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129613385-A-Gnosis-Chinesa-Primeira-Parte-Tao-Te-King-de-Lao-Tse-j-Van-Rijckenborgh.pdf

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AGxoss Cixis\AGxoss Cixis\vmi. v.i no .o i vxcni .o s comix.n.ioJ. \x RtxixiociiC\i\osi ii Pi. vuiioicoUmoscUc.xUm.c:cCopyright Rozekruis Pers, Haarlem, Holanda1I:u:o ov:c:z::De Chinese Gnosis. edio corrigida e revisada pela edio holandesa de

:mvvvsso o vvzs::Lvc:ov:umRos:cvuc:zumEsco:z I:vvzc:oz: z Roszcvuz AuvvzSede InternacionalBakenessergract -, Haarlem, Holandawww.rozenkruis.nlSede no BrasilRua Sebastio Carneiro, , So Paulo, SPwww.rosacruzaurea.org.brSede emPortugalTravessa das Pedras Negras, , ., Lisboa, Portugalwww.rosacruzlectorium.orgDados Internacionais de Catalogao na Publicao (c:v)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)Rijcenborgh, J. van, .A Gnosis Chinesa : comentrios sobre o Tao Te King de Lao Ts /por J. van Rijcenborgh e Catharose de Petri ; [traduo : LectoriumRosicrucianum]. . ed. Jarinu, SP : Lectorium Rosicrucianum, .Ttulo original: De Chinese Gnosis: ----. Filosofa cinesa . Gnosticismo . Lao-Tzu . Rosacrucianismo. Tao . Taosmo I. Petri, Catharose de. II. Ttulo.- -.ndices para catlogo sistemtico:. Gnosis cinesa : Filosofa taosta.Todos os direitos desta edio reservados aoLvc:ov:umRos:cvuc:zumCaixa Postal .- Jarinu SP BrasilTel. () . vzx () [email protected] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Introduo: A sublime sabedoria de Lao Ts . . . . . : Ser e no ser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . u ue: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , No te deixes impressionar por honrarias . . . . . . . O Tao vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , A onimanifestao no humanitria . . . . . . . . . . c O esprito do vale no morre . . . . . . . . . . . . . . . . - O macrocosmo dura eternamente . . . . . . . . . . . . s O corao do sbio profundocomo um abismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , No toques no vaso ceio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :c-i Quem domina o eu governa o reino com amor . . . :c-ii O sbio permanece em perfeita quietude . . . . . . . :c-iii A virtude misteriosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :: No h espao vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :. Viso, audio e paladar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :, Elevada honra e desonra so coisas temveis . . . . . :-i Olha para o Tao, e no o vs . . . . . . . . . . . . . . . . . :-ii O fo do Tao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :,-i As cinco qualidades dos bons flsofos . . . . . . . . . :,-ii As impurezas do corao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :c A vacuidade suprema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :- O povo e seus prncipes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . :s Quando o Tao foi negligenciado,surgiram o humanitarismo e a justia . . . . . . . . . . :,-i Bane o saber! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .:,-ii Afasta-te dessas coisas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c-i Abandona os estudos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c-ii O mundo tornou-se uma selva . . . . . . . . . . . . . . .c-iii Somente eu sou diferente dos homens comuns . . . .:-i Em sua criao,o Tao vago e confuso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .:-ii Tao, a grande fora no centro . . . . . . . . . . . . . . . . .:-iii O renascimento no Tao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..-i As quatro grandes possibilidades . . . . . . . . . . . . . ..-ii O sbio faz de si mesmoum exemplo para o mundo . . . . . . . . . . . . . . . . . ..-iii O imperfeito tornar-se- perfeito . . . . . . . . . . . . .,-i Quem fala pouco espontneo e natural . . . . . . .,-ii Quem semelhante ao Tao recebe o Tao . . . . . . .,-iii No ter f sufciente no ter f . . . . . . . . . . . . . . .-i O egosmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-ii Os muros de Jeric . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-iii Devotamento ao Tao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,-i Religio e teologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,-ii Antes que cu e terra existissemhavia um ser indefnido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,-iii A lei qudrupla do Tao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c-i O pesado a raiz do leve . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c-ii As trs cruzes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c-iii O trplice domnio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .--i O nico bem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .--ii Quem caminha bem no deixa rastros . . . . . . . . . .--iii Quem fala bem no d motivos para censura . . . . .--iv Por isso o sbio sempre sobressaiao ajudar os homens . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .--v Ser duplamente iluminado . . . . . . . . . . . . . . . . . .--vi Quem no d nenhum valor ao poderadquiriu a oniscincia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..............s-i O vale do reino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .s-ii A virtude constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .s-iii O sbio ser o cabea dos trabalhadores . . . . . . . .,-i O vaso sagrado de oferenda . . . . . . . . . . . . . . . . . .,-ii O caminho da vitria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .,-iii Ningum pode servir a dois senhores . . . . . . . . . ,c-i No violncia das armas! . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,c-ii O homem verdadeiramente bomd um nico golpe certeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . ,c-iii No auge de suas foras,os homens e as coisas declinam . . . . . . . . . . . . . . ,:-i As melhores armasso instrumentos de calamidade . . . . . . . . . . . . . ,:-ii O envenenamento do campo de vida humano . . ,:-iii Amai vossos inimigos! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,:-iv O amor do homem gnstico-mgico . . . . . . . . . ,:-v Vs sois o sal da terra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,:-vi O sal purifcador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,.-i O cu e a terra se uniro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,.-ii O povo se harmonizar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,,-i Quem conhece a si mesmo iluminado . . . . . . . ,,-ii Quem vence a si mesmo onipotente . . . . . . . . . ,,-iii Quem morre e no se perdegozar da vida eterna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Glossrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...... ...........IiitioA partir do momento em que o Tao Te King, a obra clssica dosbio cins conhecido h sculos como Lao Ts, foi trazida aoconhecimento do mundo ocidental, em , graas primeiratraduo (parcial) feita pelo francs Abel Rmusat, seguiu-se umnmero considervel de tradues, explicaes e comentrios,nos quais os autores, cada qual a seu modo, tentavam tornar umtanto compreensvel ao homem ocidental esse texto pequeno,porm de grande profundidade.Todavia, parece-nos que nunca foi publicado um comentriodo Tao Te King em que este seja analisado do ponto de vistagnstico tal como acontece neste livro. Isso explica seu ttulo: AGncs:s C/:nesa.Que Gnosis?* Em uma de suas obras anteriores, A Gnosis Universal, os autores assim se exprimem: Originalmente,a Gnosis era a sntese da sabedoria primordial, a soma de todoo conhecimento, que dirigia a ateno diretamente para a vidaprimordial divina. Essa vida original manifestava-se em uma verdadeira onda de vida humana no terrena. Os hierofantes daGnosis eram e ainda so os enviados do Reino Imutvel, quetrazema sabedoria divina para a humanidade perdida e indicamaVer glossrio, na p. . 'Rijcenborgh, J. van e Petri, C. de. A Gnosis Universal, So Paulo: Lectorium Rosicrucianum, , p. .:oAGwosis Cuiwvs.senda nica para os que, na qualidade de flhos perdidos, anseiampor retornar ptria original.Segundo essa descrio, torna-se claro que a verdadeira Gnosis o Conhecimento original de Deus, Conhecimento esse quecoloca o homem perante o caminho da libertao jamais selimitou a determinado pas ou certo povo, como ouvimos afrmarpor toda parte, principalmente em nossa poca. Ao contrrio, aGnosis universal e engloba a humanidade inteira. Hoje, comono passado, ela revelada em todas as partes do mundo ondetrabalham os Mensageiros da Luz.Assim sendo, ela surgiu no somente em pases como o Egito,a ndia e a Palestina, mas tambm, h muito tempo, na Chinade Lao Ts, atravs do Tao Te King, obra que, na China atual, ainda tida em alta considerao.Emnossos tempos, a sabedoria doTao Te King possivelmenteainda mais atual do que na poca de Lao Ts. Lemos, por exemplo,no captulo :s me//cres armas sc :nstrumentcs de ca/am:dade.Pcrtantc, quem cssu: c Tac nc az usc de/as.Ou, no captulo , o ltimo comentado pelos autores:Quem vence cutrcs /cmens crte,mas quem vence a s: mesmc cn:ctente.Sobre este ltimo versculo, os autores dizem: Tornar-se onipotente signifca penetrar a essncia fundamental da Divindade edela fazer parte. preciso levar em conta que essas palavras resumem a grande e elevada misso perante a qual os autores colocamos leitores desta obra.Eles no apenas mostram essa misso, como tambm o caminho para cumpri-la. E o resultado, dizem eles, que veremos o::Pvvv.ciomundo inteiro, a humanidade inteira e nossa sociedade inteiramudarem.Quem se /:/erta das aarnc:asenccntra a senda ara c ser :nter:cr.Quem a/cana c nc azer adm:t:dc na ccrrente.Os vui:ovvs:,Ix1oiu\o.Asuiiixi siiioi ii Lo TsiSe tendes algum conhecimento acerca da literatura esotrica, ento possvel que saibais que, na Idade Mdia, algumas regiesdo sul da Frana possuam um maravilhoso segredo. L, na regiodo Sabartez, bero dos ctaros bendito seja seu nome dispunha-se de um poder supraterreno, o poder do consolamentum.Atravs dele era realizada a separao entre o homem-animal e ohomem-esprito; entre o homem desta natureza e a fgura do seroriginal do passado remoto.O consolamentum era mais que um simples selo sacramental.Era mais que uma simples efuso de fora mgica, pois para osctaros ele implicava numa ruptura defnitiva com a vida dialtica.* Os que o haviam recebido j no eram, no sentido absoluto,habitantes da terra. Na verdade, eles ainda estavam no mundo,mas j no eram dc mundo.Inmeros buscadores se perguntaramquais poderiamser as foras espirituais que sustentavam esse movimento no sul da Frana,na Idade Mdia. Eles perceberam claramente que, se esse despertar espiritual tivesse podido desenvolver-se sem obstculos,teria envolvido toda a Europa, provocando um renascimentojamais visto no mundo. Mas, quem foram esses iniciados inspiradores que provocarammudanas emdezenas de milhares e contraquem se voltou o dio terrvel e sangrento da antiga Igreja?Essas foras eram, no melhor dos sentidos, cidados do mundo,que realmente amavam a humanidade inteira e, ainda em nossos:,AGwosis Cuiwvs.dias, se manifestam e atuam em todos os lugares onde veem apossibilidade de agir. Seguimos seus traos de norte a sul, de lestea oeste. A histria do mundo a sua histria, e nela descobrimosas relaes entre os diversos acontecimentos e desenvolvimentosdos quais eles foram os autores.Todavia, desde o mais longnquo passado at este momento,eles se mantm envoltos em mistrio. Existe entre eles e as massas um vu hermtico, e mesmo todas as investigaes da obstinada cincia para penetrar a fonte desse mistrio continuamfracassando.Cremos poder afrmar que o conhecimento, o saber e os poderes dos ctaros eram universais. Sua fonte no pode ser encontrada na terra, mas somente no Reino Imutvel.Existem autores que deploram seu declnio, sua aparente derrota e lamentam a perda de sua sabedoria e de sua fora. Porm,essa tristeza puramente dialtica, pois uma fora que jorra daprpria vida universal, uma sabedoria to sublime, no pode perder-se. Trata-se de nada menos que o alento de Deus, que toca ahumanidade repetidamente, num esforo de amor para salv-la,e que, quando o dio e o apetite sanguinrio dos materialistastentam violent-lo, se retira novamente.Gostaramos de refletir por um instante sobre esse toque do impulso do amor universal na Europa e compar-lo a um toquedivino semelhante no Extremo Oriente, revelado pelo SublimeLao Ts.No se sabe se ele existiu ou no. Tambmno se sabe se era umhomem. O vu das lendas o encobre aos nossos olhos. Todavia,incontestavelmente sua sabedoria capaz de remover a tristezados que observame pesquisamo drama medieval do sul da Frana.Com efeito, pode-se dizer que o mistrio do consolamentum omistrio do Tac.O Tao no vir, e no era, o Tao . Porm, acrescenta Lao Ts::,Iw:vouUio: AsUniixv s.nvuovi. uv L.o TsvOs anc:cs exer:entes, que cssu/am c Tac,s:/enc:a:am sc/re esse m:ster:cs/ss:mc santuar:c,sa/endc /em que cs rcancs se vc/tam ara as tre:ascrque transcrmam as cras de v:da em destru:c.Quandc determ:nadas cras desertam nc /cmeme e/e se tcrna ccnsc:ente de seu grande cdersem que ten/a se /:/ertadc de seu egc/smc :ner:cr,entc, c cgc tcrna-se um :ncnd:ce se ext:ngue em suas c:nzas.Pcrtantc, nc se de:e des:e/ar c m:str:c ac rcanc;nc c c//c nu cuscadc cr um /r://c mu:tc crte:Ccnduz:r um c:c cumr:r uma grande tarea;quem se mantm na scm/ra :/um:nadc.`Conseguis penetrar essa linguagem da sabedoria? Ento, talvez acompreendais.Fala-se e escreve-se sobre livros secretos dos ctaros que traziam a Doutrina* Universal e a verdadeira vida, os quais teriamsido destrudos pelo clero da poca. Todavia, o livro secreto dosctaros no um livro escrito, tampouco o livro do Tao, nem oLivro M de Cristiano Rosa-Cruz, nem o livro selado com seteselos do Apocalipse de Joo. Esse livro, esse saber universal, nofoi escrito e permanece escondido do profano. No entanto, eleexiste em letras flamejantes e irradiantes e se abre a todos os quese libertaram de seu egosmo inferior.Eis por que, para os ctaros, a endura vinha antes que se pudessefalar em consolamentum. A endura consiste especifcamente emEstas citaes de Lao Ts e as seguintes foram traduzidas de Dijk, C. van. `Teh, universele bewustwording,parafrasen op de Tao Teh King an Lao Tse,Amsterd: .:oAGwosis Cuiwvs.demolio segundo a natureza, em libertar-se completamente doser-eu e preparar-se inteiramente para o renascimento.No obstante vosso interesse por esses temas, damo-vos o seguinte conselho: no desperdiceis vosso tempo e vossa energia nabusca de livros ou de escritos, dos quais esperais encontrar umaeventual libertao. O Tao no pode ser expresso por palavrasnem por escritos. O Tao, a senda, o caminho, pode unicamenteser vivenciado.Estas poucas indicaes mostram, emtoda a sua crueza, a penria do conhecimento e do raciocnio, a pobreza da compreensointelectual e a estupidez da conscincia cerebral. Nada podeissaber, possuir e compreender que tenha valor, antes que tenhaismorrido para esta natureza, antes que a to perniciosa iluso-eutenha se extinguido em vosso microcosmo.* Enquanto permanecerdes diante disso, continuareis profanos, mpios e, consequentemente, imaturos, e, no fnal, fxar-vos-eis na razo obscurecida,e nada tereis, absolutamente nada.O que tendes, porm, aflio, a excruciante dor da dialtica.Isto , um fogo, um terrvel fogo, um incndio que se extingueem suas prprias cinzas para, em seguida, irromper novamente.A natureza dialtica decadncia e interminveis dores infernais,das quais deveis libertar-vos seguindo o caminho, a senda, o Tao.Tendes de passar pela endura, pela demolio, pela morte danatureza inferior.Todavia, no podeis fazer isso sozinhos, o que tampouco necessrio, pois a fora indispensvel para tanto existe! E as palavraslibertadoras ressoam! Se quiserdes abandonar tudo o que tendes,vereis, como Lao Ts:Fcra ccu/ta, segredc, eternamente :ntang/:e/.O, c/ara, s:/enc:csa cnte de cnde crra a v:da.Dc ma:s rcundc dc ser estamcs /:gadcs a t:.Dc Unc :mensc /u: a var:edade :nccnta:e/.:-Iw:vouUio: AsUniixv s.nvuovi. uv L.o Tsv incompreensvel que tantos alunos da Escola Espiritual, que sedirigem para essa nica verdadeira vida, essa nica realidade essencial, no consigam v-la, embora a busquem, embora anseiempor ela.Isso deve ter uma causa e essa causa deve-se unicamente aofato de que eles ainda se agarram demasiadamente s coisas daantiga vida e, alm disso, esperam, sem seguir nenhum processo,ver a revelao divina penetrar o interior de seu ser terreno paraestabelecer em seu microcosmo a nica verdadeira vida.Na verdade, porm, no assim que as coisas acontecem! Sedesejardes viajar em direo nova terra prometida, devereis levantar as pesadas e numerosas ncoras que vs mesmos haveislanado ao longo das margens de vossa vida, e tambm devereisdesligar-vos delas por vs mesmos. Que isso possvel confrmado pela escritura sagrada que diz: Aquele que te cama estmui prximo. Sim, mais prximo do que mos e ps. Por isso:Quem a:ana nc cam:n/c que /:/erta dc ser :ner:crrenunc:a a seus desecs ccmc sendc uma carga :nut:/;entra, crtantc, des:dc,nc tem/c da surema :n:c:ac:c vest//u/c dc ta/ernacu/c c seu/crc.Como aluno ou interessado gnstico, deveis saber como ser umfrancomaom; como erigir, pedra por pedra, a santa catedral. Osanto Mont Salvat invisvel na matria, mas podeis nele penetrar atravs da caverna sepulcral da natureza inferior e, comocompanheiro, juntar-vos a todos os mestres construtores. Aprendei, pois, com Lao Ts quais so os obstculos fundamentais equal a cave do Tao:O ma:s e/e:adc sa/er reccn/ecer que nada sa/emcs.Essa c:nc:a negat::a:aAGwosis Cuiwvs.tcrna c /cmem s:/enc:csc e de:ctc;ccn/ecemcs ncsscs caracteresme//cr dc que um ana/a/etc,crm sequer uma /etradc rcundc m:str:c da v:da e da mcrte.A verdadeira doena do homem no reconhecer sua ignorncia. Todavia, no presumais que devemos enfatizar, na vida,uma dependncia puramente mstica e negativa e rejeitar misticamente a compreenso. Trata-se, segundo Lao Ts, de compreender que os pensamentos materiais erguem um dique diante daverdadeira corrente espiritual, razo pela qual deveis libertar-vosdo pensamento material.Deveis indagar-vos de que forma, de fato, empregais vossopensar* material. Reconhecereis, ento, que com vosso pensarintelectual pensais na Gnosis e que comvosso pensar sentimentalmistifcais em vosso corao. Este o dique que ergueis diante detoda corrente espiritual. No entanto, o ensinamento da sabedoriano vos revelou que a cabea e o corao devem formar umaperfeita unidade?Alm disso, enquanto o homem no quiser reconhecer quenada sabe, e tambm por causa disso, a realidade superior permanecer, para ele, um belo sonho, e ningum, a no ser ele mesmo,poder cur-lo dessa carncia da renovada vida da conscincia.Quem reccn/ece essa s:tuac dcent:aa esta, crtantc, curadc.Reccn/ec:mentc c arcancccntra essa scm/r:a enerm:dade.Pe/as v:as dc ensamentc :nte/ectua/,c ser nc tccadc.Mu:tc mencs se a/cana, atra:s de atcs,um :dea/ su//:me.:Iw:vouUio: AsUniixv s.nvuovi. uv L.o TsvDesse modo, estais aqui novamente diante de uma concepoda nova realidade: a negao do ato dialtico pelos irmos eirms de todos os sculos, que ningum compreendeu. Esses iluminados conheciam uma ao diferente da do homem dialtico,um idealismo totalmente diferente, um amor humano completamente outro. Esses iluminados conheciam somente a atividadevivente e vibrante de uma nova realidade de vida, uma atividadeque, ao homem desta natureza, parece um vazio ilimitado, umadesesperadora ausncia de forma.Mu:tcs se edam /ermet:camentee, cegcs, rcsseguem ass:m em seus cam:n/cs.Para e/es, cada cam:n/c va: dc /erc ac tumu/c.Seu dest:nc ma:s ma/d:c dc que /nc.E todos os que vivem no sculotm conscincia do que sejasofrer a maldio da vida. Infelizmente, parece que quanto maisa vida se torna uma maldio, mais nos agarramos a ela e maisqueremos obter a fora a bno desejada. Evidentemente, semnenhum resultado.A bno se afasta como um navio na escura noite, porque,como a essncia da Doutrina Universal no foi reconhecida, areta ao no pode sobrevir. Eis por que o sbio diz h mais dedois mil e quinhentos anos:Meu ens:namentc d:tc de mcdc s:m/es.Meus atcs sc estr:tamente /:gadcs a :ssc.Mas, :nterretadc e/cs /cmens de mu/t:/as crmas,e/e enrc/adc ccmc um nc:e/c ac redcr de seu centrc.A primeira edio do original holands de(w.v.). .oAGwosis Cuiwvs.No verdade que muitos vivem a nica e simples verdade essencial, cave da verdadeira vida, encapsulada num novelo deaparente sabedoria e de agitao? Mas, Lao Ts diz:Mas eu, que ccn/ec c cam:n/c dentrc dc /a/:r:ntc,nc me de:xc enganar cr cgcs-atucs.Segurc c c que me /:ga ac centrc.O/ser:c ca/mamente, cnde cutrcs /utam em vc.Nc desemen/c nen/um ae/na cmcsa cena dc mundc.Pcr :ssc nada aarentc acs /cmens vcs. ma:cr:a ccrre atras de uma arte dc tcdc.Meu c Un::ersc. Que ma:s cssc desear:Vede, eis do que se trata: ganhar o Universo! Isso pode soar demaneira estranha a ouvidos ocidentais, mas aqui a inteno a mesma da santifcao crist, que encontra sua expresso nafora mgica de um esprito santifcado em Cristo.* Santo estligado ao conceito tornar-se so. Ganhar o Universo tornar-senovamente santo ou so, ntegro. ADoutrina Universal mostra ao aluno que seu microcosmo j no est so, porm estmuito danifcado. Na maldio desse dano, ele persegue umaparte insignifcante do todo, razo pela qual sua maldio nopode transformar-se em bno. Essa a razo pela qual ele seenvolve cada vez mais na matria.Quando o aluno desiste desse trabalho intil, ele nega essaatividade e, convencido do fato de que a realizao de todas aselevadas expectativas no deve provir do eu dialtico, constripara si mesmouma armadura espiritual invulnervel e pode seguiro caminho, a senda, o Tao, porque nele a iluso-eu est morta. Omicrocosmo retorna, ento, ao seu estado original, e o Universotorna-se sua herana..:Iw:vouUio: AsUniixv s.nvuovi. uv L.o TsvAssim, fca claro que a mensagem da Rosacruz moderna tambm a mensagem de todos os tempos desde a queda; a mensagem de Lao Ts, de mais deanos, que continua a soar atque o buscador veja diante de si o caminho e diga sabedoriauniversal:Querc v::er segundc vcssc mu: sa/:c exem/ce sa/er-me :ntegradc nc /anc d:::nc de cr:ac.Para encerrar, ainda um ponto: o pesquisador s v o caminho,s v o Tao, quando descobre, conforme diz Lao Ts, que sofre dor no ego, quando descobre que nada nem ningum podecur-lo dessa dor, que ningum pode extinguir esse fogo at queele mesmo diga adeus ao ser-eu. Ento a grande lmpada da oniconscincia arder diante do peregrino e o dessedentar comsua irradiante luz divina que, como um consolamentum, o elevarda noite de seu sofrimento..,Se c Tac udesse ser den:dc, e/e nc ser:a c eternc Tac.Se c ncme udesse ser rcnunc:adc, nc ser:a c ncme eternc.Na condio de no ser, pode-se dizer que ele o fundamento daonimanifestao. Na condio de ser, ele a Me de todas as coisas.Portanto, se o corao permanentemente no , se ele permanecelivre de todos os desejos e interesses terrenos possvel contemplaro mistrio da essncia espiritual do Tao. Se o corao permanentemente , se ele se mantm ceio de desejos e interesses terrenos s css/:e/ ver crmas /:m:tadas, n:tas.Ambos, ser e no ser, provm da mesma fonte, mas tm efeitos ec/et::cs d:erentes.Ambos so preencidos pelo mistrio, e esse mistrio o portal dav:da.Tac Te K:ng, ca/tu/c :.,iSi i x\o siO Tao Te King que vos apresentamos pode ser camado, comtoda razo, de Bblia Chinesa. Seu autor tem a mesma assinatura de todos os grandes mestres da humanidade. Inmeras soas lendas que existem sobre Lao Ts, porm nenhuma se baseiaem fatos histricos, razo pela qual no vos falaremos sobre isso.Toda a vida de Lao Ts permanece envolta em mistrio. Algunsnegam que ele tenha vivido, outros o afrmam categoricamente., portanto, precisamente a mesma histria que ocorreu comBuda, Jesus, o Senhor, e Hermes Trismegisto. No precisamos,pois, enfocar tudo isso nem dedicar um segundo sequer de nossaateno a esse assunto. Queremos apenas salientar as palavras dengelo Silsio: Mesmo que Cristo nasa mil vezes em Belm eno em ti, continuars perdido pela eternidade.Oessencial que temos o Tao Te King. Sua assinatura tal quepodemos afrmar: esta a Doutrina Universal da Fraternidade*Universal, revelado para a humanidade com incomparvel amor.Quem fez surgir essa irradiao de amor no tinha a inteno dese colocar em primeiro plano. Ele se perdeu na impessoalidade,ele veio e partiu; seu reino no era deste mundo. OVerbo desceuna China seiscentos anos antes de Cristo, e o portador desseVerbo passou, a seguir, para alm das fronteiras, o que signifca,.oAGwosis Cuiwvs.evidentemente, que ele passoupara almdas fronteiras domundodialtico, para a nica Ptria.Acreditamos que essa linguagem sagrada tenha sido pouco ounada mutilada. A razo disso que pouqussimos compreenderam o Tao Te King, escrito em cins. A obra compacta, muitovelada e se compe de oitenta e um aforismos ou ensinamentos,divididos em duas partes: a parte do Tao e a parte do Te. Dizemos que o Tao a senda de libertao e o Te, a utilidade ea consequncia da senda de libertao, ou seja, o resultado. Apalavra King indica que ambos, Tao e Te, contm o mtodo queleva libertao.Como no somos sinlogos, no daremos uma traduo literaldo Tao Te King, porm uma parfrase. Alm disso, diramos quequase todos os sinlogos esto em desacordo e no fornecemtradues iguais nem do ttulo nem do texto. Para nossa anlise,seguimos aproximadamente o texto de Henri Borel, que temosrazes de considerar a traduo mais fel`.A Europa s tomou conhecimento do Tao TeKing recentemente, aproximadamente h um sculo e meio. A primeiratraduo foi publicada na Frana em e, a partir da, inmeroslivros foram escritos a respeito dessa obra. E agora ns tambmvamos falar sobre o Tao Te King. Arazo para isso repousa no fatode que uma nova e poderosa Fraternidade taosta surgiu no Oriente. Uma fraternidade, uma escola, que tem a mesma assinaturae os mesmos objetivos que a nossa. Uma fraternidade que, comons, inaugurou seu templo em dezembro dee que, como ns,ocupou seu lugar na Corrente das Sete. Torna-se evidente que,com a era que est comeando, todo o movimento da stuplacorrente de Fraternidades crescer e as levar a se aproximaremumas das outras. Leste e oeste, norte e sul se reencontraro nosDe Chinese flosofe toegelict oor niet-sinologen, vol. , Lao Tse, Amsterd: `..-: Svv v wio svvflhos de Deus novamente despertos, os quais se reconhecerono somente devido sua assinatura como tambm devido sualinguagem interior.por essa razo que deveis conhecer e provar o Tao, bemcomotodos os demais ensinamentos da sabedoria, a fm de que possaisviver, falar e agir a partir de sua sntese e libertar-vos de vossaraa para, como verdadeiros cidados do mundo, pertencerdes aopovouniversal de Deus. Essa anlise deve, pois, entre outras coisas,servir de preparao para o encontro dos que sero congregados,provenientes de todos os cantos da terra. Trata-se de realizaruma tarefa para a qual vos convidamos, tambm a vs, de corao.Levai conosco essa misso a bom termo!Dissemo-vos que pouqussimos so os que compreenderamo Taoe que, ainda hoje, ocompreendem. Os maiores absurdos forampublicados sobre o seu contedo. Estaramos ns entre os que dizemcompreend-lo e afrmam com segurana: Vamos explicar-vosseu sentido mais profundo? No! Empreendemos este trabalhocoma maior humildade, tendo emmente o ltimo aforismo dessaBblia Chinesa: Os que conhecem o Tao no so eruditos; os queso eruditos no conhecem o Tao (Aforismo ). Se nossa alma*for receptiva nova vida, sem dvida o compreenderemos.Relembremos mais uma vez o primeiro captulo do Tao TeK:ng:Se o Tao pudesse ser defnido, ele no seria o eterno Tao. Se onome pudesse ser pronunciado, no seria o nome eterno. Nacondio de no ser, pode-se dizer que ele o fundamento daonimanifestao. Na condio de ser, ele a Me de todasas cc:sas.Portanto, se o corao permanentemente no , se ele permanece livre de todos os desejos e interesses terrenos .aAGwosis Cuiwvs.possvel contemplar o mistrio da essncia espiritual do Tao.Se o corao permanentemente , se ele se mantm ceiode desejos e interesses terrenos s possvel er formas/:m:tadas, n:tas.Ambos, o ser e o no ser, provm da mesma fonte, mas tmee:tcs e c/et::cs d:erentes.Ambos so preencidos pelo mistrio,e esse mistrio ocrta/ da v:da.Oprimeiro captulo do Tao Te King mostra a caracterstica essencial da Doutrina Universal: ela permanece inalterada atravs dostempos. Lao Ts designa o Tao como o fundamento primordialde todas as coisas. Poder-se-ia simplesmente traduzir Tao porDeus, ou, como Joo, por o Verbo. No princpio era o Verbopara o qual tudo deve retornar; trata-se, pois, de uma corrente,um caminho, uma senda.Esse Verbo, esse Tao, inexprimvel. Nenhum mortal poderiadescrev-lo perfeitamente. No mximo, poderia falar e aproximar-se um pouco dele. Ningum jamais viu a Deus, diz Joo,fazendo-nos lembrar de Lao Ts. Se fosse possvel determinarperfeitamente o Tao nos planos intelectual e flosfco, ele noseria o eterno Tao. Somente o que est nos limites dialticos podeser expresso. Essa verifcao mostra de imediato que o ser dohomem terreno, do homem dialtico, nitidamente limitado,delimitado. Ningum jamais viu a Deus, nenhum mortal seriacapaz de v-lo. Somente o Filho, que est no corao do Pai, podeexplic-lo, o que quer dizer, manifest-lo atravs de si mesmo.Mas, quem esse Filho? Esse Filho uma fgura histrica e,ao mesmo tempo, uma realidade vivente e atual. Esse Filho embrionariamente o tomo original, que muitos manifestaramno passado, mas que muitos manifestam tambm no presente.: Svv v wio svvvivente. O Filho sempre quem sabe despertar o tomo original,a rosa, a semente divina. Ele encontra Deus; ele se aproxima daGnosis, como a Gnosis, o Tao, dele se aproxima.Na qualidade de aluno da Escola Espiritual da Rosacruz urea,conheceis a cave desse mistrio da salvao. H vinte e cincosculos, Lao Ts j a transmitia humanidade.Portanto, se o corao permanentemente no , se ele permanece livre de todos os desejos e interesses terrenos possvel contemplar o mistrio da essncia espiritual do Tao.J no vos disse a Escola Espiritual, com frequncia, que quemabre o santurio do corao para a fora de irradiao da novavida ser atrado pela essncia espiritual? O corao deve viverno estado de no ser. Quando ele , ele est repleto de mil e umapreocupaes, desejos e ocupaes da natureza comum. Ento,os pensamentos colocam a cabea continuamente em comoo etodo tipo de sentimentos e de desejos preence o corao.Pensar, querer, sentir e desejar formam um dos lados do tringulo de luz terreno. E quem pode, aqui nesta natureza, dizer queest no silncio perfeito, o silncio do no ser, do no fazer? Oaf dialtico, as ocupaes contnuas no plano de atividade daconscincia, contrape-se atividade do tomo original. Unicamente o silncio do no fazer, o fecar-se natureza dialtica,*abre um caminho atravs do deserto da vida. O silncio o precursor da essncia espiritual do Tao, da mesma forma que Joo o precursor de Jesus. Pelo silncio, o tomo original despertadode seu sono de ons.*Com que fnalidade, perguntamos? A resposta soa: A novavida, a vida original. Asenda conduz ao no ser e ao ser, respondeLao Ts. O no ser o fundamento da onimanifestao; o ser aMe de todas as coisas. O no ser no signifca no existir ou noser de modo algum; trata-se, porm, do estado absoluto original,,oAGwosis Cuiwvs.da glria original, imortal. Trata-se de um novo ser no estadooriginal do Reino Imutvel. O ser, tal como o conhecemos, oser da morte, dos sofrimentos e das lgrimas. Este ser no provmdo Tao. Portanto, existe um ser original, proveniente da prpriafonte do absoluto, como o verdadeiro no ser.Lao Ts dirigiu essa mensagem humanidade h alguns milhares de anos. Atualmente essa mensagem soa familiar aos nossosouvidos, pois ela voltou a ser anunciada. Do Tao, da Gnosis, provm uma fonte, e dessa fonte jorram o no ser e o ser; uma foraeterna e irresistvel, no interior da qual se mantm, qual roca, oReino Imutvel. Eo corao que se tornou silencioso sente vibrara essncia espiritual do Tao. Esse corao constitui o mistrio doportal da vida.,.Quando todos sob o cu afrmam que o belo belo, o feio se manifesta. Quando todos pensam saber to bem o que bom, o mau seman:esta.O ser e c nc ser geram um ac cutrc.O difcil e o fcil produzem um ao outro. O comprido e o curtoprovocam mutuamente as diferenas na forma. O alto e o baixocriam sua desigualdade recproca. O som e a oz se harmonizammutuamente. O antes e c dec:s sucedem um ac cutrc.Por isso, o sbio faz do no fazer sua tarefa; ele ensina sem usara/a:ras.Quando a obra est terminada, ele no se prende a ela; e justamentecr nc render-se a e/a, e/a nc c a/andcna.Tac Te K:ng, ca/tu/c .,,.W Consideremos especifcamente as seguintes palavras: Por isso, osa/:c az dc nc azer sua tarea; e/e ens:na sem usar a/a:ras.Baseado no primeiro captulo, o segundo captulo do antigoevangelho cins desvenda, progressivamente, a essncia da ordem* de natureza dialtica. Ele mostra que todas as entidadesdesta ordem de natureza sustentam-na, obedecendo em tudo lei dos opostos, alimentando-a. Lao Ts mostra que, nesta ordemde natureza, tudo engano e iluso, isto , irreal no que se refereao essencial, ao absoluto, ao divino. Em certo sentido, existe semdvida uma realidade na dialtica, mas ela em nada se harmonizaou se compara com o absoluto, o original. Lao Ts mostra quetudo neste mundo est sujeito lei dos opostos e, portanto, a mudanas, e que insensato nos agarrarmos a esta transitoriedade.No obstante, neste mundo fundamentalmente irreal, contrrio lei, sempre tentamos estabelecer algo real, embora saibamos,por experincia, que tudo sempre se transforma em seu oposto.Todos os homens tm certa concepo de beleza. Todavia,suas percepes e seus padres estticos diferem muito uns dosoutros. Eles dependem no somente do tempo, do povo, da raa,dos usos e costumes, da educao e da cultura, como tambm so,,,AGwosis Cuiwvs.acima de tudo, muito pessoais. Alm disso, eles so geralmenteinfluenciados por todo tipo de autoridades ou homens respeitados, como professores, pais e artistas. Assim, os homens cegama discutir violentamente quando uns acam belo o que outrosacam feio. Todavia, ningum sabe verdadeiramente o que abeleza.Desse modo, possvel que vos apegueis a certas coisas queacais muito bonitas e que, por esse motivo, as acalenteis diaa dia, simplesmente porque vossos sentimentos vos impelem aisso. E certamente fcareis desesperados e muito cocados sealgum vos dissesse, talvez inocentemente: Eu no aco issobonito; como voc pode gostar disso tanto assim? Sim, pode atser que vos sentsseis profundamente feridos. Por qu? Porque,intuitivamente, percebeis que a beleza, na natureza dialtica, nopassa de aparncia. Desconheceis a realidade da beleza coma qualpodereis comparar vossa percepo de beleza.Tendeis a ver a beleza na natureza, como por exemplo, numafloresta. Porm, se a olhais mais de perto, no seria exagero dizerque ela deixa muito a desejar. Diante de uma paisagem, exclamais,entusiasmados: Que linda! Mas, quando vos aproximais e a observais com ateno, seguramente o feio se manifestar, s vezesde forma to consternadora que, decepcionados, vos afastareis.Durante uma excurso nas montanhas, possvel, de repente,avistar um vale de impressionante beleza pela composio da paisageme das cores. Edgar AllanPoe, numa de suas obras, descreveuisso de maneira incisiva. Quando os visitantes desse vale, admirados, desceram at o vilarejo, descobriram que literalmente tudoestava em conflito com a beleza e a harmonia. Tiveram, ento, decurvar-se diante da contundente realidade da feira.Ohomem terrivelmente pobre embeleza, emreal beleza, porisso ele venera as aparncias. E, por ser muito infeliz, ele nega ofeio. Inutilmente, pois construir sua vida sobre aparncias, sobreo irreal, provoca fortes reaes contrrias. Quando descobris que,,. W determinada situao que, de todo corao e ceios de convico,considerveis bela, na verdade no o , vossa primeira reao repelir essa descoberta. Todavia, medida que prosseguis, arealidade dessa feira vos sufoca. Isso signifca, ento, mergulharna aparncia e degenerar atravs dela. Ambas, a aparncia do beloe do bem, fazem surgir o feio.Talvez objeteis: Se o belo e o bom no passam de aparncias em nossa natureza, o mesmo deve ser dito do mau e do feio.Trata-se, portanto, tambm, de aparncias. Se continussemosassim, baseando-nos na mesma lei e no mesmo direito, poderamos qualifcar de belo o que feio e de bom o que mau. Masisso seria um erro, um tremendo equvoco! Tenta-se fazer isso nomundo, e existem diversos grupos que se esforam por negar afeira, a imperfeio, a doena e o sofrimento, dizendo: Tudo oque desagradvel e feio no real. Se vos agarrardes a esta ideia,as coisas mudaro para o oposto e melhorareis. No obstante,essas pessoas tambm contraem todo tipo de doenas, s quaissucumbem, cedo ou tarde.Se tentarmos negar a feira da vida, isso acarretar consequncias desagradveis, pois o belo e o feio, o bom e o mau no soequivalentes. Se dizemos: o belo aparncia, no se pode concluir o mesmo do feio. No, o feio a prova de que o belo nopassa de aparncia. Se vos apegais aparncia, o feio vos mostrarque essa aparncia no passa de iluso. O feio a prova de queo belo no belo, do mesmo modo que o mau a prova de queo bom no bom. O belo e o bom desta natureza so, portanto,enganosos; o feio e o mau so a prova disso. Pode-se dizer, portanto, que o mau e o feio so a essncia desta ordem de natureza,que o mau e o feio so totalmente inerentes a esta natureza. Naverdade, este mundo uma grande misria. Talvez no estejais deacordo com esta ideia, talvez ainda no estejais conscientes dela.Todavia, prosseguindo no caminho da vida, um dia aceit-la-eisinteriormente.,oAGwosis Cuiwvs.Obelo e o bomdesta natureza so mentiras. Se no fosse assim,o belo e o bom deveriam gerar o belo e o bom! Credes que, se possusseis algo verdadeiramente bom, isso poderia transformar-seemalgo feio, mau? claro que no! Porm, o que considerais belono passa de iluso, de aparncia, por isso o feio sempre aparece.Uma pergunta poderia surgir: Caso atacssemos tudo o que feio e mau neste mundo, no poderamos transform-lo em beloe bom? No poderamos elevar luz esta sociedade, este mundo,esta natureza?Sabeis que a humanidade tentou fazer isso vrias vezes, e muitos at hoje se esforam regularmente nesse sentido. E tambmsabeis que, no decorrer dos sculos, essas tentativas revelaram-senegativas. No, se quereis realmente encontrar uma soluo, ento tereis de, primeiro, abandonar todas as formas de apreo pelaaparncia. Isso talvez vos parea simples e, semvacilar, respondais:Claro, evidentemente essa a soluo! Neste mundo, sempretentamos esconder sob o manto das aparncias tudo o que feioe mau, esses aspectos fundamentais de nossa ordem de natureza.Portanto, abaixo as aparncias! Todavia, quando neutralizais todas as aparncias da vida comum, que vos resta? Nada almdofeio,da solido, do abandono: a tristeza, a feira absoluta e montona!Observai ao vosso redor: no mundo todo atualmente rejeitam-seas aparncias. E o que surgiu? Ohomem desumanizado, o horror,a bestialidade.Neste ponto, Lao Ts j encosta o homem na parede. Muitoscombatem as aparncias e se defrontam, infalivelmente, com ofeio, o indescritivelmente feio. Portanto, vs, como buscadoressinceros, no beco semsada onde a antiga Bblia cinesa vos levou,se, atravs das aparncias e dos falsos semblantes, reconheceis esentis a misria, a tristeza e a ausncia de perspectiva desta ordemde natureza, s vos resta uma sada: desligar-vos desta ordemdialtica, dar as costas de forma absoluta a este mundo das aparnciase seguir o caminho da reverso transfgurstica, o regresso Casa,-. W do Pai. Vede a vs mesmos como o flho prdigo, que vive comos porcos e come com eles no mesmo coco. S resta uma sada:abandonar esta vida de iluses e dizer, agindo de forma a renovara vida: Estou retornando ao Pai, Casa do Pai, Ptria original.Essa reverso deve, evidentemente, ter um comeo e seguirum mtodo inicial, que descreveremos luz do texto de Lao Ts.Segundo ele, esse mtodo o no fazer, o wu wei. J falamos sobreisso na Escola Espiritual nos ltimos anos. Porm, descobrimosque a maioria dos alunos absolutamente no o havia entendido.Evidentemente, possvel dar-vos uma descrio intelectual dowu wei, mas de que isso vos serviria? Em que isso seria libertador?Tentaremos fazer-vos realmente compreender o ensinamentodo no fazer e grav-lo em vossa alma. Tentaremos fazer penetrarprofundamente em vs os ensinamentos do wu wei, porque aalma sbia toma o partido do no fazer.Suponhamos que entreis na Escola Espiritual da Rosacruz ureacomo alunos iniciantes e que estejais ceios de entusiasmo, deuma intensa alegria e imbudos das melhores intenes. Comovosso entusiasmo suscita emvs uma grande exuberncia, precipitai-vos sobre os ensinamentos da Escola e sobre a vida que ela vosrevela. Esse ardor irradiante e o dinamismo que dele decorre, queverifcamos em quase todos os alunos novos, no esto, todavia,de acordo como mtodo libertador do no fazer! Absolutamenteno! Comeando dessa maneira tipicamente dialtica, atras sobre vs a lei dos opostos: vs a ativais. Acais a Escola bela, boa,e a cercais de uma aurola dourada. Porm, no mundo dialtico,o belo e o bom geram inexoravelmente o feio e o mau, e o belorevela-se como uma iluso, uma irrealidade.Perguntamos a vs, alunos antigos, que estais, talvez, h anosna Escola, se no conhecestes momentos em que o belo se tornou feio e montono e onde, abatidos, vos perguntastes: Fiz omelhor que pude durante todos estes anos e, no entanto, o que,aAGwosis Cuiwvs.me resta agora nas mos? Sois remetidos ao ponto de partida,na solido, na feira e na tristeza. E, como reao, pensais quealgo est errado na Escola! Porque, como tentamos demonstrar, a lei dos opostos que transforma o belo em feio. E, portanto,vosso entusiasmo, vosso dinamismo apaixonado pelo trabalho,parece no ser real com relao nica realidade divina, a qual,s ela, existe. Em certo sentido, vosso entusiasmo foi provocadopor uma reao puramente dialtica, uma reao de vossa natureza-eu. Em vista disso, em dado momento, vossa alegria provocadecepo, tristeza, solido e desnimo; deixai-vos levar pela forado hbito e vos cristalizais. Um novo impulso , ento, necessriopara devolver-vos o entusiasmo e a alegria, frequentemente como mesmo resultado.Assim, sois tomados por uma espcie de espasmo psicolgicocom todos esses altos e baixos. E prosseguis assim. Porm, aorefletirdes melhor, espantados, perguntareis a vs mesmos ou ans: Ento no deveria eu sentir-me feliz, alegre e entusiasmadopor ter encontrado a Escola Espiritual? No posso me regozijar eme sentir grato por ver diante de mim o caminho da libertao?Se essa graa e minha alegria acarretam tais desmoronamentos,em nome do cu, que devo fazer?Ningum, muito menos a Fraternidade da Salvao, quer tirarde vs essa alegria. Mas devemos aconselhar-vos urgentemente asubmeter a um srio exame vossas reaes psicolgicas referentesa essa alegria; a refletir sobre o comportamento de um homemfeliz e grato neste mundo, sobre o que ele faz, seja empblico, sejaem particular. Por vezes seu entusiasmo o leva a fazer as coisasmais absurdas. Ele aca tudo bom e belo e quer estreitar a todosem seu corao. Semelhante pessoa ter a tendncia, insensata eridcula, de se atirar totalmente na vida libertadora.Ora, quando o que santo penetra emvossa vida, gratifcantesentir aquilo que a Bblia cama de alegria silenciosa, ter uma percepo do ensinamento sem palavras. O no fazer no consiste,,. W como podereis talvez imaginar, emretirar-se do mundo dialtico,apartar-se da vida terrena, tornar-se anticonformista, j no aceitar a monotonia da vida cotidiana. Se sois um verdadeiro aluno,tudo isso evidente. Se tiverdes reconhecido a feira, a corrupo, as aparncias enganadoras do mundo dialtico, se tiverdessondado a natureza da morte em sua essncia mais profunda, poracaso no vos despedireis dela? evidente que sim. O no fazerde Lao Ts signifca no agarrar com vosso eu os valores, as forase a essncia do Reino Imutvel. -vos dito: No faais. Portanto, no o faais! Se tocais com vossas mos as coisas do ReinoImutvel, se vosso eu se precipita sobre elas, sereis violentamenterejeitados.Acarne e o sangue no podem herdar o reino de Deus. Oserhumano, sob o impulso de sua prpria natureza, sempre tentaapossar-se desse Reino. Essa sua predisposio natural. Todaviaele no pode agarrar com suas mos as coisas do Reino Imutvel.no fazer! Em virtude de seu estado natural, no lhe possvelapossar-se do que divino; tudo o que ele fzer para apossar-sedo divino, para viver o divino, acabar mal, decepcion-lo- e ocasionar doenas, exaltao, distrbios nervosos, distrbios dassecrees internas e, com certeza, obumbramento pela esfera*refletora. A nova vida no surge no eu, para o eu ou pelo eu danatureza. O que o eu capaz de gerar, o que lhe possvel, porexemplo, o misticismo ou o ocultismo. Existem na esfera refletora, ou reino dos mortos, domnios onde diversas fraternidadesocultas se mantm, se concentram e criaram um campo de iluses bem determinado. possvel ligar-se a esse campo, porm,trata-se somente de uma subida do eu no plano das iluses, deonde, no devido tempo, ele cai, seriamente danifcado.Se compreendestes bem tudo isso, fca claro uma criana operceberia que para quem verdadeiramente aspira a se libertarda natureza da morte, o eu deve observar o no fazer e no tentar,de forma alguma, agarrar a nova vida, nem forar a Fraternidade,oAGwosis Cuiwvs.Universal* e tudo o que est relacionado a ela. No se deve faz-lo.Portanto, no vos concentreis, nem mediteis e, sobretudo, noalimenteis nenhum fantasma! Observai o no fazer absoluto!O mtodo do no fazer uma alegria calma e silenciosa; prossegui nessa calma alegria silenciosa, em total autorrendio aotomo original, o Reino em vs. Isso adotar o no fazer. Isso compreender o ensinamento sem palavras. No sou eu que devocrescer, mas Ele, o Outro, que maior do que eu. Eu devo diminuir, eu devo desaparecer nesse Outro, o Ser oculto no tomooriginal.Quando um obreiro da Escola Espiritual recebe uma misso,ele comea algo extremamente difcil. Ele segue, ento, um caminho to estreito como um fo de navalha. Porque ele no poderrealizar sua misso na condio de ser-eu. Se ele o tenta, cai qualum meteorito. Ningum tem culpa. A Escola no o rejeita, comoalguns podem pensar; no, ele mesmo se rejeita. O obreiro temuma nica possibilidade de levar a bom termo seu trabalho: ocaminho do no fazer. Em silenciosa alegria, ele guarda a missoem seu corao, com extrema modstia, e se consagra totalmenteao mistrio do tomo original. Porque fundamentado no templo do tomo original que ele deve executar seu trabalho. assimque os Grandes trazem a Doutrina Universal, e a trazem sempre,e em seguida desaparecem como nvoas. Por isso, o aluno que, domais profundo de seu ser, cumpre sua tarefa a servio dos demais,no se liga e no se agarra a ela com seu eu. De modo algum o euse empenha. Quem se coloca frente do trabalho, quem quer execut-lo com seu eu, d prova de um inimaginvel egocentrismo.Ele abusa de Jesus Cristo para alar-se ao topo do muro e passar asi mesmo para o outro lado. Compreende-se por que a graa lhefalta e o abandona.Por isso o sbio adota o no fazer; ele exerce o ensinamentosem a/a:ras.,:. W Eeis agora precisamente osegredo, osegredoda salvao: Quandoa obra est terminada, ele no se prende a ela; e justamente por norender-se a e/a, e/a nc c a/andcna.Quando algum segue o caminho da autoentrega, em silenciosa contemplao, descobre que, embora, minuto a minuto,em seu ser interior ele se mantenha desapegado, a nova vida oinunda comseus raios. Anova vida no lhe pertence; ela pertenceao Outro, porm o eu dialtico funde-se nela completamente edesaparece.Este o ensinamento do no fazer. Este o Caminho, a Senda.Este o Tao.,.No te deixes impressionar por honrarias, assim o povo no argumentara.No ds elevado alor a bens de difcil aquisio, assim o povo norcu/ara.No olhes o que excita o desejo, assim o corao do povo no fcardesncrteadc.Portanto: o sbio governa para que os coraes se tornem aziosde desejo, para alimentar bem os estmagos, enfraquecer as mstendnc:as e crt:car as art:cu/aes.E/e ermanentemente cu:da que c c:c nc ten/a nem sa/er nemdesecs.No obtendo total xito, ele cuida que os que talvez saibam nocusem ag:r.Ele pratica o wu wei, e, assim, no haver nada que ele no governe/em.Tac Te K:ng, ca/tu/c ,,,,N\o 1i iiixis ixiissioxio ioxisAo ler o terceiro captulo do Tao Te King, notareis que ele trata,antes de tudo, do problema social, e, visto superfcialmente, podereis pensar que seu contedo est, para ns, homens do sculo, completamente ultrapassado. Lendo este texto, um polticoatual voltado para as questes sociais daria de ombros, sacudiria a cabea com comiserao e diria: Por mim, podeis deixaro Tao Te King no fundo de vossa biblioteca; seu contedo estultrapassado e terrivelmente conservador para os partidos dehoje.No seguiremos este conselho e examinaremos mais de pertoesse assunto. Compreendemos que esta parte intencionada paradirigentes, porm para uma classe de dirigentes desconhecidaem nossa poca, dirigentes que estariam na nova vida, que nelaviveriam. Osistema de governo aqui aconselhado no poderia seraplicado em nossa poca, ningum o quereria empregar e contraele o povo se insurgiria.Trata-se aqui de um sistema de governo, de um comportamento poltico-social que nos remete ao tempo em que a Chinaera camada, com justia, o Imprio Celeste. Em nossa opinio, um sistema que o misterioso Akhenaton aplicou experimentalmente no Egito antigo. Seu reinado, contudo, teve curta durao,,,AGwosis Cuiwvs.sendo aniquilado pelas intrigas do clero malintencionado. Dequalquer forma, este captulo poltico-social do Tao Te King, embora no ultrapassado, j no aplicado; entretanto, atualmentetalvez seja muito adequado para os pais no tocante criao deseus flhos.No entanto, gostaramos de analisar este terceiro captulo demaneira detalhada, pois ele nos d uma imagem clara e muito instrutiva de uma poca pr-histrica de uma onda de vida humana,de uma poca que remonta a bem mais de dois mil e quinhentosanos, em que se diz que o Tao foi escrito. Vemos aqui uma provade que o Tao tem milhares e milhares de anos.Voltemos, pois, ao incio da ltima poca, a poca Ariana, naqual o remanescente da humanidade decada voltou a manifestar-se na natureza dialtica. Esse remanescente era o grupo dosque no puderam ser libertos e reconduzidos vida original napoca precedente.evidente que, embora tratando-se de remanescentes, esses homens eram, no obstante, flhos de Deus. Por isso a FraternidadeUniversal, desde a aurora de sua nova existncia, cercou essesremanescentes do maior cuidado, a fm de poder colocar asbases para um possvel retorno. Nessa poca, inmeros enviadosda Fraternidade Universal, numerosas criaturas salvas, misturaram-se, portanto, humanidade, manifestando-se novamente eintervindo na condio de governantes, reis e sacerdotes. Todasessas autoridades formavam, em conjunto, uma sublime Fraternidade a servio dos ltimos remanescentes. Todos os que delaparticipavam estavam internacionalmente ligados e governavama humanidade, novamente colocada prova, segundo umsistemainternacional coordenado, um sistema poltico-social do qual oterceiro captulo do Tac Te K:ng nos d uma ideia.Imaginai que sois um desses governantes e que conheceis osgrandes perigos que estoescondidos na ilusoe na lei dos opostos.Quando um homem busca a libertao no plano horizontal e,,, Nio :v uvixvs ixvvvssiow.v vov uowv.vi.sseus esforos lhe revelam a realidade de seu aprisionamento oudo progresso no plano horizontal, e ele, no obstante, perseveraem sua atividade, acelerar a rotao das foras contrrias. Ento,afundar cada vez mais, no pntano da morte e da cristalizao.Ele se enredar mais e mais na autodefesa e na luta.Suponde agora que um grupo de homens seja colocado sobvossa responsabilidade, que saibais que esses homens acabam dedespertar de uma noite csmica aps uma terrvel queda e quetodos esto de posse do boto de rosa; e que conheceis, por experincia prpria, as iluses e as degradaes da natureza dialtica.Que fareis?Sem dvida, esforar-vos-eis para impedir o desenvolvimentoda cultura no sentido dialtico. Com extrema prudncia, conduzireis esse povo na condio que vos pareceria a nica possvel.Tentareis proteg-lo contra os arcontes dos ons, contra as influncias da natureza da morte. E em tudo o que fzsseis por ele,tereis uma nica preocupao: o retorno ao Lar.Todavia, o povo no conhece esse objetivo mais do que umacriana que acaba de nascer. Ele s sabe de uma coisa: eu sou, euvivo! Ele deve viver segundo o seu estado de alma: para ele osufciente.Suponde que sejais um homem desse tipo e que estejais a nossos cuidados na Escola Espiritual, a qual se mantm distante damatria. Que deveramos fazer? Deveramos tentar manter-vosto longe quanto possvel da degradao dialtica do cosmo. Notentaramos manter-vos numa tola ignorncia, mas tentaramosguardar-vos das tentaes da queda, cercando-vos com uma esfera vibratria pura. E, enquanto isso, nos esforaramos paracumprir essa grande tarefa: esvaziar o eu para que a rosa imutvelpudesse desabrocar.Agora que um dia de manifestao se aproxima do fm e queum grande esforo est sendo feito para que o maior nmeropossvel de entidades participe do terceiro campo magntico, ,oAGwosis Cuiwvs.natural que nos voltemos para o incio desse dia de manifestaoemque a Fraternidade, malhava o ferro enquanto ele ainda estavaquente, esforou-se, nas circunstncias da poca, por salvar omaior nmero possvel de homens, e o fez com grande sucesso!Uma multido foi ajudada no caminho da libertao nos templosdos mistrios da Fraternidade de Shamballa.O terceiro captulo do Tao Te King contm instrues destinadas aos reis, aos sacerdotes e aos governantes que viveram naaurora da manifestao Ariana:No te deixes impressionar por honrarias, assim o povo noargumentara.Glria e honrarias so aguilhes dialticos que levam ao, etudo comea assim. Geralmente fcil especular sobre a ambio de outrem. E vemos at que ponto nossa assim camadacivilizao caiu devido atribuio de ttulos honorfcos emrecompensa por resultados atingidos por ambio. E quanta lutaentre os ambiciosos que tm a mesma cobia! A ambio a basesobre a qual esto assentados os mtodos econmicos, quem geraguerras. Por isso fca evidente que os guias originais da humanidade no atribuam nenhum brilho sua eventual dignidade, aseu estado. Dessa forma, eles cuidavam para que no surgisse inveja. A dignidade, a verdadeira dignidade, exclusivamente deordem espiritual, e o caminho que leva at ela est franqueado atodos.Nenhuma importncia era dada aos bens de difcil aquisio.Pensai aqui no metal nobre. Sabemos que, dentre os povos antigos, a sede pelo ouro era inexistente simplesmente porque nose podia adquirir nada com ouro o metal solar. Nenhum sistema econmico era baseado na raridade de um produto, o queexclua o roubo, desconhecido naqueles tempos. Nenhum membro da Fraternidade tinha desejos terrenos, portanto nenhum,-, Nio :v uvixvs ixvvvssiow.v vov uowv.vi.sflho dos homens era perturbado por maus exemplos. Graas aessas regras, os sbios mantinham os coraes livres de desejos;eles cuidavam para que houvesse uma partilha absolutamentelgica da produo necessria para a alimentao do corpo. Elesfcavam atentos s tendncias de cada um. Quaisquer eventuaisinfluncias de foras imateriais eram neutralizadas e zelava-sepela sade de todos.Os povos no conheciam nem a pobreza nem as doenas, ecuidava-se para que, nos templos, emanasse uma boa atmosferado campo de fora. Por conseguinte, o povo era mantido naignorncia de uma possvel degradao, e os desejos funestos tambm eram aniquilados. O inimigo fcava sem fora. Dessa forma,durante milhares de anos foi mantida uma vida dialtica ideal.Torna-se evidente que, naqueles tempos, as poucas entidadestomadas pelo esprito de degradao no podiam, de modo algum, agir em semelhante campo de fora. Toda a Fraternidadede Shamballa observava diariamente a prtica do no fazer, comsuas consequncias abenoadas.So tempos passados. Depois da grande colheita, na aurora dapoca Ariana, as coisas seguiram seu curso habitual at nossosdias. A Fraternidade adaptou-se a cada situao e prosseguiu emsua obra de salvao at este momento.Devemos sentir-nos extremamente gratos pelo fato de que omtodo do no fazer, caso aplicado, ainda no tenha perdido suafora, pois possvel observar as regras sociais deste captulo naEscola Espiritual da Rosacruz urea. Se os obreiros se comportarem segundo essas indicaes, conduziremos os alunos at oobjetivo com o mnimo de perturbaes possvel. preciso enfatizar que esse antigo evangelho, essa sntese daDoutrina Universal, em todos os sculos como at hoje, nuncadeixou de ser o manual prtico do santo trabalho! Por essa razo damos particular nfase aos ltimos versculos deste terceirocaptulo:,aAGwosis Cuiwvs.Ele permanentemente cuida que o povo no tenha nemsa/er nem desecs.No obtendo total xito, ele cuida que os que talvez saibamnc cusem ag:r.Ele pratica o wu wei, e, assim, no haver nada que ele nogc:erne /em.Na prtica, essas regras equivalem a dizer que os verdadeirosalunos da Escola Espiritual so reunidos e alimentados por umcampo de fora que preence bem sua funo. Ele zela pelo discipulado de seus alunos em todos os aspectos. E os protetores docampo de fora no permitem, portanto, que influncias estranhas nele penetrem, opondo-se ao verdadeiro trabalho. Todos osque, de seu ntimo, ousam atacar o campo de fora, o que ocorrefrequentemente, dele so afastados sem perdo. E os guardiesdo campo de fora zelam para que os que ainda se encontramno campo de fora e gostariam de agir no ousem nem possamfaz-lo.Poder-se-ia perguntar: Nunca se considerou algo como sendoagitao, ou tentativa de agitao, e que na realidade no o era,ou que talvez fosse algo justamente feito no interesse do campode fora? Os guias e os guardies do campo de fora no estariamassumindo uma posio autoritria?Eis a resposta: Se os protetores do campo de fora se mantmno wu wei, no total no fazer, em servio impessoal e fraternal,no existe motivo algumpara que no possamgovernar bem. Noocorre nenhumdesenvolvimento dialtico, surgindo unicamenteum desenvolvimento neo-esotrico positivo.De que modo podemos verifcar isso? Atravs dos fatos e dosresultados. Observai os fatos e sabereis.,oO Tac vaz:c, e suas rad:aes e at:::dades sc :nesgcta:e:s.Oh! Quo profundo ele . Ele o Pai original de todas as coisas. Eleabranda sua acuidade, simplifca sua complexidade, modera seu/r://c cuscante e tcrna-se seme//ante a matr:a.O/! Quc ca/mc e/e . E/e cr tcda a etern:dade.Igncrc de quem e/e cssa ser F://c. E/e era antes dc suremc Deus.Tac Te K:ng, ca/tu/c ,,:OTo i vzioTudo o que est contido no quarto captulo, bem como em todoo conjunto do Tao Te King, destina-se no ao homem das massas,mas aos verdadeiros alunos que esto no caminho. No se tratade um mero relato referente a determinado sistema flosfco,porm de diretrizes e de leis que devem ser seguidas na senda. Eleno fornece apenas um pequeno nmero de prescries, pormo conjunto das orientaes que se devem conhecer para evitarenganos. Trata-se da verdadeira lei real.Todavia, seu contedo no se dirige unicamente a entidadesmuito avanadas, o que difcultaria a compreenso dos iniciantes.Ao contrrio, este evangelho tem exatamente tudo a dizer aosiniciantes srios. No exatamente esse incio difcil que nosapresenta armadilhas? Um nico erro pode esgotar-nos, deixar-nos doentes e tirar-nos as energias a tal ponto que, por muitotempo, poderemos permanecer no ponto morto. Portanto, todosos principiantes devem ler o Tao Te King, rel-lo, estud-lo e,por assim dizer, soletrar cada palavra. Quando compreenderdesa palavra do Tao Te King, ela vos ser de auxlio nas situaesdifceis.Tomai to-somente as primeiras palavras do quarto captulo:O Tao azio. Para a compreenso comum, para os sentidos comuns, ou seja, o tato, o paladar, o olfato e a audio, o Tao vazio,.AGwosis Cuiwvs.e imperceptvel. No se pode conceber o Tao pelo pensamento,e qualquer ideia sobre o assunto apenas parcial e inexata. impossvel atrair ou dirigir o Tao atravs do poder magntico davontade; segundo a realidade dialtica, o Tao totalmente vazio.Esta a razo pela qual o mtodo do no fazer vos aconselhado,no apenas como um modo de agir, porm como a base absolutapara o verdadeiro trabalho de salvao. O eu no tem condiode empreender o que quer que seja de essencialmente libertador.Para isso, os poderes intelectuais ou msticos no tm o menorvalor. Para o homem, o Tao vazio.A vacuidade do Tao com relao ao poder dialtico, ao eu eao estado atual do microcosmo tem como consequncia lgicaque seu campo vibratrio que o campo astral sereno da Fraternidade ultrapassa de longe em sutileza, frequncia e podero campo de vida desta natureza. O Tao se transmite num campoastral magntico diferente do campo de vida comum.No est certo, direis, pois dissestes que o Tao se torna semelhante matria. Todavia deveis compreender essas palavrasda seguinte forma: O Tao tem um amor infnito pelo homemdecado. Mas sois vs realmente um homem decado? De modoalgum. Pertenceis a esta natureza. Sois desta natureza. perfeitamente possvel descobrir e determinar vosso comeo e vossofm. Sois uma pura manifestao da natureza, umser-alma mortal.Por que razo, ento, no vos sentis em casa aqui embaixo? Porque razo vos sentis solitrios e abandonados? devido reaodo Outro em vs. a atividade do tomo original, da rosa e de tudo o que ela encerra. para esse Outro que se dirige oTao, que se manifesta o Tao. No entanto, para vs o Tao vazio.Que devo fazer, ento? Por que eu me esforaria por tudoisso?Pois bem, porque esse Outro, a quem o Tao se destina, estaprisionado em vs, e s podereis libert-lo permitindo que eledesperte em vs, atravs da autorrendio e de vossa dissoluo.,, OT.o v v.zioEsse trabalho deve ser feito na prtica do wu wei, do no fazer. a autorrendio ao tomo original no microcosmo. No umdrama, como j o dissemos, no se trata de uma espcie de autodestruio, porm, nessa autorrendio o eu dialtico se perdeno Outro, algo do antigo eu substitudo pelo novo eu, cujobrilho visvel. Por isso Paulo dizia, jubilante: No eu, mas oCristo em mim. Enquanto o eu da natureza comum no se entrega ao Outro, enquanto ainda no se conhece o wu wei, oTao permanece vazio.Como do vosso conhecimento, no existem duas pessoasperfeitamente iguais. Embora tenhamos todos seguido o mesmocaminho descendente, esse caminho toma as cores das experincias e dos acontecimentos pessoais que tiveram uma grandeinfluncia sobre o estado do tomo original no decorrer de inmeras encarnaes do microcosmo, na qualidade do boto de rosa eno seu aprisionamento. A princpio, portanto, todos os homensso muito diferentes perante o grande trabalho a ser executado.Quando eles penetram no vale da morte da autorrendio, encontram-se todos em absoluta solido. E evidente que, nessemomento, nenhum amigo terreno pode ajud-los.Todavia, isto no deve inquietar-vos, mas atentai para o quediz o Tao Te King. Assim que o peregrino entra em seu prpriovale da morte, descobre que as radiaes e as atividades do Taoso inesgotveis. O candidato descobre que ajudado, que o Taocuida dele, mesmo em seu estado! Quo maravilhosa essa verdade! Mais maravilhoso ainda experiment-la. As radiaes eas atividades do Tao so inesgotveis.Sabeis que vossa personalidade se encontra no centro de umcampo magntico. Falamos do campo magntico do microcosmo.Por seu intermdio, a alma mortal est ligada ao microcosmoe tambm ao macrocosmo da natureza da morte. As radiaeseletromagnticas da natureza da morte gravaram uma rede depontos magnticos nesse campo, uma rede elaborada de tal forma,,AGwosis Cuiwvs.que dirige inteiramente o estado de vida dos seres humanos. Ora,em princpio, cientifcamente no impossvel para as radiaeseletromagnticas de ordem superior, de vibrao superior, a semanifestarem. A Gnosis pode, portanto, nela manifestar-se e impregn-la com sua influncia, com todas as consequncias dadecorrentes. Todavia, esse desenvolvimento ocorre graas autorrendio, pelo processo da rosa. O candidato experimenta,ento, a bno de uma nova ligao astral magntica.Observai que a palavra candidato (do latimcandidus, brancopuro) signifca vestido de branco. Sois alunos da Escola Espiritual, porm porventura sois tambm candidatos, quer dizer, revestidos da branca pureza de vossos motivos, em total e autnticaautoentrega?O Tao s vem a vs nessa pureza, e unicamente nessa purezaque a fora do corpo-vivo da Escola Espiritual se torna partevossa.,oA onimanifestao no humanitria, e todas as coisas so para elaccmc ces de a//a.O sbio no humanitrio e considera o povo como ces de palha.O Universo semelhante a um fole. Ele azio e jamais se esgota.Quantc ma:s se mc::menta, ma:s e/e man:esta.O excesso de palavras leva ao esgotamento. melhor manter oautcccntrc/e.Tac Te K:ng, ca/tu/c ,,-,Aoxixxiiis1\o x\o i iuxxi1i provvel que j tenhais tomado conhecimento de alguma verdade de maneira mais terica do que prtica, at o momento emque, por detrs dessa verdade, a realidade surgiu e a luz se fez.O mesmo acontece com o aluno que, ao colocar em prtica owu wei e descobrir que o Tao inesgotvel, sente a existncia deuma atividade gnstica que se adapta especialmente a seu estadode ser. D-se o mesmo com o homem que descobre que no nenhuma exceo nem especialmente abenoado, porm que asinesgotveis radiaes de amor do Tao criaram uma ponte paraa libertao de todos, mediante uma ligao magntica gnsticano plano astral. Ento, as palavras de Lao Ts tornam-se claraspara ele:Oh! Quo profundo ele . Ele o Pai original de todas ascc:sas.Ento, tm incio para esse homem as inmeras experincias doprocesso de salvao. Aqui estais com vosso microcosmo decado.Mas, quem sois vs comparados incomensurvel glria do Tao?No obstante, essa imensido cuida de vs! Ela vos descobriu eela vos toca.,aAGwosis Cuiwvs.Ele abranda sua acuidade, simplifca sua complexidade, modera seu /r://c cuscante e tcrna-se seme//ante a matr:a.Ele se torna semelhante a vs, a todos, em vossa condio particular, desde que vos mantenhais em autorrendio. Que graamaravilhosa, que tomada de conscincia e que base concreta pura!De outro modo, como podereis ser ajudados?Nenhum aluno forado. A Gnosis se adapta a cada situao.Ela acompanha vosso ritmo; ela est perto de vs a cada milhaque caminhais, contanto que vos entregueis a ela totalmente,contanto que sejais um candidato. O Tao sempre se torna perfeitamente semelhante a vosso estado na matria; ele abrandasua acuidade, simplifca sua complexidade e modera seu brilhoofuscante. Nada pode acontecer-vos.Suponde agora que abandonsseis vosso trabalho de libertao.O Tao imediatamente voltaria a ser vazio para vs, porm ele vosaguardaria com incomensurvel amor, durante milnios. Por isso dito: Oh! Quo calmo o Tao, a calma primordial, a quietudeinaltervel.Existe certa agitao na Escola Espiritual moderna, e dizemosque o tempo cegou devido situao, bem compreensvel, nofm de um dia de manifestao. Antes que a noite caia, a Fraternidade gostaria de poder salvar-vos. Todavia, nada disso perturbaa calma e a serenidade do Tao, porque o Tao eterno. Ele vosaguarda h uma eternidade. Ele vos aguardar por toda a eternidade. Jamais existir um tempo em que o Tao no esteja presente.Ele no tem idade. Ele existia antes do primeiro Deus. Inmerosirmos e irms, sublimes e gloriosos em sua majestade, esto indizivelmente longe de ns, porque por detrs de todos eles est oTao; acima dos maiores dentre eles reina o Tao.E o Tao quer, por vs, tornar-se semelhante matria;eleabranda sua acuidade, simplifca sua complexidade, modera seu/r://c cuscante, desde que desejeis tornar-vos um candidato.,, Aowix.wivvs:.io wio v uUx.wi:.vi.Colocamo-vos agora perante o quinto captulo do Tac Te K:ng:A onimanifestao no humanitria, e todas as coisas soara e/a ccmc ces de a//a.O sbio no humanitrio e considera o povo como cesde a//a.O Universo semelhante a um fole. Ele azio e jamais seesgota. Quanto mais ele se movimenta, mais ele manifesta.Oexcesso de palavras leva ao esgotamento. melhor manterc autcccntrc/e.As palavras A onimanifestao no humanitria podero, talvez,parecer-vos um aforismo desconcertante. Se essas palavras contm a verdade, para vs toda uma maneira de ver o mundo e avida deve desabar.Comefeito, tal a intenoda antiqussima revelaouniversalque denominamos o Tao Te King. Se compreendeis o que LaoTs quer transmitir-vos, tudo se desintegra. Aimagem do mundo,que a humanidade fez para si mesma como uma projeo de slides,se despedaa. Uma imagem transmitida de gerao em geraodesde o surgimento do homem.Sabeis o que amar; conheceis o amor em uma ou outra formade radiao. Colocando-se de lado os aspectos e manifestaesinferiores, sabeis o que signifca o amor por vosso cnjuge, vossoflho, por vossa famlia, eventualmente por um grupo de pessoas,umpovo ouuma raa. Tendes amigos pelos quais nutris sentimentos de amor. Eh emvs, emmaior ou menor medida, certo sensode humanidade. Mediante esse senso de humanidade tendes econheceis vosso amor ao prximo, vossa diligncia pelos necessitados, vossa atividade para elevar a humanidade a um planoooAGwosis Cuiwvs.superior, vossa aspirao nesta Escola e tantas outras orientaessemelhantes.Sabeis de tudo isso. Sabeis que se trata de aes e expressesde amor do corao humano, com todas as consequncias decorrentes, sem as quais a humanidade no poderia viver. A nicacoisa que ainda d um pouco de valor vida, qual um claro, oamor humano, no importa qual a sua natureza. Se o homemnoconhecesse o amor, se ele no tivesse amor, sua vida se tornariainimaginvel, impossvel e inaceitvel. Quanto mais civilizado ohomem, mais belo seu amor, bem como seu comportamento noamor. No existe um nico mortal sobre a terra que no conheao amor, de um modo ou de outro, ou pelo menos um sentimentode amor. A literatura mundial d provas disso. Resumindo, oamor que move o mundo.Reflitamos, porm. Quandodizemos que oamor move omundo, na verdade, queremos tambm dizer que o amor mantma manifestao dialtica, a natureza da morte. No existe algoassustador nisso? No diablico? Oamor que parte integrantede vosso ser mantma natureza da morte! No diz a Bblia: Deus amor? Sem dvida, admitis que vosso amor limitado, egocntrico e maculado, no obstante ser um remanescente caricaturaldo original, do divino, e que mudar assim que sigais o caminho.No, diz o Tao: a onimanifestao no humanitria. Ela noconhece o amor. E vs vos entreolhais desalentados, dizendo:Onde est o erro? H sculos que essa pergunta vem sendofeita. Por isso, ns tambm a fazemos: Oque h de errado? Serque nosso amor deveria ser assexuado ou algo parecido; deveriaele ser mais geral, mais refnado?No, diz o Tao: a onimanifestao no humanitria de formaalguma. E eis que toda a vossa viso do mundo e da vida desaba evos sentis sem apoio!Que se espera de vs? Nada! Considerandoa realidade de vossoser, s vos resta seguir vosso destino, com todas as sequelas daso:, Aowix.wivvs:.io wio v uUx.wi:.vi.aes e reaes psicolgicas. Se, de alguma forma, bloquesseis asatividades psicolgicas de vosso ser, vos encontrareis logo numasituao insuportvel. Quanto mais vosso comportamento fornormal em vossa condio de entidade da natureza, vivendo nanatureza, tanto melhor. Isso, todavia, no impede o Tao de nopossuir amor humano!Portanto, a nica conclusoa que se pode cegar que, quandoa Bblia fala de amor e diz: Deus amor, trata-se de algo totalmente diferente da ideia que temos do amor. O amor de Deusno supra-universal, ou assexuado, ou qualquer outra coisa dognero. Ele e almeja algo totalmente diferente! Tentaremosdemonstr-lo.No segundo captulo do Tao Te King dito que o belo gera o feio.Demonstramo-lo em detalhes. O feio a prova de que o belo mera aparncia e iluso, no sendo uma realidade presente nestanatureza. Tambm, da mesma forma, pode-se dizer: o amor gerao dio. E a existncia do dio a prova de que o verdadeiro amor um grande desconhecido para o homem, que o amor no podeser encontrado neste mundo e que, na verdade, ele no passa deiluso.A Bblia diz que o amor triunfa sobre tudo; o amor liberta; oamor a maior fora do mundo. E inmeros romances tm portema: Antes de tudo, o amor! Porque, bem, se de fato o amorlibertasse e triunfasse, o homem e o mundo estariam libertos hons! Ora, quem ousaria afrmar que o amor que conhecemosno passa de engano e mentira? H inmeras pessoas, inmerosgrupos de nvel muito elevado, que colocam em prtica a frmula:Antes de tudo, o amor!, e alguns deles fazem disso o lema desuas vidas. Ora, essas manifestaes de amor tiveram, atravs dossculos, e ainda tm, tamanha amplitude, foram to cultivadas eorganizadas, que a vibraoe as foras delas liberadas deveriam, hmuito tempo, ter transformado este mundo num paraso celeste!o.AGwosis Cuiwvs.Porm, no o caso! O belo gera o feio, o bem gera o mal e oamor gera o dio. O amor um braseiro, o dio, um incndio. Oamor terreno mero instinto de conservao, pessoal ou impessoal. o eu que almeja a divinizao, da ele desperta o oposto; oardor fomenta o incndio.Muitas pessoas, repletas de amor, renem-se em templos e centros para meditar e para irradiar foras com a fnalidade de elevara humanidade, preserv-la do mal e evitar guerras. No entanto,esses templos e esses centros, so, por excelncia, focos de guerrasque semeiame irradiamodio. muitoagradvel quandoalgumcega at vs repleto de amor. Por outro lado, fcais precavidosquando algum se aproxima de vs com dio. A vida natural sedesenvolve entre esses dois polos. Amor e dio so duas forasque se mantm mutuamente. Podeis afrmar: No tenho dio,desconheo o dio. Retrucaremos: Claro que conheceis o dio!No podeis escapar disso! Como acontece com o amor humano,a escala vibratria do dio comporta diversos graus de expresso.Tendes vossas simpatias e vossas antipatias. A antipatia umaaverso natural, uma forma de dio. Ela o oposto da simpatia,portanto o oposto do amor natural. Diariamente podeis verifcarque estais de mau humor, que sentis rancor por algum, porqueestais indignados ou sois a vtima de uma suposta injustia. Emnossos centros de conferncias, algumas centenas de pessoas, ligadas pelo esprito, renem-se algumas vezes. Todavia, algumasno se olham, so indiferentes, esto melindradas: o oposto doamor.Examinai vosso comportamento como um todo, e reconhecereis estardes familiarizados com tudo o que humano. O dio a essncia do dio pode manifestar-se por suas labaredas muitointensas, mas tambm pelo ardor lento de seu fogo. Na natureza,podeis apagar as camas de um incndio, porm, no o fogo encoberto do dio. O amor necessrio na natureza, porm o dio seu irmo gmeo. E quanto a isso, nada podeis fazer! Quemo,, Aowix.wivvs:.io wio v uUx.wi:.vi.cultiva o amor, cultiva o dio. uma lei. Na natureza da morte,o dio uma defesa to essencial, to egocntrica quanto o amor.Amor e dio so os dois pratos de uma balana em contnua oscilao. Em certo momento, sois a prpria imagem da amabilidade;no momento seguinte, o prato da balana oscila para o outro lado.Notai-o: essa mudana incessante realmente assustadora. O serhumano um pobre diabo, corrodo pelo amor e pelo dio, osdois poderosos fogos do inferno no qual ele foi jogado. Seu amore seu dio so despertados sob uma forma ou outra, cada qual porsua vez, e assim ele mesmo acende o fogo de seu prprio inferno.Compreendeis agora por que o Tao est fora disso tudo, por queele se mantm distncia?Assim como impossvel imaginar a Gnosis semeando dio,tampouco possvel, segundo o esquema indicado, pensar numaGnosis amorosa. AGnosis no vos ama segundo vossa concepodialtica das coisas. A onimanifestao no humanitria e considera as atitudes amorosas ces de palha, que na China antigaserviam de oferenda. Por conseguinte, o sbio, ao elevar-se naonimanifestao, no tem amor humano e considera os homensces de palha, animais.O que a Bblia quer dizer quando afrma: Deus amor? Poisbem, algo totalmente diferente. Para poder compreend-lo umpouco, devereis renunciar imagemque tendes do amor emvossavida e no mundo. preciso destruir essa imagem como tantasoutras que povoam vosso panteo.A manifestao divina animada por um ritmo universal queest presente at mesmo no menor tomo. Esse estado de ser noconhece nenhum estado oposto, no projeta nenhuma sombraameaadora e gera a si mesmo imutavelmente. A o bem no ocontrrio do mal, nem a beleza o oposto da feira, nem o amor ooposto do dio, nem a iluso o oposto da realidade. O amor no um atributo da Gnosis; o amor no emana da Gnosis: a Gnosiso,AGwosis Cuiwvs. amor. Em outras palavras, o amor de Deus no tem preferncias,no luta, no se particulariza. Ele em si mesmo. uma ordemdo mundo; o prprio mundo! Por isso podemos comparar suafora incomensurvel de um fole. Quando ativamos de formaritmada um fole, ele gera uma grande fora. Da mesma forma, oritmo da manifestao universal gera uma grande fora, e tudo oque se lhe ope no pode subsistir.Se compreendestes claramente tudo isso, compreendereis melhor do que nunca quo sem esperana e sem perspectiva anatureza da morte. E desperdiareis o mnimo de palavras possvel para o que to sem esperana. J no argumentareis com osque no compreendemisso; deixareis o mundo tal como ele . Emtotal autocontrole e praticando a verdadeira religio, dirigir-vos-eis unicamente para quem est em condio de receber o ritmouniversal, para o que se assemelha a ele: o tomo maravilhoso, arosa do corao, o Reino que no deste mundo.ooO es/r:tc dc va/e nc mcrre; e/e damadc a Me m/st:ca. crta da Me m/st:ca a cnte da rea/:dade.Essa manifestao perdura eternamente e parece ter uma existncia:n:nterruta.Segui essa corrente de ida e no tereis necessidade alguma de osmc::mentar.Tac Te K:ng, ca/tu/c oo-oOisii1o io vii x\o xoiO esprito do vale o smbolo do santurio do corao, o centro do microcosmo. a Me mstica, o boto de rosa, o tomooriginal. Esse smbolo no deve surpreender-nos ou parecer-noscomplicado, pois ele frequentemente mencionado na Bblia. Encontramo-lo, por exemplo, em Ezequiel, cap. : E levantei-me, esa ao vale; e eis que a glria do Senhor estava ali, como a glriaque vi junto ao rio Quebar. Quebar signifca aorta; o sentidodesta palavra fca, portanto, muito claro para ns. Se o buscardes,percebereis que comfrequncia encontrareis essa mesma imagem.Em outra passagem do livro de Ezequiel (:), fala-se de um valeceio de ossos. Descendo atravs desse vale, o profeta v que averdadeira vida est totalmente morta ali e como ela pode serrestaurada pela fora divina.Oesprito do vale nunca morre. Todos os portadores do botode rosa, do tomo original, carregam consigo a imortalidade. Oesprito do vale um Esprito Stuplo, como tambm stuplo otomo original.A Doutrina Universal nos explica que o corao o rgomais importante do corpo. Pode-se dizer que o corao o reido corpo. Com alguns cuidados, o corao tem a possibilidadeoaAGwosis Cuiwvs.de viver ainda algum tempo aps a morte da personalidade, e opontodocoraoque morre por ltimo a sede da vida. Devemosconsiderar essa morte como a retirada de algo imortal. A sede davida o esprito do vale.Esse tomo original, esse boto de rosa, essa sede da verdadeiravida, contmo poder do pensamento, a vida, a energia e a vontade;ele irradia cores irisadas, opalescentes, gneas. Geralmente, isso do conhecimento dos iniciados, e claro que se pode observarno homem, atravs da irradiao da rosa, pela intensidade dobrilho opalino e pelo poder luminoso, se o boto de rosa estefetivamente aberto.Neste caso, Deus, o esprito do vale, fala com ele. Falar comDeus no vale implica uma ligao com o campo magntico gnstico, uma ligao com o novo campo de vida. E as radiaesopalescentes, gneas e irisadas que abrasam o microcosmo inteirotraduzem a existncia e a fora da Gnosis no homem. Deusfalando para o homem dialtico e no homem dialtico. E essapalavra, essas radiaes, explicama total mudana transfgurstica.Toda cura provm do trabalho que se efetua na sede da verdadeira vida, tornando-se, pois, evidente a razo pela qual se fala daMe mstica no Tao Te King. Assim como a me gera a criana,o novo homem surge da sede da vida. A porta da Me mstica ,portanto, a fonte da realidade.O novo pensar, a nova vida, a nova energia vital e a nova vontade devem, pois, nascer nocorao. Qualquer vida supostamentenova que fosse gerada pelo santurio da cabea no poderia sernem renovadora nem libertadora. Compreendei que tudo o quepensais, desejais, formulais e concebeis da maneira habitual, eventualmente com a melhor das intenes, decorre da fonte comumdo eu. No corao, descobrimos o nico Deus que se manifestaa ns, segundo as palavras de Jesus, o Senhor: O reino de Deusest dentro de vs. O corao deve, pois, vencer a cabea, comoa Escola nos ensina continuamente.oc Ovsvvi:o uo v.iv wio xovvvSe quiserdes encontrar a senda de outro modo, pelo caminhooposto, seguireis a via do ocultismo, portanto vos prendereis roda* do nascimento e da morte. por isso que a conscincia danatureza comum deve entregar-se ao Deus manifestado em ns, Me mstica.Jesus diz: Estou porta e bato. Ora, encontramos essa portaexclusivamente no vale da vida, no santurio do corao. Quemno quer abrir essa porta liga-se natureza, e Deus no podefalar-lhe no vale.Oaluno que adentra por essa nica porta, a porta da Me mstica,descobre no apenas que a fonte da realidade se encontra atrsdessa porta, como tambm que a manifestao que a comeadurar eternamente. E evidentemente ele tira disso conclusesirrefutveis.Algumas pessoas do ao conceito eternidade o signifcadode durao sem fm; portanto de um estado do tempo. Todavia,quemtranspe a porta da Me mstica liberta-se do espao-tempo,portanto ele entra num campo de radiaes eletromagnticascompletamente diferente, num campo de vida totalmente outro. preciso que compreendais que tendes em vs o imortal espritodo ale, que no vos abandonar enquanto estiverdes errandopelo espao-tempo. Ele o Deus cativo, Prometeu acorrentado.Esse Deus em vs quer tornar-se a Me mstica. E agora o sabeis,a porta que leva at ela a fonte da realidade e a libertao eternado espao-tempo.O esprito do vale vos fala; ele contm em si a faculdade mental,a vida, a energia e a vontade. Perfeitamente organizado, ele vosfala do fundo de sua priso, como a esfnge ao jovem prncipeTutms: Olha para mim, meu flho, e v minhas correntes. Eledesperta em vs a angstia de vosso estado pecaminoso, de vossamiservel existncia.-oAGwosis Cuiwvs.A voz da conscincia emana do corao; a voz do esprito dovale. E agora s resta aqui uma nica solicitao, uma nica possibilidade e ela vos transmitida pelo Tao Te King: Segui essacorrente de ida e no tereis necessidade alguma de os movimentar.Compreendeis essas palavras, libertadoras por excelncia? Sedesejais compreend-las, segui conosco o itinerrio que leva aofundo do corao, o rei do corpo, e deixai vosso eu biolgico,vosso eu animal, render-se vida que est sediada no vale. Alicorre um rio de vida, uma torrente gnea opalescente, na qualesto contidas todas as cores, onde, porm, predomina um brilhoureo azulado. Lanai-vos nessa corrente em total autorrendio.Deixai que o ser divino, e no o eu animal, fale em vs e governeo microcosmo. Ento, j no tereis a menor necessidade de vosagitar.Considerai que, em vossa personalidade, existem dois rgosque dirigem a conscincia: um que conheceis, que vos faz dizereu, e outro muito mais poderoso, que no conheceis. paraesse segundo eu, a alma, o alter ego, que devereis agora transmitira direo. E podeis faz-lo. Se o fzerdes, no tereis necessidadede vos agitar. Todas essas tenses desgastantes, essa torrente desofrimentos e de misrias, deslizar sobre vs; vossos problemassero resolvidos de maneira totalmente diferente. Vs, o eu nascido da natureza, no tereis mais necessidade de vos agitar, poiso Outro estar ativo em vs.No devereis ver nisso uma incitao preguia ou displicncia; no tomeis isso em sentido negativo, porm no sentido daspalavras do Sermo da Montanha: Buscai primeiro o reino deDeus que est em vs e todas as coisas vos sero dadas poracrscimo. Vivereis e experimentareis a vida de uma maneiranova; estareis nc mundo, porm j no sereis dc mundo.Atravs da porta da Me mstica encontrareis uma nova realidade, nela penetrareis e pertencereis nova raa: ao povo deDeus.-.Omacrocosmoduraeternamente.Elepodedurareternamentecrque nc v::e ara s: mesmc.Eis por que o sbio se coloca detrs do Outro e forma, portanto, umaun:dade ccm c r:me:rc.E/e se des/:ga de seu ccrc e c mantm rea/mente segurc. cr :ssc que e/e nc ccn/ece c egc/smc.E rcmc:e cs rr:cs :nteresses e/a ausnc:a de egc/smc.Tac Te K:ng, ca/tu/c --,;Oxtotosxo iu i1ixxix1iO macrocosmo, a onimanifestao, dura eternamente. Cada fenmeno nele, provavelmente, submetido a mudanas e modifcaes, as quais, porm, jamais acarretam o retorno ao pontode partida. Nele nada recomea a partir do incio, como ocorreno mundo dialtico. A onimanifestao prossegue, evolui. Cadamudana representa um progresso, uma melhoria, signifca subir mais um degrau em direo a um Universo superior, a umUniverso mais vasto. S existe evoluo na eternidade.Visivelmente, vigora aqui uma lei desconhecida, uma lei divina absoluta, uma lei natural que nos desconhecida e que noconhece um giro circular, porm um caminho em espiral. Umalei natural estabelece uma ordem, determina um conjunto de aspectos e atividades. Quando analisamos essa ordem, conhecemoso conjunto de seus diferentes processos e a eles aderimos, essaordem ganha vida e torna-se ativa. Se penetramos nessa ordem eobedecemos sua lei, participamos dessa nova lei e abandonamoso sistema da antiga lei.Como podeis compreender, evidente que podemos passar deum estado de ser, determinado por uma lei natural e sua ordem,para outro estado, determinado por outra lei; e que, portanto, -,AGwosis Cuiwvs.possvel experimentar existencialmente, numa frao de segundo,a eternidade no tempo. passar do espao-tempo para a eternidade. Quando algum passa por essa experincia em sua vida, porexemplo, agora mesmo, isso evidentemente trar consequncias.A cada reino correspondem, com efeito, veculos e fenmenosparticulares. Os veculos do espao-tempo so diferentes dos veculos da eternidade. Ou seja: podemos imediatamente participardo novo reino, todavia, evidente que decorre uma necessidadede transfgurao, de um novo nascimento. S possvel havertransfgurao se pertencemos ao reino de uma nova natureza.O que acontece primeiro no a transfgurao seguida da participao na eternidade, porm a ligao com o novo reino seguida da grande mudana. Se tendes algumas noes cientfcas,compreendereis.Caso vos seja difcil conceber esse processo, abordaremos oponto seguinte, com estas perguntas: Por que esses dois reinos,o reino dialtico e o reino de Deus, diferem um do outro? Porque a lei de um o faz retornar sem cessar ao ponto de partida,fazendo-o, portanto, girar sem alvio, enquanto a lei do outro signifca progresso e ascenso, de fora em fora e de magnifcnciaem magnifcncia?Naturalmente podereis responder: Porque em nosso reinoestamos apartados da Gnosis. Todavia, ao dizer isso, estareisindicando a consequncia, e no a causa. Ora, a causa , acimade tudo, a orientao da conscincia. E a conscincia est orientada de maneira diferente nos dois reinos. Lao Ts mostra essadiferena dizendo que a eternidade nc v::e ara s: mesma.Direis: Eu sei disso; vivo para minha famlia, para meus ideais,sacrifco-me totalmente! Essa maneira de no viver para si muito bela e honrosa, porm no passa de uma imitao queo eu animal faz da orientao da conscincia de que Lao Tsfala. O eu animal uma conscincia egocntrica, um eu soude natureza muito particular, que, quando cultivado, capaz-,- Ox.cvocosxo uUv. v:vvw.xvw:vde imitar perfeitamente a beleza, a bondade e o amor. Porm,j sabeis que aqui o belo denota a existncia do feio, o bom, aexistncia do mau e o amor, a existncia do dio.Sob vrios aspectos, trata-se de uma situao muito estranha,pois o eu animal pode, de fato e em muitos casos, desejar serbom, tornar-se divino. Pode-se dizer que ele tem essa tendnciainata. Por que razo ele no consegue? Por que razo ele noconsegue transformar o espao-tempo em eternidade, mesmoque o ocultista pense que isso possvel?A resposta que o eu animal um homem orgnico, tem umorganismo. A personalidade um organismo, sois um veculohumano que se diferencia do homem divino. Que um homemorgnico? um ser mecnico dirigido por uma inteligncia superior, sendo que o prprio organismo possui certa intelignciamecnica. Ohomemorgnico, a personalidade comum, o veculohumano, utiliza fora e age como ser humano, eventualmentecomo ser divino, devido ao seu poder de imitao e sua origem.Ele gira em crculos, como um louco, sob o jugo da lei que o rege,e sempre retorna ao ponto de partida. Da mesma forma que omotor de um carro possui uma inteligncia que funciona mecanicamente e que, uma vez acionado, continua a funcionar e aexecutar sua tarefa, contanto que uma inteligncia superior odirija ao volante, tambm a personalidade com sua intelignciaanimal s til se o Deus nela, o centro da vida superior situadono corao, toma a direo. Caso isso no acontea, o homemorgnico, o veculo humano, fca entregue a si mesmo, com todasas consequncias decorrentes.O homem orgnico pode manter-se continuamente graas aoprocesso de conservao dialtico; todavia, se o verdadeiro condutor no tiver a direo em mos, tudo vai de mal a pior; o homemnatural sofre numerosas degenerescncias e segue um caminhode sofrimentos, num reino ao qual, todavia, pertence. O veculohumano no sequer uma sombra do que era no passado. O-oAGwosis Cuiwvs.homem natural pensa ser o homem verdadeiro e cr poder alcanar o estado de homem verdadeiro. Ele bate no peito, dizendo:sou isto, eu fao isto, eu quero isto. E, continuamente, ele fazexperincias e imitaes, naturalmente sem nenhum sucesso.Se vos dedicardes a estudar o que estamos tentando explicar-vos, encontrareis a confrmao disso na Bblia, na DoutrinaUniversal, nas lendas, nos contos, nos relatos etc. O veculo humano conhece uma gnese, um comeo e uma queda. De formapresunosa e obstinada, ele se apartou de seu Deus. O homem orgnico s conhece uma necessidade absoluta, que conservar-sea si mesmo. O instinto de conservao seu impulso biolgico.Ele vive de morte e de corrupo. A pobre criatura obrigadaa fazer isso em virtude de sua existncia. Ele deve viver para simesmo. Esse o seu destino; caso contrrio, ele naufraga. Elecorre perigo. Sua existncia no lhe oferece segurana; ele devemanter-se segundo sua natureza. Pensai aqui na maldio quecaiu sobre ele no Paraso.Existem povos e raas que fzeram das palavras Comer ou sercomido uma virtude. claro que se utilizam de todos os meiospara alcanar seus objetivos. Ora, se pensais e viveis assim, estaisno caminho errado.Apersonalidade, o veculo humano, foi criada, no incio, comoinstrumentopara fornecer a uma inteligncia condutora os meiosde obter experincias, aperfeioar o Universo e s