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1- FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA – 2016.

Título: Resolução de Problemas - Uma Proposta Metodológica Para o Ensino e Aprendizagem de Matemática no 6º Ano do Ensino Fundamental.

Autor Maria Aparecida Felipe da Silva

Disciplina/Área Matemática

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Afonso Pena – Ensino Fundamental e Médio no município de São José dos Pinhais – PR

Município da escola São José dos Pinhais – PR

Núcleo Regional de Educação

Área Metropolitana Sul

Professor Orientador Edna Sakon Banin

Instituição de Ensino Superior

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Resumo

Este trabalho propõe a Metodologia da Resolução de Problemas como um instrumento para despertar a criatividade, a curiosidade e o espírito investigativo no educando. A pesquisa desencadeou-se devido à grande dificuldade de leitura, interpretação e resolução de situações problemas que detectamos ao longo de nossa experiência com alunos dos sextos anos do Ensino Fundamental no município de São José dos Pinhais - PR. Acreditamos que a proposta possa contribuir de forma positiva em diferentes aspectos para o ensino e aprendizagem de matemática, propiciando um ambiente onde o educando possa se expressar oralmente e por meio da escrita, através de leituras de textos matemáticos e resolução de situações problemas diversificadas relacionadas a sua realidade. A partir da aplicação de um exercício de reconhecimento, este projeto propõe situações problemas de livros paradidáticos para que os alunos possam trabalhar em pequenos grupos e criar estratégias próprias para encontrarem as possíveis soluções, num trabalho colaborativo em que o professor será o mediador do processo de ensino e aprendizagem. Posteriormente, esses mesmos problemas serão utilizados na composição e complementação de uma problemática, além de possibilitar aos alunos que formulem e resolvam seus próprios problemas. A avaliação assistida se dará no desenvolvimento das atividades, através da participação, observação e registro do desenvolvimento das mesmas, propostas ao educandos.

Palavras-chave Resolução de Problemas; Leitura; Interpretação; Ensino e Aprendizagem de Matemática;

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Afonso Pena - São José dos Pinhais – PR

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NO 6º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL.

MARIA APARECIDA FELIPE DA SILVA

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 2016

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MARIA APARECIDA FELIPE DA SILVA

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS - UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NO 6º ANO DO ENSINO

FUNDAMENTAL.

Produção didático-pedagógica apresentado à Secretaria de Estado da Educação – SEED, Departamento de Políticas e Programas Educacionais, para cumprir as exigências do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, primeiro período do Plano Integrado de Formação Continuada, em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, sob a orientação da Professora Dra. Edna Sakon Banin.

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 2016

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APRESENTAÇÃO

Esta Produção Didática pedagógica integra uma das atividades

desenvolvidas no PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional - turma 2016 -

ofertada pela SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná, em parceria

com a UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, que tem a finalidade

de ofertar aos professores PDE da rede pública do Estado do Paraná a elaboração

de atividades educacionais estruturadas, para que ocorram mudanças em sua práxis

pedagógica.

Pretende-se com essa Unidade Didática contribuir para que o aluno do sexto

ano do Ensino Fundamental se aproprie do conteúdo matemático de forma

significativa, sentindo-se participante no processo ensino e aprendizagem de

matemática, por meio da Proposta Metodológica da Resolução de Problemas.

Durante anos de prática docente assistimos muitos alunos que chegam aos

sextos anos com grandes dificuldades em ler, interpretar e resolver problemas

matemáticos. Muitos se apresentam bastante desinteressados e, até com certa

aversão ao estudo da matemática. Tais dificuldades são evidenciadas, na maioria

das vezes, quando não conseguem identificar os dados e as operações necessárias

para sua resolução. Nesse sentido, Smole e Diniz (2001) relata:

A dificuldade que os alunos encontram em ler e compreender textos de problemas está, entre outros fatores, ligada à ausência de um trabalho específico com o texto do problema. O estilo no qual os problemas de matemática geralmente são escritos, a falta de compreensão de um conceito envolvido no problema, o uso de termos específicos da matemática que, portanto, não fazem parte do cotidiano do aluno e até mesmo palavras que têm significados diferentes na matemática e fora dela [...] (SMOLE e DINIZ, 2001, p. 72)

A Unidade Didática em questão, faz parte da estratégia de ação como

intervenção pedagógica, que será desenvolvida no primeiro semestre de 2017, com

alunos do sexto ano do Ensino Fundamental, no Colégio Estadual Afonso Pena –

Ensino Fundamental e Médio (EFM), no município de São José dos Pinhais – PR.

A Resolução de Problemas é um grande desafio que o professor de

matemática precisa superar, pois os problemas convencionais utilizados como

exemplos, exercícios e como aplicação direta de algoritmos, pouco têm contribuído

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para a construção do conhecimento matemático, como os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN) destacam:

Todavia, tradicionalmente, os problemas não têm desempenhado seu verdadeiro papel no ensino, pois, na melhor das hipóteses, são utilizados apenas como forma de aplicação de conhecimentos adquiridos anteriormente pelos alunos. (BRASIL, 2001, p.40)

Nesse sentido, propomos aqui um trabalho com atividades de intervenção

pedagógica envolvendo situações problemas desafiadoras e mais próximas do

cotidiano de nossos alunos que foram selecionadas e preparadas para contribuir de

forma positiva, em diferentes aspectos, propiciando um ambiente, onde os

educandos possam se expressar oralmente e por meio da escrita, através da leitura

de textos matemáticos, oportunizando o desenvolvimento do raciocínio lógico, do

pensamento intelectual, da criatividade, do senso crítico e da habilidade em

estabelecer relações entre a matemática da sala de aula e a matemática do seu dia

a dia, tendo o professor como o mediador e incentivador no processo de ensino e

aprendizagem.

A Metodologia da Resolução de Problemas envolvendo as operações

fundamentais que serão trabalhadas e embasadas nas etapas propostas por

Allevato e Onuchic (2014), apresentam sugestões para a realização do trabalho em

sala de aula, organizando essas atividades nas seguintes etapas:

1) Preparação do problema: Escolher um problema gerador tendo em vista a

elaboração de um novo conceito, regra, estratégia. É aconselhável que os

conteúdos para resolução do problema sugerido não tenham sido

trabalhados com a turma.

2) Leitura individual: disponibilizar uma cópia para que cada educando faça a

leitura silenciosa.

3) Leitura em grupo: organizar pequenos grupos e propor que a leitura seja

feita novamente nas equipes.

Se ainda encontrarem dificuldades em interpretar o problema, o

professor poderá ajudá-los, conduzindo a leitura.

Caso haja no texto palavras desconhecidas, procura-se uma maneira

de elucidar as dúvidas, por exemplo, permitindo consultas ao dicionário.

4) Resolução do problema: Assim que todas as dúvidas forem sanadas em

relação ao enunciado, os educandos, em suas equipes, trabalharão

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colaborativamente em busca da solução. Espera-se que o problema

gerador os conduza a elaborar estratégias e caminhos ainda não

experimentados por eles, justamente por se tratar de um problema distinto

dos que já conheciam.

5) Observar e incentivar: Nessa fase, os educandos são observados pelo

professor que incentiva ações colaborativas entre os componentes do

grupo e como mediador, oferece assistência, levando-os a raciocinar,

questionando e concedendo tempo para a troca de ideias. O professor

deve, ainda, encorajar os alunos a usarem seus conhecimentos e técnicas

operatórias que já dominam, incentivando-os a escolher outras vias e

auxiliá-los em suas dificuldades.

6) Registro da resolução na lousa: Nesse momento, um integrante de cada

grupo registrará na lousa a resolução encontrada pela equipe. Respostas

certas, erradas e diferentes estratégias serão apresentadas, para que

todos possam questionar e discutir os resultados das mesmas.

7) Plenária: Nessa etapa, todos os discentes são convocados a explanar e

discutir as várias resoluções registradas no quadro, seja para tirar dúvidas

ou para argumentar pontos de vista. O professor mediará o debate,

instigando a participação ativa de todos.

8) Busca de consenso: Depois de tirar todas as dúvidas, por meio de debate

e reflexão, o professor conduz a turma a um consenso a respeito da

resposta correta.

9) Formalização do conteúdo: Finalmente, denominamos “formalização” o

registro no quadro, realizado pelo professor, que faz uma demonstração

“formal” sistematizada e organizada, em linguagem matemática, dos

conceitos e os métodos desenvolvidos para resolução do problema, de

modo a ressaltar as técnicas operatórias e as propriedades conceituadas

sobre o assunto.

10) Propor e resolver novos problemas.

As etapas propostas serão adaptadas nessa unidade didática, de acordo

com a necessidade, realidade e a circunstância do momento. Segundo Allevato e

Onuchic (2011):

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[...] os problemas são propostos aos alunos antes de lhes ter sido apresentado, formalmente, o conteúdo matemático necessário ou mais apropriado à sua resolução que, de acordo com o programa da disciplina para a série atendida, é pretendido pelo professor. Dessa forma, o ensino-aprendizagem de um tópico matemático começa com um problema que expressa aspectos-chave desse tópico, e técnicas matemáticas devem ser desenvolvidas na busca de respostas razoáveis ao problema dado. A avaliação do crescimento dos alunos é feita continuamente, durante a resolução do problema. (ALLEVATO, ONUCHIC, 2011, p. 85).

A avaliação será assistida, observando a participação geral e o

desenvolvimento da autonomia na tomada de decisões dos alunos, ao resolver os

problemas propostos, analisando, incentivando e anotando os avanços obtidos por

cada um deles.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A matemática, e com ela a resolução de problemas, está presente em todos

os momentos em nossa sociedade, desde o início do desenvolvimento da história da

humanidade, o homem evoluiu na medida em que conseguiu vencer obstáculos,

resolvendo os problemas que surgiam. Segundo os PCNs:

A própria História da Matemática mostra que ela foi construída como resposta a perguntas provenientes de diferentes origens e contextos, motivadas por problemas de ordem prática (divisão de terras, cálculos de créditos), por problemas vinculados a outras ciências (Física, Astronomia), bem como por problemas relacionados à investigação internas à própria Matemática. (BRASIL, 2001, p. 40).

Mesmo estando presente nos currículos desde a antiguidade, ainda hoje, a

Resolução de Problemas, é motivo de discussão, e pouco tem sido feito a respeito,

fato que pode ser observado nos resultados das avaliações externas realizadas pelo

Ministério da Educação (MEC), tais como: PROVA BRASIL, Exame Nacional do

Ensino Médio (ENEM), OLIMPÍADAS DE MATEMÁTICA, Sistema de Avaliação da

Educação Básica (SAEB). Estas provas que visam avaliar o conhecimento dos

alunos, tendo como objetivo principal a leitura, interpretação e resolução de

problemas.

Ao trabalhar com Resolução de Problemas, não podemos deixar de

mencionar a importância da leitura, escrita e interpretação do texto matemático, pois

é comum encontrar alunos que não conseguem resolver as operações propostas,

pelo simples fato de não compreenderem aquilo que lhes é pedido. De acordo com

as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE).

Cabe ao professor assegurar um espaço de discussão no qual os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia, apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que utilizaram para chegarem ao resultado. (PARANÁ, 2008, p. 63).

Nesse sentido, a matemática deixa de ser apenas uma matéria com simples

aplicação de regras e procedimentos, para ser mais interativa e dinâmica. Torna-se

importante que o professor possibilite, nas aulas de matemática, a leitura de textos e

de enunciados diversos, pois essa disciplina tem linguagem simbólica específica, na

maioria das vezes desvinculada do cotidiano do aluno, dificultando o entendimento

das situações propostas. Segundo Smole e Diniz (2001):

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Essas características levam-nos a considerar que os alunos devem aprender a ler matemática e ler para aprender matemática durante as aulas dessa disciplina, pois para interpretar um texto matemático, o leitor precisa familiarizar-se com a linguagem e os símbolos próprios desse componente curricular, encontrando sentido no que lê, compreendendo o significado das formas escritas que são inerentes ao texto matemático, percebendo como ele se articula e expressa conhecimentos. (SMOLE & DINIZ, 2001, p. 71).

Assim, como é importante ler em matemática, também é relevante escrever.

O aluno pode escrever sobre um determinado conceito ou criar seus próprios

problemas. Ainda segundo Carvalho (2005, p.14), “como é que o aluno vai

interpretar os enunciados dos problemas se ele não constrói enunciado?” Ao fazer

esse exercício, o aluno estará refletindo a respeito de conceitos adquiridos,

organizando seu pensamento matemático, elaborando estratégias, familiarizando-se

com a linguagem matemática, e estará também desenvolvendo seu raciocínio lógico.

Na visão de Smole (2001):

[...] ao produzir textos em matemática, tal como ocorre em outras áreas do conhecimento, o aluno tem oportunidades de usar habilidades de ler, ouvir, observar, questionar, interpretar e avaliar seus próprios caminhos, as ações que realizou no que poderia ser melhor. É como se pudesse refletir sobre o próprio pensamento e ter, nesse momento, uma consciência maior sobre aquilo que realizou e aprendeu. (SMOLE, 2001, p. 31).

Em relação a problemas matemáticos, é bom ressaltar que existem vários

entendimentos a respeito do tema proposto, segundo os PCN (2001, p.41), “Um

problema matemático é uma situação que demanda a realização de uma sequência

de ações ou operações para obter um resultado”. Nesse sentido, o resultado não é o

mais importante e sim as estratégias, procedimentos e conceitos envolvidos para se

chegar a esse resultado. Para Dante (2000, p.10), problema matemático “É qualquer

situação que exija a maneira matemática de pensar e conhecimentos matemáticos

para solucioná-la”. O problema matemático tem que provocar a curiosidade,

investigação, iniciativa, criatividade e organizar as ideias matemáticas utilizando-se

de vários conceitos e procedimentos para alcançar a resposta desejada.

Na visão de Onuchic e Allevato (2011, p.81), problema “é tudo aquilo que

não se sabe fazer, mas que se está interessado em fazer”. Despertar o interesse do

aluno é uma preocupação de todos os professores de matemática, e para que

nossos alunos tenham interesse em resolver problemas, temos que saber escolher

quais problemas devemos trabalhar em sala com nossos alunos.

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Segundo Polya (2006, p.5), “O problema deve ser bem escolhido, nem

muito difícil nem muito fácil, natural e interessante [...]”. Os problemas se forem

muito difíceis, irão desestimular, fazer com que o aluno não tenha interesse em

resolvê-los, sentindo-se incapaz e perdendo sua autoconfiança. Por outro lado, se

for muito fácil, o aluno não vai se sentir desafiado e instigado a resolvê-lo. Nesse

sentido, Onuchic e Allevato (2011, p. 82) relata que “O professor precisa preparar,

ou escolher, problemas apropriados ao conteúdo ou ao conceito que pretende

construir”. Para Dante (2000), um bom problema deve possuir algumas

características tais como: ser desafiador, real, interessante para o aluno e possuir o

elemento desconhecido de um problema realmente desconhecido.

Além dessas características, o problema não deve consistir na aplicação

evidente e direta de uma ou mais operações aritméticas e ter nível adequado de

dificuldade. Ainda segundo Dante (2000), o professor deve propor aos alunos

problemas que agucem a curiosidade e organizem seu pensamento a fim de

resolvê-los. Nesse mesmo contexto, Polya (2006), afirma “O problema pode ser

modesto, mas se ele desafiar a curiosidade e puser em jogo as faculdades

inventivas, quem o resolver por seus próprios meios experimentará a tensão e

gozará o triunfo da descoberta.”

Portanto, ensinar matemática, através da Metodologia da Resolução de

Problemas, não é uma tarefa fácil, nem para professores nem para alunos, pois

ambos têm que estar dispostos a mudar seu modo de agir durante as aulas de

matemática. Os alunos devem estar motivados e interessados. O professor tem

que planejar, selecionar, preparar e rever as atividades que irá propor, com

antecedência, assumindo também o papel de mediador, já que é quem orienta o

processo. Do aluno é esperado o compromisso para desenvolver o trabalho

proposto com autonomia.

Ao trabalhar com Resolução de Problemas, Polya (2006) propõe quatro

fases, sendo a primeira: Compreender o Problema - O aluno precisa entender o

problema e desejar resolvê-lo; a segunda: Estabelecimento de um Plano - Elaborar

um plano traçando várias estratégias fazendo relações, até encontrar uma solução;

a terceira: Execução do plano - O aluno deverá executar o plano seguindo passo a

passo as estratégias que foram elaboradas por ele; a quarta: Retrospecto - Faz-se

uma retomada de como pensou o problema, como conduziu as estratégias e como

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fez os cálculos, revisando os passos para se chegar a uma solução e também para

corrigir erros cometidos durante o processo.

Em relação às etapas citadas, Dante (2000), em seu livro, Didática da

Resolução de Problemas de Matemática, relata:

É claro que essas etapas não são rígidas, fixas e infalíveis. O processo de resolução de um problema é algo mais complexo e rico, que não se limita a seguir instruções passo a passo que levarão à solução, como se fosse um algoritmo. Entretanto, de um modo geral elas ajudam o solucionador a se orientar durante o processo. (DANTE, 2000, p. 22-23).

Esta Unidade Didática se fundamenta nas etapas propostas por Polya

(2006) e Dante (2000), com ênfase no roteiro de atividades de resolução de

problemas sugerido por Allevato e Onuchic (2014) organizado em dez etapas:

(1) proposição do problema, (2) leitura individual, (3) leitura em conjunto, (4) resolução do problema, (5) observar e incentivar, (6) registro das resoluções na lousa, (7)1 plenária, (8) busca do consenso, (9) formalização do conteúdo, (10) proposição e resolução de novos problemas. (ALLEVATO & ONUCHIC, 2014, p. 45).

Segundo Onuchic e Allevato (2011), existem boas razões para se trabalhar

com Resolução de Problemas e apresentam um resumo das ideias próprias e de

autores que dialogam com elas, salientando como é possível realizar um bom

trabalho por meio desta metodologia, trazendo vantagens para professores e alunos:

Resolução de problemas coloca o foco da atenção dos alunos sobre as ideias matemáticas e sobre o dar sentido. Resolução de problemas desenvolve poder matemático nos alunos, ou seja, capacidade de pensar matematicamente, utilizar diferentes e convenientes estratégias em diferentes problemas, permitindo aumentar a compreensão dos conteúdos e conceitos matemáticos. Resolução de problemas desenvolve a crença de que os alunos são capazes de fazer matemática e de que a matemática faz sentido; a confiança e a autoestima dos estudantes aumentam. Resolução de problemas fornece dados de avaliação contínua, que podem ser usados para a tomada de decisões instrucionais e para ajudar os alunos a obter sucesso com matemática. Professores que ensinam dessa maneira se empolgam e não querem voltar a ensinar na forma dita tradicional. (ONUCHIC & ALLEVATO 2011, p.82).

1 Plenária: É o espaço de discussão, onde professor e alunos em um esforço em conjunto, tentam chegar a um

consenso sobre o resultado correto.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A resolução de cada atividade proposta nessa Unidade Didática, retoma as

sugestões propostas por Allevato e Onuchic (2014) e que estão elencadas na

apresentação dessa Unidade Didática.

Aplicação de Exercícios de reconhecimento envolvendo situações problema com operações fundamentais.

Conteúdo:

● Quatro operações fundamentais.

Objetivos:

● Diagnosticar os conhecimentos prévios da turma referente ao nível de

compreensão e de conteúdos, para melhor conduzir as atividades por meio da

Resolução de Problemas e adequá-las, caso necessário.

Material:

● Cópias digitalizadas das atividades. (Anexo1)

Tempo previsto para realização da atividade: duas aulas

Encaminhamento das atividades

Essa atividade será individual e cada educando receberá uma folha com as

situações problema contendo as 4 operações fundamentais e com diferentes graus

de dificuldades. Os alunos deverão ler e compreender as informações que estão

contidas nas situações problema e resolvê-las deixando na folha todos os cálculos,

as tentativas e as hipóteses que levantaram. Essa atividade de caráter diagnóstico

tem o intuito de averiguar o nível de compreensão e conhecimento de cada

estudante. (Anexo 1)

A atividade de exercícios de reconhecimento é um importante instrumento

para que o professor conheça as dificuldades encontradas por seus alunos, para

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que possa direcionar seus encaminhamentos e melhor adequá-los para a superação

das defasagens encontradas. Segundo Luckesi (2002)

“[...] a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem”. (LUCKESI, 2002, p.81).

Professor: essa atividade será relevante, pois ao conhecermos as dificuldades dos educandos, poderemos agrupá-los, para um trabalho colaborativo, durante o qual poderão trocar experiências, uns com os outros, potencializando a aprendizagem em matemática. Solicitar aos alunos que escrevam as soluções encontradas em cada situação problema de acordo com as perguntas elaboradas.

Problema: As férias de João e sua família.

Conteúdo:

● Sistema de numeração decimal e as quatro operações.

Objetivos:

● Compreender o Sistema de Numeração Decimal, reconhecendo o conjunto de

regras e símbolos que o caracterizam.

● Realizar cálculos relativos às operações com números naturais, por meio de

estratégias diversificadas, compreendendo os processos nelas envolvidos.

Material:

● Situação problema em folha de sulfite plastificada, material dourado.

Tempo previsto para realização da atividade: quatro aulas

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Encaminhamento da atividade

Os educandos desenvolverão essa atividade com o

auxílio do material dourado.

O professor deve apresentar a folha plastificada (Anexo

2) com a situação problema, juntamente com o material dourado

aos alunos, com o objetivo de revisar o sistema de numeração

decimal e explicar que nessa atividade o material dourado será

utilizado para representar o sistema monetário: onde o cubo representa mil reais,

cada placa vale cem reais, cada barra vale dez reais e o cubinho vale 1 real,

deixando essas informações afixadas em um cartaz , que os alunos poderão

visualizar no decorrer da atividade.

Os educandos serão divididos em pequenos grupos, onde receberão a

situação problema e o material dourado. Juntos farão a leitura e a compreensão do

problema proposto, em seguida, farão os cálculos em uma folha separada, contendo

a representação de seu raciocínio com as estratégias de resolução. As operações

de subtração com reserva, as trocas no sistema de numeração decimal pelo sistema

monetário, serão atentamente acompanhadas pelo professor, que fará intervenções

quando necessário. Finalizando a atividade, os alunos apresentarão suas ideias,

demonstrando com o material dourado, aos colegas da sala, como chegaram ao

resultado. De acordo com Dante (2000):

“Devemos criar oportunidades para as crianças usarem materiais manipulativos (blocos, palitos, tampinhas etc.), cartazes, diagramas, tabelas e gráficos na resolução de problemas. A abstração de ideias tem sua origem na manipulação e atividades mentais a ela associadas”. (DANTE, 2000, p.60)

Sendo assim, pretende-se que o educando estabeleça relações com o uso

do material manipulável, favorecendo a abstração em situações problema futuras,

facilitando a aprendizagem dos conteúdos matemáticos.

Professor: auxiliar os educandos a construírem seu conhecimento por meio das trocas e das operações, escutando as discussões e proposições, fornecendo apenas sugestões, aceitando as soluções sem julgá-las nesse momento. Propor aos alunos que escrevam suas soluções, para que o professor tenha mais possibilidade de analisar e intervir se necessário.

Fonte: A autora (2016)

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Atividade de apoio: Problemateca

Os professores encontram muitas dificuldades para localizar problemas não-

convencionais. Sendo assim, para trabalhar com diversos tipos de problemas, eles

podem usar os recursos da problemateca. De acordo com Bonilha e Vidigal, (2016,

p.17), “Uma coletânea de problemas não convencionais é o que denominamos

problemateca”. Para as autoras, a problemateca tem o objetivo de propiciar aos

alunos a oportunidade de resolverem problemas que necessitem da construção de

estratégias não convencionais para sua solução.

Conteúdo:

As quatro operações fundamentais

Objetivos:

Propiciar a autoconfiança e autonomia dos educandos, desenvolvendo a atitude

de solucionar sozinhos ou com a ajuda dos colegas as dificuldades encontradas

nos problemas propostos.

Desenvolver o senso crítico, o espírito de investigação na resolução de

problemas tornando-se perseverante na maneira de obter as possíveis

soluções.

Material:

Caixas, fichas, folhas digitalizadas com problemas.

Tempo previsto para realização da atividade: seis aulas

Encaminhamento da atividade:

Fonte: A autora (2016)

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Nessa atividade iremos montar uma problemateca em sala de aula, com

problemas variados. Esses problemas serão colocados, em uma caixa, com fichas

numeradas. Outra caixa conterá as respectivas respostas, para permitir a

comparação e a correção dos problemas pelos alunos, propiciando o

desenvolvimento da autonomia e autoconfiança dos mesmos. A problemateca ficará

em um canto da sala à disposição da turma, assim que terminarem as atividades, os

alunos anotarão em uma tabela de controle (Anexo 3) o número do problema

escolhido e registrarão no caderno os dados do enunciado, as estratégias utilizadas

e as soluções dos mesmos de acordo com as perguntas propostas em cada

problema. Esse pequeno acervo poderá ser consultado e explorado pelos

educandos, individualmente ou em duplas, assim que forem terminando suas

atividades, respeitando o ritmo de cada um. A coletânea de problemas deve ser

reavaliada constantemente, trocando os problemas que os alunos considerem muito

fáceis ou muito difíceis, ou aqueles que não os motivam, incluindo novos problemas.

Segundo Stancanelli (2001):

A cada proposta de resolução, os alunos devem ser encorajados a refletir e analisar detalhadamente o texto, estabelecendo relações entre os dados numéricos e os outros elementos que o constituem e também com a resposta obtida, percebendo se essa é ou não coerente com a pergunta e com o próprio texto. (STANCANELLI, 2001, p.120)

Nessa atividade o acervo de problemas será fornecido pela professora, que

utilizará os problemas sugeridos no livro “Resolução de Problemas nas aulas de

matemática: O Recurso Problemateca”, das autoras: Maria Adelaide de Castro

Bonilha e Sonia Maria Pereira organizado por Kátia Stocco Smole e Maria Ignez

Diniz (2001) e o livro Didática da Resolução de Problemas de Matemática do autor

Luiz Roberto Dante (2000).

A problemateca é um bom recurso para trabalhar com a Metodologia de

Resolução de Problemas, pois possibilita ao aluno: pensar, discutir e formular

hipóteses, calmamente, levando em consideração o ritmo de cada educando,

ocupando-os para que não fiquem ociosos e desestimulados, à medida que os

colegas vão terminando as atividades. Enquanto isso, o professor pode fazer o

trabalho de mediador do processo, orientando essa e outras atividades.

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Professor: é importante conversar com a turma, explicar o desenvolvimento desse recurso, deixando bem claro o objetivo dessa atividade, no decorrer do andamento do projeto. Conforme a turma for resolvendo os problemas da problemateca, o professor deve pedir para os alunos explicarem como pensaram as estratégias utilizadas, registrando as soluções encontradas em cada problema. Uma sugestão para motivar os alunos a resolverem problemas da problemateca é criar uma tabela, colocando carimbo ou adesivos de incentivo para cada problema resolvido.

Trabalhando diferentes tipos de problemas, para melhor explorá-los.

Em relação a diferentes tipos de problemas, temos algumas sugestões

relatadas por alguns autores que podem contribuir para auxiliar o aluno e professor

na resolução de problemas. De acordo com Dante (2000), os problemas devem ter

algumas características tais como:

Exercícios de reconhecimento: seu objetivo é fazer com que o aluno reconheça, identifique ou lembre um conceito, um fato específico, uma definição, uma propriedade etc. Exercícios de algoritmos: são aqueles que podem ser resolvidos passo a passo. Problema-padrão: sua resolução envolve a aplicação direta de um ou mais algoritmos anteriormente aprendidos e não exige qualquer estratégia. Problemas-processo ou heurísticos: São problemas cuja solução envolve operações que não estão contidas no enunciado. Problemas de aplicação: são aqueles que retratam situações reais do dia a dia e que exigem o uso da Matemática para serem resolvidos. Problemas de quebra-cabeça: são problemas que envolvem e desafiam grande parte dos alunos. (DANTE, 2000, p. 16-21).

Conteúdo:

As quatro operações fundamentais, área e perímetro.

Objetivos:

Utilizar estratégias diferentes para resolver problemas que envolvem as quatro

operações fundamentais e conceito de área e perímetro.

Formular conceitos matemáticos por meio da leitura, da oralidade e da escrita de

situações problema.

Promover um ambiente de discussão, motivação e confiança.

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Material:

Cópias digitalizadas para os educandos, dicionários, livros, jarra de medida,

embalagens, régua, papel quadriculado, jornal e régua de metro.

Tempo previsto para realização das atividades: 10 aulas

Encaminhamento das atividades

Nessa atividade os alunos receberão uma folha contendo situações

problema variadas, que deverão ser resolvidas em pequenos grupos. Os educandos

farão a leitura, compreensão e resolução do problema por meio da linguagem,

desenhos, tabela ou esquemas para chegar a uma solução.

Na sequência um integrante de cada grupo irá ao quadro e registrará a

solução encontrada, explanando, argumentando e defendendo como chegaram ao

resultado, logo após, juntos professor e alunos buscarão um consenso para solução

dos problemas propostos formalizando o conceito do conteúdo abordado.

A atividade propõe diferentes problemas, para que o aluno utilize estratégias

variadas para resolver um mesmo problema ou usar a mesma tática para resolver

vários problemas (DANTE, 2000).

1) No Colégio Estadual Afonso Pena há um terreno destinado ao plantio

de árvores para fazer o reflorestamento, o colégio ganhou uma tela de proteção de

30m de comprimento. A professora de ciências juntamente com seus alunos

resolveram cercar esse terreno, no formato retangular, de modo que tenha a maior

área possível, considerando que vocês são alunos da professora de ciências, vamos

ajudá-la a encontrar quais devem ser as dimensões do espaço destinado ao plantio

dessas árvores? (Adaptado: DANTE, 2000, p.38)

Nesse problema o professor pode fazer alguns questionamentos, com o

intuito de auxiliar e incentivar o aluno a compreender melhor o que está sendo

solicitado no problema, tais como:

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a) Leia atentamente o problema, verifique o que está sendo solicitado e

quais são os dados importantes.

b) O que são dimensões para vocês?

c) Façam desenhos para representar o terreno destinado ao plantio das

árvores.

d) O que é área no entendimento de vocês?

e) Propor que os alunos preencham a tabela (anexo 4).

f) Vocês têm noção do que é um metro quadrado?

Fonte: A autora (2016).

Professor: além de solicitar aos alunos uma leitura atenta e pesquisa (dicionários, livros...) discutir o significado de dimensões. Sugerir que os estudantes façam todos os desenhos possíveis em papel milimetrado ou malha quadriculada e se preferir pode usar geoplano retangular, para que possam preencher a tabela (Anexo 4) com as possíveis medidas do terreno para facilitar o entendimento do problema, para formalização do conceito de área construir com os alunos um metro quadrado, (jornal, barbante, etc...) para melhor compreensão do que é um metro quadrado, em seguida solicitar aos educandos que escrevam a solução encontrada

2) Fernando e Joaquim são amigos e estão no momento colecionando

figurinhas de Pokémon. Fernando já tem 192 figurinhas coladas no álbum

e Joaquim tem 180. Se Fernando conseguir 26 figurinhas fazendo trocas

com seus colegas e Joaquim conseguir 39: (Adaptado: DANTE, 2000,

p.46).

a) Qual dos dois ficará com mais figurinhas no álbum?

b) Qual a diferença da quantidade de figurinhas entre eles ?

c) Quantas ainda faltarão para Fernando e para Joaquim, se o total de

figurinhas do álbum é 302?

d) Quantos pacotes Fernando ainda precisará comprar, se em cada um vem

2 figurinhas, mas uma é sempre repetida?

Page 21: 1- FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO...sala de aula, organizando essas atividades nas seguintes etapas: 1) Preparação do problema: Escolher um problema gerador tendo

e) Quanto Fernando gastará se cada pacote custa R$1,50.

http://3.bp.blogspot.com/_nkHQ3KBZ1CU/S9PYOZKIcRI/AAAAAAAAFOY/P59GOJ0kyD0/s1600/figuras.gif

Professor: este problema é interessante, pois faz parte das brincadeiras do dia a dia dos educandos, sendo assim, sentem-se mais motivados e envolvidos em sua resolução, mas precisam ler atentamente e compreender o que está sendo solicitado em cada questão, para estabelecerem estratégias de resolução, escreverem as respostas encontra de acordo com as perguntas do problema.

3) Os alunos do 9º ano precisam arrecadar dinheiro para um passeio no final

do ano, para isso começaram vender suco na hora do recreio, sendo que

224 estudantes compram suco diariamente. Sabendo que 1 litro de suco

dá para 4 copos e que cada aluno compra 1 copo de suco por dia.

Responda: (Adaptado: DANTE, 2000, p.30)

a) Quantos litros de suco são necessários por dia?

b) Quanto os alunos do 9º ano irão arrecadar na venda de suco

diariamente, se cada copo de suco custa R$ 2,00? E mensalmente?

Fonte: A autora (2016).

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Professor: além de fazer perguntas, encorajar seus alunos a questionarem e a destacarem informações importantes do problema, elaborando estratégias para solucionar o problema proposto, é importante trazer algumas embalagens que representem 1 litro ou 500 ml etc... (copos de medida e embalagens etc...) para o aluno compreender na prática que 1 litro representa quantos ml, e registrar as ideias.

4) Viviane aprendeu fazer pulseiras e ela tem 338 elásticos coloridos para

fazê-las. Ela quer distribuir esses elásticos entre ela e suas amigas Carolina, Daniela

e Janaina. Responda: (Adaptação: BRUM e SANTOS, 2015, p. 124).

a) Quantos elásticos coloridos caberão a cada uma? Sobrarão elásticos?

b) Se forem necessários 12 elásticos para fazer uma pulseira, quantas

pulseiras poderão fazer com a quantidade que cada uma receber?

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/09/pulseira-de-elastico-vira-moda-entre-jovens-cariocas-aprenda-

fazer.html

Professor: o problema proposto, apresenta o conceito de medida e de divisão como partição, essa ideia deve ser trabalhada, para que o educando possa compreender o conceito de divisão de forma mais abrangente, juntamente com a ideia de multiplicação, levando-o a reflexão, por meio da investigação e questionamentos. Importante lembrá-los sempre do registro da sequência do pensamento.

5) No dia do estudante, o Colégio Estadual Afonso Pena promoveu uma

confraternização entre os alunos. Em um determinado momento 6 amigos se

encontraram. Se cada um trocar um aperto de mão com todos os outros, quantos

apertos de mão terão dado ao todo? E se forem 7 amigos quantos apertos de mãos

teremos? (Adaptado; DANTE, 2000, p.18).

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Fonte: A autora (2016).

Professor: Este problema propicia diferentes enfoques e vários modos para se chegar à solução É um problema em que a solução não aparece no enunciado, mas que desenvolve a criatividade, a iniciativa e o espírito investigativo.

Nessa atividade o problema proposto trabalha com o conceito de área e

perímetro, segundo Van de Walle (2005, p.66) “Muitos problemas bons são

superficialmente simples. As extensões que são desafiadoras”. Nesse sentido se faz

necessário conhecer os nossos alunos e investigar o que eles realmente sabem.

Dessa forma pode-se propor problemas que realmente vão instigar e

desafiar nossos educandos. Lembrando que o problema abaixo será resolvido pelas

etapas de resolução de problemas para sala de aula sugeridas por Allevato e

Onuchic (2014) como consta na apresentação dessa unidade

Problema dos quadradinhos

A professora de matemática do sexto ano propôs um

desafio aos seus estudantes, construir uma figura irregular

composta por quadradinhos, sabendo que o lado de cada

quadradinho da figura abaixo mede 5 mm. Qual é o perímetro

da figura? E sua área, quanto mede? E se a medida de todos

os lados fosse dobrada? Qual seria a medida da área? E do

perímetro? (Adaptado: JUSTULIN, AZEVEDO et al. 2014, p.130). Fonte: A autora

(2016)

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Conteúdos abordados:

Área; Perímetro; Medida de comprimento; Medida de área.

Objetivo:

Explorar o que ocorre com a área e o perímetro de um quadro quando as

medidas iniciais de seus lados têm seus valores dobrados.

Material utilizado:

Papel milimetrado, régua, cópia digitalizada da atividade.

Tempo previsto para realização da atividade: quatro aulas

Encaminhamento da atividade

Cada aluno receberá seu problema digitalizado, fará a leitura e compreensão

individual do problema, em seguida a turma será dividida em grupos para fazer a

leitura e reflexão do problema coletivamente, com a utilização de régua e papel

milimetrado, os alunos irão reproduzir a figura inicial. Após a construção, os alunos

encontrarão a área e o perímetro da figura, utilizando a linguagem matemática,

desenhos e cálculos.

Em seguida, permanecendo em grupos, os alunos ampliarão a figura na

mesma folha de papel milimetrado, dobrando a medida dos lados da mesma. A

seguir verificarão através da observação e da comparação do desenho, as

alterações, da área e do perímetro, analisando-o que ocorre nos dois casos.

Nessa atividade, se houver muitas dúvidas, é importante, que o professor

retome o conceito de área e perímetro, já trabalhados em séries anteriores,

permitindo que os alunos pesquisem o significado das palavras em dicionários. Na

plenária, um representante de cada grupo registra na lousa como seu grupo

resolveu a atividade. Lembrando que essa situação problema tem duas etapas:

calcular a área e o perímetro das figuras irregulares e em seguida fazer o mesmo

dobrando a medida do lado. O professor deve conduzir essas duas etapas e fazer

comparações entre os resultados.

Na formalização dessa atividade os educandos deverão compreender que

existem diferentes maneiras de raciocinar um mesmo conceito. Ao trabalhar com os

conceitos de área e perímetro, os educandos não devem apenas aplicar fórmulas de

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maneira mecânica, é importante estabelecer diferentes relações, propiciando aos

mesmos meios de construir, observar e comparar, possibilitando melhor

compreensão entre os conceitos. Segundo os PCNs.

[...] “o trabalho com áreas deve apoiar-se em procedimentos que favoreçam a compreensão das noções envolvidas, como obter a área pela composição e decomposição de figuras cujas áreas, eles já sabem calcular (recorte e sobreposição de figuras) por procedimentos de contagem (papel quadriculado, ladrilhamento), por estimativas e aproximações.” (BRASIL, 2001, p.131)

Professor: essa atividade é propícia para trabalhar como utilizar a régua, que é uma dificuldade recorrente dos educandos do sextos anos. Outra forma de encaminhar essa atividade e fazer a construção das figuras no geoplano retangular, para que os alunos possam observar e comparar melhor a área e o perímetro das mesmas. É importante propor aos alunos que escrevam as soluções encontradas, para que o professor possa analisar, posteriormente, os efeitos dessa atividade.

Matemática aplicada no dia a dia: vivenciando mercado em sala de aula.

Conteúdo:

Operações Fundamentais envolvendo Sistema Monetário Brasileiro.

Objetivos:

Oportunizar ao educando aprender comprar, vender, economizar, dar e conferir o

troco, compreendendo o valor e o que pode comprar com o dinheiro que possui.

Utilizar a calculadora para a verificação dos resultados e correção dos erros,

auxiliando e agilizando as estratégias de resolução.

Material utilizado:

Embalagens, cópias de cédulas de notas de reais (R$) miniatura, folha de sulfite,

cartolina, calculadora:

Tempo previsto para realização da atividade: seis aulas

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Encaminhamento da atividade

Nessa atividade iremos trabalhar com as operações fundamentais,

envolvendo o sistema monetário brasileiro. Sabemos que muitos alunos têm

dificuldade em aprender matemática, mas conseguem realizar compras simples, por

isso é muito importante propor situações simuladas, para que eles vençam essas

dificuldades, sentindo-se inseridos no processo ensino aprendizagem.

Com a evolução e o desenvolvimento do comércio, a base de trocas de

mercadorias não supria mais as necessidades da sociedade vigente, sendo

necessária uma representação mais eficiente, como moeda de troca no comércio.

Nesse sentido propomos uma atividade prática, em que os alunos deverão

pesquisar o preço de produtos que são consumidos em sua casa e trazer para

escola embalagens desses produtos com o intuito de montar um mercado. Antes de

propor essa atividade faz-se necessário o professor sugerir alguns

encaminhamentos:

No primeiro momento, pesquisar com os alunos, como surgiu o sistema

monetário (o surgimento do dinheiro no mundo disponível em:

http://portaleconomia.com.br/moedas/dinheironomundo.shtml.

No segundo momento, realizar questionamentos e orientar os alunos a

refletirem sobre o assunto:

a) Você vai ao mercado fazer compra com seus familiares?

b) Gosta de ir ao mercado com a família? Por quê?

c) O que você mais gosta de comprar?

d) Você e sua família procuram comprar produtos em promoção?

Pesquisam os preços?

e) Ao comprar um produto no mercado, vocês verificam a data de validade?

f) Seus pais fazem compra no mercado por mês? A cada quinze dias? Ou

por semana?

g) Seus familiares pagam a conta do supermercado com cartão, ou com

dinheiro?

h) Ao pagar uma compra em dinheiro no mercado, você confere o troco?

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i) Ao fazer compras de certos produtos, você e sua família analisam os

rótulos desses produtos?

Para reforçar as reflexões acima assistiremos ao vídeo: Como Se Fosse

Dinheiro, da autora Ruth Rocha, disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=R5dUFDsJolo, objetivando melhorar, o

entendimento sobre: A necessidade da criação do sistema monetário, não ser

enganado na hora de receber o troco, conferir a lista de compras, não aceitar balas,

chicletes etc...,como troco.

Solicitar aos alunos, antecipadamente, que acompanhem seus familiares

nas compras de mercado e façam uma tabela com os produtos que habitualmente

costumam comprar, juntamente com os respectivos preços. Pedir aos alunos que

observem e registrem (fotos, desenhos) como os produtos estão dispostos nas

prateleiras dos mercados.

O professor poderá trazer para discussão essa experiência vivenciada no

mercado e solicitar que os estudantes tragam para a escola embalagens vazias de

produtos, com a finalidade de comporem um mercadinho em sala de aula. Caso

faltem embalagens de alguns produtos, os alunos poderão confeccionar cartazes

com desenhos que representem esses produtos.

Os alunos organizarão a sala de aula como se fosse um mercado, deixando

os corredores livres e disponibilizando as carteiras para organizar as embalagens

sobre elas, dividindo em setores: os produtos de alimentação, de higiene, de limpeza

e assim por diante. Após a organização do mercado é preciso montar uma tabela

(Anexo 5) para facilitar a compra, combinar com a turma os preços, como serão

realizadas as compras e a forma de pagamento.

Sugerimos que as turmas sejam dividas em grupos e sigam algumas

orientações, tais como:

2 grupos recebem 250 reais para fazer a compra para uma família de 5

pessoas.

2 grupos recebem 200 reais para fazer a compra para uma família de 5

pessoas.

2 grupos recebem 150 reais para realizar a compra para uma família de 4

pessoas.

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2 grupos recebem 100 reais para realizar a compra para uma família de 3

pessoas.

De acordo com as situações problema que realizaram, os educandos devem

se organizar fazendo algumas reflexões, como: o dinheiro destinado para essa

compra vai ser suficiente? Ficarão devendo ou sobrará troco? Eles devem organizar

os componentes dos grupos, distribuindo as funções entre seus integrantes: os que

farão as compras e os que ficarão no caixa, podendo trocar de funções no decorrer

da atividade. Cada grupo receberá calculadoras para agilizar e verificar o resultado.

A calculadora é um recurso tecnológico presente no dia a dia dos educandos

e de seus familiares, fazendo uso no cálculo das despesas das famílias, quando

envolve números grandes, operações mais complicadas, entre outras situações,

sendo assim a escola não pode ignorar esse recurso, proporcionando ao educando

familiarização e uso adequado desse recurso tecnológico. Segundo os PCNs”

Quanto ao uso da calculadora, constata-se que ela é um recurso útil para verificação de resultados, correção de erros, podendo ser um valioso instrumento de auto-avaliação. A calculadora favorece a busca e percepção de regularidades matemáticas e o desenvolvimento de estratégias de resolução de situações-problema pois ela estimula a descoberta de estratégias e a investigação de hipóteses, uma vez que os alunos ganham tempo na execução dos cálculos. (BRASIL, 2001, p.45).

Após a realização das compras sugerir aos alunos que preencha uma tabela

(Anexo 6 ) com um relatório das compras realizadas por cada equipe com o intuito

de organizar e fazer comparações e questionamentos entre as equipes que

receberam o mesmo valor. Levando em consideração as equipes que receberam o

mesmo valor em dinheiro, responda:

a) Qual a equipe que gastou mais dinheiro? Ou gastaram a mesma

quantidade?

b) Qual grupo gastou mais com produtos alimentícios? Por quê?

c) Qual grupo gastou mais com produtos de higiene e limpeza? Por quê?

d) Qual foi o valor em dinheiro que uma equipe gastou a mais que a outra

em produtos alimentícios? Considere as equipes que receberam valores

iguais.

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e) Qual foi o valor em dinheiro que uma equipe gastou a mais que a outra

em produtos de higiene e limpeza? Considere as equipes que receberam

valores iguais.

Professor: levando em consideração esse contexto a calculadora será um recurso adicional na organização dos dados, na verificação dos erros, no levantamento de hipóteses, e no desenvolvimento do raciocínio lógico. Algumas orientações devem ser antecipadas sobre o uso adequado e manuseio consciente e sistematizado desse recurso. Propor aos alunos que ao finalizar essa atividade escreva as soluções do problema em questão, permitindo ao professor verificar se a resposta dada é condizente com a questão elaborada.

Elaborando enunciado de problemas

Conteúdo:

As operações fundamentais

Objetivos:

Elaborar problemas utilizando a linguagem matemática relacionada à linguagem

materna.

Produzir pequenos textos matemáticos envolvendo as 4 operações e trabalhar o

conceito de área e perímetro.

Material utilizado:

Encarte de jornal, lojas.

Tempo previsto para realização da atividade: quatro aulas

Encaminhamento da atividade

Incentivar os educandos a escrever, pois isso é uma responsabilidade que

não deve ficar ao encargo apenas da disciplina de português, mas de todas as áreas

do conhecimento. Nesse sentido, em matemática uma das formas de incentivar essa

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habilidade, é proporcionar aos alunos, produzir seus próprios enunciados, por meio

de diferentes encaminhamentos, segundo Chica (2001) “Deve ser um trabalho

diversificado, pertinente e valorizado”, nesse sentindo ainda considerando a ideia da

autora:

Formular problemas é uma ação mais complexa do que simplesmente resolver problemas. Aliás, ela traz consigo a resolução, na medida em que é preciso lidar com as dificuldades da linguagem matemática, da língua materna e da combinação de ambas segundo a finalidade do que foi proposto. (CHICA, 2001, p.172)

Portanto, quando o aluno escreve utilizando a linguagem matemática,

familiariza-se com ela, reflete sobre os conceitos adquiridos, organiza seu

pensamento matemático, elabora estratégias, desenvolve a criatividade e seu

raciocínio lógico. Segundo Smole (2001):

[...] ao produzir textos em matemática, tal como ocorre em outras áreas do conhecimento, o aluno tem oportunidade de usar habilidades de ler, ouvir, observar, questionar, interpretar e avaliar seus próprios caminhos, as ações que realizou, no que podia ser melhor. É como se pudesse refletir sobre o próprio pensamento e ter, nesse momento, uma consciência maior sobre aquilo que realizou e aprendeu”. (Smole, 2001, p. 31)

Diante de tantas vantagens, propomos mais essa atividade, em que os

alunos devem elaborar seus próprios problemas, produzir os mesmos baseados em

conteúdos já trabalhados, como o sistema monetário brasileiro.

Como nossos alunos não estão habituados a elaborar enunciados de

problemas, mas simplesmente a resolver os problemas propostos, o professor deve

começar propondo questões simples e deixar claro o que o educando deve elaborar

nessa atividade, isto é, criar problemas a partir do material disponibilizado: o encarte

de jornais e revistas e panfletos promocionais. O intuito dessa atividade é observar

se o aluno consegue fazer uma relação entre a linguagem matemática e a língua

materna.

Professor: o papel do professor no desenvolvimento dessa atividade será o de observar, ouvir e intervir quando houver necessidade. Na sequência, deverá recolher a situação problema e as estratégias que utilizaram para encontrar a solução do mesmo, além de analisar fazer algumas anotações e devolver às equipes para que possam fazer as alterações que forem necessárias.

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A avaliação assistida se dará no desenvolvimento das atividades,

observando a participação dos estudantes, quanto ao relacionamento entre os

componentes das equipes, nas deduções e discussões sobre o melhor caminho a

seguir para resolver os problemas; quanto à organização e síntese do pensamento;

quanto às anotações; à criatividade e, quanto à comunicação oral argumentativa no

momento da apresentação e defesa dos procedimentos adotados pelos grupos.

Professor: para uma melhor efetivação dessa avaliação, sugere-se que elabore uma tabela com o nome dos alunos e com alguns critérios a serem observados, analisados e orientados durante todo o processo de encaminhamento das atividades.

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REFERÊNCIAS

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Aprendizagem-Avaliação: por que Através da Resolução de Problemas. In:

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BONILHA, Maria Adelaide de Castro; VIDIGAL, Sonia Maria Pereira. O recurso

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Problemas nas aulas de matemática: O Recurso Problemateca. Porto Alegre:

Penso, 2016. Cap. 2, p. 17.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática: 3º e 4º ciclos. Brasília,

DF: MEC, 2001.

BRUM, Jaqueline Magalhes; SANTOS, Vânia Maria Pereira. Estratégias de

Resolução de Problemas de Divisão não Rotineiros. Teoria e Prática da Educação.

V.18, n.2, p.121-132 Maio/Agosto 2015. Disponível em:

<http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/TeorPratEduc/article/view/31450> Acesso

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CARVALHO, Mercedes. Problemas? Mas que problemas?!: estratégias resolução

de problemas matemáticos em sala de aula. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

CHICA, H. Cristiane. Por que formular problemas? In: SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ,

Maria Ignez (Org.). Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para

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DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de problemas de matemática. 12.

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JUSTULIN, Andresa, Maria; AZEVEDO, Elizabeth, Quirino et al. In: ONUCHIC,

Lourdes de La Rosa et al (Org.). Resolução de Problemas: Teoria e Prática.

Jundiaí: Paco, 2014. Cap. 2, p. 130.

LUCKESI C. Cipriano, Mercedes. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14ª ed.

Cortez Editora, 2002.

MACCARINI, Justina Motter, É hora de fazer matemática: 2ª série, ensino

fundamental manual do professor. Curitiba: Educarte, 2005.

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ONUCHIC, Lourdes de La Rosa; ALLEVATO, Norma Suely Gomes. Pesquisa em

Resolução de Problemas: caminhos, avanços e novas perspectivas. Bolema, Rio

Claro (SP), v. 25, nº 41 p.73-98, dez. 2011. Disponível em:

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

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POLYA, George. A arte de resolver Problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.

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SMOLE, Kátia C. S.; DINIZ, Maria Ignez. Ler e Aprender Matemática. In: SMOLE,

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STANCANELLI, Renata. Conhecendo diferentes tipos de problemas. In: SMOLE,

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VAN DE WALLE, John A. Matemática no Ensino Fundamental: formação de

professores e aplicação em sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 2009.

FIGURAS

Imagem: Disponível em:

<http://3.bp.blogspot.com/_nkHQ3KBZ1CU/S9PYOZKIcRI/AAAAAAAAFOY/P59GOJ

0kyD0/s1600/figuras.gif> Acesso em: 12 dez 2016.

Imagem: Disponível em: <http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/09/pulseira-

de-elastico-vira-moda-entre-jovens-cariocas-aprenda-fazer.html> Acesso em: 12 dez

2016.

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ANEXOS

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(Anexo 1)

COLÉGIO ESTADUAL AFONSO PENA-EFM

NOME: Nº: 6º ANO:

PROFª: DATA:

NOTA:

Atividade: Exercícios de reconhecimento

1) Maria tem uma coleção de figurinhas de Pokémon com 86 figurinhas e Elaine tem

o dobro de figurinhas de Pokémon. (adaptado: DANTE, 2000, p. 46)

a) Qual das duas ficará com mais figurinhas no álbum?

b) Quantas figurinhas têm as duas juntas?

c) Quantas figurinhas Elaine têm a mais que Maria?

d) Se Maria ganhar 30 figurinhas, quantas figurinhas terá a mais que Elaine?

Justifique sua resposta.

e) Quantas faltarão ainda para Maria e para Elaine, se o total de figurinhas do

álbum é 200?

2) Senhor Joaquim tem uma banca de revistas que vende 120 jornais por dia. No

domingo, ele vende 60 jornais a mais do que nos outros dias. Determine quantos

jornais, essa banca de revista, vende por semana? Quantos jornais serão

vendidos em 4 semanas? (DANTE, 2000, p.72)

3) Carolina, Eduardo, Luciana e Maria são irmãos.

Eduardo é o caçula.

Carolina é dois anos mais velha que Maria.

Luciana é cinco anos mais nova que Carolina.

Qual a idade de cada um deles?

(BONILHA e VIDIGAL, 2016, p. 34)

Nome Idade

11 anos

9 anos

6 anos

4 anos

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4) João treina para as Olimpíadas em uma pista de corrida circular que tem 410

metros de extensão. Ele já percorreu 1350 metros. (BRUM e SANTOS, 2015, p.

124).

a) Quantas voltas completas ele já deu?

b) A quantos metros do inicio da pista ele se encontra?

c) Quantos metros faltam para completar mais uma volta?

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(Anexo 2)

Problema: as férias de João e sua família. a) João está de férias e resolveu viajar com a

sua esposa Maria e seus dois filhos, Mariana

e Pedro, eles vão ficar 5 dias na praia. João

vai levar R$ 1.050,00 para gastar com a

família nessa viagem.

b) Mariana e Pedro adoram praia, antes de

saírem de viagem seu pai abasteceu o carro e

gastou R$ 120,00 em combustível.

c) Durante a viagem resolveram parar e fazer

um lanche. Maria tomou um refrigerante que

custou R$ 4,00 e João comeu uma fatia de

pizza que custou R$ 8,00

d) Mariana e Pedro pediram um sorvete, pois

não estavam com fome. Tomaram 4 sorvetes,

cada um custou R$ 4,50.

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e) Mas durante a viagem, aconteceu um

imprevisto, furou o pneu do carro. E assim

tiveram que gastar R$ 20,00 para o conserto

do pneu.

f) Ufa! Até que enfim, chegaram à casa da praia.

Ao retirarem a bagagem do carro Pedro sentiu

falta de sua bola e sua prancha. Sua mãe

falou que iriam ao supermercado e

comprariam uma bola e uma prancha. No

supermercado gastaram R$ 285,00.

g) Oba! Até que enfim eles chegaram ao mar.

h) Mariana tem muita sorte. Andando na areia,

encontrou uma nota de R$ 50,00. Foi ao

encontro de sua mãe e lhe deu o dinheiro. Foi

uma grande alegria!

i) Encontraram o sorveteiro à beira mar. E

compraram 5 sorvetes no total. Cada um

custou R$ 4,00 reais.

j) À noite a família saiu para jantar, gastaram R$

120,00.

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k) No outro dia à tarde a família, saiu para

fazer um lanche e gastaram R$ 45,00 reais.

l) Ao encontrar um amigo, Pedro convidou-o

para jogar bola. Ele pagou R$ 15,00 no

aluguel da rede do gol.

m) Na volta para casa, passaram no posto para

abastecer e gastaram R$ 85,00 reais com

gasolina e guloseimas.

n) Assim curtiram as férias! Agora vamos

descobrir com quantos reais, João voltou para

casa ?

(adaptado: MACCARINI, 2005, p. 129-132 / Ilustração: CAETANO, 2016)

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(Anexo 3)

Tabela de controle dos problemas da Problemateca

Aluno: ______________________________________________ Serie: ______ Nº: ____

Nº do

problema ___

Resposta:

CARIMBO

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

Nº do

problema ___

Resposta:

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(Anexo 4)

Tabela das dimensões, área e perímetro do retângulo

Comprimento Largura Perímetro Área

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(Anexo 5)

Tabela de organização das compras:

Produtos Quantidade (kg.ou unid.)

Quanto comprou do produto.

Quanto pagou no total.

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(Anexo 6 )

Tabelas das compras realizadas, por cada equipe:

Equipe Valor gasto com

alimentação Valor gasto com higiene e limpeza

Gasto total

1

2

3

4

5

6

7

8