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DESINTOXICAÇÃO ORGÂNICA

TERAPIA CRIADA PELO DR. HIPÓCRATES – 400 A.C.,PAI DA MEDICINA – EQUILIBRA A ECOLOGIA INTERNA

CRIANDO AMBIENTE CELULAR DESFAVORÁVEL AOS AGENTES CAUSADORES DAS DOENÇAS – VIRUS, BACTÉRIAS, MICRÓBIOS, GERMES, FUNGOS, PARASITAS, PROTOZOÁRIOS –

DA MESMA FORMA QUE A HIGIENIZAÇÃO CORRETA ELIMINA A CULTURA QUE ALIMENTA OS INSETOS.

Saúde é um estado har-monioso em que todos os órgãos, glândulas e nervos funcionam perfeitamente, dando ao ser humano, vigor e felicidade. Quando declina, e a doença se instala, é ne-cessário observar as causas desse processo. Sem dúvi-da, a causa principal das doenças degenerativas é a toxemia, a intoxicação crôni-ca dos tecidos. Não são somente os toxi-

cômanos, alcoólatras e fu-mantes que sofrem de toxe-mia. Praticamente todos nós

cometemos erros graves em nossos hábitos de vida: ali-mentação errônea, excesso de sal e condimentos, falta de exercícios, radiações, abuso de medicamentos, poluição da água e do ar e o estresse cada vez maior da vida moderna. As fermentações e a pu-

trefação dos alimentos ina-dequados, mal combinados e engolidos às pressas, for-mam toxinas cujos efeitos são devastadores em nosso organismo: fenol, uréia, a-

môniaco, indol, escatol, ca-daverina, gás sulfídrico... EFEITOS DAS TOXINAS

Essas substâncias vão se

acumulando no organismo durante anos, às vezes des-

de a mais tenra infância quando a mamadeira de leite com açúcar refinado produ-zia enormes fermentações, várias vezes ao dia. Quanto maior a quantida-

de de resíduos tóxicos, tanto

mais perigosos serão os seus efeitos: 1. Depósitos de toxinas no tecido conjuntivo, o que prejudica o funcio-namento dos órgãos in-ternos.

2. Retenção do líquido en-tre as células de todos os órgãos e também nos tecidos, devido à ingestão excessiva de sal que o nosso corpo dilui com água à razão de vinte gramas por grama de sal. Obvia-mente, haverá mau funcionamento dos ór-gãos afetados, bem como facilidade para engordar.

3. Depósito de matérias estranhas e gorduras nas paredes internas das artérias e veias im-pedirão a livre circula-ção do sangue criando células mal nutridas e oxigenadas, condições que favorecem sua de-generação, enfraque-cimento e propensão a

mutações indesejáveis: câncer, leucemia.

4. Aumento da viscosida-de do sangue, o que di-ficulta ainda mais o flu-xo sanguíneo.

5. Irritação do sistema nervoso – angústia, in-sônia, agitação – ou entorpecimento - de-pressão, desânimo, comandos fracos aos órgãos e glândulas.

6. Diminuição do peristal-tismo estomacal e in-testinal, prisão de ven-tre e má digestão.

7. Impermeabilização dos glóbulos vermelhos, impedindo sua oxige-nação nos pulmões.

8. Ataque ao tecido ósseo – osteoporose – e de-pósito de matérias es-tranhas nas articula-ções: artrite.

9. Sobrecarga do fígado e dos rins, órgãos encar-regados da purificação do sangue.

10. Aumento da tendência às alergias, queda das auto defesas imunoló-gicas e conseqüente vulnerabilidade às do-enças infecciosas.

Em resumo, o organis-

mo intoxicado está sujeito a inúmeras enfermidades e ao envelhecimento pre-coce. Ou seja, doenças temidas, como o câncer e a AIDS, se instalam so-mente em pessoas cujo sistema de autodefesa foi enfraquecido pela toxemia crônica.

COMO LIVRAR-SE

DAS TOXINAS?

Será que estamos fada-dos a sofrer as conseqüên-cias de nossos hábitos errô-neos, sem poder nos defen-der? Felizmente, a natureza oferece armas para comba-ter praticamente todas as moléstias, e tais ferramentas são conhecidas pelo homem há milênios. Inicialmente elas foram

usadas de forma empírica,

apenas pela observação da conduta de outros mamífe-ros frente a uma doença. Posteriormente, recorreu-se às Escrituras Sagradas, que já ensinavam métodos valio-síssimos sobre a prevenção e a cura de doenças. Temos atualmente milha-

res de pesquisas científicas em todo o mundo, compro-vando os ensinamentos mi-lenares e reforçando os co-nhecimentos terapêuticos naturais. Apenas sobre o je-jum, que é uma das formas mais eficazes para a desinto-xicação e o tratamento das doenças, foram publicadas mais de duas mil e quinhen-tas pesquisas científicas,

somente entre 1985 e 1990. Muitas outras pesquisas ver-sam sobre os efeitos da hi-droterapia, geoterapia, exer-cícios e alimentação correta, sem falar das inúmeras obras sobre a fitoterapia. Esses métodos, são na

sua maioria muito simples e fáceis de ser aprendidos e utilizados em casa. Já se conta também com muitas clínicas especializadas nesse tipo de tratamento no Brasil e em todo o mundo. Nelas, em geral, ocorre

uma proporção maior de cu-ras, pois contam com equi-pamentos sofisticados, acom-panhamento de médicos es-pecialistas, fisioterapeuta e enfermeiras, além de um con-junto de terapias naturais a-plicadas intensivamente, du-rante o período de internação. Porém, como foi dito, o

princípio e os métodos são muito simples em geral, pois o início de todo processo de cura se baseia no jejum tera-pêutico e nas suas medidas de apoio. Assim como faziam os sá-

bios médicos da antiguidade, deveríamos observar nossos sintomas e atender nossos instintos. Verificaríamos en-tão, que na maioria das do-enças falta o apetite e nosso corpo fica cansado e dolori-do. Deveríamos fazer como o nosso gatinho, ou cachorro de estimação, que simples-mente se abstêm de alimen-tos, passando a repousar e tomar somente líquidos.

O QUE OCORRE

DURANTE O JEJUM

Quando atendemos às reivindicações de nosso or-ganismo, inicia-se um pro-cesso de transformações

metabólicas. Ocorre um es-tado de alerta geral, em que as defesas são estimuladas e tudo que é estranho ao corpo passa a ser atacado. Esse alerta geral é de-

sencadeado no momento em que o organismo não recebe alimentos sólidos, mas não acontece quando nos ali-mentamos normalmente. O corpo gasta na digestão

de alimentos mais da meta-de da sua energia metabóli-ca diária. Durante o jejum, essa energia pode ser utili-zada para a eliminação de toxinas e no processo de estimulação de células de defesa: leucócitos, linfócitos, macrófagos, etc. Além desta providência

essencial nos processos pa-tológicos, o jejum terapêutico aquece os processo catabó-licos e metabólicos que favo-recem a reconstituição dos órgãos doentes. O jejum é feito da melhor

forma através da ingestão de sucos de frutas ou de legu-mes e verduras coados, na medida de aproximadamente duzentos mililitros de líquido a cada três horas, durante o dia. Nesse processo, são for-

necidos altos valores de vi-taminas e outros nutrientes essenciais, de forma que a pessoa não sente fome, não fica desnutrida e passa se sentir tão disposta e energi-zada que muitas vezes não deseja parar o tratamento. Dois a três dias são sufi-

cientes desse jejum em do-enças primárias. Nas secun-dárias, terciárias, agudas, ou em um programa completo de desintoxicação, essa die-ta de líquidos deve ser se-guida por vinte e um dias ou mais, dependendo do caso. Para períodos prolongados de jejum, sempre deve haver

consulta a um médico espe-cialista nessa terapia.

MEDIDAS DE APOIO

Com o objetivo de acele-rar o processo de cura, po-dem ser utilizados métodos de apoio à desintoxicação através da estimulação dos sistemas eliminatórios como rins, intestinos, pele, pul-mões... Esse estímulo é feito com

exercícios – caminhadas, ginástica – para aumentar a

velocidade da circulação, transpiração e metabolismo, e através de banhos e com-pressas no fígado, rins e intestinos, bem como atra-vés do uso controlado de sauna para aumentar a eli-minação de toxinas através da pele e estimular o aumen-to do número de leucócitos circulantes na corrente san-guínea. Podem ser aplicadas ain-

da massagens revigorantes; lavagens intestinais; plantas medicinais diuréticas – esti-mulam a eliminação da uri-na; colagogas – estimulam a contração e a evacuação da bile do canal colédoco para o intestino; depurativas – que depuram ou higienizam o sangue. São métodos simples e

fáceis de aplicar em casa. Porém, a associação de vá-rios métodos é um pouco trabalhosa e por isso muitas pessoas preferem recorrer

às clínicas naturistas, onde conseguem sair da agitação da rotina diária, para se de-dicar em turno integral à re-cuperação da sua saúde. Associado a uma consci-

entização a respeito dos há-bitos saudáveis, o hábito de praticar a desintoxicação regularmente oferece uma saúde duradoura, com os melhores indicadores de qualidade de vida. Na Europa, como investi-

mento preventivo, certas companhias de seguro pa-gam estadias anuais com-pletas aos seus segurados em clínicas naturistas.

ORIGEM DO

JEJUM TERAPÊUTICO

Antes de apresentar um

programa prático de desintoxicação orgânica, é importante conhecer a origem dessa terapia. Como todos os métodos

verdadeiros de cura, ela não foi inventada, mas desço-berta. Seu descobridor foi

Hipócrates, o Pai da Medicina, um médico muito sábio que viva na Grécia nos idos de 420 A.C. Paciente observador da natureza, registrou o comportamento dos mais diversos animais durante a doença. Notou que todos eles se abstinham de alimentos, reduziam o movimento, ficavam em repouso e ingeriam somente água. Saravam em poucos dias sem tomar qualquer remédio, e pareciam mais fortes e sadios depois da doença do que antes. O Dr. Hipócrates resolveu aplicar o método aos seus pacientes e obteve resultados excelentes com aqueles que aceitaram o tratamento.

Nem todos se submetiam a um regime de água e à confinação ao leito durante dias ou semanas. Somente alguns, bastante inteligentes e corajosos, obedeciam as prescrições de Hipócrates e eram premiados com o milagre da cura, vitalidade física e mental. Durante os vinte e quatro

séculos que se seguiram, sempre houve médicos e terapeutas que ressuscita-vam o entusiasmo pela terapia do jejum,mas sempre foram poucos os pacientes que a aceitavam. No início de nosso século,

porém, o jejum recebeu novo impulso e nova populari-dade. O Dr. Maximilian Bircher Benner, médico sueco residente na Suíça, descobriu um detalhe revolucionário: conseguiu comprovar através de extensas pesquisas feitas com voluntários, que a ingestão exclusiva de sucos frescos de frutas, raízes e folhas em seu estado natural, era tão eficaz para a desintoxicação orgânica como a ingestão exclusiva de água. Tinha, porém, vantagens

importantes: riqueza de vitaminas e sais minerais de fácil assimilação; glicose suficiente para manter o paciente em bom estado geral, e, sobretudo, o conforto de receber em horários certos um alimento líquido de sabor variado e agradável. Assim como a água, os

sucos frescos não exigem esforços de nosso aparelho digestório, e com isso, todas as energias são canalisadas para a eliminação das toxinas e matérias extranhas ao corpo. Desde então, o jejum

terapêutico vem sendo muito bem aceito pelos pacientes e praticado por médicos de renome internacional, como o Dr. Otto Buchinger e o Dr. W. A. Lutzner, na Alemanha, o Dr. Paavo Airola, no México, o Dr. Carlos Lenti, no Peru, o Dr. Max Warmbrand, nos Estados Unidos, e centenas de outros, no mundo todo, inclusive no Brasil. Eles têm conseguido resultados surpreendentes através desta terapia magna, mesmo em moléstias resistentes a outros tratamentos.

DOENÇAS QUE RESPONDEM

BEM A ESSA TERAPIA

1. Doenças reumáticas: reumatismo agudo e crônico, artritismo, gota.

2. Doenças do metabolismo: obesidade ou magreza crônica, diabetes.

3. Distúrbios digestórios: colite, obstipação e diar-réias crônicas, gastrite, úlceras gástricas e duodenais, dispepsias: azias, má digestão.

4. Doenças das vias respiratórias: rinite, sinusi-te, bronquite, asma.

5. Distúrbios cardiocirculató-rios: angina pectoris, taquicardia (palpitaçções), hipertensão e hipotensão

arterial, varizes, flebite e tromboflebite, úlcera vari-cosa, arteriosclerose em sua fase inicial, claudi-cação intermitente (insufi-ciência circulatória paro-xística nos membros inferiores).

6. Doenças das vias urinárias: cistite, nefrite, pielonefrite.

7. Doenças de senhoras: inflamações ginecológicas crônicas, cistos de ovário, fibromas, irregularidades da menstruação e distúr-bios de climatério.

8. Doenças da pele: eczemas, psoríase, acne, erisipela, erupções alér-gicas.

9. Moléstias do sistema nervoso: estafa, esgota-mento, insônia, depres-são, nevralgias, neurites, ciáticas, enxaqueca.

10. Prevenção do câncer e de outras doenças degenerativas. Além disso, a desintoxica-

ção orgânica é aplicada com êxito em todos os estados de alteração e intoxicação do sangue, provenientes de infecções crônicas, nicotina, álcool, cafeína, entorpecen-tes, abuso de calmantes e outros medicamentos, e quando os exames de labo-ratório acusam elevação dos níveis de colesterol, uréia, ácido úrico... É interessante notar que

não ocorre fome durante o jejum terapêutico, salvo em raras exceções, somente no primeiro dia. Isso tem muito a ver com a conscientização prévia da pessoa que jejua: jejum é abstinência voluntá-

ria de alimento sólido. Quando isso acontece, o estômago cessa a produção de ácido clorídrico, respon-sável pela sensação de fo-me, e a mente,voltada para a cura, desestimula o apetite. É surpreendente observar

a satisfação de pessoas que ingerem somente líquidos por muitos dias, e a sua relutân-cia em voltar à alimentação normal. Igualmente notável é a boa disposição física e mental destes pacientes. A não ser em casos excepcio-nais, e dentro dos primeiros dias de jejum, não há ne-nhuma fraqueza. Pelo contrá-rio, nota-se crescente capa-cidade para as caminhadas, para os pequenos esportes, para a ginástica. É que a nu-trição fornecida pelos sucos frescos é concentrada e fa-cilmente assimilável. PERGUNTAS E RESPOSTAS

SOBRE O JEJUM TERAPÊUTICO

1. Por quantos dias é recomendável jejuar? A resposta depende da doença a ser tratada e do estado geral do doente. Há casos em que é um remédio eficaz a abstenção de alimentos por um ou dois dias, ou por uma única refeição. Em crianças, jovens e pessoas de hábitos saudáveis, a reação é rápida, especialmente quando se trata de doença primária. Em pacientes mais idosos, bastante intoxicados, ou portadores de doenças crônicas,o tratamento indicado poderá ser de várias semanas e incluir o acompanhamento por um médico experiente em desintoxicação orgânica.

2. Qualquer pessoa pode jejuar, ou existem contra-indicações? Existem al-gumas: pacientes muito debilitados ou muito idosos não devem praticar o jejum terapêutico. Al-gumas doenças como o hipertireoidismo e outras também o contra indicam. Por isso, é sempre aconselhável consultar um médico especialista antes de iniciar o tratamento. Apesar de ser natural, deve ser aplicado sob orientação, como qualquer outro tratamen-to. Entretanto, a grande maioria poderá aplicá-lo com enormes benefícios.

3. Podem surgir sintomas inesperados durante o tratamento? É possível que apareçam nos primeiros dias. Um paciente pode sentir uma dor de cabeça por algumas horas, outro terá tonturas, ainda outro apresentará insônia ou uma leve erupção na pele. São efeitos um pouco desagradáveis mas ino-fensivos, do início do processo de desintoxi-cação orgânica. Quando o corpo se empenha na expulsão das toxinas, elas são retiradas do tecido conjuntivo e das articu-lações, e começam a circular no sangue até que os órgãos encarregados consigam eliminá-las.

Nesse trajeto, podem produzir sensações de mal estar passageiras, que a pessoa cons-cientizada enfrenta com desportividade. Às vezes, ocorre uma crise, por exemplo, de asma em pessoa asmática, de enxaqueca no tratamento dessa doença, ou de erupções mais fortes em pessoas que sofrem de moléstias da pele. Essas crises são passageiras e evidenciam que o proces-so de cura começou. Há aplicações de água e outros tratamentos sim-ples que oferecem alívio rápido a estes descon-fortos.

4. Não há riscos do jejum terapêutico causar da-nos ao organismo? Quase todas as pessoas podem praticá-lo, desde que devidamente exami-nadas por um especia-lista. Se os sucos ingeridos forem bastante variados, haverá excelen-te nutrição. Jejuando conscientemente, nosso organismo passará a digerir as matérias estranhas, isto é, as toxinas e as gorduras supérfluas, mas não os tecidos úteis ao corpo. (Se você precisasse de material combustível para a sua lareira, certamente não queimaria os móveis da sala, e sim, os pedaços de lenha e de cadeiras quebradas do porão, não é). Somente após várias semanas – ou meses conforme o caso – as matérias estranhas estarão totalmente consumidas. Esse será o momento de voltar à alimentação normal. Até

lá, não há nenhum perigo. Há muitos exemplos de longos períodos de jejum total na natureza. Os animais selvagens da Europa que hibernam, as andorinhas que migram para a África em vôos de 5.000 quilômetros sem escala, os camelos que realizam travessias de várias semanas no deserto sem água e sem comida. Havia um povo nativo na região do Nepal, os Hunza, que não tinham nenhuma ligação com o resto do mundo e não conseguia produzir ali-mento suficiente para o ano todo. Todos os moradores da aldeia, homens, mulheres, crian-ças e velhos, jejuavam de seis a sete semanas todos os anos, na época da primavera, quando o alimento terminava. Pos-suíam saúde invejável, grande vitalidade, e alto senso de moral, até que a civilização os alcançou. Quanto mais seguro será um jejum terapêutico com abundância de sucos e acompanhado por um clínico experiente!

5. Digamos que recebesse a prescrição de dez dias de jejum terapêutico. Poderia praticá-lo em casa? Pode, sim! Contato que siga as seguintes regras: a) Esteja seguro de que compreendeu o processo e deseja vivenciá-lo. b) Escolha uma época em que não haja excesso de responsabilidades, para que elas não o levem à tensão nervosa. Você precisará de tempo para relaxar, respirar, meditar, e para aplicar alguns

tratamentos indispensá-veis. c) Prepare seus familiares e amigos para compreenderem sua atitude, para que o apóiem durante o tratamento em vez de tentar dissuadi-lo pensan-do que precisam salvá-lo. d) Siga meticulosamente as orientações de seu médico quanto à readaptação ao alimento sólido, após o jejum. É necessário reiniciar a alimentação com muito cuidado, pois o seu aparelho digestório preci-sa de tempo para retornar

às suas atividades. e) Cultive pensamentos positivos, de esperança, alegria, saúde, durante todo o processo. Você se sentirá vitorioso no final. Caso não consiga reunir as condições acima, é recomendável pensar em internar-se numa clínica especializada em jejum terapêutico, onde recebe-rá o tratamento e se sentirá feliz como se estivesse de férias.

6. O jejum terapêutico funciona bem para quem precisa perder peso? E como funciona! É uma maneira conforta-vel de emagrecer. O programa de sucos soma apenas trezentas a quatrocentas calorias diárias, não deixa sensação de fome, não enfraquece e dispensa

medicamentos tóxicos. Se for combinado com abundante exercício físico, respiração profunda e decisão de emagrecer realmente, os resultados podem ser excelentes e principalmente, duradou-ros. A desintoxicação orgânica ajuda a vencer a tendência à obesidade, por normalizar as funções digestórias e glandulares. Durante o jejum, seu estômago volta ao seu tamanho normal, o que lhe facilitará o controle da quantidade de alimento que quer ingerir após o tratamento. Em dez dias de jejum terapêutico, você pode perder de cinco a dez quilos. Após a readaptação, você deverá seguir nova orientação nutricional que equilibre suas ingestões alimenta-res com a sua queima calórica, praticar ativida-des físicas regulares e planejar um dia de jejum de sucos por semana. Dessa maneira, perderá mais de dois a três quilos por mês, sem passar fome, e chegará em breve ao seu peso ideal com saúde e vitalidade.

7. Como explicar a cura de doenças crônicas pela desintoxicação orgânica? É o alerta geral que jejum produz. Quando alguém se abstém de alimento sólido sabe o que faz, mas seu sistema neuro-vegetativo não sabe e não pensa. Só percebe pelas reações químicas que não há alimento no corpo e reage como em situação de alarme. O nível de tolerância às toxinas cai drasticamente, e são enviadas mensagens

nervosas a todos os órgãos e todas as glândulas convocando-as a um funcionamento extraordinário para garan-tir sobrevivência na crise. Se prolongar o jejum por algum tempo, os órgãos se habituam ao movo ritmo e o mantém, definiti-vamente. O jejum tera-pêutico pode despertar as reservas em um organis-mo doente e levá-lo a defender-se da doença. Então, a saúde volta gradativamente, e a pessoa pode conservá-la através de hábitos saudáveis.

8. Pessoas com problemas cardíacos podem praticar o jejum terapêutico? Sempre ressalvada a orientação de um clínico especializado, na maioria dos casos o jejum trará apenas benefícios à pessoa cardíaca. Através da desintoxicação orgânica são dissolvidos boa parte dos depósitos de colesterol dos vasos sanguíneos. O sangue se torna mais fluído e a circulação é ativada. Estas mudanças significam um grande alívio para o coração. Sem dúvida, seria até muito bom se todos fizessem da desintoxicação orgânica um tratamento preventivo dos problemas cardíacos.

9. Como o jejuar pode beneficiar o aparelho digestório? Em certos casos seria benéfico se nos abstivéssemos da última refeição diária. Eliminar o jantar se justifica porque nosso sistema digestório é obri-gado a trabalhar quase ininterruptamente. É co-

mum as pessoas inge-rirem alimentos com freqüência acima do que precisam e em propor-ções exageradas, até mesmo acordando para atacar a geladeira. Se dermos umas férias aos órgãos digestórios, eles se restabelecerão rápida-mente para exercer suas funções com maior eficiência. Durante o jejum, deve ocorrer pro-funda higiene intestinal, fator que auxilia na sua reabilitação. Uma gastrite e até uma úlcera gástrica podem cicatrizar nestes

dias, se houver o devido cuidado nos sucos a ingerir. Sabendo que a produção de ácido clorídrico cessa no jejum, é fácil compreender que a cicatrização será grande-mente favorecida, espe-cialmente quando estimu-lada pelo chá de camomila, de linhaça e pelo caolim.

10. O jejum terapêutico pode rejuvenescer pes-soas cansadas, envelhe-cidas? Temos um número sempre igual de células em nosso corpo, clas-sificadas em três grupos: jovens, adultas e mori-bundas. Com exceção das células nervosas, as demais se renovam constantemente. Cada vez que uma célula velha morre, é eliminada e substituída por uma nova.

Podemos ver que seria benéfico eliminar muitas células envelhecidas para entrarem novas em seu lugar. Pois é exatamente isto que o jejum terapêu-tico realiza. Durante o alerta geral ele elimina milhões de células velhas e estimula a produção de milhões de novas. Pode-mos imaginar o resultado desse processo!

Após uma desintoxicação

orgânica, a pessoa nota um novo equilíbrio físico e mental, um rejuvenesci-mento visível e sensível. Seu porte fica mais ereto, seu andar mais elástico, sua pele mais corada e viçosa, seus cabelos ficam macios, suas unhas mais resistentes, seus olhos mais brilhantes. O ritmo cardíaco estará mais calmo e vigoroso, a circulação sanguínea será fácil e rápida. Aftas, mau hábito, seborréia, espinhas, inchaços e dores nas articulações terão desaparecido ou estarão em regressão. Haverá acentuada perda de peso em pessoas obesas e ligeiro aumento de peso em pessoas excessiva-mente magras. O melhor, porém, será a sensação de imenso bem estar. A nova vitalidade física e mental, que predispõe ao otimismo, à facilidade de captação e de decisão. Para aqueles que dese-

jam experimentar estes resultados, mas não têm condições de fazer um jejum de vários dias, damos a seguir um programa de minidesintoxicação que pode ser praticado, facilmente em sua casa.

CARDÁPIO DE DESINTOXICAÇÃO

PARA UMA SEMANA

• Domingo: jejum de su-

cos: (300 a 400 calo-rias). Abster-se de alimentos

sólidos, favorecendo assim a eliminação de toxinas e gorduras. Beber cinco copos (de 200 ml) de suco de frutas ou de verduras cruas. Por exemplo: suco de laran-ja, tangerina, lima, abacaxi, mamão, melancia, melão, caqui, figo, maçã, pêra, uva, pêssego; ou de cenouras, beterraba, salsão, pepino, tomate, pimentão, cebola, rabanete, nabo, espinafre; ou de folhas como repolho, couve, agrião, acelga, espi-nafre, escarola... Os sucos de frutas podem

ser misturados entre si, e os de verduras entre si tam-bém. Porém, não misture os sucos de frutas com quais-quer sucos de verduras. Os sucos devem ser

naturais, feitos de vegetais crus, preparados no momen-to em que serão ingeridos a fim de conservar suas vita-minas e enzimas. Se não houver uma

centrífuga para extrair o suco de cenouras, beterra-bas, maçãs..., recomenda-mos picar o vegetal e batê-lo no liquidificador com um pouquinho de água, coando em seguida em uma peneira ou pano de saco. Se houver dificuldade em

adquirir diversas frutas e verduras, pode-se usar somente suco de laranja no dia todo. Torna-se imperioso variar os sucos somente em casos de jejum mais prolongado. Beber os sucos lentamente, salivando bem cada gole antes de engolir.

Não acrescente sal, nem açúcar. Não tome gelados. A periodicidade da

ingestão dos sucos deve ser a cada três horas. Por exemplo: às sete, às dez, às treze, às dezesseis e às dezenove horas. Entre os sucos podem ser tomadas duas a três xícaras de chá de ervas, com ou sem mel. Repouse, exercite-se pou-

co, realize uma lavagem intestinal (clister) de dois litros de chá de camomila, ou cavalinha morna.

• Segunda e terça-feira: ingestão de frutas tota-lizando de 800 a 900 calorias.

Comer três refeições de

aproximadamente trezentos gramas de frutas cruas, fres-cas e maduras. Utilizar so-mente um a dois tipos de frutas por refeição, sem mis-turar frutas doces com frutas ácidas. Mastigue e salive muito bem. Exemplo de cardápio de

frutas: Café da manhã: ma-mão e bananas; Almoço: abacaxi e morangos; Jantar: pêra e maçã. Entre estas refeições po-

de ser ingerido um suco de frutas ou de verduras, além de chá de ervas. Repita o clister.

• Quarta e quinta-feira: alimentação crua totali-zando aproximadamen-te 1.300 calorias.

Comer somente alimentos crus, três vezes ao dia. Be-ber suco de frutas ou de verduras cruas, duas vezes ao dia. Exemplo de cardápio para

um dia: Café da manhã: Mingau Bircher (feito de uma colher de sopa de aveia de-molhada na véspera, uma maçã ralada, uma colher de sopa de suco de limão, uma colher de sopa de iogurte, eventualmente uma a duas castanhas do Pará raladas e um pouco de mel. A maça pode ser substituída por ou-tra fruta, mais cem a duzen-tos gramas de frutas frescas. Almoço: Grande salada de verduras cruas, composta de uma de folha, uma de raiz e uma de fruto. Exemplos: al-face, beterraba, pimentão, cebola; ou escarola, rabane-te, tomate, azeitonas; ou rúcula, cenoura, pepino; ou agrião, nabo, tomate e cebo-las. Temperar com uma xíca-ra de iogurte com cheiro verde e limão, e eventual-mente, abacate. Não usar sal nem azeite. Jantar: Igual ao café da manhã, ou então somente frutas. Entre as re-feições pode ser tomado chá de ervas e um copo de suco de frutas ou de verduras.

• Sexta-feira e sábado: Alimentação crua ame-na totalizando de 1.600 a 1.800 calorias.

Corresponde às suges-

tões dos dois dias anterio-res, juntando-se no almoço algumas batatinhas cozidas ou assadas na casca, sem sal. No café da manhã e no jantar, uma fatia de pão inte-gral, com mel ou geléia de morango, ou de abacaxi, feita em casa com açúcar mascavo. Não usar sal.

Depois desta semana de desintoxicação orgânica, re-comendamos seguir uma orientação ovolactovegetari-ana integral sadios, com hábitos alimentares que controlem naturalmente o peso, os triglicerídeos, a glicose, o colesterol, a pres-são arterial... Talvez, os resultados se-

jam menos evidentes após este jejum relativo, mas se ele for repetido uma vez por mês e alternado com uma orientação alimentar ovolac-tovegetariana e posterior-mente vegetariana, a melho-ra da saúde se tornará in-questionável. Os seres humanos detêm

um potencial de saúde muito maior do que imaginam. O Dr. Gert Ingo Wolter,

ex-diretor da Clínica Retiro de Recuperação da Saúde, relata suas experiências: Lembramo-nos do caso de um adolescente do Canadá que sofria de atrofia muscu-lar progressiva, uma doença rara e considerada incurável, que atrofia todos os múscu-los levando o paciente à i-mobilidade e à morte. O jo-vem era magérrimo, quase não caminhava mais e os músculos de seu braço ti-nham a espessura de uma caneta comum. Após um tratamento integrado de três meses que incluiu seis se-manas de jejum terapêutico, o paciente estava subindo escadas, seus bíceps tinham triplicado em tamanho e o seu peso havia subido bas-tante. Pelas notícias recebi-das está praticando esportes normalmente. Houve, por-tanto, uma recuperação total. Lembramo-nos ainda de

uma senhora cega e diabéti-ca. Havia feito uma cirurgia nos olhos e voltou a enxer-gar. Como sofria de gastrite,

piorou por tensão nervosa, teve crises fortes de vômitos, e, pelo esforço, houve he-morragia nos olhos operados deixando-a completamente cega. Pela desintoxicação orgânica, o sangue foi reab-sorvido pelo corpo e após dois meses de tratamento, a paciente voltou a ver. Um casal de meia idade

consultou-nos por problemas de pressão arterial: a pres-são dele era muito baixa, quase sempre de nove por seis, e a dela, muito alta, quase sempre dezoito por doze ou mais! Durante o tra-tamento houve uma normali-zação gradativa, e na 3ª se-mana ambos estavam conti-nuamente com a pressão

doze por oito. Como se ex-plica que a pressão baixa se elevou e a pressão alta di-minuiu com o mesmo trata-mento? Houve em ambos, uma normalização das glân-dulas supra-renais, que de-terminam a pressão arterial. A desintoxicação orgânica

é uma terapia nobre. Leva a sério o ser humano inteiro e lhe propicia um tratamento integrado: corpo, mente e espírito. A maneira ideal é entregar-se aos cuidados de uma clínica especializada, que aplica simultaneamente todas as terapias adequadas ao paciente: Jejum terapêu-tico; ervas medicinais e su-plementos alimentares; fisio-terapia, ginástica, massa-gens, caminhadas e peque-nos esportes; banhos medi-

cinais, duchas e argila; rela-xamento, apoio psicológico e espiritual; palestras, música, filmes educativos, conscien-tização e terapias de grupo. A desintoxicação orgânica é o caminho que produz saúde naturalmente, para os inteli-gentes e corajosos.

Autora: Catharina Walzberg Wolff, fundadora e presidente por mais de 35 anos, da Clínica Retiro de Recuperação da Saúde de Itapecerica da Ser-ra/SP e de Jarinu/SP.

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