82
1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

1

Direito Ambiental Internacional

Profª. Me. Letícia Albuquerque

18 de novembro de 2004

Page 2: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

2

COMÉRCIO X MEIO AMBIENTE

Page 3: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

3

Países do sul – colocam o problema ambiental nos quadros das relações econômicas internacionais.

Page 4: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

4

RELATÓRIO BRUNDTLAND – superexploração dos recursos naturais

Page 5: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

5

NOVA ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL

países do sul insistiram na

importância desse debate

Page 6: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

6

DECLARAÇÃO DE BEIJING (PEQUIM) aprovada em 1991 nos preparativos

da CNUMAD:

Page 7: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

7

“abandonar a questãoda dívida, financiamento, comércio e transferência de tecnologias – aspectos das relações econômicas internacionais – afetam os países em desenvolvimento – impedindo de participar eficientemente nos esforços de proteção internacional do meio ambiente.”

Page 8: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

8

Desde a Segunda Guerra Mundial os países industrializados conseguiram construir um sistema de regras comerciais e de resoluções de disputas comerciais praticamente mundial.

Page 9: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

9

O comércio liga os Estados e tende, portanto a internacionalizar as questões ambientais locais.

Page 10: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

10

Questões levantadas

por essa interação:

comércio X meio ambiente

Page 11: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

11

De um lado, o impacto das relações comerciais sobre a degradação dos recursos naturais, isto é, em que medida o comércio internacional, por sua estrutura ou pelos estímulos que causa, encoraja a exploração não durável dos sistemas, a extinção de espécies ou a poluição?

Page 12: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

12

De outro, o impacto das medidas de proteção ao meio ambiente sobre o comércio internacional, isto é, o problema de uma fuga possível de indústrias em direção aos países menos exigentes, e o problema de um protecionismo velado sob barreiras não tarifárias.

Page 13: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

13

TUDO ISSO COLOCOU A QUESTÃO DAS RELAÇÕES ENTRE COMÉRCIO E MEIO AMBIENTE NO CENTRO DO DEBATE DA POLÍTICA INTERNACIONAL.

Page 14: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

14

COMÉRCIO X MEIO AMBIENTE = PROBLEMA = CARÁTER CONFLITIVO.

Page 15: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

15

UNCTAD – Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento

Page 16: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

16

Passados mais de 25 anos de Estocolmo DOIS ASPECTOS NOVOS APARECEM:

Page 17: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

17

A discriminação com relação a certos produtos com base nos processos de fabricação utilizados.

E a aplicação extraterritorial de uma legislação nacional para lutar contra a degradação dos bens comunais.

Page 18: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

18

Sob quais condições um Estado ou um grupo de Estados pode utilizar os instrumentos comerciais a fim de defender objetivos ambientalistas internacionais?

Page 19: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

19

O preâmbulo do acordo que criou a OMC (1995) sugere que as partes devem orientar suas relações econômicas e comerciais para...proteger e preservar o meio ambiente.

Page 20: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

20

A OMC criou imediatamente um comitê para o comércio e o desenvolvimento, que se debruçou sobre questões gerais, principalmente a rotulagem e as medidas comerciais contidas nos acordos multilaterais sobre a proteção do meio ambiente.

Page 21: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

21

O comércio encoraja um desenvolvimento sustentável?

Page 22: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

22

O acordo geral sobre tarifas e comércio – GATT – assinado em 1947, cujas regras regulamentam 50% a 80% do comércio mundial, permitiu a quintuplicação do volume de trocas.

Page 23: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

23

GATT – acordo geral sobre tarifas e comércio

Page 24: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

24

OMC – Organização Mundial do Comércio

Page 25: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

25

Princípios fundamentais deste sistema

a) Não discriminação b) O acesso previsível e crescente aos

mercados

Page 26: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

26

a) Não discriminação Princípio da nação mais favorecida Princípio do tratamento nacional

Page 27: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

27

b) Acesso previsível e crescente aos mercados: Redução de tarifas e direitos

aduaneiros

Page 28: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

28

Princípio da Precaução x OMC

Page 29: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

29

Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental.

Princípio 15 Declaração do Rio

Page 30: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

30

Incerteza

Indefinição

Desconhecimento

Page 31: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

31

Tratados internacionais

Legislação nacional

Blocos de integração

Page 32: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

32

Debate na OMC:

Faz parte ou não das regras da organização?

Page 33: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

33

Contra: o princípio da precaução teria o efeito de obstar o comércio internacional

Page 34: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

34

A favor: o princípio da precaução faz parte das regas da organização

Page 35: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

35

União Européia: defensora do princípio da precaução no âmbito da OMC

Page 36: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

36

UE: preâmbulo do tratado constitutivo da OMC deixa transparecer a defesa do meio ambiente

Page 37: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

37

Art. XX do GATT/1994

“…nenhuma disposição deste acordo impedirá a adoção de medidas relacionadas à conservação de recursos exauríveis ou necessárias à proteção da vida ou saúde humana, animal ou vegetal – desde que tais medidas não sejam utilizadas como obstáculo desnecessário ao comércio internacional.”

Page 38: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

38

SPS – ACORDO SOBRE MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS

TBT – ACORDO SOBRE BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO

Page 39: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

39

União Européia: ambos os acordos refletem a preocupação com a precaução

Page 40: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

40

SPS – Art. 3.3

Indica que um membro pode estabelecer, sob algumas condições, medidas sanitárias ou fitossanitárias mais rigorosas que as definidas em normas internacionais, se isto for necessário para que atinja o nível de proteção sanitária ou

fitossanitária que julgar apropriado.

Page 41: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

41

SPS – Art. 5.7

Nos casos em que as evidências científicas sejam insuficientes, um membro pode provisoriamente adotar medidas sanitárias ou fitossanitárias com base nas informações que lhe forem disponíveis, devendo, contudo, buscar esclarecimento sobre seus receios decorrentes da indefinição científica.

Page 42: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

42

TBT – Art. 2.2

Regulamentos técnicos impostos pelos membros da OMC não devem ser mais restritivos ao comércio que o necessário para a obtenção de objetivos legítimos, levando-se em consideração os riscos que o não atingimento destes objetivos poderiam ensejar.

Page 43: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

43

Posicionamento da OMC sobre o tema: caso dos hormônios

(EUA/CANADÁ X UE)

Page 44: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

44

CASO: embargo a carne bovina sustentado pela UE com base no princípio da precaução.

Page 45: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

45

Alegação: não haver posicionamento científico claro sobre os riscos para a saúde humana decorrentes da possível ingestão de hormônios por aqueles que consumissem a carne.

Page 46: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

46

Princípio da precaução estaria assentado no SPS

Page 47: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

47

Reconhecer a precaução como PRINCÍPIO GERAL DE DIREITO/COSTUME INTERNACIONAL

Page 48: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

48

OMC: não se manifestou sobre o STATUS da precaução no mundo jurídico

Analisou apenas a situação no SPS

Page 49: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

49

Admitiu a idéia de precaução no preâmbulo e nos artigos 3.3 e 5.7, mas que estes dispositivos NÃO asseguravam a precaução como PRINCÍPIO.

Page 50: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

50

Conseqüência:

Se não há o reconhecimento como princípio não é um mandamento de observância obrigatória.

Page 51: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

51

Qual foi a essência da decisão?

Page 52: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

52

A OMC reconheceu uma perspectiva de precaução e não um princípio da precaução!

Page 53: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

53

Resultado: esta noção de precaução deve servir apenas como instrumento de interpretação do acordo não sendo base para que os membros descumpram as demais regras do SPS.

Page 54: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

54

Determinou: os membros da OMC tem o direito de definirem seu próprio nível de tolerância ao risco, mesmo que isso implique na adoção de medidas mais limitadoras ao comércio que os padrões existentes na matéria

Page 55: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

55

Exigência: o risco deve estar cientificamente embasado

Page 56: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

56

Contradição: se a medida visa proteger o membro que a adota de uma indefinição científica sobre os riscos, como pode se exigir que o risco esteja embasado cientificamente para que a medida possa ser considerada compatível com as regras da OMC.

Page 57: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

57

Solução: perspectiva de precaução – contar com um posicionamento científico ainda que minoritário que sustente os seus receios.

Page 58: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

58

Problema: qualquer Estado pode conseguir algum cientista que defenda o seu posicionamento...

Page 59: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

59

Solução: valor probatório é feito caso a caso.

Page 60: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

60

Resumindo: Nem todo o posicionamento científico minoritário tem que ser aceito pela OMC.

Page 61: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

61

Importância do caso dos hormônios: debate sobre o princípio da precaução no âmbito da organização

Page 62: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

62

Cada membro da OMC tem o direito de estabelecer os níveis de proteção que julgar adequado.

Documento junho/2000

Page 63: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

63

Documento apresentou uma lista para balizar as medidas precautórias.

Page 64: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

64

A medida deveria ser:

Proporcional ao nível de proteção escolhido

Não-discriminatória

Consistente com medidas similares já tomadas

Page 65: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

65

Baseada no exame dos custos e benefícios potenciais da ação ou inação

Sujeita à revisão, à luz de novas informações científicas

Capaz de designar a quem incumbe o ônus de apresentar provas científicas mais completas para avaliação do risco

Page 66: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

66

Japão – ausência de consenso internacional, nem mesmo da ligação com o SPS e entre a precaução e a verificação do risco.

Posicionamento dos países:

Page 67: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

67

Canadá – mostrou interesse em discutir o tema.

Posicionamento dos países:

Page 68: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

68

Austrália – preocupação com o enfraquecimento da base científica que deve ser sustentada para a verificação do risco.

Posicionamento dos países:

Page 69: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

69

EUA – contrários a adoção da precaução como princípio a governar as regras da OMC.

Posicionamento dos países:

Page 70: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

70

ARGUMENTOS:

Não há definição internacionalmente aceita e que por isso não pode ser considerado um costume internacional. Problema de adotar um princípio em expressões que se “diverge”.

Caráter protecionista do princípio: barreira ao comércio internacional.

Page 71: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

71

Problema: EUA x UE.

Page 72: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

72

OMC recomendou o levantamento ao embargo a carne bovina tratada com hormônios.

Page 73: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

73

UE: NEGATIVA em implementar a decisão.

Page 74: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

74

Críticas: UE está indo contra o sistema multilateral de comércio com o qual se comprometeu.

Page 75: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

75

Fevereiro 2001 – UE apresentou novo documento sobre o tema.

Page 76: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

76

UE: o princípio da precaução não pode ser utilizado como uma barreira ao comércio, mas admite regras que levem em conta tal princípio e que por isso continuará a utilizá-lo em suas disposições.

Page 77: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

77

Conclusão: a adoção e implementação do princípio da precaução no âmbito da OMC encontra dificuldades: tem que enfrentar pontos controvertidos.

Page 78: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

78

Quais parâmetros para se definir incerteza científica?

Quais os referenciais para se constatar o risco?

Quão tolerante se pode ser em relação a incerteza?

Pontos controvertidos

Page 79: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

79

Questão do ônus da prova

Provar a segurança é bem mais difícil que provar o risco.

Page 80: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

80

Controvérsia:

Como se poderia distinguir entre uma medida que limite o comércio fundada na precaução de outra motivada por protecionismo, uma vez que ambas não estariam sustentadas em provas científicas?

Page 81: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

81

Conclusão

A adoção da precaução teria necessariamente que se fazer acompanhar de critérios claros, capazes de viabilizar a distinção entre as medida de precaução e medida protecionista.

Page 82: 1 Direito Ambiental Internacional Profª. Me. Letícia Albuquerque 18 de novembro de 2004

82