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    DIREITO DO TRABALHO RESUMO ESAF

    2. CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO:

    EXTINO DO CONTRATO DE TRABALHO (pg 400)

    o trmino do vnculo de emprego, com a cessao das obrigaes para os contratantes.

    Poder resultar da:

    Iniciativa do empregador;

    Iniciativa do empregado;

    do acordo entre as partes;

    desaparecimento dos sujeitos (morte do empregado/empregador ou extino da empresa);

    ocorrncia de fora maior;

    trmino do contrato a prazo determinado;DISPENSA SEM JUSTA CAUSA A CF estabelece que: haver relao de emprego protegida contra

    despedida arbitrria ou sem justa causa, por meio de lei complementar(que ainda no existe), que prever indenizao compulsria, dentre

    outros;O empregado atualmente far jus:

    ao saldo de salrios,

    indenizao de 40% do FGTS,

    ao aviso prvio,

    ao 13o. salrio proporcional,

    s frias vencidas, se houver,

    s frias proporcionais (mesmo que com menos de 1 ano decasa),

    ao seguro-desemprego.

    ateno: se o empregado tiver + de 1 ano de casa, a rescisodever ser assistida pelo sindicato ou pela DRT.

    DISPENSA COM JUSTA CAUSA Ocorre quando o empregado comete falta grave, especificada em

    lei,

    O Brasil adota o sistema taxativo (enumera na lei as hiptesesque configuram a justa causa),

    Requisitos essenciais da Justa Causa:

    Culpa ou dolo do empregado (inteno de praticar o ato, ou pelomenos a culpa por negligncia, impercia ou imprudncia),

    Gravidade da conduta (o ato deve ser suficientemente grave paraabalar a confiana)

    Imediatismo na aplicao da penalidade ( tomandoconhecimento, a pena deve ser aplicada, seno h presuno deperdo tcito, desaparecendo a justa causa),

    Nexo da causalidade (no pode punir por falta cometidaanteriormente e na poca no tomada as providncias),

    Singularidade (o empregado no pode ser punido 2 vezes pelomesmo ato),

    Proporcionalidade (para faltas leves aplicar pena leve, para faltas

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    Resumo de Direito do Trabalho - Prof. Carlos Alberto Castro - pg. 2

    graves aplicar penas graves o Judicirio no pode reduzir oumodificara penalidade aplicada com abuso, deve declar-la nulae determinar o cancelamento de seus efeitos).

    Requisitos no essenciais da Justa Causa:

    Gradao na aplicao das penalidades (a lei no exige esterequisito),

    Registro policial da ocorrncia (no elemento fundamental),

    O local da conduta do empregado (no importa o local onde elepraticou a conduta infracional, se dentro ou fora da empresa),

    Realizao da sindicncia ou inqurito administrativo (a legislaono exige),

    Estar o empregado em efetivo exerccio (pode a infrao sercausada em frias ou em licena maternidade, por exemplo).

    Hipteses caracterizadoras da Justa Causa:

    IMPROBIDADE o ato lesivo contra o patrimnio da empresaou de terceiro. Ex.: furto, extorso, falsificao de documentos,atestados falsos..

    INCONTIN NCIA DE CONDUTA comportamento irregular doempregado.Ex.: conduta obscena, assdio sexual,

    MAU PROCEDIMENTO o que no se encaixar nas outrascondutas se encaixa aqui. Ex.: trfico de drogas, consumo dedrogas,etc.

    NEGCIO HABITUAL prtica de comrcio em concorrncia como empregador, desde que habitual e sem permisso. Ex.:empresa do mesmo ramo de atividade,

    CONDENAO CRIMINAL SEM SURSIS a condenaocriminal com trnsito em julgado configura justa causa para suadispensa, desde que no caiba mais recurso, ateno acondenao no precisa ter relao com o servio dotrabalhador.

    DESDIA quando atua com preguia, negligncia, m vontade,desleixo,etc. Ex.: pegar o empregado reiteradamente dormindo;lendo gibis etc.

    EMBRIAGUEZ pode ser por lcool ou drogas. Quandopraticada habitualmente fora do servio mas que repercute nele;ou quando no servio,

    VIOLAO DE SEGREDO violao de ato, fato ou uso daempresa que no possa ser tomado a pblico, passvel de causarprejuzo a empresa. Ex.: violao de segredo, subtrao dedocumentos da empresa, etc.

    INDISCIPLINA descumprimento de ordens gerais de servio.Ex.: descumprir regras, portarias, etc.

    INSUBORDINAO descumprimento de ordens pessoais deservio recebidas pelo empregado. Ex.: recusar a atenderchamado de superior, etc.

    ABANDONO DE EMPREGO ausncia continuada do emprego(30 dias em regra),

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    ATO LESIVO HONRA E BOA FAMA agresso tentada oucontinuada contra o empregador, no local ou fora do servio. Seem legtima defesa fica descaracterizada a justa causa,

    PRTICA CONSTANTE DE JOGOS DE AZAR prtica reiterada,se eventual no caracteriza. Ex.: jogo do bicho, rifas no

    autorizadas, HIPTESES ESPECFICAS DE JUSTA CAUSA falta de

    pagamento de dvidas pelo empregado bancrio; recusa deutilizar equipamentos de segurana; etc.

    Direitos do Trabalhador com justa causa:

    Frias vencidas se houver,

    Saldo do salrio, se houver.DISPENSA POR CULPARECPROCA

    Ocorre quando h culpa dos dois lados. Far jus a:

    indenizao de 20% do FGTS,

    saque do FGTS,

    frias vencidas se houver,

    saldo de salrio se houver.RESCISO INDIRETA

    a cessao por iniciativa do empregado, tendo em vista justacausa que o atingiu praticada pelo empregador.

    Ajuizada a ao e julgada procedente o empregado ter todos osdireitos a que teria direito se houvesse sido dispensado semjusta causa, caso contrrio no ter direito,

    no fica obrigado o empregado de conceder aviso prvio e nem

    de permanecer na empresa trabalhando,

    os direito so os mesmos do dispensado sem justa causa.

    EXTINO POR ACORDO ENTREAS PARTES todas as verbas podero ser negociadas, menos salrios e as

    frias vencidas.EXTINO POR PEDIDO DEDEMISSO comunicao do empregado ao empregador de que no pretende

    mais dar continuidade ao contrato de trabalho,

    deve ser feita com antecedncia (aviso prvio ao empregador),

    far jus ao 13o. salrio proporcional, frias vencidas e friasproporcionais desde que mais de 12 meses.

    EXTINO PELO FALECIMENTODO EMPREGADO sero transferveis aos herdeiros: saldo de salrio,

    remunerao das frias vencidas. frias proporcionais se tempomaior que 1 ano, FGTS, tero constitucional, e parcelas vencidasdo seguro-desemprego.

    so intransferveis aos herdeiros: indenizao de 40% FGTS,aviso prvio, frias proporcionais se inferior a 1 ano de casa eparcelas vincendas do seguro-desemprego.

    MORTE DO EMPREGADORINDIVIDUAL PESSOA FSICA A morte da pessoa fsica empregador no acarreta a extino do

    contrato se o negcio prosseguir com outros titulares, somente seocorrer o contrrio. a lei diz que facultado ao empregado

    rescindir o contrato de trabalho no caso de morte doempregador. (No he necessidade de conceder aviso prvio).EXTINO DO CONTRATO PELAEXTINO DA EMPRESA O empregado far jus a todos os encargos: indenizao de 40%

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    FGTS, saque FGTS, aviso prvio, tero constitucional, friasvencidas e frias proporcionais mesmo com menos de 12 mesesde casa.

    Se a extino se d sem ocorrer a fora maior, o empregadoestvel despedido tem direito de receber a indenizao em

    dobro.EXTINO DO CONTRATO PELAAPOSENTADORIA H o impedimento de que o aposentado volte a trabalhar para o

    mesmo empregador, somando o seu tempo de servio atual como anterior, somente se iniciar um novo um novo vnculo.

    Na aposentadoria espontnea faz jus: saque FGTS, teroconstitucional, frias vencidas e proporcionais se tiver mais de 1ano.

    Na aposentadoria compulsria: idem mais indenizao de 40%FGTS e aviso prvio.

    EXTINO DOS CONTRATOS APRAZO DETERMINADO O empregado far jus: idem aposentadoria espontnea.

    caso ocorra antes do determinado o empregado ter mais saldode salrios, frias vencidas, etc.

    Se contiver clusula assecuratria do direito de rescisoantecipada aplicam-se as regras do contrato a prazoindeterminado.

    EXTINO DO CONTRATO PORFORA MAIOR A vantagem para o empregado diminui para 20% FGTS (reduz a

    metade)

    No de prazo determinado, da remunerao.DISPENSA OBSTATIVA DOEMPREGADO aquela a impedir ou fraudar a aquisio de um direito que se

    realizaria caso o empregado estivesse em servio. Se ocorridanos 30 dias que antecedem a data-base, ganha o equivalente aum salrio mensal.

    FATO DO PRNCIPE Ocorre nos casos de paralisao temporria ou definitiva do

    trabalho por ato da autoridade municipal, estadual ou federal,qualquer coisa que impea a continuao do trabalho. Aindenizao ficar a cargo do governo responsvel. Ex.: quandouma obra de grande vulto paralisa ou impede o comrcio numdeterminado local.

    Est em desuso, segundo a doutrina e o Judicirio.FALNCIA E CONCORDATA DAEMPRESA os direitos subsistiro.

    ASSISTNCIA NAS RESCISES CONTRATUAIS

    Atualmente o pedido de demisso ou recibo de quitao de resciso de contrato, se empregadocom mais de 1 ano, s vlido quando feito com assistncia do respectivo sindicato ou perantea autoridade do MT,

    O empregado deve reclamar por escrito, quando no concorda com um valor, posteriormenteno o poder fazer mais (contrrio ao princpio da inafastabilidade da jurisdio)

    Pagamento das verbasrescisrias at o primeiro dia til imediato ao trmino do contrato,

    at o dcimo dia contado da notificao da demisso, quandoausente o aviso prvio

    pagamento deve ser vista em dinheiro ou cheque visado.

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    DIREITO DO TRABALHO - RESUMO 1 aula - Prof. Carlos Alberto Castro

    Introduo

    O trabalho subordinado uma presena constante na histria da evoluo humana. A servido e a

    escravido eram formas arcaicas de relaes de trabalho.Com a Revoluo Francesa comeam a sucumbir as formas de trabalho escravo.Revoluo Industrial - surge a relao de trabalho operria, com a introduo das mquinas, econseqentemente, das fbricas, oficinas e indstrias.O Direito do Trabalho surge da necessidade de interveno estatal na relao trabalhador-empregador.Ascenso do Direito do Trabalho ocorre a partir da adoo de polticas estatais preocupadas emestabelecer o bem-estar de toda a sociedade, a chamada doutrina do Welfare State (anos 20-30).Nessa poca, juntamente com o Direito do Trabalho, emerge a Seguridade Social como direito daclasse trabalhadora, de modo que o DT protegesse o trabalhador enquanto em atividade, e aSeguridade Social fizesse tal papel nos casos de afastamento do trabalho, reduo de suacapacidade laborativa, ou amparo aos dependentes do trabalhador.Estado-providncia - ponto de equilbrio entre trabalho e capital.Constituio Mexicana 1917 - primeira Constituio a inserir normas trabalhistas na Constituio.

    Crise econmica de 1929 - poltica do New Deal nos Estados Unidos.Tal doutrina intervencionista teve seu auge em meados deste sculo, com o alargamento do campode atuao dos chamados Direitos Sociais, fato este que tambm se verifica no Brasil.Revoluo de 1930 - criao no Brasil do Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio.Constituio Brasileira de 1934 - previso da Justia do Trabalho - criada por lei em 1939. AConsolidao das Leis do Trabalho surge em 1943.O Welfare State, contudo, vem paulatinamente perdendo terreno no campo poltico-ideolgico paraum conceito de no-interveno do Estado nas relaes de trabalho, e de privatizao daSeguridade, a que se denomina neo-liberalismo. Tal como a denominao deixa transparecer, aidia de um retorno quelas idias liberais vigorantes quando de antes da adoo do New Deal,considerando-se que empregadores e empregados podem estar num mesmo patamar paralivremente estabelecer as clusulas contratuais que regero a relao empregatcia. Segue da achamada proposta de flexibilizao dos direitos dos trabalhadores, sob a premissa de que o custo

    da mo-de-obra deve ser reduzido, a fim de que as empresas possam competir em igualdade decondies com as concorrentes de outros pases, com o fenmeno da globalizao da economia.

    Conceito de Direito do Trabalho - ramo do Direito Privado que estuda as normas de carterindividual e coletivo reguladoras das relaes de trabalho sob dependncia jurdica, de ndolecontratual.

    Princpios regentes do Direito do Trabalho

    1. da proteo ao trabalhador - art. 7 da Constituio; art. 444 da Consolidao das Leis doTrabalhoa) regra in dubio pro operariob) regra de aplicao da norma mais favorvel - art. 444, 619/620 da C.L.T.

    c) regra da condio mais benfica - art. 469 C.L.T.d) a hierarquia entre normas - aplicao no Direito do Trabalho2. da irrenunciabilidadea) indisponibilidade de direitos - art. 477, 2, C.L.T.b) imperatividade das normas trabalhistas - art. 9 C.L.T.c) limitao autonomia de vontade - art. 444 C.L.T.d) vcio de consentimento presumido - art. 468 C.L.T.e) renncia e transao - a conciliaof) prescrio do direito de ao - art. 7, XXIX, Constituio3. da continuidade da relao de trabalhoa) regra da indeterminao de prazo contratual - art. 443, 2 C.L.T.b) sucesso de contratos por prazo determinado - unicidade - art. 451 C.L.T.c) continuao do contrato alm do prazo - indeterminao - art. 445/451d) despedida como exceo(limitao do poder de dispensa) - art. 7, I, CFe) medidas limitadoras (aviso prvio, indenizao por despedida sem justa causa, indenizao pordespedida arbitrria)4. da primazia da realidadea) contrato-realidade - simulao nula - art. 9 C.L.T.

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    b) configurao da relao de emprego conforme os fatos - art. 442 C.L.T.c) simulao de mltiplos contratos - unicidade - art. 453 C.L.T.d) economia informal - caracterizao do vnculo - art. 9 CLTe) grupo econmico como empregador - art. 2 C.L.T.5. da razoabilidade - art. 456, par. nico, C.L.T.a) terceirizao e subcontratao

    b) jus variandi - art. 136 C.L.T.c) poder disciplinar - art. 494 C.L.T.6. da boa-fa) dever de ambas as partesb) direito de resistncia do empregadoc) lock-out e greve - art. 8 da CF; artigos 722 e 723 da C.L.T.

    DIREITO DO TRABALHO II - RESUMO DA 2 AULA - Prof. Carlos Alberto Castro

    Durao e jornada de trabalho - a limitao da jornada dos empregados regidos pela Consolidao das Leisdo Trabalho e dos empregados rurais determinada pela Constituio Federal, art. 7, XIII a XVI - oito horas

    dirias, limitadas a 44 horas semanais, salvo quando o trabalho se desenvolve em turnos ininterruptos derevezamento, sempre com um dia de repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.Excees: jornada normal de quatro horas (mdicos, advogados e dentistas - 20 horas semanais, radiologistas -24 horas semanais); cinco horas (jornalistas e msicos, algumas atividades de radialistas); seis horas (o bancrio- cinco dias por semana, desde que no exera cargo comissionado - telegrafistas, telefonistas, operadorcinematogrfico, cabineiro de elevador, mineiros em subsolo, revisor ortogrfico, radialistas); 13 ou 15 horas(aeronauta, com limite mximo de 85 ou 100 horas mensais); motoristas de nibus internacionais einterestaduais, oito horas, sendo sete na direo; professor, quatro aulas consecutivas, ou seis interpoladas.Conceito de turno ininterrupto de revezamento - vide Enunciado 360 do TST.No esto sujeitos disciplina da durao do trabalho: art. 62 da CLT. Estes no tem direito a horas extrasou adicional noturno. Conservam o direito ao repouso semanal remunerado.Havendo acordo (individual ou coletivo, sempre por escrito) ou conveno coletiva, pode haver acompensao de jornada (trabalho em mais de oito horas dirias para compensao de um dia de trabalho) ou

    a reduo da jornada (com consequente reduo salarial, nesse caso, restrita negociao coletiva),respeitando-se, contudo, o limite de 44 horas semanais. Vide Enunciados 85 e 108 do TST.Compensao em atividade insalubre - art. 60 da CLT e Enunciado 349 do TST.Espcies de prorrogao previstas: art. 59 e 61 da CLT.Menor de 18 anos - s pode ser exigido trabalho extraordinrio mediante acordo ou conveno coletiva ou pormotivo de fora maior (CLT, art. 413).Banco de horas - em 21/01/96, com a edio da Lei n 9.601/98, criou-se nova forma de ajuste em termos decompensao de jornada, acrescentando-se ao art. 59 da CLT os 2 e 3; atravs destes dispositivos, permite-se que por acordo coletivo ou conveno coletiva de trabalho, o excesso de horas de um dia possa sercompensado em reduo de jornada noutro dia, dentro de um lapso de 120 dias, respeitado o limite de dez horasdirias.A Medida Provisria 1.779 e suas reedies estabelecem o prazo como sendo de um ano. Em caso deresciso contratual, em no tendo ocorrido a completa compensao do banco de horas, dever o empregado

    receber as horas extras trabalhadas e no compensadas.Jornada de trabalho - o perodo do dia em que o empregado se encontra disposio do empregador (art. 4da CLT).Horrio de trabalho o perodo que vai do incio ao fim da jornada de trabalho, excludos os intervalos pararefeio e descanso.Horas in itinere - tempo de deslocamento casa-trabalho e vice-versa pelo empregado, quando fornecidotransporte pelo empregador, sendo o local de trabalho de difcil acesso ou no servido por transporte coletivoregular (Enunciados 90, 320, 324 e 325 do TST).Horrio noturno - art. 73 da CLT: , para os empregados urbanos, o prestado das 22 horas de um dia s 05horas do dia seguinte, e diurno, o prestado fora deste horrio. O horrio ser misto, quando em parte diurno, emparte noturno (por exemplo, quem trabalha das 18 s 24 horas). Para o empregado rural, das 21 s 5 horas, nalavoura; e das 20 s 4 horas, na pecuria - adicional noturno de 25% por hora, em relao hora doempregado que trabalha em horrio diurno, cuja atividade seja semelhante (adicional noturno do trabalhadorurbano = 20%).Na falta de trabalho diurno, por ser da natureza da empresa o trabalho em horrio noturno somente, o adicionalser calculado sobre o salrio mnimo geral. Hora noturna do empregado urbano corresponde a 52 minutos e 30segundos, de modo que sete horas noturnas (de 22 s 5 horas) correspondem a oito normais, para efeitos depagamento. Nos horrios mistos, aplica-se o adicional e o cmputo especial apenas s horas noturnas

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    trabalhadas. A adoo de turno de revezamento no exclui o pagamento do adicional sobre os dias em quehouve trabalho noturno.Intervalos interjornadas - art. 66 da CLT (perodos destinados a descanso entre duas jornadas de trabalho) -11 horas consecutivas entre o trmino de uma jornada e o incio da outra).Descanso semanal remunerado e em feriados nacionais e religiosos - art. 67 a 70 da CLT: - 24 horasconsecutivas, a cada semana, no coincidentes com o intervalo interjornadas (seis dias de trabalho para um de

    descanso) que, salvo convenincia pblica ou necessidade do servio, devem recair, no todo ou em parte, nodomingo. Em servios cujo trabalho aos domingos seja exigido, dever haver escala de revezamento mensal. vedado o trabalho em feriados nacionais e religiosos. Algumas atividades tem permisso para funcionamento emtais dias, por lei, ou por ato do Ministro do Trabalho. Em havendo trabalho em dia destinado ao repouso, omesmo dever serremunerado em dobro (art. 9 da Lei n 605/49), e no as horas prestadas, com adicional de100%, como se diz em jargo popular - TST, Enunciado 146.Intervalos intrajornada - art. 71 da CLT (perodos destinados a refeio e descanso dentro da mesma jornadade trabalho) - 15 minutos, para quem trabalha mais de quatro horas consecutivas e menos de seis; de uma aduas horas de intervalo, para quem trabalha mais de seis horas; pode haver reduo, por autorizao daDiretoria das Relaes de Trabalho (rgo do Ministrio do Trabalho). Estes intervalos no so computadoscomo tempo de servio. A falta de concesso destes intervalos acarreta o pagamento dos mesmos, como servioextraordinrio - adicional de 50%, no mnimo (CF, art. 7, XIII).Mecangrafos e afins - art. 72 da CLT (datilografia, escriturao, clculo, digitao de dados): a cada noventaminutos de trabalho, obrigatria a concesso de intervalo de dez minutos de descanso, computados na

    jornada, mantida a jornada como sendo de oito horas dirias e 44 semanais, e sem prejuzo dos demaisintervalos previstos.Trabalho em regime de tempo parcial - CLT, art. 58-A - no excede a vinte e cinco horas semanais, comremunerao proporcional jornada em relao a empregados que cumprem jornada de tempo integral, nasmesmas funes. vedado o trabalho extraordinrio a quem trabalhe em regime parcial (Medida Provisria1.779, que acrescentou o 4 ao artigo 59 da CLT).Sobreaviso - analogia do art. 244, 2, da CLT - Enunciado 229 do TST)Exigibilidade de cumprimento de horas extras - no h obrigao de que o empregado venha a prestarservio extraordinrio, salvo nas hipteses do artigo 61 da CLT.Pagamento de adicional de horas extras, adicional noturno: clculo na forma do art. 64 da CLT; repercussonoutras parcelas (recolhimentos do FGTS, frias, 13 salrio, aviso prvio, repouso semanal remunerado -Enunciados 24, 45, 63, 94, 151 e 172 do TST).Controle da jornada e quadro de horrio - adoo obrigatria de livro ou carto ponto para empresas com

    mais de 10 empregados (art. 74, 2); empregados em atividade externa, devem possuir ficha ou papeleta (art.74, 3); o quadro de horrio exigido para todas as empresas, independentemente de n de empregados - art.74, caput.Penalidades - competncia para aplicar multas da fiscalizao do Trabalho - art. 75 da CLT.

    DIREITO DO TRABALHO II - RESUMO DA 3 AULA - Prof. Carlos Alberto Castro

    ALTERAO DO CONTRATO DE TRABALHO

    O PRINCPIO PACTA SUNT SERVANDA - a fora da obrigatoriedade dos contratos no direito privado.

    CONTRATO DE TRABALHO COMO ESPCIE DE CONTRATO DE TRATO SUCESSIVO - sujeito aalteraes conjunturais - necessidade de alteraes contratuais

    ALTERAES OBRIGATRIAS DAS CONDIES DE TRABALHO - decorrentes de imperativo legal, sentenanormativa ou judicial - impossibilidade de prejuzo ao empregado permanece (Ex. diminuio da durao dotrabalho semanal para 44 h, sem diminuio do salrio).

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    Resumo de Direito do Trabalho - Prof. Carlos Alberto Castro - pg. 8

    ALTERAES VOLUNTRIAS DAS CONDIES DE TRABALHO - REGRA DO ARTIGO 468 DA CLT - exige-se o mtuo consentimento, o acordo de vontades, conjugado com a ausncia de prejuzo ao empregado; aidia de prejuzo - direto ou indireto; material ou moral.

    ALTERAES UNILATERAIS VLIDAS - o pargrafo nico do artigo 468; o exerccio do jus variandi comoexceo ao princpiopacta sunt servanda; regulamento da empresa e o Enunciado 51 do TST.

    HIPTESES DE ALTERAES:

    a) alteraes funcionais - a promoo, o rebaixamento e a alterao horizontal.b) alteraes salariais - majorao e reduo salarial; diminuio do valor da tarefa ou pea; perda dagratificao da funo de confiana; supresso de vantagens.c) alteraes de jornada de trabalho - para maior; para menor; efeitos salariais.d) alteraes de horrio de trabalho - mudana de turnos e perda do adicional noturno.e) alteraes do lugar da prestao de servios - no mesmo estabelecimento; em estabelecimentos distintos- remoo e transferncia - conceitos; permisso legal para a transferncia: casos onde h desnecessidadedo mtuo consenso -exercentes de cargos de confiana, clusula expressa, condio implcita e extino oumudana do estabelecimento; necessidade do servio, pagamento do adicional de transferncia; oEnunciado 43 do TST; transferncia ilegal, exerccio do jus resistentiae pelo empregado, inclusive commedida cautelar (art. 659, IX); faculdade do trabalhador estvel em ter rescindido o contrato, quando no

    seja caso de fora maior (art. 498/502); pagamento das despesas da mudana de domiclio: a ajuda decusto e sua diferenciao das dirias para viagens.

    A prescrio do direito de ao quanto a alteraes - Enunciados 168,198, 294.

    SUSPENSO E INTERRUPO DO CONTRATO DE TRABALHO

    Direito do Trabalho IIProf. Carlos Alberto CastroAula de 25/03/99

    Suspenso total e parcial - nomenclatura perante a CLT - os efeitos sobre as obrigaes decorrentes docontrato de trabalho

    Distino fundamental entre suspenso e cessao do contrato - efeito temporrio da inexecuo contratual

    Principal efeito da suspenso - impossibilidade de terminao do contrato (art. 472/475 da CLT)

    Direito adquirido a vantagens da categoria, quando do retorno atividade - art. 471

    Suspenso e contrato por prazo determinado - 2 do art. 472 - no havendo clusula expressa, osperodos de suspenso no impedem o trmino do contrato por prazo certo.

    Tempo de suspenso no computado como tempo de servio, salvo servio militar obrigatrio e o perodode recuperao de acidente de trabalho (art. 4, Pargrafo nico, da CLT). No caso do servio militar, a regrado 1 do art. 472 foi derrogada pela Lei do Servio Militar (Lei 4.375/64), que s garante o retorno aos que

    no engajarem ou queles que declararem ter inteno de voltar para o emprego aps o licenciamento outrmino do curso.

    Encargos pblicos civis: mandato eletivo, representao classista - suspendem o contrato, mas o tempo no computado como de servio na empresa.

    Mandato sindical - artigo 543 da CLT - em regra, caso de suspenso (licena no remunerada), salvo sehouver estipulao em contrrio.

    Empregado-diretor - Enunciado 269 do TST.

    Suspenso disciplinar - art. 474 da CLT - limitao ao poder disciplinar.

    Greve - sendo lcita, exerccio de um direito; caso de suspenso, salvo estipulao em contrrio, pelaspartes (acordo coletivo ou conveno coletiva podem estabelecer a reposio salarial dos dias de greve) -no motivo para resciso, pois no h o nimo de abandono do emprego, nem cometer indisciplina ouinsubordinao.

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    Resumo de Direito do Trabalho - Prof. Carlos Alberto Castro - pg. 9

    Aposentadoria por invalidez - art. 475 e - suspende o contrato, enquanto permanecer a condio deincapacidade para todo e qualquer trabalho; voltando a capacidade, cancela-se o benefcio e o empregadotem direito a retornar ao emprego; sendo estvel, s poder ser dispensado por justa causa; caso contrrio,poder ser dispensado sem justa causa, desde que indenizado - Enunciados 72, 97, 160 do TST.

    Benefcios previdencirios substitutivos do salrio - os primeiros quinze dias de afastamento do empregadoso nus do empregador, logo, caso de interrupo; a partir do 16 dia, o nus da Previdncia, passandoa haver suspenso do contrato - artigo 476 da CLT.

    Salrio-maternidade: sendo integral o nus da Previdncia, os 120 dias de licena gestante so desuspenso contratual; havendo encargo do empregador, ocorre interrupo.

    A interrupo contratual e o conflito de interesses - o empregador tem a inteno de pagar somente pelotempo trabalhado; o risco da interrupo caberia ao empregado - o empregado, por seu turno, pretende queo empregador o remunere inclusive nos perodos em que o descanso considerado necessrio, porquestes sociais, biolgicas, etc.

    Interrupes do art. 473 da CLT - luto, npcias, licena-paternidade, doao de sangue, alistamento eleitoral,apresentao do reservista, vestibular.

    Regras especiais dos professores - luto e npcias (art. 319, 3, da CLT).

    Outros casos de interrupo: frias (art. 129 e 142), repousos semanais remunerados e feriados (Lei n605/49), comparecimento em juzo na qualidade de parte (Enunciado 155 do TST) ou testemunha (art. 822da CLT); jurado do Tribunal do Jri (CPP, art. 430); primeiros quinze dias de afastamento por doena;paralisao dos trabalhos por ato do empregador ou causas acidentais (art. 61, 3), fora maior (art. 501)ou factum principis (art. 486); faltas justificadas e licenas remuneradas.

    A Medida Provisria 1779 criou o art. 476-A - suspenso para realizao de curso ou programa dequalificao profissional - perodo de 2 a 5 meses, mediante negociao coletiva e concordncia formal doempregado; durante este perodo, o empregador poder fornecer uma ajuda compensatria, conforme ficarestabelecido em acordo coletivo ou conveno coletiva (esta ajuda no tem carter salarial) e os benefciosconcedidos voluntariamente pelo empregador (planos de sade e vale-refeio, por exemplo).

    Regra do 5 do art. 476-A: anomalia jurdica (resciso durante a suspenso, ou at 3 meses aps o fim dasuspenso) - fixao de multa de, no mnimo, 100% da ltima remunerao mensal anterior suspenso docontrato.

    Regra do 6 - nulidade do ato se a suspenso for simulada.

    DIREITO DO TRABALHO II - UNIVALI - RESUMO DA 3 AULA- Prof. Carlos Alberto Castro

    Remunerao e salrio (art. 457 a 467 da CLT)Salrio a contraprestao devida pelo fato de o empregado colocar sua fora de trabalho disposio,

    paga diretamente pelo empregador, includo a, alm do valor fixo porventura existente, todo ganho habitual(comisses, percentagens, dirias para viagem que excedam a 50% do salrio percebido, abonos,gratificaes e prestaes in natura).Remunerao do empregado: soma do salrio (valor pago diretamente pelo empregador) com as gorjetasque perceber (valor recebido de terceiros) - art. 457, caput, bem como outras parcelas que no seclassifiquem como mera indenizao. A gorjeta cobrada pelo empregador ou oferecida pelo cliente parteda remunerao, mas no do salrio (Enunciado 354 do TST). Assim, servem de base de clculo para orecolhimento do FGTS, pagamento do 13 salrio e da remunerao de frias, mas no do clculo do valordo aviso prvio quando indenizado, das horas extras e do adicional noturno, nem do repouso semanalremunerado.Dirias que no excedam a 50% do salrio e as ajudas de custo por motivo de mudana de domiclio, pagasnuma nica parcela no integram o salrio (no tem carter remuneratrio, mas indenizatrio). Seultrapassado o limite de 50% para as dirias, a integrao pela totalidade (Enunciados 101 e 318 do TST).Salrio complessivo: vedado ao empregador pagar, numa nica parcela, vrias parcelas salariais, semespecific-las. Considera-se como pago somente o salrio-base, mas no as parcelas embutidas.Incorporao de parcelas ao salrio permitida, desde que no haja prejuzo ao empregado (Enunciado250).

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    Salrio-utilidade ou in natura (art. 458 da CLT) aquele pago pelo empregador com habitualidade, em formade bens outros que no o dinheiro. Ser considerado parcela salarial a utilidade que no tenha porfinalidade o uso para o trabalho e que repercuta em vantagem para o empregado. Ex. veculo disposiodo empregado inclusive fora do horrio de servio, tquete-combustvel, habitao e alimentaogratuitamente fornecidas (Enunciado 241 do TST) - caracterizam salrio utilidade; j o veculo utilizadosomente para o servio, os valores apenas reembolsados por despesas com manuteno e combustvel do

    veculo do prprio empregado, o transporte e o alojamento concedidos em local de trabalho de difcilacesso, o uniforme da empresa e os equipamentos de proteo (capacetes, luvas, protetores de ouvido)no so considerados salrio-utilidade. A diferena se obtm: a) pela prestao ser ou no necessria parao exerccio do trabalho; e b) na perda patrimonial decorrente da supresso da utilidade fornecida.Efeito da supresso do salrio em utilidades: o empregador dever integrar ao salrio-base o valor real dautilidade suprimida. As demais parcelas (gratificaes, adicionais, FGTS e frias) devem ser calculadassobre o valor do salrio mais o valor real da utilidade, salvo a habitao e a alimentao, que sofremlimitaes do 3 do art. 458.Classificao do salrio quanto forma de sua aferio:a) salrio por unidade de tempo: pago em funo do tempo em que o empregado est disposio doempregador, sem se levar em conta a produtividade do empregado, como no caso de um professor, querecebe por hora-aula (art. 320, caput, e 321, da CLT).b) salrio por unidade de obra: pago em funo da produo, como no caso de pagamento por pea, cujoexemplo tpico o trabalho do empregado em seu prprio domiclio, onde o tempo disposio no pode

    ser aferido, devido, em todo caso, o salrio mnimo (art. 83 da CLT).c) salrio por tarefa: aquele em que se leva em conta tanto o fator tempo como o fator produo. Oempregado est sujeito a uma jornada de trabalho, mas o salrio fixado pelo resultado (tempo x obra). Ocomercirio, que recebe por comisso, mas cumpre jornada de trabalho, exemplo dessa hiptese. Nessecaso, garantido o salrio-mnimo, mesmo quando no atingido o resultado colimado (CF, art. 7 VII; art. 79,CLT).Classificao do salrio por unidade de tempo: salrio-ms (mensalista), salrio dirio (diarista), salrio-hora(horista).Recebimento do salrio: por ms (periodicidade mxima, salvo quando se trate de comisses - art. 459 daCLT), por quinzena, por semana, ou por dia de trabalho. Independe da caracterizao como mensalista,diarista ou horista.O pagamento do ms trabalhado deve ser feito at o quinto dia til do ms subseqente (Pargrafo nico doart. 459). Atraso sujeita o empregador atualizao monetria do valor, considerado o ndice do ms

    subseqente ao da prestao dos servios (Orientao Jurisprudencial n 124 - TST).Forma de pagamento do salrio (art. 463 da CLT): deve ser em moeda corrente do Pas (ou depsitobancrio em moeda corrente do Pas, com anuncia do empregado - art. 464 e 465 da CLT); deve ser feitocontra recibo do empregado; deve ser efetuado em dia til; deve ocorrer durante o horrio de trabalho oulogo aps este, e no local de trabalho.Salrio mnimo (art. 76 a 126 da CLT) - contraprestao mnima devida ao empregado urbano ou rural, aoempregado domstico e ao trabalhador avulso. So parcelas integrantes do salrio mnimo as previstas naConsolidao das Leis do Trabalho como sendo os valores pagos a ttulo de: alimentao, vesturio,transporte, habitao e higiene (segundo a Constituio, art. 7, IV: para atender s necessidades normaisdo trabalhador e de sua famlia com moradia, alimentao, educao, sade, lazer, vesturio, higiene etransporte).O salrio mnimo pode ser pago em parte com utilidades, de modo que o trabalhador receba, no mnimo,30% de seu valor em dinheiro (art. 81, Par. nico, CLT). Podem ser descontados do valor do salrio mnimo

    (quando houver entrega das respectivas utilidades) os seguintes percentuais: alimentao: at 25% (Lei3.030/56, quando tenha recebido todas as refeies dirias); transporte: at 6% (Lei 7418/85); habitao:at 20% (previsto somente para os rurais este ndice, ainda assim, com autorizao prvia do M. Trabalho).As demais parcelas devem ser aferidas segundo o valor real de sua utilidade (Enunciado 258 do TST).Salrio profissional: o fixado para determinada profisso ou categoria, por lei ou negociao coletiva. o caso dos mdicos, que tem lei prpria garantindo o piso no valor de quatro salrios mnimos.Salrio normativo: o fixado em sentena normativa proferida por Tribunal do Trabalho em dissdiocoletivo de natureza econmica.Salrio do menor aprendiz (Art. 80 da CLT): na primeira metade do contrato, pode ser pago, no mnimo, ametade do salrio mnimo; na segunda metade, dois teros. O pagamento inferior ao salrio mnimo mensal lcito, pois sua jornada parcial.Princpios de proteo ao salrio:a) irredutibilidade - uma vez recebido o salrio, no pode o empregador,no ms seguinte, reduzir o valor de seu pagamento. Poder faz-lo, contudo, mediante acordo coletivo ouconveno coletiva (art. 7 da CF), tendo perdido a eficcia o art. 503 da Consolidao das Leis do Trabalho(que autorizava reduo de at 25% no salrio, com reduo proporcional da jornada), bem como a Lei4.923/65; b) garantia de salrio - impossibilidade de reduo da demanda, quando o trabalho sejaremunerado por tarefa ou pea (ex. costureira ou artfice que receba por pea produzida) ensejando direito chamada resciso indireta - resoluo do contrato por falta do empregador - art. 483, g; c) integralidade

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    - impossibilidade de se efetuar descontos no salrio, salvo os legalmente previstos, os decorrentes deadiantamentos, os autorizados pelo empregado sem que haja vcio de consentimento ou os previstos nocontrato, ou, ainda, quando decorrentes de danos causados, por ato doloso, estes independentemente depreviso contratual (art. 462 da CLT); d) intangibilidade (impossibilidade de reteno do salrio peloempregador, bem como de seqestro, arresto ou penhora, bem como a previso legal de que o crditotrabalhista o mais privilegiado de todos, salvo as prestaes devidas por acidentes de trabalho - art. 462 e

    449, 1, da CLT; Cdigo Tributrio Nacional, art. 186).Percentagens e comisses: forma de pagamento que depende da realizao de um servio ou negcioexecutado ou encaminhado pelo empregado (CLT, art. 466). Em todo caso, deve o comissionista recebersalrio, no mximo, com periodicidade mensal, e caso no atingido o valor de comisses igual ao do salriomnimo, este lhe ser devido, sem que o empregador possa fazer qualquer compensao no ms seguinte(art. 78, Par. nico, da CLT). A cessao do contrato de trabalho no prejudica o direito do empregado dereceber as comisses por negcios firmados (art. 466, Par. nico).Gratificaes: so acrscimos pecunirios devidos em virtude de situaes pessoais, quanto ao emprego;as habituais, ajustadas entre empregado e empregador, integram o salrio para todos os fins (art. 457, 1).No integrar o salrio a gratificao dada por pura liberalidade, eventualmente. A gratificao por exercciode funo de confiana, embora de natureza salarial, no devida se o empregado reverte ao cargo efetivo.A jurisprudncia admite a incorporao, depois de longo perodo de exerccio. A gratificao por tempo deservio tem a mesma natureza de vantagem pessoal, embora seja comumente chamada de adicional.Gratificao natalina - ou 13 salrio, parcela devida ao empregado urbano e rural, ao domstico e

    trabalhador avulso, razo de 1/12 da remunerao de dezembro, por cada ms trabalhado, ou frao igualou superior a 15 dias. Em caso de remunerao varivel, deve-se apurar a mdia do perodo. A metade dagratificao deve ser paga adiantado, at o ms de novembro, e a metade restante, at o dia 20 dedezembro. Havendo justa causa, o empregado no recebe a gratificao natalina proporcional do ano, e ovalor porventura adiantado deve ser compensado na poca da resoluo (resciso) do contrato. Nos demaiscasos, devida a gratificao integral ou proporcional, quando do trmino do contrato, mesmo quando sejado empregado a iniciativa da ruptura do contrato (demisso ou aposentadoria voluntria, com a cessao daprestao laboral), ou nos contratos por prazo determinado (Enunciados 2, 3 e 157 do TST).Abonos salariais: abono vantagem concedida ao empregado pelo empregador, de forma espontnea eem carter transitrio. Embora de uso excepcional, a Consolidao das Leis do Trabalho considera parcelasalarial: uma vez concedido o abono, este integra o salrio, em definitivo.Dirias: pagamentos feitos em razo de viagens do empregado, para custeio de despesas de alimentao,manuteno e pousada. Se inferiores a 50% do salrio percebido mensalmente, no integram o salrio, o

    mesmo acontecendo quando o empregado prestar contas dos valores dispendidos, devolvendo o valoreventualmente no gasto (perdendo, assim, a natureza salarial).Ajuda de custo: parcela nica devida ao empregado, para custeio de despesas deste com transfernciapara local diverso daquele que tem domiclio. No tem carter salarial.Salrio-famlia e salrio-maternidade - benefcios previdencirios, pagos aos empregados e avulsos: oprimeiro, por dependente menor de 14 anos ou invlido, o segundo, durante os 120 dias em que aempregada esteja em licena-gestante. Na verdade, no so salrio. O empregador deve conced-lo, edepois reembolsar-se junto ao INSS. No se pode deixar de pag-lo, alegando que o empregado omitiu adeclarao de seus dependentes; deve exigir deste declarao de famlia, ou de que no possuidependentes; no caso do salrio famlia, necessria a apresentao, tambm, da carteira de vacinao.Domsticos no fazem jus ao salrio-famlia, e as domsticas gestantes recebem o salrio-maternidadediretamente do INSS.Participao nos lucros: a partir da promulgao da Constituio de 1988, passou a ser direito de todo

    trabalhador, urbano e rural; no tem carter salarial, visto que verba aleatria, que depende da obtenodo lucro pelo empregador; segundo a Constituio, desvinculada da remunerao (art. 7).Adicionais: so acrscimos pecunirios compulsrios que visam compensar um trabalho alm dascondies pactuadas como ordinrias. Assim, o adicional por servio extraordinrio, o adicional noturno, oadicional de insalubridade e o de periculosidade. Embora tenham natureza retributiva, no se incorporam aosalrio, seno para efeitos especficos (recolhimento do FGTS, indenizao por dispensa, pagamento defrias, de gratificao natalina, de aviso prvio). Quando cessada a condio segundo a qual devido oadicional, cessa o direito percepo.Pagamentos feitos por terceiros: o abono anual do PIS/PASEP, o seguro-desemprego e os benefcios doINSS por incapacidade no caracterizam salrio, pois no so obrigao do empregador.Isonomia salarial (art. 460 e 461 da CLT): ou equiparao salarial, devida em caso de: a) trabalho namesma funo, com igual produtividade e perfeio tcnica, na mesma localidade, quando entre oempregado a ser equiparado e o empregado-paradigma exista trabalho em poca idntica, com diferenade tempo na funo igual ou menor que dois anos (Enunciados 22 e 135 do TST); b) em caso desubstituio de empregado por outro com remunerao menor, desde que a substituio no seja eventual -art. 450 da CLT (nesse caso, so devidas as diferenas salariais do perodo da substituio - Enunciado 159do TST).

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    Quadro de carreira: exclui a adoo do princpio da isonomia salarial, a partir de sua homologao pelorgo do Ministrio do Trabalho (Enunciados n 6 e 231 do TST). Se h desvio de funo, so devidas asdiferenas do cargo ocupado, em carter indenizatrio, sem incorporao ao salrio. Promoes devem seralternadas, por antiguidade e merecimento.Descontos legais: podem ser descontados do salrio, por fora de lei: a) imposto de renda a ser retido nafonte (Lei 7713/88); b) contribuio Seguridade Social (Lei 8212/91); c) benefcio recebido indevidamente

    ou a maior (Lei 8212/91); d) penso alimentcia, devida em funo de homologao de acordo ou sentenaem ao de alimentos; e) os adiantamentos feitos pelo empregador (art. 462 da Consolidao das Leis doTrabalho); f) contribuio sindical (art. 578 da Consolidao das Leis do Trabalho); g) compensao decrditos, por falta de aviso prvio na demisso voluntria, ou gratificao natalina recebida, no caso dadispensa por justa causa; h) prestaes da casa prpria pelo SFH (Lei 5725/71); i) descontos - contribuiesassistenciais - em favor do sindicato, previstos em sentena normativa, acordo coletivo ou convenocoletiva; j) na ocorrncia de dano causado empresa por atitude dolosa do empregado (art. 462, 1, daConsolidao das Leis do Trabalho); l) na ocorrncia de dano causado empresa por culpa do empregado,quando pactuado no contrato.O artigo 467 da Consolidao das Leis do Trabalho: cabe ao empregador, em caso de dissdio individualajuizado perante a Justia do Trabalho, pagar, em primeira audincia, as parcelas salariais incontroversas,sob pena de ser condenado a pag-las em dobro. Trata-se, em verdade, de uma penalidade aplicada noprocesso do trabalho.

    UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA - UNIVALIDIREITO DO TRABALHO II - Prof. Carlos Alberto Castro

    ESTABILIDADE NO EMPREGOConceito: garantia de no rompimento do contrato por vontade do empregador, salvo nas hiptesespermitidas por lei.Surgimento da estabilidade - em funo do regime previdencirio (Caixas de Aposentadoria por empresa). Ainteno era formar um lastro suficientemente bom para as instituies de previdncia.Estabilidade da CLT - o empregado que contasse dez anos de servio na mesma empresa no poderia serdespedido seno por falta grave ou circunstncia de fora maior, devidamente comprovados. Presumia-senula a dispensa aos nove anos de servio prestado, por obstativa estabilidade (Enunciado 26 do TST).A estabilidade alcanou status de norma constitucional em 1937, preservada em 1946; em 1967, passou aser alternativa, juntamente com o FGTS, repetida a regra na Emenda n 1/69; finalmente, em 1988, foi

    excluda do ordenamento jurdico como regra geral.Aps o regime do FGTS ser considerado regra geral existem ainda as seguintes formas de estabilidade: a)contratual; quando as partes pactuam a estabilidade, por clusula de contrato individual, acordo coletivo ouconveno coletiva, ou ainda, por regulamento da empresa; b) provisria, do dirigente sindical, a partir doregistro da candidatura at um ano aps o trmino do mandato, inclusive o suplente (art. 543, 3, da CLT);c) provisria, da empregada gestante regida pela CLT ou rural, desde a confirmao da gravidez atcinco meses aps o parto (art. 10 do ADCT); d) provisria, do membro eleito para a CIPA, inclusive nacondio de suplente, a partir do registro da candidatura at um ano aps o trmino do mandato (art. 10 doADCT), observando-se que o membro eleito para a CIPA pode ser dispensado por justa causa e ainda pormotivo tcnico, financeiro ou econmico; e) provisria, do acidentado, a partir da cessao do auxilio-doena acidentrio, at um ano aps; f) provisria, decorrente de sentena normativa, em dissdiocoletivo; g) daqueles que j haviam atingido a estabilidade decenal, antes de 05/10/88; h) dosservidores civis da Administrao PblicaDireta, Autarquias e Fundaes, da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal e dos Municpios, admitidos sob regime da Consolidao das Leis do Trabalho, que em05/10/88 possuam mais de cinco anos contnuos de servio, independentemente de aprovao prvia emconcurso, salvo os exercentes de cargo em comisso ou funo de confiana (art. 19 do ADCT); i)situaes especialssimas (membro do Conselho Nacional de Seguridade Social, membro do ConselhoCurador do FGTS, empregados eleitos diretores de cooperativas).A doutrina costuma distinguir entre a estabilidade absoluta e a relativa, apontando que, na primeira, oempregado tem direito reintegrao no emprego, e na segunda, somente direito indenizao do perodode estabilidade. A diferena est em que os que detm estabilidade absoluta s podem perder o empregoaps aps inqurito para apurao de falta grave - o decenal (C.L.T., art. 494), o servidor pblico (CF, art. 41, 1), o dirigente sindical (C.L.T, art. 543), o membro do Conselho Curador do FGTS (Lei n 8.036/90). Osque possuem estabilidade relativa - os demais - podem ser dispensados por justa causa (e o membro daCIPA, por motivo disciplinar, tcnico, econmico ou financeiro), por ato do empregador, cabendo a esteprovar perante a Justia, em caso de ao reclamatria trabalhista do empregado, o motivo da dispensa.O empregado estvel demitido sem justa causa tem direito, durante o perodo de estabilidade, percepodos salrios e demais vantagens, como se no tivesse sido dispensado injustamente. Se cabe direito reintegrao, receber os meses em que no trabalhou, e o perodo posterior reintegrao, como setivesse permanecido em exerccio. Se h impossibilidade de reintegrao, por incompatibilidade entre aspartes contratantes ou por extino da empresa, ou do estabelecimento, sem a ocorrncia de fora maior,

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    converte-se a reintegrao em indenizao dos valores devidos, sendo que o estvel decenal recebe umms de remunerao por ano de servio ou frao igual ou superior a seis meses, em dobro. A fora maior(art.501 da CLT) extingue qualquer contrato, no prevalecendo a estabilidade; mantido, contudo, o direito indenizao, pela metade do valor devido, tanto em relao aos que possuem estabilidade absoluta comoem relao aos que possuem estabilidade relativa.Com a promulgao da Constituio de 1988, entende-se que perdeu a eficcia o art. 492 da Consolidao

    das Leis do Trabalho, por confrontar com o art. 7, inciso I, do texto constitucional, mantidos os direitosdaqueles que implementaram o perodo decenal antes de sua promulgao.A Consolidao das Leis do Trabalho exige que a resciso contratual do empregado estvel, sejanecessariamente homologada perante o sindicato de classe, o Ministrio do Trabalho ou a Justia doTrabalho (art. 500).GARANTIA NO EMPREGO - a Constituio no prev a estabilidade no emprego, mas um conjunto denormas destinadas a desincentivar a resciso contratual por parte do empregador: so elas: a) aindenizao compensatria; b) o FGTS; c) o seguro-desemprego; d) o aviso prvio proporcional ao tempode servio.Lei n 9.029/95 - dispe sobre prticas discriminatrias na relao de emprego, estabelecendo em seu art. 4que o rompimento da relao de trabalho por ato discriminatrio faculta ao empregado optar entre: a)readmisso (o correto seria reintegrao) com ressarcimento integral de todo o perodo de afastamento,mediante pagamento das remuneraes devidas, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros; ou b) apercepo, em dobro, da remunerao do perodo de afastamento, com os acrscimos legais.

    O FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIO: foi institudo, inicialmente, aos urbanos e rurais,excetuados os domsticos, como opo estabilidade decenal.A partir da Constituio de 1988, passou a ser o regime nico (sem opo), mantendo-se estveissomente aqueles que j detinham este direito, os que o obtiveram por contrato individual, regulamento deempresa, conveno ou acordo coletivo (estes, em carter provisrio), e aqueles que detm garantia deemprego provisria (gestante, membro da CIPA, dirigente sindical, acidentado).O estvel decenal pode transacionar (renunciar) a estabilidade, abrindo mo desta, mediante o pagamentode indenizao de, no mnimo, 60% do que teria direito, se dispensado sem justa causa. A esta transaose costuma chamar de opo com efeito retroativo, sendo que esta retroao pode ir at a sua instituio -01/01/67 - ou at a data da admisso, se posterior quela data. feita por declarao escrita do empregadoe registrada na CTPS, em 48 horas.Na resciso de contrato, sem justa causa, de empregado que tenha tempo como no-optante do FGTS,este ter direito a receber a indenizao, simples ou em dobro, conforme o caso, daquele perodo, mais os

    depsitos de FGTS do perodo em que houve a opo, ou aps 05/10/88. Neste caso, se o empregadorefetuou depsitos de perodo anterior opo ou a 05/10/88, poder levant-los, mediante comprovao dopagamento da indenizao devida, ou autorizao passada pelo Ministrio do Trabalho, em caso deinexistncia de direito indenizao (justa causa, por exemplo) ou houver decorrido o prazo prescricionalpara a ao trabalhista.As importncias depositadas em conta vinculada do trabalhador so impenhorveis. O montante dosdepsitos atualizado monetariamente pelos mesmos ndices de poupana e capitalizam juros de trs porcento ao ano.O empregador, ainda que seja entidade filantrpica, obrigado a depositar, at o dia sete de cada ms, naconta vinculada de cada trabalhador, o valor de 8% da remunerao paga ou devida no ms anterior,includas todas as parcelas integrantes do salrio, e o 13 salrio. Mantm-se a obrigao de efetuardepsitos: na prestao de servio militar; na licena para tratamento de sade de at quinze dias; durantelicena por acidente de trabalho (sem limite); durante a licena-gestante; e durante a licena-paternidade.

    Depsitos fora do prazo: correo monetria, juros de 1%/ms e multa de 20%.Casos de direito ao saque: a) despedida sem justa causa, inclusive a indireta, culpa recproca e fora maior;b) extino da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agncias, supressode atividades, falecimento do empregador, quando tenha ocorrido a resciso por esses motivos; c)aposentadoria concedida pela Previdncia Social; d) falecimento do trabalhador; e) pagamento deprestaes de financiamento junto ao SFH, tendo o trabalhador mais de trs anos de trabalho sob regime doFGTS, em uma ou mais empresas, por um perodo de doze meses no mximo, e no excedendo a parcelamovimentada a 80% do montante da prestao; f) liquidao ou amortizao de saldo devedor definanciamento do SFH, cumprido o interstcio de dois anos de uma movimentao para a outra; g)pagamento total ou parcial do preo de moradia prpria, atravs do SFH, com mnimo de trs anos detrabalho sob regime do FGTS, em uma ou mais empresas; h) quando permanecer a conta inativa, por maisde trs anos sem depsitos; i) na extino normal do contrato a termo, inclusive dos trabalhadorestemporrios; j) na suspenso do trabalho avulso por perodo igual ou superior a noventa dias. Nos casos ae b, o direito ao saque relativo aos depsitos do ltimo contrato de trabalho.Indenizao compensatria - 40% dos depsitos realizados, acrescidos da atualizao monetria e juros,em caso de dispensa sem justa causa ou resciso indireta; 20% dos depsitos, atualizados e acrescidos dejuros, em caso de culpa recproca ou fora maior.

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    Prescrio do direito de ao quanto a depsitos de FGTS: 30 anos (Enunciados 95 e 362 do TST - art. 23da Lei 8.036/90 e art. 55 do Decreto n 99.684/90).

    DIREITO DO TRABALHO - RESUMO 5 aula - Prof. Carlos Alberto Castro

    O trabalho da mulher - Considerando a posio de inferioridade perante a lei que as mulheres tiveram,

    durante longos anos, a Consolidao das Leis do Trabalho trata do trabalho da mulher em captulo prprio.Contudo, com o passar dos anos, as regras de proteo especial mulher foram se tornando afrontosas emrelao ao princpio da igualdade, donde hoje h poucas normas protetivas, a maioria tratando damaternidade. excluda da proteo legal a prestao de servios da mulher em regime de economiafamiliar.Durao do trabalho - O trabalho acima de oito horas dirias era admitido somente em casosexcepcionais, no dispondo a lei a respeito da conceituao dessa excepcionalidade, e sempre remuneradocom o adicional extraordinrio, o mesmo ocorrendo com o trabalho noturno. Diante do princpio daigualdade, entende-se que este artigo da CLT deixou de ser aplicvel. Os intervalos so os mesmos dostrabalhadores em geral. mulher garantida escala de revezamento quinzenal, quando trabalhe aosdomingos, de modo a garantir o repouso neste dia (art. 386 da CLT).Toda empresa obrigada a instalar sanitrios e lavatrios exclusivos para as trabalhadoras, bem comovestirios, quando se exija a troca de roupa (uniforme). Empresas com mais de 30 mulheres com mais de16 anos devem ter creches para crianas em fase de amamentao, ou convnio com instituio do gnero,

    pblica ou privada (art. 389 da CLT).No h mais proibio ao trabalho insalubre em geral, salvo o servio que demande fora muscularsuperior a 20 kg para o trabalho contnuo, ou 25 kg, para o trabalho ocasional (art. 390), sob pena deenquadramento no art. 483 da Consolidao das Leis do Trabalho (exigncia de trabalho superior s forasda empregada).Mantm-se vigentes as regras sobre a proteo maternidade, alertando a Consolidao das Leis doTrabalho que no constitui justo motivo para a negativa de admisso, ou para a dispensa, o fato de a mulherencontrar-se grvida, ser casada ou contrair npcias. proibido o trabalho da mulher no perodo de licena-maternidade, que de 120 dias em caso de nascimento com vida, e em caso de aborto no-criminoso, deduas semanas. Mediante atestado mdico, os perodos de licena podem ser prorrogados por mais duassemanas antes e depois do parto, e ainda, rescindir o contrato de trabalho, sem obrigatoriedade decumprir ou indenizar aviso prvio (art. 394 da CLT). Em caso de aborto no-criminoso, o perodo de licena(pago pelo INSS, logo suspenso do contrato) ser de duas semanas, mediante atestado mdico oficial

    (CLT, art. 395; Regulamento da Previdncia Social, art. 93, 5).Durante a amamentao - at que o filho complete seis meses de idade, a empregada pode reduzir ajornada em at uma hora (dois intervalos de meia hora), podendo ser prorrogado o perodo de seis meses, acritrio mdico (CLT, art. 396).O descumprimento das normas atinentes proteo ao trabalho da mulher sujeitam o empregador a multaaplicada pela DRT - art. 401 da CLT.Lei n 9.799, de 26/05/99- acrescenta dispositivos CLT, no captulo do trabalho da mulher. Probediscriminao ao trabalho da mulher, seja na admisso, fixao do salrio, manuteno do contrato oudispensa; veda a realizao de revista ntima em empregadas. Garante empregada, durante a gravidez, atransferncia de funo, quando por razes de sade, com direito ao exerccio da funo anterior, quando doretorno; e estabelece nova hiptese de interrupo do contrato de trabalho, para a realizao de consultasde acompanhamento obsttrico - at o nmero de seis - e realizao de exames complementares.

    A menoridade, para fins de Direito do Trabalho, considerada como sendo a dos trabalhadores menoresde 18 anos, sendo vedado o trabalho a menores de 16 anos, possibilitada apenas a contratao em formade aprendizagem, quando maior de 14 anos (Emenda Constitucional n 20). As regras de proteo aotrabalho do menor no se aplicavam ao trabalho em regime de economia familiar; o Estatuto da Criana edo Adolescente, Lei n 8.069/90, que tambm trata da matria, no faz tal restrio, donde se entende tersido revogada a norma da CLT.Ao menor que tenha idade inferior a 18 anos vedado o trabalho noturno, em condies insalubres ouperigosas, em condies prejudiciais sua moralidade, e o realizado em horrios e locais que nolhe permitam a freqncia escola (CLT, art. 403 a 405) . Pode o Juiz da Infncia e Juventude autorizar otrabalho em trabalhos artsticos ou circenses, desde que a representao tenha fim educativo, sendo aparticipao indispensvel a sua prpria subsistncia ou de seus pais, avs ou irmos, sempre semprejuzo da formao moral; tambm depende de autorizao judicial o trabalho realizado em ruas, praas,etc. - 2 do art. 405.O art. 405, 1, estabelece exceo vedao do trabalho insalubre, quando se trate de aprendizesmaiores de 16 anos ou estagirios (parte da doutrina entende que tal pargrafo perdeu a eficcia diante daredao da Constituio de 1988; contudo, a vedao do trabalho insalubre a menor de 18 anos j existiadesde a Constituio de 1946 - art. 157, inciso IX).

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    Verificada a prestao de servio prejudicial, de ofcio ou a pedido do responsvel legal pelo menor, aautoridade poder obrig-lo a deixar o servio, podendo a empresa modificar a funo do trabalhador, paraproporcionar-lhe a oportunidade de permanecer trabalhando, sob pena de ser considerado rescindido ocontrato por culpa do empregador - art. 483 da CLT. Pode o responsvel legal pelo menor rescindir ocontrato, sem a aquiescncia deste - Consolidao das Leis do Trabalho, art. 408.A prorrogao do trabalho do menor s permitida at duas horas dirias, mediante compensao

    semanal, para que no se atinja o limite de 44 horas, ou excepcionalmente, at o mximo de 12 horasdirias, desde que o trabalho seja imprescindvel ao funcionamento do estabelecimento (fora maior). Temdireito aos mesmos intervalos que os trabalhadores em geral.O horrio de trabalho do menor deve proporcionar condio para que o mesmo possa frequentar as aulas -CLT, art. 427.As frias no podem ser fracionadas, e devero coincidir com o perodo de frias escolares.O menor tambm no pode ser utilizado em trabalhos braais que exijam fora muscular superior a 20quilos para trabalho contnuo e 25 quilos para atividades ocasionais, tal qual ocorre com a mulher - art. 405, 5, da CLT. lcito ao menor de 18 anos firmar recibo pelo pagamento dos salrios - art. 439 da CLT, sendo que naresciso contratual o menor dever estarassistido de seu responsvel legal, a fim de dar quitao aoempregador pelo recebimento das verbas rescisrias.O responsvel legal do menor que permitir que o mesmo exera atividade nociva sua integridade fsica oumoral pode, alm de sofrer multa imposta pela DRT, ser destitudo do ptrio poder (CLT, art. 437).

    No corre a prescrio contra os menores de 18 anos (art. 440 da CLT).Os menores de 16 a 18 anos tem assegurados todos os direitos trabalhistas e a condio de segurado daprevidncia social. Os aprendizes, no, segundo interpretao dada pelo Decreto regulamentador daPrevidncia (art. 18, 2, Dec. 3.048/99).O contrato de aprendizagem: processo de formao tcnico-profissional a que se submete o menor,objetivando qualificao profissional. Dever a aprendizagem assegurar condies para a realizao doensino regular; ser compatvel com o desenvolvimento do adolescente; e possuir horrio adequado para oexerccio das atividades (Est. da Criana e do Adolescente, art. 62).So ministrados pelo SENAC, SENAI e SENAR, com durao mxima de 3 anos. O aprendiz tem direito areceber metade do salrio mnimo na primeira metade do curso, e dois teros, na segunda metade. Se oaprendiz no tem aproveitamento escolar, rescinde-se o contrato de aprendizagem. obrigatria a contratao de menores aprendizes e sua inscrio em cursos profissionalizantes (indstria,proporo de 5 a 15% do nmero de trabalhadores; comrcio, de 5 a 10%) - CLT, art. 429 e Lei 5.274/67.

    O programa social baseado no trabalho educativo (Est. Criana e do Adolescente, art. 68) visa criar novamodalidade de aprendizagem, que pode ser realizada por entidades sem fins lucrativos.Observao - o estgio curricular - pode ser feito entre entes pblicos e empresas privadas com alunosmatriculados nos cursos vinculados ao ensino pblico e particular de 2 grau profissionalizante, cursosuperior ou de educao especial, desde que proporcionada experincia prtica na linha de formao doestagirio. No forma vnculo de emprego, salvo quando simula verdadeira relao empregatcia.

    DIREITO DO TRABALHO II - RESUMO DA 6 AULA - Prof. Carlos Alberto Castro_____________________________________________________________________________________________________

    Aviso prvio - obrigao que qualquer das partes do contrato de trabalho tem de, com antecednciamnima de trinta dias, avisar outra que pretende resilir o contrato, no sendo cabvel em caso de extino

    por trmino de prazo, por justa causa, despedida indireta ou extino do empregador.- A Constituio de 1988, no recepcionou o aviso prvio de oito dias para os diaristas.

    - Falta de aviso prvio gera a obrigao de indenizar o perodo correspondente, com base no salrio a que oempregado tem direito, para ambas as partes.

    - Na chamada despedida indireta - trmino do contrato por iniciativa do empregado, havendo falta gravepraticada pelo empregador, devido o aviso prvio indenizado ( 4 do art. 487 da CLT).

    - O aviso prvio, trabalhado ou no, integra o tempo de servio para todos os fins.

    - Durante o prazo do aviso dado por empregador, o empregado ter sua jornada diria reduzida de duashoras, podendo este, contudo, optar por trabalhar a mesma jornada, e no comparecer ao servio por setedias corridos, tudo sem prejuzo do salrio.

    - Se aps o prazo do aviso, houver continuidade da prestao de servios, o mesmo presume-sereconsiderado, continuando o contrato, como se o aviso no tivesse sido dado.

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    - Durante o aviso, se ocorrer falta grave de qualquer das partes, poder a resilio ser transformada emdispensa por justa causa, ou despedida indireta, conforme o caso.

    - O aviso no pode ser dado durante suspenso ou interrupo do contrato, nem no perodo de estabilidade.

    Enunciados do TST sobre o tema: ns 5, 44, 73, 163, 230, 276, 305 e 348.Formas de extino do contrato de trabalho:

    - No trmino do contrato por prazo determinado, no termo previsto, cabe ao empregado receber: asfrias integrais no frudas e as proporcionais e o 13 salrio, caso existentes, bem como fazer o saque dosdepsitos na conta vinculada do FGTS. No tem direito, contudo, a aviso prvio (o trmino do contrato j sabido de antemo), nem indenizao de 40% do montante dos depsitos do FGTS, uma vez que nohouve dispensa sem justa causa, mas trmino normal do contrato a prazo.Observao: o safrista, segundo o Estatuto dos Rurais (Lei 5.859/73), tem direito a indenizaocorrespondente a 1/12 do salrio mensal por ms completo de servio, ou frao igual ou superior a 15 dias,mesmo quando encerrado o contrato no prazo previsto (Enunciado n 2 do TST).

    - No trmino do contrato por prazo determinado, antes do termo previsto, por iniciativa do

    empregador, recebe o empregado, alm das frias integrais e proporcionais e 13 salrio, o valorcorrespondente a metade da remunerao a que faria jus at o termo do contrato, a ttulo de indenizao(art. 479 da CLT). Cabe aviso prvio, ou a indenizao deste, conforme j decidiu o TST, em relao aoscontratos de experincia rescindidos antes do prazo. Tem direito ao saque dos depsitos de FGTS eindenizao de 40% (art. 481 da CLT e Dec. 99.684/90). Vide tambm o Enunciado n 125 do TST.

    - No trmino do contrato por prazo determinado, antes do termo previsto, por iniciativa doempregado, sem justa causa, caber a este indenizar o empregador dos prejuzos que desse fatoresultarem, at o limite de metade da remunerao a que faria jus, at o trmino normal do contrato (art.480 da CLT). No far jus a frias, salvo a indenizao dos perodos j integralizados; faz jus ao 13 salrio.

    - No trmino do contrato por prazo indeterminado, por iniciativa do empregador, sem justa causa, oempregado tem direito a receber as frias integrais no frudas e proporcionais, bem como o 13 salrio;

    dever receber aviso prvio, ou a indenizao correspondente (30 dias da remunerao), tem direito a sacaros depsitos do FGTS e receber indenizao de 40% do montante destes._____________________________________________________________________________________________________

    RESUMO DE DIREITO DO TRABALHO II - Prof. Carlos Alberto Castro- FORMAS DE EXTINO - CONTINUAO_____________________________________________________________________________________________________A despedida por justa causa -Quando o empregado comete ato ilcito, descumprindo suas obrigaes nocontrato, pode ser passvel de punio pelo empregador, que tem assim, poder disciplinar sobre otrabalhador. A punio por ato faltoso deve obedecer a uma certa gradao, de modo que as faltas maisleves sejam punidas de forma mais branda, e as mais graves, ou a reincidncia, seja punida com maior

    rigor. A penalidade mxima aplicvel a resoluo contratual, na qual o empregado dispensado semdireito a qualquer indenizao, pelo enquadramento em uma das hipteses previstas no art. 482 da CLT.Alguns dos tipos legais no se caracterizam como faltas do empregado no curso do contrato de trabalho,por isso no exato que justa causa e falta grave sejam sinnimos.Requisitos para a aplicao da penalidade - a) enquadramento no tipo legal; b) imediatidade entre oconhecimento do ato faltoso e a punio, sob pena de caracterizao do perdo tcito, resssalvado otempo necessrio investigao; c) gravidade da conduta; d) inexistncia de dupla punio para a mesmafalta.A discusso judicial sobre a justa causa aplicada: no caso de trabalhador com estabilidade absoluta, anecessidade do inqurito para apurao de falta grave traz nsita a idia de que apenas a sentena judicialpode declarar a existncia ou no da falta grave; nos demais casos, o trabalhador que se sinta injustamentepunido pode requerer a anulao da justa causa, convertendo-a em dispensa sem justa causa. Em noingressando com ao dentro do prazo prescricional, a dispensa por justa causa se torna ato imodificvel.Tipos legais: a) ato de improbidade - ao ou tentativa desonesta; inteno de causar prejuzo contra opatrimnio do empregador, terceiros, ou companheiros de trabalho; b) incontinncia de conduta ou mauprocedimento - conduta moralmente reprovvel, no ambiente de trabalho ou fora dele; uso de drogas,comportamento agressivo, envolvimento em rixas; pode se caracterizar pela reincidncia em faltasinjustificadas ao servio; c) negociao habitual por conta prpria ou alheia sem permisso do

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    empregador, e quando constituir ato de concorrncia empresa para a qual trabalha o empregado,ou for prejudicial ao servio - duas condutas distintas: a primeira, quando a negociao habitual se fazsem permisso do empregador, constituindo concorrncia (vendedor de duas empresas concorrentes domesmo ramo de negcios); a segunda, quando h negociao habitual sem permisso do empregador, eesta for prejudicial ao servio (atrapalhando o andamento das tarefas); d) condenao criminal doempregado, passada em julgado, caso no tenha havido suspenso da execuo da pena - segundo

    Dlio, no se caracteriza exatamente por uma falta do empregado, mas sendo este privado da liberdade, ocontrato se torna inexeqvel; quebra-se, por outro lado, o elemento fiducirio de todo contrato de naturezaprivada; e) desdia no desempenho das respectivas funes - ato ou omisso que caracterize condutaculposa - negligente, imprudente ou imperita; normalmente se caracteriza pela prtica de vrios atos, maspode ser configurada num nico ato, de gravidade maior (ex., acidente de trnsito envolvendo empregadomotorista - abandono de posto por empregado vigia); f) embriaguez habitual ou em servio -segundo adoutrina, no s a alcolica, mas tambm a por txicos ou entorpecentes, dentro ou fora do ambiente detrabalho; em servio, no precisa haver a habitualidade, uma s vez suficiente (Russomano, Gomes,Dlio); g) violao de segredo da empresa - segredo, no caso, qualquer fato que no deva ser deconhecimento pblico (frmulas, campanhas de publicidade, etc.); h) ato de indisciplina ou deinsubordinao -o primeiro se configura por descumprimento de ordens gerais (regulamentos, proibiesgerais); o segundo, quando o empregado descumpre ordem emanada sua pessoa; i) abandono deemprego -configura-se pela ausncia injustificada ao servio, sem permisso do empregador, com o nimode no mais retornar ao posto de trabalho; o prazo de 30 dias citado pela jurisprudncia e por parte da

    doutrina apenas um parmetro (Enunciado 32); j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado noservio contra qualquer pessoa, ou ofensas fsicas, nas mesmas condies, salvo em caso delegtima defesa, prpria ou de outrem - conduta que configure o delito de calnia, injria ou difamaocontra qualquer pessoa, no ambiente de trabalho; legtima defesa: caracteriza-se pela moderao nareao agresso injusta; k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas fsicas praticadas contrao empregador e superiores hierrquicos, salvo em caso de legtima defesa, prpria ou de outrem -quando praticado contra o empregador ou empregado superior hierrquico, o ato faltoso se configuramesmo fora do local de trabalho; l) prtica constante de jogos de azar - conduta que se revela fora doambiente de trabalho, segundo Dlio, porque o jogador no inspira confiana, quebrando o elementofiducirio; m) prtica, devidamente comprovada em inqurito administrativo, de atos atentatrioscontra a segurana nacional -resqucio do regime em que foi criada a CLT, se configurada acusao porcrime poltico, h o efeito da anistia (art. 8 do ADCT), anulando a justa causa; n) do bancrio, por faltacontumaz de pagamento de dvidas legalmente exigveis (CLT, art. 508); o) por abuso do direito de

    greve, por exemplo, participando de piquetes (art. 6, 3, e art. 15 da Lei 7.783/89); p) ausncia doaprendiz ao curso de aprendizagem (art. 432, 2, da CLT); q) recusa do ferrovirio realizao deservio extraordinrio, sem justo motivo (art. 240, pargrafo nico, da CLT); r) falta grave dosempregados pblicos (Lei n 8.027/90). Obs: vide smula 316 do STF, sobre greve e justa causa.

    RESUMO DE DIREITO DO TRABALHO II - Prof. Carlos Alberto Castro pg. 2_____________________________________________________________________________________________________A resciso indireta -O empregador que, por seu turno, descumprir suas obrigaes contratuais, facultaao empregado que este considere rescindido o contrato de trabalho, pelo cometimento de falta grave, naforma do art. 483 da Consolidao das Leis do Trabalho. Nesse caso, se reconhecida a resciso indireta

    pela Justia do Trabalho, o empregado ter direito a receber do empregador todas as parcelas rescisrias aque faria jus se tivesse sido dispensado sem justa causa, inclusive com a indenizao do aviso prvio ( 4do art. 487 da CLT). O empregado pode ou no se afastar imediatamente do trabalho, enquanto h ojulgamento do pedido de declarao da resciso indireta.Tipos legais: a) forem exigidos servios superiores s suas foras, defesos por lei, contrrios aosbons costumes, ou alheios ao contrato - exigncia de uso de fora fsica acima dos limites dos artigos198 (homens) e 390 (mulheres); exigncia de trabalho em afronta aos artigos 392 (gestante) e 407(trabalho prejudicial ao menor); exigncia de trabalho incompatvel com o estado de sade e a idade; b) fortratado pelo empregador ou por seus superiores hierrquicos com rigor excessivo -configura-se pelaadoo de exigncias anormais pelo empregador ou seus prepostos, com ou sem a aplicao depenalidades; castigos impostos ao empregado tambm configuram o tipo; c) correr perigo manifesto demal considervel -quando o empregador descumpre as regras de segurana e higiene no trabalho (art.157 da CLT); no se tem presente quando a atividade j possui um risco normal (ex. vigilantes); d) nocumprir o empregador as obrigaes do contrato -tipo extremamente genrico, poderia abranger todosos demais; desde o no registro do contrato em CTPS falta de pagamento ou o atraso constante desalrios ou quaisquer vantagens devidas, a reteno dolosa dos salrios, a no concesso de repousosemanal, de frias durante vrios perodos, falta de recolhimento do FGTS; o empregado no obrigado amanter-se no emprego se o empregador no cumpre suas obrigaes (exceptio non adimpleti contratus) -

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    vide Enunciado 13 do TST; e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de suafamlia, ato lesivo da honra e boa fama -a mesma conduta que caracteriza a falta grave do empregado,s que, em se tratando do empregador ou seus prepostos, o ato praticado tambm contra os familiares dotrabalhador, mesmo fora do ambiente de trabalho, acarretam o enquadramento no tipo legal; f) oempregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legtima defesa,prpria ou de outrem -a ofensa fsica, mesmo fora do ambiente de trabalho, acarreta a justa causa; g) o

    empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por pea ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente aimportncia dos salrios - sendo o trabalho remunerado por pea ou tarefa, a reduo de entrega detrabalho acarreta em conseqncia direta a reduo salarial.Casos em que o empregado tem motivo justificado para rescindir, embora no caracterizem falta graveimputvel ao empregador - nestes casos, o empregado no tem direito a indenizao:a) quando tiver de desempenhar obrigaes legais, incompatveis com a continuao do servio (1 do art. 483) -o exemplo melhor a prestao de servio militar em tempo de guerra; eb) resciso por motivo de gravidez, mediante atestado mdico (art. 394).

    Nas hipteses das letras d e g, poder o empregado pleitear a resciso de seu contrato detrabalho e o pagamento das respectivas indenizaes, permanecendo ou no no servio at finaldeciso do processo - a deciso sobre a permanncia ou no no emprego compete ao empregado;quando a relao se torna incompatvel, o afastamento necessrio, em qualquer das hipteses do artigo483.

    Morte do empregador pessoa fsica - justo motivo para a resciso (art. 483, 2), porm com direito indenizao - situao anmala - art. 485 da CLT.

    Culpa recproca- ou seja, falta grave praticada simultaneamente por ambas as partes; requisitos para acaracterizao: a) ocorrncia de dois atos faltosos, um por cada uma das partes; b) a gravidade de ambasas faltas; c) as faltas tem de ser contemporneas; d) as faltas tem de ser relacionadas entre si. Oempregado ter direito a receber indenizao de 20% do FGTS, ou metade da indenizao do art. 478,quando se trate de empregado estvel na forma da Consolidao das Leis do Trabalho. No faz jus a avisoprvio indenizado, frias proporcionais, 13 salrio e saque do FGTS depositado. O reconhecimento daculpa recproca depende de sentena judicial (art. 484 da CLT).Deciso judicial que conclui pela justa causa, no inqurito para apurao de falta grave, na ao quepostula resciso indireta, ou na que considera a existncia de culpa recproca: sentena constitutiva.

    Factum principis - a paralisao do trabalho motivada por ato de autoridade pblica, ou por promulgaode lei ou ato normativo que impossibilite a continuao da atividade (art. 486) - a indenizaocompensatria devida pelo ente pblico. No se aplica em caso de fechamento do estabelecimento porato infracional do empregador (ex. interdio pela vigilncia sanitria).A regra do 3 do art. 486 - com a redao dos artigos 109 e 114 da Constituio, o Juzo competente aJunta de Conciliao e Julgamento - regra no recepcionada._____________________________________________________________________________________________________

    RESUMO DE DIREITO DO TRABALHO II - Prof. Carlos Alberto Castro- QUITAO CONTRATUAL- APOSENTADORIA E EXTINO DO CONTRATO DE TRABALHO

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    Homologao da resciso - artigo 477 da CLT- A CLT chama todas as formas de extino do contrato deresciso contratual. O pedido de demisso ou recibo de quitao (termo de resciso contratual) deempregado com mais de um ano de servio na empresa (ou onze meses de servio mais os trinta dias deaviso prvio), dever ser homologado perante o Sindicato da categoria deste, ou a autoridade doMinistrio do Trabalho. Na falta destes, poder homologar o termo de resciso: o representante doMinistrio Pblico ou o Defensor Pblico; por ltimo, no havendo estas autoridades, poder homolog-lo oJuiz de Paz.O empregado no paga custas ou honorrios para ser assistido na homologao ( 7 do art. 477).Quitao do contrato do menor: necessria, tambm, a assistncia do responsvel legal (art. 439 da CLT).Resciso contratual de empregado pblico: desnecessria a homologao, pois os atos gozam depresuno de legalidade (Decreto Lei 779/69, artigo 1, inciso I).Base de clculo das verbas rescisrias: o valor da maior remunerao, computadas horas extrashabituais, adicionais de insalubridade/periculosidade, noturno, gratificaes, salrios-utilidade, comisses,percentagens, dirias superiores a 50% - as de carter varivel se calculam pela mdia dos ltimos 12meses.

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    O instrumento de resciso ou recibo de quitao dever especificar as parcelas que esto sendo pagas,discriminando seu valor, sendo vlida a quitao, apenas em relao s mesmas parcelas ( 2). Ou seja,se no forem pagas todas as verbas devidas, poder o empregado pleite-las na Justia do Trabalho, nose podendo alegar que houve quitao de todo o contrato.A evoluo do entendimento jurisprudencial - Enunciados 41 e 330 do TST.A ressalva no termo de resciso e a anulao do ato jurdico. Pode o empregado opor ressalva no termo

    rescisrio, no sentido de no concordar com algum ou todos os valores recebidos; mesmo no o fazendo,ficando caracterizada alguma das hipteses de anulao do ato jurdico (incapacidade, coao, erro, dolo,simulao, fraude), invalida-se a quitao.Quanto ao pagamento, este dever ser feito numa nica parcela, em dinheiro ou cheque visado, sendo que,se o empregado for analfabeto, o pagamento poder ser somente em dinheiro; no h permisso legal paraparcelamento de verbas devidas na extino contratual. Falncia e concordata no so oponveis aoscrditos trabalhistas, em face de sua condio privilegiada (art. 449 da CLT).Se o empregado tem dbitos para com o empregador, estes s podero ser descontados das verbasrescisrias at o valor equivalente a um ms da remunerao. O restante, caso exista, ser exigido pelosmeios judiciais.Prazo de pagamento - o empregador dever pagar as verbas rescisrias at o primeiro dia til aotrmino do contrato, quando este tenha se encerrado no termo previsto (contrato por prazo determinadoencerrado normalmente, ou aviso prvio dado e trabalhado); e at o dcimo dia corrido, se houve pedidode demisso sem prvio aviso, ausncia do aviso prvio (situaes em que o mesmo inexigvel: fora

    maior, falecimento, factum principis, justa causa e despedida indireta), indenizao do aviso prvio(despedida sem justa causa, sem que o empregador tenha dado aviso prvio), ou dispensa de seucumprimento (quando o empregado j tenha obtido novo emprego - TST, Enunciado 276).O atraso no pagamento das verbas rescisrias - pagamento fora desses prazos - sujeita o empregador aduas multas: uma, no valor de um ms de salrio do empregado, revertida em favor deste; e outra, fixadapelo Ministrio do Trabalho, que reverte para os cofres pblicos. O empregador, para elidir a mora, devedemonstrar que foi o empregado que deu causa mora.Pagamento parcial e discusso em Juzo: cabimento da multa.Quitao parcial do contrato de trabalho rural - Constituio Federal, art. 233.Aposentadoria concedida pela Previdncia Social e continuidade da relao de emprego - efeitos - ainterpretao do art. 453 da CLT aps a edio da Lei n 8.213/91- anlise da norma em funo do princpioda continuidade da relao de emprego. A atual Lei de Benefcios da Previdncia Social no exige a rupturado vnculo empregatcio para que seja concedida a aposentadoria. Os pargrafos 1 e 2, inseridos no art.

    453 pela Lei n 9.528/97, tiveram sua eficcia suspensa por decises liminares do STF em Aes Diretasde Inconstitucionalidade ns 1.721-3 e 1.770-4). A maioria da doutrina trabalhista, contudo, entende ser aaposentadoria por tempo de servio causa para a extino do vnculo empregatcio, em contrrio doentendimento esposado pelo STF ao decidir o pedido liminar de suspenso das regras criadas pela Lei9.528. J a doutrina previdenciarista, encabeada por Wladimir Novaes Martinez, entende que aaposentadoria, sendo relao jurdica entre o segurado e o rgo previdencirio, no causa de extino,salvo nas hipteses legais (aposentadoria especial e a compulsria, requerida pela empresa, quando osegurado completar 70 anos de idade). Apesar das divergncias doutrinrias, s se pode admitir a extinocontratual, em ramo de Direito Privado, quando ocorre a inteno de alguma ou ambas as partes nessesentido, ou quando a mesma se opera, por fora da lei. Atualmente, o direito positivo no estabelece que aaposentadoria seja causa, por si s, de trmino da relao de emprego, tanto que o empregado podecontinuar trabalhando para a mesma empresa, no mesmo emprego, salvo no caso da aposentadoriaespecial.

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    _______________________________________________________________________________________________________DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

    Parte do Direito do Trabalho que estuda as relaes entre os entes representativos das categoriasenvolvidas nas relaes de trabalho.Organizao sindical (art. 511 da CLT) - podem organizar-se em sindicatos tanto empregadores comoempregados, alm de profissionais autnomos ou liberais, e servidores pblicos civis, estes aps a vignciada Constituio Federal de 1988 (art. 37).Sindicatos - so pessoas jurdicas de direito privado responsveis por agrupar trabalhadores (empregados,autnomos ou liberais) e empregadores, no sentido de proteger os interesses individuais e coletivos dosmesmos. Vigora o princpio da liberdade de associao sindical (direito de filiar-se, permanecer filiadoou desfiliar-se do sindicato) - art. 8 caput, da Constituio. Tal regra vigora tambm para o aposentado -art. 8, VII.

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    vedado ao Poder Pblico estabelecer qualquer tipo de restrio ao exerccio da atividade sindical, ouintervir em sua criao, escolha dos dirigentes, funcionamento ou extino ( princpio da autonomiasindical) - art. 8, I, da Constituio. Exceo: se exige o registro na Delegacia Regional do Ministriodo Trabalho, que expede a carta de reconhecimento - art. 558, mediante requerimento na forma do art. 518da CLT.A denominao sindicato exclusiva das entidades representativas reconhecidas pelo rgo competente

    (art. 561 da CLT).A liberdade de associao sindical sofre restries contudo, pela prpria Constituio, que consagra oprincpio daunicidade sindical (um s sindicato por categoria, dentro da mesma base territorial, que ser,no mnimo, a rea de um Municpio) - CF, art. 8, inciso II.Discusso de legitimidade entre sindicatos - competncia da Justia comum (Orientao Jurisprudencial n4 SDC/TST).As entidades sindicais representam interesses de categorias profissionais (empregados), podendoagrupar profisses similares ou conexas (ex. comercirios, metalrgicos), ou de categorias econmicas(empregadores) - CLT, art. 511 e 570 - tanto judicial como extrajudicialmente.Categoria profissional diferenciada aquela que, por peculiaridades inerentes s condies de trabalhoou por fora de estatuto profissional especial, se forma apenas pelos integrantes daquele grupo (ex.aeronautas).Prerrogativas dos sindicatos (art. 513 da CLT):- defesa judicial/extrajudicial dos interesses individuais e coletivos da categoria (art. 8, III, da CF, Lei

    8.073/90)- celebrao de acordos e convenes coletivas de trabalho (participao dos sindicatos nas negociaescoletivas de trabalho obrigatria - art. 8, VI, da CF)- impor contribuies a todos os participantes da categoria (CF, art. 8, IV; CLT, art. 545)- eleger seus representantes/dirigentes, vedada interferncia estatal no procedimento (art. 8, I, da CF)- colaborar com o Estado na soluo dos problemas da categoria (prerrogativa/dever)Deveres dos sindicatos (art. 514 da CLT):- prestar assistncia judiciria gratuita aos filiados (art. 5, LXXIV, da CF)- promover a conciliao nos dissdios (art. 8, VI, da CF)- prestar assistncia social para integrao profissional do filiado- promover cooperativas de consumo e de crdito- fundar/manter escolas de alfabetizao e pr-vocacionaisO sindicato em Juzo - por expressa previso legal pode postular, em nome dos integrantes da categoria:

    adicional de insalubridade (CLT, art. 195); FGTS (Lei 8.036/90, art. 25); ao de cumprimento de sentenaou acordo em dissdio coletivo (CLT, art. 872). Em todos os casos, o substitudo pode requerer desistnciada ao, ou integrar a lide como assistente litisconsorcial.Representatividade do sindicato - reconhecida em face de deter a maioria dos integrantes - obteno dacarta de reconhecimento pela DRT (art. 516, 519 e 520 da CLT).Direo do sindicato - art. 522 da CLT - o STF reconheceu sua recepo pela Constituio vigente.Delegados sindicais - art. 523 da CLT - no so considerados dirigentes sindicais.Artigos 524 a 532 perderam a eficcia - hipteses de ingerncia estatal no funcionamento e gesto.Federao: associao de cinco ou mais sindicatos, que representem a maioria absoluta de um grupo deatividades ou profisses idnticas, numa certa base territorial, no mnimo, igual rea de um Estado (CLT,art. 533). Confederao: agrupamento de trs ou mais Federaes, dentro da mesma atividade, tendombito nacional - CLT, art. 534 e 535.Direo das federaes e confederaes - art. 538 da CLT.

    Obs: Centrais sindicais: no se enquadram no sistema sindical; so, juridicamente, sociedades civis.Isonomia entre os empregados filiados e no filiados - impossibilidade de recepo dos artigos 544 e 546da CLT.Atentado liberdade sindical - penalizao ao empregador (art. 543, 6, combinado com o art. 553, a, daCLT.Dirigente sindical - alm de estvel, intransfervel (art. 543, caput, da CLT). Perde o mandato se solicitatransferncia para local fora da base territorial, ou aceita o ato do empregador neste sentido ( 1 do art.543).

    Contribuio sindical - tambm denominado no jargo popular imposto sindical, contribuiolegalmente prevista, e por isso compulsria, devida por todo integrante de categoria profissional oueconmica, independentemente de ser ou no filiado a entidade sindical (art. 8, IV, da CF; art. 579 daCLT). Para os empregados, a contribuio corresponde a um dia de remunerao, e para osempregadores, num ndice que varia de 0,02% a 0,8% sobre o capital social registrado na Junta Comercialou rgo equivalente (CLT, art. 580). Contribuio dos empregados feita em abril (art. 583), ou casoesteja desempregado nesse ms, no primeiro ms em que consiga ocupao (art. 602). O desconto emfolha desta independe de notificao pelo sindicato beneficirio. Recolhimento fora do prazo - aplica-se oart. 600 da CLT.

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    Contribuio confederativa - previs