35
RESPONSABILIDADE CIVIL STF Súm 28 SÚMULA 28 STF O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista. o raciocínio do art. 587, NCC, ratificando a parêmia res perit domino , tem aplicação no contrato de conta-corrente , justificando o entendimento firmado na Súmula 28 do STF . No depósito em conta-corrente o banco se apresenta como mutuário , se responsabilizando pelos eventuais riscos envolvidos . No caso de pagamento de cheque falso , desde que não tenha ocorrido culpa exclusiva ou concorrente do correntista, é o banco ( mutuário ) que sofrerá o prejuízo . STF Súm 229 SÚMULA Nº 229 A INDENIZAÇÃO ACIDENTÁRIA NÃO EXCLUI A DO DIREITO COMUM, EM CASO DE DOLO OU CULPA GRAVE DO EMPREGADOR. STJ Súm 130 Responsabilidade - Roubo de veículo em estacionamento Súmula 130 STJ A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo ocorridos em seu estacionamento. STJ Súm 132 Responsabilidade - Ausência do registro de transferência do veículo Súmula 132 STJ A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado. RESPONSABILIDADE CIVIL NO CASO DE VENDA DE VEÍCULO CUJO REGISTRO NÃO FOI REALIZADO - mesmo não tendo havido a regularização do registro a responsabilidade não é e não pode ser do antigo proprietário . No momento em que há transferência do veículo o

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RESPONSABILIDADE CIVIL

 

STF Súm 28 SÚMULA 28 STF

O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvadas

as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.

➔o raciocínio do art. 587, NCC, ratificando a parêmia res perit domino , tem aplicação no contrato de

conta-corrente , justificando o entendimento firmado na Súmula 28 do STF . No depósito em

conta-corrente o banco se apresenta como mutuário , se responsabilizando pelos eventuais

riscos envolvidos . No caso de pagamento de cheque falso , desde que não tenha ocorrido culpa

exclusiva ou concorrente do correntista, é o banco ( mutuário ) que sofrerá o prejuízo .

STF Súm

229

SÚMULA Nº 229

A INDENIZAÇÃO ACIDENTÁRIA NÃO EXCLUI A DO DIREITO COMUM, EM CASO DE DOLO OU

CULPA GRAVE DO EMPREGADOR.

STJ Súm

130

Responsabilidade - Roubo

de veículo em

estacionamento

Súmula 130 STJ

A empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de veículo

ocorridos em seu estacionamento.

STJ Súm

132

Responsabilidade -

Ausência do registro de

transferência do veículo

Súmula 132 STJ

A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo

proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veículo alienado.

➔RESPONSABILIDADE CIVIL NO CASO DE VENDA DE VEÍCULO CUJO REGISTRO NÃO FOI

REALIZADO - mesmo não tendo havido a regularização do registro a responsabilidade não é e

não pode ser do antigo proprietário . No momento em que há transferência do veículo o

alienante deixa de ser guardião da coisa e a transferência da propriedade implicará

transferência de responsabilidade. A notícia ao DETRAN tem efeitos administrativos e

tributários , a transferência da posse e propriedade ocorrerá com a tradição .

STJ 4aT 472 Responsabilidade -

Programa de TV -

não há, no ordenamento jurídico pátrio, norma que proíba a revelação de truques de magia,

para, aí sim, poder-se falar em ilicitude. Como não há norma jurídica que impeça a revelação dos

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revelação de truques de

mágica

“segredos do ilusionismo”, não há razão para impor qualquer responsabilidade civil pela

conduta das emissoras de televisão.

STJ 3aT 460 /

481

Responsabilidade -

Provedor de Internet

Mesmo que o serviço seja gratuito, haverá caracterização de relação de consumo sujeita ao CDC,

entre o provedor de internet e seu usuário (ganho indireto alcançado pelo fornecedor). Contudo,

consignou que o recorrido, por atuar, in casu, como provedor de conteúdo – já que apenas

disponibiliza as informações inseridas por terceiros no site –, não responde de forma objetiva pelo

conteúdo ilegal desses dados. Asseverou que o provedor deve assegurar o sigilo, a segurança e a

inviolabilidade dos dados cadastrais de seus usuários, além de garantir o pleno funcionamento das

páginas que hospeda, entretanto não pode ser obrigado a exercer um monitoramento prévio

das informações veiculadas por terceiros, pois não se trata de atividade intrínseca ao serviço

por ele prestado (controle, inclusive, que poderia resultar na perda de eficiência e no retrocesso do

mundo virtual), razão pela qual a ausência dessa fiscalização não pode ser considerada falha

do serviço. Todavia, ressaltou que, a partir do momento em que o provedor toma

conhecimento da existência do conteúdo ilegal, deve promover a sua remoção imediata; do

contrário, será responsabilizado pelos danos daí decorrentes. Nesse contexto, frisou que o provedor

deve possuir meios que permitam a identificação dos seus usuários de forma a coibir o

anonimato, sob pena de responder subjetivamente por culpa in omittendo . / Info 481 STJ 3aT:

A recorrente mantém um meio razoavelmente eficiente de rastreamento dos usuários, medida de

segurança que corresponde à diligência média esperada de um provedor de conteúdo.

STJ 4aT Notícia

s

Responsabilidade -

Provedor de Internet

o provedor que hospeda o site em que o anúncio foi veiculado tem responsabilidade

solidária pelo ilícito cometido, porque participa da cadeia da prestação do serviço. (anúncio

erótico falso publicado na internet com nome e telefone do autor da ação). O provedor de internet

e seus usuários realizam uma relação de consumo. No caso, a vítima do dano moral deve ser

considerada consumidor por equiparação, “tendo em vista se tratar de terceiro atingido pela relação

de consumo”.

a doutrina elencou cinco categorias de provedores: backbone ou espinha dorsal (no Brasil, a

Embratel); de conteúdo (intermediação); de acesso (que conectam à rede); de hospedagem (que

alojam páginas de terceiros); e de correio eletrônico (que fornecem caixa postal). Assim, segundo

o Código de Defesa do Consumidor, há solidariedade de todos aqueles que participam da cadeia de

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prestação do serviço.

Para o ministro, a responsabilidade do provedor em razão do conteúdo veiculado se prende

à possibilidade de controle. Quando a falta de controle é decisão do próprio provedor –

porque assim fomenta o acesso ao site –, é cabível sua responsabilização, decretou o ministro

relator, uma vez que seria possível e viável o controle. “Não o fazendo, assume o provedor os riscos

pelos ilícitos praticados”, disse.

STJ 3aT REsp

118661

6

Responsabilidade -

Internet - Proveder de

conteúdo - Site de

relacionamento

incidem as normas protetivas do CDC àquele que foi prejudicado pela inclusão de conteúdo

ofensivo em site mantido por provedor do serviço (Orkut, Facebook), ainda que seja gratuita

a inscrição e veiculação de mensagens.

STJ 3aT REsp

118661

6

Responsabilidade -

Internet - Proveder de

conteúdo - Site de

relacionamento

Em homenagem à própria liberdade de manifestação do pensamento, não cabe ao provedor do

serviço realizar o crivo do conteúdo postado pelos usuários, de sorte que a simples veiculação

de conteúdo ofensivo à dignidade alheia não é motivo suficiente a que se fale em serviço

defeituoso (CDC, art. 14) que pudesse ensejar a responsabilização do provedor quanto ao dano

moral configurado.

STJ 3aT REsp

118661

6

Responsabilidade -

Internet - Proveder de

conteúdo - Site de

relacionamento

o dano moral decorrente de mensagens com conteúdo ofensivo inseridas no site por

determinado usuário não constitui risco inerente à atividade dos provedores de conteúdo, de

modo que não se lhes aplica a responsabilidade objetiva prevista no art. 927, parágrafo único,

do CC/02. É que, se houvesse tal responsabilização objetiva pelo simples fato de ter sido oferecido

aos usuários espaço para que divulgassem suas opiniões e palavras, estar-se-ia imputando ao

provedor do serviço o dever de checar previamente cada uma da mensagens postadas, o que não

apenas representaria censura como também inviabilizaria o próprio funcionamento desse tipo de site,

amplamente utilizado pela população.

STJ 3aT 495 Resp. civil - ofensas em

redes sociais

a) A relação da GOOGLE com seus usuários é uma relação de consumo, mesmo sendo gratuita.

b) A GOOGLE não responde objetivamente pelos danos morais causados por mensagens

publicadas pelos usuários do ORKUT.

c) Ao ser comunicada de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, deve a

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GOOGLE retirar o material do ar imediatamente, sob

pena de responder solidariamente com o autor direto do dano, em virtude da omissão

praticada.

d) Ao oferecer um serviço por meio do qual se possibilita que os usuários externem livremente sua

opinião, deve o provedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que se possa

identificar cada um desses usuários.

STJ 3aT 500 Resp. civil - ofensas em

redes sociais

Ao ser comunicada pelo ofendido de que determinado texto ou imagem que está em uma rede social

(Orkut®, Facebook®, Twitter® etc.) possui conteúdo ilícito, deve a empresa provedora da rede

retirar a página do ar no prazo máximo de 24 horas, sob pena de responder solidariamente

com o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.

STJ 3aT 500 Provedor de pesquisas na

internet e filtragem dos

resultados (caso Xuxa)

Os serviços prestados pela GOOGLE na internet, como é o caso de seu sistema de buscas, mesmo

sendo gratuitos, configuram relação de consumo.

O fato de o serviço prestado pelo provedor de serviço de Internet ser gratuito não desvirtua a relação

de consumo, pois o termo “mediante remuneração”, contido no art. 3º, § 2º, do CDC, deve ser

interpretado de forma ampla, de modo a incluir o ganho indireto do fornecedor.

O provedor de pesquisa é uma espécie do gênero provedor de conteúdo.

A filtragem do conteúdo das pesquisas feitas por cada usuário não constitui atividade intrínseca ao

serviço prestado pelos provedores de pesquisa, de modo que não se pode reputar defeituoso, nos

termos do art. 14 do CDC, o site que não exerce esse controle sobre os resultados das buscas.

Os provedores de pesquisa não podem ser obrigados a eliminar do seu sistema os resultados

derivados da busca de determinado termo ou expressão, tampouco os resultados que apontem para

uma foto ou texto específico.

Não se pode, sob o pretexto de dificultar a propagação de conteúdo ilícito ou ofensivo na web,

reprimir o direito da coletividade à informação. Sopesados os direitos envolvidos e o risco potencial

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de violação de cada um deles, o fiel da balança deve pender para a garantia da liberdade de

informação assegurada pelo art. 220, § 1º, da CF/88, sobretudo considerando que a Internet

representa, hoje, importante veículo de comunicação social de massa.

STJ 3aT 460 Responsabilidade - Banco

- Cofre - Cláusula

limitativa de uso

em regra as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos causados aos seus

clientes, sendo que a ocorrência de furto ou de roubo não pode caracterizar hipótese de força

maior (obrigação de vigilância e de segurança é intrínseca ao serviço). Também é regra que se

considere abusiva a cláusula contratual que exclui o dever de indenizar em tais casos. Contudo,

ressaltou que o contrato de aluguel de cofre possui características capazes de restringir a

responsabilidade do banco (não toma conhecimento do que é efetivamente guardado pelo cliente e

não tem acesso a esse conteúdo). In casu, a particularidade reside no fato de que o contrato de

aluguel firmado entre as partes expressamente vedava a guarda de joias e dinheiro, hipótese

que não ofende o CDC por ser cláusula limitativa de uso e não excludente de responsabilidade.

STJ 4aT 468 Responsabilidade - Banco

- Cofre - Danos morais

Ressalta o Min. Relator que a jurisprudência deste Superior Tribunal entende ser responsabilidade

do banco a subtração fraudulenta dos conteúdos dos cofres mantidos sob sua guarda. Logo,

como se trata de responsabilidade apoiada no descumprimento do serviço oferecido, ou seja,

no risco profissional, o banco responde pelos danos causados aos clientes.

STJ 3a

T

474 Responsabilidade – Banco

– Cofre - Legitimidade.

Terceiro

Conforme a jurisprudência do STJ, o banco tem responsabilidade objetiva decorrente do risco

empresarial nos casos de assalto a seus cofres, devendo indenizar o valor dos bens reclamados

desde que comprovado o depósito. Contudo, em razão da natureza do contrato de locação de cofres

bancários, não é necessário que o locatário indique quais bens estão depositados, seu

valor ou sua propriedade , tendo total liberdade para guardar, inclusive, bens de terceiros . Dessa

forma, permanece hígido o dever de indenizar do banco mesmo que os bens roubados sejam de

propriedade de terceiros, pois se trata de responsabilidade objetiva diante de todas as vítimas do

fato do serviço, sejam elas consumidores strictu sensu ou a eles equiparados.

STJ 481 Responsabilidade.

Instituições financeiras -

Fraudes e Delitos

praticados por terceiros

as instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou

delitos praticados por terceiros. Não se pode falar em culpa exclusiva de terceiro, apta a

afastar a responsabilidade do banco. Assim o é porque se trata de risco inerente à própria

atividade bancária, pelo qual deve responder quem aufere os lucros dessa mesma atividade.

STJ 4aT 461 Responsabilidade - a inserção de propaganda em programas de televisão, particularmente nas apresentações ao vivo, é

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Propaganda - Televisão -

Apresentador

praxe ditada pelas exigências de um mercado dinâmico e mutante. Assim, a responsabilidade pelo

produto ou serviço anunciado é daquele que o confecciona ou presta e não se estende à

televisão, jornal ou rádio que o divulga. A participação do apresentador, ainda que diga da

qualidade do que é objeto da propaganda, não lhe empresta corresponsabilidade ou o torna

garantidor do cumprimento das obrigações pelo anunciante. Destarte, a denominada

publicidade de palco não implica a corresponsabilidade da empresa de televisão pelo

anúncio divulgado. E o apresentador atua como garoto-propaganda, e não na qualidade de

avalista formal, por si ou pela empresa, do êxito do produto ou serviço para o telespectador que vier,

no futuro, a adquiri-los.

STJ 4aT 479 Responsabilidade -

Hospital - Objetiva -

Defeito no serviço

responsabilidade objetiva da sociedade empresária do ramo da saúde, observando-se, ainda,

que essa responsabilidade não equivale à imputação de uma obrigação de resultado; apenas lhe

impõe o dever de indenizar quando o evento danoso proceder de defeito do serviço, sendo

cediça a imprescindibilidade do nexo causal entre a conduta e o resultado. Ademais, nos

termos do § 1º e § 4° do art. 14 do CDC, cabe ao hospital fornecedor demonstrar a segurança e a

qualidade da prestação de seus serviços, devendo indenizar o paciente consumidor que for lesado

em decorrência de falha naquela atividade.

CJF Enunci

ado

460

Responsabilidade -

Profissional da área da

saúde - defeito no

equipamento

Enunciado 460 CJF - V Jornada

Art. 951. A responsabilidade subjetiva do profissional da área da saúde, nos termos do art. 951 do

Código Civil e do art. 14, § 4o, do Co digo de Defesa do Consumidor, na o afasta a sua

responsabilidade objetiva pelo fato da coisa da qual tem a guarda, em caso de uso de aparelhos ou

instrumentos que, por eventual disfunc a o, venham a causar danos a pacientes, sem prejui zo do

direito regressivo do profissional em relac a o ao fornecedor do aparelho e sem prejui zo da ac a o direta

do paciente, na condic ão de consumidor, contra tal fornecedor.

STJ 4aT 438 Responsabilidade -

Hospital - Objetiva -

Médico integrante do

corpo clínico

A responsabilidade do hospital é objetiva quanto à atividade de seu profissional

plantonista (art. 14 do CDC), não sendo necessário demonstrar a culpa do hospital relativamente a

atos lesivos decorrentes de culpa de médico integrante de seu corpo clínico no atendimento.

STJ 4aT 467 Responsabilidade -

Hospital - Subjetiva -

A Turma afastou a responsabilidade civil objetiva do hospital recorrente por erro médico ao

entendimento de que o dano à autora recorrida decorreu exclusivamente da alegada imperícia dos

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Médico não integrante do

corpo clínico

profissionais que realizaram sua cirurgia (também recorrentes), não tendo ocorrido falha na

prestação dos serviços de atribuição da clínica. Ressaltou-se que o fato de as entidades

hospitalares manterem cadastro dos médicos que utilizam suas dependências para

realizar procedimentos cirúrgicos não lhes confere o poder de fiscalizar os serviços por

eles prestados, porquanto não se admite ingerência técnica no trabalho dos cirurgiões.

STJ 2aS 365 Responsabilidade -

Hospital - Subjetiva -

Médico não integrante do

corpo clínico

Médico cirurgião não tinha nenhum tipo de vínculo com o hospital, apenas se serviu de suas

instalações para as cirurgias. Inexistência de responsabilidade civil do Hospital (entendimento

não unânime).

STJ 4aT 421 Responsabilidade -

Hospital - Subjetiva -

Médico não integrante do

corpo clínico

em consonância com a jurisprudência de que, para responsabilizar o hospital, tem de ser provada

especificamente sua responsabilidade como estabelecimento empresarial em relação a algum ato

vinculado, ou seja, decorrente de falha de serviço prestado. Quando a falha técnica é restrita ao

profissional médico, mormente sem vínculo com o hospital, não cabe atribuir ao nosocômio a

obrigação de indenizar.

STJ Notícia

s -

31.05.1

1

Responsabilidade civil.

Erro médico. Clínicas e

hospitais.

Atualmente, a maior parte das decisões aponta que apenas os profissionais são os culpados, e não as

clínicas e hospitais. Com esse novo entendimento, as instituições estariam isentas da

responsabilidade.

TRF2 Emagis Erro médico (indenizável)

- Dano iatrogênico (não

indenizável) - Distinção

Quanto à distinção entre erro médico e iatrogenia, explica a doutrina: “O erro médico em qualquer

uma das suas modalidades, uma vez demonstrada e provada a culpa, impõe o dever de reparar o

dano pelo esculápio que agiu em inobservância de técnicas, cuidados e faltando com seus deveres

estatuídos pelo ordenamento jurídico vigente e pelo seu órgão de classe, ao passo que a iatrogenia

nas suas diversas variações, caracteriza-se por uma lesão decorrente de um atuar médico correto e

necessário, logo afasta a reparação de eventual dano causado em virtude de intervenção médica

cirúrgica e procedimental ou tratamento realizado por meio de remédios”. Em suma, tem-se a

intragenia esta quando o resultado danoso advém como consequência natural, esperada,

do desdobramento causal da enfermidade que acometeu o paciente ou do acidente de que

este foi vítima, independentemente de ter havido intervenção médica para tentar evitar

ou minorar esses efeitos negativos. A atuação dos profissionais de saúde, na hipótese, não teria

o condão de interromper ou desviar o nexo causal ou etiológico entre a doença/acidente e os

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resultados danosos advindos. Estar-se-ia diante, então, do denominado “dano iatrogênico”, que

não é indenizável. Nesse mesmo sentido, já se manifestou o TRF da 2ª Região, nos seguintes

termos: “Ainda, em sede de premissas, há que se colocar em pauta, que a obrigação do médico é de

meio, pelo que em seu atuar – dada a imperfeição da medicina – há a lesão previsível, a iatrogenia,

ou dano iatrogênico, que corresponde ao dano necessário e esperado daquele atuar, afastando a

responsabilidade civil respectiva, ipso jure o designado erro médico.” (AC 517172)

STJ 4aT 439 Responsabilidade - Plano

de Saúde - Indicação do

médico

Há solidariedade da seguradora (plano de saúde) para responder pelo dever de indenizar

juntamente com o médico conveniado pelos danos por ele causados no caso em que há indicação

pela operadora (no caso, o plano indicava um único profissional na área).

STJ 2aS 483 Responsabilidade -

médico - não ocorrência

de resp. solidária

diante do desenvolvimento das especialidades médicas, não se pode atribuir ao cirurgião chefe

a responsabilidade por tudo que ocorre na sala de cirurgia, especialmente quando

comprovado, como no caso, que as complicações deram-se por erro exclusivo do

anestesista, em relação às quais não competia ao cirurgião intervir. Assim, afastou a

responsabilidade solidária do cirurgião chefe, porquanto não se lhe pode atribuir tal

responsabilidade pela escolha de anestesista de renome e qualificado.

STJ Súm

403

Responsabilidade Civil -

Publicação não

autorizada de imagem

SÚMULA 403 STJ

Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem

de pessoa com fins econômicos ou comerciais

➔o direito à indenização , independente de prova do prejuízo , pela publicação sem

autorização da imagem de uma pessoa com fins econômicos ou comerciais .

STJ Súm

221

Responsabilidade Civil -

Imprensa

Súmula 221 STJ

São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela

imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação.

STJ 4aT 439 Responsabilidade Civil -

Imprensa

Se de um lado não se permite a leviandade por parte da imprensa, publicando matérias

inverídicas que possam ofender a honra das pessoas, de outro lado também não se exigem, na

atividade jornalística, verdades absolutas provadas previamente em investigação

administrativa, policial ou judicial. Se houvesse tal exigência, iria colidir com a celeridade exigida

nos meios de comunicação para noticiar os fatos. Idéia Central: há uma margem tolerável de

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inexatidão por legítimo juízo de aparência dos fatos e interesse público.

STJ Súm

281

Responsabilidade Civil -

Imprensa - Dano moral

Súmula 281 STJ

A indenização por dano moral não está sujeita à tarifação prevista na Lei de Imprensa.

Obs: segundo o STF, a íntegra da Lei de Imprensa – Lei n. 5.250/1967 – não foi recepcionada pela

CF/88. ADPF 130, Rel. Min. Carlos Britto, Tribunal Pleno, julgado em 30/04/2009.

STJ 4aT 433 Responsabilidade Civil Para chegar à configuração do dever de indenizar, não basta que o ofendido demonstre sua dor, visto

que somente ocorrerá a responsabilidade civil se reunidos todos os seus elementos essenciais, tais

como dano, ilicitude e nexo causal. No caso de morte do filho do autor em cinema de shopping

center em decorrência de disparos de arma de fogo que matou diversas pessoas, não há como

deferir a pretensão indenizatória, pois não foi comprovado, ao curso da instrução, o nexo de

causalidade entre os tiros desferidos e a responsabilidade do shopping onde se situava o

cinema.

STJ Jurisp Responsabilidade Civil -

Estado de Necessidade

(Responsabilidade Civil por Ato Lícito) Embora a lei declare que o ato praticado em estado de

necessidade seja lícito, não libera quem o pratica de reparar o prejuízo que causou,

podendo ajuizar ação regressiva posteriormente para se ressarcir das despesas efetuadas.

STJ 4aT 433 Responsabilidade Civil É obrigação do empregador indenizar os familiares da vítima independentemente de eventual

cobertura do sinistro por seguro ou pela previdência social, visto que tal indenização fundava-se no

direito comum, dissociado de regras do direito previdenciário ou securitário (Súm. n. 229 do STF: A

indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou culpa grave do

empregador)

CJF Enunci

ado

450

Responsabilidade Civil -

Filhos Menores

Enunciado 450 CJF - V Jornada

Art. 932, I. Considerando que a responsabilidade dos pais pelos atos danosos praticados pelos

filhos menores é objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, no exercício do

poder familiar, são, em regra, solidariamente responsáveis por tais atos, ainda que

estejam separados, ressalvado o direito de regresso em caso de culpa exclusiva de um dos

genitores.

STJ 3aT 416 Responsabilidade Civil -

Filhos menores

Ambos os genitores, inclusive aquele que não detém a guarda, são responsáveis pelos

atos ilícitos praticados pelos filhos menores, salvo se comprovarem que não concorreram com

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culpa para a ocorrência do dano (entendimento contrário ao art. 932 I CC)

CJF Enunci

ado

451

Responsabilidade Civil -

Atos de Terceiros

Enunciado 451 - V Jornada CJF

Arts. 932 e 933: A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou

independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.

CJF Enunci

ado

452

Responsabilidade Civil -

Ato de Animal

Enunciado 452 - V Jornada CJF

Art. 936: A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva, admitindo-se a

excludente do fato exclusivo de terceiro.

STJ 3aT 417 Responsabilidade Civil -

Condomínio

Salvo previsto em convenção, o condomínio não responde pelos danos morais advindos de

lesões corporais perpetradas entre condôminos nas áreas comuns.

STJ 4aT 430 Responsabilidade Civil -

Danos provocados pelo

advogado

O mandato ao advogado transfere poderes para representar o banco em juízo e defendê-lo,

mas não lhe outorga poderes para agir de má-fé, abusar ou ofender a honra e a dignidade

de quem quer que seja. Assim, o advogado responde pelos danos que causar no exercício

profissional, devendo a ação de indenização contra o mandante ser julgada improcedente, ainda

que empregador do mandatário (caso em que um banco era mandatário)

STJ Súm

145

Responsabilidade Civil -

Pensão - Termo inicial -

14 anos

A jurisprudência do STJ já determinou a idade de 14 anos como o termo a partir do qual as

famílias pobres são indenizadas em razão do dano material, pela morte de filho menor de

idade. Trata-se de presunção relativa e deve-se analisar o caso concreto (se o filho efetivamente

trabalhava), e está baseada na premissa constitucional de que o trabalho é permitido ao maior de 14

anos na condição de menor aprendiz.

STJ 3aT 423 Responsabilidade Civil -

Transporte

Súmula 145 STJ

No caso de transporte desinteressado, de simples cortesia, só haverá possibilidade de

condenação do transportador mediante a prova de dolo ou culpa grave

STJ 4aT 425 Responsabilidade Civil -

Transporte - Arremesso

de pedra por terceiro

A empresa de transporte coletivo não é obrigada a indenizar a vítima de ferimentos graves

provocados pelo arremesso de pedra por terceiro, o que ocasionou seu afastamento das

atividades escolares e laborais. A empresa não contribuiu para o sinistro, portanto não há ato ilícito a

ser por ela indenizado.

STJ 3aT 430 Responsabilidade Civil -

Transporte - Trem

Existe culpa concorrente entre a concessionária e a vítima no caso de atropelamento por

trem, pois a concessionária de transporte ferroviário tem o dever de cercar e fiscalizar os limites

da linha férrea, principalmente em locais de grande concentração populacional.

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STJ 4aT 438 Responsabilidade Civil -

Transporte

A instituição financeira tem responsabilidade, mesmo em caso de roubo, pelos bens sob sua guarda,

visto que a segurança de valores é serviço essencial à atividade econômica desenvolvida. Assim, se a

instituição financeira não pode eximir-se da responsabilidade ao argumento de existência de força

maior, com igual propriedade a empresa encarregada pelo transporte, contratada pela instituição

financeira, devido à natureza e valor dos bens também não poderá esquivar-se.

STJ 1aS 470 Responsabilidade civil -

arrendamento mercantil

em se tratando de arrendamento mercantil (videRes. n. 149/2003 do Contran), as despesas

relativas à remoção, guarda e conservação do veículo arrendado, independentemente da

natureza da infração cometida, não são da sociedade empresária arrendante, mas sim do

arrendatário, pois ele se equipara ao proprietário durante a vigência do contrato. Dessarte,

mesmo diante da posterior retomada da posse do bem (ação de busca e apreensão), as referidas

despesas havidas durante a vigência do contrato são de responsabilidade do arrendatário.

STJ Responsabilidade civil -

Danos Materiais - lucros

cessantes

apesar de a jurisprudência propalar que o lucro cessante deve ser analisado de forma objetiva, a

não admitir mera presunção, nos casos de profissionais autônomos, esses lucros são fixados por

arbitramento na liquidação de sentença e devem ter como base os valores que a vítima, em média,

costumava receber.

STJ 3aT 467 Responsabilidade - HIV -

Informação involuntária

sob o prisma individual, o direito de o individuo não saber que é portador de HIV (caso se

entenda que este seja um direito seu, decorrente da sua intimidade) sucumbe, é suplantado por um

direito maior, qual seja, o direito à vida longeva e saudável. Esse direito somente se revelou

possível ao autor da ação com a informação, involuntária e verdadeira, sobre o seu real estado

de saúde. Logo, mesmo que o indivíduo não queira ter conhecimento da enfermidade que o

acomete, a informação correta e sigilosa sobre o seu estado de saúde dada pelo hospital ou

laboratório, ainda que de forma involuntária, tal como no caso, não tem o condão de afrontar

sua intimidade, na medida em que lhe proporciona a proteção de um direito maior. Assim, a Turma,

por maioria, negou provimento ao recurso.

STJ 3aT 465 Responsabilidade -

Subjetiva -

Administradora -

Shopping popular -

Produtos falsificados -

A Turma entendeu que, no caso, a administradora (recorrente) de shopping popular é

responsável pelos atos ilícitos praticados pelos lojistas locatários dos espaços localizados no

aludido centro comercial – comercialização de produtos falsificados das marcas recorridas.

Evidenciou-se não se tratar de atividade normal de shopping center: a recorrente não atuava como

mera administradora, mas permitia e incentivava a prática ilícita, fornecendo condições para o

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Culpa in omittendo e in

vigilando

prosseguimento e desenvolvimento da contrafação; daí, portanto, decorreria sua culpa in

omittendo e in vigilando.

STJ 1aT 459 Responsabilidade -

Objetiva - Tomador de

serviço - Ato do Prestador

o tomador de serviço somente será objetivamente responsável pela reparação civil dos

ilícitos praticados pelo prestador nas hipóteses em que estabelecer com ele uma relação de

subordinação da qual derive um vínculo de preposição.

STF Súm

341

Responsabilidade -

empregador - empregado

SÚMULA 341STF

É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.

⇒ no Novo código civil essa hipótese se caracteriza como responsabilidade objetiva.

Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:

III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho

que lhes competir, ou em razão dele;

STF Súm

492

Responsabilidade -

Locadora de veículo

SÚMULA 492 STF

A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos

danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado.

CJF Enunci

ado

448

Responsabilidade

Objetiva - Art. 927, CC

Enunciado 448 CJF - Art. 927.

A regra do art. 927, parágrafo único, segunda parte, do CC aplica-se sempre que a atividade

normalmente desenvolvida, mesmo sem defeito e não essencialmente perigosa, induza, por

sua natureza, risco especial e diferenciado aos direitos de outrem. São critérios de avaliac a o

desse risco, entre outros, a estatística, a prova técnica e as máximas de experie ncia .

CJF Enunci

ado

446

Responsabilidade

Objetiva - Art. 927, CC

Enunciado 446 CJF - Art. 927.

A responsabilidade civil prevista na segunda parte do parágrafo único do art. 927 do Código Civil

deve levar em considerac a o não apenas a protec a o da vi tima e a atividade do ofensor, mas

também a prevenc a o e o interesse da sociedade .

CJF Enunci

ado

447

Responsabilidade -

Agremiação esportiva

Enunciado 447 CJF - Art. 927.

As agremiac o es esportivas são objetivamente responsáveis por danos causados a terceiros

pelas torcidas organizadas, agindo nessa qualidade, quando, de qualquer modo, as financiem ou

custeiem, direta ou indiretamente, total ou parcialmente.

CJF Enunci Responsabilidade - Enunciado 453 - V Jornada CJF

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ado

453

Indenização - Via

regressiva

Art. 942: Na via regressiva, a indenização atribuída a cada agente será fixada proporcionalmente à

sua contribuição para o evento danoso.

STJ 4aT 467 Responsabilidade -

Trabalho artístico -

Ausência de autorização

quando a utilização do trabalho artístico possui intuito comercial (direta ou indiretamente) e

não há autorização do artista para tanto, deve ser observado o disposto nos arts. 77 e 78 da LDA,

ficando caracterizada a ofensa ao seu direito autoral. Ressaltou, com base na doutrina, que o fato

de a obra estar localizada em logradouro público não altera a titularidade dos direitos patrimoniais do

autor sobre ela, diferentemente da obra disposta em domínio público, em que essa titularidade

inexiste ou cessou e, por isso mesmo, sua utilização é livre.

CJF Enunci

ado

443

Responsabilidade -

Exclusão - Caso fortuito e

força maior

Enunciado 443 CJF -

Arts. 393 e 927. O caso fortuito e a forc a maior somente sera o considerados como excludentes da

responsabilidade civil quando o fato gerador do dano na o for conexo a atividade desenvolvida.

STJ 2aS Rec

Rep

Responsabilidade -

Instituições financeiras -

Fortuito interno

As instituições bancárias respondem objetivamente pelos danos causados por fraudes ou delitos

praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-corrente ou recebimento de

empréstimos mediante fraude ou utilização de documentos falsos -, porquanto tal responsabilidade

decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como fortuito interno. (REsp 1197929)

STJ 4aT 465 Responsabilidade - Dano

- Prova

os danos devem ser provados, salvo se decorrentes de consequência lógica dos atos

praticados, ou que impliquem prova negativa impossível de ser apresentada em juízo. No caso em

questão, a falta de pagamento para a utilização da obra protegida é decorrência lógica da

comprovação do ato ilícito.

CJF Enunci

ado

449

Indenização - Dano -

Redução

Enunciado 449 - V Jornada CJF

Art. 928, parágrafo único: A indenização equitativa a que se refere o art. 928, parágrafo único, do

Código Civil não é necessariamente reduzida sem prejuízo do Enunciado n. 39 da I Jornada de Direito

Civil.

STJ Súm 37 Responsabilidade - Dano

- Material + Moral -

Cumulação

SÚMULA 37 STJ

São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.

STF Súm

491

Responsabilidade - Dano

- Filho menor que não

exerça trabalho

SÚMULA 491 STF

É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor, ainda que não exerça trabalho

remunerado.

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STF Súm

490

Responsabilidade -

Indenização - Pensão

SÚMULA 490 STF

A pensão correspondente à indenização oriunda de responsabilidade civil deve ser

calculada com base no salário mínimo vigente ao tempo da sentença e ajustar-se-á às

variações ulteriores.

STJ 4aT 401 Responsabilidade -

Indenização - Pensão -

Incapacidade

se o recorrente ficou incapacitado para exercer a função de mergulhador (que era seu trabalho ao

tempo do acidente) faz jus ao pensionamento de 100%, independentemente do exercício

ou não de outro trabalho que lhe provenha rendimento igual ou mesmo superior.

STJ 4aT 478 Responsabilidade -

Indenização - Pensão -

Incapacidade

Contudo, conforme a jurisprudência do STJ, não exclui o pensionamento o só fato de se presumir

que a vítima de ato ilícito portadora de limitações está capacitada para exercer algum

trabalho, pois a experiência mostra que o deficiente mercado de trabalho brasileiro é restrito

mesmo quando se trata de pessoa sem qualquer limitação física.

STJ 4aT 478 Responsabilidade -

Indenização - Pensão -

Menor sem trabalho -

Termo inicial - Valor

segundo o entendimento do STJ, com a redução da capacidade laborativa, mesmo que a vítima, no

momento da redução, não exerça atividade remunerada por ser menor, tal como no caso, a

pensão vitalícia é devida a partir da data em que ela completar 14 anos no valor mensal de um

salário mínimo.

STJ Súm

313

Responsabilidade -

Indenização - Pensão -

Constituição de capital

Súmula: 313 STJ

Em ação de indenização, procedente o pedido, é necessária a constituição de capital ou

caução fidejussória para a garantia de pagamento da pensão, independentemente da

situação financeira do demandado.

STJ 4aT 473 Responsabilidade -

Indenização - Pensão -

Constituição de capital

nas ações indenizatórias que incluem prestação de alimentos, é facultado ao juiz substituir a

determinação de constituição de capital pela inclusão dos beneficiários na folha de

pagamentos da sociedade empresária que apresente notória capacidade econômica.

Responsabilidade -

Indenização - Teoria da

Perda de uma chance

A teoria da perda de uma chance (perte d'une chance) visa à responsabilizac a o do agente

causador não de um dano emergente, tampouco de lucros cessantes, mas de algo

intermediário entre um e outro, precisamente a perda da possibilidade de se buscar

posic a o mais vantajosa que muito provavelmente se alcanc aria , não fosse o ato ilícito

praticado. Nesse passo, a perda de uma chance - desde que essa seja razoável, séria e real, e não

somente fluida ou hipotética - é considerada uma lesão às justas expectativas frustradas do

indivíduo, que, ao perseguir uma posic a o juri dica mais vantajosa, teve o curso normal dos

Page 15: 14 Planilha - Responsabilidade Civil - Imprimir

acontecimentos interrompido por ato ili cito de terceiro.

A chamada "teoria da perda da chance", de inspiração francesa e citada em matéria de

responsabilidade civil, aplica-se aos casos em que o dano seja real, atual e certo, dentro de um

juízo de probabilidade, e não de mera possibilidade, porquanto o dano potencial ou incerto, no

âmbito da responsabilidade civil, em regra, não é indenizável.

CJF Enunci

ado

444

Responsabilidade -

Indenização - Teoria da

Perda de uma chance

Enunciado 444 CJF - V Jornada

Art. 927. A responsabilidade civil pela perda de chance não se limita à categoria de danos

extrapatrimoniais, pois, conforme as circunsta ncias do caso concreto, a chance perdida pode

apresentar também a natureza jurídica de dano patrimonial. A chance deve ser séria e real, não

ficando adstrita a percentuais apriorísticos.

STJ Responsabilidade -

Indenização - Teoria da

Perda de uma chance -

perda de prazo

processual pelo

advogado

RESPONSABILIDADE CIVIL. ADVOCACIA. PERDA DO PRAZO PARA CONTESTAR. INDENIZAC A O POR

DANOS MATERIAIS FORMULADA PELO CLIENTE EM FACE DO PATRONO. PREJUI ZO MATERIAL

PLENAMENTE INDIVIDUALIZADO NA INICIAL. APLICAC A O DA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE.

CONDENAC A O EM DANOS MORAIS. JULGAMENTO EXTRA PETITA RECONHECIDO.

2. Em caso de responsabilidade de profissionais da advocacia por condutas apontadas

como negligentes, e diante do aspecto relativo à incerteza da vantagem não experimentada, as

demandas que invocam a teoria da "perda de uma chance" devem ser solucionadas a partir de uma

detida análise acerca das reais possibilidades de e xito do process o, eventualmente perdidas

em razão da desídia do causídico. Vale dizer, não é o só fato de o advogado ter perdido o prazo

para a contestac a o, como no caso em aprec o, ou para a interposic a o de recursos, que

enseja sua automa tica responsabilizac a o civil com base na teoria da perda de uma

chance. É absolutamente necessária a ponderac a o acerca da probabilidade - que se supo e

real - que a parte teria de se sagrar vitoriosa. (REsp 1190180/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE

SALOMAO, QUARTA TURMA, julgado em 16/11/2010, DJe 22/11/2010)

PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE DE ADVOGADO PELA PERDA DO PRAZO DE

APELAC A O. TEORIA DA PERDA DA CHANCE. APLICAC A O. RECURSO ESPECIAL. ADMISSIBILIDADE.

DEFICIE NCIA NA FUNDAMENTAC A O. NECESSIDADE DE REVISA O DO CONTEXTO FA TICO-PROBATO RIO.

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SUMULA 7, STJ. APLICAC A O.

- A responsabilidade do advogado na conduc a o da defesa processual de seu cliente e de ordem

contratual. Embora na o responda pelo resultado, o advogado e obrigado a aplicar toda a sua

dilige ncia habitual no exerci cio do mandato.

- Ao perder, de forma negligente, o prazo para a interposic a o de apelac a o, recurso cabi vel

na hipo tese e desejado pelo mandante, o advogado frusta as chances de e xito de seu

cliente. Responde, portanto, pela perda da probabilidade de sucesso no recurso, desde que

tal chance seja séria e real. Não se trata, portanto, de reparar a perda de “uma simples esperanc a

subjetiva”, nem tampouco de conferir ao lesado a integralidade do que esperava ter caso obtivesse

exito ao usufruir plenamente de sua chance. (REsp 1079185/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,

TERCEIRA TURMA, julgado em 11/11/2008, DJe 04/08/2009)

STJ -

3aT

414 Responsabilidade -

Indenização - Morte -

Ascendente -

Pensionamento - > 25

anos somente mediante

prova da dependência

econômica

A jurisprudência deste Superior Tribunal é farta em exemplos de julgados que fixaram a data limite

ao recebimento de pensão concedida a filhos por morte de ascendente no momento em que

aqueles completam 25 anos de idade. A concessão do pensionamento em caso de morte de

progenitores, mãe ou pai, só poderá ser deferido aos filhos maiores de 25 anos nos casos em

que estiver idoneamente demonstrada a dependência econômica do requerente em relação à

vítima, em especial, nos casos em que os filhos são portadores de deficiência física ou mental

incapacitante, circunstâncias fáticas que não foram reconhecidas pelo acórdão recorrido.

Questã

o

CESPE

Responsabilidade - Nexo

de Causalidade - Teoria

da causalidade adequada

Considere que Rodolfo, ator, tenha sido atropelado por Adriano e, por isso, não tenha conseguido

chegar a tempo para uma apresentação que seria realizada em determinado teatro. Nessa situação

hipotética, de acordo com a teoria da causalidade adequada, Adriano não deve ser obrigado a

indenizar o dono do teatro pelos prejuízos decorrentes da ausência de Rodolfo na apresentação,

ainda que seja possível entender que se trata de dano material reflexo (alternativa correta). Tal

teoria busca o antecedente imprescindível à existência do dano que guarde, com ele,

concomitantemente, a mais estreita relação. Ou seja, o antecedente (fato) adequado a causar o

resultado em questão.

CJF Enunci

ado

457

Responsabilidade -

Indenização - Redução

Enunciado 457 - V Jornada CJF

Art. 944: A redução equitativa da indenização tem caráter excepcional e somente será realizada

quando a amplitude do dano extrapolar os efeitos razoavelmente imputáveis à conduta do agente.

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CJF Enunci

ado

459

Responsabilidade -

Indenização - Culpa da

vítima

Enunciado 459 - V Jornada CJF

Art. 945: A conduta da vítima pode ser fator atenuante do nexo de causalidade na responsabilidade

civil objetiva.

CJF Enunci

ado

458

Responsabilidade

Indenização - Culpa do

ofensor - Dano moral

Enunciado 458 - V Jornada CJF

Art. 944: O grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional, deve ser levado em

conta pelo juiz para a quantificação do dano moral.

STJ 3aT 477 Responsabilidade -

Indenização - Honorários

contratuais x

sucumbenciais

o CC/2002, nos arts. 389, 395 e 404, determina, de forma expressa, que os honorários

advocatícios integram os valores devidos a título de reparação por perdas e danos – explica

que os honorários mencionados pelos referidos artigos são os honorários contratuais, pois

os sucumbenciais, por constituir crédito autônomo do advogado, não importam decréscimo

patrimonial do vencedor da demanda. Assim, a seu ver, como os honorários convencionais

são retirados do patrimônio da parte lesada – para que haja reparação integral do dano sofrido

–, aquele que deu causa ao processo deve restituir os valores despendidos com os honorários

contratuais.

STJ Súm

186

Responsabilidade - Ato

ilícito - Juros compostos

Súmula 186 STJ

Nas indenizações por ato ilícito, os juros compostos somente são devidos por aquele que

praticou o crime.

STF Súm

562

Responsabilidade -

Indenização - Correção

Monetária

SÚMULA Nº 562 STF

NA INDENIZAÇÃO DE DANOS MATERIAIS DECORRENTES DE ATO ILÍCITO CABE A

ATUALIZAÇÃO DE SEU VALOR, UTILIZANDO-SE, PARA ESSE FIM, DENTRE OUTROS

CRITÉRIOS, DOS ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA.

STJ Questã

o

Responsabilidade

solidária - transação

O art. 844, § 3º, do Código Civil estabelece que a transação não aproveita nem prejudica senão

aos que nela intervierem. Contudo, se realizada entre um dos devedores solidários e seu credor,

extingue-se a dívida em relação aos co-devedores. 2. A quitação parcial da dívida dada pelo

credor a um dos devedores solidários por meio de transação, tal como ocorre na remissão

não aproveita aos outros devedores, senão até a concorrência da quantia paga. 3. Se, na

transação, libera-se o devedor que dela participou com relação à quota-parte pela qual era

responsável, ficam os devedores remanescentes responsáveis somente pelo saldo que, pro rata, lhes

cabe.(AgRg no REsp 1002491/RN)

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Questã

o TRF1

C) Será responsável por reparar dano causado a veículo de terceiro, caso não seja encontrado o

motorista causador do dano, a pessoa em cujo nome o veículo envolvido no acidente estiver

registrado no órgão competente.

(E) – GABARITO PRELIMINAR

SÚMULA 132 STJ A ausência de registro da transferência não implica a responsabilidade do antigo

proprietário por dano resultante de acidente que envolva o veiculo alienado.

STJ 3aT 492 falso positivo em exame

de HIV

O laboratório que fornece laudo positivo de HIV, REPETIDO E CONFIRMADO, ainda que com a

ressalva de que poderia ser necessário exame complementar, é responsável pelo defeito

no fornecimento do serviço, uma vez que causou sofrimento a que a paciente não estava

obrigada.

O precedente deve ser visto com cuidado! Em outro caso, a mesma 3a T entendeu inexistir dano

moral (caso em que feito o exame por um método, dado positivo, o laboratório pede para o paciente

se submeter a outro exame que, feito, dá negativo)

STJ 4aT 492 Responsabilidade do

incorporador imobiliário

O incorporador e o construtor são solidariamente responsáveis por eventuais vícios e

defeitos de construção surgidos no empreendimento imobiliário, sendo que o incorporador

responde mesmo que não tenha assumido diretamente a execução da obra.

STJ 3aT 495 Resp. civil - ofensas em

redes sociais

a) A relação da GOOGLE com seus usuários é uma relação de consumo, mesmo sendo gratuita.

b) A GOOGLE não responde objetivamente pelos danos morais causados por mensagens

publicadas pelos usuários do ORKUT.

c) Ao ser comunicada de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, deve a

GOOGLE retirar o material do ar imediatamente, sob pena de responder solidariamente com

o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.

d) Ao oferecer um serviço por meio do qual se possibilita que os usuários externem livremente sua

opinião, deve o provedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que se possa

identificar cada um desses usuários.

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STJ 4aT 495 Resp. civil - ilegitimidade

do noivo

O noivo não possui legitimidade para pedir indenização por danos morais em razão do

falecimento de sua noiva.

Se fosse conferida a possibilidade de indenização a sujeitos não inseridos no núcleo familiar,

isso acarretaria a diluição indevida dos valores em prejuízo dos que efetivamente fazem jus

à reparação. Em outras palavras, como seriam várias pessoas pedindo indenização (ex: tios,

sobrinhos, primos etc.) a indenização que seria paga aos pais, irmãos, cônjuge do morto seria menor,

considerando que o valor pago pelo causador do dano não poderá ser excessivamente alto, sob pena

de ser desproporcional, o que não é admitido pelo CC (art. 944, parágrafo único).

STJ 1aT REsp

118488

0/RR

Resp. civil - irmãos É pacífica a jurisprudência no STJ de que irmãos são partes legítimas ad causam para pleitear

indenização por danos morais em razão do falecimento de outro irmão.

STJ 4aT 498 Resp. Civil -

independência entre

instâncias civil e penal.

Caso de extinção da

punibilidade por

prescrição retroativa

A extinção da punibilidade, em função da prescrição retroativa, não vincula o juízo cível na

apreciação de pedido de indenização decorrente do ato delituoso.

Quando ocorre a extinção da punibilidade pela prescrição retroativa, não há

reconhecimento definitivo da autoria e materialidade delitiva, pois a sentença penal

condenatória é rescindida, extinguindo-se todos os seus efeitos, inclusive o efeito civil previsto no art.

91, I, do CP, de tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime. Logo, o juízo cível

não estará vinculado ao que foi decidido no processo penal, podendo apreciar livremente as provas.

Emagis a jurisprudência pacífica do STJ entende que a embriaguez do condutor do veículo não é

suficiente a afastar o seu direito a receber a indenização prevista no contrato de seguro.

Somente se comprovado que essa embriaguez foi a causa determinante do sinistro é que se poderá

cogitar no afastamento dessa responsabilidade da seguradora.

Emagis Despesas com funeral encontra-se superada a antiga jurisprudência do STJ no sentido de que seria imprescindível a

comprovação das despesas com o funeral/sepultamento da vítima do ato ilícito para que tais valores

pudessem ser indenizados. Como as despesas com o funeral/sepultamento da vítima são certas, é

possível impôr a indenização ao causador do dano, fixando-se no valor mínimo previsto na legislação

previdenciária quando não comprovado o exato quantum despendido pelos familiares do falecido -

REsp 1128637

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DANO MORAL

 

STJ Súm

387

Dano Moral - Dano

Estético - Cumulação

SÚMULA 387 STJ

É possível a acumulação das indenizações de dano estético e moral

STJ Súm

370

Dano Moral -

Apresentação antecipada

de cheque

SÚMULA 370 STJ

Caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque predatado.

STJ Súm

388

Dano Moral - Devolução

indevida de cheque

SÚMULA 388 STJ

A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.

STJ Súm

326

Dano Moral - Ação -

Sucumbência

Súmula 326 STJ

Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado

na inicial não implica sucumbência recíproca.

➔haverá aplicação quando não houver violação da proporcionalidade e razoabilidade. Será

reconhecida a existência de sucumbência quando houver condenação em valor

desproporcionalmente inferior ao postulado.

STJ Súm

227

Dano Moral - PJ Súmula 227 STJ

A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

CJF Enunci

ado

445

Dano Moral -

caracterização

Enunciado 445 CJF - Art. 927.

O dano moral indenizável não pressupõe necessariamente a verificac a o de sentimentos

humanos desagradáveis como dor ou sofrimento.

STJ Dano moral coletivo O dano moral coletivo em relac a o de consumo foi expressamente previsto pelo art. 6o, VI e VII,

do CDC:

“Art. 6o Sa o direitos ba sicos do consumidor: VI - a efetiva prevenc a o e reparac a o de danos

patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; VII - o acesso aos o rga os judicia rios e

administrativos com vistas a prevenc a o ou reparac a o de danos patrimoniais e morais, individuais,

coletivos ou difusos, assegurada a protec a o Juri dica, administrativa e te cnica aos necessitados;”

Page 21: 14 Planilha - Responsabilidade Civil - Imprimir

Entretanto a questa o de a transindividualidade ser ou na o o bice a pro pria existe ncia do dano moral

coletivo não está ainda pacificada no a mbito do STJ, existindo diverge ncia entre as 1a e 2a

Turmas que compõe a 1a Sec a o :

CJF Enunci

ado

456

Dano moral coletivo Enunciado 456 CJF - Art. 944.

A expressão “dano” no art. 944 abrange na o so os danos individuais, materiais ou

imateriais, mas também os danos sociais, difusos, coletivos e individuais homoge neos a

serem reclamados pelos legitimados para propor ac oes coletivas.

CJF Enunci

ado

453

Dano moral Enunciado 453 - V Jornada CJF

Art. 942: Na via regressiva, a indenização atribuída a cada agente será fixada proporcionalmente à

sua contribuição para o evento danoso.

Condomínio -

Legitimidade - Dano

moral

No que toca à legitimidade do condomínio, a jurisprude ncia dominante a reconhece apenas à

restituic a o dos valores pagos a maior, inexistindo legitimidade para o condomínio pleitear o

dano moral em nome próprio ou mesmo em nome dos condo minos :

5. O diploma civil e a Lei 4.591/64 não preveem a legitimac a o extraordinária do condomínio para,

representado pelo síndico, atuar como parte processual em demanda que postule a compensac a o

dos danos extrapatrimoniais sofridos pelos condo minos, proprieta rios de cada frac a o ideal, o que

coaduna com a pro pria natureza personalíssima do dano extrapatrimonial, que se caracteriza como

uma ofensa à honra subjetiva do ser humano, dizendo respeito, portanto, ao foro íntimo do

ofendido.6. O condomínio é parte ilegítima para pleitear pedido de compensac a o por d anos

morais em nome dos condo minos . Precedente da 3a Turma. (REsp 1177862/RJ)

Condomínio - Dano moral Ainda que existente quem reconheça existência de personalidade jurídica para os condomínios, a

posição majoritária defende que eles possuiriam, apenas, personalidade judiciária. Assim, seria

inaplicável ao condomínio a Súmula 227 do STJ: “A pessoa juri dica pode sofrer dano moral”, de

modo que como o condomínio não tem personalidade jurídica, não possuiria a protec a o dos

direitos da personalida de, sendo inviável pleitear danos morais para si e em nome próprio.

Logo, o condomínio não poderia sofrer dano moral.

STJ Notícia

s

Dano Moral - Presunção

(in re ipsa)

STJ define em quais situações o dano moral pode ser presumido, hipóteses em que o prejuízo

moral que alguém diz ter sofrido é provado in re ipsa (pela força dos próprios fatos) :

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a)Cadastro de inadimplentes.

b)Responsabilidade bancária - quando a inclusão indevida é feita por consequência de um serviço

deficiente prestado por uma instituição bancária, a responsabilidade pelos danos morais é do próprio

banco, que causa desconforto e abalo psíquico ao cliente;

c)Atraso de voo - o dano moral decorre da demora ou dos transtornos suportados pelo passageiro e

da negligência da empresa, pelo que não viola a lei o julgado que defere a indenização para a

cobertura de tais danos (Ag 1.410.645);

d)Diploma sem reconhecimento - por não ter a instituição de ensino alertado os alunos sobre o

risco de não receberem o registro de diploma na conclusão do curso, justificava-se a presunção do

dano, levando em conta os danos psicológicos causados. STJ negou, entretanto, a concessão do

pedido de indenização por danos materiais. O fato de não estarem todos os autores empregados não

poderia ser tido como consequência da demora na entrega do diploma;

e)Equívoco administrativo - o cidadão não pode ser compelido a suportar as consequências da má

organização, abuso e falta de eficiência daqueles que devem, com toda boa vontade, solicitude e

cortesia, atender ao público (por erro de registro do órgão, um homem teve de pagar uma multa

indevida; cobrança de algo que já havia sido superado, colocando o licenciamento do automóvel sob

condição do novo pagamento da multa);

d)Credibilidade desviada - inclusão indevida e equivocada de nomes de médicos em guia

orientador de plano de saúde gerou, no STJ, o dever de indenizar por ser dano presumido. O livro

serve de guia para os usuários do plano de saúde e trouxe o nome dos médicos sem que eles fossem

ao menos procurados pelo representante das seguradoras para negociações a respeito de

credenciamento junto àquelas empresas.

CJF Enunci

ado

455

Dano Moral - Presunção

(in re ipsa) - Definição da

indenização

Enunciado 455 CJF - V Jornada

Art. 944. Embora o reconhecimento dos danos morais se de , em numerosos casos,

independentemente de prova (in re ipsa), para a sua adequada quantificac a o, deve o juiz investigar,

sempre que entender necessário, as circunsta ncias do caso concreto, inclusive por interme dio da

produc a o de depoimento pessoal e da prova testemunhal em audie ncia.

STJ -

4aT

365 Responsabilidade - D.

Moral

A indenização por danos morais guarda proporcionalidade com a gravidade da ofensa, o grau

de culpa e o porte sócio-econômico do causador do dano. Não deve o valor ser alterado ao

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argumento de que não é suficiente à cobertura da dor sofrida pela vítima.

STJ Jurisp Responsabilidade - D.

Moral

O dano moral deve ser visto como violação do direito à dignidade, estando nela inseridos a

inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem. (deixa-se de lado a

visão clássica de que o dano moral é a "dor, sofrimento e angústia suportados em limites que

extravasam a normalidade")

STJ 3aT 401 Responsabilidade - D.

Moral

Se uma conduta é ilícita para fins de reparação do dano material, ela será ilícita também

para a avaliação do dano moral; o que pode acontecer é que, apesar de ilícita, o mero

descumprimento de uma cláusula contratual não gere para parte qualquer dano moral indenizável.

Essa avaliação não se pauta, porém, na licitude ou ilicitude da conduta, mas na existência do dano.

STJ 4aT 478 Dano moral - Divulgação

da imagem - Necessidade

de abuso do direito de

informar

conforme entendimento do STF e também do STJ, não é a simples divulgação da imagem que

gera o dever de indenizar; faz-se necessária a presença de outros fatores que evidenciem o

exercício abusivo do direito de informar ou mesmo de divulgar a imagem, causando

situação vexatória no caso das pessoas públicas, assim denominadas pela doutrina. (magistrado

estava buscando indenização pelo fato de reportagem, que trata nepotismo, ter mostrado sua

imagem fazendo entender estar relacionado com tal prática)

STJ 495 Danos morais por

reflexos ou por ricochete

- Noivo

O noivo não possui legitimidade para pedir indenização por danos morais em razão do

falecimento de sua noiva.REsp 1.076.160-AM, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em

10/4/2012.

STJ 3aT 459 Danos morais por

reflexos ou por ricochete

A Turma assentou que, não obstante a compensação por dano moral ser devida, em regra, apenas

ao próprio ofendido, tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm firmado sólida base na defesa da

possibilidade de os parentes do ofendido a ele ligados afetivamente postularem,

conjuntamente com a vítima, compensação pelo prejuízo experimentado, conquanto sejam

atingidos de forma indireta pelo ato lesivo. Observou-se que se trata, na hipótese, de danos

morais reflexos, ou seja, embora o ato tenha sido praticado diretamente contra determinada

pessoa, seus efeitos acabam por atingir, indiretamente, a integridade moral de terceiros. É o

chamado dano moral por ricochete ou préjudice d´affection, cuja reparação constitui direito

personalíssimo e autônomo dos referidos autores, ora recorridos.

STJ 3aT 443 Responsabilidade Civil -

D. Estético

O fato de a cirurgia plástica de cunho exclusivamente embelezador ser obrigação de

resultado, não torna objetiva a responsabilidade do médico. Permanece subjetiva a

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responsabilidade do profissional de Medicina, mas se transfere para o médico o ônus de

demonstrar que os eventos danosos decorreram de fatores alheios à sua atuação durante a

cirurgia. Laudo pericial que afasta o erro leva à ausência de resposabilidade civil.

CESPE Se o contrato celebrado for de obrigação de resultado, o inadimplemento se presumirá culposo.

(CERTA)

CJF Enunci

ado

411

Enunciado 411 - V Jornada CJF

Art. 186: O descumprimento de contrato pode gerar dano moral quando envolver valor fundamental

protegido pela Constituição Federal de 1988.

STJ 4aT REsp

830.57

2

Dano moral pelo

descumprimento do

contrato, em face das

peculiaridades do caso.

a Quarta Turma restabeleceu indenização por danos morais a um homem que aguardava havia 12

anos pela entrega de um imóvel cuja construção sequer foi iniciada. Os ministros entenderam que,

apesar de a jurisprudência do STJ afirmar que o descumprimento de contrato acarreta mero

dissabor, a depender da peculiaridade do caso concreto é possível constatar abalo moral.

"Conquanto a jurisprude ncia do STJ seja no sentido de que o mero inadimplemento contratual

não ocasiona danos morais, esse entendimento deve ser excepcionado nas hipóteses em que

da própria descric a o das circunsta ncias que perfazem o ilícito material é possível se

verificar conseque ncias de cunho psi cológico que são resultado direto do

inadimplemento" (REsp n. 1.072.308/RS, Relatora Ministra NANCY ANDRIGHI, 3a Turma, una nime,

DJe 10/06/2010).

STJ 3aT 475 Indenização. Danos

morais. Sucessores.

Segundo a Min. Relatora, o direito de exigir a reparação do dano, inclusive moral, transmite-se com a

herança nos termos dos arts. 12 e 943 do CC/2002. Ressaltou ser intransmissível o direito moral

em si, personalíssimo por natureza, não o direito de ação, de cunho patrimonial. Dessa forma,

concluiu que, assim como o espólio e os herdeiros têm legitimidade ativa ad causam para

pleitear, em ação própria, a reparação dos danos psicológicos suportados pelo falecido, com

mais razão se deve admitir o direito dos sucessores de receber a indenização moral

requerida pelo de cujus em ação iniciada por ele próprio.

STJ 4aT 454 Imunidade Profissional -

Estatuto da OAB -

Excessos - Dano Moral

a imunidade profissional garantida ao advogado pelo Estatuto da OAB não abarca os

excessos cometidos pelo profissional em afronta à honra de quaisquer das pessoas envolvidas no

processo, seja o magistrado, a parte, o membro do Ministério Público, o serventuário ou o advogado

Page 25: 14 Planilha - Responsabilidade Civil - Imprimir

da parte contrária. Observa que somente estariam resguardadas pela imunidade profissional

do advogado as supostas ofensas que guardem pertinência com a discussão da causa em

julgamento, contudo sem degenerar em abuso ou ofensas pessoais aos envolvidos, visto que a

imunidade profissional não poderia abranger os excessos configuradores de delito de calúnia

nem de desacato.

STJ 4aT 462 Danos Morais –

transmissão à autoridade

policial de Noticia

Criminis

Em princípio, não responde por danos morais aquele que reporta à autoridade policial

atitude suspeita ou prática criminosa, porquanto esse ato constitui exercício regular de um

direito do cidadão, ainda que fique provada a inocência do acusado.

Na situação dos autos, diante da peculiaridade do caso, seja por imprudência ou por excesso em

seu mister, conforme apurado pelo tribunal a quo, existiu culpa, sem dúvida, quanto à informação

absolutamente equivocada à polícia sobre a autoria do ilícito, inclusive houve provas de

telefonemas à autora e ameaças de divulgação de imagens supostamente gravadas.

CJF Enunci

ado

458

Dano moral - Indenização

- definição

Enunciado 458 CJF - V Jornada

Art. 944. O grau de culpa do ofensor, ou a sua eventual conduta intencional, deve ser levado em

conta pelo juiz para a quantificac a o do dano moral.

STJ 4aT 478 Dano Moral - Juros e

Correção

Tema controvertido no STJ

Info 478 STJ - em se tratando de dano moral, os juros moratórios devem fluir, assim como a

correção monetária, a partir da data do julgamento em que foi arbitrado em definitivo o valor da

indenização.

Info 488 STJ - voltou a adotar o posicionamento tradicional, que diferencia o termo inicial do

dano moral (arbitramento) dos juros moratórios (evento danoso).

STJ 3aT

4aT

473 /

474

Dano Moral -

Inadimplemento do

Contrato - Recusa em

tratamento médico -

Aflição psicológica e

angústia

Info 473 STJ 3aT: dá ensejo à indenização por dano moral a injusta recusa da cobertura

securitária por plano de saúde, uma vez que a conduta agrava a situação de aflição psicológica e

de angústia no espírito do segurado, o qual, ao pedir a autorização da seguradora, já se encontra em

situação de dor, de abalo psicológico e com a saúde debilitada. / Info 474 STJ 4aT: o entendimento de

que o inadimplemento do contrato, por si só, pode acarretar danos materiais e indenização

por perdas e danos, mas, em regra, não dá margem ao dano moral, que pressupõe ofensa

anormal à personalidade. Observou-se ser certo que há situações nas quais o inadimplemento

Page 26: 14 Planilha - Responsabilidade Civil - Imprimir

contratual enseja aflição psicológica e angústia, o que é especialmente frequente em caso de

recusa de tratamento médico por empresa privada operadora de seguro de saúde.

STJ 4aT 473 Dano Moral - atraso na

entrega do

empreendimento

imobiliário

a inexecução causa séria e fundada angústia no espírito do adquirente a ponto de transpor o

mero dissabor oriundo do corriqueiro inadimplemento do contrato, daí ensejar, pela

peculiaridade, o ressarcimento do dano moral.

STJ 3aT 473 Dano Moral -

Retardamento no

reconhecimento do Curso

no MEC

há dano, inclusive moral, pelo retardamento das providências necessárias ao

reconhecimento do curso no MEC, o que é de responsabilidade exclusiva da instituição de

ensino; não cabe, assim, atribuir o ônus ao estudante.

STJ 3aT 495 Reponsabilidade -

GOOGLE

a) A relação da GOOGLE com seus usuários é uma relação de consumo, mesmo sendo gratuita.

b) A GOOGLE não responde objetivamente pelos danos morais causados por mensagens

publicadas pelos usuários do ORKUT.

c) Ao ser comunicada de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, deve a

GOOGLE retirar o material do ar imediatamente, sob pena de responder solidariamente com

o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.

d) Ao oferecer um serviço por meio do qual se possibilita que os usuários externem livremente sua

opinião, deve o provedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que se possa

identificar cada um desses usuários.

Terceira Turma. REsp 1.306.066-MT, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 17/4/2012.

STJ 3aT 492 Critérios para aferição do

valor da indenização

No momento da fixação do valor da indenização por danos morais deve-se levar em

consideração as circunstâncias objetivas e subjetivas da ofensa. Assim, devem ser

analisadas:

a) As consequências da ofensa;

b) A capacidade econômica do ofensor;

c) A pessoa do ofendido.

Page 27: 14 Planilha - Responsabilidade Civil - Imprimir

(caso Collor x Veja - inden de 500 mil)

STJ 4aT 493 Revisão pelo STJ A fixação do valor de indenização por danos morais só pode ser revisada pelo STJ se o montante

for irrisório ou exagerado, em flagrante inobservância dos princípios da razoabilidade e da

proporcionalidade.

STJ 3aT 496 Dano moral - resp. civil

por abandono afetivo

O abandono afetivo decorrente da omissão do genitor no dever de cuidar da prole constitui

elemento suficiente para caracterizar dano moral compensável.

Cuidado - a 4a T tem 2 precedentes em sentido contrário

Firmou o Superior Tribunal de Justiça que "A indenização por dano moral pressupõe a prática de

ato ilícito , não rendendo ensejo à aplicabilidade da norma do art. 159 do Código Civil de 1916 o

abandono afetivo, incapaz de reparação pecuniária" (Resp n. 757.411/MG, 4ª Turma, Rel. Min.

Fernando Gonçalves, unânime, DJU de 29.11.2005). (REsp 514.350/SP, Rel. Min. Aldir Passarinho

Junior, Quarta Turma, em 28/04/2009)

A indenização por dano moral pressupõe a prática de ato ilícito, não rendendo ensejo à aplicabilidade

da norma do art. 159 do Código Civil de 1916 o abandono afetivo, incapaz de reparação pecuniária.

(REsp 757.411/MG, Rel. Min. Fernando Gonçalves, Quarta Turma, julgado em 29/11/2005)

STJ 3aT 499 Dano moral - Ato de dar

entrevista não o afasta

A 3ª Turma do STJ manteve indenização de 10.000 reais por danos morais para a consumidora que

encontrou um preservativo masculino no interior de uma lata de extrato de tomate.

O fato de a consumidora ter dado entrevista divulgando sua vitória na ação de indenização não é

indicativo de inexistência do dano moral. Ao contrário, divulgar o fato e a obtenção da indenização,

demonstrando a justiça feita, faz parte do processo de reparação do mal causado.

STJ 2aS Rcl

6173

STJ - a ausência de prévia comunicação ao consumidor da inscrição de seu nome em cadastros

de proteção ao crédito, prevista no art. 43, § 2º, do CDC, não dá ensejo à reparação de danos

morais quando oriunda de informações contidas em assentamentos provenientes de serviços

notariais e de registros, bem como de distribuição de processos judiciais, por serem de

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domínio público.

STJ 4aT 500 Protesto - simples

apontamento não gera

dano moral

O simples apontamento do título, sem o efetivo registro do protesto, ainda que de forma

indevida, é incapaz de gerar dano moral a quem quer que seja.

O dano moral somente ocorrerá se o protesto indevido for efetivado, ou seja, se, após 3 dias

da intimação, não houver pagamento ou sustação, ocasião em que o protesto será lavrado.

Apenas com a efetivação do protesto, este é registrado e se torna público, trazendo efeitos

negativos à pessoa protestada, que será, inclusive, incluída nos cadastros negativos de crédito.