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LIVRO DE RESUMOS - 15. O EVINCI / OUTUBRO / 2007 297 A pesquisa “Tecnologia, trabalho e formação – os caminhos da escola pública de ensino médio em Curitiba/PR – fase II: Educação geral e profissionalizante: percursos da institucionalização do Ensino Médio Integrado” tem como um de seus objetivos analisar o processo de implantação do ensino médio integrado na cidade de Curitiba a partir dos movimentos político-educacionais no estado do Paraná desde 2004, suscitado pela regulamentação posta no Decreto 5154 de 23 de julho de 2004, que propõe, como umas das possibilidades para o nível médio de ensino, a integração curricular entre educação geral e profissional. Objetivou-se analisar as inter-relações entre as reformas educacionais e a cultura escolar, por meio do estudo dos processos de apropriação dos dispositivos normativos oficiais. Desde 2005, a Secretaria de Educação do Estado do Paraná propõe diretrizes para as escolas por meio do documento “Fundamentos Políticos e Pedagógicos da Educação Profissional do Paraná” tendo em vista a implantação do Ensino Médio Integrado. Foram analisadas as proposições presentes neste documento que denotam as possibilidades de integração curricular, com base na articulação entre cultura, ciência e trabalho, princípios norteadores que visam superar a justaposição entre conhecimentos básicos e aplicados, entre conteúdos gerais e específicos. A partir desta análise, foram investigadas as propostas curriculares de ensino médio integrado dos cursos de Secretariado, Turismo, Administração e Informática. Buscou-se em suas ementas, objetivos, justificativas e grades curriculares investigar algumas categorias: o trabalho como eixo articulador; a indissociabilidade entre trabalho manual e intelectual; a integração entre conhecimento científico, tecnológico, sócio-histórico e de gestão do trabalho; entre outras elucidadas a partir das diretrizes estaduais. Provida desta base teórica e analítica, a pesquisa conclui que os princípios de integração curricular entre educação geral e educação profissional, delineados no documento normativo da Secretaria de Educação do Estado, encontram-se parcialmente presentes nas propostas pedagógicas dos cursos de ensino médio integrado em Secretariado, Turismo, Administração e Informática. Diante destes fatos, a interpretação preliminar é que a integração está ocorrendo, porém, não de forma significativa a ponto de superar o modelo de justaposição entre formação geral e formação profissional. EDUCAÇÃO GERAL E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: APROPRIAÇÕES PELA ESCOLA NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO Aluno de Iniciação Científica: Eloise Medice Colontonio (PIBIC/CNPq) Nº de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004013657 Orientadora: Monica Ribeiro da Silva Departamento: Planejamento e Administração Escolar Setor: Educação Palavras-chave: educação e trabalho, ensino médio integrado, políticas curriculares Área de Conhecimento: Educação – 7.08.00.00-6 555 Neste trabalho apresentam-se as considerações iniciais da pesquisa sobre criação, organização e funcionamento de instituições de proteção à infância no estado do Paraná que vem sendo desenvolvida como parte do projeto intitulado “História, Cultura e Escolarização da Infância”. Os objetivos específicos desse projeto coordenado pela professora orientadora voltam-se para o levantamento, catalogação e análise de dados sobre instituições, programas, políticas de educação e assistência à infância no Paraná, bem como sobre normas legais acerca do tema e ainda sobre organização de dados publicados na imprensa paranaense e nos periódicos educacionais locais acerca da temática. Como parte da referida pesquisa, o resumo em questão expressa o trabalho realizado concernente ao levantamento das fontes no jornal paranaense O Diário da Tarde, correspondente aos anos vinte do século XX, sobre artigos relacionados com o tema da proteção à infância e suas variadas formas de realização no estado do Paraná e a respeito de documentos oficiais como correspondências de governo. A pesquisa é realizada na Biblioteca Pública do Paraná, no Arquivo Público do Estado do Paraná e em outras bibliotecas universitárias que dispunham de fontes históricas relevantes ao plano de trabalho. Nessa fase da pesquisa foram selecionados também documentos referentes às práticas de assistência à infância, a exemplo: os congressos da criança. O que se constitui como objeto específico no plano de trabalho de Iniciação Científica é o Instituto de Protecção à Infância do Paraná. Fundado em sua primeira iniciativa em 1906 por Antônio Cândido de Leão tendo como argumentos os índices de mortalidade infantil e a explicitação de que o papel da referida instituição estaria em prestar “... não só o amparo durante a enfermidade que as crianças precisam, mas também o amparo moral”. (O Diário da Tarde, 14 de novembro de 1905). Tal iniciativa não é inédita no Brasil, uma vez que no Rio de Janeiro o médico Arthur Moncorvo Filho criou o Instituto de Proteção à Infância em 24 de março de 1899. A segunda iniciativa em terras paranaense de fundar um instituto de proteção às crianças deu-se em 1921 com Eurípedes Garcez do Nascimento como fundador da 17ª filial do Instituto fundado no Rio de Janeiro. Recorrendo aos trabalhos de Maria Luiza Marcílio, Irene Rizzini, Luiz Cavalieri Bazílio, Mary Del Priore, Carla Daniel Sartor, Iete Levy Cherem e Moysés Kuhlmann Júnior entende-se que a causa da infância aparecia, tanto no Rio de Janeiro como no Paraná, por meio das duas iniciativas de Institutos de Proteção, como problema social e o seu não enfrentamento poderia resultar na idéia de atraso da modernização, progresso e civilização do país. HISTÓRIA DA INFÂNCIA NO PARANÁ NO INÍCIO DO SÉCULO XX: LEVANTAMENTO, CATALOGAÇÃO E ANÁLISE DE FONTES Aluno de Iniciação Científica: Keli Fernanda Rucco Turina (PIBIC/CNPq) Nº de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014997 Orientadora: Gizele de Souza Departamento: Planejamento e Administração Escolar Setor: Educação Palavras-chave: história da educação, história da infância, assistência à infância no Paraná Área de Conhecimento: História da Educação – 7.08.01.02-9 556

15educacao Geral e Educacao Profissional Medio Integrado

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 297

    A pesquisa Tecnologia, trabalho e formao os caminhos da escola pblica de ensino mdio em Curitiba/PR fase II: Educao geral eprofissionalizante: percursos da institucionalizao do Ensino Mdio Integrado tem como um de seus objetivos analisar o processo deimplantao do ensino mdio integrado na cidade de Curitiba a partir dos movimentos poltico-educacionais no estado do Paran desde2004, suscitado pela regulamentao posta no Decreto 5154 de 23 de julho de 2004, que prope, como umas das possibilidades para o nvelmdio de ensino, a integrao curricular entre educao geral e profissional. Objetivou-se analisar as inter-relaes entre as reformaseducacionais e a cultura escolar, por meio do estudo dos processos de apropriao dos dispositivos normativos oficiais. Desde 2005, aSecretaria de Educao do Estado do Paran prope diretrizes para as escolas por meio do documento Fundamentos Polticos e Pedaggicosda Educao Profissional do Paran tendo em vista a implantao do Ensino Mdio Integrado. Foram analisadas as proposies presentesneste documento que denotam as possibilidades de integrao curricular, com base na articulao entre cultura, cincia e trabalho, princpiosnorteadores que visam superar a justaposio entre conhecimentos bsicos e aplicados, entre contedos gerais e especficos. A partir destaanlise, foram investigadas as propostas curriculares de ensino mdio integrado dos cursos de Secretariado, Turismo, Administrao eInformtica. Buscou-se em suas ementas, objetivos, justificativas e grades curriculares investigar algumas categorias: o trabalho como eixoarticulador; a indissociabilidade entre trabalho manual e intelectual; a integrao entre conhecimento cientfico, tecnolgico, scio-histricoe de gesto do trabalho; entre outras elucidadas a partir das diretrizes estaduais. Provida desta base terica e analtica, a pesquisa conclui queos princpios de integrao curricular entre educao geral e educao profissional, delineados no documento normativo da Secretaria deEducao do Estado, encontram-se parcialmente presentes nas propostas pedaggicas dos cursos de ensino mdio integrado em Secretariado,Turismo, Administrao e Informtica. Diante destes fatos, a interpretao preliminar que a integrao est ocorrendo, porm, no deforma significativa a ponto de superar o modelo de justaposio entre formao geral e formao profissional.

    EDUCAO GERAL E EDUCAO PROFISSIONAL: APROPRIAES PELA ESCOLA NOENSINO MDIO INTEGRADO

    Aluno de Iniciao Cientfica: Eloise Medice Colontonio (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004013657Orientadora: Monica Ribeiro da SilvaDepartamento: Planejamento e Administrao Escolar Setor: EducaoPalavras-chave: educao e trabalho, ensino mdio integrado, polticas curricularesrea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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    Neste trabalho apresentam-se as consideraes iniciais da pesquisa sobre criao, organizao e funcionamento de instituies de proteo infncia no estado do Paran que vem sendo desenvolvida como parte do projeto intitulado Histria, Cultura e Escolarizao da Infncia.Os objetivos especficos desse projeto coordenado pela professora orientadora voltam-se para o levantamento, catalogao e anlise de dadossobre instituies, programas, polticas de educao e assistncia infncia no Paran, bem como sobre normas legais acerca do tema e aindasobre organizao de dados publicados na imprensa paranaense e nos peridicos educacionais locais acerca da temtica. Como parte dareferida pesquisa, o resumo em questo expressa o trabalho realizado concernente ao levantamento das fontes no jornal paranaense O Dirioda Tarde, correspondente aos anos vinte do sculo XX, sobre artigos relacionados com o tema da proteo infncia e suas variadas formas derealizao no estado do Paran e a respeito de documentos oficiais como correspondncias de governo. A pesquisa realizada na BibliotecaPblica do Paran, no Arquivo Pblico do Estado do Paran e em outras bibliotecas universitrias que dispunham de fontes histricasrelevantes ao plano de trabalho. Nessa fase da pesquisa foram selecionados tambm documentos referentes s prticas de assistncia infncia, a exemplo: os congressos da criana. O que se constitui como objeto especfico no plano de trabalho de Iniciao Cientfica oInstituto de Proteco Infncia do Paran. Fundado em sua primeira iniciativa em 1906 por Antnio Cndido de Leo tendo como argumentosos ndices de mortalidade infantil e a explicitao de que o papel da referida instituio estaria em prestar ... no s o amparo durante aenfermidade que as crianas precisam, mas tambm o amparo moral. (O Dirio da Tarde, 14 de novembro de 1905). Tal iniciativa no indita no Brasil, uma vez que no Rio de Janeiro o mdico Arthur Moncorvo Filho criou o Instituto de Proteo Infncia em 24 de marode 1899. A segunda iniciativa em terras paranaense de fundar um instituto de proteo s crianas deu-se em 1921 com Eurpedes Garcez doNascimento como fundador da 17 filial do Instituto fundado no Rio de Janeiro. Recorrendo aos trabalhos de Maria Luiza Marclio, IreneRizzini, Luiz Cavalieri Bazlio, Mary Del Priore, Carla Daniel Sartor, Iete Levy Cherem e Moyss Kuhlmann Jnior entende-se que a causada infncia aparecia, tanto no Rio de Janeiro como no Paran, por meio das duas iniciativas de Institutos de Proteo, como problema sociale o seu no enfrentamento poderia resultar na idia de atraso da modernizao, progresso e civilizao do pas.

    HISTRIA DA INFNCIA NO PARAN NO INCIO DO SCULO XX: LEVANTAMENTO,CATALOGAO E ANLISE DE FONTES

    Aluno de Iniciao Cientfica: Keli Fernanda Rucco Turina (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014997Orientadora: Gizele de SouzaDepartamento: Planejamento e Administrao Escolar Setor: EducaoPalavras-chave: histria da educao, histria da infncia, assistncia infncia no Paranrea de Conhecimento: Histria da Educao 7.08.01.02-9

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007298

    Diante da especificidade que caracteriza a educao e o modo como esse indivduo produz sua existncia, este projeto visa analisar e compreenderas descontinuidades e contradies do processo de apropriao e mediao da aprendizagem de alunos com necessidades especiais. Tem-sepor objetivo situar as diferentes concepes de aprendizagem apresentadas por alunos com necessidades especiais e seus professores frentes condies pedaggicas objetivas colocadas como apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Trata-se de sistematizar os pressupostos dachamada educao na diversidade, na qual as diferenas se apresentam no como uma barreira, mas como benefcio educao heterogneae multicultural. Este projeto tem como pressuposto que as pessoas so resultado de suas relaes sociais, portanto, suas dificuldades noresultam unicamente das deficincias biolgicas que possam apresentar. Do mesmo modo, suas necessidade especiais so decorrentes dasoportunidades existentes ou no, bem como dos instrumentos e mediaes que possam ser apropriados por estas pessoas em suas relaessociais. A opo metodolgica referida no pretende emocionalizar, mas propor alternativas para o atual processo de educao inclusiva doqual participam alunos com necessidade especiais, podendo socializar experincias que se mostrem educativas, educadoras, emancipadorasdas diferenas e do humano de cada um. A relevncia desse estudo est na possibilidade de contribuir cientificamente educao dos sujeitosde necessidades educacionais especiais e formao de professores. Para efeito da concepo deste projeto, ser elaborado um instrumentode observao para avaliar a participao de alunos com necessidades especiais em situao de aprendizagem, e, ao mesmo tempo, o professor,na proposio de situaes-problema e desafios a esses alunos. Do mesmo modo, sero eleitos como sujeitos da pesquisa alunos comnecessidades especiais e seus professores. A relevncia desse estudo est na possibilidade de contribuir cientificamente educao dossujeitos de necessidades educacionais especiais e formao de professores. Acreditamos que o maior desafio da escola inclusiva no ser ode adaptar as instalaes fsicas aos novos alunos, nem as reformulaes pedaggicas que sero necessrias, mas romper com o preconceito,o medo e a dificuldade de conviver com pessoas diferentes.

    EDUCAO NA DIVERSIDADE: CONCEPO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAISSOBRE SUA APRENDIZAGEM E SUAS DIFERENAS

    Aluno de Iniciao Cientfica: Tatiana Fernandes de Paula (CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 1993003486Orientador: Paulo Ricardo RossDepartamento: Planejamento e Administrao Escolar Setor: EducaoPalavras-chave: educao inclusiva, diversidade e aprendizagemrea de Conhecimento: Educao Especial 7.08.07.06-0

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    A prxis plstica constitui-se numa possibilidade de discurso que se serve das linguagens expressivas das artes plsticas para que a crianapossa produzir discursos no qual manifeste a sua subjetividade e, assim, constituir-se como sujeito. A presente proposta de pesquisa objetivaverificar se crianas portadoras de paralisia cerebral podem utilizar essas linguagens plsticas e tecer com elas os seus discursos plsticos. Aparalisia cerebral uma leso de uma ou vrias partes do crebro de uma criana, que prejudica principalmente o crtex motor, e causadapor problemas durante a gestao, parto ou nascimento. A criana com paralisia cerebral, mesmo no tendo ao direta sobre o objeto e tendouma fala de difcil compreenso, pode apropriar-se dos instrumentos sociais e com eles simbolizar, desenvolvendo linguagem. Alm disso,essa criana pode ou no apresentar deficincia mental. Este estudo foi realizado com um sujeito que, embora tenha sofrido uma lesocerebral, no apresenta comprometimento mental. Ele tem a fala, a viso, a audio e a motricidade afetadas, alm de apresentar alterao notnus muscular, que deriva em dificuldades funcionais nos movimentos. Conforme previsto na metodologia, foram realizadas sesses deintervenes com atividades nas trs linguagens expressivas das artes: giz de cera, argila e pintura. Os resultados levaram a duas categoriasdistintas; uma relativa ao mtodo de trabalho e outra ao discurso do sujeito. A primeira delas diz respeito necessidade de adaptaes noespao, envolvendo tanto a posio corporal da criana frente tarefa a ser realizada, quanto a adaptaes afetas metodologia de trabalho,que nesse caso, exige a presena atenta do professor para adequar o tempo todo o material ao sujeito. A segunda categoria revela que o sujeitorealiza um discurso plstico, no qual as linguagens expressivas adotadas podem contribuir para a expresso da criana, se forem feitas asadaptaes necessrias. H nesse sentido uma interdependncia dos dois fatores; sem adaptaes no espao envolvendo a criana e seuentorno fsico, as alteraes motoras da criana podem dificultar ou at mesmo impedir o seu discurso plstico, e, conseqentemente,comprometer a prxis plstica. Este estudo permite concluir que as linguagens expressivas das artes plsticas podem proporcionar um canalde comunicao no verbal para a criana com paralisia cerebral, que pode elaborar o seu discurso plstico, alm do discurso verbal, e realizaro seu processo de subjetivao. Visto assim, a atividade com as linguagens expressivas das artes plsticas passa a ser concebida no mais comosimples atividade, mas como prxis plstica. Este estudo mostrou que, para que esse objetivo seja atingido, vrias adaptaes devem serrealizadas.

    A PRXIS PLSTICA NA CRIANA COM PARALISIA CEREBRAL

    Aluno de Iniciao Cientfica: Andressa Mattos Salgado (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016704Orientadora: Tamara da Silveira ValenteDepartamento: Psicologia do Desenvolvimento Humano Setor: EducaoPalavras-chave: prxis plstica, desenvolvimento psicolgico, paralisia cerebralrea de conhecimento: Processos Perceptuais e Cognitivos; Desenvolvimento 7.07.07.01-4

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 299

    Este estudo tem como objetivo central analisar a concepo de palavra de alunos do 2 ciclo do Ensino Fundamental (3 e 4 sries) einvestigar como a capacidade de segmentao grfica destas crianas relaciona-se com a conscincia morfossinttica. As hipteses que norteiama pesquisa so: a) crianas que apresentam dificuldades em leitura e escrita possuem poucas experincias com a lngua escrita e,consequentemente, problemas na construo da noo de palavra; b) crianas com melhores desempenhos nas tarefas de conscinciamorfossinttica mostram maior capacidade para segmentar as palavras de forma convencional. Participam do estudo quatro grupos desujeitos que freqentam Escolas Pblicas no Municpio de Curitiba: -10 alunos que apresentaram alta freqncia de hipossegmentao, - 10alunos que apresentaram alta freqncia de hipersegmentao, - 10 alunos que apresentaram hipo e hipersegmentao, 10 alunos (controle)que no apresentaram problemas de segmentao grfica e freqentam as mesmas salas de aula dos alunos que apresentaram hipo ehipersegmentao. Os sujeitos foram selecionados a partir do desempenho no ditado da fbula A cigarra e as formigas, sendo um doscritrios de seleo a criana revelar j ter compreendido o principio alfabtico. A pesquisa est baseada em dois tipos de instrumentos decoleta de dados: 1) a partir de oito ditados populares, avaliao de como os alunos segmentam as palavras na oralidade e na escrita (alm dosdados quantitativos, se est investigando as hipteses explicativas dos alunos para as segmentaes no convencionais efetuadas); 2) seistarefas selecionadas e/ou adaptadas para avaliar a conscincia morfossinttica. Os dados coletados at o momento revelam que um critriopara segmentao bastante utilizado pelas crianas refere-se ao nmero de letras necessrio para formar uma palavra. Alm disso, verificou-se que entre os sujeitos selecionados por apresentarem hipossegmentao ou hipersegmentao estas dificuldades de segmentao no uma constante, ou seja, ao dizer e/ou escrever os ditados populares sujeitos selecionados por apresentarem hipossegmentao cometeramhipersegmentao e vice-versa. Este dado sugere que no existem nveis (ou etapas) no desenvolvimento da capacidade de segmentao depalavras na escrita, de forma que as crianas passariam primeiro por uma fase (de hipossegmentao, por exemplo) para depois alcanar umaoutra. Destaca-se, contudo, que esta hiptese precisa ser mais investigada. Quanto aos resultados nas tarefas de avaliao da conscinciamorfossinttica, embora a coleta no esteja concluda, verificou-se um desempenho abaixo do esperado, especialmente entre os sujeitos dogrupo controle. Neste sentido, no se pode ainda concluir quanto s relaes entre a capacidade de segmentao na escrita e a conscinciamorfossinttica.

    RELAES ENTRE A CONSCINCIA MORFOSSINTTICA E CAPACIDADE DE SEGMENTAODAS PALAVRAS GRFICAS

    Aluno de Iniciao Cientfica: Annelyse Dunke de Lima (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019024Orientadora: Sandra Regina Kirchner Guimares Colaboradora: Viviane BarbosaDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: Alfabetizao, Conscincia Morfossinttica, Segmentao Grficarea de Conhecimento: Ensino-Aprendizagem 7.080.406-1

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    O presente trabalho busca dar continuidade pesquisa iniciada no ano de 2006 referente atuao do Pedagogo na Rede Municipal deEnsino de Curitiba (RME). O atual trabalho tem como objetivo analisar a articulao entre teoria e prtica no trabalho do professor e dopedagogo. Para tanto foi necessrio ampliar o campo de investigao passando a incluir tambm professores/pedagogos da Rede Estadual deEnsino (REE). O instrumento de pesquisa utilizado foi entrevista com questes abertas e fechadas. A amostra foi composta de 10 profissionaisque atuam em ambas as redes, obrigatoriamente exercendo atividades de organizao do trabalho pedaggico (OTP) e de docncia. Asentrevistas foram realizadas no perodo de maro a maio de 2007, nos respectivos locais de trabalho. As questes enfocavam a formaoinicial e continuada, as atividades desenvolvidas no cotidiano escolar, reflexes sobre seu papel, sua atuao e, principalmente anlises sobrea relao entre o trabalho docente e as atividades de organizao do trabalho escolar. A partir de uma abordagem qualitativa dessas entrevistase do material bibliogrfico estudado foi possvel perceber que: os pedagogos que tm uma formao em habilitaes no consideram ser otrabalho pedaggico fragmentado, ou seja, corroboram com diversos pensadores que defendem a atuao unitria por parte dos organizadoresdo trabalho pedaggico; os profissionais, em sua maioria, consideram que a atuao na OTP e na docncia facilita o trabalho em ambas asfunes; a maioria dos entrevistados considera a docncia um pr-requisito para a atuao como pedagogo, demonstrando convergnciacom a concepo expressa pela ANFOPE (Associao Nacional pela Formao dos Profissionais da Educao); todos os pedagogos encontraramsemelhanas entre o trabalho do professor e do organizador do trabalho pedaggico, mas alguns tiveram dificuldade em apresentar diferenas,as que foram citadas referem-se mais a atividades prticas (de execuo) o que parece demonstrar que as duas funes possuem em sua baseo mesmo contedo pedaggico; muitas atividades listadas como essenciais para o trabalho do professor e para o trabalho do pedagogo so asmesmas demonstrando, portanto, a forte ligao entre as duas funes do pedagogo. Com relao legislao, o objeto de estudo destapesquisa foi analisado com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia aprovada no incio de 2006 sob o ParecerCNE/CP 03/2006, bem como trazer as contribuies tericas dos trabalhos de: Silva (1999), Miranda (2005, 2006), Precoma (2001), S(1997), Libneo (2005), Brzezinski (1996) e referentes a essa temtica.

    FORMAO UNITRIA DO PEDAGOGO ESCOLAR: COMO OS PROFESSORES/PEDAGOGOS DAREDE MUNICIPAL DE ENSINO DA CIDADE DE CURITIBA ANALISAM SUA FORMAO INICIAL

    Aluno de Iniciao Cientfica: Gabriela Schneider (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003012480Orientadora: Claudia Barcelos de Moura AbreuDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: Organizao do Trabalho Pedaggico, Professor, Formao unitriarea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007300

    Esta pesquisa est inserida em outra maior, intitulada O que os futuros educadores sabem sobre meio-ambiente e questo ambiental? Subsdios para aformao do professor do Ensino Fundamental, cujo objetivo identificar o que os futuros educadores sabem sobre a temtica ambiental. Nestapesquisa, questionrios realizados com estudantes do curso de Pedagogia da UFPR revelaram que as informaes e conhecimentos maissignificativos destes estudantes sobre a temtica ambiental foram obtidas no Ensino Mdio, especialmente nas disciplinas de Geografia eBiologia. Observou-se, ainda, que o nmero de questes relacionados temtica ambiental nos concursos vestibulares da UFPR aumentaramnos ltimos anos e entende-se que as escolas de Ensino Mdio determinam os contedos trabalhados com base nos conhecimentos exigidospela universidade. A Lei 9.795/99 prope que a educao ambiental no seja includa no currculo escolar como uma disciplina isolada, massim que esteja difundida em todas as disciplinas e prticas educativas escolares. A presente pesquisa tem como objetivo identificar e comparar,atravs de estudo de caso, as formas como escolas privadas e pblicas de Ensino Mdio de Curitiba trabalham e desenvolvem os conhecimentossobre a temtica ambiental. Assim, pretende-se contribuir com a identificao dos fatores responsveis pela formao deste conhecimentopor parte dos futuros professores do ensino fundamental. Foram selecionadas quatro escolas, de acordo com a freqncia com que apareceramno questionrio da pesquisa acima citada. Nestas escolas foram aplicados questionrios, realizadas entrevistas com professores e analisadosos contedos dos livros didticos e apostilas do ensino mdio. Ainda, foram entrevistados alunos dos 1 e 2 anos do Curso de Pedagogia queconcluram o Ensino Mdio nos anos de 2004 a 2006. Os resultados obtidos indicaram, em linhas gerais, os seguintes aspectos: a temticaambiental trabalhada disciplinarmente e prioritariamente nas disciplinas de Geografia, Biologia e Qumica; o material didtico possuicontedos diretamente relacionados com a temtica ambiental; os professores consideram a importncia desta temtica na educao;proporcionalmente aos demais contedos e seguindo a orientao do vestibular da UFPR, o contedo relativo temtica ambiental reduzido. Em relao abordagem da temtica ambiental observou-se que, embora ela considere aspectos sociais da questo ambiental,ainda no se pode afirmar que se caracterize como uma abordagem socioambiental.

    A TEMTICA AMBIENTAL NO ENSINO MDIO

    Aluno de Iniciao Cientfica: Maria Eunice de Oliveira (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/ THALES: 2005016577Orientadora: Cristina Frutuoso TeixeiraColaboradora: Solange Freundel FilvockDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: educao ambiental, ensino mdiorea de Conhecimento: Sociologia do Conhecimento 7.02.02.00-1

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    Este trabalho faz parte dos dados de uma pesquisa no Campo da Psicologia Social e Comunitria, relacionada Educao e Formao doDocente e sua Vida Cotidiana. Seu objetivo foi caracterizar o trabalho docente, na tica dos professores da rede municipal de Curitiba,aprofundando nos efeitos psicossociais do trabalho do professor na vida cotidiana, nos seus planos e sonhos para o futuro. Com a colaboraodo Sindicato dos Servidores do Magistrio Municipal de Curitiba (SISMMAC), foram aplicados questionrios semi-estruturados em 33escolas da rede municipal, tendo 219 questionrios respondidos pelos educadores, entre eles professores e/ ou pedagogos. Em seguida, asrespostas foram analisadas e categorizadas. Dos 219 respondentes, apenas 05 so homens e as idades dos professores variam de 24 61 anos.A grande maioria dos professores (95,89%) fez faculdade, e destes, 70,78% fizeram algum tipo de especializao. O curso mais citado narealizao da graduao pelos professores, com 47,17%, o de pedagogia. Os docentes tambm responderam questes relativas aos problemase/ou dificuldades que eles enfrentam no ambiente escolar, seja com alunos, colegas, equipe pedaggica, direo, famlia dos alunos,desenvolvimento do trabalho entre outros. Neste, destaca-se (62,34% de respostas) os problemas em relao ao descaso, negligncia,falta de interesse e falta de compromisso das famlias dos alunos em relao aos prprios alunos e a escola. Tambm foi perguntado aosdocentes qual a importncia do professor nos tempos atuais, e estes responderam, em primeiro lugar (33,66%) que o professor tm mximaimportncia, por ser base da sociedade e que este formador de cidados crticos, e em segundo lugar, com 23 % das respostas, que hbaixo reconhecimento e falta de valorizao por parte da sociedade de forma geral. Por fim, o mestrado, com 21,2% de respostas, osonho profissional da maioria dos professores respondentes, seguido da ps-graduao, com 16% de respostas. Em relao aos sonhospessoais dos docentes, destacam-se aquisio de bens e garantia da moradia prpria (24,6%) e Tempo de lazer e viajar com a famlia(24,22%) como respostas.

    PROFESSOR(A): SUA VIDA, SEU TRABALHO, SEU FUTURO

    Aluno de Iniciao Cientfica: Priscilla Franco Di Credo (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005076652Orientadora: Maria de Ftima Quintal de FreitasColaboradora: Lygia Maria Portugal de OliveiraDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: Docncia e Vida Cotidiana; Educao e Psicologia Social Comunitriarea de Conhecimento: Psicologia 7.07.00.00-1

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 301

    A escola um espao permeado tambm por diferentes concepes sobre as identidades sexuais e de gnero. Portanto, relevante que os/aseducadores/as estejam preparados/as para discutir essas questes em sala de aula. Por isso, o objetivo desse estudo investigar diferentesconcepes das/os formandas/os do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Paran acerca dos temas homossexualidade e gnero.Para realizar a pesquisa foi utilizado um questionrio com questes objetivas e com justificativas. A coleta foi realizada em 2007 e envolveuas/os discentes, do 4 ano do curso de Pedagogia. A amostra total foi de 96 questionrios. Os resultados indicam que, de acordo com amaioria, a questo da sexualidade foi discutida durante a graduao, principalmente nas disciplinas de Biologia Educacional, Psicologia daEducao e Didtica. Contudo, quando se trata a respeito do tema da diversidade sexual, a maioria afirma que no houve discusses, apesarde elas/es considerarem tal tema importante para a formao acadmica. Quando questionados/as a respeito de uma possvel influncia daorientao sexual do/a professor/a sobre os/as alunos/as, a maioria acredita no haver influncia, o que justifica o fato da maioria afirmar quecaso fosse diretor/a poderia contratar um/a professor/a homossexual. Por outro lado, a maioria apontou para o fato de no se sentir preparada/o para trabalhar com questes relacionadas sexualidade, contudo declararam estar preparados/as para trabalhar com pessoas de diferentesorientaes sexuais. J quando se questionou a respeito da formao de novos modelos familiares, como no caso de adoo de crianas porcasais homossexuais, o grupo dividiu-se, sendo praticamente metade contra e metade a favor. De acordo com os resultados desse estudopode-se verificar a necessidade de destinar mais espaos para as discusses sobre os temas sexualidade e gnero, uma vez que as/os discentesafirmaram no se sentir preparadas/os para trabalhar esses temas. Tambm porque foi possvel perceber que ainda existem muitas resistnciasquanto aos/s homossexuais. Contudo, importante afirmar que no basta apenas que as diferenas sejam postas em evidncia e aceitas, mastambm que se reflita e se questione as bases e normas pelas quais as identidades sexuais e de gnero so produzidas e normatizadas.

    HOMOSSEXUALIDADE E GNERO NO DISCURSO DA PEDAGOGIA

    Aluna de Iniciao Cientfica: Roberta Ferreira Cavalcanti (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004015546Orientador: Nilson Fernandes DinisDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: gnero, homossexualidade, educaorea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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    O presente trabalho tem como objetivo verificar as concepes de lucro de crianas e adolescentes que no trabalham e cursam o ensinofundamental, de 1a a 8a srie, na rede municipal de Curitiba. Tem-se tambm como objetivo comparar os resultados com os anteriormenteencontrados em sujeitos trabalhadores de rua. Parte-se pressuposto de que as condutas dos sujeitos so regidas por suas representaessociais e que o sujeito constri suas representaes a partir de sua atividade interativa com o meio fsico e social. Por meio do mtodo clnicode Piaget, realizaram-se dez entrevistas que verificaram as representaes dos sujeitos, de 07 a 15 anos de idade sobre a noo de lucro. Nasentrevistas encontramos concepes muito semelhantes s encontradas em estudos evolutivos sobre a noo de lucro. Verificaram-se tambmdificuldades do tipo cognitivo e scio-moral, conforme descrito por Delval, 2002. Em relao s crianas no trabalhadoras de outros pasesobservamos maior similaridade na evoluo da noo. Em comparao com outro estudo realizado com crianas e adolescentes trabalhadoresde rua de Curitiba, observamos que os sujeitos mais jovens escolarizados no trabalhadores possuem uma concepo mais elementar sobrelucro do que os sujeitos trabalhadores de rua da mesma faixa etria. Encontramos uma maior incidncia de sujeitos com uma concepo deprimeiro nvel, o mais elementar, conforme Delval 2002. Atribumos essa diferena a uma maior familiaridade dos sujeitos trabalhadorescom a atividade de compra e venda. No entanto, nos sujeitos adolescentes analisados as concepes se equiparam. Quando os sujeitos notrabalhadores se inserem de forma mais ampla no mundo econmico, alcanam uma compreenso equivalente justamente pela atividadeinterativa gradualmente enriquecida que requerer a interao entre a abstrao emprica e abstrao reflexionante. Conclui-se que acompreenso do lucro evolui de um saber prtico para o compreender. Uma vez alcanado um nvel de compreenso, este vem a ampliar aspossibilidades do saber prtico. Observa-se assim a necessidade da escola contribuir mais efetivamente na construo de conceitos econmicospor meio de uma alfabetizao econmica.

    O MUNDO ECONMICO E A ESCOLA EM QUESTO: CRIANAS E ADOLESCENTES QUE NODESEMPENHAM ATIVIDADE DE COMPRA E VENDA PODEM COMPREENDER O LUCRO?

    Aluno de Iniciao Cientfica: Roberta Rafaela Sotero Costa (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013077Orientadora: Tania StoltzDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: lucro, desenvolvimento cognitivo, conhecimento socialrea de Conhecimento: Psicologia Educacional 7.08.01.06-1

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007302

    O presente trabalho visa analisar os processos de recepo, produo e veiculao do discurso sobre a educao primria presente na imprensaperidica paranaense da dcada de vinte do sculo passado. Nesse contexto, a imprensa foi entendida como uma ferramenta decisiva parainstalar o debate pblico em dimenses inditas e, assim, permitir aos intelectuais assumirem plenamente a sua condio (identidade) deportadores de uma misso social civilizadora, capaz de guiar o povo, racionalizar as aes do Estado e inserir a nao no contexto mundial damodernidade. No Paran, particularmente neste perodo, deu-se a consolidao da imprensa diria do Estado expressa tanto pelo volume depublicaes, como pela utilizao de novas tcnicas e a profissionalizao dos seus agentes. Neste sentido, os jornais que encarnaram deforma mais ntida essas caractersticas foram o Dirio da Tarde (1899) e a Gazeta do Povo (1919). Ao afirmar a sua condio de portadora de umcompromisso pblico, para alm das paixes partidrias, essa imprensa moderna assume determinadas frentes de luta poltica, dentre elas, achamada causa educacional. At o presente momento, identificou-se e catalogou-se quatro mil e trezentos (4300) registros jornalsticos quetratam de questes educacionais. A pesquisa tem revelado uma vasta e complexa vinculao entre a imprensa e a causa educacional. Nessesentido, a hiptese da imprensa ter se constitudo, nesse perodo, em um ator importante do debate educacional mostra-se fecunda e capazde gerar desdobramentos significativos para a produo do conhecimento histrico. Diante de um universo to grande de temas e contedos,optou-se por analisar o discurso veiculado pelo jornal Gazeta do Povo (1926-1930) sobre a educao primria e o seu lugar enquanto meiopara alcanar dos anseios de progresso da nao. Advogando em favor da educao popular e no firme propsito de organizar uma novasociedade com seus pilares firmados na civilidade, a escola primria refletiu uma das faces da modernidade desejada por esses articulistas, quepretendiam por um lado formar aqueles que deveriam ser dirigidos e de outro se destacar como dirigentes nesse projeto. Nesse momento dapesquisa, temos como horizonte investigar as menes a educao primria popular no jornal Gazeta do Povo da dcada de vinte, encarandoessa discusso como uma das possibilidades de expresso das idias sobre a Modernidade desse perodo.

    O BRASIL NOS TRILHOS DO PROGRESSO: EDUCAO POPULAR E MODERNIDADE NO JORNALGAZETA DO POVO DA DCADA DE VINTE

    Aluno de Iniciao Cientfica: Alexandra Padilha Bueno (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003012572Orientador: Carlos Eduardo VieiraDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: Intelectuais, Educao Primria, Imprensarea de Conhecimento: Histria da Educao 7.08.01.02-9

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    A presente pesquisa se insere num projeto mais amplo de montagem de banco de dados sobre a imagem do personagem negro em jornaisimpressos paranaenses. Para organizar tal banco de dados trabalhamos com a leitura completa de trs jornais de alta circulao. So coletadase arquivadas, segundo categorias pr-determinadas, as unidades de informao que contenham personagens negras, sejam imagens oudescries textuais. Tambm so arquivadas todas as peas publicitrias que contm personagens humanos. Trabalhamos com o jornal OEstado do Paran e a partir da base de dados realizamos anlise que teve como objeto os personagens negros e brancos na publicidade publicadaneste jornal entre 17/12/2005 a 28/02/2006. A pesquisa teve como objetivo analisar o espao ocupado pelo negro(a) na publicidade impressados jornais paranaenses, relacionando os resultados com a questo racial brasileira na atualidade, em seus aspectos socioeconmicos e, emespecial, com os aspectos do plano simblico. Foram selecionadas as peas publicitrias que continham personagens humanos, consideradosindividuais, caso a pea trouxesse at quatro personagens, ou grupo-personagem, caso apresentasse mais de quatro personagens. Trabalhamoscom grade de anlise adaptada, com categorias relativas aos personagens pr-determinadas, por exemplo: cor-etnia, gnero, individualidade,idade ou etapa da vida e relaes de parentesco. As peas publicitrias foram analisadas de forma quantitativa e qualitativa, utilizandoprocedimentos de anlise de contedo. Os resultados quantitativos foram tratados usando o programa computacional SPSS (Statistical Packagefor the Social Sciences) para Windows XP. Em 394 peas encontradas, foram observados 456 personagens no total; cor-etnia: 376 personagensbrancos (82,5% do total), contra 22 personagens negros (4,8%), 2 personagens amarelos (0,4%) e 2 personagens indgenas (0,4%). Foramrealizados cruzamentos da varivel cor-etnia com as demais. Notou-se baixa percentagem de participao, nas peas publicitrias, tanto demulheres quanto de homens negros. Em peas especficas observou-se personagem negro ocupando espao individual em anncios. Ospersonagens negros(as) apareceram em trs faixas etrias (principalmente infncia-adolescncia); Praticamente no houve aluso a familiaresde personagens negros(as), com grande desigualdade em relao aos personagens brancos(as). Comparando com outros estudos, o negroparece estar mais presente na publicidade e os esteretipos negativos tm sido evitados. No entanto, o negro ainda sub-representado,estando longe de uma participao significativa, o que pode ser conseqncia da hierarquizao racial que permanece no discurso miditico.

    CONSTRUO SOCIAL DOS GRUPOS RACIAIS NEGROS E BRANCOS EM JORNAISPARANAENSES

    Aluno de Iniciao Cientfica: Wellington Oliveira dos Santos (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005018468Orientador: Paulo Vinicius Baptista da Silva Colaboradora: Priscila do Rocio Oliveira de SouzaDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: racismo, negro, mdiarea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 303

    Esta pesquisa tem como objetivo traar o perfil scio-histrico e cultural dos jovens e adultos, concluintes da Fase I do Ensino Fundamental,alunos dos cinco maiores Centros Estaduais de Educao Bsica de Jovens e Adultos (CEEBJA) do Municpio de Curitiba. O trabalho buscaresgatar as histrias de vida, objetivando identificar a autopercepo desses sujeitos que vivem numa sociedade letrada e como enfrentamdiariamente inmeras dificuldades para apreender novas linguagens tecnolgicas, que exige deles reelaborao constantes dos cdigos veiculadosnas informaes disponibilizadas no mundo de hoje. Todo processo investigativo se fundamenta no campo de estudos sobre os processos decognio, aprendizagem e desenvolvimento de Jovens e Adultos (EJA). O referido tema reporta-se a um contingente de brasileiros, que poruma srie de motivos, tiveram sua trajetria escolar bsica marcada por vrias iniciaes no referido espao, e/ou nem tiveram a oportunidadede iniciar esse processo. Esta problemtica est intimamente ligada a historia de vida destes educandos, caminho este marcado por situaesde fracasso e desencanto pela escola, frente aos problemas sociais, econmicos, pessoais e ineficincia das polticas publicas. As caractersticasdas desigualdades sociais muitas vezes refletem-se na vida escolar desses sujeitos. Portanto, identificar o perfil dos Jovens e Adultos quecursam a EJA necessrio para que se possa repensar polticas que visem dar ateno a essas desigualdades. Nesta perspectiva, a EJA devecontemplar aes pedaggicas especficas que levem em considerao o perfil do educando. importante considerar que as pessoas estopermanentemente se educando, e que a educao no se restringe quela que ocorre somente dentro da escola e portanto, todas as aesdevem ser pautadas nos fundamentos histricos, sociais, psicolgicos e pedaggicos, o que exige conhecimento do sujeito-educando.

    PERFIL DOS ALUNOS INTEGRANTES DA EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS DE 1 A 4 SRIESDO ENSINO FUNDAMENTAL DOS CEBEJAS DO MUNICPIO DE CURITIBA

    Aluno de Iniciao Cientfica: Ana Carolina Fischer (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES:2006019265Orientadora: Snia Maria Chaves HaracemivDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: Perfil dos Jovens e Adultos, CEEBJA, Fase I do Ensino Fundamentalrea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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    A presente pesquisa investiga as possibilidades de aproximao intercultural Brasil-Alemanha a partir do estabelecimento de relaes entreobras literrias. Para tanto, levanta as representaes literrias da escola, mais especificamente internatos, nos romances de formao alemese brasileiros no perodo 1880-1950, bem como a caracterizao do contexto scio-cultural e educacional no qual estas obras esto inseridas.Dando continuidade nossa pesquisa, selecionamos dois novos romances para serem aproximados: O Seminarista, de Bernado Guimares eUnterm Rad, de Hermann Hesse. Para tal exerccio, seguimos a concepo bakhtiniana de gneros discursivos; elementos de construocomposicional, estilo e unidade temtica, para aproximarmos os romances. Ilustrativamente, podemos listar alguns temas que permitemaproximaes de vis pedaggico-cultural presentes nos romances, tais como: a religiosidade como anuladora do sujeito; a imposio religiosados pais; o patriarcalismo e as concepes pedaggicas. Constatamos que a partir dos temas selecionados a aproximao pedaggica-interculturalentre os romances vivel.

    INTERCULTURALIDADE NO ENSINO DE LITERATURA ALEM E A REPRESENTAOLITERRIA DA ESCOLA NO BRASIL E NA ALEMANHA NO PERODO DE 1880-1950

    Aluno de Iniciao Cientfica: Catarina Portinho (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016563Orientador: Henrique Evaldo JanzenDepartamento: Teoria e Pratica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: interculturalidade, literatura, ensinorea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007304

    O objetivo principal deste trabalho apresentar resultados parciais das atividades de levantamento, organizao e catalogao da documentaoencontrada no arquivo histrico escolar do Colgio Estadual do Paran (CEP), realizadas entre os meses de agosto/2006 a abril/2007. Orecorte temporal estabelecido para a seleo da documentao foi de 1846 (criao do Lico de Coritiba) a 1980 (devido a parte dos documentosestar mais dispersa pelo colgio, por ainda se constituir como elemento do arquivo intermedirio). Os documentos foram inicialmenteseparados de acordo com as diferentes denominaes pelas quais passou a Instituio (Lico de Coritiba 13/03/1846 a 11/04/1876; InstitutoParanaense 12/04/1876 a ...1892; Gymnsio Paranaense - ...1892 a 09/07/1942; Colgio Paranaense 10/07/1972 a 05/01/1943; ColgioEstadual do Paran 06/01/1943 a 31/12/1980), e catalogados conforme: perodo histrico; srie; sub-srie; nmero do documento dentroda srie; nmero de pastas; nmero de pginas que o documento contm. Tambm foi iniciada a elaborao de uma breve descrio docontedo dos documentos, informando ainda seu formato e data. Estas informaes constituiro um banco de dados para consulta no CEPe no Centro de Documentao e Pesquisa em Histria da Educao da UFPR, e posteriormente sero disponibilizadas on-line. Constatou-se que o arquivo no recebeu um tratamento adequado para sua preservao, porm, em comparao situao geralmente encontrada nosarquivos escolares das escolas pblicas, pode-se afirmar que o acervo documental do CEP est em razoveis condies de conservao. Elecontm um rico material a ser identificado, pois muitos documentos e informaes do acervo so desconhecidos at mesmo pela instituio,em seu detalhamento. Em consonncia com os referenciais utilizados, como Diana Vidal, Maria J. Mogarro e Teresa J. Luporini, entende-seque os arquivos escolares so espaos de memria, e como tais, propiciam a reflexo acerca da Histria das Instituies Escolares, da culturaescolar e das relaes e prticas que perpassaram seu cotidiano. Assim, espera-se contribuir para o acesso documentao histrica dessaInstituio, e para o desenvolvimento de novas pesquisas que propiciem a discusso e a compreenso da temtica em torno da Histria daEducao.

    LEVANTAMENTO E CATALOGAO DE FONTES DO ARQUIVO ESCOLAR DO COLGIO ESTADUALDO PARAN

    Aluno de Iniciao Cientfica: Emanuelle Giamberardino Rochavetz Cordeiro (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006018876Orientadora: Nadia Gaiofatto GonalvesColaboradores: Guilherme de Brito Martins, Maria Eduarda W. de Oliveira, Amanda Lopes de FreitasDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: arquivo histrico escolar, Histria das Instituies Escolares, Colgio Estadual do Paranrea do Conhecimento: Histria da Educao 7.08.01.02-9

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    O presente trabalho trata da produo focada na relao entre a teoria esttica e a educao ambiental. O problema que motiva a pesquisa a aparente falta de consistncia terico-metodolgicas dos artigos apresentados no campo da educao ambiental. Nesse sentido, estabeleceram-se como objetivos o levantamento de artigos e trabalhos acadmicos nas bases correntes de dados Scielo e Google Acadmico -, artigosveiculados em eventos da rea (EPEAs, ANPED e Iberoamericano de Educao Ambiental) e no principal peridico cientfico do pas(Revista Eletrnica do mestrado em Educao Ambiental da FURG). Os artigos levantados foram submetidos anlise e categorizao,buscando-se destacar: foco de interesse; referencial terico adotado e principais procedimentos metodolgicos. Essa categorizao permiteevidenciar elementos avaliativos importantes para o desenvolvimento do campo. At o presente momento, a anlise foi desenvolvida com osartigos levantados das bases de dados e dos peridicos. Os resultados so apresentados em dois blocos. O primeiro com artigos fazendoreferncia direta esttica e/ou arte; e o segundo com artigos tratando de aspectos relacionados a essa dimenso. A partir dos diretamenteassociados, foram estabelecidas as seguintes categorias: arte como princpio do trabalho educativo na educao ambiental; educao estticana construo de valores ambientais; arte-educao e educao ambiental; fundamentos da educao ambiental; aes culturais como ampliaoda conscientizao e organizao com vistas educao ambiental efetiva; teatro e educao ambiental. No segundo bloco, configuram-se:ludicidade associada a vivncias na natureza; sensibilizao associada a vivncias na natureza; bases fenomenolgicas da educao ambiental;a educao ambiental com base na sociopotica. Os referenciais tericos apresentados nos trabalhos trazem aspectos de temas diversos, masa fundamentao na teoria esttica no est bem delimitada, exceto nos casos que tratam da fundamentao fenomenolgica da educaoambiental. Isso repete um quadro comum no campo da educao ambiental, o que discutido detalhadamente no trabalho. Quanto natureza das pesquisas, a maioria dos trabalhos so ensaios tericos e, nas pesquisas empricas, estudos de caso. Da mesma forma comoacontece para outros trabalhos no campo, os relatos de experincia so tambm comuns, no havendo apresentao clara de objetivosinvestigativos, o que reflete ainda uma confuso conceitual entre pesquisa e interveno. Foi identificado apenas um trabalho com a metodologiada pesquisa-ao. O trabalho ter continuidade com a seleo e anlise das publicaes em eventos da rea, destacando as produes emambiente escolar.

    REFERENCIAIS TERICO-METODOLGICOS NAS PESQUISAS EM EDUCAO AMBIENTALPELA ARTE NA DIMENSO ESCOLAR

    Aluno de Iniciao Cientfica: Eduardo Silveira (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016572Orientadora: Andria Aparecida MarinDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras Chave: Educao Ambiental, Esttica, Arterea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 305

    O objetivo principal deste trabalho apresentar resultados parciais de atividades de higienizao de documentos do arquivo histrico escolardo Colgio Estadual do Paran (CEP), realizadas entre os meses de maio a julho/2007. O trabalho com o acervo documental vem se realizandodesde agosto de 2006, porm at abril de 2007, com a colaborao da bolsista Emanuelle G. R. Cordeiro (ento substituida). O recortetemporal estabelecido para a seleo, tratamento e organizao da documentao foi de 1846 (criao do Lico de Coritiba) a 1980 (devido parte dos documentos ainda compor o arquivo intermedirio). Anteriormente a higienizao, os documentos haviam sido separados deacordo com as diferentes fases pelas quais passou a Instituio ao longo de sua existncia: Lico de Coritiba, Instituto Paranaense, GymnsioParanaense, Colgio Paranaense, e Colgio Estadual do Paran. Tambm haviam sido organizadas de acordo com os tipos de documentos,dentro de cada perodo, com espao para informaes mais tcnicas e de localizao no acervo, alm de uma breve descrio do seu contedo,formato e data. Em geral, o acervo documental se encontra em razoveis condies de conservao. Em maio foram iniciadas as atividadespara sua higienizao e acondicionamento, conforme instrues tcnicas recebidas no Curso Procedimentos de conservao de documentos;realizado junto ao Arquivo Pblico do Paran. Basicamente, estes cuidados so: a higienizao, que trata da limpeza interna e externa dosdocumentos com o uso de trinchas macias e o acondicionamento em embalagens alcalinas que garantem a conservao dos documentos.Para o desenvolvimento dessas atividades, o CEP tem fornecido o material bsico necessrio. A higienizao uma atividade tcnica, masfundamental. At o momento, foi higienizada a documentao do departamento financeiro do CEP. Posteriormente a higienizao, serconcluda a organizao dos documentos como acervo, e construdo um banco de dados digital. A inteno do projeto possibilitar que estearquivo histrico escolar receba o tratamento adequado e possa constituir-se em um acervo apropriado para a realizao de pesquisas, ondepodero ser encontrados (organizados e preservados) documentos como: livros ponto de professores e funcionrios, livros de atas de reuniespedaggicas, livros contbeis, livros de ocorrncias, fichas de alunos, entre outros, que apresentam importantes informaes sobre o cotidianoescolar e que so fontes importantes para o estudo da Histria da Educao, e em especial desta Instituio Escolar.

    HIGIENIZAO, ORGANIZAO E CATALOGAO DO ARQUIVO HISTRICO ESCOLAR DOCOLGIO ESTADUAL DO PARAN

    Aluno de Iniciao Cientfica: Jozilei Mantagute de Souza (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006018876Orientadora: Nadia Gaiofatto GonalvesColaboradores: Guilherme de Brito Martins, Maria Eduarda W. de Oliveira, Amanda Lopes de FreitasDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: arquivo histrico escolar, higienizao, Colgio Estadual do Paranrea do Conhecimento: Histria da Educao 7.08.01.02-9

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    No presente resumo pretendo apresentar os resultados de meu trabalho como bolsista no projeto Currculo e Educao do Corpo: histriado currculo na instituio pblica primria no Paran (1882-1926). Em primeiro momento, necessrio salientar a mudana da pesquisaproposta no plano de trabalho: Por necessidade do projeto, dediquei-me no ltimo ano a padronizar e organizar o banco de dados criado apartir do mapeamento e levantamento de fontes executado pelo grupo de pesquisa desde o ano de 2001; e no a pesquisa das festas cvicascomo elemento de educao do corpo. O trabalho de mapeamento e levantamento de fontes norteado por um grupo de palavras-chave quecircunda o objeto de estudo do projeto; o currculo e educao do corpo. Com conhecimento destas os pesquisadores vo aos arquivos nabusca de documentos que sirvam ao seu trabalho individual, mapeando fontes histricas que se relacionem com o tema e, assim, alimentamo referido banco de dados. Para que o banco de dados opere de forma funcional, foi estabelecido um padro de catalogao destas fontesencontradas; a partir desta padronizao desenvolvi meu trabalho. A princpio fiz um levantamento geral das fontes mapeadas, que constamde aproximadamente 1100, referentes ao perodo de 1835 a 1986. Em segundo momento ocupei-me de colocar todas as fontes catalogadasem um mesmo padro, retirando delas as informaes necessrias para preencher os campos de busca -ano, palavras-chave e ttulo-, e aindaas informaes que compreendemos necessrias para a operacionalidade do banco de dados condio fsica, localizao, autores e destinatriose descrio de contedo-, desta forma fomos capazes de produzir um banco de dados funcional e de fcil acesso queles interessados.Compreendo que este trabalho atua em favor do conhecimento dos arquivos encontrados na cidade de Curitiba, bem como de seus acervose, indo alm, acredito que ressalta a importncia da fonte histrica no procedimento de pesquisa, pois imprime a necessidade de conhecimentodestas em sua totalidade.

    AS FESTAS CVICAS COMO ELEMENTOS POTENCIAIS DA EDUCAO DO CORPO NAESCOLARIZAO PRIMRIA PARANAENSE (1920-1940)

    Aluno de Iniciao Cientfica: Lcia Chueire Lopes (PIBIC/ CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016463Orientador: Marcus Aurlio Taborda de OliveiraDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: histria do currculo, histria da educao, fontes histricasrea de Conhecimento: Histria da Educao 7.08.01.02-9

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007306

    Estudos tm mostrado que as percepes e crenas que os indivduos possuem acerca de si mesmos exercem um papel importante sobre assuas decises e aes, e, conseqentemente, sobre o seu desempenho nos mais variados contextos. O presente estudo pretende explorar arelao existente entre as crenas auto-referenciadas (auto-conceito, auto-estima e crenas de controle), de crianas que freqentam a 4srie de uma escola pblica de Curitiba, e as estratgias que as mesmas utilizam para o enfrentamento de situaes adversas (coping). Aprimeira etapa da coleta de dados consistiu na aplicao de escalas em 52 crianas, buscando-se acessar aspectos relativos s suas crenas auto-referenciadas. Na segunda etapa foram apresentadas nove pequenas histrias, nas quais os participantes deveriam apontar qual a estratgia deenfrentamento que o personagem escolheria na situao em questo. Foi proposto aos entrevistados, tambm, que relatassem livrementealguma situao real de dificuldade recentemente vivenciada por elas, bem como o que fizeram para resolv-la. Alguns resultados obtidosdiante dos eventos relatados por eles foram que as brigas constituem uma fonte importante de stress. Diante disso, a estratgia mais utilizadafoi a inao, pelo fato de que muitos desses casos esto fora do controle da criana (brigas entre pais, morte ou doena). Nas histriasapresentadas aos alunos, a estratgia ao direta foi a mais utilizada, no que se refere a situaes que exigem maior responsabilidade, j aestratgia distrao apareceu nas situaes que envolvem brincadeira. Outra estratgia bastante utilizada foi a busca de apoio social instrumental,principalmente quando se trata de assuntos acadmicos. Acreditam que o outro (o professor ou o colega) so pessoas que podem lhe ajudarna resoluo dos problemas escolares. Na relao entre as crenas auto-referenciadas e estratgias de coping percebeu-se que aqueles quepossuem uma auto-estima predominante negativa escolheram a estratgia ao agressiva e aqueles que escolheram ao direta possuemnveis positivo e mediano. Ainda neste mesmo grupo, no que se refere a agncia esforo, mostrou-se que todos acreditam que so capazes dese esforar para resolver as dificuldades, incluindo aqueles que ocorrem no contexto acadmico. Destes, a maioria v o professor como umaliado; no entanto, pouqussimos assumem a figura exclusiva do professor como um meio vlido de conseguir sucesso (meios-fins professor).Aparentemente os resultados do suporte suposio de que as crenas auto-referenciadas esto ligadas ao coping, embora se necessiteanalisar de maneira mais aprofundada o material produzido no presente estudo, pois as relaes no so estritamente lineares. Tambm sefazem necessrios estudos adicionais sobre o tema, a fim de se conseguir maiores informaes sobre a dinmica em questo. De qualquermodo, embora as caractersticas do contexto influenciem as respostas de coping, crenas auto-referenciadas positivas parecem reduzir avulnerabilidade ao stress, mesmo em situaes pouco controlveis.

    CRENAS AUTO-REFERENCIADAS E A SUA RELAO COM AS ESTRATGIAS DE COPING NOCONTEXTO ESCOLAR E FAMILIAR

    Aluno de Iniciao Cientfica: Rosseline da S. Fernandes (Fundao Araucria)Orientadora: Helga LoosColaboradora: Ligia Fernanda Keske CassemiroDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: crenas auto-referenciadas, aspectos afetivos e cognitivos do desenvolvimento, estratgias de copingrea de conhecimento: Psicologia do Desenvolvimento Humano 7.07.07.00-6

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    A relao da Histria com as fontes sempre colocada em primeiro plano em qualquer discusso historiogrfica, mostrando a importnciaem se recorrer a elas fontes na busca de informaes pertinentes ao desejado estudo. Porm, o trabalho do historiador em ir diretamente fonte, passou por perodos difceis trazendo tona certo descuido neste trabalho quantitativo, ou como alguns autores preferem, nestetrabalho artesanal. Podemos usar como exemplo deste perodo de descuido, o texto de Amaral Lapa Economia Colonial no qualmostra claramente esta falta de recorrncia dos historiadores aos arquivos: (...) ignorncia dos historiadores em relao aos arquivos, o quenaturalmente gera a pobreza lamentvel dos estudos de carter monogrfico, embasamento indispensvel para as interpretaes globais (...)(AMARAL, 1973: 11). Dessa forma, este trabalho entra na categoria dos trabalhos artesanais, ou seja, um estudo voltado catalogao defontes, transcrio de documentos encontrados no Memorial Lysimaco Ferreira da Costa datados de 1900 a 1932 -, no Crculo de EstudosBandeirantes (CEB) e no Departamento Estadual de Arquivo Pblico do Paran (DEAP) datados de 1904 a 1939. Tais documentospossuem a forma de livros, relatrios, programas de ensino, regimentos, regulamentos, anais de congresso, pastas, etc., todos voltados aoEnsino Pblico Paranaense e suas derivaes sade, condies fsicas, quadro de professores, etc. Este estudo tem como objetivo omapeamento das fontes j citadas, apresentando um catlogo de fontes com padro especfico onde o pesquisador poder encontrar facilmenteo autor, destinatrio, ano do documento, aparncia fsica, palavras-chaves e uma descrio analtica desta fonte, possibilitando desta maneirauma busca seletiva de informaes. Neste tipo de trabalho no podemos deixar de abordar algumas discusses referentes s consideraes deCarlos Ginzburg, referncia importante nos estudos acerca de fontes e pesquisa histrica.

    CURRCULO E EDUCAO DO CORPO: HISTRIA DO CURRICULO DA INSTRUO PBLICAPRIMRIA NO PARAN (1882-1926)

    Aluno de Iniciao Cientfica: Thiago David Stadler (PIBIC/CNPq)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016463Orientador: Marcus Aurlio Taborda de Oliveira Colaborador: Henrique WitoslawskiDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: modernidade, racionalidade, civilizaorea de Conhecimento: Histria da Educao 7.08.01.02-9

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 307

    Este trabalho tem como objetivo contribuir para estudos acerca da formao inicial e continuada (em servio) de professores que ensinammatemtica no que se refere vertente da ao didtica. A metodologia da pesquisa de natureza qualitativa na modalidade interpretativa,sendo a dinmica de ao colaborativa. O grupo de pesquisadores integra professores em formao (alunos do Curso de Matemtica),professores formadores (dos Cursos de Licenciatura em Matemtica e em Pedagogia) e professores atuantes na Educao Bsica, possibilitandoque, no decorrer das aes previstas, a modalidade colaborativa v norteando a trajetria a ser percorrida. Adotamos como eixo de anlise omovimento transformativo destes professores no transcurso profissional, estamos buscando entender as dinmicas didtico-metodolgicasque hoje desenvolvem. Idias acerca de desenvolvimento profissional so ancoradas no conjunto das obras de Imbernon, Gauthier, Zeichener,Tardiff, Marcelo, Ponte, Fiorentini e Gurios. DAmore oferece o aporte referente ao estudo da epistemologia da prtica docente com vistas compreenso dos processos didticos que desenvolvem no interior da sala de aula de matemtica. Os resultados at o momento obtidosrevelam pontos nevrlgicos que so convergentes na ao didtica dos professores pesquisados e, tambm convergentemente, apontamindicativos de prticas bem sucedidas. Outro ponto nevrlgico est relacionado s relaes e/ou interfaces possveis no trinmio realidade -cotidiano contextualizao. Em algumas circunstncias, parece haver coincidncia de significado entre estes termos, com nfase nobinmio realidade-cotidiano. Percebemos que, para alguns professores, o que do cotidiano da realidade, e se situaes do cotidianoforem utilizadas para desencadear situaes didticas, tais situaes estaro, automaticamente, contextualizadas. No entanto, tal relao no unanimemente estabelecida por todos os professores pesquisados. Percebeu-se que alguns professores atriburam ao termo contextualizaoa funo de elemento estruturante de atividade didtica, possibilitador da produo de significado ao conceito matemtico estudado. Outroselementos didticos esto sendo identificados nas falas dos professores pesquisados e formaro uma malha constitutiva referente atividadedocente que, em dilogo com o referencial terico adotado, permitiro entender as dinmicas didtico-metodolgicas reveladas por estesprofessores escolares, envolvendo formao inicial e continuada. Entendemos que esta pesquisa pode oferecer subsdios para o aprimoramentoda formao didtico-pedaggica nos cursos de Licenciatura e para programas de formao de professores em todos os nveis, nas modalidadesinicial e continuada.

    POSSVEIS ENTENDIMENTOS ACERCA DE DINMICAS DIDTICO-METODOLGICASREVELADAS POR PROFESSORES ESCOLARES ENVOLVENDO FORMAO INICIAL ECONTINUADA

    Aluno de Iniciao Cientfica: Andressa Charlene Fernandes (Fundao Araucria)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014996Orientadora: Ettine Cordeiro GuriosColaboradores: Anderson Gosmatti, Glria PerineDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: formao de professores, educao matemtica, didtica e metodologiarea de Conhecimento: Ensino-aprendizagem 7.08.04.00-1

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    Esta pesquisa tem o objetivo de desvelar o entendimento de professores acerca de elementos componentes da prtica didtica em matemticano Ensino Fundamental e Mdio. A pesquisa de natureza qualitativa e interpretativa, focada, particularmente, na modalidade colaborativa.O grupo de pesquisadores integra professores em formao (alunos do Curso de Matemtica), professores formadores (dos Cursos deLicenciatura em Matemtica e em Pedagogia) e professores atuantes na Educao Bsica. Adotamos como eixo de anlise a idia de experinciaautntica segundo Larrosa (1999), por ser a que provoca um movimento transformativo durante o desenvolvimento profissional do professor.Aceitamos como fato o observado por Gurios (2002) que a experincia autntica a que leva o professor a buscar o aprimoramentocontnuo em sua ao, diferenciando-o do que desenvolve prticas idnticas fundadas na tradio acadmica de repetio, memorizao eaprendizagem algortmica no ensino de Matemtica. Tendo em vista o movimento transformativo destes professores no transcurso profissional,estamos buscando entender as dinmicas didtico-metodolgicas que hoje desenvolvem. Idias acerca de desenvolvimento profissional soancoradas no conjunto das obras de Imbernon, Gauthier, Zeichener, Tardiff, Marcelo, Ponte, Fiorentini e Gurios. DAmore oferece oaporte referente ao estudo da epistemologia da prtica docente com vistas compreenso dos processos didticos que desenvolvem nointerior da sala de aula de matemtica. Os resultados preliminares apontam que a experincia docente revelada pelos professores, quandoautntica, possibilita a ocorrncia de uma relao dialgica entre conhecimentos formais e ao didtica, potencializando a construo deprincpios didticos individuais que implicitamente ancoram o conjunto das aes que desenvolvem. H evidncias de que os princpios vosendo construdos dinamicamente e so subjacentes ao modo como atuam, desde a opo que fazem pela organizao programtica at oposicionamento metodolgico com que dinamizam as modalidades de atividades que definem. Alguns elementos didticos tm emergidodos dados empricos, sobre os quais est previsto aprofundamento analtico-interpretativo, tais como, diferentes significados atribudos aostermos concreto e experincia, relaes e/ou interfaces no trinmio realidade - cotidiano contextualizao, problema problematizao- situao problema e outros termos emergentes nas falas dos professores participantes da pesquisa. Os resultados da pesquisa oferecerosubsdios para o aprimoramento da formao didtico-pedaggica nos cursos de Licenciatura e para programas de formao continuada deprofessores da Educao Bsica.

    POSSVEIS ENTENDIMENTOS ACERCA DE DINMICAS DIDTICO-METODOLGICASREVELADAS POR PROFESSORES ESCOLARES ENVOLVENDO FORMAO INICIAL ECONTINUADA

    Aluno de Iniciao Cientfica: Debora Cristina Bagatin Zaramela (Fundao Araucria)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004014996Orientadora: Ettine Cordeiro Gurios Colaboradores: Anderson Gosmatti, Glria PerineDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: formao de professores, educao matemtica, didtica e metodologiarea de Conhecimento: Ensino-aprendizagem 7.08.04.00-1

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007308

    Este estudo aborda a relao entre as transformaes scio-tcnicas em curso no processo de produo industrial no Brasil e as formas derepresentao da identidade de classe dos trabalhadores. Apoiada por uma vasta literatura que analisa as mudanas recentes nos processos detrabalho e suas relaes com a educao e com a organizao do ensino em seus vrios nveis e modalidades. Tomando os fundamentoscientficos do princpio educativo do trabalho, a pesquisa est sendo realizada com trabalhadores do setor automotivo no municpio de SoJos dos Pinhais, na Regio Metropolitana de Curitiba. O estudo realizado, enquanto pesquisa de carter qualitativo, com um grupoformado por vinte trabalhadores, que foram respondentes de pesquisa anterior, realizada aps fazerem curso de qualificao especfica paratrabalharem nas empresas montadoras de automveis nos anos de 1997-98, e serem contratados para o emprego. Busca compreender comoesses trabalhadores percebem o processo da sua trajetria profissional e que relao eles estabelecem entre a posio que ocupam dentro dasempresas e a escolarizao e os cursos de qualificao que fizeram. O estudo limita-se a trabalhadores empregados nas duas maiores montadorasinstaladas no municpio atualmente. Aportada em fundamentos terico-metodolgicos da histria-oral, associados aos da etnografia. Ainvestigao realizada por meio de entrevistas com o grupo de trabalhadores de modo a constituir um corpo de categorias que possamrevelar o modo como eles compreendem a relao entre a formao profissional, a escolarizao, as relaes de trabalho, o mercado detrabalho e o exerccio de poder na sociedade brasileira atual. Bem como identificar os principais fatores que contribuem para o desenvolvimentoda conscincia social do trabalhador frente realidade social. Busca, desse modo, compreender os parmetros de adeso e de resistncia dotrabalhador frente pedagogia do capital, tendo por base os princpios da formao humana que se exprime pelo processo de ruptura queculminar com a libertao do trabalho da opresso do capital.

    RELAES DE TRABALHO E IDENTIDADE DE CLASSES

    Aluno de Iniciao Cientfica: David Ursino da Cruz (UFPR/TN)N. de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013260Orientador: Gracialino da Silva DiasDepartamento: Planejamento e Administrao Escolar Setor: EducaoPalavras-chave: Alienao, Formao Humana, Trabalhorea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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    O presente trabalho se integra pesquisa A cultura dos povos do campo e o currculo escolar e objetiva analisar a cultura camponesa,tendo como referncia o modo de vida, de trabalho e luta social dos trabalhadores e trabalhadoras assentados/as que participaram da luta pelaterra no Municicio de Quedas do Igua-PR. Tendo como abordagem o materialismo histrico-dialtico, trabalhou-se com a metodologiaqualitativa, articulando a pesquisa bibliogrfica com a emprica, a partir da histria oral. A comunidade do Assentamento Celso Furtado emsua maioria viveu historicamente no campo. So poucos os que viveram na cidade e, alguns, so camponeses brasileiros provenientes doParaguai. A comunidade assentada tem construdo seu modo de vida, suas relaes de trabalho, sua luta social vinculado terra. Nesteprocesso (re)laboram a cultura camponesa, a qual perpassada por diversas relaes sociais, entre elas as de gnero, atreladas a diviso detrabalho e a definio de papis para homens e mulheres, tanto na comunidade, como no trabalho produtivo e reprodutivo. Todavia, pode-se notar que ha uma pequena diferena com relao a idade, onde a maneira de se definir estes papis se distanciam um pouco das geraesmais jovens com relao s geraes mais antigas. A diferenciao de idade no interfere somente na questo de gnero, mas est ligadatambm permanncia ou no no campo e no assentamento e, ao processo contnuo da luta do movimento por condies que permitam acontinuidade das famlias no assentamento. Situao esta que, aos poucos, vem afetando a cultura da comunidade e a maneira de olhar omovimento e a luta pela terra, onde algumas pessoas se encontram desanimadas e com forte desejo de tentar a vida na cidade, principalmentedentre os adolescentes e jovens. Por outro lado, os joverns reconhecem que a vida e o trabalho no campo, como tambm a participao naluta pela terra contribuiram para formar neles uma cultura camponesa e uma maneira de olhar a vida, diferente dos jovens da cidade.Reconhecem que participar do movimento social trouxe para eles e seus pais no s a conquista da terra, mas acima de tudo a recriao doprprio conhecimento. Nesta pesquisa, pode-se inferir que as transformaes que vem ocorrendo na sociedade, o avano do capitalismo nocampo e o processo de luta pela terra dentro do movimento social tm influnciado na cultura da comunidade e no modo de vida dostrabalhadores e trabalhadoras do campo, bem como na maneira de olhar a vida pelos jovens camponeses do assentamento. Contudo, nose pode negar que a forma de trabalho e de reproduo da vida no campo permanecem, exceto em algumas situaes, com caractersticasscio-histrico-culturais que so passadas de gerao a gerao.

    RESGATE E REGISTRO DA CULTURA DOS POVOS DO CAMPO

    Aluno de Iniciao Cientfica: Adriana Martins de Oliveira (UFPR/TN)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016629Orientadora: Snia Ftima SchwendlerDepartamento: Planejamento e Administrao Escolar Setor: EducaoPalavras-chave: cultura, campesinato, assentamentorea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 309

    A partir do Decreto 5154/04, h um redirecionamento da oferta da Educao Profissional de nvel mdio, passando a ser ofertada nasmodalidades Integrada, Concomitante e Subseqente. A pesquisa Tecnologia, trabalho e formao os caminhos da escola pblica deensino mdio em Curitiba/PR fase II: Educao geral e profissionalizante: percursos da institucionalizao do Ensino Mdio Integradoinvestiga a implantao da modalidade Ensino Mdio Integrado. Foi analisado inicialmente o Documento produzido pela Secretaria Estadualda Educao SEED/PR intitulado Fundamentos Polticos e Pedaggicos da Educao Profissional do Paran norteador da proposta deintegrao entre educao geral e profissional. Com base nesse Documento foram analisadas as Propostas Pedaggicas dessa Secretaria paraos Cursos Tcnicos em Nvel Mdio Integrado nas reas de Administrao, Informtica, Secretariado e Turismo. A inteno foi a de verificarem que medida ocorreu a incorporao das proposies gerais do Documento Fundamentos Polticos e Pedaggicos da Educao Profissionaldo Paran pelas propostas dos cursos analisados. Tomou-se como referncia para a anlise, dentre essas proposies, o trabalho comoprincpio educativo, a integrao entre cincia, cultura e trabalho, e a articulao entre conhecimento cientfico bsico e conhecimentotecnolgico. A hiptese orientadora da pesquisa buscou discutir em que medida ocorre a integrao entre formao geral e profissional, ouem que medida retomada a forma que tradicionalmente se instituiu de justaposio entre disciplinas do ncleo comum de formao gerale o ncleo especfico de profissionalizao. Em linhas gerais, foi possvel verificar que as propostas dos cursos analisados integram de formaparcial e apenas circunstancialmente os princpios presentes no documento produzido com vistas integrao curricular, o que sugere aretomada da justaposio e conseqente desarticulao entre formao geral e formao profissional.

    EDUCAO GERAL E EDUCAO PROFISSIONAL: APROPRIAES PELA ESCOLA NO ENSINOMDIO INTEGRADO

    Aluno de Iniciao Cientfica: Gisele Adriana Maciel Pereira (UFPR/TN)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2004013657Orientadora: Monica Ribeiro da SilvaDepartamento: Planejamento e Administrao Escolar Setor: EducaoPalavras-chave: educao e trabalho, ensino mdio integrado, polticas curricularesrea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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    O presente trabalho estuda as relaes entre Cinema e Histria, considerando a discusso dos filmes como uma das fontes histricas,como agentes histricos. Nosso objetivo observar uma mudana na produo cinematogrfica dos anos sessenta definindo-a como umapoca de transio para um estilo mais crtico de cinema. Com a crtica configurada nas telas, possvel observar vrias caractersticas dasociedade americana daquela poca. Para tanto, utilizamos o filme The Graduate (A primeira noite de um homem) de 1967. Buscamosanalisar alguns dilogos, salientando a questo da formao, carreira e valores do personagem central. A conduo diegtica da histriaencaminha para constantes comportamentos escapistas dos personagens. Podemos exemplificar com o seguinte dilogo: O que temele? [o futuro] (indagao feita pelo pai de Ben) / Eu no sei! (resposta dada pelo jovem). Nosso trabalho tem o suporte, principalmente,na metodologia estabelecida por Marc Ferro e outros historiadores que seguem a mesma linha. Analisando o filme como agente histrico esalientando aspectos da obra como resultado do trabalho e do iderio de uma equipe, tambm a questo da intencionalidade ou no dalinguagem cinematogrfica passa a ser discutida. Na continuidade de nosso estudo pudemos nos deparar com uma tendncia crtica que seapresentava, influenciada por alguns e influenciando outros diretores. A tendncia de uma vertente crtica, eivada de intencionalidades, podeser observada no perodo.

    Suporte financeiro: UFPR /TN.

    E AGORA, MRS. ROBINSON? O CINEMA COMO FONTE HISTRICA NA ANLISE DASOCIEDADE AMERICANA DA DCADA DE SESSENTA

    Aluno de Iniciao Cientfica: Rafael Jos Bassi (UFPR/TN)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ / THALES: 2004014476Orientadora: Susana da Costa FerreiraDepartamento: Planejamento e Administrao Escolar Setor: EducaoPalavras-chave: Histria, Cinema, Sociedade Americanarea de Conhecimento: Histria da Educao 7.08.01.02-9

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007310

    O livro didtico um instrumento amplamente utilizado pela escola. A princpio tratava-se de exemplares com verses em portugus, delivros didticos estrangeiros, muitos deles franceses. Com a criao do Ministrio de Educao e Sade em 1938, surgiu a necessidade deavaliar estes livros que com o passar do tempo, tornaram-se quase que um instrumento caracterstico das escolas em geral. Em 1995 surgeo PNLD (Programa Nacional do Livro Didtico) que avalia entre outras coisas o contedo veiculado nestes livros. Anteriormente a este, asavaliaes feitas levavam em considerao os aspectos fsicos dos livros didticos: material utilizado, custos, etc., deixando de lado os seuscontedos. A avaliao realizada pelo PNLD, utiliza fichas de apoio que trazem itens que devem ou no ser contemplados pelo livrodidtico. Um dos itens presentes nas fichas do PNLD, diz respeito ao esteretipo que a cincia ganhou e ainda ganha, como sendo uma reaexclusivamente masculina. Este estudo teve como intuito trabalhar a questo do gnero nos livros didticos de cincias do Ensino Fundamental.Para isso, analisaram-se as figuras humanas existentes nos livros didticos de cincias de 1. a 4. sries. Tais livros foram publicados entre finsda dcada de 1960 at 2004. Primeiramente foi realizada uma contagem das figuras. Esta resultou em dados suficientes para a formulao detrs questes que nortearam a pesquisa: a primeira referiu-se ao equilbrio entre as quantidades e propores de representaes dos gnerosmasculinos e femininos; a segunda procurou investigar se houve mudanas dessas propores no decorrer das dcadas; a terceira verificouse a quantidade de figuras humanas aumentou nos livros mais recentes. Esperava-se que houvesse mudanas na forma como o gnerofeminino tratado neste instrumento to importante para o corpo docente o livro didtico , porm, na amostra analisada vimos que,apesar das inmeras pesquisas realizadas nesta rea, dos acalorados debates ocorridos e, de toda a transformao pela qual a sociedade passoue est passando, o papel que o gnero feminino tem nas representaes dos livros didticos no se modificou. Os resultados desta pesquisa,portanto, tm um papel fundamental tanto na melhoria das propostas de avaliao de livros didticos em geral quanto para a formao dosprofessores, principalmente daqueles que trabalham com uma rea culturalmente retratada como masculina: a cincia.

    INVESTIGANDO A CINCIA E O CIENTISTA A PARTIR DAS IMAGENS DOS LIVROS DE CINCIASNATURAIS DA EDUCAO BSICA

    Aluno de Iniciao Cientfica: Cludia Anglica Becerra Soto (UFPR/TN)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013341Orientadora: Christiane GioppoColaborador: Juarez GabardoDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: livro didtico, gneros, avaliaorea de Conhecimento: Avaliao de Sistemas, Instituies, Planos e Programas Educacionais 7.08.03.03.0

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    O presente trabalho procura analisar a questo da heteronomia e da autonomia de acordo com a teoria de Piaget e a importncia das interaesentre a famlia e a criana que possibilitam o alcance da autonomia pela criana. Segundo Piaget, a anomia o primeiro estgio da moralidade,est calcada em atividades motoras e no egocentrismo. No h aqui o reconhecimento de normas ou regras. Na seqncia aparece aheteronomia. Neste estgio o respeito unilateral marcante, a criana tende a respeitar cegamente a autoridade. H uma necessidade deregras, e estas so exteriores. Com a interao entre iguais (outras crianas) e outros fatores como a maturao e o processo de equilibrao,alm da experincia com objetos, h a possibilidade de alcance da autonomia. A cooperao e o respeito mtuo so caractersticas de umsujeito autnomo. Na autonomia as regras no so mais exteriores, mas sim fruto de um acordo entre os sujeitos. O mtodo utilizado nopresente trabalho foi o mtodo clnico. Foram realizadas entrevistas com 10 crianas de uma escola municipal localizada em Araucria,Paran, buscando verificar sua interao na famlia, formas de gratificao e de punio. Alm das entrevistas com as crianas foi entregue aosrespectivos pais um questionrio e tambm foi realizada uma entrevista com a professora das crianas. Conclumos observando a vigncia deautoritarismo na interao dos pais com a criana onde a obedincia a principal virtude que os pais esperam dela e, como forma punitiva,tem-se o freqente uso de punio fsica valendo-se de objetos como cinto, chinelo, vara e outros. A conduta autoritria pode impedir acriana de alcanar a autonomia, pois o respeito unilateral consequntemente acaba aumentando. O dilogo, os momentos de lazer onde ospais e a criana esto juntos, a brincadeira, o deixar a criana interagir com seus amigos, a clareza dos limites e regras (acertados em comumacordo) so aes importantes que possibilitaro o lento processo de desenvolvimento da autonomia na criana. A autonomia resulta dacapacidade de avaliar diversos pontos de vista e com isso tomar decises com mais discernimento e sabedoria, ou seja, com conscincia. Seo ambiente familiar restringe este contato e impe autoritariamente um modo de ser e de viver impede o desenvolvimento da autonomia.

    HETERONOMIA E AUTONOMIA NOS CONTEXTOS INTERATIVOS FAMILIARES DE CRIANASDE 5 E 6 ANOS

    Aluno de Iniciao Cientfica: Patrcia Kohiyama de Matos Silva (UFPR/TN)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2003013075Orientadora: Tnia Stoltz Colaboradora: Michle Borges RosierDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: Autonomia, interao familiar, Jean Piagetrea de Conhecimento: Psicologia do Desenvolvimento Humano 7.07.07.00-6

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 311

    Este trabalho parte do projeto O discurso sobre a lngua estrangeira e seu ensino na mdia impressa de 1985 a 2005 e na publicidade de ruada cidade de Curitiba, e visa identificar e discutir os diversos enunciados que circulam no jornal Folha de So Paulo sobre o ensino delngua estrangeira. Sendo hoje a lngua estrangeira valorizada pelo mercado de trabalho, e tida como um item bsico para uma boa formaoprofissional, interessante reconhecer e avaliar o que dito sobre este assunto nos meios de comunicao. Fato importante para ressaltar de que o jornal em questo um peridico de insero nacional. Como a coleta foi realizada na Biblioteca Pblica do Paran, na seo dePeridicos, foi inevitvel a reduo do perodo pesquisado, pois esta instituio possui em seu acervo as publicaes deste peridico a partirdo ano de 1992. Para a identificao dos diversos discursos encontrados no material pesquisado, a base deste estudo foram os princpiostericos dos analistas do discurso de vertente francesa. O discurso mais corriqueiro, tanto em reportagens quanto em propagandas, foi o deque a lngua um cdigo que pode ser dominado facilmente se for ensinado por aquele que tem autoridade para tratar do assunto o falantenativo -, e tambm h uma grande valorizao dos cursos de imerso. Tambm pode-se perceber que as lnguas so estereotipadas, tendo,cada uma, funes definidas para a sociedade. Estas constataes mostram que o discurso sobre a lngua ainda permanece muito arraigado viso clssica de lngua e de ensino, uma concepo ligada gramtica normativa, o que faz refletir sobre as mudanas do ensino de lnguaestrangeira no Brasil.

    CATALOGAO E ANLISE DAS FONTES DO FOLHA DE SO PAULO SOBRE A LNGUA E SEUENSINO (19852005)

    Aluno de Iniciao Cientfica: Erion Marcos do Prado (UFPR/TN)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2006019166Orientadora: Deise Cristina de Lima PicanoDepartamento: Teoria e Prtica de Ensino Setor: EducaoPalavras-chave: discurso, ensino de lngua estrangeira, mdiarea do conhecimento: Lingstica, Letras e Artes 8.00.00.00-2

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    A presente pesquisa resultado do Projeto e Aprendizagem que vem sendo realizado como requisito do Curso de Graduao em ServioSocial da UFPR Litoral. Situa-se na rea do Servio Social buscando compreender e discutir acerca da educao infantil do campo e suaimportncia para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ela vem sendo inserida mais especificamente no acampamentoJos Lutzemberger em Antonina no Paran na Ciranda infantil do local, que um ambiente para as crianas de zero a seis anos onde elaspodem brincar ler, pintar, entre outras atividades pedaggicas e de lazer. Essa pesquisa tem como objetivo conhecer a educao infantil, aproposta de trabalho est em aprofundar a perspectiva da educao do campo aliada ao fortalecimento da identidade camponesa e da identidadedo MST, pela articulao de questes ideolgicas, culturais, polticas e sociais. Deste modo, tornam-se relevante a busca de processospedaggicos que favoream tal direcionamento, desde a investigao acerca de brincadeiras, jogos e atividades que exaltem a condio rurale camponesa de vida, at a anlise e possvel incorporao de metodologias como a arte educao e proposies de Paulo Freire. Pois, esta uma das tarefas centrais nesse momento: captar a escola, a educao que est brotando, captar o que h de educativo no conjunto das aes,gestos, lutas do movimento social do campo (ARROYO, 2004). Como metodologias foram utilizadas pesquisas tericas e conceituaisacerca de assuntos como a educao do campo, o modelo pedaggico da Ciranda infantil do MST, a cidadania com fonte majoritria dedireitos educacionais e tambm o planejamento participativo junto comunidade do acampamento para um aprofundamento mais prticodo assunto. O trabalho em grupo foi algo muito importante, pois foi nesse espao que discutimos com a populao temas como: a realidadeda Ciranda infantil no Jos Lutzemberger; anlise, identificao e priorizao dos problemas, por exemplo, quem poder trabalhar na Cirandainfantil, o que precisa para ela dar certo e quais so as principais dificuldades (pedagogia, econmica, organizacional, etc.). A partir desseestudo evidenciou-se a importncia da manuteno da cultura, da identidade, do modo de produo, da relao social e do homem com omeio ambiente, to distintos, que a do campons para a educao dessas crianas. E tambm os benefcios, da educao do/ e para o campopara a conquista da cidadania desses povos. A valorizao social e educacional das comunidades camponesas o que estamos propondo comessa pesquisa assim como a preservao desse direito.

    CIRANDA DO MOVIMENTO: DESCOBRINDO A EDUCAO INFANTIL EM UM ACAMPAMENTODOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA

    Aluna de Iniciao Cientfica: Tasa da Motta Oliveira (Projeto e Aprendizagem)N. de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2007021206Orientadora: Mariana PfeiferDepartamento: Campus Litoral Setor: Campus LitoralPalavras-chave: Educao, MST e Cidadaniarea de Conhecimento: Servio Social 6.10.00.00-0

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007312

    A prxis plstica constitui-se numa possibilidade de discurso que se serve das linguagens expressivas das artes plsticas para que a crianapossa produzir discursos no qual manifeste a sua subjetividade e, assim, constituir-se como sujeito. A presente proposta de pesquisa objetivaverificar se crianas portadoras de deficincia visual utilizam essas linguagens plsticas e tecem com elas os seus discursos plsticos. Define-se como deficiente visual o indivduo que possui acuidade visual igual ou inferior a 6/60 em pelo menos um dos olhos, considerando-se essevalor a partir do uso de todos os meios de correo possveis para o caso. Fazem parte deste grupo os indivduos com comprometimento totalda viso (cegos) e indivduos que apresentem resqucios visuais suficientes para a explorao do ambiente a partir do uso (limitado) da viso(baixa viso ou viso subnormal). Embora privado de uma via importante para a formao de imagens mentais constituda pela viso, oportador de deficincia visual pode utilizar outras vias para esse fim. Estudos tm demonstrado que o desenho da criana indica a imagemmental que ela constri e que se localiza na sua estrutura cognitiva, e, neste estudo pretendemos conhecer o universo simblico de umacrianaa com as caractersticas descritas acima, e se ela produz um discurso plstico. Pesquisas tm sido realizadas no sentido de prover meiosde adaptao do ensino de artes visuais aos cegos e este estudo busca subsdios para contribuir com essa discusso no pas. Aps a fase depesquisa bibliogrfica relativa identificao dos diferentes conceitos de crianas portadoras de deficincia visual, ao aprofundamento doestudo da relao entre imagem mental e desenho e discusso a respeito das linguagens expressivas da arte como prxis plstica, este estudofocalizar o seu objeto central de investigao que consiste em conhecer se as crianas portadoras de deficincia visual manifestam interessena atividade plstica que lhe ser proposta e de que modo o faz. Considerando que este estudo ter desdobramentos a partir das primeirasdescobertas bibliogrficas, para esse incio de pesquisa est sendo proposta uma metodologia de estudo exploratrio. O sujeito da pesquisaser uma criana, na faixa etria de aproximadamente cinco anos, sem resqucio visual (cega) e que no tenha sido educada previamente paraa formao de imagens mentais, sendo adotado nessa seleo o critrio de acessibilidade ao ambiente escolar ou que tenha uma finalidadepedaggica. Neste estudo no far comparaes com grupos de indivduos sem comprometimento visual, pois acreditamos no potencial deaprendizagem das crianas com a deficincia em questo.

    A PRXIS PLSTICA NA CRIANA PORTADORA DE DEFICINCIA VISUAL

    Aluno de Iniciao Cientfica: Caroline Caregnato (IC/Voluntria)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005016704Orientadora: Tamara da Silveira ValenteDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: prxis plstica, deficincia visual, teoria piagetianarea de Conhecimento: Processos Perceptuais e Cognitivos; Desenvolvimento 7.07.07.01-4

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    Esta pesquisa tem por objetivo investigar analisar o plano poltico relativo s polticas afirmativas para negros no Brasil. Com tal finalidadebuscou-se as informaes sobre projetos de lei que tramitaram e tramitam na cmara dos deputados e no senado federal referentes spolticas de afirmativas para negros nas universidades. Sabemos que o crescente debate sobre o tema demanda uma anlise sobre o discursogovernamental destas polticas, o que nos remete aos projetos de lei apresentados. A primeira etapa da pesquisa constitui-se de pesquisabibliogrfica e reviso terica sobre o tema. Na reviso terica produzimos uma anlise de contexto histrico do debate sobre o tema e umadiscusso sobre os argumentos favorveis e discordantes das polticas de ao afirmativa para negros. Com a nossa busca nos projetos de lei,percebemos que grande parte dos projetos referentes ao tema foram agrupados em um nico projeto: o projeto de lei n 73/99. Analisamosas proposies que foram utilizadas neste projeto, bem como tramitao do mesmo no congresso. A anlise da tramitao aponta que a suaaprovao lida com estruturas de poder muito estabelecidas na sociedade o que determinou um tratamento diferenciado no que concerneaos procedimentos internos da Cmara Federal.

    POLTICAS AFIRMATIVAS: UMA PESQUISA SOBRE A LEGISLAO DE COTAS NASUNIVERSIDADES PUBLICAS

    Aluno de Iniciao Cientfica: Andr Marega Pinhel (IC/Voluntria)N de Registro do Projeto de Pesquisa no BANPESQ/THALES: 2005018468Orientador: Paulo Vincius Baptista da SilvaDepartamento: Teoria e Fundamentos da Educao Setor: EducaoPalavras-chave: Polticas afirmativas, Cotas, Negrorea de Conhecimento: Educao 7.08.00.00-6

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  • LIVRO DE RESUMOS - 15.O EVINCI / OUTUBRO / 2007 313

    A presente pesquisa busca divulgar o recente interesse da histria da educao pelo tema da arquitetura e espao escolar enquanto ferramentade compreenso de fenmenos educacionais localizados no passado. A investigao utiliza tal temtica como lente que tenta apreender ocotidiano da escola pblica primria no contexto de implantao dos Grupos Escolares em Curitiba. O perodo baliza desde 1903, ano deinaugurao do primeiro Grupo modelo da capital paranaense: o Xavier da Silva, at a dcada de 1950, conjuntura de comemorao docentenrio de emancipao poltica da Capital paranaense e tambm perodo de forte discurso que identificava Curitiba como cidade moderna.

    Contriburam para o desenvolvimento desta pesquisa fontes diversas, tais como, fotografias e desenhosde fachada de edifcios, plantas, jornais, relatrios da Secretaria de Educao e da Secretaria de ObrasPblicas do Estado, e legislao educacional, as quais foram devidamente levantadas, sistematizadas,analisadas e catalogadas no banco de dados da pesquisa. Dessa forma, consideramos que a organizaodesses espaos de escolarizao e a instruo neles difundida pretendiam ser instrumentos de civilizaoe modernizao do povo brasileiro, portanto, seusedifcios deveriam condizer com sua importantemisso.Um dos primeiros passos para tal intentofoi a construo de prdios monumentais,principalmente nas paisagens urbanas, visto queregies consideradas mais perifricas no foram damesma forma aladas. Por fim, esta investigaoconsidera os espaos estudados no s como frutode tendncias arquitetnicas e poltic