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7/25/2019 14 - Injeo Diesel Pg 153 a 160
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Pg. 153-160 (originais) Reviso: 15/12/12
9:- INJEO(pg. 138161 apostila)
9.1 - Generalidades:
O primeiro motor de combusto por compresso, idealizado por Rudolph Diesel, utilizava carvo
pulverizado e era injetado na cmara de combusto por meio de um jato de ar comprimido. Este
sistema recebeu o nome de Injeo a are atualmente s usado para combustveis de grande
viscosidade e relativamente sujos, como o fuel oilou mazoutou leo combustvel residual de uso
normal em caldeiras.Os motores Diesel atuais normalmente usam a injeo mecnica do combustvel, sem usar ar
comprimido, por este motivo esta chamada, por alguns, de Injeo Mecnicaou Injeo
Slida.
9.2Objetivos:
O dispositivo de injeo de um motor diesel deve preencher os seguintes requisitos:
1. Injetar a quantidade de combustvel exigida pela carga do motor, mantendo-a constante:a)
de ciclo a ciclo.b)de cilindro para cilindro.
2. Injetar o combustvel no instante exato independente da rotao do motor.
3. Injetar o combustvel na quantidade necessria para controlar a presso da combusto, conforme
havia sido projetado.
4. Pulverizar o combustvel no grau desejado.
5. Distribuir o combustvel na cmara de combusto.
6.
Iniciar e terminar a injeo bruscamente e com preciso.
9.3Vantagens da Injeo sobre a Carburao:
1. Maior rendimento volumtrico, pois a perda de carga na tubulao de admisso menor.
2. Melhor acelerao, pois no h filme nem gotculas de leo que se atrasem em relao demanda
de ar.
3. Eliminao do gelo na tubulao de admisso. (foram utilizados motores Diesel na aviao alem
Junkers)
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4. Partida fcil, porque o combustvel pulverizado dentro do cilindro, mesmo nas baixas rotaes.
5.
Menor tendncia a detonao uma vez que a injeo de combustvel controlada6. No h retorno de chama.
7. Projeto mais compacto, porque o sistema de injeo, no exige localizao especial.
8. Possibilidade de se usar combustvel menos voltil.
9. Maior rendimento do ciclo.
9.4Desvantagens da Injeo sobre a Carburao:
1. Construo mais cara.
2. Maior peso por unidade de potncia.
3. No to simples quanto a ajustagem e manuteno.
4. Menor vida (gua, enxofre e areia).
5. Pouco tempo para o combustvel se misturar com o ar o que dificulta a combusto completa em
altas velocidades.
9.5Tipos de Sistemas de Injeo Mecnica:
Existem basicamente trs tipos de sistemas:
I - (BOSCH)
II - (Cummins)
III - (General Motors)
BPCircuito de Baixa Presso ApCircuito de Alta Presso
Tanque BP Dosador AP Pulverizao
Tanque BP Controle depresso
Dosagem AP +Pulverizao
Tanque BP Dosador AP + Pulverizao
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Os trs tipos bsicos so construdos com:
a) Bomba individuala cada cilindro corresponde um dosador e uma bomba de alta presso. (tipo
Bosch)
b) Distribuidorexiste apenas uma bomba para todos os cilindros, que tambm dosa a quantidade
de combustvel e existe ainda um distribuidor, para levar o combustvel a cada cilindro. (tipo
Cummins antigo)
c) Acumuladoro sistema tem bomba nica, para comprimir o combustvel e lev-lo aos injetores,
que dosam as quantidades e os tempos e injetam nos cilindros. (tipo Cummins moderno, Cooper
Bessmer etc.)
Os tipos de sistemas de injeo so os mais variados possveis e os fabricantes esto continuamente
pesquisando no sentido de melhorar as suas caractersticas de desempenho.
Atualmente os sistemas de injeo, tanto os mecnicos como os comandados eletronicamente,
permitem adiantar a injeo com o aumento da rotao, com isto consegue-se rotaes elevadas para
os motores diesel, principalmente nos de uso automotivo.
9.6Sistema Bosch:
Existe uma bomba de mbolos (ou de engrenagens) que traz o combustvel do tanque e leva-os at as
bombas de alta presso, as quais so individuais, isto uma bomba para cada cilindro. A dosagem
tambm feita nestas bombas.
Detalhes de funcionamento podem ser vistos na fig. 10.4 e 10.5 pg. 142 da apostila Motores de
Combusto Interna de mbolosAlfred Domschke e Francisco R. Landi.
O bombeamento feito pelo movimento do mbolo e a dosagem pela posio da ranhura em hlice do
mesmo, pois o curso constante, para qualquer carga do motor.
O injetor propriamente dito, tem a funo nica de pulverizar o combustvel que j est dosado e
pressurizado.
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9.7Sistema International Harvester:
Possui uma bomba de alta presso para 4 cilindros, ou duas bombas para 6 cilindros e a distribuio
feita por vlvulas acionadas por excntricos. Neste caso o injetor tambm s pulveriza o combustvel
que j foi previamente pressurizado.
9.8Sistema General Motors:
Uma bomba de baixa presso (60 psi) leva o combustvel aos injetores, os quais elevam a presso para
alta, dosam e injetam pulverizando o combustvel. Estes injetores so chamados injetores unitrios
e so acionados por excntricos do eixo comando de vlvulas. Nestes injetores unitrios no h
tubulaes longas sujeitas a elevadas presses e a 2100 rpm a sua presso atinge a 2700 atmosferas.
9.9Sistema Cummins P - T:
A bomba de baixa presso leva o combustvel ao sistema de medio P - T = presso, tempo que se
baseia num princpio muito simples; Num orifcio a vazo de combustvel funo da presso e do
tempo, que atuam sobre o mesmo.
Do sistema de medio, ainda em baixa presso (90 200 psi), cuja variao proporciona maior ou
menor potncia do motor, o combustvel conduzido por um tubo para a parte superior do motor onde
se bifurca em tantos tubos secundrios quantos forem os cilindros. Estes tubos secundrios vo ter aos
respectivos injetores, onde est o orifcio calibrado e onde se d a elevao da presso do combustvel
tambm para cerca de 2000 atmosferas, durante a injeo dentro do cilindro.
Neste sistema, interessante notar que o mbolo do injetor permanece erguido enquanto a parte
inferior recebe o combustvel e tambm ar quente resultante da compresso do pisto, que vaporiza o
combustvel. Portanto este injetor injeta no apenas o combustvel, mas vapores de combustvel,
misturados com ar quente. A vantagem deste sistema ter um tempo maior de mistura ar
combustvel.
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9.10Tempo de injeo:
Vamos supor um motor Diesel, trabalhando a 1800 rpm = 30 rot/s
1 rotao = 360o30
1segundo.
Admitindo-se ainda uma injeo de 36oteremos:
360o30
1
36o t
O tempo de injeo fica 0,003s300
1
30x10
1
t = 3ms
Assim pode-se ver que o tempo de mistura combustvel/ar to importante, principalmente
considerando-se que existem motores Diesel modernos que trabalham a mais de 4000 rpm.
9.11O jato de combustvel:(pg. 150 apostila)
A principal funo do bico injetor introduzir o combustvel na cmara de combusto, num jato
finamente pulverizado.
Nos motores que possuem uma pr-cmara de combusto, este jato no necessita ser to pulverizadocomo nos motores de injeo direta.
Atualmente, o estudo do jato de combustvel feito com cmaras fotogrficas ultra-rpidas,
fotografando-se atravs de uma cmara de combusto transparente, com luz estroboscpica.
Notou-se que o incio da injeo caracterizado pela formao de gotculas e depois formado o jato
propriamente dito, conforme se pode observar na figura 10.14 pg. 150 da apostila Motores de
Combusto Interna de mbolosAlfred Domschke e Francisco R. Landi.
A velocidade do jato ao sair do injetor quasi igual ao valor dado pela frmula da hidrulica
gxH2v , sendo H a diferena de presses entre o combustvel no injetor e dos gases na cmara de
combusto, em metros de coluna do combustvel
pH , sendo o peso especfico do combustvel
em apreo
pgx2v
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Observando-se os jatos normais nos injetores, temos os seguintes fatos dignos de nota:1. Existem gotculas de diversos tamanhos, sendo que a maior parte, tem o dimetro de 5 microns
2. O aumento da presso de injeo diminui o tamanho das gotculas.
3. Aumentando-se a viscosidade do leo, cresce o tamanho das gotculas.
4. Aumentando-se o orifcio do bico injetor, cresce o tamanho das gotculas.
Considerando-se ento a frmula
pgx2v podemos calcular a velocidade do jato ao sair do bico
injetor, tomando-se como referncia o que segue:p = 100 atmosferas = 100 kgf/cm2= 100 x 104kgf/m2
g = 9,81m/s2
= 800kg/m3 ento:
800
10x100x81,9x2v
4
kgfms
mkgfm22
3
m/s
s/m0,15757,1x10045,2x10010x45,2v 4
v = 157,0m/s
Se o p = 1000 atmosferas 107kgf/m2
s/m0,4955,241010x8
6,19
800
10x81,9x2v
25
7
Nas condies I.S.A.(International Standard Atmosphere)
T = 15oC p = 1.013,2mB Vsom= 340,3m/s
para p = 100 atm, V = 157m/s = 0,46 Vsom(jato subsnico)
para p = 1000 atm, V = 495m/s = 1,45 Vsom(jato supersnico)
9.12Bico injetor simples pulverizador:
Os bicos injetores do tipo simples pulverizadores, so os utilizados no sistema de injeo Bosch e
similares, tem por finalidade apenas pulverizar o combustvel que lhe entregue na sua presso de
abertura, (normalmente da ordem de centenas de atmosferas) e em quantidades dosadas pela bomba
injetora, de acordo com a carga do motor.
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Normalmente, os bicos injetores so construdos com jato nico, quando so utilizados em motores
com pr-cmara de combusto (injeo indireta) ou ento so multi-jatos, quando so utilizados emmotores de injeo direta, ou seja, o bico pulveriza diretamente na cmara de combusto do motor.
Esquematicamente, podemos representar um elemento de bico injetor, simples pulverizador, como
segue:
Jato nico Multi-jato
9.13Condio de Injeo:
Em ambos os casos consideram-se;
Ffora exercida pela mola sobre a agulha, necessria para o fechamento do bico
ppresso do combustvel, na entrada do elemento do bico injetor
Ddimetro do corpo da agulha
ddimetro da ponta da agulha
Para que ocorra a injeo do combustvel, necessrio que a fora, devida a presso do combustvel,
que atua na rea da ponta da agulha, seja maior que a dada pela ao da carga da mola sobre a agulha,
assim teremos:
pdapressoatuaodeefetivareaS
el)(combustvppressodaaoadevidaForaP
S
Pp
S = S-S
4
dS"
4
DS'
2
2
P = p x S = p x (S-S) = p x
4
d
4
D 22
P = p x 22 dD4
ento para ocorrer injeo deve-se ter PF ou FdD4
p 22
Acmaras de
presso
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Alguns autores usam fazer a rea S igual a mdia entre as reas S e S, simplificando a expresso da
condio de injeo. A atuao da presso da cmara de combusto p, sobre a rea S desprezvel
pois SS e pp assim a fora P= p x S que se somaria a P muito pequena se comparada
com os valores de F.
9.14Tipos de Sistemas de Injeo de Comando Eletrnico:
Atualmente os sistemas de injeo mecnicos esto sendo substitudos por novos sistemas que so
comandados eletronicamente e por isso so chamados de Sistemas de Injeo Eletrnicos, onde a
gerao das altas presses de injeo realizada por mbolos ou bombas de deslocamento
volumtrico, mas a dosagem dos volumes injetados realizada pelo comando de vlvulas
eletromagnticas de ao muito rpidas de tal forma que possvel modular uma nica injeo em
vrios jatos separados melhorando a eficincia da combusto, reduzindo significativamente o rudo do
motor.
Os sistemas de Injeo de Comando Eletrnico dividem-se em trs tipos, a saber:
1. Sistema de injeo de presso modulada Common Rail
2. Sistema de injeo de bombas unitrias Unit Pump SystemUPS
3. Sistema de injeo unitrio Unit Injection System UIS