14 - Injeção Diesel Pg 153 a 160

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    9:- INJEO(pg. 138161 apostila)

    9.1 - Generalidades:

    O primeiro motor de combusto por compresso, idealizado por Rudolph Diesel, utilizava carvo

    pulverizado e era injetado na cmara de combusto por meio de um jato de ar comprimido. Este

    sistema recebeu o nome de Injeo a are atualmente s usado para combustveis de grande

    viscosidade e relativamente sujos, como o fuel oilou mazoutou leo combustvel residual de uso

    normal em caldeiras.Os motores Diesel atuais normalmente usam a injeo mecnica do combustvel, sem usar ar

    comprimido, por este motivo esta chamada, por alguns, de Injeo Mecnicaou Injeo

    Slida.

    9.2Objetivos:

    O dispositivo de injeo de um motor diesel deve preencher os seguintes requisitos:

    1. Injetar a quantidade de combustvel exigida pela carga do motor, mantendo-a constante:a)

    de ciclo a ciclo.b)de cilindro para cilindro.

    2. Injetar o combustvel no instante exato independente da rotao do motor.

    3. Injetar o combustvel na quantidade necessria para controlar a presso da combusto, conforme

    havia sido projetado.

    4. Pulverizar o combustvel no grau desejado.

    5. Distribuir o combustvel na cmara de combusto.

    6.

    Iniciar e terminar a injeo bruscamente e com preciso.

    9.3Vantagens da Injeo sobre a Carburao:

    1. Maior rendimento volumtrico, pois a perda de carga na tubulao de admisso menor.

    2. Melhor acelerao, pois no h filme nem gotculas de leo que se atrasem em relao demanda

    de ar.

    3. Eliminao do gelo na tubulao de admisso. (foram utilizados motores Diesel na aviao alem

    Junkers)

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    4. Partida fcil, porque o combustvel pulverizado dentro do cilindro, mesmo nas baixas rotaes.

    5.

    Menor tendncia a detonao uma vez que a injeo de combustvel controlada6. No h retorno de chama.

    7. Projeto mais compacto, porque o sistema de injeo, no exige localizao especial.

    8. Possibilidade de se usar combustvel menos voltil.

    9. Maior rendimento do ciclo.

    9.4Desvantagens da Injeo sobre a Carburao:

    1. Construo mais cara.

    2. Maior peso por unidade de potncia.

    3. No to simples quanto a ajustagem e manuteno.

    4. Menor vida (gua, enxofre e areia).

    5. Pouco tempo para o combustvel se misturar com o ar o que dificulta a combusto completa em

    altas velocidades.

    9.5Tipos de Sistemas de Injeo Mecnica:

    Existem basicamente trs tipos de sistemas:

    I - (BOSCH)

    II - (Cummins)

    III - (General Motors)

    BPCircuito de Baixa Presso ApCircuito de Alta Presso

    Tanque BP Dosador AP Pulverizao

    Tanque BP Controle depresso

    Dosagem AP +Pulverizao

    Tanque BP Dosador AP + Pulverizao

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    Os trs tipos bsicos so construdos com:

    a) Bomba individuala cada cilindro corresponde um dosador e uma bomba de alta presso. (tipo

    Bosch)

    b) Distribuidorexiste apenas uma bomba para todos os cilindros, que tambm dosa a quantidade

    de combustvel e existe ainda um distribuidor, para levar o combustvel a cada cilindro. (tipo

    Cummins antigo)

    c) Acumuladoro sistema tem bomba nica, para comprimir o combustvel e lev-lo aos injetores,

    que dosam as quantidades e os tempos e injetam nos cilindros. (tipo Cummins moderno, Cooper

    Bessmer etc.)

    Os tipos de sistemas de injeo so os mais variados possveis e os fabricantes esto continuamente

    pesquisando no sentido de melhorar as suas caractersticas de desempenho.

    Atualmente os sistemas de injeo, tanto os mecnicos como os comandados eletronicamente,

    permitem adiantar a injeo com o aumento da rotao, com isto consegue-se rotaes elevadas para

    os motores diesel, principalmente nos de uso automotivo.

    9.6Sistema Bosch:

    Existe uma bomba de mbolos (ou de engrenagens) que traz o combustvel do tanque e leva-os at as

    bombas de alta presso, as quais so individuais, isto uma bomba para cada cilindro. A dosagem

    tambm feita nestas bombas.

    Detalhes de funcionamento podem ser vistos na fig. 10.4 e 10.5 pg. 142 da apostila Motores de

    Combusto Interna de mbolosAlfred Domschke e Francisco R. Landi.

    O bombeamento feito pelo movimento do mbolo e a dosagem pela posio da ranhura em hlice do

    mesmo, pois o curso constante, para qualquer carga do motor.

    O injetor propriamente dito, tem a funo nica de pulverizar o combustvel que j est dosado e

    pressurizado.

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    9.7Sistema International Harvester:

    Possui uma bomba de alta presso para 4 cilindros, ou duas bombas para 6 cilindros e a distribuio

    feita por vlvulas acionadas por excntricos. Neste caso o injetor tambm s pulveriza o combustvel

    que j foi previamente pressurizado.

    9.8Sistema General Motors:

    Uma bomba de baixa presso (60 psi) leva o combustvel aos injetores, os quais elevam a presso para

    alta, dosam e injetam pulverizando o combustvel. Estes injetores so chamados injetores unitrios

    e so acionados por excntricos do eixo comando de vlvulas. Nestes injetores unitrios no h

    tubulaes longas sujeitas a elevadas presses e a 2100 rpm a sua presso atinge a 2700 atmosferas.

    9.9Sistema Cummins P - T:

    A bomba de baixa presso leva o combustvel ao sistema de medio P - T = presso, tempo que se

    baseia num princpio muito simples; Num orifcio a vazo de combustvel funo da presso e do

    tempo, que atuam sobre o mesmo.

    Do sistema de medio, ainda em baixa presso (90 200 psi), cuja variao proporciona maior ou

    menor potncia do motor, o combustvel conduzido por um tubo para a parte superior do motor onde

    se bifurca em tantos tubos secundrios quantos forem os cilindros. Estes tubos secundrios vo ter aos

    respectivos injetores, onde est o orifcio calibrado e onde se d a elevao da presso do combustvel

    tambm para cerca de 2000 atmosferas, durante a injeo dentro do cilindro.

    Neste sistema, interessante notar que o mbolo do injetor permanece erguido enquanto a parte

    inferior recebe o combustvel e tambm ar quente resultante da compresso do pisto, que vaporiza o

    combustvel. Portanto este injetor injeta no apenas o combustvel, mas vapores de combustvel,

    misturados com ar quente. A vantagem deste sistema ter um tempo maior de mistura ar

    combustvel.

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    9.10Tempo de injeo:

    Vamos supor um motor Diesel, trabalhando a 1800 rpm = 30 rot/s

    1 rotao = 360o30

    1segundo.

    Admitindo-se ainda uma injeo de 36oteremos:

    360o30

    1

    36o t

    O tempo de injeo fica 0,003s300

    1

    30x10

    1

    t = 3ms

    Assim pode-se ver que o tempo de mistura combustvel/ar to importante, principalmente

    considerando-se que existem motores Diesel modernos que trabalham a mais de 4000 rpm.

    9.11O jato de combustvel:(pg. 150 apostila)

    A principal funo do bico injetor introduzir o combustvel na cmara de combusto, num jato

    finamente pulverizado.

    Nos motores que possuem uma pr-cmara de combusto, este jato no necessita ser to pulverizadocomo nos motores de injeo direta.

    Atualmente, o estudo do jato de combustvel feito com cmaras fotogrficas ultra-rpidas,

    fotografando-se atravs de uma cmara de combusto transparente, com luz estroboscpica.

    Notou-se que o incio da injeo caracterizado pela formao de gotculas e depois formado o jato

    propriamente dito, conforme se pode observar na figura 10.14 pg. 150 da apostila Motores de

    Combusto Interna de mbolosAlfred Domschke e Francisco R. Landi.

    A velocidade do jato ao sair do injetor quasi igual ao valor dado pela frmula da hidrulica

    gxH2v , sendo H a diferena de presses entre o combustvel no injetor e dos gases na cmara de

    combusto, em metros de coluna do combustvel

    pH , sendo o peso especfico do combustvel

    em apreo

    pgx2v

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    Observando-se os jatos normais nos injetores, temos os seguintes fatos dignos de nota:1. Existem gotculas de diversos tamanhos, sendo que a maior parte, tem o dimetro de 5 microns

    2. O aumento da presso de injeo diminui o tamanho das gotculas.

    3. Aumentando-se a viscosidade do leo, cresce o tamanho das gotculas.

    4. Aumentando-se o orifcio do bico injetor, cresce o tamanho das gotculas.

    Considerando-se ento a frmula

    pgx2v podemos calcular a velocidade do jato ao sair do bico

    injetor, tomando-se como referncia o que segue:p = 100 atmosferas = 100 kgf/cm2= 100 x 104kgf/m2

    g = 9,81m/s2

    = 800kg/m3 ento:

    800

    10x100x81,9x2v

    4

    kgfms

    mkgfm22

    3

    m/s

    s/m0,15757,1x10045,2x10010x45,2v 4

    v = 157,0m/s

    Se o p = 1000 atmosferas 107kgf/m2

    s/m0,4955,241010x8

    6,19

    800

    10x81,9x2v

    25

    7

    Nas condies I.S.A.(International Standard Atmosphere)

    T = 15oC p = 1.013,2mB Vsom= 340,3m/s

    para p = 100 atm, V = 157m/s = 0,46 Vsom(jato subsnico)

    para p = 1000 atm, V = 495m/s = 1,45 Vsom(jato supersnico)

    9.12Bico injetor simples pulverizador:

    Os bicos injetores do tipo simples pulverizadores, so os utilizados no sistema de injeo Bosch e

    similares, tem por finalidade apenas pulverizar o combustvel que lhe entregue na sua presso de

    abertura, (normalmente da ordem de centenas de atmosferas) e em quantidades dosadas pela bomba

    injetora, de acordo com a carga do motor.

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    Normalmente, os bicos injetores so construdos com jato nico, quando so utilizados em motores

    com pr-cmara de combusto (injeo indireta) ou ento so multi-jatos, quando so utilizados emmotores de injeo direta, ou seja, o bico pulveriza diretamente na cmara de combusto do motor.

    Esquematicamente, podemos representar um elemento de bico injetor, simples pulverizador, como

    segue:

    Jato nico Multi-jato

    9.13Condio de Injeo:

    Em ambos os casos consideram-se;

    Ffora exercida pela mola sobre a agulha, necessria para o fechamento do bico

    ppresso do combustvel, na entrada do elemento do bico injetor

    Ddimetro do corpo da agulha

    ddimetro da ponta da agulha

    Para que ocorra a injeo do combustvel, necessrio que a fora, devida a presso do combustvel,

    que atua na rea da ponta da agulha, seja maior que a dada pela ao da carga da mola sobre a agulha,

    assim teremos:

    pdapressoatuaodeefetivareaS

    el)(combustvppressodaaoadevidaForaP

    S

    Pp

    S = S-S

    4

    dS"

    4

    DS'

    2

    2

    P = p x S = p x (S-S) = p x

    4

    d

    4

    D 22

    P = p x 22 dD4

    ento para ocorrer injeo deve-se ter PF ou FdD4

    p 22

    Acmaras de

    presso

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    Alguns autores usam fazer a rea S igual a mdia entre as reas S e S, simplificando a expresso da

    condio de injeo. A atuao da presso da cmara de combusto p, sobre a rea S desprezvel

    pois SS e pp assim a fora P= p x S que se somaria a P muito pequena se comparada

    com os valores de F.

    9.14Tipos de Sistemas de Injeo de Comando Eletrnico:

    Atualmente os sistemas de injeo mecnicos esto sendo substitudos por novos sistemas que so

    comandados eletronicamente e por isso so chamados de Sistemas de Injeo Eletrnicos, onde a

    gerao das altas presses de injeo realizada por mbolos ou bombas de deslocamento

    volumtrico, mas a dosagem dos volumes injetados realizada pelo comando de vlvulas

    eletromagnticas de ao muito rpidas de tal forma que possvel modular uma nica injeo em

    vrios jatos separados melhorando a eficincia da combusto, reduzindo significativamente o rudo do

    motor.

    Os sistemas de Injeo de Comando Eletrnico dividem-se em trs tipos, a saber:

    1. Sistema de injeo de presso modulada Common Rail

    2. Sistema de injeo de bombas unitrias Unit Pump SystemUPS

    3. Sistema de injeo unitrio Unit Injection System UIS