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Março 2008 2 EDIÇÃO MARÇO / 2008 EDITORIAL Tal qual num roubo de obra de arte ............................... 3 ANP Agência divulga dados sobre de- sempenho do mercado..............4 - Bandeira branca chega a 44% RESOLUÇÃO Apenas 95PA’s se cadastraram na ANP até agora ..........................5 - Relatório do Ibama até dia 31 - Notas diversas 15 ANOS DO RESAN Sindicato inicia discussão sobre evento comemorativo ................6 SEGURO Sindicato tem nova corretora.......9 - Resultados das pesquisas Resan GÁS NATURAL Comgás avança com rede de gás por Santos. Jásão 30 quilômetros de tubulação.............................12 - Postos podem ser consumidores IRPF Leão está de olho nos cartões de crédito .....................................13 - Cresce uso dos cartões em 116% DÍVIDAS Prorrogados prazos para parcelamento de dívidas ..........14 COLUNA Confira dicas sobre conveniência do colunista Cláudio Correra ......15 INDICADORES Ranking de preços .....................17 ANIVERSÁRIO Confira nomes da 2ª quinzena de março e 1ª de fevereiro................18 MAX GEHRINGER Leia artigo do consultor do Fan- tástico, da Globo....................19 MULHERES NOTA 10 Postos & Serviços é uma publicação mensal do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lava-rápidos e Estacionamentos de Santos e Região (Resan). Rua Manoel Tourinho, 269 Macuco - Santos/SP / 11015-031 Tel: (13) 3222-3535 www.resan.com.br [email protected] Presidente José Camargo Hernandes Jornalista responsável, textos e editoração eletrônica Christiane Lourenço (MT b. 23.998/SP) E-mail [email protected] Colaboração: Thiago Chichorro e Luiz Alberto Pereira de Carvalho Impressão: Demar Gráfica Tiragem: 1.600 exemplares Fotos: Divulgação e Resan As opiniões emitidas em artigos as- sinados publicados nesta revista são de total responsabilidade de seus autores. Reprodução de textos au- torizada desde que citada a fonte. O Resan e os produtores da revis- ta não se responsabilizam pela ve- racidade das informações e quali- dade dos produtos e serviços di- vulgados em anúncios veiculados neste informativo. Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres ...Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possuí (John Lennon) CURSOS Resan organiza cursos de treina- mento e qualificação para frentistas. Inscreva já a sua equipe Página 7 As mulheres revendedoras associadas ao Resan provam o porquê a brasileira está entre as mais empreendedoras do mundo, segundo pesquisa divulgada pelo Sebrae. Hoje, elas respondem por 41% da População Economicamente Ativa (PEA) do País. Páginas 10 e 11 P&S apurou o custo de uma lavagem. Especialistas sugerem que revendedores invistam num serviço mais profissional. Nem sempre as duchas grátis valem a pena. Confira os detalhes. Páginas 10 e 11 CUSTO-BENEFÍCIO SAUDADE Resan lamenta a morte do criador da F-Truck, Aurélio Felix, grande amigo da revenda da região Página 16

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Março 20082

EDIÇÃO MARÇO / 2008

EDITORIAL

Tal qual num roubo de obra

de arte ...............................3

ANP

Agência divulga dados sobre de-

sempenho do mercado..............4

- Bandeira branca chega a 44%

RESOLUÇÃO

Apenas 95PA’s se cadastraram na

ANP até agora ..........................5

- Relatório do Ibama até dia 31

- Notas diversas

15 ANOS DO RESAN

Sindicato inicia discussão sobre

evento comemorativo ................6

SEGURO

Sindicato tem nova corretora.......9

- Resultados das pesquisas Resan

GÁS NATURAL

Comgás avança com rede de gás

por Santos. Jásão 30 quilômetros

de tubulação.............................12

- Postos podem ser consumidores

IRPF

Leão está de olho nos cartões de

crédito .....................................13

- Cresce uso dos cartões em 116%

DÍVIDAS

Prorrogados prazos para

parcelamento de dívidas ..........14

COLUNA

Confira dicas sobre conveniência

do colunista Cláudio Correra ......15

INDICADORES

Ranking de preços .....................17

ANIVERSÁRIO

Confira nomes da 2ª quinzena de

março e 1ª de fevereiro................18

MAX GEHRINGER

Leia artigo do consultor do Fan-

tástico, da Globo....................19

MULHERES NOTA 10

Postos & Serviços é uma publicação

mensal do Sindicato do Comércio

Varejista de Derivados de Petróleo,

Lava-rápidos e Estacionamentos de

Santos e Região (Resan).

Rua Manoel Tourinho, 269

Macuco - Santos/SP / 11015-031

Tel: (13) 3222-3535

www.resan.com.br

[email protected]

Presidente

José Camargo Hernandes

Jornalista responsável, textos e

editoração eletrônica

Christiane Lourenço

(MT b. 23.998/SP)

E-mail

[email protected]

Colaboração: Thiago Chichorro e

Luiz Alberto Pereira de Carvalho

Impressão: Demar Gráfica

Tiragem: 1.600 exemplares

Fotos: Divulgação e Resan

As opiniões emitidas em artigos as-

sinados publicados nesta revista são

de total responsabilidade de seus

autores. Reprodução de textos au-

torizada desde que citada a fonte.

O Resan e os produtores da revis-

ta não se responsabilizam pela ve-

racidade das informações e quali-

dade dos produtos e serviços di-

vulgados em anúncios veiculados

neste informativo. Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres...Se elas voltarem é porque as conquistei. Se nãovoltarem é porque nunca as possuí ”

“(John Lennon)

CURSOSResan organiza cursos de treina-

mento e qualificação para frentistas.Inscreva já a sua equipe

Página 7

As mulheres revendedoras associadasao Resan provam o porquê a brasileiraestá entre as mais empreendedoras domundo, segundo pesquisa divulgadapelo Sebrae. Hoje, elas respondem por41% da População EconomicamenteAtiva (PEA) do País.

Páginas 10 e 11

P&S apurou o custo de uma lavagem.Especialistas sugerem que revendedoresinvistam num serviço mais profissional.Nem sempre as duchas grátis valem apena. Confira os detalhes.

Páginas 10 e 11

CUSTO-BENEFÍCIO

SAUDADEResan lamenta amorte do criador daF-Truck, AurélioFelix, grande amigoda revenda da regiãoPágina 16

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EDITORIAL

JOSÉ CAMARGO HERNANDES

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“TAL QUAL NUM ROUBODE OBRA DE ARTE”

Não precisa ser muito observador paraacompanhar como as cidades têmcrescido, alcançado um bom índicede desenvolvimento urbano, a formacomo a engenharia e a arquiteturaavançam, o melhor poder aquisitivo dapopulação... Entretanto, há algumasbarreiras que não temos conseguidovencer: a da insegurança pública. Senossas crianças estão na escola, setemos atualmente um índice de de-semprego baixo e se também há pro-gramas sociais que assistem maisdiretamente as famílias necessitadas,como explicar essa criminalidade la-tente? Não temos tido sossego paradeixar nossas empresas após um diainteiro de trabalho e ir para casa embusca do descanso merecido. Bastao telefone tocar para o frio percorrer aespinha à espera de uma notícia ruim.

E quando falo de uma má notícianão quer dizer que perdemos dinheironum assalto ao frentista ou à loja deconveniência. Me refiro aos riscos aque todos estamos expostos dianteda violência a queaudaciosasquadrilhas deb a n d i d o snos expõem.

Para esses marginais, a vida perdeuo valor. Como reverter essa situação?

Eu mesmo tive uma experiência noinício deste mês que surpreendeumais uma vez o mercado de combus-tíveis do Brasil. Uma quadrilha, dife-rente daquelas que insistem em as-saltar nosso caixa com até certa re-gularidade, mostrou que o crime or-ganizado está espalhado por todas asfrestas da sociedade. Uma rede de in-formação se criou para que os assal-tantes chegassem ao posto onde es-tavam várias bombas de combustíveis,novinhas, aguardando para a instala-ção, que deveria ocorrer nos próximosdias após o assalto. Numa operaçãorápida, as bombas foram colocadasdentro de um caminhão e, como numpasse de mágica, sumiram.

O pior de tudo isso é a impotên-cia. Não há para quem reclamar e nemcomo tentar rastrear esses equipa-mentos. Tudo que consegui fazer foiinformar os sindicatos de todo o Paíse algumas empresas de instalação debombas o número de série dos pro-

dutos roubados. O cerneda questão é: se há quemrouba bombas de combus-tível é porque há quemcompre, ou melhor, quemtenha feito a encomenda.Tal qual num roubo de obrade arte.

A única diferença entreeles é que num caso há ointeresse da polícia mun-dial e, no outro, o empre-

sário fica com o prejuízo e o desgas-te.

Quanto ao mercado de combustí-veis, a situação continua favorável.Quando eu escrevia esse artigo vi umamatéria em que o mundo alcançou acifra incrível de um bilhão de automó-veis. Em seis anos, os países emer-gentes - entre eles o Brasil - venderãomais carros que os Estados Unidos eEuropa. Para nós, significa, no míni-mo, a estabilidade das vendas. En-tretanto, temos que estar sempreatentos às investidas de maus empre-sários, tanto na distribuição dos com-bustíveis quanto dos demais agentesdo mercado. Por exemplo, na últimareunião da Fecombustíveis, o supe-rintendente de Abastecimento da ANPesteve presente e nos falou de suasurpresa quanto à baixa adesão dospontos de abastecimento (PA’s) à re-solução que os obriga a se cadastrar.Hoje, a concorrência que há entre osagentes que operam no setor de com-bustíveis é nosso maior desafio.

Agora, quanto ao Resan, estamosentrando num período importante denossa história, que são os primeiros 15anos do sindicato. Estamos organizan-do um grande evento, que irá mesclarconfraternização com capacitação téc-nica e integração dos nossos associa-dos com o mercado nacional. Para quetudo seja um grande sucesso, precisa-mos do apoio de cada um de nossossócios e amigos. Até mais!

“O pior de tudo isso éa impotência. Não hápara quem reclamar”

“ Para que tudo seja umgrande sucesso,

precisamos do apoio decada um de nossossócios e amigos”

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ÁLCOOL GANHA MERCADO

AA informalidade no mercado de álcoolcombustível caiu de 15% em 2003 para3% em 2007. Outro fator de destaquepara esse mercado foi o aumento dequase 50% do consumo de hidratado,principalmente devido a medidasregulatórias adotadas pela ANP e, es-pecificamente, pelo Governo do Esta-do de São Paulo. As vendas de veícu-los flex e a queda nos preços reais e oaumento da renda per capita contribu-íram para o aumento da demanda.

No geral, o consumo de combustí-veis teve um crescimento médio de7,6% na comparação entre 2006 e2007, percentual superior às primeirasestimativas do crescimento do PIB.

Divulgados pela ANP durante semi-nário sobre desempenho do mercadode combustíveis em 2007, realizado noúltimo dia 19, os dados mostram que acomercialização de óleo diesel, gasoli-na C, álcool hidratado e GLP (gás decozinha) gerou faturamento bruto deR$ 166,2 bilhões, ou seja, 5,3% acimado constatado no ano anterior, e arre-cadou R$ 53,1 bilhões, com cresci-mento de cerca de 4%, beneficiandoos estados que também arrecadarammais impostos.

OUTROS PRODUTOS

O consumo de óleo diesel tambémapresentou aumento expressivo, de6,31% entre 2006 e 2007. O gás natu-ral veicular (GNV), no entanto, sofreuredução de 31% no número de kits deconversão instalados.

Edson Silva, superintendente deAbastecimento da ANP, informouainda que os postos de combustíveisbandeira branca ampliaram a suaparticipação no mercado. Em 2007,os postos sem vínculo comdistribuidoras representavam 44,1%dos estabelecimentos autorizados aoperar no País. Em 2006, o númerooficial era de 40,4%. No geral, o Paísganhou novos 1.547 postos de umano para outro.O Brasil tinha 35.702 postos decombustíveis no final de 2007, dosquais 15.744 eram desvinculados decompanhias, enquanto em 2006 eram34.165 (13.815 sem bandeira). Naregião do Resan, que inclui BaixadaSantista, Litoral Sul e Vale do Ribeira,

há 78 postos

bandeira branca.A região Centro-Oeste tem o maior

percentual de postos de bandeirabranca: 54,5% do total, seguida de50% na região Norte; 48,0% noSudeste e 46,7% no Nordeste. Naregião Sul os postos independentessomam apenas 27,6%. A BRDistribuidora, que continua líder,ampliou a sua participação no mercado,onde no segmento de gasolina respondepor 25,3% do mercado. A Ipirangaficou na vice-liderança (15,3%); aShell/Sabba vem depois com 11,7%,seguida pela Chevron (9,3%), Esso(7,5%) e Alesat (5,8%).

DIESEL E ÁLCOOL

No mercado de óleo diesel aparticipação da BR atingiu 32,9%,seguida da Ipiranga (22,0%), Shell/Sabba (11,3%), Chevron (8,85), Esso(4,8%) e Alesat (3,4%). Nacomercialização de álcool aparticipação da BR é menor, com18,2%, seguida de Ipiranga (12,7%),Shell/Sabba (11,0%), Chevron(6,9%), Petrosul (5,2%) e Esso(5,1%). No mercado de GLP, a líderde mercado é o grupo holandês SHV(23,42%), seguido do Ultra(23,25%), Liquigas (21,72%), e oNacional (18,26%).

BANDEIRA BRANCA CHEGA A 44%

Medidas regulatórias aumentaram consumo de hidratado no mercado formal

Na base doResan, onde há262 postos emfuncionamento,78 são bandeirabranca, o quesignifica dizerque 30% dosestabelecimen-tos não têmvínculos com asdistribuidoras

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Na última reunião da Fecombustíveis,o superintendente de Abastecimento daAgência Nacional do Petróleo (ANP),Edson Silva, que assumiu o cargo emdezembro do ano passado, se apresen-tou oficialmente aos vários presiden-tes de sindicatos que compõem a dire-toria da entidade. Ele falou dos princi-pais problemas a serem resolvidoscomo, por exemplo, a polêmica dospontos de abastecimento (PA´s), cujaResolução 12 está em vigor desde ja-neiro, obrigando-os a se cadastrar na

Agência, mas até então apenas 95 es-tavam inscritos.

O cadastramento é condição núme-ro 1 para a obtenção da licença de fun-cionamento e para que as distribuido-ras e TRR´s possam abastecê-los.

José Hernandes, do Resan, que es-teve na reunião do Rio de Janeiro, ex-plica que Silva disse estranhar o fatode tão poucos PA´s estarem cumprin-do as regras, já que o processo é bemsimples. A resolução obriga a todos osestabelecimentos que mantiverem tan-ques aéreos com capacidade a partirde 15 metros cúbicos a se cadastra-rem.

Hernandes lembra que pela Resolu-ção 7, de 7/3/2007, artigo 16, uma dis-tribuidora só pode comercializar com-bustível com o consumidor que dis-ponha de PA e que atenda a legislaçãovigente. “ Ou seja, pela atual Resolu-ção 12, os PA´s têm que estar cadas-trados. Os que não estiverem não po-dem receber combustível”. Edson Sil-va disse que irá investigar os motivosda baixa adesão.

Os postos revendedores devem entregar até o dia 31 (demarço) o Relatório Anual de Atividades do Ibama 2008(ano-base 2007). Os associados que desejarem cumprira obrigação com apoio do sindicato devem enviar a quan-tidade total de venda de combustíveis (por produto - ga-solina, álcool, diesel e lubrificantes - e em litros) e asenha de acesso até o dia 20 para o [email protected] ou fax (13) 3222-3535.

A entrega deste relatório é obrigatória. Sem ele, oResan se exime da responsabilidade de fazer o enca-minhamento de dados para o Ibama.

TCFA

Também no dia 31 acontece o vencimentodo pagamento da primeira parcela da TCFA de 2008.O boleto deve ser emitido no site do Ibama(www.ibama.gov.br)

Mais um projeto de lei envolvendo postos de combustíveisestá em tramitação na Câmara Federal. Desta vez, o PL2074/07, do deputado William Woo (PSDB-SP), seaprovado, obrigará todos os postos de gasolina,hipermercados e empresas vendedoras ou distribuidorasde óleos de cozinha a manter estruturas para coleta deóleo de cozinha usado. O objetivo é evitar que esse produtoseja jogado em ralos e vasos sanitários, contribuindo paraa preservação do meio ambiente.

APENAS 95 PA’S SE CADASTRARAMNA ANP, CONFORME DETERMINA A LEI

RELATÓRIO DO IBAMA DEVESER ENTREGUE ATÉ O DIA 31

PL QUER ENVOLVER POSTOSNA RECICLAGEM DE ÓLEO

A Secretaria da Fazenda de SP cassou a eficácia dainscrição estadual de mais 13 postos no mês de fevereiropor comercializarem combustível adulterado. Na base doResan, três postos não-associados foram cassados, umem São Vicente e outros dois em Barra do Turvo. Nototal, 518 postos já foram fechados em todo o Estado.

MAIS POSTOS CASSADOS

Edson Silva, da ANP, esteve na reunião da Fecombustíveis onde falou dos PA’s

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No último dia 5, a BR Distribuidora realizou mais um treinamento parafrentistas na sede do Resan. O programa Troca Mais Lubrax, que tem comoobjetivo capacitar o frentista como um agente de vendas do produto, reuniu72 funcionários dos postos da região em duas turmas.

Uma das últimas pesquisas realiza-das pelo Resan apurou que 93,5%dos associados que responderam aoquestionário querem comemorar os15 anos de fundação do sindicato.Desse total, 67,5% sugerem aorganização de um encontro derevendedores, com a promoção deum ciclo de palestras, seguido deum evento social. Os preferidospelos associados são um jantar-dançante ou uma grande festa numadiscoteca. O Resan já recebeu oapoio da Fecombustíveis para arealização do evento. “Agora,dependemos dos associados nosapoiarem nessa iniciativa. Trata-sede um grande passo já que autorida-des de todo o País serão convida-das a vir à nossa região para discu-tir o mercado nacional. Não pode-mos nos arriscar a ter uma baixaparticipação dos nossos própriosrevendedores. Pecisamos da pre-sença maciça da categoria”, disseJosé Camargo Hernandes, presiden-te do Resan.

Para dar início às discussões paraa organização do evento técnico e deintegração, esteve em Santos nosúltimos dias 4 e 5 (de março) oassessor de comunicação da Federa-ção Nacional do Comércio de Com-bustíveis e Lubrificantes(Fecombustíveis), Celso FigueiredoBorges. O primeiro dia da visita foide troca de idéias. Ao contrário dosegundo, voltado para idas aoMendes Convention Center, localprogramado para o evento, reuniõesde trabalho e um pequeno semináriosobre comunicação. Em todos osmomentos, Celso esteve acompa-nhado pela assessoria do Resan.

Puramente de caráter técnico,com definição de metas e articulaçãode modelos, o raciocínio da equipemargeou a constituição de um eventodivisor de águas. A intenção é que aconstrução das atividades do debutedo Resan siga as novas tendências,

entre elas o objetivo do trabalhocoletivo. “O Paulo Miranda (presiden-te da Federação) e sua diretoriacriaram as vice-presidências espalha-das pelas regiões do País, por exem-plo. O segredo é descentralizar paraagregar mais´´, sugeriu Celso.

Outro ponto abordado foi sobre anecessidade das revendas avançaremna gestão, “gerando mudanças,porque se não mudar o risco de nãodar certo é muito maior´´. Assim, afesta de 15 anos de fundação doResan deve ser marcada, na opiniãodo assessor, pelo amadurecimento deuma entidade que saiu da “pré-adolescência´´.

TÁTICAS

As táticas de divulgação, além dasmaneiras usadas para levar o maiornúmero de revendedores possíveis,foram debatidas. Para Celso oproblema é muito maior. “Não bastadizermos para o revendedor ir.Temos que mostrar a importânciaque o evento tem. (...) Fazer do

sindicato algo gostoso, em que todosse sintam bem´´.

Citou exemplos de quandotrabalhava no Minaspetro, entidadedo setor que congrega os postos doestado de Minas Gerais. O maisnotável: na primeira atividade queorganizou apareceram apenas 25revendedores, sentados no meio de125 cadeiras vazias. A decepção foigrande. Apenas três anos depois acoisa mudou. Celso precisou arru-mar cadeiras para que todos seacomodassem.

O bloco, agora, está na rua. Aperspectiva é de que o evento doResan tenha exposições, simpósios,atualizações e, como não poderiafaltar, um espaço voltado para asfamosas confraternizações. É sóaguardar!

Celso Borges, da

Fecombustíveis: “Não basta

dizermos para o revendedor ir.

Temos que mostrar a importân-

cia que o evento tem. (...) Fazer

do sindicato algo gostoso, em

que todos se sintam bem´´

RESAN SE PREPARA PARA ORGANIZARSEU PRIMEIRO EVENTO TÉCNICO

BR PROMOVE MAIS UM CURSO NO RESAN

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Transformar seu frentista num vende-dor é a melhor alternativa de investir emseu negócio. Pensando nisso, o Resanacaba de formatar cursos de treinamentopara a equipe de postos da região comobjetivo de capacitar e treinar funcioná-rios e até gestores para, sobretudo, ofe-recer um atendimento de qualidade aocliente. Os cursos acontecerão entre osdias 26 e 30 de maio. No entanto, asinscrições já estão abertas para que asturmas sejam formadas e distribuídasentre os vários módulos.

Os treinamentos serão ministrados pelaConsultoria Especializada em Combustí-veis (Conespe), uma empresa formada porprofissionais com mais de 15 anos de ex-periência no mercado, todos origináriosde grandes companhias distribuidoras.

Segundo Júlio Panzariello, um dossócios-proprietários, a grande

rotatividade de funcionários, a falta decomprometimento dele com a empre-sa e a má qualificação das equipes devenda são responsáveis diretos por umresultado ruim no faturamento. Parteda culpa nesses casos é do gestor doposto – seja o dono ou o gerente.

“Eu tenho visto nos postos que osfrentistas têm uma atuação limitada.Atuam como agente operacional e nãocomo vendedor; eles basicamente co-locam o combustível no tanque. Pou-cos fazem uma manobra para levar omotorista para gasolina aditivada”.

Panzariello fala também do desco-nhecimento dos frentistas dos lubrifi-cantes, por exemplo. “Eles não sabemfazer uma venda adicional, não sabemdar orientações sobre a troca de óleo.Novamente repito, falta qualificação daequipe de vendas”.

É preciso substituir asfiguras do frentista e do

atendente de lojapela de um vendedor.

Esse é o segredo

A grande falha é quemuitas vezes o frentista

não conhece o queestá vendendo

“”

SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Esse treinamento é obrigatóriopara frentistas segundo a legisla-ção do Conse lho Nac iona l deMeio Ambiente (Conama), sob orisco de o posto sofrer autuação.É um curso essencialmente teó-rico, mas que resume as normasde segurança em vigor, desde ris-cos de contaminação e sinistros(incêndios e explosões) que en-volvem a atividade até o manu-seio dos equipamentos como ex-tintores. Também inclui noções decomo fazer o abastecimento e adescarga de produtos sem riscosde contaminação do meio ambi-ente e à segurança.

TREINAMENTO DE FRENTISTA

Com técnicas de vendas, o curso fazuma abordagem de como deve ser otrabalho operacional, a ação de vendade produtos como lubrificantes, a ex-posição correta dos argumentos e pro-dutos, limpeza, organização e posturapessoal. Objetivo é melhor preparar parao dia-a-dia do funcionário. “O bomfrentista tem que dar bom dia ao cliente,saber mostrar as vantagens dos produtosà venda no posto. É preciso mostrar quenem sempre o produto mais barato é omais adequado. Por exemplo, o frentistatem que conhecer o que é a gasolinaaditivada, saber fazer contas simples dasvantagens para o veículo.... Enfim, ofrentista tem que levar a informação aocliente”, complementa Júlio Panzariello.

ATENDIMENTO E VENDAS

Esse curso é voltado para lojas de con-veniência. Fala bastante de varejo e dávisão do negócio, que hoje exige dogestor ações como planograma (a cor-reta exposição dos produtos na área devendas), definição de estratégias, apro-veitamento de áreas de compra planeja-da, por impulso, de vendas promocionais.O currículo do curso aplica ainda os prin-cipais conceitos usados nas grandes re-des de varejo no segmento de conveni-ência. Todos os cursos garantem certifi-cado para os participantes.

TREINAMENTO NO RESAN

Eles não sabem fazeruma venda adicional, nãosabem dar orientaçõessobre a troca de óleo.Novamente repito, faltaqualificação da equipe

de vendas

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Você sabia que a lavagem de um carropor 15 minutos consome, em médiaR$ 0,25 de energia? Postos & Servi-ços apurou que os custos incluem ain-da R$ 0,80 por 2.200 litros de água,R$ 0,20 por dois litros de xampu e cer-ca de R$ 4,00 por dois funcionáriosusados no serviço. Os gastos estima-dos por carro lavado chegam, então, aR$ 3,25. Na ponta do lápis, será que oinvestimento vale a pena?

Até em função da demanda, prati-camente todos os postos têm uma áreapara esse serviço. Muitos deles se de-dicam apenas às lavagens dadas comocortesia em abastecimentos acima de20 litros. Na verdade, a chamada du-cha grátis ganhou muita importância naconquista de clientes, mas há casos emque ela depõe contra o seu negócio.

Nessa reportagem, P&S aponta osprós e contras em se investir num servi-ço de lavagem mais profissional. A cons-trução de um lava-rápido automatizadopode exigir um investimento inicial de atéR$ 60 mil. O espaço é outro fator impor-tante no estudo do negócio: o ideal é quealém da área para lavagem e secagem dosveículos, haja espaço para o estaciona-mento dos carros lavados e para o esto-que de produtos.

Adriano Gomes de Barros, doAuto Posto Bem Bom, de Praia Gran-de, garante que o investimento é lu-crativo. “Antigamente tínhamos aducha. A pessoa abastecia e ganhavaa lavagem rápida. Porém os temposmudaram; os clientes exigem mais. Amáquina serve para fidelizar o clien-te. No meu caso, eu não tenho lucro,porém o cliente volta mais vezes noposto e acaba abastecendo”.

As máquinas novas têm umatecnologia de ponta. Adriano Barrosdesmente o mito de que o lava-rápidoarranha o carro. “Tudo depende decomo ele é utilizado. Se o posto nãofizer a pré-lavagem (do veículo), amáquina acaba empurrando a areia e apoeira já existente no carro. É nessahora que o carro é arranhado; não tem

nada a ver com as cerdas da máquina,que por sinal mudaram com o passardos anos. Hoje em dia existemtecnologias que impedem ao máximo odano ao carro.”

OS RISCOS DA CORTESIA

Segundo Rafael Galea, da empresaLeone Equipamentos, “é importante nãocair na tentação de dar ducha gratuita,pois além de não lavar o veículo corre-tamente você estará perdendo seu cli-

ente para lavagens especializadas. Opior é perder a chance de fidelizaçãodaqueles consumidores acostumados avoltar ao posto uma vez por semanapara a lavagem do veículo”.

Na verdade, investir numa lavagemmais profissional não exige a comprade grandes equipamentos e um investi-mento tão alto. A pedido de P&S, aLeone montou um orçamento que ser-ve de base para quem quiserincrementar seu negócio.

NA PONTA DO LÁPIS, LAVAGEM CUSTAR$ 3,25. DUCHA GRÁTIS VALE A PENA?

Lava-rápido no Auto Posto Bem Bom, de Praia Grande, serve como atrativo para clientes

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MANUTENÇÃO DE BOMBAS

- Principais marcas de bombas: GBR(14,4%), Wayne (6,5%), Daruma(0,3%) e Vedder Root (0,3%).Manutenção:- em 66,1% dos casos pela distribui-dora e em 32,3% pelo próprio posto;- 35,3% dos entrevistados disseramnão manter contratos de manutençãocom alguma empresa;- Dos que mantêm, a Gilbarco apare-ce em 33,8 %, seguida pela GBR(10,7%), J.Bianco (9,2%), Corassi(3%) e Wayne (1,5%).

CONFIRA OS RESULTADOS DAS PRINCIPAIS PESQUISAS RESAN

TRANSPORTE E COLETA DEVALORES - CARRO FORTE

- Contrato para serviço de coleta etransporte de valores:35,5% das empresas mantêm contra-to e 64,5%, não39,5% das que não contam com o ser-viço têm o desejo de contratá-lo, en-quanto 36,8% não manifestaram inte-resse e 23,7% não se manifestaram- Para os entrevistados, a coletadeveria ser:Uma vez por dia para 32,5% dos queresponderam à enquete.

NÃO É PRECISO MUITOPARA INCREMENTAR ONEGÓCIO NO POSTO.FAÇA AS CONTASAÁreas de 4 metros de largura

por 7 a 8 metros de comprimen-

to são suficientes para a monta-

gem de um lava-rápido simples,

manual. Partindo do ponto que

todo posto já possui um com-

pressor de ar, consultores da

Leone Equipamentos, empresa

especializada no setor, infor-

mam que são indicados, ainda,

lavadora de alta pressão, máqui-

na emulsionadora de xampu e

aspirador profissional.

1 Lavadora de alta pressão: de

R$2. 500,00 a R$3.200,00.

O equipamento proporciona eco-

nomia de água (gasto médio de

800 litros por hora contra os

1.200 litros que saem de uma

mangueira comum).

2 Máquina emulsionadora de

xampu com contador e

temporizador para maior

controle de custos: de

R$1.000,00 a

R$1.500,00.

3 Aspirador

profissional para pó e líqui-

dos de 1 a 3 motores (modelo

mais indicado para o

litoral devido à areia

fina): de R$1.000,00 a

R$2.500,00;

4 Braço mecânico para articu-

lação da mangueira de lava-

gem permitindo a lavagem de até

dois veículos simultaneamente:

de R$280,00 ate R$380,00.

A Marítima Seguros é a companhia deseguros que prestas serviços ao Resandesde o dia 1º de março. Representadapela corretora Costa-Mar Corretora deSeguros, a assessoria de corretagemde seguros implica em produtos espe-cíficos para postos de serviços, den-tre eles o seguro de vida dos funcioná-rios dos associados.

O contrato assinado com o sindi-cato prevê o oferecimento de preçose serviços especiais para os associa-dos na contratação das várias moda-lidades de seguros como RC guardade veículos de terceiros, subtraçãode bens e valores, vendaval, incên-dio, entre outros, além de uma gamade produtos como consórcio, segu-ro de autos, previdência, financia-mento e residencial.

Com relação ao seguro dos fun-cionários é pre-ciso destacar in-formações im-portantes comoo limite de idadepara inclusão noseguro, que é de65 anos. Alémdisso, as inclu-sões a partir de1º de março denovos funcioná-rios na apólice

serão feitas a partir do preenchimen-to e da assinatura da proposta de ade-são, encaminhada aos associados naCircular 02/2008 e que tambaém estádisponível para consulta no PortalResan (www.resan.com.br). Devida-mente preenchido e assinado o do-cumento deve ser enviado ao Resanpor fax ou entregue diretamente nasecretaria. O protocolo da adesãojunto à Marítima Seguros será feitodiariamente ao final do expediente dosindicato.

IMPORTANTE

Para que não restem dúvidasquanto à inclusão e aos dados forne-cidos, não serão mais aceitas propos-tas por telefone. Para maior comodi-dade dos associados, a Costa MarCorretora de Seguros irá agendar um

plantão sema-nal na sede dosindicato. Ocorretor JoséPereira da Cos-ta Filho, diretorda Costa Mar,também estádisponível parao atendimentodo cliente pelotelefone (13)3229-7999.

Verifique mensalmente noboleto de cobrança da mensali-

dade se a relação de seusfuncionários está completa e osnomes escritos corretamente.O objetivo é evitar que algum

empregado não esteja coberto pelaapólice. Qualquer erro constatado

deve ser comunicado imediata-mente à secretaria do sindicato

pelo telefone (13) 3222-3535

RESAN TEM NOVA CORRETORA DE SEGUROS

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Março 2008

V

10

Você sabia que a mulher brasileiraestá entre as maiores empreendedo-ras do mundo? Um estudo que medeo grau de empreendedorismo entrediversos povos, divulgado pelo Ser-viço Brasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas (Sebrae), mos-tra que as brasileiras representam38% dos empreendedores do País. Éuma das maiores participações fe-mininas no mundo.

Um exemplo claro da conquista domercado empresarial pelas mulheres éque a cada ano aumenta o número defranquias comandadas por elas. Umapesquisa realizada pela RizzoFranchise, mostra que a participaçãofeminina nas franquias aumentou de20% para 50% em três anos.

No setor de combustíveis, a habili-

dade feminina é reconhecida tanto pe-las equipes de funcionários e clientesquanto por revendedores antigos, mui-tos deles pais, irmãos e maridos dasmulheres que hoje comandam os ne-gócios. Exemplos não faltam. Entre-tanto, Postos & Serviços teve que es-colher algumas personagens para ilus-trar essa reportagem em homenagemao Dia Internacional da Mulher, co-memorado no último dia 8 de março.

O talento nato para lidar com o pú-blico é uma vantagem a mais. Entre-tanto, muitas têm se dedicado às tare-fas administrativas em que a atençãoaos detalhes e minúcias tem feito a di-ferença. Quando estão nas pistas, elasse destacam até porque nem todos osclientes imaginam ver à frente de umposto uma mulher.

“Ele não acreditou que umamulher poderia cuidar de um posto”

Desafio é o que não faltou a Mônica Maria Fernandes, do AutoPosto Xixová, que desde 1996, quando tinha 26 anos, passoua trabalhar ao lado do irmão. Formada em Administração deEmpresas e Direito, ela desenvolveu uma receita própria paralidar com um mercado ainda machista, com equipes essenci-almente masculinas e até com preconceito de clientes. “Tivede adotar uma postura diferente, o que inclui até o modo devestir. É preciso demonstrar mais seriedade até do que a ati-

vidade exigiria, tomar cuidado com palavras para que nãohaja interpretação errada e ter posição firme, indepen-

dente da situação”.Ela lembra uma vez em que pediu a um clien-

te que tirasse o carro de uma área em que o es-tacionamento era proibido. “O homem reclamoue foi perguntar para o frentista quem eu era.Quando soube que eu era a dona, ele nãoacreditou que uma mulher podia cuidar deum posto de combustíveis”.

Sabe qual a característica da Mônicamais reconhecida pelos funcionários: “Eume dedico a detalhes, cobro mais. Temque ser meio mãezona, cuidar de um porum, ser objetiva”.

Segundo dados do Dieese,

as mulheres correspondem

a 41% da População

Economicamente Ativa

(PEA) do Brasil e mais de

um quarto das famílias

são chefiadas por elas,

que também possuem

maior nível de

escolaridade que os

homens

CURIOSIDADE

PRIMEIRA MULHER DIPLOMADA NO BRASIL

A primeira mulher a conquistar um diplo-ma no Brasil foi a médica Rita Lobato Ve-lho Lopes (1867-1960), que só pode inici-ar seus estudos depois que o imperadordom Pedro II assinasse um decreto-lei.

ELAS TÊM UM TALENTO NATO

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DESAFIOS NÃOFALTAM

“Trabalho há 12 anos com pos-to. Sempre aceitei todos osdesafios: em qualquer ramoque entrei estava sempre dis-posta a aprender. Tenho umfilho, tento trabalhar e cuidarde casa ao mesmo tempo,mas é difícil. Com o tempo,entretanto, a gente acaba seacostumando”.Patrícia Storti de Souza, do AutoPosto Praia do Forte

“Só Deus paraadministrar esse

corre-corre”

Dona Malu, como é conhecidaentre os revendedores Mar iade Lourdes Aparecida MasieiroRibeiro, frent istas e seus cl i -entes, tem apenas quatro anosd e e x p e r i ê n c i a à f r e n t e d oAuto Posto Pedro Lessa. Elaassumiu a empresa após ficarviúva. Até então, sua rotina detrabalho se resumia à educa-ç ã o . “ Tr a b a l h e i d u r a n t e 2 4anos no Sesi, onde supervisi-onava 14 escolas em cinco ci-dades do interior”

Mãe de dois filhos, ela teveque aprender a dividir o tempoentre o trabalho, o posto e outrocomércio que herdou do marido.Na opinião de muita gente, mu-lheres como dona Malu sãocomo mulheres-maravilhas. He-roína ou não, ela resume: “Nãotem jeito, eu tenho que fazermercado, levar os filhos na es-cola... Meu dia inteirinho é corri-do. Só Deus para administraresse corre-corre”.

Quando está no batente, po-rém, exerce uma liderança es-pontânea. Mais uma l ição dedona Malu: “O chefe manda, po-rém o líder é natural, ele conquis-ta a liderança, ou nasce com ela.Mandar, qualquer um manda!Sou exigente e meus funcionári-os sabem disso”.

Para os frentistas....... os dois (chefes homem e mu-lher) exigem igualmente. Asmulheres são maisperfeccionistas, mas não tenhoproblema em trabalhar comelas.Valdemar Caíres, do Xixová

... nas horas certas ela é exi-gente, mas no dia-a-dia é bomtrabalhar com mulher, eu pre-firo. Elas também são mais to-lerantes.Wagner, frentista do Praia do Forte

Mulheres

Elas sorriem quando querem gritar.Elas cantam quando querem chorar.Elas choram quando estão felizes.E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.Elas levantam-se para injustiça.Elas não levam “não” como respostaquando acreditam que existe melhorsolução.

Elas andam sem novos sapatos parasuas crianças poder tê-los.Elas vão ao medico com uma amigaassustada.Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas criançasadoeceme se alegram quando suas criançasganham prêmios.Elas ficam contentes quando ouvemsobre um aniversário ou um novocasamento.

Pablo Neruda

“Estou tão acostumada com oambiente de um posto de

combustíveis, onde trabalho hámais de 30 anos, que para

mim é uma atividade normalmesmo para uma mulher. Os

funcionários não têm problemaem ter uma mulher como

chefe, até porque eu cuidomais da parte administrativa”

Nilcen Martis Dantas, do Auto Posto Shalon

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S

12

Seis meses após o início da instala-ção da rede de gás natural em San-tos pela Comgás, mais de 30 quilô-metros de tubulação já foram implan-tados de um total de 200 quilôme-tros previstos na primeira fase doprojeto. Embora o foco da empresanão seja o GNV e, sim, o gás naturalpara residências e comércios, ospostos podem ser beneficiados en-quanto consumidores.

Em entrevista a Postos & Ser-viços, o gerente comercial da Bai-xada Santista da Comgás, WagnerLongo explicou que o gás poderásubstituir a energia elétrica ou mes-mo o GásLP usado nas cozinhas delojas de conveniência e até no siste-ma de ar-condicionado.

Os benefícios não podem ser me-didos sem a análise e a execução deum projeto por parte dos técnicos daempresa. “A Comgás tem uma equi-pe que cuida de novas aplicaçõescomo ar-condicionado e geração (deenergia a partir do gás)”.

A maioria das lojas de conveniên-cia – por questão de logística – adap-taram seus equipamentos para o sis-tema elétrico, até como forma deaproveitar a eficiência energéticatrazida pelas redes de alta tensão quesão transformadas em baixa.

“Talvez para uma loja a utilizaçãodo gás não pese tanto na economia(em comparação com a energia elé-trica), mas existe a possibilidade decolocar uma máquina de pequenoporte para gerar energia para o sis-tema de ar-condicionado”, explicaLongo, destacando que podem ha-ver vantagens em se deslocar o con-sumo do ar-condicionado para umsistema a gás.

AA receptividade ao gás natural emSantos surpreendeu a equipe daComgás. Até o final de fevereiro,algo em torno de 1.600 proprie-tários de apartamentos já habita-dos assinaram contrato com a em-presa, além de construtoras deoito prédios em construção, o quesoma mais dois mil apartamentos.Os primeiros prédios já converti-dos para o novo sistema poderãoser abastecidos com gás naturaljá a partir de julho.

Nas residências, duas dasprincipais aplicações são no usodiário do fogão e do aquecedorde água, o que é um grande atra-tivo diante da economia de 30%de energia elétrica. A economia –

já descontando o gasto com gás –chega aos 20%.

Já na atividade comercial, so-bretudo no comércio varejista for-mado por lanchonetes, bares, pa-darias e restaurantes, o gás é ocombustível de equipamentos decocção, fogões industr ia is,fritadeiras, chapas. Numa padaria,por exemplo, há vantagens em sesubstituir a energia elétrica do for-no pelo gás.

Os grandes consumidores –como shoppings centers, hotéis eprédios comerciais – têm se inte-ressado mais pelo sistema de ar-condicionado a gás. Nesses casosé possível criar sistemas de gera-ção de energia com gás natural.

A segunda fase doprojeto da Comgás

prevê ainstalação de mais 140

quilômetros de rede

POSTOS PODEM SER CONSUMIDORES DEGÁS NATURAL PARA ECONOMIZAR ENERGIA

A intenção daempresa é iniciar ofornecimento do gásnatural às residênci-as até meados desteano. As obras estãoavançadas: atéagora já foraminstalados 30quilômetros de redesubterrânea

SEGMENTO RESIDENCIAL ESTÁ MAISRECEPTIVO DO QUE A EXPECTATIVA

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PO

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OO cartão de crédito é o maior vilão naprestação de contas ao leão. Com o iní-cio do prazo para a entrega do Impos-to de Renda, todos os contadores en-trevistados por Postos&Serviçosalertaram os revendedores para o rigorque a Receita Federal vem adotando nosúltimos anos. O cruzamento de dadospelo Fisco tem exigido muito maisdetalhismo por parte dos contadores nahora de elaborar a declaração.

Os gastos com cartões de créditoserão o alvo da Receita neste ano, se-gundo informou Luiz Rinaldo, da Plu-mas Assessoria Contábil. “Tanto oscartões quanto as contas correntes ban-cárias terão suas informações cruza-das. Temos sempre que analisar se osvalores correspondentes a essas movi-mentações estão compatíveis com de-claração de rendimentos. Caso contrá-rio, o contribuinte ficará na malha fina”.

Detalhes nem sempre pensados pelocontribuinte já estão na ponta da línguados contadores. As mulheres devemconstar como dependentes dos mari-dos em que situações? “Se elas tive-rem pró-labore nas empresas a melhoralternativa é separar as declarações em

busca de uma redução da carga tribu-tária”, explica Rinaldo.

O controle dos rendimentos do bra-sileiro chegou a tal ponto que qualquervalor que entra na conta corrente docontribuinte é registrado pela ReceitaFederal, que depois utiliza essa infor-mação para o cruzamento de dados”.

O contador Osmar Carvalho, daContalex, destaca que uma das princi-pais alterações anunciadas para a de-claração do IRPF neste ano é a exigên-cia da colocação do número do reciboda entrega feita no ano passado. “Osrevendedores não podem esquecer deentregar ao contador os extratos ban-cários enviados pelos bancos, comimpostos retidos na fontes, aluguéisrecebidos ou pagos, extratos de car-tões de crédito...”.

Outra mudança é com relação aosfilhos dependentes maiores de 18 anos,cujo CPF deverá ser informado. Até oano passado, essa obrigatoriedade eraaplicável somente aos dependentesmaiores de 21 anos. A principal intençãoda Receita Federal é evitar que ocontribuinte omita os rendimentos dosdependentes informados na declaração.

Portanto, o contribuinte que possuirdependentes maiores de 18 anos queainda não possuam CPF deveprovidenciar o documento, a fim de queo prazo para apresentação dadeclaração, que se encerra no dia 30de abril, seja cumprido.

O número de transações feitas comcartão de crédito cresceu 116% nosúltimos cinco anos. Cada vez maispopular, o cartão vem sendo usadopara pagar desde pequenas despesasaté parcelamentos de compras deeletrodomésticos. O uso cresceu apartir do aumento das transaçõespela internet, mas os dados dasadministradoras mostram que o valormédio de compra vem caindo, o quedemonstra a preferência peloscartões no simples ato de compraruma revista, pagar o táxi ou umacompra de pães na padaria.

O valor médio do ticket porcompra caiu de R$ 79 em 2003 paraR$ 76,3 em 2007, segundo

levantamento feito pela administradorade cartões Itaú. A tendência para essesegmento de crédito é que o valormédio continue caindo. Entre osusuários com a renda mais baixa, ovalor médio se manteve estável, nafaixa de R$ 61, entre 2003 e 2007.

Para o cliente com renda acima deR$ 2.500, o valor médio portransação caiu de R$ 121,1 para R$112,1 nesse intervalo. A compra àvista para essa categoria equivale a57,9% do faturamento.

Já o valor da compra média por sexopassou de R$ 73,8 para R$ 73,3 nosúltimos cinco anos entre as mulheres,enquanto o volume de transações aubiu123,5% no intervalo analisado.

Pelo decreto nº. 52.658, assinadopelo governador Serra em janeiro, ocontribuinte está dispensado doreconhecimento de firmas ou decópias autenticadas em transaçõesrealizadas com administração públi-ca do Estado de São Paulo, a me-nos que haja determinação legalexpressa nesse sentido. O referidodecreto é válido para as secretariasde Estado, fundações e autarquias,como o Instituto de Pesos e Medi-das (Ipem-SP). A medida faz partede um pacote paradesburocratização do Estado.

LEÃO ESTÁ DE OLHO NOS CARTÕES DE CRÉDITOContadores alertam para problemas na hora do contribuinte declarar o Imposto de Renda

CARTÕES USADOS EM PEQUENAS DESPESAS FAZEMAUMENTAR O USO EM 116% NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

EM SP, CONTRIBUINTEESTÁ DISPENSADODO RECONHECIMENTODE FIRMA

Gastos são registrados online na Receita

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OE

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A Prefeitura de Santos prorrogou oprazo para adesão de contribuintesinadimplentes ao Programa deParcelamento Incentivado (PPI) até odia 3 de abril. Os débitos inscritos nadívida ativa podem ser pagos em atédez anos, com descontos nos valoresdas multas e juros. Originalmente oprazo se extinguia no último dia 3 (demarço). As adesões são feitas atravésdo site www.santos.sp.gov.br, ondeé possível visualizar os débitos, simu-lar as formas de pagamento e os des-contos.O PPI surgiu depois que um grupode empresários de Santos, repre-sentados pela Unisempre, uma en-tidade que congrega dezenas desindicatos da região, sereuniu com o prefe i toJoão Paulo Tavares Papapara solicitar a adoção deuma política semelhanteao Refis do Governo Fe-deral.

INFORME-SE

Há cinco pontos de informa-ção montados pelaAdminsitração Municipalonde também se pode fazer

SSegue até o dia 31 de março o prazopara adesão ao Programa deParcelamento Incentivado (PPI) doImposto sobre Circulação deMercadorias e Prestação de Serviços(ICMS) do Governo do Estado.Segundo a Secretaria da Fazenda, maisde 42 mil paulistas já aderiram ao PPIparcelando R$ 9,6 bilhões em dívidas.Com o programa, o contribuinte emdébito com o Fisco estadual poderáquitar dívidas com desconto de até 75%na multa e de até 60% nos juros, se aopção for a parcela única.

Há ainda a opção para pagamentoem até 15 anos (180 parcelas mensais),com redução de 50% na multa e de 40%nos juros incorridos até o momento doingresso no programa. Para parcelar emmais de dez anos, o valor mensal dasprestações será fixado com base nofaturamento do interessado, sendo aprimeira parcela correspondente a, nomínimo, 1% da receita bruta mensalmédia do estabelecimento em 2006.

O juro para o parcelamento em até12 vezes será de 1% ao mês calculadode acordo com a tabela Price. Paraquem optar pelo parcelamento entre 13e 180 meses será usada a taxa Selic. Oingresso no programa será por meio dosite www.ppidoicms.sp.gov.br.

Em Guarujá, a Prefeitura dá até o dia 7 de abril para aadesão ao programa de Recuperação Fiscal do Município(Refis). Tributos gerados até 31 de dezembro de 2006 re-lativos IPTU, ISS e ITBI (Imposto Sobre a TransmissãoInter-Vivos a Qualquer Título por Ato Oneroso de BensImóveis e Direitos a Eles Relativos). O débito pode serdividido em até 120 prestações, desde que a parcela míni-ma seja de 20 Ufs (Unidade Fiscal do Município = R$ 34,20. Não haverá cobrança de multa para a quitação da dívidaem 12 meses. O parcelamento em até 30 vezes concedeisenção de 50%, ou seja, a multa corresponderá a 10% dovalor. A partir da 61ª parcela serão incididos juros de 1% aomês sobre o valor do débito, até a efetiva quitação.

Os interessados devem se dirigir à Central de Recuperação de Ativos,no Anexo Pitangueiras (Rua Mário Ribeiro, 261, em Pitangueiras), desegunda a sexta-feira, das 10 às 16 horas.

PREFEITURAS PRORROGAM PRAZOPARA PARCELAMENTO DE DÉBITOS

EM GUARUJÁ, REFIS VAI ATÉ ABRIL

PPI DE SP TERMINANO FINAL DO MÊS

simulações sobre as formas de paga-mento, descontos e vantagens. Sãoeles:1) Paço Municipal (Praça Mauá)2) Departamento de Administração Tri-butária (Rua XV de Novembro, 195,4° andar)3) Administração Regional da ZonaNoroeste (Avenida Nossa Senhora deFátima, 456)4) Administração Regional dos Mor-ros (Avenida Santista, 700, NovaCintra)5) Administração Regional do CentroHistórico (Praça Iguatemi Martins, s/n° - Mercado Municipal).O atendimento ao público é das 9h às 17h.

Informações pelo telefone 3201-5025.

Entre os impostos que podem ser parcelados estáo IPTU de imóveis comerciais e residenciais

Outro município da região com parcelamento dedívidas do contribuinte é Cubatão, onde o Programade Recuperação Fiscal (Refis) foi prorrogado até odia 28 de março. O prazo original era para ter sidoencerrado no dia 28 de fevereiro, mas a grandeprocura e problemas no sistema de informáticafizeram com que o prefeito Clermont Castor assi-nasse decreto com a prorrogação. Os interessadosdevem se dirigir à Arrecadação Municipal (andartérreo do Paço) ou obter informações pelos telefo-nes 3362-6412 e 3362-6165.

Já os contribuintes inscritos na dívida ativa, ouseja, aqueles cujos débitos foram contraídos até oano de 2004 devem se dirigir à Procuradoria Fiscal(também no térreo do Paço). Mais informaçõespelo 3362-6483.

CUBATÃO TAMBÉM AMPLIA PRAZO

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“O PÃO DE QUEIJO ESTAVA QUENTINHO”Por Cláudio Correra, consultor da MPP Marketing, especialista em mercado de varejo e conveniência

As notícias recentes apontamcrescimento nas vendas doscombustíveis e dos automóveismuito acima do indicado peloPIB nacional. A indústria auto-mobil íst ica já não consegueabastecer o mercado de carrospopulares e alguns modelos in-termediários. Para caminhõespesados, a fila de espera é ain-da maior. Como consequênciadessas variáveis, os negóciosde postos de serv iços queagregam valor através da ofer-ta de outros serviços podemaproveitar essa brecha de mer-cado que deverá continuar emfranca evolução.

Tem muito tempo que ouçodos revendedores que o merca-do estava estagnado ou emqueda, mas agora não há des-culpas: ou o revendedor fica deolho no concorrente que estáaproveitando esse novo consu-midor que acaba de comprar umcarro ou o verá conquistar seusclientes. Aliás, esses clientesprecisam ser analisados e vis-tos pelo seu potencial de com-pra e de serviços, que certamen-te estão mudados. Eles espe-ram por novidades ou mesmouma forma mais profissional deatendimento ou de prestaçãode serviços.

Observe que o consumi-dor do automóvel procuracomprar perto de casa ouno caminho de volta do tra-balho. Ele espera pararnum ponto de venda quelhes ofereça o máximo doque precisa comprar parao seu dia-a-dia, sem com-plicação e tudo muito rápi-do. É isso que está acon-

tecendo nas pequenas e calmascidades, onde parece que a vidanão passa, mas o que todos que-rem é ter tempo para ociosida-des e não vê-lo consumido pelademora no atendimento dos lo-cais escolhidos para as compras.

Um bom exemplo é observar ocomportamento dos consumido-res no f inal de semana numshopping center, onde brigampor uma vaga no estacionamen-to, estão a passeio nos corredo-res e quando sentam para umcafé querem ser atendidos nomáximo em 3 minutos, para vol-tar rápido ao lazer. O mesmoacontece em outros tipos de lo-jas em que a demora do vende-dor é motivo para insatisfação oumesmo para ir embora.

Imagine o que é convenientepara o cliente que vai a uma lojapara uma troca de uma roupa quelhe foi dada de presente e nãoserviu. A troca é um ato chatopara o cliente e indiferente parao vendedor, que já havia feito asua parte na venda, recebido acomissão e agora terá que repe-tir a dose. Nesse momento, sehouver treinamento e motivação,o bom vendedor aproveita para

vender outros produtos ou, nomínimo, usar do poder de sedu-ção para conquistar o consumi-dor para visitas futuras. Os maisespertos e eficientes acompa-nham o cliente até a porta paraentregar a sacola com as com-pras. Ficção? Não! É a realidadedas boas lojas que fazem suces-so.

Como é sempre bom lembrardas experiências positivas de com-pra, parei para abastecer numposto de serviços num grande ci-dade, daqueles de passagemonde o cliente não é dos mais fi-éis. O frentista, além de me cum-primentar, após ligar a bomba,ofereceu a loja de conveniênciacom o complemento de que o pãode queijo estava saindo naquelahora. Para completar, enquantosaboreava a iguaria o profissionalfez o trabalho completo e aatendente da loja complementouque podia pagar num único car-tão emitido na pista.

O mais agradável não foi ape-nas o pão de queijo, o café e osserviços gratuitos. O frentista, as-sim que recebeu o meu cartão, fezcom que eu me sentisse único,pela simples gentileza de me tra-

tar pelo nome. O posto emquestão é de uma rede

que treina, motiva e in-centiva os frentistas

para que atendambem a todos osclientes e sempreofereçam servi-ços adicionais.

Não se es-queça: aumentesuas vendasmelhorando oatendimento.

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PAÍS PERDE UM GRANDE HOMEM, O SANTISTAAURÉLIO FELIX, CRIADOR DA FÓRMULA TRUCK

Um dos maiores ídolos dosrevendedores de combustíveis da Bai-xada Santista e Vale do Ribeira, osantista Aurélio Batista Félix, criador daFórmula Truck, faleceu, aos 49 anos,no último dia 5 (de março), em PassoFundo (RS). Aurélio foi vítima de umenfarto ocorrido logo após o encerra-mento da primeira etapa da temporada2008 da categoria, em Guaporé (RS).Ele chegou a ser submetido a umaangioplastia, mas teve uma hemorra-gia, que acabou agravando seu estadode saúde e levando-o a óbito.

Aurélio Batista Félix nasceu emSantos, no dia 24 de abril de 1958, edesde criança sempre teve muito con-tato com caminhões. Era filho de ca-minhoneiro e ficava fascinado ao ou-vir histórias das viagens de seu pai.Aos 9 anos começou a manobrar ca-minhões e, aos 11, já guiava automó-veis pela rua. Pouco depois, aos 16,

ficou conhecido no bairro por fazercom uma Kombi algumas das mano-bras que mais tarde fariam parte doshow nas provas da F-Truck.

O trabalho como caminhoneirocomeçou mesmo aos 17 anos, quan-do assumiu a boléia por conta de umadoença do pai. Ele participou da pri-meira prova de caminhões realizada

no Brasil, em Cascavel, em 1987, con-siderada o berço da Fórmula Truck.Dali surgiu o Racing Truck, em 1989,funcionando na mesma sede da suatransportadora (a ABF), em Santos.Aos poucos, o filho de caminhoneiroe já vice-presidente do Sindicato dosMotoristas Autônomos da BaixadaSantista foi preparando alguns cami-nhões que tirava da sua própria frotae os transformava em caminhões decorrida. As provas-exibição começa-ram em 1993, já reunindo perto de10 mil pessoas nos autódromos.

Em 1994, Aurélio fez uma apresen-tação oficial em Interlagos e mostrou oFórmula Truck para empresários, au-toridades esportivas e imprensa. O re-conhecimento do trabalho veio com aaprovação da Fórmula Truck pela Con-federação Brasileira de Automobilismopara a criação definitiva do campeona-to brasileiro em 1996.

Em 2008, Aurélio realizava o sonhoda internacionalização da categoria,com negociações adiantadas para umacorrida na Argentina.

O santista Aurélio Batista Felixrealizava mais um sonho: levar a

F-Truck para outros países

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PPPPP

Confira os índices máximose mínimos e as variaçõesde preços e custos decombustíveis, segundodados oficiais da AgênciaNacional de Petróleo(ANP).Os índices citados são re-ferentes à média nacional,do Estado de São Paulo ede cinco cidades da Bai-xada Santista (Santos, SãoVicente, Praia Grande,Itanhaém, Cubatão eGuarujá) e devem ser utili-zados apenas como fontede informação para ogerenciamento dos postosrevendedores.

INDICADORES

RANKING DE CUSTOS E PREÇOSJANEIRO X FEVEREIRO

METODOLOGIA:O Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis abrange GasolinaComum, Álcool Etílico Hidratado Combustível e Óleo Diesel Comum, pesquisados em 411 municípiosem todo o Brasil, inclusive Estado de São Paulo e as cidades de Santos, São Vicente, PraiaGrande, Itanhaém, Cubatão e Guarujá. O serviço é realizado pela empresa Polis Pesquisa LTDA.,de acordo com procedimentos estabelecidos pela Portaria ANP Nº 202, de 15/08/00. O trabalhoparalelo desenvolvido pelo Resan consiste em compilar os dados e calcular as médias de preços ecustos praticados pela revenda e pelas distribuidoras, sempre com base nos dados fornecidos pelosite da ANP. Mais informações pelo www.anp.gov.br ou pelo 0800-900267.

CONFIRA OS VALORES DE FORMAÇÃODOS PREÇOS DA GASOLINA E DIESEL

Fonte: Fecombustíveis(*) Valores médios estimados

JANEIRO (1)Semana 20 a 26

FEVEREIRO (2)Semana 24 a 29

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

VARIAÇÕES (2-1)Média

ConsumidorMédia

Distribuidora

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SAIU NAIMPRENSA(O Estado de S.Paulo, 5/3/2008)

Pela primeira vez na história, a frota mundial deveículos atinge 1 bilhão de unidades. Em seisanos, os países emergentes - entre eles o Bra-sil - venderão mais carros que os tradicionaismercados, como Estados Unidos e Europa. Asconclusões são da Organização Mundial daIndústria Automobilística (Oica). Em 2007 fo-ram vendidos cerca de 73 milhões de unidadesde veículos no mundo. Desses, 30 milhõesforam vendidos nos países emergentes.

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Março 2008

ANIVERSARIANTES

Variedades

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18

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ESTACIONAMENTO PARA CLIENTES NO LOCAL

SAÚDE OCUPACIONAL

FEVEREIRO

2ª QUINZENA DE MARÇO

17 Maria Pureza Rodrigues Gomes

Auto Posto Acarau - Guarujá

19 Dilson Augusto Duarte Filho

Auto Posto Canal Ok - Santos

Edson Monico de Carvalho

Carvalho & Hamamoto - Santos

Patrícia Storti de Souza

Auto Posto Praia do Forte - Praia Grande

20 Pablo Docampo Estevez

Auto Posto Via Uno - Santos

Fórmula Indy Comércio e Serviços Autom

Ltda - Santos

Clean Car Super Lavagem Autom e

Comércio Ltda - Santos

Auto Posto Praia Azul - Mongaguá

Auto Serviços Indaiá - Santos

Auto Posto Via de Rossano - Santos

Regina Peres Lopes Fonseca

Auto Posto Continental de São Vicente

Ltda - São Vicente

R. P. Lopes Fonseca - Santos

Ricardo Martins de Lima

Auto Posto Avalanche - São Vicente

23 Cláudia Cirineo Sacco Lopes

Auto Posto Beira Mar de Cananéia Ltda.

Cananéia

Mônica Lopes Fonseca

Auto Posto Continental de São Vicente

26 Fernando Antônio Geraldini

Auto Posto Vera Cruz Mongaguá - Mongaguá

29 Nilza Dias Penha

Auto Posto Fulgor - Santos

31 Luiz Carlos Eboli Villamarim

Auto Posto Espumas - Santos

2ª QUINZENA DE MARÇO

Presidentes dos Sindicatos

5 João de Andrade FernandesAuto Posto Xixová - Praia GrandeMarta Tavares da SIlveiraPosto de Serviço Badejo de BertiogaAuto Posto Riviera de São LourençoAuto Posto Farol - BertiogaAuto Posto Althamar - SantosAuto Posto Betmar - Bertioga

6 Carolina Rosa CabralCarolina Rosa Cabral - Santos

7 Marco Antônio Nunes MendesFloripes da Conceição N. Mendes - SantosMaria Celeste Amaral Sampaio FernandesAuto Posto Bertioga - Bertioga

9 Antônio Augusto Salgueiro AntunesAuto Posto Nacional de Santos - SantosNewton de Arruda Leme JúniorPosto de Serviços Pap’s Enseada - Guarujá

10 Luiz Carlos FernandesPosto de Serviço Padre Anchieta - Bertioga

11 Nadir Aparecida Vivolo RotondaroAuto Posto San Remo - Santos

13 José QueirozHomem Tavares & Queiroz - Santos

15 Aldair de SouzaAuto Posto Praia do Forte - Praia GrandeIldo Dutra de AlmeidaAuto Posto Agenor de Campos - MongaguáAuto Posto Flórida Mirim - MongaguáPosto Mont Mar Ltda.

Dados fornecidos pela secretaria do Resan:

Marize Albino RamosSecretária

Maria do Socorro G. CostaTelemarketing

Não houve emissão de

Circular para os associados

em fevereiro

20 Reunião do

Conselho de

Representantes

da Fecombus-

tíveis, no Rio de Janeiro;

27 Reunião com Sind Empre-

gados em Postos de Serviços,

em Santos, representado pe-

los diretores Ricardo Lopez e

Ricardo Aráujo;

28 Reunião da Comissão de

Estudo de Distribuição e

Armazenamento de Combustí-

veis (CEDAC), em São Paulo,

representado pelo assessor

Avelino Morgado;

29 Reunião Ordinária do Con-

selho Regional do SENAC, em

Campos do Jordão;

- Solenidade de Posse da Di-

retoria do Sind Contabilistas

de Santos e Região, em San-

tos, representado pelo diretor

Gilson Dutra.

1ª QUINZENA DE ABRIL1ª QUINZENA DE ABRIL

17/03 - José Afonso Nóbrega - Sind Pernambuco25/03 - José Carlos Ulhoa Fonseca - Distrito Federal29/03 - Abel Salvador Mesquita Jr - Sind Roraima29/03 - Walter Tannus Freitas - Sind Bahia04/04 - Algenor Barros Costa - Sind Camboriu05/04 - Athos Moreira Borges - Sind Acre

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Março 2008 19

DDurante minha vida profissional, eutopei com algumas figuras cujo su-cesso surpreende muita gente. Figu-ras sem um vistoso currículo acadê-mico, sem um grande diferencialtécnico, sem muito networking oumarketing pessoal.

Figuras como o Raul.Eu conheço o Raul desde os

tempos da faculdade. Na época,nós tínhamos um colega de classe,o Pena, que era um gênio. Na horade fazer um trabalho em grupo, to-dos nós queríamos cair no grupo doPena, porque o Pena fazia tudo so-zinho. Ele escolhia o tema,pesquisava os livros, redigia muitobem e ainda desenhava a capa dotrabalho - com tinta nanquim.

Já o Raul nem dava palpite. Fi-cava ali num canto, dizendo que seupapel no grupo era um só, apoiar oPena. Qualquer coisa que o Penaprecisasse, o Raul já estava provi-denciando, antes que o Pena con-cluísse a frase.

Deu no que deu.O Pena se formou em primeiro

lugar na nossa turma. E o restode nós passou meio na carona doPena - que, além de nos dar umacolher de chá nos trabalhos, ain-da permitia que a gente colassedele nas provas.

No dia da formatura, o diretorda escola chamou o Pena de“paradigma do estudanteque enobrece estainstituição de ensi-no”. E o Raul ali,na terceira fila,só aplaudindo.

Dez anos de-pois, o Pena era aestrela da área deplanejamento de

uma multinacional. Brilhantecomo sempre, ele fazia admirá-veis projeções estratégicas decinco e dez anos.

E quem era o chefe do Pena?O Raul.

E como é que o Raul tinha con-seguido chegar àquela posição?Ninguém na empresa sabia explicardireito. O Raul vivia repetindo quetinha subordinados melhores do queele, e ninguém ali parecia discordarde tal afirmação. Além disso, o Raulcontinuava a fazer o que fazia naescola, ele apoiava.

Alguém tinha um problema? Erasó falar com o Raul que o Raul davaum jeito.

Meu último contato com o Raulfoi há um ano. Ele havia sido trans-ferido para Miami, onde fica a sededa empresa. Quando conversoucomigo, o Raul disse que havia fica-do surpreso com o convite. Porque,ali na matriz, o mais burrinho já ti-nha sido astronauta.

E eu perguntei ao Raul qual era afunção dele. Pergunta inócua, por-que eu já sabia a resposta. O Raulapoiava. Direcionava daqui, facilita-va dali, essas coisas que, na teoria,ninguém precisaria mandar um bra-sileiro até Miami para fazer.

Foi quando, num evento emSão Paulo, eu conheci o vice-presidente de recursos humanos

da empresa do Raul. Eele me contou

que o Raul ti-nha uma ha-bilidade devalor inesti-mável:... eleentendia degente.

Entendia

tanto que não se preocupava emficar à sombra dos próprios subordi-nados para fazer com que eles sesentissem melhor, e fossem maisprodutivos. E, para me explicar oRaul, o vice-presidente citou SamuelButler, que eu não sei ao certoquem foi, mas que tem uma fraseótima: “Qualquer tolo pode pintar umquadro, mas só um gênio conseguevendê-lo”.

Essa era a habilidade aparente-mente simples que o Raul tinha, defacilitar as relações entre as pesso-as. “Perto do Raul, todo compradornormal se sentia um expert, e todopintor comum, um gênio.” Essa eraa principal competencia dele.

“Há grandes Homens que fazemcom que todos se sintam pequenos.Mas, o verdadeiro Grande Homem éaquele que faz com que todos sesintam grandes”.

Texto de Max Gehringer escrito especial-mente para a CBN. A reprodução do arti-go teve a expressa autorização do autor.

‘ENTENDER DE GENTE’

Max Gehringer é um dos maisrespeitados consultores epalestrantes do País