Instituto Adventista de Ensino - Campus II
Instituto Adventista de Ensino - Campus IISeminrio Adventista
Latino-Americano de TeologiaANLISE DE APOCALIPSE 7:4 e 14:1
Trabalho apresentado em cumprimento parcial dosRequerimentos
para o cursoMtodos de Investigao
Estudo dirigido individualporEuclio Pereira da Silva
Maio de 1999
SUMRIO
INTRODUO1
Captulo
I. O QUE ELLEN G. WHITE DIZ SOBRE OS 144.0002
II. O QUE OS AUTORES DIZEM SOBRE O ASSUNTO7
IV. O QUE OUTROS AUTORES ESCREVERAM SOBRE OS 144.00011
CONCLUSO13
BIBLIOGRAFIA14
introduo
Um dos temas que tem levado muitos telogos e pessoas estudiosas
das escrituras a pesquisarem e colherem dados e informaes variadas
sobre os cento e quarenta e quatro mil.
Muitas indagaes so levantadas, perguntas so feitas, respostas so
dadas em todos os seguimentos religiosos. Uns defendem a tese de
que esse nmero so pessoas que fazem parte de uma elite que moraram
na terra transformada por Jeov, outras defendem que so pessoas
especiais que sero compradas da terra por ocasio da volta de Jesus,
afirmam que so pessoas reais, vivas e um nmero literal, outros
afirmam que um nmero simblico, que simplesmente significa a
totalidade de um grupo de fiis de todos os tempos, que faro parte
dos que habitaro com Cristo pelos sculos dos sculo da eternidade.
Afinal quem so os cento e quarenta e quatro mil? Quais so suas
caracterstica? Voc e eu podemos fazer parte deles?
Com esse trabalho no tenho a pretenso de elucidar a questo, mas
espero que a leitura dessa simples monografia possa levar os
leitores a analisarem o que pensam alguns autores diferentes e o
que cremos como adventista do stimo dia e que possa cada um, com
base no livre arbtrio, tirar suas concluses. O que Ellen G. White
fala sobre os 144.000. O que pensam e escreveram os autores
adventistas sobre o mesmo assunto e o que outros autores pensam e
escreveram sobre o assunto. Qual a concluso lgica que podemos
extrair ou chegar?
CAPTULO I
o que ellen G. White diz sobre os 144.000
Os cento e quarenta e quatro mil um tema que ns adventistas do
stimo dia temos nos destacado principalmente, ou seja,
fundamentalmente porque possumos o esprito de profecia e mesmo com
uma gama de informaes que temos. H em nosso meio uma espcie de
letargia espiritual quando se toca nos 144 mil, muitos consideram
at pecado, deter-se para estudar o assunto, visto que a Bblia no
tem muitas passagens que elucidam a questo e tambm pelo que consta,
no h uma declarao oficial por parte da direo da igreja com respeito
ao assunto em pauta.
Neste momento vamos nos ater a alguns comentrios que a senhora
White faz sobre este importantssimo tema. Ela tem declaraes que
parecem chocar-se entre si, mas simplesmente aparente. Exemplo: No
Sua (Deus) vontade que eles se metam em discusses acerca de questes
que no os ajudam espiritualmente, tais como: que pessoas vo
constituir os 144 mil? Isto, aqueles que forem os eleitos iro, sem
dvida, saber em breve.
interessante que muitos tomam esta declarao e esquivam-se de
pelo menos falar sobre o assunto, ela no est proibindo as pessoas
de procurarem um conhecimento sobre os 144 mil, no; o que ela diz
que contendas e debates sobre os 144 mil.
No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro
misturado com fogo to resplandecente ele pela glria de Deus est
reunida a multido dos que sairo vitoriosos da besta, e de sua
imagem e do seu sinal, e do nmero do seu nome (Ap. 15:32). Com o
cordeiro sobre o monte Sio, tendo as harpas de Deus, esto os cento
e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e
ouve-se, como o som de muitas guas, e de grande trovo, uma voz de
harpista, que tocavam com as suas harpas. E cantavam um cntico novo
diante do trono cntico que ningum podia aprender seno os 144 mil. o
hino de Moiss e do cordeiro hino de livramento. Ningum, a no ser os
cento e quarenta e quatro mil, pode aprender aquele canto, pois o
de sua experincia - e nunca ningum teve experincia semelhante.
Estes so os que seguem o cordeiro para onde quer que vai. Estes,
tendo sido transladado da terra, dentre os vivos, so tidos como
primcias para Deus e para o cordeiro. Ap. 14:1-5; 15:3. Estes so os
que vieram de grande tribulao, Ap. 7:14; passaram pelo tempo de
angstia tal como a aflio do tempo de angstia de Jac; permaneceram
sem intercessor durante o derramamento final dos juzos de Deus.
Uma leitura apenas de leve no que a senhora White escreveu, nos
deixa um pouco confuso. Conforme os pargrafos citados, as vezes ela
diz que s os 144.000 cantaro o cntico de Moiss e do cordeiro e as
vezes ela diz que a grande multido cantar tambm. Se lermos com
cuidado e ateno notaremos duas classes em dois grupos
diferentes.
Isto parece um tanto estranho! Neste caso teramos a multido no
mar cristalino e os 144.000 no monte de Sio. Aqui gostaria de fazer
uma indagao: podem os lugares ser diferentes, mas os grupos de
pessoas no? Sabemos que no desfecho s haver duas classes de
pessoas, vivendo no planeta Terra; os fiis, selados com o selo de
Deus e os infiis, selados com o sinal da besta.
Poderia dar-se que ambas as denominaes designam um s grupo! Ou
seria presuno afirmar? E. G. White diz: Joo... olhando atravs do
fumo e do rudo da batalha, notou sobre o monte Sio, unido ao
Cordeiro, um grupo que em vez d sinal da besta, em suas testas,
tinham inscritos o nome de seu pai. Depois viu o nmero dos que
saram vitoriosos da besta, da sua imagem, do seu sinal, e do nmero
do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas
de Deus. E cantavam o cntico de Moiss, servo de Deus, e o cntico do
cordeiro.
No Apocalipse, praticamente tudo conduzido e apresentado atravs
de smbolos; porque esse nmero no o pode ser? Hermeneuticamente,
falando diz: quando tudo for simblico, no poderemos por nada real,
a menos que haja muita evidncia real para isso. A recproca tambm
verdadeira.
No quero e nem tenho pretenso de discutir o assunto com ningum,
pois isto seria perda de tempo e oportunidade de crescermos
espiritualmente. Estou procurando colocar alguns textos que julgo
claro para abrir a mente do leitor para pontos de vistas que talvez
no tivesse atentado, uma forma de contribuir para que a agudeza
mental possa se expandir cada vez mais.
Temos mais algumas declaraes de Ellen G. White sobre o
assunto.
Logo ouvimos a voz de Deus, semelhante a muitas guas, a qual nos
anunciou
o dia e hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em nmero de
144.000, reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os mpios
julgaram fosse um trovo ou terremoto.
Ao declarar Deus a hora, verteu sobre ns o Esprito Santo, e
nosso rosto brilhou com o esplendor da glria de Deus, como
aconteceu com Moiss, na descida do monte Sinai.
Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua
testa estava escrito: Deus, Nova Jerusalm, e tinham uma estrela
gloriosa que continha o novo nome de Jesus. Por causa de nosso
estado feliz e santo, os mpios enraiveceram e arremeteram
violentamente para lanar mo de ns, a fim de lanar-nos priso, quando
estendemos a mo em nome do Senhor e eles caram inermes ao cho. Foi
ento que a sinagoga de Satans conheceu que Deus nos amado a nos,
que lavvamos os ps uns aos outros e saudvamos os irmos com sculo
santo; e adoraram a nossos ps.
Ento a trombeta de prata de Jesus soou ao descer Ele sobre a
nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as sepulturas dos
santos que dormiam, ergueu ento os olhos e mos ao cu, e exclamou:
Despertai! Despertai! Despertai! Vs que dormis no p, e
levantai-vos! Houve um forte terremoto. As sepulturas se abriram, e
os mortos sairam revestidos de imortalidade. Os 144.000 clamaram
Aleluia!, quando reconheceram os amigos que deles tinham sido
separados pela morte, e no mesmo instante fomos transformados e
arrebatados juntamente com eles para encontrar o Senhor nos
ares.
Todos ns entramos nas nuvens, e estivemos sete dias ascendendo
para o mar de vidro, aonde Jesus trouxe as coroas, e com Sua prpria
destra as colocou sobre nossa cabea. Deu-nos harpas de ouro e
palmas de vitria. Ali, sobre o mar de vidro, os 144.000 ficaram em
quadrado perfeito. Alguns deles tinham coroas muito brilhantes;
outros, no tanto.
E quando estvamos para entrar no santo templo, Jesus levantou
Sua voz e disse: somente os 144.000 entram neste lugar, e ns
exclamamos: aleluia!
captulo ii
o que os autores dizem sobre o assunto
Nos ltimos anos o tema tem despertado um interesse maior e j se
debate o mesmo com mais nfase.
No III trimestre de 1987, a pgina 151 da Lio da Escola Sabatina,
trouxe essa expressiva nota extrada de uma publicao adventista.
Precisamos pregar sobre o assunto dos 144.000. O tema tem de
receber lugar de muito destaque em nosso pensamento e em nossas
palestras.
necessrio que penetremos o campo da controvrsia que tem levado
muitos a quando muito, fazer ocasional meno deste grupo. Podemos
ficar dentro do domnio do que tem sido revelado e pregado sobre a
qualidade do carter que possuir cada participante dos 144.000.
Podemos referir os passos da preparao desse carter apto para a
trasladao. Muitos tem sido revelado sobre a experincia dos 144.000
pouco antes do segundo advento, durante as sete ltimas pragas e o
tempo de angstia de Jac. nos dito como nos prepararmos para esse
tempo. E devemos pregar sobre isto. O Apocalipse tornou claro que a
crena religiosa dos 144.000 ser isenta de ensinamentos errneos.
Precisamos instruir nosso povo sobre como testar suas doutrinas e
estabelecer sobre o firme
fundamento. Outro ponto claro que Satans, pessoalmente, por meio
da besta, envolvera-se numa especial controvrsia com os 144.000, e
estes saram vitoriosos. Precisamos levar nosso povo a um tipo de
experincia que resistir a todas as investidas do maligno. dado um
pequeno vislumbre da especial recompensa que recebero.
Percebe-se que pastores e pessoas interessadas com um nvel de
vida espiritual mais elevado esto acordando para o que est
acontecendo e comearam a pesquisar para se enquadrarem nas
caractersticas desse grupo.
Os redimidos do Senhor so uma multido incontvel, mas entre eles
h um grupo especial, designado como os 144.000. Este nmero
significativo. Doze o nmero do reino de Deus. No Antigo Israel
havia 12 tribos; 12 varas; 12 pedras reunidas no Jordo; 12 pedras
no peitoral do sumo sacerdote, etc. No Novo Testamento h 12
apstolo. Seus nomes esto gravados nos 12 fundamentos do muro da
Nova Jerusalm.
Os nomes das 12 tribos esto inscritos nas 12 portas da cidade. O
nmero 12 mencionado sete vezes no Apocalipse. A circunferncia da
cidade de 12 mil estdios.
Ora, o quadrado de 12, multiplicado por mil, d 144.000. Este
grupo mencionado de novo no captulo 14, verso 1. Nesses captulos,
encontram-se muitas passagens metafricas, e podemos correr o risco
de perder de vista a beleza deste smbolo por insistir em tornar
estritamente literal o nmero. Este nmero significa, totalidade.
E. W. Bullinger declara: Este nmero se encontra em tudo que tem
que ver com governo. O sol que governar o dia e a lua e as estrelas
que governam a noite, fazem-no por sua passagem pelos doze signos
do zodaco, o qual completa o seu crculo do cu de 360 (12x30) graus
ou divises e assim governam o ano. Number Inscripture, 252.
Como lemos em revelaes do Apocalipse, o autor no tem dvida
quando afirma que os 144.000, um nmero que significa plenitude
vejamos o que pensava Uriah Smith:
Segundo esta passagem, o nmero dos assinalados de cento e
quarenta e quatro mil; e como doze mil so assinalados de cada uma
das doze tribos, supem muitos que esta obra j deve ter sido
realizada, pelo menos cerca do comeo da era crist, quando essas
tribos existiam literalmente. No vem como se possa aplicar ao nosso
tempo, em que todo vestgio de distino entre essas tribos desde h
tanto tempo e to completamente se obliterar. Vieram da grande
tribulao, vestidos brancos, as primcias, nunca mais tero fome, o
cordeiro os apascentar outro testemunho acerca do mesmo grupo, e
que se aplica ao mesmo tempo, diz: Estes so os que seguem o
cordeiro, para onde quer que vai (Apc. 14:4). Ambas as expresses
apresentam o estado de ntima e divina companhia em que o bendito
redentor em relao a si prprio os admite.
O salmista parece aludir mesma promessa nesta bela passagem:
eles se fartaro da gordura de tua casa, e os fars beber da corrente
de tuas delcias (Sal. 36:8). A fraseologia desta promessa aos
144.000 encontra-se tambm parcialmente na seguinte profecia sada da
pena de Isaas: Aniquilar a morte para sempre, e assim enxugar o
Senhor Jeov as lgrimas de todos os rostos e tirar o oprbrio do seu
povo de toda a terra; porque o Senhor o disse. Is. 25:8.
Vimos o ponto de vista de personalidade adventista e agora
pergunta: o que pensam os autores no adventistas?
captulo iii
o que outros autores escreveram sobre os 144.000
Muito se tem escrito sobre o nmero que Joo contemplou: cento e
quarenta e quatro mil, e o significado das pessoas a simbolizadas.
Todas as cifras de Apocalipse so simblicas. Este que evidentemente
um produto do quadrado de 12 e multiplicado por 1000 (12x12x1.000),
nos fala do povo de Deus como uma grande companhia de
preparados.
interessante notar que quando Joo cria um nmero simblico para os
representantes do povo crente no cu, os ancies, decide somar 12 das
12 tribos do antigo pacto e 12 dos 12 apstolos do novo pacto para
alcanar 24, e temos aqui a multiplicao dos primeiros 12 com os
outros 12, multiplica-se por mil para ter 144.000.
Esta multido so pessoas de carne e osso apenas duas coisas so
simblicas: o seu nmero e sua designao: dentre todas as tribos de
Israel com a lista detalhada das tribos declaramos: nada no
Apocalipse nos leva a esperar que a religio judaica tenha aqui um
papel particular. A luz das frases duras das cartas para as igrejas
da sia Menor, o leitor atento notar que a igreja herdou
completamente o manto de Igreja de Deus. E os servos de Deus so
todos cristos. A prova est em 14:1 que identifica o grupo dos
seguidores do cordeiro como 144.000 pessoas sem fazer distino de
raa.
Cento e quarenta e quatro mil, este meramente um nmero simblico
e no definido (Charles).
Doze usado como o nmero daqueles que em cada idade, tem sido
chamados para testemunhar a favor de algumas grande verdade que o
mundo precisava. Doze tribos de Israel, doze apstolos... O nmero
doze portanto representa um testemunho mundial para a verdade
divina e os frutos deste testemunho mundial, so um largo e contnuo
xito, o doze multiplicado por doze mil a nativa e no degenerada
prole dos apstolos multiplicada apostolicamente representa o
crescimento para o nmero completado dos escolhidos de Deus
(Carpenter).
Quatro e dez so nmeros terrestres. Quatro mais trs, (o nmero de
Deus) e quatro vezes trs, formam nmeros perfeitos, o resultado da
unio do homem com Seu Criador.
Aqui temos o quadrado de doze multiplicado pelo cubo de dez que
indica o nmero completo dos salvos sem indicar quantos sero.
nmero de homens, vinte e quatro ancies... emprega-se nas
Escrituras, com o atualmente, para representar um grande nmero mais
indeterminado. A significao da viso que todos os servos de Deus,
sem exceo alguma, sero selados e portanto guardados.
Creio que j temos uma opinio quanto ao que pensam vrios telogos
de segmentos diferentes e j podemos partir para premissas
fundamentais.
concluso
No cremos, como adventistas do stimo dia, que os cento e
quarenta e quatro mil, sejam um grupo ou uma elite que moraro na
terra com Jeov. Tambm no cremos, que os 144.000 representam todo o
nmero de salvos de todos os tempos maus e bons indistintamente.
No sero um grupo de pessoas que totalizaro cento e quarenta e
quatro mil literal, que estaro vivendo no planeta terra por ocasio
da vinda de Jesus.
Creio como adventista do stimo dia, que cento e quarenta e
quatro mil e a grande multido a mesma coisa, trata-se de duas
denominaes para a mesma classe. Creio que no Apocalipse quase tudo
simblico e esse nmero tambm simblico.
Creio que o Esprito Santo ser derramado nestes ltimos dias e ser
proclamada a mensagem com um poder que atrair para a verdade uma
multido inumervel de todas as partes do mundo e de vrios segmentos
religiosos, viro e faro parte do grupo que guardam os mandamento de
Jesus.
Creio que esse nmero simblico e representa a totalidade dos
salvos que por ocasio da vinda de Jesus sero os resgatados da terra
e trasladado com Cristo e que vivero com Cristo pelos sculos dos
sculo da eternidade e andaro com Cristo por onde quer que for. Ser
um povo ntegro, um povo imaculado, um grupo especial que aprendero
a sofrer e escolher a morte a praticar um ato mal.
Creio que ns podemos ser um dentro dos cento e quarenta e quatro
mil.
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