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DEZEMBRO 2011 3

Postos & Serviços é uma publicação

mensal do Sindicato do Comércio

Varejista de Derivados de Petróleo,

Lava-rápidos e Estacionamentos de

Santos e Região (Resan).

Rua Manoel Tourinho, 269

Macuco - Santos/SP / 11015-031

Tel: (13) 3229-3535

www.resan.com.br

[email protected]

Presidente

José Camargo Hernandes

Jornalista responsável, textos e

editoração eletrônica

Christiane Lourenço

(MT b. 23.998/SP)

E-mail

[email protected]

Colaboração: Luiz Linna,

Marize Albino Ramos, Paulo

Roberto Pinto e Maria do Socorro

G. Costa

Impressão: Demar Gráfica

Tiragem: 2.000 exemplares

Fotos da capa: Divulgação

Fotos gerais: Resan e divulgação

As opiniões emitidas em artigos as-

sinados publicados nesta revista são

de total responsabilidade de seus

autores. Reprodução de textos au-

torizada desde que citada a fonte.

O Resan e os produtores da revis-

ta não se responsabilizam pela ve-

racidade das informações e quali-

dade dos produtos e serviços di-

vulgados em anúncios veiculados

neste informativo.

EDIÇÃO DEZEMBRO / 2011

editorialResposta imediata ...................................4

anpHaroldo Lima, diretor-geral da ANP, faz

balanço no final de seu mandato......5 a 7

fiscalizaçãoDiretor da ANP, Allan Kardec, fala sobre

futuro da revendas no País................7 a 9

lei antiálcoolLideranças da revenda paulista se reú-

nem com deputados estaduais............11

áreas contaminadasDesligar sensores dá problema.......12

- Leia entrevista com Rodrigo Cunha, ge-

rente da Cetesb...............................13

tira-dúvidaMedida reparadora de conduta não é

para toda hora...............................14 e 15

dicasMural da Qualidade ..............................16

mercadoConfira preços médios de compra e ven-

da na região do Resan........................17

variedadesAniversariantes da segunda quinzena

de dezembro e primeira quinzena de ja-

neiro de 2012...........................................18

Agenda e circulares..............................18

Matéria de capa .........10 e 11

ALVO CERTOAlém da Lei Antiálcool, em vigor noEstado de São Paulo desde o dia 22de novembro, a revenda de combus-tíveis também tem sido alvo devários projetos de lei em esferasmunicipais e federal. O tema maisrecorrente diz respeito às lojas deconveniência, mas também hánovas resoluções por parte da ANPcomo a 62/2011, em vigor desde o dia1º de dezembro, que obriga postos quepossuam pelo menos dois tanques dediesel e número de bicos deste combustívelsuperior ao número de bicos do Ciclo Otto(gasolina + etanol hidratado) a comercializaro óleo diesel de baixo teor de enxofre (S50em 2012 e S10 a partir de 2013).

O presidente do Sindicombustíveis Resan,José Camargo Hernandes, participou deuma audiência pública na Câmara deSantos para debater projeto de lei, deautoria do vereador Boquinha (PMDB),que proíbe o consumo de bebidasalcoólicas em lojas de conveniência esupermercados de Santos

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E D I T O R I A L

José Camargo Hernandes

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RESPOSTA IMEDIATAUm novo debate foi iniciado naúltima semana de novembro quandoa Câmara de Santos convocou umaaudiência pública para discutir aproibição do consumo de bebidasalcoólicas nos supermercados e lojasde conveniência em postos decombustíveis. Se aprovado, o projetode lei teria reflexos sobre 35 lojasexistentes em 71 postos emfuncionamento na Cidade, que geram200 empregos diretos e cuja vendade cerveja e outras bebidas etílicasnão se constituem como prioritárias,mas fazem parte dos itens de estoquetanto quanto de um supermercado,de uma padaria ou restaurante.

O Resan fez o seu papel:participou da audiência, levounúmeros e argumentos que mostramque não há qualquer relação entre avenda de bebida nos postos e osacidentes de trânsito ocorridos naCidade. Os motoristas que insistemem desrespeitar a Lei Seca bebemtanto em casa, quantonum restaurante oubar... Eles tambémtanto podemcomprar a bebidanuma padaria ounuma loja deconveniência.

A discussãotem que se daracima destenível. O

comércio é livre para venderqualquer produto lícito. O que temque ter nas ruas é fiscalização paracoibir a direção por parte de pessoasembriagadas. Mais uma vez é comose toda a responsabilidade por salvarvidas estivesse nas nossas costas.

Já estamos cumprindo à risca oque diz a Lei Antiálcool dogovernador Alckmin, que nos dá aatribuição de fiscalizar e não permitiro consumo de álcool por menoresnos nossos estabelecimentos. Atarefa é árdua e até extrapola nossacapacidade de controle, já que nãotemos poder de polícia. Mas, voialà,estamos fazendo nossa parte emborafiquemos desguarnecidos de umaretaguarda. Controlamos a venda debebida, exigimos RG, fazemos rondanas pistas dos postos... Mas e quantoo frentista vira as costas e um menorde idade entra no posto (não na loja)e pega a latinha de cerveja de ummaior? Se a fiscalização flagrar, será

multa na certa. O Resan nãodescarta a possibilidade de

ingressar com uma medidajudicial para resguardar seusassociados.

Agora, quanto aosargumentos levantados

pela Câmara de Santos,novamente o setor

provou durante aaudiênciapública queeles fogem dasnossaspossibilidadesdesolucioná-los. Maiscerto seriase o Paísadotasseumapolítica

restritiva como a americana queproíbe o consu-mo de bebidaalcoólica na rua. Mas, se estamosfalando de um comércio livre, entãoqual a diferença entre uma loja deconveniência e uma padaria? Se oproblema é o barulho, há a lei dosilêncio que vale para todo equalquer cidadão. Apesar de tudo,essas discussões são salutares e nospermitem apresentar o setor decombustíveis e conveniência para asautoridades e à população em geral.Esse é o lado bom. Provamos quenão somos uma caixa preta.

Aliás, os postos estão cada vezmais populares. Ao invés de postosde combustíveis, nos tornamos ilhasde serviços que conquistam seusclientes pela localização, segurança,qualidade e agilidade no atendimentoe variedade de produtos ofertados.

Onde tirar dinheiro no meio danoite? Na loja de conveniência. Ondetomar um lanche rápido, com fácilestacionamento? Na loja deconveniência. Onde encontrar um itemque falta para o jantar sem sair do seutrajeto? A resposta você já sabe...

Por isso, caros leitores, o Resanfaz uma defesa ferrenha àimportância das lojas deconveniência. Aceitamos desafios,sugestões, mas queremos sertratados com os mesmos direitos edeveres de qualquer estabelecimentocomercial regularmente instalado.

Bom, meus amigos, este é maisum exemplo de que nossa luta éincansável, que o ano chega e vaiem meio a muito trabalho. Osindicato não para. Ele é a casa dorevendedor e também o seu portomais seguro. Tenha sempre isso emmente neste 2012 que se aproxima.Vamos continuar caminhandojuntos, unidos em defesa da nossacategoria. Feliz Natal e umpróspero Ano Novo a todos!

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Confira abaixo os principais trechos da entrevistacoletiva dada aos jornalistas das revistas especializadasem combustíveis:

ADULTERAÇÃOHá oito ou dez anos, o índice de não conformidade dagasolina, diesel ou etanol variava de estado para estado:havia coisas espantosas, mas nada que fosse bom. Oíndice geral de não conformidade era de 12% a 13%. Arigor, no mundo, entre os países em desenvolvimento,tínhamos os piores combustíveis.

FISCALIZAÇÃOA fiscalização era deformada: nós não éramos reativos.Aguardávamos as denúncias. Isso era o que de maisimportante a gente fazia. Éramos chamados por prefeitos,juízes... Passamos a fazer a fiscalização pró-ativa. Para isso,tínhamos que ter informação para fazer um plano defiscalização, o que passou a ser feito com base na Pesquisade Monitoramento e Qualidade dos Combustíveis.Tivemos grandes resultados e passamos a programarnossa fiscalização sem que ninguém nos chamasse. Hoje,a fiscalização é toda programada regionalmente. Cadaescritório está preparado para fazer suas próprias ações.A Agência está tecnicamente unificada, mas a forma deexecução é diferenciada por estado.

ANP MUDARÁ DE MÃOS

ANP cresceuna gestão deHAROLDO LIMA

A trajetória de Haroldo Lima à frente da ANPchegou ao fim. Foram oito anos no comandoda agência desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula. Entre 2003 e 2011, Lima

enfrentou vários desafios, desde a falta de estrutura até adescoberta do pré-sal.

A ANP cresceu nestes oito anos, é inegável. De700 funcionários – a maioria sem concurso – passoupara quase 1.300, dos quais 50% concursados. Dasede do Rio de Janeiro que se resumia em seisandares de um edifício comercial e mais trêspequenos escritórios em São Paulo, Brasília e Bahia,hoje a agência ocupa um prédio inteiro mais alguns

escritórios em outro edifício da capital fluminense,subsedes em Minas Gerais, Porto Alegre, Manaus,um posto avançado em Paulínia e um amploescritório em São Paulo, com dois andares,inaugurado oficialmente no dia 21 de novembro. “AAgência passou a ser verdadeiramente nacional”, dizLima, que lançará em dezembro um livro com todo obalanço de seu mandato à frente da ANP.

O novo diretor geral ainda não foi escolhido. Aprerrogativa é da presidente Dilma Rousseff, maso candidato terá que ser submetido à sabatina dossenadores, que podem aprovar ou não osubstituto de Lima.

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CONFORMIDADEHoje os índices de não conformidade estão entre osmelhores do mundo, entre 1% e 2%. No Maranhão, em2003, mais de 40% dos combustíveis estavamadulterados; atualmente, esse percentual caiu para 2%.Passamos a ser referência no mundo como país queconseguiu estabelecer um padrão de qualidade para seuscombustíveis.

SINDICATOSTivemos uma contribuição significativa das entidades dosetor. Os agentes honestos querem acabar com aadulteração, que corta a competitividade. Por isso elesnos apoiaram e nos deram dicas.

PRÉ-SALQuando foi descoberto o Pré-sal durante o Governo Lula,a ANP teve papel importante. Estávamos a 19 dias de umleilão que iria licitar diversos blocos nesta área que tinhasido descoberta. Havia uma tendência a se suspender oleilão. Eu mostrei ao presidente Lula que o edital delicitação previa a hipótese da ANP retirar da lista o blocoque quisesse até a hora da apresentação das ofertas,desde que justificasse o fato. Tiramos todos os 41 blocosligados ao Pré-sal e continuamos a licitação no resto doBrasil. O mercado reagiu bem, achou compreensível quese suspendesse a venda de uma casa onde foi encontradauma fortuna no quintal. Nós fomos nomeados para umacomissão para discutir o marco regulatório do Pré-sal.Terminamos mudando o tipo de contrato: enquanto norestante do Brasil continuava o contrato de concessão, noPré-sal adotamos a partilha da produção como existe emtodos os lugares do mundo onde há muito petróleo ebaixo risco (para a exploração). O Brasil passou a ser umdos grandes países do mundo a ter um sistema misto,com dois tipos de contrato de exploração. Um dado muitoimportante deste processo foi o da capitalização da

Petrobras. Ela teria que fazer muitos investimentosnacionais. O acerto com o Governo foi de que a ANPlocalizaria uma quantidade de petróleo da ordem de 5bilhões em áreas da União – não licitadas – e essa reservacertificada seria dada à Petrobras de forma onerosa. Foidado um preço para cobrarmos de cada um desses barris.O mercado queria um preço entre US$ 3 e US$ 4. A ANPnão concordou, disse que isso causaria prejuízo ao País.Nós achamos que deveria ser em torno de US$ 8. OBrasil passou a ser mais dono da Petrobras porque opreço do bem que ele apresentou foi valorizado nesteprocesso.

BIODIESELO S-50 é uma vitória. Tivemos que nos esmerar paragarantir o abastecimento dos veículos. O problemacentral é que nem todo mundo é obrigado a vender o S-50, então corria-se o risco de um determinado motoristanão ter como abastecer Brasil afora. Fizemos umplanejamento em conjunto com outras entidades e ascoisas estão bem encaminhadas. Será uma grande vitória.Esse é um produto crescente no mercado, por isso é fácilde articular com agentes e convencê-los a vender o S-50.(Veja destaque no rodapé da página ao lado)

TEOR DE BIODIESELAntecipamos os 5% no biodiesel em três anos (B-5 estavaprevisto para 2013, mas está no mercado desde 2010). Oque o próprio mercado tem colocado é que já há condiçõespara autorizarmos o B-7. Por que então a ANP não encabeçaesse aumento? É que paralelamente a isso surgiramproblemas com a formação de borra nos motores. Fizemosgrupos de estudos e essa questão ainda não foi fechada. Umdado que nos parece contraditório é o fato de que há testesbem sucedidos de uso de B-20, B-50 em frotas cativas. Nãoestamos negando a existência da borra até porque temosisso documentado com fotos. Vamos reexaminar esseassunto em um prazo curto e, por enquanto, não haveráaumento da quantidade do biodiesel no diesel.

A ANP teve atuação relevante

na discussão do marco

regulatório do Pré-sal:

“O mercado

queria um preço

entre US$ 3 e US$

4. A ANP não

concordou, disse

que isso causaria

prejuízo ao País”

Futura sede da Unidade

de Negócios da Bacia de

Santos, da Petrobras, no

Valongo,em Santos:

“O Brasil passoua ser mais donoda Petrobras”

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N

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Nos últimos meses, a ANP deu mostras

de que está corrigindo, aos poucos, as

distorções e mesmo alguns excessos

cometidos na fiscalização contra a

revenda de combustíveis. Muitas das

leis e normas em vigor atualmente

foram criadas na década passada, no

auge do período de adulteração de

combustíveis e sonegação de impostos.

O atual diretor Allan Kardec Duailibi,

responsável pelas superintendências de

Fiscalização do Abastecimento, de

Abastecimento e de Refino e

Processamento de Gás Natural,

reconhece alguns dos problemas

enfrentados pela revenda e diz que

soluções estão sendo analisadas.

Por outro lado, a agência está sendo

passada a limpo. Conseguiu zerar o

passivo de multas acumuladas, de um

total de 15 mil processos, o que dava

ao mercado uma sensação de

impunidade. Com isso, agentes que

cometerem infrações vão receber a

multa em até 120 dias.

Em entrevista a Postos & Serviços,

Kardec citou, por exemplo, uma saída

para a reclamação de revendedores de

todo o País sobre a entrega de gasolina

pelas distribuidoras sempre com os

percentuais de etanol próximos dos

limites máximo ou mínimo, o que deixa

a revenda em desvantagem perante a

fiscalização. Confira:

Postos & Serviços – Osrevendedores têm enfrentadoproblemas com a fiscalização noEstado de SP porque muitas vezes agasolina que eles recebem já vêmcom percentual de anidro bempróximo do limite. O que a ANP podefazer?Allan Kardec Duailibi – Nós estamoshoje com (limite de) 20% de etanol. Oque você está falando é que o produtojá é entregue pelo distribuidor no postobem próximo do limite. Isso já nos foitrazido por vários sindicatos e pelaFederação também. Por isso estamosestudando uma forma jurídica deenfrentar o problema. Por enquanto,esse é um direito consolidado (dedistribuir ou vender gasolina commínimo de 19% de etanol e máximo de21%). A gente não pode exigir de um(agente) sem exigir do outro. O queprovavelmente vamos fazer – e comoa regulação é extremamente dinâmica– é trabalhar junto à fiscalização. Agora,como é que vai ser essa solução, nósainda não sabemos.

P&S – A amostra-testemunha não éum meio de o revendedor segarantir? Haveria a possibilidade deela ser inclusa como uma das

ETANOLA ANP passou a regular toda a cadeiade produção do etanol há poucosmeses. Passamos a buscar aexperiência de agentes do setor comoa UNICA (União Nacional da IndústriaCanavieira). Já sabíamos que odesabastecimento durante aentressafra é um problema crônico.Por isso, logo que assumimos aregulação comunicamos nossaprimeira avaliação do setor aoGoverno. Sugerimos que o BNDESliberasse recursos para financiar aplantação de cana de açúcar. Comisso, a área a ser cultivada deveráaumentar. Estamos certos disso. Já hágrandes agentes entrando no mercado.Só um grupo vai cultivar 120 milhectares de cana-de-açúcar a mais.

LUBRIFICANTESA ANP está desconfortável com oíndice de não conformidade queestá entre 22% e 23% noslubrificantes. Em seis mesestrabalho baixou apenas para 18%.Temos que mudar a estrutura daregulação. Vamos aumentar onúmero de laboratórios que fazemanálises. Queremos chegar aorecorde de não conformidadeconseguido nos combustíveislíquidos que é de menos de 1%.Isso só não aconteceu até agoraporque a mesma população que estáatenta à qualidade da gasolina, doetanol e do diesel, infelizmente nãoestá atenta ao lubrificante.

KARDEC FALA EM INCLUIR MARGEM DE ERRODOS INSTRUMENTOS MEDIDORES NORESULTADO FINAL DOS COMBUSTÍVEIS

Em 1 de dezembro, a ANP publicou a

Resolução 62/2011, determinando que postos

que possuam pelo menos dois tanques de diesel

e número de bicos de óleo diesel superior ao

número de bicos do Ciclo Otto (gasolina +

etanol hidratado) são obrigados a

comercializar o óleo diesel de baixo teor de

enxofre (S50 em 2012 e S10 a partir de 2013).

A Fecombustíveis não concorda com a medida,

que é diferente dos pleitos apresentados pela

revenda durante audiência pública realizada na

própria ANP para tratar do S-50.

VENDA DE S-50 PASSAA SER OBRIGATÓRIA

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amostras a serem enviadas para oslaboratórios em casos de fiscalização?Kardec – A amostra-testemunha é umproblema que já foi enfrentado antes.Foi pedido para retirar a exigência (dese ter o produto guardado no posto)...Mas ela sempre será a forma de orevendedor se resguardar contraeventuais problemas. Nós estamosfalando agora de uma situação extrema,em que ele recebe o produto com 21%e o distribuidor tem direito, sim, aentregar com 21%. Então o revendedorfica numa situação inconveniente de nãopoder elevar esse percentual. Issovamos fazer (corrigir) com a nossafiscalização. Provavelmente trabalharcom uma margem de erro já quequalquer aparelho de medição tem essamargem.

P&S – Como será isso na prática?Kardec – O que é o erro? Mesmo queo equipamento dê 21% ele tem amargem de erro dele que é intrínsecado aparelho medidor.

P&S – De quanto?Kardec – Aí pode ser de 0.1 ou de 1%.No final das contas daria uma margema mais. O erro do instrumento podeaumentar a margem para o revendedor.Isso não vai ampliar a margem de erro.Uma vez que você tem um resultado

que aponta 21% de anidro na gasolinae soma-se a isso a margem de erro doaparelho, o resultado poderá ser paracima e para baixo também (maior oumenor do que o limite previsto em lei),o que deixará confortável tanto o fiscal,que não estaria sendo negligente,quanto o posto. Mas isso é umproblema muito difícil de se resolver.

P&S – Quando isso poderá ocorrer?Kardec – Acredito em uma solução parao início do ano que vem.

P&S – E como fica o Estado de SPque tem uma legislação muitopunitiva? Eles adotariam o mesmoprocedimento?Kardec – Nós continuamostrabalhando fortemente com SãoPaulo. O procedimento em geral queos estados adotam é o mesmo da ANP.

P&S – Há testes como o de fulgor,condutividade, Ph, teor de biodiesel,octanagem que os resultados sãoverificados apenas em laboratório,mas cujos erros apontados podemcassar a inscrição estadual do posto(no caso da lei paulista) ou interdiçãopor parte da ANP. O que fazer?Kardec – Aí é a amostra-testemunha.Hoje, enquanto não há um instrumentomedidor mais simples que o

revendedor possa comprar, para seresguardar, ele tem que ter a amostra.

P&S – Como será a fiscalização doS-50, a partir de janeiro de 2012, emfunção dos riscos de contaminaçãopor ele ser um produto maissensível?Kardec – Cada problema em sua vez...Nós não sabemos como vai ser o S-50.Temos a certeza de que ele vai funcionarbem, mas é um outro combustível. Nãopodemos esquecer que o Brasil é o únicoPaís no planeta que deixa o consumidordecidir que combustível ele quercolocar no seu veículo.

P&S – A demanda do S-50 serámenor, certo?Kardec – Acredita-se que sim, mesmoporque nesse ano (2011) vendeu-se (aindústria) 100 mil caminhões a mais(antecipando-se à chegada dos motoresEuro 5 a partir de janeiro de 2012).

P&S – Não há, aí, uma tendência queo produto fique mais tempoarmazenado no tanque? Há algumaforma do revendedor se precaver nocaso de uma fiscalização que aponteuma irregularidade por conta dealterações nas características dobiodiesel ocorridas dentro do tanque?Kardec – A ANP está revisando\

Da direita para esquer-da: Alcides Amazonas,

responsável peloescritório da ANP em

São Paulo; HaroldoLima, diretor geral da

ANP entre 2003 e 2011;e Allan Kardec

Duailibe, diretorresponsável pelas

superintendências deFiscalização do Abaste-

cimento, de Abasteci-mento e de Refino e

Processamento de GásNatural

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normas.Uma delas é a do teor de água nobiodiesel puro. Então, acreditamos quecom isso vá reduzir bastante o problemada borra, embora ele seja controverso.

P&S – Haverá uma padronização dasorigens do biodiesel?Kardec – Não. No Brasil o biodieseltem várias fontes, a origem independe.Eu estou falando que a especificaçãodo produto é única.

P&S – Sim, mas o biodiesel secomporta de forma diferente emfunção da sua origem (se animal ouvegetal, por exemplo)...Kardec – Assim como o diesel. O dieselé um blend, como é a gasolina. O que aANP tem que fazer é regular para queos eventuais problemas sejamdiminuídos.

P&S – Os problemas de borra nãosão causados justamente por teruma especificação mais ampla dosdiferentes produtos?Kardec – Temos que ver que a borraocorria antes, está ocorrendo agora e háuma suspeita generalizada do mercado deque ela estaria vinculada à origem dobiodiesel. Nós a estudamos na ANP etivemos relatos de pessoas que usaramB20 e até o B100 e onde necessariamentenão houve a formação de borra. Então,esse é um tema controverso. É umaafirmação peremptória associar a borra aobioediesel e o biodiesel à borra. Eudesvincularia isso. Pode ser que o biodieselseja alterado na logística (que compreende)

o combustível. Por ser um novocombustível, nós estamos estudandoesses problemas junto com o mercado.

P&S – Há alguma chance de opercentual de biodiesel no dieselaumentar em 2012 para 10%?Kardec – Não há nenhuma intençãonem qualquer debate interno doGoverno para isso.

P&S – A questão da borra impede oaumento?Kardec – Não, não é a borra. Nósestamos hoje com mais de 100% (debiodiesel) sobre a oferta. Por isso, oproblema também não é abastecimento.Podíamos colocar bem mais que o B-10.Mas ele é um programa social e enquantono Governo não estudar se ele estáatendendo às bases da agricultura familiar,esse percentual não será alterado.

P&S – O Resan e o Recap, com apoioda Federação, propuseram ao Estadoque a amostra-testemunha fosseincluída como um dos produtos aserem levados para os laboratóriosnos casos de uma fiscalização, alémdas três amostras coletadas na hora.O sr. acha isso viável?Kardec – Eu acho isso controverso. Opróprio mercado pediu (o fim daobrigatoriedade da amostra-testemunha) e agora só uma parte quervoltar atrás. O próprio mercado não estáconsolidado sobre o tema e ossindicatos (da revenda) não sãounânimes. Para isso dar certo teria quevoltar (a exigência) a amostra.

“A ANP está revisandonormas. Uma delas é a

do teor de água nobiodiesel puro. Então,

acreditamos que com issová reduzir bastante o

problema da borra,embora ele seja

controverso”

“Hoje, enquanto não háum instrumento medidor

mais simples que orevendedor possacomprar, para se

resguardar, ele tem queter a amostra-

testemunha”

“Não podemos esquecerque o Brasil é o único

país no planeta quedeixa o consumidor

decidir que combustívelele quer colocar no seu

veículo”

AVALIAÇÃO SINDICAL

O Sindicombustíveis Resanrecebeu no dia 1º de dezem-bro a visita de Deuza Lima,funcionária do Sindicom-bustíveis Pará, para o proces-so de avaliação anual do Sis-tema de Excelência em Ges-tão Sindical (SEGS), imple-

mentado em 2007 pela Con-federação Nacional doComécio (CNC). O programatem como objetivo o aprimo-ramento das atividades sindi-cais do segmento de revendade combustíveis de todo oPaís. No Resan, o SEGS écoordenado pelo assessorAvelino Morgado, que esteveno Minaspetro em novembropara a mesma avaliação.

Na foto, Deuza Lima, Thiago Matheuse Avelino Morgado, respectivamenteestagiário e assesor do Resan

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Dos 71 postos de combustíveis emSantos, 35 têm lojas de conveniência.A maioria vem conquistando suavizinhança como seus consumidoresmais fiéis, além, claro, dos motoristas.Tudo por conta da praticidade, daagilidade no atendimento, qualidade esegurança. Para defender o segmentocontra mais uma proposta de leirestritiva às conveniências é que opresidente do Resan, José CamargoHernandes, esteve em uma audiênciapública na Câmara de Santos, no últimodia 25 de novembro, a convite dovereador Geonísio Pereira Aguiar, oBoquinha (PMDB).É dele a autoria de um projeto de leipara proibir o consumo de bebidasalcoólicas nas lojas de conveniência etambém em toda extensão dos postosde combustíveis. O objetivo é coibiros “esquentas” de grupos de jovensque se encontram nos postos parainiciar a balada ou vão para lá após anoitada. Tudo, lógico, por conta dasegurança oferecida pelos postos,sempre iluminados, com vigia e, emmuitos casos, com funcionamento 24horas das lojas.

Segundo o vereador esse projetosurgiu para evitar a presença de pessoasque vão até o estabelecimento não coma intenção de compra, mas comobjetivo de causar transtornos a quemmora no entorno do posto.“Infelizmente estamos vendo isso nasquintas, sextas e finais de semana. Eunão acho correto um grupo utilizar deum espaço maravilhoso como umposto para levar o seu isopor combebidas que ela nem comprou no locale ainda ligar o som alto, incomodandoa todos com o barulho”.

Hernandes rebateu os argumentosusados por Boquinha com dados depesquisas recentes sobre conveniência,mostrando os pontos positivos dosegmento. “Além de soluções práticas,as lojas servem também para facilitar

EM AUDIÊNCIA PÚBLICA, SINDICATO DIZ QUELOJAS DE CONVENIÊNCIA NÃO SÃO ‘VILÃS’

a vida daqueles que buscam um serviçorápido de compra e de atendimento”.

A aprovação de uma lei proibindo oconsumo de álcool prejudicaria,inclusive, postos que não são points dejovens e que vendem bebidas alcoólicasentre as dezenas de itens oferecidos nasgôndolas. “O mais sensato é procuraralternativas para tentar acabar comesses problemas pontuais”.

Na concepção do vice-presidentedo Resan, Ricardo Lopez Rodriguez, alei proposta puniria apenas os postosquando o comportamento social dejovens é o mesmo em outrosestabelecimentos como bares,lanchonetes e portas de casas noturnas.“Todos os outros comércios estariamimunes com o projeto. Os únicospenalizados seriam os postos”.

“O segredo do crescimento daslojas de conveniência está na

qualidade dos produtos e servi-ços oferecidos, agilidade, segu-

rança, iluminação e facilidadepara estacionamento”,

José Camargo Hernandes,presidente do Resan

Audiência pública foi comandada pelos vereadores Boquinha e Sadao Nakai (à direita)

RicardoLopez, vice-

presidente doResan, e

outros associ-ados acompa-

nharam asdiscussões

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As lideranças da revenda decombustíveis do Estado de São Pauloestiveram na Assembléia Legislativa deSão Paulo logo após o início da vigênciada Lei Antiálcool para mostrar aosdeputados a inversão de valoresprovocado pelo artigo que atribui aocomerciante a responsabilidade porfiscalizar o consumo da bebida pelomenor de 18 anos.

O presidente do Resan, JoséCamargo Hernandes, esteveacompanhado pelo presidente do Recap,Flávio Martini de Souza Campos, pelodiretor financeiro do Sincopetro, GenaroMaresca, e pela advogada CláudiaCarvalheiro. Eles se reuniram com líderesde diversos partidos que manifestaramapoio à apreciação contrária do veto dogovernador Geraldo Alckmin ao artigoque isenta postos de combustíveis, entreoutros centros comerciais, pelaresponsabilidade da fiscalização sobre oconsumo de bebidas alcoólicas pormenores em suas instalações.

Recebidos na AssembleiaLegislativa pela deputada Telma deSouza, o grupo conversou com oslíderes dos principais partidos da Casa.A primeira reunião foi com olíder petista, deputado Ênio Tatto, quegarantiu o apoio da sua bancada paraderrubar o veto do governador.

Depois, os presidentes e a deputadaTelma conversaram com os líderes doPSDB e do Governo, deputado SamuelMoreira (de Registro), e do PTB,Campos Machado. Os dois, mais o líder

RESAN E RECAP DEFENDEM POSTOSCONTRA ARTIGO DA LEI ANTIÁLCOOL

A deputada estadual Telma de Souza acompanhou os presidentes do Resan eRecap nos encontros com as lideranças na Assembleia Legislativa

da bancada da minoria, João PauloRillo (PT), empenharam o voto deseus parlamentares.

Para Telma, mesmo com a lei emvigor é possível fazer alterações ao textosancionado pelo governador. Segundo ela,a bancada petista votou favorável àmanutenção do artigo suprimido pelo

governador. “A lei pune implacavelmenteos comerciantes, com risco de perda doalvará de funcionamento, mas de formaarbitrária. O governo estadual não podetransferir a responsabilidade da

fiscalização para os proprietários docomércio”.

O veto deveria ser apreciado pelosdeputados estaduais ainda neste ano.Entretanto, há o risco de, em dezembro,todas as sessões serem reservadas paraa votação do Orçamento 2012, o queadiaria a análise para o próximo ano.

TERCEIRIZAÇÃOComo sócia de umaEmpresa dePrestação deServiços deSegurança e

Vigilância, gostaria de parabenizar-lhepela excelente reportagem sobreterceirização de serviços, pois foi feita deforma responsável e coerente.Quero ratificar as palavras do Dr.D´Miranda quando diz que o tomador deserviços deve verificar a idoneidade daempresa prestadora de serviços, poisassim afasta da concorrência empresasaventureiras quando apresentam preços

impraticáveis, não cumprem comsuas obrigações fiscais etrabalhistas, fazendo com que aSúmula 331 tenha sua eficácia plena(responsabilizando o tomador porsuas obrigações indelegáveis) eassim, acabam por vituperar omercado de prestação de serviçosem geral. O respeito ao ClienteExterno (tomadores) e Internos(funcionários) deve sempre serprioridade de qualquer empresário.Parabéns.

Vanuzia Biano,sócia da empresa BASE VIGILÂNCIA

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E

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De que adiantam investimentos demais de R$ 100 mil apenas emequipamentos de proteção contravazamentos se para facilitar aoperação, o posto suspende osensor que há dentro do sump debomba para não acionar o alarmemesmo nos casos mais simplesprovocados por vazamento de águada chuva?

Você sabia que apesar de toda atecnologia usada na descargaselada de combustíveis, se ocaminhoneiro não seguir todas asnormas previstas pela ABNT podehaver vazamentos significativos?Seu frentista acompanha adescarga durante todo o tempo?

A operação inadequada deequipamentos de medição são umadas fontes mais comuns devazamentos e a consequentecontaminação do solo.

Em entrevista a Postos & Serviços, ogerente da Cetesb, Rodrigo Cunha, fazum alerta importante: os equipamentosdevem ser usados na sua íntegra comogarantia de prevenção aos vazamentos.O recado foi dado aos associados doResan no último dia 24 de novembroquando Cunha ministrou a segundapalestra sobre o PIA (Programa deImplementação de Gerenciamento deÁreas Contaminadas com Base noRisco), desta vez para uma turma demais de 60 revendedores de Santos edemais cidades da Baixada Santista.

Sensores, controles eletrônicos deestoque, entre outros, dão segurançamaior para operar com menor risco devazamento. O também palestrante econsultor Roberto Abdalla, da empresaConcré-S, é taxativo: “O revendedornão pode se preocupar apenas com oresultado financeiro. Ele tem queacompanhar diariamente o estoque.Uma diferença entre o volume doestoque e o total de vendas é sinal de

que algo está errado, que pode havervazamento”.

Desprezar esses sinais é o mesmoque assinar um atestado de que empouco tempo seu posto aparecerá nalista das 3.675 áreas contaminadas noEstado, entre as quais 2.922 pontosestão em postos revendedores.

E a partir daí, o processo deremediação é custoso e trabalhoso.Uma descontaminação leva, em média,cinco anos. Tudo começa com aretirada do produto (fase livre). Essaé a etapa mais rápida. O período maislongo vem a seguir com a remoção doscontaminantes dissolvidos na água(remediação), o que pode levar, emmédia, 3 anos e meio. A área só estaráremediada após mais 18 meses demonitoramento. Veja quadro anexo.

Os revendedores da base do Resanestão entre os primeiros do Estado aterem contato com as diretrizes do PIA,que é a ação mais importantedesenvolvida desde a criação da LeiConama 273 e do programa delicenciamento ambiental implantado pelaCetesb.

O programa é voltadoexclusivamente para o gerenciamentode passivos ambientais. Para isso, ele édividido em módulos, dos quais umpara o empresário, outro para gestores,empresas de consultoria e um módulotécnico dirigido aos prestadores deserviço, que fazem investigação eremediação de áreas.

“Os principais recados do PIA sãoos seguintes: primeiro, cuide para nãoter um passivo. Segundo: se tiver um

DESLIGAR SENSORES DÁ PROBLEMA

Secretário de Meio Ambiente de Santos esteve no Resan durante a palestra sobre o

PIA. Na foto, o consultor Abdalla, o gerente da Cetesb,

Rodrigo Cunha, José Hernandes, o professor e secretário

Fábio Nunes e o diretor para Meio Ambiente do sindicato,

João Luiz Fernandes

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passivo, saiba como gerenciá-lo e comoequacioná-lo e, por fim, contrate umaempresa para resolver os problemas deforma adequada”, resume Cunha.

Abdalla diz que o revendedor nãoprecisa saber tudo sobre gerenciamentode passivos e que não deve assumir olugar da empresa contratada nodirecionamento dos trabalhos. “Cobredela os resultados”. Uma dicainteressante é contratar uma segundaempresa ao final de uma das etapaspara fazer a conferência dos relatórios,ou seja, a prova dos nove sobre adescontaminação.

FRENTISTAS

Em breve, uma discussão daCâmara Ambiental de Comércio deDerivados de Petróleo deverá serapresentada à Cetesb para aimplantação de um programa detreinamento para frentistas, quecontemplará toda a operação do posto,inclusive com objetivo de reduzir oscasos de vazamentos de produtos eminimizar os riscos à saúde pelaexposição aos produtos perigosos.

Hoje, tanto a legislação quanto osequipamentos são modernos. Ospostos continuam sendo empresasaltamente poluidoras?

Os postos paulistas forampercussores do processo em que aCetesb passou a estabelecer ogerenciamento de áreascontaminadas. Eles foram modelo degerenciamento que depois se estendeupara outras fontes de contaminaçãodo solo. Tudo começou com a LeiConama 273, em 2001. osprocedimentos foram implantados em2002 e continuam passando poratualização. Mas é uma pena tudo issotenha acontecido de forma rápida. Dezanos parece muito tempo, mas não é.Eu não colocaria o posto como umaatividade altamente poluidora, maspoluidora. Existem outras compotencial poluidor mais intenso.

De tudo o que se fez até agora, oque pode ser considerado o divisorde águas?

A adequação das instalações, semdúvida. Não só em termos desubstituição de equipamentos, mas pelaincorporação pelo mercado nacional deequipamentos que não existiam aqui: ostanques de parede dupla não existiamaqui até o início deste século. Foramas diretrizes da Cetesb que, de certaforma, alavancaram o desenvolvimentode tubulações de PAD, sensores,controles eletrônicos de estoque. Todosoferecem segurança maior para operarpostos com menor risco de vazamento.

De todas as áreas de contaminaçãono Estado, mais de 2.600relacionadas a postos, o quecorresponde a 70%. Esse númerodeve aumentar?

Deve aumentar um pouco porque nemtodos os postos foram licenciados. Mas

acho que crescimento das áreas comcontaminação (gerada por outrasatividades econômicas) vai aumentartanto, que a participação do setor decombustíveis no total vai diminuir.

A Câmara Ambiental completa 15anos no dia 2 de dezembro. Quaisavanços mais significativoconseguidos pelo grupo?

A Câmara Ambiental é composta pelaCetesb e por representantes do setorprodutivo: Sindicom, Recap, Resan,Sincopetro, Fecombustíveis, Abieps,SindTRR, Aesas, ABGNV e Petrobras.O licenciamento foi o ponto chavedeste trabalho; foi o assunto quemanteve a chama acesa. Todos osprocedimentos que a Cetesb adotoupara o setor nasceram dentro daCâmara: licenciamento, investigaçãode passivos em postos, remoção detanques... Enfim, o embrião, o texto-base da própria Resolução Conama273 nasceu na Câmara....

“O material está pronto. A ideia éfazer uma parceria com Senac queministraria os cursos. Agora, a Câmaradiscutirá se o curso será obrigatório”,diz Rodrigo Cunha. A tendência é queo curso seja feito por um grupo defuncionários que depois agirá comomultiplicador de informações.

PINGUE-PONGUERODRIGO CUNHA

Cunha: “Cuide para não ter um passivo”

Equipamento para retirada do

combustível em fase livre em

posto de Santos, que está em

processo de remediação

acompanhado pela Cetesb

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A

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A medida reparadora de conduta, emvigor deste outubro deste ano, não é umacarta de alforria para revendedores decombustíveis flagrados em infrações demenor gravidade. Embora a ANP tenhaatendido a reivindicação dos sindicatose da Fecombustíveis,a nova Resolução53 é clara: o benefício não pode seraplicado novamente ao mesmo agenteeconômico pelo período de três anos,mesmo que a nova infração seja distintadaquela que motivou a adoção da medidareparadora anterior.

Ou seja, a aplicação da medidareparadora de conduta para mais de umainfração vale apenas em um único ato defiscalização. Se flagrado o mesmo ounovo erro em fiscalização seguinte, serápenalizado conforme a lei.

Além disso, dependendo da infração, aresolução prevê que a correção sejarealizada durante o ato da fiscalização – ouseja, entre o momento da apresentação dofiscal ao representante do posto, informando

o início da ação, até a entrega dodocumento de fiscalização assinadopelo fiscal. Outros problemas podem

ser corrigidos em até cinco diasúteis, contados a partir da data dafiscalização.

“Resumindo, para ter direito aobenefício da medida reparadora

de conduta é preciso cumprircumulativamente os seguintes

requisitos: 1º) a infração deveestar prevista dentre as definidas

pela resolução como de menorgravidade; 2º) o agente

econômico não pode ter sebeneficiado da medida no

período de 03 anos contados dainfração anterior, seja igual ou

diferente a falha; 3º) a correçãodeve ocorrer no respectivo prazo;

4º) nos casos de reparação noprazo de 05 dias, o cumprimentoda medida reparadora deve ser

corretamente comunicado à ANP”.

INFRAÇÕES CORRIGÍVEIS NOATO DA FISCALIZAÇÃO

Ø Falta de quadro de aviso, naentrada do estabelecimento, em localvisível e de modo destacado, comcaracteres legíveis e de fácilvisualização, as seguintesinformações: a) nome(s) do(s)distribuidor(es) fornecedor(es) doscombustíveis comercializados pelorevendedor, constantes da FichaCadastral e respectivos telefones deassistência técnica ao consumidor.

Ø Falta de adesivo de nocividade;

Ø Inexistência de informativo nopainel da bomba se o combustível éaditivado;

Ø Falta de adesivo com logotipo daANP, fixados nas bombas de etanolhidratado, para perfeita visualização doconsumidor, com o dizer, em letras decor vermelha, do tipo Arial, de tamanho42 e com fundo branco: “Consumidor,este etanol hidratado combustível nãopoderá ser comercializado se possuircoloração alaranjada ou aspectodiverso de límpido e isento deimpurezas. Denúncias à ANP por meiodo número telefônico 0800 970 0267”.

Ø Inexistência, em quadro de aviso,do fornecedor do GLP.

Ø Não identificar de formadestacada, visível e de fácilvisualização ao consumidor, ofornecedor do GNV comercializado.

Ø Falta de adesivo com logotipo daANP, fixado no dispenser, para perfeitavisualização do consumidor, com osseguintes dizeres, em letras tipo Arial,tamanho mínimo 36: “Consumidor,somente abasteça seu veículo, comgás natural veicular, a pressãomáxima de 220Kgf/cm2, equivalentea 215,7bar, 21,57MPa ou 3.129,14psi”.

#

TIRA-DÚVIDA, por Carolina Dutra - consultora jurídico ambiental do Resan

COMUNICADO À ANP

Para as infrações que devem sercorrigidas em cinco dias, o

revendedor deve enviar à ANP em até72 horas após a reparação umadeclaração de que a conduta foi

reparada no prazo. Tal documentodeve ser enviado à ANP no endereço

constante do documento defiscalização lavrado pelo fiscal. O nãoenvio da declaração ou a constataçãode sua inveracidade será interpretadocomo não sanada a irregularidade que

motivou a medida restauradora deconduta, sujeitando o revendedor às

sanções pertinentes. E mais: aconstatação de inveracidade da

declaração prevê multa no valor de R$20 mil a R$ 1milhão.

MEDIDA REPARADORA NÃO É PARA TODA HORA

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Ø Não exibir em quadro de aviso,em local visível, de modo destacado,com caracteres legíveis e de fácilvisualização, as seguintesinformações: a) nome e razão socialdo revendedor varejista; b) nome doórgão regulador e fiscalizador dasatividades de distribuição e revendade combustíveis: Agência Nacional doPetróleo – ANP, bem como o sítio daANP na internet www.anp.gov.br;c) telefone do Centro de Relaçõescom o Consumidor - CRC da ANP,informando que a ligação é gratuita eindicando que para o CRC deverãoser dirigidas reclamações que nãoforem atendidas pelo revendedorvarejista ou distribuidor(es); d) e ohorário de funcionamento do posto.

Ø Não exibir na bombaabastecedora, no painel de preços e

nas demais manifestações visuais, sehouver, a denominação “etanol”,devendo, entretanto, ser mantida anomenclatura álcool etílico hidratadoou etanol hidratado na escrituraçãofiscal.

Ø Não exibir placa informativa, emlocal de fácil visualização para oconsumidor, com o número de registrodo aditivo junto à ANP e a descriçãodos benefícios do combustíveladitivado.

Ø Não exibir em quadro de aviso,em local visível, de modo destacado,com caracteres legíveis e de fácilvisualização, as seguintes informações:a) nome e razão social do revendedorvarejista de GNV; b) nome do órgãoregulador e fiscalizador das atividadesde distribuição e revenda decombustíveis: Agência Nacional doPetróleo, Gás Natural e Biocombustíveis– ANP, bem como o sítio da ANP naInternet www.anp.gov.br; c) o telefonedo Centro de Relações com oConsumidor – CRC da ANP, informando

que a ligação é gratuita e indicandoque para o CRC deverão ser dirigidasreclamações que não forematendidas pelo revendedor varejistaou pelo distribuidor. d) horário defuncionamento do posto revendedorde GNV.

Ø Não exibir em quadro deaviso, na entrada doestabelecimento, em local visível ede modo destacado, comcaracteres legíveis e de fácilvisualização, as seguintesinformações: a) razão social, CNPJe número de autorização da ANP,capacidade de armazenamento dasinstalações em quilogramas deGLP; b) horário de funcionamento;c) nome do órgão regulador efiscalizador: Agência Nacional doPetróleo - ANP; d) o número dotelefone do Centro de Relaçõescom o Consumidor - CRC da ANP,informando que a ligação é gratuitae indicando que a ele deverão serdirigidas reclamações nãoatendidas pelo revendedor.

INFRAÇÕES CORRIGÍVEIS NOPRAZO DE CINCO DIAS

(RECORTE E GUARDE)A

#

##

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DEZEMBRO 2011

Confira os índices máximos

e mínimos e as variações

de preços e custos de

combustíveis, segundo

dados oficiais da Agência

Nacional de Petróleo

(ANP).

Os índices citados são re-

ferentes à média nacional,

do Estado de São Paulo e

de cinco cidades da Bai-

xada Santista (Santos, São

Vicente, Praia Grande,

Itanhaém, Cubatão e

Guarujá) e devem ser utili-

zados apenas como fonte

de informação para o

gerenciamento dos postos

revendedores.

INDICADORES

RANKING DE CUSTOS E PREÇOS

OUTUBRO x NOVEMBRO 2011

METODOLOGIA:O Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis abrangeGasolina Comum, Álcool Etílico Hidratado Combustível e Óleo Diesel Comum,pesquisados em 411 municípios em todo o Brasil, inclusive Estado de São Paulo e ascidades de Santos, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém, Cubatão e Guarujá. O serviçoé realizado pela empresa Polis Pesquisa LTDA., de acordo com procedimentos estabe-lecidos pela Portaria ANP Nº 202, de 15/08/00. O trabalho paralelo desenvolvido pelo

Resan consiste em compilar os dados e calcular as médias de preços e custos pratica-dos pela revenda e pelas distribuidoras, sempre com base nos dados fornecidos pelosite da ANP. Mais informações pelo www.anp.gov.br ou pelo 0800-900267.

CONFIRA OS VALORES DE FORMAÇÃODOS PREÇOS DA GASOLINA E DIESEL

NOVEMBRO (2)Semana 20 a 26

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

PREÇO AO CONSUMIDOR PREÇO DA DISTRIBUIDORA

VARIAÇÕES (2-1)Média

ConsumidorMédia

Distribuidora

OUTUBRO (1)Semana 23 a 29

Fonte: Fecombustíveis

(*) Valores médios estimados

17

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DEZEMBRO 2011

ANIVERSARIANTES

Variedades

2ª QUINZENA DE DEZEMBRO2ª QUINZENA DE DEZEMBRO

16 Reinaldo Kensuke Monma

Auto Posto Cajati - Cajati

17 Cristina Nunes Bento

Auto Posto Bom Amigo - Guarujá

18 Wilson Roberto Calpena

Posto Conselheiro Nébias - Santos

20 Vinícius Castanheira Diniz

Auto Posto Super 1001 - Praia Grande

Auto Posto Vila Antártica - Praia Grande

22 Fábio Enriquez Dominguez

Mafadi Comércio de Produtos

Automotivos - Santos

23 Luciana Vilela de Carvalho

Fase Quattro Comércio de

Combustíveis - Juquiá

24 Antônio Carlos Quintas de Pinho

A. G. de Pinho & Cia Ltda - Guarujá

25 José Luiz Eboli Villamarim

Auto Posto Espumas - Santos

29 Marcello Francisco Ameixeiro

Super Posto 800 Milhas - São Vicente

Super Posto 800 Milhas Náuticas - SV

Super Posto Constituição - Santos

31 José Roberto D’Elia Sampaio de Oliveira

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1ª QUINZENA DE JANEIRO1ª QUINZENA DE JANEIRO

18

1 Antônia Mateus

AP Retiro das Caravelas - Cananéia

2 Sanny Royas de Aguiar

Posto de Serviços Califórnia - Santos

5 Caroline Dantas Nagrockis

Auto Posto Malibu - São Vicente

5 Laurindo Carlos Rozinelli

Auto Posto Redentor - Guarujá

7 Sérgio de Souza

Auto Posto Carga Pesada do Guarujá

Auto Posto Falcão do Terminal - Guarujá

8 Luciano Jair Ongarato

AP Búfalo do Vale - Pariquera-açu

Posto JB 4 Irmãos - Jacupiranga

Severina Simões Leone

Auto Posto Cinese - Guarujá

10 Ricardo Eugênio Meirelles de Araújo

A. G. de Pinho & Cia Ltda - Guarujá

Auto Posto La Caniza - Guarujá

Posto Avenida - Santos

13 Luzia de Fátima Rodrigues Campagnaro

Auto Posto Brumar - Santos

Posto de Serviços Travessia de

Santos - Santos

14 Cristiane do Prado Verderano

Auto Posto da Balança - Santos

Flávio Ribas de Souza

Auto Posto Antônio Emerick - SV

Flávio Ribas de Souza Comércio de

Combustíveis - Santos

Linha Um Produtos de Petróleo - Santos

15 Carlos Alberto Duque

Posto de Serviços Vereda Tropical -

Guarujá

SINDICATOS18/12 - Paulo Miranda Soares -

Minaspetro / Fecombustíveis

10/01 - José Vasconcelos da Rocha

Júnior - Sindipostos - RN

NOVEMBRO09 - Audiência

pública da ANP

sobre a minuta da resolução que

estabelece a adequação do

“Plano de Abastecimento de Óleo

Diesel Baixo Teor de Enxofre”

com a necessidade de prever

disponibilidade de óleos diesel

de baixos teores de enxofre

(S-50/S-10), no Rio de Janeiro;

14 - Audiência com a deputada

estadual Telma de Souza, em

Santos/SP;

17 - Reunião do Conselho de

Representantes da

Fecombustíveis, em Foz do

Iguaçu/PR;

17 a 20 - Participação no IV

PARANAPETRO – Encontro de

Revendedores de Combustíveis

do estado do Paraná, em Foz do

Iguaçu/PR;

21 - Inauguração do novo

escritório regional da ANP de

São Paulo, acompanhado pelo

vice-presidente Flávio Ribas, em

São Paulo;

23 - Audiência com a deputada

estadual Telma de Souza e

líderes de partidos na

Assembleia Legislativa de SP;

25 - Audiência Pública da

Câmara Municipal de Santos

para discutir o projeto de lei que

proíbe o consumo de bebidas

alcoólicas nos supermercados e

lojas de conveniência em postos

de combustíveis, em Santos;

29 - Reunião Ordinária do

Conselho Regional do SENAC,

em São Paulo;

CIRCULARES24 Palestra sobre o Programa

de Implementação de Áreas

Contaminadas com Base no

Risco (PIA), da Cetesb.

25 Lucro real, lucro presumido

ou Simples Nacional?

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