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Técnicas Contábeis
Universidade Anhembi MorumbiTécnicas Contábeis2
3. Técnicas Contábeis
3.1 - Escrituração, Demonstração Contábil, Auditoria, Análise de Balanço
• ESCRITURAÇÃO É o registro de todos os eventos em uma empresa ou entidade e deve ser completa,
em idioma e moeda corrente nacionais, em forma mercantil, com individuação e
clareza, por ordem cronológica de dia, mês e ano, orientando-se pelos Princípios
Fundamentais de Contabilidade e que geram alteração em seu patrimônio.
• DEMONSTRAÇÃO CONTÁBILPeça em forma técnica que evidencia um fato patrimonial, um conjunto de tais fatos
ou todo sistema de Contas. Considera-se com Demonstração Contábil: O Balanço
Patrimonial, A Demonstração do resultado do Exercício, A Demonstração de Origens
e Aplicações de Recursos, a Demonstração da Variação das Variações do Patrimônio
Líquido etc.
• AUDITORIARevisão, Perícia, Intervenção ou Exame de Contas ou de toda uma escrita periódica ou
constantemente, eventual ou definitivamente. Podemos considerar ainda que Auditoria
é a Técnica Contábil do exame sistemáticos dos registros patrimoniais, observando-os
para verificar que se encontram dentro ou fora dos limites do fim aziendal.
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• ANÁLISE DE BALANÇOEstudo da situação de uma parte, sistema de partes ou do todo patrimonial de uma
empresa ou entidade, através da decomposição de elementos e levantamentos
de dados. A análise dos balanços tem por base o balanço e tem por fim conhecer
a capacidade de crédito de uma empresa ou entidade, capacidade de solvência,
tendências de expansão de um negócio, rentabilidade de uma empresa etc.
3.2 - Princípios Fundamentais da Contabilidade
Para assegurar a qualidade das informações contábeis é necessário observar os
conceitos básicos expressos nos Princípios Fundamentais da Contabilidade, que são:
- Princípio da Entidade;
- Princípio da Competência;
- Princípio da Prudência;
- Princípio da Continuidade;
- Princípio do Registro pelo Valor Original;
- Princípio da Oportunidade;
- Princípio da Atualização Monetária.
• Princípio da Entidade: O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e
afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade da diferenciação de um
patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de
pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.
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Simplificando: segundo esse princípio, o patrimônio da empresa (entidade) não se
confunde com os de seus sócios ou proprietários.
Assim, a Contabilidade da empresa registra somente os atos e fatos ocorridos que
se refiram ao patrimônio da empresa, e não os relacionados com o patrimônio
particular dos sócios.
A entidade pode ser uma pessoa física, uma sociedade (de qualquer tipo) uma
instituição e, até mesmo, conjuntos de pessoas (tais como famílias, empresas,
governos, nas diferentes esferas do poder, sociedade beneficentes, religiosas,
culturais, esportivas, de lazer técnicas, sociedades cooperativas, fundos de
investimentos e outras modalidades afins).
• Princípio da Competência: Consiste no fato de que as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração
do resultado da empresa do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente
quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
• Princípio da Prudência: Essencialmente determina a adoção do menor valor para os componentes do
Ativo e do maior valor para os componentes do Passivo, sempre que apresentarem
alternativas igualmente válidas para o registro contábil. Isto, é claro, refletirá
diretamente na Patrimônio Líquido da empresa.
Desse modo, a aplicação do princípio da prudência resulta na obtenção do menor
Patrimônio Líquido, , entre aqueles possíveis diante de procedimentos alternativos de
avaliação de fatos contabilizáveis.
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Esse princípio tem por objetivo não registrar antecipadamente nenhum lucro e, de
outro lado, registrar todas as despesas e perdas que forem possíveis. Ou seja: nunca
permitir que a contabilidade da empresa indique a existência de lucros que posam
estarem superestimados pela adoção de um critério, entre dois ou mais possíveis, que
eventualmente venha a não corresponder à realidade.
A correta aplicação do princípio da prudência visa impedir que prevaleçam, na
escrituração contábil, juízos puramente pessoais ou outros interesses.
• Princípio da Continuidade: A continuidade das atividades da empresa dá-se,
presumivelmente, por tempo indefinido (Salvo exceções).
Assim, pelo princípio da continuidade, a empresa deve ser considerada como um
organismo em movimento constante e contínuo de produção, venda, compra,
consumo, investimentos etc. É a “entidade em marcha” a qual deve concretizar seus
objetivos continuamente.
• Princípio do Registro Pelo Valor Original: Na sua essência, esse princípio
determina que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores
originais das transações, ou seja, pelo valor de aquisição (valor de entrada dos bens,
direitos e obrigações).
Da aplicação do princípio do registro pelo valor original resulta que:
• a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de
entrada;
• o bem, o direito ou a obrigação, uma vez integrados ao patrimônio, não poderão
ter seus valores alterados;
• o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do
patrimônio, inclusive na saída deste.
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• Princípio da oportunidade:É a base indispensável para que as informações sobre o patrimônio da entidade,
referentes a determinado período, sejam de fato confiáveis.
Em síntese, é o fundamento da “representação fiel” pela informação produzida pela
Contabilidade deve espelhar com precisão e objetividade as transações e os eventos a
que concerne.
Para tanto, o princípio determina que as mudanças nos ativo e no passivo, ou seja,
todas as variações sofridas pelo patrimônio da empresa sejam contabilizadas logo
que ocorrerem, ainda que seus valores sejam apenas razoavelmente estimados e que
a respectiva documentação seja posteriormente complementada.
Portanto, desde que devidamente estimável, deve ser feito o registro das variações
patrimoniais, ainda que somente exista razoável certeza da ocorrência.
Neste caso costuma-se fazer provisões de valores.
• Princípio da Atualização Monetária: Sobre esse princípio, o art. 8o. da Resolução CFC no. 750/93 dispõe que os efeitos
da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos
registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos
componentes patrimoniais, uma vez que:
• a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa
unidade constante em termos do poder aquisitivo;
• para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a
fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido;
Saiba Mais
A contabilidade que é uma ciência que estuda os fenômenos patrimoniais, em todos os tempos, apresentando verdades em torno de um mesmo objeto (o patrimônio da entidade), permitindo conhecer através de análise das demonstrações financeiras as causas das suas mutações, sendo que na prática, a aplicação da contabilidade na empresa tem por finalidade fornecer aos usuários informações sobre aspectos de natureza econômica e financeira para que os administradores possam controlar e planejar o futuro da organização.
As Demonstrações Contábeis denominadas de Financeiras pela Lei 6.404/76 (das Sociedades por Ações), visam oferecer uma ordem lógica para a análise das variações patrimoniais.
As Demonstrações Contábeis são:
a) Balanço Patrimonial que serve para fins de gestão administrativa, econômica e financeira dos negócios empresariais. É possível perceber em qualquer tempo o aumento ou diminuição da riqueza da empresa.
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• a atualização monetária não representa nova avaliação, mas, tão-somente, o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação
de indexadores, ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder
aquisitivo da moeda nacional em um dado período.
Vê-se que o princípio da atualização monetária existe porque a moeda, embora
universalmente aceita como medida de valor, não representa unidade constante de
poder aquisitivo.
3.3. Informações Complementares
1- Notas Explicativas complementam as demonstrações contábeis, necessárias para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício.
2- Parecer da Auditoria Independente reforça a fidedignidade das Demonstrações
Contábeis divulgadas pala empresa.
3- Relatório da Administração evidencia os negócios sociais e os principais fatos
administrativos ocorridos no exercício fiscal.
3.4. Conclusão FinalA contabilidade que detém todas as informações necessárias para a tomada de decisões
é pouca utilizada pelos administradores que preferem utilizar mais o seu “feeling”
criando em muitos casos danos para a empresa.
Através das informações geradas pela contabilidade é possível elaborar o planejamento
econômico e financeiro (plano de investimentos, orçamento empresarial, plano de
negócios, fluxo de caixa e outros planos que se façam necessários para a tomada de
decisões pela administração).
b) Demonstração do resultado do Exercício que serve para apurar o lucro ou prejuízo de um período podendo ser mensal, ou de acordo com as necessidades da empresa.
c) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados que serve para mostrar os Lucros/Prejuízos Acumulados e a sua destinação.
d) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido que é facultativa e quando apresentada substitui a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados que serve para informar resumidamente toda a movimentação ocorrida com as contas do Patrimônio Líquido.
e) Demonstração das Origens e aplicações de Recursos serve para identificar os fluxos financeiros que aumentaram ou reduziram o Capital circulante Líquido de um exercício a outro, evidenciando a origem dos recursos e onde eles foram aplicados.
f) Fluxo de Caixa é uma ferramenta da Administração Financeira que serve para projetar as Entradas e Saídas de Recursos Financeiros e permite ao Gestor Financeiro antecipar as aplicações de sobras ou prever possíveis faltas de Recursos Financeiros.
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Bibliografia
MARION, José Carlos, Contabilidade Empresarial. 10ª edição, São Paulo: Atlas,
2003.
NEVES, Silvério das; VICECONTI, Paulo EduardoV., Contabilidade Básica. 8ª edição,
São Paulo: Frase Editora, 2000.
OLIVEIRA,Celso Marcelo de, Manual de Contabilidade Empresarial e Societária. Rio
de Janeiro: Freitas Bastos Editora, 2006.
USP, Equipe de Professores da FEA, Contabilidade Introdutória. 10ª edição, São
Paulo: Atlas, 2006.