13 - Português - Cláudia

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    PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI

    Portugus para concursos Prof Claudia Kozlowski AULA 13www.pontodosconcursos.com.br 1

    AULA 1 3 - I NTERPRETAO E ORDENAO TEXTUALHoje o encerramento do nosso curso. Espero que, aps esses nossos encontros, eu possa tertrazido pelo menos um novo ensinamento, uma dica proveitosa, ou, no mnimo, um sorriso a partirde uma das minhas brincadeiras. Espero que tenha conseguido, tambm, semear o prazer noestudo de nossa Lngua Portuguesa, a nica disciplina, alis, que tem aplicao diria, imediata epermanente.Alguns alunos tm solicitado questes que versem sobre interpretao de textos. Esse ponto doprograma exigiria um curso completo e, mesmo assim, ao seu trmino, ficaramos com a sensaode que algo ficou faltando. Isso porque interpretao uma questo extremamente subjetiva.Seria o mesmo que um curso de natao por correspondncia.Somente a prtica pode levar perfeio ou, pelo menos, melhoria do rendimento em questesque explorem interpretao. Faam provas anteriores (so muitas as questes disponveis),

    treinem muito, no se contentem apenas com a resposta procurem entender o que h de erradona opo que foi considerada incorreta.A dificuldade que reside em questes desse tipo que, alm do texto inteiro, h necessidade de lerTODAS as opes. Sim, porque uma pode estar boazinha, mas a seguinte pode ser ainda melhor,mais completa. Isso demanda tempo de prova e seria um CRIME ler as opes sem ter lido o texto voc pode acabar sendo convencido por algum argumento invlido do examinador.Por isso, o treino fundamental. como tocar um instrumento musical, como o piano. No incio,dedilhamos. Depois de muitos exerccios, a msica flui e os dedos acompanham a melodia. Nainterpretao, medida que lemos, aumentamos nosso vocabulrio, a facilidade em compreendere, a partir da, interpretar a mensagem.

    COMPREENSO E I NTERPRETAO DE TEXTOS Sim, existe diferena entre COMPREENSO e INTERPRETAO de um texto.No processo de recepo t ex t ua l, o leitor, primeiramente, reconhece o sentido das palavras e,em funo da coeso e coerncia, os argumentos apresentados pelo autor. Esse o processo decompreenso textual. Em seguida, tomando por base outros elementos, como os conhecimentosque possui acerca do tema (chamado de conhecimento do mundo, em que pesam suasexperincias pessoais, profissionais, ou seja, de vida), mede a verossimilhana do discurso e, apartir da, pode extrair inferncias do texto. Esse o processo de interpretao textual.

    Inferir algo tirar por concluso, deduzir por raciocnio (segundo Aurlio ), ou seja, o processode raciocnio que leva a uma concluso a partir do que se apresentou no texto, nonecessariamente com as mesmas palavras do autor, mas com base na mesma ideia.Uma boa dica para obter sucesso em COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTOS mergulharno texto, ou seja, l-lo com gosto e boa-vontade. Afinal, no exatamente isso que fazemos aoler um livro de cujo autor gostamos? Esquecemos da vida e at perdemos a hora (conheo genteque perdeu a estao do metr em que iria sair e acabou tendo de fazer todo o trajeto devolta...rs...).Quando lemos um texto interessante, que prende a nossa ateno e, sobretudo, cujo assuntodominamos, conseguimos compreend- lo e in te rp re t - lo cor re tamente. Isso, contudo, noacontece ao lermos um texto sobre um assunto estranho, ao qual no estamos acostumados (nomeu caso, textos sobre filosofia, informtica...). Com isso, criamos uma resistncia que deve serquebrada. Mesmo que no compreenda exatamente todos os conceitos ou palavras, procure

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    identificar elementos com os quais as opes tenham relao. Decomponha o texto em partes eextraia de cada trecho (um pargrafo ou parte dele) as ideias bsicas.Entenda os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar sua tese. Entender um texto saber acompanhar o percurso argumentativo que o autor trilha.Identifique e grife ou escreva palavras-chave. Isso ajuda a eliminar as opes incorretas. Assim,mesmo sem compreender totalmente o texto (afinal, ele foge ao seu domnio), voc terinstrumentos para resolver a questo de prova.Algumas bancas costumam usar textos interessantes, ainda que longos e sem indicao de linhas( o caso da Fundao Carlos Chagas, a banca da moda).Outras lanam mo de textos complicados, densos, repletos de linguagem tcnica ou simplesmentealheia ao padro comum. Esse o caso da ESAF e da CESPE. Em relao a esta ltima, outroelemento dificultoso so as prprias questes, em que se deve assinalar CERTO ou ERRADO. As

    questes podem apresentar argumentos que extrapolam ou contradizem (s vezes, usando asmesmas palavras, para complicar ainda mais) a tese do autor. Muitas vezes, os candidatos no selimitam ao texto e buscam nas respostas sua opinio sobre o tema. Com isso, acabam errando, e,nesse tipo de prova, um erro implica perda de ponto ganho em outra questo. cruel demais!Por isso, deixe a sua opinio sobre o tema para o barzinho com os amigos, na hora do chope combatatinha. Na hora da prova, atenha-se ao que o autor apresenta e, a partir do texto (e somentecom base nele), analise as opes da prova.Algumas dicas podem ajud-lo nessa tarefa.

    1 Leia o texto com calma, ateno, buscando extrair as ideias principais e ter uma viso geraldo assunto.2 Se houver palavras desconhecidas, no se desespere prossiga a leitura. Muitas vezes, possvel inferir o seu significado a partir do contexto.3 Volte ao texto e releia quantas vezes forem necessrias. Se no compreender algum trechoou pargrafo, prossiga para ver se consegue faz-lo com os demais argumentos do autor. Casocontrrio, volte e releia, at conseguir extrair aquela ideia-chave.4 Para melhor compreenso, especialmente se o texto for longo, divida-o em segmentos(frases, perodos, pargrafos) e, se for preciso, sublinhe ou escreva ao lado palavras-chave.5 Se for um texto dissertativo, procure identificar o posicionamento do autor e anote-o, parano confundi-lo com a sua prpria opinio.6 Por fim, somente aps a leitura completa e bem feita, v s opes. Leia-as com a mesmacalma que usou na leitura do texto.

    7 Se o enunciado exigir correo gramatical, elimine antecipadamente as que apresentemerros como de sintaxe de concordncia, de regncia, ortografia, pontuao etc. Assim,aumentam as suas chances de gabaritar.8 Se o enunciado buscar o trecho que COMPLETA o sentido, faa os mesmos passos acima(ideia-ncleo, palavras-chave) em relao s opes, eliminando as que se distanciam dadireo argumentativa do autor.

    por essas e outras que as provas apresentam textos (cada vez mais) longos e/ou complexos. Ocandidato que deixa a prova de Lngua Portuguesa para o fim, chega a ela cansado, esgotado, compressa, e fica impedido de compreender o texto com perfeio. Acaba errando questes simples ouperde um tempo precioso em releituras que no seriam necessrias se estivesse com a mentedescansada.

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    Como j afirmamos em aulas anteriores, as bancas no buscam os candidatos que sabem mais;elas procuram os mais objetivos (e isso comea j na preparao), os que usam sua inteligncia aseu favor, sabendo explorar seus pontos fortes e sanar os pontos fracos.COESO E COERNCI A TEXTUALO que falar sobre as questes que envolvem coeso e coerncia textuais?Bem, preciso, para comear, dominar certos conceitos.Na construo de um texto, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreenso doque se l. Para isso, importante o bom uso tanto da pontuao (Aula 12) e de mecanismoslingusticos que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito ( re fe ren testex tua i s , tratados nas aulas sobre Pronomes e Conectivos Conjunes e Preposies).Esses referentes buscam garantir a coeso textual para que, como consequncia, haja coerncia,tanto entre os elementos que compem a orao, como tambm entre a sequncia de oraesdentro do texto.Essa coeso tambm pode muitas vezes se dar de modo implcito, baseado em conhecimentosanteriores que os participantes do processo tenham com o tema (o tal conhecimento do mundo). por isso que, como vimos, alguns textos, por tratarem de assuntos alheios ao conhecimento docandidato, so considerados desagradveis e de difcil compreenso.Costumamos usar uma linguagem figurada para apresentar os conceitos de coeso e coerncia.A coeso uma linha imaginria - composta de termos e expresses - que une os diversoselementos do texto e busca estabelecer relaes de sentido entre eles. Dessa forma, com oemprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetio, substituio, associao), sejamgramaticais (emprego de pronomes, conjunes, numerais, elipses), constroem-se frases, oraes,perodos, que iro apresentar o contexto decorre da a coerncia textual.Um texto incoerente o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditria. Muitas vezesessa incoerncia resultado do mau uso daqueles elementos de coeso textual (uma conjunoinapropriada, um pronome mal empregado). Por isso, na organizao de perodos e de pargrafos,um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto.Construdo com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.Se o examinador pedir ao candidato que aponte a assertiva que, alm dos aspectos de coeso ecoerncia, apresente CORREO GRAMATICAL, uma boa dica (e somente nesse caso) , antesmesmo de ler o texto, verificar a correo gramatical das opes, descartando as queapresentarem erros de concordncia, regncia, pontuao, ortografia, etc.Assim, eliminam-se opes invlidas, aumentando, por conseguinte, as chances de identificar acorreta. Em seguida, restando dois ou mais itens, a leitura do texto passa a ser fundamental.Na ltima prova para o TCU, a questo apontada como correta apresentava um erro deconcordncia verbal. Vamos analis-la.

    11- Indique a opo que pode anteceder o pargrafo transcrito abaixo, sem ferir os princpios de coerncia textual e desenvolvimento lgico das idias.Muito contribuiu para afirmaes desse tipo a divulgao da teoria de Cesare Lombroso (1835-1909), criminalista italiano, que procurou correlacionar aparncia fsica com tendncia para comportamentos criminosos. Por mais absurda que nos possa parecer, a teoria de Lombroso encontrou grande receptividade popular e, at recentemente, era

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    ministrada em alguns cursos de direito, como verdade cientfica. Em nossos dias, o mau uso da sociobiologia tem exercido o mesmo papel.(Roque de Barros Laraia,Cul tu r a u m conce i to an t ropo lg ico .)

    a) O perigo da crena nas qualidades (positivas ou negativas) adquiridas graas transmisso gentica que facilmente elas podem vir associadas a padres discriminatrios, sejam raciais, sejam sociais, na tentativa de justificar as diferenas sociais.b) Os dados cientficos de que dispomos atualmente no confirmam a teoria segundo a qual as diferenas genticas hereditrias constituiriam um fator de importncia primordial entre as causas das diferenas que se manifestam entre as culturas e as obras das civilizaes dos diversos povos ou grupos tnicos.

    c) Os grupos humanos diferem uns dos outros pelos traos psicologicamente inatos,quer se trate de inteligncia, quer de temperamento. O desenvolvimento das aptides mentais se explicam, antes de tudo, pelo aparato inato de que vem dotado cada ser humano apangio do que se designa por espcie humana.d) As diferenas existentes entre os homens no podem ser explicadas em termos das limitaes que lhes so impostas pelo seu aparato biolgico ou pelo seu meio ambiente.A grande qualidade da espcie hum ana foi ter rompido com suas prprias limitaes: um animal frgil dominou toda a natureza e se transformou no mais temvel dos predadores.e) Um jovem lobo, separado de seus semelhantes no momento do nascimento, saber uivar quando necessrio; saber distinguir, entre mu itos odores, o cheiro de um a fmea

    no cio e distinguir, entre numerosas espcies animais, aquelas que lhe so amistosas ou adversrias. Do mesmo modo, um cachorrinho criado com uma ninhada de gatinhos nem mesmo experimentar miar latir e rosnar a primeira vez que lhe pisarem a pata.

    ACORDO ORTOGRFI CO: Registra-se, agora, a palavra ideia, sem acento agudo. O trecho a ser indicado como correto deveria anteceder o segmento apresentado no enunciado.O item-chave o pronome demonstrativo da primeira orao: Muito contribuiu para afirmaes desse tipo... . Que afirmao foi essa?A de que grupos humanos diferem uns dos outros pelos traos psicologicamente inatos e que o

    aparato congnito de que vem dotado o ser humano justifica o desenvolvimento de certas aptidesmentais. Esse tipo de argumentao embasou a polmica tese do criminalista italiano em que secorrelaciona aparncia fsica com comportamento criminoso (resposta presente na opo c ).No entanto, essa opo c , indicada como correta, apresenta ERRO DE SI NTAX E DECONCORDNCI A. Na passagem O desenvolvimento das aptides mentais se explicam ... overbo expl icar deve concordar com o substantivo que exerce a funo sinttica de ncleo dosujeito desenvo lv imento , sendo a forma correta: O desenvolvimento das aptides mentais se explica... .O problema que o enunciado no exigia a correo gramat ica l do segmento, somenterespeito aos princpios de coerncia textual e desenvolvimento lgico das ideias . Ainda assim, a

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    questo foi passvel de recurso, pois, para que haja coerncia, os aspectos gramaticais devem serrespeitados. A ESAF no teve outra sada e anulou a questo.

    ORDENAO TEXTUAL Em questes que envolvem ordenao textual (questes tpicas da ESAF, mas que podero estarpresentes em provas de outras bancas, como j ocorreu com a FCC), a identificao dos referentestextuais ajuda (e como!) a eliminao de muitas opes. Quando isso no for suficiente, a sim, aleitura e interpretao so necessrias para identificao da ordem correta.Deveremos eliminar, primeiramente, as opes que no poderiam ser o primeiro pargrafo dotexto. Essas opes apresentam termos ou expresses que dependem de indicaes antecedentes(pronomes, conjunes etc.).s vezes, isso basta para encontrarmos a resposta correta. Na maior parte, ficamos com apenasduas ou trs opes. A, devemos analisar cada uma das ordens propostas e verificar a que melhorrespeita a coeso e coerncia textuais.Vamos analisar uma dessas questes.

    07- ( TRF 2003 ) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente.( ) As operaes de compra de imveis pelas off shores tambm esto sendo monitoradaspela Receita. Os dados sero comparados com as declaraes de Imposto de Renda dosresidentes no Brasil e at com o cadastro de imveis das prefeituras.( ) Sem identificao dos donos, cujos nomes so mantidos em sigilo pela legislao dospases onde esto registradas, muitas dessas empresas fazem negcios no Brasil, como aparticipao em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imveis.( ) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores , pois no hmecanismos legais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo tambm notem conhecimento da origem desse dinheiro aplicado no Pas, sem o recolhimento dosimpostos devidos.( ) A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas emparasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores .( ) Para reduzir essa evaso fiscal, a Receita est identificando as pessoas fsicas quealugam imveis de luxo pertencentes a pessoas jurdicas ou mesmo fsicas que atuam emparasos fiscais. Toda remessa de aluguel tributada.(Adapt ado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense,08/09/2003)a) 1,2,4,3,5b) 2,3,5,4,1c) 5,2,3,1,4d) 1,5,4,3,2e) 3,2,1,5,4

    ACORDO ORTOGRFI CO: Registra-se, agora, a palavra sequncia, sem trema.

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    Veremos que a banca apresenta esse tipo de questo de diversas formas. Nessa, devemos colocaros numerais ordinais nos parnteses.Primeiramente, vamos eliminar as opes que apontam, como primeiro pargrafo do texto (1),segmentos que apresentam palavras ou expresses dependentes de informaes anteriores, quergramaticalmente (emprego de pronomes com funo anafrica - essas, suas, que exigemreferncia textual anterior, conjuno relacionando oraes de trechos diferentes, oraes cujosujeito j deveria ter sido mencionado, etc.), quer semanticamente (no faz o menor sentido,faltam informaes).Eliminamos da primeira posio os seguintes segmentos:1) As operaes ... tambm esto sendo monitoradas pela Receita . o vocbulo tambm indica a necessidade de ter sido mencionada outra operao que esteja sendo monitorada pelaReceita Federal. Alm disso, eu s sei que a Receita Federal por ter lido as demais opes. Emum texto, deve-se indicar inicialmente o nome do rgo de maneira completa. A indicao de partedesse nome Receita implica erro de coeso textual e prejudica a compreenso, pois o leitor notem como saber que Receita essa ( estadual, municipal, federal?).2) Sem identificao dos donos , cujos nomes... donos de qu? muitas dessas empresas quais empresas?3) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores ... que off shores soessas??? O que isso??5) Para reduzir essa evaso fiscal ... que evaso???S poderamos comear pelo quarto segmento:

    A Receita Federal (nome do rgo comple t inho agora , s im! )est fechando o cerco contra as empresas sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores.( t ambm se apresen tou o conce i to deoff shores qu e pode se r desconhec ido do g randepb l ico) . Agora, sim. Todas as informaes necessrias foram apresentadas.Vamos s opes: e l imin am -se as le t rasa, b, d, e . RESPOSTA: CIncrvel que somente essa providncia levou ao gabarito! Mas no fique muito animadinho(a),hem? Nem sempre funciona desse jeito mole, mole...Se houver tempo, verifique a ordem e comprove que essa mesmo a resposta correta. Casocontrrio, marque o X e corra pro abrao...rs...Bem, espero que essas dicas o ajudem a resolver, daqui pra frente, as questes que envolvemesse assunto.Por fim, apresentamos, para o seu deleite, a poesia de Ricardo Alberty, extrada do livro homnimoilustrado por Eliana Brando (Ed.Melhoramentos). Temos a oportunidade de fazer algumas anlisesque envolvem a compreenso do texto (alm de absorver a lio de grande valia que ela nos traz).

    A casa fe i ta de sonhoLeve como uma plum a,Alta como um a torre,Quente como um ninho E doce com o m el.

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    Assim imaginei desde pequeno a minha casa...

    Mais tarde, quando m e encontrei s no m undo, como no t inha dinheiro, resolvi constru-la com as prprias mos. Fiz primeiro a minha casa de papel, que u m mat erial barato.

    E assim que ficou pronta, vieram todos os ventos da Terra e levaram a minha casa de papel, leve como uma pluma...

    Fiquei sem casa, mas no desisti. E fiz a minha casa beira-mar, com areia da praia, que um material barato.

    Mal estava pronta, vieram todas as mars do mundo e levaram a minha casa de areia, alta como uma torre...

    Tive vontade de desistir, mas eu precisava de uma casa, e sobretudo no podia abandonar o meu sonho.

    E resolvi fazer a minha casa de madeira, que um material barato. Cortei-a dos bosques, com as prprias mos! Ficou linda!... Escondida entre a folhagem...

    Mas ainda mal a tinha acabado, vieram todos os fogos do cu e queimaram a minha casa de madeira, quente como um ninho...

    Chorei sobre as cinzas, como se chora uma pessoa querida que morreu.

    Mas, mesmo assim, no desisti. E resolvi fazer a minha casa de acar...Mas o acar no um material barato! No .

    Mas eu precisava de uma casa, e sobretudo no podia abandonar o meu sonho...

    Trabalhei, lutei, passei fome, para juntar o acar suficiente...

    E quando a minha casa estava pronta eram de acar as paredes, o cho, o teto, os mveis, as portas e as janelas - vieram todos os bichos da Terra e devoraram a minha casa de acar, doce como o m el...

    Fiquei sem casa. E desisti de constru-la com as prprias m os...

    Perguntaram -m e onde moro... Onde moro eu?

    Sei l!... Vou pelo mundo, aqui, alm, no bosque, beira-m ar...

    Perguntam -m e se no tenho casa... Tenho, sim! Eu podia l abandonar o m eu sonho!...

    Resolvi imagin- la. Num lugar onde n o chega o vento, nem o mar, nem o fogo, nem os bichos da Terra.

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    Fiz a minha casa com o meu prprio sonho.

    Ficou linda!

    Leve como uma plum a,

    Alta como um a torre,

    Quente como um ninho

    E doce como o mel...

    Ainda que de origem portuguesa, o autor capaz de relacionar vrias caractersticas comuns aopovo brasileiro: a busca incessante pela casa prpria, a perseverana na luta por seus ideais, afalta de condies financeiras (procura materiais baratos e usa sua prpria fora de trabalho para aconstruo) etc.Podemos perceber que, medida que enfrenta as adversidades, o personagem se abate, sim, cadavez mais (chega a chorar, em uma delas), mas no o suficiente para desistir de alcanar seu ideal.A leveza (da pluma), a imponncia (representada pela torre), a firmeza (da madeira) e a doura(do acar) sucumbiram, mas no o nosso heri.Seu ideal foi mais forte e o levou a construir, finalmente, sua prpria casa dessa vez de formaque adversidade alguma seria capaz de destru-la: com seu prprio sonho, mantendo-a em suaprpria imaginao.Faa sua prpria interpretao do texto e tenha em mente que s no vence aquele que desiste.

    Agora, chega de conversa. Vamos treinar um pouco.Na primeira parte, apresentamos algumas questes de prova que tratam de coeso e coernciatextuais.Na segunda, falaremos sobre ordenao de texto. Apresentaremos algumas dicas para eliminaropes e, com isso, resolver a questo ou, no mnimo, aumentar as chances de acerto.

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    QUESTES DE FI XA O 1 - (ESAF/ AFRF/ 2002 .1)Marque, em cada item, o perodo que inicia o respectivo texto de forma coesa e coerente. Depois,escolha a seqncia correta.I .........................................................................

    O abandono da tematizao do capitalismo, do imperialismo, das relaes centro-periferia, deconceitos como explorao, alienao, dominao, abriu caminho para o triunfo do liberalismo.(X) O socialismo, em conseqncia desses fatores, desapareceu do horizonte histrico, em virtudede ter ganho atualidade poltica com a vitria da Revoluo Sovitica de 1917.(Y) O triunfo do neoliberalismo se consolidou quando o pensamento social passou a ser dominado

    por teses conservadoras.

    II ..............................................................Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores. Mas, como h uma dignidade que ovencedor no pode alcanar, como dizia Borges, o que ganharam em prestgio perderam emcapacidade de anlise.

    (X) Os que abandonaram Marx com soltura de corpo e com alvio, como se se desvencilhassem deum peso, na verdade no trocavam um autor por outro, mas uma classe por outra.(Y) Eles substituram a explorao de classes e de pases pela temtica do totalitarismo,aperfeioando suas anlises polticas ao vincul-las dimenso social.

    III ........................................................................No mundo contemporneo, tais modos nos permitem compreender a etapa atual do capitalismo,em sua fase de hegemonia poltica norte-americana.(X) Para atender a atualidade, so necessrios modos de compreenso frteis, capazes de darconta das relaes entre a objetividade e a subjetividade, entre os homens como produtores ecomo produtos da histria.(Y) Trata-se de uma compreenso mope, que ignora componentes essenciais ao fenmeno docapitalismo que estamos vivendo.

    IV .........................................................................Quem pode entender a poltica militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem aatualizao da noo de imperialismo?(X) Quem pode entender hoje a crise econmica internacional fora dos esquemas dasuperproduo, essencial ao capitalismo?(Y) Portanto, a unipolaridade vigente h uma dcada que busca impor a dicotomia livremercado/protecionismo.

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    V ...........................................................................

    Nunca as relaes mercantis tiveram tanta universalidade, seja dentro de cada pas, seja nasnovas fronteiras do capitalismo.

    (X) O capitalismo d mostras de enfrentar forte declnio, que leva os especialistas a preveremprofunda fragmentao na ordem econmica interna de cada nao.(Y) Assiste-se ao capitalismo em plena fase imperialista consolidada, em que as formas dedominao se multiplicam.

    (Itens baseados em Emir Sader)

    a) X,X,Y,Y,Xb) Y,X,X,X,Yc) Y,Y,X,X,Yd) X,Y,Y,X,Ye) X,Y,Y,X,X

    2 - (ESAF/ AFC SFC/ 20 02 )Assinale, entre as opes propostas, aquela que se desvia, ainda que parcialmente, do conceito eda direo argumentativa expressos no perodo abaixo.

    Dizia o socilogo norte-americano, Robert Merton, que o que h de mais relevante e espantosocom as profecias que elas se auto-realizam, como um vaticnio, um augrio. a) Ao serem concebidas pela imaginao ilimitada dos homens, as profecias potencializam a chancede se transformarem em realidade, projetando e fortalecendo um desejo ou temor coletivo.b) Pelo simples fato de que foram inventadas por algum, com ousadia e eficcia simblica,ganham existncia real, criando a probabilidade de serem incorporadas vida social em futuroimediato ou distante.c) Quando uma grande (ou pequena) idia se cristaliza, sua fora transformadora entra em aocom os mesmos poderes que comandam as leis da Fsica.d) Acima de profetas e messias, est o imprio da histria, que constri o futuro com seus prpriosvetores e foras internas atuando revelia do desiderato e do fado humanos.e) A histria da humanidade registra fatos que provam a existncia de uma simbiose natural entreos grandes sonhos e as grandes mudanas, fruto da magia pessoal e de uma vontade inabalvel.

    (Com base em artigo de Aspsia Camargo)

    3 - (ESAF/ AFRE MG/2005)

    Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores do catolicismo, uniu a teologia filosofia. Sua contribuio para o estudo das taxas de juros, ainda que involuntria, foi tremenda.Em suas Confisses , o bispo de Hipona, filho de Santa Mnica, conta que, ainda adolescente,clamou a Deus que lhe concedesse a castidade e a continncia e fez uma ressalva ansiava poressa graa, mas no de imediato. Ele admitiu que receava perder a concupiscncia natural da

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    puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz impecavelmente a urgncia do ser humano emviver o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de adiar quanto puder a dor e arcar com asconseqncias do desfrute presente sejam elas de ordem financeira ou de sade. justamenteessa urgncia que explica a predisposio das pessoas, empresas e pases a pagar altas taxas de

    juros para usufruir o mais rpido possvel seu objeto de desejo.(Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negcios, Revista Veja, 30/03/2005,p.90)

    Assinale a opo correta com base no que se depreende do texto.a) Na adolescncia, o bispo de Hipona foi concupiscente.b) O clamor de Santo Agostinho a Deus inclua o adiamento dos prazeres libidinosos.c) A predisposio para o pagamento de altas taxas de juros causa da urgncia de se quererviver intensamente o momento presente.d) A atitude tomada pelo filsofo catlico, na adolescncia, diferenciava-o dos demais homens eprenunciava a santificao futura.e) O telogo e filsofo do catolicismo contribuiu significativamente para a formulao do conceitodas taxas de juros, ainda que fosse contrrio matria.

    4 - (ESAF/ AFC STN/ 200 2 )Relacione cada pargrafo correspondente pergunta constante da relao proposta e, depois,marque a seqncia correta.

    ( ) Mercados so pessoas! Pessoas com necessidades e problemas demandando solues;pessoas com informaes e conhecimento ofertando solues. gente falando com gente otempo todo. Negcios so relacionamentos.

    ( ) At a pode parecer bvio. Mas pare para pensar! Compare com o que acontece na vidareal: uma enorme deturpao do que verdadeiramente seja o entendimento de mercado ede negcio.

    ( ) Na fbrica, as mquinas, os equipamentos e as instalaes valem mais do que osfuncionrios; no estabelecimento comercial, a loja, as prateleiras e os estoques valem maisdo que os funcionrios. Ironicamente, os recursos fsicos e tcnicos valem mais do que aspessoas. Os meios se sobrepem aos fins.

    ( ) Na fbrica, as mquinas e os equipamentos recebem manuteno preventiva e corretiva,sistematicamente. Existe at a conta manuteno e conservao, que prev gastosvoltados atualizao desses ativos. Existem tambm os gastos com seguranapatrimonial,destinados a preservar o patrimnio composto dos ativos fixos e imobilizados.No pouco o que se gasta para preservar recursos fsicos e tcnicos.

    ( ) Crises econmicas mostram a pouca convico que existe no que se refere formao deequipes e capacitao de pessoas. As pessoas no tm o privilgio das mquinas, eis agrande distoro. No existe a conta de aumento intelectual.

    (Baseado em Roberto Tranjan)1. Quais as conseqncias nefastas da negligncia com a capacitao dos recursos humanos?2. Qual a natureza dos mercados?3. Consolidaram-se distores quanto a conceitos chave na economia de mercado?

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    4. Qual a prioridade na preservao do patrimnio no setor secundrio do sistema de produo?

    5. Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas esto subestimados?

    a) 2, 3, 5, 4, 1b) 3, 1, 4, 5, 2c) 2, 4, 3, 5, 1d) 4, 5, 2, 1, 3e) 5, 2, 1, 4, 3

    5 - (ESAF/ AFPS/ 2002 )

    A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao detempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cpulasmundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes aqualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. Contudo, o movimento que seobserva em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar. O recrudescimento doconservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fontede frustrao dos ideais historicamente buscados.

    (Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptaes)

    Se cada perodo sinttico do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, asrelaes semnticas que se estabelecem no trecho correspondem s idias expressas pelosseguintes conectivos:a) X e Y mas W e Z.b) X porque Y porm W logo Z.c) X mas Y e W porque Z.d) No s X mas tambm Y porque W e Z.e) Tanto X como Y e W embora Z.

    6 - (ESAF/ AFRE MG/2005)

    Os tericos, ao dizerem que os indivduos so cronicamente insatisfeitos porque so consumistas,no esto constatando um fato, mas emitindo um julgamento moral, isto , a satisfao psicolgicaobtida com a compra de objetos interpretada como insatisfao, porque seria um tipo derealizao emocional esprio. Em outras palavras, supe-se que existe uma forma mais nobre desatisfao emocional que se perderia no contato com o mundo dos artefatos, ou ento, como nosautores de orientao marxista, que a insatisfao inevitvel quando o sujeito expropriado doque ele prprio produz e coagido a comprar os objetos produzidos pelos proprietrios do capital.Em suma, pode existir satisfao com os objetos de uso, mas, no, com os de troca, ou seja, coma mercadoria.(Texto adaptado de Jurandir Freire Costa. "O vestgio e a aura: corpo e consumismo na moral do espetculo", p.203)

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    Assinale a afirmativa que est de acordo com o que argumenta o autor do texto.

    a) Na anlise do ser humano e de sua conduta pessoal e social, deve haver mais rigor, para queno prevaleam as crenas e os fatos sejam examinados com objetividade.b) Aqueles que criticam as leis de mercado, como os marxistas, por exemplo, elaboram anlisesequivocadas a respeito dos estados psicolgicos do ser humano.c) verdadeiro o pressuposto de que espria a satisfao emocional resultante da compra deobjetos, mas a relao de causa e efeito entre esses dois fatos falsa.d) A mercadoria, vil da satisfao plena do indivduo, referida por grande parte dos tericoscomo a forma mais nobre de satisfao emocional.e) Os tericos no estariam emitindo julgamento de valor se, ao contrrio do que afirmam sobre ainsatisfao crnica dos indivduos, declarassem que, apesar de insatisfeitos, os indivduoscontinuam consumistas.

    (FCC / AFTE PB / 2006)Com base no texto a seguir, responde s questes 7 a 9.

    Os nmeros do relatrio da CPI dedicada originalmente aos Correios so expressivos, dos milhares de pginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. o tempo do espanto. Um oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvies e o das punies. Os dois momentos do mar imenso entre relatrio e resultado esto no j ulgamento final, cuj a tendncia pessimista, a contar de exemplos recentes. No deveria ser.No deveria ser pela natureza mesma das comisses parlamentares de inqurito, cujo nome raramente objeto de meditao at pelos operrios do direito. "Comisso", alm do significado mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remunerao de servio, tam bm o do gr upamento encarregado de realizar t arefa de interesse comum.Interesse comum? No. De interesses conflituosos pela prpria natureza poltica de seu trabalho,pois o vocbulo "parlamentares" as afirma integradas por componentes de uma das casas do Congresso ou mistas, funcionando segundo seus regimentos internos. (...) "As comisses so teis ou necessrias?", perguntar o leitor. Sem a m enor dvida e v igorosamente, respondo sim.H abusos. So lamentveis, mas inerentes vida parlamentar, no Brasil e em qualquer pas onde haja comisses parlamentares. Se os legisladores devem ser a expresso mdia de seu povo, fica manifesto que os parlamentos sejam compostos por homens e mulheres de bem, dedicados e honestos, mas tambm por pilantras, patifes, cachaceiros, delinqentes e assim por diante. (...)Seria ideal que o povo escolhesse melhor seus representantes, dizem as elites, mas sem razo. O

    povo vota sob influncia do poder econmico, aps seleo dos favoritos de chefes partidrios,para excluso dos que assumam linha independente da adotada pelas lideranas e assim por diante.Voltando CPI dos Correios, cabe esclarecer por que h um oceano entre o relatrio e o resultado."Inqurito" trabalho de apurao. Se bem feito, propicia bom material aos julgadores. Se malfeito, facilita a "pizza", essa maravilhosa inveno atribuda aos italianos em geral, mas que vem do sul da Itlia. "Pizza" transformada em cambalacho e tapeao? No necessariamente.Muitas vezes o defeito da distncia entre a apurao e o julgamento est naquela, e no neste,principalmente se for judicial. O mal do julgamento poltico est em que no considera seu efeito paralelo do desprestgio para o Parlamento como um todo. No caso atual, porm, no se pode negar que j houve resultados apreciveis. Para o relatrio lido nesta semana cabe esperar pela travessia do oceano e torcer para que chegue a bom porto.

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    (W. Ceneviva. Folha de S. Paulo. 01/04/2006, C2 )

    Os dois momentos do mar imenso entre o relatrio e o resultado esto no julgamento final, cuja tendncia pessimista, a contar de exemplos recentes.

    De acordo com o texto, esse trecho significa(A) uma impressionante identidade entre relatrio e julgamento.(B) um julgamento pessimista, embora o relatrio seja um mar de otimismo.(C) um julgamento tendencioso que reflete o mar de ilcitos que constam do relatrio.(D) um desacordo considervel entre o resultado do julgamento e o relatrio.(E) um oceano de ilcitos, embora o relatrio seja tendencioso.

    8 (FCC / AFTE PB / 2006 )De acordo com o texto, Pizza transformada em cambalacho e tapeao pode ser o resultado de(A) um julgamento em desacordo com as regras institucionais.(B) um relatrio que resulta de um inqurito que no apurou adequadamente os fatos.(C) uma maravilhosa inveno gastronmica, mas ruim por seu efeito paralelo.(D) um julgamento que no condiz com os fatos apurados.(E) uma Comisso Parlamentar de Inqurito dedicada a cambalachos e tapeao.

    9 - (FCC / AFTE PB / 2006)As expresses travessia do oceano e bom porto podem ser substitudas, sem alterao de sentido,respectivamente por(A) apurao e bom julgamento.(B) julgamento e boa ncora.(C) relatrio e boa ncora.(D) relatrio e bom julgamento.(E) julgamento e bom termo.

    1 0 (CESPE/ BB/ 2002 )Term inou m ais um r ound na lut a entre palestinos e israelenses. E pode-se dizer que h um empate tcnico. Feridos, os dois duelistas Ariel Sharon e Yasser Arafat seguem para seus cantos do ringue a fim de avaliar os danos. Arafat deixou seu isolamento forado de cinco meses mas ser que venceu? Sharon aparentemente se curvou s presses americanas mas tambm no se pode dizer que o premier israelense tenha sido derrotado, na opinio de analistas.Douglas McMillan. Round empat ado. In : Jornal do Brasil, 2/ 5/ 2002, p. 7 (com adaptaes).

    Julgue o item que se segue.

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    Infere-se do texto que a complexidade da questo do Oriente Mdio de tal ordem que, nomomento, no h certeza absoluta acerca de quem venceu o episdio entre palestinos eisraelenses mencionado no texto.

    11 - (ESAF/ TRF/ 2003 )Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, emseguida, assinale a seqncia correspondente.

    ( ) As operaes de compra de imveis pelas off shores tambm esto sendo monitoradaspela Receita. Os dados sero comparados com as declaraes de Imposto de Renda dosresidentes no Brasil e at com o cadastro de imveis das prefeituras.

    ( ) Sem identificao dos donos, cujos nomes so mantidos em sigilo pela legislao dospases onde esto registradas, muitas dessas empresas fazem negcios no Brasil, como aparticipao em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imveis.

    ( ) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores , pois no h mecanismoslegais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo tambm no temconhecimento da origem desse dinheiro aplicado no Pas, sem o recolhimento dos impostosdevidos.

    ( ) A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas emparasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores .

    ( ) Para reduzir essa evaso fiscal, a Receita est identificando as pessoas fsicas que alugamimveis de luxo pertencentes a pessoas jurdicas ou mesmo fsicas que atuam em parasos

    fiscais. Toda remessa de aluguel tributada.(Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense,

    08/09/2003)a) 1,2,4,3,5b) 2,3,5,4,1c) 5,2,3,1,4d) 1,5,4,3,2e) 3,2,1,5,4

    1 2 - (ESAF/ TRF/ 2003 )Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, emseguida, assinale a seqncia correspondente.

    ( ) Em geral, esta firma constituda apenas para atuar como subsidiria da estrangeira,intermediando seus negcios. Caso a empresa compre imvel no Brasil, tem que haverregistro, tem que existir um responsvel, com CPF, o que permite o controle.

    ( ) O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimentos oucomo scio de uma empresa brasileira.

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    ( ) O secretrio da Receita admite, no entanto, que no h mecanismos para controlar aatuao de brasileiros que mandam dinheiro ilcito para os parasos fiscais e o repatriampor meio de negcios realizados em nome das off shores .

    ( ) E tambm a contabilidade da empresa, em tais pases, no precisa ser auditada. Os donosdos recursos podem movimentar dinheiro ou constituir empresas por vrios meios queomitem seus nomes, como o sistema de aes ao portador.

    ( ) Esses pases conhecidos como parasos fiscais tm como principais atrativos a legislaotributria branda, com direito at a iseno de impostos, e garantia de sigilo bancrio,

    comercial e societrio.(Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense,

    08/09/2003)a) 1,2,4,3,5b) 2,1,3,5,4c) 3,2,1,5,4d) 1,5,4,3,2e) 5,2,3,1,4

    1 3 - (ESAF/ TRF/ 2000 )Os fragmentos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os de forma coesae coerente e assinale a resposta correta.A. Na sede da entidade, a Receita recolheu para anlise dezenas de notas fiscais,

    comprovantes de pagamentos e livros contbeis. Com base nos documentos, o rgofederal espera esclarecer a questo. O movimento financeiro durante os dez dias da festa avaliado pelo Sebrae da cidade em R$ 278 milhes.

    B. Segundo sua anlise, o evento rene 1 milho de pessoas, com uma mdia de R$ 278gastos por freqentador. Desses R$ 278 milhes, a mdia de arrecadao de 3%.Segundo informaes obtidas pela Receita, metade desse percentual estaria sendosonegado - ou seja, R$ 4,17 milhes. Alm do clube, devem ser fiscalizados hotis,restaurantes e a empresa que vende os anncios da festa.

    C. A suspeita de sonegao surgiu porque o recolhimento dos tributos por parte decomerciantes e empresrios da regio, no perodo da festa, o mesmo dos outros mesesdo ano. "Todo mundo diz que o faturamento dobra ou triplica no perodo da festa, mas ototal arrecadado em impostos fica igual", diz o delegado da Receita. O primeiro alvo dosauditores na cidade foi o clube Os Independentes , instituio responsvel pela organizaoda Festa do Peo de Boiadeiro.

    D. A Receita Federal de Franca est apurando a sonegao de impostos praticada pelasempresas e associaes que atuam na Festa do Peo de Boiadeiro de Barretos.

    (Rogrio Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptaes)

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    a) C, A, B, D

    b) D, C, A, Bc) A, B, C, Dd) D, B, C, Ae) B, C, D, A

    1 4 - (FCC/ Procurador BACEN/ Jane i ro 20 06)Para responder a esta questo, considere os pargrafos que seguem.I. Essa situao prevaleceu ao menos durante os primeiros tempos da colnia.II. Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibio, que s com a Restaurao seria parcialmente revogada, em favor de ingleses e holandeses.III. Com tudo isso, a administrao portuguesa parece, em alguns pontos, relativamente mais liberal do que a das possesses espanholas. Assim que, ao contrrio do que sucedia nessas, foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar. Inmeros foram os espanhis, italianos, flamengos, ingleses, irlandeses, alemes que para c vieram,aproveitando-se dessa tolerncia.IV. S mudou em 1600, quando Felipe II ordenou fossem terminantemente excludos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se ento seu emprego como administradores de propriedades agrcolas, determinou-se fosse realizado o recenseamento de seu nmero, domiclio e cabedais, e em certos lugares como em Pernambuco deu-se-lhes ordem de embarque para os seus pases de origem.

    V. Aos estrangeiros era permitido, alm disso, percorrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores, desde que se obrigassem a pagar dez por cento do valor de suas mercadorias, como imposto de importao, e desde que no traficassem com os indgenas.Os pargrafos acima constituem um texto organizado, extrado do livro Razes do Brasil, deSrgio Buarque de Holanda (So Paulo: Jos Olympio, 1948, p. 153-4) cujos pargrafos foramtranscritos de forma aleatria. A seqncia que reproduz a ordem original, garantindo clareza ecoeso, :(A) III, V, I, IV, II.(B) III, II, I, V, IV.(C) I, III, V, II, IV.

    (D) IV, V, I, III, II.(E) IV, I, V, II, III.

    1 5 (ESAF/ TRF/ 2006 )Abaixo esto os segmentos inicial e final de uma correspondncia oficial. preciso complet-lanos espaos pontilhados, ordenando os pargrafos na ordem em que devem constar nodocumento. Numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia eencadeamento de idias. Assinale, a seguir, a opo que reproduz a ordem correta.

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    E.M. n. 122 /Interministerial MF CGU-PR

    Braslia, 26 de setembro de 2005.Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica........................................................................................................................................................................................................................................................................Respeitosamente,MURILO PORTUGAL FILHOMinistro de Estado da Fazenda InterinoWALDIR PIRESMinistro de Estado do Controle e da Transparncia

    (....) Com o objetivo de dar fiel cumprimento quela determinao legal, cuja finalidade precpuaconsiste na preservao do princpio constitucional da publicidade, submetemos a VossaExcelncia o incluso Relatrio de Gesto Fiscal do Poder Executivo Federal, referente ao perodode janeiro a agosto do exerccio de 2005.(....) O referido Relatrio dever ser objeto de encaminhamento ao Congresso Nacional e aoTribunal de Contas da Unio, conforme dispe o art. 116 da Lei n. 10.934, de 11 de agosto de2004.(....) O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supracitada Lei, deve conterinformaes relativas despesa total com pessoal, dvida consolidada, concesso de garantias eoperaes de crdito, devendo, no ltimo quadrimestre, ser acrescido de demonstrativosreferentes ao montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro, de cada exerccio edas inscries em restos a pagar.(....) Determina a mesma Lei que o Relatrio dever ser publicado e disponibilizado ao acessopblico at trinta dias aps o encerramento do perodo a que corresponder, prazo esse que, parao segundo quadrimestre de 2005, se encerra em 30 de setembro do corrente.(....) A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanaspblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, exige, em seu art. 54, a emisso, aofinal de cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos referidos no art. 20, do Relatriode Gesto Fiscal assinado pelo respectivo Chefe e pelas autoridades responsveis pela

    administrao financeira e pelo controle interno, bem como por outras autoridades que vierem aser definidas por ato prprio de cada Poder ou rgo.(http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2005/ relatorioLRF2005.pdf, com adaptaes)A seqncia correta :a) 5 4 1 3 2b) 4 5 2 3 1c) 5 2 4 3 1d) 1 3 2 4 5

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    e) 1 2 4 3 5

    1 6 - ( UnB CESPE / TCDF - Anal is ta / 200 2)Os fragmentos abaixo, adaptados de VEJA, 13/2/2002, constituem um texto, mas esto ordenadosaleatoriamente.I Para chefes, o caso ainda mais complexo. Os que acham que seus subordinados nuncaentendem o que eles falam precisam ficar atentos prpria conduta. Talvez o problema seja tantode habilidade quanto de falta de comunicao.II E voc? Est pronto para coordenar uma equipe ou para relatar a um grupo as propostas de seudepartamento? Se a resposta no, cuide-se. Corra atrs de cursos de liderana, compre livrosque lhe ensinem a expressar suas idias claramente.

    III O caixa da agncia bancria o mais indicado para liderar a equipe que vai propor alterao nodesenho da rea de atendimento ao pblico, onde ficam as filas. O faxineiro deve tomar a frente dopessoal que decidir o local mais adequado para estocar material de limpeza.IV Competncia tcnica s um ingrediente necessrio liderana. Um bom coordenador tem deconseguir explicar como a tarefa sob seu controle vai contribuir para os resultados da companhia,ou da instituio.Considerando que a organizao de um texto implica a ordenao lgica e coerente de seusfragmentos, julgue os itens a seguir quanto possibilidade de constiturem seqncias lgicas ecoerentes para os fragmentos acima.1. I, II, IV, III2. I, III, II, IV3. II, III, IV, I4. III, I, II, IV5. IV, III, I, II

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    GABARI TOS COMENTADOS DA S QUESTES DE FI XAO 1 - BACORDO ORTOGRFI CO: Registram-se, agora, as palavras sequncia e consequncia, semtrema. Essa foi a primeira questo do concurso de AFRF 2002.1, elaborada pela ESAF. A banca,obviamente, tentou desestabilizar o candidato. Essa questo tomava toda a primeira folha da prova1, que se realizou no sbado primeiro dia de provas. Isso significa que essa foi a primeiraquesto de todo o concurso!!!Se o candidato conseguisse manter a calma, veria que essa questo poderia ser solucionadarespondendo apenas aos dois primeiros trechos. Se eu estivesse l, certamente teria deixado essaquesto para depois, pois o tempo despendido com ela, para ganhar apenas 1 ponto, poderia sergasto resolvendo vrias outras questes simples e rpidas (garantindo mais do que 1, comcerteza), mas isso vai de cada um.Todos os segmentos constituem um texto e, por isso, a partir do segundo (II), pode haverreferncias a termos expressos em trechos anteriores.Bem, no segmento I, de sada, j eliminamos o perodo X, que faz referncia a certos fatoresainda no apresentados no texto. Assim, I - Y.Vamos s opes: eliminam-se as letras a, d, e (opa, j tenho 50% de chances de acertar!).No segmento II, o pargrafo comea indicando uma ao praticada por algum ainda noidentificado (Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores temos de identificaro sujeito da forma compravam ).Como, no segmento I, no houve indicao de pessoa alguma, provavelmente essa meno seencontra no trecho omitido. O perodo X apresenta um candidato a sujeito: Os que abandonaram Marx , ou seja, aquelas pessoas que abandonaram Marx. J o perodo Y apresentaapenas um pronome pessoal reto Eles , tambm sem meno a seu referente, o que, se colocadono incio do pargrafo, prejudicaria a coeso textual.Assim, o segmento I deve ser preenchido pelo trecho X.At agora, temos Y X ; vamos s opes: a resposta a letra b (a nica a apresentar essadisposio).A partir da, se o candidato for do tipo So Tom, pode confirmar que as demais sugestes depreenchimento atendem s exigncias textuais.III No pargrafo, h meno a determinados modos ( tais modos ), presentes no trecho X

    Para atender a atualidade, so necessrios modos de compreenso f r t e i s , capazes de dar conta das relaes entre a objetividade e a subjetividade... - X IV H uma sucesso de questionamentos, iniciando-se pelo segmento X, dando continuidade como trecho j apresentado e se encerram com uma concluso, apresentada pelo segmento Y, queseria colocado aps o trecho IV. Assim, a disposio seria:Introduo pelo segmento X:(X) Quem pode entender hoje a crise econmica internacional fora dos esquemas dasuperproduo, essencial ao capitalismo?Quem pode entender a poltica militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem a atualizao da noo de imperialismo?

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    E, na seqncia, o segmento Y:

    (Y) Portanto, a unipolaridade vigente h uma dcada que busca impor a dicotomia livremercado/protecionismo.Assim, a lacuna seria preenchida por X.V Por fim, a expresso as formas de dominao se multiplicam , presente em Y, estabelece umarelao semntica com Nunca as relaes mercantis tiveram tanta universalidade Y.A ordem, portanto, Y X X X Y.

    2 - DACORDO ORTOGRFI CO: Registra-se, agora, a palavra ideia, sem acento agudo, e

    autorrealizam, sem hfen. Por direo argumentativa, entende-se a linha de raciocnio do autor.Vamos resumir em algumas palavras o pargrafo em destaque: PROFECI AS SE REALI ZAM. essa a ideia principal. A partir da, leia cada uma das opes e identifique a que no apresenta essaideia. Em cada item, justifica-se de uma forma diferente a tese de que PROFECIAS SE REALIZAM,exceto na opo d: Acima de profetas e messias, est o imprio da histria, que constri o futuro com seus prprios vetores e foras internas atuando revelia do desiderato e do fado humanos . Neste caso, segundo o autor, a histria, com seus prprios vetores e foras internas, constri ofuturo, revelia do desejo e da sorte e acima de profetas e messias (os que fazem as profecias).Ou seja, PROFECI AS N O SE REALI ZAM.

    3 - AACORDO ORTOGRFI CO: Registra-se, agora, a palavra consequncias, sem trema. Em suas Confisses, (...) clamou a Deus que lhe concedesse a castidade e a continncia (...) masno de imediato. Ele admitiu que receava perder a concupiscncia natural da puberdade. A partirdessa passagem, percebe-se que Santo Agostinho teria sido concupiscente (esse palavro significa aquele que deseja intensamente bens ou gozos materiais, inclusive em seu aspectosexual).

    b) Segundo o trecho acima destacado, o que Santo Agostinho clamava era que fossem adiadas asgraas da castidade e da continncia, e no os prazeres libidinosos, de que gostaria de fruir ainda

    na adolescncia.c) O autor utiliza o exemplo de Santo Agostinho para traar um paralelo com a predisposio daspessoas, empresas e pases a pagar altas taxas de juros na urgncia de usufruir o aqui e agora.Verifica-se, ento, que esta relao tem por CAUSA o viver intensamente e por CONSEQNCIA adisposio em arcar com esse nus to alto, e no o inverso como sugerido na opo.d) No h, no texto, nenhuma passagem que d respaldo a essa afirmao.e) Conforme comentrio da opo C, o que o autor fez foi traar um paralelo entre a atitude dobispo de Hipona e a dos seres humanos, empresas e governos, estes com relao s taxas de

    juros, no que tange urgncia em viver o aqui e o agora.

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    4 - A

    Esse tipo de questo, se mal formulada, pode ser uma cilada para o candidato. Isto porque, numaentrevista, nem sempre a resposta condiz com a pergunta que foi formulada. s vezes, oentrevistado se entrega a devaneios e foge do assunto. Por isso, devemos buscar o que chamo de

    perguntas-chave. So perguntas simples, diretas, de preferncia que apresentem como resposta sim ou no.A pergunta-chave para resolver esse dilema a de n 2 Qual a natur eza dos mercados? .Das respostas apresentadas, a nica que atende O mercado so pessoas! (primeiro segmento).Vamos s opes: eliminamos trs opes: b, d, e (no acredito, de novo com 50%!!!).Em seguida, a pergunta 5 exige uma resposta afirmativa ou negativa: Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas esto subestimados ? . A resposta, apresentada de forma indireta,est presente no terceiro segmento: Na fbrica, as mquinas, os equipamentos e as instalaes valem mais do que os funcionrios . A resposta, portanto, sim .Desse modo, a primeira lacuna preenchida com (2) e a terceira com (5) resposta: letra a .

    5 - AACORDO ORTOGRFI CO: Registra-se, agora, a palavra ideias, sem acento agudo. Para comear, o erro de concordncia do primeiro perodo foi objeto de questionamento em outroitem e por isso ser mantido em nossos comentrios.Devemos, para iniciar a anlise em relao interpretao, identificar cada um dos perodos que

    compem o texto.Lembre-se de que o perodo se encerra com o ponto final, de interrogao ou de exclamao (svezes, tambm com reticncias, mas nem sempre, pois estas podem indicar uma pausa no mesmoperodo, conforme lio da aula passada).X - A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao de tempos de fraternidade, harmonia e entendiment o da humanidade.Y - Os resultados das cpulas mundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis.W - Contudo , o movimento que se observa em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar.

    Z - O recrudescimento do conservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fonte de frust rao dos ideais historicam ente buscados.Entre o segundo ( Y) e o terceiro ( W) perodos do texto, observamos a presena de uma conjunoadversativa: con tudo . Por isso, eliminamos as opes c e d (apresentam a conjuno porque ).Eliminamos, tambm, a opo e , pois indica o incio da adversativa no quarto perodo, em vez deno terceiro.Com quantas opes ficamos? Duas a, b ( 5 0 % d e n o vo !! !)A relao entre o primeiro e o segundo perodos de coordenao, servindo o segundo paraadicionar informaes ao primeiro. O mesmo ocorre entre o terceiro e o quarto perodos. No se

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    observa, entre eles, relao conclusiva. Por isso, a resposta que atende ao enunciado a de letra a X e Y mas W e Z.

    6 - AO autor j expe sua anlise crtica na primeira passagem do texto, ao afirmar que os tericos noesto constatando um fato, mas emitindo um julgamento moral. Por isso, a afirmao deste itemcorrobora a posio adotada pelo autor a de que deve haver maior objetividade na anlise docomportamento humano.Em relao s demais opes, cabe-nos comentar.b) No se afirma que os marxistas critiquem as leis do mercado segundo o texto, os autores deorientao marxista analisam o reflexo da expropriao da produo prpria em prol dos bensproduzidos pelos detentores do capital.

    c) O autor apresenta essa argumentao de forma crtica, logo no poderia ser consideradoverdadeiro esse pressuposto.d) Pelo contrrio. Segundo esses autores, supe-se que existam formas mais nobres de satisfaoemocional do que a obtida a partir da compra de objetos.e) Ainda assim, sob essa argumentao, haveria emisso de juzo de valor por parte dos autores.

    7 - DA partir dessa questo, voc poder perceber a diferena entre as questes da ESAF e da FCC emrelao a interpretao de textos.

    Enquanto a ESAF apresenta textos curtos e densos, a FCC utiliza textos longos e de agradvelleitura. A dificuldade reside na falta de indicao de linhas, exigindo do candidato cuidado emlembrar qual a passagem do texto em referncia no enunciado da questo.O segmento em anlise foi extrado do primeiro pargrafo, reproduzido a seguir.

    Os nmeros do relatrio da CPI dedicada originalmente aos Correios so expressivos, dos milhares de pginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. o tempo do espanto. Um oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvies e o das punies. Os dois momentos do mar imenso entre relatrio e resultado esto no j ulgamento final, cuj a tendncia pessimista, a contar de exemplos recentes. No deveria ser.

    O que corrobora a resposta (opo D) o trecho que tem incio no segundo perodo ( o tempo do espanto ). Nessa frase, o autor prepara o leitor para a observao que vir: Os dois mom entos do mar imenso entre relatrio e resultado esto no j ulgamento final,cuja tend ncia pessim is ta , a contar de exemplos recentes.V-se, assim, que h uma grande discrepncia (representada pela metfora mar imenso) entrerelatrio e resultado. A afirmao que reproduz esse fato um desacordo cons ide rve l en t re o resu l t ado do ju lgament o e o rela t r io ..

    8 - BNovamente, o autor se vale de expresses como oceano para retratar a disparidade entre o quese apura no processo (indicado no relatrio) e o resultado prtico dessa apurao.

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    O autor contrape a afirmao de que Inqurito trabalho de apurao. Se bem feito, propicia bom material aos julgadores com Se malfeito, facilita a pizza... para subsidiar a argumentaoseguinte: ... o defeito da distncia entre a apurao e o j ulgamento est naquela [apurao] e no neste [julgamento] ... .Assim, pode-se inferir que um julgamento ineficaz resultado de um relatrio em cujo inquritono houve a apurao adequada dos fatos (opo b ).

    9 - EPartindo do pressuposto de que o relatrio j foi lido ( Para o relatrio lido nesta semana... ),infere-se que j houve a apurao dos fatos e a elaborao do relatrio. Os passos que deveriamse seguir seriam: o julgamento e o resultado final (aplicao da pena, se houver).

    Por isso, a expresso travessia do oceano reproduz o julgamento (prximo passo), enquanto que bom porto a que se chega retrata o resultado desse julgamento (bom porto = bom termo = bomfim = bom resultado).

    10 I te m CORRETOA incerteza acerca do vencedor do embate entre palestinos e israelenses fica clara nas seguintespassagens: Arafat deixou seu isolamento (...) mas ser que venceu? (...) Sharom aparentemente se curvou s presses americanas, mas t ambm no se pode d ize r que o p rem ie r i s raelense t enha s ido de r ro tado .. ..

    11- CVeremos que essa banca (ESAF) apresenta esse tipo de questo de diversas formas. Nessa,devemos colocar os numerais ordinais nos parnteses.Primeiramente, vamos eliminar as opes que apontam, como primeiro pargrafo do texto (1),segmentos que apresentam palavras ou expresses dependentes de informaes anteriores, quergramaticalmente (emprego de pronomes com funo anafrica - essas, suas, que exigemreferncia textual anterior, conjuno relacionando oraes de trechos diferentes, oraes cujosujeito j deveria ter sido mencionado, etc.), quer semanticamente (no faz o menor sentido,faltam informaes).Eliminamos da primeira posio os seguintes segmentos:1) As operaes ... t a m b m esto sendo monitoradas... depende da existncia / meno aoutra operao que esteja sendo monitorada pela Receita Federal (a indicao de parte do nomedo rgo Receita - tambm indica que j houve meno a ele, caso contrrio haveria prejuzo dacompreenso textual que Receita - estadual, municipal, federal? );2) Sem identificao dos donos, cujos nomes... donos de qu? muitas dessas empresas que empresas?3) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores ... que off shores ??? O que isso??5) Para reduzir essa evaso fiscal ... que evaso???S poderamos comear pelo quarto segmento A Receita Federal est f echando o cerco contra as empresas sediadas em par asos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores.

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    Agora, sim, houve meno a empresas off shores .

    Vamos s opes: e l imin am -se as le t rasa, b, d, e . RESPOSTA: CIncrvel que somente essa providncia levou ao gabarito! Mas no se anime muito, hem? Nemsempre funciona desse jeito mole, mole...Agora, se houver tempo, verifique a ordem e comprove que essa mesmo a resposta correta (notenho dvidas).

    12 - BJ comearemos riscando o que no pode ser o 1 pargrafo do texto.Eliminaremos os seguintes segmentos:

    1) Em geral, esta firma... que firma???3) O secretrio da Receita admite, no entanto, ... uma orao que depende da existncia deoutra anteriormente apresentada no texto, a fim de estabelecer uma relao adversativa com ela.4) E tambm a contabilidade da empresa... posso??? No.5) Esses pases conhecidos como parasos fiscais ... que pases??Bem, s podemos comear pelo segundo segmento (O investidor estrangeiro entra no Brasil viaBolsa de Valores, fundos de investimento ou como scio de uma empresa brasileira.).Vamos s opes: e l imin am -se as le t rasa, c, d, e. RESPOSTA: BIsso o que se chama de ganhar um ponto fcil, hem?? No fique acostumado com essa boavida ela vai acabar j, j...

    13 - BPronto. Agora, comeou a mudar o estilo. Em vez de indicar a ordem em ordinais (1, 2 etc.),devemos dizer qual a ordem dos segmentos.CUI DADO, pois j vi muita gente boa e inteligente fazendo confuso. Voc dever dizer, agora,qual o primeiro segmento: A, B, C ou D.Eliminamos da primeira posio os seguintes segmentos:A Na sede da entidade ,... qual a entidade? No houve meno a ela, ainda, ento no tenhocomo adivinhar. No posso comear o texto com esse pargrafo.

    B Segundo sua anlise... anlise de quem ??? Vou chamar a Me Dinah para responder isso...C A suspeita de sonegao surgiu porque ... sonegao do qu? ...por parte de comerciantes e empresrios da regio,... de qual regio?

    Bem, s podemos iniciar pelo trecho D: A Receita Federal de Franca est apurando a sonegao de impostos praticada pelas empresas e associaes que atuam na Festa do Peo de Boiadeiro de Barretos..Vamos s opes . Acabou a moleza, viu? Agora s podemos eliminar os segmentos das letras a,c, e . Mesmo assim, voc j tem 50% de chances de acertar (de novo!!!).

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    No trecho B, h meno a um determinado clube Alm do c lube , devem ser fiscalizados hotis,restaurantes e a empresa que vende os anncios da festa. mas que clube esse? o clube citado no trecho C O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o clube Os I n d e p e n d e n t e s , instituio responsvel pela organizao da Festa do Peo de Boiadeiro. . Logo,esse trecho C dever anteceder o trecho B.Assim, as opes seriam: D, C, B, A (no existe essa opo) ou D, C, A, B.RESPOSTA: B

    14 - AVimos que, especialmente nas questes da ESAF, podemos eliminar itens pelo fato de elesapresentarem referncias textuais. Infelizmente, isso no seria possvel nessa questo. TODOS os

    segmentos apresentam referncias textuais. Veja s:I - Essa situao... que s i tuao ? II ... renova-se essa proibio... que p r o ib io ? III Com t udo isso... - i ss o o q u ? IV S mudou em 1600,... o q u e m u d o u e m 1 6 0 0 ? V - Aos estrangeiros era permitido, alm disso... - a l m d o q u ? Como no podemos seguir aquele caminho, iremos, ento, usar outra estratgia.Vamos buscar, em cada trecho, uma relao com outro, estabelecendo, assim, uma ordem entreeles.

    Note que existe um nexo entre o que est sendo apresentado no trecho I e a informao acerca damudana ocorrida em 1600 (IV):I - Essa situao prevaleceu ao menos durante os primeiros tempos da colnia ;IV - S mudou em 1600, quando Felipe II ordenou fossem terminantemente excludos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se ento seu emprego como administradores de propriedades agrcolas, Em resposta pergunta o q u e m u d o u e m 1 6 0 0 ?, temos uma resposta, ainda que incompleta: asituao dos estrangeiros no pas.Mas que situao essa?Encontramos resposta para essa outra pergunta no trecho V Aos estrangeiros era permitido,alm disso, percorrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores... .Percebemos, portanto, que o trecho V deve anteceder os demais (I e IV).Alm disso, o trecho V apresenta um elemento de conexo: alm disso, que se refere ao trabalhodos estrangeiros, presente no trecho III ( foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar. ).Esses dois pargrafos (III e V, nessa ordem) devem ser apresentados logo no incio do texto;depois vir o trecho I e, finalmente, o trecho IV (III - V I IV).Finalmente, como encerramento, o segmento II faz referncia a essa proibio ( Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibio .. .), proibio presente no segmento IV ( Proibiu-se ento seu emprego como adm inistradores de propr iedades agrcolas... ).

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    Constatamos, pois, que a ordem [III, V, I, IV, II] forma um texto coeso e coerente, sendo correta a resposta (A).

    15 - BACORDO ORTOGRFI CO: Registra-se, agora, a palavra ideias, sem acento agudo. Como j falamos, primeiramente, devemos eliminar da primeira posio do texto (indicao com on 1) os segmentos que apresentam elementos de coeso textual que dependem de informaesantecedentes.So eles:1 segmento Com o objetivo de dar fiel cum priment o quela determinao legal...

    2 segmento O referido Relatrio. .. 3 segmento O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante det erm ina a supracitada Lei... 4 segmento - Determina a m esma Lei... Diante disso, conclumos que o texto s poderia comear com o 5 segmento ( A Lei Complementar n. 101... ).O que deveria, ento, fazer o candidato, de acordo com o enunciado? Colocar o n 1 nosparnteses que antecedem o quinto segmento. Assim, na quinta posio da enumerao, estaria on 1. Quais so as opes que apresentam essa disposio? As letras b e c .Nossa , professora , voc fa lou TRS VEZES que era para colocar o n 1 ent re pa rn teses ! !! Eu j en tend i ! ! ! .Sim, falei e repito, porque foi nesse ponto que muitos candidatos se confundiram.Equivocadamente, em virtude da pressa ou do cansao ou at de ambos leram somente umaparte do enunciado ( Numere os parnteses...) e saram numerando seqencialmente ossegmentos (indicaram o n 1 para Com o objetivo de dar...; o n 2 para O referido Relatrio... e assim por diante).Aps essa providncia, indicaram a ordem de acordo com o nmero que apuseram nos parnteses.A, consideraram que o texto comearia com o trecho de n 5 (o ltimo segmento). Comoconseqncia, no encontraram a ordem correta e, como forma de arranjar uma resposta,mudaram a ordem adequada ao texto, indicando uma outra ordem apresentada pela opo a ou c.CUI DADO! N O FOI ESSA A DETERMI NAO DO ENUNCI ADO!

    Vejamos o que foi solicitado: Abaixo esto os segmentos inicial e final de uma correspondncia oficial. preciso complet-la nos espaos pontilhados, o rdenando os pa rgra fos na o rdem em que devem cons ta r no d o c u m e n t o . Numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias(* ). Assinale, a seguir, a opo que reproduz a ordem correta ..Nos parnteses deve ser indicado o nmero da posio que o segmento ocupar no texto (1 = 1pargrafo; 2 = 2 pargrafo; e assim sucessivamente). A banca exige que se numere osparnteses, obedecendo aos pr incpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias( * ). Numerar de forma sucessiva, como muitos fizeram, prejudica os aspectos textuais exigidospelo examinador.

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    Voltando ordenao, vimos que o quinto segmento ocuparia a posio n 1 (A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, exige...).. Nele, faz-se meno, pela primeira vez, ao Relatriode Gesto Fiscal ( exige ... a em isso ... do Relatr io de Gesto Fiscal . . .).Na seqncia, apresentar-se-o as informaes que devem constar desse relatrio, informaesessas presentes no TERCEIRO segmento, que receber, ento, nos parnteses, o n 2, quaissejam: O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supraci tada Lei , deve conter in fo rmaes re la t ivas despesa to ta l com pessoal , d v ida consol idada, concesso de garant ias e operaes de crdi to .Alm disso, a expresso supracitada lei remete Lei n 101, mencionada na introduo do texto(quinto segmento posio 1), o que confirma a ordem at ento apresentada.No terceiro pargrafo do texto (ou seja, posio n 3 ), deve ser apresentado o QUARTO segmento,que trata da publicao do referido relatrio ( Determina a mesma Lei que o Relatrio dever ser publicado e disponibilizado ao acesso pblico...).Em seguida, vir o PRIMEIRO segmento, que, por apresentar a expresso quela determinaolegal, indica que este trecho se encontra distante do primeiro pargrafo (pronome demonstrativo

    aquela usado em referncia anafrica). Receber, portanto, o n 4 .Finalmente, vir o SEGUNDO segmento, que encerra o texto indicando o encaminhamento quedeve ser dado ao relatrio ( O referido Relatrio dever ser ob je to de encaminhamento ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da Unio ...) e, por isso, receber o n 5 .Destarte, a ordenao dos segmentos seria: [ 4 5 2 3 1 ], opo do item b .

    1 6 Como se trata de questo do Cespe/UnB, devemos julgar cada uma das opes.ACORDO ORTOGRFI CO: Registra-se, agora, a palavra ideias, sem acento agudo. 1. I TEM ERRADO2. I TEM ERRADO3. I TEM ERRADO4. I TEM CERTO5. I TEM CERTO

    Comentrio.Vamos verificar cada um dos pargrafos e analisar se poderia ser o trecho introdutrio do texto.I para os chefes , o caso a inda mais complexo ...: que caso esse? Ainda no foiapresentado e, portanto, no poderia iniciar o texto.II e voc? - Este incio pressupe a existncia de alguma argumentao precedente, o quetornaria esse segmento invlido para iniciar o texto. Essa argumentao, como veremos adiante,foi apresentada no trecho I.O texto poderia ter incio pelo fragmento III. Nele, h uma srie de afirmaes que iro apresentaro tema do texto.

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    No segmento I, aborda-se a questo da chefia. Em seguida, no II, levar esse questionamento aoleitor. H, portanto, relao lgica entre os dois pargrafos, necessariamente nessa ordem.Por ser enunciativo, o segmento IV poderia tanto servir de introduo ao texto (primeiro da srie -item 5) como de concluso (ltimo da srie item 4).Considerando que a ordem dos demais segmentos no se alteraria (III I II), poderamosaceitar tanto a ordem indicada no item 4 (trecho IV como conclusivo) como a do item 5 (trecho IVcomo introdutrio).

    Desejo a vocs mu i to sucesso nessa emprei t ada e a p lena rea l izao de seus proje t os .Cont inuar e i , sem pre , d isposio para quaisquer dvi das , cr t icas , e logios e convi tes decomemor ao ( r s .. .) .

    Grand e abrao e bons es tudos , sem pre .