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13 de Abril 2010 - sbn.pt · Encontro de estruturas sindicais da CGD O primeiro encontro nacional de estruturas sindicais da Febase no Grupo CGD realiza-se nos dias 17 e 18 deste

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RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 13 de Abril 2010 ––––– 1

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 13 de Abril 2010 ––––– 32 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 13 de Abril 2010

O Presidente da República não podia ter sido mais claro

quando afirmou que o Programa de Estabilidade e Cres-

cimento é um documento fundamental para a credibili-

dade do País no exterior.

Não é espaço, aqui e agora, para tecer considerandos

profundos sobre o PEC, que será levado à Comissão Euro-

peia em Bruxelas e que será observado à lupa pelas

agências de rating. Mas talvez seja oportuno sobre ele nos

debruçarmos, enquanto organizações que constituímos

pilares fundamentais do movimento sindical português.

Afigura-se-nos, em primeiro lugar, que o desenrolar da

implementação das medidas ali preconizadas só poderá

aspirar a ter alguma eficácia se forem primeiramente

caldeadas em sede de concertação social, privilegiando

o diálogo com todos os actores que constituem parceiros

activos da economia – designadamente organizações

sindicais e associações patronais. Com efeito, por ali

perpassará a quase totalidade dos temas mais sensíveis

e de maior complexidade, de que a contratação colectiva

não será, seguramente, a de menor relevância.

Clivagens ainda mais aguçadas

Depois, é natural que os sindicatos tenham, desde logo,

manifestado a mais viva das preocupações por constata-

rem que os actuais níveis de pobreza e que as desigual-

dades entre os mais favorecidos e os mais desfavorecidos

poderão ser objecto de clivagens ainda mais aguçadas,

se se verificar que a anunciada redução das despesas da

área social acabará por ter repercussões que só muito

dificilmente poderão ser atenuadas ou minimizadas.

Por outro lado, torna-se difícil de entender e de aceitar

que os detentores do capital e as empresas – naturalmen-

l EDITORIAL

te mais protegidos – acabem por ficar mais ao abrigo das

medidas que objectivam os custos do ajustamento e da

contenção do défice orçamental, que, assim, ficam desi-

gualmente distribuídos, uma vez que se repercutem de

forma mais implacável sobre os trabalhadores no activo,

os desempregados e os pensionistas, pondo desta forma

em causa a solidariedade social por que se bate todo o

movimento sindical.

Falta a componente do aumento das receitas

Não parece, pois, que dúvidas subsistam sobre a circuns-

tância de o PEC encontrar a sua sustentabilidade na conten-

ção das despesas – quer seja a nível das despesas sociais,

quer seja a nível das despesas com o pessoal, quer seja,

ainda, com as despesas no que toca ao investimento. Por

isso, é um PEC coxo. Porque lhe falta a componente do

aumento das receitas, uma vez que o documento não

apela a um crescimento económico sustentável nem à

redistribuição da carga fiscal, de forma a torná-la mais

justa e equitativa.

É coxo, sim senhor. É verdade que dedica grande

preocupação à estabilidade orçamental, à consolidação

das contas públicas e ao combate ao défice – que no ano

de 2009 se situou nos 9,4% do PIB –, o que não deixa de

ser positivo e meritório. Mas é curto. Falta-lhe a outra

"perna", quiçá a mais importante: a de um decidido

combate à terrível chaga social do desemprego, às polí-

ticas sustentáveis de emprego, a um crescimento econó-

mico que conduza Portugal a uma velocidade superior à

da média europeia, a fim de recuperar da posição em que

se encontra. Compete ao movimento sindical lutar por

essa "prótese"…

PECoxosu

már

ioPropriedade:Federação do Sector FinanceiroNIF 508618029

Correio electrónico:[email protected]

Director:Delmiro Carreira – SBSI

Directores Adjuntos:Carlos Marques – STASCarlos Silva – SBCPereira Gomes – SBNViriato Baptista – SBSI

Conselho editorial:Cristina Damião – SBSIFirmino Marques – SBNLuís Ardérius – SBCPatrícia Caixinha – STAS

Editor:Rui Santos

Redacção e Produção:Rua de S. José, 1311169-046 LisboaTels.: 213 216 113Fax: 213 216 180

Revisão:António Costa

Grafismo:Ricardo Nogueira

Execução Gráfica:Xis e Érre, [email protected] José Afonso, 1 – 2.º Dto.2810-237 Laranjeiro

Tiragem: 80.000 exemplaresPeriodicidade: MensalDepósito legal: 307762/10Registado na ERC: 125 852

Ficha Técnica

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2924

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l Bancários Norte

l STAS ActividadeSeguradora

l BancáriosSul e Ilhas

l Bancários Centro

TEXTO: PEREIRA GOMES

É um PEC coxo. Porque lhe faltaa componente do aumento

das receitas, uma vez queo documento não apela

a um crescimento económicosustentável nem à redistribuição

da carga fiscal, de forma a torná-lamais justa e equitativa

CONTRATAÇÃO l SegurosA Associação Portuguesa de Seguradores e o embuste negocial 4

Banca l CONTRATAÇÃOFebase e IC aproximam posições 5

SINDICAL l ActualidadeComissão de Acompanhamento dos Fundos de Pensõesanalisa relatório do Banco Credibom 6

Discriminação sindical no BES 8

UGT l NotíciasCongresso da Confederação dos Trabalhadores da Grécia 10

Todos juntos vamos comemorar o 1.º de Maio 11

Questões l JURÍDICASSanção de despedimento e direito ao subsídio de desemprego 12

Programa de Estabilidade e Crescimento l DOSSIERPEC, o mal-amado 14

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 13 de Abril 2010 ––––– 54 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 13 de Abril 2010

Banca l CONTRATAÇÃOCONTRATAÇÃO l Seguros

Muito mais que uma Direcção daAPS, que age à revelia dos tem-pos e do respeito que todos os

trabalhadores de seguros merecem.Muito mais que uma Direcção da APS,

que simulou estar interessada em ne-gociar uma tabela salarial para 2010,quando desde o primeiro minuto jásabia que nada ia negociar.

Muito mais que uma Direcção da APS,que incapaz de perceber a necessidadeda transparência do Governo da Empre-

TEXTO: CARLOS MARQUES

A Associação Portuguesa de Seguradorese o embuste negocialOs trabalhadores de segurosque diariamente contribuem

com o seu esforço para aprodutividade de um sectorfundamental da economia

mereciam muito mais

sa, perante accionistas, trabalhadorese público em geral, critica os que defen-dem propostas e legislação que condu-za ao conhecimento de a quanto mon-tam as remunerações dos órgãos sociaisdessas mesmas empresas.

Muito mais que uma Direcção da APS,que preferia que ninguém, nem mesmoa entidade de supervisão, pudesse co-mentar os lucros do sector segurador,que já agora e no que se relaciona a2009, ultrapassam os 240 milhões deeuros.

Muito mais que uma Direcção da APSque deixa transparecer para a comuni-cação social e inicialmente para a mesadas negociações, que os prejuízos paraas Seguradoras com os temporais naMadeira ascendem a mais de 133 mi-lhões de euros, invocando-os como umdos motivos para os aumentos zero,não cuidando de dizer aos primeiros

que somente uma pequena parcela,certamente em torno dos 30%, seráefectivamente assumido pelas segura-doras que actuam no mercado nacio-nal, já que o restante será assumidointegralmente pelas resseguradorasinternacionais.

Muito mais que uma Direcção da APSque defende a legitimidade de remune-rar os accionistas em pelo menos 6%perante os resultados de 2009, masacha ilegítimo que os trabalhadoressejam igualmente remunerados pelaprodutividade existente neste sectorde actividade.

Por tudo isto, os trabalhadores deseguros mereciam muito mais. E vãotê-lo através do STAS, numa luta que sóterminará quando for restabelecida anormalidade negocial e ressarcidos osprejuízos que estão a ter.

Saudações sindicais e solidárias.

A Febase e o Grupo Negociador das Instituições de Crédito(IC) expressaram a vontade de se aproximarem de um valor

consensual, sem no entanto terem ainda avançado novosvalores percentuais

Febase e IC aproximam posições

Sindicatos contra decisão do BCPna distribuição de lucros

Decorreu no dia 30 de Março maisuma ronda negocial entre a Fede-ração do Sector Financeiro (Feba-

se) e o Grupo Negociador das Institui-ções de Crédito (IC) subscritoras do ACTdo sector bancário, com vista à revisãoda tabela salarial para 2010 e cláusulasde expressão pecuniária.

Partindo dos valores percentuais emcima da mesa desde a sessão de dia 26– 1,5% por parte da Febase e 0,7% dasIC –, a reunião decorreu em torno da

possibilidade de ambas as partes alte-rarem a sua posição, de forma a serencontrado um consenso.

A Febase reafirmou a sua disponibili-dade para alterar o valor constante dasua proposta, desde que as IC aumen-tem substancialmente a percentagemdo aumento salarial da sua contrapro-posta.

Em resposta, o Grupo Negociador dasIC afirmou a sua vontade em evoluir nasua posição. No entanto, não foi possí-

vel acordar novos valores – e isto por-que no final da reunião algumas déci-mas separavam ainda as propostas dasduas partes.

O Grupo Negociador das IC, que nãotinha mandato para avançar mais, com-prometeu-se a desenvolver contactoscom as IC, com vista a aproximar-se deum valor que mereça o consenso deambas as partes.

Assim, e devido ao interregno moti-vado pela época pascal, nova reuniãoficou agendada para esta tarde, 13 deAbril.

Entretanto, o grupo negociador da Fe-base solicitou ao Secretário-geral da Fe-deração uma reunião do seu Secretaria-do, para análise da actual situação.

Revisão do ACT

Trata-se de um encontro a todos osníveis inédito e que marca o início deum novo ciclo na dinâmica sindical:

pela primeira vez, um encontro de estrutu-

Encontro de estruturas sindicais da CGDO primeiro encontro nacional deestruturas sindicais da Febase no

Grupo CGD realiza-se nos dias 17 e 18deste mês, em Peniche

balhadores do universo CGD, da sindi-calização às condições de trabalho,da negociação colectiva ao ritmo detrabalho e horários, sem esquecer aeventual privatização da área de Se-guros que tem sido noticiada no âm-bito do PEC.

O Encontro realiza-se no fim-de-se-mana de 17 e 18 deste mês, numaunidade hoteleira de Atouguia da Ba-leia, em Peniche.

ras sindicais de um grupo financeiro – nestecaso o da CGD – é realizado a nível nacionale no âmbito da Febase.

Mas não só. Esta será também a primeiravez que uma reunião de estruturas sindi-cais reúne trabalhadores do sector bancá-rio e do sector segurador.

Assim, e sob o tema "A situaçãolaboral no Grupo CGD", vai ser possí-vel discutir e reflectir sobre uma sériede questões que se colocam aos tra-

Os três Sindicatos dos Bancários daFebase manifestaram já o seu de-sacordo face à decisão da Adminis-

tração do BCP de não proceder ao paga-mento de remuneração variável aos tra-balhadores.

Em comunicado, os Sindicatos criticamtambém o Banco que, escudando-se noROE obtido em 2009, decidiu não atribuira contribuição para o Plano Complemen-tar do Fundo de Pensões.

"Será que o Conselho de AdministraçãoExecutivo do Banco Comercial Português,quando tomou esta decisão, teve emconsideração o desempenho e o elevadoprofissionalismo demonstrado por todosos trabalhadores do Banco?", interrogam.

Já ontem, os Sindicatos voltaram aprotestar, desta vez junto dos accionistasdo Banco, tendo distribuído um novocomunicado à entrada da reunião anual,que decorreu no Porto.

Recuando ao aparecimento do BCP nomercado nacional em 1986, os Sindicatoslembram que, no início, o Banco "procuroue recrutou os seus trabalhadores junto dasrestantes Instituições de Crédito existen-tes, aliciando os mesmos com vencimen-tos superiores aos praticados na altura,atingindo em alguns casos mais de 60%".

Do mesmo modo, criou "um Plano Com-plementar de Reformas, que acresce ao

que vigora nos restantes Bancos, fi-nanciado exclusivamente pelo Banco" einstituiu a prática, até agora em vigor, deatribuir anualmente aos seus trabalha-dores uma remuneração extra, resultan-te da participação nos lucros.

"Foi esta política salarial que levoumuitos trabalhadores a "fechar os olhos"ao repetido desrespeito pelas Leis doTrabalho, nomeadamente em matéria decumprimento dos horários de trabalho econsequente pagamento das horas su-plementares", lê-se no comunicado on-tem entregue aos accionistas.

Por isso, "a recente informação distri-buída a todos os colaboradores do Millen-nium BCP pelo Conselho de Administra-ção Executivo do Banco, de que face aoROE obtido nos resultados de 2009, não severificam as condições necessárias paraneste ano haver lugar à distribuição dacontribuição para o Plano Complementardo Fundo de Pensões, ainda que respei-tando o disposto no Acordo Colectivo deTrabalho, bem como a não atribuição dequalquer participação nos lucros, defrau-da profundamente as expectativas detodos os que deram o seu melhor para arentabilidade do Banco".

Os Sindicatos lembram ainda o pesodessa componente da remuneração norendimento anual disponível e alertam: "A

manter-se essa decisão estaremos peran-te cortes salariais anuais superiores aosaplicados pelo Governo da Irlanda."

Uma decisão que menos ainda se com-preende quando é o próprio Conselho deAdministração Executivo a admitir, nasua comunicação: "Neste ambiente ad-verso e desafiante, só com o esforço,dedicação e competência de todos foipossível melhorar os níveis de solidez noBanco, atingindo em 2009 os rácios decapital mais elevados dos últimos 15anos, assegurar o controlo da evoluçãodo gap comercial e das necessidades deliquidez, melhorar o relacionamento comos clientes, que permitiu alcançar o nívelde satisfação mais alto dos últimos 5anos, e capturar uma redução ímpar decustos operativos."

No comunicado, os Sindicatos lembramainda aos accionistas que "o resultadolíquido do Banco em 2009 cifrou-se em225 milhões de euros, o que representaum crescimento de 11,9% em relação a2008, sendo os trabalhadores um factoressencial para a obtenção destes resulta-dos".

A decisão tomada pela Administraçãodeverá "ser ponderada pelos responsá-veis do Banco e, também, cuidadosa-mente analisada pelos accionistas aquireunidos", conclui o comunicado.

TEXTO: INÊS F. NETO

TEXTO: INÊS F. NETO

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 13 de Abril 2010 ––––– 76 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 13 de Abril 2010

Actualidade l SINDICALSINDICAL l Actualidade

AComissão de Acompanhamentodo Plano de Pensões do BancoCredibom reuniu-se a 24 de Mar-

ço, tendo por objectivo a análise doRelatório Actuarial de 2009 elaboradopelo actuário responsável, da consulto-ra Watson Wyatt (Portugal), referenteàs adesões colectivas ao Fundo AbertoMultireforma, do BES (Credibom-Ade-são 29 e Credibom-Adesão 30).

Da Comissão fazem parte e estive-ram presentes, em representação dosSindicatos da Febase, Delmiro Carreirae Mário Mourão, respectivamente pre-sidentes das Direcções do SBSI e doSBN, que se fizeram acompanhar porCarmen Oliveira, do Centro de Investi-gação sobre Economia Financeira (CIEF)do Instituto Superior de Economia eGestão (ISEG/Universidade Técnica deLisboa).

"Embora não tenha sido efectuadanenhuma contribuição pelo Associadodurante 2009, o nível de financiamentoé de 101,48%, estando assim cumpridoo rácio mínimo de financiamento, deacordo com o Aviso 4/2005 do BdP",conclui a análise dos consultores con-tratados, pertencentes ao CIEF.

O documento especifica que "os cus-tos com os benefícios relativos a cuida-dos médicos pós-reforma e pagamento

Contribuições estimadas

Em 2009 não existiram contribuiçõespor parte do Associado, enquanto asdos participantes totalizaram 304 mi-lhares de euros.

No que diz respeito à contribuiçãoestimada para este ano ela é de 2.040milhares de euros.

Quanto à composição da carteira detítulos, apresenta 68,9% da sua compo-sição em obrigações, tendo existido umligeiro aumento relativamente a 2008e um aumento em investimentos alter-nativos. Os consultores dos Sindicatosconsideram que, "tendo em conta aidade média dos activos de 36,1 anos,a composição da carteira de investi-mentos pode ser considerada ajustadaao risco do Fundo (o peso das acções éde apenas 17,1%)".

Os consultores dos Sindicatos salien-tam que, os montantes investidos cum-prem os limites estabelecidos no con-trato de gestão.

Retorno de activos

O valor indicado como retorno dos ac-tivos financeiros, de 1.562 milhares deeuros, "implica uma taxa de rendimentopositiva em 2009". Assim, a rendibilida-de de 2009 foi de cerca de12%.

Já a taxa de desconto utilizada naavaliação das responsabilidades com oPlano de Pensões passou de 5,14% em2008 para 5,57% em 2009, a qual, se-gundo indicação do actuário responsá-vel, "corresponde às recomendaçõesda IAS 19".

Assim, os consultores do CIEF são deparecer que "a política geral de inves-timentos garante uma adequada rela-ção entre activos financeiros de cober-tura e responsabilidades actuariais doFundo de Pensões, embora seja aconse-lhável o acompanhamento das respon-sabilidades face aos activos afectos,uma vez que através do Relatório doactuário responsável nada podemosconcluir sobre a projecção do rácio desolvência para os próximos anos e tam-bém porque, de acordo com o mesmoRelatório, também se prevê alteraçõesna política de investimentos".

N.º Idade Pensão Total Pensõesmédia média anual Anuais

Velhice 4 63 25.846 103.383

Invalidez 2 48,5 14.359 28.719

Viuvez 1 50 22.214 22.214

Total 9 46 18.382 176.530

Pensionistas Unidade: euros

N.º Idade Antiguidade Salário Massamédia média médio anual Salarial Anual

Idades < 65 anos 421 36,1 9,1 23.969 10.090.809

Idades >= 65 anos – – – – –

Total 421 36,1 9,1 23.969 10.090.809

Activos Unidade: euros

Responsabilidades %

Activos 21.530 86,6

Pensionistas 3.341 13,4

Total 24.871 100,0

Responsabilidades do Fundo Unidade: milhares de euros

Títulos 2007 2008 2009

Obrigações 63,2% 65,9% 68,9%

Imobiliário 6,1% 6,2% 5,1%

Investimentos alternativos 10,50% 1,80% 6,62%

Acções 12,3% 12,6% 17,1%

Liquidez 7,90% 13,50% 2,32%

Total 100,0% 100,0% 100,0%

Composição da carteira de títulos

Descrição Montante % da Carteira

Imobiliário 3.810.841• 43,33%

Investimentos alternativos 4.983.366• 56,67%

Commodities 1.895.206 21,55%

Private Equity 1.244.258 14,15%

Outros 1.843.902 20,97%

Total 8.794.207• 100,00%

Investimentos alternativos e Imobiliário

Plano de Pensões

Comissão de Acompanhamento analisa relatório do Banco CredibomO Plano de Pensões do

Banco Credibom apresentaníveis de financiamento de

101,48%, cumprindo assim orácio mínimo exigido pelo

Banco de Portugal

TEXTO: INÊS F. NETO

do subsídio por morte, foram igualmen-te avaliados no relatório e encontram--se financiados pelo Fundo de Pensões".

No entanto, salientam os consulto-res, "não existe no Relatório qualqueranálise de adequação de activos e pas-sivos (Asset Liability Management) porparte do actuário".

Benefícios garantidos

O Plano de Pensões tem como únicoassociado o Banco Credibom.

"Para todos os trabalhadores a tem-po completo ou parcial que façam partedo quadro do Banco Credibom existeum plano de pensões de benefício defi-nido financiado por duas adesões colec-tivas ao fundo de pensões aberto Espí-rito Santo Multireforma, gerido pelaESAF-Espírito Santo Activos Financei-ros, SGPS, S.A., que se distinguem pelaelegibilidade e coberturas", salienta oparecer.

Assim, a Adesão Colectiva n.º 29abrange todos os trabalhadores quefaçam parte do quadro e garante osbenefícios previstos no ACTV, "acresci-do de um montante em caso de reformapor velhice, relativo a complementosremunerativos".

Já a Adesão Colectiva n.º 30 apenasabrange os trabalhadores que faziamparte do quadro a 31 de Dezembro de2005 – ou seja, exclui os trabalhadoresoriundos da Creditar, Instituição Finan-ceira de Crédito, S.A. – e garante obenefício de velhice previsto no ACTV,associado a complementos remunera-tivos.

Recorde-se que os benefícios garan-tidos pelo Plano de Pensões do Credi-bom são as reformas por invalidez pre-sumível, por invalidez e por sobrevi-vência, além do subsídio por morte edos encargos com os SAMS.

Responsabilidade do Fundo

De acordo com o Relatório e tendo porbase os dados da população, a respon-sabilidade é maioritariamente consti-tuída por activos (421) relativamente aum número pequeno de pensionistas(9). Refira-se que os activos são elegí-veis pela Adesão n.º 29 e, de entre eles,

225 são também elegíveis pela Adesãon.º 30.

De salientar ainda que, entretanto,saíram da empresa 46 participantes,entraram 25 novos trabalhadores eregistou-se mais um pensionista.

Os 25 trabalhadores admitidos em2009 encontram-se abrangidos pelacláusula 156.ª-B do ACT do sector ban-cário, que estabelece um plano com-plementar de reforma de contribuiçãodefinida. Assim, estes trabalhadoresnão estão integrados nos Fundos dePensões analisados.

Refira-se que os pressupostos utiliza-dos para avaliar as responsabilidadesdo Fundo foram os recomendados pelasentidades reguladoras, bem como pe-las normas internacionais de contabili-dades existentes para este fim (IAS 19).Ou seja, foi utilizado o método UnitCredit Projected, método igualmenteutilizado para calcular a taxa de contri-buição normal para o ano seguinte.

Níveis de financiamento

Sendo o valor do Fundo de Pensõesalocado a estas adesões colectivas de25.238 milhares de euros, verifica-seque o nível de financiamento será de101,48% face ao montante de 24.871milhares de euros de responsabilida-des com serviços passados. "Verifica-seassim cumprido o mínimo de financia-mento, de acordo com o Aviso 4/2005do BdP", lê-se na análise do CIEF para osSindicatos da Febase.

De acordo com informação constantedo Relatório do actuário responsável,"as responsabilidades com os cuidadosmédicos pós-emprego e com o subsídiode morte foram avaliadas em 1.776milhares de euros".

Por sua vez, "a alteração da taxa dedesconto permitiu uma diminuição novalor das Responsabilidades com ser-viços passados no montante de 2.903milhares de euros, embora tenha exis-tido um acréscimo de 1.776 milhares deeuros por inclusão dos encargos com osSAMS e cuidados de saúde com os pen-sionistas".

Assim, "o valor do Fundo teve umganho financeiro de 1.562 milhares deeuros", conclui a análise.

RevistaRevistaRevistaRevistaRevista FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE FEBASE 13 de Abril 2010 ––––– 98 – Revista – Revista – Revista – Revista – Revista FEBASEFEBASEFEBASEFEBASEFEBASE 13 de Abril 2010

SINDICAL l Actualidade

Não foi uma nem duas vezes quechegou ao conhecimento da Di-recção do SBSI a denúncia de um

comportamento de discriminação sindi-cal por parte dos serviços administrativosda Direcção de Recursos Humanos do BES.

Ou seja, no momento de admissão noBanco, trabalhadores houve que foramconfrontados pelos serviços com documen-tação para inscrição numa determinadaestrutura sindical – o Sindicato dos Qua-dros e Técnicos –, sendo assim inibidos deuma escolha livre e consciente.

Estas situações configuram uma práti-ca atentatória da liberdade sindical e de

Denúncia

Discriminação sindical no BESFace ao conhecimento de casos

concretos no Banco Espírito Santo(BES) de discriminação em benefício

de outra estrutura sindical, a Direcçãodo SBSI denunciou a situação a

Ricardo Salgado

discriminação de uma organização sindi-cal em benefício de outra.

Porque não pode pactuar com este tipode actuação por parte de um serviço quetem o dever de ser absolutamente isentonesta matéria, a Direcção do SBSI decidiuprotestar junto do Presidente do Conse-lho de Administração do BES, RicardoSalgado, solicitando a sua intervenção ea reposição da legalidade com o regressodos serviços visados a uma atitude ade-quada.

Embora o protesto tenha sido apresen-tado pelo SBSI, a Febase sabe que no BES

O SBSI protestou…Sob a designação "Angariação de sócios para Sindi-

cato pelos serviços do próprio Banco", o SBSI enviouuma carta ao Presidente do Conselho de Administraçãodo Banco Espírito Santo, na qual se insurge com ocomportamento dos serviços da Direcção de RecursosHumanos.

É este o teor da carta, assinada pelo Presidente daDirecção do SBSI, Delmiro Carreira:

Exmº. Senhor,Tomámos conhecimento de que os serviços admi-

nistrativos da Direcção de Recursos Humanos do BancoEspírito Santo, do qual V. Ex.ª é mui digno Presidente,têm vindo a proceder à angariação de sócios para umSindicato, no caso o Sindicato Nacional dos Quadros eTécnicos Bancários, mediante a apresentação parapreenchimento e posterior adequado tratamento darespectiva documentação de inscrição aos trabalhado-res recém admitidos no âmbito dos actos da formali-zação do respectivo contrato de trabalho.

Dado que tal prática é, no mínimo, ostensivamenteatentatória do direito à liberdade sindical na suaexpressão mais elementar – o direito do trabalhador,sem discriminação, se inscrever em sindicato da suaescolha, realizada de forma totalmente livre e incon-dicionada (cfr. art.º 55.º da Constituição da Repúblicae art.º 444.º do Código do Trabalho) – vimos, por estemeio, solicitar a V. Ex.ª se digne ordenar a imediatacessação da mesma.

Certos da compreensão e colaboração de V. Ex.ª paraa solução desta melindrosa questão, aproveitamos oensejo para lhe apresentar os nossos cumprimentos.

… e o BES justificouEm resposta à missiva do SBSI, o Departamento de Recursos Humanos do BES enviou umacarta em que nega a intenção de beneficiar qualquer estrutura sindical:

Exmos. Senhores,O Banco Espírito Santo, ao longo da sua história, tem-se pautado por uma conduta de

total imparcialidade e isenção em todos os processos em que intervém. Esta mesmaconduta é, obviamente seguida, nos processos de recrutamento e selecção, bem como,na tramitação processual decorrente do processo de admissão.

Os procedimentos seguidos em qualquer processo de admissão, passam, pelo esclare-cimento dos futuros colaboradores em matérias remuneratórias, Sindicatos e Sistemas deSaúde, sendo sempre da exclusiva responsabilidade do colaborador a escolha do sistemaque melhor servir os seus interesses.

Creia sr. Presidente, que nada nos move para beneficiar qualquer estrutura represen-tativa de trabalhadores, pelo que, continuaremos a conduzir todos os nossos processos nomais profundo respeito pela legislação em vigor.

esta prática está disseminada a todo ouniverso da Instituição, afectando de igualmodo os outros Sindicatos membros daFederação.

Em resposta à queixa sindical, o Depar-tamento de Recursos Humanos negouqualquer envolvimento menos correctona opção sindical dos novos trabalhado-res, justificando o comportamento dosserviços sob sua alçada com a merainformação em "matérias remunerató-rias, Sindicatos e Sistemas de Saúde".

A "Revista Febase" publica, na íntegra,as cartas de ambas as partes.

TEXTO: INÊS F. NETO

BCA de AngolaA comissão do ex-BCA de Angola está a

organizar o seu 54.º almoço anual de con-vívio que, este ano, terá lugar num restau-rante de Paião, nos arredores da Figueira daFoz, em 15 de Maio.

O custo do almoço é de 25€ e as inscri-ções podem ser feitas junto de AmândioCaldeira (912 595 868), Borges Lopes (960002 057), Carlos Almeida "Chilocas" (968168 079) e Carlos Gonçalves (937 618 571).

Banco Totta Standard de AngolaOs trabalhadores do extinto Banco Totta

Standard de Angola reunem-se em 5 deJunho, num convívio a realizar no restau-rante "Manjar do Marquês", em Pombal.

A concentração será às 11 horas, no localdo convívio, e as inscrições devem serfeitas, até 28 de Maio, junto de António eArmanda Falcão (969 093 565 e 919 722964), Celeste Nunes (963 360 447), Ernes-

Almoços de confraternizaçãotina Aparício (962 549 053), Germano Fer-nandes (933 453 215) e Mário Santos (963023 154).

Os organizadores pretendem reunir omaior número de colegas que trabalharamnaquela Instituição, pelo que pedem aosinteressados que "passem a palavra" aosque ainda desconhecem a realização des-tes convívios.

Encontro de bancáriosde Angola em Faro

O colega Armando Baptista, antigo chefede contabilidade da Direcção Financeira doBanco Totta Standard de Angola, sugereque os bancários – tanto no activo como osjá reformados – que tenham trabalhado emAngola, se reúnam num "saudoso encon-tro", no dia 10 de Junho, em Faro.

Os aderentes a esta iniciativa podemcontactar o referido colega, pelo telefone289 707 069.

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1.º de Maio

Notícias l UGT

Muitos trabalhadores estão hojeconfrontados com o desempre-go ou a insegurança do posto

de trabalho. Muitos daqueles que en-tram ou reentram no trabalho só obtémempregos precários e, neste momento,geralmente com salários iguais ou infe-riores aos de há 2/3 anos.

A crise internacional teve consequên-cias profundamente negativas para ostrabalhadores e os seus responsáveisestão a passar incólumes, pretendendomanter práticas especulativas, semcontrole, fugindo ao pagamento deimpostos e tentando impor uma desre-gulação laboral que atinja todos osPaíses. Mas a crise não justifica tudo ehá que questionar mudanças estrutu-rais, incluindo no modelo de desenvol-vimento, que se tornam ainda maisurgentes.

O Programa de Estabilidade e Cresci-mento, com um conteúdo em grandeparte resultante da crise, vem exigir

Dois momentos marcantes foramas intervenções do Primeiro-Mi-nistro Giororgios Andreas Papan-

dreou e o Secretário-Geral da Confede-ração Sindical Internacional (CSI) GuyRyder.

Papandreou aproveitou para se refe-rir ao pacote de medidas que o Governoadoptou, como argumentos para com-bater a grave crise da economia grega,face ao cumprimento do Pacto de Esta-bilidade europeu de 3%, imposto aospaíses da zona euro. As suas conse-quências sociais tiveram como efeitouma forte contestação popular, nas ruasdas principais cidades do país, visívelna forma como alguns congressistasacolheram a intervenção do líder dogoverno do país.

Quanto a Guy Ryder, a sua interven-ção norteou-se pela divulgação de umamensagem de apoio aos trabalhadorese sindicatos gregos, destacando-se aforte crítica expressa quanto à actua-ção dos grandes interesses financeiros,à escala mundial, e à condenação dosprémios recebidos por gestores de topoem todo o Mundo, insensíveis aos es-forços que a maior parte da populaçãotrabalhadora é obrigada a fazer, paracontrolar as despesas do Estado. Face àrelevância da mesma, transcrevemosalgumas das suas passagens:

"Nos últimos dois anos, os trabalha-dores foram as primeiras vítimas deuma crise global, para a qual não tive-ram qualquer responsabilidade. Até àdata, 34 milhões de empregos foramdestruídos. 11 triliões de dólares dosseus impostos foram aplicados parasalvar Instituições financeiras, cuja res-ponsabilidade é evidente para todos.Foram destruídos lares, pensões dereforma colocadas em perigo, serviçospúblicos extintos. Uma crise causadapelo capital e para a qual se pretendeque os trabalhadores paguem.

Crise causada pelo capital dominou Congressoda Confederação dos Trabalhadores da Grécia

O 34.º Congresso da Confederação Sindical Grega (GSEE), sob o lema"As pessoas e as suas necessidades acima dos mercados" teve lugar

em Salónica, de 17 a 21 de Março, com a presença da UGT,ali representada pelo Vice-Presidente Carlos Silva, integrado numa

vasta delegação internacional, com mais de cem convidadosde todos os continentes

Ditadura financeira

O que não conseguimos compreen-der, e que nunca poderá ser aceite, éque o poder de decisão e o processodemocrático sejam confiscados pelaGoldman Sachs e seus aliados, nas artesobscuras da especulação financeira. Osseus métodos não são politicamentecorrectos. É uma ditadura financeira. Ecomo os ditadores do passado, a Gréciaopor-se-lhes-á, agora e no futuro.

A mudança do actual modelo neoli-beral exige muito dos sindicatos e dosseus aliados progressistas. Porque nãopodemos dar-nos por satisfeitos, só pornos opormos e condenarmos. Precisa-mos também de apresentar propostase indicar alternativas. Para sermosabsolutamente honestos, não fizemoso suficiente nos últimos anos. E se éverdade que esta crise trouxe muitosofrimento humano, também é verda-de que nos traz uma oportunidade, queé a de poder fazer mudanças fundamen-tais no processo de globalização.

A CSI, desde o início da crise e com osseus filiados, assumiu para si alguns de-safios: junto do G-20 conseguimos o reco-nhecimento, por parte dos Governos, queesta crise é, acima de tudo, uma crisegeral de emprego; que os Governos de-vem manter políticas de estímulo, atéque a retoma seja um facto notório.

“Temos de estarno centro da discussão”

O nosso papel é de estarmos no cen-tro da discussão onde as decisões sãotomadas, os argumentos são expendi-dos e os acordos são concluídos. Temosde estar no centro desses processos,que podem mudar as vidas das pesso-as. É o que a CSI vai fazer no seu 2.ºCongresso mundial, a decorrer em Ju-nho no Canadá.

“As pessoas querem mudança”

O tema do nosso Congresso é "Agoraas pessoas". O nosso objectivo – passarda crise para a Justiça Global.

Há ideias que são tão reais para osnossos companheiros da Grécia como osão, igualmente, para os companheirosde todo o Mundo. Não iremos discutirapenas a nossa visão de um amanhãmelhor e uma economia justa e susten-tável. Iremos também procurar no seiodas nossas organizações sindicais everificar o que funciona menos bem ounão, o que devemos ou não manter e oque precisa de ser mudado.

Talvez uma das grandes tragédiasdesta crise seja que não se produziramtantas transformações sociais comoquando nas grandes crises que nos afec-taram no passado.

As pessoas querem mudança. Mas oslíderes políticos em todo o Mundo nãoestão a responder a esse apelo.

Daí que essa responsabilidade recaiasobre os sindicatos e o movimento sin-dical….".

UGT l Notícias

Todos juntosvamos comemorar o

sacrifícios que poderão agravar as de-sigualdades e aumentar a pobreza, quejá atingem níveis insustentáveis. O Pro-grama tem que ser apresentado portodos os 27 Países membros da UniãoEuropeia, sendo obrigatória a meta dos3% de défice em 2013. Como é eviden-te, o mesmo vai ter consequênciasnegativas sobre o crescimento e oemprego, que há que minimizar, emuitas medidas propostas exigemmudanças.

A evolução salarial em muitos secto-res e empresas é inaceitável. O con-gelamento salarial imposto na Admi-nistração Pública e as orientaçõessalariais completamente erradas parao Sector Empresarial do Estado, estão aser aproveitadas por muitos empresá-rios para negar o direito à negociaçãocolectiva.

A UGT está contra os congelamentossalariais, que nada têm a ver com acompetitividade e o emprego, mas antes

Contra o desemprego, com aumento de salários.Pelo trabalho digno e pelo direito à negociação colectiva.Com Sindicatos fortes e o direito à participação.

com o aumento dos lucros e o agrava-mento das desigualdades.

É por tudo isto que temos que nosmobilizar e participar no 1.º de Maio –Dia do Trabalhador.

É um dia de convívio e reivindicação.Com os nossos Sindicatos, com os tra-balhadores do nosso sector de activida-de ou empresa, com os nossos colegase as nossas famílias vamos manifestara força da nossa unidade e a exigênciade melhores condições de vida e detrabalho.

A UGT vai descer a Av. da Liberdadee, na Praça dos Restauradores, afirmaras suas reivindicações e a exigência depolíticas mais justas e solidárias.

TODOS JUNTOSVAMOS CELEBRAR ABRIL!

TODOS JUNTOSVAMOS COMEMORAR O 1.º DE MAIO

TEXTO: LUÍS ARDÉRIUS

MENSAGEM DE JOÃO PROENÇA

Nos últimosdois anos, os

trabalhadoresforam

as primeirasvítimas

de uma criseglobal, para

a qualnão tiveram

qualquerresponsabilidade.

Até à data, 34milhões de

empregosforam

destruídos.

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Um direito fundamental com tutela constitucional

Por imperativo constitucional todos os trabalhadores têmdireito a assistência material quando, involuntariamente, seencontrem em situação de desemprego1. Trata-se de um direitofundamental (derivado) que mereceu certa concretização legale a sua "natureza análoga" à dos direitos, liberdades e garantiasconstitucionais impede que a sua exequibilidade seja retiradaou restringida2, sob pena de inconstitucionalidade3. Em causaestá uma espécie de compensação indemnizatória do direito aotrabalho, que permita uma existência condigna ao desempre-gado e candidato a novo emprego. É um direito que radica nadignidade da pessoa humana, no próprio ser do trabalhador.

O regime jurídico de protecção no desemprego foi instituídopelo DL 69-D/75, de 30/03, a que sucedeu o DL 183/77, de5/054, introduzindo alterações significativas. A protecção nodesemprego, assim regulada, assentava numa lógica "assis-tencialista", sendo as prestações designadas "subsídio dedesemprego" e "subsídio social de desemprego".

Natureza contributiva e inclusãoda justa causa no "desemprego involuntário"

Com o DL 20/85, de 17/01, foi introduzida uma concepçãodiferente, passando o desemprego a ser considerado como umrisco social e integrando-se o direito ao subsídio de desempre-go no sistema da Segurança Social (no caso dos bancários, emgeral, na CAFEB). Foi abandonada a fundamentação na ópticade "raiz predominantemente assistencial" e o legislador,confessadamente, visou "a criação de um verdadeiro segurode desemprego, como parte integrante do regime geral daSegurança Social, que tenha em conta a carreira profissionaldos trabalhadores em situação de desemprego involuntário,através da atribuição de um subsídio de desemprego, cujaduração e montante tenham directa ligação com os princípiosde trabalho e de contribuições do trabalhador e com asremunerações de trabalho perdidas"5. Nesse sentido, foi intro-duzida uma alteração fundamental no conceito de desempre-go involuntário, instituindo-se que "o desemprego considera--se involuntário sempre que a cessação do contrato de trabalhoocorra por decisão unilateral da entidade empregadora"6.Abandonou-se, pois, o princípio de que "o trabalhador apenastem direito ao subsídio de desemprego nos casos em que aquebra do vínculo laboral não lhe é imputável", como previao regime anterior. Como argumento justificativo da novaconcepção, o legislador observou que "mesmo nos casos emque o despedimento se funda em motivos inequivocamentejustos, sempre o trabalhador tem interesse na sua contestaçãopor via judicial" e "esta circunstância provoca, como se com-preende, um significativo aumento de processos nos tribu-nais". Por outro lado, nem sempre as causas em que se fundao despedimento-sanção implicam necessariamente um juízode censura ao trabalhador justificativo da exclusão de umaprestação para a qual, de certa forma, já contribuiu ou que lheé atribuída por razões de carácter social7.

O DL 119/99, de 14/04, manteve o mesmo regime,estatuindo que "o desemprego considera-se involuntário

sempre que a cessação do contrato de trabalho decorra dadecisão unilateral da entidade empregadora"8.

Por isso e em conclusão, desde Janeiro de 1985 e até Janeirode 2007, a lei considerou involuntário todo o desempregodecorrente de decisão unilateral da entidade empregadora,admitindo o legislador que esta é a "solução que, pela simpli-cidade que reveste e atendendo à natureza contributiva dosubsídio de desemprego, se afigura preferível". Ou seja, mes-mo o trabalhador despedido com justa causa beneficiavasempre do subsídio de desemprego, desde que tivesse a suasituação regularizada na Segurança Social ou, no caso dosbancários, na CAFEB, quer impugnasse em tribunal quer nãoo seu despedimento, em igualdade de condições com os outrostrabalhadores em desemprego involuntário.

O retrocesso através de uma alteraçãoviolenta, injusta e inaceitável

O DL 220/2006, de 03/11, mantendo que "o desempregoconsidera-se involuntário sempre que a cessação do contratode trabalho decorra de iniciativa do empregador"9, introduziuuma enorme, injustificada e inconstitucional (?) restrição, aoprever que "presume-se haver desemprego involuntário des-de que o fundamento invocado pelo empregador não constituajusta causa de despedimento por facto imputável ao trabalha-dor ou, constituindo, o trabalhador faça prova de interposiçãode acção judicial contra o empregador"10. Ou seja, a partir deJaneiro de 2007 verificou-se um retrocesso no regime quevigorava há mais de 20 anos. A alteração é violenta, injustae inaceitável para os trabalhadores punidos com a sanção dedespedimento, que ficaram privados daquele direito funda-mental, a menos que recorram à impugnação judicial, em todoe qualquer caso, como condição sine qua non para teremacesso ao subsídio de desemprego.

Drama e dilema

Ora, há situações em que o trabalhador despedido não teminteresse ou se confronta com grave inconveniência ou, até,impossibilidade prática de impugnar judicialmente o despe-dimento, seja pela insuportável onerosidade do recurso aotribunal, seja por falta ou inferioridade das suas provas emtribunal face às do patrão, seja porque teme o estigma ou osefeitos negativos da demanda judicial na obtenção de novoemprego, seja porque admite a sua culpa e reconhece a justacausa da punição, seja porque se pode, inclusivamente, arris-car a ser punido por litigância de má-fé ou mesmo estimularqueixa-crime, por haver no processo disciplinar indícios depráticas susceptíveis de condenação penal com que a entidadepatronal antecipadamente o ameaçou…

Por isso, há despedidos por justa causa que, admitindocomportamentos (actos ou omissões) susceptíveis de integraro conceito legal de justa causa e, por isso, entendendo que élícito o despedimento, ficam numa situação desesperada, semmeios de subsistência condigna e sentem-se duplamentepunidos (perda do emprego e perda do subsídio de desempre-go). Esperavam justamente que a Segurança Social para a qualcontribuíram (em alguns casos por muitos anos) não lhesnegasse as prestações compensatórias do seu direito aotrabalho, de forma a minorar os efeitos da situação, muitasvezes trágica, em que inesperadamente caíram11.

Por outro lado, face ao novo regime e sempre que sucede asituação acabada de aludir, o Contencioso do SBN fica (está)confrontado com o seguinte dilema: recusa pura e simples-

Questões l JURÍDICAS

mente o patrocínio ao bancário (associado) despedido comjusta causa, que é reconhecida e aceite por este, respeitandoos princípios e normas legais que não permitem "advogarcontra o direito" nem "deduzir pretensão ou oposição cuja faltade fundamento não devia ignorar"12, cumprindo assim oregulamento interno do CTC; ou, pelo contrário, dá atenção àsituação desesperada do bancário (associado), compreensi-velmente indignado e inconformado com a sua dupla condena-ção (despedimento e exclusão do subsídio de desemprego), coma sua dignidade e subsistência condigna feridas de morte e, porisso, reclama o recurso a tribunal, para beneficiar do subsídio dedesemprego até encontrar nova ocupação profissional, recusan-do a iníqua imposição legal que obstaria a tal pretensão.

A lei e os princípios (éticos e deontológicos) impedem aimpugnação judicial; por outro lado, o direito à vida (sobrevi-vência) condigna, o direito a alimentos ou a assistênciamaterial na situação de desemprego em causa, pode tornarjusta e atendível, em todo e qualquer caso, a pretensão daimpugnação judicial?

Quem trabalha por conta de outrem arrisca-se a ser despe-dido por justa causa. O despedido por justa causa não é, por isso,um "desempregado voluntário"! Só o caso de infracção disci-plinar, cometida com intenção dolosa de beneficiar do subsídiode desemprego, deveria justificar a privação deste direito. Ocomportamento culposo da infracção disciplinar não deve, emregra, fundamentar a privação do direito ao subsídio dedesemprego (que é fundado, como se viu, no princípio dacontributividade), tal como o subsídio de doença nunca foi

Retrocesso, drama e dilemaSanção de despedimento e direito ao subsídio de desemprego

negado ao trabalhador beneficiário da Segurança Social queficou incapacitado para o trabalho por doença originada emcomportamento voluntário e em alguma medida culposo (oabuso do tabaco, o consumo de drogas ou álcool, as queima-duras solares ou do gelo…).

As batotas ou fraudes à Segurança Social, relacionadas como subsídio de desemprego, não se centram, de modo nenhum,nos casos do despedimento com justa causa, apurada emprocesso disciplinar.

Impõe-se a reposição urgente do regime que, desde 1985,vigorou por mais de 20 anos.

*Advogado, coordenador no Contencioso do SBN

TEXTO: GOUVEIA COELHO*

1 Cf. Art. 59.º-1/e da CRP2 Salvo nos termos previstos no Art. 18.º da CRP3 Cf. Art. 59.º, 17.º e 18.º da CRP4 Alterado pelo DL 297/83, de 24/065 Cf. preâmbulo do cit. DL 20/856 Cf. Art. 3.º-1 do DL 20/857 Cf. preâmbulo do mesmo DL8 Vd. Art. 7.º-1/a do DL 119/999 Vd. Art. 9.º-1/a10 Vd. Art. 9.º-211 Fomos confrontados, em data muito recente, com a tentativa de um homicídio de um bancáriodespedido, após uma longa carreira de sucesso, sem qualquer incidente disciplinar…12 Vd. Art. 85.º-2/a da Lei 15/2005, de 26/01, e Art. 456.º-2/a do CPC

As batotas ou fraudes à Segurança Social, relacionadascom o subsídio de desemprego, não se centram, de modonenhum, nos casos do despedimento com justa causa,apurada em processo disciplinar.

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dossier

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Cada cabeça sua sentença. Não fal-tam teorias e opiniões sobre quaisas medidas mais eficazes – e justas

– para resolver a crise em que o País estámergulhado e sanear as contas públicas,todas elas pautadas por opções não só

de carácter puramente económico mas,sobretudo, de cariz político/partidárioe/ou ideológico.

O Governo avançou com um Programade Estabilidade e Crescimento (PEC), quedepois de apresentado aos partidos e aosparceiros sociais seguiu já para aprova-ção em Bruxelas. Com o apoio de doiseconomistas – Henrique Milheiro, profes-sor do Ensino Superior, e Paula Bernardo,da Comissão Executiva da UGT –, a "Revis-ta Febase" descodifica o documento, apre-sentando as principais medidas que vãoinfluenciar as condições de vida dos tra-balhadores portugueses.

Opinião generalizada (se exceptuar-moso Governo), é que as medidas preconiza-das pelo PEC denotam uma clara opçãopor uma tentativa de equilíbrio das con-tas públicas pelo lado da redução dadespesa, ao invés de apostar no aumentodas receitas – e a contenção da despesaé feita sobretudo através dos salários edas prestações sociais.

A UGT não tem dúvidas: "Este programaestá muito orientado para a redução dodéfice e pouco para o crescimento e oemprego, o que significa que vamos ter

um período relativamente longo de baixocrescimento económico, logo com ten-dência para a taxa de desemprego semanter em níveis elevados, o que poten-cia pobreza e exclusão social." Ou seja,conclui Paula Bernardo, "todas estas situa-ções geram desigualdades sociais".

Fazer face ao descalabro

Face ao descalabro das contas públi-cas, um programa de estabilidade tor-nou-se obrigatório – fosse este ou ou-tro. Na verdade, duas ordens de razõesobrigavam ao assumir das medidasrestritivas que lhe estão associadas.

Em primeiro lugar, por imposição ex-terna. O equilíbrio das contas é garantidoestimulando o crescimento e controlan-do o valor do défice orçamental (abaixode 3% do Produto Interno Bruto) e dadívida pública (abaixo de 60%), pelo queos 16 membros da Zona Euro têm deassinar obrigatoriamente o PEC, devendoapresentá-lo todos os anos como de-monstração do seu empenho no controlodas contas públicas.

Depois, porque se entende que a con-solidação das contas públicas constituiuma condição indispensável para quePortugal possa encetar uma fase de cres-cimento económico sustentado, suscep-tível de permitir a convergência com ospaíses mais desenvolvidos da União Eu-ropeia.

Ou seja, a promoção da competitivida-de e do apoio ao emprego e à solidarie-dade social só será possível se o País forcapaz de recuperar rapidamente a via deconsolidação das contas públicas.

E a verdade é que Portugal tem neces-sidade de controlar o défice das suascontas públicas – que ultrapassa, de umaforma bastante significativa, os níveishabitualmente considerados como acei-táveis: 9,3% do Produto Interno Bruto(PIB), muito acima dos 3% exigidos comomáximo admissível, representando ac-tualmente a dívida pública mais de 110%do rendimento anual produzido no País.

Os antecedentes

Face a esta situação, coloca-se umaquestão pertinente: como foi possívelPortugal chegar a esta situação?

Não há uma resposta de sentido único.Erros próprios e causas alheias estãoentre as razões que conduziram o País àsituação actual.

Em matéria de erros, refira-se os decor-rentes de medidas e acções de políticaeconómica menos conseguidas, que vêmde há largos anos, com evidentes impac-tos sobre a vida das pessoas e sobre o seubem-estar futuro.

Mas para o actual descalabro muitocontribuíram causas alheias, uma vezque a crise financeira e económica inter-nacional teve um evidente impacto emPortugal, à semelhança do sucedido nageneralidade das economias.

Por isso no Outono de 2009 a Europaadoptou um pacote de emergência que

visava coordenar a resposta dos Estados--membros à crise financeira global, sen-do de assinalar a importância do papelestabilizador da União Económica e Mone-tária na resposta à crise financeira mundi-al e à ameaça de uma grande depressão.Também relevante neste plano foi o con-tributo do Banco Central Europeu (BCE).

Em Portugal, o agravamento do déficeresultou, essencialmente, de uma que-bra de receita fiscal e contributiva supe-rior a 10%, significativamente maior quea contracção nominal do PIB.

Por outro lado, o Governo portuguêsteve uma intervenção forte na envolven-te económica e social, com a implemen-tação de medidas de apoio ao financia-mento da economia e às empresas, no-meadamente às de pequena e médiadimensão, bem como aos desemprega-dos e às famílias – o que teve reflexosevidentes e imediatos na deterioraçãodas contas públicas.

Aumentaro fosso

A deterioração do saldo anual das re-ceitas e despesas públicas, que em Por-tugal assume um nível bastante superiorao da generalidade dos países europeus,

levou a União Europeia a definir um con-junto de regras que os Estados-membrosdevem respeitar para garantir o equilí-brio das contas públicas.

Nessa medida, todos os membros daUE devem apresentar um Programa deEstabilidade e Crescimento, integrandoinformações e estimativas sobre a acti-vidade desenvolvida no último ano, so-bre o ano em curso e, ainda, sobre os trêsanos subsequentes. Respondendo a essaimposição, o PEC português assume, pois,o carácter de um plano a quatro anos para

PEC, o mal-amadoDuas certezas foram já

interiorizadas pelaesmagadora maioria dos

portugueses: as contaspúblicas atingiram o

descalabro e é precisoinverter a situação. E uma

constatação, comoconsequência: vamos

mesmo "apertar o cinto".Uns mais do que outros, é oreceio de muitos. A balança

dos sacrifícios penderánovamente para o lado dos

trabalhadores?

A consolidação das contas públicas pode ser feita por duas vias (ou por um equilíbrio entreambas): contenção das despesas e aumento das receitas. O PEC aposta sobretudo no corte degastos do Estado.

Eis as principais medidas que o Governo prevê tomar para reduzir as despesas públicas:- Congelamento dos salários da função pública (defendendo também uma política de contenção

salarial tanto para a Administração Pública como para o Sector Empresarial do Estado, nohorizonte temporal de vigência do actual PEC, sejam quais forem as taxas de inflação e decrescimento da produtividade);

- Prestações sociais amputadas, permitindo assim que os impostos não sejam excessivamenteagravados. Ou seja, prevê-se que diminua a despesa com prestações do regime não contributivoda Segurança Social através da redução do valor nominal das transferências do Orçamento doEstado para o Orçamento da Segurança Social e do congelamento, em termos nominais, dageneralidade das prestações sociais até 2013;

- Pensões de reforma vão continuar a diminuir, e o Governo quer ainda acelerar a convergênciado regime de pensões da Caixa Geral de Aposentações com o regime geral da Segurança Social;- Alterações na regulamentação que atribui o subsídio de desemprego, possibilitando algumaspoupanças nas despesas do Estado;

- Eliminação, prevista para 2011, das medidas de apoio à crise que foram tomadas em 2009e mantidas no ano em curso;

- Redução, para níveis excessivamente diminutos, do investimento público, com os naturaisreflexos na criação de maiores dificuldades em termos da recuperação económica do País.

Conter as despesas…

… e aumentar as receitasMuitos especialistas defendem que a forma

correcta, sustentável e desejável de aumentaras receitas públicas será, sempre, a que decorrede um aumento da produtividade, capaz degerar mais receitas a partir do desenvolvimen-to da actividade económica. Mas sendo estauma situação que, a ser conseguida, apenassusceptibiliza a obtenção de resultados a médioou longo prazo, a contenção das despesas e oaumento das receitas coercivas constituem eacabam por ser as vias usuais para alcançar adesejada redução do défice das contas públicas.

Apesar de o Governo afirmar que não iráaumentar os impostos, muitas famílias verão asua carga fiscal agravada.

Estas são as principais medidas do PEC comvista a um aumento das receitas:

- Diminuição das deduções à colecta daspensões acima dos 22.500• anuais;

- Criação de mais um escalão de IRS, com umataxa de 45%, para os rendimentos de 150 mileuros;

- Agravamento da taxa para os investidoresque tenham mais-valias com a venda de ac-ções;

- Perda da isenção, para quem detinha acçõeshá mais de um ano, ficando todos sujeitos a umataxa de 20%;

- Introdução de limites máximos nos benefí-cios e deduções fiscais de que os contribuintespoderiam usufruir, tectos que vão depender dosrendimentos de cada um, isto é, quem ganhamais vai deduzir menos, ou seja, pagar mais.Para os rendimentos mais baixos – até 7.250euros – não haverá qualquer mudança e tudocontinua a funcionar como até hoje, mas asfamílias com rendimentos superiores a estelimite mínimo verão agravada a sua cargafiscal, por força das menores deduções quepoderão efectuar.

- Alargamento (e maior controlo) da basecontributiva das empresas para a SegurançaSocial, aspecto que, para algumas actividades,assume uma importância ainda hoje dificilmen-te detectável.

Programa de Estabilidade e Crescimento l DOSSIER

TEXTO: INÊS F. NETO

Portugal tem necessidade decontrolar o défice das suas contaspúblicas – que ultrapassa, de uma

forma bastante significativa, osníveis habitualmente consideradoscomo aceitáveis: 9,3% do ProdutoInterno Bruto (PIB), muito acimados 3% exigidos como máximo

admissível.

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Entre os diversos aspectos abordados, destacam-se a situação danegociação do Contrato Colectivo de Trabalho e a Tabela Salarial para2010. Relativamente a esta matéria, os Conselheiros Gerais e Delegados

Sindicais apresentaram uma moção, aprovada por unanimidade e aclamação,intitulada "Pelo direito à indignação" (ver caixa).

Foi ainda aprovado, por unanimidade, o Relatório e Contas do exercício de 2009.De referir que o mesmo contempla receitas no montante total de 1.338.793,33euros, tendo o Sindicato apresentado o resultado positivo de 6.404,16 euros.

Ainda na ordem de trabalhos desta reunião, foi aprovada a aquisição de um novoimóvel em Castelo Branco, no total de 817.000,00 euros.

Conselho Geral debatenegociação colectivaOcorreu, no passado dia 24 de Março, uma reuniãoordinária do Conselho Geral do Sindicato dosTrabalhadores da Actividade Seguradora (STAS)

TEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

Está a decorrer até ao próximo dia19, no Espaço Arte da Tranquilida-de, em Lisboa, a 2.ª Exposição

alusiva ao Concurso Fotográfico FotoSTAS 2009.

As instalações foram gentilmente ce-didas pela Tranquilidade. Para além deum magnífico espaço para se fazer artee beneficiando de uma excelente loca-lização no centro da cidade – Av. daLiberdade – foi possível revelar, umavez mais, o talento dos nossos associa-dos e tornar ainda mais apelativa estainiciativa que contou, até à data, comsignificativa afluência.

Exposição no EspaçoArte Tranquilidade

SóciosmostramtalentofotográficoTEXTO: PATRÍCIA CAIXINHA

Notícias l STAS - Actividade Seguradoradossieras contas públicas, no qual são estabele-cidos os objectivos a atingir no que res-peita ao défice, à dívida pública, à despe-sa e à receita.

O plano apresentado define o cenáriode evolução económica, admitindo oGoverno que até 2013 o PIB apresenteuma taxa de crescimento de 4,7%. Paraa maioria dos analistas, este cenáriomacroeconómico é considerado poucoambicioso, pois admite implicitamenteuma taxa média de crescimento anualpouco superior a 1%.

Confirmando-se essa taxa de cresci-mento, Portugal vai aumentar ainda maiso fosso de desenvolvimento que o separajá dos parceiros europeus.

E, no plano da criação de empregos, oresultado será ainda mais grave: umataxa de crescimento tão reduzida prati-camente não gera novos postos de traba-lho, razão pela qual os mais de 500.000desempregados actuais poucas esperan-ças devem retirar dos próximos quatroanos. Por outras palavras: a taxa de de-semprego deverá continuar a ser defini-da por dois dígitos e uma casa decimal.

Ou seja, o cenário económico definidopelo Governo para os próximos quatroanos implicita que a correcção do déficedas contas públicas não será conseguidoatravés do crescimento das receitas de-correntes de uma maior actividade eco-

Considerando essencial o combate ao défice e a consolidação das contaspúblicas, a UGT critica no entanto o PEC apresentado pelo Governo, nomea-damente no que diz respeito à redução da despesa em áreas sociais.

Numa Resolução do Secretariado, a Central Sindical insiste em que aspolíticas económico-sociais para os próximos quatro anos não podem esgotar-senas medidas de consolidação das contas públicas. Pelo contrário, defende:

- O reforço das políticas públicas: políticas na esfera social, visando ocombate à pobreza, à exclusão e às desigualdades sociais; a modernização eo reforço da eficiência da Justiça; a promoção de um Estado de direito;

- A necessidade de políticas sectoriais, que permitam responder às neces-sidades específicas dos sectores, quer em termos de modernização daactividade económica, quer de emprego e qualificação dos trabalhadores;

- O reforço da adaptabilidade à mudança, nomeadamente no mercado detrabalho, o que deve ser feito por via da negociação colectiva, cabendo aoGoverno criar um quadro favorável à mesma, nomeadamente assegurandoum funcionamento eficiente dos mecanismos de mediação, conciliação earbitragem.

nómica. Pelo contrário, torna-se eviden-te uma postura conservadora na estraté-gia de consolidação orçamental, assu-mindo o Executivo uma clara opção pelaredução do défice pela via da diminuiçãoda despesa pública.

Diminuiçãodo nível de vida

Face a esta opção, todos os analistassão unânimes em concluir que o nívelmédio de vida dos portugueses vai, semdúvida, sofrer uma diminuição assinalá-vel.

Desde logo porque o Estado vai gastarmenos em saúde, educação e no apoio àsfamílias mais desfavorecidas. Por outrolado, nos próximos quatro anos os contri-buintes vão pagar mais impostos, umafracção significativa dos trabalhadoresterá os seus salários congelados e o aces-so às prestações sociais será mais crite-rioso – tudo em nome da redução susten-tável do défice orçamental para 2,8% doProduto Interno Bruto em 2013.

Além disso, o corte no "rating" da dívidade longo prazo de Portugal vai acarretarum encarecimento do serviço da dívida,o que pode implicar que as medidas emtermos da trajectória do défice público,tal como previsto no PEC, poderão ter queser medidas ainda mais fundas ao níveldo corte da despesa.

As empresas vão ser também visadas,uma vez que as repercussões sentir-se-ãoigualmente ao nível do seu endivida-mento mas, fundamentalmente, serão

os consumidores a sentir o acumulardestes efeitos.

Na verdade, a subida da taxa de juropoderá ser dramática para muitas famí-lias portuguesas com um nível de endivi-damento extremamente elevado, quepoderão sentir uma enorme pressão noseu orçamento familiar, com repercus-sões na sua capacidade para regularizaras dívidas e, por isso, com directas inci-dências na actividade bancária.

Também os jovens em idade e condi-ções de entrar no mercado de trabalhonão verão surgir novas oportunidades. Eos actuais desempregados tornar-se-ãodesempregados de longa duração…

Outras soluções, menos penalizado-ras do factor trabalho, seriam possíveis.É o caso, por exemplo, do aumento dereceitas por via fiscal, através do IVA, doIRC – e não do IRS –, da tributação dasmais-valias bolsistas ou da criação deuma taxa sobre as transacções financei-ras especulativas, como propõe a UGT,entre outras instituições.

As sugestões da UGT

Um C… de (verdadeiro) crescimento

Para a UGT, o combate ao défice não pode obstaculizaras políticas de promoção do crescimento económicoe do emprego, considerando essencial o reforço doinvestimento público e privado essencial.

Assim, defende a promoção de diferentes tipos deinvestimento:

- Investimentos estruturantes, essenciais ao desen-volvimento sustentável do País e à melhoria dascondições de vida das gerações futuras. Neste domí-nio, importa distinguir claramente as responsabilida-des financeiras do Estado das do sector privado, de-vendo esta informação ser claramente revertida parao PEC e para os próximos exercícios orçamentais;

- Investimentos com impacto social, que permitamnão só responder a necessidades das populações emáreas como a rede escolar, as creches, o apoio aidosos, a saúde, como também criar novos postos detrabalho;

- Outros investimentos, nomeadamente a nívelautárquico, devendo aqui também privilegiar-se adimensão social dos mesmos. A celebração de proto-colos com as autarquias, nomeadamente em domí-nios como a reabilitação urbana, afigura-se bastanterelevante.

Investimento, precisa-se!

Os jovens em idade econdições de entrar no

mercado de trabalho nãoverão surgir novas

oportunidades. E os actuaisdesempregados tornar-se-ão

desempregados de longaduração.

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Notícias l STAS - Actividade Seguradora

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Futebol de 7 Castigos/disciplina3 cartões amarelosDário Vicente*/INTER Partner

2 cartões amarelosRicardo Marques; Pedro Rã; João Romãoe Luís Homem/JOVENS SegurosRui Velho/G. D. C. FM/IBHugo Vale e Ricardo Lopes/INTER PartnerVítor M. Henriques/ZURICH SegurosVasco Sousa e Miguel Silva/CA SegurosPedro Peleja/AXA SegurosMárcio Henriques e Carlos Santos/GLOBAL Seguros

1 cartão amareloRui Seixas; Paulo Carvalho; Pedro Laia; Luís Dias ePedro Marques/JOVENS SegurosPedro Cruz; Francisco Castro; Nuno Gentil e PedroCamacho/G. D. C. FM/IBPedro Mota Ribeiro; Rui Cunha; Pedro Gonçalves;Nuno M. Ribeiro e Daniel Rocha Silva/AXA SegurosLuís Batista; Hugo Machado; Ricardo Rodrigues; Mi-guel Canhestro e José Mendes/CA SegurosFlávio Santos; António Braz; Paulo Pereira e MaelBarata/INTER PartnerAntónio Simões; Tiago Valente; Vasco Pego; AntónioPereira; Alexandre Nunes; Pedro Nunes;Pedro Martins e Pedro Cardoso/A.M.A. SegurosGilberto Lagarto; Nuno Fernandes; João Garcia; JoãoMarques; Luís Carvalho; João Lino e Carlos Henri-ques/GLOBAL SegurosBruno Medeiros; Edgar Lopes e Miguel Salvador/ZURICH Seguros

*O atleta Dário Vicente (INTER Partner)1 jogo de castigo conforme regulamento:

* Acumulação de 3 amarelos– 1 jogo de castigo.

** Cartão vermelho por acumulação de amarelos– 1 jogo de castigo.

*** Cartão vermelho directo– de 2 jogos de castigo à irradiaçãodo torneio.

Comemoração do 2.º aniversárioda Associação Renovar a Mouraria

No passado dia 19 de Março, a Associação Renovar a Mouraria celebrouo seu 2.º aniversário no salão nobre do STAS, no âmbito de uma parceriarecente e de carácter solidário, que envolve estas duas entidades locais

com vista à dinamização da zona da Mouraria e do Intendente.A cerimónia, que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal

de Lisboa, Dr. António Costa, do Vereador Arq.º Manuel Salgado, e de umAdministrador do Museu Colecção Berardo, serviu para apresentar os diversosprojectos que esta jovem associação tem para o bairro da Mouraria.

Global Seguroscontinua a liderar

Bruno Medeiros, liderdos melhores marcadores

Ao longo de décadas, quantos riscos,quantos perigos, quantas desilusões,quanto sofrimento, quantas incom-

preensões, foi necessário ultrapassar. Mastambém que tamanhas alegrias pelas vi-tórias alcançadas, que tranquilidade deconsciência por se ter dado tudo por tudo,sem nada esperar em troca. Foi assim quechegámos até aqui e por isso podemos, edevemos, estar todos orgulhosos.

O STAS-Sindicato dos Trabalhadores da Ac-tividade Seguradora, denominação actual,

tem assumido, como lhe compete, o pas-sado, com as suas glórias que são muitas,com as suas fraquezas, com os seus heróise militantes por um lado, mas com os seusfracassados pelo outro. Todos contribuírampara o Sindicato que hoje somos.

Assumindo o que fomos perante a Histó-ria, fazemo-lo com o orgulho de quem sabeque o nosso Órgão de Classe desempenhou,através dos tempos, um papel globalmen-te positivo ao serviço dos trabalhadores.No futuro, quando a História se puder fazercom o distanciamento necessário, não te-nhamos dúvidas de que o nosso lugar seráentre aqueles que, honestamente, contratudo e contra todos lutaram, sempre, peladignificação do Homem e Mulher Trabalha-dores, pela sua libertação e pelo reconhe-cimento do seu lugar insubstituível na cons-trução da sociedade nova.

Nomes há que, para sempre, serão lem-brados porque sobressaíram em determi-nados momentos e épocas, contribuindode forma decisiva para vencer dificulda-des, ultrapassar obstáculos e dinamizar aacção sindical de acordo com as exigênciasdos tempos que viveram. Mas não pode-mos deixar de recordar todos quantos,com a sua entrega humilde, contribuíramde forma igualmente decisiva para a con-solidação do nosso Sindicato.

Com um punhado de homens e de mui-tos outros mais, onde se incluem tambémmulheres desde 1973, conseguiu-se, aolongo de 76 anos, passo a passo, degrau adegrau, lenta mas seguramente construiruma vida melhor para os trabalhadores deseguros. E forçoso é reconhecer que asgerações mais novas foram sempre enecessariamente lucrando com o trabalhodas anteriores.

Sempre o nosso Sindicato esteve pre-sente nos momentos decisivos. Como sesabe quando foi necessário e possível lutarpor um movimento sindical forte, activo edinâmico, quando foi necessário comba-ter decisivamente o sindicalismo corpora-tivista que nos amordaçava, sob o regime

fascista, estivemos na primeira linha efomos co-fundadores da Intersindical naclandestinidade. Depois, já em democra-cia, após o glorioso e esperançoso 25 deAbril quando a liberdade sindical por quelutávamos voltava a estar em perigo, denovo estivemos na primeira linha e fomosco-fundadores da UGT. É na vanguardadeste combate, que queremos continuar,sem rodeios nem desfalecimentos.

A dignificação de quem trabalha deveráser cada vez mais uma realidade. Os tra-balhadores, os dirigentes sindicais devemsensibilizar-se para empreenderem comum empenho cada vez maior a transfor-mação qualitativa dos objectivos do seutrabalho, que é o ultrapassar a fase do TERpara se atingir o SER.

Na verdade mais do que TER o Homempara se realizar e ser feliz tem que SERMAIS. Esta é sem dúvida a grande tarefa domovimento sindical. É preciso compreen-dê-la a tempo, ou seremos irremediavel-mente ultrapassados.

Um apelo, agora, à juventude para quecontribua activamente para a renovaçãodo Sindicato e aos menos jovens para quenão desistam, nem vacilem pois a suacontribuição continua a ser imprescindível.

A hora é de crise, de sobressaltos, deangústia, mesmo de desespero nalgunscasos, para alguns trabalhadores de segu-ros, para centenas de milhar de trabalha-dores portugueses, como para milhões detrabalhadores do Mundo inteiro.

Este Sindicato sente e tem consciênciados graves problemas com que todos nosdebatemos actualmente. Esperamos quea evolução da situação política e social nosseja favorável – haja esperança.

Se todos quisermos, e temos de querer,a nossa força e a nossa solidariedade serãosuficientes para vencermos.

Não tenhamos dúvidas: a Hora é, apesarda crise, e para além da crise, a Hora daEsperança! A Hora é de conseguir mais emelhor! Assim todos saibamos ser dignosda época em que vivemos. É nesta épocaque o Sindicato tem que se inserir, aoserviço da sociedade e do homem e mu-lher trabalhadores, assumindo o risco,única forma de transformar os potenciaisperigos e os inevitáveis temores e pesa-delos, em factores de progresso, de bemestar e felicidade.

Assim havemos de ser fiéis ao Sindicatoque fomos, merecer o Sindicato – septua-genário – que somos e construir o Sindicatoque queremos ser.

Tarefa sem dúvida difícil, mas possível.Tarefa enorme mas à dimensão da nossacapacidade e dignidade de trabalhadores!

*1.º Vice-Presidente da Direcção do STAS

Das origens ao presente……passaram 76 anos.No dia 28 de Fevereiro de 1934 foi constituído por alvarádo então Sub-Secretário de Estado das Corporaçõese Previdência Social, o Sindicato Nacional dos Empregadosdas Companhias de Seguros do Distrito de Lisboa,com a sua sede na Rua Augusta, 100, 3.º, em Lisboa

TEXTO: JOSÉ LUIS PAIS*

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OCongresso fundador da UGT - Al-garve realizou-se no dia 20, nasinstalações da Escola de Hotela-

ria e Turismo do Algarve, em Faro, coma presença de cerca de 70 delegados,vinte deles em representação do Sindi-cato dos Bancários do Sul e Ilhas.

Tal como nos congressos similaresanteriormente realizados noutros dis-tritos, o evento serviu para discutir evotar os novos Estatutos da União e oprograma de acção a desenvolver, parauma intervenção mais eficaz na região.

Depois de discutidos e aprovadosaqueles dois documentos, seguiu-se aeleição dos órgãos dirigentes da novaUnião e a sua tomada de posse, já napresença de João Proença, o Secretário--Geral da UGT, que também interveiona sessão de encerramento com que seconcluíram os trabalhos, bem comoLuís Trindade, do SISEP, eleito Presiden-te da UGT - Algarve e o Presidente daMesa daquela União, João Esteves, doSBSI.

Do SBSI foram ainda eleitos Vítor Soa-res, que deverá ser indigitado como umdos Vice-presidentes, José João Ribeiro,para Presidente do Conselho Fiscaliza-dor de Contas.

Após o Congresso, seguiu-se um se-minário, subordinado ao tema "Promo-ver o desenvolvimento e o emprego dequalidade", que contou com a presençado Dr. Alberto Melo, Delegado regionaldo IEFP, do Dr. Mendonça Pinto, da CCDRdo Algarve, e do Prof. Adriano Pimpão,da Universidade do Algarve.

No dia seguinte, numa unidade hote-leira local, teve lugar o Congresso fun-dador da UGT - Beja, que funcionou emmoldes idênticos ao do Algarve e coma mesma ordem de trabalhos, contandocom a presença de cerca de 40 delega-dos, sendo onze os representantes doSindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.

Após a sessão de encerramento,que contou com a presença do Secre-

Mais duas uniões distritais da UGTna área do nosso SindicatoA UGT avança com o seu plano de criação de uniões distritaise mais duas foram criadas na segunda quinzena de Março– a do Algarve e a de Beja – com a realização dos seus congressosfundadores e eleição dos respectivos órgãos dirigentes, que foramacompanhados por José Resende, em representação da Direcção do SBSI

tário-Geral da Central, realizou-se umseminário, sob o mesmo tema, e noqual intervieram a Dra. Ana Duarte,Delegada regional do IEFP, e o Eng. JoséDomingos Negreiros Velez, vereadorda Câmara Municipal de Beja.

Após o debate que se seguiu, aindausaram da palavra o Director da CEFO-SAP e João de Deus, Presidente da UGT.

Os órgãos eleitos da nova UGT - Bejacontam com três sindicalistas do SBSI:Joaquim Figueira Barriga é o Presiden-te, Francisco Baptista ocupará a funçãode Vice-presidente da Mesa do Con-gresso e do Conselho Geral e Rui Palma

Luz a de Presidente do Conselho Fisca-lizador de Contas.

Entretanto, também os Congressosfundadores de Castelo Branco, Portale-gre e Évora estão marcados para Abril:o primeiro já teve lugar, no passado dia11, e os dois últimos realizam-se nopróximo fim-de-semana, nos dias 17 e18, respectivamente.

Por este motivo, já se realizaram aseleições de delegados do SBSI em cadauma daquelas áreas, tendo sido eleitosseis delegados em Castelo Branco, cin-co na Covilhã, oito em Portalegre e onzeem Évora.

Notícias l Bancários Sul e IlhasNotícias l STAS - Actividade Seguradora

Pois bem! Foi para mim e paramuitos de vós, por certo, umaagradável surpresa. Auguro-lhe

as maiores venturas.Parabéns, pois, aos seus criadores,

quer sejam autores, editores, repórte-res ou ilustradores. É desta massa que asrevistas surgem. Boa vontade não lhesfalta.

Para já e numa primeira experiência,não quero deixar de participar, para acontinuidade da nossa revista, lançan-do o repto a futuros colaboradores comas suas ideias.

Ideia em questão: Revista Febase.Ideia? Ideia. Ideia!Não sei a sua origem. Duvido até que

a Ideogenia seja capaz de a descobrir.A realidade é que lhes deu contas que

estavam a Idealizar uma revista.

A Ideação multiplicou-se, reprodu-ziu-se… e nasceram muitas Ideiazinhas.

Neste número 2 quis anunciá-las."Peguei" no teclado. Faltaram, no en-tanto, as palavras.

Pensei em elaborar um Ideograma.Não o consegui, pois não sou Ideógrafo.Duvido até que a Ideografia disponhade meios ao seu alcance para explanar,como é seu mister, por sinais, aquiloque vos quero transmitir.

Então abri o dicionário. Vi o que diz seruma ideia:

- Pensamento; imagem; lembrança;opinião; projecto; intenção; invenção...

Fechei-o.Apontei novamente para o teclado.Esperei.E voltei a esperar por não encontrar

uma forma rápida, ortograficamente

Mensagem

16 de Março de 2010. Data em que nasceua Revista Febase – Federação do Sector Financeiro.Tentativa, a todos os títulos louvável, de aproximaçãode todos os associados dos Sindicatos que constituem a Febase

precisa e gramaticalmente talentosade vos dizer que a minha Ideia ao ela-borar esta nota é estar com quem tevea paciência de a ler, pauperrimamenteIdealizada, até ao fim.

O que espero, não tenha sido, umatriste ideia…

TEXTO: JOSÉ LUÍS PAIS

TEXTO: RUI SANTOS

Reformadosno "Convento de Alpendurada"

O Secretariado da Secção Sindical de Reformados está a organi-zar um passeio ao "Convento Hotel de Alpendurada", de 31 de Maioa 2 de Junho.

O programa detalhado e demais informação estão disponíveisna referida Secção Sindical e as inscrições estão abertas até 10 deMaio, presencialmente ou pelos telefones 213 216 040/1/2/4.

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Tudo isto com reflexos na vida pro-fissional e pessoal das mulheres.Daí a necessidade de introduzir o

conceito de parentalidade no Código doTrabalho, que reforça o papel do pai napartilha de responsabilidades, que es-tende ao pai parte dos direitos que, atéagora, eram apenas concedidos à mãe.

A licença parental inicial (antiga li-cença de maternidade), gozada emexclusivo pela mãe, continua a ser pagaa 100%, em caso de 120 dias, e a 80%,em caso de 150 dias.

Acresce a possibilidade desse perío-do de licença de 150 dias, nas situaçõesem que cada um dos progenitores gozepelo menos 30 dias consecutivos, omontante diário ser igual a 100% daremuneração de referência do beneficiá-rio. Também no caso de opção de umalicença de 180 dias, nas situações emque cada um dos progenitores gozepelo menos 30 dias seguidos ou em doisintervalos de 15 dias, igualmente con-secutivos, o montante diário será iguala 83% da remuneração de referência dobeneficiário.

Apesar disso, a verdade é que a rea-lidade é bem mais conservadora do queo legislador. Daí que seja especialmen-te importante, por um lado, o efectivocumprimento da lei da parentalidade e,por outro lado, a promoção da partilhade responsabilidades. A cidadania de-mocrática só será plena quando a igual-dade entre mulheres e homens for umarealidade e essa passa necessariamen-te por conciliar no masculino.

Dada a importância da conciliação nomasculino, não podemos deixar de real-çar o papel da Directiva da Licençaparental – Directiva 2010/18/EU doConselho de 8 de Março de 2010 – quecorresponde no nosso ornamento jurí-dico à nossa licença parental comple-mentar, na modalidade de licença pa-rental alargada.

Na Cláusula 2.ª - Ponto 1 diz: "Por forçado presente acordo, é concedido aostrabalhadores de ambos os sexos umdireito individual à licença parental, pelo

A9.ª e última jornada da série Bteve lugar no passado dia 27,com quatro equipas ainda en-

volvidas na luta pelo quarto lugar, oúltimo de acesso à fase final, onde os trêsprimeiros – Clube GBES, GD SantanderTotta e Uniteam – já tinham garantidopresença na ronda anterior.

A jornada começou com o Clube GBESa impor forte derrota aos Cota Team, por7-1, e com Nuno Simões a fazer três dosgolos dos "verdes".

O jogo seguinte, entre os Red Team e aCCAM TV não se disputou, por falta de

Parentalidade: bom para os pais

Na sociedade portuguesa, o conceito do papel da mulherna família continua a ser de cuidadora e zeladora,com responsabilidade exclusiva na gestão da vidadoméstica, no cuidado da casa, dos filhos e dos ascendentes

melhor para os filhos

nascimento ou pela adopção de um filho,para dele poderem cuidar até uma de-terminada idade, que poderá ir até aosoito anos, a definir pelos Estados-Mem-bros e/ou pelos parceiros sociais".

Ponto 2 - "A licença é concedida porum período mínimo de quatro meses e,no intuito de promover a igualdade deoportunidades e tratamento entre ho-mens e mulheres, deve, em princípio,ser concedida numa base não transferí-vel. Para incentivar uma maior igualda-de entre ambos os progenitores no gozoda licença, pelo menos um dos quatromeses não pode ser transferido. Asmodalidades de aplicação do períodonão transferível são definidas a nívelnacional, mediante legislação e/ouconvenções colectivas, tendo em contaas disposições existentes nos Estados--Membros, em matéria de licenças".

Alguns dos compromissos da Directivapassam mais pelo papel dos parceirossociais na negociação colectiva

Para Portugal, será mais um aper-feiçoamento legislativo, já que temuma das mais avançadas legislaçõesa nível europeu. Espera-se no entan-to, uma abordagem do Governo aten-dendo ao impacto que tem na conci-liação entre a vida profissional, fami-liar e pessoal.

Apesar da legislação em vigor aindaexistem empresas, que não aplicam aLei da Parentalidade, caso do BancoBPI. Espera-se, rapidamente, uma ati-tude diferente para uma empresa quese quer socialmente responsável, poistrata-se de um problema de cidadania,em que os colaboradores do Banco sevêem privados.

Futsal

Apuramento de Lisboa está concluídoA 34.ª edição do torneio

nacional interbancáriode futsal continua a decorrer

com normalidade e a fasede apuramento de Lisboa,que envolveu 17 equipas,

chegou ao fim, coma realização dos jogos

da última jornada da série B

comparência destes, que foram desclas-sificados, pela aplicação do regulamentoda prova.

Seguiu-se o encontro mais equilibradoda ronda e que opôs os Uniteam aosMagníficos, que os primeiros vencerampor tangencial 4-3, depois de terem che-gado ao intervalo a vencer por 3-1. JorgeOliveira, o "capitão" dos Uniteam fezdepois o golo que garantiu a vitória, depouco tendo valido os três golos de RuyAntunes, da equipa do BCP.

A jornada terminou com mais umagoleada, imposta pelo GD Santander Tot-ta aos Multinhos. 12-2 foi o resultado,com cinco golos de Alexandre Caldeira ecom 7-0 ao intervalo. Uma goleada quegarantiu o primeiro lugar aos homens doSantander, que terminaram esta fasesem derrotas, tal como o Clube GBES,tendo-se verificado um empate entreambos, a quatro golos.

Esta foi a classificação final da série B:1.º GD Santander Totta, 23 pontos; 2.º

Clube GBES, 23; 3.º Uniteam, 20; 4.º RedTeam, 17; 5.º Multinhos, 15; 6.º Magníficos,14; 7.º Montepio Msul, 13; 8.º Cota Team, 10.

Os oitavos-de-final realizaram-se no pas-sado Sábado, dia 10, com os jogos: TeamFoot Activobank 7 - Os Craques da Bola(Tomar), Red Team - Os Tesos (Faro), OsGiraldos (Évora) - GD Santander Totta, BPI- Racing NR (Setúbal), Alentejanos (Porta-legre) - Uniteam e Fapoc - Clube GBES, e aeles faremos referência no próximo núme-ro de "O Bancário", bem como aos jogos dosquartos-de-final, marcados para o próximoSábado, dia 17, e já com a participação doscampeões dos Açores e da Madeira.

Agriteam venceapuramento dos Açores

O apuramento dos Açores decorreu nopassado dia 28, em Ponta Delgada. E delesaíram vencedores os Agriteam, daquelacidade, que, na final, derrotaram os Eco-nómicos, de Angra do Heroísmo, por 1-0,com o único golo da partida a dois minu-tos do final, por Rui Machado.

Antes, nas meias-finais, os Agriteambateram os Ilhéus, da Horta, por 6-1, e osEconómicos venceram os Coriscos, dePonta Delgada, por 4-2.

Aprimeira das três provas teve lugar em 27 de Fevereiro, naComporta, na zona dos fuzileiros, escolhida por acordo entre osrepresentantes dos Grupos Desportivos e a Comissão Organiza-

dora, devido ao mau tempo que então se fazia sentir.Participaram 66 concorrentes mas os pescadores do BST dominaram

em toda a linha, chamando a si quatro dos cinco primeiros lugares, jáque esta foi a classificação dos cinco mais pontuados: 1.º José CarvalhoPereira; 2.º António Serralha; 3.º João Agualusa; 4.º Manuel Ranhola(BPI); 5.º Manuel Pinheiro.

Surfcasting

João Carvalho é campeão do Sul e IlhasA 2.ª edição do campeonato nacional interbancário

de surfcasting irá terminar em 9 de Outubro, na praiada Foz do Arelho. Mas, na área do Sul e Ilhas,

já se realizaram as três provas de apuramento,que garantiram a vitória de João Carvalho, do Bancode Portugal, que teve forte concorrência, sobretudode José Manuel Sá e de Jorge Santo António, ambosdo BST, que se classificaram nos lugares imediatos

A segunda prova reali-zou-se em 13 de Março, naFonte do Cortiço, na zona deSanto André, e provocougrandes mexidas na classi-ficação geral, com José Ma-nuel Sá, do GD SantanderTotta, a chegar ao primeirolugar, seguido de Diaman-tino Bernardo, também doGD Santander Totta, e deJoão Carvalho, do Banco de

Portugal, classificando-se nos lugares imediatos Jorge Santo António,do GD Santander Totta, e Luís Vieira, do Banco de Portugal.

A última prova decorreu no passado dia 27, no Carvalhal, e viria aproporcionar a vitória final de João Carvalho, do Banco de Portugal,tendo-se classificado nos lugares imediatos:

2.º José Manuel Sá, do GDST; 3.º Jorge Santo António, também doGDST; 4.º José Duarte, do BPI; 5.º Luís Vieira, do Banco de Portugal.

O Banco de Portugal ganhou colectivamente, com 54 pontos,seguido do GDST 2, com 57, e do GDST 3, com 60.

TEXTO: RUI SANTOS

TEXTO: RUI SANTOS

TEXTO: PAULA VISEU

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Notícias l Bancários NorteBancários N

orte

Dos documentos aprovados pela Co-missão Permanente, sobressai o

facto de o resultado líquido consolidadodo SBN, no exercício em apreço, ter sidopositivo, em 3,498 M€.

Comissão Permanente aprova Relatório e Contas e autoriza Direcção a subscrever contrataçãoproposta para 0,7%, o que a Febase tão--pouco poderia considerar como propos-ta, dado que constituía, como se tornavaevidente, uma atitude pouco séria.

Em contrapartida, os Sindicatos res-ponderam que não assinariam abaixodos valores do ano transacto, mas queestariam dispostos a caminhar parauma tabela razoável e justa.

Entretanto, a CGD remeteu uma cartaao ministro das Finanças, solicitandoexclusão da orientação que impõe au-mento zero às empresas de capital maiori-tariamente público, pelo que se aguardaresposta para o prosseguimento das ne-gociações. Quanto ao BdP e ao IFAP,espera-se também a todo o momentoque as negociações tenham início.

No entanto, e considerando que todoeste contexto pode ainda encontrar-selonge de chegar ao fim, a Febase anun-ciou que não está excluída a possibili-dade de adopção de formas de luta emcrescendo, até à greve, para o queconcitará, em consonância com todosos seus associados do sector bancário,o empenho e a mobilização de toda aestrutura sindical.

Por último, Mário Mourão anunciouque foram solicitados vários pedidos deinspecção a diversos balcões – designa-damente do Montepio, do BPN, do Bar-clays e do Banco Popular – cujos resul-tados serão anunciados logo que a Au-toridade para as Condições de Trabalhodê conhecimento ao SBN dos relatóriosfinais.

Contas de 2009 com resultado positivoFoi aprovado em reuniãoda Comissão Permanente

do Conselho Geral, realizadano passado dia 30 de Março,

o Relatório e Contasdo exercício de 2009

e o respectivo parecerdo Conselho Fiscalizador

de Contas

Ao nível dos proveitos, foram recebidos32,307 M€, a título de quotizações e con-tribuições, valor que representa 64,17% dototal dos proveitos operacionais. Compara-tivamente com o exercício anterior, regis-

tou-se uma diminuição de 36.821, ou seja,o equivalente a uma variação de -0,11%.

Por sua vez, o valor do débito efectuadoà ACSS - Administração Central do Sistemade Saúde, resultante do acordo celebrado

Estrutura Consolidada 3.498.015 €

Actividade Sindical 172.788 €

Regime Geral 2.374.544 €

Fundo Sindical Assistência 930.033 €

Centro Férias Quinta Pais -68.303 €

Loja de Óptica 88.953 €

Desagregação do resultado líquido do SBN apurado no exercício de 2009

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Foi justamente sobre a negociaçãocolectiva que Mário Mourão ini-ciou a sua intervenção, denuncian-

do o impasse existente à data do Con-selho Geral. De facto, na reunião ante-rior com a APB, a Febase não chegou aacordo, uma vez que o patronato fezuma proposta de 0,5% de aumentosalarial, considerada ofensiva pela Fe-deração.

A situação ainda é mais insustentá-vel quanto é certo que a Banca, como foi

abundantemente anunciado, voltouno ano passado a registar pingueslucros, pelo que a proposta obrigou a

que se ficasse muito longe de se chegara um acordo. Posteriormente, e ainda quede forma não oficiosa, a APB subiu a

AComissão Permanente do Conselho Geral, reunidano passado dia 30 de Março, aprovou o Relatório

e as Contas da Direcção referentes ao exercício de2009 e o parecer do Conselho Fiscalizador de Contas.

Por outro lado, autorizou a Direcção a subscrevera proposta de revisão do ACT do sector bancário,bem como a proceder à negociação e à outorga

das restantes convenções de que o SBN é subscritor,nos exactos termos acordados para o ACT

Mário Mourãoanunciouque foramsolicitadosvários pedidosde inspecçãoa diversosbalcões,nomeadamentedo Montepio,do BPN,do Barclayse do BancoPopular

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Bancários Norte

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Notícias l Bancários Norte

Vê-se, portanto, que cada vez maishá inteira confiança nos genéri-cos, quer por parte dos médicos

quer dos doentes, porque, sem dúvidaque a sua qualidade está garantida.

O que se pode questionar é quemgarante a qualidade dos genéricos.

Em cada país existem responsáveispela aprovação dos medicamentos (ge-nérico ou não) e, no caso de Portugal,essa responsabilidade é da denomina-da Comissão de Avaliação do Medica-mento.

Mas, o que é um medicamentogenérico?

Como devem calcular, os laboratóriosde produtos farmacêuticos – nem to-dos, mas um número significativo –desenvolvem uma investigação cientí-fica contínua, na procura de novas mo-léculas com aplicação terapêutica nasmais variadas situações patológicas.

Essa investigação demora anos, osensaios clínicos também e muitas ve-zes o novo produto sintetizado não temaplicação clínica ou não é aprovadopelos organismos que superintendem apolítica do medicamento e que são – enem podia ser de outra maneira – extre-mamente rigorosos na sua apreciação.

Genéricos, mais uma vez

É com alguma satisfação que verificoo aumento da prescriçãode medicamentos genéricos e, aindamais, a sua aceitação pela quasetotalidade dos doentes, sendo até,muitas vezes, os próprios a sugerire a indagar se o que se receitanão é ou não tem genérico

Tudo isto, para concluir que a investi-gação fica muitíssimo cara, pois, paraalém do tempo gasto, envolve um con-junto de meios humanos e técnicos dealta qualidade e sofisticação.

Logo à partida, para além do preço donovo produto, que se supõe ser alto,tem de haver uma defesa para o labo-ratório, que se traduz numa exclusivi-dade de comercialização durante deter-minado período de tempo.

Só após esse tempo é que os labora-tórios que se mostrem interessadospoderão comercializar o novo produto,que sairá muito mais barato, pois esteslaboratórios não terão de suportar opeso do custo elevadíssimo da pesquisacientífica, além de outros.

Surge, assim, o medicamento genérico.Este é, em resumo, absolutamente

similar ao produzido de marca inicial,produzido a partir da mesma substân-cia química e cuja patente expirou.

A aprovação de qualquer medicamen-to é, como devem calcular, um processomuito complexo, pois tem de garantir adefesa da saúde das populações.

Cada medicamento tem de possuirum conjunto de documentação demons-trando a sua qualidade, segurança eeficácia. Claro que no caso dos medica-mentos genéricos, toda essa documen-

tação é mais simplificada, visto já tersido obrigatória para o medicamentoinicial, mantendo-se toda a exigênciano que se refere à qualidade.

Esta, em termos científicos, passapelo estudo de vários parâmetros, quecondicionam as chamadas biodisponi-bilidades e bioequivalências da subs-tância activa, conceitos estes que medispenso de definir, por demasiado téc-nicos e para além do âmbito deste ar-tigo, mas que servem para acentuarque a qualidade dos medicamentosgenéricos, é, assim, garantida.

A prescrição é feita pela designaçãocomum internacional que, quanto a mim,corresponde a uma forma mais correctade prescrever os medicamentos, não setendo, assim, de saber uma quantidadeinfindável de nomes comerciais, bas-tando conhecer, isso sim, a moléculaquímica activa.

Desta maneira e afastados os receiosque a prescrição destes medicamentosfosse causar nos doentes, resta-me sa-lientar o principal benefício que ela podetrazer: obrigar ao abaixamento dos pre-ços, sobretudo se, como é no caso dePortugal, estiveram inseridos num sis-tema de preços de referência.

*Médico

com o Ministério da Saúde a 6 de Outubrode 1999, pela prestação dos cuidados desaúde aos beneficiários dos SAMS, ascen-deu a 14,249 M€.

Os proveitos resultantes da prestaçãodos serviços clínicos (que incluem os valo-res provenientes da venda de senhas deconsulta, de análises clínicas, de actosmédicos internos e de penalizações por

Constatou-se igualmente que o SBN está a ser alavancado pelos capitais próprios, tendo a autonomiafinanceira crescido para os 44,78%. Existe, igualmente, uma excelente cobertura dos encargosfinanceiros, com os resultados líquidos a superarem amplamente este tipo de despesa.

Em termos da estrutura do endividamento, verifica-se que este é, sobretudo, de longo prazo, o quese traduz em situações de menores constrangimentos na tesouraria da Instituição.

Verificou-se igualmente que os capitais permanentes assumiram uma maior importância nofinanciamento do Imobilizado (em 2009 este indicador era de 3,30), o que equivale a afirmar que osinvestimentos continuam a ser financiados por capitais de longo prazo.

No que se refere ao rácio Activo circulante / Activo total, este foi de 79,70%, tendo sofrido um ligeiroincremento face ao verificado nos anos anteriores, em resultado do aumento da dívida da ACSS -Administração Central do Sistema de Saúde.

Em suma, os resultados obtidos, em termos económicos e político-sindicais, foram encarados, porparte da Direcção, de uma forma moderadamente optimista, tendo sido percepcionados como umimportante instrumento para a concretização dos objectivos constantes no programa de acção destemandato, oportunamente apresentado a sufrágio.

falta a consulta, entre outros) cifraram-seem 1,039 M€.

No que se refere aos custos operacionais,verifica-se a predominância da despesa coma atribuição de comparticipações, represen-tando um peso de 72,40% no seu total,cifrando-se esta rubrica em 33,804 M€.

Face ao exercício anterior, as rubricasde comparticipações que registaram uma

maior diminuição, em termos absolutos,foram as seguintes: consultas externasem estabelecimentos hospitalares (-439M€), assistência hospitalar - interna-mentos (-954 M€) e meios auxiliares dediagnóstico efectuados em Hospitais (283M€).

Seguindo as boas práticas contabilísti-cas, o SBN considera apenas em custoscom o pessoal as verbas despendidas comos órgãos estatutários e com o pessoalvinculado à Instituição, através de contra-to individual ou colectivo de trabalho,enquanto os honorários pagos a trabalha-dores independentes são consideradoscomo serviços externos, classificados por-tanto em FSEs. Ora, se considerarmosambas as rubricas, constatamos que estasascendem a 7,142 M€.

No decurso deste exercício, os CorposGerentes procuraram actuar em algumasáreas da despesa, razão pela qual, e aonível dos fornecimentos e serviços exter-nos, se conseguiram obter as seguintesreduções: combustíveis (-5.006), deslo-cações e estadas (-53.232 •) e publicidadee propaganda (-37.986).

No desenrolar da apresentação dascontas deste exercício, a Direcção apro-veitou igualmente para salientar o bomdesempenho económico-financeiro ob-tido na área dos SAMS, com o RegimeGeral a alcançar um resultado líquidode 2,375 M€ e o Fundo Sindical deAssistência cerca de 930 M€.

Assim, e no que se refere aos SAMS, aDirecção destacou o facto de terem sidoprestados internamente (nos vários Pos-tos Clínicos) 195.733 actos, referentes a80.188 consultas, 42.626 exames (M.A.D.),1.465 pequenas cirurgias, 43.185 trata-mentos e 3.994 próteses dentárias.

No que se refere à Loja de Óptica, há adestacar o volume de negócios alcança-do, na ordem dos 911 mil euros, montan-te que supera os valores registados nosúltimos exercícios. A política de alarga-mento da prestação deste serviço aosPostos Clínicos dos SAMS com maior di-mensão, tem contribuído para esta ten-dência, assumindo especial destaque oPosto avançado de vendas de Aveiro, queatingiu um volume acumulado de vendasde 42 mil euros.

A Direcção realçou igualmente a manu-tenção do razoável nível de rentabilidade,liquidez, alavanca financeira e risco do SBN.

De facto, o rácio de liquidez geral foi de2,41, revelando a existência de uma ele-vada capacidade para honrar os compro-missos de curto prazo do SBN. Por suavez, a rentabilidade dos capitais própriosfoi de 12,79%, valor ainda assim inferiorao obtido no período 2004-2006, que sesituava no intervalo dos 20-35%.

TEXTO: LUÍS AGUIAR *

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Liquidez Geral 1,66 1,99 2,50 2,00 2,26 2,41

Liquidez Reduzida 1,63 1,96 2,47 1,98 2,25 2,40

Liquidez Imediata 0,29 0,44 0,71 0,29 0,60 0,39

Rentabilidade Financeira (ROE) 34,86% 20,52% 22,49% 7,33% 16,85% 12,79%

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Autonomia Financeira 33,90% 38,63% 48,41% 31,42% 41,46% 44,78%

Endividamento 66,10% 61,37% 51,59% 68,58% 58,54% 55,22%

Estrutura do endividamento 0,49 0,46 0,47 0,47 0,60 0,60

Cobertura dos Encargos Financeiros 15,71 14,52 10,48 1,88 11,62 12,00

Período de Recuperação de dívida 1,01 1,46 1,12 0,62 0,00 0,00

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Passivo Médio e Longo Prazo/Activo 33,82% 32,89% 27,24% 36,33% 23,63% 22,19%

Passivo Curto Prazo/Activo 32,28% 28,48% 24,35% 32,25% 34,92% 33,02%

Capitais Permanentes/Activo Total 67,72% 71,52% 75,65% 67,75% 65,08% 66,98%

Imobilizado/Activo Total 46,39% 43,41% 39,25% 35,54% 21,10% 20,30%

R.E.F.M.=Cap.Permanentes/Imobilizado 1,46 1,65 1,93 1,91 3,08 3,30

Activo Circulante/Activo Total 53,61% 56,59% 60,75% 64,46% 78,90% 79,70%

Evolução dos principais indicadores de rentabilidade e de liquidez

Evolução dos principais indicadores de alavanca financeira e de risco (I)

Evolução dos principais indicadores de alavanca financeira e de risco (II)

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Notícias l Bancários CentroBancários Centro

Aexposição, mostra iconográficado encontro com a liberdade,mereceu o elogio de colegas,

gente anónima e entidades oficiais,que manifestaram ao nosso Sindicatoo seu aplauso, salientando a impor-tância temática e a utilidade de es-timular a sua reflexão junto das pessoasmais novas, acrescendo, no actualcontexto, de crise financeira e de va-lores, um profundo significado políti-co, social e económico.

Durante o almoço/convívio, almoçobem servido e convívio muito agradável,que teve lugar na Quinta do Paul, naOrtigosa, e enquanto o mesmo decorriaao som dos “2 Vikings”, de Coimbra,

Exposição fotográfica"Imagens e um tema"

ADirecção do Sindicato dos Bancários do Norte, em colaboração como Núcleo de Fotografia, realiza mensalmente na Galeria da Rua Condede Vizela, 145, uma exposição que intitula "Imagens e um tema", e

que tem, em cada mês, a autoria de um dos componentes do núcleo.A exposição de Maio, de autoria de José Godinho, é subordinada ao

tema "Luz e Cor" e pode ser visitada de 5 de Maio a 2 de Junho, todasas Quartas e Quintas-feiras, das 15 às 17,30 horas.

OSBN, em colaboração com a Ca-ritas de S. Tomé, está a promoveruma campanha para angariação

de toda a espécie de bens, objectos e fundossusceptíveis de ajudar as crianças de S.Tomé que vivem no limiar de subsistência.

Com o objectivo de estabelecer oscontornos dessa campanha, esteve noSBN uma delegação da Caritas, com-posta pelo Padre Domingos e por Cris-tina Frazão, que apresentou a obra "Casados Pequeninos", que tem como objec-tivo acolher crianças em situação derisco, privadas de meio familiar nor-

Ainda as comemorações dos 75 anosNa cidade de Leiria,

onde o Conselho Geralde 25 de Fevereiro

foi o mote para o início dascomemorações

dos 75 anos do SBC, houveuma grande adesão

dos associados, quer nasvisitas à exposição

"O 25 de Abril e a liberdadesindical", patente no salão

de turismo daquela cidade,quer no almoço

de encerramentodas celebrações no distrito

que simboliza o espírito de liberdade esolidariedade daquele acontecimento.

Depois de umas breves palavras, desaudação e circunstância, do Presiden-te da Comissão das Comemorações,Mário Figueira, o Presidente da Direc-ção, Carlos Silva, congratulou-se com aadesão dos associados a esta efeméri-de, sublinhando os valores defendidospelo Sindicato, prestou um tributo ao 25de Abril e as portas que ele abriu, eaproveitou para homenagear os cole-gas que mais se destacaram, em repre-sentação do SBC, nos torneios interban-cários, promovidos conjuntamente como SBN e SBSI, Daniel Silva, bicampeãonacional de xadrez, Olga Alfaiate e FilipeRebelo, campeões individuais e de paresem ténis, e Paulo Araújo, terceiro classi-ficado nesta modalidade, e alguns cola-boradores mais próximos.

O convívio terminou com um concer-to pela Orquestra Ligeira Obidense, queo iniciou e finalizou tocando a marchamilitar do 25 de Abril, "A life on theocean wave", de Henry Russell.

SBN promove campanhade apoio a crianças

em S. Tomé e Príncipe

mal: órfãs, abandonadas ou provenien-tes de famílias com grandes carênciase desestruturadas, que não dispõem demeios susceptíveis de favorecer ummeio familiar equilibrado e com quemos nossos associados poderão partici-par a partir de agora.

Para o efeito, poderão entregar todaa espécie de material escolar – desig-nadamente canetas, esferográficas elápis – livros em língua portuguesa,alimentos não perecíveis, medicamen-tos, vestuário, calçado, etc., na sede doSBN, na Rua Cândido dos Reis,130-1.º,

nos SAMS (Rua de S. Brás, 444) ou nasdelegações do Sindicato.

Por outro lado, e especificamente parao efeito, a Caritas de S. Tomé abriu, noMillennium BCP, a conta "Casa dos Pe-queninos de S. Tomé", com o NIB 00330000 4539 3269 645 05, onde poderão serdepositados donativos em dinheiro.

Para além da "Casa dos Pequeninos",a Caritas dispõe também de um centrode atendimento a famílias carenciadas,onde é efectuada distribuição de bensalimentares e de vestuário provenien-tes dos donativos que recebe.

passavam imagens de acontecimentosreferentes à actividade do Sindicato e ao25 de Abril.

Ao longo do almoço foram entregueslembranças, acompanhadas pelo cravo

TEXTO: LUÍS ARDÉRIUS

Exposição “O 25 de Abrile a liberdade sindical”

Carlos Silva com os colegas que mais se evidenciaram nos torneios inter-bancários

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Bancários Centro

No dia 26 de Março terminou, emViseu, o curso de introdução àinformática – competências de

base em tecnologias de informação, di-reccionado a sócios e seus familiares nasituação de reforma. A turma contou comcatorze formandos que, de uma formageral, se manifestaram satisfeitos. Re-produzimos a seguir as opiniões indivi-duais de três colegas:

Dando cumprimento ao seu pro-grama de acção, a UGT-Coimbra,conjuntamente com o Instituto

de Psicologia Cognitiva, Desenvolvimen-to Vocacional e Social da Universidade deCoimbra, realizou, no dia 25 de Março oSeminário "Mais Saúde, Melhor Traba-lho", dinamizado por um conjunto deprofessores da Faculdade de Medicina daUniversidade de Coimbra e moderadopelo Professor Doutor Joaquim ArmandoFerreira, da Faculdade de Psicologia eCiências da Educação.

A abertura dos trabalhos foi feita peloProfessor Doutor Eduardo Santos, Coor-denador Científico do IPCDVSUC, e peloEng. João Deus Pires, Presidente da UGT,tendo o encerramento estado a cargo deCarlos Silva, Presidente da UGT-Coimbra.

A Higiene e a Medicina Social estive-ram em destaque. Os números falam porsi: 4,7 milhões de acidentes por ano, 146

Numa iniciativa conjunta do Sin-dicato dos Bancários do Centro,da LATA - Liga dos Amigos das

Tabernas Antigas e do MAC - Movimen-to Artístico de Coimbra, vai decorrer, nodia 8 de Maio, uma jornada cultural naregião Gandaresa do concelho de Can-tanhede, com início pelas 9,30 horasnos Covões.

Será ali visitada a igreja local, possuidorade obras de artistas de Coimbra, nomeada-mente de João de Ruão, a que se seguirá umencontro e breve convívio com escritoresda Gândara, na Quinta de Santo António. Atemática andará em torno da Casa Ganda-resa, dos materiais tradicionais utilizadosna sua construção, com referência aos ma-deiramentos, feitura de adobes e argamas-sas, inseridos nas várias tipologias.

Será aflorada a necessidade urgenteda sua preservação, bem como a reco-

Console o espírito, melhore o sabere …Vá à fava connosco!

UGT-Coimbra promove seminário"Mais saúde, melhor trabalho"milhões de dias de trabalho perdidos.Solução? "A higiene laboral é importante,tanto que bons ambientes de trabalhosão bons para si e para o seu negócio",descreve António Jorge Ferreira, que logoa seguir justifica a necessidade de maisinvestimento nesta área porque "um paíscom menor sinistralidade laboral terámais produtividade". O especialista dizainda que "num país de precariedade aodia" os riscos de acidente são cada vezmais elevados.

"A psicologia é importante, quando sefala em saúde e em trabalho", pelo que,para os responsáveis da Faculdade, estesdesafios não lhes passam ao lado. OPresidente da UGT-Coimbra, Carlos Silva,afirma a vontade de "colaboração estrei-ta com a Faculdade".

Este evento revela as preocupaçõesque a UGT e a UGT-Coimbra têm na valo-rização dos recursos humanos, que serão,sem dúvida, um dos grandes desafios dasociedade portuguesa, a médio e longoprazo. A criação de empregos de qualida-de deverá condicionar a definição de qual-quer estratégia de desenvolvimento para

o País, onde o trabalho se pretende digno,livre de quaisquer pressões e opressões,haja segurança de emprego, condiçõeshumanas de higiene e segurança noslocais de trabalho e respeito pelos direi-tos dos trabalhadores.

Esta é a primeira de um conjunto deiniciativas para dinamizar os sindicatosfiliados e, sobretudo, contribuir para aresolução de problemas que afectam ostrabalhadores e dotar quem ingressa nomercado de trabalho de instrumentoscapazes de os conseguir enfrentar.

Êxito nas acções de formaçãoAs acções de formação

têm sido um êxito, pois alémdas aprendizagens, são de

realçar os momentos deconvívio e de confraternizaçãoque proporcionam, tanto mais

que a Direcção do Sindicatopropicia, no fim de cada curso,

um agradável repasto,que todos os associados têm

enaltecido

Rodrigo Dias Fernandes - "Correu bem,foi um trabalho que me ajudou e me veiovalorizar, para que amanhã possa teralgum proveito. O formador é um "senhormuito grande", sempre pronto a ajudar ea atender".

José Manuel Duarte Sampaio - "Ocurso foi interessante, embora para mimtenha sido demasiado minucioso, pois jáconhecia grande parte da matéria, masaprendi aquilo que queria aprender".

Estão abertas as inscriçõespara os seguintes cursos:

- Língua inglesa - relações laborais(aprofundamento) Chão da Parada - Cal-das da Rainha, de 7 de Maio a 2 de Julho(activos).

- Sistema de normalização contabilís-tica - Coimbra, de 6 de Maio a 2 de Junho(activos).

- Word - nível I (prático) - Coimbra, de12 de Abril a 5 de Maio (reformados).

TEXTO: A. CASTELO BRANCO

lha dos utensílios que fazem parte des-te mundo rural em extinção e que, nodecurso da visita àquele espaço, aindapodem ser observados.

Pelas 13 horas será tempo de entrarnos aromas e sabores da Gândara, e,para isso, nada melhor do que um almo-ço de favas com molho de carne, à modada Gândara, acompanhadas de alface àjuliana, broa, vinhos tinto e branco,arroz doce, aletria, bolo do folar, café ebagaceira. Este tipo de gastronomiatradicional teve por detrás uma recolhade cariz etnográfico, baseada na re-constituição do ciclo da fava, que con-tou com o patrocínio da Câmara deCantanhede.

Assim sendo aqui fica o convite: vá àfava connosco, não esquecendo quequanto a favas, Maio as deu, Maio aslevou.

No dia 25 de Março, a Comissão deReformados do Sindicato dos Bancá-rios do Centro levou a efeito uma

visita ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha,monumento que encerra um patrimóniohistórico de quase oito séculos. Cerca decinquenta colegas iniciaram a visita obser-vando a projecção de um vídeo, intitulado"Mosteiro de Santa Clara de Coimbra, vidae morte" através do qual foi dada a conhe-cer a sua origem. Ela terá ocorrido cerca doano 1286, pela mão de Dona Mor Dias, umaabastada senhora que tinha como objecti-vo fundar uma casa religiosa, ligada àOrdem de Santa Clara e, mais tarde, se teráenvolvido em litígio com os monges Crúzi-os (do Mosteiro de Santa Cruz), o queconduziu à extinção da sua comunidade. Nolocal da anterior edificação surge, por voltado ano 1316, a construção do actual mos-teiro, cuja iniciativa se deve à Rainha SantaIsabel, onde viriam a ser albergadas asmonjas Clarissas. Também nos foi dadoobservar que este mosteiro cedo começoua ser afectado pelas inundações do rioMondego e que viria a ser abandonadodefinitivamente em 1677. As freiras mu-dam-se, então, para um novo edifício, cons-truído num lugar mais elevado, denomina-

Visita ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha

varam à promoção de idênticas activida-des de índole cultural, tendo a Comissão deReformados entendido este incentivo comoum desejo dos associados em que se fo-mentem mais este tipo de iniciativas.

A CICR tem programada uma visita aoMuseu Machado de Castro, que será concre-tizada assim que as obras, que ali decor-rem, estejam concluídas, bem como umpasseio cultural à zona raiana dos castelos,no distrito da Guarda, actividades que,assim que devidamente estruturadas, se-rão objecto de comunicado aos colegas.

do Santa Clara-a-Nova. Seguiu-se uma vi-sita ao património que constitui um curiosoexemplar da experimentação portuguesado gótico. Iniciado pelo Mestre DomingosDomingues, foi concluído pela mão doMestre Estêvão Domingues. Este monu-mento é classificado como de transiçãopara o gótico que, ao contrário da constru-ção humilde e empírica do românico, abreportas a um espaço público de ensinamen-to da história bíblica, de grandiosidade,símbolo da glória de Deus e da Igreja e dopoder económico da burguesia.

É constituído por três naves de setetramos, sem transepto, e cabeceira comtrês capelas. A sua iluminação faz-se porfrestas laterais de grande altura. Nele po-demos encontrar alguns restos de azulejoshispano-árabes dos séculos XIV a XVI.

Iniciado em fins de 1991 um amplo eambicioso projecto de recuperação, rea-briu ao público em 2009, com um CentroInterpretativo, que acolhe a "história dosítio", englobando uma visita às ruínas, aexposição do espólio arqueológico conven-tual e exibição de filmes e modelaçãovirtual.

Finda a visita foi notória a satisfação detodos os colegas, que logo ali nos incenti-

Maria Antónia Viegas Monteiro Dias- "Gostei muito do curso e do formador,vinha do zero e algumas coisas passam--me ao lado, queria mais horas".Ba

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TEXTO: RICARDO POCINHO

TEXTO: ISABEL ROCHA

TEXTO: SEQUEIRA MENDES

Carlos Silva com o ProfessorDoutor Eduardo Santos

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