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Dezembro 20072

EDIÇÃO DEZEMBRO / 2007

EDITORIALUma história de sucesso..............3COMBUSTÍVELANP mostra como fiscalizaçãomelhorou qualidade ...................5POLUIÇÃO VISUALSantos dá o pontapé para lei con-tra poluição visual ................8 e 9-Veja o que muda para os postos

‘1 MINUTO’A modernização da marca ..........9COMÉRCIOO novo sindicalismo .........10 e 11NOTA FISCALLei prevê multas para quem nãocadastrar CPF em janeiro..........12RPBCRefinaria tem novo gerente ........13CONVENIÊNCIAPonto comercial nobre .............14Artigo do Cláudio Correra .......15INDICADORESRanking de preços .....................17ANIVERSÁRIOConfira nomes da 2ª quinzena dedezembro e 1ª de janeiro .............18- Circulares e AgendaPOSTOS DE RODOVIAÉ hora de aproveitar oportunida-des e expandir serviços............19

PETROBRAS AUMENTAPREÇO DO DIESEL

Página 17

Postos & Serviços é uma publicaçãomensal do Sindicato do Comércio Varejistade Derivados de Petróleo, Lava-rápidos eEstacionamentos de Santos e Região(Resan).Rua Manoel Tourinho, 269Macuco - Santos/SP / 11015-031Tel: (13) [email protected]

PresidenteJosé Camargo HernandesJornalista responsável, textos eeditoração eletrônicaChristiane Lourenço(MT b. 23.998/SP)[email protected]ção: Thiago ChichorroImpressão: Demar GráficaTiragem: 1.600 exemplaresFotos: Divulgação e ResanCapa: Divulgação Petrobras

As opiniões emitidas em artigos assinados são detotal responsabilidade de seus autores. Reprodu-ção autorizada desde que citada a fonte. O Resan eos produtores da revista não se responsabilizampela veracidade das informações e qualidade dosprodutos e serviços divulgados em anúncios vei-culados neste informativo.

COMBUSTÍVEIS ENTRAMNA LEI DA NOTA FISCALPAULISTA EM JANEIRO

Página 19

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso,cante, dance, chore, ria e viva intensamente antes que a cortina

se feche e a peça termine sem aplausos.

”“

(autor desconhecido)

JJJJJANEIRANEIRANEIRANEIRANEIRO O O O O É MÊSÉ MÊSÉ MÊSÉ MÊSÉ MÊSDO DO DO DO DO DIESEL B2DIESEL B2DIESEL B2DIESEL B2DIESEL B2

ANP recomenda que revendedores mante-nham amostras-testemunhas do diesel B2

entregue pelas distribuidoras. Não hácomo fazer testes na hora da descarga.

Página 4Leia tambémAmbientalistas pressionam Governopara redução de enxofre no dieselPáginas 7 e 8

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EDITORIAL

JOSÉ CAMARGO HERNANDES

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Escrever o último editorial de um anogera sempre uma dúvida: fazemosuma retrospectiva do ano ou falamossobre projetos e ações que estão porvir? Bom, vou tentar fazer as duascoisas, mas, com destaque para umfato muito importante que está próxi-mo de ocorrer: o aniversário de 15anos do Resan.

Para quem está ao lado do sindi-cato desde a sua fundação, em 1993,essa data é simbólica, porque repre-senta a superação de muitos desafi-os, o reconhecimento público da im-portância da revenda e, sobretudo, aunião da categoria em prol de ummercado livre, competitivo e sadio.

Juntos, passamos por muitas fa-ses vividas pelo setor de combustí-veis, pelos obstáculos da economiabrasileira e pelas mudanças na rela-ção entre consumidor e comerciante.Estávamos ali, começando a dar osprimeiros passos, em 1994 quando oPlano Real foi criado. Enquanto vi-nham as promessas de estabilidadee crescimento econômico, os postosviveram meses ruins com uma con-corrência desleal, acirrada por des-contos irreais e prazos longos paracheques pré-datados. A vida não foimuito diferente até abril de 1996, quan-do vivemos a liberação dos preçosdos combustíveis, uma conquista es-perada por anos a fio. O Resan acom-panhava tudo de perto, com viagensfreqüentes a Brasília.

Junto com essa liberdade de pre-ços, o revendedor brasileiro ganhoua pecha de vilão, já que o Governosempre jogou o consumidor contra odono de posto, deixando para a re-venda o ônus das polít icasdesajustadas de muitas décadas. Avolta por cima – e vocês todos de-vem lembrar! – só aconteceu há unstrês ou quatro anos quando finalmen-te conseguimos mostrar à opiniãopública que existem no mercado os

bons e maus revendedores.

De lá para cá, o trabalho do sindi-cato tem sido quase que exclusiva-mente pela defesa do nosso merca-do, o varejo. Lutados contra distribui-doras (e as sucessivas tentativas deverticalização), contra as medidas doGoverno cujas atualizações de leise portarias invariavelmentedesprotegiam o revendedor... Vimoso mercado se desfazer na AméricaLatina...

Acompanhamos a criação da ANP,em 1998, e daí por diante os fatosestão mais frescos na memória donosso associado. Foram tantas idase vindas à Brasília, reuniões com de-putados, com outros sindicatos ir-mãos, CPIs... Não dá para deixar decitar o papel preponderante das enti-dades na luta contra as liminares queisentavam distribuidoras inedôneas deimpostos, a era dos produtos adulte-rados, dos solventes e mais recente-mente dos supermercados.

Vencemos, uma a uma, cada ba-talha. Em algumas delas fomos le-vados ao chão para, depois, nosreerguermos e conquistarmos maisterritórios. Foi o que aconteceucom a invasão dos hipermercadosao varejo de combustíveis. Não que-ríamos impedir o negócio deles,mas garantir a igualdade de condi-ções. E isso foi feito: hoje, no País,não existe mas a compensação tri-butária que permitia às grandes re-des vender produtos até 30% maisbarato. Hoje, o consumidor é o fielda balança. Ele escolhe se quer umserviço personalizado, de qualida-de, e não regateia centavos por issoou se prefere os parcos descontose um atendimento demorado, in-completo, etc...

Passamos pelo licenciamentoambiental, um duro golpe nas finan-ças de muitos postos devido aos al-

tos investimentos exigidos. Entretan-to, o Resan mostrou aos seus asso-ciados que as reformas trouxeramânimo novo a muitas empresas, queconquistaram mais clientes e aumen-taram seu faturamento.

Bom, estamos quase nos dias dehoje. Para isso temos que falar dasatualizações de resoluções e portari-as ligadas ao nosso setor. Algumasainda estão atrasadas,como a dosPA’s, muito importante para minimizaros problemas enfrentados pelos pos-tos de rodovia. Quem sabe em 2008veremos o Congresso aprovar final-mente o Código Nacional dos Com-bustíveis. Falta ainda a regulamenta-ção da atividade de cada agente nes-se mercado, diferenciando os grandesconsumidores dos demais clientes darevenda, limitando a atuação dos PA’sque tem sido voraz.

Entre os desafios para 2008 estãoa capacidade do Governo fiscalizar aqualidade do diesel B2, que passa aser obrigatório a partir de janeiro, ocontrole sobre o preço e também qua-lidade do álcool e a garantia de quenão faltará gás natural para o merca-do automotivo. Enfim... a diretoria doResan aproveita esta oportunidadepara renovar sua disposição em con-tinuar a lutar pela nossa categoria elhes deseja um FELIZ NATAL E umANO NOVO cheio de conquistas. Atéo ano que vem!!

UMA HISTÓRIA DE SUCESSO

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No meio de tantas exigências, maisuma obrigação deverá ser cumpridapelo revendedor a partir de 1° de ja-neiro, com a entrada em vigor no Paísdo B2, o diesel com mistura de 2% debiodiesel. É que quem vender o pro-duto fora das especificações poderáser autuado.

Por isso, durante o 4° Encontrode Revendedores de Derivados dePetróleo do Norte do Brasil, queaconteceu em Manaus entre os dias22 e 23 de novembro, a superinten-dente de Qualidade da ANP, MariaAntonieta Souza aconselhou todos osdonos de postos a sempre guardaremamostras-testemunhas do diesel en-tregue pela distribuidora.

“A partir desta data quem não esti-ver vendendo diesel com 2% debiodiesel estará irregular”, disse, enfá-tica. “Como a mistura B2 não podeser testada na sua entrega pela distri-buidora, pois o exame de qualidade élaboratorial e demorado, o postorevendedor deve sempre guardar aamostra-testemunha para se defenderem caso de uma mistura diferente doB2”, aconselhou Maria Antonieta.

O assessor técnico da Superinten-dência de Fiscalização da Agência,Oiama Guerra, falou sobre os convê-nios com Secretarias das Fazendas,Procons e Universidades Federaisque a ANP dispõe para fiscalizar omercado de distribuição e revenda de

combustíveis. “Apertamos o cercona fiscalização em estados onde aadulteração e sonegação estavammaiores, como São Paulo. Mas játivemos notícias que alguns dosagentes desonestos que atuavam noSudeste se mudaram para o Estadodo Pará”, disse ele.

Guerra também falou do lança-mento da cartilha do revendedor pelaANP, que traz todas as dicas paraque o posto de combustíveis estejade acordo com as portarias da Agên-cia. “Essa foi uma reivindicação dacategoria acolhida pela ANP”, disse.

MEIO AMBIENTE

O licenciamento ambiental, con-tenção de passivos e investimento emtecnologias verdes também foramassuntos discutidos no evento orga-nizado pelos sindicatos da regiãoNorte do País.

Para falar sobre equipamentosque seguem normas da ABNT (Asso-ciação Brasileira de Normas e Técni-cas) e formas de remediação de pas-sivo ambiental, o engenheiro da BRDistribuidora, Valmor Barros de

Camargo ministrou palestra sobre otema. “A tecnologia só tem a acres-centar na contenção de agentespoluidores. Temos dois grandesexemplos no nosso setor, que são ostanques jaquetados e as tubulaçõesque passaram de aço carbono apolietileno de alta densidade que nãotem conexões”, disse ele.

No entanto, não é apenas a com-pra dos equipamentos corretos quevai garantir a ausência de poluiçãopelos postos. A gestão ambiental étambém bastante importante, segun-do Camargo. Para ele, o dono doposto deve seguir sete mandamentosbásicos de gestão ambiental:1checar a caixa separadora semanal-mente;2 verificação diária de bombas ecâmaras de contenção;3 inspeção semanal em canaletas eCSAO;4 controle de estoques;

5 descarga selada;

6 monitoramento do efluente

7 destinação adequada de resíduos.

ALERTA MÁXIMOANP DIZ QUE MISTURAIRREGULAR DE B2 AO

DIESEL CARACTERIZARÁADULTERAÇÃO

Alternativa é manter amostra-testemunhade todo carregamento a partir de janeiro

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Os convênios entre a ANP,estados e municípios peloBrasil afora para garantir afiscalização do mercado decombustíveis são os gran-des responsáveis pela me-lhora da qualidade da ga-solina, diesel e álcool ven-dido nas bombas. Em2001, o índice médico decombustíveis fora dasespecificações era de 9,2%na gasolina, 6,5% no die-sel e 10,3% no álcool. Nes-te ano, as médias são de2,8% na gasolina, 1,4% nodiesel e 3,5% no hidratado.

Os dados fazem partedo estudo divulgado pelo superinten-dente de Fiscalização da Agência,Jefferson Paranhos, durante o fórum“A Fiscalização do Abastecimento eSuas Parcerias de Sucesso”, promo-vido pela ANP na capital paulista, nodia 8 de novembro.

De janeiro a outubro, apenas em SãoPaulo, a ANP já havia realizado quasecinco mil ações, com 299 interdições e602 autuações por qualidade. No Bra-sil, foram 21.085 ações de fiscalização,5.209 autuações, das quais 983 porqualidade e 789 interdições.

O presidente da Fecombustíveis,Paulo Miranda, que esteve no evento,lembrou os sucessivos apelos que o se-tor varejista fez às autoridades compe-tentes para ampliar o rigor no combateàs fraudes. “A situação passou a mudarquando a fiscalização da ANP intensifi-cou suas ações. E isso só aconteceuquando a agência passou a ouvir maisos apelos do setor”, disse Miranda.

Apesar dos números favoráveis aum mercado sadio, Miranda ponderouque ainda há muito o que fazer, sobre-tudo em função de problemas existen-tes nas fronteiras do País (nas locali-dades próximas à Venezuela, onde ospostos sofrem concorrência da gasoli-na mais barata trazida do país vizinho,e na região Sul, porta de entrada de

solvente irregular no país).O presidente da Fecombustíveis

também demonstrou muita preocupaçãocom o início da venda do B2 (diesel com2% de biodiesel) a partir de janeiro. “Peloexemplo do álcool, sabemos que o mer-cado vai enfrentar novos problemas re-lacionados ao biodiesel, como por exem-plo o uso de óleo vegetal em quantida-des diversas no diesel, como forma deadulteração”, acrescentou.

O diretor jurídico do Sindicom, sin-dicato das distribuidoras, GuidoSilveira, também apontou algumasdistorções do mercado, como a sone-gação de tributos, produção clandesti-na de biocombustíveis e ações de con-testação legal. Ele destacou a Resolu-ção 7/2007 da ANP, que impede quecompanhias vendam produtos a pos-tos que ostentam outras bandeiras. “Éuma coisa que o Sindicom defende cadavez mais”, disse. Outro aspecto apon-tado pelo diretor do Sindicom foi a am-pliação do Codif (Controle doDiferimento do Imposto) em São Pau-lo para o álcool hidratado, gasolina ediesel, e a importância da entrada emvigor da nota fiscal eletrônica. “Isso

deve contribuir para tra-zer o mercado para a le-galidade”, frisou.

EXEMPLO

A cidade de São Pau-lo se transformou emmodelo na fiscalizaçãodo setor de combustí-veis. É que com apoiodo Contru, um órgão li-gado à Prefeitura, fiscaisda ANP tem conseguidoimpedir que postos inter-ditados rompam os la-cres das bombas e reto-mem a venda de produ-to adulterado. O próprio

prefeito Gilberto Kassab, presente aoevento, falou da força-tarefa e dacontratação de mais uma equipe de 15engenheiros para atuar no setor. “Exis-tem mais de 5,5 milhões de veículosem circulação na cidade. Por isso, afiscalização do setor de combustíveisé uma das prioridades da Prefeitura”.

Jefferson Paranhos, da ANP, expli-cou aos empresários presentes aofórum que além de ampliar os convê-nios, a Agência planeja executar algu-mas ações especiais, para solucionarproblemas específicos, como o casodo biodiesel clandestino no Mato Gros-so, do álcool clandestino e dos proble-mas nas fronteiras brasileiras.

“Toda essa discussão mostra que es-távamos certos quando nos últimos dezanos nos dedicamos – enquanto sindi-cato e revendedores – a combater a con-corrência desleal. Essa é mais uma pro-va da importância da união da categoriae também da atuação da Fecombustíveise de seus sindicatos associados, entreeles o Resan”, avaliou José CamargoHernandes, após o encontro.

Também estiveram presentes nofórum, além das entidades ligadas ao se-tor de distribuição e revenda de combus-tíveis, os transportadores revendedoresretalhistas (TRRs) e representantes dosegmento de gás (GNV e GLP).

FISCALIZAÇÃO REDUZ ADULTERAÇÃO DECOMBUSTÍVEIS EM MAIS DE 70% DESDE 2001

Valmir Rossi, do Banco do Brasil, oprefeito de SP, Gilberto Kassb, e o

superintendente de Fiscalizaçao daANP, Jefferson Paranhos

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A redução no teor de enxofre do dieselestá na mira de entidades que atuam nadefesa do meio ambiente de São Paulo.O Movimento Nossa São Paulo: OutraCidade, que entrou com uma represen-tação no Ministério Público para que aResolução Conama 315/2002, que esta-beleceu o Programa de Controle da Po-luição do Ar por Veículos Automotores(Proconve), não sofra alterações nemadiamentos, está intransigente com aadoção do diesel com, no máximo, 50ppm (partículas por milhão) de enxofrea partir de janeiro de 2009.

Postos & Serviços ouviu diversasfontes nas últimas semanas e apurou quehá realmente um impasse. Enquanto Mi-nistério do Meio Ambiente, Conama eentidades ambientalistas dizem que nãoaceitam a prorrogação do prazo,Petrobras e Anfavea estão em sintoniaquanto à incapacidade de produzir o novocombustível e novos motores em um ano.

A Agência Nacional de Petróleo(ANP) tem sido apontada como a gran-de responsável pelo primeiro atraso queo Proconve sofrerá desde sua criação.Isso porque a Agência deveria ter pu-blicado as novas especificações docombustível em janeiro de 2006, massó aprovou as normas (Resolução 32/07) em outubro deste ano.

O deputado federal Arnaldo Jardim(PPS), que solicitou a audiência públi-ca realizada no último dia 22 na Câma-ra dos Deputados para discutir a redu-ção dos níveis de enxofre, informou queserão necessários três anos, a partir dasnormas editadas pela ANP, para que ossistemas de produção, de distribuição ede consumo atuais sejam adaptados eentrem em operação.

Em Cubatão, por exemplo, a unida-de de diesel da Refinaria PresidenteBernardes deverá estar pronta paraatender a nova legislação ambiental ape-nas entre 2010 e 2012, segundo infor-mações do novo gerente-geral da RPBC,William França da Silva (veja entrevistanesta edição).

Atualmente, o diesel vendido emáreas urbanas tem 500 ppm de enxofree, no interior, 2.000 ppm. Nos EstadosUnidos, essa proporção é de 15 ppm.E, em alguns países europeus e no Ja-pão, chega a 10 ppm.

GARANTIACom a polêmica ganhando destaque

na imprensa nacional, o diretor da Áreade Abastecimento da Petrobras, PauloRoberto Costa, concedeu entrevistacoletiva em São Paulo, no último dia27, quando P&S já estava em fecha-

mento, e garantiu que até 2009 aPetrobras fornecerá o diesel com 50ppm de enxofre, a ser utilizado nosveículos pesados a diesel. Esses veí-culos adotarão uma nova tecnologiapara se adequarem às exigências dafase P-6 do Programa de Controle daPoluição do Ar por VeículosAutomotores (Proconve), instituídopelo Conselho Nacional de Meio Ambi-ente (Conama). Para atingir essas me-tas a Petrobras vai investir R$ 9 bilhõesaté 2012, em unidades dehidrotratamento de diesel. 

AMBIENTALISTAS PRESSIONAM PETROBRAS A REDUZIRTEOR DE ENXOFRE NO DIESEL A PARTIR DE 2009

A ministra doMeio Ambiente,Marina Silva,garantiu emevento realizadoem SP, em se-tembro, que oGoverno nãoabre mão dereduzir o teor deenxofre para 50ppm a partir dejaneiro de 2009

Atualmente, o diesel brasileirotem 500 ppm de enxofre (tipometropolitano) e 2.000 noproduto vendido no interior.A redução para 50 ppm é aúltima fase do Proconve

Divulgação

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Ferreira dos Santos.Ele esteve na audiência pública

realizada no dia 22 de novembro naComissão de Minas e Energia daCâmara, em que estiveram comoconvidados representantes daPetrobras, da ANP, SecretariaMeio Ambiente de São Paulo, Fa-culdade de Medicina de São Pauloe o Movimento Nossa São Paulo:Outra Cidade.

“A discussão foi violenta. APetrobras diz que não tem proble-ma em atender, mas que prazo de2009 está muito apertado. Nós, doMinistério do Meio Ambiente, insis-timos em manter o prazo, que aredução do teor de enxofre se con-firma ou pela importação do produ-to ou de motores”.

MOVIMENTOEm setembro, um ato públi-

co em São Paulo reuniu 200 pes-soas para o lançamento do mani-festo pela redução do teor de en-xofre no diesel. O texto, que temo apoio das mais de 300 organi-zações que compõem o Movi-mento, pede a “imediata aplica-ção da Resolução Conama 315,de 29/10/2002”.

Segundo a representação enca-minhada ao Ministério Público, aAgência Nacional do Petróleo (ANP)tem protelado os procedimentos necessá-rios para a entrada em vigor desta resolu-ção. E, por isso, as refinarias e os fabrican-tes de veículos alegam que é inviável aten-der à legislação na data prevista.

“São inaceitáveis adiamentos emetapas do Proconve que já estãoestabelecidos desde 2002, que corremo risco de não serem cumpridas porinterferência da ANP, decorrentes,provavelmente, de pressões externasalheias ao interesse público e à melhoriada saúde”, argumenta o movimento,segundo o texto da representaçãoencaminhada ao Grupo de AtuaçãoEspecial da Saúde Pública do MinistérioPúblico do Estado de São Paulo.

O diesel é responsável por mais de75% dos óxidos de nitrogênio e por14% de óxidos de enxofre liberados naqueima de combustíveis. Somente naregião metropolitana de São Paulo - queconcentra cerca de 8 milhões de veí-culos ou 25% da frota total do país -há cerca de 450 mil veículos a diesel.

MOVIDOS A DIESEL

Em Santos, em função do maiorporto da América Latina, é estimada umacirculação diária demais de 5 mil cami-nhões na área portuária. Pelo SistemaAnchieta-Imigrantes, por exemplo, em2006 circularam 3 milhões 17 mil cami-nhões, ou seja, 839 mil veículos a maisdo que em 1999, um aumento de maisde 38%. No País, em 2000, existiam 3milhões 507 mil caminhões. No ano pas-sado, esse número subiu para 5 milhões354 mil, um crescimento de 53,5%.

Entre 1996 e 2005, enquanto a popu-

lação cresceu 12%, o volume de automó-veis aumentou 70%. A poluição gerada portantos escapamentos faz com que ospaulistanos (mesmo os não fumantes) fu-mem, em média, dois cigarros ao dia.

Doenças respiratórias, derrame,pneumonia infantil, câncer de pulmãopodem ser algumas das conseqüênciasda má qualidade do ar, o que faz comque o paulistano viva três anos menosdo que a média nacional. “O diesel é ogrande emissor de partículas pesadase estamos defasados em relação a mé-

dia de alguns países”, disse o mé-dico Paulo Saldiva, chefe do de-partamento de patologia da Facul-dade de Medicina da USP e refe-rência internacional no estudo dapoluição.

OUTROS PAÍSES

A proposta de controle das par-tículas de enxofre segue o que jáacontece em outros lugares domundo. A União Européia, porexemplo, terá - até 2009 - a pro-porção de 10 ppm de enxofre; o

México, também até 2009, terá 15 ppme Taiwan, 50 ppm. A atual proporçãode 500 ppm do combustível vendidonas áreas urbanas brasileiras é 50 ve-zes maior do que o padrão europeu.

Oded Grajew, do Movimento NossaSão Paulo, foi taxativo durante olançamento do movimento: “A ANP nãofez a sua parte. Mas nós não vamosdeixar o assunto se perder. Arepresentação no Ministério Público,assinada em conjunto com a Secretariado Verde e do Meio Ambiente e oMovimento do Ministério PúblicoDemocrático, é só o primeiro passo”.

MINISTÉRIO DIZ QUE NÃO NEGOCIARÁ NOVO PRAZO E QUEALTERNATIVA É A IMPORTAÇÃO DO DIESEL COM 50 PPM

CCarlos Alberto Ferreira dos Santos,assessor técnico da Gerência deQualidade Costeira e do Ar, disse aPostos & Serviços que o Ministériodo Meio Ambiente não abre mão dosprazos estabelecidos pelo Proconve.Segundo ele, em 2009 os veículosnovos devem chegar a 10% da pro-dução anual, o que representa umpercentual muito pequeno que aPetrobras poderia atender com die-sel importado. Entretanto, a Associa-ção Nacional de Fabricantes de Veí-culos Automotores (Anfavea) diz sótem condições de produzir novosmotores a partir de outubro de 2010.

Há todo um atraso decorrenteda demora da ANP em forneceras especificações dos combustí-veis para o mercado”, confirma

Depois da polêmica acirrada, diretor deAbastecimento da Petrobras garantiu o

fornecimento do diesel até 2009

Divulgação / Petrobras

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Embora o rigor não seja o mesmo ado-tado na Capital com a Lei Cidade Lim-pa, implantada em setembro de 2006,o projeto de lei em discussão em San-tos para o regramento da comunica-ção visual na Cidade deve ser o esto-pim para que toda a Baixada Santistavenha a discutir formas de conter apoluição visual. Para os postos de com-bustíveis, o alerta entra em nível má-ximo já que os estabelecimentos sãoobrigados, por lei, a manter diversasplacas de orientação, advertência e atéde informação. Isso sem contar ostotens e testeiras que diferenciam umacompanhia distribuidora da outra.

O Resan participou de audiênciaspúblicas realizadas pelo Conselho Muni-cipal de Desenvolvimento Urbano(CMDU) para apontar as necessidadesdo setor. Na prática, o projeto – que ain-da não foi aprovado pela Câmara – de-verá regulamentar anúncios em calçadas,jardins, ruas, lotes vagos, mata atlânti-ca, praças, praias, toldos e veículos.

Uma das preocupações do Resanera com a metragem máxima de 12%da área frontal do imóvel que será des-tinada à instalação de placas e totensem postos. Isso porque, a princípio,esses 12% teriam de ser divididos en-tre o logotipo da distribuidora, totemcom preço dos produtos e até com asfaixas e placas previstas em resoluçõesda ANP. Nos demais comércios, a áreade publicidade corresponderá a 20%.

Para chegar a essa metragem, ocomerciante deve fazer uma conta sim-ples, multiplicando a largura da testa-da do imóvel por 7,5 metros, que é aaltura máxima de pé direito permitida aum pavimento térreo.

Em entrevista a Postos & Servi-ços, o secretário de Planejamento deSantos, Bechara Abdalla Pestana Ne-ves, explicou ainda que os totens nãopoderão ter mais de 7,5 metros e queos outdoors fincados em muitos pos-

tos serão proibidos.A diferença da lei paulistana é

que lá foram criados três tama-nhos fixos de placas. Em Santos,a Prefeitura adotou o princípio daproporcionalidade. “Nosso obje-tivo não é radicalizar como ocor-reu em São Paulo”, diz.

O projeto de lei prevê a proibição ou instalação de anúncios em árvores, postes, placas de sinalização, bancos, lixeiras, monumentos e telefonespúblicos, entre outros. Além disso, a publicidade não pode vedar portas, janelasou aberturas destinadas à ventilação ou iluminação; conter dizeres ou imagensque desrespeitem a moral, erros de grafia, apologia contra a vida animal, meioambiente, ou incitem a violência.

Também não pode constar em muros, tapumes ou qualquer tipo de lote; prejudicar a visibilidade da sinalização de trânsito, numeração de imóveis,denominação de logradouros; ser instalada em imóveis exclusivamenteresidenciais; caracterizar poluição sonora; e ocupar mais de 20% dos anúnciosindicativos nas fachadas.

SANTOS TERÁ LEI PARA CONTER POLUPostos de combustíveis terão 12% da área de testada multiplicada por altura de 7,5 metros para

Nos demais comércios, a áreade publicidade será de 20%.Postos e construção civil tiveramcálculo reduzido a 12%

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As lojas 1 MinutoConveniência ga-nharam novos for-matos e modelos,com diferentes tama-nhos que se adaptamaos mais variadosespaços dentro dospostos de combustí-veis. Além das já tra-dicionais conveni-ências, com tama-nhos de até 40 m², a1 Minutodisponibiliza a partirde agora, também,projetos de lojas comaté 80 m². Os associ-ados Resan interessados em conhecermais sobre o projeto podem entrar emcontato com o sindicato (tel: 3222-3535)para agendar a visita de um consultor. A 1Minuto é uma marca da SPCombustíveis.

Seguindo uma tendência de mercado,a rede de conveniência, além dos tama-nhos, desenvolveu e disponibiliza aorevendedor outra importante opção: aadoção de um novo formato de layoutpara suas lojas, o chamado Full Service(formato em que o cliente na área de FastFood é servido). “Agora, os revendedorespaulistas poderão optar pelo formato tra-dicional, o Self Service, ou por este novoformato, o Full Service. E este é hoje umatendência no mercado de conveniênciado país”, explicou o coordenador da 1Minuto, Décio Zambrini.

Desde o início deste ano, o ex-funcio-nário da Shell, que atua com sua empresadesde 1998 na montagem de lojas indepen-dentes em postos de combustíveis, con-domínios residenciais, marinas e estacio-namentos, assumiu a coordenação da 1Minuto Conveniência. Zambrini, atual co-ordenador das dezenas de lojas espalha-das pelo Estado de São Paulo, explica quemuitas mudanças estão ocorrendo tambémna linha da decoração, como novas coresdas fórmicas, forro de gesso com rebaixo,pastilhas, iluminação, além de novas op-ções de móveis, como mesa em alumínio eo novo peg board com garrafeiro. Quatronovas lojas estão atualmente em constru-ção no Estado, localizadas em postos dascidades de Hortolândia, Mairiporã,

Guarulhos e São Paulo.De acordo com o pre-

sidente da SPCom-bustíveis, Emílio Martins,a realidade é que com oSistema de Licenciamento1 Minuto qualquerrevendedor pode ter sualoja de conveniência comum custo acessível e bemmais próximo de sua reali-dade, independentemen-te da bandeira e do espa-ço físico disponível noposto. “O intuito de criar-mos a 1 Minuto Conveni-ência foi justamente este,o de atender os

revendedores que até então estavam exclu-ídos deste mercado e de alguma forma im-possibilitados de abrirem suas lojas. No en-tanto, esses revendedores também tinhamessa necessidade em seus negócios, de ad-quirir uma conveniência, mas não tinhamesta opção. Por isso, queremos atender atodos com qualidade, desde os que têm dis-poníveis 18m², até aqueles que necessitamde uma estrutura maior de 80m²”, explicou.

NOVOS PARCEIROS

Outra novidade que está sendo apre-sentada pela 1 Minuto Conveniência aosrevendedores associados daSPCombustíveis é a presença de novosparceiros, que certamente darão mais op-ções e “rechearão” ainda mais o mix deprodutos comercializados nas lojas.Agora, o café está por conta da Treviollo,que além de locar ou vender suas novasmáquinas de café expresso irá realizar a ma-nutenção e o fornecimento de grãos, açú-car, adoçante, além dos copos e mexedor.

Já a Control P é o novo parceiro queapresenta um software de gerenciamentoda loja que emite vários relatórios, dentreeles o Inventário (diário, semanal e quinze-nal) e o relatório da Curva ABC (por quan-tidade, margem de lucro e preço de venda).

“Ainda, entre os novos parceiros, te-mos a Mania Light (fornecimento de lan-ches), a Salgados São Lourenço (salga-dos em geral) e em negociação estãotambém os licenciamentos da Casa doPão de Queijo e do Rancho da Empada”,disse Zambrini.

IÇÃO VISUALplacas, totens e logotipos

LOJAS ‘1 MINUTO’GANHAM NOVOFORMATO E NOVOS PARCEIROS

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O Resan é um dos signatários dotermo de adesão ao Sistema de Ex-celência de Gestão Sindical (SEGS),que a Confederação Nacional doComércio (CNC) colocou à disposi-ção dos participantes durante o VIIICongresso do Sistema Confederativoda Representação Sindical do Co-mércio (VIII Sicomércio), eventorealizado entre os dias 5 e 7 de no-vembro, no Rio de Janeiro. No total,31 federações e 469 sindicatosfiliados à entidade assinaram o docu-mento que marca uma nova fase nosindicalismo patronal.

“Nosso objetivo é garantir a quali-dade dos serviços prestados pelo sin-dicato”, explica José CamargoHernandes, presidente do Resan, queesteve no evento. O Sistema de Exce-lência de Gestão Sindical é um dosprojetos do Plano Estratégico traçadopela CNC para o período 2007-2020,que permite às entidades a aplicaçãode critérios de excelência do PrêmioNacional da Qualidade, da FundaçãoNacional de Qualidade (FNQ), nassuas gestões.

A iniciativa inclui etapas como odiagnóstico de gestão das própriasentidades (federações e sindicatos),capacitação gerencial para líderes eexecutivos, consultoriasespecializadas em práticas de gestão,avaliação cruzada entre entidades ebenchmarking (avaliação de proces-sos de trabalho de organizações quesão reconhecidas como as melhoresem suas áreas, para aplicação daspráticas comprovadas de sucesso).

“No fim das contas, os benefíciosserão revertidos para os associados.O Resan estabelecerá um cronogramade ações para garantir o cumprimentodos critérios de excelência”, comple-tou Hernandes.

O evento da CNC reuniu cerca demil participantes de 900 sindicatos debase, 7 federações nacionais e 27estaduais do comércio de bens, servi-ços e turismo. O Planejamento Estra-

tégico 2007-2020, pelo qual o Siste-ma CNC pretende consolidar umnovo modelo de excelência em ges-tão, esteve no centro das discussões.A partir do próximo, a entidade pre-tende promover dez fóruns regionaispara continuidade dos debates e aper-feiçoamento de propostas visando àprática das diretrizes e metasestabelecidas.

SINDICATOS

Uma pesquisa realizada junto a 34federações e 816 sindicatos ligadosao Sistema CNC, no ano passado,demonstrou que o processo de exce-lência em gestão tem muito espaçopara crescer. No levantamento foiconstatado que somente 11% dossindicatos e 9% das federações jáimplementaram programas de quali-dade. “Na indústria, isso é uma obri-gação, enquanto no comércio aindanão virou uma realidade”, analisou oassessor de Planejamento da CNC,José Paulo da Rosa.

A pesquisa também indicou que21% dos sindicatos e 24% das federa-ções são auto-sustentáveis. Isso signi-fica que ainda são poucas as entidadescom mecanismos próprios de funcio-namento, excluindo-se dessa conta acontribuição sindical. Enquanto isso79% dos sindicatos têm executivos

em seus quadros, dos quais 58% pos-suem curso superior completo, o quena visão de Rosa pode ser um dife-rencial positivo na hora de deslancharprogramas futuros de melhoria noprocesso de gestão.

Quando indagados sobre o uso debanda larga, 79% dos sindicatos e 94%das federações responderam ter acessoa esse tipo de serviço de internet de altavelocidade, mas somente 45% dos sin-dicatos informaram possuir site pró-prio, espaço potencial de intercâmbio edifusão de informação que está deixan-do de ser aproveitado.

SINDICALISMO PATRONAL ENTRA NUMA NOVA FASE,A DE QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOSResan é um dos signatários do termo de adesão ao sistema de excelência da CNC

O consultor Max Gehringer falousobre a importância das mudanças

durante o VIII Sicomércio, no RJ

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Foi tudo muito rápido. O executivo bem-su-cedido sentiu uma pontada no peito, vacilou,cambaleou, deu um gemido e apagou. Quan-do voltou a abrir os olhos, viu-se diante deum imenso portal. Ainda meio zonzo, atra-vessou-o e deu de cara com uma miríade depessoas, todas vestindo cândidoscamisolões e caminhando despreocupadas.Sem entender bem o que estava acontecen-do, o executivo bem-sucedido abordou umdos passantes:- Enfermeiro, eu preciso voltar urgente parameu escritório porque tenho um meeting im-portantíssimo. Aliás, acho que fui trazido paracá por engano, porque meu convênio médi-co é classe A, e isto aqui está me parecendomais um pronto-socorro. Onde é que nósestamos?- No céu.- No céu...- É.- Tipo assim, o céu, aquele? Com querubinsvoando e coisas do gênero? Que é isso ami-go, você está com gozação?- Certamente. Aqui todos vivemos em estadode gozo permanente.Apesar das óbvias evidências (nenhuma po-luição, todo mundo sorrindo, ninguém usan-do telefone celular), o executivo bem-suce-dido custou um pouco a admitir que haviamesmo apitado na curva. Tentou então o Pla-no B: convencer o interlocutor, por meio dasinfalíveis Técnicas Avançadas de Negocia-ção, de que aquela situação era inaceitável.Porque, ponderou, dali a uma semana ele iria

Talento e criatividade são as palavrasque assumem papéis mais relevantesatualmente. A afirmação é do consul-tor e escritor Max Gehringer, colunistadas revistas Época e Época Negóciose apresentador do quadro “Emprego deA a Z”, no Fantástico, que apresentoua palestra Comédia Corporativa”, du-rante o evento da CNC. O consultortrata com humor as situações compli-cadas que diretores, gestores e funci-onários das empresas têm de lidar.

Segundo Gehringer, as mudanças es-tão cada vez mais caras, mas são inevi-táveis, e a pressão do mercado competi-tivo obriga a todos a acertar. “É fácil en-tender uma mudança depois que ela ocor-

re. Importante é percebê-las enquantoainda estão acontecendo”, disse.

O administrador, que já passou porgrandes empresas como a Pepsico e aElma Chips, comentou a forte (e positi-va) presença de mulheres no mercadode trabalho e o crescimento da ambiçãonas empresas. “A população está cadavez mais bem preparada. Precisamos acada dia ser melhores que nós mesmos”.

Ao final, Gehringer defendeu umaorganização perfeita, formada por so-nhadores (os executivos) e por “pre-zados colaboradores (os funcionários)que fazem o sonho se tornar realidade.Ele concluiu dizendo que só faz suces-so quem tem talento e criatividade.

COMÉDIA CORPORATIVAPor Max Gehringer (Publicado na Revista Exame Ed. 772, de 7/agosto/2002)

receber o bônus anual, além de estar forte-mente cotado para assumir a posição de vice-presidente na empresa. E foi aí que ointerlocutor sugeriu:- Talvez seja melhor você conversar comPedro, o síndico.- É? E como é que eu marco uma audiência?Ele tem secretária?- Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.- Assim?(...)- Pois não?O executivo bem-sucedido quase desaba danuvem. À sua frente, imponente, segurandouma chave que mais parecia um martelo, es-tava o próprio Pedro.Mas o executivo havia feito um curso inten-sivo de Aprroach para Situações Inespera-das e reagiu rapidinho:- Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eusou um executivo bem-sucedido e...- Executivo... Que palavra estranha. De queséculo você veio?- Do 21. O distinto vai me dizer que não co-nhece o termo “executivo”?- Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.Foi então que o executivo bem-sucedido teveum insight. A máxima autoridade ali no para-íso aparentava ser um zero à esquerda emmodernas técnicas de gestão empresarial.Logo, com seu brilhante currículotecnocrático, o executivo poderia rapidamen-te assumir uma posição hierárquica, por as-sim dizer, celestial ali na organização.- Sabe, meu caro Pedro, se você me permite,

eu gostaria de lhe fazer uma proposta. Bas-ta olhar para esse povo todo aí, só batendopapo e andando à toa, para perceber queaqui no Paraíso há enormes oportunidadespara dar um upgrade na produtividadesistêmica.- É mesmo?- Pode acreditar, porque tenho peagadê emreengenharia. Por exemplo, não vejo ninguémusando crachá. Como é que a gente sabequem é quem aqui, e quem faz o quê?- Ah, não sabemos.- Headcount, então, não deve constar emnenhum versículo, correto?- Hã?- Entendeu o meu ponto? Sem controle, hádispersão. E dispersão gera desmotivação.Com o tempo, isto aqui vai acabar virandouma anarquia. Mas nós dois podemos con-sertar tudo isso rapidinho implementando umsimples programa de targets individuais eavaliação de performance.- Que interessante...- Depois, mais no médio prazo, assim queos fundamentos estiverem sólidos e o pes-soal começar a reclamar da pressão e aficar estressado, a gente acalma a galerabolando um sistema de stock option, comuma campanha motivacional impactante, tipo“O céu é seu”.- Fantástico!- É claro que, antes de mais nada, precisarí-amos de uma hierarquização e de umorganograma funcional, nada que dinâmicasde grupo e avaliações de perfis psicológi-cos não consigam resolver. Aí, contrataría-mos uma consultoria especializada para nosajudar a definir as estratégias operacionaise estabeleceríamos algumas metas factíveisde leverage, maximizando, dessa forma, oretorno do investimento do Grande Acionis-ta... Ele existe, certo?- Sobre todas as coisas.- Ótimo. O passo seguinte seria partir para umdownsizing progressivo, encontrar sinergiashi-tech, redigir manuais de procedimento, de-finir o marketing mix e investir no desenvolvi-mento de produtos alternativos de alto valoragregado. O mercado esotérico, por exem-plo, me parece extremamente atrativo.- Incrível!- É obvio que, para conseguir tudo isso, nósdois teremos que nomear um board de altíssimonível. Com um pacote de remuneração atraen-te, é claro. Coisa assim de salário de seis dígi-tos e todos os fringe benefits e mordomias depraxe. Porque, agora falando de colega paracolega, tenho certeza de que você vai concor-dar comigo, Pedro. O desafio que temos pelafrente vai resultar em um turnaround radical.- Impressionante!- Isso significa que podemos partir para aimplementação?- Não. Significa que você terá muito futuro emnosso concorrente. Porque você acaba de des-crever, exatamente, como funciona o Inferno.

CRIATIVIDADE E TALENTO SÃO ELEMENTOSESTRATÉGICOS PARA UM BOM NEGÓCIOMax Gehringer falou aos sindicalistas sobre mudanças

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Os postos de combustíveis devemaproveitar os últimos dias deste mêspara se preparar para a sua inclusão noprograma Nota Fiscal Paulista,confirmada para janeiro de 2008. Aslojas de conveniência já estão obrigadasa fornecer desde novembro a notafiscal ou cupons fiscais com as informações do consumidor para queele possa ter direito à devolução de até30% do ICMS pago pelo produto.

Como as máquinas de ECF devemestar programadas para cadastrar oCPF dos consumidores ou CNPJ deempresas a partir de janeiro, orevendedor deve verificar se oaplicativo comercial está preparadopara capturar a informação, bemcomo se o ECF possui a capacidadede armazenar os dados. Entre emcontato com o fornecedor dosoftware e o fabricante do ECF.Atenção porque algumas máquinasantigas não poderão atender às novasexigências.

Os principais fiscais desteprograma são os próprios clientesdos estabelecimentos que, casopercebam que alguma compra feita

não gerou os créditoscorrespondentes, poderão acionar aSecretaria da Fazenda, que fará afiscalização e cobrança doestabelecimento devedor (vejaquadro sobre multas previstas).

Os documentos fiscais válidospara o programa são:  cupom fiscal(como os emitidos nos postos decombustíveis, por exemplo), a notafiscal on-line (emitidaseletronicamente pela Secretaria daFazenda por opção do contribuinte)ou as notas preenchidas no ato dacompra (talonários tradicionais).

Não deixe de colocar em localvisível em seu posto o adesivo doprograma Nota Fiscal Paulista.

ALERTA

A Plumas Assessoria Contábilorienta os revendedores para que nãoemitam documentos fiscais acima doque realmente foi consumido pelocliente, mesmo que ele insista napossibilidade apenas como forma deapurar mais créditos. Isso poderátrazer um faturamento fiscal maior doque o realizado pela empresa, e conse-qüentemente lucros contábeis irreais.

Entre os benefícios doprograma para oestabelecimento

comercial, destacam-se:

1. Redução no tempo de guarda(armazenagem) dosdocumentos fiscais;2. Dispensa de AIDF –Autorização para Impressão deDocumentos Fiscais no caso deemissão exclusiva da NotaFiscal On-line;3. Maior isonomia e justiçafiscal, com diminuição daconcorrência desleal;4. Fortalecimento ao combate àpirataria de produtos.

ATRASOS GERAMMULTAS PESADAS

Segundo a Plumas AssessoriaContábil, ao final de cada mês, osestabelecimentos comerciaisdeverão enviar à Fazenda doEstado, por meio da Internet, osarquivos digitais das notas ecupons fiscais emitidos no mêsanterior, apurar o imposto devidono período e efetuar orecolhimento aos cofres doTesouro. Se o prazo estabelecidonão for cumprido, o fornecedorficará sujeito a multa de 100Ufesp´s (Unidade Fiscal doEstado de São Paulo), quecorresponde a R$ 1.423,00 pordocumento não registrado.

COMO REGISTRAR OS DOCUMENTOS NA SEFAZ:

1Envio de arquivo texto: válido para registro de operações de cupons fiscais (nos moldes da Portaria CAT 52/2007), notas fiscais de venda aconsumidor e notas fiscais modelo 1; (Através do seu ECF deverá ser geradoum arquivo e gravado em CD para transmissão para a SEFAZ)

2digitação no Portal da Nota Fiscal Paulista: válido apenas para as notas fiscais de venda a consumidor final.

Obs: A conexão à Internet será necessária somente para a transmissão dos dados dasoperações, seja pelo seu contador, pelo próprio estabelecimento, ou de qualquer local emque haja acesso à Internet. Somente no caso de o estabelecimento optar pela emissão danota fiscal online é que deverá ter microcomputador com conexão à Internet.

SEU POSTO ESTÁ PRONTO PARA CADASTRAR OCPF DO CONSUMIDOR A PARTIR DE JANEIRO?

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A Refinaria Presidente Bernardesde Cubatão está sob nova direção.Com a aposentadoria de LuizAlberto Verri no último dia 31 deoutubro, William França da Silvaassumiu a Gerência Geral da uni-dade. Ele tem 47 anos, é carioca epetroleiro há duas décadas.

Na Petrobras, trabalhou dezoi-to anos na Refinaria Duque deCaxias (Reduc-RJ) e passou um anoe oito meses à frente da Refinariade Santa Cruz de La Sierra, Bolívia,de onde veio para Cubatão, “umarefinaria importantíssima do Siste-ma Petrobras, que está crescendocom a Companhia, ajudando o Paísa crescer, e tem a grande responsa-bilidade de crescer bem, de formasustentável e com respeito ao meioambiente”, afirmou.

Segundo o novo gerente-geralda RPBC, o caminho para isso é trabalharem equipe e respeitar os preceitoscorporativos de Segurança, Meio Ambi-ente e Saúde (SMS), de modo a obter osresultados esperados pelos acionistas e asociedade, pontos que considerainterdependentes.

Engenheiro químico pela UFRJ,William ainda é formado em Direito pelaUERJ e obteve seu MBA em Gestão Em-presarial também pela UFRJ. Seu primei-ro emprego foi como operador de paineldo Grupo Ultra, onde, em 1985, partici-pou da implantação do Sistema Digitalde Controle Distribuído (SDCD) da em-presa, iniciativa pioneira no País.

Veja a seguir os principais trechos daentrevista feita por Postos & Serviçoscom o novo gerente geral da RBPC:

 Postos & Serviços - O sr. vem da

Refinaria de Santa Cruz de La Sierra,na Bolívia. Qual experiência traz de lápara a RPBC? Sua indicação para ge-rente geral da unidade de Cubatão tem aver com a importância que o gás ganhoupara o Brasil nos últimos tempos?

William França - Na verdade, na Bo-lívia se fala muito de gás, mas eu traba-lhei na refinaria, na parte de refinação paraabastecimento do mercado boliviano já

que a Petrobras era dona das duas refi-narias, tinha o monopólio do refino nopaís. Eu venho para a Refinaria deCubatão de dar continuidade ao proces-so de modernização da unidade, de ade-quar nossos produtos à qualidadeambiental para agora e para os próximosanos. As novas unidades já em andamen-to farão desta refinaria uma unidade deponta, uma refinaria verde. Para isso, éimportante que haja um trabalho forte quegaranta o desenvolvimento sustentável.Minha missão é manter e melhorar os re-sultados em nível empresarial e garantirrequisitos de qualidade para o governo,sociedade, comunidade, acionistas e paraos funcionários.

P&S - A produção tem aumentado?França - Hoje a Refinaria de Cubatão

está entre as cinco maiores do País em ter-mos de carga. A grande importância daRPBC não é pela sua capacidade de produ-ção, mas pela sua complexidade. Algunsprodutos só são produzidos aqui, como agasolina de aviação. O nosso diferencial éa alta capacidade de conversão e de pro-dução de combustíveis e produtosespeciais de alto valor agregado.

P&S - O assunto petróleo caiuno domínio público em função dacrise com a Bolívia, das recentesdescobertas de jazidas na costabrasileira. De que forma a Bacia deSantos já trouxe mudanças para aRPBC?

França - A mudança principal éaté psicológica. Apesar das desco-bertas, teremos que analisar o impac-to do refino e como a área de abaste-cimento será reestruturada em fun-ção da qualidade e da quantidadede petróleo que virá dos novos cam-pos. Teremos que adequar a estru-tura de refino para mais essa grandereserva (de Tupi, na Bacia de Cam-pos) que vai chegar pelos próximoscinco ou dez anos. O grande impac-to só será sentido após areestruturação da cadeia de refinono País por conta do megacampo de

Tupi, que tem um óleo mais leve que o daBacia de Campos. Atualmente, a RPBCrecebe gás natural da Bolívia e deMerluza, além de sua produção interna.

P&S - O sr. falou no projeto de trans-formar a RPBC numa refinaria verde. ARefinaria de Cubatão conseguirá aten-der aos prazos de redução de enxofre nocombustível?

França - Já estamos executando as no-vas plantas de gasolina e diesel para aten-der a resolução Conama (315/02). É claro queo prazo para término das obras depende denegociação. Nosso projeto já estáestruturado. Agora teremos que conversarcom o governo para adaptar prazos. Nossocronograma prevê a entrega da carteira degasolina em 2009 e de diesel entre 2010/2012.

P&S - A RPBC está com váriosinvestimentos já iniciados. Algum delesserá antecipado? Qual o maisimportante?

França - O da Gasan que consistena modernização e ampliação dorecebimento de gás da Bacia de Santosé previsto para 2008 com a conclusãoda primeira fase da recepção de gás. Ain-da não estamos falando do megacampode Tupi, mas do aumento da produção apartir das descobertas que já tinhamsido anunciada na Bacia de Santos.

William França da Silva veio paraCubatão da Refinaria de Santa Cruz

de La Sierra, na Bolívia

RPBC TEM NOVO GERENTE GERAL

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Com o metro quadrado de um postocada vez mais valorizado – já que elesestão localizados nos melhores pontosestratégicos das cidades-, a diversidadede serviços e até tipos de comércioinstalados ao lado das pistas deabastecimento transformaram postosem centros comerciais.

Entre as opções que podem serencontradas em postos da região estãovideolocadoras, floriculturas, agênciados Correios, lotéricas, pizzarias,cabeleireiros, lanchonetes, boutiques,restaurantes, locadoras de veículos einstalação de som.

Aliado ao fato de contar comestacionamento fácil e maior segurança,o consumidor já se rendeu ao confortooferecido por lojas de conveniência e porsuas agregadas. O dentista João Rodriguesadquiriu o hábito de comprar produtosvendidos nos postos perto de casa pornão ter tempo de ir ao supermercado.

Entre 2005 e 2006, o faturamentodo setor de conveniência subiu 38%,passando de R$ 1,36 bilhão para R$ 1,89bilhão. Para 2007, a expectativa échegar a R$ 2,45 bilhões. O número delojas aumentou de 3.453 para 4.834. Opotencial de crescimento é grande, pois

- Vou ao cabeleireiro- Onde?- Lá naquele posto da esquina!

só 14% dos postos têm lojas. Segundoo Sindicato Nacional de EmpresasDistribuidoras de Combustíveis eLubrificantes (Sindicom), responsávelpelo levantamento, até dezembro serãoseis mil lojas.

“A facilidade e a eficiência fizeramcom que eu comprasse sempre nospostos”, disse o santista FábioSchurman, cliente fiel dasconveniências. “Faz uns quatro anos quecomecei a comprar frequentementenessas lojas, que deixaram de ser apenasponto de encontro de jovens. Além dadiversidade de produtos, não pegamosa fila que tem no supermercado. Antes,

as lojas eram sinônimos de cafezinho epão de queijo, agora você encontra todoo tipo de mercadoria, desde os cigarrose bebidas até produtos importados quevocê acha só em determinados locais”.

CABELEIREIRO

João Bispo e Leonardo de Oliveira, paie filho, estão há quase três anos instaladosnum box do Auto Posto Glicério Santista,na esquina com o Canal 2, em Santos.

Entre as vantagens citadas por elesestá a atração de clientes do posto queestão aguardando lavagem. Alocalização também é outro fator queconta na hora de pensar no negócio.

João Bispo montou seu salão há três anos numa loja dentro de um posto de Santos

* Agenteseconômicos

autorizados,de acordo com

PANP 297/2003

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O varejo está passando por uma trans-formação estrutural onde a era do pro-duto e das ações de marketing desen-volvidas pelos fabricantes reduziu seupapel e abriu espaço para a “era dasolução”.

O simples ato de compra e vendanão produz mais resultados, boa partedos produtos hoje são comodities. Ovalor das marcas mudou para váriascategorias e o cliente quer respostasrápidas para suas necessidades cadavez mais específicas de compra, poresse motivo que os pequenos varejosde vizinhança e passagem estão cres-cendo em vendas en-quanto as grandes ca-deias perdem o fôlego.

Tais mudançasabrem novos espaçospara as lojas de conve-niência, pelo simplesfato de estar no cami-nho dos consumidorese porque podem ofere-cer o mix de produtosmais adequado a eles,concentrado naquiloque querem e precisamcomprar. Como exemplo, uma lojapode muito bem aumentar a recei-ta quando reduz a variedade econsequentemente foca nos produ-tos de maior interesse o terminapor facilitar a compra rápida, semque o consumidor fique procuran-do pelo que deseja.

A nova competência da gestão va-rejista exige cada vez mais conheci-mento do consumidor de cada pontode venda, segmentado em diversas fai-xas horárias, por sexo idade, estilos devida, hábitos e atitudes para saber oque expor e como tratar da variedadede produtos que interessa para cadaum desses públicos.

A prática de ações a partir de co-nhecimento dos clientes já produz

exemplos de “boas práticas”:

Uma loja no litoral paulistaque trabalhava com 18 tipos di-

ferentes de cervejas, após anali-sar a curva ABC de vendas eobservar os clientes, reduziu

para 6 tipos, aumentou a áreade exposição das marcas líderese as vendas cresceram em 26%

nos meses seguintes e a mar-gem bruta em 8,4% na catego-

ria cervejas.

Outra loja em Minas que trabalhavacom 1.200 itens reduziu para 580, au-mentou a oferta de fast food, colocoumesas e cadeiras para atender confor-tavelmente os clientes. Como resulta-do as vendas cresceram em 27% noprimeiro mês e se estabilizou em 35%a mais, e os resultados da margem brutasaltou de 32% para 43,3%. Uma lojaque estava para ser fechada passou aser um bom negócio.

Outra loja que muda a exposição deprodutos três vezes ao dia e a noite tráspara junto do checkout, energéticos eices, aumentou suas vendas, melhorouas margens e de quebra reduziu sensi-velmente as perdas.

Em nenhum desses exemplos acon-

O REDESENHO DAS ESTRATÉGIAS DO MARKETING VAREJISTA

“Outro caso queacompanhamos é de

uma loja que ampliou aoferta de fast food,

lançou um cardápio quechamamos de

“gourmet”, com varieda-de e qualidade de apre-sentação, e em poucosmeses a categoria comi-das e sucos representa75% da receita da loja, e

a participação doscigarros que era de 23%(padrão nacional) caiu

para 8%. A margembruta da loja superou os40% e estamos falando

de uma loja comfaturamento na casa dos

R$ 100 mil mensais”

CONVENIÊNCIA É NOTÍCIAPor Cláudio Correra, diretor da MPP Marketing e professor da PUC/SP ([email protected])

teceu algum tipo de mágica e sim aná-lise da curva ABC de vendas, observa-ção e muita conversa com clientes,coragem de mudar, oferta de serviçose ambiente diferenciado que se trans-formaram e foram percebidos pelosclientes, como entrega de soluções es-peradas por eles para melhor aprovei-tar os seus momentos de compras deconveniência, que acabam por se trans-formar em potenciais geradores de ven-das e margens.

O êxito está em mudar para melhorconhecendo o perfil dos seus diversosclientes não ter que disputá-lo por pre-ços e sim pelas ofertas de produtosdesejados por eles, serviços e atendi-mento, e tudo isso tem que acontecerrápido, rápido, rápido...

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Já está na Comissão de Constituição eJustiça da Câmara Federal o projeto delei 187/07, apresentado em fevereirodeste ano, que prevê espaço para a ins-talação, nos projetos de novas rodovi-as, de postos de serviço, de abasteci-mento e de descanso em área centralda pista. No caso de alargamento derodovia já existente, a autoridade rodo-viária deverá, sempre que possível,redesenhar as pistas de modo que es-ses serviços também passem a se lo-calizar no meio das pistas.

De autoria do deputado CarlosAlberto Leréia (PSDB-GO), se aprova-da, a lei vai propiciar conforto e segu-rança aos usuários das rodovias, pois alocalização central permitirá o acessoaos postos de serviço a partir das mar-gens internas de ambas as pistas. “Issoconfigura o uso racional e econômicodo espaço”, afirmou o relator, deputa-do Moises Avelino (PMDB-TO).

PROJETO DE LEI PROPÕEPOSTOS EM CANTEIROSCENTRAIS DE RODOVIAS

Subiu para 464 o número de postosfechados em todo o Estado desde 14de dezembro de 2004, quando aSecretaria da Fazenda iniciou aoperação De Olho na Bomba. Esteano entre janeiro e outubro, 180postos t iveram as bombas decombustível lacradas. Em outubro,nove foram cassados na Capital, trêsna região do ABC (São Caetano doSul, Diadema e Mauá e um emOsasco (Grande SP). Tambémforam cassados postos em Marília(um), Sorocaba (um) e em SantaBárbara do Oeste (um).Na Baixada Santista, 33 postos foramcassados nesse período entre Bertiogae Peruíbe. Santos é a Cidade com maispostos fechados (11), seguida por PraiaGrande (8), São Vicente (5), Guarujá(4), Itanhaém (3) e Cubatão (2). Parater acesso à lista completa visite o sitewww.fazenda.sp.gov.br.

OPERAÇÃO ‘DE OLHO NABOMBA’ JÁ FECHOU 464POSTOS EM DOIS ANOS

De acordo com a Portaria nº 384/1992,do então Ministério do Trabalho e daAdministração, a inspeção do trabalhopresumirá como sendo fraudulenta adispensa do empregado sem justa causa,seguida de recontratação do mesmotrabalhador, ou de sua permanência naempresa sem a formalização do vínculoempregatício, quando ocorrida dentro dos90 dias subseqüentes à data da rescisão.

Segundo o Ministério do Trabalhoe Emprego (MTE), a medida coíbe aprática de dispensas fictícias, com oúnico propósito de facilitar olevantamento dos depósitos da contavinculada do trabalhador no Fundo deGarantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Aos casos comprovados de rescisãofraudulenta serão aplicadas as penalidadesprevistas na Lei nº 8.036/1990, art. 23, §§2° e 3°, e na Lei nº 7.998/1990, art. 25,c.c. a Portaria MTb nº 290/1997.

RECONTRATAÇÃO DEFUNCIONÁRIOS DEVESEGUIR NORMAS DO MTE

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Confira os índices máximose mínimos e as variaçõesde preços e custos decombustíveis, segundodados oficiais da AgênciaNacional de Petróleo(ANP).Os índices citados são re-ferentes à média nacional,do Estado de São Paulo ede cinco cidades da Bai-xada Santista (Santos, SãoVicente, Praia Grande,Itanhaém, Cubatão eGuarujá) e devem ser utili-zados apenas como fontede informação para ogerenciamento dos postosrevendedores.

INDICADORESRANKING DE CUSTOS E PREÇOS

OUTUBRO X NOVEMBRO

METODOLOGIA:O Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis abrange GasolinaComum, Álcool Etílico Hidratado Combustível e Óleo Diesel Comum, pesquisados em 411 municípiosem todo o Brasil, inclusive Estado de São Paulo e as cidades de Santos, São Vicente, PraiaGrande, Itanhaém, Cubatão e Guarujá. O serviço é realizado pela empresa Polis Pesquisa LTDA.,de acordo com procedimentos estabelecidos pela Portaria ANP Nº 202, de 15/08/00. O trabalhoparalelo desenvolvido pelo Resan consiste em compilar os dados e calcular as médias de preços ecustos praticados pela revenda e pelas distribuidoras, sempre com base nos dados fornecidos pelosite da ANP. Mais informações pelo www.anp.gov.br ou pelo 0800-900267.

CONFIRA OS VALORES DE FORMAÇÃODOS PREÇOS DA GASOLINA E DIESEL

Fonte: Fecombustíveis(*) Valores médios estimados

OUTUBRO (1)Semana 14 a 20

NOVEMBRO (2)Semana 25 a 30

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

VARIAÇÕES (2-1)Média

ConsumidorMédia

Distribuidora

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O plenário do Senado Federal aprovou nodia 28 de novembro a recondução deHaroldo Lima ao cargo de diretor-geral daAgência Nacional do Petróleo, Gás Natu-ral e Biocombustíveis (ANP), por 55 vo-tos a favor e nove contra, maior margemregistrada até hoje para esse tipo de vota-ção. O primeiro mandato de Haroldo Limacomo diretor-geral da ANP teve início em19 de outubro de 2005 e terminou em 11de dezembro deste ano.

HAROLDO LIMA FICARÁMAIS DOIS ANOS NA ANP

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Dezembro 2007

ANIVERSARIANTES

Variedades

PARA ANUNCIAR,LIGUE (11) 5641-4934OU (11) 9904-7083

18

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SAÚDE OCUPACIONAL

NOVEMBRO

2ª QUINZENA DE DEZEMBRO

16 Reinaldo Kensuke MonnaAuto Posto Cajati Ltda.Cajati

17 Cristina Nunes BentoAuto Posto Bom Amigo - Guarujá

18 Wilson Roberto CalpenaPosto Conselheiro Nébias - Santos

23 Luciana Vilela de CarvalhoFase Quattro Comércio - Juquiá

24 Antônio Carlos Quintas de PinhoA. G. de Pinho & Cia - Guarujá

25 Jorge Cristiano MonteiroAuto Posto Dila - GuarujáJosé Luiz Eboli VillamarimAuto Posto Espumas - Santos

29 Marcello Francisco AmeixeiroSuper Posto 800 Milhas N. - São VicenteSuper Posto 800 Milhas - São VicenteSuper Posto Constituição - Santos

31 José Roberto D’Elia Sampaio de OliveiraAuto Posto Praia de São Lourenço - Bertioga

2ª QUINZENA DE DEZEMBRO

1ª QUINZENA DE JANEIRO1ª QUINZENA DE JANEIRO

1 Antônia MateusAuto Posto Retiro das Caravelas - CananéiaEmygdio Machado NetoAuto Posto Barão do Litoral - GuarujáLuiz Antônio Sares GuerraSind Taxistas Autôn e Transp - Santos

2 Sanny Royas de AguiarPosto de Serviços Califórnia - Santos

Presidentes dos Sindicatos

18/12 - Paulo Miranda SoaresFecombustíveis;28/12 - José Fernando ChaparroSind Mato Grosso;06/01 - Evaristo José Braga CavalcantiSind Paraíba;

7 Sérgio de SouzaAuto Posto Carga Pesada - GuarujáAuto Posto Falcão do Terminal - Guarujá

8 Luciano Jair OngaratoPosto JB 4 Irmãos - JacupirangaAuto Posto Búfalo do Vale - Pariquera-açuSeverina Simões LeoneAuto Posto Cinese - Guarujá

10 Ricardo Eugênio Meirelles de AraújoA. G. de Pinho & Cia - GuarujáAuto Posto La Caniza - Guarujá

11 Cláudia Machado de Campos SallesAuto Posto Barão do Litoral - Guarujá

13 Luzia de Fátima Rodrigues CampagnaroAuto Posto Brumar - Santos

14 Cristiane do Prado VerderanoAuto Posto da Balança - SantosFlávio Ribas de SouzaLinha Um Produtos de Petróleo - Santos

15 Carlos Alberto DuquePosto Vereda Tropical - Guarujá

05 à 07 - Partici-pação no VIIICongresso do

Sistema Confederativo da Re-presentação Sindical do Co-mércio (CNC) no Rio de Janei-ro;

08 - Participação no Fórum: AFiscalização do Abastecimentoe Suas Parcerias de Sucesso,realizado pela ANP em SãoPaulo, acompanhado pelo vice-presidente Ricardo Lopez;

09 - Participação no Jantar deConfraternização do SindicatoREGRAN, em São Bernardo doCampo;

20 - Coquetel de Lançamentodo Programa Painel Regional,em Santos, representado pe-los diretores Ricardo Lopez,Flávio Ribas e Gilson Dutra;

22 - Reunião do Conselho deRepresentantes daFecombustíveis, em Manaus/AM;

22 e 23 - Participação no 4ºEncontro de Revendedores deDerivados de Petróleo do Extre-mo Norte do Brasil, emManaus/AM;

30 - Participação no III Ciclode Encontros Regionais deRevendedores de Combustí-veis da Bahia, em Porto Se-guro/BA.

16 - Programa Nota FiscalPaulista; Portaria CAT 52/2007;Pesquisa: Manutenção de Bombas.17 - Convocação de AssembléiaGeral Ordinária; Confraternizaçãode Fim de Ano; CampanhaAbasteça o Natal de Quem Precisa.

Dados fornecidos pela Secret aria do Resan: Marize Albino Ramos, secretária;e Maria do Socorro G. Costa, Telemarketing. Mais informações pelotelefone (13) 3222-3535 ou pelo e-mail secretaria @resan.com.br

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A

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Aproveitar oportunidades. Essa é amensagem dada pelo presidente doResan, José Camargo Hernandes, aosrevendedores da Bahia durante o IIICiclo de Encontros Regionais deRevendedores de Combustíveis daBahia, realizado pelo Sindicomb-BA emPorto Seguro, no final de novembro.

Diante da ameaça que a expansãodos pontos de abastecimento (PA’s) re-presentam para os postos de rodovia,Hernandes alerta para que o revendedoragregue valores para incrementar seusnegócios, investindo mais nas pistas degasolina e álcool para atender o moto-rista de automóvel de passeio que vol-tou às estradas diante do apagão aéreo.

É fundamental que se adeque lan-chonetes, restaurantes, estacionamen-tos e banheiros ao novo perfil de pú-blico, sem se esquecer dos caminho-neiros. “Capacite seus funcionáriospara esse consumidor”.

Segundo o relatório do mercado dediesel de 2006, da ANP, que é a maisrecente fonte de dados disponível, emrelação a 2005, as vendas de diesel pelasdistribuidoras a postos de revenda re-gistraram queda de 0,65%, e as ven-das a TRR´s sofreram decréscimo de5,26%. Já as vendas a grandesconsumidores registramcrescimento de 2,14% entreum ano e outro.

Em 2006, o diesel con-sumido no País era vendidoda seguinte forma: 57,7%em postos, 11,5% em TRR’se 30,9% por grandes consu-midores.

ÉTICA

A ética concorrencial foio tema do evento que reuniucerca de 100 revendedores daregião de Porto Seguro. Ade-quação ambiental, biodiesel,fiscalização, atendimento aocliente, além do combate àsirregularidades do mercadode combustíveis foram al-guns dos assuntos debatidos,com enfoque voltado para

posto de rodovia.Na Bahia, com a carga tributária atu-

al, em torno de R$ 0,30, os postos dediesel do Estado estão perdendo ven-das para os postos de fronteira (MinasGerais, Espírito Santo e dos estados doSudeste) que possuem uma carga tri-butária menor em torno de R$ 0,10.

A diferenciação da carga tributária dodiesel provoca distorções no mercado,como o incentivo do comércio clandesti-no do produto entre os estados com me-nor carga tributária e a desestabilizaçãoeconômica dos postos de combustíveisde rodovias, em especial daqueles demaior volume que são os grandes ge-radores de emprego, acarretando im-pacto negativo no campo social.

Também em novembro,Hernandes esteve com oministro do Trabalho eEmprego, Luiz Marinho,durante a Festa doRevendedor Regran. Nafoto, Hernandes, Marinho eo presidente do Regran,Toninho Gonzalez

Hernandesapresentoupalestra sobrePostos de Rodo-via durante o IIICiclo de Encon-tros Regionais deRevendedores deCombustíveis daBahia

É HORA DE APROVEITAR OPORTUNIDADESPOSTOS DE RODOVIA

SAIU NA IMPRENSA