ter sido deselegantecom o presidente Lula, ve-tou os humoristas na Copa, nacozinha, em todos os lugares.Na história da Branca deNeve, Dunga era mudo, ago-ra ele quer calar os comédi-as do Casseta, do Pânico edo CQC. Humoristas, quan-do proibidos, ficam melhoresainda. Você vai ver.

O mala Dunga esperamuita doação do grupo. Es-pero que ele não doe o títuloà Argentina, porque vai doermuito. O seu comprometi-mento com a teimosia podecomprometer a conquista dacopa. E a sua coerência étanta que pode ficar como ocoerenthiano Mano, 100 ternada.

Na terra de Mandela, inMama África, um mata-mataentre Maradona e MalaDunga, que maravilha!Maradona quer repetir 1986e acabar com a fila de 24anos. Dunga quer um bis de1994.

O Mara e o Mala fizeramas malas e já estão na Áfri-ca. Quién terá mala suerte yquién trará el caneco? Quemarmará melhor o seu time?Quem tem alma de campeão?O hermano que libera sus jo-gadores pro sexo, vinho edoce ou o irmão Dunga (são21 evangélicos entre os 23!)candidatos a santos pois nãofumam, não bebem e não jo-gam? Ficam na reserva doRoma, ou do Flamengo, ou jo-gam quase nada como oJosué, Elano e o Felipe Melo.Pro Dunga, lugar de craqueé na Cracolândia e de cobraé no Butantã.

Se der Argentina, queDrogba!, o Maradona fez apromessi de mostrar o seuobelisquinho no Obelisco,centro de Bs As. Em 1986,quando foi fotografado nuganhou a seguinte manchetedo Notícias Populares: “Bomde bola, ruim de taco”.

Que vença el mejor. E émelhor ganhar feio como oLúcio do que perder bonitocomo o Tevez. Mas, se dero contrário, vai ser incoeren-te ver os nossos edungadosjogadores, crentes que estãobatendo um bolão, voltaremtodos “viceados”. É quiçás dêhexa. Mas estou com SãoTomé, ver para crer. Se ohexa não der, só tomando umsanto mé, pra uísque ser.

*Jorge Nagao é colunista dosite Primeiro Programa(www.primeiroprograma.com.br).E-mail: [email protected]

Oempresário Jiro Nishimura, integrante doConselho de Adminis-

tração do Grupo Jacto, é onovo presidente da FundaçãoShunji Nishimura de Tecnolo-gia (FSNT).

Instalada numa área de 35alqueires, a FSNT que é man-tida pelo Grupo Jacto, estáprestes a completar 30 anosde existência e visa oferecereducação e tecnologia a ser-viço da agricultura, preparan-do jovens para atuar no mer-cado agrícola com competên-cia, dignidade e com conheci-mento profundo nas mais avan-çadas tecnologias voltadaspara a agricultura e para oagronegócio.

Jiro é um dos sete filhos dolendário Shunji Nishimura, quefaleceu no dia 23 de abril aos99 anos e era o presidente vi-talício da instituição. Em suatrajetória profissional ao ladodo pai atuou como presidentedas empresas Máquinas Agrí-colas Jacto e Unipac, ambaspertencentes ao Grupo Jacto.

“A Fundação é como umaárvore, com raiz, tronco, fo-lhas, flores e já produziu fru-tos. Quando vier outra admi-nistração, a árvore deverá serpodada, para que surjam no-vos brotos, que, por sua vez,transformarão em flores e, emtempo hábil, chegarão os no-vos frutos – com novas idéi-as”. Essa frase do fundadorda Jacto e da FSNT , ShunjiNishimura, representa bem odesafio da nova administra-ção.

O novo presidente daFSNT destacou que quer darcontinuidade ao legado deixa-do pelo pai, que era um em-preendedor visionário, tornan-do a instituição um pólo de tec-nologia onde os alunos possamdesenvolver na prática, tudo oque aprendem em sala de aula.

Jiro Nishimura atualmentetambém acumula a função deconselheiro da FBN – Brasil(The Family BusinessNetwork), que é uma associa-ção de empresários familiares,cujo objetivo é promover uma

rede de relacionamentos paraajuda mútua em assuntos so-bre sucessão, governança cor-porativa, desenvolvimento dosherdeiros e estrutura organiza-cional, para empresas familia-res.

Como tudo começou – Apóster construído uma das maio-res fábricas de pulverizadoresagrícolas do mundo, o japonêsShunji Nishimura, começou ainvestir na formação de jovenspara trabalhar na agricultura.Quando todos achavam quetinha cumprido sua missão,mostrou que não estava satis-feito. Resolveu retribuir aoBrasil e à agricultura parte detudo que havia conquistadocomo imigrante.

Em 1979 o fundador daJacto, semeava mais uma desuas obras. Desta vez criavauma fundação para a forma-ção de um avançado centroeducacional para devolver àagricultura brasileira profissi-onais altamente especializadospara a nova realidade do agro-negócio.

Através da Jacto, criou aFundação Shunji Nishimura de

Tecnologia (FSNT) e em 1982,inaugurou o Colégio TécnicoShunji Nishimura. Em 1989 eraa vez de criar o Colégio ShunjiNishimura; em 2005 a EscolaProfissionalizante Chieko Ni-shimura e ainda um Museu,onde registra toda a trajetóriado próprio fundador, da Jactoe da Fundação.

Com 27 anos de experiên-cia e tradição em ensino vol-tado para a agricultura, aFSNT, quando da existência doColégio Técnico agrícola, for-mou mais de 800 alunos, mui-tos deles atuando de formaefetiva em empresas e propri-edades agrícolas de renome nopaís.

Em 2009 a Fundação Shun-ji Nishimura de Tecnologia(FSNT), formou a 26ª e últimaTurma do Colégio TécnicoShunji Nishimura, que funcio-nava em sistema de internato.Agora passa para uma novafase, voltada para um sistemade ensino moderno e que aten-da às necessidades do merca-do agrícola na atualidade.

A FSNT, como um braçosocial do Grupo Jacto, atual-mente é mantenedora do Co-

légio Shunji Nishimura (Esco-la de Ensino Fundamental),Escola ProfissionalizanteChieko Nishimura (Em convê-nio com o Senai oferece oCurso de Aprendizagem Indus-trial Mecânico de Usinagem).Conta ainda com a unidade doSenai - Escola Senai ShunjiNishimura, com os CursosTécnicos em Mecânica e Ele-troeletrônica.

Recentemente a mais novaconquista da FSNT foi a ins-talação da Fatec - Faculdadede Tecnologia de Marília -Campus de Pompéia para umcurso superior gratuito e iné-dito no país: Mecanização emAgricultura de Precisão, quetem duração de três anos e jáestá em sua primeira turma.

O profissional formado emMecanização em Agriculturade Precisão vai atuar em pro-jetos de mecanização agrícolapor meio de seleção adequadade máquinas e implementos,além de gerenciar e treinarequipes de operação, regula-gem e manutenção de máqui-nas de acordo com normas téc-nicas, ambientais e de segu-rança.

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Jiro Nishimura com Shunji Nishimura: atuou ao lado do pai como presidente da Jacto e Unipac

O Bunkyo (Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa ede Assistência Social), em con-junto com 34 entidades nipo-brasileiras, prepara para o pró-ximo dia 10 de junho, a partirdas 19h30, a homenagem dacomunidade nikkei aos Conde-corados da Primavera.

Os homenageados sãoIsidoro Yamanaka, que foi con-decorado com a Ordem do Te-souro Sagrado, Raios de Ourocom Laço de Fita (ZuihouTyujyushou), e Hiroshi Nishitani,condecorado com a Ordem doSol Nascente, Raios de Ouro ePrata (Kyokujitsu Soukoushou).

Isidoro Osamu Yamanaka,72 anos, natural de Hokkaido,residente em São Paulo, foicondecorado pela atuação namelhoria e expansão da regiãodo Cerrado, bem como por in-tensificar o relacionamentoentre o Brasil e o Japão. Foiassessor especial do Ministé-rio da Agricultura e é, atual-mente, membro da Comissão

Bunkyo Rural.Yamanaka recebeu a con-

decoração no Japão, no últimodia 12 de maio.

Hiroshi Nishitani, 90 anos,natural de Tottori (Japão) enaturalizado brasileiro, chegouao Brasil em 1929, indo pararegião de Osvaldo Cruz. Foipresidente da AssociaçãoNipo-Brasileira de OsvaldoCruz, da Federação de Saku-

COMUNIDADE 2

Bunkyo prepara homenagem aos condecorados da Primaverara e Ipê do Parque do Carmoe da Federação das Associa-ções de Províncias do Japãono Brasil.

Também incentivou as ativi-dades culturais junto à Associa-ção Cultural Tottori Kenjin doBrasil, principalmente junto aodepartamento de música e dan-ça folclórica japonesa. Um dosresultados disso foi a constitui-ção do Tottori KenjinkaiGueinobu Kassa Odori que, em2009, foi classificado em 1º lu-gar na seletiva do Festival deMúsica e Dança Folclórica Ja-ponesa promovido pelo Bunkyo.

A homenagem aos doiscondecorados será realizadano Salão Nobre do Bunkyo, narua São Joaquim, 381 – 2º an-dar – Liberdade – SP. A ade-são é de R$ 50,00 por pessoa.Após a cerimônia é servido umcoquetel. Pede-se confirmarpresença até o dia 8 de junho,com Miriam (011) 3208-1755.(do site do Bunkyo:www.bunkyo.org.br)

Nishitani presidiu o Kenren e a Federação de Sakura, entre outros

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Isidoro Yamanaka

São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010 JORNAL NIPPAK 7

Jornalista nikkei lança obrasobre ex-craque Tostão

LITERATURA

Canto do

Bacuri

FRANCISCO HANDA

“Nunca pensei que issopudesse ocorrer comigo.Desconheço os motivos deque naquele dia, justamentenaquela hora, quandoretornava de uma viagempelo interior de São Paulo issorealmente tivesse aconteci-do”. Era assim que o velhodiário, encontrado nos fundosde uma gaveta de uma mesavelha, carcomida pelo tempochegou às mãos de Hideka-zu. Escrito em japonês da eraTaisho, com um pincel de pelode marta, devido a delicade-za dos traços. Pensou tratar-se de um delírio alimentadopela saudade da terra natal.Muito tentador a leitura e nãose incomodou em devassarum registro de um antepas-sado remoto, o seu bisavô.Por isso, procurou saber a res-peito dele.

- Pode me falar do sr. JunTakano – pediu sem hesita-ção, enquanto dirigia até elaum embrulho de maçãs fujiicolhidas fresquinhas em SãoJoaquim.

- Mais uma vez, queren-do me seduzir com os seuspresentes. Aceito, como sem-pre. A sua curiosidade é ta-manha, que fico constrangi-da em negar. Um dia, aindavou agir justamente desta for-ma – fingiu aborrecer-se comas investidas do neto.

Sem grande esforço, avelha Matsu, octagenária, ar-ranjou os óculos na ponta donariz. Tinha nas mãos um no-velo de lã. Ao lado, numamesinha, espreguiçava o gatoTaro com seus bigodes lon-gos de parafina. Seus olhosfinos mais finos ficaram e asrugas formavam uma cascade maracujá maduro.

Contou que o seu paicostumeiramente saía decasa, passava alguns mesesvagando sem destino, pelointerior, às vezes aportava emSão Paulo. Depois retornavapara casa. Quando da volta,suas sacolas cheias de pre-sentes faziam a alegria dosfilhos menores. Por algumtempo, Takano permaneciano lar, para novamente cairno mundo. Tentaram conven-cê-lo de ficar, mas todo es-forço fora em vão. Se ele fi-casse em casa por mais detrês meses, era acometido deuma melancolia que o deixa-va atordoado. Chegaram, in-clusive, a aprisioná-lo num de-pósito: seus olhos tornaram-se imensos, saltados comouma máscara de Hannya doteatro Nô.

- Mas ele era a pessoamais adorável do mundo, emamãe sabia respeitá-lo. Porisso, nunca se incomodoucom as viagens frequentes;isto era rotina em nossa vida.

- Quer dizer que ele tinhaalucinações? adiantou Hide-kazu.

Talvez não se tratasse dis-so. Era apenas alguém sen-sível diante das intempéries

Pelas veredasdo outro mundo

da vida. Nunca se adaptaraao serviço nos cafezais. Nãodisse, mas ele gostaria de vol-tar ao Japão e comer os boli-nhos de onigiri assado nachapa de sua aldeia, no inte-rior da província de Miyagi.

Sem muita convicção, oneto passou a folhear o diá-rio do bisavô. “Num certomomento, o ônibus teve umdos pneus trazeiro furado.Todos desceram. Alguns seprontificaram em ajudar omotorista a fazer os reparos.Eu também me ofereci paraajudar. Recusaram minhaoferta, dizendo que eu eramuito franzino e poderia, tam-bém, sujar o meu paletó pas-tel. Claro, eles tinham as suasrazões e, para não criar caso,afastei-me do local e pude veradiante um rio imenso. O rioque lembrava um do Japão,pois do lado da margem al-gumas pessoas vestidas comsuas roupas de passeio espe-ravam a vez de embarcar.Lembrei-me do TemploOsoresan, ao lado de nossaprovíncia, em Aomori. Haviacerta semelhança naquelapaisagem desolada, com fos-sos em que uma fumaçasulfurosa formava uma den-sa neblina. De fato, a fuma-ça dava o tom daquela re-gião”.

Desconhecia os motivosdaquela citação, por isso,mais uma vez, foi questionara sua avó.

- Pode-me falar sobre oTemplo Osoresan?

Assustou-se com a inter-venção do neto, que espera-va com uma mão apoiada aoqueixo. Ela contou-lhe de queos mortos, antes de comple-tar os quarenta e nove dias,passam por Osoresan e, de-pois, ingressam na barca queos conduz para a margem dooutro lado. Este era o moti-vo. Voltou para o diário e con-tinuou para conhecer o des-fecho. “Era apenas um bar-co, apenas um barqueiro, ves-tido com a sua capa de jun-co, como numa pintura deukyo-ê de autoria deHokusai. Naquele momentoembarcava a senhora Yama-shita, aquela que tinha sido anossa vizinha na Colônia doJuca Preto. O que ela estariafazendo alí? Ela, tinhamorrido? Fui saber de suapartida um mês depois da-quela visão. Era ela mesmo.Lembro-me dos cabelosamarrados num coque na par-te de trás. Depois vieram ou-tros, que não sabia de quemse tratavam. Nem todoseram japoneses. Quando to-mavam assento no barco, obarqueiro estendia o seu bra-ço e recebia uma moeda. Erao pagamento pela viagem”.

A narrativa acaba de for-ma abrupta. Por muito tem-po pensou a respeito, depoisachou tratar-se de uma alu-cinação. Era isso: alucinação.Será?

[email protected]

Gilson Yoshioka informaque começou a elaborar o li-vro em 2008 quando cursavao último ano na CásperLíbero. No final daquele anoo projeto foi aprovado na fa-culdade, mas não ficou satis-feito com o resultado final. Elesabia que, com mais tempo ededicação, podia fazer algomuito melhor. Em 2009, já for-mado, pôde se dedicar maisàs pesquisas, à escrita e ficousatisfeito.

Como Tostão sempre foiuma pessoa reservada e nãogostava de aparecer na mídia,Gilson Yoshioka revelou difi-culdades nos primeiros conta-tos com o entrevistado que semostrava desconfiado, masaos poucos cedeu aos pedidosdo autor, os quais se transfor-maram em uma grande entre-vista. “Fui recebido pelo Tos-tão na casa dele em Belo Ho-rizonte. As entrevistas feitaslá duraram cerca de oito ho-ras, mas perdi a conta tam-

Reservado, ex-craque ficou desconfiadobém de quantas vezes usei otelefone e o e-mail”, esclare-ce.

Gilson Yoshioka afirmaque outro fator complicadorpara escrever o livro foi con-ciliar estágios, provas de ou-tras matérias e ainda fazeruma tese desse porte nos tem-pos de estudante na faculda-de Cásper Líbero. “Fui apro-vado, porém não estava satis-feito com o resultado final.Não pela nota do trabalho, masporque sabia que podia fazeralgo muito melhor. O livro fi-cou pronto na metade de 2009quando eu já estava formado,pude me dedicar mais às pes-quisas, à escrita e fiquei mui-to satisfeito. Em nenhum mo-mento me dediquei exclusiva-mente ao projeto”, ressalta.

Após finalizar a publicaçãoo autor assegurou que apren-deu muitas lições com Tostão,entre elas de jornalismo e decoisas básicas que muita gen-te não dá valor. Para o escri-

tor o cronista tem sucesso noque faz não somente por con-ta de seu talento, mas tambémpela dedicação ao trabalho.“Ele assiste aos principais pro-gramas esportivos na TV, lêos principais jornais e revis-tas esportivas e sempre aten-to aos livros de futebol que sãolançados. Além disso, assistiua vários teipes de jogos da épo-ca em que era estudante e pro-fessor de medicina, quandonão podia se dedicar ao es-porte. Assim, entendeu melhora evolução tática das equipes.Portanto, vi na prática o quan-to um profissional de alto ní-vel da área esportiva precisase dedicar”, destacou.

No livro Gilson Yoshiokacita Tostão em três frases quesão verdadeiras lições para oesporte e para a vida: “Paraser um craque é preciso unir,em proporções variáveis paracada jogador, muita técnica,habilidade, criatividade e óti-mas condições físicas e emo-

cionais. Nada disso será sufi-ciente se o craque não atuarem uma grande equipe, orga-nizada e ao lado de excelen-tes atletas”. “É na infância,nos campos de pelada e narua, brincando, que se desen-volve a imaginação, a fanta-sia e a intimidade com a bola.O menino brinca e sonha. Semregras e professores. Na vidaadulta, em qualquer atividade,os grandes talentos são os quecontinuam se divertindo, comresponsabilidade”. “No fute-bol e na vida, o planejamentoé essencial. Mas, às vezes, asmelhores coisas acontecem derepente, num piscar de olhos,sem planejamento”.

Atualmente Gilson Yoshi-oka concilia a atividade de ad-ministrador de empresas comoutros projetos, e aproveitoupara anunciar que está prepa-rando o seu segundo livro:Lances para gravar – Umclose nas crônicas de JoséGeraldo Couto. (AJS)

Nem bem finalizou a suaparticipação como re-pórter no livro O Anu-

ário Interlagos 70 anos de Ve-locidade pela Public ProjetosEditoriais, lançado recente-mente e o jornalista nikkei,Gilson Yoshioka, se viu diantedo lançamento do seu livro deestréia denominado “Trocandoos pés pelas mãos – O futebole a vida nas crônicas de Tos-tão”. O lançamento ocorreunesta terça-feira (1º), na Livra-ria Saraiva MegaStore doShopping Pátio Paulista, pelaMaquinária Editora. Na obra,o jornalista relata o rico univer-so do ex-craque da seleçãobrasileira de futebol na Copado Mundo de 1970, do cidadãoe do cronista Eduardo Gonçal-ves Andrade, mais conhecidocomo o Tostão.

Nas 128 páginas do livro,que está à venda nas livrariasao custo de R$ 30, a personali-dade reservada do magistralTostão é descrita por meio deopiniões especiais não apenasa respeito de esporte, mas tam-bém relativo aos diversos temasdo cotidiano. A obra que contacom o prefácio do jornalistaJuca Kfouri e orelha de JoséGeraldo Couto, traz o olhar sen-sível e inteligente de um dosmelhores colunistas de futeboldo Brasil que sabe pensar, comopoucos, o nosso tempo.

O livro é dividido em trêspartes, na primeira o autorapresenta um perfil do cronis-ta Tostão, desde os seus pri-meiros passos no jornalismoaté os dias atuais; bem comoaborda, com menor ênfase, apassagem como jogador e pro-fessor de medicina. Na segun-da parte um pingue-pongueaprofunda assuntos ligados àocupação de cronista e abor-dados nas crônicas. Na tercei-ra o escritor elaborou o Dicio-nário Tostão de termos técni-cos do futebol, além de temasrelacionados ao esporte comocomportamento, psicologia etc.

Gilson Yoshioka escreveu o

também é administrador deempresas, espera mostrarcomo é a vida e o fazerjornalístico de Tostão, transmi-tir os conhecimentos do ex-jo-gador sobre o futebol, um es-porte amado e ao mesmo tem-po incompreendido no Brasil eno mundo. Além de mostrarcomo o cronista transita dasimples observação para a in-terpretação das partidas defutebol, garantindo, assim, umavisão técnica e científica doesporte; mostrar como um as-sunto apaixonante pode serbem analisado e explorado, aocontrário do tratamento dadopor muitos; e como é possívelser um profissional sério ecompetente e ainda ter umavida prazerosa e bela. “Se porum lado o dramaturgo NelsonRodrigues é também uma re-ferência no esporte por contade suas virtudes estilísticas (oconteúdo fica em segundo pla-no), Tostão representa o ver-dadeiro especialista do assun-to, a voz mais lúcida do espor-te. Por que também não dedi-car um estudo à produção doex-jogador?”, defende o escri-tor.

(Afonso José de Sousa)

livro porque é fã de Tostãodesde quando este começou aescrever crônicas nos jornaisde São Paulo, no final dos anos90. Desde aquela época o au-tor costumava recortar os tex-tos do ex-jogador juntamentecom outros cronistas, jornalis-tas e escritores. Lembrandoque o também médico Tostãonão tem formação jornalística,mas é considerado por JucaKfouri e muitos outros, comoo melhor cronista do Brasil.“Desde que entrei na faculda-de de jornalismo da Faculdade

Cásper Líbero, já sabia quequeria fazer um TCC (traba-lho de conclusão de curso dejornalismo) sobre o Tostão.Meus professores CelsoUnzelte – apresentador doLoucos por Futebol da ESPNe Welington Andrade – foramos orientadores da minha tesee contribuíram bastante para osucesso do trabalho. Porém, olivro só ficou do jeito que euqueria após a minha formatu-ra, quando pude me dedicarmais ao projeto”, explica.

Com o livro, o autor que

O jornalista Gilson Yoshioka e a capa do livro de sua autoria

Tostão recebeu o jornalista na casa dele em BH: rentrevistas consumiram cerca de oito horas

DIVULGAÇÃO

O jornalista Gilson Yoshi-oka realizou terça-feira (dia 1ºde junho) uma sessão de au-tógrafos do seu livro de estréia“Trocando os pés pelas mãos– O futebol e a vida nas crô-nicas de Tostão”, na LivrariaSaraiva MegaStore, do Shop-ping Pátio Paulista. O eventocontou com a presença de fa-miliares e de amigos do escri-tor, entre eles do presidente doConselho Comunitário de Se-gurança (Conseg) da Liber-dade, Akyo Ogawa e do ad-vogado Julio Aguemi, e ou-

tros. O livro editado pelaMaquinária Editora descreveo rico universo do ex-craqueda seleção brasileira de fute-bol de 1970, do cidadão e cro-nista Eduardo GonçalvesAndrade, conhecido comoTostão. Na obra que contacom o prefácio do jornalistaJuca Kfouri e orelha de JoséGeraldo Couto, o autor nikkeifala da personalidade reser-vada do magistral Tostãoatravés de opiniões sobre es-porte, bem como aos váriostemas do cotidiano.

Lançamento reúne familiares e amigos no Pátio PaulistaDIVULGAÇÃO

8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010

ESPETÁCULO

Ricardo Oshiro reestréia peça “Casting” com oator global Caco Ciocler no Sesc Vila Mariana

Em mais uma de suas par-ticipações teatrais o atorRicardo Oshiro está

atualmente no elenco da comé-dia “Casting” do consagradoCaco Ciocler, que reestréia noTeatro do SESC Vila Marianaaté o dia 20 de junho. No es-petáculo o nissei vive o empre-sário japonês “Tetsuji Aoki”,que está na Rússia à procurade mulheres para montar umshow russo em Cingapura. Napeça o anúncio veiculado emum jornal de uma cidade russaanuncia os testes para mulhe-res com habilidades artísticasvisando à montagem de umshow que será apresentado emCingapura. O velho e agorafechado cine Cosmos é o ce-nário único da peça que mos-tra os testes, os equívocos ge-rados pelo anúncio, as espe-ranças e frustrações das can-didatas. É ali que, às voltascom o produtor Albert (CacoCiocler), as candidatas - e de-pois seus maridos -, desco-brem que esse show não é tãoinocente quanto pensavam.

Da indignação partem paraa constatação de que um showerótico em Cingapura é muitomelhor do que o nada a fazernaquela cidade, naquele país.Mas será que o empresáriojaponês Tetsuji Aoki (RicardoOshiro) encarregado dascontratações aceitará mulhe-res não exatamente ‘muitobonitas e muito jovens’? A res-posta poderá ser desvendadaao final dessa deliciosa comé-dia que faz jus à melhor tradi-ção satírica russa.

Para participar da peça Ri-cardo Oshiro revela que soube

lao/”, ressalta.De acordo com o ator

nikkei outra iniciativa nessesentido partiu do Seinen Bun-kyo da Sociedade Brasileira deCultura Japonesa e Assistên-cia Social, com quem firmouparceria em 2009 e passou adar aulas de teatro tambémcom o ator Henrique Kimura.“Posso dizer que foi um suces-so, pois muitos nikkeis se inte-ressaram e fizeram quatromeses de curso”, revela.

A encenação de Casting noBrasil começou a ser trabalha-da em 2002 quando o diretorMarco Antônio Rodrigues e aatriz Joana Mattei assistiram auma montagem alemã do tex-to, se encantaram com ele.Com isso a realização está seconcretizando só aconteceagora, com tradução de AimarLabaki e Elena Vássina, dire-ção geral de produção de Ale-xandre Brazil. Além de CacoCiocler e Ricardo Oshiro oelenco conta com os atores

Aline Moreno, Bete Dorgam,Bia Toledo, Flávio Tolezani,Heitor Goldflus, Nani de Oli-veira, Natalia Gonsales, Nico-las Trevijano e Selma Luchesi.

CASTINGQUANDO: ATÉ O DIA 20 DE JUNHO

HORÁRIO: 21H NAS SEXTAS-FEIRAS ESÁBADOS E ÀS 18H AOS DOMINGOS

ONDE: SESC VILA MARIANA - RUA

PELOTAS, 141 - VILA MARIANA - SÃO

PAULO - SPINGRESSOS: R$ 30,00; R$ 15,00(USUÁRIO MATRICULADO E DEPENDENTE,A PARTIR DE 60 ANOS E ESTUDANTES). R$7,50 (TRABALHADOR NO COMÉRCIO E

SERVIÇOS MATRICULADO E DEPENDENTE, APARTIR DE 60 ANOS E ESTUDANTES).BILHETES À VENDA EM TODAS AS UNIDADES

SESC

INFORMAÇÕES: (11) 5080-3000 /0800 118220 OU

[email protected]

TEATRO: 608 LUGARES

DURAÇÃO: 120 MINUTOS, ACESSO PARA

PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS E NÃO

RECOMENDADO PARA MENORES 16 ANOS.ESTACIONAMENTO: A PARTIR DE R$ 5,00.

do teste através de um amigo,o ator Ulisses Sakurai. “Prepa-rei-me para interpretar em ja-ponês, embora o texto originalnão exigisse isso, participei daaudição e passei”, afirma.

A maior preocupação deRicardo Oshiro era não cair noestereótipo, exigência tambémdo diretor Marco Antônio Ro-drigues, ainda mais sendo opersonagem um empresáriojaponês. Por isso se preocupouem estudar e adaptar as falas,que não existiam no texto ori-ginal, para o japonês.

“Para isso contei com a aju-da do meu professor de japo-nês, o Marcos ‘Suga’ Suguiura,do Kamae Gakuen. Conformeo andamento dos ensaios, eu

passava para ele o contextoexato da cena e ele me orien-tava sobre como um empresá-rio se comportaria e falaria. Emresumo, senti que foi um tra-balho criativo e colaborativo,pois para Marco Antônio, oator deve criar, propor, se ar-riscar e não ficar de braçoscruzados esperando ordens.Como o elenco é de feras, sótive que entrar no jogo teatral”,explica.

Após a apresentação do dia22 de maio um fato curiosoaconteceu com Ricardo Oshiro.Um senhor nikkey falou para oator ter ficado feliz em saberque existem bons atores nikkeysno palco e que não estavamretratando o japonês como

bobo, mas sim como uma pes-soa real, com suas qualidadese defeitos, ou seja, ser huma-no. “Também disse que enten-deu minhas falas em japonês.Foi o melhor feed-back que tiveaté agora”, afirma.

Ricardo Oshiro espera vercada vez mais nikkeys e ori-entais nos palcos e na mídia.Ele acabou de participar dasfilmagens do longa “CoraçõesSujos” (http://coracoessujos.zip.net/) e conheceu muitosatores nikkeys talentosos e ain-da desconhecidos do grandepúblico e da própria comuni-dade nikkey.

“Precisamos apoiar inicia-tivas artísticas com orientais,pois só assim vamos mudar anossa imagem e não ficar ape-nas com papéis estereotipadosou caricatos. Por isso, fundeijunto com o ator Henrique Ki-mura a ‘Liga dos Artistas Ori-entais’, cujo site divulga os ato-res e seus trabalhos: http://www.claudiodisouza.com.br/

DIVULGAÇÃO

Oshiro em ação: maior preocupação era não cair no estereótipo

O elenco de Casting, espetáculo permanece em cartaz até o dia 20 de junho no Sesc Vila Mariana

São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010 JORNAL NIPPAK 9

COMUNIDADE

Robertinho Casanova doará troféu do Nodojimanao Museu Histórico da Imigração Japonesa

Obom filho à casa tor-na. Tudo bem que, nocaso do cantor Rober-

to Casanova, é por tempo de-terminado. De passagem aoBrasil – veio especialmentepara participar do quadro OlhaMinha Banda do Caldeirão doHuk – programa comandadopelo apresentador LucianoHuk – Robertinho, como é ca-rinhosamente chamado, queraproveitar ao máximo sua es-tadia no País.

Não só para matar sauda-des dos velhos amigos comotambém para planejar seu fu-turo. Até o retorno para o Ja-pão, marcado para o dia 24 dejulho, Robertinho espera fe-char “algo de concreto”, o quenão aconteceu mesmo depoisda histórica vitória no Nodoji-man, concurso de música or-ganizado pela NHK, emissoraestatal japonesa, e considera-do a “Copa do Mundo” do ka-raokê – para chegar à final,derrotou mais de 80 mil con-correntes de todo o Japão.

Robertinho Casanova foi oterceiro estrangeiro e o primei-ro “brasileiro nato” a conquis-tar o Nodojiman. O primeiroestrangeiro a alcançar o feitofoi o nikkei Joe Hirata, em1994, e a segunda a nipo-ar-gentina Vanessa Oshiro, em2001. No entanto, mesmo apósa façanha, a carreira ainda nãodeu a guinada que ele tantoesperava. “Recebi muitas son-dagens, mas, por enquanto,nada de concreto”, afirma ocantor, que veio acompanha-da da esposa, Mika, e da filhado casal, a pequena Rina, deapenas três anos de idade, nas-cida em solo japonês.

Na verdade, Robertinhoainda está colhendo os frutospela conquista. E a aparição noCaldeirão do Hulk – o progra-ma foi ao ar no último dia 29 –foi um deles. A gravação ocor-reu entre 4 e 14 de maio, perí-odo em que a família ficou hos-pedada num dos hotéis da redeBlue Tree por conta da produ-ção do programa.

Para fazer a prova, queconsistia em montar umdominó de 4 mil peças, o can-tor pediu ajuda do irmão maisnovo, Alexandre. Vencido odesafio, Robertinho ganhouuma poupança no valor de R$

10 mil e o direito de cantar trêsmúsicas no programa. Umadelas foi “Kokoro Kara”, quecompôs em parceria com suaesposa.

A repercussão foi imedia-ta. Na terça (1º de junho), apedido da reportagem do Jor-nal Nippak, Robertinho, Mikae a filha posaram para umasessão de fotos no bairro daLiberdade, em São Paulo. E oque era para ser um tranqüiloensaio acabou atraindo a aten-ção de muitos curiosos.

Tartaruga – E se dependerdo cantor, os 15 minutos aque tem direito devem se pro-longar por muito mais tempo.“Espero fechar algo duranteminha estadia por aqui”, dis-se Robertinho, que visita oBrasil pela primeira vez des-de que decidiu se aventurarno Japão, em 2006.

O tempo é curto, maspara quem superou tantosobstáculos na vida – como umtransplante de rim e a infân-cia pobre na favela Jardim

Robertinho com a esposa Mika e a filha Rina: onde tudo começou

JIRO MOCHIZUKI

Robertinho Casanova com a esposa Mika no Caldeirão do Huk

não reclama. Aos 42 anos, sen-te-se feliz em poder ajudar osoutros. “Durante a crise mun-dial, que afetou e muito o Ja-pão, os dekasseguis estavamcom a autoestima em baixa emuitos começaram a entrar emdesespero. Com a conquista doNodojiman, tive oportunidade demandar recados pela imprensapara que os japoneses não ge-neralizassem porque há brasi-leiros de coração bom e quegostam de ajudar os outros, atémesmo os próprios japoneses”,destaca Robertinho, que preten-de doar o troféu do Nodojimanao Museu Histórico da Imigra-ção Japonesa no Brasil(MHIJB). “Lá, é o local maisapropriado. Além de preservá-lo, mais pessoas terão acesso epoderão conhecer minha histó-ria”, observa Robertinho, queespera vencer outro obstáculo:aprender o idioma japonês.

“Conheço muitas palavrasjaponesas, mas na hora dejuntá-las é que complica. Pen-so como estrangeiro, ou seja,primeiro analiso e depois orde-no o que foi dito”, explica Ro-bertinho, que para superar maisde 80 mil concorrentes com amúsica “Chigiri”, de Itsuki Hi-roshi, apelou para o tradicio-nal método de decorar.

(Aldo Shiguti)

REPRODUÇÃO

das Oliveiras – o tempo pa-rece pouco importar. “Soucomo uma tartaruguinha su-bindo o monte Fuji. Não que-ro alcançar o topo para de-pois despencar. Prefiro darpassos curtos, mas firmes”,conta Robertinho, admitindo,porém, que esperava que oNodojiman desse uma visibi-lidade maior.

Fora os tapinhas nas cos-tas, fechou parceria com acompositora Sakina, autorada música que marcou ainauguração do Aeroporto deShizuoka. “Ela ajudou a lan-çar muitas cantoras”, contaRobertinho, acrescentandoque também foi homenagea-

do pelo prefeito de Shizuoka,Zenkiti Kojima.

E Robertinho decidiu apos-tar todas suas fichas na car-reira musical. Tanto que pediudemissão na empresa deautopeças onde trabalhavapara se dedicar integralmenteà carreira. “Caso não consigafechar nada agora, volto aoJapão e, se a Mika concordar,arrumamos as malas e volta-mos para o Brasil ainda esteano”, explica o cantor, que nãoesquece a acolhida recebidano Japão, especialmente dafamília de Mika que, por sinal,conheceu ainda no Brasil.

Doação – Robertinho, porém,

10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010

DUAS RODAS

Kawasaki Versys 650 chegaao Brasil com e sem ABS

De olho no crescente mer-cado de motos de 600 cm³, aKawasaki traz para o Brasil acobiçada dual purpose Versys650. Como o próprio nome de-nuncia a Versys foi criada praoferecer versatilidade. O mo-delo agrega características demotos street, trail, supermotarde até tourer. Alvo de boas críti-cas no exterior, a Versys com-partilha o mesmo motor bi ci-líndrico da naked ER-6n, porémcom suspensões de longo cur-so, banco largo, pára-brisa euma proposta de uso misto. Ejá chega com o visual renova-do (modelo 2010) em versõescom e sem o sistema de freiosABS (antitravamento).

Há algum tempo se espe-culava a vinda deste modelopara o mercado nacional, afi-nal diversos componentes daVersys já são usados na ER-6n. Um deles é o motor de doiscilindros paralelos, 649 cm³ decapacidade, duplo comando deválvulas no cabeçote (DOHC)e refrigeração líquida. Maspara se adequar à proposta daVersys, o propulsor foi altera-do para oferecer melhor ren-dimento em médios regimes,além de uma resposta mais li-near. Também alimentado porinjeção eletrônica, na Versys obi cilíndrico gera 64 cv de po-tência máxima a 8.000 rpm(contra os 72 cv a 8.500 rpmna versão naked). O torquetambém fica um pouco abai-xo: 6,2 kgfm a 6.800 rpm (con-tra 6,7 kgf.m a 7.000 rpm).

Lançada na Europa e naAmérica do Norte em 2006, aVersys tinha como maior críti-ca o visual um tanto quantodefasado e sem alterações atéo ano passado. Mas para 2010a Versys ganhou um visual to-talmente renovado e moderno.

O novo conjunto óptico con-ta com linhas mais agressivase facho mais eficiente. Tam-bém foi alterado o pára-brisaque, no modelo novo, pode serajustado em três posições. Aergonomia foi revista buscan-do um maior conforto. O supor-te do motor e as pedaleiras re-ceberam capas de borrachapara diminuir a vibração senti-da pelo piloto. E a traseira tam-bém foi redesenhada paraacompanhar o novo design.

Ciclística – Como em toda boa

moto de uso misto as suspen-sões têm longo curso, para ab-sorver impactos e irregularida-des do asfalto. A suspensão tra-seira tem um amortecedor fi-xado lateralmente com 145 mmde curso. Na dianteira, o garfotelescópico invertido (upside-down) tem 150 mm de curso.Um diferencial do modelo emsua categoria é que ambas assuspensões tem regulagem deretorno e pré-carga.

Com essa configuração, amoto entraria facilmente nacategoria trail. Contudo a veiastreet/supermoto começa aaparecer nos pneus, rodas efreios. As rodas de 17 polega-das recebem pneus nas medi-das 120/70-17 (dianteira) e160/60-17 (traseira), iguais aosda ER-6n. Assim como os frei-os, de duplo disco na dianteira(300 mm de diâmetro) e sim-ples na traseira (220 mm dediâmetro), todos no formatowave/margarida. Outro dife-rencial é que a Kawasaki vaicomercializar por aqui a ver-são equipada com sistema defreios antitravamento (ABS).

Mercado – A KawasakiVersys desembarca no Brasilcom preço público sugerido deR$ 33.990 na versão básica eR$ 37.390 com ABS, sem fre-te. A previsão é que a nova 650cm³ esteja disponível em todasas autorizadas da marca a par-tir de junho. Antes da Versys,o mercado brasileiro das mo-tos de uso misto e com doiscilindros tinha duas opções: aBMW F 650 GS e a Suzuki DL650 V-Strom, esta última comdois cilindros em V. Especula-se ainda que no futuro sejaimportada a Honda Transalp700, o que esquentaria aindamais a categoria.

Em função de seu preço, onovo modelo da Kawasaki dis-puta o consumidor da Suzuki V-Strom (R$ 34.594). Entretan-to, a J.Toledo/Suzuki não co-mercializa no País a V-Strom650 com freios ABS. Diferen-te do que muitos imaginavam anova Kawasaki Versys 650 nãoconcorre com a consagrada aYamaha XT 660R. Primeira-mente, por estar em uma faixade preço acima, além de serequipado com propulsor bi ci-líndrico, enquanto a velha XT660R é monocilíndrica.

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Kawasaki está de olho no crescente mercado das 600cc

VEÍCULOS

Nissan inicia obras de fábricasque produzirão Leaf e baterias

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ANissan lançou no últi-mo dia 26 a pedra fun-damental da fábrica

que irá montar baterias de íon-lítio para veículos elétricos. Anova planta está localizada emSmyrna, Tennessee, ao lado daunidade que será reformadapara receber a linha de mon-tagem do primeiro veículo100% elétrico a ser produzidoem massa, o Nissan LEAF. Asduas começam a operar no iní-cio de 2012. A Nissan prevêque 1.300 empregos serão cri-ados quando ambas atingirema capacidade total, de 200 milunidades/ano para baterias ede 150 mil unidades/ano do ve-ículo elétrico. Com 120 mil m²de área, a fábrica de bateriasserá uma das maiores do seg-mento na América do Norte.

Segundo Carlos Ghosn,presidente e CEO da NissanMotor Co., a empresa estácomprometida com a mobilida-de sustentável e acessível. “Oque estamos fazendo aqui irátransformar radicalmente aexperiência dos consumidorescom automóveis. O dia de hojeé um grande passo no proces-so de criação de uma econo-mia ‘verde’ nos Estados Uni-dos. A produção do NissanLEAF e das baterias de íon-lítio em Smyrna traz o paísmais perto da sua meta de in-dependência em energia, decriar empregos ‘verdes’ e desustentabilidade da indústrialocal. A Nissan é líder mundialem inovação na manufaturadestas baterias, e esta fábricade última geração irá fortale-

cer isso ainda mais.”Phil Bredesen, governador

do Tennessee, ressaltou duran-te a cerimônia que o estadotransformou-se em um lídernacional em energia limpa. “Ocomprometimento da Nissanem produzir estas baterias dealta tecnologia aqui é parte fun-damental deste sucesso. O in-vestimento da marca em nos-so estado começou há duasdécadas, e esta fábrica lidera-rá o caminho para a próximageração da indústria automo-bilística e para a criação deempregos na área de energiaslimpas”, disse.

A construção da fábrica debaterias e a reforma da linhade montagem para a produçãodo LEAF em Smyrna terão in-vestimentos de US$ 1,7 bilhão,com cerca de 80% do capital

(US$ 1,4 bilhão) provenientesdo empréstimo do Departa-mento de Energia dos EstadosUnidos. Este dinheiro faz par-te do Programa de Emprésti-mos para Produção de Veícu-los de Tecnologia Avançada,criado em 2007 com a Lei deSegurança e Independência deEnergia, que recebeu recursosde US$ 25 bilhões do governofederal. O programa tem comoobjetivo acelerar o desenvolvi-mento de veículos e tecnologi-as que possam oferecer aosEstados Unidos a independên-cia em energia, a criação demeios de transportes limpos eo estimulo à economia.

Fila de espera – Desde 20 deabril, cerca de 13 mil norte-americanos fizeram reservaspara a compra do Nissan

LEAF. Este é o primeiro pas-so para assegurar um lugar nalista de compra do veículo. ONissan LEAF começará a servendido em mercados previa-mente selecionados pela mon-tadora, como Estados Unidos,Japão e Europa.

Inicialmente o NissanLEAF será produzido na fábri-ca localizada na cidade deOppama, no Japão, com bate-rias manufaturadas na unida-de de Zama, no mesmo país.As baterias também serão pro-duzidas em Cacia, Portugal,Sunderland, no Reino Unido, eFlins, na França. A Nissan estácomprometida com o meio am-biente por meio do programa“Nissan Verde 2010”, cujasprioridades são redução deemissões e ampliação da reci-clagem.

A nova planta está localizada no Tennessee e deve começar a operar no início de 2012

Neste final de semana, sá-bado, 5 e domingo, 6, os pau-listanos, principalmente os dacomunidade nikkei, poderãodesfrutar de uma autênticafesta junina: o Arraial SP Nor-te 2010 que está sendo reali-zado em conjunto pelo SãoPaulo Gigante Beisebol eSoftbol Clube (Giants), entida-des organizadoras do FestivalNikkey Matsuri, União Cultu-ral São Paulo Norte e InstitutoPaulo Kobayashi. A entrada éfranca.

A ideia de realizar o even-to em parceria surgiu em 2009,após contatos entre dirigentesda União Cultural e EsportivaSão Paulo Norte e do São Pau-lo Gigante Beisebol, uma dasmais importantes agremiaçõesdo beisebol brasileiro, que ma-nifestaram o interesse em so-mar a experiência das entida-des promotoras do FestivalNikkey Matsuri com a dedica-ção dos dirigentes e associa-dos do Giants. No ano passa-do, realizada num dos dias maisfrios do ano, a festa foi umsucesso. Cerca de 3.000 pes-soas compareceram ao cam-po do Giants, na Barra Funda,marcando definitivamente oevento no calendário de feste-jos da comunidade para essaépoca do ano.

A ideia da parceria tornou-se realidade. Neste ano, o Ins-tituto Paulo Kobayashi e o Gi-gante participaram ativamen-te da organização do 5º Festi-val Nikkey Matsuri, que foi umsucesso. O Festival reuniu cer-ca de 40 mil pessoas no últimofinal de semana de abril, noClube Escola Jardim São Pau-lo, na zona Norte da Capital.

Atrações – Reforçados coma participação das associaçõesnikkeis, os organizadores pro-metem incrementar ainda maisa decoração e as atrações dafesta que contará com a parti-cipação de grandes artistas da

COMUNIDADE

Joe Hirata, Maurício Miya, quadrilha, pipoca... É o Arraial SP

comunidade, como Joe Hira-ta, Mauricio Miya, e além deapresentações de música ser-taneja, quadrilha, taikô (tamborjaponês) e odori (danças fol-clóricas do Japão) que sempredão um toque especial aoseventos da comunidade.

Como no ano passado, osorganizadores prometem acen-der uma grande fogueira nocentro do arraial. E para darmais autenticidade à festa, pe-dem a quem comparecer o usode roupas a caráter.

Quadrilha gigante – A co-missão organizadora definirá,em reunião, o cardápio de pra-tos que serão servidos nas bar-racas de alimentação. Quemfor ao Arraial SP Norte, cer-tamente irá saborear comidastípicas da época como canji-ca, pipoca, arroz-doce, pé demoleque, pinhão, cuscuz equentão. Além disso, haveráiguarias da culinária japonesacomo guioza, tempurá, tema-ki, yakissoba e okinawa sobá,hoje conhecidas de muitos bra-sileiros não descendentes dejaponeses.

Social – Como na edição an-terior, o Arraial SP Norte teráo seu lado social com a pre-sença de três entidades assis-tenciais que prometem capri-char nos quitutes e na exposi-ção de artesanato: a FIC-Fra-ternidade Irmã Clara, o GrupoBeija- Flor e a Casa de Am-

paro Irmã MarlyO Arraial SP Norte é orga-

nizado pelas seguintes entida-des: São Paulo Gigante Beise-bol e Softbol Clube (Giants),Anhanguera Nikkei Clube(ANC), Associação Cultural eEsportiva Campo Limpo(ACECL), Associação Cultu-ral e Esportiva Nipo-brasileiraImirim (ACENBI), Associa-ção Cultural e Esportiva Oki-nawa Santa Maria (ACESM),Associação Cultural e Espor-

tiva Santana (ACESA), Asso-ciação Cultural e EsportivaTucuruvi (ACET), Instituto HeiSei e Yassuragui Home.

ARRAIAL SP NORTEQUANDO: DIAS 5 E 6 DE JUNHO (SÁBADO

E DOMINGO). SÁBADO, DAS 14 ÀS 22HORAS E DOMINGO, DAS 12 ÀS 20H

ONDE: CAMPO DO SÃO PAULO GIGANTE

BEISEBOL E SOFTBOL CLUBE (GIANTS),AVENIDA ABRAÃO RIBEIRO, 497, AO LADO

DO FÓRUM MÁRIO GUIMARÃES, NA

BARRA FUNDA

O livro “O Nikkei no Bra-sil”, uma obra coletiva coorde-nada e escrita por KiyoshiHarada e outros onze autoresem homenagem ao centenárioda imigração japonesa no Bra-sil, ganha a sua versão em ja-ponês.

Trata-se de única obra dogênero a analisar as causas eas conseqüências do fenôme-no da imigração japonesa, re-tratando desde os momentosque antecederam o fluxo migra-tório até a vinda dos primeirosimigrantes enfrentando todasorte de dificuldades, mas quecom muita garra a persistência,aos poucos, foram se integran-do e ascendendo na escala so-cial até chegar aos dias atuaisem que os japoneses e seus

LITERATURA

“O Nikkei no Brasil” ganha versão em japonês

descendentes ocuparam umbom espaço no cenário nacio-nal, tanto no setor público comono setor privado.

O sucesso dessa ascensão

REPRODUÇÃO

sócio-econômica do nikkei nãose deveu apenas ao seu apegoà tradicional cultura japonesae à sua mobilidade social, ca-racterísticas comuns aosnikkeis de outros países. Aquidois fatores contribuíram parao seu sucesso: à boa recepti-vidade do povo brasileiro quesoube superar, com sabedoria,o impasse decorrente da Se-gunda Grande Guerra e a gran-de participação dos nikkeis napolítica, brasileira, o que nãoaconteceu nos outros países deimigração mais antiga, comonos Estados Unidos, Canadá ePeru, onde a Segunda GrandeGuerra deixou cicatrizes pro-fundas difíceis de serem igno-radas. No início de maio foiempossado o primeiro Senador

Nikkei.O último capítulo, capítulo

16, destaca os principais even-tos dos festejos comemorati-vos demonstrando que a come-moração centenária extrapo-lou o âmbito da comunidadeNikkei para assumir uma di-mensão nacional e com reper-cussão na mídia mundial.

Por isso, o livro, por ques-tão de justiça, além deenaltecer os imigrantes e des-cendentes aponta os nomesdos pioneiros em cada área deconhecimento ou de atividadesque abriram os caminhos queoutros vieram a trilhar, desper-tando nos dias atuais o senti-mento de orgulho da socieda-de brasileira pela acolhida dosimigrantes japoneses.

Para dar um ar de “autenticidade”, organizadores pedem a quem comparecer o uso de roupa a caráter

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São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010 JORNAL NIPPAK 11

TÊNIS DE MESA 1

Brasil terá que melhorar parafazer bonito em casa, diz Yamada

OBrasil encerrou suaparticipação no Cam-peonato Mundial por

Equipes, disputado de 23 a 30de maio, em Moscou, naRússia, no sábado, com derro-tas no masculino (Brasil 1 x 3Índia) e no feminino (Brasil 0x 3 Sérvia).

Apesar de ter perdido asduas partidas, que teoricamen-te já não valiam mais nada,quem acompanha as forma-ções das equipes, pode obser-var que todos os países colo-caram os reservas, mesmo nafinal da 2ª Divisão.

No feminino, a Turquia,colocou seu 4º jogadora, coma melhor no meio e foi derro-tada pela Suécia, que tambémcolocou sua 4ª jogadora; idemno masculino quando os me-lhores foram poupados.

Perdemos para a Índia, quetem muita tradição no tênis demesa, pois pertenceram duran-te anos na 1ª Divisão. Só parater uma ideia, a Índia já orga-nizou 3 Campeonatos Mundi-ais enquanto o continente ame-ricano nenhum.

No feminino, a derrota foipara a Sérvia, que pertencia aantiga Iugoslávia – dividida em6 países (Croácia, Servia, Mon-tenegro, Eslovenia, BosniaHergezovina, Macedonia) –sempre foi uma região que re-velou bons atletas, alguns atécampeões mundiais como:

Surbek, Primorac, Lupu-lesku, Kalinic, Stipancic,Karakazevic, Grujic, etc.

Já no Brasil, temos tradiçãosó em futebol, automobilismoe no vôlei, com alguns talentosque aparecem no esporte es-poradicamente como: Guga,Maria Esther, Hortência, Os-car, Gustavo Borges, Dayane,Biriba, Eder Jofre e outros, porisso estes, 4º lugar no femini-no e 6º no masculino foi muitobom para o País, sede da Olim-píada de 2016.

Esperamos desempenharum papel melhor em 2012 noMundial em Dortmund (Ale-manha) e nos Mundiais de2014 e 2016, para estarmosprontos para jogar em casa

ARQUIVO PESSOAL

Equipe não tem muita lógica:a pressão o score e a experi-ência contam muito.

As chinesas naturalizadasaproveitaram o vacilo e joga-ram como nunca, sagrando-secampeãs mundiais....

Se jogassem 10 vezes,Cngapura teria chance de ven-cer uma vez, e foi justamenteesta que não deixaram esca-par.

FINAL MASCULINA –China 3 x 1 Alemanha

Desde 2001 só dava Chinano pódio da equipe masculinae pela 17ª vez, mesmo com oatual campeão mundial indivi-dual Wang Hao na reserva e otri Mundial, Wang Liqin naChina, não foi diferente. Oherói? Ma Lin, 5º classificadonas seletivas, que por pouconão

Ficou ausente, só que o téc-nico Liu Guoliang, fez a liçãode casa corretamente, obser-vando o desastre feminino an-teriormente citado, colocou omais velho e experiente joga-dor do grupo, que não tremeue fez seus dois pontos.*Marcos Yamada acompanhou oMundial por Equipes

A equipe feminina (com o técnico Lincon Yasuda) ficou entre os quatro times da segunda divisão

logo após.A atuação dos brasileiros

nas duas partidas foram abai-xo do esperado, porém, com-preensível após 7 dias de com-petição, com muita pressão eresponsabilidade por parte decada atleta.

FINAL FEMININA – Cin-gapura 3 x 1 China

A equipe da China cami-nhava tranquilamente rumo aoseu 9º título Mundial consecu-tivo invicto sem perder nenhumjogo neste mundial, pois desde

1993 ganhou todos as compe-tições por equipes, duplas eindividual, deixando escaparapenas um titulo individual(para a sul coreana Hyun JungHwa, já que uma das maioreschinesas de todos os tempos,Deng Yaping – bi campeã olím-pica e tri mundial – esteve do-ente nesta competição.

Até que o téccnico ShiZhihao confiou demais emsuas novas atletas, Liu Shiwene Ding Ning, deixando no ban-co a campeã e a vice-mundialde Zagreb 1997. Disputa por

Marcos Yamada acompanhou mais um Mundial

SOFTBOL

Central Glória conquista títuloda 7ª Taça Brasil Júnior

Depois de uma pausa, osoftbol voltou a cena no últimofim de semana (29 e 30 demaio) com a realização da 7ªTaça Brasil de Softbol Femi-nino Júnior (14 e 15 anos), noCoopercotia, em São Paulo.Numa decisão bastante equili-brada, a equipe do Central Gló-ria precisou de 11 innings par-ta derrotar o Nippon Blue Jayse ficar com o título. Nikkey deCuritiba ficou em terceiro se-guida pelo Nikkey de Marília.O Gigante/Gecebs ficou emprimeiro na Chave Prata eMaringá sagrou-se campeã daChave Bronze. AlexandraMaciel Veiga, do Central Gló-ria, foi eleita a Melhor Joga-dora da compeição

RESULTADOSCHAVE OURO

Nikkei Ctba 03 x 04 Nippon Bj(Semifinal Ouro)

Marilia 02 x 03 Central Gloria(Semifinal Ouro)

Nikkei Ctba 01 x 02 MariliaNippon Blue Jays 02 x 06 Central

Gloria (Final)CHAVE PRATA

Gigante/Gecebs 03 X 00 Guaru-lhos

Coopercotia 01 x 03 AtibaiaGuarulhos 03 x 02 CoopercotiaGigante/Gecebs 07 x 04 Atibaia

(Final Prata)CHAVE BRONZE

Nikkey Santo Amaro 01 x 03Central Gloria

Maringá 08 x 01 TozanMaringa 09 x 02 Nikkey Santo

Amaro (Final Bronze)

CLASSIFICAÇÃOChave Ouro: Campeã: CentralGloria; 2) Nippon Blue Jays; 3) Nik-key de Curitiba; 4) Nikkey MaríliaChave Prata: Campeã: Gigante/Gecebs; 2) Atibaia; 3) Guarulhos;

4) CoopercotiaChave Bronze: Campeã: Marin-gá; 2) Nikkey Santo Amaro; 3)Tozan

PREMIAÇÃO INDIVIDUAL1ª Melhor Rebatedora: AlexandraMaciel Veiga (Central Gloria)2ª Melhor Rebatedora: MariaPaula Harumi Ueno (Nippon BlueJays)3ª Melhor Rebatedora: MilenaManami Calixto (Central Gloria)1ª Melhor Empurradora Carrei-ra: Michelle de Oliveira (NikkeyCuritiba)2ª Melhor Empurradora Carrei-ra: Ellis Shizue Croce (NipponBlue Jays)Rainha do Home Run: LeticiaSuemi Matsuoka (Guarulhos/2 Hr)Melhor Arremessadora: RaquelliHarumi Bianco (Central Gloria)Arremessadora Destaque: ElinaNiwa ((Nippon Blue Jays)Melhor Receptora: Jenifer NamieMiyashita (Central Gloria)Receptora Destaque: Karen Na-tsumi Watanabe (Nippon BlueJays)Melhor 1ª Base: Ellis ShizueCroce (Nippon Blue Jays)Melhor 2ª Base: Julie Naomi Sato(Nippon Blue Jays)Melhor Interbases: Nathalia Fu-kushima (Marilia)Melhor Jardineira Esquerda: IaraBatista (Marilia)Melhor Jardineira Central: KellyOnaka (Nikkei Curitiba)Melhor Jardineira Direita: EricaYumi Franaso (Central Gloria)Melhor Jogadora do Campeona-to: Alexandra Maciel Veiga (Cen-tral Gloria)Jogadora Mais Eficiente: EllisShizue Croce (Nippon Blue Jays)Técnico Campeão: Hiroshi Yama-moto (Central Gloria)Destaque Chave Prata: CalorinaAlves Taglieri (Gigante/Gecebs)Destaque Chave Bronze: DanielaNarumi Fukunishi (Maringá)

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A equipe do Central Glória de Curitiba sagrou-se bicampeã..

... ao derrotar as meninas do Nippon Blue Jays: equilíbrio

Na maior copa do mundo dejudô já realizada no país, o Bra-sil encerrou a Copa do Mundode São Paulo com 12 medalhas,sendo cinco de ouro, três pra-tas e quatro bronzes. No últimodia de competições, dia 30, noginásio da Hebraica, subiram nolugar mais alto do pódio Lean-dro Guilheiro (-81kg), HugoPessanha (-90kg) e LucianoCorrêa (-100kg). Mayra Aguiar(-78kg) e Rafael Silva (+100kg)foram prata, enquanto MariaPortela (-70kg) conquistou obronze. Com o resultado, o Bra-sil garantiu o primeiro lugar noquadro geral de medalhas, se-guido por Cuba (3 ouros e 2bronzes) e Rússia (2 ouros, 4pratas e 5 bronzes).

A Copa do Mundo de SãoPaulo faz parte do Circuito

JUDÔ

Brasil termina Copa do Mundode SP com 12 medalhas

Mundial da Federação Interna-cional de Judô e conta pontospara o ranking mundial e olím-pico da modalidade. A meda-lha de ouro vale 100 pontos, aprata 60 e o bronze 40.

“Não apenas a Copa doMundo, mas também levandotem conta o desempenho doGrand Slam, acredito que fize-mos duas boas competições,onde o nível técnico foialtíssimo. Temos judocas atra-vessando uma fase espetacu-lar, como o Leandro Guilheiroe o Hugo Pessanha, e outrosque precisamos detectar ondemelhorar. Ter encerrado a Copado Mundo de São Paulo na pri-meira colocação no quadro ge-ral de medalhas mostra queestamos no caminho certo”,avalia Ney Wilson Pereira.

TÊNIS DE MESA 2

Corinthians recebe 4ª Etapa da LigaA Liga Nipo-Brasileira de

Tênis de Mesa realizou, no úl-timo dia 30, no Ginásio do SportClub Corinthians Paulista(Zona Leste de São Paulo), a4ª Etapa da Liga Nipo-Brasi-leira de Tênis de Mesa. A eta-pa reuniu 550 atletas de 42 clu-bes e associações de todo oEstado de São Paulo. Forammontadas 56 mesas cedidasgentilmente por um fabricantede mesas de tênis de mesa.

Amy Sekimoto venceu no-vamente a categoria pré-pré-mirim feminino, disparando noRanking de atletas (832 pon-tos) da Liga, que premiará nofinal do ano, os melhores atle-tas de cada categoria. Desta-que para o Itaquera NikkeyClube que novamente ganhouo troféu eficiência da Etapa,com 1526,4 pontos com aACREPA (1019,6) em segun-do lugar e a ADC DarumaTaubaté (985,6) em terceiro.

A próxima Etapa será rea-lizada no Bunkyo, nos dias 19e 20 de junho.

(Gilberto Murakami,diretor técnico da Liga)

CONFIRA OSRESULTADOS

Pré-Pré-Mirim Feminino: 1)Amy Sekimoto (Itaquera), 2)Lina Yamamoto (Piratininga);

Adulto Masculino “A”: 1)Mauro Massaharu Thaira(Casa Verde), 2) Jonas D.Moradei (Daruma Taubaté);Adulto Masculino “B”: 1)Rodrigo Marques (Acrepa), 2)Hélio Marcelo Há (Ateme);Pré-Senior “A”: 1) FlavioMonteiro (Daruma Taubaté),2) Danilo Alves (Jardim Pal-meiras); Pré-Sênior “B”: 1)Fabiano Navarro (Jandira), 2)Fernando Conti (Nipo Jundiaí);Senhores “A”: 1) Flávio San-tos (Bunkyo), 2) RobertoMorina (Acenbo); Senhores“B”: 1) Oscar Yuji Ohta (Ri-beirão Pires), 2) EduardoCarmo (Ken Zen/Carrão);Ladies “A”: 1) Olga Uehara(Casa Verde), 2) Leiko Moribe(Nippon); Ladies “B”: 1) Isa-bel Maeda (Represa), 2) RosaYamazumi (Cooper); SuperVeteranos: 1) Mikio Matsu-moto (Itaim Keiko), 2)Nozomu Kikuti (Piratininga);Elite: 1) Ricardo Fujioka (Re-presa), 2) Mario Higuchi (Re-presa); Antigos “A”: 1) RenéSchaible (Piratininga), 2)Carlos Makiuchi (Piratininga);Antigos “B”: 1) Paulo Hi-rayama (Itaquera), 2) MikioKojima (Acrepa)Troféu Eficiência: 1) Itaque-ra (1526,4), 2) Acrepa(1019,6), 3) Daruma Taubaté(995,2), 4) Casa Verde (985,6)

Pré-Pré-Mirim Masculino:1) Caio Ono (Itaquera), 2)Vinicius Furukawa (Jandira);Pré-Mirim Feminino: 1)Jackeline Nakano (Itaquera),2) Bruna Takahashi (Acrepa);Pré-Mirim Masculino: 1)Bruno Resende (Kosmos), 2)Gustavo Silva (Bunka SantoAndré); Mirim Feminino: 1)Mika Yokota (Parque Edu Cha-ves), 2) Erika Takaki(Kosmos); Mirim Masculino“A”: 1) Elton Takano (Bun-kyo), 2) Rafael Simas (Pirati-ninga); Mirim Masculino“B”: 1) Mateus MinouroMolitor (Showa), 2) GustavoYokota (Acrepa); InfantilFeminino: 1) Sarah Yamamo-to (Itaquera), 2) Natalia Torino

(Itaquera); Infantil Masculi-no “A”: 1) Pedro Rodrigues(Acrepa), 2) Renan Hoshi(Itaim Keiko); Infantil Mas-culino “B”: 1) Andrey Ohya(Liga Vale do Ribeira), 2) VitorAoki (Acei-T3); Geral Femi-nino: 1) Luana Cristina Ivo(Daruma Taubaté), 2) MayaraMiyuki (Daruma Taubaté);Juvenil Masculino “A”: 1)Nicholas Oliveira (Bunka San-to André), 2) Maximiliano DiasBarbosa (Daruma Taubaté);Juvenil Masculino “B”: 1)Jefferson de Medeiros Silva(Piracaia), 2) Tassyo AntonioMonteiro (Kosmos); Juventu-de Masculino: 1) RonaldoLopes (Itaquera), 2) LucasSalomão (Ken Zen/Carrão);

Competição no Corinthians reuniu cerca de 550 jogadores

LEONARDO FERREIRA

12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 03 a 09 de junho de 2010

MÚSICA FOLCLÓRICA

Concurso reúne 70 cantores de minyo em São Paulo

AAssociação MinyoDoshikai do Brasil re-alizou, no último dia

16, nas dependências da As-sociação Miyagi Kenjinkai doBrasil, em São Paulo, o 28°Concurso de Minyo e o 1°Concurso de Minyo Infanto-Juvenil. O evento contou comapoio da Associação NihonMinyo Kyokai do Brasil, As-sociação Kyodo Minyo do Bra-sil, Associação Esashi Oiwakedo Brasil, Associação Shaku-hachi Kojiryu do Brasil e Fe-deração Brasileira das Asso-ciações de Anciões.

Participaram cerca de 70cantores de Minyo (músicafolclórica) vindos de Marin-gá, Presidente Prudente, Arujá,São Paulo e Registro. Entre osparticipantes, 22 cantoreseram de Registro. A apresen-tadora, Keiko Fujise, coman- Minyo Yamatokai de Registro durante apresentação no Concurso de Minyo na Associação Miyagi

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dou o concurso, iniciando coma dança “Hanagasa Ondo” dogrupo Minyo Yamatokai deRegistro.

Segundo o coordenador doconcurso, Toshimi Shinohara,“atualmente há muita dificul-dade em divulgar o minyo paraos jovens, mas nós devemosnos esforçar para cumprir estatarefa”. “Estamos planejandoa realização desse concursoem Maringá no ano que vem eem Registro daqui a 2 anos”,revelou.

As campeãs de cada cate-goria foram as seguintes:

Categoria Shinjin: YukikoNaoi (Registro)

Categoria Acima de 75anos: Yayoi Inoue (São Pau-lo)

Categoria de 70 a 74anos: Edna Shimoda (Marin-gá)

Categoria de 40 a 69anos: TizukoTomooka Yoshida(Registro)

Categoria de campeões:Tamiko Tanaka (PresidentePrudente)

Foram disputados o GranPrix com a participação dascinco campeãs e Tamiko Ta-naka conquistou o título decampeã absoluta.Quanto àCategoria Infanto-Juvenil, ajovem Hisami Yokoyama deArujá foi campeã interpretan-do a música “Nanbu YosharaBushi”. No intervalo teve aapresentação especial de Dan-ça Ginástica Musical de Re-gistro, dança folclórica de Min-yo Yamatokai de Registro,Minyo de Presidente Pruden-te, Shamisen da Escola da Lín-gua Japonesa de Aruja.

(Kuniei Kaneko)

A professora HanayaguiRyufumi esteve em abril emRegistro a fim de orientar anova dança ”Hana no BonOdori” para o grupo deNihonbuyo Kenkyukai do Bun-kyo de Registro. Segundo adiretora do Departamento,Mieko Muramatsu, o gruponasceu há mais de 40 anos emuitos das fundadoras já fale-ceram. Atualmente, conta, 14membros continuam treinandoa arte tradicional de dança ja-ponesa.

Treinam todas as terças-feiras das 14 às 16h30. O gru-po já foi convidado para seapresentar em vários eventosde Registro e cidades vizinhas.Deverá abrilhantar a 15ª Fes-ta do Sushi de Registro, queacontecerá nos dias 3 e 4 dejulho, no recinto do Hangar116.

DANÇA JAPONESA

Professora Hanayagui Ryufumi orienta Grupode Nihonbuyo Kenkyu Kai de Registro

A professora Hanayagui Ryufumi orienta o grupo NihonbuyoKenkyukai

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O cantor japonês OkaShiroh realiza sábado próximo(dia 5 de junho) na Associa-ção Miyagui Kenjinkai do Bra-sil, um show beneficente comoparte da sua 9ª turnê no Bra-sil, em uma realização do Jor-nal Nikkey Shimbun e apoio doBanco Santander. Considera-do um dos cantores mais tra-dicionais do Japão, ele interpre-ta músicas tradicionais (Enka)e folclóricas, de sua autoria ede outros compositores quefalam dos costumes e senti-

ENKA

Cantor Oka Shiroh se apresenta no MiyaguiKenjinkai do Brasil neste sábado (5)

mentos do povo japonês.Desde 1987 Oka Shiroh –

único discípulo do inesquecívelcantor Oka Haruo, mestre doestilo Enka falecido em 1975–, já realizou várias excursõesde shows beneficentes em di-versas cidades do Brasil. Elejá esteve nas cidades de Ma-naus (AM), Presidente Pru-dente (SP), Maringá (PR), SãoPaulo e no Rio de Janeiro (RJ),entre outros municípios.

Em 2002 realizou a turnê -“Oka Shiroh In Concert Bra-

sil-Japão 15 anos - 2002”, emcomemoração aos 15 anos deintercâmbio entre a entidadeKaigai Yuukoo Kyôkai do Ja-pão e o Brasil, firmado atra-vés da professora ToshikoOkuda do Japão. O GrupoSansey é o representante daentidade no Brasil. O show deOka Shiroh acontecerá a par-tir das 14h30 na Miyagui Ken-jinkai, Rua Fagundes, 152 –Liberdade – São Paulo. A en-trada é um quilo de alimentonão perecível.