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Curso de Contabilidade Geral para a Polícia Federal

Teoria e questões

PARTE 6

EVP – 21: Gabriel Rabelo

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Tópico 17 - Critérios de avaliação do ativo e do passivo

Lembrem-se do que dissemos sobre o ativo e sobre o passivo.

Ativo Bens e direitos.

Passivo Exigível Obrigações.

Falamos também sobre as definições de cada um trazidas pelo CPC 00 – Estrutura conceitual básica da

contabilidade, quais sejam:

49. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: (a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade; (b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos; (c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.

Devemos saber agora como se dá a divisão de cada um desses grupos. Segundo o artigo 178 da Lei

6.404/76, as contas devem ser dispostas segundo elementos do patrimônio que registrem (bens,

direitos, obrigações e patrimônio líquido) e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e análise da

situação financeira da companhia.

ATIVO

O ativo é dividido em ativo circulante e ativo não circulante, sendo disposto em ordem decrescente do

grau de liquidez, isto é, da maior para a menor liquidez (expectativa de conversão em dinheiro). A conta

caixa é a primeira do ativo, posto que já representa o próprio dinheiro. As contas que representam

imóveis, por exemplo, são situadas ao final do ativo, dada a sua baixa liquidez (demora para a conversão

em dinheiro).

ATIVO CIRCULANTE

O ativo circulante é subdivido em:

1 – disponibilidades;

2 - direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente;

3 - aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou nele possam ser convertidos de forma

imediata, como a conta caixa, bancos conta movimento, aplicações financeiras de liquidez imediata.

Os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente podem ser reais ou pessoais. Os reais

representam os bens (estoques de matérias-primas, produtos acabados, em elaboração). Os pessoais

representam os direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar).

Essa realização se dá pelo consumo ou venda destes bens.

As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas despesas

antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa com antecedência. Por exemplo, se eu pago

uma despesa de seguro, em 01.12.2010, que se refere ao exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00,

registrarei o fato como despesa antecipada, do seguinte modo:

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D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante)

C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante)

Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro, iremos lançar:

D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa)

C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo)

Ok? É fácil.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

O ativo não circulante é composto por:

1 – ativo não circulante realizável a longo prazo;

2 – investimentos;

3 – imobilizado;

4 – intangível.

Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo prazo é

composto por:

a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;

b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou

controladas, diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da

companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.

Como exemplo do item a. O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor,

31.12.2010. O exercício social seguinte é 2011. Os direitos a receber em 2012 e exercícios posteriores são

classificados no ANC – RLP. Esses direitos também podem ser reais (animais em criação ou bens que

exijam longo período de produção) ou pessoais (duplicatas a receber).

Quanto ao item b, deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam atendidos, a espécie do direito,

a operação ser não usual e pessoa ligada (devedor). Caso não se perfaçam o crédito deve ser

classificado conforme o prazo.

Vamos começar com as questões...

73. (Cespe) Créditos de funcionamento e créditos de financiamento são contas a receber distintas, porque os créditos de funcionamento referem-se a valores decorrentes de atividades normais da empresa e os créditos de financiamento consistem em valores de operações estranhas às atividades da empresa.

Temos que perceber que neste sentido a palavra crédito é distinta da palavra saldo credor estudada até

aqui. Esses créditos representam direitos a receber. Vamos distinguir os termos:

- Créditos de Funcionamento: valores a receber decorrentes da própria atividade da empresa. Ex:

Duplicatas a receber.

- Créditos de Financiamento: valores a receber decorrentes de financiamentos a terceiros e que não são

diretamente relacionados com o objeto da atividade da empresa. Ex: Empréstimos a terceiros,

empréstimos compulsórios à União.

Portanto, o item está correto.

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74. (Cespe) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos realizáveis após o

término do exercício seguinte. Os derivados de empréstimos a sociedades coligadas ou a diretores e

que tenham vencimentos no mesmo exercício da concessão do empréstimo também serão

contabilizados no ativo realizável em longo prazo.

O item está correto.

Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo prazo é

composto por:

a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;

b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou

controladas, diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da

companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.

75. (ISS/Natal/Adaptada/ESAF) José é irmão de Maria. Maria é sócia e diretora da firma Zé, Maria e Irmão

Ltda. que comercializa artigos de viagem. José e Maria resolveram viajar e, em 31 de outubro de 2001,

compraram em sua própria empresa R$ 4.200,00 em artigos de viagem acertando o pagamento para 30

meses, em parcelas iguais, vencendo a inicial em 30.11.01. Maria obteve também R$ 600,00 em vales da

empresa para pagamento em novembro de 2001 a fevereiro do ano seguinte. O exercício social coincide

com o ano calendário e, ao seu final, considere não haver parcelas vencidas. Seguindo as regras atuais

de classificação das contas do sistema patrimonial, podemos afirmar que, em 31 de dezembro de 2001,

no que concerne a essas operações, a empresa terá créditos de R$ 2.540,00 no ativo não circulante

realizável a longo prazo.

Vamos lá. Questão interessante. Falemos inicialmente sobre a compra de artigos.

Vimos que para ser classificada no ativo não circulante – RLP a operação deve ser: direitos realizáveis

derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores

(administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da companhia, que não

constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.

Trata-se de operação de venda, adiantamento ou empréstimo? Sim, de venda!

Trata-se de coligada, controlada, diretor, sócio ou participante do lucro? Sim, de sócio!

Trata-se de operação não usual no negócio da empresa? Não!! Portanto, devemos classificar essa

operação conforme o prazo de sua realização.

A venda é de R$ 4.200 em 30 parcelas, o que resulta em R$ 140,00 por parcela.

A primeira parcela é em 30.11.2001, a segunda é em 30.12.2001.

No balanço em 31.12.2001 teremos 12 parcelas a vencerem em 2002, classificadas, portanto, no ativo

circulante, totalizando R$ 1.680.

Teremos também 16 parcelas a vencer nos exercícios seguintes a 2002, o que dará um montante de

2.240,00, classificados como ANC - RLP.

Vejamos agora os vales concedidos. Esses sim se enquadram na definição requeridas pela lei para

figurarem como ANC – RLP.

Portanto, teremos no ANC 2.240,00 + 300 = 2.540,00.

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Item correto.

76. (Auditor Fiscal da Receita Federal/ESAF) Apresentamos as contas e saldos constantes do balancete de verificação da Cia. Cezamo, em 31.12.01:

Adiantamento de clientes 1.600

Adiantamento a diretores 1.800

Adiantamento a fornecedores 2.000

Aluguéis ativos a receber 1.000

Aluguéis ativos a vencer 1.200

Caixa 2.200

Capital Social 12.000

Clientes 4.600

Depreciação Acumulada 1.500

Fornecedores 5.000

Móveis e utensílios 10.000

Prejuízos Acumulados 1.200

Reserva Legal 1.500.

Com as contas listadas a Cia. Cezamo elaborou o balanço patrimonial, cujo grupo ativo tem o valor de:

a) 18.100; b) 18.500; c) 19.700; d) 20.100; e) 21.700.

Comentários

Vamos lá!

Conta por conta.

Adiantamento de clientes 1.600 Obrigação da empresa em entregar mercadorias (Passivo).

Adiantamento a diretores 1.800 Direito a receber dos diretores (Ativo)

Adiantamento a fornecedores 2.000 Direito a receber dos fornecedores (Ativo)

Aluguéis ativos a receber 1.000 Direito a receber (Ativo)

Aluguéis ativos a vencer 1.200 Recebimento antecipado de receita de aluguel (Passivo)

Caixa 2.200 (Ativo)

Capital Social 12.000 (PL)

Clientes 4.600 (Ativo)

Depreciação Acumulada 1.500 Redutora do ativo, diminui os saldo dos bens do ativo.

Fornecedores 5.000 Obrigação da empresa (Passivo)

Móveis e utensílios 10.000 Bem da empresa (Ativo)

Prejuízos Acumulados 1.200 Redutora do PL.

Reserva Legal 1.500. (PL)

Somando as contas do ativo, teremos: 2.200 + 4.600 + 2.000 + 1.000 + 1.800 + 10.000 – 1.500 = 20.100,00.

Gabarito D.

Mais uma:

77. (ESAF) Os grupos de contas que compõem o ativo no balanço patrimonial são circulante e não circulante.

Correto. Muito fácil. Próxima.

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(Analista de Saneamento/Ciências Contábeis/Embasa/2009) Julgue os itens a seguir com relação ao art. 37 da Lei n.º 11.941/2009, que alterou o art. 178 da Lei n.º 6.404/1976.

78. O ativo não circulante é composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.

O item está correto.

Empresa A Empresa B

Capital de Giro 100.000,00 200.000,00

Capital de Terceiros (curto prazo) 200.000,00 200.000,00

Capital Próprio 200.000,00 200.000,00

Capital Social 200.000,00 100.000,00

(Analista de Meio Ambiente/Contador/2009/Cespe) Considerando as informações acima, referentes às empresas A e B, bem como o princípio contábil da entidade, julgue os próximos itens.

79. O ativo não-circulante da empresa A é menor que o ativo circulante da empresa B.

Vamos lá. O capital de giro representa o ativo circulante da empresa. Já vimos a equação básica da contabilidade, qual seja:

A = PE + PL

Sabendo que: A = AC + ANC, PE = Capital de terceiros = Obrigações e que PL = Capital Próprio, temos que o seguinte...

Empresa A: AC + ANC = PE + PL 100.000 + ANC = 200.000 + 200.000 ANC = 300.000,00

Empresa B: AC + ANC = PE + PL 200.000 + ANC = 200.000 + 200.000 ANC = 200.000,00.

Portanto, o ANC da empresa A (300.000,00) é maior do que o AC da empresa B (200.000).

O item está incorreto (porém a banca deu como correto).

(Técnico de Meio Ambiente/Contabilidade/2009/Cespe) As contas utilizadas pela contabilidade das empresas são classificadas em dois grupos: ativo e passivo. Acerca desses grupos, julgue os próximos itens.

80. O ativo compreende o ativo realizável a curto prazo, o disponível e o imobilizado.

81. O ativo circulante e o ativo realizável a longo prazo fazem parte dos grupos do ativo que não podem ser divididos em subgrupos.

82. No ativo são classificadas todas as contas que representam bens, direitos e valores a receber.

Gabarito: F, F e V.

Critérios de avaliação do ativo circulante e do realizável a longo prazo

O artigo 183, I, da Lei 6.404/76, estabelece:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes

critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos

de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou

disponíveis para a venda; e

b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme

disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando

este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito.

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Exemplos de instrumentos financeiros são as debêntures e ações. Os derivativos são, por exemplo,

mercados futuros, de opções, swaps.

Exemplos de títulos de crédito são duplicatas, notas promissórias a receber.

Essas aplicações financeiras destinadas à negociação e disponíveis para a venda, isto é, com caráter

especulativo, devem ser avaliadas ao valor justo.

Entenda-se por valor justo o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre

partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos.

Por exemplo, compramos uma ação da Petrobrás com caráter meramente especulativo, pelo valor de

R$ 100,00.

Por ser este o seu valor justo, devemos lançar, no momento da aquisição:

D – Ações disponíveis para a venda R$ 100,00

C – Caixa R$ 100,00

Posteriormente, essa ação sofre um ajuste para o montante de R$ 150,00. Devemos ajustar esse valor?

Sim, em contrapartida a uma conta de patrimônio líquido, chamada ajuste de avaliação patrimonial,

pelo seguinte lançamento:

D – Ações disponíveis para a venda R$ 50,00 (em virtude do aumento no ativo)

C – Ajuste de avaliação patrimonial R$ 50,00 (aumenta o PL)

Assim, a ação estará novamente avaliada pelo valor justo, que é o valor pelo qual um ativo pode ser

trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem

favorecimentos.

Posteriormente, essa ação diminui para R$ 125,00. Faremos o seguinte lançamento:

D – Ajuste de avaliação patrimonial R$ 25,00

C – Ações disponíveis para a venda R$ 25,00.

Essa ação, por fim, é vendida a este preço. Veja que pagamos por ela R$ 100,00 e estamos vendendo a

R$ 125,00. O lançamento é o seguinte:

D – bancos R$ 125,00

C – Ações disponíveis para a venda R$ 125,00

E também:

D – Ajuste de avaliação patrimonial R$ 25,00

C – Outras receitas R$ 25,00

A questão deve indicar quando se trata de uma aplicação destinada à negociação ou disponível para a

venda.

O item b, do inciso I, artigo 183 da Lei (aplicações mantidas até o vencimento e demais direitos e títulos

de crédito) são avaliadas pelo valor do custo de aquisição ou emissão, atualizado conforme as

disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realizações. Assim, quando a

companhia vende R$ 100.000,00, em duplicatas, registrará esse montante pelo valor de emissão. Se há

estimativa de que R$ 10.000,00 não sejam recuperados, deverá lançar este valor como redução da conta

duplicatas, em conta separada (provisão para devedores duvidosos). Assim, no balanço, teremos:

Ativo

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Ativo Circulante

Duplicatas a receber .................................... R$ 100.000,00

(-) Provisão para devedores duvidosos ........ (R$ 10.000,00)

Ok? Tranqüilo.

Vamos dar outro exemplo. A empresa Alfa possui um título a receber no montante de R$ 2.000,00. O

IGMP do mês X registrou deflação de 10%. Como ficariam os ajustes?

D – Despesa com Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado 200,00

C – Ajuste ao Valor de Mercador 200,00

Depois, quando do recebimento, lançamos:

D – Caixa 1.800,00

D – Ajuste ao valor de mercado 200,00

C – Títulos a receber 2.000,00

É isso. O mesmo vale quando da compra de mercadorias e posterior desvalorização.

83. (Analista Executivo/Metrologia e Qualidade/Contabilidade/2009/Cespe) Os ativos financeiros disponíveis para venda serão evidenciados pelo custo atualizado pelas regras do contrato, quando inexistir disposição legal.

Lembrem-se: disponíveis para venda e destinados à negociação são avaliados pelo valor justo. Item

incorreto.

84. (Analista Administrativo/Contabilidade/Antaq/2009) Se uma empresa tiver aplicações temporárias em ações, sem cotação no mercado e sem liquidez, essa participação societária deverá ser classificada como um investimento a longo prazo.

Segundo o FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, “no caso de

investimentos em ações não cotadas em bolsa ou no mercado de balcão, deve-se ter um cuidado maior.

Primeiro, porque é caso extremamente raro a aceitação dessas ações como investimento temporário.

Só se adquire, normalmente, ações não cotadas em bolsa ou no mercado de balcão para investimentos

permanentes.

De qualquer forma, deve-se considerar a hipótese de efetivamente haver ações sem essa cotação sem

que haja característica de investimento permanente. Se for o caso e se não houver liquidez, não basta a

intenção de venda para a classificação no circulante; é o caso de classificação no realizável a longo

prazo.”

O motivo dessa classificação é que deve figurar no Ativo Circulante apenas o que será realizado no

exercício seguinte. Se não há liquidez para as ações, não há expectativa razoável de que vá ser

efetivamente vendida no período que caracteriza o curto prazo. Assim, por precaução, fica classificada

no realizável a LP.

Item correto.

85. (Contador/MP RR/2008) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados de empréstimos a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham vencimentos no mesmo exercício da concessão do empréstimo também serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo.

O item está correto, conforme o já estudado durante o curso.

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86. (Contador/TST/2008) De acordo com a legislação societária, adiantamentos de viagem para tratar dos negócios da empresa, efetuados a diretores, são classificados no ativo realizável a longo prazo.

O item está incorreto, posto que se trata de negócio usual na exploração da empresa.

87. (Fiscal de Rendas/RJ/2010/FGV) O Balancete de 31.12.2009 da Cia Volta Redonda, que atua exclusivamente no comércio varejista, apresentava os seguintes saldos (em R$):

Caixa e Equivalentes de Caixa 20.000,00

Estoques previstos para serem vendidos em 100 dias 30.000,00

Clientes, com vencimento em 120 dias 140.000,00

Contas de Ajuste a Valor Presente a apropriar sobre clientes 1.000,00

Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa sobre clientes 2.000,00

Provisão para Contingências Tributárias 5.000,00

Provisão para Perdas nos Estoques 3.000,00

Seguros Pagos Antecipadamente, a serem apropriados mensalmente de forma linear por dois anos 2.400,00

Aplicação Financeira para ser realizada em um prazo de 180 dias 32.000,00

Empréstimo a acionistas a ser recebido em 60 dias 5.000,00

Assinale a alternativa que indique o total do Ativo Circulante a ser evidenciado no Balanço Patrimonial de 31.12.2009.

(A) R$ 218.000,00. (B) R$ 221.000,00. (C) R$ 217.200,00. (D) R$ 222.200,00. (E) R$ 221.200,00.

Comentários

São contas do ativo circulante:

+ Caixa e Equivalentes de Caixa 20.000,00

+ Estoques previstos para serem vendidos em 100 dias 30.000,00

+ Clientes, com vencimento em 120 dias 140.000,00

+ Aplicação Financeira para ser realizada em um prazo de 180 dias 32.000,00

+ Seguros Pagos Antecipadamente, como são dois anos, total de 2.400, apenas 12 parcelas serão do AC = 12/24 x 2.400,00 = 1.200.

- Contas de Ajuste a Valor Presente a apropriar sobre clientes 1.000,00

- Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa sobre clientes 2.000,00

- Provisão para Perdas nos Estoques 3.000,00

TOTAL = 217.200,00

As contas seguintes têm as classificações:

Empréstimo a acionistas a ser recebido em 60 dias 5.000,00 (ANC – RLP)

Provisão para Contingências Tributárias 5.000,00 (Passivo exigível)

Gabarito C.

88. (MPU/2007/FCC) Em relação ao Balanço Patrimonial, é correto afirmar que as contas do ativo são classificadas em ordem crescente do grau de liquidez.

Errado. A ordem é decrescente do grau de liquidez.

89. (MPU/2007/FCC) No Ativo Realizável a Longo Prazo, classificam-se as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente, os estoques e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.

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Incorreto. Classificam-se no ativo circulante.

90. ( Assessor/Contadoria/2008/TRF/RS/FCC) A Cia. Cruzeiro do Norte contratou uma apólice de seguro contra incêndio, para suas instalações comerciais, cujo prêmio era de R$ 28.800,00, com vigência de três anos, a partir de 1o de março de 2006. Deverá figurar, na rubrica Despesas do Exercício Seguinte, do balanço patrimonial da sociedade do final de 31/12/2006, relativamente a esse gasto, a importância, em R$, de

(A) 8.000,00 (B) 9.600,00 (C) 17.600,00 (D) 19.200,00 (E) 20.800,00

Comentários

Vamos lá. O valor mensal do seguro é 28.800/36 = 800.

No pagamento do seguro lançaremos:

D - Despesas antecipadas de seguros 800 x 22 = 17.600 (AC)

D - Despesas antecipadas de seguros 800 x 14 = 11.200 (ANC – RLP)

C - Caixa 28.800 (AC)

Assim, ainda em 2006, daremos baixa dos meses de março a dezembro:

D – Despesas de seguros 800 x 10 = 8.000

C – Despesas antecipadas de seguros 8.000

Teremos, a transcorrer no exercício de 2007 o valor de R$ 9.600,00 de seguros antecipados. O restante

figurará no longo prazo.

Gabarito B.

91. (TRT 17ª/Analista Judiciário/2009) As despesas do exercício seguinte devem ser contabilizadas em conta de ativo.

O item está correto.

92. (CEHAP/2008/Cespe) É correto afirmar que as aplicações em instrumentos financeiros derivativos, classificados no ativo, serão registradas pelo valor

A) justo, quando as aplicações estiverem disponíveis para a venda.

B) de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das aplicações disponíveis para a venda.

C) histórico, quando se tratar de investimentos não disponíveis para a venda.

D) de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for superior, no caso das aplicações não disponíveis para a venda.

Comentários

O gabarito é a letra a.

Letra b) Quando for disponível para a venda a classificação também é feita pelo valor justo.

Letra c) Os investimentos serão vistos a seguir.

Letra d) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou

contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais

aplicações e os direitos e títulos de crédito.

93. (Contador/Ipojuca/2009) A conta provisão para crédito de liquidação duvidosa é classificada no ativo e creditada na sua constituição.

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O item está correto. O lançamento é:

D – Despesa com PCLD.

C – Provisão para créditos de liquidação duvidosa.

94. (MP/RR/2008/Cespe) A perda referente a créditos de liquidação duvidosa que não tenha sido provisionada proporciona débito no resultado do exercício e crédito na conta de valores a receber.

O item está correto.

Se a empresa provisionou R$ 1.000,00 para PCLD, através do lançamento:

D – Despesa com PCLD. 1.000,00

C – Provisão para créditos de liquidação duvidosa. 1.000,00

Porém, constatou que a perda efetiva foi de R$ 1.500,00, deverá lançar:

D – Despesa com perdas com clientes 500,00

D – Provisão para créditos de liquidação duvidosa 1.000,00

C – Clientes 1.500,00

Ok? Novamente, item correto.

ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL/2009/NACIONAL

95. O reconhecimento de provisão para devedores duvidosos deve ser feito por meio de um crédito no ativo e um débito no resultado do exercício.

O item está correto.

96. (MPE/RR/2008/Cespe) A aquisição de ações de outras companhias pode ser registrada em conta de ativo circulante quando a empresa que adquiriu as ações resolva que estas serão comercializadas em um período curto de tempo. O registro dessa operação não afeta o valor total do ativo circulante da empresa que adquiriu as ações.

O item está correto. Senão vejamos. As ações podem ter basicamente dois tipos dentro de uma

empresa: as de caráter meramente especulatório e as de cunho permanente, cuja alienação não se

espera num curto período de tempo. Essas serão registradas à conta de ativo não circulante, grupo

investimentos. Aquelas, por seu turno, serão registradas no ativo circulante, como já falado aqui.

97. (MP/RR/2008/Cespe) A contabilização de instrumentos financeiros deve ocorrer pelo valor da emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for superior.

Vejamos a letra da lei:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes

critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos

de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou

disponíveis para a venda; e

b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme

disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando

este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito.

Assim, veja que não necessariamente a contabilização será feita pelo valor de emissão. E mesmo se

assim o fosse, o ajuste se dá quando o valor de realização for inferior.

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Item incorreto.

98. (CEHAP/2008/Cespe) A legislação vigente inseriu o conceito de valor justo (fair value), para a mensuração de ativos antes de sua evidenciação nas demonstrações contábeis. Assinale a opção correta acerca do valor justo.

A) O preço histórico pago, referente à data de aquisição, das matérias-primas e dos bens em almoxarifado é considerado valor justo.

B) O preço líquido médio de realização de bens ou direitos destinados à venda, adicionados aos valores dos impostos e demais despesas diretas necessárias para a venda compõem o valor justo desses ativos.

C) O valor líquido pelo qual os investimentos podem ser alienados a terceiros é considerado valor justo.

D) O valor decorrente de transação compulsória dos instrumentos financeiros, realizada entre partes independentes, é considerado valor justo.

Vamos lá. Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183, § 1o. Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação

dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser

repostos, mediante compra no mercado;

b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda

no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a

margem de lucro;

c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.

d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo,

decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na

ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: (Incluída

pela Lei nº 11.638,de 2007)

Portanto, analisemos:

a) O preço histórico pago, referente à data de aquisição, das matérias-primas e dos bens em

almoxarifado é considerado valor justo.

Incorreto. É o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado.

b) O preço líquido médio de realização de bens ou direitos destinados à venda, adicionados aos valores

dos impostos e demais despesas diretas necessárias para a venda compõem o valor justo desses ativos.

Incorreto. O correto seria o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os

impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro.

c) Correto. É o nosso gabarito.

d) O valor decorrente de transação compulsória dos instrumentos financeiros, realizada entre partes

independentes, é considerado valor justo.

Incorreto. O correto seria transcrever0-se: o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente

de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado

ativo para um determinado instrumento financeiro.

Gabarito C.

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Pra encerrar, vamos analisar só esta aqui da ESAF: (AFC/CGU/2008) Os direitos e títulos de credito, e

quaisquer valores mobiliários não classificados como investimentos, serão avaliados, pelo custo de

aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor.

Claramente incorreto. O certo seria valor justo, se destinados à negociação ou disponíveis para a venda,

ou custo de aquisição ou emissão nos demais casos.

Continuemos a falar sobre os critérios de avaliação do ativo: AVALIAÇÃO DE ESTOQUES DE

MERCADORIAS E PRODUTOS

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes

critérios:

II – os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da

companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em

almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo

ao valor de mercado, quando este for inferior;

Onde se lê “valor de mercado”, deve-se ler “valor justo”. O custo de aquisição é o total gasto na

compra das mercadorias, excetos tributos recuperáveis, como o ICMS em alguns casos, como já

explicado.

No caso de indústrias, os produtos acabados e em elaboração são avaliados pelo custo de produção

(matéria-prima, embalagem, mão-de-obra direta, custo indireto de fabricação, etc.).

Assim, imagine-se a seguinte situação:

A ----- custo de aquisição 1000 ---------- valor justo 800.

B ----- custo de aquisição 700 ----------- valor justo 700.

Deve ser constituída provisão para o item A (provisão para ajuste ao valor justo), por intermédio do

lançamento:

D – Despesa com provisão 200

C – Provisão para ajuste ao valor justo 200.

Agora, grave-se uma regra extremamente importante: o custo de aquisição de mercadorias, matérias-

primas e bens em almoxarifado deve representar todos os gastos necessários até o momento em que

eles estejam em condições de serem comercializados. Apenas os tributos recuperáveis devem ser

retirados deste custo de aquisição (ICMS a recuperar).

Imaginemos a seguinte situação: a empresa Bravo Ltda comprou mercadorias no valor de R$ 1.000,00.

Adicionalmente à compra, teve despesas de seguro no valor de R$ 100,00, frete no valor de R$ 200,00,

taxas alfandegárias no valor de R$ 50. Qual o valor do custo de aquisição a ser incorporado ao estoque?

Basta fazer a soma: 1000 + 100 + 200 + 50 = 1350.

Vejamos um item...

99. (Contador/STF/2008) O montante pago a título de seguros e transportes sobre compras de mercadorias será incorporado ao valor do estoque de mercadorias disponíveis para revenda.

O item está correto.

100. (Contador/STF/2008) O montante pago ao fornecedor a título de tributos recuperáveis será incorporado ao valor do estoque de mercadorias adquiridas para revenda.

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O item está incorreto.

101. (Cespe) Os custos do transporte e do seguro sobre compras serão contabilizados na conta de estoque de mercadorias da empresa compradora. Caso o valor líquido da mercadoria seja de R$ 5.600, o valor do seguro, de R$ 600 e o valor do frete, de R$ 1.200, então o registro correto, caso a compra seja efetuada a prazo, será o seguinte.

D Estoques R$ 7.400

C Fornecedores R$ 7.400

Ora, o item está correto. Basta somarmos:

5.600 + 600 + 1.200 = 7.400,00.

102. (CEHAP/2008/Cespe) Ao se adquirir mercadorias para revenda, a prazo, no valor de R$ 10.000, com impostos recuperáveis incluídos, no valor de R$ 1.700, o correto registro da operação proporcionará

A) um débito de mercadorias no valor de R$ 10.000 e um crédito de fornecedores de R$ 10.000.

B) um débito de mercadorias no valor de R$ 8.300, um débito de impostos a recuperar de R$ 1.700 e um crédito de fornecedores de R$ 10.000.

C) um débito de mercadorias no valor de R$ 8.300, um crédito de impostos no valor de R$ 1.700 e um crédito de fornecedores de R$ 10.000.

D) um débito de mercadorias no valor de R$ 10.000, um crédito em fornecedores no valor de R$ 8.300 e um crédito de impostos a pagar de R$ 1.700.

Comentários

O imposto recuperável deve ser retirado do valor de compra. O lançamento é o seguinte:

Débito – Mercadorias 8.300

Débitos – Impostos recuperáveis 1.700

Crédito – Fornecedores 10.000

Gabarito: B.

Ajuste a valor presente de ativo de longo prazo

Este tópico é importantíssimo para o concurso que virá. Apostaria que é questão certa na prova.

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes

critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a

valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

Ajustar algo a valor presente é, em lição comezinha, trazer um valor que está previsto para se

realizar em data futura a termos monetários de hoje.

Valor presente também pode ser definido como o montante ajustado em função do tempo a

transcorrer entre as datas da operação e do vencimento, de crédito ou obrigação de

financiamento, ou de outra transação usual da entidade, mediante dedução dos encargos

financeiros respectivos, com base na taxa contratada ou na taxa média de encargos financeiros,

praticada no mercado.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos

financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro. Assim, a contabilização pelo valor

nominal faz com que essas operações sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço

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Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente apurado

com operações da atividade empresarial. O ajuste a valor presente (AVP) veio para que possamos

dirimir esse problema.

Assim, se determinada empresa vende mercadorias para receber daqui a três anos, no montante de

R$ 150.000,00, com encargos de R$ 25.000,00, qual o seu valor presente, isto é, hoje? Resposta: R$

150.000,00 – R$ 25.000,00 = R$ 125.000,00. O lançamento nesta ocasião é o seguinte:

D – Clientes 150.000 (Afinal, receberemos o valor principal + juros)

C – Receita de vendas 125.000 (+ Resultado)

C – Ajuste a valor presente 25.000 (Redutora do ANC – RLP)

No ativo ficará assim:

Ativo não circulante realizável a longo prazo

Clientes 150.000

(-) ajuste a valor presente de contas a receber 25.000

Valor presente da conta clientes 125.000,00.

Grave-se a regra: o longo prazo deve ser sempre ajustado. Já o curto prazo, apenas quando houver

efeito relevante.

Vejamos uma questão:

103. (Analista Executivo/Metrologia e Qualidade/Contabilidade/2009/Cespe) O ajuste a valor presente aplicar-se-á a todos os ativos e passivos de curto e longo prazo. Um exemplo dessa aplicação é o registro de juros embutidos que não foram contabilizados corretamente no momento da operação.

O item está incorreto. A regra é o ajuste no longo prazo. O curto prazo será ajustado apenas

quando houver efeito relevante.

104. (AFC/CGU/Esaf) Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

O item está perfeito.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

Dissemos que, dentro do balanço patrimonial, o ativo não circulante é composto pelos grupos:

realizável a longo prazo; investimentos; imobilizado; intangível.

Veremos na próxima aula o critério de avaliação de cada um deles. Por hoje é só!

Quaisquer dúvidas é só chamar. Um abraço! E quem estiver gostando, por favor, dê um feedback. É

muito importante para nós.

Gabriel Rabelo

[email protected]