168 Resumo Sobre Emile Durkheim Marx e Weber

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    Resumos sobre Karl Marx,Emile Durkheim e Max Weber

    Karl Marx e a histria da explorao do homem

    Com o objetivo de entender o capitalismo, Marx produziu obras de filosofia,economia e sociologia, tencionando propor uma ampla transformao poltica,econmica e social. A principal obra de Marx, O Capital, no sociolgica, maseconmica. Todavia, preciso elucidar alguns termos de sua fundamentaoeconmica, por constiturem peas bsicas de interpretao. Na verdade, seproduziu uma viso principalmente econmica da sociedade, precisamente porqueacreditou que a compreenso dos processos histricos no pode ser feita sem

    referencia s maneiras como os homens produzem sua sobrevivncia material.Marx sofreu algumas influencias como: a filosofia de Hegel, o seu contatocom o pensamento socialista francs e ingls do sculo XIX. Destacava opioneirismo desses crticos da sociedade burguesa, reprovava o utopismo de suaspropostas.

    As trs teorias tinham como trao comum o desejo de impor de uma s vez atransformao social total, implantando assim, o imprio da razo e da justiaeterna.

    Desenvolveu o conceito de alienao mostrando que a industrializao, apropriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios deproduo, que se tornaram propriedade privada do capitalista.

    De acordo com Marx, politicamente o homem tambm se tornou alienado,pois o principio da representatividade, base do liberalismo, criou a idia de Estadocomo um rgo poltico imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-lapelo poder delegado pelos indivduos.

    Marx proclamava ainda a inexistncia de igualdade natural e observa que oliberalismo v os homens como tomos, como se estivessem livres das evidentesdesigualdades sociais. Para Marx, as desigualdades sociais observadas no seutempo eram provocadas pelas relaes de produo do sistema capitalista, quedivide os homens em proprietrios e no-proprietrios dos meios de produo. Asrelaes entre homens se caracterizam por relaes de oposio, antagonismo,explorao e complementaridade entre as classes.

    A histria do homem , conforme Marx, a histria da luta de classes, da lutaconstante entre interesses opostos, embora esse conflito nem sempre se manifestesocialmente sob a forma de guerra declarada. As divergncias, oposies eantagonismos de classes esto subjacente a toda relao social, nos mais diversosnveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da propriedadeprivada.

    Para Marx, o trabalho, ao se exercer sobre determinados objetos, provoca nestesuma espcie de ressurreio. Tudo o que criado pelo homem, contm em si, umtrabalho passado, morto, que s pode ser reanimado por outro trabalho.

    Acrescentou tambm que, este tempo de trabalho se estabelecia em relao shabilidades individuais mdias e s condies tcnicas vigentes na sociedade. Deacordo com a anlise de Marx, no no mbito da compra e venda de mercadoriasque se encontram bases estveis nem para o lucro dos capitalistas individuais nem

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    para a manuteno do sistema capitalista. Ao contrrio, a valorizao da mercadoriase d no mbito de sua produo.

    Chama-se de mais-valia ao valor que o trabalhador cria para alm do valor desua fora de trabalho. De certa forma, sobretudo em termos sociolgicos, esta a

    alma do capitalismo, porque nisto decide sua teoria e prtica da desigualdade social.O trabalhador pago pela sua fora de trabalho, atravs de um salrio cujo valortende a ser de mera sobrevivncia, ou seja, que lhe permite to somente repor oureproduzir sua fora de trabalho. Mas o que o trabalhador produz, vale mais do quea paga recebida em salrio. Esse mais apropriado pelo dono dos meios deproduo, o que se chama muitas vezes apropriao do excedente de trabalho.

    Marx chamou de mais-valia absolutaaquela obtida pelo alargamento da jornadade trabalhou pela intensificao do uso da fora de trabalho. Por outra, mais-valiarelativaquela obtida pela diminuio do tempo de trabalho necessrio, geralmenteatravs da especializao profissional, ou da introduo de novas tecnologias, ou daadoo de novos mtodos de gerenciamento, etc. Nestes casos, possvel

    aumentar a mais-valia, mesmo diminuindo o tempo de trabalho.Marx constata ainda, que as diferenas entre as classes sociais no se reduzem

    a uma diferena quantitativa de riquezas, mas expressam uma diferena deexistncia material. Os indivduos de uma mesma classe social partilham de umasituao de classe comum, que inclui valores, comportamentos, regras deconvivncia e interesses.

    A essas diferenas econmicas e sociais segue-se uma diferena na distribuiode poder. Diante da alienao do operariado, as classes econmicas dominantesdesenvolveram formas de dominao polticas que lhes permitem apropriar-se doaparato de poder do Estado e, com ele, legitimar seus interesses sob a forma de leise planos econmicos e polticos.

    Para Marx as condies especficas de trabalho geradas pela industrializaotendem a promover a conscincia de que h interesses comuns para o conjunto daclasse trabalhadora e, consequentemente, tendem a impulsionar sua organizaopoltica para a ao. A classe trabalhadora, portanto, vivendo uma mesma situaode classe e sofrendo progressivo empobrecimento em razo das formas cada vezmais eficientes de explorao do trabalhador, acaba por se organizar politicamente.Essa organizao que permite a tomada de conscincia da classe operria e suamobilizao para a ao poltica.

    Marx parte do princpio de que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete aforma como os homens organizam a produo sociaI de bens. Essa produo,

    segundo Marx, engloba dois fatores: as foras produtivase as relaes de produo.Sendo que as foras produtivas constituem as condies materiais de toda aproduo. E, relaes de produo so as formas pelas quais os homens seorganizam para executar a atividade produtiva.

    Foras produtivas e relaes de produo so condies naturais e histricas detoda atividade produtiva que ocorre em sociedade. A forma pela qual ambas existeme so reproduzidas numa determinada sociedade constitui o que Marx denominoumodos de produo.

    Para Marx, o estudo do modo de produo fundamental para compreendercomo se organiza e funciona uma sociedade. As relaes de produo, nessesentido, so consideradas as mais importantes relaes sociais.

    Alm de elaborar uma teoria que condenava as bases sociais da espoliaocapitalista, conclamando os trabalhadores a construir, por meios de sua prxis

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    revolucionria, uma sociedade assentada na justia social e igualdade real entre oshomens, Marx conseguiu como nenhum outro, com sua obra, estabelecer relaesprofundas entre a realidade, a filosofia e a cincia.

    Se por um lado Marx concebia a realidade social como uma concretude histrica,

    por outro, cada sociedade representava uma totalidade, um conjunto nico eintegrado das diversas formas de organizao humana nas suas mais diversasinstancia.

    Segundo Marx, a questo da objetividade s se coloca enquanto conscinciacrtica. A cincia, assim como a ao poltica, s pode ser verdadeira e noideolgica se refletir uma situao de classe e, consequentemente, uma viso crticada realidade.

    Para ele a sociedade constituda de relaes de conflito e de sua dinmicaque surge a mudana social. Marx redimensiona o estudo da sociedade humana,marcando com suas idias, de maneira definitiva o pensamento cientifico e a aopoltica dessa poca assim como das posteriores, formando duas diferentes

    maneiras de atuao sob a bandeira do marxismo.A abordagem do conflito, da dinmica histrica, da relao entre conscincia e

    realidade e da correta insero do homem e de sua prxis no contexto social foramconquistas jamais abandonadas pelos socilogos.

    A sociologia de Max Weber

    Para Weber a Sociologia uma cincia que pretende compreender a ao social,

    interpretando-a, para dessa maneira explic-la casualmente em seusdesenvolvimentos e efeitos. Utilizava uma metodologia em que a compreensoconsiste na captao do sentido subjetivo da ao (algo distinto dos nexosexteriores de causa e efeito que a envolvem).

    Essa compreenso da ao humana, segundo Weber, captar o seu sentidosubjetivo, o que, considerada desse modo compreenso no um processoexclusivo do conhecimento cientifico. Weber chamou de compreenso atualao tipode captao do sentido que decorre diretamente do curso observvel da ao, e de,compreenso explicativa aquela que no se detm no sentido aparente da ao,mas apela para seus motivos subjacentes.

    A interpretao da ao humana atravs de tipos ideais volta-se para a

    apreenso do sentido subjetivo da ao. Conseqentemente, pelo seu sentidosubjetivo que uma ao se define ou no como social.

    Weber enfoca que o fundamento da fluidez em casos de aes sociais reside emque a orientao pela conduta alheia e o sentido da prpria ao de modo algumpodem ser sempre precisados com toda clareza, nem sempre so conscientes, oumuito menos conscientes em toda plenitude.

    Contudo, embora na realidade exista essa fluidez, no plano terico a fronteira daao social deve ser traada com clareza.

    Coerentemente com esse enfoque, Weber construiu os conceitos sociolgicosbsicos a partir de uma tipologia geral da ao social. Sempre ressalvando o carterideal desses tipos, ele distingue quatro categorias de ao por seu sentido subjetivo.

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    1. A ao racional com relaes afins, determinadas por expectativas nocomportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outroshomens.

    2. A ao racional com relao a valores, determinada pela crena

    consciente no valor seja ticos, estticos, religiosos ou de qualquer outraforma como seja interpretado.

    3. A ao afetiva, especialmente emotiva, determinada por afetos e estadossentimentais atuais.

    4. A ao tradicional, determinada por um costume arraigado.Em Weber, a noo de tipo ideal decorre da concepo acerca da infinita

    complexidade do real diante do alcance limitado dos conceitos elaborados pelamente humana. Todo conceito seleciona alguns aspectos da realidade infinita,enquanto exclui outros seleo que sempre, consciente ou inconscientemente orientada por valores.

    Segundo Weber, uma dimenso qualquer da ao humana admite sempre a

    construo de vrios tipos, sem que nunca se esgote a complexidade infinita darealidade. Por esta razo, nenhum dos tipos construdos deve ser consideradosmais que um instrumento limitadoe provisriode investigao. A expresso idealsublinha precisamente o fato bsico de que os tipos sociolgicos s existem noplano da idias, no na realidade.

    A sociologia Weberiana conclui que, no mundo moderno, a burocracia oexemplo mais tpico do domnio legal, nos limites da legitimidade. Estendendo suaanlise tipolgica s formas de dominao social, a Sociologia weberiana distinguetrs tipos de dominao legtima, cada qual com sua base, a saber: a legalidade, atradio, o carisma.

    A sociologia de Durkheim

    Durkheim distingue os fatos scias em trs caractersticas:1. A coercitividade, ou seja, a fora que os fatos sociais exercem sobre os

    indivduos levando-os a conformar-se s regras da sociedade em quevivem, independentemente da sua escolha e vontade. O grau de coerodos fatos sociais se torna evidente pelas sanes a que o individuoestar sujeito quando tenta se rebelar contra elas. Estas sanes podemser legaisou espontneas. Sanes legais so aquelas prescritas pela

    sociedade, sob a forma de leis. Sanes espontneas seriam as queaflorariam como decorrncia de uma conduta no adaptada a estruturada sociedade ou do grupo ao qual o individuo pertence.

    2. A exterioridade, os fatos sociais existem e atuam sobre os indivduosindependentemente de sua vontade ou de sua adeso consciente.

    3. A generalidade, segundo Durkheim, social todo fato que geral, quese repete em todos os indivduos ou, pelo menos, na maioria deles.

    Uma vez identificados e caracterizados os fatos sociais, Durkheim procuroudefinir o mtodo de conhecimento da sociologia. Para ele, a explicao cientificaexige que o pesquisador mantenha certa distancia e neutralidade em relao aosfatos, resguardando a objetividade de sua anlise.

    Durkheim aconselhava o socilogo a encarar os fatos sociais como coisas, isto, objetos que, lhe sendo exteriores, deveriam ser medidos, observados e

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    comparados independentemente do que os indivduos envolvidos pensassem oudeclarassem a respeito. Tais formulaes seriam apenas opinies, juzos de valorindividuais que podem servir de indicadores dos fatos sociais, mas mascaram as leisde organizao social, cuja racionalidade s acessvel ao cientista.

    A sociologia, de acordo com Durkheim, tinha por finalidade no s explicar asociedade como tambm encontrar solues para a vida social. A sociedade, comotodo organismo, apresentaria estados normais e patolgicos, isto , saudveis edoentios.

    Durkheim considera um fato social como normal quando se encontrageneralizado pela sociedade ou quando desempenha alguma funo importantepara sua adaptao ou sua evoluo.