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04/11/2011 204 XIX 2ª Edição * Oi bloqueia DDD da Embratel e defesa do consumidor crica - p.05 * Evento debate atuais dilemas do Poder Judiciário - p.09

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04/11/2011204XIX

2ª Edição

* Oi bloqueia DDD da Embratel e defesa do consumidor critica - p.05

* Evento debate atuais dilemas do Poder Judiciário - p.09

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Ministério Público do Estado de Minas Gerais acaba de entrar com ação de representação contra outdoors espalhados pela cidade que destacam fun-ções desempenhadas por Samir Cecílio (PR), sob a acusação de que configu-ram propaganda eleitoral antecipada do político que está na lista de pré-candi-datos assumidos à corrida pela Prefeitura Municipal de Uberaba. Quem está responsável pela ação é o promotor da Zona Eleitoral 276, Emmanuel Aparecido Carapunarla. O promotor saiu de licença, com pre-visão de retorno apenas no dia 16, data em que terá oportunidade de estudar o

caso e apurar se configura como propaganda eleitoral antecipada.

Vale lembrar que há cerca de um mês e meio surgiram diversos outdo-ors espalhados pela cidade que continham a imagem de Samir Cecílio e varia-das frases com adjetivos caracterizando qualidades humanas, como seriedade, por exemplo, sempre assi-nados por entidades do seg-mento da construção civil. Mesmo que as convenções do PR ainda não tenham definido o candidato, o pró-prio Cecílio já declarou em inúmeras entrevistas que se lançará para prefeito. Estes outdoors já foram retirados e acabaram dando lugar a

outros em que Cecílio apa-rece junto com o prefeito Anderson Adauto para no-ticiar considerações da Cai-xa Econômica Federal pela atuação do município na primeira fase do programa Minha Casa, Minha Vida.

Propaganda extempo-rânea. O promotor eleito-ral responsável pela Zona Eleitoral 277, José Carlos Fernandes Júnior, destaca que o Ministério Público sempre está atento a pos-síveis deslizes desse tipo. “Cabe ao promotor eleito-ral analisar se a questão das propagandas tem cunho eleitoral ou não, mas cada caso é analisado individu-almente”, esclarece.

Jornal da Manhã - MG - conaMp - 04.11.2011

Ministério Público vai apurar publicidade pré-eleitoral de Samir

No último dia 27, aten-dendo a indicação do Minis-tério Público de Uberaba, formulada em Ação Civil Pública pelo promotor de Jus-tiça Carlos Alberto Valera, atual coordenador regional das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias do Rio Paranaíba e Baixo Rio Grande, o juiz de Direito da 1ª Vara Cível de Uberaba, Lúcio Eduardo de Brito, determi-nou a interdição da “Choperia München”, localizada na ave-nida Santos Dumont.

A reportagem do Jornal da Manhã entrou em conta-to com o proprietário do es-tabelecimento, Luiz Otávio

Tavares, que preferiu não se pronunciar sobre o caso por enquanto, mas garante que já procurou os meios judiciais para retornar às suas ativida-des dentro da legalidade.

Entenda o caso. A ação foi proposta em 2010, alegando que a atividade do estabeleci-mento causava incômodo aos moradores próximos. A ação foi iniciada considerando que a choperia causa poluição so-nora. Ainda no ano passado uma liminar foi deferida deci-dindo que o estabelecimento utilizasse o som apenas den-tro de limites que não inco-modassem a vizinhança. Para atender à determinação, o res-

ponsável pelo München, Luiz Otávio Tavares, investiu em uma reforma geral, com foco preferencialmente na acústica do estabelecimento, para evi-tar transtornos à população.

Mesmo assim, moradores reiteraram o descumprimen-to da liminar em audiência realizada no último dia 24 de outubro, o que provocou nova interdição do estabeleci-mento e decisão judicial para que o representante legal da empresa fosse advertido pelo crime de desobediência, com aplicação de multa diária no valor de R$1.000 (mil reais) em caso de descumprimento da ordem judicial.

Jornal da Manhã - MG - conaMp - 04.11.2011

Proprietário vai recorrer da decisão de interditar München

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ANA PAULA PEDROSA

Desde a privatização, opera-doras travam guerra pela atenção do consumidor

Dez anos depois de a Agên-cia Nacional de Telecounicações (Anatel) ter liberado a competi-ção no mercado de ligações de longa distância (DDD) a briga pelo consumidor está cada vez mais acirrada. O último lance foi uma queixa da Embratel ao órgão regulador contra a concor-rente Oi.

A acusação é que a Oi esta-ria bloqueando o uso do código 21, da Embratel, nos telefones de seus clientes que optaram por pa-cotes de DDD da própria Oi.

De acordo com a coordena-dora institucional da Proteste, entidade de defesa do consumi-dor, Maria Inês Dolci, a estraté-gia não é nova, e já foi utilizada pelas concessionárias de telefo-nia fixa no passado.

“As empresas espelho não deram certo porque foram blo-queadas”, afirma. O modelo de espelho foi criado na época da privatização do setor para esti-mular a concorrência.

Ela diz que, mesmo quando o consumidor opta por pacotes

de uma operadora, deve ter a liberdade para usar o código de longa distância que quiser, com escolha a cada ligação.

A orientação é que, caso o consumidor constate que o seu telefone não faz ligações usando determinado código, ele denun-cie o caso à Anatel e aos órgãos de defesa do consumidor.

A Embratel é a segunda co-locada no mercado de longa distância nacional, com 26% do mercado. A Tim lidera com 46,77% e a Oi está em terceiro, com 13,66%.

Espera custa R$ 505 no paísSão Paulo O consumidor brasileiro

perdeu, em média, no último ano, R$ 505 ou três dias de tra-balho esperando serviços em domicílio, como reparos a TV a cabo, internet, telefone, e entrega de móveis. Já as empresas perde-ram, em média, R$ 274 para cada cliente insatisfeito que cancelou o contrato.

É o que revela um estudo da TOA Technologies. Os brasilei-ros esperaram, em média, cinco horas por atendimento duas a mais do que previam

o teMpo - p. 11 - 04.11.2011Telefonia.Cliente deve ter livre escolha de qual serviço usar

Oi bloqueia DDD da Embratel e defesa do consumidor criticaEstratégia foi vender pacote promocional com código predeterminado

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RICARDO VASCONCELOSA Polícia Militar apreendeu ontem à tarde, em Jaboticatubas,

na região metropolitana de Belo Horizonte, o adolescente de 17 anos suspeito de assassinar três pessoas e ferir outras 12 nos bair-ros Glória e São Salvador, na região Noroeste de Belo Horizonte. O crime aconteceu no último fim de semana.

O jovem foi localizado na beira de um rio, por volta das 17h, tentando pescar para matar a fome. Segundo informações da Polí-cia Militar, ele estava em um matagal há pelo menos quatro dias, em uma área próxima à casa de uma avó, que ajudou os militares a localizá-lo. Outras duas pessoas que teriam participado da ação continuavam foragidas até as 21h de ontem.

D.H.S.D. já tinha pelo menos outras 12 passagens pela polí-cia e estava com mandado de apreensão em aberto. De acordo com a Polícia Militar, o adolescente fugiu para Jaboticatubas logo após o crime. A suspeita é que ele tenha chegado no domingo e seguido para o sítio da avó. De acordo com a coronel Cláudia Romualda, a avó ligou para a polícia depois de o rapaz fugir para o matagal ao alegar que estava sofrendo ameaças. O serviço de inteligência do 35º Batalhão começou a realizar buscas na região e, ontem, com a ajuda da idosa, o rapaz foi encontrado. “Ela seguiu na frente pela mata chamando pelo neto, até que o encontramos”, disse a coronel.

A mãe de D.H.S.D., a balconista Gislaine Salomé, 40, tam-bém acompanhou a incursão em busca do rapaz. Ela negou que o filho tenha tido alguma participação nas mortes. “Meu filho não

tem ligação com o tráfico de drogas. Ele só fuma maconha”, afir-mou.

Gislaine também acompanhou as buscas pelo filho em Jabo-ticatubas. Segundo a PM, quando o rapaz foi localizado, ele disse para a mãe que ela tinha “arrebentado com a vida dele”. Uma fonte da Polícia Militar, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que o menor confessou os assassinatos.

Ainda segundo a fonte da PM, o adolescente cometeu os homicídios em vingança ao assassinato do irmão, Iago, em abril último. Questionada, a mãe do adolescente voltou a defender o suspeito. “Meu filho está sofrendo ameaças e eu também. Nenhu-ma dessas pessoas que foram baleadas tem ligação com a morte do meu filho Iago”, afirmou Gislaine. D.H.S.D. foi levado ainda ontem pela polícia para o Fórum de Jaboticatubas. Depois, o rapaz foi encaminhado para a delegacia de Santa Luzia, onde deveria passar a noite. Hoje ele deverá ser levado para a Divisão de Homi-cídios, na capital.

Polícia tenta achar primo na Grande BHUm primo do adolescente, identificado apenas como Igor, é

um dos dois suspeitos ainda foragidos. A Polícia Militar acredita que ele também esteja escondido em Jaboticatubas. “A PM está in-vestigando se ele foi para lá”, disse a coronel Cláudia Romualda.

O depoimento do adolescente no Fórum de Jaboticatubas du-rou duas horas. O prédio, no centro da cidade, ficou cercado de curiosos. Cerca de 20 policiais militares permaneceram no local para evitar tumultos.(RV)

o teMpo - p 24 - 04.11.2011Glória.Adolescente acusado de matar três pessoas e ferir 12 foi encontrado na beira de rio em Jaboticatubas

Suspeito de chacina é detidoSegundo fonte da PM, rapaz cometeu crimes para vingar morte do irmão

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Andréa SilvaUm cômodo de um posto de com-

bustível desativado, em local ermo e mal iluminado próximo à Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi palco de um crime co-metido no fim da noite de quarta-fei-ra contra duas mulheres usuárias de drogas, que poderia ficar impune. Mas uma das vítimas baleadas sobreviveu ao se fingir de morta. Ferida com um tiro na mão esquerda, a mulher, que diz se chamar Elizângela Maria dos Reis, de 30 anos, recebeu socorro do mora-dor da região, que acionou a polícia. Ontem, no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), onde foi operada, ela foi ouvida pela delegada da Espe-cializada de Homicídio Sul, Helenice Cristine Batista Ferreira, quando con-firmou a versão dada ao conhecido e aos policiais. Ela continua no HPS sob proteção policial.

À delegada ela contou que pouco antes da meia-noite, no quarto abando-nado, local frequentado por andarilhos e ponto de encontro de usuários de drogas, estavam ela, a amiga, conhe-cida apenas como Léia, e o foragido da Justiça de apelido Bilu. Logo que o rapaz saiu, chegou uma viatura da PM com os faróis ligados. Um policial far-dado desceu, foi até o cômodo, mirou a arma contra a cabeça das duas mulhe-res, sentadas em um colchão, e atirou. Bilu seria, acusado de assaltos e furtos

na região, seria o alvo. Ele foi preso na tarde no Aglomerado Santa Lúcia, na Região Centro-Sul, e negou que estava no local do atentado. O asses-sor de comunicação da Polícia Militar, tenente-coronel Alberto Luiz Alves, informou que foi instaurado um Inqué-rito Policial Militar (IMP) para apurar todos os fatos e descobrir se realmente há o envolvimento de um PM no cri-me. O autor dos disparos seriam de um homem branco, baixo, de olhos azuis e espinha, com base nas informações passadas pela testemunha. JÚrI

Em 19 de fevereiro, conforme de-nuncia do Ministério Público, os po-liciais do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitana (Rotam) Jason Ferreira Paschoalino, Jonas David Rosa, Adel-mo Zuccheratte, e Fábio de Oliveira (encontrado morto um dia depois de ser detido na prisão da PM), mataram a tiros o auxiliar de enfermagem Re-nilson Veriano da Silva, de 39 anos, e o sobrinho dele, o dançarino e padeiro Jeferson Coelho da Silva, de 17, duran-te uma operação desastrosa no aglome-rado da Serra, Região Centro-Sul da capital. Moradores e familiares denun-ciaram o caso à Corregedoria da PM e a Comissão de Direitos Humanos. Em outubro, o 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte determinou que os soldados Jason Paschoalino e Jonas Rosa vão a Júri Popular.

eStado de MInaS - p.2 - 04.11.2011

DenúnciaBruno CésarEm relação à matéria “Denúncia

complica delegado” (Cidades, 3.11), essa Polícia Civil continua metida na mesma roubalheira de décadas atrás. Não melhorou em nada. Não combate à corrupção interna, não corta na pró-pria carne. Quando o crime a ser in-vestigado é de repercussão, não man-tém o sigilo do inquérito. Em suma, é uma instituição na contramão de tudo o que a sociedade espera dela.

Os tempos mudaram, ninguém tolera mais coisas como essas, os re-sultados das investigações (se é que ocorrem) nunca são divulgados. A so-ciedade não tem retorno. Ou a Polícia Civil se moraliza já, ou vai acabar.JaIro MartInS FerreIra

Conheço o delegado Márcio Ha-zan, sei que ele é uma pessoa muito séria. Acredito que esses fatos vão ser esclarecidos.MarIna coSta

O engraçado é que ficam divul-gando trocentas denúncias de corrup-ção, grupo de extermínio etc. E tudo contra policiais civis. Todavia, nin-guém sabe o que ocorre, nem mesmo se sabe se o fato foi investigado pelo Ministério Público, que tem poder para isso.

É só corrupção, corrupção, cor-rupção... e ninguém faz nada. Será que a Polícia Civil está acima das leis? É o que parece.

o teMpo - p. 20 - 04.11.2011do leItor

e aInda... GeraIS

PM seria autor de atentado

Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Piauí receberão novos espaços de atendimento especializado à mulher víti-ma de violência doméstica. A Secretaria de Reforma do Ju-diciário (SRJ) do Ministério da Justiça, por meio do Edital de chamamento público de projetos para a Efetivação da Lei Maria da Penha, aprovou sete projetos a serem imple-mentados nos três estados. O valor total do investimento será de R$ 2,5 milhões.

A SRJ atua para apoiar órgãos do sistema de Justiça na estruturação, criação ou implementação de espaços es-pecializados no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, de modo a garantir o direito à integridade

física, sexual, psíquica e moral.São locais como Juizados de Violência Doméstica e

Familiar contra a Mulher, Núcleos Especializados de Defe-sa da Mulher pela Defensoria Pública, e Núcleos e Promo-torias Especializadas no combate a Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher pelo Ministério Público. Desde 2008, já foram apoiados 104 equipamentos públicos como esses, distribuídos em 60 municípios de 23 estados. Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério da Justiça.

Revista Consultor Jurídico, 3 de novembro de 2011

conSultor JurídIco - Sp - conaMp - 04.11.2011

Ministério da Justiça investe em atendimento a vítimas

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A comitiva, chefiada pelo coordenador-geral da ouvidoria, Bruno Renato Nascimento Teixeira, visi-ta hoje (03/11) o presídio regional que funciona em Blumenau. Na sexta (4/11), o grupo deve inspecionar unidades prisionais da re-gião metropolitana de Flo-rianópolis. Além disso, Tei-xeira se reunirá com repre-sentantes de organizações sociais que atuam na defesa dos direitos humanos, do governo estadual, do Minis-tério Público estadual e de outras entidades.

“Nossa ida ao estado é motivada por uma série de denúncias formuladas pelo Fórum de Defesa dos Di-reitos e Combate à Tortu-ra no Presídio Regional de Blumenau [que reúne várias entidades e organizações da sociedade civil]. Nosso principal objetivo é mobili-zar a rede de proteção dos direitos humanos da região e o governo estadual para, juntos, acharmos uma solu-ção para o problema”, disse Teixeira à Agência Brasil.

De acordo com o cor-denador, denúncias de vio-lações aos direitos básicos dos presos em unidades catarinenses têm sido apre-sentadas sistematicamen-te e o maior número delas diz respeito ao presídio de Blumenau. “A maioria das denúncias é sobre espan-camento, violência física e negligência à saúde e à ali-mentação dos presos, além de superlotação, algo que, infelizmente, não se limita a Blumenau”, afirmou Tei-

xeira.

Palco de recente rebe-lião que deixou um morto e ao menos 13 feridos, o Pre-sídio Regional de Blume-nau funciona no seu “limite máximo”, segundo o diretor do Departamento Estadual de Administração Prisional, Leandro Soares Lima. “O presídio está superlotado, mas não há nenhum direito básico sendo vilipendiado ou negligenciado e não hou-ve qualquer tipo de excesso durante a contenção da úl-tima rebelião [no dia 3 de outubro]”.

Em entrevista à Agência Brasil, Lima sustentou que a rebelião e as queixas con-tra o sistema são motivadas pela perda de privilégios que vinham sendo concedidos irregularmente aos presos e pelo maior rigor no contro-le disciplinar. Em apenas 60 dias foram apreendidos 539 celulares, armas brancas e grande quantidade de dro-gas no interior do presídio. De acordo com o diretor, também foram retirados das celas freezers, televisores de plasma, videogames, en-tre outros aparelhos. “Havia uma situação de absoluto descaso e descontrole no presídio e as ações para aca-bar com esses excessos são o grande combustível para a atual reclamação”.

Bruno Teixeira frisou que a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos não faz pré-julgamentos e que sua ida ao estado é justa-mente para que o órgão -

que tem competência legal para atuar como Ouvidoria-Geral, acolhendo e apuran-do denúncias de ameaças, violações ou negligência aos direitos humanos - tome conhecimento do que está se passando de fato no estado.

“Apenas acolhemos as denúncias e as encaminha-mos aos órgãos competentes [como o Ministério Público estadual]. Como as denún-cias foram reiteradas, va-mos fazer uma inspeção in loco. Não estamos, contudo, afirmando que houve ou que há violações aos direitos hu-manos”, afirmou Teixeira.

Após conhecer pesso-almente as unidades prisio-nais e conversar com todos os envolvidos na questão, a ouvidoria vai elaborar um relatório com as conclusões e sugestões. Caso as denún-cias se confirmem ou outros problemas sejam identifica-dos, o órgão apresentará ao governo estadual sugestões para resolvê-los.

“A perspectiva é que, se confirmadas as denúncias, o governo estadual assuma compromissos para erra-dicar essas práticas. Óbvio que o governador não é obri-gado a acatar [as sugestões], mas a Secretaria de Direitos Humanos se coloca à dis-posição para, juntos, tentar-mos uma solução. E, se for o caso, as ações de respon-sabilização dos envolvidos cabem ao Ministério Públi-co, a quem enviaremos uma cópia do nosso relatório”, concluiu Teixeira.

ÚltIMa InStâncIa - Sp - conaMp - 04.11.2011

Ouvidoria de Direitos Humanos vai apurar denúncias de tortura contra presos

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Pesquisadores, juízes e diversas outras autoridades e espe-cialistas se reunirão em Fortaleza (CE), a partir desta quinta-feira (3/11) até sábado (5/11) para discutir temas relevantes do momen-to como o controle social do Judiciário, a participação popular na magistratura, Judiciário e mídia e o papel do Conselho Nacional de Justiça. Todos estes painéis fazem parte do III Encontro da Ma-gistratura Cearense, promovido pela Associação Cearense de Ma-gistrados (ACM).

A atuação do CNJ será o mote da palestra de abertura do En-contro. O conselheiro Jorge Hélio Chaves vai discutir o tema “O CNJ e a republicanização da magistratura”, na noite de quinta-feira (3/11). Além destas, outras palestras ocorrerão no evento e abordarão três eixos temáticos: direitos humanos, democracia e Justiça, que serão abordados por nomes de referência como o pro-fessor doutor Renato Janine Ribeiro da Universidade de São Paulo (USP), filósofo, vencedor do prêmio Jabuti e ex-diretor de Ava-liação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); além do doutor em Direito Luiz Moreira Gomes Júnior, membro do Conselho Nacional do Ministério Público e professor do Instituto Brasiliense de Direito Público. Ambos farão palestra na manhã de sexta-feira (4/11).

A programação do evento inclui, ainda, uma conferência do juiz maranhense Márlon Jacinto Reis, que foi um dos idealizado-res do projeto de lei da Ficha Limpa e que coordena o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Ele falará sobre a magistratura e os movimentos sociais, na tarde de sexta-feira.

A relação entre Judiciário e mídia será debatida em um painel que abordará, além das mídias tradicionais, o impacto das novas tecnologias e redes sociais. O painel, feito na tarde de sexta- feira, contará com os seguintes debatedores: juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo, Marcelo Semer, colunista do site Terra, e o jornalista Plínio Bortolotti, diretor institucional do grupo de comunicação O Povo.O encerramento acontece no dia 5, com a conferência do juiz do TJ-SP, José Henrique Rodrigues, presidente da Associação de Juízes para a Democracia e professor titular de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Ele vai debater o tema: “A magistratura e a defesa dos direitos humanos”.

Esta é a primeira vez que o Encontro acontece em Fortale-

za. As duas primeiras edições foram feitas em Juazeiro do Norte (2005) e Sobral (2007). Para o presidente da ACM, Marcelo Rose-no, o evento é uma oportunidade de discutir o papel da magistra-tura dentro de uma perspectiva mais aberta e contemporânea, sob a ótica do ativismo judicial e do controle social.ServIço:

III encontro da Magistratura cearenseLocal: Hotel Gran Marquise | Data: De 3 a 5 de novembroOutras informações: www.acmag.org.br

proGraMação:3 de novembro (quinta-feira)20h – Palestra sobre “O CNJ e a republicanização da magis-

tratura” - conselheiro Jorge Hélio Chaves de Oliveira (professor de Direito Constitucional da Unifor e membro do CNJ)

4 de novembro (sexta-feira)9h - Palestra sobre “O controle social do Judiciário: a magis-

tratura e a participação popular” – Prof. Dr. Renato Janine Ribeiro (professor titular de Ética e Filosofia Política da USP)

10h30 - Palestra sobre “O ativismo judicial” - Prof. Dr. Luiz Moreira Gomes Júnior (professor do IBDP/ DF, membro do CNMP)

15h - Painel sobre “O Judiciário e a mídia” - juiz Marcelo Semer (juiz estadual em São Paulo, responsável pelo Blog Sem Juízo, colunista do Terra Magazine) e jornalista Plínio Bortolotti (diretor institucional do Grupo de Comunicação O Povo)

16h30 - Palestra sobre “A magistratura e os movimentos so-ciais” - juiz Márlon Jacinto Reis (juiz Estadual no Maranhão, ga-nhador do Prêmio Innovare 2004, idealizador do projeto de lei da Ficha Limpa).

5 de novembro (sábado)9h - Palestra sobre “A magistratura e a defesa dos direitos

humanos” - juiz José Henrique Rodrigues Torres (juiz estadual em São Paulo, professor da PUC-Campinas, presidente da Associação Juízes para a Democracia)

10h30 - Elaboração da Carta do III Encontro da Magistratura Cearense

Revista Consultor Jurídico, 3 de novembro de 2011

conSultor JurídIco - Sp - conaMp - 04.11.2011

Evento debate atuais dilemas do Poder Judiciário

JB onlIne - rJ - conaMp - 04.11.2011

Blumenau terá comitê para monitorar funcionamento de presídioBrasília - Um comitê municipal de monitoramento das ativi-

dades do Presídio Regional de Blumenau será criado para apurar denúncias de maus-tratos e torturas contra presos da unidade pri-sional. Além de representantes do município, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o Ministério Público e a sociedade civil inte-grarão o comitê.

De acordo com o coordenador-geral da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato Nascimento Teixeira, que visitou hoje (3) presídio regional que funciona em Blumenau, o comitê vai elaborar um relatório de recomendações com compro-missos mínimos que o estado deve cumprir para evitar que casos de violações de direitos humanos continue ocorrendo.

A ouvidoria recebeu denúncias de violações aos direitos bá-sicos dos presos em presídios catarinenses, o maior número delas diz respeito ao presídio de Blumenau. Segundo Teixeira, durante a visita foram grande parte das denúncias foram constatadas. “Há negligencia à saúde e à alimentação, ausência de equipamentos médicos, superlotação e falta de assistência jurídica [aos presos”, disse Teixeira à Agência Brasil.Outro problema relatado pelos pre-

sos ao coordenador é a prática constante de violência física. De acordo com Teixeira, muitos internos tem lesões corporais pro-vocadas pelos agentes penitenciários. “Temos de capacitar esses agentes penitenciários, pois reparamos uma falta de preparo para lidar com os educandos e com as famílias”.Durante a visita, os presidiários disseram ao coordenador que a maioria dos internos já cumpriu a pena estabelecida pela Justiça, porém ainda está no regime fechado por falta de assistência jurídica. O governo do es-tado acompanhou a inspeção e vai tratar do assunto na reunião do próximo dia 8 com a comunidade, a família dos detentos, o Minis-tério Público Federal e a Secretaria de Direitos Humanos.

Teixeira não constatou a existência de com celas-contêineres - estruturas metálicas usadas como alternativa temporária à super-lotação das prisões – na unidade prisional de Blumenau. Segundo ele, algumas celas no fundo do presídio lembram contêineres, mas são feitas de alvenaria.

Após conhecer pessoalmente as unidades prisionais e conver-sar com todos os envolvidos na questão, a ouvidoria vai elaborar um relatório com as conclusões e sugestões.

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Brasília. O Supremo Tribunal Federal manteve válida a lei que determinou o reajuste anual do valor do salário mínimo por meio de decreto presidencial de 2012 a 2015, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e no crescimento da economia.

A decisão foi tomada no julgamento de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei proposta por PPS, PSDB e DEM.Para os partidos, o Congresso teria que aprovar o valor anualmente, sem

restringir a competência ao Executivo. As siglas lem-braram que a Constituição delegou ao Congresso a aprovação do valor do mínimo. Com o decreto, a pro-posta não seria analisada pelo Legislativo.

A maioria dos ministros ressaltou que a lei foi aprovada pelo Congresso com todos os requisitos para a fixação do reajuste. “O que se quis foi deixar o valor do salário mínimo a salvo das conjunturas”, disse a re-latora, ministra Cármen Lúcia.

Supremo

Reajuste do mínimo por decreto é constitucionalo teMpo - p. 6 - 04.11.2011

Inspeção feita no Ministério Público de São Paulo pelo conselho nacional da categoria constatou uma sé-rie de problemas no trabalho de promotores e procura-dores de Justiça do Estado, informa o jornal Folha de

S.Paulo. Desperdício de dinheiro, irregularidades em lici-

tação, furtos, extravio de processos e morosidade nas investigações foram alguns dos casos encontrados na

Impedida de entrar com processos para aquisição de medicamentos e insumos não inclusos na Farmá-cia Básica do município pela Secretaria Municipal de Saúde, a família de menina portadora de hidrocefalia e mielomeningocele entrará na fila de espera do Minis-tério Público, para conseguir itens essenciais ao trata-mento da criança, que somam gastos mensais de mais de R$ 500.

Tuane Vailant Ribeiro e a mãe Ana Lúcia da Con-ceição Vailant pretendem lutar na Justiça pelo direito da menina Ana Luiza, de seis anos, receber os medica-mentos Bactrim e Retemic, de uso contínuo, além de materiais para sonda urinária, luvas e outros insumos básicos para sua manutenção. Tuane, mãe da criança, foi informada por assistente social que teria direito de solicitar estes itens ao município, já que são de alto custo, essenciais e de uso contínuo, mas ao procurar a Farmácia de Medicamentos Excepcionais, localizado na avenida Nelson Freire, próximo à Mata do Ipê, foi informada de que a secretaria não abre mais processo

para aquisição de medicamentos. A família pretende entrar agora com processo no Ministério Público para não paralisar o tratamento da criança.

Além disso, a avó da menina, Ana Lúcia da Concei-ção, destaca que para piorar a situação, ela está há cerca de duas semanas sem fazer as sessões de fisioterapia no Centro de Fisioterapia da Prefeitura, localizado na rua Afonso Rato. A explicação está nas mudanças impostas pelo Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o Ministério Público e a Prefeitura, para a convocação dos profissionais aprovados em concursos do municí-pio.

Através da assessoria de imprensa, a Secretaria de Saúde informa que o medicamento Bactrim pertence à lista de medicamentos disponibilizados pelo Ministé-rio da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, através da Farmácia Básica do município, bas-tando procurar a unidade portando a receita médica e o cartão do SUS.

Jornal da Manhã - MG - conaMp - 04.11.2011

Família busca na Justiça acesso a tratamento para menina de 6 anos

conSultor JurídIco - Sp - conaMp - 04.11.2011

Problemas na Promotoria

O desembargador e presidente do Conselho de Super-visão e Gestão dos Juizados Especiais de Minas Gerais José Fernandes Filho, confirmou que será instalado ainda este ano um juizado especial (JESP) no Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins) para atendimento de passageiros e demais consumidores. Segundo ele, falta concluir alguns

estudos para instalação do juizado especial e fechar o le-vantamento orçamentário. Os juizados já estão em funcio-namento nos principais aeroportos do país entre eles Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro e Congonhas e Guaru-lhos, em São Paulo.

eStado de MInaS - p. 12 - 04.11.2011GIro econôMIco aeroporto

Juizado em Confins

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