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13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

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13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel. Coletânea de 13 escritores catarinenses. Literatura contemporânea – 2008. 13 contos que abordam a cultura açoriana (Franklin Cascaes e “suas” bruxas). 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel. - PowerPoint PPT Presentation

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13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

• Coletânea de 13 escritoresColetânea de 13 escritores catarinenses.catarinenses.

• Literatura contemporânea – 2008.Literatura contemporânea – 2008.

• 13 contos que abordam a cultura açoriana 13 contos que abordam a cultura açoriana (Franklin Cascaes e “suas” bruxas).(Franklin Cascaes e “suas” bruxas).

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

• Coletânea em homenagem a nascimento (2008) ao etnólogo e desenhista.

• Houve bruxaria inclusive na publicação (2003-08).

• Número 13.

• Escritores: Salim Miguel, Flávio José Cardozo, Adolfo Boos Jr., Amilcar Neves, Eglê Malheiros, Fábio Brüggemann, Jair Francisco Hamms, Júlio de Queiroz, Maria de Lourdes Krieger, Olsen Jr., Péricles Prade, Raul Caldas Filho e Silveira de Souza.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

• Franklin Cascaes deu a Florianópolis o título de "Ilha da Magia“.

• O livro é como uma metáfora sobre “cascaes”, que significa amontoado de conchas, casqueiro, o sambaqui ancestral.

• Esse livro é não somente objeto de imaginação, mas, principalmente, objeto de memória.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O PRESÉPIOO PRESÉPIO, de Adolfo Boos Jr.

Tema central:Tema central:

• O conflito entre as tradições ilhoas e o seu apagamento sob o excesso de urbanidade no presépio de Cascaes que é estranhamente dessacralizado.

Narrativa:Narrativa:

• Lentamente chega um caminhão perto da figueira, que carrega um motorista idoso e três homens.

O PRESÉPIOO PRESÉPIO, de Adolfo Boos Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Eles descarregam, peça por peça,do presépio.• O jovem responsável pela montagem começa seu trabalho, mas os passantes o atrapalham.• Então, ele pede aos seguranças que tirem o povo dali.• O montador tinha uma foto do presépio no ano anterior e deveria segui-la, mas deu um toque pessoal, mudando a posição de um dos carneiros, estética... Estética!

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O PRESÉPIOO PRESÉPIO, de Adolfo Boos Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Quando chega a noite, o jovem decide mudar tudo de posição, acreditando que ficaria muito melhor, e assim o faz.• Na manhã seguinte, para seu espanto, todas as peças voltaram ao lugar correto.• O jovem insiste nas modificações.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIAUMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA, de Amilcar Neves

Narrativa:Narrativa:

• Foi numa sexta-feira, numa noite de profunda insônia solitária.

• O narrador, solteiro, diz que mora ocasionalmente na Ilha e que encontrou seu vizinho casado, que é Franklin Cascaes.

• Ambos estão nos distantes anos 60 ou setenta.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIAUMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA, de Amilcar Neves

Narrativa:Narrativa:

• A rua está deserta, um ou outro cachorro perdido vagam pelas ruas.

• Os vizinhos se encontram e caminham despreocupados até a Lagoinha do Jacaré do Rio Tavares, onde se acredita ser uma "maternidade tatarina",um "ninho de boitatás".

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA, de Amilcar Neves

Narrativa:

• A noite é perfeita e o Franque declama uma quadrinha: Ilha das velhas faceiras e, também, das moças prosas... As bruxas dos teus encantos são l lindas que nem as rosas...

UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA, de Amilcar Neves

Narrativa:

• O narrador confessa acreditar que as bruxas da Ilha

são absolutamente horríveis, e Mestre Francolino afirma: Quase isso, pois na verdade, apenas

metade desse pessoal todo é que insiste em atestar que as bruxas são do jeito que descreveres.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA, de Amilcar Neves

Narrativa:

• Apenas a metade diretamente interessada no assunto: as mulheres, as nossas mulheres, que temem a concorrência imbatível.

• Em seguida, eles avistam um grupo de mulheres, que abanam o rabo para o vizinho do narrador: Francolino, meu lobisomenzinho de estimação!

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA, de Amilcar Neves

Narrativa:

• Uma linda bruxa negra aproxima-se, dá um beijo em

Cascaes.

• Percebe o narrador que todos estão nus.

• Retornam para casa, pela Mauro Ramos.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA, de Amilcar Neves

Narrativa:

• Fala Franklin: A vida é assim mesmo, meu jovem amigo. Por diversos motivos não temos como compartilhar com os outros os nossos melhores momentos. Nem mesmo sendo um escritor de f ficção: primeiro porque ninguém vai acreditar em ti

e, se tiveres a intenção de falar a sério, corres um

risco considerável de ver a tua reputação arruinada sem remédio.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

UMA NOITE DE PROFUNDA INSÔNIA, de Amilcar Neves

Observações:

• Neste conto, o autor reconstrói um encontro com o próprio Franque, colocando em xeque variadas questões:

Bruxa existe ou não? Escritor terá "a intenção de falar sério"?Qual é a verdade? A ficção engloba personagens reais ou a realidade se

compõe de personagens ficcionais? Criador e criatura podem conviver?

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HISTÓRIA PRAIANA, de Eglê MalheirosHISTÓRIA PRAIANA, de Eglê Malheiros

Tema central:

• Bruxas assumem a condição de mulher autônoma no patriarcado das famílias, então, quem se rebela é bruxa?

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

HISTÓRIA PRAIANA, de Eglê MalheirosHISTÓRIA PRAIANA, de Eglê Malheiros

Narrativa:Narrativa:

• Partos foram doze, criou cinco.

• Docelina é mulher de pescador, casada há 20 anos.

• Já passou muita fome, está feia, pelancuda e seu marido é absolutamente controlador: não permite modernices, como, por exemplo, ir ao Posto de Saúde.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

HISTÓRIA PRAIANA, de Eglê MalheirosHISTÓRIA PRAIANA, de Eglê Malheiros

Narrativa:Narrativa:

• Além disso, ele é o guardião do título de eleitor desta mulher sofredora.

• Ele, o marido, chamado Armando, é dado a bebedeiras, bailões e bate na esposa.

• Mas, ultimamente, aos sábados, Docelina tem ido ao posto de saúde para umas palestras sobre a valorização da mulher e seu trabalho.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

HISTÓRIA PRAIANA, de Eglê MalheirosHISTÓRIA PRAIANA, de Eglê Malheiros

Narrativa:Narrativa:

• À noite, os homens comentam no bar que as bruxas estavam virando a cabeça das mulheres.

• Um deles diz: Bruxas é que elas são.

• Aquele professor da Escola de Artífices, que vivia escutando essas histórias, devia sair do túmulo para conhecer as verdadeiras, as dele não assustam mais ninguém. Tudo culpa das bruxas que vieram da cidade bagunçar as ideias de nossas mulheres.

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HISTÓRIA PRAIANA, de Eglê MalheirosHISTÓRIA PRAIANA, de Eglê Malheiros

Narrativa:Narrativa:

• A Docelina ontem me enfrentou, se eu for para o bailão e encher a cara ela vai embora; pior, vai querer abrir inventário da herança do pai e pedir sua parte no terreno.

• Armando afirma gritando: "Os da antiga tinham razão, bruxas, bruxas, existem e são de assustar.

HISTÓRIA PRAIANA, de Eglê MalheirosHISTÓRIA PRAIANA, de Eglê Malheiros

Observações: • Eglê Malheiros, retrata a história de Docelina e seus 12 filhos, reduzidos a cinco, ou a quatro e meio, consolando-se com seus "anjinhos, almas puras", sem deixar, porém, de refletir "por que só filho de pobre vira anjinho?"

• Enquanto as "modernices" a aliciam, seu marido Armando lança a contrapartida: nessas "modernices" estão as "bruxas" da pior espécie", como diria, se presente estivesse, aquele professor da Escola de Artífices!

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

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MINHA QUERIDAMINHA QUERIDA, de Fábio Brüggemann

Tema central:Tema central:

• Antiga embarcação como pretexto para a realidade paralela.

Narrativa:Narrativa:• O rapaz estava começando a se despedir de uma vida muito dura de garçom.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

MINHA QUERIDAMINHA QUERIDA, de Fábio Brüggemann

Narrativa:Narrativa:

• Agora, além de dar adeus ao "Minha Querida", não precisa adivinhar mais, pela cara, roupa e conversa do freguês, o quanto será a féria, extraída dos mal contados dez por cento, no fim da noite, às vezes começo da manhã.

• Não precisaria mais comprar terno de brechó, podia dar adeus às lojas de um e noventa e nove onde comprava a decoração de sua casa depois que os pais morreram no naufrágio do "Amália“.

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MINHA QUERIDAMINHA QUERIDA, de Fábio Brüggemann

Narrativa:Narrativa:

• Aliás, após a morte da esposa do armador, ele comprara um novo barco com o nome "Minha querida Amália", mas, pouco depois, casou-se novamente e mudou o nome para "Minha Querida".

• Contudo o que deixava nosso jovem mais feliz com sua nova vida era não passar mais em frente ao cemitério que ele jurava ter visto assombrações.

• Um dia, quando ainda trabalhava no restaurante, chegou para jantar o seu Francolino.

• O garçom pediu para o patrão apresentá-lo ao professor que ouviu a história do rapaz e achou graça, mas afirmou que iria até o cemitério para mostrar a farsa das almas penadas.

• Seu Francolino mostrou que "o barulho era de uma árvore que balançava quando havia vento e raspava os galhos no muro. E a imagem era a sombra da mesma árvore no mesmo muro branco, iluminada pela mesma luz de um poste."

• Depois da explicação, o professor foi embora e o rapaz foi com uma moça ao cemitério e visitaram uma lápide bem iluminada pela mesma luz que assombrava o muro e acharam a inscrição: “aqui jaz Amália Rodrigues da Silva (1921-1974)"

• O rapaz concluiu que era a dona Amália do Minha Querida, e no sábado seguinte comprou o bilhete 1921 e ficou rico.

• Mudou de vida, casou-se com a moça, e agora vai todos os sábados ao túmulo de dona Amália, que nasceu, para a sorte do rapaz, em 1921.

Observações:

• Examinada criticamente, a história do marido de Amália (no naufrágio do "Amália"), insinua-se a história do cemitério assombrado, quando o seu Francolino mais desfaz crendices do que recolhe causos.

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MINHA QUERIDAMINHA QUERIDA, de Fábio Brüggemann

Narrativa:Narrativa:

• Um dia, quando ainda trabalhava no restaurante, chegou para jantar o seu Francolino.

• O garçom pediu para o patrão apresentá-lo ao professor que ouviu a história do rapaz e achou graça, mas afirmou que iria até o cemitério para mostrar a farsa das almas penadas.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

MINHA QUERIDAMINHA QUERIDA, de Fábio Brüggemann

Narrativa:Narrativa:

• Seu Francolino mostrou que "o barulho era de uma árvore que balançava quando havia vento e raspava os galhos no muro. E a imagem era a sombra da mesma árvore no mesmo muro branco, iluminada pela mesma luz de um poste."

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

MINHA QUERIDAMINHA QUERIDA, de Fábio Brüggemann

Narrativa:Narrativa:

• Depois da explicação, o professor foi embora e o rapaz foi com uma moça ao cemitério e visitaram uma lápide bem iluminada pela mesma luz que assombrava o muro e acharam a inscrição: “aqui jaz Amália Rodrigues da Silva (1921-1974)"

• O rapaz concluiu que era a dona Amália do Minha Querida, e no sábado seguinte comprou o bilhete 1921 e ficou rico.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

MINHA QUERIDAMINHA QUERIDA, de Fábio Brüggemann

Narrativa:Narrativa:

• Mudou de vida, casou-se com a moça, e agora vai todos os sábados ao túmulo de dona Amália, que nasceu, para a sorte do rapaz, em 1921.

Observações:

• Examinada criticamente, a história do marido de Amália (no naufrágio do "Amália"), insinua-se a história do cemitério assombrado, quando o seu Francolino mais desfaz crendices do que recolhe causos.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Tema central:

A memória da coisa vivida (a ausência crônica da mulher, Elisabeth).

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DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Narrativa:

• “Amanhã não venho trabalhar",o professor disse ao auxiliar Peninha no final do expediente, amanhã... tu bem sabes."e as palavras pararam.

• No entanto, nem foi preciso dizê-las: Peninha botou a mão no ombro dele e bastou isso para mostrar que se lembrava muito bem de que amanhã, 30 de abril, era mais um aniversário da morte de Dona Beth.

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DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Narrativa:

• O professor dormiu pensando em passar aquele dia especial entre os desenhos, os escritos, as esculturas e os crochês, as músicas e as flores de sua amada falecida mulher que adorava tocar uma modinha de bandolim quando viva e moradores daquela mesma casa da Júlio Moura.

DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Narrativa:

• Mas o professor decidiu que seria melhor trabalhar no Museu, lá Beth seria mais viva.

• O dia foi normal e, após o expediente, o professor saiu sem pressa com seu TL verde.

• À noite, sua fiel empregada Ana pôs a mesa.

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13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Narrativa:

• Ele sentou no sofá e começou a pensar em bruxas: a Irinéia das Dores, a Virgilina e as três filhas, Demetra, Canda Mandioca, Nica Besuga, Sinhá Bidica e outras.

• Lá pelas onze e meia, ele ouviu sons, sim... era música... e de bandolim!

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DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Narrativa:

• Foi para fora de casa ver o que era e quem tocava o instrumento não era Beth.

• Seca como um longo graveto, murcha e feia que nem os sete pecados capitais, quem tocava o bandolim não era Beth, não, diabolicamente não, quem tocava não era outra senão a bruxa bandolinista da Orquestra Selenita Bruxólica, que certa noite, assim como o professor numa andança pela Ilha, apareceu para o pescador Geraldo Sem Medo, no Retiro da Lagoa.

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DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Narrativa: •A bruxa horrorosa gritava para que Franklin esquecesse sua Beth, que ela estava morta.

• O professor não sabia se invocava contra a megera segredos exorcísticos ou se deixava a bruxa ali mesmo.

• Optou pela segunda.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Narrativa: • Quando entrou em casa, apareceu-lhe sua amada esposa, tocando a Ave-Maria de Schubert em seu bandolim.

• Um vento, um bafo, pela Júlio Moura afora foi aquele desarvorado vôo de bruxa, sobre o qual o professor, discreto, nunca escreveu que um outro curioso por casos raros o fizesse.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

DOIS BANDOLINS, de Flávio José CardozoDOIS BANDOLINS, de Flávio José Cardozo

Observações:

• Em tom poético, sensual e transfigurador, o conto restitui-nos um dia de ausências, saudades, revivências de um Cascaes, de certa forma já desprendido do solo rude e entremostrando dimensões sublimadas, nos seus amores com Beth, amores que, se foram estéreis em relação a filhos, multiplicaram-se na afeição mútua, a ponto de, falecida ela, somente salvá-lo da solidão o "bendito Museu da Universidade",nesses "quatro anos sem Beth e sempre com ela",cena plenificada com a bruxa bandolinista sublimada e fundida na "soberana" Beth, bandolim silencioso na mão direita".

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hammsde Jair Francisco Hamms

Tema central:Tema central:

• A memória de uma infância, na Ilha antiga, encontra áreas de profundidade humana.

Narrativa:Narrativa:

• Sabe quem morreu? O Orlandinho, filho da dona Zenilda.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hammsde Jair Francisco Hamms

Narrativa:Narrativa:

• O seu Orlando saiu agorinha para comprar um caixãozinho junto com o professor Franklin Cascaes, que, assim que soube, correu para lá.

• O Orlandinho, por quem a mamãe lamentava, era albino.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hammsde Jair Francisco Hamms

Narrativa:Narrativa:

• Ele viveu seus poucos 11 anos sofrendo, ora contra a bronquite, ora com asma.

• Era filho do negro Orlando da Purificação e da dona Zenilda, linda negra.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hammsde Jair Francisco Hamms

Narrativa:Narrativa:

• O narrador, que confessa ter sido seu vizinho, conta das perseguições ao menino, inclusive quando o chamavam de "barata descascada“. Tanto que na escola Orlandinho não saía para o recreio para não ser mais humilhado ainda e ficava desenhando.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hamms

Narrativa:Narrativa:

• Certo dia apareceu a professora dona Florentina com um homem até então desconhecido, era o professor Franklin Cascaes, que viera conhecer o Orlandinho e seus desenhos.

• O professor ficou muito impressionado com a qualidade dos desenhos e prometeu matricular o menino na escola particular da professora Jurema Cavallazzi e no ano seguinte na Escola Industrial onde ele lecionava.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hamms

Narrativa:Narrativa:

• Pela primeira vez, o menino sorria e parecia feliz.

• A escola era longe e, quando o menino se cansava, seu pai o levava no cangote.

• Na hora do recreio, Orlandinho desenhava os colegas ou heróis dos quadrinhos e era um sucesso.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hamms

Narrativa:Narrativa:

• Mas esta felicidade só durou três meses, pois no dia 10 de julho, Orlandinho morria, vítima de insuficiência respiratória.

• O narrador descreve a sala e os que estão no velório, como o Tércio da Gama e o Adolfo Boss e a parteira dona Vicentina.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hamms

Narrativa:Narrativa:

• O narrador lembra que foi ali, há pouco mais de 11 anos, ali mesmo, num quartinho ao lado da sala, à luz de um lampião, fora a primeira pessoa a ver e a segurar aquele menininho branco, branco, branco, branco assim da cor da lua.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, BRANCO ASSIM DA COR DA LUA, de Jair Francisco Hamms

Observações:

• O escritor, em cena de bastante intimismo poético, concentrada na morte do menino Orlandinho, faz transitarem do real para a ficção: Franklin Cascaes, Tércio da Gama, Adolfo Boss, o próprio autor- narrador - todos "rapazes pequenos",moradores a Rua Bocaiúva, há décadas passadas.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O ABENÇOADOO ABENÇOADO, de Júlio de Queiroz

Tema central:Tema central:

• Conjuração de bruxas que amaldiçoam a moderna medicina.

Narrativa:Narrativa:

• Malina olhou ao longe e resmungou: “Há mil anos que venho recomendando a Pestina para aprender a chegar na hora combinada. Peste de bruxa que sempre se atrasa!”.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O ABENÇOADOO ABENÇOADO, de Júlio de Queiroz

Narrativa:Narrativa:

• Tal comentário foi feito com o gato preto empoleirado no seu ombro esquerdo.

• As bruxas começaram a se reunir, algumas contando as malvadezas que estavam aprontando.

• Ao total eram sete, como deveria de ser.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O ABENÇOADOO ABENÇOADO, de Júlio de Queiroz

Narrativa:Narrativa:

• Malina, convocando as bruxas, apresenta o motivo daquela reunião: “com essa história de progresso, de médicos aos montes e uma farmácia em cada canto e em cada farmácia mil remédios para tudo, nós estamos ficando mais que desmoralizadas.”

• As bruxas concordam e apresentam exemplos de jovens que não acreditam mais em benzeduras e que preferem buscar a solução médica.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O ABENÇOADOO ABENÇOADO, de Júlio de Queiroz

Narrativa:Narrativa:

• Fica decidido então que na próxima reunião trarão soluções para o problema.

• Uma lua depois, caindo um Vento Sul fortíssimo, as bruxas começaram a chegar.

• Malina não foi a primeira, mas também não foi a última.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O ABENÇOADOO ABENÇOADO, de Júlio de Queiroz

Narrativa:Narrativa:

• Como só faltava a Pestina, Malina deu a sessão por aberta e quis saber o que é que suas irmãs haviam elaborado.

• Pestina chega toda alvoroçada e diz que se atrasou porque viu em um lugarejo chamado São José um marido e uma mulher "querendo fazer aquelas coisas" e que lá haviam três fadas disfarçadas de rolinhas que abençoavam o fruto daquele amor, afirmando que nasceria um menino no dia 16 de outubro de 1908, o qual se chamaria Franklin.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O ABENÇOADOO ABENÇOADO, de Júlio de Queiroz

Narrativa:Narrativa:

• Esse menino estaria destinado a preservar a cultura daquele lugar, bem como as histórias de bruxas.

• Uma das bruxas apressou-se em dizer que era necessário matarem o menino, mas Malina, a bruxa chefe diz: “Não seja burra!.A gente não queria ser lembrada? Pois aí está o menino que vai cuidar para que a gente não morra na memória das pessoas.”

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O ABENÇOADOO ABENÇOADO, de Júlio de Queiroz

Narrativa:Narrativa:

• As outras bruxas concordaram e cada uma foi embora para seu destino.

Observações:Observações:

• Este conto coloca em foco um autêntico congresso bruxólico, com o objetivo de se tomarem resoluções eficazes para deter o crescente descrédito com que as bruxas vêm sendo tratadas, por causa do progresso.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

O ABENÇOADOO ABENÇOADO, de Júlio de Queiroz

Observações:Observações:

• Até que a bruxa Pestina relata cena ocorrida em São José, onde três fadas comentavam a concepção e o nascimento futuro de um menino que registrará todas as estórias, lendas, costumes, bruxas e bruxedos da região.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

AO ENTARDECERAO ENTARDECER, de Maria de Lourdes Krieger

Tema central:Tema central:

•Pesca de arrastão como retrato antropológico.

Narrativa:Narrativa:

• A chuva bate nas costas desnudas dos pescadores ao puxarem os cabos da rede do arrastão.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

AO ENTARDECERAO ENTARDECER, de Maria de Lourdes Krieger

Narrativa:Narrativa:

• Veranistas pedem por peixes, assim como Onofre, pescador já velho, mas que atua como olheiro em busca de cardumes.

• Onofre não gostava muito das mudanças que trazia o verão: turistas, os corpos desnudos, o alarido e os costumes estranhos...

• Além disso, seu amigo avisa que aquela destruição toda traria sérias consequências.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

AO ENTARDECERAO ENTARDECER, de Maria de Lourdes Krieger

Narrativa:Narrativa:

• Este amigo aparecia sempre com folhas de papel e lápis numa pasta de couro e foi com ele Onofre aprendeu a valorizar o chão em que vivia.

• O alvoroço da chegada das embarcações termina e Onofre agora volta a procurar cardumes, lembrando de seu amigo Franklin: “vejam os manguezais.”

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

AO ENTARDECERAO ENTARDECER, de Maria de Lourdes Krieger

Narrativa:Narrativa:

• Nesse momento, ele sorri, pois sabe que esse amigo deve estar contando histórias fantásticas para aquela a quem ele rendia homenagens: Nossa Senhora do Desterro.

13 CASCAES 13 CASCAES Orgs. Flávio José Cardozo e Salim Miguel

AO ENTARDECERAO ENTARDECER, de Maria de Lourdes Krieger

Observações:Observações:

• Este conto condensa uma cena ou instantâneo na vida praieira: a chegada dos pescadores com seu escasso produto, que é vendido para a divisão dos lucros, enquanto o "olheiro" Onofre lembra o amigo (não será preciso dar seu nome!) que tanto advertira sobre mudanças nefastas do progresso sobre essa ilha "embruxada pelo capitalismo e pelos gananciosos".

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Tema central: Tema central:

• A mulher é bruxa quando se emancipa.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• O narrador conta que tem o hábito de recortar matérias de jornal que possuam qualquer coisa de singular, inusitado, insólito, original, curioso, enfim, algo capaz de compor a natureza humana além da mesmice cotidiana.

• Em seguida, conta que leu uma manchete na véspera do Natal de 1978, em que uma adolescente desapareceu sem deixar vestígios.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Ela era uma estudante na Lagoa da Conceição.

• O pai, indignado, afirmava que a filha tinha sumido na mesma data que um estranho gringo fizera também o mesmo.

• A história não teria nada de especial, mas dez dias depois foi apresentado um diário, pela amiga da jovem que desaparecera.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Este diário chamou a atenção do narrador que foi até a casa da moça e pediu uma entrevista com a mãe.

• O narrador conseguiu ver a caderneta, mas não havia como pegá-la emprestada, então ele resolveu copiar as informações, cerca de dezessete anotações de página e meia cada, com apenas uma data: dia 4 de novembro.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Quando já havia terminado, chegou o pai da moça, aparentemente embriagado e jogou a caderneta no fogo, afirmando tratar-se de um ritual para libertar a filha do embruxamento ou, como dizia o professor Franklin Cascaes, do fado bruxólico.

• Descobre-se então que o nome do gringo era Raphael Constanzo Flores, alto, moreno, espadaúdo, gostava de fazer pães e era vizinho da moça.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Ela havia decidido ser professora e, com o tempo, aproximou-se naturalmente do jovem.

• A amizade transformou-se em paixão, até que acontece o inevitável e os dois fazem amor.

• No mês seguinte, a menstruação não veio e Raphael não se mostrou surpreso e acertou que os dois iriam para Curitiba.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• No dia 04 de novembro, ela recebeu uma folha de jornal com uma edição especial a respeito de Franklin Cascaes.

• Ela lê a notícia e vê o desenho de uma galinha choca.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• A reportagem apresentava informações sobre as bruxas da ilha: que elas tinham uma vida melhor se comparadas àquelas perseguidas pela Inquisição e que todas elas acreditavam que podiam voar, que possuíam poder sobrenaturais, poderes de curar, de matar e de mudar as condições climáticas, além de terem relações sexuais com os demônios íncubos (por cima) e súcubos (por baixo).

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Os demônios se transformavam ora em homem (íncubo), ora em mulher (súcubo).

• Para a transformação, o demônio deveria roubar o esperma humano, o que conseguia durante o sono, através da masturbação.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• As bruxas reclamavam que este esperma era muito frio, que eles tinham um membro muito ereto, mas sem sabor, porque era frio.

• A mesma reportagem ainda fala sobre uma galinha que perseguiu um pescador e ele bateu nela, quebrando-lhe o braço e no outro dia apareceu Merência, com uma tipóia no braço.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Então deram um surra naquela mulher e lhe jogaram água e sal, para tirar o fado bruxólico.

• Depois disso, a moça tem alguns sonhos com bruxas e decide pela sua fuga na véspera do Natal.

• O diário terminava ali.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Narrativa:Narrativa:

• Mas havia também anotações sobre o o filho de Sibele com Raphael: Nathan, um rapaz moreno de olhos verdes, que tem quase vinte e cinco anos, cursa engenharia e até acha graça quando associam o seu nascimento a um forte cheiro de enxofre no ar, é o sinal dos tempos, afirma, embora hoje ninguém acredite mais em bruxas; mas que elas existem, existem.

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O DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDAO DIÁRIO DA VIRGEM DESAPARECIDA, de Olsen Jr.

Observações:Observações:

• Aqui se retoma a crendice bruxólica da Ilha da Magia, bem como um fato nada estranho às tradições açorianas (a fuga -rapto de adolescente), um caso de "fado bruxólico" se corporifica no sintético diário, astuciosamente reconstituído por ardis do narrador, que vai desfiando os fios dessa meada de aparência policialesca.

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TALVEZ A PRIMEIRA E ÚLTIMA CARTATALVEZ A PRIMEIRA E ÚLTIMA CARTA,de Péricles Prade

Tema Central:Tema Central:

• Uma oitava filha interpela Franklin e advoga sua condição de não-bruxa.

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TALVEZ A PRIMEIRA E ÚLTIMA CARTATALVEZ A PRIMEIRA E ÚLTIMA CARTA,de Péricles Prade

Narrativa:Narrativa:

• O conto, em modelo de carta, começa assim:

Desterro, 14 de março de 1983.

Seu Franklin...

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Narrativa:Narrativa:

• A moça, chamada Benta, diz-se indignada, pois, após uma afirmação em "Bruxas Gêmeas", conto do livro "O Fantástico na Ilha de Santa Catarina" datado de 1950, ela tem passado por bruxa, apesar de nunca ter feito nenhum mal a ninguém.

• Diz que seu único gostinho é ficar nua, assim como gostam as bruxas quando é sábado.

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Narrativa:Narrativa:

• Benta relata que é gêmea de Santa e que seus pais já tinham seis filhos e que todos sabem que quando nasce o sétimo, se for menina, será bruxa.

• Seu pai, quando soube que a parteira, Custódia do Chico Pelego, esqueçera de marcar quem era a sétima, para chamar de Benta e livrá-la do mal.

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Narrativa:Narrativa:

• Então, o pai recorreu a Candinha Miringa, benzedeira e curandeira, mas de nada adiantou, pois seu Manoel Braseiro, não sabia responder quem era a filha bruxa.

• A benzedeira, então, pediu ajuda de Lúcifer, seu chefe.

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Narrativa:Narrativa:

• O problema é que Belzebu apontou Benta como bruxa e como ele sabia que ninguém acreditava nele, acabaram por desfazer o mal em Santa, o que de nada adiantou.

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Narrativa:Narrativa:

• Ao final, Benta acha graça da armadilha do demo e pede que o Sr. Cascaes mude o seu texto, caso contrário "Se até amanhã, dia 15, eu não for atendida, mudando o que deve ser mudado, morrerá para jamais voltar a cometer equívocos dessa natureza. E para aprender que não só as bruxas fazem mal.“

• O criador (ou compilador) não fugia do poder das criaturas!

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NOITES DE ENCANTAMENTONOITES DE ENCANTAMENTO, de Raul Caldas Filho

Tema central:Tema central:

• Relacionamento animoso e amoroso entre a antropóloga incrédula e o defensor do que é nativo.

Narrativa:Narrativa:

• Um menino ouve, na noite que avança, histórias fantásticas de monstros, bruxas lobisomens até que sua mãe ordena que ele vá dormir.

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NOITES DE ENCANTAMENTONOITES DE ENCANTAMENTO, de Raul Caldas Filho

Narrativa:Narrativa:

• O menino de 10 anos, Franklin, brinca de modelar na areia aquelas noites de encantamento.

• Após um mês da morte de Franklin Cascaes, em maio de 1983, Ricardo recebeu um telefonema de uma jornalista carioca querendo uma entrevista sobre nosso professor.

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NOITES DE ENCANTAMENTONOITES DE ENCANTAMENTO, de Raul Caldas Filho

Narrativa:Narrativa:

• Seu nome era Natasha, uma bela mulher, de seios pontudos e corpo esguio.

• Ricardo levou-a até o Museu para apresentar as pinturas, desenhos, livros, pequenas esculturas de cerâmica e falou sobre as velhas crenças açorianas e principalmente sobre bruxas e como elas nascem.

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NOITES DE ENCANTAMENTONOITES DE ENCANTAMENTO, de Raul Caldas Filho

Narrativa:Narrativa:

• Natasha parecia desdenhar das histórias e Ricardo acha que ela é uma "racionalista-cartesiana, chata e presunçosa.“

• Quanto mais ela conhecia do trabalho de Cascaes, mais achava tudo aquilo crendice de baixo extrato, sem o menor valor para antropologia.

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NOITES DE ENCANTAMENTONOITES DE ENCANTAMENTO, de Raul Caldas Filho

Narrativa:Narrativa:

• Ricardo lembrou-se de Sinhá Vitelina, uma velha curandeira e levou Natasha para conhecê-la.

• A velha afirmou: bruxaria é a maldade que ainda domina o mundo e se aloja na cabeça das pessoas. É o ódio, a inveja, o despeito, a luxúria, a violência, a maledicência.

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NOITES DE ENCANTAMENTONOITES DE ENCANTAMENTO, de Raul Caldas Filho

Narrativa:Narrativa:

• Natasha e Ricardo voltaram para o carro e ficaram um bom tempo sem falar.

• Ela pediu que ele parasse em uma enseada, às margens da baía Sul.

• Eles começaram a trocar carícias mais que picantes e foram caminhar por um descampado.

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NOITES DE ENCANTAMENTONOITES DE ENCANTAMENTO, de Raul Caldas Filho

Narrativa:Narrativa:

• Natasha interrompeu Ricardo e disse: Meus pais vieram da Ucrânia para o Brasil, fugindo dos horrores da Segunda guerra Mundial. Estabeleceram-se no Rio de Janeiro e tiveram sete filhas. Eu fui a sétima.

• Interrompeu-se mais uma vez e acrescentou, enigmática: sou então uma bruxa.

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NOITES DE ENCANTAMENTONOITES DE ENCANTAMENTO, de Raul Caldas Filho

Observações:Observações:

• Este conto confirma que bruxas não povoam apenas a Ilha de Santa Catarina, pois, cerca de um mês após a morte de Cascaes, veio à Ilha Natasha, sétima filha de um casal que viera ao Rio de Janeiro, fugindo dos horrores da Segunda Guerra Mundial na Ucrânia. E veio com todos os direitos.

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Tema central:Tema central:

• A imaginação tem memórias.

Narrativa:Narrativa:

• "Atravessou correndo a Praça, ofegante e trêmulo entrou na cozinha adentro, onde a mãe preparava o café, e mal conseguiu murmurar: Ma-mãeo-cor-po-o-som.”

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Narrativa:Narrativa:

• O menino contou que estava no Miramar e viu um corpo e uma voz insistindo para ele falar com o Franklin.

• O corpo foi levado ao necrotério e o Dr. Luís Delfino vai fazer a autópsia.

• Já no outro dia os jornais noticiavam "MISTÉRIO NO MIRAMAR.

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Narrativa:Narrativa:

• Ninguém sabia quem era o homem que estava sem dinheiro, documentos, apenas um lenço no bolso e uma pasta de couro, com as letras JCS, amarrada ao pulso.

• O pai e o menino foram até a delegacia, pois o pai conhecia o comissário Várzea.

• O garoto recontou o que ouviu sobre falar com o Franklin.

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Narrativa:Narrativa:

• Virgílio, o escrivão, disse que havia o professor da Escola Industrial.

• O professor não sabia de nada, apesar do menino Ernani ouvir seu nome e o cadáver possuir um desenho que poderia ser seu.

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Narrativa:Narrativa:

• Subitamente Cascaes revela que alguns dias atrás um homem lhe fizera um pedido estranho de um desenho: suas bruxas, com inteira liberdade, a única exigência é nas caras, uma deve lembrar Cruz e Sousa, outra a noiva Pedra, a terceira a esposa Gavita, a quarta, com cinco cabeças: Julieta, Carolina, Cruz, Gavita, Pedra.

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Narrativa:Narrativa:

• Franklin explicou que o rapaz só buscou o primeiro desenho e quando Ernani viu o segundo desenho tomou um susto, dizendo que era aquele ser que o perseguiu no Miramar.

• Também lembrou-se nosso professor que o nome do indivíduo era João, que tinha estado em um hotel, mas que ninguém sabia de seu paradeiro e que quando foi ao Hotel La Porta só encontrou nomes de poetas como Andrade Muricy, Tasso, Alceu, Alphonsus, Abelardo, Raymundo, Roger.

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Narrativa:Narrativa:

• Cascaes afirma ao delegado que estas coisas misteriosas são típicas, são tudo coisas desta Ilha misteriosa e embruxada.

• O comissário Várzea e o escrivão Virgílio continuaram suas buscas, falaram com o motorista do caminhão-do-lixo Santos Lostada, mas nada encontraram.

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Narrativa:Narrativa:

• O menino Ernani, certo dia, quando lia Broquéis, de Cruz e Sousa, viu passar uma bruxa enorme de cinco cabeças, ela deu um vôo rasante pela Praça XV e se perdeu pelos lados da Ponte.

• Lembrou-se do professor Franklin: Neste mundo, como disse o Poeta, há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.

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MISTÉRIO NO MIRAMARMISTÉRIO NO MIRAMAR, de Salim Miguel

Observações:Observações:

• Neste conto, Franklin Cascaes participa, como personagem, de vários relatos.

• Mistério no Miramar aparenta ingredientes policiais, concentrado num corpo misterioso recolhido nas águas junto ao Miramar.

• Há um sutil refinamento que aponta para prodigiosa riqueza intertextual dos nomes das personagens.

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O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Tema central: Tema central:

• Bruxas desenham, em uma aparição feérica, o apavorado perguntador da cidade.

Narrativa:Narrativa:

• Tudo aconteceu no final dos ano 50 ou início dos anos 60, não lembro muito bem, diz o narrador.

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O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• Ele possui uma pequena gráfica e leciona matemática para sobreviver.

• O amigo Maurício apareceu com a idéia de fazer um folheto de 16 páginas sobre as bruxas de Franklin, imprimiriam 200 exemplares e rachariam a venda.

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O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• O narrador lecionava no mesmo colégio do professor Franklin.

• Em um intervalo de aula, ele apresentou seu projeto e emprestou algumas de suas anotações.

• Depois, Franklin passou o endereço de um amigo, o Zeferino, de Pontas das Canas.

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O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• Mas o senhor, professor Franklin, acredita em bruxas? Eu acredito na mente das pessoas, que cria tudo o que elas acreditam... meu trabalho é o de apenas anotar as histórias que esse povo conta.

• Maurício achou ótimas as histórias e a ideia de visitar no sábado à tarde o Zeferino, mas o narrador foi sozinho, pois seu amigo foi para Curitiba.

O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• Zeferino era um homem simples e recebeu muito bem o entrevistador, o problema foi que começou a cair uma chuva forte.

• O senhô vai ficá nesta casa até a chuva passá, mesmo que dure três dia falou Zeferino.

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O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• A conversa dentro da casa foi trivial até que Zeferino foi perguntado sobre duas réstias de alho penduradas na parede da sala e sua esposa informou que eram proteção contra as bruxas e que ele deveria ficar também com um dente de alho.

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O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• Relataram ao narrador que o filho deles, o menino Pedro, já estivera embruxado e que dona Luiz Benzedera conseguira salvá-lo com uma reza assim:

Treze raio tem o sóli/treze raio tem a lua./Sarta diabo pro inferno/ qu'esta alma não é tua./tosca marosca, rabo de rosca/ (...)

• A conversa seguiu até a hora de dormirem.

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O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• A noite foi de pernilongos e já pelas cinco e meia da manhã o narrador estava de pé.

• Ele se despediu e foi pelo lado da praia .

• Pelo caminho encontrou uma baleeira com um abrigo e ficou aterrorizado ao ver "três velhotas dentro da baleeira, muito altas, magras e feias, que fingiam remar remos invisíveis e faziam uma tremenda algazarra.

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O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• Um pouco adiante, a dois passos da baleeira, numa árvore enorme e de tronco grosso, outra velhota do mesmo tipo ia e vinha, sentada num balanço preso por cordas trançadas e amarradas a um dos galhos.

• As bruxas ameaçaram: Lá vai o istepô de bundinha branca! Tá dizendo por aí que vai falá da gente! (...) Vamo enfiá um remo no rabo desse maroto!

O FOLHETOO FOLHETO, de Silveira de Souza

Narrativa:Narrativa:

• O folheto nunca foi publicado, Maurício não voltou de Curitiba e só agora, anos mais tarde, Silveira de Souza confessa ter coragem de contar o ocorrido e reza para que ninguém acredite.

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