64

127_v2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: 127_v2
Page 2: 127_v2
Page 3: 127_v2

“Capa negra usei, por Coimbra me apaixonei.”

Coimbra, nossa Coimbra, tens escritas nas pedras seculares histó-rias de outros tempos. Foste o marco da juventude de um país. Serás so-bretudo um marco na nossa juventude. Com o Mondego aos pés e a pra-ça cheia de estudantes. Com as infinitas Monumentais e o badalar da velha Cabra. A capa aos ombros ao passar no Arco de Almedina. O fado que as gui-tarras tocam durante as serenatas. A Queima das Fitas e a Festa das Latas.

Da alta até à baixa, não há nada que manche mais as tuas paredes se não esta saudade. Este amor que entristece por se conhecer o seu fim, por se saber que por muito eterna que sejas, em breve pertencerás a outros e o que nós em ti vivemos será vivido por eles. Não me interpretes mal, não há maior orgu-lho do que sentir que abraçamos uma herança de gerações perdidas no tem-po e que a passamos aos que vêm depois, tal como nos foi entregue a nós.

É respirar-te Coimbra! É o orgulho de vestir de negro e ver as tuas ruas varridas constantemente pelas nossas vestes. Iremos sempre emocionar-nos com o luar espelhado no Mondego. Por tudo o que nos deste, por todos os que nos deste, terás sempre lugar em nós. Cegos não seremos, porque te vimos, com os olhos e com o coração, e viveremos para sempre, porque sabemos que te amámos.

Saudações Académicas

A Comissão Central da Queima das Fitas 2014

Page 4: 127_v2

Eu venho de uma terra pequena como eu, de casas modestas, verdes campos, ruas estreitas e modestos costumes. Na minha terra avós, pais e filhos aprendem a esculpir a madeira desde tenra idade para criarem, man-terem e fazerem prosperar pequenas “ikeas familiares”. Venho de uma terra em que crise era ter uma sardinha para o pai e partilhar outra com a prole, crise era carregar móveis às costas para o Porto, cozinhar para fora e ainda cuidar dos seus “mimos” no campo. Na minha terra vinga o suor do trabalho, o sacrifício, o empenho e a dedicação. E, por isso, na minha terra a dureza da vida planta pessimis-mos. Foram poucos os que, na geração dos meus avós e dos meus pais, largaram a terra, foram advogados ou doutores. Nestas gerações a necessi-dade aguçava o engenho e os sonhos eram luxos. Por isso, eram médicos os filhos de médicos, os extraordinariamente inteligentes ou os que tinham possibilidades para estudar fora da terra. Coube à minha geração a ousadia e a coragem de começar a escul-pir outras madeiras, de abrir as asas para voar do ninho, de ter o luxo de sonhar… esta ousadia fora por muitos incompreendida, por alguns apoia-da e por outros invejada, mas fora concretizada. E sonhar alto numa terra pequena, de modestos costumes e com muitos olhos pessimistas, não é fácil, mas fez de mim e de muitos mais fortes! E essa força surgiu dessa mesma dedicação, desse mesmo empenho e do espírito de sacrifício que me ensinaram na minha terra e que me trouxe até aqui, a Coimbra! Coimbra é para mim e para muitos estudantes de fora o berço do seu sonho, o palco de uma nova cena… Chegados a Coimbra mandam-nos vestir a camisola amarelo “mi-jão”, “a nossa pele”, gritar que “Medicina é o curso” e que “Coimbra é nossa”, ensinam-nos que “somos um só”, o “desen’merdanço”, a humil-dade e o espírito de manada. E em cantorias até perder a voz, aos saltos como a pulga até à China, exaltamos o quanto nos orgulhamos de “viver este sonho”. Um dia as capas negras que tememos e admiramos tornam-se tam-bém elas a nossa pele e o peso da responsabilidade. Responsabilidade de passar o testemunho de séculos de tradições.

Page 5: 127_v2

Amadrinhamos ou apadrinhamos ensinando essas mesmas tradi-ções, criando novas, adaptando antigas. No fundo passamos valores, pas-samos e vivemos experiencias, criamos um laço que nos acompanha ao longo do curso e muitas vezes para além dele. E em latadas e queimas, em desfiles memoráveis (ou não :P), enver-gamos as nossas cores, as nossas insígnias, construímos o nosso percurso e momentos que nos marcam. Mas Coimbra não é só boémia! Em Coimbra sofrem-se épocas de exames intermináveis, após avaliações orais eliminatórias, sofre-se com a prontidão dos serviços académicos, com a frustração das avaliações com critérios por esclarecer e com o suspense das notas saídas na véspera do recurso. Coimbra é de facto uma lição!E aos colegas com quem partilhamos esta jornada, palavras suficientes fal-tarão para agradecer o companheirismo, a amizade, os momentos de ouro que nos proporcionaram. Coimbra é menina e moça, mas é sobretudo uma mulher, a mãe de doutores, carregando no seu ventre o futuro de muitos jovens do país. Quem saiu do conforto do seu lar, largou o ninho para aqui voar. E aqui cresceu, aqui amadureceu, aqui sofreu, aqui viveu…Este é também hoje o meu, o teu, o nosso lar, a nossa terra. E no Mondego espelham-se lágrimas de saudade, mas também o suor da nossa caminha-da. Ontem a minha terra foi onde nasci, hoje a minha terra é onde estou, amanha seja esta ou outra a minha terra sei que não há no mundo outra assim. Coimbra quem aqui não sonhou, quem aqui não cantou, quem aqui não chorou, quem aqui não amou, não te viveu…

Juliana Magalhães

Page 6: 127_v2

Depois de me terem aturado a perorar horas e mais horas, depois de me terem lido com a paciência de santos, depois de se terem livrado das minhas avaliações, ainda querem algumas palavras? Pronto, aqui estão.

Seria de bom tom chamar-vos a atenção para a nobre carreira que vão seguir, para a importância da vossa actividade, para os desafios que vos esperam, para a necessidade de dominar a tecnologia que está a mudar o mundo e também a Medicina, para os segredos da vida que em primeira mão tereis conhecimento e através das vossas mãos se tornarão eficazes. Tudo isso, porém, já sabeis.

Sabeis disso e de muito mais. O tema do vosso carro revela que estais atentos ao mundo. E não conheço actividade mais atenta ao sofri-mento humano do que a Medicina. Também há quase meio século eu estava atento ao mundo e fiz as festas académicas em clima de contes-tação. Os anos que se seguiram foram duros, pois não abandonei o país e fiquei por cá lutando. Aliás, foi na guerra que aprendi a excelência da profissão. Valeu a pena, porque a nossa luta estendeu-se até ao 25 de Abril. Só então me pude dedicar ao trabalho de que mais gosto: o de ser psiquiatra clínico.

Os tempos são outros, mas os problemas não são menores. Esta-mos num retrocesso civilizacional, e os negociantes de todos os lados estão aí de novo para escravizarem a vida dos povos e, se forem capazes, usarem-se do vosso trabalho que está na rota dos maiores negócios. Já hoje tentam fazer de vós terminais do computador. Não aceitem. Eu sei que em tempos de globalização, a luta é hoje muito mais complexa. Mas estareis sempre na primeira linha enquanto tiverdes pela frente os olhos daqueles que procuram a vossa ajuda. Não vai ser simples, porque o mundo está hoje globalizado. Mas vós sois cidadãos do mundo - de entre todos os melhores - e não vos faltará a iniciativa, a inteligência e o sentido crítico que tendes demonstrado até agora.

J. L. Pio Abreu

Page 7: 127_v2

Novos Fitados do Curso de Medicina

Ana Isabel Fernandes LopesAna Isabel Sá Rego

Ana Luísa da Silva de Sousa NunesAna Margarida Pedro Antunes Ferreira Gaudêncio

Ana Patrícia da Cruz Balhau JorgeAna Raquel Pereira Oliveira

Bianca Raquel Teixeira de JesusCatarina Fernandes Medeiros

Catarina Moreira van der ElzenCátia Vanessa Mendes Alves da Santa

César Emanuel da Fonte Barata da SilvaDaniela Filipa Mendonça de Oliveira

Débora Sofia Correia BatistaDiana Maia AlcaideFilipa Costa Bastos

Francisca de Castro Horta LopesJoana Almeida Coimbra TenenteJoana Carolina João Fernandes

Joana da Silva BragaJoana Dias Alfaiate

Joana Margarida Coelho SoaresJorge André Cardoso AiresJuliana Mendes Magalhães

Luana Marisa Almeida da SilvaLuís Albino Marques Loureiro

Pedro Afonso Gonçalves Pedrosa PintoPedro José Gomes Sousa

Rui Miguel Milagre AmaroSuheila Ahmed Patel

Vera Cristina da Costa Seara

Page 8: 127_v2

Ana Lopes Ana Rego Ana Nunes

Ana Gaudêncio Ana Jorge Ana Oliveira

Coicinhos Pequeninos

Page 9: 127_v2

Cátia Santa César Silva Daniela Oliveira

Débora Batista Diana Alcaide Filipa Bastos

Bianca Jesus Catarina Medeiros Catarina Elzen

Page 10: 127_v2

Francisca Lopes Joana Tenente Joana Fernandes

Joana Braga Joana Alfaiate Joana Soares

Jorge Aires Juliana Magalhães Luana Silva

Page 11: 127_v2

Rui Amaro Suheila Patel Vera Seara

Luís Loureiro Pedro Pinto Pedro Sousa

Page 12: 127_v2

Ana Isabel Fernandes Lopes

Page 13: 127_v2

Ana Isabel Sá Rego

Page 14: 127_v2

Ana Luísa da Silva de Sousa Nunes

Page 15: 127_v2

Ana Margarida Pedro Antunes Ferreira Gaudêncio

Page 16: 127_v2

Ana Patricia da Cruz Balhau Jorge

Page 17: 127_v2

Ana Raquel Pereira Oliveira

Page 18: 127_v2

Bianca Raquel Teixeira de Jesus

Page 19: 127_v2

Catarina Fernandes Medeiros

Page 20: 127_v2

Catarina Moreira van der Elzen

Page 21: 127_v2

Cátia Vanessa Mendes Alves da Santa

Page 22: 127_v2

César Emanuel da Fonte Barata da Silva

Page 23: 127_v2

Daniela Filipa Mendonça de Oliveira

Page 24: 127_v2

Débora Sofia Correia Batista

Page 25: 127_v2

Diana Maia Alcaide

Page 26: 127_v2

Filipa Costa Bastos

Page 27: 127_v2

Francisca de Castro Horta Lopes

Page 28: 127_v2

Joana Almeida Coimbra Tenente

Page 29: 127_v2
Page 30: 127_v2
Page 31: 127_v2
Page 32: 127_v2
Page 33: 127_v2

Joana Carolina João Fernandes

Page 34: 127_v2

Joana da Silva Braga

Page 35: 127_v2

Joana Dias Alfaiate

Page 36: 127_v2

Joana Margarida Coelho Soares

Page 37: 127_v2

Jorge André Cardoso Aires

Page 38: 127_v2

Juliana Mendes Magalhães

Page 39: 127_v2

Luana Marisa Almeida da Silva

Page 40: 127_v2

Luís Albino Marques Loureiro

Page 41: 127_v2

Pedro Afonso Gonçalves Pedrosa Pinto

Page 42: 127_v2

Pedro José Gomes Sousa

Page 43: 127_v2

Rui Miguel Milagre Amaro

Page 44: 127_v2

Suheila Ahmed Patel

Page 45: 127_v2

Vera Cristina da Costa Seara

Page 46: 127_v2
Page 47: 127_v2
Page 48: 127_v2
Page 49: 127_v2
Page 50: 127_v2
Page 51: 127_v2
Page 52: 127_v2
Page 53: 127_v2
Page 54: 127_v2
Page 55: 127_v2
Page 56: 127_v2
Page 57: 127_v2
Page 58: 127_v2
Page 59: 127_v2
Page 60: 127_v2

Agradecimentos O nosso maior agradecimento vai para as nossas famílias, mãe, pai, manos, avós, tios, primos e sobrinhos! Pelo seu apoio incondicio-nal, por 20 e tal anos de paciência e compreensão, por todos os “Tem juízo! Tem cuidado! Alimenta-te bem!”, pelo vosso ombro amigo que nos ajudou a chegar tão longe e a fazer de nós as pessoas que somos! Um sorriso enorme para todos os nossos amigos por fazerem parte da nossa vida e por partilharem connosco manhãs complicadas, tardes de esplanada a disparatar, noites que acabam só no dia seguinte...! A todos os namorados e namoradas, um abraço muito apertado por toda a paci-ência e apoio e por continuarem a gostar de nós mesmo depois de crises psicóticas em épocas de exames! Obrigada aos nossos professores, aos que fizeram tudo para nos tornar melhores médicos e aos que nos fize-ram perder o juízo e noites de sono, obrigada também por nos tornarem pessoas mais fortes, capazes de enfrentar 24 horas de urgência que aí

vêm!

Page 61: 127_v2

Dedicatórias

Page 62: 127_v2

Agradecimentos

Prof. Dr. José Luís Pio AbreuAbida Amade Patel e Haroon Ahmed Patel

António PinhoBayer

BigornaDocópia

Família TomásGabinetes Rutes Covas Aço, Lda

Joana PintoJunta de Freguesia de Cruz

Junta de Freguesia de LamegoKubiculo Kafé

Lojinha da AdéliaL.J.C.R. - Centro de cópias

Mini-Mercado MilitaOurivesaria Rainha Santa – Coimbra

Real Gastronomia

Page 63: 127_v2
Page 64: 127_v2