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RESPONSABILIDADE CIVIL
STF Súm 28 SÚMULA 28 STF
O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas
as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.
➔o raciocínio do art. 587, NCC, ratificando a parêmia res perit domino , tem aplicação no contrato de
conta-corrente , justificando o entendimento firmado na Súmula 28 do STF . No depósito em
conta-corrente o banco se apresenta como mutuário , se responsabilizando pelos eventuais
riscos envolvidos . No caso de pagamento de cheque falso , desde que não tenha ocorrido culpa
exclusiva ou concorrente do correntista, é o banco ( mutuário ) que sofrerá o prejuízo .
STF Súm
229
SÚMULA Nº 229
A INDENIZAÇÃO ACIDENTÁRIA NÃO EXCLUI A DO DIREITO COMUM, EM CASO DE DOLO OU
CULPA GRAVE DO EMPREGADOR.
STJ Súm
130
Responsabilidade - Roubo
de veículo em
estacionamento
Súmula 130 STJ
A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo
ocorridos em seu estacionamento.
STJ Súm
132
Responsabilidade -
Ausência do registro de
transferência do veículo
Súmula 132 STJ
A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo
proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado.
➔RESPONSABILIDADE CIVIL NO CASO DE VENDA DE VEÍCULO CUJO REGISTRO NÃO FOI
REALIZADO - mesmo não tendo havido a regularização do registro a responsabilidade não é e
não pode ser do antigo proprietário . No momento em que há transferência do veículo o
alienante deixa de ser guardião da coisa e a transferência da propriedade implicará
transferência de responsabilidade. A notícia ao DETRAN tem efeitos administrativos e
tributários , a transferência da posse e propriedade ocorrerá com a tradição .
STJ 4aT 472 Responsabilidade -
Programa de TV -
não há, no ordenamento jurídico pátrio, norma que proíba a revelação de truques de magia,
para, aí sim, poder-se falar em ilicitude. Como não há norma jurídica que impeça a revelação dos
revelação de truques de
mágica
“segredos do ilusionismo”, não há razão para impor qualquer responsabilidade civil pela
conduta das emissoras de televisão.
STJ 3aT 460 /
481
Responsabilidade -
Provedor de Internet
Mesmo que o serviço seja gratuito, haverá caracterização de relação de consumo sujeita ao CDC,
entre o provedor de internet e seu usuário (ganho indireto alcançado pelo fornecedor). Contudo,
consignou que o recorrido, por atuar, in casu, como provedor de conteúdo – já que apenas
disponibiliza as informações inseridas por terceiros no site –, não responde de forma objetiva pelo
conteúdo ilegal desses dados. Asseverou que o provedor deve assegurar o sigilo, a segurança e a
inviolabilidade dos dados cadastrais de seus usuários, além de garantir o pleno funcionamento das
páginas que hospeda, entretanto não pode ser obrigado a exercer um monitoramento prévio
das informações veiculadas por terceiros, pois não se trata de atividade intrínseca ao serviço
por ele prestado (controle, inclusive, que poderia resultar na perda de eficiência e no retrocesso do
mundo virtual), razão pela qual a ausência dessa fiscalização não pode ser considerada falha
do serviço. Todavia, ressaltou que, a partir do momento em que o provedor toma
conhecimento da existência do conteúdo ilegal, deve promover a sua remoção imediata; do
contrário, será responsabilizado pelos danos daí decorrentes. Nesse contexto, frisou que o provedor
deve possuir meios que permitam a identificação dos seus usuários de forma a coibir o
anonimato, sob pena de responder subjetivamente por culpa in omittendo . / Info 481 STJ 3aT:
A recorrente mantém um meio razoavelmente eficiente de rastreamento dos usuários, medida de
segurança que corresponde à diligência média esperada de um provedor de conteúdo.
STJ 4aT Notícia
s
Responsabilidade -
Provedor de Internet
o provedor que hospeda o site em que o anúncio foi veiculado tem responsabilidade
solidária pelo ilícito cometido, porque participa da cadeia da prestação do serviço. (anúncio
erótico falso publicado na internet com nome e telefone do autor da ação). O provedor de internet
e seus usuários realizam uma relação de consumo. No caso, a vítima do dano moral deve ser
considerada consumidor por equiparação, “tendo em vista se tratar de terceiro atingido pela relação
de consumo”.
a doutrina elencou cinco categorias de provedores: backbone ou espinha dorsal (no Brasil, a
Embratel); de conteúdo (intermediação); de acesso (que conectam à rede); de hospedagem (que
alojam páginas de terceiros); e de correio eletrônico (que fornecem caixa postal). Assim, segundo
o Código de Defesa do Consumidor, há solidariedade de todos aqueles que participam da cadeia de
prestação do serviço.
Para o ministro, a responsabilidade do provedor em razão do conteúdo veiculado se prende
à possibilidade de controle. Quando a falta de controle é decisão do próprio provedor –
porque assim fomenta o acesso ao site –, é cabível sua responsabilização, decretou o ministro
relator, uma vez que seria possível e viável o controle. “Não o fazendo, assume o provedor os riscos
pelos ilícitos praticados”, disse.
STJ 3aT REsp
118661
6
Responsabilidade -
Internet - Proveder de
conteúdo - Site de
relacionamento
incidem as normas protetivas do CDC àquele que foi prejudicado pela inclusão de conteúdo
ofensivo em site mantido por provedor do serviço (Orkut, Facebook), ainda que seja gratuita
a inscrição e veiculação de mensagens.
STJ 3aT REsp
118661
6
Responsabilidade -
Internet - Proveder de
conteúdo - Site de
relacionamento
Em homenagem à própria liberdade de manifestação do pensamento, não cabe ao provedor do
serviço realizar o crivo do conteúdo postado pelos usuários, de sorte que a simples veiculação
de conteúdo ofensivo à dignidade alheia não é motivo suficiente a que se fale em serviço
defeituoso (CDC, art. 14) que pudesse ensejar a responsabilização do provedor quanto ao dano
moral configurado.
STJ 3aT REsp
118661
6
Responsabilidade -
Internet - Proveder de
conteúdo - Site de
relacionamento
o dano moral decorrente de mensagens com conteúdo ofensivo inseridas no site por
determinado usuário não constitui risco inerente à atividade dos provedores de conteúdo, de
modo que não se lhes aplica a responsabilidade objetiva prevista no art. 927, parágrafo único,
do CC/02. É que, se houvesse tal responsabilização objetiva pelo simples fato de ter sido oferecido
aos usuários espaço para que divulgassem suas opiniões e palavras, estar-se-ia imputando ao
provedor do serviço o dever de checar previamente cada uma da mensagens postadas, o que não
apenas representaria censura como também inviabilizaria o próprio funcionamento desse tipo de site,
amplamente utilizado pela população.
STJ 3aT 495 Resp. civil - ofensas em
redes sociais
a) A relação da GOOGLE com seus usuários é uma relação de consumo, mesmo sendo gratuita.
b) A GOOGLE não responde objetivamente pelos danos morais causados por mensagens
publicadas pelos usuários do ORKUT.
c) Ao ser comunicada de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, deve a
GOOGLE retirar o material do ar imediatamente, sob
pena de responder solidariamente com o autor direto do dano, em virtude da omissão
praticada.
d) Ao oferecer um serviço por meio do qual se possibilita que os usuários externem livremente sua
opinião, deve o provedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que se possa
identificar cada um desses usuários.
STJ 3aT 500 Resp. civil - ofensas em
redes sociais
Ao ser comunicada pelo ofendido de que determinado texto ou imagem que está em uma rede social
(Orkut®, Facebook®, Twitter® etc.) possui conteúdo ilícito, deve a empresa provedora da rede
retirar a página do ar no prazo máximo de 24 horas, sob pena de responder solidariamente
com o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.
STJ 3aT 500 Provedor de pesquisas na
internet e filtragem dos
resultados (caso Xuxa)
Os serviços prestados pela GOOGLE na internet, como é o caso de seu sistema de buscas, mesmo
sendo gratuitos, configuram relação de consumo.
O fato de o serviço prestado pelo provedor de serviço de Internet ser gratuito não desvirtua a relação
de consumo, pois o termo “mediante remuneração”, contido no art. 3º, § 2º, do CDC, deve ser
interpretado de forma ampla, de modo a incluir o ganho indireto do fornecedor.
O provedor de pesquisa é uma espécie do gênero provedor de conteúdo.
A filtragem do conteúdo das pesquisas feitas por cada usuário não constitui atividade intrínseca ao
serviço prestado pelos provedores de pesquisa, de modo que não se pode reputar defeituoso, nos
termos do art. 14 do CDC, o site que não exerce esse controle sobre os resultados das buscas.
Os provedores de pesquisa não podem ser obrigados a eliminar do seu sistema os resultados
derivados da busca de determinado termo ou expressão, tampouco os resultados que apontem para
uma foto ou texto específico.
Não se pode, sob o pretexto de dificultar a propagação de conteúdo ilícito ou ofensivo na web,
reprimir o direito da coletividade à informação. Sopesados os direitos envolvidos e o risco potencial
de violação de cada um deles, o fiel da balança deve pender para a garantia da liberdade de
informação assegurada pelo art. 220, § 1º, da CF/88, sobretudo considerando que a Internet
representa, hoje, importante veículo de comunicação social de massa.
STJ 3aT 460 Responsabilidade - Banco
- Cofre - Cláusula
limitativa de uso
em regra as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos causados aos seus
clientes, sendo que a ocorrência de furto ou de roubo não pode caracterizar hipótese de força
maior (obrigação de vigilância e de segurança é intrínseca ao serviço). Também é regra que se
considere abusiva a cláusula contratual que exclui o dever de indenizar em tais casos. Contudo,
ressaltou que o contrato de aluguel de cofre possui características capazes de restringir a
responsabilidade do banco (não toma conhecimento do que é efetivamente guardado pelo cliente e
não tem acesso a esse conteúdo). In casu, a particularidade reside no fato de que o contrato de
aluguel firmado entre as partes expressamente vedava a guarda de joias e dinheiro, hipótese
que não ofende o CDC por ser cláusula limitativa de uso e não excludente de responsabilidade.
STJ 4aT 468 Responsabilidade - Banco
- Cofre - Danos morais
Ressalta o Min. Relator que a jurisprudência deste Superior Tribunal entende ser responsabilidade
do banco a subtração fraudulenta dos conteúdos dos cofres mantidos sob sua guarda. Logo,
como se trata de responsabilidade apoiada no descumprimento do serviço oferecido, ou seja,
no risco profissional, o banco responde pelos danos causados aos clientes.
STJ 3a
T
474 Responsabilidade – Banco
– Cofre - Legitimidade.
Terceiro
Conforme a jurisprudência do STJ, o banco tem responsabilidade objetiva decorrente do risco
empresarial nos casos de assalto a seus cofres, devendo indenizar o valor dos bens reclamados
desde que comprovado o depósito. Contudo, em razão da natureza do contrato de locação de cofres
bancários, não é necessário que o locatário indique quais bens estão depositados, seu
valor ou sua propriedade , tendo total liberdade para guardar, inclusive, bens de terceiros . Dessa
forma, permanece hígido o dever de indenizar do banco mesmo que os bens roubados sejam de
propriedade de terceiros, pois se trata de responsabilidade objetiva diante de todas as vítimas do
fato do serviço, sejam elas consumidores strictu sensu ou a eles equiparados.
STJ 481 Responsabilidade.
Instituições financeiras -
Fraudes e Delitos
praticados por terceiros
as instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou
delitos praticados por terceiros. Não se pode falar em culpa exclusiva de terceiro, apta a
afastar a responsabilidade do banco. Assim o é porque se trata de risco inerente à própria
atividade bancária, pelo qual deve responder quem aufere os lucros dessa mesma atividade.
STJ 4aT 461 Responsabilidade - a inserção de propaganda em programas de televisão, particularmente nas apresentações ao vivo, é
Propaganda - Televisão -
Apresentador
praxe ditada pelas exigências de um mercado dinâmico e mutante. Assim, a responsabilidade pelo
produto ou serviço anunciado é daquele que o confecciona ou presta e não se estende à
televisão, jornal ou rádio que o divulga. A participação do apresentador, ainda que diga da
qualidade do que é objeto da propaganda, não lhe empresta corresponsabilidade ou o torna
garantidor do cumprimento das obrigações pelo anunciante. Destarte, a denominada
publicidade de palco não implica a corresponsabilidade da empresa de televisão pelo
anúncio divulgado. E o apresentador atua como garoto-propaganda, e não na qualidade de
avalista formal, por si ou pela empresa, do êxito do produto ou serviço para o telespectador que vier,
no futuro, a adquiri-los.
STJ 4aT 479 Responsabilidade -
Hospital - Objetiva -
Defeito no serviço
responsabilidade objetiva da sociedade empresária do ramo da saúde, observando-se, ainda,
que essa responsabilidade não equivale à imputação de uma obrigação de resultado; apenas lhe
impõe o dever de indenizar quando o evento danoso proceder de defeito do serviço, sendo
cediça a imprescindibilidade do nexo causal entre a conduta e o resultado. Ademais, nos
termos do § 1º e § 4° do art. 14 do CDC, cabe ao hospital fornecedor demonstrar a segurança e a
qualidade da prestação de seus serviços, devendo indenizar o paciente consumidor que for lesado
em decorrência de falha naquela atividade.
CJF Enunci
ado
460
Responsabilidade -
Profissional da área da
saúde - defeito no
equipamento
Enunciado 460 CJF - V Jornada
Art. 951. A responsabilidade subjetiva do profissional da área da saúde, nos termos do art. 951 do
Código Civil e do art. 14, § 4o, do Co digo de Defesa do Consumidor, na o afasta a sua
responsabilidade objetiva pelo fato da coisa da qual tem a guarda, em caso de uso de aparelhos ou
instrumentos que, por eventual disfunc a o, venham a causar danos a pacientes, sem prejui zo do
direito regressivo do profissional em relac a o ao fornecedor do aparelho e sem prejui zo da ac a o direta
do paciente, na condic ão de consumidor, contra tal fornecedor.
STJ 4aT 438 Responsabilidade -
Hospital - Objetiva -
Médico integrante do
corpo clínico
A responsabilidade do hospital é objetiva quanto à atividade de seu profissional
plantonista (art. 14 do CDC), não sendo necessário demonstrar a culpa do hospital relativamente a
atos lesivos decorrentes de culpa de médico integrante de seu corpo clínico no atendimento.
STJ 4aT 467 Responsabilidade -
Hospital - Subjetiva -
A Turma afastou a responsabilidade civil objetiva do hospital recorrente por erro médico ao
entendimento de que o dano à autora recorrida decorreu exclusivamente da alegada imperícia dos
Médico não integrante do
corpo clínico
profissionais que realizaram sua cirurgia (também recorrentes), não tendo ocorrido falha na
prestação dos serviços de atribuição da clínica. Ressaltou-se que o fato de as entidades
hospitalares manterem cadastro dos médicos que utilizam suas dependências para
realizar procedimentos cirúrgicos não lhes confere o poder de fiscalizar os serviços por
eles prestados, porquanto não se admite ingerência técnica no trabalho dos cirurgiões.
STJ 2aS 365 Responsabilidade -
Hospital - Subjetiva -
Médico não integrante do
corpo clínico
Médico cirurgião não tinha nenhum tipo de vínculo com o hospital, apenas se serviu de suas
instalações para as cirurgias. Inexistência de responsabilidade civil do Hospital (entendimento
não unânime).
STJ 4aT 421 Responsabilidade -
Hospital - Subjetiva -
Médico não integrante do
corpo clínico
em consonância com a jurisprudência de que, para responsabilizar o hospital, tem de ser provada
especificamente sua responsabilidade como estabelecimento empresarial em relação a algum ato
vinculado, ou seja, decorrente de falha de serviço prestado. Quando a falha técnica é restrita ao
profissional médico, mormente sem vínculo com o hospital, não cabe atribuir ao nosocômio a
obrigação de indenizar.
STJ Notícia
s -
31.05.1
1
Responsabilidade civil.
Erro médico. Clínicas e
hospitais.
Atualmente, a maior parte das decisões aponta que apenas os profissionais são os culpados, e não as
clínicas e hospitais. Com esse novo entendimento, as instituições estariam isentas da
responsabilidade.
TRF2 Emagis Erro médico (indenizável)
- Dano iatrogênico (não
indenizável) - Distinção
Quanto à distinção entre erro médico e iatrogenia, explica a doutrina: “O erro médico em qualquer
uma das suas modalidades, uma vez demonstrada e provada a culpa, impõe o dever de reparar o
dano pelo esculápio que agiu em inobservância de técnicas, cuidados e faltando com seus deveres
estatuídos pelo ordenamento jurídico vigente e pelo seu órgão de classe, ao passo que a iatrogenia
nas suas diversas variações, caracteriza-se por uma lesão decorrente de um atuar médico correto e
necessário, logo afasta a reparação de eventual dano causado em virtude de intervenção médica
cirúrgica e procedimental ou tratamento realizado por meio de remédios”. Em suma, tem-se a
intragenia esta quando o resultado danoso advém como consequência natural, esperada,
do desdobramento causal da enfermidade que acometeu o paciente ou do acidente de que
este foi vítima, independentemente de ter havido intervenção médica para tentar evitar
ou minorar esses efeitos negativos. A atuação dos profissionais de saúde, na hipótese, não teria
o condão de interromper ou desviar o nexo causal ou etiológico entre a doença/acidente e os
resultados danosos advindos. Estar-se-ia diante, então, do denominado “dano iatrogênico”, que
não é indenizável. Nesse mesmo sentido, já se manifestou o TRF da 2ª Região, nos seguintes
termos: “Ainda, em sede de premissas, há que se colocar em pauta, que a obrigação do médico é de
meio, pelo que em seu atuar – dada a imperfeição da medicina – há a lesão previsível, a iatrogenia,
ou dano iatrogênico, que corresponde ao dano necessário e esperado daquele atuar, afastando a
responsabilidade civil respectiva, ipso jure o designado erro médico.” (AC 517172)
STJ 4aT 439 Responsabilidade - Plano
de Saúde - Indicação do
médico
Há solidariedade da seguradora (plano de saúde) para responder pelo dever de indenizar
juntamente com o médico conveniado pelos danos por ele causados no caso em que há indicação
pela operadora (no caso, o plano indicava um único profissional na área).
STJ 2aS 483 Responsabilidade -
médico - não ocorrência
de resp. solidária
diante do desenvolvimento das especialidades médicas, não se pode atribuir ao cirurgião chefe
a responsabilidade por tudo que ocorre na sala de cirurgia, especialmente quando
comprovado, como no caso, que as complicações deram-se por erro exclusivo do
anestesista, em relação às quais não competia ao cirurgião intervir. Assim, afastou a
responsabilidade solidária do cirurgião chefe, porquanto não se lhe pode atribuir tal
responsabilidade pela escolha de anestesista de renome e qualificado.
STJ Súm
403
Responsabilidade Civil -
Publicação não
autorizada de imagem
SÚMULA 403 STJ
Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem
de pessoa com fins econômicos ou comerciais
➔o direito à indenização , independente de prova do prejuízo , pela publicação sem
autorização da imagem de uma pessoa com fins econômicos ou comerciais .
STJ Súm
221
Responsabilidade Civil -
Imprensa
Súmula 221 STJ
São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela
imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.
STJ 4aT 439 Responsabilidade Civil -
Imprensa
Se de um lado não se permite a leviandade por parte da imprensa, publicando matérias
inverídicas que possam ofender a honra das pessoas, de outro lado também não se exigem, na
atividade jornalística, verdades absolutas provadas previamente em investigação
administrativa, policial ou judicial. Se houvesse tal exigência, iria colidir com a celeridade exigida
nos meios de comunicação para noticiar os fatos. Idéia Central: há uma margem tolerável de
inexatidão por legítimo juízo de aparência dos fatos e interesse público.
STJ Súm
281
Responsabilidade Civil -
Imprensa - Dano moral
Súmula 281 STJ
A indenização por dano moral não está sujeita à tarifação prevista na Lei de Imprensa.
Obs: segundo o STF, a íntegra da Lei de Imprensa – Lei n. 5.250/1967 – não foi recepcionada pela
CF/88. ADPF 130, Rel. Min. Carlos Britto, Tribunal Pleno, julgado em 30/04/2009.
STJ 4aT 433 Responsabilidade Civil Para chegar à configuração do dever de indenizar, não basta que o ofendido demonstre sua dor, visto
que somente ocorrerá a responsabilidade civil se reunidos todos os seus elementos essenciais, tais
como dano, ilicitude e nexo causal. No caso de morte do filho do autor em cinema de shopping
center em decorrência de disparos de arma de fogo que matou diversas pessoas, não há como
deferir a pretensão indenizatória, pois não foi comprovado, ao curso da instrução, o nexo de
causalidade entre os tiros desferidos e a responsabilidade do shopping onde se situava o
cinema.
STJ Jurisp Responsabilidade Civil -
Estado de Necessidade
(Responsabilidade Civil por Ato Lícito) Embora a lei declare que o ato praticado em estado de
necessidade seja lícito, não libera quem o pratica de reparar o prejuízo que causou,
podendo ajuizar ação regressiva posteriormente para se ressarcir das despesas efetuadas.
STJ 4aT 433 Responsabilidade Civil É obrigação do empregador indenizar os familiares da vítima independentemente de eventual
cobertura do sinistro por seguro ou pela previdência social, visto que tal indenização fundava-se no
direito comum, dissociado de regras do direito previdenciário ou securitário (Súm. n. 229 do STF: A
indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou culpa grave do
empregador)
CJF Enunci
ado
450
Responsabilidade Civil -
Filhos Menores
Enunciado 450 CJF - V Jornada
Art. 932, I. Considerando que a responsabilidade dos pais pelos atos danosos praticados pelos
filhos menores é objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, no exercício do
poder familiar, são, em regra, solidariamente responsáveis por tais atos, ainda que
estejam separados, ressalvado o direito de regresso em caso de culpa exclusiva de um dos
genitores.
STJ 3aT 416 Responsabilidade Civil -
Filhos menores
Ambos os genitores, inclusive aquele que não detém a guarda, são responsáveis pelos
atos ilícitos praticados pelos filhos menores, salvo se comprovarem que não concorreram com
culpa para a ocorrência do dano (entendimento contrário ao art. 932 I CC)
CJF Enunci
ado
451
Responsabilidade Civil -
Atos de Terceiros
Enunciado 451 - V Jornada CJF
Arts. 932 e 933: A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou
independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.
CJF Enunci
ado
452
Responsabilidade Civil -
Ato de Animal
Enunciado 452 - V Jornada CJF
Art. 936: A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva, admitindo-se a
excludente do fato exclusivo de terceiro.
STJ 3aT 417 Responsabilidade Civil -
Condomínio
Salvo previsto em convenção, o condomínio não responde pelos danos morais advindos de
lesões corporais perpetradas entre condôminos nas áreas comuns.
STJ 4aT 430 Responsabilidade Civil -
Danos provocados pelo
advogado
O mandato ao advogado transfere poderes para representar o banco em juízo e defendê-lo,
mas não lhe outorga poderes para agir de má-fé, abusar ou ofender a honra e a dignidade
de quem quer que seja. Assim, o advogado responde pelos danos que causar no exercício
profissional, devendo a ação de indenização contra o mandante ser julgada improcedente, ainda
que empregador do mandatário (caso em que um banco era mandatário)
STJ Súm
145
Responsabilidade Civil -
Pensão - Termo inicial -
14 anos
A jurisprudência do STJ já determinou a idade de 14 anos como o termo a partir do qual as
famílias pobres são indenizadas em razão do dano material, pela morte de filho menor de
idade. Trata-se de presunção relativa e deve-se analisar o caso concreto (se o filho efetivamente
trabalhava), e está baseada na premissa constitucional de que o trabalho é permitido ao maior de 14
anos na condição de menor aprendiz.
STJ 3aT 423 Responsabilidade Civil -
Transporte
Súmula 145 STJ
No caso de transporte desinteressado, de simples cortesia, só haverá possibilidade de
condenação do transportador mediante a prova de dolo ou culpa grave
STJ 4aT 425 Responsabilidade Civil -
Transporte - Arremesso
de pedra por terceiro
A empresa de transporte coletivo não é obrigada a indenizar a vítima de ferimentos graves
provocados pelo arremesso de pedra por terceiro, o que ocasionou seu afastamento das
atividades escolares e laborais. A empresa não contribuiu para o sinistro, portanto não há ato ilícito a
ser por ela indenizado.
STJ 3aT 430 Responsabilidade Civil -
Transporte - Trem
Existe culpa concorrente entre a concessionária e a vítima no caso de atropelamento por
trem, pois a concessionária de transporte ferroviário tem o dever de cercar e fiscalizar os limites
da linha férrea, principalmente em locais de grande concentração populacional.
STJ 4aT 438 Responsabilidade Civil -
Transporte
A instituição financeira tem responsabilidade, mesmo em caso de roubo, pelos bens sob sua guarda,
visto que a segurança de valores é serviço essencial à atividade econômica desenvolvida. Assim, se a
instituição financeira não pode eximir-se da responsabilidade ao argumento de existência de força
maior, com igual propriedade a empresa encarregada pelo transporte, contratada pela instituição
financeira, devido à natureza e valor dos bens também não poderá esquivar-se.
STJ 1aS 470 Responsabilidade civil -
arrendamento mercantil
em se tratando de arrendamento mercantil (videRes. n. 149/2003 do Contran), as despesas
relativas à remoção, guarda e conservação do veículo arrendado, independentemente da
natureza da infração cometida, não são da sociedade empresária arrendante, mas sim do
arrendatário, pois ele se equipara ao proprietário durante a vigência do contrato. Dessarte,
mesmo diante da posterior retomada da posse do bem (ação de busca e apreensão), as referidas
despesas havidas durante a vigência do contrato são de responsabilidade do arrendatário.
STJ Responsabilidade civil -
Danos Materiais - lucros
cessantes
apesar de a jurisprudência propalar que o lucro cessante deve ser analisado de forma objetiva, a
não admitir mera presunção, nos casos de profissionais autônomos, esses lucros são fixados por
arbitramento na liquidação de sentença e devem ter como base os valores que a vítima, em média,
costumava receber.
STJ 3aT 467 Responsabilidade - HIV -
Informação involuntária
sob o prisma individual, o direito de o individuo não saber que é portador de HIV (caso se
entenda que este seja um direito seu, decorrente da sua intimidade) sucumbe, é suplantado por um
direito maior, qual seja, o direito à vida longeva e saudável. Esse direito somente se revelou
possível ao autor da ação com a informação, involuntária e verdadeira, sobre o seu real estado
de saúde. Logo, mesmo que o indivíduo não queira ter conhecimento da enfermidade que o
acomete, a informação correta e sigilosa sobre o seu estado de saúde dada pelo hospital ou
laboratório, ainda que de forma involuntária, tal como no caso, não tem o condão de afrontar
sua intimidade, na medida em que lhe proporciona a proteção de um direito maior. Assim, a Turma,
por maioria, negou provimento ao recurso.
STJ 3aT 465 Responsabilidade -
Subjetiva -
Administradora -
Shopping popular -
Produtos falsificados -
A Turma entendeu que, no caso, a administradora (recorrente) de shopping popular é
responsável pelos atos ilícitos praticados pelos lojistas locatários dos espaços localizados no
aludido centro comercial – comercialização de produtos falsificados das marcas recorridas.
Evidenciou-se não se tratar de atividade normal de shopping center: a recorrente não atuava como
mera administradora, mas permitia e incentivava a prática ilícita, fornecendo condições para o
Culpa in omittendo e in
vigilando
prosseguimento e desenvolvimento da contrafação; daí, portanto, decorreria sua culpa in
omittendo e in vigilando.
STJ 1aT 459 Responsabilidade -
Objetiva - Tomador de
serviço - Ato do Prestador
o tomador de serviço somente será objetivamente responsável pela reparação civil dos
ilícitos praticados pelo prestador nas hipóteses em que estabelecer com ele uma relação de
subordinação da qual derive um vínculo de preposição.
STF Súm
341
Responsabilidade -
empregador - empregado
SÚMULA 341STF
É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.
⇒ no Novo código civil essa hipótese se caracteriza como responsabilidade objetiva.
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho
que lhes competir, ou em razão dele;
STF Súm
492
Responsabilidade -
Locadora de veículo
SÚMULA 492 STF
A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos
danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado.
CJF Enunci
ado
448
Responsabilidade
Objetiva - Art. 927, CC
Enunciado 448 CJF - Art. 927.
A regra do art. 927, parágrafo único, segunda parte, do CC aplica-se sempre que a atividade
normalmente desenvolvida, mesmo sem defeito e não essencialmente perigosa, induza, por
sua natureza, risco especial e diferenciado aos direitos de outrem. São critérios de avaliac a o
desse risco, entre outros, a estatística, a prova técnica e as máximas de experie ncia .
CJF Enunci
ado
446
Responsabilidade
Objetiva - Art. 927, CC
Enunciado 446 CJF - Art. 927.
A responsabilidade civil prevista na segunda parte do parágrafo único do art. 927 do Código Civil
deve levar em considerac a o não apenas a protec a o da vi tima e a atividade do ofensor, mas
também a prevenc a o e o interesse da sociedade .
CJF Enunci
ado
447
Responsabilidade -
Agremiação esportiva
Enunciado 447 CJF - Art. 927.
As agremiac o es esportivas são objetivamente responsáveis por danos causados a terceiros
pelas torcidas organizadas, agindo nessa qualidade, quando, de qualquer modo, as financiem ou
custeiem, direta ou indiretamente, total ou parcialmente.
CJF Enunci Responsabilidade - Enunciado 453 - V Jornada CJF
ado
453
Indenização - Via
regressiva
Art. 942: Na via regressiva, a indenização atribuída a cada agente será fixada proporcionalmente à
sua contribuição para o evento danoso.
STJ 4aT 467 Responsabilidade -
Trabalho artístico -
Ausência de autorização
quando a utilização do trabalho artístico possui intuito comercial (direta ou indiretamente) e
não há autorização do artista para tanto, deve ser observado o disposto nos arts. 77 e 78 da LDA,
ficando caracterizada a ofensa ao seu direito autoral. Ressaltou, com base na doutrina, que o fato
de a obra estar localizada em logradouro público não altera a titularidade dos direitos patrimoniais do
autor sobre ela, diferentemente da obra disposta em domínio público, em que essa titularidade
inexiste ou cessou e, por isso mesmo, sua utilização é livre.
CJF Enunci
ado
443
Responsabilidade -
Exclusão - Caso fortuito e
força maior
Enunciado 443 CJF -
Arts. 393 e 927. O caso fortuito e a forc a maior somente sera o considerados como excludentes da
responsabilidade civil quando o fato gerador do dano na o for conexo a atividade desenvolvida.
STJ 2aS Rec
Rep
Responsabilidade -
Instituições financeiras -
Fortuito interno
As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou delitos
praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-corrente ou recebimento de
empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal responsabilidade
decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno. (REsp 1197929)
STJ 4aT 465 Responsabilidade - Dano
- Prova
os danos devem ser provados, salvo se decorrentes de consequência lógica dos atos
praticados, ou que impliquem prova negativa impossível de ser apresentada em juízo. No caso em
questão, a falta de pagamento para a utilização da obra protegida é decorrência lógica da
comprovação do ato ilícito.
CJF Enunci
ado
449
Indenização - Dano -
Redução
Enunciado 449 - V Jornada CJF
Art. 928, parágrafo único: A indenização equitativa a que se refere o art. 928, parágrafo único, do
Código Civil não é necessariamente reduzida sem prejuízo do Enunciado n. 39 da I Jornada de Direito
Civil.
STJ Súm 37 Responsabilidade - Dano
- Material + Moral -
Cumulação
SÚMULA 37 STJ
São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
STF Súm
491
Responsabilidade - Dano
- Filho menor que não
exerça trabalho
SÚMULA 491 STF
É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho
remunerado.
STF Súm
490
Responsabilidade -
Indenização - Pensão
SÚMULA 490 STF
A pensão correspondente à indenização oriunda de responsabilidade civil deve ser
calculada com base no salário mínimo vigente ao tempo da sentença e ajustar-se-á às
variações ulteriores.
STJ 4aT 401 Responsabilidade -
Indenização - Pensão -
Incapacidade
se o recorrente ficou incapacitado para exercer a função de mergulhador (que era seu trabalho ao
tempo do acidente) faz jus ao pensionamento de 100%, independentemente do exercício
ou não de outro trabalho que lhe provenha rendimento igual ou mesmo superior.
STJ 4aT 478 Responsabilidade -
Indenização - Pensão -
Incapacidade
Contudo, conforme a jurisprudência do STJ, não exclui o pensionamento o só fato de se presumir
que a vítima de ato ilícito portadora de limitações está capacitada para exercer algum
trabalho, pois a experiência mostra que o deficiente mercado de trabalho brasileiro é restrito
mesmo quando se trata de pessoa sem qualquer limitação física.
STJ 4aT 478 Responsabilidade -
Indenização - Pensão -
Menor sem trabalho -
Termo inicial - Valor
segundo o entendimento do STJ, com a redução da capacidade laborativa, mesmo que a vítima, no
momento da redução, não exerça atividade remunerada por ser menor, tal como no caso, a
pensão vitalícia é devida a partir da data em que ela completar 14 anos no valor mensal de um
salário mínimo.
STJ Súm
313
Responsabilidade -
Indenização - Pensão -
Constituição de capital
Súmula: 313 STJ
Em ação de indenização, procedente o pedido, é necessária a constituição de capital ou
caução fidejussória para a garantia de pagamento da pensão, independentemente da
situação financeira do demandado.
STJ 4aT 473 Responsabilidade -
Indenização - Pensão -
Constituição de capital
nas ações indenizatórias que incluem prestação de alimentos, é facultado ao juiz substituir a
determinação de constituição de capital pela inclusão dos beneficiários na folha de
pagamentos da sociedade empresária que apresente notória capacidade econômica.
Responsabilidade -
Indenização - Teoria da
Perda de uma chance
A teoria da perda de uma chance (perte d'une chance) visa à responsabilizac a o do agente
causador não de um dano emergente, tampouco de lucros cessantes, mas de algo
intermediário entre um e outro, precisamente a perda da possibilidade de se buscar
posic a o mais vantajosa que muito provavelmente se alcanc aria , não fosse o ato ilícito
praticado. Nesse passo, a perda de uma chance - desde que essa seja razoável, séria e real, e não
somente fluida ou hipotética - é considerada uma lesão às justas expectativas frustradas do
indivíduo, que, ao perseguir uma posic a o juri dica mais vantajosa, teve o curso normal dos
acontecimentos interrompido por ato ili cito de terceiro.
A chamada "teoria da perda da chance", de inspiração francesa e citada em matéria de
responsabilidade civil, aplica-se aos casos em que o dano seja real, atual e certo, dentro de um
juízo de probabilidade, e não de mera possibilidade, porquanto o dano potencial ou incerto, no
âmbito da responsabilidade civil, em regra, não é indenizável.
CJF Enunci
ado
444
Responsabilidade -
Indenização - Teoria da
Perda de uma chance
Enunciado 444 CJF - V Jornada
Art. 927. A responsabilidade civil pela perda de chance não se limita à categoria de danos
extrapatrimoniais, pois, conforme as circunsta ncias do caso concreto, a chance perdida pode
apresentar também a natureza jurídica de dano patrimonial. A chance deve ser séria e real, não
ficando adstrita a percentuais apriorísticos.
STJ Responsabilidade -
Indenização - Teoria da
Perda de uma chance -
perda de prazo
processual pelo
advogado
RESPONSABILIDADE CIVIL. ADVOCACIA. PERDA DO PRAZO PARA CONTESTAR. INDENIZAC A O POR
DANOS MATERIAIS FORMULADA PELO CLIENTE EM FACE DO PATRONO. PREJUI ZO MATERIAL
PLENAMENTE INDIVIDUALIZADO NA INICIAL. APLICAC A O DA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE.
CONDENAC A O EM DANOS MORAIS. JULGAMENTO EXTRA PETITA RECONHECIDO.
2. Em caso de responsabilidade de profissionais da advocacia por condutas apontadas
como negligentes, e diante do aspecto relativo à incerteza da vantagem não experimentada, as
demandas que invocam a teoria da "perda de uma chance" devem ser solucionadas a partir de uma
detida análise acerca das reais possibilidades de e xito do process o, eventualmente perdidas
em razão da desídia do causídico. Vale dizer, não é o só fato de o advogado ter perdido o prazo
para a contestac a o, como no caso em aprec o, ou para a interposic a o de recursos, que
enseja sua automa tica responsabilizac a o civil com base na teoria da perda de uma
chance. É absolutamente necessária a ponderac a o acerca da probabilidade - que se supo e
real - que a parte teria de se sagrar vitoriosa. (REsp 1190180/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMAO, QUARTA TURMA, julgado em 16/11/2010, DJe 22/11/2010)
PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE DE ADVOGADO PELA PERDA DO PRAZO DE
APELAC A O. TEORIA DA PERDA DA CHANCE. APLICAC A O. RECURSO ESPECIAL. ADMISSIBILIDADE.
DEFICIE NCIA NA FUNDAMENTAC A O. NECESSIDADE DE REVISA O DO CONTEXTO FA TICO-PROBATO RIO.
SUMULA 7, STJ. APLICAC A O.
- A responsabilidade do advogado na conduc a o da defesa processual de seu cliente e de ordem
contratual. Embora na o responda pelo resultado, o advogado e obrigado a aplicar toda a sua
dilige ncia habitual no exerci cio do mandato.
- Ao perder, de forma negligente, o prazo para a interposic a o de apelac a o, recurso cabi vel
na hipo tese e desejado pelo mandante, o advogado frusta as chances de e xito de seu
cliente. Responde, portanto, pela perda da probabilidade de sucesso no recurso, desde que
tal chance seja séria e real. Não se trata, portanto, de reparar a perda de “uma simples esperanc a
subjetiva”, nem tampouco de conferir ao lesado a integralidade do que esperava ter caso obtivesse
exito ao usufruir plenamente de sua chance. (REsp 1079185/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
TERCEIRA TURMA, julgado em 11/11/2008, DJe 04/08/2009)
STJ -
3aT
414 Responsabilidade -
Indenização - Morte -
Ascendente -
Pensionamento - > 25
anos somente mediante
prova da dependência
econômica
A jurisprudência deste Superior Tribunal é farta em exemplos de julgados que fixaram a data limite
ao recebimento de pensão concedida a filhos por morte de ascendente no momento em que
aqueles completam 25 anos de idade. A concessão do pensionamento em caso de morte de
progenitores, mãe ou pai, só poderá ser deferido aos filhos maiores de 25 anos nos casos em
que estiver idoneamente demonstrada a dependência econômica do requerente em relação à
vítima, em especial, nos casos em que os filhos são portadores de deficiência física ou mental
incapacitante, circunstâncias fáticas que não foram reconhecidas pelo acórdão recorrido.
Questã
o
CESPE
Responsabilidade - Nexo
de Causalidade - Teoria
da causalidade adequada
Considere que Rodolfo, ator, tenha sido atropelado por Adriano e, por isso, não tenha conseguido
chegar a tempo para uma apresentação que seria realizada em determinado teatro. Nessa situação
hipotética, de acordo com a teoria da causalidade adequada, Adriano não deve ser obrigado a
indenizar o dono do teatro pelos prejuízos decorrentes da ausência de Rodolfo na apresentação,
ainda que seja possível entender que se trata de dano material reflexo (alternativa correta). Tal
teoria busca o antecedente imprescindível à existência do dano que guarde, com ele,
concomitantemente, a mais estreita relação. Ou seja, o antecedente (fato) adequado a causar o
resultado em questão.
CJF Enunci
ado
457
Responsabilidade -
Indenização - Redução
Enunciado 457 - V Jornada CJF
Art. 944: A redução equitativa da indenização tem caráter excepcional e somente será realizada
quando a amplitude do dano extrapolar os efeitos razoavelmente imputáveis à conduta do agente.
CJF Enunci
ado
459
Responsabilidade -
Indenização - Culpa da
vítima
Enunciado 459 - V Jornada CJF
Art. 945: A conduta da vítima pode ser fator atenuante do nexo de causalidade na responsabilidade
civil objetiva.
CJF Enunci
ado
458
Responsabilidade
Indenização - Culpa do
ofensor - Dano moral
Enunciado 458 - V Jornada CJF
Art. 944: O grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional, deve ser levado em
conta pelo juiz para a quantificação do dano moral.
STJ 3aT 477 Responsabilidade -
Indenização - Honorários
contratuais x
sucumbenciais
o CC/2002, nos arts. 389, 395 e 404, determina, de forma expressa, que os honorários
advocatícios integram os valores devidos a título de reparação por perdas e danos – explica
que os honorários mencionados pelos referidos artigos são os honorários contratuais, pois
os sucumbenciais, por constituir crédito autônomo do advogado, não importam decréscimo
patrimonial do vencedor da demanda. Assim, a seu ver, como os honorários convencionais
são retirados do patrimônio da parte lesada – para que haja reparação integral do dano sofrido
–, aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores despendidos com os honorários
contratuais.
STJ Súm
186
Responsabilidade - Ato
ilícito - Juros compostos
Súmula 186 STJ
Nas indenizações por ato ilícito, os juros compostos somente são devidos por aquele que
praticou o crime.
STF Súm
562
Responsabilidade -
Indenização - Correção
Monetária
SÚMULA Nº 562 STF
NA INDENIZAÇÃO DE DANOS MATERIAIS DECORRENTES DE ATO ILÍCITO CABE A
ATUALIZAÇÃO DE SEU VALOR, UTILIZANDO-SE, PARA ESSE FIM, DENTRE OUTROS
CRITÉRIOS, DOS ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA.
STJ Questã
o
Responsabilidade
solidária - transação
O art. 844, § 3º, do Código Civil estabelece que a transação não aproveita nem prejudica senão
aos que nela intervierem. Contudo, se realizada entre um dos devedores solidários e seu credor,
extingue-se a dívida em relação aos co-devedores. 2. A quitação parcial da dívida dada pelo
credor a um dos devedores solidários por meio de transação, tal como ocorre na remissão
não aproveita aos outros devedores, senão até a concorrência da quantia paga. 3. Se, na
transação, libera-se o devedor que dela participou com relação à quota-parte pela qual era
responsável, ficam os devedores remanescentes responsáveis somente pelo saldo que, pro rata, lhes
cabe.(AgRg no REsp 1002491/RN)
Questã
o TRF1
C) Será responsável por reparar dano causado a veículo de terceiro, caso não seja encontrado o
motorista causador do dano, a pessoa em cujo nome o veículo envolvido no acidente estiver
registrado no órgão competente.
(E) – GABARITO PRELIMINAR
SÚMULA 132 STJ A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo
proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veiculo alienado.
STJ 3aT 492 falso positivo em exame
de HIV
O laboratório que fornece laudo positivo de HIV, REPETIDO E CONFIRMADO, ainda que com a
ressalva de que poderia ser necessário exame complementar, é responsável pelo defeito
no fornecimento do serviço, uma vez que causou sofrimento a que a paciente não estava
obrigada.
O precedente deve ser visto com cuidado! Em outro caso, a mesma 3a T entendeu inexistir dano
moral (caso em que feito o exame por um método, dado positivo, o laboratório pede para o paciente
se submeter a outro exame que, feito, dá negativo)
STJ 4aT 492 Responsabilidade do
incorporador imobiliário
O incorporador e o construtor são solidariamente responsáveis por eventuais vícios e
defeitos de construção surgidos no empreendimento imobiliário, sendo que o incorporador
responde mesmo que não tenha assumido diretamente a execução da obra.
STJ 3aT 495 Resp. civil - ofensas em
redes sociais
a) A relação da GOOGLE com seus usuários é uma relação de consumo, mesmo sendo gratuita.
b) A GOOGLE não responde objetivamente pelos danos morais causados por mensagens
publicadas pelos usuários do ORKUT.
c) Ao ser comunicada de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, deve a
GOOGLE retirar o material do ar imediatamente, sob pena de responder solidariamente com
o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.
d) Ao oferecer um serviço por meio do qual se possibilita que os usuários externem livremente sua
opinião, deve o provedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que se possa
identificar cada um desses usuários.
STJ 4aT 495 Resp. civil - ilegitimidade
do noivo
O noivo não possui legitimidade para pedir indenização por danos morais em razão do
falecimento de sua noiva.
Se fosse conferida a possibilidade de indenização a sujeitos não inseridos no núcleo familiar,
isso acarretaria a diluição indevida dos valores em prejuízo dos que efetivamente fazem jus
à reparação. Em outras palavras, como seriam várias pessoas pedindo indenização (ex: tios,
sobrinhos, primos etc.) a indenização que seria paga aos pais, irmãos, cônjuge do morto seria menor,
considerando que o valor pago pelo causador do dano não poderá ser excessivamente alto, sob pena
de ser desproporcional, o que não é admitido pelo CC (art. 944, parágrafo único).
STJ 1aT REsp
118488
0/RR
Resp. civil - irmãos É pacífica a jurisprudência no STJ de que irmãos são partes legítimas ad causam para pleitear
indenização por danos morais em razão do falecimento de outro irmão.
STJ 4aT 498 Resp. Civil -
independência entre
instâncias civil e penal.
Caso de extinção da
punibilidade por
prescrição retroativa
A extinção da punibilidade, em função da prescrição retroativa, não vincula o juízo cível na
apreciação de pedido de indenização decorrente do ato delituoso.
Quando ocorre a extinção da punibilidade pela prescrição retroativa, não há
reconhecimento definitivo da autoria e materialidade delitiva, pois a sentença penal
condenatória é rescindida, extinguindo-se todos os seus efeitos, inclusive o efeito civil previsto no art.
91, I, do CP, de tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. Logo, o juízo cível
não estará vinculado ao que foi decidido no processo penal, podendo apreciar livremente as provas.
Emagis a jurisprudência pacífica do STJ entende que a embriaguez do condutor do veículo não é
suficiente a afastar o seu direito a receber a indenização prevista no contrato de seguro.
Somente se comprovado que essa embriaguez foi a causa determinante do sinistro é que se poderá
cogitar no afastamento dessa responsabilidade da seguradora.
Emagis Despesas com funeral encontra-se superada a antiga jurisprudência do STJ no sentido de que seria imprescindível a
comprovação das despesas com o funeral/sepultamento da vítima do ato ilícito para que tais valores
pudessem ser indenizados. Como as despesas com o funeral/sepultamento da vítima são certas, é
possível impôr a indenização ao causador do dano, fixando-se no valor mínimo previsto na legislação
previdenciária quando não comprovado o exato quantum despendido pelos familiares do falecido -
REsp 1128637
DANO MORAL
STJ Súm
387
Dano Moral - Dano
Estético - Cumulação
SÚMULA 387 STJ
É possível a acumulação das indenizações de dano estético e moral
STJ Súm
370
Dano Moral -
Apresentação antecipada
de cheque
SÚMULA 370 STJ
Caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque predatado.
STJ Súm
388
Dano Moral - Devolução
indevida de cheque
SÚMULA 388 STJ
A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.
STJ Súm
326
Dano Moral - Ação -
Sucumbência
Súmula 326 STJ
Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado
na inicial não implica sucumbência recíproca.
➔haverá aplicação quando não houver violação da proporcionalidade e razoabilidade. Será
reconhecida a existência de sucumbência quando houver condenação em valor
desproporcionalmente inferior ao postulado.
STJ Súm
227
Dano Moral - PJ Súmula 227 STJ
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
CJF Enunci
ado
445
Dano Moral -
caracterização
Enunciado 445 CJF - Art. 927.
O dano moral indenizável não pressupõe necessariamente a verificac a o de sentimentos
humanos desagradáveis como dor ou sofrimento.
STJ Dano moral coletivo O dano moral coletivo em relac a o de consumo foi expressamente previsto pelo art. 6o, VI e VII,
do CDC:
“Art. 6o Sa o direitos ba sicos do consumidor: VI - a efetiva prevenc a o e reparac a o de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; VII - o acesso aos o rga os judicia rios e
administrativos com vistas a prevenc a o ou reparac a o de danos patrimoniais e morais, individuais,
coletivos ou difusos, assegurada a protec a o Juri dica, administrativa e te cnica aos necessitados;”
Entretanto a questa o de a transindividualidade ser ou na o o bice a pro pria existe ncia do dano moral
coletivo não está ainda pacificada no a mbito do STJ, existindo diverge ncia entre as 1a e 2a
Turmas que compõe a 1a Sec a o :
CJF Enunci
ado
456
Dano moral coletivo Enunciado 456 CJF - Art. 944.
A expressão “dano” no art. 944 abrange na o so os danos individuais, materiais ou
imateriais, mas também os danos sociais, difusos, coletivos e individuais homoge neos a
serem reclamados pelos legitimados para propor ac oes coletivas.
CJF Enunci
ado
453
Dano moral Enunciado 453 - V Jornada CJF
Art. 942: Na via regressiva, a indenização atribuída a cada agente será fixada proporcionalmente à
sua contribuição para o evento danoso.
Condomínio -
Legitimidade - Dano
moral
No que toca à legitimidade do condomínio, a jurisprude ncia dominante a reconhece apenas à
restituic a o dos valores pagos a maior, inexistindo legitimidade para o condomínio pleitear o
dano moral em nome próprio ou mesmo em nome dos condo minos :
5. O diploma civil e a Lei 4.591/64 não preveem a legitimac a o extraordinária do condomínio para,
representado pelo síndico, atuar como parte processual em demanda que postule a compensac a o
dos danos extrapatrimoniais sofridos pelos condo minos, proprieta rios de cada frac a o ideal, o que
coaduna com a pro pria natureza personalíssima do dano extrapatrimonial, que se caracteriza como
uma ofensa à honra subjetiva do ser humano, dizendo respeito, portanto, ao foro íntimo do
ofendido.6. O condomínio é parte ilegítima para pleitear pedido de compensac a o por d anos
morais em nome dos condo minos . Precedente da 3a Turma. (REsp 1177862/RJ)
Condomínio - Dano moral Ainda que existente quem reconheça existência de personalidade jurídica para os condomínios, a
posição majoritária defende que eles possuiriam, apenas, personalidade judiciária. Assim, seria
inaplicável ao condomínio a Súmula 227 do STJ: “A pessoa juri dica pode sofrer dano moral”, de
modo que como o condomínio não tem personalidade jurídica, não possuiria a protec a o dos
direitos da personalida de, sendo inviável pleitear danos morais para si e em nome próprio.
Logo, o condomínio não poderia sofrer dano moral.
STJ Notícia
s
Dano Moral - Presunção
(in re ipsa)
STJ define em quais situações o dano moral pode ser presumido, hipóteses em que o prejuízo
moral que alguém diz ter sofrido é provado in re ipsa (pela força dos próprios fatos) :
a)Cadastro de inadimplentes.
b)Responsabilidade bancária - quando a inclusão indevida é feita por consequência de um serviço
deficiente prestado por uma instituição bancária, a responsabilidade pelos danos morais é do próprio
banco, que causa desconforto e abalo psíquico ao cliente;
c)Atraso de voo - o dano moral decorre da demora ou dos transtornos suportados pelo passageiro e
da negligência da empresa, pelo que não viola a lei o julgado que defere a indenização para a
cobertura de tais danos (Ag 1.410.645);
d)Diploma sem reconhecimento - por não ter a instituição de ensino alertado os alunos sobre o
risco de não receberem o registro de diploma na conclusão do curso, justificava-se a presunção do
dano, levando em conta os danos psicológicos causados. STJ negou, entretanto, a concessão do
pedido de indenização por danos materiais. O fato de não estarem todos os autores empregados não
poderia ser tido como consequência da demora na entrega do diploma;
e)Equívoco administrativo - o cidadão não pode ser compelido a suportar as consequências da má
organização, abuso e falta de eficiência daqueles que devem, com toda boa vontade, solicitude e
cortesia, atender ao público (por erro de registro do órgão, um homem teve de pagar uma multa
indevida; cobrança de algo que já havia sido superado, colocando o licenciamento do automóvel sob
condição do novo pagamento da multa);
d)Credibilidade desviada - inclusão indevida e equivocada de nomes de médicos em guia
orientador de plano de saúde gerou, no STJ, o dever de indenizar por ser dano presumido. O livro
serve de guia para os usuários do plano de saúde e trouxe o nome dos médicos sem que eles fossem
ao menos procurados pelo representante das seguradoras para negociações a respeito de
credenciamento junto àquelas empresas.
CJF Enunci
ado
455
Dano Moral - Presunção
(in re ipsa) - Definição da
indenização
Enunciado 455 CJF - V Jornada
Art. 944. Embora o reconhecimento dos danos morais se de , em numerosos casos,
independentemente de prova (in re ipsa), para a sua adequada quantificac a o, deve o juiz investigar,
sempre que entender necessário, as circunsta ncias do caso concreto, inclusive por interme dio da
produc a o de depoimento pessoal e da prova testemunhal em audie ncia.
STJ -
4aT
365 Responsabilidade - D.
Moral
A indenização por danos morais guarda proporcionalidade com a gravidade da ofensa, o grau
de culpa e o porte sócio-econômico do causador do dano. Não deve o valor ser alterado ao
argumento de que não é suficiente à cobertura da dor sofrida pela vítima.
STJ Jurisp Responsabilidade - D.
Moral
O dano moral deve ser visto como violação do direito à dignidade, estando nela inseridos a
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem. (deixa-se de lado a
visão clássica de que o dano moral é a "dor, sofrimento e angústia suportados em limites que
extravasam a normalidade")
STJ 3aT 401 Responsabilidade - D.
Moral
Se uma conduta é ilícita para fins de reparação do dano material, ela será ilícita também
para a avaliação do dano moral; o que pode acontecer é que, apesar de ilícita, o mero
descumprimento de uma cláusula contratual não gere para parte qualquer dano moral indenizável.
Essa avaliação não se pauta, porém, na licitude ou ilicitude da conduta, mas na existência do dano.
STJ 4aT 478 Dano moral - Divulgação
da imagem - Necessidade
de abuso do direito de
informar
conforme entendimento do STF e também do STJ, não é a simples divulgação da imagem que
gera o dever de indenizar; faz-se necessária a presença de outros fatores que evidenciem o
exercício abusivo do direito de informar ou mesmo de divulgar a imagem, causando
situação vexatória no caso das pessoas públicas, assim denominadas pela doutrina. (magistrado
estava buscando indenização pelo fato de reportagem, que trata nepotismo, ter mostrado sua
imagem fazendo entender estar relacionado com tal prática)
STJ 495 Danos morais por
reflexos ou por ricochete
- Noivo
O noivo não possui legitimidade para pedir indenização por danos morais em razão do
falecimento de sua noiva.REsp 1.076.160-AM, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
10/4/2012.
STJ 3aT 459 Danos morais por
reflexos ou por ricochete
A Turma assentou que, não obstante a compensação por dano moral ser devida, em regra, apenas
ao próprio ofendido, tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm firmado sólida base na defesa da
possibilidade de os parentes do ofendido a ele ligados afetivamente postularem,
conjuntamente com a vítima, compensação pelo prejuízo experimentado, conquanto sejam
atingidos de forma indireta pelo ato lesivo. Observou-se que se trata, na hipótese, de danos
morais reflexos, ou seja, embora o ato tenha sido praticado diretamente contra determinada
pessoa, seus efeitos acabam por atingir, indiretamente, a integridade moral de terceiros. É o
chamado dano moral por ricochete ou préjudice d´affection, cuja reparação constitui direito
personalíssimo e autônomo dos referidos autores, ora recorridos.
STJ 3aT 443 Responsabilidade Civil -
D. Estético
O fato de a cirurgia plástica de cunho exclusivamente embelezador ser obrigação de
resultado, não torna objetiva a responsabilidade do médico. Permanece subjetiva a
responsabilidade do profissional de Medicina, mas se transfere para o médico o ônus de
demonstrar que os eventos danosos decorreram de fatores alheios à sua atuação durante a
cirurgia. Laudo pericial que afasta o erro leva à ausência de resposabilidade civil.
CESPE Se o contrato celebrado for de obrigação de resultado, o inadimplemento se presumirá culposo.
(CERTA)
CJF Enunci
ado
411
Enunciado 411 - V Jornada CJF
Art. 186: O descumprimento de contrato pode gerar dano moral quando envolver valor fundamental
protegido pela Constituição Federal de 1988.
STJ 4aT REsp
830.57
2
Dano moral pelo
descumprimento do
contrato, em face das
peculiaridades do caso.
a Quarta Turma restabeleceu indenização por danos morais a um homem que aguardava havia 12
anos pela entrega de um imóvel cuja construção sequer foi iniciada. Os ministros entenderam que,
apesar de a jurisprudência do STJ afirmar que o descumprimento de contrato acarreta mero
dissabor, a depender da peculiaridade do caso concreto é possível constatar abalo moral.
"Conquanto a jurisprude ncia do STJ seja no sentido de que o mero inadimplemento contratual
não ocasiona danos morais, esse entendimento deve ser excepcionado nas hipóteses em que
da própria descric a o das circunsta ncias que perfazem o ilícito material é possível se
verificar conseque ncias de cunho psi cológico que são resultado direto do
inadimplemento" (REsp n. 1.072.308/RS, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, 3a Turma, una nime,
DJe 10/06/2010).
STJ 3aT 475 Indenização. Danos
morais. Sucessores.
Segundo a Min. Relatora, o direito de exigir a reparação do dano, inclusive moral, transmite-se com a
herança nos termos dos arts. 12 e 943 do CC/2002. Ressaltou ser intransmissível o direito moral
em si, personalíssimo por natureza, não o direito de ação, de cunho patrimonial. Dessa forma,
concluiu que, assim como o espólio e os herdeiros têm legitimidade ativa ad causam para
pleitear, em ação própria, a reparação dos danos psicológicos suportados pelo falecido, com
mais razão se deve admitir o direito dos sucessores de receber a indenização moral
requerida pelo de cujus em ação iniciada por ele próprio.
STJ 4aT 454 Imunidade Profissional -
Estatuto da OAB -
Excessos - Dano Moral
a imunidade profissional garantida ao advogado pelo Estatuto da OAB não abarca os
excessos cometidos pelo profissional em afronta à honra de quaisquer das pessoas envolvidas no
processo, seja o magistrado, a parte, o membro do Ministério Público, o serventuário ou o advogado
da parte contrária. Observa que somente estariam resguardadas pela imunidade profissional
do advogado as supostas ofensas que guardem pertinência com a discussão da causa em
julgamento, contudo sem degenerar em abuso ou ofensas pessoais aos envolvidos, visto que a
imunidade profissional não poderia abranger os excessos configuradores de delito de calúnia
nem de desacato.
STJ 4aT 462 Danos Morais –
transmissão à autoridade
policial de Noticia
Criminis
Em princípio, não responde por danos morais aquele que reporta à autoridade policial
atitude suspeita ou prática criminosa, porquanto esse ato constitui exercício regular de um
direito do cidadão, ainda que fique provada a inocência do acusado.
Na situação dos autos, diante da peculiaridade do caso, seja por imprudência ou por excesso em
seu mister, conforme apurado pelo tribunal a quo, existiu culpa, sem dúvida, quanto à informação
absolutamente equivocada à polícia sobre a autoria do ilícito, inclusive houve provas de
telefonemas à autora e ameaças de divulgação de imagens supostamente gravadas.
CJF Enunci
ado
458
Dano moral - Indenização
- definição
Enunciado 458 CJF - V Jornada
Art. 944. O grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional, deve ser levado em
conta pelo juiz para a quantificac a o do dano moral.
STJ 4aT 478 Dano Moral - Juros e
Correção
Tema controvertido no STJ
Info 478 STJ - em se tratando de dano moral, os juros moratórios devem fluir, assim como a
correção monetária, a partir da data do julgamento em que foi arbitrado em definitivo o valor da
indenização.
Info 488 STJ - voltou a adotar o posicionamento tradicional, que diferencia o termo inicial do
dano moral (arbitramento) dos juros moratórios (evento danoso).
STJ 3aT
4aT
473 /
474
Dano Moral -
Inadimplemento do
Contrato - Recusa em
tratamento médico -
Aflição psicológica e
angústia
Info 473 STJ 3aT: dá ensejo à indenização por dano moral a injusta recusa da cobertura
securitária por plano de saúde, uma vez que a conduta agrava a situação de aflição psicológica e
de angústia no espírito do segurado, o qual, ao pedir a autorização da seguradora, já se encontra em
situação de dor, de abalo psicológico e com a saúde debilitada. / Info 474 STJ 4aT: o entendimento de
que o inadimplemento do contrato, por si só, pode acarretar danos materiais e indenização
por perdas e danos, mas, em regra, não dá margem ao dano moral, que pressupõe ofensa
anormal à personalidade. Observou-se ser certo que há situações nas quais o inadimplemento
contratual enseja aflição psicológica e angústia, o que é especialmente frequente em caso de
recusa de tratamento médico por empresa privada operadora de seguro de saúde.
STJ 4aT 473 Dano Moral - atraso na
entrega do
empreendimento
imobiliário
a inexecução causa séria e fundada angústia no espírito do adquirente a ponto de transpor o
mero dissabor oriundo do corriqueiro inadimplemento do contrato, daí ensejar, pela
peculiaridade, o ressarcimento do dano moral.
STJ 3aT 473 Dano Moral -
Retardamento no
reconhecimento do Curso
no MEC
há dano, inclusive moral, pelo retardamento das providências necessárias ao
reconhecimento do curso no MEC, o que é de responsabilidade exclusiva da instituição de
ensino; não cabe, assim, atribuir o ônus ao estudante.
STJ 3aT 495 Reponsabilidade -
a) A relação da GOOGLE com seus usuários é uma relação de consumo, mesmo sendo gratuita.
b) A GOOGLE não responde objetivamente pelos danos morais causados por mensagens
publicadas pelos usuários do ORKUT.
c) Ao ser comunicada de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, deve a
GOOGLE retirar o material do ar imediatamente, sob pena de responder solidariamente com
o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.
d) Ao oferecer um serviço por meio do qual se possibilita que os usuários externem livremente sua
opinião, deve o provedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que se possa
identificar cada um desses usuários.
Terceira Turma. REsp 1.306.066-MT, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 17/4/2012.
STJ 3aT 492 Critérios para aferição do
valor da indenização
No momento da fixação do valor da indenização por danos morais deve-se levar em
consideração as circunstâncias objetivas e subjetivas da ofensa. Assim, devem ser
analisadas:
a) As consequências da ofensa;
b) A capacidade econômica do ofensor;
c) A pessoa do ofendido.
(caso Collor x Veja - inden de 500 mil)
STJ 4aT 493 Revisão pelo STJ A fixação do valor de indenização por danos morais só pode ser revisada pelo STJ se o montante
for irrisório ou exagerado, em flagrante inobservância dos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade.
STJ 3aT 496 Dano moral - resp. civil
por abandono afetivo
O abandono afetivo decorrente da omissão do genitor no dever de cuidar da prole constitui
elemento suficiente para caracterizar dano moral compensável.
Cuidado - a 4a T tem 2 precedentes em sentido contrário
Firmou o Superior Tribunal de Justiça que "A indenização por dano moral pressupõe a prática de
ato ilícito , não rendendo ensejo à aplicabilidade da norma do art. 159 do Código Civil de 1916 o
abandono afetivo, incapaz de reparação pecuniária" (Resp n. 757.411/MG, 4ª Turma, Rel. Min.
Fernando Gonçalves, unânime, DJU de 29.11.2005). (REsp 514.350/SP, Rel. Min. Aldir Passarinho
Junior, Quarta Turma, em 28/04/2009)
A indenização por dano moral pressupõe a prática de ato ilícito, não rendendo ensejo à aplicabilidade
da norma do art. 159 do Código Civil de 1916 o abandono afetivo, incapaz de reparação pecuniária.
(REsp 757.411/MG, Rel. Min. Fernando Gonçalves, Quarta Turma, julgado em 29/11/2005)
STJ 3aT 499 Dano moral - Ato de dar
entrevista não o afasta
A 3ª Turma do STJ manteve indenização de 10.000 reais por danos morais para a consumidora que
encontrou um preservativo masculino no interior de uma lata de extrato de tomate.
O fato de a consumidora ter dado entrevista divulgando sua vitória na ação de indenização não é
indicativo de inexistência do dano moral. Ao contrário, divulgar o fato e a obtenção da indenização,
demonstrando a justiça feita, faz parte do processo de reparação do mal causado.
STJ 2aS Rcl
6173
STJ - a ausência de prévia comunicação ao consumidor da inscrição de seu nome em cadastros
de proteção ao crédito, prevista no art. 43, § 2º, do CDC, não dá ensejo à reparação de danos
morais quando oriunda de informações contidas em assentamentos provenientes de serviços
notariais e de registros, bem como de distribuição de processos judiciais, por serem de
domínio público.
STJ 4aT 500 Protesto - simples
apontamento não gera
dano moral
O simples apontamento do título, sem o efetivo registro do protesto, ainda que de forma
indevida, é incapaz de gerar dano moral a quem quer que seja.
O dano moral somente ocorrerá se o protesto indevido for efetivado, ou seja, se, após 3 dias
da intimação, não houver pagamento ou sustação, ocasião em que o protesto será lavrado.
Apenas com a efetivação do protesto, este é registrado e se torna público, trazendo efeitos
negativos à pessoa protestada, que será, inclusive, incluída nos cadastros negativos de crédito.