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1. ASSOCIAÇÃO ENTRE A PROPORÇÃO DOS GASTOS
PÚBLICOS EM SAÚDE E O IMPACTO E A EFICIÊNCIA DOS
GOVERNOS NA REDUÇÃO DA MORTALIDADE DE CRIANÇAS
EM PAÍSES POBRES
Leandro Pereira Garcia1,2, Jefferson Traebert1,2 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Medicina – UNISUL.
Objetivo: Analisar a associação entre a proporção de gastos públicos
destinados à saúde (PropGast) e o impacto e a eficiência dos governos na
redução da taxa de mortalidade neonatal (TxNeo) e de crianças entre 28 dias
e cinco anos (TxNeo_5a) em países pobres. Métodos: Estudo ecológico com
o seguinte percurso: 1) Coleta de dados e cálculo dos indicadores: TxNeo e
TxNeo_5a, gastos públicos (variável de tratamento) e 32 fatores externos
para 157 países. Os indicadores foram divididos em 4 períodos para controlar
a causação bidirecional; 2) Realizou-se imputação de dados faltantes de
fatores externos, utilizando dados de todos os países. As demais análises
utilizaram dados de países pobres; 3) Utilizou-se o generalized random
forest para determinar efeitos do tratamento sobre as taxas, controlando-se
pelos fatores externos; 4) Calcularam-se os impactos, multiplicando-se
efeitos e gastos públicos per capita; 5) Impactos foram utilizados como
outcomes e os gastos públicos em saúde e gastos públicos em outros setores,
como input, para o cálculo da eficiência, na análise envoltória de dados; 6)
Analisou-se a associação dos impactos e da eficiência com a PropGast.
Resultados: 69 países pobres tiveram impacto positivo e 4 foram eficientes
na redução da TxNeo. Com relação à TxNeo_5a foram 21 e 5,
respectivamente. A PropGast associou-se negativamente aos impactos e não
se associou às eficiências. Conclusão: Aumentos globais de recursos em
países pobres podem ser benéficos, principalmente para TxNeo. Maiores
PropGast associaram-se a um menor impacto na mortalidade,
provavelmente, por retirarem recursos áreas como a educação.
Palavras-chave: Mortalidade em crianças. Gastos governamentais. Gastos
em saúde.
1. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-HIPERALGÉSICA DO
EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE CASEARIA SYLVESTRIS SW.
EM UM MODELO ANIMAL DE ENDOMETRIOSE
Lia K. Volpato1, Thais Walber2, Déborah M. Costa2, Ana C. Heymanns1,
Leidiane Mazzardo-Martins3, Rachel F. Magnago4, Anna P. Piovezan1 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL);
2 Curso de Medicina – UNISUL; 3 Programa de Pós-Graduação em Neurociência – Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC); 4 Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) –
UNISUL.
Objetivo: Avaliar a atividade anti-hiperalgésica do extrato hidroalcoólico de
Casearia sylvestris Sw. (HCE-CS) em um modelo animal de endometriose.
Métodos: Dezesseis camundongos suíços fêmeas foram submetidos a
indução cirúrgica de endometriose peritoneal, conforme modelo
experimental previamente validado. Esses animais foram randomizados em
dois grupos com oito indivíduos cada grupo e, vinte e um dia após a cirurgia,
foram tratados com HCE-CS 30 mg/kg ou veículo via sonda gástrica. Um
terceiro grupo (Sham) foi constituído por oito camundongos suíços. Todos
os grupos foram submetidos ao teste de von Frey para avaliar os níveis de
resposta ao estímulo nociceptivo mecânico antes da cirurgia, antes do
tratamento e 30 min, 1h, 2h e 3h após a administração dos extratos ou
veículo. Resultados: Observou-se uma redução significativa da hiperalgesia
no grupo tratado com HCE-CS quando comparado ao grupo ENDO sem
tratamento, entre 30 minutos e 3h após a administração dos extratos. A maior
resposta foi observada no período de 1 hora após a administração do
medicamento. O efeito anti-hiperalgésico foi reproduzido no segundo dia de
tratamento. Conclusão: Os resultados deste estudo demonstram o potencial
anti-hiperalgésico do HCE-CS, justificando o interesse em realizar outros
estudos que avaliem o efeito direto dessa planta nas lesões de endometriose
e os mecanismos envolvidos no alívio da dor induzida pela endometriose.
Palavras-chave: Casearia sylvestris Sw. Endometriose. Anti-hiperalgésico.
2. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LARVICIDA DE SAIS
IMIDAZÓLICOS SOBRE Aedes albopictus (SKUSE, 1894) (DIPTERA:
CULICIDAE)
Douglas Zelinger Gonçalves1, Joice Guilherme de Oliveira2, Paula Fassicolo
Variza2, Henri Stephan Schrekker3, Onilda Santos da Silva4, Josiane
Somariva Prophiro1,2,5 1Curso de Ciências Biológicas – Universidade do Sul de Santa Catarina
(UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL; 3Instituto de Química – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS); 4Instituto de Ciências da Saúde – UFRGS; 5Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) – UNISUL.
Objetivo: O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a atividade larvicida dos sais
imidazólicos (SI) 1-n-hexadecil-3-metilimidazólio (C16MImMeS) e do
cloreto de 1-n-octadecil-3-metilimidazólio (C18MImCl) sobre Aedes
albopictus. Métodos: Larvas de Aedes albopictus de 3º instar final e/ou 4º
instar inicial foram expostas a 11 diferentes concentrações (variando de
0,5ppm a 10ppm) de C16MImMeS e C18MImCl. O bioensaio foi realizado
em triplicata, contendo 20 larvas em cada réplica e tendo como controle água
purificada. O bioensaio foi acondicionado à temperatura de 25°C com
umidade relativa de 80% (±10%), em câmara climatizada. A mortalidade
larval foi avaliada em 24 e 48 horas de exposição das larvas as soluções,
sendo consideradas mortas as larvas que não se mexiam quando tocadas. As
concentrações letais que ocasionaram 50% de mortalidade (CL50) foram
calculadas pelo programa Probit. Resultados: Os SI C16MImMeS e
C18MImCl apresentaram atividade larvicida para Aedes albopictus em 24 e
48h de exposição. Na menor concentração analisada (0,5ppm) de
C16MImMeS e C18MImCl a mortalidade foi de 6,6 e 23,3%, na maior
concentração (10ppm) a mortalidade foi de 85 e 100%, respectivamente. As
concentrações letais 50% (CL50) dos SI C16MImMeS e C18MImCl em 48h
de exposição foram 2,35ppm e 3,61ppm, respectivamente. Conclusão: Os
SI C16MImMeS e C18MImCl apresentam potencial larvicida contra Aedes
albopictus. Novos estudos são necessários e estão em andamento para
analisar outros parâmetros como atividade pupicida e ovicida, análise
comportamental, efeito residual e fatores de resistência.
Palavras-chave: Aedes albopictus. Sais imidazólicos. Larvicida.
3. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DIALÍTICA E
BIOMARCADORES APÓS PROTOCOLO DE FISIOTERAPIA EM
PACIENTES RENAIS CRÔNICOS DURANTE A HEMODIÁLISE
EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM SANTA CATARINA
Anelize Juriatti1, Guilherme Conte Moreira2, Bruna Becker da Silva1, Aline
Daiane Schlindwein1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Medicina – UNISUL.
Objetivo: Avaliar a eficiência dialítica e biomarcadores após um protocolo
de fisioterapia em pacientes renais crônicos durante a hemodiálise em um
hospital de referência no estado de Santa Catarina. Métodos: Estudo
transversal envolvendo 44 pacientes com diagnóstico de DRC. Os pacientes
foram alocados em grupo controle e grupo intervenção (6 semanas de sessões
de fisioterapia). Foram avaliados dados clínicos, sociodemográficos,
biomarcadores e valores de Kt/V. O estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UNISUL e do Hospital
Governador Celso Ramos sob CAAE 04701418.4.3001.5360. A análise dos
dados foi realizada no programa IBM SPSS Statistics® versão 18.0.
Resultados: O tempo médio de diagnóstico geral foi de 4,9 ±6,1 anos e
34,1% apresentaram como etiologia a hipertensão arterial sistêmica. Os
biomarcadores estatisticamente significativos entre os grupos foram taxa de
redução de ureia (p=0,046), leucócitos (p=0,08) e albumina (0,047). Quando
comparamos os quatro grupos, apenas a ureia pós (p=0,048) mostrou-se
estatisticamente significativa. O valor de Kt/V não se mostrou significativo.
Conclusão: Os resultados demonstram os efeitos benéficos do tratamento
fisioterapêutico, melhorando a circulação periférica e diminuindo o efeito
rebote de ureia.
Palavras-chave: Doença renal crônica. Biomarcadores. Eficiência dialítica.
4. AVALIAÇÃO DE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS
NA MICRORREGIÃO DE TUBARÃO - SC, 2014 A 2018
Lorival Joaquim Bernardo Júnior1, Ana Carolina Collares Feijó1, Guilherme
Possamai Lopes1, Janine Silva Laurentino1, Josiane Somariva Prophiro1,2,3 1Curso de Ciências Biológicas – Universidade do Sul de Santa Catarina
(UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL; 3Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) – UNISUL.
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi realizar uma análise epidemiológica
quantitativa dos acidentes ocorridos com animais peçonhentos da
microrregião de Tubarão, período de 2014 a 2018. Métodos: Trata-se de um
estudo epidemiológico com abordagem quantitativa dos casos ocorridos de
acidentes envolvendo animais peçonhentos decorridos na microrregião de
Tubarão, em Santa Catarina, englobando 19 municípios, no período de 2014
a 2018. Os dados foram obtidos através da consulta aos registros presentes
no banco de dados do SINAN - Sistema de Informação de Agravos de
Notificação, vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da
Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina. Resultados: No período
estudado, 1843 casos de acidentes com animais peçonhentos foram
notificados, os municípios de Tubarão, Orleans, Jaguaruna e Garopaba
foram os mais afetados. Ocorreram 987 acidentes com aranhas, 198
classificados como Ignorado/Branco, 185 notificados como Outros, 183
ocorreram com abelhas, 166 com serpentes, 63 com lagartas e 61 com
escorpiões. Predominantemente, homens foram mais afetados, de 20 a 34
anos, e maiores ocorrências na zona urbana, relacionando-se às atividades
econômicas da região. Há uma frequência maior de acidentes nos meses
quentes, com maior registro para os primeiros trimestres dos anos.
Conclusão: Os acidentes com seres humanos envolvendo animais
peçonhentos na microrregião de Tubarão, apresentaram prevalência em
indivíduos do sexo masculino, com idades entre 20 e 34 anos e em áreas
urbanas.
Palavras-chave: Epidemiologia de acidentes. Agravos de notificação.
Animais peçonhentos. Vigilância em Saúde.
5. AVALIAÇÃO DO IMPACTO DO TRATAMENTO COM
VITAMINA B6 SOBRE ALTERAÇÕES OXIDATIVAS EM ÓRGÃOS
PERIFÉRICOS EM MODELO ANIMAL DE SEPSE
POLIMICROBIANA SEVERA
Marcos Henrique Hübner¹, Lucineia Gainski Danielski¹, Larissa Joaquim¹,
Thaina Cidreira¹, Tais Denicol¹, Erica Biehl¹, Raquel Jaconi de Carli¹,
Gabriela Costa Bernades¹, Everton Lanzarin¹, Fabrícia Petronilho¹, Graciela
Zarbato¹ 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Verificar se a Vitamina B6 pode exercer um papel protetor ao
dano oxidativo em órgãos periféricos na sepse em ratos. Métodos: Induziu-
se a sepse intra-abdominal por ligação e perfuração cecal (CLP), em ratos
Wistar machos com 60 dias de vida, conforme protocolo CEUA
(15.012.4.03.IV). Como controle, utilizou-se animais sem ligação ou
perfuração cecal (Sham). Os grupos dividiram-se em: Sham+veículo,
Sham+VitB6, CLP+veículo e CLP+Vit B6. Administrou-se Vitamina B6
(600 mg/kg) ou solução salina por via subcutânea imediatamente após CLP.
Os animais sofreram morte indolor assistida com overdose de pentobarbital
24h após a cirurgia para retirada de amostras pulmonares e hepáticas para
análises de dano em lipídios, proteínas e atividade das enzimas antioxidantes
superóxido dismutase e catalase. Resultados: Verificou-se que a sepse
aumentou o dano em lipídios e proteínas no pulmão e fígado e que a
Vitamina B6 diminuiu danos somente no fígado. Para as enzimas
antioxidantes, a Vitamina B6 não foi efetiva no aumento da atividade destas.
Conclusão: Apresentou-se a ação inédita da Vitamina B6 na proteção do
estresse oxidativo hepático ocasionado pela sepse polimicrobiana severa em
ratos.
Palavras-chave: Tratamento. Vitamina B6. Sepse.
6. AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA AYAHUASCA NOS
PARÂMETROS COMPORTAMENTAIS DE RATOS SUBMETIDOS
AO MODELO DE NEUROINFLAMAÇÃO INDUZIDA POR LPS
Marina Goulart da Silva1, Guilherme Cabreira Daros2, Miriam Paes2, Rafael
Mariano de Bitencourt1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2 Curso de Medicina – UNISUL.
Objetivo: Avaliar a resposta comportamental da ayahuasca em ratos Wistar
submetidos à neuroinflamação através da aplicação intraperitoneal de
lipopolissacarídeo (LPS). Métodos: A indução da neuroinflamação se deu
através do protocolo de aplicação de LPS intraperitoneal, em ratos com cerca
de 90 dias, na dose de 0,63 mg/kg/ml. Oitenta animais foram divididos em
grupos controle e LPS, e posteriormente, cada grupo foi dividido em dois
subgrupos. O subgrupo prevenção teve administração de ayahuasca ou
solução salina, via gavagem, na dose de 4 ml/kg, uma hora antes da aplicação
intraperitoneal de LPS ou salina, e o subgrupo tratamento recebeu a mesma
dose da respectiva substância 24 horas após as aplicações intraperitoneais.
Foram avaliados os parâmetros comportamentais a partir do teste de campo
aberto (ansiedade), teste de memória de reconhecimento de objetos
(aprendizado e memória) e teste de nado forçado (depressão). Resultados:
Foi observada uma tendência na diminuição do comportamento tipo ansioso
de ratos LPS/AYA do subgrupo prevenção, bem como uma diminuição
significativa desse comportamento nos ratos do subgrupo tratamento. Não
foram encontradas diferenças relevantes no teste de memória. Na avaliação
do comportamento tipo depressivo dos animais, foram obtidos resultados
significativos no subgrupo prevenção, quando comparados os grupos
SAL/SAL, SAL/AYA e LPS/AYA ao grupo com modelo de doença, tal
como nos grupos SAL/SAL e LPS/AYA, ao serem comparados ao grupo
submetido à neuroinflamação. Conclusão: Foram observados o potencial
ansiolítico e antidepressivo da ayahuasca em modelo animal de
neuroinflamação, possivelmente devido aos efeitos antineuroinflamatórios
já relatados do composto.
Palavras-chave: Inflamação. Ayahuasca. Testes comportamentais.
7. ATIVAÇÃO IMUNE NEONATAL AUMENTA O RISCO DE
COMPORTAMENTO ESQUIZOFRÊNICO EM CAMUNDONGOS
ADULTOS
Karen Gessler¹, Letícia Ventura1, Viviane Freiberger1, Lilian L. Fausto1,
João Quevedo2, Jaqueline S Generoso2, Tatiana Barichello2, Clarissa M.
Comim1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2PPGCS – Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).
Objetivo: Avaliar o comportamento relacionado à esquizofrenia em animais
adultos submetidos à ativação imune neonatal. Métodos: Camundongos
C57BL/6 machos com dois/três dias de vida foram submetidos à
endotoxemia após uma injeção subcutânea de 25µg de lipopolisacarídeo
(LPS - O26:B6 E. coli; Sigma Chemical). Quando completaram 60 dias de
vida, foram submetidos a um modelo de esquizofrenia. O comportamento
relacionado à esquizofrenia foi induzido pela administração de cetamina (25,
50 ou 100 mg/kg). Os testes de atividade locomotora, comportamento
estereotipado e interações sociais foram realizados 30 min após a injeção de
cetamina. Após os testes comportamentais, os animais foram submetidos à
morte indolor assistida e o córtex pré-frontal, hipocampo e estriado foram
isolados para avaliar marcadores de estresse oxidativo. Resultados: Os
animais adultos que receberam cetamina dose de 50 mg/kg mostraram um
aumento na atividade locomotora; aumento das pontuações obtidas nos
movimentos estereotipados e a latência de contato foram também
significativamente mais elevadas em comparação com o grupo controle que
recebeu a mesma dose de cetamina. A dose de 50 mg/kg também
desencadeou um aumento na peroxidação lipídica no hipocampo e um
aumento da carbonilação de proteínas no córtex pré-frontal quando
comparado ao grupo controle que recebeu esta mesma dose. Conclusão: A
exposição à endotoxemia durante o período neonatal pode causar alterações
no desenvolvimento normal do encéfalo, aumentar os níveis de dano
oxidativo e desencadear comportamento semelhante à esquizofrenia na idade
adulta.
Palavras-chave: Ativação imune. Endotoxina. Esquizofrenia.
8. COINFECÇÃO PELO ADENOVÍRUS 36 EM PESSOAS VIVENDO
COM HIV E SUA REPERCUSSÃO NA LIPO-HIPERTROFIA E
OBESIDADE
Helena Caetano Gonçalves e Silva1,2, Thiago Mamôru Sakae3, Daisson José
Trevisol1,5, Jaime Fernandes1, Richard Sene1,4, Chaiana Marcon1,2, Fabiana
Schuelter-Trevisol1,5 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Enfermagem – UNISUL; 3Curso de Medicina – UNISUL; 4Curso de Educação Física – UNISUL; 5Centro de Pesquisas Clínicas (CPC) – Hospital Nossa Senhora da Conceição
(HNSC).
Objetivo: Verificar a associação entre a infecção viral por Adv36 e a
presença de lipo-hipertrofia e obesidade em indivíduos infectados pelo HIV.
Métodos: Trata-se de um estudo caso-controle aninhado a estudo transversal
que incluiu pessoas com HIV atendidos em um serviço especializado de
saúde pública na Região Sul de Santa Catarina. Os indivíduos foram
submetidos a entrevista, exames laboratoriais e antropometria para
determinação de lipodistrofia e sua classificação, perfil nutricional, dados
demográficos e clínicos. Em uma subamostra, foi realizado um estudo de
caso controle, foi coletado tecido adiposo para a investigação da presença do
Adv36. Resultados: Foram estudados 420 participantes na etapa transversal.
A média de idade foi de 43,8±11,7 anos e 57,4% eram homens. A prevalência
de lipodistrofia foi de 35,7%, sendo que 40,7% apresentavam lipoatrofia,
54,7% lipo-hipertrofia e 7% a forma mista. Na etapa de caso-controle, com
subamostra de 82 participantes com lipo-hipertrofia (casos) e eutróficos
(controles) e identificou-se a frequência de 11% de infecção pelo Adv36.
Houve associação estatisticamente significativa entre lipo-hipertrofia e
presença do Adv36 (p=0,005). Entre os indivíduos com e sem lipo-
hipertrofia, quando comparada a presença de Adv36, obteve-se uma razão
de chance de 5,08 (IC-1,65-15,64). Conclusão: Houve associação entre lipo-
hipertrofia e o sexo feminino, com parâmetros de obesidade aferidos,
circunferência de cintura e tempo de tratamento antirretroviral. Houve
tendência de associação entre lipo-hipertrofia e Adv36, e indivíduos
infectados pelo Adv36 tiveram menores níveis de glicemia.
Palavras-chave: Adenovírus humanos. Lipodistrofia. Síndrome da
imunodeficiência adquirida. Obesidade.
9. COMPROMETIMENTO NEUROCOGNITIVO EM
CAMUNDONGOS MDX
Barbara Lage¹, Karen Gessler¹, Paula Dias1, Leticia Ventura1, Viviane
Freiberger1, Clarissa M. Comim1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o envolvimento cognitivo, os
níveis de BDNF, os níveis de citocinas através dos níveis de TNF-α e IL-1β,
a atividade da mieloperoxidase (MPO) e a expressão da densidade pós-
sináptica de proteínas (PSD) -95 e sinaptofisina no cérebro de camundongos
mdx. Metódos: Para esse objetivo, foram utilizados camundongos mdx
adultos. Resultados: Observou-se que os ratos mdx apresentaram déficits
na memória de habituação, aversão e reconhecimento de objetos. Esses
animais também tiveram um comportamento semelhante à depressão e um
comportamento semelhante à ansiedade, uma diminuição dos níveis de
BDNF, um aumento nos níveis de TNF-α e IL-1β, um aumento da atividade
da MPO e uma superexpressão de sinafofisina e PSD-95 no tecido cerebral.
Conclusão: Em conclusão, esses dados mostram que os ratos mdx
possivelmente apresentam um componente neuroinflamatório e o
envolvimento de proteínas sinápticas associadas ao armazenamento da
memória e à restauração do comprometimento do processo, além de um
comportamento depressivo e semelhante ao da ansiedade.
Palavras-chave: BDNF. Cognição. Camundongos mdx.
10. CONTRIBUIÇÃO DA SEROTONINA NA HIPOTENSÃO EM
CHOQUE ENDOTOXÊMICO
Kiuanne Lino Lobo Metzker1,2, Giovana Hartmann Carioletti1, Fabricia
Petronilho2, Aurea Elizabeth Linder1
1Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); 2Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Investigar a contribuição da serotonina na pressão arterial e na
resposta pressórica durante o choque endotoxêmico. Métodos: O choque
endotoxêmico foi feito através da exposição de lipopolissacarídeo de
bactéria em Ratos Wistar machos (260-320g) por injeção intraperitoneal.
Neste protocolo os animais foram tratados com um antagonista de
serotonina, a ketanserina (5 mg/kg, intraperitoneal) ou com serotonina (2
mg/kg, intraperitoneal) ou veículo (1 ml/kg, intraperitoneal) e após 5 minutos
foram expostos a solução salina (1 ml/kg, intraperitoneal) ou
lipopolissacarídeo (10 mg/kg, intraperitoneal). Em 6 e 24 horas após o
tratamento o sangue é coletado para a avaliação do hemograma e da
concentração de óxido nítrico e em seguida é avaliado a pressão arterial
média como também a resposta pressórica a noradrenalina. Resultados: O
tratamento com ketanserina após exposição ao lipopolissacarídeo diminuiu
a concentração de óxido nítrico em 6 e 24 horas; aumentou a concentração
de plaquetas em 6 horas; aumentou a pressão arterial em 6 e 24 horas, mas
não alterou a resposta pressórica à noradrenalina. Já o tratamento com
serotonina diminuiu a resposta pressórica a noradrenalina em 6 horas.
Conclusão: Estes resultados sugerem que a serotonina pode estar envolvida
na hipotensão e na diminuição da resposta pressórica no choque
endotoxêmico.
Palavras-chave: Serotonina. Ketanserina. Pressão arterial.
11. CORRELAÇÃO ENTRE FUNÇÕES EXECUTIVAS E
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
EM ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR
Vanessa de Andrade Manoel1, Anna Paula Piovezan1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Buscou-se verificar a correlação entre Funções executivas e
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em estudantes do ensino
superior. Métodos: Realizou-se uma busca na literatura com os descritores
estudantes do ensino superior, Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade e Funções Executivas nas bases de dados da SciELO Brasil,
PubMed, Index Psi, Medline e Science Direct no período dos últimos cinco
anos. Resultados: Foram encontrados artigos com a correlação direta com
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade com Funções Executivas
tendo como público os pré-escolares e escolares. E estes trabalhos visam
assinalar disfuncionalidade nas funções executivas, verificar diferenças
quanto à afetação em meninos e meninas com TDAH, atividade física
funcional para amenizar sintomas de hiperatividade. A influência do
cromossomo X no TDAH e Funções Executivas. Quanto aos artigos com
viés para adultos no ensino superior foram encontrados dois artigos, sendo o
primeiro relacionado à disfuncionalidade do TDAH na vida adulta sem
correlação com as funções executivas, já o segundo artigo exibe a validação
de instrumento de avaliação neuropsicológica para estudantes universitários
entre 18 a 88 anos. A busca por esta correlação foi motivada pela
precariedade da literatura de estudos que apresentem correlações para o
público do ensino superior. O TDAH é uma doença do
neurodesenvolvimento que pode se estender à vida adulta e pode trazer
problemas de forma ampla e intensificada no âmbito social, familiar e
acadêmico quando não acompanhado de forma a se realizar um diagnóstico
clínico que seja preciso e um acompanhamento adequado. Conclusão:
Sendo assim, conclui-se que é preciso que os pesquisadores se motivem a
levantar hipóteses de pesquisa para o público jovem que se encontra no
ensino superior para que medidas de intervenção possam ser desenvolvidas
e até mesmo técnicas que já existem possam ser melhor exploradas como
uma avaliação psicológica que contemple em sua eficácia diagnóstica a
promoção de ações de mediação de regulação de adultos com TDAH e
disfuncionalidades executivas.
Palavras-chave: Funções executivas. Transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade. Ensino superior.
12. CRITÉRIOS RACIONAIS QUE ORIENTEM A PRESCRIÇÃO
FARMACÊUTICA DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE
PRESCRIÇÃO
Leonardo de Paula Martins1,2, Daisson José Trevisol1,3 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL);
2Centro Universitário Barriga Verde (UNIBAVE); 3Centro de Pesquisas Clínicas (CPC) – Hospital Nossa Senhora da
Conceição (HNSC).
Objetivo: Estabelecer e validar critérios racionais baseados em evidências
científicas que orientem a prescrição farmacêutica de MIPs. Métodos: A
pesquisa foi dividida em três etapas. Na primeira, foi realizado Grupo focal
para identificar quais medicamentos seriam utilizados para criação dos
critérios. Na segunda, foi realizada a revisão da literatura científica sobre os
medicamentos definidos na primeira etapa para selecionar informações que
pudessem subsidiar a criação dos critérios. Na terceira, foi realizada a
validação dos critérios por meio do Método Delphi. Resultados: Foram
selecionados cinco grupos de indicações terapêuticas e 15 medicamentos
pertencentes a estes grupos. Dos medicamentos selecionados, um não era
MIP e para dois não foram encontradas informações relevantes para
definição de critérios. A partir da revisão, 12 critérios foram criados e
validados por meio do método Delphi. Na validação, o menor grau de
relevância obtido para os critérios estabelecidos foi de 73% e o maior de
90%. Conclusão: Esta pesquisa permitiu criar e validar critérios racionais
para a prescrição dos medicamentos selecionados e estabelecer um método
que permitisse atingir esse objetivo. Espera-se que outros pesquisadores
usufruam do método desenvolvido para estabelecer novos critérios. A partir
de um conjunto maior de critérios, poderá, por exemplo, ser desenvolvido
um guia para consulta que possa auxiliar a prescrição farmacêutica e
promover o uso racional de medicamentos.
Palavras-chave: Medicamentos sem prescrição. Prescrições de
medicamentos. Uso de medicamentos.
13. DERMATOGLIFIA E RESISTÊNCIA ABDOMINAL DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO SEXO FEMININO
Leoberto Grigollo1, Adriano Alberti1, Karen Gessler1, Clarissa Martinelli
Comim1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: O objetivo deste estudo foi analisar a presença de marca
dermatoglífica característica da capacidade neuromotora de força e
resistência abdominal em crianças e adolescentes. Métodos: A amostra foi
composta por 1.002 indivíduos, crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos,
do sexo feminino, de escolas públicas e privadas da cidade de Joaçaba, Santa
Catarina, Brasil. O protocolo selecionado para análise das impressões
digitais foi o de dermatoglífia, proposto por Cummins e Midlo através do
Leitor Dermatoglífico®. O Manual do Projeto Esportes Esportivos -
PROESP 2015 foi utilizado para coletar dados sobre testes motores da força
muscular. Resultados: Os resultados mostraram a presença de uma marca
dermatoglífica característica da capacidade motora da força muscular
abdominal em pessoas do sexo feminino. Conclusão: Concluiu-se que a
presença de uma marca dermatoglífica característica da capacidade motora
da força muscular abdominal em pessoas do sexo feminino.
Palavras-chave: Dermatoglifia. Marcas dermatoglíficas. Força.
14. DERMATOGLIFIA NA IDENTIFICAÇÃO DE
PARÂMETROS ADEQUADOS E SOBREPESO EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
Adriano Alberti1, Karen Gessler1, Leoberto Ricardo Grigollo1, Rudy José
Nodari Junior2, Clarissa Martinelli Comim1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde – Universidade do
Oeste de Santa Catarina (UNOESC).
Objetivo: O presente estudo teve por objetivo identificar uma marca
dermatoglífica preditiva de crianças e adolescentes de 10 a 19 anos
portadores e não portadores de obesidade da região Meio-Oeste do estado de
Santa Catarina no sul do Brasil. Métodos: A amostra compreendeu crianças
e adolescentes com idade entre 10 e 19 anos, do sexo feminino e masculino,
da rede pública e privada de ensino do município de Joaçaba, Santa Catarina,
Brasil. Sendo composta por 2.172 indivíduos. Resultados: Os resultados
encontrados demonstram que na comparação das variáveis qualitativas, ou
seja, o tipo de figura observaram-se diferenças significativas entre os grupos,
visto que os grupos do sexo masculino apresentaram figuras preditivas no
dedos 2 da mão esquerda-anular MET2 e dedo 3 da mão esquerda-médio
MET3 apresentando a figura Presilha Ulnar (LU) para os adequados e a
figura Verticilo(W) para o grupo sobrepeso. Para o sexo feminino foi
observado diferenças significativas no dedo 3 da mão esquerda-médio MET3
apresentando a figura Presilha Radial (LR) no grupo não obeso e a figura
Arco (A) no grupo de sobrepeso. Conclusão: Concluiu-se que os resultados
obtidos inferem a presença de marcas preditivas de faixas de IMC para os
indivíduos obesos e não obesos.
Palavras-chave: Dermatoglifia. Obesidade. Criança. Adolescente.
15. DESFECHO DA SÍNDROME DE BOERHAAVE: RELATO DE
CASO
Rafaella Willig de Quadros1, Bruna Depieri Michels1, Daiana Gomes de
Sousa1, Pedro Miguel Goulart Longo1, Daniela Quedi Willig1, Marcelo João
Losso1
1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: O objetivo deste trabalho foi relatar o caso de um paciente
acometido pela Síndrome de Boerhaave. Métodos: As informações sobre o
caso foram obtidas por meio de revisão de prontuário eletrônico, registro
fotográfico dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e
revisão de literatura. Resultados: Paciente do sexo masculino, 43 anos,
apresentou vômitos incoercíveis após ingestão de bebida alcóolica, com
subsequente queda abrupta do estado geral, fraqueza e dispneia. Foram
solicitados exames de raio-x de tórax e tomografia computadorizada (TC),
que evidenciaram derrame pleural à esquerda. Após a drenagem torácica
observou-se que o líquido apresentava aspecto denso com coloração
acinzentada. Relacionando os achados clínicos, exames de imagem e a
drenagem torácica, diagnosticou-se perfuração esofágica. Conclusão:
Apesar da baixa prevalência da Síndrome de Boerhaave é importante que o
profissional tenha o raciocínio clínico e realize os diagnósticos diferenciais
na emergência, visando o desfecho favorável dessa patologia.
Palavras-chave: Esôfago. Ruptura espontânea. Derrame pleural.
16. DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE ANOMALIAS
CONGÊNITAS EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E
TENDÊNCIA NO PERÍODO 2010-2016
Bruna Muraro Vanassi1, Betine Pinto Moehlecke Iser2 1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL.
Objetivo: Avaliar a distribuição de casos de malformações congênitas no
estado de Santa Catarina segundo macrorregião de saúde, a mortalidade
relacionada e a tendência no período 2010-2016. Métodos: Estudo ecológico
que avaliou todos os casos de anomalias congênitas no estado de Santa
Catarina no período 2010-2016, com dados provenientes do Sistema de
Informações sobre Nascidos Vivos e Sistema de Informações sobre
Mortalidade. Foram investigados fatores como características da mãe,
duração da gestação, tipo de parto e dados do recém-nascido (peso ao nascer,
sexo, Apgar do 5º minuto, presença e tipo de anomalia congênita, óbito). A
análise de tendência foi realizada pela regressão linear simples, com nível de
significância de 5%. Resultados: A incidência média de anomalias
congênitas no período foi de 9,1 casos a cada 1000 nascidos vivos, maior na
macrorregião da Grande Florianópolis. As principais malformações foram as
osteomusculares, de quadril e de pés, com proporção ≥30%. Verificou-se
incidência maior nas crianças de baixo peso, prematuras e Apgar ≤7. A
mortalidade infantil por malformações congênitas foi de 2,6 óbitos/1000 NV,
representando cerca de 25% do total de óbitos infantis no período. A maioria
dos óbitos ocorreu no período neonatal. Conclusão: Houve estabilidade na
incidência e mortalidade de malformações congênitas em SC de 2010 a 2016.
Sugere-se que fatores ligados à ocorrência de anomalias do sistema
circulatório e geniturinário estão mais presentes na região da Grande
Florianópolis. Fatores ambientais para a ocorrência de fendas labial/palatina
e espinha bífida estão mais presentes no Vale/Foz do Itajaí.
Palavras-chave: Anomalias congênitas. Malformações congênitas.
Deformações estruturais.
17. EFEITO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA TRANSCRANIANA
NA ANSIEDADE AGUDA E DESEMPENHO COGNITIVO DE
ATLETAS
Rafael Vieira de Oliveira1, Daisson José Trevisol1, Paulo Fontes Neto2,
Fabiana Schuelter-Trevisol1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Hospital Psiquiátrico São Pedro.
Objetivo: Avaliar o efeito da estimulação elétrica transcraniana por corrente
contínua (ETCC) nos sintomas agudos de ansiedade e no desempenho
cognitivo de atletas quando aplicados por 7 dias. Métodos: Estudo
experimental, duplo-cego, randomizado, de 23 jogadores de futebol com
sintomas de ansiedade. Dois grupos: ETCC anódico ou ETCC sham. A
estimulação anódica foi realizada no córtex pré-frontal dorsolateral
(CPFDL) esquerdo e o cátodo posicionado no CPFDL direito, intensidade
atual de 2 mA, por 20 minutos em 7 dias consecutivos e depois no 14º dia.
A ansiedade foi avaliada pela escala e ansiedade de Hamilton e desempenho
cognitivo por meio do teste Strrop Cores e Palavras e Teste de Trilhas. Para
análise estatística, foram utilizados o teste t-student e o coeficiente de
correlação de Spearman. A significância estatística foi estabelecida em p
<0,05. Resultados: Não foram observadas diferenças significativas entre os
grupos na diminuição dos sintomas de ansiedade e na melhoria do
desempenho cognitivo usando um protocolo consecutivo de 7 dias.
Conclusão: Este estudo fornece evidências de que existe uma correlação
inversa entre ansiedade e controle inibitório. Não houve diferença na
aplicação do ETCC em comparação ao grupo controle em relação à melhora
dos sintomas ansiosos e controle inibitório nessa população específica
(atletas com sintomas de ansiedade principalmente leves) usando um
protocolo ETCC de sete dias.
Palavras-chave: Ansiedade. Estimulação elétrica transcraniana por corrente
contínua. Função executiva.
18. EFEITO DA STANIOCALCINA-1 SOBRE OS NÍVEIS DE
CITOCINAS E EXPRESSÃO DE UCP-2 EM CULTURA DE
MICRÓGLIA ESTIMULADA POR LIPOPOLISSACARÍDEO
Larissa Joaquim1, Sandra Bonfante1, Amanda Della Giustina1, Tais Luise
Denicol1, Thaina Cidreira1, Kiuanne Lino Lobo Metzker1, Silvia Terra2,
Vijayasree Giridharan3, Giselli Scaini3, Tatiana Barichello3, Fabricia
Petronilho1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas – Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); 3Universidade do Texas.
Objetivo: Avaliar o efeito da Staniocalcina-1 (STC-1) sobre os níveis de
citocinas e da expressão da proteína mitocondrial de desacoplamento (UCP-
2) em cultura de micróglia estimulada por Lipopolissacarídeo (LPS).
Métodos: As avaliações foram realizadas em cultura celular de micróglias
obtidas a partir de encéfalos de ratos Wistar com 1-3 dias. As micróglias
foram co-tratadas com LPS (E. coli serotype 055:B5; 1 μg/mL) e STC1rh
(500 ng/ml) por 24 horas. O sobrenadante foi coletado e preparado para
determinação de citocinas IL-1β, IL-2, IL-13, IL-18, IL-5, TNFα, IL-6, IL-
10 e IFNγ por kit imunoensaio fluorescente multiplex e expressão gênica de
UCP-2 por RT-PCR. Resultados: Comparado as células estimuladas apenas
com LPS, foi verificado uma diminuição dos níveis de IL-1β, IL-13, TNFα,
IL-6 e IFNγ quando tratadas com STC-1 rh e LPS. Para a expressão de UCP-
2, LPS diminuiu a expressão, mas o tratamento em conjunto com STC-1rh
não foi efetivo em reverter essa diminuição. Conclusão: Dados indicam que
a ativação microglial está envolvida na disfunção neuronal na sepse e os
fatores associados são a produção de citocinas e a disfunção mitocondrial,
verificamos portando que a STC-1 pode ser efetiva na diminuição de
marcadores neuroinflamatórios, mas não resultou na proteção contra o dano
a UCP-2.
Palavras-chave: Staniocalcina-1. Micróglia. Lipopolissacarídeo
19. EFEITO DO OLEO DE PEIXE SOBRE A RESPOSTA
INFLAMATORIA EM CULTURA CELULAR DE MICROGLIA
ESTIMULADA POR ENDOTOXINA
Tais Denicol1,2, Amanda Della Giustina2, Larissa Joaquim2, Raquel Jaconi
De Carli2, Erica Biehl2, Marcos Hubner2, Thaina Cidreira2, Tatiana
Barichello3, Fabrícia Petronilho2 1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL; 3Universidade do Texas.
Objetivo: Avaliar o efeito causado pelo óleo de peixe (OP) sobre os níveis
de citocinas em cultura de células microgliais estimuladas por
lipopolissacarideo (LPS). Métodos: Realizou-se em cultura celular de
micróglias obtidas a partir de encéfalos de ratos Wistar com 1-3 dias
conforme regulamentações éticas do Animal Welfare Committee Animal
Research da UTHealth, com parecer de aprovação (protocolo AWC-15-
0056). Após o plaqueamento, as culturas foram co-tratadas durante 24 horas
com LPS (Escherichia coli serotype 055:B5; 100 μg/mL) e Omegaven® 10%
(Fresenius Kabi Brasil; 100 μM)3. No sobrenadante avaliou-se a viabilidade
celular por teste de MTT e níveis de citocinas (IL-1α, IL-1β, IL-2, IL-5, IL-
6, IL-13, IL-18, TNF-α, IFN-γ, IL-4 e IL-10). A análise estatística dos dados
foi realizada no programa estatístico Graphpad Prism® versão 5.0.
Resultados: Ocorreu aumento da viabilidade celular com tratamento com
OP em micróglia estimulada por LPS. Nas citocinas IL-1α, IL-1β, IL-2 e IL-
6, verificamos que houve um aumento nos seus níveis quando as células
receberam somente LPS e quando receberam LPS e com o tratamento com
OP houve uma diminuição comparado às células que receberam apenas LPS.
Nesse sentido podemos verificar um efeito anti-inflamatório do tratamento
com OP. Conclusão: O tratamento com OP reduz o processo inflamatório in
vitro em cultura de micróglia exposta por LPS.
Palavras-chave: Neuroinflamação. Óleo de peixe. Imunomodulação.
20. EFEITO DO PRÉ-TRATAMENTO ORAL COM OMEGA-3
NAS CONCENTRAÇÕES IL-4 E MCP-1 EM UM MODELO ANIMAL
DE DOR PÓS-ISQUEMIA CRÔNICA
Paula F. Fernandes1, Taynah O. Galassi1, Afonso S. I. Salgado2, Daniel F.
Martins1, Franciane Bobinski1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL).
Objetivo: Verificar o efeito da suplementação com ω-3 nas concentrações
da IL-4 e de MCP- 1, na pele e músculo da pata de camundongos submetidos
ao modelo de Dor Pós-Isquemia Crônica (DPIC), que mimetiza a SDRC em
humanos. Métodos: Camundongos Swiss fêmeas, foram divididos em:
Salina/Sham; Veículo/DPIC; Salina/DPIC; ω -3/DPIC. Após 30 dias de
suplementação os animais foram submetidos ao modelo de DPIC. Os
camundongos foram anestesiados, posteriormente foi inserido um anel
elástico proximal à articulação do tornozelo da pata traseira direita do
animal, de modo a fazer um torniquete durante três horas, em seguida, o anel
elástico foi cortado permitindo a reperfusão da pata. Após 48h foram
coletadas amostras de pele e músculo da pata, para a realização do ELISA
para quantificação da IL-4 e da MCP-1. Resultados: A lesão aumenta
significativamente MCP 1 no músculo dos animais submetidos ao modelo
de DPIC (Salina/DPIC) quando comparados ao grupo Salina/Sham (P<0,05),
no entanto a suplementação com ω-3 (ω -3/DPIC) não alterou os níveis em
relação aos outros grupos submetidos à DPIC. O modelo de DPIC reduz a
concentração de IL-4 no músculo dos animais do grupo Salina/DPIC em
relação aos animais Salina/Sham (P<0,01). Por outro lado, o tratamento com
ω -3 (ω-3/DPIC) manteve essas concentrações elevadas quando comparados
ao grupo Salina/DPIC (P<0,01). Na pele não observamos diferença
estatística significativa entre os grupos. Conclusão: A suplementação com
ω-3 não alterou a concentração de MCP-1 entre os grupos submetidos ao
modelo de DPIC. Sugere-se que a suplementação preventiva de ω-3 tem
propriedades pró-resolutivas por aumentar IL-4 no músculo animais com
DPIC.
Palavras-chave: Ômega-3. Síndrome da dor regional complexa. Dor pós-
isquemia crônica.
21. EFEITOS DA ELETRÓLISE PERCUTÂNEA TERAPÊUTICA
(EPT) SOBRE A FUNÇÃO E DOR NO OMBRO EM PORTADORES
DA SÍNDROME DO IMPACTO SUBACROMIAL (SIS)
Aline Raulino Dutra1, Luiz Augusto Oliveira Belmonte1
¹Curso de Fisioterapia – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Avaliar os efeitos da EPT sobre a função e dor em portadores de
SIS. Métodos: Trata-se de um estudo analítico, observacional e longitudinal.
Onde foram selecionados 15 sujeitos da grande Florianópolis, de ambos os
sexos, com idade entre 18 e 65 anos, portadores de SIS com dor há pelo
menos 3 meses, escala visual análoga (EVA) acima de 4 durante elevação do
braço, teste de arco doloroso positivo durante abdução, teste positivo de
Hawkins-Kennedy e/ou sinal de Neer. Os participantes foram avaliados em
relação a testes clínicos para o ombro assim como uma avaliação funcional
e aplicação da EPT. Resultados: Foi constatado que após 5 intervenções de
EPT os sujeitos obtiveram efeitos positivos quanto a dor e retorno a função.
Realizando o teste t student observou-se redução significativa da dor 24
horas depois (p=0,0023), esse efeito foi mantido na avaliação 15 dias após a
intervenção. Conclusão: A EPT guiada por ultrassom se mostrou uma
alternativa efetiva em curto e médio prazo na diminuição da dor e melhora
da função em sujeitos com SIS.
Palavras-chave: Eletrólise. Tendinopatia. Ultrassonografia.
22. EFEITOS DA SEPSE EM ASPECTOS COMPORTAMENTAIS
E BIOQUÍMICOS EM MODELO ANIMAL DE DEPRESSÃO
INDUZIDO PELO ESTRESSE
Paula Dias1, Napoleão C. Silva2, Bruna P. Mendonça2, Gislaine Z. Réus2,
Karen Gessler1, Tatiana Barichello2, Felipe Dal-Pizzol2, João Quevedo2,
Clarissa Martinelli Comim1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2PPGCS – Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).
Objetivo: Avaliar o efeito da sepse nas alterações comportamentais e
bioquímicas no modelo animal de depressão induzido pelo estresse.
Métodos: Foram utilizados nestes estudo ratos Wistar machos adultos. Estes
foram submetidos a ligadura e perfuração cecal e, após 30 dias, foram
submetidos ao protocolo de estresse crônico leve (CMS). Os animais foram
submetidos aos estressores por 40 dias e os controles foram mantidos em
suas gaiolas durante os 40 dias de experimento, recebendo apenas cuidados
comuns com suportes diários de comida e água. O protocolo foi aplicado em
períodos distintos todos os dias, a fim de minimizar sua previsibilidade.
Vinte quatro horas após o último dia do protocolo a anedonia foi avaliada,
assim como, e os níveis de neurotrofinas e danos oxidativos também foram
avaliados no hipocampo. Resultados: Os resultados obtidos neste estudo
demonstraram que a sepse melhorou o comportamento depressivo avaliado
pelo teste de anedonia após o protocolo de estresse crônico leve e isso pode
estar relacionado a um aumento dos níveis de neurotrofinas e uma
diminuição na carbonilação de proteínas e peroxidação lipídica no
hipocampo. Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que uma
inflamação sistêmica anterior causada pela indução de sepse poderia
diminuir o comportamento depressivo a longo prazo e o dano oxidativo do
hipocampo associado ao aumento dos níveis de neurotrofinas induzidos pelo
protocolo de estresse crônico leve.
Palavras-chave: Sepse. Depressão. Estresse.
23. EFEITOS DO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL NO
SISTEMA NERVOSO CENTRAL APÓS EXPOSIÇÃO A
ENDOTOXINA NO PERÍODO NEONATAL
Francisco Spessatto1, Karen Gessler1, Paula Dias¹, Letícia Ventura1, Viviane
Freiberger1, Clarissa M. Comim1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Avaliar os efeitos do enriquecimento ambiental (EA) sobre o
sistema nervoso central após ativação imune neonatal. Métodos: Foram
utilizados camundongos C57BL/6 machos e fêmeas. Os animais foram
divididos em quatro grupos de dez animais cada: (1) PBS sem EA; (2) PBS
mais EA; (3) LPS sem EA e (4) LPS com EA. Aos dois dias de vida
receberam LPS ou PBS, aos 28 dias deu-se início ao protocolo de EA ou não
no caso dos animais controles. Os testes comportamentais foram realizados
aos 60 dias de vida e após os testes foram realizadas as análises bioquímicas.
Resultados: Este projeto encontra-se em desenvolvimento, sendo assim,
apresentam-se resultados prévios. Após o período de EA e a realização do
teste comportamental de habituação em campo aberto aos 60 dias de vida,
foi possível observar que os animais que receberam LPS aos dois dias de
vida e foram exposto ao protocolo de EA apresentaram melhor desempenho
no teste comportamental, quando comparados ao grupo que recebeu LPS,
mas que não foi exposto ao protocolo de EA. Este resultado vem ao encontro
de outros estudos que demonstram que animais expostos a um ambiente
enriquecido apresentam melhora em aspectos cognitivos como memória e
aprendizado. Conclusão: Os resultados encontrados até o presente momento
demonstram que, mesmo perante a exposição ao LPS, o EA ambiental
possibilitou melhora no teste comportamental de habituação a campo aberto.
Demonstrou-se que o EA pode ser uma alternativa promissora na redução ou
prevenção de alterações nos processos de memória e aprendizagem.
Palavras-chave: Ativação imune neonatal. LPS. Enriquecimento ambiental.
24. ENVOLVIMENTO DA VIA ANXA1/FPR2 NA ANTI-
HIPERALGESIA PRODUZIDA PELA NATAÇÃO EM UM
MODELO NÃO CLÍNICO DE DOR PÓS-OPERATÓRIA
Daniela Dero Lüdtke1,2, Júlia Koerich Ferreira2, Paula Franson Fernandes1,
Taynah de Oliveira Galassi1, Daniel Fernandes Martins1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Fisioterapia – UNISUL.
Objetivo: Investigar o envolvimento da via AnxA1/FPR2 no efeito
antihiperalgésico da natação de alta intensidade em um modelo animal de
dor pós-operatória. Métodos: Estudo experimental não clínico, aprovado
pela CEUA-UNISUL (18.034.2.07.IV), no qual camundongos Swiss machos
foram submetidos ao modelo de dor pós-operatória (incisão plantar) e
homogeneamente distribuídos em três grupos: controle, natação contínua e
natação intervalada (N = 8). O protocolo de natação consistiu em um período
de adaptação (4 dias) e outro de exercício propriamente dito (5 dias), cuja
duração foi de 30 minutos (contínuo ou intervalado – 1:1). A hiperalgesia
mecânica foi avaliada utilizando monofilamento de von Frey (0,6g) aplicado
na pata posterior direita, antes e após a cirurgia (por até 5 dias). Para
investigar o envolvimento espinal e periférico do FPR2, novos grupos de
animais foram submetidos aos mesmos procedimentos anteriores e,
previamente a natação, administrado WRW4 (antagonista para FPR2, 10
µg/sítio) ou salina, no primeiro e no quarto dia de natação. Após 15 min, os
animais foram submetidos a natação e, em seguida, avaliados (hiperalgesia
mecânica). Resultados: Ambos os protocolos de natação induziram efeito
antihiperalgésico em todos os dias avaliados, sendo que, o pré-tratamento
dos animais com WRW4, preveniu o efeito anti-hiperalgésico da natação.
Conclusão: A natação de alta intensidade induziu efeito antihiperalgésico,
sendo este mais duradouro para a natação intervalada. Além disso, pode-se
observar que este efeito é mediado, pelo menos em parte, pela ativação da
via AnxA1/FPR2.
Palavras-chave: Dor inflamatória. Natação. Anexina. Anti-hiperalgesia.
25. ENVOLVIMENTO DO INFLAMASSOMA NLRP3 NA
ATIVAÇÃO MICROGLIAL NA SEPSE EXPERIMENTAL
Lucineia Gainski Danielski1, Sandra Bonfante1, Larissa Joaquim1, Erica
Biehl1, Thaynan Vieira1, Vijayasree Giridharan2, Giseli Scaini2, Felipe Dal-
Pizzol3, Tatiana Barichello2, Fabricia Petronilho1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Universidade do Texas; 3PPGCS – Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).
Objetivo: Determinar o envolvimento do inflamassoma NLRP3 na ativação
microglial durante a sepse experimental. Métodos: Ratos Wistar (250-350g)
submetidos ao modelo de sepse por ligação e perfuração cecal (CLP),
animais sham, como controle. Experimento 1 com os seguintes grupos
(n=12): sham + salina, CLP + salina, CLP + MCC950 (inibidor de NLRP3)
1,4 ng/kg, CLP+MCC950 14 ng/kg e CLP+MCC950 140 ng/kg, via icv.
Vinte e quatro horas após o córtex pré-frontal e hipocampo foram isolados e
dosadas as seguintes citocinas: IL-1β, TNF-α, IL-6 e IL-10 por ELISA.
Experimento 2 (n=10): sham+salina, sham+MCC950 140 ng/kg,
CLP+salina, CLP+MCC950 140 ng/kg. Decorridas 24 horas o encéfalo total
foi fixado em formol a 10% para posterior imunoistoquímica de NLRP3,
GFAP e IBA-1. Resultados: A sepse eleva os níveis de citocinas no encéfalo
de ratos. A inibição do inflamassoma NLRP3 na maior dose, evita a elevação
de IL-1β e IL-10 no córtex pré-frontal, e de IL-1β, TNF-α, IL-6 e IL-10 no
hipocampo. A sepse causa elevação dos níveis do receptor NLRP3 no córtex
pré-frontal e hipocampo. A presença de NLRP3 causa ativação da micróglia
no córtex pré-frontal e hipocampo, mas não de astrócitos. Conclusão: Há o
envolvimento do inflamassoma NLRP3 na ativação microglial durante a
sepse experimental.
Palavras-chave: Inflamassoma. NLRP3. Sepse.
26. ENVOLVIMENTO DO INFLAMASSOMA NLRP3 NO
COMPORTAMENTO RELACIONADO Á ESQUIZOFRENIA EM
ANIMAIS JOVENS EXPOSTOS A ATIVAÇÃO IMUNE MATERNA
Letícia Ventura1, Viviane Freiberger1, Vinicius Beckhauser Thiesen1,
Clarissa M. Comim1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Avaliar o envolvimento do inflamassoma NLRP3 no
comportamento semelhante à esquizofrenia em animais jovens expostos à
ativação imune materna. Métodos: Os animais foram acasalados por 24
horas e posteriormente foi verificada a presença ou ausência de tampão
vaginal. No 15º dia de gestação, os animais receberam injeção de LPS para
o grupo experimental e PBS para o controle de indução do modelo AIM. O
dia de nascimento dos animais foi definido como P0, e aos 7 e 14 dias pós-
natal, foram submetidos à MIA e dissecação cerebral para análise bioquímica
da expressão de NLRP3 e dos níveis de IL-1β, e os animais com 45 dias
foram submetidos aos testes de atividade locomotora, interação social e
movimentos estereotipados e subsequente análise bioquímica dos mesmos
parâmetros. Número do protocolo 18.002.4.01.IV. Resultados: Animais
com 45 dias de idade apresentaram comportamento do tipo esquizofrênico
nas variáveis locomoção, número de cruzamentos, interação social através
do aumento do número de latência e do tempo total de contato e aumento do
número de movimentos estereotipados. Na análise bioquímica, os resultados
foram expressão aumentada de ativação do complexo inflamatório e dos
níveis de IL-1β nos dias 7, 14 e 45 de vida. Conclusão: Os dados observados
neste estudo mostram que a ação está condicionada ao comportamento
esquizofrênico com parâmetros bioquímicos e comportamentais alterados.
Palavras-chave: Ativação imune materna. Inflamassoma NLRP3.
Esquizofrenia.
27. ENVOLVIMENTO DOS RECEPTORES ENDOTELINA-B DO
QUERATINÓCITO NA ANALGESIA OPIOIDE PERIFÉRICA
INDUZIDA POR FOTOBIOMODULAÇÃO POR DIODO EMISSOR
DE LUZ EM CAMUNDONGOS MACHOS E FÊMEAS
Bruna Hoffmann de Oliveira1, Rafaela Hardt da Silva2, Verônica Vargas
Horewicz1, Daiana Cristina Salm1, Afonso S. I. Salgado3, Francisco José
Cidral-Filho1, Anna Paula Piovezan1, Daniel F. Martins1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Naturologia – UNISUL; 3Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL).
Objetivo: Avaliar o efeito de duas diferentes irradiâncias do LEDT (3,5 e 90
mW / cm2) - com comprimento de onda de 630nm e dose de 2 J / cm2 - na
hiperalgesia mecânica após a injeção intraplantar (i.pl.) de adjuvante
completo de Freund (CFA) em camundongos. Além disso, o papel dos
receptores opioides periféricos e endotelina-B (R-ETB) e a diferença entre
os sexos foram investigados. Métodos: Diferentes grupos de camundongos
machos ou fêmeas foram avaliados 6 e 96hs após CFA. A hiperalgesia
mecânica foi avaliada 30 minutos após os tratamentos. A administração de
Naloxona ou Bq-788, quinze minutos antes do LEDT ou Sarafotoxina S6c,
ajudou a determinar o envolvimento de opioides periféricos e R-ETB no
LEDT. Por fim, o imunoconteúdo da pele de R-ETB em ambos os sexos foi
quantificado após tratamentos diários e consecutivos de LEDT. Resultados:
LEDT com uma irradiância de 90mW/cm2, é mais efetiva que 3,5mW/cm2.
A administração de Bq-788 e Naloxona preveniu os efeitos de LEDT e
SRTX S6c; no entanto, o LEDT não influenciou o imunoconteúdo periférico
de R-ETB. Conclusão: Os resultados sugerem que a irradiância influência o
efeito do LEDT; e que os efeitos do LEDT parecem não depender do sexo.
Dessa forma, sugerimos uma via analgésica endógena do LEDT que, ao
atingir os queratinócitos, promove a liberação de ET-1 que ativa o R-ETB
liberando os opioides periféricos. O esclarecimento dessa via facilita a
compreensão dos efeitos do LEDT em ambos os sexos e suporta seu uso
clínico.
Palavras-chave: Nocicepção. Inflamação. Terapia fotônica.
28. ENVOLVIMENTO TARDIO DO CÉREBRO APÓS
EXPOSIÇÃO A ENDOTOXINA NO PERÍODO NEONATAL
Marcela Souza Oliveira1, Paula Dias1, Viviane Freiberger1, Letícia Ventura1,
Daiane Bragagnolo1, Matheus L. Dutra1, Verônica V. Horewicz1, Clarissa M.
Comim1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Avaliar o comprometimento da memória visuo-espacial, os níveis
de TNF-α e IL-1β e a expressão das proteínas Tau e GSK-3β em hipocampo
e córtex de animais expostos a endotoxemia neonatal. Métodos:
Camundongos C57BL / 6 com dois dias de vida receberam uma única dose
de lipopolissacarídeo subcutâneo (LPS). Aos 60,120 e 180 dias de idade, a
memória visual-espacial foi avaliada através do Labirinto Aquático de
Morris e o hipocampo e o córtex foram dissecados para avaliar os níveis de
citocinas através do Kit Elisa e a expressão das proteínas tau e GSK-3β
através do uso de Western Blot. Resultados: Os animais expostos ao LPS
no período neonatal apresentam prejuízo na memória visuo-espacial aos 120
e 180 dias de idade. Foi observado um aumento dos níveis de TNF-α e IL-
1β no hipocampo e córtex apenas aos 60 dias de idade. Houve tambem
aumento da expressão de GSK-3β no hipocampo dos animais aos 60, 120 e
180 dias de idade. No córtex, ocorreu esse aumento nos 120 e 180 dias de
idade. A expressão da proteína Tau foi elevada no hipocampo e no córtex
aos 120 dias de idade e no hipocampo aos 180 dias de idade. Conclusão: Os
dados observados neste estudo mostram que a ativação imune neonatal pode
estar associada ao comprometimento da memória visuo-espacial, há um
aumento de citocinas e da expressão das proteínas GSK-3β e Tau a longo
prazo. Essas evidências podem fundamentar estudos futuros sobre a relação
entre neuroinflamação neonatal e processos neurodegenerativos de longa
duração.
Palavras-chave: Endotoxemia. Sistema nervoso central. Memória.
29. ESTUDO PRÉ-CLÍNICO DO ENVOLVIMENTO
NEUROINFLAMATÓRIO NA DISTROFIA MUSCULAR DE
DUCHENNE
Matheus L. Dutra1, Karen Gessler1, Paula Dias1, Leticia Ventura1, Viviane
Freiberger1, Clarissa M. Comim1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o comprometimento cognitivo,
os níveis de citocinas TNF-α e IL-1β, atividade da mieloperoxidase (MPO)
e a expressão da densidade pós-sináptica de proteínas 95 (PSD-95) e
sinaptofisina no cérebro de camundongos mdx. Métodos: Neste estudo foi
utilizado camundongos mdx (linhagem com mutação espontânea que
impede a expressão da isoforma mais longa da proteína distrofinas) e
selvagens (C57BL/6), machos, com 60 dias de vida. Os níveis de TNF-α e
IL-1β foram avaliados através do ensaio imuoenzimático (ELISA). Como
um índice da quantidade de neutrófilos na infiltração foi medido a atividade
da mieloperoxidase. Para avaliação da sinaptofisina e PSD-95 foi utilizada a
técnica de Western Blotting. Os dados de análises bioquímicas e
moleculares foram expressos como médias ± DP e analisados pelo teste t de
Student pareado. Resultados: Estes animais apresentaram aumento nos
níveis de TNF-α e IL-1β, aumento da ativação de mieloperoxidase, da
expressão da sinaptofisina e pós-sináptica de proteínas 95 no tecido cerebral.
Conclusão: Concluiu-se com esse estudo demonstrou aumento nos níveis
nos níveis de atividade de TNF-α e IL-1β e MPO no tecido cerebral. Essas
alterações podem estar envolvidas no mecanismo responsável pelo aumento
da expressão da sinaptofisina e do PSD-95 e, assim, interferir nas conexões
sinápticas.
Palavras-chave: Distrofia muscular de duchenne. Inflamação. Camundongo
mdx.
30. EXERCÍCIO FÍSICO PRÉVIO A SÍNDROME DA DOR
REGIONAL COMPLEXA TIPO I EM MODELO ANIMAL
Juliete Palandi1, Fernanda Fátima da Silveira2, Daniel Fernandes Martins2,
Marcelo Farina1, Franciane Bobinski2 1 Programa de Pós-Graduação em Neurociências (PPGN) – Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC); 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do exercício
físico prévio sobre sinais e mediadores do processo inflamatório decorrentes
da SDRC. Métodos: Camundongos Swiss machos adultos foram submetidos
a um protocolo de exercício físico intervalado em intensidade moderada e
alta por 3 semanas. No final deste protocolo, os animais foram submetidos
ao procedimento de isquemia da pata seguido de reperfusão. No primeiro
experimento, durante duas semanas, os animais foram submetidos a
avaliações de nocicepção mecânica e térmica, edema e temperatura da pata.
No segundo experimento, os animais foram sacrificados 48 horas após a
indução da SDRC e foram coletadas amostras de soro, pele e músculo da
pata e medula espinhal lombar para análise bioquímica. Resultados: O
exercício físico prévio não impediu o aumento da resposta nociceptiva
mecânica, bem como o aumento da concentração de citocinas TNF-alfa na
pele da pata. A indução de SDRC-I não alterou a nocicepção térmica, edema
e temperatura da pata, bem como os níveis de TNF-alfa no músculo, soro e
medula espinhal, IL-4 e MCP-1 na medula espinhal. Conclusão: Esses
achados não demonstram efeitos protetores significativos do exercício físico
prévio sobre os sinais e mediadores do processo inflamatório após a SDRC.
Palavras-chave: Exercício físico. Dor. Inflamação.
31. FATORES DE RISCO PARA A SOROCONVERSÃO DE
CRIANÇAS EXPOSTAS AO HIV POR VIA VERTICAL NO ESTADO
DE SANTA CATARINA, 2007-2017
Ilda Vaica Armando Cunga1, Fabiana Schuelter-Trevisol1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Este estudo pretendeu estimar casos de soroconversão da criança
exposta ao HIV por transmissão materna e verificar os fatores de risco
associados no período de 2007-2017. Métodos: Foi realizado um estudo
epidemiológico de delineamento de coorte histórica com análise dos dados
secundários referentes à ficha de notificação e acompanhamento da gestante
infectada e criança exposta ao HIV a partir do nascimento em Santa Catarina,
no período entre 1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2017. Foram
identificadas 5.554 gestantes infectadas pelo HIV com média de idade de
26,7 ± 6,5 anos, predomínio da raça branca, baixa escolaridade e que
receberam o diagnóstico para o HIV até o 2º trimestre gestacional.
Resultados: Foram incluídas 4.559 fichas de crianças expostas ao HIV, das
quais 130 casos de soroconversão foram confirmados, com taxa de 2,9%. O
uso de antirretroviral durante a gestação (OR=9,31 IC95%5,97-14,52;
p<0,001) e aleitamento materno (OR=3,10 IC95% 1,34-7,20; p=0,008)
foram fatores de risco independentes para a soroconversão. Na região Norte
do Estado, Vale do Itajaí e na Grande Florianópolis foi observado maior
número de casos de gestantes e neonatos infectados pelo HIV, contudo a
Região Sul do Estado apresentou taxa elevada de soroconversão.
Conclusão: Conclui-se que, esses dados demonstram lacunas na assistência
pré-natal, quanto a adesão ao tratamento e acompanhamento de mães
infectadas pelo HIV, resultando em casos novos de HIV entre crianças, que
poderiam ser evitadas.
Palavras-chave: HIV. Síndrome de imunodeficiência adquirida.
Soroconversão. Transmissão vertical de doença infecciosa. Fatores de risco.
32. IMPLANTAÇÃO DO CONTROLE INTERNO DE
QUALIDADE NO SETOR DE BIOQUÍMICA: APLICAÇÃO DO
GRÁFICO DE LEVEY JENNINGS E DAS REGRAS MÚLTIPLAS DE
WESTGARD
Josilandia da Silva Souza Castagnel1, Lucinéia Gainski Danielski2 1Curso de Farmácia – Centro Universitário Barriga Verde (UNIBAVE); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL.
Objetivo: Implantar o controle interno de qualidade no setor de bioquímica
em um laboratório de análises clínicas, utilizando o gráfico de Levey
Jennings e as Regras Múltiplas de Westgard. Métodos: Pesquisa de natureza
descritiva e exploratória, com abordagem quali-quantitativa. Resultados:
Houve elaboração de um procedimento operacional padrão com a descrição
de todo o processo. Ainda foram elaborados gráficos de Levey Jennings e
selecionadas e aplicadas as regras de Westgard. A utilização do gráfico
permitiu a melhor visualização das corridas analíticas passo a passo, e a
aplicação das regras de Westgard tornou o processo mais profissional e
racional, principalmente no que tange a tomada de decisão. Ainda foi
possível identificar precocemente as tendências e os erros que poderiam
ocorrer, e com o uso desta técnica padronizada foi possível evitá-los,
melhorando a segurança para o paciente. Conclusão: O trabalho revelou que
a implantação deste programa foi válida, uma vez que permitiu ao analista
clínico maior controle dos processos internos no setor de bioquímica.
Palavras-chave: Controle interno de qualidade. Gráfico de Levey Jennings.
Regras múltiplas de Westgard.
33. INCIDÊNCIA DA TOXOPLASMOSE CONGÊNITA EM UM
HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO SUL DO BRASIL E FATORES
ASSOCIADOS
Patrícia Emanuella Ramos Marzola1, Aline Daiane Schlindwein1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Determinar a incidência da toxoplasmose congênita em um
hospital de referência no sul do Brasil e os fatores associados à infecção.
Métodos: Estudo longitudinal retrospectivo e prospectivo em que avaliar-
se-ão lactentes encaminhados ao ambulatório de Infectologia do Hospital
Infantil Joana de Gusmão, com diagnóstico suspeito, provável ou
confirmado de toxoplasmose congênita, no período janeiro de 2014 a
outubro de 2019. Os participantes serão avaliados desde o período
gestacional até no máximo um ano de vida, sendo este período condicionado
ao desfecho apresentado. Coletar-se-ão informações referentes a dados
sociodemográficos, antecedentes pré-natais, condições relacionadas ao
nascimento, exames diagnósticos e manifestações clínicas da toxoplasmose
congênita. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com
Seres Humanos da UNISUL, sob CAAE 23860719.8.0000.5369, e aguarda
apreciação ética. Subsequentemente será submetido ao Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos do Hospital Infantil Joana de Gusmão.
Resultados: Espera-se determinar a incidência da toxoplasmose congênita e
os fatores pré-natais associados à toxoplasmose congênita. Conclusão: Será
estimada a incidência da toxoplasmose congênita em um hospital de
referência no atendimento à infecção no Sistema Único de Saúde da
macrorregião de saúde de Florianópolis e serão verificados os fatores
associados à parasitose.
Palavras-chave: Toxoplasmose congênita. Retinocoroiditite. Lactentes.
34. INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL NA QUALIDADE
DE VIDA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM FIBROSE
CÍSTICA ATENDIDOS NO HOSPITAL INFANTIL JOANA DE
GUSMÃO - SANTA CATARINA
Bruna Becker da Silva1, Eleuza Paulina Juliatto2, Monica Ribeiro de
Moraes3, Monique Ferreira Garcia4, Norberto Ludwig-Neto4, Aline Daiane
Schlindwein1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Nutrição – UNISUL; 3Curso de Medicina – UNISUL; 4Hospital Infantil Joana de Gusmão.
Objetivo: Avaliar a influência do estado nutricional na qualidade de vida
(QV) de crianças e adolescentes com fibrose cística atendidos no Hospital
Infantil Joana de Gusmão- Sa nta Catarina. Métodos: Estudo transversal que
analisou pacientes com idade entre 2 a 14 anos, com diagnóstico confirmado
de FC, atendidos no período de maio a setembro de 2019. Os dados foram
coletados através do questionário de QV Cystic Fibrosis Questionnaire
(CFQ) que utilizou as versões (6-11/12-13/≥14 anos) e do questionário de
QV Pediatric Quality of Life Inventory (PedsQL) que utilizou as versões (2
a 4/5 a 7 anos). Coletaram-se dados antropométricos (classificados em
percentil ≥50 ou percentil <50). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa com Seres Humanos da UNISUL e do HIJG sob CAAE
00189418.6.0000.5369. A análise dos dados foi realizada no programa IBM
SPSS Statistics® versão 18.0. Resultados: Ao avaliarmos a QV em relação
ao IMC percentil das crianças entre 2 a 5 anos não se observou diferença
estatística. As crianças entre 6 a 11 anos que estavam no percentil <50
obtiveram a menor pontuação no domínio alimentação (p=0,011). Todos os
adolescentes com ≥12 anos encontravam-se no percentil <50, portanto,
descreveu-se apenas os domínios do CFQ. Conclusão: Na QV de crianças
entre 6 a 11 anos houve diferença significativa apenas no domínio
alimentação entre o grupo percentil <50. Entretanto, é importante
conhecermos a QV dessa população, pois esta facilita o entendimento dos
benefícios e do impacto do tratamento, melhorando não só o estado
nutricional, mas a QV.
Palavras-chave: Fibrose cística. Qualidade de vida. Estado nutricional.
35. INSTRUMENTO
S QUE MEDEM AS EXPECTATIVAS DAS GESTANTES EM
RELAÇÃO AO PARTO E AO NASCIMENTO: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
Gabriela Moreno Marques¹, Diego Zapelini do Nascimento¹, Daisson José
Trevisol¹, Betine Pinto Moehlecke Iser¹ 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Identificar sistematicamente estudos que avaliem as expectativas
de gestantes utilizando instrumentos validados que meçam este fenômeno.
Métodos: Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados Medline/
PubMed, SciELO, Google Scholar, CAPES e LILACS em publicações
nacionais e internacionais, desde a primeira indexação até dezembro de
2018, utilizando palavras associadas às expectativas durante a gravidez. Esta
revisão incluiu estudos observacionais que apresentaram instrumentos para
medir as expectativas das gestantes; estudos observacionais que descrevem
o desenvolvimento do instrumento ou testam as propriedades psicométricas
de um instrumento. Os estudos foram avaliados independentemente quanto
à inclusão, extração de dados e riscos potenciais de viés. Como todos os
desenhos do estudo foram observacionais, o MOOSE foi utilizado para
avaliar a qualidade dos dados. Os critérios de qualidade do Terwee foram
usados para avaliação da qualidade dos instrumentos. Resultados: Trinta e
dois estudos foram incluídos nesta revisão. O objetivo dos instrumentos
identificados foi mensurar expectativas, experiências, satisfação, qualidade
do apego e atitudes no parto, englobando vários aspectos do processo de
gravidez e parto. A maioria dos estudos mediu as expectativas apenas
relacionando-as ao medo e à dor durante o parto. Conclusão: Os resultados
desta revisão sistemática indicaram que atualmente não existem
instrumentos que medem as expectativas das gestantes sobre o parto além
daqueles que se concentram no medo e na dor. Essa lacuna indica a
necessidade de desenvolver um instrumento específico para avaliar e medir
esse fenômeno de forma abrangente.
Palavras-chave: Gestantes. Expectativas na gravidez. Revisão sistemática.
36. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ENTRE
PSICOFÁRMACOS UTILIZADOS POR PESSOAS COM
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Diego Zapelini do Nascimento1, Gabriela Moreno Marques1, Fabiana
Schuelter-Trevisol1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Analisar as interações entre psicofármacos prescritos para
pacientes atendidos em um serviço especializado em saúde mental para
dependentes químicos entre 2010 a 2018 localizado no Sul do Brasil.
Métodos: Estudo transversal com coleta de dados em banco secundário.
Foram incluídos e revisados os prontuários dos participantes com os
psicofármacos em uso com idade igual ou maior que 18 anos com qualquer
tipo de dependência química. As interações foram analisadas em três bases
de dados: Medscape, Drug Interactions Checker e Micromedex. Os dados
coletados foram inseridos no software EpiData, versão 3.1 e a análise
estatística foi realizada utilizando o software SPSS v.21.0. Resultados: Dos
2.322 pacientes acolhidos, foram incluídos 1.020 participantes. Foram
encontrados 779 (76,4%) participantes com interações entre psicofármacos,
os quais apresentaram 2.292 (100%) interações, sendo 136 (6,0%) de risco
clínico menor, 537 (23,4%) moderado, e 1.619 (70,6%) de risco clínico
maior para o paciente, totalizando 172 combinações incompatíveis entre dois
psicofármacos. De todas estas, 128 interações eram farmacocinéticas e 44
farmacodinâmicas. Do total de participantes, 515 (50,5%) eram dependentes
de álcool e 310 (30,4%) dependentes de nicotina, sendo que 238 (46,2%)
eram dependentes de ambas as drogas. Foram encontradas 1.099 interações
entre psicofármacos e álcool e 160 interações entre psicofármacos e nicotina.
Houve associação entre idade avançada e dependência de álcool (p<0,001).
Conclusão: O elevado número de interações medicamentosas entre
psicofármacos representa sério problema de saúde pública. O tratamento
psicofarmacológico precisa ser abordado de maneira segura para o indivíduo.
Palavras-chave: Interações medicamentosas. Efeitos colaterais
relacionados às drogas e reações adversas. Farmacovigilância.
37. INTERVALO INTERGESTACIONAL E DESFECHOS
DESFAVORÁVEIS PARA A GESTANTE E O RECÉM-NASCIDO
Rafaela Rodolfo Tomazzoni1, Marcelo Dexheimer1, Daniela Willig1 1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Identificar os fatores relacionados ao intervalo intergestacional
que influenciam na gestação, neonato e no processo do aleitamento materno.
Métodos: Estudo observacional transversal realizado no Hospital Nossa
Senhora da Conceição em Tubarão/SC no período de maio e junho de 2019.
Resultados: O estudo foi composto por 206 puérperas multíparas e seus
respectivos recém-nascidos vivos. O intervalo inferior a dois anos esteve
presente em 24,3% das puérperas. A mediana do intervalo intergestacional
foi de 50 meses. Apenas 28,6% receberam orientação médica sobre
anticoncepção. 49,5% das participantes deixaram de amamentar exclusivo
antes dos seis meses na gestação anterior, e apenas 33,2% amamentaram até
dois anos ou mais. Houve associação entre idade materna e intervalo
intergestacional (p=0,000). Trabalho de parto prematuro apresentou
associação com intervalo acima de 2 anos (p=0,039). Intervalos curtos
apresentaram menor número de consultas pré-natal (p=0,020). Conclusão:
Intervalos curtos foram associados a menor idade materna e longos, com
maior idade, entretanto não houve associação entre intervalo e tempo de
aleitamento materno ou idade e tempo de aleitamento materno. Contudo, foi
averiguado altas taxas de desmame precoce independentemente da idade
materna e intervalo intergestacional.
Palavras-chave: Paridade. Aleitamento materno. Planejamento familiar.
38. MODAFINIL MELHORA PARÂMETROS
COMPORTAMENTAIS E NEUROQUÍMICOS EM RATOS
SUBMETIDOS A SEPSE POLIMICROBIANA
Erica Biehl1, Leandro Garbossa1, Thaina Cidreira1, Larissa Joaquim1, Sandra
Bonfante1, Amanda Della-Giustina1, Tais Luise Denicol1, Kiuanne Lino
Lobo Metzker1, Mariana Goldim1, Raquel Jaconi De Carli1, Fabricia
Petronilho1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: O modafinil (MD) é uma droga psicoativa prescrita para
distúrbios do sono e que tem demonstrado melhora da função cognitiva e
executiva, sendo utilizado como tratamento adjuvante de diversos distúrbios
neuropsiquiátricos. Objetivou-se mensurar seus efeitos sob parâmetros
comportamentais e neuroquímicos em ratos submetidos ao modelo de
ligação e perfuração cecal (CLP). Métodos: Ratos Wistar machos (250-
350g) foram submetidos ao modelo de sepse por CLP. Os animais foram
divididos em SHAM + água, SHAM + MD (300 mg/kg), CLP + água e CLP
+ MD (300 mg/kg). Dez dias após administração de MD e realização do
CLP, foi realizado o teste comportamental da Evitação Passiva e,
posteriormente, a retirada do córtex pré-frontal e hipocampo para dosagens
bioquímicas (Nitrito/Nitrato (N/N), Catalase (CAT), Substâncias Reativas ao
Ácido Tiobarbitúrico (TBARS), Mieloperoxidase (MPO) e Fator
Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF)). Resultados: Foi observado
efeito do MD em diminuir a produção de N/N e MPO após a sepse no córtex
pré-frontal, diminuição dos níveis de TBARS e proteínas carboniladas e
aumento da CAT no hipocampo. Quanto ao nível de BDNF houve um
aumento no hipocampo. No teste comportamental de Evitação Passiva
notou-se aumento do tempo de latência nos grupos SHAM + água e CLP +
MD. Conclusão: MD atenuou parâmetros de estresse oxidativo nos animais
submetidos ao modelo de CLP assim como melhorou o dano em memória
10 dias após indução de sepse.
Palavras-chave: Sepse. Memória. Modafinil.
39. MORTALIDADE POR CÂNCER DE ESÔFAGO NO BRASIL:
ESTUDO GLOBAL BURDEN OF DISEASE
Betine Pinto Moehlecke Iser¹, Igor Pereira Bertoncini Silva², Max Moura de
Oliveira3, Renato Teixeira3, Deborah Carvalho Malta3 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL);
2Curso de Medicina – UNISUL; 3Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não
Transmissíveis. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi estimar as taxas de mortalidade por
câncer de esôfago no Brasil e unidades federativas do Brasil, e avaliar a
tendência no período de 1990 a 2017. Métodos: Estudo ecológico, de série
temporal, que utilizou dados de mortalidade por câncer de esôfago, para a
população brasileira de 30 anos e mais de idade, no período de 1990-2017,
ajustados pelo estudo Global Burden of Disease (GBD). A variação
percentual média anual e intervalos de confiança de 95% foram calculados
para mortalidade, por regressão de Jointpoint. Resultados: A taxa de
mortalidade padronizada em homens foi de 20,6 em 1990 e de 17,6/100,000
em 2017, com aumento com a idade, sendo de 62,4 (1990) e 54,7 (2017) para
≥70 anos. Em mulheres, a taxa de mortalidade padronizada foi de 5,9 em
1990 e 4,2/100,000 em 2017. Houve tendência de redução das taxas de
mortalidade em todas as faixas etárias em ambos sexos, além de grande
variação entre os estados. Conclusão: Apesar das elevadas taxas de
mortalidade por câncer de esôfago no Brasil, a tendência foi de redução,
entretanto apresentou variação nos estados. A mortalidade foi quase quatro
vezes superior nos homens.
Palavras-chave: Neoplasias esofágicas. Registros de mortalidade.
Distribuição temporal.
40. MORTALIDADE POR CÂNCER DE PRÓSTATA NO BRASIL
DE 1990-2017: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E TENDÊNCIAS
Daniel Albrecht Iser1, Guilherme Ranzi Cobalchini2, Max Moura de
Oliveira3, Betine Pinto Moehlecke Iser1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL);
2Curso de Medicina – UNISUL; 3Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não
Transmissíveis. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde.
Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por câncer de próstata na
população brasileira com quarenta anos ou mais. Métodos: Estudo ecológico
de série temporal das taxas de mortalidade por neoplasia de próstata para
homens de quarenta anos ou mais, a partir de dados corrigidos do Global
Burden of Disease (GBD) 2017. As taxas de mortalidade foram calculadas
por faixa etária, para unidades federativas e Brasil, no período de 1990 a
2017, sendo expressas por 100 mil habitantes. A mortalidade geral foi
padronizada, pelo método direto, pela população padrão mundial. Foram
consideradas mudanças nos indicadores socioeconômicos no período do
estudo, com base em dados censitários. A variação percentual anual média
(AAPC) foi calculada para identificar tendências de mortalidade no Brasil,
por meio da regressão linear usando o Programa de Regressão de Joinpoint.
Resultados: A taxa padronizada de mortalidade por câncer de próstata no
Brasil passou de 65,15 em 1990 para 67,79 óbitos a cada 100 mil homens ≥
40 anos em 2017, com tendência estável no período, sendo verificado
aumento a partir dos 70 anos de idade. A Bahia apresentou o maior
incremento na mortalidade no período (1,8 pontos percentuais(pp)/ano),
seguido do Amapá e Pará (ambos com 1,2 pp/ano). Verificou-se decréscimo
na mortalidade por câncer de próstata para os Estados do Ceará, Piauí,
Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo. Conclusão: No Brasil as taxas de
mortalidade padronizada mostram uma tendência estável de 1990 a 2017,
com tendência crescente a partir dos setenta anos de idade.
Palavras-chave: Neoplasias da próstata. Registros de mortalidade.
Distribuição temporal. Tendências.
41. O CONHECIMENTO SOBRE O TRATAMENTO
FARMACOTERAPÊUTICO DO IDOSO POR CUIDADORES E
PACIENTES
Francielly da Silva Barreto1, Letícia Machado Costa1, Fabiana Schuelter-
Trevisol2, Alessandra de Sá Soares2 1Curso de Farmácia – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL);
2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL.
Objetivo: Identificar o conhecimento do idoso e de seu cuidador quanto ao
tratamento farmacoterapêutico. Métodos: A amostra foi calculada em 114
indivíduos pesquisados entre pacientes idosos e cuidadores de pacientes. Foi
pesquisado o conhecimento sobre os medicamentos domiciliares e os
medicamentos utilizados no hospital. Foi considerado conhecimento pleno
quando o paciente/cuidador respondeu: Nome do medicamento, indicação e
posologia; Conhecimento intermediário quando o paciente/cuidador
respondeu: Nome do medicamento e/ou posologia e/ou indicação; e não
conhecimento quando o paciente/cuidador não soube dar nenhuma
informação referente aos medicamentos utilizados. Resultados: O uso de
medicamentos foi dividido entre medicamentos de uso domiciliar e
medicamentos utilizados na instituição hospitalar, sendo que o conhecimento
sobre os medicamentos hospitalares foi nulo. Quanto ao uso domiciliar dos
medicamentos, o conhecimento pleno não foi identificado em nenhuma
entrevista, o conhecimento intermediário foi identificado em 64 (56,1%)
entrevistas e o não conhecimento em 50 (43,9%) entrevistas. Conclusão: A
falta de conhecimento do tratamento medicamentoso do paciente pode levar
a problemas e desfechos desfavoráveis, pois a adesão ao tratamento é um
fator importante ao controle efetivo das doenças sejam elas agudam ou
crônicas.
Palavras-chave: Cuidadores. Idosos. Medicamento.
42. O SUICÍDIO EM INDÍGENAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA:
REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
Pablo Michel Barcelos Pereira1, Sandra Regina de Barros de Souza2,
Willians Ferreira Portela3, Etaddaus Roberto Felix3, Rafael Mariano de
Bitencourt1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Escola Superior de Criciúma (ESUCRI); 3Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI).
Objetivo: O objetivo deste artigo foi apresentar dados sobre a prevalência e
os fatores associados ao suicídio em indígenas da região amazônica
brasileira. Métodos: Através de uma revisão narrativa da literatura realizada
nas bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo (Scientific Electronic Library
Online) e Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePsic).
Resultados: Os resultados mostraram que a prevalência do suicídio entre
indígenas residentes na Amazônia brasileira é de aproximadamente quatro
vezes o da população em área urbana, e atinge principalmente homens
jovens, de pouca escolaridade, e que utilizam bebidas alcoólicas. Também
se observou que o local escolhido com maior frequência para a prática do
suicídio é a própria residência ou lugares e arvores próximas à mesma. A
ausência de pesquisas sobre a temática foi uma limitação deste estudo.
Conclusão: Sugere-se a realização de investigações sociais in locu nas
aldeias como meio de obter maior compreensão sobre o fenômeno suicídio
em indígenas.
Palavras-chave: Indígenas. Suicídio. Amazônia.
43. O TREINAMENTO DE KARATÊ MELHORA OS NÍVEIS DE
DEPRESSÃO, AUTOESTIMA E QUALIDADE DE VIDA EM
ADOLESCENTES COM SOBREPESO E OBESIDADE: UM ENSAIO
CLÍNICO RANDOMIZADO
Fabricio de Souza1, Márcia Mendonça Marcos de Souza2, Felipe Nunes
Lanzendorf3, Gisele Santinoni Ferreira4, Fabiana Schuelter-Trevisol1,
Daisson José Trevisol1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Centro Universitário Leonardo Da Vinci; 3Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC); 4Psicóloga.
Objetivo: Avaliar os efeitos da intervenção com golpes de karatê em relação
às medidas de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), autoestima e
depressão de adolescentes com sobrepeso e obesidade. Métodos: Ensaio
clínico randomizado com avaliação cegada em adolescentes com sobrepeso
e obesidade do município de Tubarão (SC) entre março e setembro 2018.
Intervenção nutricional e psicológica uma vez por semana com duração de
uma hora cada, durante 12 semanas em ambos os grupos, sendo o grupo
intervenção acrescido de três sessões de karatê por semana, com duração de
uma hora, por 12 semanas. A QVRS foi avaliada pelo instrumento
KIDSCREEN-52. A depressão foi avaliada pela escala CES-D (Center for
Epidemiologic Studies Depression Scale). A autoestima foi avaliada pela
escala de autoestima de Rosenberg. Foram realizadas avaliações para
identificação de eventos adversos, além de dados clínicos,
sociodemográficos e antropométricos. Resultados: Noventa adolescentes
foram selecionados e 70 foram randomizados, sendo que 42 concluíram o
seguimento. Após o período de intervenção o grupo tratamento apresentou
menor escore de depressão e maior escore de autoestima em comparação ao
grupo controle. Em relação à QVRS o grupo tratamento apresentou maior
escore na avaliação da atividade física e saúde em comparação ao grupo
controle. Não houve eventos adversos importantes derivados das
intervenções. Conclusão: O estudo concluiu que a intervenção com golpes
de karatê se mostrou efetiva em relação às medidas de autoestima, depressão
e no parâmetro relacionado à atividade física e saúde da avaliação de QVRS
de adolescentes com sobrepeso e obesidade.
Palavras-chave: Arte marcial. Atividade física. Saúde do adolescente.
44. OS DESAFIOS E A REALIDADE NO TRATAMENTO COM
NUSINERSEN PARA A ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL (AME):
UMA REVISÃO DA LITERATURA
Alessandra de Sá Soares1, Diego Zapelini do Nascimento2, Daisson José
Trevisol1, Fabiana Schuelter-Trevisol1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).
Objetivo: Identificar pesquisas realizadas que possam evidenciar a eficácia
e o uso seguro no tratamento com nusinersen (Spinraza®) nos casos
diagnosticados de Atrofia Muscular Espinhal. Métodos: Foi realizada
revisão de literatura de análise crítica nas bases bibliográficas eletrônicas
PubMed/MEDLINE, Scientific Electronic Library Online (SciELO),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e
Science Direct, com o descritor “spinal muscular atrophy nusinersen” e seu
correspondente em língua portuguesa entre a mais antiga indexação online
até abril de 2019. Resultados: Do total de 137 estudos encontrados, oito
foram incluídos neste trabalho. Do total, cinco são ensaios clínicos e três
estudos longitudinais de coorte prospectiva. Houve 751 participantes
recrutados na totalidade dos estudos encontrados, sendo que cinco estudos
eram exclusivamente com pacientes com Atrofia Muscular Espinhal tipo I.
Conclusão: As evidências mostram melhora da função motora, com poucos
efeitos adversos, indicando que o nusinersen apresenta efetividade para
pacientes com Atrofia Muscular Espinhal. Contudo, a aquisição e a
administração do medicamento são um grande desafio na prática clínica
devido ao seu alto custo e necessidade de uso intratecal.
Palavras-chave: Atrofia muscular espinal. Nusinersen. Relevância do
tratamento.
45. PADRONIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM MODELO
EXPERIMENTAL PARA ESTUDO DA ENDOMETRIOSE
Anna Paula Piovezan1, Déborah Martins Costa2, Lia Karina Volpato1, Thais
Walber2, Ana Carolina Heymanns3, Leidiane Mazzardo Martins4
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Medicina – UNISUL; 3Curso de Educação Física – UNISUL; 4Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Objetivo: Endometriose é uma doença crônica caracterizada por dor pélvica
agonizante e baixa fertilidade, ocasionada por tecido endometrial secretor
presente em outros locais da cavidade abdominal, afetando principalmente
mulheres de meia-idade. O objetivo do estudo foi padronizar e validar um
modelo animal para o estudo da endometriose. Métodos: Para isso foram
utilizados quatro camundongos Swiss fêmeas doadores de fragmentos de
cornos uterinos e 16 receptores, cujo tecido foi implantado no peritônio
pélvico parietal, recebendo antibiótico profilático pós-cirúrgico e estradiol
oral por 21 dias a fim de estimular e manter o crescimento dos implantes. No
grupo sham foi implantado, semelhantemente, gorduras pré-peritoneais dos
doadores, não recebendo o estradiol. Para avaliação comportamental do
modelo, os animais foram submetidos a testes de Von-Frey, os quais
indicaram a efetividade do método. Já para a comprovação da indução, após
a morte indolor assistida dos camundongos, amostras dos implantes
peritoneais foram coletadas, emblocadas em parafina, seccionadas com
micrótomo e coradas com hematoxilina e eosina. Resultados: A avaliação
microscópica até o momento revela a presença de glândulas endometriais nas
lâminas analisadas do grupo veículo, receptor de fragmentos do corno
uterino, e ausência de tecido glandular endometrial nas lâminas analisadas
do grupo Sham. Avaliação quantitativa posterior se seguirá, mensurando o
número de glândulas presentes por campo de cada lâmina. Conclusão:
Conclui-se, portanto, que após o transplante de tecido endometrial houve
manutenção do tecido glandular dos cornos uterinos, indicados pela
hiperalgesia obtida no Von Frey e confirmados na avaliação histológica.
Palavras-chave: Endometriose. Genito-urinário. Histologia.
46. PARÂMETROS RELACIONADOS À DEPRESSÃO EM
ANIMAIS ADULTOS SUBMETIDOS À ENDOTOXINA EM
PERÍODO NEONATAL
Guilherme Biesek1, Viviane Freiberger1, Letícia Ventura1, Karen Gessler1,
Simone Helena Schelder Marzzani¹, Clarissa Martinelli Comim1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Avaliar parâmetros relacionados à depressão em camundongos
adultos submetidos à endotoxina no período neonatal. Métodos: Animais
C57BL/6 com dois dias de vida foram expostos ao lipopolissacarídeo (LPS)
- única administração subcutânea de 25 µg/kg de LPS ou tampão fosfato
salina (PBS) e aos 46 dias de vida, receberam PBS ou Imipramina uma vez
por dia, durante 14 dias. Ao completarem 60 dias de vida, foram avaliados o
consumo de sacarose; o tempo de imobilidade; o peso ponderal dos animais,
da glândula adrenal e do hipocampo; os níveis plasmáticos de
corticoesterona e os níveis de fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF)
em tecido hipocampal. Resultados: Pode-se observar que os animais
expostos ao LPS no período neonatal e avaliados na vida adulta apresentaram
uma diminuição do consumo de sacarose; um aumento do tempo de
imobilidade; uma redução do peso ponderal e do hipocampo; um aumento
do peso da glândula adrenal e um aumento dos níveis plasmáticos de
corticoesterona. Dentre os parâmetros avaliados, somente o peso do
hipocampo não foi revertido com o uso do antidepressivo. Quanto aos níveis
hipocampais de BDNF, não foi observada diferença significativa entre os
grupos. Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que a ativação
imune no período neonato pode estar associada à depressão na vida adulta.
Em conjunto, os resultados deste estudo sugerem que a endotoxemia em
períodos precoces da vida podem aumentar a vulnerabilidade ao
desenvolvimento da depressão a longo prazo.
Palavras-chave: Depressão. Endotoxina. Ativação imune.
47. PARÂMETROS RELACIONADOS À DEPRESSÃO EM
CAMUNDONGOS ADULTOS SUBMETIDOS À MALÁRIA
CEREBRAL NO PERÍODO INFANTIL
Viviane Freiberger1, Letícia Ventura1, Clarissa Comim1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Avaliar parâmetros relacionados à depressão em camundongos
adultos submetidos à malária cerebral (MC) no período infantil. Métodos:
Animais C57BL/6 aos 18 dias de idade foram infectados com Plasmodium
Berghei ANKA. Após seis dias de infecção, esses animais foram tratados com
cloroquina por sete dias e aos 46 dias de vida receberam PBS ou imipramina
por 14 dias. Aos 60 dias de vida, foi avaliado consumo de sacarose, tempo
da imobilidade, peso corporal, volume da glândula adrenal e hipocampo,
níveis plasmáticos de corticoesterona e hipocampais de BDNF e IL-1β. Este
projeto foi submetido à Comissão de Ética em Uso Animal da UNISUL, de
acordo com o registro 18.001.4.01.IV e só foi executado após a sua
aprovação. Resultados: Observa-se que os animais expostos a MC no
período infantil e avaliados na vida adulta apresentaram aumento do tempo
de imobilidade; um aumento no volume da glândula adrenal; aumento dos
níveis plasmáticos de corticoesterona; uma redução no volume do
hipocampo; uma diminuição nos níveis de BDNF no hipocampo e um
aumento nos níveis de IL-1 no hipocampo. Entre os parâmetros avaliados,
apenas os níveis de IL-1β não foram revertidos com o uso de antidepressivos.
O peso dos animais e o teste de preferência pela sacarose também foram
avaliados, porém não apresentaram diferença significativa entre os grupos.
Conclusão: Estes resultados sugerem que a ativação imune no período
infantil pode estar associada a parâmetros relacionados à depressão na vida
adulta.
Palavras-chave: Malária cerebral. Neurodesenvolvimento. Depressão.
48. PERFIL DE MEDICAMENTOS E POLIFARMÁCIA EM
PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER EM ESTRATÉGIAS
DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Gustavo Arruda Alves1, Nathalia Freitas Batista1, Brenno Faustino Farias1,
Miriam Rosa Paes1, Ângela Bittencourt Cardoso1, Maricelma Simiano Jung1 1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Descrever o perfil medicamentoso e a presença de polifarmácia
em pacientes com Doença de Alzheimer registrados em seis Estratégias de
Saúde da Família no município de Tubarão-SC. Métodos: Tratou-se de um
estudo observacional transversal com análise documental de prontuários dos
pacientes com DA registrados em 06 Estratégias de Saúde da Família de
Tubarão. Considerou-se a divisão medicamentosa por fármacos pertencentes
ou não à Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) de
2018 e a Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). Resultados: Foram
avaliados os prontuários de 58 pacientes. 50% dos pacientes apresentavam a
idade entre 81-90 anos. O sexo feminino foi o mais prevalente com
74,10%.240 medicamentos incluídos pertenciam à RENAME e ao ATC. As
drogas do Sistema Nervoso foram 44,16% e o Cloridrato de Donepezila foi
a droga mais usada com 10%. Por outro lado,65 drogas não eram
classificadas na RENAME e no ATC, dessas, o Bromidrato de Citalopram e
o Cloridrato de Memantina foram as mais frequentes com 21,53% cada.
Sobre a divisão do uso de medicamentos diários, 51,71% dos pacientes
praticavam a polifarmácia. Conclusão: As mulheres apresentam maior
expectativa de vida e maior prevalência de DA. Houve a maior ocorrência
do uso de drogas do Sistema Nervoso, segundo o RENAME e o ATC.O uso
de antidepressivos condiz com os sintomas psiquiátricos comuns na DA.
Mais de 50% dos pacientes eram praticantes de polifarmácia.
Palavras-chave: Doença de alzheimer. Demência. Farmacologia.
49. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR
INTERCORRÊNCIAS OBSTÉTRICAS NO ESTADO DE SANTA
CATARINA
Andressa Linzmeyer1, Flávio Ricardo Liberali Magajewski1 1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Descrição do perfil e tendência temporal das internações por
intercorrências obstétricas (IO) em Santa Catarina de 2009 a 2018. Métodos:
Estudo ecológico, com análise de séries temporais, através de regressão
linear simples e força da correlação tempo-evento por Spearman. Tendo
como fonte SIH. Resultados: Das 1.283.368 internações de mulheres
analisadas, 286.043 tiveram como causa intercorrência obstétrica. A taxa
média de IO foi de 53,3/100 partos. Mulheres entre 45 e 49 anos (TxIO
155,51%; p<0,36), raça/cor negra (TxIO 55,42%; p<0,007) e residentes no
Planalto Norte (TxIO 65,59%; p<0,004) apresentaram maior risco. Houve
tendência de crescimento das taxas de IO, que acompanhou o aumento da
idade das gestantes, tendo incremento médio anual de 3,2% (Spearman>0,7;
Beta=0,809; p<0,016), justificados pelo aumento de gestações de alto risco
e associação com comorbidades. As principais causas de internação foram a
assistência prestada à mãe por motivos ligados ao feto e à cavidade amniótica
(TxIO 15,50%), e as complicações durante trabalho de parto e parto (TxIO
12,01%), demonstrando paridade com o perfil encontrados em outros
estados. Das internações que demandaram cuidados intensivos, o edema,
proteinúria e transtornos hipertensivos na gravidez foram preponderantes.
Dentre os óbitos, as complicações durante trabalho de parto e parto foram as
mais expressivas (27,35%). Conclusão: Os resultados demonstraram que as
IOs foram frequentes e apresentaram tendência de aumento, indicando uma
população materna de alto risco para morbimortalidade obstétrica.
Palavras-chave: Internações obstétricas. Gravidez. Complicações na
gravidez.
50. QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
COM DIABETES MELLITUS TIPO I ATENDIDOS EM UMA
ASSOCIAÇÃO NO SUL DE SANTA CATARINA
Victoria Joana Augusto Leoni1, Nathan Valeriano Guimarães1, Iris Ayumi
Okabayashi1, Aline Marcuzzo1, Betine Pinto Moehlecke Iser2 1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL.
Objetivo: O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune,
poligênica, decorrente de destruição das células β pancreáticas, ocasionando
deficiência completa na produção de insulina. A terapêutica do DM1 inclui
uso de insulina, alimentação e atividade física, além de orientação dos
pacientes e suas famílias. Este estudo objetivou avaliar a qualidade de vida
de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1), seu perfil
clínico e epidemiológico. Métodos: Estudo transversal, que incluiu crianças
e adolescentes com idade entre 2 e 18 anos, que frequentam a Associação
dos Diabéticos Infanto Juvenis de Tubarão – SC (ADIJT). Além de dados
sociodemográficos e de caracterização da doença e seu controle, foi utilizado
o Questionário de Qualidade de Vida Pediátrico PedsQL 3.0 - Módulo
Diabetes Mellitus. Resultados: Participaram do estudo 30 crianças e
adolescentes, sendo a média de idade de 12,6 anos (DP±3,7 anos); 56,7%
eram do sexo feminino, 70% com diagnóstico entre 5 e 7 anos de idade,e
96,6% frequentavam a ADIJT há menos de 5 anos. A minoria dos pacientes
apresentou um bom controle de hemoglobina glicada (23,3%). Verificou-se
uma correlação forte e significativa entre os pacientes e seus responsáveis
nos escores de qualidade de vida segundo sintomas (R2=0,701), barreiras no
tratamento (R2=0,759) e preocupações (R2=0,811), e uma diferença
significativa para o domínio comunicação na comparação das crianças de 5
a 7 anos com as de 8 a 12 anos(p=0,042). Conclusão: Um grande percentual
de pacientes com DM1 apresentou controle inadequado da doença, apesar da
adequada autoavaliação de qualidade de vida.
Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 1. Qualidade de vida. Saúde da
criança.
51. QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
SOB TRATAMENTO HEMODIALÍTICO ATENDIDOS EM UM
HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM SANTA CATARINA
Eleuza Paulina Juliatto1, Anelize Juriatti2, Aline Daiane Schlindwein2 1Curso de Nutrição – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL.
Objetivo: Aferir a qualidade de vida de pacientes adultos portadores de
Doença Renal Crônica (DRC) sob tratamento hemodialítico na unidade renal
do Hospital Governador Celso Ramos - Santa Catarina. Métodos: Estudo
transversal envolvendo 44 pacientes com diagnóstico de DRC submetidos à
hemodiálise. Para avaliação da qualidade de vida, foi utilizado o instrumento
Kidney Disease Quality of Life- Short Form (KDQOL-SF). A análise dos
dados foi realizada no programa IBM SPSS Statistics® versão 18.0.
Resultados: Evidenciamos que 72,7% dos pacientes são do sexo masculino,
com média de idade de 52,4±11,2 anos e etiologia por hipertensão arterial
sistêmica em 34,1% dos casos. Os pacientes avaliados apresentaram baixa
qualidade de vida (QV) nos componentes função física, função emocional,
energia/fadiga, saúde geral, sobrecarga da doença renal, sono e papel
profissional. Conclusão: A DRC e o tratamento através da hemodiálise
influenciam negativamente na QV dos pacientes tornando necessário
implantar ações que visem aprimorar a mesma. Avaliar a QV dos pacientes
com DRC é de suma importância para que programas de intervenção, como
atividade física, sejam desenvolvidos com indivíduos em programa de
hemodiálise, para otimização da mesma.
Palavras-chave: Qualidade de vida. Doença renal crônica. Hemodiálise.
52. SATISFAÇÃO SEXUAL, SINTOMAS CLIMATÉRICOS E
DESEJO REPRODUTIVO DE MULHERES ENTRE 35 E 45 ANOS
Nathan Valeriano Guimaraes1, Gustavo Felipe Koch1, Paula Cechella
Philippi1, Victoria Joana Augusto Leoni1, Camila dos Reis Corá1, Dyulie de
Araujo1, Daniela Ferreira Dagostini Marin2, Betine Pinto Moehlecke Iser2
1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL.
Objetivo: O climatério ocorre entre os 35 e 65 anos e consiste em crescente
disfunção ovariana. O período é marcado por queixas sintomatológicas,
modificações do padrão sexual e diminuição da capacidade reprodutiva.
Devido ao número expressivo de mulheres nessa etapa e a carência de
estudos com enfoque global nas transformações inerentes ao período,
objetivou-se analisar mulheres entre 35 e 45 anos quanto a intensidade de
sintomas climatéricos, sua satisfação sexual e verificar o desejo gestacional,
como também a utilização de técnicas de reprodução assistida. Métodos:
Estudo transversal, que incluiu mulheres com idade entre 35-45 anos,
atendidas nos ambulatórios de ensino da faculdade de Medicina de uma
universidade de Santa Catarina. Os dados foram obtidos por questionários
do tipo múltipla escolha, sendo eles o The Menopause Rating Scale,
Quoeficiente Sexual – versão feminina e um terceiro estruturado pelos
autores. Resultados: Participaram do estudo 57 mulheres, com média de
idade de 39,7 (± 3,2) anos. Foi observado que 92,2% das mulheres possuíam
sintomas, destas 53,9% com sintomatologia severa; 40,4% pretendiam futura
gestação, 36,8% utilizariam reprodução assistida e 3% já utilizaram. A
disfunção sexual estava presente em 43,9%, com maior tendência em
mulheres de mais idade ou com sintomas climatéricos severos. Houve
relação linear e negativa entre intensidade da sintomatologia climatérica e a
satisfação sexual (coeficiente Beta =-6,89, p=0,001), com influência da idade
(β= -2,34; p=0,004) e da intensidade de sintomas urogenitais (β= -5,58;
p<0,001). Conclusão: Foi identificada influência de sintomas climatéricos
na satisfação sexual feminina e que parcela importante das mulheres
manifestaram desejo gestacional.
Palavras-chave: Climatério. Sexualidade. Reprodução.
53. SÍFILIS ADQUIRIDA NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU
MAIS DE SANTA CATARINA: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E
TENDÊNCIAS
Monike Rayana Medeiros1, Betine Pinto Moehlecke Iser1,2 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Medicina – UNISUL.
Objetivo: Avaliar a prevalência de sífilis adquirida na população ≥ 50 anos
residente em Santa Catarina, sua distribuição segundo macrorregiões de
Saúde e a tendência no período 2013-2018. Métodos: Estudo ecológico
exploratório, analisando dados disponíveis na plataforma virtual da Diretoria
de Vigilância Epidemiológica (DIVE) de Santa Catarina, relativos às
notificações de sífilis na população ≥50 anos, nos anos 2013 a 2018.
Utilizou-se como referência para cálculo das taxas a projeção da população,
segundo sexo, idade e macrorregião, fornecida pelo Ministério da Saúde,
para o ano de 2015. A variação percentual considerou os valores finais e
iniciais da série. Resultados: A prevalência de sífilis na população ≥50 anos
de Santa Catarina aumentou de 18,2 em 2013 para 110,7 casos /100.000
habitantes em 2018 (y=9,85e0,38). O incremento foi observado em todas as
faixas etárias e sexos, com destaque para as mulheres e população ≥80 anos.
As maiores incidências foram verificadas na macrorregião da Grande
Florianópolis, e Planalto Norte-/Nordeste a partir de 2017. Esta última
apresentou crescimento de 52% no período. A maior taxa de aumento em
mulheres correspondeu a 45% na macrorregião Foz do Rio Itajaí. Entre os
homens, o maior aumento registrado no período foi na macrorregião do
Planalto Norte e Nordeste, da ordem de 79%. Conclusão: A sífilis adquirida
apresentou crescimento exponencial no período 2013-2018, na população a
partir de 50 anos, para ambos os sexos. A incidência e o incremento
ocorreram de forma diferenciada segundo macrorregião de saúde. Os
resultados obtidos são alarmantes e merecem atenção da gestão pública.
Palavras-chave: Sífilis. Estudos epidemiológicos. Série temporal.
54. SISTEMAS DE FORMAÇÃO DE FILME DE LIBERAÇÃO
RÁPIDA DE DROGAS PVA E PCL-T
Daiani Coelho Pereira de Santana1,2, Κarine Modolon Zepon1,2, Fernando
Dal Pont Morisso3, Alana Hansen4, Rachel Faverzani Magnago1, Luiz
Alberto Kanis1,2 1Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL;
3Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Materiais e Processos
Industriais – Universidade Feevale; 4Instituto de Ciências da Saúde – Universidade Feevale.
Objetivo: Este artigo discute a viabilidade do uso de um sistema de
formação de filme à base de álcool polivinílico (PVA) e o polímero
biodegradável de poli (caprolactona) triol (PCL-T) para liberação controlada
de medicamentos. Métodos: Os filmes poliméricos foram produzidos pelo
processo de fundição variando a concentração de PCL-T entre 0 e 20%. Os
filmes foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura,
espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier, inchaço,
perda de peso e liberação de fármacos. Resultados: Os filmes de PVA eram
transparentes, mas quando foi adicionado PCL-T, observou-se uma leve
opacidade. O aumento da concentração de PCL-T produziu um aumento na
capacidade de dilatação, bem como perda de massa a 37 ° C. Interações via
ligação de hidrogênio foram identificadas entre hidroxilos PCL-T e
carbonilos PVA. Conclusão: A adição de PCL-T favoreceu a liberação do
fármaco em teste a partir de filmes poliméricos, comportamento atribuído à
fusão e lixiviação da matriz PCL-T.
Palavras-chave: Álcool polivinílico. Poli (caprolactona) triol. Sistemas de
formação de filme. Liberação controlada de medicamentos.
55. SUPLEMENTAÇÃO PREVENTIVA DE OMEGA-3
APRESENTA EFEITO ANTI-HIPERALGÉSICO EM UM MODELO
ANIMAL DE SÍNDROME DA DOR REGIONAL COMPLEXA TIPO
I
Taynah de O. Galassi1, Paula F. Fernandes1, Franciane Bobinski1, Afonso I.
Salgado2, Daniel F. Martins1
¹ Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL);
²Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL).
Objetivo: Avaliar o potencial anti-inflamatório e anti-hiperalgésico da
suplementação de ômega-3 em um modelo animal da SDRC-I. Métodos: 40
camundongos Swiss (n = 10) foram distribuídos em 4 grupos: 1) Sham: não
submetidos ao procedimento de isquemia-reperfusão (IR); 2) Controle 1:
submetidos a IR/ receberam salina (10ml/kg, i.g.); 3) Controle 2: submetidos
a IR/suplementado com óleo de milho (1,5g/kg, i.g.); 4) Experimental:
submetidos a IR/suplementado com ômega-3 (1,5g/kg, i.g.). Para indução da
SDRC-I, os camundongos foram anestesiados tiopental (80 mg/kg, i.p.) e um
anel elástico foi colocado próximo à articulação do tornozelo da pata
posterior direita por três horas. Em seguida, o anel foi retirado, permitindo a
reperfusão dos tecidos da pata produzindo assim IR. A suplementação dos
animais foi realizada 30 dias antes da IR e 14 dias após. A avaliação da
espessura da pata dos animais por meio do micrômetro foi usada como
indicativo de edema. A hiperalgesia mecânica foi avaliada por meio dos
filamentos de von Frey no 4°, 7° e 14° dia após IR. Para análise estatística
utilizou-se ANOVA de duas vias seguido pelo teste de Bonferroni. Valores
de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados:
As avaliações da hiperalgesia mecânica realizadas no 4°, 7° e 14° dia após
procedimento de IR mostraram efeito analgésico do ômega-3 contínuo. As
avaliações da espessura da pata dos animais mostraram que a suplementação
de ômega-3 reduziu o edema dos animais 1 hora após suplementação, 24
horas após IR. Conclusão: A suplementação preventiva de ômega-3 reduz a
hiperalgesia mecânica e edema.
Palavras-chave: Suplementação preventiva. Ácidos graxos poli-
insaturados. Dor inflamatória.
56. USO DE LIDOCAÍNA NA PREVENÇÃO DA DOR
PROVOCADA PELA INJEÇÃO INTRAVENOSA DE PROPOFOL
DURANTE INDUÇÃO DE ANESTESIA GERAL: ENSAIO CLÍNICO
RANDOMIZADO DUPLO-CEGO
Luíza Buffon1, Alexandre C. Buffon2,3, Paulo Freitas1, Nazaré O. Nazário1,3,
Jefferson Traebert1,3, Jéssica Francine Wichmann4, Anna Paula Piovezan1,3
1Curso de Medicina – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Hospital infantil Joana de Gusmão; 3Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL; 4Hospital Florianópolis.
Objetivo: A sedação com propofol faz parte do procedimento de indução
anestésica, pois fornece ansiolise, amnésia e hipnose; no entanto, até 5% dos
pacientes apresentam dor à injeção de propofol e, destes, 1% apresenta dor
intensa ou insuportável. Várias técnicas são usadas para evitá-lo, incluindo a
administração venosa prévia de lidocaína. O atual estudo controlado
randomizado avaliou o número necessário para tratar (NNT) da lidocaína na
redução da dor associada ao propofol durante a indução da anestesia.
Métodos: Trata-se de um estudo prospectivo, duplo-cego, randomizado,
com 970 indivíduos adultos submetidos à administração de propofol à
indução anestésica. Os grupos investigados foram previamente tratados com
lidocaína ou solução salina e foram interrogados sobre dor durante a injeção
de propofol. Resultados: Não houve diferenças demográficas entre os
grupos de estudo. O resultado da dor foi reduzido nos pacientes que
receberam lidocaína (5%; IC95%, 3,63-6,37) em relação à solução salina
(14,2%; IC95%, 12,0-16,4). No entanto, o número (NNT = 10,9) para
prevenção desse efeito foi consideravelmente alto. Conclusão: Este estudo
sugere que o uso de lidocaína antes da aplicação de propofol não se justifica
quando considerados os fatores de risco para o paciente e a economia com o
procedimento.
Palavras-chave: Analgésico. Lidocaína. Propofol.
57. USO DE METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM
NA FORMAÇÃO DO NUTRICIONISTA
Ana Paula Ferreira da Silva1, Nazaré Otília Nazário1, Maicon Roberto
Kviecinski1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Discutir a partir de revisão de literatura o uso de metodologias
ativas de aprendizagem na formação do nutricionista. Métodos: Realizou-se
busca nos periódicos capes com as palavras chave “metodologias ativas de
aprendizagem” e “nutrição”. Identificou-se 35 arquivos e destes 7 foram
excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão. Após a leitura do
título e resumo excluiu-se os do ensino básico, médio ou cursos de
aperfeiçoamento, duplicados, da área da saúde, os que não abordavam
nutrição e as revisões. Selecionou-se 3 artigos completos que atenderam aos
critérios de inclusão. Resultados: As metodologias ativas de aprendizagem
vêm sendo discutidas desde a década de 70, sendo o estudante o centro e
responsável por sua aprendizagem e o professor, o mediador. Na formação
do nutricionista os docentes devem ser capacitados constantemente sobre as
habilidades e competências necessárias à prática profissional e não no
conteúdo. As metodologias permitem o estudante aprender com a ação e
troca entre os diferentes atores, cada um aprendendo de uma forma diferente.
Há muitos artigos publicados sobre estas metodologias em diferentes áreas,
mas poucos referentes ao seu uso no ensino em nutrição. Conclusão: Apesar
dos benefícios destas metodologias ainda há resistência por parte dos
docentes na implantação e uso das mesmas, seja por desconhecimento ou por
acreditar que é algo difícil, trabalhoso e com poucos resultados. Faz-se
necessário troca de experiências exitosas ou não, com o uso destas
metodologias para que seja possível avaliar o impacto no processo ensino-
aprendizagem e também ampliar o uso das mesmas na graduação.
Palavras-chave: Ensino superior. Metodologias ativas. Nutrição.
58. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO CONTEXTO
SOCIOCULTURAL E CLÍNICO-OBSTÉTRICO DA POPULAÇÃO
BRASILEIRA: UMA PROPOSTA DE AFERIÇÃO
Pauline Cureau Miechuanski1,2, Rodrigo Dias Nunes1,2, Jefferson Traebert1,2 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Medicina – UNISUL.
Objetivo: Desenvolver instrumento para identificar violência obstétrica no
contexto sociocultural e clínico-obstétrico brasileiro. Métodos: Revisão
sistemática da literatura, grupos focais com puérperas e entrevistas em
profundidade com profissionais para definição dos elementos que constarão
o instrumento inicial. A partir dessas estratégias, será identificado o
construto latente, suas dimensões e itens, que comporão a primeira versão do
instrumento. O mesmo será aplicado em uma proporção de cinco
respondentes para cada item proposto em puérperas da maternidade do
Hospital Regional de São José. A análise será baseada na Teoria de Resposta
ao Item e Análise Fatorial Exploratória com Extração de Componentes
Principais. Serão analisados os gráficos de probabilidade de resposta, erro
padrão e informação do teste. Serão ainda analisados os gráficos de cada item
por meio das características de discriminação, dificuldade e valor de p. Após
análise da matriz de correlação entre os itens, indicador de Kaiser-Meyer-
Olsen e teste de esfericidade de Barlet, será procedida Análise Fatorial. Serão
definidos os fatores latentes com eigenvalues maiores que um. Um gráfico
Scree plot será elaborado para visualização das dimensões. A análise de
componentes principais será efetuada por rotação de fatores pelo método
Varimax. A versão final do instrumento será elaborada, com a redução dos
itens que não expressem claramente o construto proposto. Resultados:
Espera-se contribuir com evidências que sustentem uma forma de se avaliar
e mensurar a violência obstétrica, a qual poderia colaborar para a redução
desse evento, proteção da paciente e respaldo legal para os profissionais
atuantes na área obstétrica.
Palavras-chave: Violência. Obstetrícia. Parto.
59. AÇÃO DO CANABIDIOL SOBRE O COMPORTAMENTO
ESTEREOTIPADO NA PROLE DE RATOS SUBMETIDOS À
NEUROINFLAMAÇÃO POR LIPOPOLISSACARÍDEO
Guilherme Cabreira Daros1, Marina Goulart da Silva1, Rafael Mariano de
Bitencourt1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: O objetivo deste trabalho é avaliar o uso do canabidiol (CBD) na
reversão de comportamento estereotipado na prole de ratos submetidos à
neuroinflamação por lipopolissacarídeo. Métodos: Para indução do modelo
experimental, será administrado no 9,5 dia gestacional (DG9,5), via
intraperitonial, 100 μg/kg de lipopolissacarídeo (LPS) ou solução salina.
Quarenta animais serão divididos em grupo controle e grupo LPS, e
posteriormente, cada grupo será dividido em dois subgrupos. Os animais
receberão administração de solução salina ou CBD (10 mg/kg), via gavagem,
durante 21 dias após o desmame. A análise comportamental, através do teste
de campo aberto (open field), será realizada 24 horas após a administração
da última dose de CBD. Resultados esperados: Espera-se que, devido à
ação antioxidante e neuroprotetora do CBD, a administração de seu extrato
atenue o comportamento estereotipado na prole de roedores submetidos à
neuroinflamação.
Palavras-chave: Comportamento estereotipado. Neuroinflamação.
Canabidiol.
60. AS MUDANÇAS NOS NÍVEIS DE ATENÇÃO PLENA APÓS A
PRÁTICA MEDITATIVA EM PROFESSORES DE UMA
INSTITUIÇÃO PRIVADA DA CIDADE DE TUBARÃO, SANTA
CATARINA
Vitória Pereira de Menezes1, Rafael Mariano de Bitencourt1,2 1Curso de Psicologia – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL.
Objetivo: O objetivo da pesquisa é identificar os níveis de Atenção Plena
em professores de uma instituição privada da cidade de Tubarão, Santa
Catarina, após a prática meditativa. Métodos: Para essa pesquisa de cunho
experimental quantitativa, a amostra (composta por professores) foi obtida
através da aplicação de um formulário de inscrição, onde a mesma foi
explicada. Foram utilizados os seguintes critérios para a inclusão dos
participantes: a) ter disponibilidade para a prática meditativa conforme o
cronograma; b) assinar o termo de consentimento informado. Após o contato
com os professores, os participantes irão realizar a MAAS (Mindful Attention
Awareness Scale) em dois períodos: I) antes das práticas meditativas e; II)
depois das práticas meditativas. Os participantes da pesquisa foram
orientados a chegarem no local definido e seguir as recomendações que lhes
foram apresentadas. Durante as oito semanas de meditação, a técnica
meditativa aplicada será a de mindfulness - ou na tradução para o português,
atenção plena -, tendo como base o livro “Atenção Plena”, de Mark Willian
e Danny Penman, cuja versão usada para aplicação das técnicas é a de 2015.
Resultados esperados: Espera-se que a pesquisa possa contribuir de forma
positiva com o desempenho dos professores submetidos à meditação; e que
a MAAS (Mindful Attention Awareness Scale) aponte níveis maiores de
Atenção Plena após as práticas meditativas, com resultados semelhantes aos
dos artigos citados na elaboração do respectivo projeto e que motivaram este
estudo.
Palavras-chave: Meditação. Professores. Atenção plena.
61. AS MUDANÇAS PSICOLÓGICAS PROMOVIDAS PELA
MEDITAÇÃO QUANDO UTILIZADAS POR VESTIBULANDOS DE
MEDICINA EM UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE TUBARÃO,
SANTA CATARINA
Larissa da Rosa Rossi1, Vitória Pereira de Menezes1, Rafael Mariano de
Bitencourt1,2 1Curso de Psicologia – Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) – UNISUL.
Objetivo: O objetivo da pesquisa é identificar as mudanças psicológicas
promovidas pela meditação quando utilizadas por vestibulandos de medicina
em uma instituição privada de Tubarão, Santa Catarina. Métodos: Para essa
pesquisa de cunho experimental quantitativa, a amostra (composta por pré-
vestibulandos de medicina) foi obtida através do contato direto das
pesquisadoras com os participantes. Os participantes da pesquisa foram
agrupados por meio de um sorteio em: (i) grupo controle e (ii) grupo
experimental. Ambos os grupos participaram dos testes laboratoriais e
avaliações psicológicas cujo objetivo é de quantificar os níveis de ansiedade
(por meio do Inventário de Ansiedade do livro A mente vencendo o humor),
atenção concentrada (por meio do teste Atenção Concentrada – AC) e
estresse (utilizando a Escala de Estresse Percebido – 10), contudo, em um
primeiro momento, somente o grupo experimental foi orientado sobre as
técnicas meditativas. Os encontros se deram de forma quinzenal, onde as
pesquisadoras ensinaram para o grupo (ii) a prática de meditação mindfulness
– ou na tradução para o português, atenção plena. Resultados esperados:
Espera-se que a pesquisa possa contribuir de forma positiva com o
desempenho dos vestibulandos submetidos à meditação. Espera-se também
que a prática meditativa resulte em níveis menores de estresse e ansiedade,
bem como níveis maiores de atenção concentrada em relação ao grupo
controle. Tais resultados iriam de encontro aos estudos citados na elaboração
do respectivo projeto e que motivaram este estudo.
Palavras-chave: Meditação. Pré-vestibulandos. Atenção plena.
62. AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS NEUROINFLAMATÓRIOS
E NEUROQUÍMICOS EM ANIMAIS SUBMETIDOS AO MODELO
ANIMAL DE OBESIDADE ASSOCIADO A DOENÇA DE
PARKINSON
Eulla Keimili Fernandes Ferreira1, Gislaine Tezza Rezin1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Avaliar parâmetros neuroinflamatórios e neuroquímicos em
animais submetidos ao modelo animal de obesidade associado a Doença de
Parkinson (DP). Métodos: Serão utilizados 80 camundongos Swiss machos,
sendo pareados nos seguintes grupos: Controle, Obesidade, DP e Obesidade
+ DP. O modelo animal de obesidade será induzido a partir do consumo de
dieta hiperlipídica por 10 semanas. O modelo animal da DP será induzido
pela administração de 6-hidroxidopamina (6-OHDA). Quando associado os
modelos, após as 09 semanas de indução de obesidade os animais serão
submetidos ao modelo animal da DP. Em todos os grupos, o cérebro será
removido e o córtex pré-frontal e estriado serão isolados para posterior
análise de citocinas e análises bioquímicas, através dos níveis de TBARS,
carbonilação de proteínas, atividade da superóxido dismutase, catalase,
glutationa peroxidase. O consumo alimentar, peso corporal e peso da gordura
mesentérica serão aferidos. A análise estatística será realizada através do
programa estatístico GraphPad Prism (versão 6). As análises entre dois
grupos serão determinadas pelo teste t de Student e as diferenças entre três
grupos experimentais ou mais serão determinadas por análise de variância
(ANOVA) seguido pelo post hoc de Tukey. Os resultados serão apresentados
em média ± desvio padrão e a significância estatística será considerada para
valores de p<0,05. Resultados esperados: Espera-se encontrar a relação
entre a obesidade e a DP através da investigação do sistema de recompensa.
Desta forma, ampliar os estudos em busca da prevenção de ambas doenças,
bem como explorar alternativas terapêuticas.
Palavras-chave: Obesidade. Doença de parkinson. Neuroinflamação.
Estresse oxidativo.
63. EFEITOS DOS EXERCÍCIOS OROFARÍNGEOS NO RONCO
PRIMÁRIO E APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO DAS CRIANÇAS:
ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Camila Garcia Perini1, Nazaré Otília Nazário1,2, Jefferson Traebert1,2 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Medicina – UNISUL.
Objetivo: Testar os efeitos dos exercícios orofaríngeos (EOF) em crianças
com ronco primário e síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS).
Métodos: Ensaio clínico randomizado a ser realizado no ambulatório de
Otorrinolaringologia do Hospital Infantil Joana de Gusmão. Serão 48
crianças, com ronco ou SAOS e idade entre 6 a 11 anos. Os participantes
serão divididos em dois grupos, um controle que irá realizar lavagem nasal
com solução salina 3x/dia assim como respiração profunda pelo nariz, já o
grupo terapia receberá o tratamento com EOF simplificados da terapia
miofuncional, durante 8 minutos 3x/dia. Ambos os grupos terão visitas
semanais e as performances serão supervisionadas pelas fonoterapeutas e
médico otorrinolaringologista, as mães deverão realizar controle das
atividades através de um diário. As variáveis dependentes são a qualidade do
sono, índice de apneia e hipopneia e intensidade sonora do ronco. As
variáveis independentes: sexo, etnia e escolaridade, exercícios orofaríngeos,
tamanho das tonsilas palatinas e faríngea, tipo de palato, peso, altura,
circunferência cervical e abdominal. As características basais serão
comparadas utilizando-se teste t não pareado ou Mann-Whitney. Alterações
entre os grupos serão analisadas pelo test t pareado ou teste de Wilcoxon. A
análise de medidas repetidas de variância será utilizada para comparar os
grupos, controle e terapia, e os momentos, basal e após 3 meses. Resultados
esperados: Verificar eficácia dos EOF na qualidade do sono. Melhorar
prática clínica diagnóstica da SAOS. Aumentar as opções de tratamento
clínico, diminuir os gastos com cirurgias. Trazer nova opção de tratamento
não invasivo para SAOS na criança.
Palavras-chave: Terapia miofuncional. Ronco. Ensaio clínico controlado
aleatório. Apneia obstrutiva do sono.
64. INCIDÊNCIA DA CÁRIE DENTÁRIA E FATORES
ASSOCIADOS EM CRIANÇAS DOS SETE AOS DEZ ANOS DE
IDADE
Andreia Clara Nazário1, Eliane Traebert1 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Estimar a incidência de cárie dentária e fatores associados em
crianças dos sete aos dez anos de idade, no Município de Palhoça/SC.
Métodos: Estudo de coorte, segunda etapa de coleta de dados da Coorte
Brasil Sul. Serão incluídas crianças nascidas em 2009, matriculadas em
escolas de Palhoça, em 2019 que participaram da fase anterior da Coorte, em
2015. Os exames clínicos serão realizados nas escolas. As informações
relacionadas à cárie dentária serão coletadas, segundo critérios da
Organização Mundial de Saúde. A variável dependente será incidência da
cárie dentária e as variáveis independentes serão sexo, tipo de escola,
escolaridade da mãe e pai no início do acompanhamento. Será realizada
estatística descritiva por distribuição e frequência e análises bivariadas
utilizando o teste Qui-Quadrado. As variáveis com p<0,20 serão incluídas na
análise multivariada por meio da Regressão de Cox. Serão estimados riscos
relativos e intervalos de confiança 95%. O projeto foi aprovado no CEP-
UNISUL sob o parecer 04377218.1.0000.5369. Resultados esperados:
Determinar a incidência da cárie dentária em crianças dos sete aos dez anos
de idade de Palhoça/SC e seus fatores associados. Os dados serão úteis para
os profissionais, planejadores e gestores que atuam na área da saúde bucal,
além de professores, pesquisadores, estudantes da área da saúde que poderão
fazer parte das equipes multidisciplinares para o enfretamento da cárie,
considerado grande problema de saúde pública.
Palavras-chave: Cárie dentária. Epidemiologia. Incidência. Crianças.
65. INCIDÊNCIA DE TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR EM
GESTANTES DE ALTO RISCO E FATORES ASSOCIADOS
Laura Britz Soares1, Rodrigo Dias Nunes1,2, Jefferson Traebert1,2 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Medicina – UNISUL.
Objetivo: Estimar a incidência de transtorno depressivo maior e fatores
associados em gestantes de alto risco em uma maternidade da Grande
Florianópolis. Métodos: Coorte aberta prospectiva envolvendo pacientes
que realizam pré-natal no ambulatório de alto risco, em uma maternidade do
Estado de Santa Catarina. Será aplicada a Escala de Depressão Pós-Parto de
Edimburgo para triagem de depressão em dois momentos: no segundo e
terceiro trimestres gestacionais identificando pacientes que nesse período
desenvolveram transtorno depressivo maior. O tamanho da amostra foi
determinado pelos seguintes parâmetros: poder de 80% para detectar uma
diferença de 20% na incidência de depressão gestacional entre pacientes
expostas a fatores de risco socioeconômicos e clínicos-obstétricos gerando
um risco relativo de 2,5 em um nível de precisão de 95%. Arbitrou-se um
valor hipotético de 20% de incidência da depressão gestacional entre as
pacientes não expostas, obtendo-se uma amostra mínima de 314 pacientes.
Considerando 10% de eventuais recusas ou perdas, o número final da
amostra será de 345 pacientes. Resultados esperados: Espera-se contribuir
com evidências científicas que sejam capazes de identificar o transtorno
depressivo maior no ciclo gravídico em gestantes de alto risco.
Palavras-chave: Obstetrícia. Depressão. Gestação.
66. INFLUÊNCIA DOS COMPORTAMENTOS SEDENTÁRIOS
NA OBESIDADE INFANTIL EM CRIANÇAS DE 10 ANOS
Graziela Leão1, Eliane Silva de Azevedo Traebert1
1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
Objetivo: Conhecer a influência dos comportamentos sedentários na
obesidade infantil aos 10 anos de idade, na cidade de Palhoça/SC. Métodos:
Estudo caso-controle aninhado ao estudo Coorte Brasil Sul. A população
será composta por crianças nascidas em 2009, residentes em Palhoça/SC,
matriculadas nas escolas públicas e privadas em 2019. O grupo "casos" será
constituído por crianças com excesso de peso (sobrepeso/obesidade) e o
grupo "controles", por crianças eutróficas. Serão coletados dados
concernentes ao peso e altura para o cálculo do índice de massa corporal e,
posteriormente, as crianças responderão questionários referentes à atividade
física, ao tempo de tela e aos hábitos alimentares. A variável dependente será
o excesso de peso e as independentes, o sexo, tipo de escola, além daquelas
relacionadas à atividade física, horas de tela e alimentação da criança. Ainda,
será realizada estatística descritiva por distribuição e frequência além das
análises bivariadas utilizando-se o teste “Qui-Quadrado”, nível de
significância p<0,05. As variáveis com p<0,20 serão incluídas em um
modelo multivariado por meio de Regressão Logística. O projeto foi
aprovado pelo CEP/UNISUL, sob o parecer 04377218.1.0000.5369.
Resultados esperados: Com a realização desta pesquisa, será possível
conhecer a associação entre atividade física, tempo de tela, alimentação e
excesso de peso infantil em âmbito local, o que, de fato, viabilizará ações
para o enfrentamento do sobrepeso e obesidade infantil baseados em
evidência científica. Espera-se, assim, contribuir para o planejamento de tais
ações no município de Palhoça.
Palavras-chave: Obesidade infantil. Comportamento sedentário. Estilo de
vida.
67. VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO CONTEXTO
SOCIOCULTURAL E CLÍNICO-OBSTÉTRICO DA POPULAÇÃO
BRASILEIRA: UMA PROPOSTA DE AFERIÇÃO
Pauline Cureau Miechuanski1, Rodrigo Dias Nunes1,2, Jefferson Traebert1,2 1Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) –
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL); 2Curso de Medicina – UNISUL.
Objetivo: Desenvolver instrumento para identificar violência obstétrica no
contexto sociocultural e clínico-obstétrico brasileiro. Métodos: Revisão
sistemática da literatura, grupos focais com puérperas e entrevistas em
profundidade com profissionais para definição dos elementos que constarão
o instrumento inicial. A partir dessas estratégias, será identificado o
construto latente, suas dimensões e itens, que comporão a primeira versão do
instrumento. O mesmo será aplicado em uma proporção de cinco
respondentes para cada item proposto em puérperas da maternidade do
Hospital Regional de São José. A análise será baseada na Teoria de Resposta
ao Item e Análise Fatorial Exploratória com Extração de Componentes
Principais. Serão analisados os gráficos de probabilidade de resposta, erro
padrão e informação do teste. Serão ainda analisados os gráficos de cada item
por meio das características de discriminação, dificuldade e valor de p. Após
análise da matriz de correlação entre os itens, indicador de Kaiser-Meyer-
Olsen e teste de esfericidade de Barlet, será procedida Análise Fatorial. Serão
definidos os fatores latentes com eigenvalues maiores que um. Um gráfico
Scree plot será elaborado para visualização das dimensões. A análise de
componentes principais será efetuada por rotação de fatores pelo método
Varimax. A versão final do instrumento será elaborada, com a redução dos
itens que não expressem claramente o construto proposto. Resultados
esperados: Espera-se contribuir com evidências que sustentem uma forma
de se avaliar e mensurar a violência obstétrica, a qual poderia colaborar para
a redução desse evento, proteção da paciente e respaldo legal para os
profissionais atuantes na área obstétrica.
Palavras-chave: Violência. Obstetrícia. Parto.