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CURSO D3 H3RM3NÊUTICA BÍBLICA P. João Batista Libanio SoJ,

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  • CURSO D3 H3RM3NUTICA BBLICA

    P. Joo Batista Libanio SoJ,

  • CURSO DE HERMENUTICA BBLICA

    '1 Introduo A.Teologia e uma busca de sempre ipaior intelcao do homem, dr mun-

    do, da historia do hmem e do pundo, do proprig Deus a luz da PALAVRA e do AGIR de Deus na HISTORIA, ie, a luz da REVELAAO*

    Este Agir da Deus na Historia e a sua PALAVRA constituem a REVE^.-AO sobrenatural, gratuita, salvifica.

    3sta REV3LA0 nos chegou ate hoje substancialmente.atravs da PALAVRA ESCRITA nbs LIVROS SAGRADOS, que consignam a REVELAAO de Deus , pela palavra e pelo agir.

    Dai a importancia para 3 cristo de procurar compreender sempre melhor a SAGRADA ESCRITURA, que e para ele a PALAVRA de Deus.

    II. DIVISO DO CURSO 1. INSPIRAO 2. VERDADE NA SAGRADA ESCRITURA 3. CRTICA TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO 4. CRTICA LITERRIA E 0 PROBLEMA SINOTICO 5. HISTRIA DAS FORMAS -6* HISTRIA DA REDAO -

    1. INSPIRAO * A. INTRODUO^

    0 primeiro problema que se deve por, ao abordar o estudo dos Li-vros Sagradps, e o da INSPIRAAO. Pois no estamos diante de livros que pretendem somente narrar alguns acontecimentos passados, mas sim que nos comunicam a mensagem do groprio Deus. Para qu a verdade de Deus nos seja realmente comuniada e nao deturpada pela incria e inpcia dos homens, faz-s mister que Deus no-la garanta, atravs de uma aao, gue sempre nos ficara de certo modo misteriosa, e que chamamos de INSPIRAAO.

    B. 0 FATO DA INSPIRAO Antes de mais nada constatamos este fato dogmticos TODOS OS LI-

    VROS DA SAGRADA ESCRITURA SO INSPIRADOS. Como se prova tal fato? R. Sendg um fato dogmtico^ nao o provamos por,via cientifica^ no

    sentido de uipa analise critico-literapia do livros da iblia. Nem tambm podemog prova-lo por via de um racicinio logico. 3stgrimos ento no campo das cincias,experimentais ou filosoficas- A INSPIRAO e uip fato que,aoei-tamos pela fe. Logo a prova tem que ser na linha da fe.^A fe teip seu ultimo fundamento na palayra de Deus, que nos chama a uma adeso. 31a e-nos expli-citada pelo magistrio da Igreja,

    Asim a Igraja proclamou solenemente coipo verdade de fe, que os livros da Biblia s inspirados, nos ltimos congilioss de Trento e Vati-cano I e II. "Deus e o nico autor do Antigo e Novo Testamento..."(QS 1501) e "a Igraja anatematiza quem n receber como sagrados e canonicos integra-mente todos os livros com todas uas partes - como esto na adio da vulgata - conforma a lei onsuetudinaria da Igreja" ( DS. 1504). 3sta declaraes do Concilio Tridentino falam implicitamente que os livros da Biblia so inspirados, ao chamarem-nos "sacros e canonicos" e dizerem que Deus e seu autor.

    Mas, mais claramente ainda aparece no conqlio Vaticano.,Is "Aque-le que no aceitar os livros ^a Sagrada Sscritura, ntegros com to^as suas partes, como catalogou o concilio Tridentino, sendo sagrados e canonicos, e divinamente^inspirado, seja nanatematizado" ( DS. 3029) 3sta condenao do^Concilio Vaticano I nos prope como condio de no ser excludo da ccmhho da Igreja, aceitar que os livros da Sagrada Escritura foram "divinamente inspirados".

  • O Concilio Vaticano II. Na Constituio Dogmatica sobre a ^ivina Revelao Dei Verbum, afirma de modo claro e ampo esta verdade de fes "As coisas divinamente reveladas, que se encerram por escrito e se manifer--tam na Sagrada Escritura, foram consignadas.sob inspirao do.Espirito Santo, Pois a Santa Me Igreja, segundo a fe apostlica, j^ em como sagrados e canpnicos os livrus completos tanto do Antigo como do liovo Testamento, com todas as suas partes, porque, escritos sob a ins^iraco_do_3spirito Santo". ( n.ll).

    Questo ulteriors Baseado em quo pode a Igreja nos Concilios , Tridentino e especialmente Vaticano I ell ensinar solenemente como de fe a verdade de que os livros da Sagrada Escritura foram inspirados pelo Espirito Santo?

    MSPOSTAs a) 0 Novo Testamnto ao referis-se ao Antigo Testamento, fa--lo como de

    livros escritos sob a ao de Deuss Cristo numa discuss"g com os fariseus, referindo-se a um texto do A.T. disser "Como por tanto,diz ele, Davi falando sob a inspirao chama p (Messias) de Senhor neste textos "0 Senhor disse a meu,Senhors Assenta-te a minha direita ate que eu ponha teus inimigos sob teus pes" (Mt. 22,^3 ) N tentao do deserto diz Cristo, citando o Antigo Testamento, que"est escrito^ , forma passiva que omite o objeto de causa eficiente por sgr ele Deus, ja qu os judeus procuravam evitar falar o nome de Deus? "Mas^ele rep plicous esta^escrito ( se subentende por Deus) s 0 homem no vive somente do po mas de toda palavra que sai da boca de Deus ( Dt. 8,3 ) " (Mt. Os Apostolos refletem a mesma mentalidade que J. Cristo ao se referirem ao A^T. , como palavra de,Deus, dos profetas. Assim Pedro num discurso a multi-do dizs " Vos sois, vos, os falhos dos profetas e da aliana que Deus con-cluiu com aossos pais, quando ele disse a Abracs e na tua posteridade sero bendigas todas as famlias da terras ( Gn. 12,3 )" (Ate 3^25 ) "Mas e exatamente o que disse o profetas "^contegera nos ltimos dias, dis o Senhor, que eu derramarei meu Espirito sobre toda a carne....(Joel 3?!)" (At. 2,l-17), passagem tirada do sermo de Pedro a multido no dia de Pen-tecostes.

    Ha comtudo duas passagems mais claras e por tanto mais provativas, uma de S. Paulo e outra de S. Pedro. Paulo escrenendo a Timoteo, da-lhe conselho de que se mantenha firme naquilo que ele aprendeu na sua juventudes "Mas tu persevera no que aprendgste, e que te foi confiado, sabendo de quem aprendeste; e que desde a infancia ti-veste conheimento ds sagradas letras, que te podem instruir para a salva-o, pela fe que esta em Jesus Cristo. Toda ,a, Iscritura divinamente_inspirada e util para ensinar? para repreender, para corrigir, paga formar na justia; a fim de que o homem de Deus seja perfeito, apto para toda a boa obra (Tim.3

    Naturalmente S^ Paulo e refere ao A.T. , ao falar da escritura, que Timoteo leu na sua infancia e e util para tudo. Pedroreferindo-se aos profetas diz que foram homens inspirados por Deus, e boa parte da S. Escritura s"o consignaes das palavras dos profetas, logo frutos da inspiraao de Deuss "nenhuma profecia da Iscritura e de interpre-tao particular. Porque a prfecia nunca foi dada pela vontade dos homens, mas os homens santos de Deus e que falaram inspirados pelo Espirito Santo" ( 2 Pe 1 20-21 ), b) De modo mais implicito, vemos que os propries autores do Antiso Testamen-

    to falam que receberam ordem,de Deus para escrever. Assim Isaas nos diz como sente esta ordem de Javes "Agora, vai, inscreve isto,numa taboazinha escreve-o num livro, para servir no futuro de testemunho perpetuo."(Is.30 8)? 0 memo sentia o profeta Jeremias^ "No quarto ano de Joaquim, filho de Jogias e rei de Juda, eis a palavra qu

  • Moiss,.escreve*- as palavTas de Javes "Moiss po por ecrito todas as leis, de Jave..." eu fe-lo por ordem de Javes "Jave disse ent o a Moisss Consigna este fato ' '' escrito num livro para perpetuar-lhe a lembrana". (Sx.17,1^).

    Nos escritos durante e depois do Exlio, se fala da scritura como "Livro da Lei ( de Jave " Ao ouvir as^palavras contidas no livro da Lei, o,rei rasgou suas vestes" (2 Re.22^11). "Eles se colocaram a ensinar em Juda, mu.:cs do livro da Lei de Jave, e fizeram a volta das cidades ju-dias instruindo o povo." (2 Cron 17 9)

    Certos fatos mostram que o povo cercava os ^ivros sagrados da Lei^e Pr-fetas cor, muita venera, que encontra sua ultima origem na pro-cedncia divina da tais livros. Maravilhosa foi a reforma religiosa sob

  • c). Portanto pertence a reflexo teologica'a tarefa de explicar, enquanto posivel, tal realidade. , d). Deixando de lado as sentenc extremas, em que a Inspirao e concebida como um ditado da parte de Deus, que iria^ditando cadg palavra ao escritos sagrado, ou a posio oposta, em que a ao d Deus sobre o _ autor seria nula, mas o livro se tornaria sagrado por uma simples aprovaao ulterio.r de mesmo, eja por Deus, seja pela Igreja, Deus seria ento o autor do livro sagrado, somente porque aprovou suas idias, mas naa influiu na sua confeco.

    e). Ate o Concilio Vaticano II, a explicaao mais.comum nos li-vros b Teologia era a dada por Leo XIII e Bento XV. Leo.XIII: " 0 Espirito Santo, com uma fora sobrenatural^ levoy. e moveu os Hagiografos a escrever de tal modo, que, ao assisti-los, eles somente con-ceberam em sua mente de modo exato,e fielmente quiseram escrever e exprimi-ram de modo apto com verdade infalvel, aquilo e tudo o que o 3.S. ordenara" (DS 3293) Leo XIII, Providentissimus Deus, l8,XI,1993) Bento XV; " c poder e a ao de Deusno hagiografo deve ser entendidas Deus confere ao escritor a graa, iluminando-lhe a mente, para propor em nome de Deus aos homens a verdade, movendo-lhe a vontade e imgelindo-o a escrever, e o assiste finalmente de modo especial e continuo ate que o livro termine" (DS 3651: Bened. XV : Spiritus Paraclitas, 15.IX,1920).

    d). 0 Concilio Vaticano^II prefelre ser menos detalhado na Inspi-rao, evitando falar de'iluminao d$ entendimento', 'influxo da vontade movendo-a eficazmente', assistncia sobre as^faculdades executivas' a fim de evitar todo rro, como vimos nas explicaes de Leo XIII e Bento XV. Eis como o Concilio Vaticano II descreve a ao inspiradora de Deuss "Na redao dos livros sagrados'Deus escolheu homens, dos quais se serviu fazendo-os usr suas prprias faculdades e capacidades. afim de que, agindo

    proprio ne^es e por eles, escrevessem como verdadeiros autores, tudo e so aquilo que Ele proprio quisesse. (Const.Oog. Dei Verbum, n.ll): 0 texto falas

    - De uma escolha dos autores por parte de Deus - Deus usa o gervio que^eles podem prestar com suas capacidades - Deus agiu neles e por,eles, sem explicitar mais tal ao - com a finalidade de,so escrever o que Deus quer cominicar

    Portanto^ podemos dizer com o Concilio Vaticano II, que a aatureza_da_In^-pirap e um impulso da part de Deus para o hagiografo consignar por escri-* to a revelao de Deus, que e a mensagem de,Salvaao confiada por Deus aos homens. Negte sentido, a Sagrada Escritura e a consignao escrita da Reve-lao salvifica, sobrenatural, de Deus aos homens = e a PALAVRA DE DEUS ESCRITA.

    CONCLUSO s SAGRADA ESCRITURA = PALAVRA DE DEUS . Assim a S.E. no se torna palavra de Deus por causa da Inspirao, mas e a inspirao qy.e levou o hagiografo a escrever a palavra de Deus, ie. a Revelao salvifica que Deus comunicara aos homens. D. ASPECTO SOCIAL DA INSPIRAO

    A Revelao de Deus, comunicada p^los seus enviados, seja os pro-fetas como o grande enviado: Jesus Crrnsto, e confiada ao povo da Israel a a Igreja Primitiva.

    ^ 11 ^ Esta revelaao salvifica, sobrenatural, de ^eus e pregada, vivida

    pela Igreja (resp. povo de Israel), crida, guardada vivamentg por estas co-munidades. Vivando dentro desta comunidade o hagiografo se pos ento a con-sjgia-la por,esarito. Tal ao, que pareceria,a um olhar profano e ta2, vez mesmo ao proprio autor, ser um simples exercicio de composio literaria, era no fundo uma a o inspiradora de Deus, que movia a consignar por esgrito esta mensagem salvifica para as geraes vindouras. A inteno muitas vezes era simplesmente de aplicar a palavra de Deus a uma situao comcreta da o-m^nidade, em que se vivia. Mas era no plano d Deus uma ao que levaria a toda vid, da Igreja posterior a mensagem galvifica de Deus. Por isso a Ins-pirao e uma realidade eclesial, comunitaria.^Nasceu na comunidade 3 em ** vista da comunidade^ mas a"o de Deus. Esta ago da Deug supera a prpria conscincia do,hagiografo, por que Deus age nele e por ele em vista de uma realidade salvifica para os homens.

  • u do Cristcu dos primeiros pregadores do evangelho, a conservara, a assi-milara, a vivera, a transmitira,a seus novos membros, ela mesma cuidou de nue tal palavra s fixasse en formulas escritas^ Tal ao se fazia sob a ins-pirao de Dous. 0 Espirito de Deus^inspirader cobria a ao desta comunida-de, no tempo e n espao da confeco Ao Novo Testamento (resp. do Antigo)*

    A VERDADE NA SAGRADA ESCRITURA

    A* NEXO. A Sagrada Escritura e a^revelaao salvifica de Deus consignada por esrito mediante uma agao inspiradgra de Deus. Logo ela nos deve' omunicar a verdade, na pde ter erro. Ela sendo a palavra de Deus, e a verdade de Deus para nos.

    B. HISTORIA DO PROBLEMA a) Durante os l6_primeiros sculos no houve problema em aceitar

    que a Sagrada Escritura nao continha nenhum erro,^que tudo que ela ensinava era verdadeiro. No se admitiam, de modo nenhum, erros nela. , A posio de Santo Agostinho tinha dominado toda esta problemticas se algo parecesse errado na Sagrada Escritura, entos

    - ou o manuscritoestava defeituoso; - ou o tradutor no entendeu o que e manuscrito disse; - ou sou eu que^no entendo.

    Cem isto, se resolviam todas as dificuldades. A imaginao dos Santo-s Padres e dos Teologos funcionava para resolver as contradies e afirmaes inexatas da S. E., mostrando que tudo era questo de interpretar bem.

    b) Mas nos sculos,XVI e XVI^ surgem grandes dificuldades, levanta-das pelas descobertas cientificas da poca. Parece ento clara a oposio entre os ensinamentos da cincia e os da Escritura. Surge ento o caso-de -Galilau Galilei* Ele masmo no podia crer que houvesse erro na^Eseritura, mas acRaVa que era rn^l interpretada, Como a Telogia ^e ento no dispunha de Mi^s para resolver este problema, deu-se a condenao de Galileu, 0 proble-ma comtudo no estava resolvido, e sim incubado.

    c) No soeul XIX o progresso das cincias humanas e histricas,colo-cam ^m cheque uma idia de inerranci^ da Escritura, mal explicada. A critica histrica se aplica a estudar, cientificamente ^s livros da Bblia. E surgem ento os problemas.

    d) As primeiras solues por parto dos cristos foram apressadas

  • a madeira conc^&ua -.-.a - -rgem d-.'; homem, dos animais, a classificao dcs ani-mais, so"aparot!Cia de afirmao", porque no foi inteo do hagiografo afir-mar tudo isto, mas sim simples expressa do mei cultural-ambientl em que vi-via, 0 que ele quis afirmar, e onde esta a verdade da Escritura e a idia de que tdo depende de Deus: verdade revelada, de fe.

    b) 0 problema das afirmaes histricas* No se pode somjnais afrimar que o hagiografo no teve nunca a inteo de afirmar a existencia de un fato histrico por tanto aplicar a regra ante -rior. Pois comova revelao de Deus e histrica, ela esta intimama^te liga-da a fatos historicos, os quais no existindo, comprometeriam a prpria re-velao,, Por ex. se Cristo no tivesse vivido hitoricamente, a nossa reden-o estaria gravemente e irrevogavelmente comprometida,

    LoC" devemos dmitir na S, -3. nveis de historicidad. Isto,signi-fica,que uma narrao bblica pode por ex. conter somente um ncleo mnimo, histrico, sendo tr

  • Fixemo-nos somente em dois pormenoress a aa^ do ^unas e a aao de Cristo Mt e Mc Judas desempenha um papel mais salienta= ele beija a Cristo, vai

    a frente da tropa para a priso de Cristo. Lo ncs mostra a Crsito rejeitan-do o beijo de Judas. Joo nem fala deste beijo, relegando a nad o papel!, de Judas. Em contrapartida, Joo no frisa a iniciativa de Je, s. .31e se da a conhecer, sem precisar do beijo de Judas, emquanto que nos sinoticos era o beijo de Judas que o ^ava a conhecer. Conforme Joo Judas leva a tropa ate 0 jardim, mas depois e Jesns que se adianta, que pergunta, que derruba com uma frase os soldados. Ento fazemos a.nos mesmos a perguntas sera que a pri-so de Cristo foi mais parecida com a descrita pelos sinoticos, ondg Cris-to aparece muito mais na sua fragilidade ou a narrada por Joo, onde ele apa-rece o,soberano, que se entrega livremente, depois de mostrar a fraqueza dos adversarios, derrubando-os com uma palavra? Cs dois^modos ao mesmo tempo nao podam coexistir, se q.ao quisermos fazer u^a concordncia barata e artificial. Provavelmente o sinoticos so mais "histricos" na sua narrativa, mas Jco tambeip foi historico ao querer salientar que Cristo se entregou livremente por nos. Para Joo o importante era salientar esta "liberdade e autoridade" de Cristo. Para que tal idia ficase realada, os pcrmenores^da priso sao elementos construdos nsta linha de pensamento, ainda que no tivessem acon-tecido,desta maneira. Ai vemos a diferena de conceito de historicidade. Para,nos, tal maneira de querer salientar, uma idia seria uma infidelidade histrica, mas para um judeu, pelo contrario, a um recurso estilstico.

    e) Afirmaes reais ou conjaturais. Para que possamos interpretar bem algumas passagens da Escritura precisamos distinguir entre afirmaes que afirmam algc "e-^l. como verdadeiro, ou simplesmente como conjaturai. Assim quando. '3. Paulo diz que ira a Espanha, e depois do fato no foi, no quer dizer que houve erro na Escrtura.i Pois sua frase indica conjectura. Seria como se dissesse: "se Deus quiser, irei ver-vos", mas da fato, outros acontecimentos impediram sua ida (Rom 15,28; 1 C ^.19). Mesmo nas profecias messinicas, algumas afirmaes so conjectu-rais, ie, exprimem um desejo do escritor de que algo acontea. So depois que s pode ver, se de fato aconteceu o foi um simples desejo irrealizado. Cs proprios evangelistas ao estabelecer a cronologia da vida de Jesus Cristo, muitas vezes usaram esto recursocb ccnjecturar como teria sido a sucesso dos acontecimentos, sem querer nos garantir, que ela tinha sido realmente assim^ Hoje se usa multo isto na policia, quando acontece um crime, de que no ha nenhuma testemunha. Com os dados apurados, o perito policial faz uma descrio minuciosa do crime, mas puramente conjectural, 0 valor desta afir-maes deye ser visto levando em conta esta perspectiva conjectural. Natural-mente a tcnica hoje de, a partir de conjecturas,descrever uma realidade e muito maior e chega a grande verossimilhana. Ate mesmo chega-se a esboar uma "fotografia falada" a partir dos dados que cs peritos conseguiram levan-ta^ ? sem que tenham vista a pessoao Falando em nomenclatura moderna, os ha-g^ografos, muitas vezes, nos fornocem "fotografias faladas" de personagens biblicos, e ate mesmo do Messias.

    A

  • das obras e autoras. Os elementos que constituem o gnero literrio* tema peculiar, es-

    trutura o forma interna peculiar, repertorio da procedimentos freqentes e dominantes, "Sitz im Leben" (Icca.lizaao cultural, humus cultural em que nasceu a obra).

    0 gnero literrio c ^^suca, configura a obra enteira, afeta a unidade tota^ da obra, e nao necessariamente o livro o. porque este pode sr constitudo de,.dversas unidades literarias,.diferentes, Ger.erc literrio .nao sao peas ou membros que o existem em o^ras literarias, como p.ex* um"excrdio", mas sao unidades literarias em si autonomas, mas que pedem oentudo.fazer parte de um generc mais g^plo ( p.ex. uma orao dentro de uma narrao. 31a uma unidade em si autnoma, mas que esta inserida en-tr : de una unidade amior, encuanto^que o "egordio" e sempre uma parte do dis-urso, que g.ac tem uma unidade ar^cocma). Ha um duplo movimento posivel: Uma

    autcn.oma que e inserida.rum contexto mais global ( o caso citados ^ ;.ma oioo,dentro de uma narraao: Livro b Judite c9) ou uma pga de um ge*-nero literrio que se deser.vrlve tant a ponto de^tornar-se utonoma ( o sal-mo desconfiana procrda d., salmo de suplica). 0 genero literrio no e veste literara. nem forma sue,se possa separa? da matria, do contedo, nem,inovou-men+o para explicar versculos difceis, pertence ao sentido literrio. 0 gnero literrio afeta a unidade to al e nao so,uma parte do discurso. Por-tanto no a um oodo d^ direr'-, como seria uma metafora, um eufemismo. As ve-zes acontece c.e us genero literrio, sendo transformado, reint^rpre^ado, sofrendo um transposio significativas p vocao Moiss (genero historico; o narrada como vocao proftica (genero proftico).

    A escolha do genero iiterario, per parte do escritor, depende de diversos fatores? qual o assunto a ser tratado^ que impresso o autor quer causar no seu leitor; a cultura do ouviente cu leitor, ao qual o autor se di-

    o temperamento do escritor, etc,.. ( H. Haag. OsC. col. 514)'. A nossa expgriencia diria nos ensina que a verdade que queremos

    exprimir depende do genero literrio que usamos. Assim p.ex. algum nos a-prisenta um cbjeto e dizemos: isto nao vale um centavo. Nao queremos de modo nunh-m^afirmar o valor material^da coisa^mas simplesmente indicar que o ob-jeto nao tgm valor para nos. Dai a iupcrtancia de, na < du Escritura, vermes o genero para sabermos de que verdade se trata.

    ha uma noversteade enorme na classificaao dos gneros literrio^ na S I.,. Os diferentes autores apressariam sua; divises.. A nos interessa so-mente ter uma idia mais geral, Por isso Judiramos somente alguns exemplos, deixando,naturalmente, para um estude mais aprofundado, o delimitar mais amplamente cs generosl

    Uma primeira diviso, muito,geral, mas no sem impcrtancia, que classifica tda a literatura^bibli.,a es, gnero literario^prcfano e generc litarario religioso. A S. 3. se coloca toca sob o signo do genero literrio religioso, Assim as partas profanas so for-temente coloridas por este aspecto religioso.

    l s i r n s ^ e r c ^ . . 1 i^era.rioAntigo Testamento Poesia popular ^ ^^^^^^^^^^ ^^^^^^^

    Ias Is 21, 11-12 ^ ' utas Is.23, 15-16 19-27; 2 s; 3-33-34

    Prosa oficial; alianas ix 19 e 2^; Jos 24 , smbolos de fe. Breves enunciados,,em contexto cultico: Dt 26,5

    em contexto cateqUeticc: Dt 6, 21-25. Literatura narrativas sagas locais s Jud 15, 9^19 ,

    lendas Gn 28, 10-28 ; crnicas^ ai^ais,memorias(Nehemias) Historiografia; incorpora,materiais muito complexos, &te mesmo fragmentos de

    narraao picas (descrio do xodos Ix 14,22. Na r i' a a o bur le_s_c o s aparece em Daniel. Narraao com grande morgemde ^fiaos Judite, Ester, fobias. Literatura profticas Inclui orculos de ameaa, castigo individual e cole-

    tivo, orculos contra as naes, orculo de salvao, vises, aes simblicas, gtc.., ,

    Literatura escatclogica: Composices complexas sobra o juizo definitivo, em aue cs inimigos sero castigados e se estabelece uma nova crdems Is 2 27; Ez 38-39; Jcel 3-4; Zac 14.

    Ho.js. cantos de leuvos, principalmente cs salmos,

    L_ex.emp l,es_d.o_ .geR.' unldad es ncc rpo: cante de sent ine. canto da pres -T-.+-elegia s 2 S. "5

  • Literatura apocalpticas sobretudo Daniel. Usa ps3Udonimos, vises,sonhos. Literatura sapiencials Contem provrbios, descries de costumes (etopeias),

    antteses continuadas, etc.... g) 0 sentido pleno.

    Deus em vis^a da un desenvolvimento futuro da Revelao, orientou de tal modo o hagiografo que elo exprimiu com suas palavras umg verdade, cujo sen-tido pleno,^total, no lhe era conhecido, mas somente pode ser entendido mais tarde a luz de outros textos inspirados posteriores.

    ,Assim certos ditod profeticossobre o tempo mesianico da vinda de Crist, so foram conhecidos om clareza e plenitude com a vinda de Cristo. Istp e posivel porque o hagiografo ag sob influxo de uma luz sobrenatural e pode consignar por gscrito nooes, que sob certos aspectos, ultrapassam o terreno de sua,conscincia a se converte em veiculo dum sentido pleno, que so mais tarde captad, porque a prpria Escritura o explicitou ou a Igreja. De fato^o hagiografo so podia ter uma percepo limitada a seu tempo e aqui-lo que ele comunicou sera explicitado ao longo da historia da Revelao e dos dogmas por meio de uma sempre maior enteleco da fe e da Escritura. D. NOVA PERSPECTIVA DO PROBLEMA DA INERRANCIA DA S. ESCRITURA.

    a) Superao da perspectiva apolosetica. Durant^ muitos anos, a perspectiva gatolica era fortemente apologetica. Os adversarios nos apontavam posive^s erros da S.E* e o teologo se punha logo a mostrar que de fato no havia erro, mas a passagem tinha outra explicao. Praticamente ora um posio defensiva e ao sabor das dificuldades que sempre surgiam novamente, a espera de novas respostas. Via-se a inerrancia de S.E. como uma consequencia da inspirao.

    A perspectiva atual se coloca numa _ viso positiva. Procura-se estabelecer quql e a verdade da Escritura. Pois a Escritura,como palavra de Deus escrita, e a fixao da revelao, qu.3 participa da mesma vgrdade_de Deus. 0 problema no e mostrar que nao ha erro, mas de descobrir qual a men-sagem que Deus nos quer comunicar.

    b) Problema de vrios autores. un fato que a redao final de um livro da S. E. ^ como o possuimos hoje, foi fruto do trabalho de diversos autores, que, em pocas diferentes, redi-giram a obra, ate que^um redator final a terminasse. Por isso e muito mais logico falar da inerrancia dos livros sagrados , do que dos autores.

    c) Inerrancia da S.Escritura como um todo. Os livros da S.E. formam um todo. eles nao tem existencia separada, mas mu-tuamente se condicionam. 0 sentido final e dicisivo de cada um deles e in-clusive de cada uma de sus afirmaes dependem do onte^to maior em que foram inseridos. Assim o ultimo resultado da S. E. e o Novo Testamentos o fato da Jesus Cristo. Assim a inerrancia no sentido mais formal pertence aos livros sagrados e a seus enunciados particulares em primeiro lugar em fun-o da releitura final e definitiva, cuja^expresso foram os livros do Novo Testamento. Isto mostra que 3 Escritura no nos quer dar simplesmente uma historia, nem mesmo uma "historia sagrada'*,' mas uma interpretao teologica da historia.

    A Revelao e a comunicaao por parte de Deus do^misterio d^ sal-vao realizado em Jesus Cristo. Assim nenhuma realidade deste mundo e ob-jeto de ensinamento divino a no ser sob o angulo particular de sua relao com a salvao.

    A S. Escritura consigna por-tanto es^a Revelao, i.a. ensinamen-tos divinos salvificos. Por isso na S.E. no ha nenhpma verdade divinamente garantida a n^o ser os pontos em que asta se refere a salvao. Falando de um modo escolastico, diria que o objeto material da Escritura, o que e en-sinado, deve ser entendido a luz do objeto formal quo ia. o sob a luz do mistrio da salvao.

    A Escritura contem a verdade que Deus quis incluir^para no ^a sal-varo (Const. Dei Verbum^, n.ll), ie. verdade que se refere a nossa salvao. Note-se que a Constituio dogmatica Dei Verbum do Vaticano II sempre usa a palavra "verdade" no singular.

    ^o bas^a considerar o que dissaram os autores da S.3., ipas tambm desde que angulo eles o disseram,,para entender seus ditos. 0 critrio da verdade da Escritura no e o critrio material de distinguir os assuntos re-ligiosos e ,morai, nem a exatido dos fatos narrados,^mas inteno do es.cri-

  • toT - que ^tambem a de Deus -s ipostrar nos fatos a ao de Deus na historia, a relao deste fatos com o mistrio da salvao.,Portanto a verdade da Es-critura supe a realidade do$ acontecimentos historicos, quando estes afetam e pelo fato de afetar o mistrio da salvao. Nao se trata da uma verdade que se identifique com o conceito de exatido ( verdade no sentido do pensa-mento grego), mas da uma verdade que seja a revelaao do mistrio da salvaao.

    Nesta viso, o interesse historico do nasci^ent do livo sagrado e da forma real dos acontecimentos que so narrados nele e secundrio. So^ tem valor na medida em que favorece a interpreta do texto, da inteleCao da mensagem salvifica que Deus nos comunica, atravs deste livro e destes ftos. Os livros sagrados so escritos em vista de nossa salvao^ como cri-trio d$ inteleco e como finalidade. A palavra de Deus escrita e para le-vamos a salvao.

    e) 0 carter prosresivo da Revelao. Jesus Cristo a o ponto final da Revelao que teve sua longa preparao no Antigo Testamento. Em Cristo a Revelaap chegou a seu ponto mximo a tudo que foi dito antes, ^eve ser enteqdido a luz do avento Jesus Cristo. A Igreja ao longo de ua historia procurara entender, penetrar esta realidade mara-vilhosa que e Jesus Cristo.

    Por isso o contedo ppsitivo de ca^a texto deve ser apreciado com-preendido, numa perspectiva dinamic cristologica. A verdade de cada $exto deve ser entendida lavando em conta o conjunto da Revelao e seu cara ter progresivo. , Isto explica as imperfeies da Revelao, sobretmdo nos seus es-

    tdios iniiais. Deus^podria ter-se revelado totalmente e .completamente desde o^inicio, como Ele es Pai, Filho e Espirito Santo. Mas^quis que tal revelao fosse lentamente preparada na historia.,As conseqncias existen-ciais desta revelao^so tambm muito ricas, e so foram posveis, quando aconteceu tal revelao. Mas ag.tes qu Deus pudegse comunicar-se assim em plenitude, antes que suas exigencias etico-existenciais pudessem ^dequar-se a plenitude de tal revelao^ houve mutos momentos em que na historia da re-velao o homem viveu situaes ainda muito imperfeitas. Para usar a compara- . o de um exegeta: Deus deunos com a revelao desde o inicio uma montanha com pedras, areias, barro, para que pudessemos descobrir o "veio de ouro" da verdade de sua mensagem e plano salvifico. Mas tal mensagem estava ainda en-volta em muita imperfeio, que n era diretamente ensinada, nem querida por Deus, mas necessaria devido ao^estadi ainda primitivo em que g,e encontrva o homem com respeito a revelao salvifica de Deus. Por isso no nos devemos escandalizar das passagens do Antigo Testamento, onde^certas condutas de ho-mens como Davi, Salomo nos parecem^escadalosas e no recebiam por parte dos profetas de Deus nenhuma reprovao, antes eram apressentados como aben-oados por Deus: ex. poligamia, concubinato,etc....

    f) Concluso. Para ver claramente o que Deus quis comunicar-nos temos que buscar atentamen-te e saber:

    - que queriam dizer os escritores,sagrados - que queria Deus comunicar atravs deles.

    Para conhecer o que queriam^dizer os Escritores.ie. para saber sua inteo, devemos levar em^conta os generos literrios, o modo de falar, de narrar u-ados no tempo deles, as formas de expresso em usonas Relaes humanas da poca. Deve-se levar em conta o desenvolvimento da historia da Salvao, a mensagem de salvao contida nos livros sagrados, a tradio viva da Igreja, a nalogia da fe, para saber o que Deus quis nos comunicar e nos comunica hoje.

    3. CRITICA.TEXTUAL DO NOVO TESTAMENTO A. PROBLEMA

    , Para conhecer a Palavra de Deus escrita o primeiro ponto a estabe-lecer e reconstruir de modo mais perfeito,e seguro o TE^TO ORIGINAL. 0 pro-belma se,pe precisamente porque nos no o possumos e ele foi redigido faz tantos sculos. B. DIFICULDADES DO. PROBLEMA

    a) A primeir dificuldade com que deparamos e que Jesus Cristo mes-mo no escreveu nada. Ela so pregou^e agiu. Outros escreveram. Alem do mais o $}^ xto original de tais escritos no se conserva .

    b) Maig ainda. No possumos nenhuma redao original de nenhum tex-to original do Novo Testamento, por menor que,seja tal texto. A razo e multo simples: os textos originaos e as primeiras copias dos mesmos foram escritas

  • eip paprios, Tal material se_ acom-dava ao carater ocasional dos escritos do Nove yestamea^o e as condignas sociais da Igreja primitiva. Ora, tal mate rial e muito frgil e nao resiste as intemperies dos anos.

    c) Da poca em que pra copiar se usavam papiros, chagaram ate nos somente alguns fragmentos de copias e no o texto original.

    d) Copia manuscrita do Novo ^estameqto completa nao sobe alem da segunda matada do e sculo, t esta poca so possumos fragmentos. C* TAREFA DA CRITICA. T5XTUAL

    a) At o ano 1963 existiam: 76 papies ,

    250 manuscritos maiusculos ou unciais 2,6j.6 manuscritos minusculos 1.997 lecionarios. b) Nenhum texto coincide totalmente coip outro^e apressentam

    250.000,variantes, mais do que palavras tem o proprio Novo Testamento. Va-riante e uma forma diferente, seja de uma palavra ou de colocaao.

    c),Diante deste quadro a tarefa da critica textual e procurar com maior,exatido posivel, conforme os cnones da critica textual, de modo cientifico, fixar o cexto^ori^lnal.

    Salta a^s c^hos a dificuldade da tarefa, pois estamos a mis de lgOO aq^s de distancia do texto original e nenhuma obra recebeu tanta tradu-ao, copia, transcrio, como o Novo Testamento elevando portanto a 250.000 as variantes.

    d) C resultado deste estudo cientiflco-critico nao ser a certeza do texto original, mas um texto que seja, ate o memento, cientificamente o mais proximo do originais

    e) As edies impressas mais antigas nao dispunham de muitos tex-tos gregos, dai snaimperfeces. P.ex.: Novo testamento de Erasmo (1516); tisneros (151^ cu 1520); etc,...

    , f) primeira edies mais crticas so de finais do sculo XVII e inicigs do Sculo XVIIl^ feitas pelos ingleses Tell e Mill. Bengel (1734) fez autentico trbbalho crtico, assim como Iriesbach (1777).

    g) Diante da multido imensa de papiros e manuscritos e leciona-rios, a critica textual tem uma dupla tarefas

    - sistematizar as vatlantes^dadas pelos manuscritos; - escolher dentre este monto as que parecem refletir com maior

    exatidao o texto primitivo. h) escolha deve ser baseada em princpios cientficos para que

    a variante escolhida seja realmente a mais prxima do original, e no deve tal escolha ser entregue ao gosto de cada^critico, com perigo de subjetivis-mo. Portanto a preferencia por um texto no pode ser por questo pessoal ou porque enquadra melhoi no contexto, nem porque tal^texto ajuda mais a telo-gia. P.ex. em Joo lemos (1,13)s aquele (s) que no pala via do sangue, nem

    da vontade da carne, nem da vontade d ho-mem, mas de Deus nasceu (nasceram). Ha ma-nuscritos para o singular e para o plural. 0 singular favorecia a concepo virginal de Cristo, mas nem por isso deve ser prefe rido, ja^que os manuscritos que trazem o plural so mais fidedignos.

    i) 0c critrios para a escolha da variante podem ser externos ou internos^

    j) Ci.riterjLos,,ex^jnps. - sao os mais impcr';an*cess , - Nao interessa o contedo nem a idia do texto, mas se o texto est ou no

    apoiado pelos manuscritos; - deve-se preferir como mais antigo, o texto mais apoiado por testemunhos; - deve-se levar em conta as familias dos manuscritos, de modo que nem sempre

    a,quantidade dos manuscritos vale mais. pois podem todos pertencer a uma so familia enquanto que outro texto tenha menos manuscritos, mas de dife-rentes familias e portanto de maior qualidade;

    - quanto mais antigo o texto,,tanto mais valor tem; - Deve-se atender as caractersticas do um textos o esmero do copista, quali

    dada do documento-base^mudanas em relao a outros textos; - notar e estudar a relao entro as variantes.

    Aplicando tais regras e outra mais, podemos estabelecer,nual o tex

  • to mais prximo do original, usando os critrios externos. Em auxilio po-de-se e deve-se trazer os critrios internos.

    k) critrios internos. - a leitura mais difcil a mais antiga, por que em geral os copistas tem a tentao de simplificar os textos para ajudaro leitor;

    - a leitura mais breve em geral e a mis antiga ja que se tem a tendencia a ampliar,, ^ ,

    - contudo ha casos, de^que a verso mais breve e a mais tardia porque re-presenta um resumo e no que a outra fosse uma ampliao; - so em caso extremo que se usa a conjectura. - deve-se buscar que o texto escolhido armonize com o contexto; - depois de escolher uma variante, deve-se tentar explicar como apareceram as outras variantes rejeitadas.

    1. Depois de apl^cado estes critrios, externos e internos, che-gamos a,um texto,que se cr, gte o^momento da investj,gaao,em questo,. como mais proximo do original. E sobre ele que se exercera a critica literaria.

    m) Apesar; da tarefa de reconstruir o texto original dos evangelhos seja realmente difcil nunca poderemos dizer que conseguimos ter o te%to original, dontudo no ha nenhuma,obra da antigidade que tenha tantos cdi-ces e que possua um texto to proximo do original. Se a quantidade,das va-riantes ^orna o problema de reconstruir o texto original muito difcil, contudo e uipa riqueza uma garantia de que, se feito o trabalho com serie-dade e critrios cientificos, temos uma maior probabilidade de possuir um c texto mais proximo do original.

    CRTICA LITERARIA E 0 IROBLE.u'^ SINTIICO. A* NEXO.

    Depois que so fixou o mais exatamente posivel o,texto do N^T. va-mos dar um passo a frente submetendo-o a uma amalise literaria.

    B-. PROBLEMA. a) Procurar examinar este texto buscando captar nele as peculiari-

    dades e intenes literarias; , b) esclarecer a peripecias da composio de cada livro? buscar

    as eventuais fontes literarias dos mesmos; c) resolyer o problema da paternidade do livro; d) no so tentar fixar as fontes literarias do texto, mas catalo-

    ga-las segundo ordem determinada; , a) procurar tambm ver como^se manejou esta fonte, se se cp^ou ao

    pe da letra, se se fez alguma adaptao, profunda ou no, etc.... f) numa palavra: fazer a CRITICA DAS FONTES.

    C. PROBLEMA SINOTICO. , 0 problema mais serip so os tres evangelhos chamados

    sinoticos, ie. de Mateus, Marcos e Luas. a primeira vista eles aprqssentam muitas semelhanas a doutro lado tambm algumas^desemelhanas bem ntidas. 0 critico lite^rrio devera xplicar tanto a razo haver tan_tas semelhan-as, como tambm donde provem as desemelhanas e ate contradies.

    a) Semelhana da Evangelhos Sinoticos. - no contedos Marcos tem (sem^contar Mc 16,9-20) 66l versculos, dos quais

    mais dg 600 esto em Mateus a pelo menos 350 em Lucas - sequencias nos tres evangelhos se encontra o mesmo arcabouo da vida pu-

    blica de Jesus s* apario de J. Batista e,batismo de Jesus * longa atividade na Galileia^ Cafanaum centro. * viagem para a Pascoa, graves da Pereia, e permanencia em Jerusalem com a morte e se-

    , pultamento., , Joo pelo^contrrio fa^a do varias viagens a Jerualem ( cinco)

    - vocabulrios a coincidncia vai ate o extremo do uso das mesmisimas pala-vras em muitos casos.

    b) Dessemelhanass - no conteudos*em Mc^ faltam quase totalmente os discursos emquanto que em

    Mt. so os ditos de Jesus agrupados em 6 grandes discursos; em Lc. os ditos egto espalhados por todo o evangelho; *o evangelho da infancia falta em Mc.e so difrentes em Lc. e Mt. , , *cada evangelho tem alem disto seu material proprio; o mais de todos Lc. depois Mt. e depois Mc.

  • D. ALGUNS PONTOS PARA A SOLUO DO PROBLEMA. a) Os evangelhos sinoticos so a fase final de uma loga- evoluo,

    1- fasefo^mecao. da- -trad-ios:. logo aps 'a:mor^ e' 'e. CBi^tg.^

    ^

    o

    dimehsg.s reduzidas" "(vEf Lc 1,1-14). Mt..._.epLc-* ^s,am^fp^tes^esr-i-tes ant^^iores, aneles;, Uma destas'font''s-'*(Q'- ^elie' - fonte cm"alemo) Q, ' """'uma*coleo sobretudo de ditos de Jesus (Logia) era mais^importan-

    te. Mt. e Lc. usaram os Logia em grego, mas o original destes (Q) Logia era em aramaico.

    a " 5- fases redaao dos evangelhos: os evangelhistas, imersos dentro da tradi-

    ao oral, mas ja com^muitas redaes escritas, parciais, se deram * ao trabalho da redao dos evangelhos.

    b) Ordem e dependncia dos eva&gelhos. * Marcos e considerado o mais antigo dos evangelhos; *Lc< e Mt. usaram como fonte prpria a Mc. e ^ (Logi traduzidos em grego

    do aramaico). * Lc. usou tambm outras fontes desconhecidass

    Assim temos o seguinte esquemas ^ Q. ,Mc outras fontes

    o) atitude dos evangelistas diante do documento-base. ' '----i; * Os evangelistas introduziram em relao a fontes que.encontraram melhoras estilsticas. ^ .. .

    * As vezes resumem as narraes: comoare Mt 9s 18-26 com Mc 5^21-43 e vera que Mc, o evangelho mais primitivo, nos apresenta uma narrao muito mais-rica em pcrmenores, esquento.que Mt. nos fornece uma narrao resumida. -

    * Em outros casos se da o contrario, o evangelista tardio amplia o texto, para facilitar o leitor: Mt, 8,17 em relao a Mc 1.34 acrescenta uma pas-sagem Antigo Testamento p?ra mostrar como Cristo realizou a profecia, de Igaias.

    * As vezes temos dois fatos diferentes, mas que tematicamente so ligados, ento o-evangelista faz,uma ligao entre eles. Assim a vocao de Mateus para Lc. se deu logo apos o milagre do paralitico enquanto que Mc. f^la de outra ida a beira-mar: Lc 5 17-37; Mc 2 1-22; mais: a discusso^se da om os fariseus^dentro da casa de Levi (lc 5 29-39) a mesma discusso se da am-otra ocasio (mc 2 18-22).

    * Noutros casos temos simples aclarages^ Lc 5 29 cloca Levi dan^ o ban-quete para.Cristo, enquanto que Mc 2 15 usa uma formula mais eliptic. Lc. simplesmente aclarou. ,

    * Mudana de sentidos Pfa parabola da ovelhg perdida, o terceiro mehbro da comparaac,para Lc, e a alegria, consequenc^a do encontro ( Lc 15.-3-7); pelo contrario, para Hat. e porque"nenhum destes pequeninos se perdera" Mt 18.12-14). Mt. evidentemente mudou o sentido.

    HISTORIA DAS FORMAS A. -NEXO

    critica literaria tentou estudar o texto escrito, ija tal analise e^incompleta poi existe o fato de que na realidade ha uma historia naprescrita e que por tanto se tem que ir mais alam dos textos li-terrios escritos. A Historie das formas comeada perguntar pelas formas literrias a pra-literrias em sua evoluo histrica.

    3. PROBLEMA. , " ' ^An/i-a) O mtodo da Historia das formas discerne na S.E.,com. em qual-

    auer outra literatura, uma quantidade de"formas literrias"

  • (hino, lamentaes, parbolas) que ele considera com as unidades menores e das quais os livros bblicos foram tecidos.

    b) Para o mtodo da Historia das formas o presuposto e,de que os escritos do N.T. pertencem a diversos generos literrios, e de que uns mais, outros menos, conservam tesouros da trdiao plas-mados em moldar de "formas" e"alementos formais".

    c) Ento o problema do mtodo da Historia das formas es - detectar por meiode anlises minuciosas, em,cada escrito biblico, o cara-e a extenso de todas as formas literarias ai existentes;

    - estudar__leis literarias a que, em geral, esto subordinadas estas for-mas literarias;

    - descobrir as condies sociais, culturais e religiosas, em que nasceram tais formas e se enraizaram;

    - investigar o desenvolvimento ulterior das formas literarias; - numa palavra, a terfa principal e deaprossentar em sua pristina pureza as as formas de que no comea da tradio se revestiu a matria evangelica, fazendo compreender sua genese e seguindo seu crescimento (evolmao a trans formao)ate sua fizao escrita.

    C. PRESUPOSTO DO MTODO E fato conhecido que entre gente iletrada a transf.iripaao da mat-ria tradicionalmente se realiza dentro de um cy^o numero de formas bastante fixas, com leis de estilo e formas prprias.

    D. PRINCPIOS a) Os evangelhos carecem,de unidade organicas so formados artifi-

    cialmente de "pequenas unidades literarias" de carater popular, primiti-vamente isoladas, e que foram reunidas em ciclos mais ou manso consider-veis; o trabalho do escritor sagrado (Mc. Lc. Mt. ) foi dar um enquadra-mento, uma moldura, em que se encaixam, enquadram estas unidades, antas soltas a isoladas.

    b) Tais unidades so fruto da tradio oral coletiva: os elementos que daro nascimento a^literatura evangelica sao fruto de^tradio oral coletiva, saida expontaneamente da comunidade primitiva, Estes elementos foram escritos^para as Qecessidad^s e a servio da msma comunidade: pre? gao, discusso apologetica, polemica,com os adversarios, culto pala orao a canto. Tudo foi feito,j^ urn espirito de adorao de Jesug Cristo. No interessa os dados bibliogrficos no sentido estrito, nem sobre Jesus nem sobre os que viveram a seu lado. Uma vez constitudas, estas pequenas criaes evoluem, aperfeioan-se, acabam por aglomerar-se em grupos mais compactos para terminar nos evangelhos escritos.

    c) Existem^internas relaes entre as mltiplas funes da comuni-dade na elaborao das "pequenas unidades literarias". Assim o exame a-tento de uma leva a outra.

    3, MTODO a) Sxtrair os frgementos literrios particulares de seu marco arti-

    ficial onde foram enquadrados. 0 presuposto a de que tais unidades lits-rarias da tradio evangelica^tem seu "Sitz im Leben" (= lugar natural da origem e vida; ex. "quem no se cemunica se trumbica"^tem seu "Sitz im Leben" no programam do hacrinha) na comunidade crist primitiva; ie. nasceram de sus manifestaes e necessidades vitais s^pr^gao, liturgia, instruo catequetica. Por-tanto o "Sitz im Leben" no e a vida da Jesus.

    ^ b) Classificar por generos, formar e frmulas., - generosentendemos a forma que tem mais extenso e e mais ampla, abar-

    cadora;, - frma-a e -yma unidade literaria menos, fixada oralmente ou por escrito; - formulas e o giro ou maneira da falar breve e expressiva.

    Exemplos de generos des escritos., do .Novo Testamento.?. - genero dos evtngelhos: um genero criado pela Igreja primitiva. No se

  • ralao com cada indivduo a com todos os homens o Filho de Deus g Senhor anunciado na Palavra e presente no culto da comunidade,, esse Senhor que e ao mesmo tempo o Rabi e Profeta Jesus de Nazar. A ^ A ^ A - sangro dos Atos dos Apostoloss genero proprio do Novo Testamento, fa-zendo uma unidade com o evangelho de Lucas.

    - gnero das cartas. - genero apocalptico

    Exemplos de formas__dos. livros dcNpvo Testamentos - nos 3vangelhos-s-temos a tradio doutrinai que apresenta diversas formas s

    - ditos profticos: Lc 12,32 - ditos sapienciaiss Mo 6,4 - ditos jurdicos ou legislativos: Mt 7?6 - comparaes: ex. as parabolas de Cristos Lc 15 94-7 " os ditos do "3u"s Mt 11,25 - ditos que falam de seguimentos^Mt 8,12-22 - agrupamento de ditos: ex. sermo da Montanha Mt 5?7

    - temos ainda a tradio histricas - paradigmas, tradies curtas: Mb 2, 1-12 - dialgos-disputas Mc 12, 13-13; Mc 12,18-27 - historia dos milagres: Mc i 29-31 , - narraes histricas: comtem algum feto historicos Mc 6,17-29 - historia da paixo.

    c) Seguis a evoluao^ das"unidadas" desde seus comeos ate sua cole-o por,escrito. Na transmisso oral sofreram ampliao e transformao. 0 mtodo e procurar ver como os textos de Mc,e Q s modificaram pela elaborao de Ijt e Lc. Esta regularidade descoberta ai, tera sido mais ou menos a mesma na poca da transmisso oral. Trabalho muito dificil. F. CRTICA

    a) Sem duvida tal mtodo representa um progresso sobre a critica literaria,qua era unilateral;

    b) 3 um auxiliar util para iluminar um pouco o tampo obscuro da transmisso oral;

    c) 0 pressuposto fundamental e verdadeiros os evangelhos sao um te-cido de pequenas unidades menores, e^t^rio^es. Pode-se distinguir nos evan-gelhos a tradio de palavras, historias soltas do Jesus Cristo e o marco artificial do autor, que enquadra as tradies;

    d) Contudo xagarou-se demais est distino, pois o marco, a moldu-ra dos autores, no e tao artificial, mas e histrica nas suas grandes ^inhas, Dentro destas grandes linhas histricas, o resto foi disposto de um modo mais ou menos arbitrario;

    e) A classificao das^"unidades menores" por geqeros e formas muito dificil, Ha muitas divergncias entre os autores. Nos citamos no tra balho alguns exemplos, sem querer ser completo a pormenorizado.

    f) putra falha do mtodo foi atribuir demasiada e quase exclusiva importancia a funo criadora da comunidade primitiva, esvaziando o trabalho e a personalidade literaria dos escritores;

    g) Finalmente e falho querer medir a credibilidade histrica dos e-vangeihos sinoticos simplesmente pgr meio da critica da,historia das formas litararias, esquecendo um estudo sobre o fundo do contedo. Ha todo um trabalho feito por testemunhas oculares que fornecem elementos de contedo para s evangelhos. 0 trabalho da comunidade primitiva no se expli-ca som a existencia dos testemunhas oculares dos acontecimentos relativos a Jesus Cristo.

  • 6. HISTORIA D^ REDAAO

    A. N3XO O mtodo da historia das forcas negiiconciou bastante o aspecto da redao dos escritos na sua ultima fase^ ie. dar razo da obra em sua confugurao atual. Vendo o i%odo proprio de conceber de cada evangelista. A investigao histrica de cada redaao vem completar este aspecto do estudo dos evangelhos.

    B. TAREFnS a) Investigar sobre o marco ou encuadrnmento que os evangelistas

    usam para agrupar os materiais da tradiao chegados a eles . A redaao dou aos escritores uma posibilida.de de reorganizar e reestruturar tais elementos. ,

    b Salientar o papel pessoal do cada evangelista atravs da s - seleo do material" todos os evangelistas procuraram selecionar

    o material. S.Joo o indica expressamente,(Jo 20,38). Mc. se fixa preferentemente em fatos reais e e raro trazer discursos;

    - disposio e articulaao .do .maretial: para os sinoticos e re-daao se converta em otimo meio de interpretao, elos se encontravam diante de uma tradio bem formada, mui-tgs vezes sem uma "situao" e toca a;os evangelistas por as ilaes cronologlcas e topogrficas.

    - acomodao do material da.._.tradic.apu por meio da acomodao se ve que os evangelistas nao foram meros transmisores e compiladores, mas interpretes da tradio.

    - o trabalho peculiar de cada evangelista: - estilstico: introduzam melhoras no estilo, tem sou es-

    tilo proprio, escolhem as palavras, modi-ficam a construo das frases, etc...

    - aclaraco do texto-bases quando o evangelista quer que seu leitor entenda a expresso usada no do-cumentos ex. Lc 22.69 acrescentando Deus" a palavra "fora'' de Mc 14.62.

    - omisso de uma expresso difcil: Mt 8.3 o Lc 5*13 omitem a palayra"irado" e falam de "comovi-do", como aliag diversas verses de Mc 1.4l,T. Outras vezes de Mc 1.41 preferem a verso "irado".

    - transposio de uma mateforas Mt 7.24-27 tem diante de SI a casa palestinense e,Lc 6.47?49 traz a metafora para o territorio helenistico 03.de a casa bem construda so fazia sempre sobre a rocha natural.

    - transposio de uma pericope-fontes Mc 14*57-58 e Mt 26.6-6I se referem a Jesus^ At 6.13-14 aplica a mesma idia ao matiriode S. Estevo

    - mudanas dentro da mesma oericooas as tentaes em Mt. tem a seguinte ordems deserto-Jerusalem-monte; em Lc temoss deserto-monte-Jerusal&i,

    - Adio & outra unidade_literaria_da tradicosLc 14.16-24 tem a redaao primitiva da parabola ^o fes-tim e ^t 22^1^4 acrescenta outra parabol^ originariamente autonoma; o mesmo na para-bola da vinha se coloca o "logion" "os l-timos sero os primeiros (Mt 20. 1-16) que aparece em outro contextos Mt 19*30.

  • - Proceso de intercalao de um texto que vagava na tradio; Mc interca la na sua parabola do semeador a explicao? Mb 4*3-9 e Mc 4*13-20.

    - completa-se uma passagem com outras da tradio: Mt completa,a narra do processo do Jesus por Pilatos ( Mt 27.15-26) com a pericopa do sonho da mulher de Pilatos (Mt 27.19).

    - abrevia-se,o documento-base: Mt abrevia a parte narrativa da Mc nao "raras vezes: (Mt 8. 28-34) Mc 5.1-20).

    - uso de palavras-ponte: para introduzir o Pai Nosso, Mt usa a expre-sso: "quando oreis" (Mt 6.5-13).

    - ligao de pericopas primitivamente desligadas: Mc liga-as freqente-mente sem fazer ilaao, mas Mt faz mediante a particula graga "tote = ento , Mt 9.14; 11.20; 12.22-38; 51.1).

    - tcnica da composio de^sumrios: entre uma cena e outra o evangelis-ta coloca uma transiao ou ampliao, de modo que cada cena se tor-na um caso particular do narrados Mc 1.34-45s fala que Jesus fez muitos milagres e depois vem alguns casos particulares de mmlagres.

    - acrscimos da dados geogrficos e topogrficos: asim para Mt a mon-tanha tem um papel distinto que em Lc. Para Mt e^o lug^r das reve-laes (Mt 5*1; 15.22) empara Lc o lugar da orao a sos,( Lc 6.12; 9.28) Jersalem para Lc e o centro de sua exposio histrica da salvao;

    - aluso,ao cumppimeto das profecias do antigo Testamentos e uma carac-teristica de M^s Mt 1.22-ss"; 2