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MARÇO 2012MARÇO 2012 3
Postos & Serviços é uma publicação
mensal do Sindicato do Comércio
Varejista de Derivados de Petróleo,
Lava-rápidos e Estacionamentos de
Santos e Região (Resan).
Rua Manoel Tourinho, 269
Macuco - Santos/SP / 11015-031
Tel: (13) 3229-3535
www.resan.com.br
Presidente
José Camargo Hernandes
Jornalista responsável, textos e
editoração eletrônica
Christiane Lourenço
(MTb. 23.998/SP)
Jornalista assistente
Cíntia Ferreira
(MTb 63.978/SP)
Colaboração: Marize Albino
Ramos, Paulo Roberto Pinto e
Maria do Socorro G. Costa
Impressão: Demar Gráfica
Tiragem: 2.000 exemplares
Fotos da capa: Divulgação
Fotos gerais: Resan e divulgação
As opiniões emitidas em artigos as-
sinados publicados nesta revista são
de total responsabilidade de seus
autores. Reprodução de textos au-
torizada desde que citada a fonte.
O Resan e os produtores da revis-
ta não se responsabilizam pela ve-
racidade das informações e quali-
dade dos produtos e serviços di-
vulgados em anúncios veiculados
neste informativo.
editorial
É triste passar de vítima a vilão.................4
antiálcool
Adesivo sobre lei deve estar até em em-
presas que não vendem bebida................7
ponto eletrônico
Sistema entra em vigor em 2 de abril........7
lava-rápidos
Assinada convenção do setor................7
reincidência
ANP estabelece novos prazos...............7
s50
O que fazer com produto armazenado no
tanque há mais de 30 dias?............8 e 9
capa
Posto de Santos decide investir na mão-
de-obra feminina.............................10 e 11
aviso prévio
Esclareça dúvidas sobre cálculo.........12
campanha de natal
Resan entrega doações à dez entida-
des assistenciais da região.................13
lubrificantes
Sindicato é um dos signatários do ter-
mo estadual de compromisso para
logística reversa....................................14
depoimento
Empresária conta como formou rede de
lava-rápido a partir de R$ 6 mil...........15
dicas
Mural da Qualidade ..............................16
mercado
Confira preços médios de compra e ven-
da na região do Resan........................17
variedades
Aniversariantes da segunda quinzena de
março e primeira quinzena de abril de
2012 / Agenda e circulares..............18
EDIÇÃO MARÇO / 2012
Páginas 5 e 6
INFORMAÇÃONUNCA É
DEMAIS
Levamos o novo delegadoregional do Ipem, Luiz Antônio
Godinho da Silva, a um posto daregião para refazer o caminhode seus agentes durante uma
fiscalização obrigatória.
ANIVERSARIANTES
Variedades
2ª QUINZENA DE MARÇO2ª QUINZENA DE MARÇO
17 Maria Pureza Rodrigues Gomes
Auto Posto Acarau - Guarujá
18 Sueli Aparecida Alves de Abreu Nunes
Centro Automotivo Mar Azul - Guarujá
19 Edson Monico de Carvalho
Carvalho & Hamamoto - Santos
Patrícia Storti de Souza
Auto Posto Praia do Forte - Praia Grande
20 Pablo Docampo Estevez
Rede Clean Car - Santos
Regina Peres Lopes Fonseca
Auto Posto Continental de São Vicente
R. P. Lopes Fonseca - Santos
23 Cláudia Cirineo Sacco Lopes
Auto Posto Beira Mar de Cananéia
Mônica Lopes Fonseca
Auto Posto Continental de São Vicente
26 Fernando Antônio Geraldini
Auto Posto Vera Cruz Mongaguá
28 Amanda Vanessa Gadanha
Auto Posto Malibu - São Vicente
30 Rosângela Mármora
Sorocotuba Auto Posto - Guarujá
31 Luiz Carlos Eboli Villamarim
Auto Posto Espumas - Santos
AV. ANA COSTA, 136 - VILA MATHIAS - SANTOSTELEFAX (013): 3226-6116
www.labormed-sso.com.br - e-mail: [email protected]
ESTACIONAMENTO PARA CLIENTES NO LOCAL
PCMSO (NR-07) - PPRA (NR-09) - PCMAT (NR-18) - TREINAMENTOS EM SEGURANÇA - CIPA (NR-05) / SIPATLAUDOS DE INSALUBRIDADE / PERICULOSIDADE - LAUDOS AMBIENTAIS - AUDIOMETRIAS OCUPACIONAISPCA - PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO
18
SINDICATOS
23/03 - Omar Aristides Hamad Filho -SINDIPETRO/PB25/03 - José Carlos Ulhôa Fonseca -SINPETRO/DF12/04 - Dileno Tavares da Silva de Jesus -SINDCOMB/MA
FEVEREIRO
07 - Reunião na
Secretaria de Meio Ambiente
de São Paulo para definir os
signatários do Termo de
Compromisso para
Responsabilidade Pós-
Consumo de Embalagens
Plásticas Usadas de Óleo
Lubrificantes, acompanhado
pelo diretor João Luiz
Fernandes, pela advogada Dra
Carolina Dutra e pelo assessor
Avelino Morgado, em SP;
09 - Entrega das Doações da
Campanha “Abasteça o Natal
de Quem Precisa 2011”, em
Santos/SP;
14 - Reunião na
Fecombustíveis, no RJ;
15 - Reunião em SP para
iniciar as tratativas da
negociação da Convenção
Coletiva de Postos de Serviços,
acompanhado pelo assessor
Avelino Morgado, em São
Paulo/SP;
- Participação no Programa TV
COM Debate, em Santos/SP;
28 - Sessão Solene para
assinatura do Termo de
Compromisso para
Responsabilidade Pós-
Consumo de Embalagens
Plásticas Usadas de Óleo
Lubrificantes, representado
pelo vice-presidente Ricardo
Lopez e pelos diretores Flávio
Ribas e João Luiz Fernandes,
em São Paulo/SP;
- Palestra da ANP sobre a
comercialização do óleo diesel
S-50, na sede do Resan, em
Santos/SP.
5 João de Andrade Fernandes
Auto Posto Xixová - Praia Grande
Marta Tavares da SIlveira
Auto Posto Althamar - Santos
Auto Posto Betmar - Bertioga
Auto Posto Farol - Bertioga
Auto Posto Riviera de São Lourenço
Posto de Serviço Badejo de Bertioga
6 André Cristiano Borges
Atlântica Combustíveis Ltda.-Santos
1ª QUINZENA DE ABRIL1ª QUINZENA DE ABRIL
6 Carlos Henrique Batistuti Sansero
C.C.R.S. Auto Posto Ltda. EPP - SV
Carolina Rosa Cabral.
Carolina Rosa Cabral - Santos
Teresa Cristina Borges
Atlântica Combustíveis -Santos
7 Marco Antônio Nunes Mendes
Floripes da Conceição N. Mendes - Santos
Maria Celeste Amaral Sampaio
Fernandes
Auto Posto Bertioga - Bertioga
9 Antônio Augusto Salgueiro Antunes
Auto Posto Nacional de Santos
Líbero Cândido Martins
Auto Posto Mar Báltico - Praia Grande
10 Luiz Carlos Fernandes
Posto de Serviço Padre Anchieta - Bertioga
11 Nadir Aparecida Vivolo Rotondaro
Auto Posto San Remo - Santos
13 José Queiroz
Homem Tavares & Queiroz - Santos
15 Aldair de Souza
Auto Posto Praia do Forte - Praia Grande
Ildo Dutra de Almeida
Auto Posto Agenor de Campos - Mongaguá
Auto Posto Flórida Mirim - Mongaguá
Auto Posto Reobote - Itanhaém
Posto Mont Mar - Mongaguá
Renato Batistuti Sansero
C.C.R.S. Auto Posto Ltda. EPP - São Vicente
NOTA DE PESARÉ com tristeza que o Resaninforma sobre o falecimentodo revendedor e sócio-fundador do sindicato Gabrielde Jesus Pinto Melão, doSuper Posto 200 MIlhas,ocorrido no dia 1 de março.
MARÇO 2012MARÇO 2012
A
E D I T O R I A L
José Camargo Hernandes
4
A greve dos caminhoneiros em SãoPaulo, ocorrida na segunda semanade março, mostrou o quanto o setorde combustíveis é estratégico para oPaís e, principalmente, para osgrandes centros urbanos, masrevelou um lado da revenda varejistaque nos envergonha: a existência deuns poucos comerciantesoportunistas. Mais que isso, aumentarexorbitantemente o preço do litro dagasolina fez com que os postospasassem de vítimas a violões desteepisódio, mais até do que oscaminhoneiros que encontraram naparalisação um modo de reagir àproibição de tráfego pesado naMarginal Tietê.
Notícias na imprensa de cincofuncionários de postos presos porcrimes contra oconsumidor denigrem aimagem de todo osetor. É triste parauma entidade como oResan e tantos outrossindicatos dacategoria País aforaver que nossotrabalho em defesado setor fica
ameaçado frente à opinião pública.
Mas, como cada diaenfrentamos uma luta diferente,sempre que me perguntarem ouquestionarem sobre a honra esensatez de um dono de posto,continuarei a dizer que como emtodo negócio sempre há os bons emaus profissionais. Mesmo que naBaixada Santista e Vale do Ribeiranão tenha havido ameaça aofornecimento de combustíveis nospostos, já que a maioria dos postosrecebe o produto distribuído peloTerminal de Cubatão (Tecub), osrespingos nos afetam moralmente.Cabe, agora, aos nossos clientessaberem separar o joio do trigo.
Nesta edição de Postos &Serviços, produzida antes mesmo
deste movimentosindical que parou a
capital paulista, hámatérias quemostram oempenho dosindicato em dartodas as condições
para que o associadotrabalhe dentro
dasnormas,sejam
elas de quais esferas forem.
O novo delegado regional doIpem nos acompanhou numavistoria em um posto para mostraro passo a passo de umafiscalização. Luiz Antônio Godinhoda Silva fez questão de ressaltarque os problemas metrológicosencontrados aqui se resumem àsfalhas na manutenção e operação.Não há registro de má fé. Aindaassim, as multas são pesadas epodem ser eliminadas com umpouco mais de atenção à rotina deseus funcionários na pista.
Não deixe de ler a matéria sobreo S50. O Resan participou de umareunião de esclarecimentopromovida pela ANP sobre S50. Umtécnico esteve com mais de 50associados aqui no sindicato, tirandovárias dúvidas.
Mas são as mulheres que nosderam mais trabalho neste mês. Emsua homenagem, a equipe da revistafoi conhecer um posto de serviço deSantos onde 80% dos funcionáriossão do sexo feminino. A experiênciaarriscada deu tão certo que lá mulhertroca óleo, abastece caminhão, cuidado escritório, da loja de conveniênciae, em breve, dominará o serviço delavagem e até o volante doscaminhões de entrega decombustíveis.
Há também a história de umaparanaense, descoberta pelainternet, que com R$ 6 mil montousua rede de lava-rápidos há dezanos. Ela nos conta sua experiênciae dá algumas dicas que nos fazemrepensar como administramosnossos negócios.
Boa leitura e até o mês que vem!
“É TRISTE PASSAR DE VÍTIMA À VILÃO”Confira os índices máximos
e mínimos e as variações
de preços e custos de
combustíveis, segundo
dados oficiais da Agência
Nacional de Petróleo
(ANP).
Os índices citados são re-
ferentes à média nacional,
do Estado de São Paulo e
de cinco cidades da Bai-
xada Santista (Santos, São
Vicente, Praia Grande,
Itanhaém, Cubatão e
Guarujá) e devem ser utili-
zados apenas como fonte
de informação para o
gerenciamento dos postos
revendedores.
INDICADORES
RANKING DE CUSTOS E PREÇOS
FEVEREIRO X MARÇO / 2012
METODOLOGIA:O Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis abrangeGasolina Comum, Álcool Etílico Hidratado Combustível e Óleo Diesel Comum,pesquisados em 411 municípios em todo o Brasil, inclusive Estado de São Paulo e ascidades de Santos, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém, Cubatão e Guarujá. O serviçoé realizado pela empresa Polis Pesquisa LTDA., de acordo com procedimentos estabe-lecidos pela Portaria ANP Nº 202, de 15/08/00. O trabalho paralelo desenvolvido peloResan consiste em compilar os dados e calcular as médias de preços e custos pratica-dos pela revenda e pelas distribuidoras, sempre com base nos dados fornecidos pelosite da ANP. Mais informações pelo www.anp.gov.br ou pelo 0800-900267.
CONFIRA OS VALORES DE FORMAÇÃODOS PREÇOS DA GASOLINA E DIESEL
FEVEREIRO / MARÇO (2)Semana 26/2 a 3/3
PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA
PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA
VARIAÇÕES (2-1)Média
ConsumidorMédia
Distribuidora
Fonte: Fecombustíveis
(*) Valores médios estimados
17
JANEIRO / FEVEREIRO (1)Semana 29/1 a 4/2
MARÇO 2012MARÇO 2012 5
Na Baixada Santista e Vale do Ribeira, as falhasidentificadas nas bombas e aparelhos medidores sãodecorrentes do desgaste do equipamento ou damanutenção inadequada. Por aqui, segundo o novodelegado regional do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem),Luiz Antônio Godinho da Silva, no cargo desde fevereiro,não foram registradas falhas graves por má fé dosoperadores. Postos & Serviços convidou o novodelegado para fazer um passo a passo da vistoria realizadapelos seus fiscais nos postos de combustíveis.
Diferentemente da fiscalização motivada por denúnciasou operações especiais, numa fiscalização rotineira, ofiscal é obrigado a se identificar para o dono ou gerentedo posto até para que ele abra a bomba e daí seja iniciadaa análise.
IRREGULARIDADES MAIS COMUNS
1 Erro no volume
2 Vazamento de bico
3 Falha no teste de interlock
4 Falta de lacre
5 Não desligamento automático em até 60 segundos
6 Mangueiras com mais de cinco metros
1 Com a bomba aberta, é possível verificar se há
vazamentos e a existência de todos os lacres. Enfim,as condições gerais são avaliadas, inclusive se a bombaestá bem fixa ao chão.
R$ 132,50é a taxa de vistoria de cadauma das bombas, na vistoria
obrigatória, realizada ao menosuma vez por ano pelo Ipem.
A aferição do galão medidorcusta R$ 20,40.
PREVENÇÃO ÉO MELHOR“REMÉDIO”
Confira o passo a passo do Ipem nos postos
16
MARÇO 2012MARÇO 20126
2 A verificação visual checa a
existência da placa de identificaçãoda bomba, se está legível e fixada nolocal correto.
3 As mangueiras são inspecionadas
minuciosamente. Não podem terrachaduras, rompimentos, estaramassadas ou com os fios de náiloninternos expostos. Também não podemter mais do que cinco metros decomprimento.
4 Ao ligar a bomba, os visores de
preço, litros e total da venda sãoverificados. Todos devem mostrar o“8”e depois o “0”, sem qualquer traçoapagado ou queimado.
5 Medição do volume: os fiscais do
Ipem levam o medidor de 20litros, calibrado, para a colocação docombustível em duas etapas. Primeirona vazão máxima do gatilho e, depois,na vazão mínima. A tolerância é de 100ml (0,5%) para mais ou menos. Asautuações e a lacração da bombaocorrem se houver desvio a menorpara o consumidor. Caso o prejuízo sejado posto, a bomba é reprovada, masnão lacrada.
6 O teste interlock, como é
conhecido pelos fiscais, consisteem colocar o bico no local de descansoda bomba para checar se ela desligaráou não imediatamente. Se não desligar,ela será reprovada.
7 O teste de vazamento de bico é
feito com a bomba desligada. Apósesticar a mangueira, o fiscal coloca obico dentro de uma proveta. O volumede combustível que cair dele não podeser maior do que 40 ml.
8O teste de desligamento
automático vale para as bombaseletrônicas que têm até 60 segundospara desligarem após a colocação dobico no descanso.
Lacres
Entre os muitos lacres existentesnuma bomba, cheque
periodicamente a existência delesno painel, no bloco medidor, no
eixo ótico, nos eliminadores de are gases e, no caso das bombas de
etanol, nos densímetros.
Medidor de 20 litros
O fiscal enche o medidor doIpem com 20 litros de água e osdespeja no instrumento do posto.A tolerância é de mais ou menos
20 ml. Problemas não geramautuação imediata. A multa é
aplicada apenas numa segundavistoria caso a fiscalização
perceba que as providências nãoforam tomadas.
Bombas sem lacreMuitos revendedores alegam que afalta de lacres é responsabilidade
do mecânico que não os colocouadequadamente. Segundo o
delegado do Ipem-Santos, LuísGodinho, o posto deve exigir do
prestador de serviços queverifique lacre por lacre.
Inspecione o trabalho.“A qualquerindício de que o lacre está
trincado ou irá se romper, peça asubstituição. No ato da
fiscalização, não há como provarque a culpa é do mecânico”.
Multas
Em 2011, o Ipem inspecionou108.592 bombas de combustíveis
em todo o Estado, dos quais 6.923foram reprovados, gerando 612
autos de infração.
15
De auxiliar administrativa àdona de meia dúzia deempresas em apenas umadécada. A trajetória de
Vanderli Terezinha Taborda de Paula éum deleite para quem gosta de conhecerhistórias de sucesso profissional. Aos45 anos ela jogou o trabalho no setorfinanceiro de uma empresa de Curitiba(PR) e o salário de R$ 700,00 para oalto e entrou de cabeça em um mundodesconhecido, o dos lava-rápidos.
Postos & Serviços conheceuVanderli pela internet. Seu depoimentochegou a ser publicado numa revistafeminina em 2010. Ali, o que chamavaatenção era o título da matéria:“Comecei minha rede de 6 lava-rápidos
com R$ 6 mil”.
Fomos atrás desta mulher. Depoisde dias buscando seus telefones,conseguimos contato e a convencemosa recontar seu passado.
Tudo começou quando o marido, queera supervisor de segurança em um prédiocomercial de luxo de Curitiba, recebeu aproposta para que eles montassem umlava-rápido no local. “Eu estavadescontente com meu trabalho e o convitedos condôminos foi tudo o que preciseipara dar uma virada na vida”.
O dinheiro que tinham serviu paracomprar o compressor, uma lavadoraa jato, baldes, bacias e panos. “Aospoucos esse lavacar (como dizem osparanaenses) se pagou sozinho”. Osegundo veio depois de dois anos. Daípara frente foi uma sequência.
“Gosto do meu negócio semprebonito, bem pintado... Invisto nosfuncionários, sou centrada, cuido daparte administrativa”. Visionária, ela jáavançou nos negócios desde que suahistória foi contada há dois anos.Manteve quatro dos seis lava-rápidos,abriu uma oficina de reparos na latariae pintura dos carros e criou o serviçode personal car. “O cliente liga, a gentevai buscar o carro e faz tudo o queprecisa: leva no mecânico, vê a parteelétrica, vai à concessionária, fazvistoria de seguro, revisão...”.
A atualização profissional também éo passaporte para o sucesso. Atéporque, na sua opinião, no ramo de lava-rápidos, o que dá dinheiro são os serviçosagregados. É preciso se especializar emespelhamento, polimento, higienização,hidratação de banco de couro, entreoutros. “Lavar carro não é tão simplesassim. Hoje, o cliente tem o gosto maisapurado, não quer mais lavar e sair semenxugar. Ele é mais exigente”.
De tanto observar, conversar eempreender, Vanderli chegou a montarum curso de embelezamentoautomotivo, registrado no Ministério daEducação. Dividido em módulos, asapostilas ensinam desde o básico atéfazer uma hidratação em bancos decouro. “Já tive aluno que veio da Paraíbahoje tem um baita de um lavacar”.
Vanderli é do tipo de mulher que tiraleite de pedra. Nas suas empresas aslatinhas de refrigerantes viram economiasque se transformam em benfeitorias oufestas para os funcionários.
‘’É preciso ser organizado epersistente pra chegar onde chegamos.Só depois de quatro anos conseguimos
investir no nosso conforto, comprareletrodomésticos, trocar de carro. Antes,
o lucro garantiu a solidez do nossonegócio. Temos estoque de tudo, tanto
de produtos como de equipamentos.Assim, se um aspirador quebrar, temos
outro para substitui-lo e não perdemos ocliente. Além disso, fiz um cálculo parasaber quanto gastamos para lavar um
carro. Considerei tudo: o tempo gasto, orendimento dos produtos, a mão de obra.
Aí, vi que era possível lucrar cerca de30% do valor cobrado”, disse ela na
entrevista de 2010 à revista Sou + Eu.
Hoje, seu conceito continuaexatamente o mesmo. Ela gosta de tero controle de tudo, tanto que instalou11câmeras para saber se o serviço estásendo bem executado e mesmo paragarantir o patrimônio dos clientes.Afinal, como diz o ditado, é o olho do
dono que engorda o gado.
“É O OLHO DO DONOQUE ENGORDA O GADO”,DIZ DONA DE REDE DE LAVA-RÁPIDOS
Reprodução do site mdemulher.abril.com.br
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A
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7
Você sabia que mesmo oscomércios que não vendembebida alcoólica devem ter oaviso da Lei Antiálcool?Portanto, mesmo que seuposto não tenha loja deconveniência ou geladeirapara a venda de cervejas, porexemplo, espalhe por locaisde fácil visualização oscartazes que também alertamo consumidor sobre aproibição de consumo deálcool por menores de 18 anos emseu estabelecimento.
As empresas devem reforçar seucuidado com o cumprimento da lei.Em fevereiro, apenas nos cinco diasde Carnaval, a Baixada Santista foi aregião do Estado com maior númerode autuações. Os fiscais fiscalizam,em sua maioria, à paisana.
A venda, permissão de consumode bebida alcoólica por menores de
idade ou não comprovação damaioridade dos clientes respondeu porcerca de 30% das multas. As demaisforam por ausência da placa indicativa
PONTO ELETRÔNICO
AVISO DA LEI ANTIÁLCOOL DEVE ESTAR ATÉ EMESTABELECIMENTOS QUE NÃO VENDEM BEBIDA
da lei e mistura de bebidas alcoólicascom sucos e refrigerantes na mesmagôndola ou geladeira.
Pela nova lei, vigente desde19 de novembro de 2011,bares, restaurantes, lojas deconveniência e baladas, entreoutros locais, não podemvender, oferecer e nem permitira presença de menores de idadeconsumindo bebidas alcoólicasno interior dosestabelecimentos, mesmo queacompanhados de seus pais ouresponsáveis maiores de idade.Os estabelecimentos infratores
estão sujeitos a multas de até R$ 92,2mil, interdições e até perda dainscrição no cadastro de contribuintesdo ICMS.
RESAN E SINDICATO DOSEMPREGADOS ASSINAMCONVENÇÃO COLETIVA
DOS LAVA-RÁPIDOSA ANP estabeleceu prazos para queagentes econômicos do setor decombustíveis sejam consideradosreincidentes em infrações. Deacordo com a Resolução 8/2012,publicada em 22 de fevereiro, parafins de aplicação das penalidades porreincidência, condenações definitivasanteriores só serão levadas em contapelo prazo de dois anos e, por cincoanos, para agravar a pena de multapor antecedentes. Além da multa, alei prevê a suspensão temporária,total ou parcial, de funcionamentode estabelecimento ou instalação nocaso de segunda reincidência.
A lei prevê ainda a revogação deautorização para os casos dereincidência nas infrações relativas àcomercialização de produtos fora dospadrões de qualidade, com vício dequantidade ou problemas de segurançaque tragam risco à população e ao meioambiente e para os casos em que oagente econômico já foi penalizadocom a suspensão temporária.
ANP ESTABELECEPRAZOS PARA
REINCIDÊNCIAS
OO Registrador Eletrônico de Ponto(REP) deverá ser adotado a partir de2 abril pelas empresas prestadorasde serviços, comércio e indústria,incluindo postos de combustíveis,lava-rápidos e estacionamentos commais de dez funcionários. Afiscalização ficará a cargo do Inmetro.As máquinas deverão ter bobinas depapel para emissão de comprovantesda jornada de trabalho. A memória dedados deve ser permanente einviolável para que a data e o horáriode registro de ponto não possam serapagados ou alterados. O mercadojá oferece mais de 120 modelos de 30fabricantes certificados. Aobrigatoriedade do novo equipa-mento vale apenas para as empresasque adotam o registro eletrônico. Oprazo para início da obrigatoriedadefoi adiado cinco vezes.
AA Convenção Coletiva deTrabalho 2011/2013 da categoriaLava-Rápido, assinada entre oResan e o Sindicato dosEmpregados em Postos de Serviçosde Combustíveis e Derivados dePetróleo de Santos e Região, já estáregistrada no Ministério doTrabalho desde o dia 9 defevereiro, estando portanto emplena vigência.Confira os principais itensacordados entre empregados epatrões: Piso salarial: R$ 636,00, a partir de01/09/2011 até 31/08/2012Auxílio-refeição: R$ 5,00 por diatrabalhado (essa cláusula é nova)Auxílio-funeral: R$ 1.160,30
Seguro de Vida:- Morte natural ou invalidez total/parcial permanente - R$ 9.541,00 - Morte acidental – R$ 19.080,00
O
14
O Resan é um dos signatários do Termode Compromisso Setoriais de ResíduosSólidos, assinado no último dia 28 defevereiro pelo governador GeraldoAlckmin e por outros quatro setoresprodutivos. Representando osrevendedores da Baixada Santista, ovice-presidente do sindicato, Ricardo
Rodriguez Lopez, assinou ocompromisso ao lado de outrossindicatos paulistas da categoria.
Segundo ele, o ato aumenta ocompromisso do revendedor junto aoGoverno. “Nossa responsabilidade érecolher e armazenar as embalagensde óleo lubrificante e fazer a
destinação correta”.No total, foram desenvolvidos
quatro projetos para o descarte deembalagens de óleo lubrificante, deagrotóxicos, de pilhas e bateriasportáteis e de produtos de higienepessoal, perfumaria, cosméticos, demateriais de limpeza e afins.
“A Secretaria do Meio Ambienteassinou um protocolo com asentidades, as mais representativas aquide São Paulo, para se ter um trabalhode logística reversa e conscientizaçãodos consumidores para eles separaremesses produtos, locais para que essesprodutos sejam entregues, a logísticade retirada desses produtos e o seudestino final até a sua reciclagem”,explicou Alckmin.
João Luiz Fernandes, diretor paraMeio Ambiente do sindicato, e FlávioRibas de Souza, segundo vice-presidente, também estiverampresentes, assim como a advogadaCarolina Dutra, consultora em DireitoAmbiental do Resan.
RESAN ASSINA COMPROMISSO SOBRELOGÍSTICA REVERSA DE LUBRIFICANTES
Ricardo Lopez assi-nou o Termo peloResan. Na foto 2,Lopez com os direto-res Flávio Ribas eJoão Luiz, CarolinaDutra e o secretáriode Meio Ambiente deSantos, Fábio Nunes
MARÇO 2012MARÇO 2012
S
8
Sem consumidores de S50, muitos postos que estão na listada ANP e são obrigados a vender o produto estãopreocupados com as informações que andaram rondando omercado de que o produto tinha validade por 30 dias. Naverdade, não há qualquer resolução que estabeleça prazode validade para o diesel de baixo teor de enxofre, mas acartilha Manuseio e Armazenamento de Óleo Diesel B, daAgência, traz diversas recomendações. O manual foieditado principalmente por causa da iniciativa daFecombustíveis em denunciar os problemas da mistura.Cabe ressaltar que a recomendação vale para todos ostipos de óleo diesel, mas o S50, justamente por ter menorteor de enxofre, que é um poderoso bactericida, mereceatenção redobrada.“Uma das recomendações é para que se faça omonitoramente diário da qualidade do produto, avaliandoprincipalmente os quesitos densidade e aspecto, uma vezque os demais parâmetros só podem ser obtidos através deanálise laboratorial. Se a densidade do produto estocadocomeçar a aumentar, pode estar havendo infiltração de água,
Saldys comentou que o tanque de S50 deve ser drenado acada 15 dias devido à facilidade com que o produto gera água.
O revendedor Alexandre Ribeiro Goldoni, do PostoTropical, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, em Santos,revelou que desde o dia 1º. de janeiro vendeu apenas 800 dos5 mil litros de S-50. Ele vem drenando o tanque a cada duassemanas, mas ainda assim verificou que o produto que estáno fundo do tanque tem coloração ferrugem e um forte odor.
Isso porque a estabilidade do óleo diesel pode ser afetadapor dois mecanismos: a ação da oxidação resultante docontato do produto com o ar; e a ação bacteriana gerada pelaproliferação de microrganismos e pela presença de água.Qualquer desses mecanismos é influenciado pela temperaturado recipiente onde o combustível está estocado, visto que oaumento neste parâmetro acelera a degradação docombustível, diz a ANP em nota oficial enviada à revista.
O QUE FAZER?
“Esse novo combustível é muito sensível e é laboratório para oS-10 que entra no mercado ano que vem, então o revendedordeve se acostumar e mudar seus procedimentos de compra,
CAI O MITO: S50 NÃO TEM VALIDADEESTIPULADA EM RESOLUÇÃO
Roberto Saldys, da ANP, falou sobre S-50 para mais de 50 revendedores egerentes de postos da Baixada Santista e Vale do Ribeira
estocagem, armazenamento e venda. Recomendamos manter oestoque no mínimo aceitável para a comercialização e a linhaem constante movimentação, além de evitar ao máximo aumidade, inclusive com drenagem constante. Umaalternativa é recircular o produto sempre que possível, oque pode ser feito até durante a aferição das bombas,momento em que se pode observar os aspectos visuais doproduto”, orienta, também, Sérgio Cintra, da Metalsinter.
Já para Saldys, caso a especificação do produto estejadesconforme, a melhor alternativa é passar cadeado nosbicos e avisar a distribuidora do problema e notificar a ANP.“Não adianta nada, no ato da fiscalização, informar o fiscalque a bomba está interditada. É preciso mostrar anotificação à ANP e à distribuidora”, continuou.
e esta, em função da característica de maior higroscopicidadeque o biodiesel confere ao produto, fica agregada ao mesmosob forma de emulsão, não sendo possível ao revendedor,através do tradicional sistema de bombinha d´água, extrai-lado tanque. Isso também pode ser notado quando o produtocomeça a ter um aspecto menos cristalino, turvo mesmo”,explica Ricardo Hashimoto, diretor para Postos de Rodoviasda Fecombustíveis.
Essa também foi uma das dúvidas levantadas pelorevendedor da base do Resan que participaram no dia 28 defevereiro de uma reunião de esclarecimento com o especialistaem regulação em petróleo e derivados Roberto Saldys e com ogerente administrativo da ANP em SP, José Francisco Pires.Cerca de 50 associados estiveram no sindicato.
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Até 1 ano ............................30
Até 2 anos...........................33
Até 3 anos...........................36
Até 4 anos...........................39
Até 5 anos...........................42
Até 6 anos...........................45
Até 7 anos...........................48
Até 8 anos...........................51
Até 9 anos...........................54
Até 10 anos.........................57
Até 11 anos.........................60
Até 12 anos.........................63
Até 13 anos.........................66
Até 14 anos.........................69
Até 15 anos.........................72
Até 16 anos.........................75
Até 17 anos.........................78
Até 18 anos.........................81
Até 19 anos.........................84
Até 20 anos.........................87
A partir de 20 anos ............90
Tempo Trabalhado Dias de Aviso
contribuições ajudam a equilibraro orçamento tão apertado.
José Rubens Marino, do LarFraterno de Cubatão, repartiu suasangústias sobre as dificuldadespara administrar entidadesfilantrópicas, mas destacou oquanto a assistência social faz bema quem ajuda e é ajudado.
“Nós só plantamos as sementes.Quem as faz germinar são osfuncionários do Resan quecorrem atrás das doações.Reconhecemos as dificuldadesde todos, por isso estamos aquipara dar nossa pequenacontribuição”, disse VeraLoubeh Camargo Hernandes.
Entidades beneficiadase seus representantes
Asilo de Inválidos de SantosAgenor Assis Neto - presidenteAssociação Cristã BeneficenteEuripedes BarsanulfoAvelino Morgado Filho - presidenteAssociação de Pais e Amigosdos Excepcionais de PraiaGrande - APAE-PGAntonio Pio Neto - presidenteLuiz Alves de Oliveira - diretorAssociação Lar de AmparoVovó WalquiriaTalita de Souza - secretáriaGrupo Amigo do Lar PobrePatricia Aparecida Alves FerreiraMattos Cidral - presidenteGrupo Memei de Enxovais ParaCrianças Recem-NascidasCarentesLuiza Helena Nunes Hippe -responsavélLar Espiríta Cristão ElizabethAdelaide Correia de JesusLar Espiríta Mensageiros da LuzEdna Koja Daguer - presidenteLar Fraterno de CubatãoJosé Rubens Marino - presidentePrato de Sopa MonsenhorMoreiraMaria de Lourdes MagalhãesOzores - presidente
DDez entidades beneficentes daBaixada Santista receberamdoação de R$ 1.500,00 cadacomo resultado da 14ºCampanha Abasteça o Natal deQuem Precisa realizada no anopassado pelo SindicombustíveisResan. A entrega dos chequesaconteceu no início de fevereirona sede do sindicato em umacurta e emocionante solenidade.
“Sempre soubemos dasdificuldades das nossasentidades que cuidam de criançase idosos carentes. Por isso, aoinvés de transformarmos nossacontribuição em cesta básicadecidimos fazer a entrega emespécie para que o dinheiro sejausado na necessidade maispreemente das instituições”, disseJosé Camargo Hernandes, queesteve ao lado de toda suadiretoria, colaboradores e daesposa Vera Lúcia LoubehCamargo Hernandes, uma dasidealizadoras da campanha lá noseu início.
Se havia dúvida sobre a módicacontribuição dada àsentidades, o encontrocom seus gestoresdeu ânimo extra paraque a campanhacontinue em 2013. Deacordo com VivianeTeixeira, vice-presidente do GrupoAmigo do Lar Pobre(Galp), a contribuiçãoservirá para finalizar areforma com acompra de tintas. Já opresidente do Asilo dosInválidos de Santos,
Agenor Assis Neto, relembrou oapoio do Resan dado há váriosanos e o quanto estas
RESAN ENTREGA DOAÇÕESA 10 ENTIDADES DA REGIÃO
A diretoria do Resan participou da solenidade deentrega das doações, ocorrida em fevereiro.
A Campanha Abasteça o Natal de Quem Precisavoltará a ser realizada em novembro deste ano
MARÇO 2012MARÇO 2012 9
O revendedor que está na relação da
ANP, mas possui número de bicos de
diesel inferior ao de bicos do ciclo Otto,
será autuado se não vender o produto?
A obrigatoriedade da ANP é para quem tem
mais bicos de diesel do que do os de
gasolina e etanol. Nete caso, ele será
autuado por não ter atualizado a ficha de
atualização cadastral.
Como deve proceder o posto que
possui apenas um tanque de diesel,
mas o nome está na lista?
É preciso enviar um ofício à ANP, por correio,
informando que possui apenas um tanque de
diesel e solicitar a retirada do nome da lista
dos 3 mil postos obrigados a vender o S50. A
Superintendência de Abastecimento
encaminhará solicitação aos fiscais que irão
ao posto. Confirmada a informação, o posto
será desobrigado de fornecer o S50.
O posto é marítimo, mas o nome
consta na relação. O que fazer?
É preciso atualizar o cadastro e constar a
venda de diesel marítimo. Os bicos de diesel
marítimo não são contabilizados na fórmula da
ANP que definiu os postos que vendem S50.
O nome do posto está na relação do
S50. Mas o revendedor quer continuar
a vender também o diesel metropo-
litano. A distribuidora pode negar o
fornecimento do segundo produto?
Não. Os dois produtos vão coexistir.
O posto tem que ofertar S50, mas a
distribuidora não tem o produto para
oferecer. O que fazer?
Formalize a solicitação do pedido do S50 à
distribuidora. O melhor é enviar um email e
manter a cópia, com ou sem a resposta da
distribuidora. O documento servirá de
prova no caso de uma fiscalização da ANP
que constate a ausência do produto no
tanque. Não basta lacrar a bomba com
cadeado. Tudo deve estar documentado.
O posto que não faz parte da lista de S50
pode vender o produto ainda assim?
Sim. Inclusive ele pode substituir o diesel
metropolitano pelo S50.
No encontro promovido pela ANP noResan foi dito aos associados que ainexistência do adesivo do S50 nasbombas de diesel, mesmo dos postosque não vendem o produto de baixoteor de enxofre, é uma infração listadana Medida Reparadora de Conduta.Entretanto, ela está no rol das correçõesque devem ser feitas no ato dafiscalização. “Se o fiscal ficar 50 minutosno posto esse é o tempo que ele terápara colocar o adesivo”. Ainda assim,será anotada o uso da medidareparadora e o dono do posto nãopoderá se valer dela numa segunda vez.
PRINCIPAIS DÚVIDAS
NÃO ESQUEÇA OS ADESIVOS
O adesivo plástico colorido estádisponível aos associados do Resan
Evite multasO cadastro do posto
revendedor deve estar sempre
atualizado. Qualquer
alteração
nas instalações do posto e nos
dados cadastrais deve ser
informada à ANP no prazo
de 30 dias. Quando a
alteração referir-se à opção
de exibir ou não a marca
comercial de um
distribuidor de combustíveis,
o referido prazo é de 15 dias
(Resolução
ANP nº 33, de 14/11/2008,
artigo 4º, inciso I).
O ficha de atualização (por
mudança de sócios, endereço,
equipamentos, razão nsocial
ou marca comercial) está
disponível na internet e deve
ser enviada por carta
registrada, com a seguinte
descrição no envelope:
“Solicitação de atualização
cadastral de sócios de posto
revendedor”. Endereço:
Avenida Rio Branco, 65
12º andar - Centro
Rio de Janeiro / RJ
CEP: 20090-004
José FranciscoPires, gerenteadministrativo daANP em SP,Roberto Saldys eRicardo Lopez,vice-presidente doResanE
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Em vigência desde outubro do anopassado, o aviso prévio proporcionalao tempo de serviço ainda é alvo demuitas dúvidas por parte deempregadores na hora do acerto decontas com o funcionário demitido.O Sindicombustíveis Resan mantémassessoria jurídico trabalhista gratuitapara seus associados. Por isso, emcasos de dúvidas, faça uma consulta.
Postos & Serviços ouviu tambémo contador Luiz Rinaldo, diretor daPlumas Assessoria Contábil. Para ele,apesar das regras do ministério, “emqualquer situação que trate de avisoprévio, é ideal consultar o sindicatodos trabalhadores”.
Uma das dúvidas é sobre aproporcionalidade. Um trabalhadorque foi dispensado com cinco anos emeio de carteira assinada deverácumprir ou ser indenizado em 45 diasou 46 dias? Há proporcionalidade?Como calculá-la?
As fontes consultadas pelo Resandizem que a lei não prevê este detalha-mento e que, por isso, o melhor a fazeré consultar o sindicato da categoria.
Rinaldo destaca a existência dediscordâncias entre o Governo e ascentrais sindicais. “O pedido dedemissão por parte do trabalhador éum dos motivos pelos quais os
Leia abaixo entrevista com o advogado
Rodrigo Julião (foto), consultor jurídico
trabalhista do Resan. Consultas gratuitas
devem ser agendadas na secretaria do
sindicato ou diretamente no escritório
Freitas & Julião Advogados Associados,
pelo telefone (13) 3326-2641.
Como deve ser feito o cálculo do aviso
prévio a ser pago quando um funcionário
com dois anos e 5 meses de empresa é
demitido? O terceiro ano (ou seja, os
cinco meses) é calculado como um ano
inteiro e aí se acrescenta os três dias do
novo prazo ou o período é proporcional?
Entendemos que o pagamento, nestes
casos, deve ser considerado pelo ano
fechado e não de forma proporcional, salvo
se houver estipulação mais favorável em
Convenção Coletiva de Trabalho.
No caso da demissão sem justa causa,
o patrão que optar por fazer com que o
funcionário cumpra o aviso
deve conceder a ele a carga horária
reduzida em duas horas? É possível
descontar o período no final do aviso?
Por ser uma lei nova, ela é omissa em
relação à redução de duas horas na
jornada normal de trabalho, ou sete dias
corridos dos 30 trinta a serem cumpridos
de aviso prévio. As reduções são previstas
no artigo 488 da Consolidação das Leis
do Trabalho. Entendo que tal previsão
permanece inalterada, pois o artigo em
questão não foi revogado, devendo ficar a
redução da jornada apenas para os 30
primeiros dias de aviso.
O empregado que pedir demissão deve
também cumprir o aviso prévio. Ou
seja, se ele tiver quatro anos de carteira
assinada, terá que trabalhar por 39
dias. A dispensa do aviso deve ser
comum acordo entre as partes, certo?
Como acontece na maioria dos casos
aqui dos postos ligados ao Resan?
Entendo que não, pois ao meu ver a lei
veio regulamentar o aviso prévio concedido
pelo empregador ao empregado. Mas a
questão é tormentosa e podemos ter
interpretações diversas.
Caso o empregador obrigue o funcionário
a cumprir o aviso, mas ele não queira,
como é feito o cálculo da rescisão?
Deve-se descontar o não cumprimento do
aviso do empregado. Nada muda, mas
esse desconto é opção do empregador.
Durante o aviso prévio, o funcionário tem
direito a benefícios como vale-
alimentação ou cesta básica?
Sim. No caso do cumprimento do aviso, o
funcionário ainda tem direito a vale
alimentação e cesta básica. Já nos casos
de aviso prévio indenizado o empregado
não faz jus ao benefício.
“No caso do cumprimento do aviso, o funcionárioainda tem direito a vale alimentação e cesta básica”
AVISO PRÉVIO AINDA CAUSA DÚVIDASsindicatos de diversas categoriasdivergem em suas interpretações”.
Afinal, o empregado que pedirdemissão deve também cumprir oaviso prévio. Ou seja, se ele tiverquatro anos de carteira assinada,terá que trabalhar por 39 dias.
Caso decida por não cumprir oaviso, o empregador poderá fazer odesconto integral da rescisão apagar ao empregado. Os acordosde dispensa podem ser mantidos,embora essa seja uma concessãodo empregador.
Luiz Rinaldo é diretor da Plumas
MARÇO 2012MARÇO 2012
OLHA QUE COISA MAIS LINDA,MAIS CHEIA DE GRAÇA...
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As lágrimas queumedecem os olhos eameaçam borrar amaquiagem são asmesmas que deixam
escapar a emoção de ver um sonhorealizado. Dele, faz parte um grupo demulheres dedicadas a provar quecompetência e profissionalismotambém andam de mãos dadas com abeleza, simpatia e feminilidade.
Ah!, se Tom Jobim soubesse quão éextensa a combinação que se pode fazercom a sua internacional Garota de
Ipanema, não se importaria nem porum momento de emprestar seus versosa esse grupo de meninas frentistas quetambém são cheias de graça e vêmconquistando o respeito dos clientes deum posto de combustíveis da ZonaNoroeste, em Santos.
Elas viraram o estereótipo decabeça para baixo. Ali, roupa justa edecotada não faz parte do uniformedo dia a dia. Entretanto, o sorriso norosto, a dedicação, organização elimpeza são os primeiros sinais de quetem mulher no pedaço.
São todas fruto de um projetoousado de Lucilene Matheus Pereira,que há 20 anos teve de vencer adiscriminação que rondava ummercado de trabalho machista e provarseu valor. Já como gerente do AutoPosto Fórmula Indy, há quatro anosela decidiu que arriscaria a confiançaque os patrões lhe depositam nestaideia de privilegiar as mulheres a cadanova contratação realizada.
Deu tão certo que elas jádominaram a pista, o caixa, a loja deconveniência, o escritório e até atroca de óleo. Pelo que parece, nãovão parar por aí. Em breve, o serviçode ducha será tocado por duasmeninas e, quem sabe em um futuropróximo, também o cargo demotorista de um dos caminhões queabastecem a Rede Clean Car.
As unhas pintadas e a maquiagemdiscreta só foram liberadasrecentemente. Tudo sempre bem
dosado para não entornar o caldo.Tudo porque o Fórmula Indy é umposto essencialmente frequentado porhomens – 70% do volume decombustível vendido são diesel queabastecem os caminhões quecirculam pela Avenida Nossa Senhorade Fátima, uma das principais vias deretroporto de Santos.
De um total de 20 funcionários,16 são mulheres, contando comLucilene. “Elas fazem de tudo, desdea limpeza, reposição, abastecimento eaté a troca de óleo. Todas elas fazemo teste de qualidade do combustívelque chega no posto. Eu não contratomais homem. Os que estão que sesegurem”, diz a gerente, referindo-seaos quatro frentistas que ainda serevezam na pista.
Guilhermina Meneses, de 29 anos,está há três no posto. Antes, ela tinhatrabalhado sete anos em umapapelaria. “Vi o anúncio e decidi mecandidatar à vaga. Para os homensfoi um susto. Eu era a única mulherna pista. Alguns clientes até pediampara abastecer ou para calibrar opneu no meu lugar. Mas eu sempredeixei claro que aquele era o meutrabalho e que eu o fazia bem”.Casada, Guilhermina abastecia atémesmo o caminhão do marido.
Na última quinta-feira de fevereiro,a equipe de Postos & Serviços foiconhecer de perto a realidade destasmoças com objetivo claro dehomenagear as mulheres neste 8 demarço, Dia Internacional da Mulher.
Companheiras, elas estão semprealegres e conseguem transferir issopara a pista. O clima e de muito bomastral. “Os clientes já nos conhecemcomo o ‘posto das meninas’. Eu ficomuito orgulhosa”, comenta Lucilene.
OLHA QUE COISA MAIS LINDA,MAIS CHEIA DE GRAÇA...
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Com as unhas
pintadas de verde,
com uma leve sombra
nos olhos e gloss nos
lábios, Rosivânia
Andrade de Jesus, de
24 anos, largou o
telemarketing para ser
frentista. “Aqui eu me sinto livre. No
começo minhas mãos tremiam, mas hoje
abastecer e calibrar pneus são as coisas
mais fáceis do mundo”.
Renata Lopes dos Santos Marques foi a
mulher que abriu as portas para todas as
demais há quatro anos. Foi a primeira a ser
contratada como frentista, depois caixa.
Hoje, grávida, cuida do escritório.
Vanessa Alves, 23
anos, não deixa que
os anéis e brincos
atrapalhem o
trabalho. O
cabelo preto, liso
e bem penteado
combi-nam com
as unhas azuis.
“Aqui não tem rotina, a gente faz
amizade, trabalha e se diverte ao
mesmo tempo”.
L u c i n e i d e
Bezerra da Silva,
de 28 anos, há
dois no posto,
faz de tudo,
inclusive a
troca de óleo.
Da esquerda paradireita:Tathiany, Priscila,Lucilene, Cláudia, Rosivânia,Lidiane, Vanessa, Renata,Guilhermina, Lucineide eAdriana fazem parte daequipe de 16 mulheres quecomandam o Fórmula Indy,em Santos
“Eu até já ensinei um frentista homem a
trocar o óleo. Tenho muito orgulho disso
tudo”, revela a ex-balconista.
Lidiane Fernanda dos Santos, de 23
anos, é a mascote da turma; acabou de
ser contratada. “Eu achava que esse
trabalho era só para homem, que mulher
não podia fazer”.
A colega de trabalho Adriana Inácio, 29
anos, ensina o segredo
do sucesso: Mesmo
quando algum cliente
mais engraçadinho
tenta passar uma
cantada se
aproveitando de seus
olhos verdes, “eu finjo que não ouço e
aí tudo segue normalmente”. Adriana foi
uma das mais insistentes em conseguir a
vaga de frentista: “Trouxe meu currículo,
liguei, pedi muito essa oportunidade
para a Lucilene”.
Thatiany Bezerra dos Santos, há oito
meses no posto, sabe que algumas
motoristas até têm preconceito em
serem atendidas por outra mulher, mas
que quando as conhecem e veem a
seriedade do trabalho logo se rendem à
simpatia. Quanto aos homens, não há
reclamações sobre excessos de
gentilezas. Os que abastecem mais
vezes se tornam mais conhecidos e até
brincam quando elas estão, por
exemplo, com a unha para fazer. “Eles
perguntam até do esmalte”, mas tudo
com bastante cordialidade, diz Adriana.
Entre tantas
meninas, há duas
mamães: Cláudia
Maria da
Conceição e
Priscila Santos
Fonseca, ambas
com dois filhos
cada. “Ser mãe
não prejudica de forma alguma o nosso
trabalho”, disseram, gabando-se de
nunca terem faltado um dia sequer no
batente. Pelo contrário. “São pontuais
e extremamente responsáveis”.
Consumidores como
Gileno Augusto da Silva,
caminhoneiro há 43
anos, dizem que é
“maravilhoso” abastecer
com elas. “São
educadas, dão o sangue
no trabalho”.
Na outra foto, a gerente
Lucilene, há 20 anos
funcionária do Auto
Posto Fórmula Indy