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1 Escola Secundária Severim de Faria Ciências Físico-Químicas Protocolo de Actividades Experimentais Ciclo do Ensino Básico António Joaquim Caeiro Ramalho Agosto 2007

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Escola Secundária Severim de Faria

Ciências Físico-Químicas

Protocolo de Actividades Experimentais

1º Ciclo do Ensino Básico

António Joaquim Caeiro Ramalho Agosto 2007

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Protocolos das Actividades Experimentais predominantemente

da área da Física

Trabalho Experimental nº 1: Mas que foguetão!

Trabalho Experimental nº 2: Fez-se Luz!

Trabalho Experimental nº 3: Teste Nervoso

Trabalho Experimental nº 4: Pilha de Limões

Trabalho Experimental nº 5: Pilha de limões

Trabalho Experimental nº 6: Pato bebedor

Trabalho Experimental nº 7: Electricidade por fricção

Trabalho Experimental nº 8: O ar tem peso!

Trabalho Experimental nº 9: A luz atravessa todos os materiais?

Trabalho Experimental nº10: Pesca magnética

Trabalho Experimental nº 11: Banco rotativo

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Trabalho Experimental nº 1:

Mas que Foguetão!

Objectivo: Demonstrar como as várias forças, quando não se encontram em

equilíbrio, provocam movimento.

Material:

1 Palhinha 1 Tesoura 1 Balão 2 Cadeiras Fita-cola

Procedimento Experimental:

1. Corta cerca de 4m de fio.

2. Enfia a ponta do fio através da palhinha.

3. Separa as cadeiras uma da outra cerca de 4m.

4. Amarra o fio à cadeira (ver figura).

5. Estica o fio o máximo possível.

6. Enche o balão e torce o lado aberto sem dares um nó.

7. Coloca a palhinha numa das extremidades do fio.

8. Fixa o balão à palhinha com fita-cola.

9. Liberta o balão

Porquê?

A lei da acção - reacção (3ª Lei de Newton) estabelece que quando o objecto é empurrado por acção de uma força este reage, por sua vez, no sentido inverso. Quando se libertou o balão, as suas paredes expeliram, o ar, por sua vez empurrou o balão para a frente, arrastando a palhinha com ele. O fio e a palhinha fazem com que este balão - foguete mantenha a sua trajectória.

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Trabalho Experimental nº 2:

Fez-se luz!

Objectivo: Demonstrar que se consegue acender uma lâmpada com uma pilha,

papéis de alumínio e uma moeda.

Material:

Papel de alumínio 1 Lâmpada (para lanterna) 1 Pilha de 1,5 V Fita-cola Metais (moeda, tesoura) 1 Mola da roupa Madeiras (tábua, colher de pau) Pedras

Procedimento Experimental:

1. Corta dois pedaços rectangulares de folha de alumínio.

2. Dobra-os de modo a obteres duas tiras estreitas.

3. Fixa as tiras a cada uma das extremidades (pólos) da pilha, com fita-cola.

4. Enrola a ponta livre de uma das tiras à volta da rosca da lâmpada e prende-a com uma mola. Verifica se a parte inferior da lâmpada (ponta metálica) não ficou tapada pelo papel de alumínio.

5. Toca com a ponta da tira de papel que ficou livre na parte inferior da lâmpada (ponta metálica) e vais verificar que a lâmpada se acende.

6. Podes repetir a experiência com outros materiais – pedras, madeira, etc. – colocando-os, por cima da tira livre e tocando com o fundo da lâmpada nesses materiais.

Porquê?

Alguns materiais são condutores, isto é, deixam-se atravessar pela corrente eléctrica, o que faz com que a lâmpada acenda. Outros materiais não permitem a passagem de corrente eléctrica, por isso a lâmpada não acende. A estes materiais chamam-se não condutores. A montagem que fizeste chama-se circuito eléctrico e é um caminho através do qual a corrente eléctrica se movimenta. A corrente só circula quando o circuito está fechado, isto é, quando a lâmpada e o material condutor estão contacto. Adaptado de: www.sitiodosmiudos.pt

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Trabalho Experimental nº 3:

Teste Nervoso

Objectivo: Percorrer o fio de cobre descarnado com o fio de cobre numa caneta sem

acender a lâmpada.

Porquê?

Quando os dois fios se tocam fecha-se o circuito, a lâmpada acende e a campainha toca.

Fio de cobre descarnado Fio de cobre introduzido

numa caneta

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Trabalho Experimental nº 4:

Pilha de Limões

Objectivo: Demonstrar que os limões podem funcionar como uma pilha.

Material:

4 Limões. 4 Placas de cobre. 4 Placas de zinco. 1 LED 5 Fios eléctricos com crocodilos nas extremidades.

Procedimento Experimental:

1- Insere uma placa de cobre e uma de zinco verticalmente em cada limão à distância de 2 cm um do outro.

2- Liga um fio eléctrico à placa de zinco e outro à placa de cobre.

3- Associa os vários limões em série, ou seja, deves ligar a placa de cobre de um dos limões à placa de zinco de outro limão e assim sucessivamente, de forma, a que os fios eléctricos que estabelecem os contactos com o LED estejam ligados a placas metálicas diferentes (ver Fig. 1).

4- Liga o fio que vem da placa de cobre (terminal positivo) da “pilha” ao terminal positivo do LED, e liga o fio que vem da placa de zinco (terminal negativo) da “pilha” ao terminal negativo do LED (ver Fig. 1).

Fig. 1

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Nota: O terminal negativo do LED é o que fica do lado em que a base redonda, de plástico, tem um corte recto (ver fig. 2).

Porquê?

O limão contém, no seu interior, sumo com propriedades químicas ácidas. Introduzindo no seu corpo, um objecto em cobre e outro em zinco, a uma pequena distância um do outro, iremos provocar uma reacção química, da qual resultará a produção de electricidade.

Fig. 2

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Trabalho Experimental nº 5:

Pilha de limões

Objectivo: Demonstrar que dois limões ligados em série conseguem “ligar” uma máquina

de calcular.

Material:

2 Limões. 2 Fios de cobre 2 Pregos zincados 1 Máquina de calcular 3 Fios eléctricos

Procedimento Experimental:

1- Insere um prego zincado e um fio de cobre verticalmente em cada limão à distância de 2 cm um do outro.

2- Liga um fio eléctrico ao prego zincado e outro ao fio de cobre.

3- Associa os 2 limões em série, ou seja, deves ligar o fio de cobre de um dos limões ao prego zincado do outro limão.

4- Liga o fio de cobre ao sítio do pólo positivo da pilha na máquina e o prego zincado ao sítio do pólo negativo da pilha na máquina.

5- Liga a máquina e verás que ela faz contas (ver figura).

Porquê?

O limão contém, no seu interior, sumo com propriedades químicas ácidas. Introduzindo no seu corpo, um objecto em cobre e outro em zinco, a uma pequena distância um do outro, iremos provocar uma reacção química, da qual resultará a produção de electricidade.

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Trabalho Experimental nº6:

Pato bebedor

Objectivo: Investigar o funcionamento do pato bebedor.

Material:

2 Tinas 2 Elevadores 2 Patos

Reagentes: Água Álcool etílico

Procedimento Experimental:

1- Monta um dos patos bebedores próximo da tina com água e outro próximo da tina com álcool, de forma, a que os patos toquem no líquido que as tinas contêm.

2- Molha a cabeça do pato.

3- Observa o que acontece.

Porquê?

O pássaro bebedor é um exemplo de motor térmico, em que uma diferença de temperaturas é convertida em movimento. O bico é feito de feltro, que absorve água quando o pássaro mergulha. A água do bico evapora-se e arrefece a cabeça, como as bilhas de barro molhado que se usam para arrefecer garrafas de vinho. A cabeça e o tubo de dentro do pássaro estão cheios de vapor invisível do líquido que se encontra na parte de baixo do corpo do pássaro. É um líquido que evapora com muita facilidade, como o éter. Quando a cabeça arrefece, o vapor do líquido condensa-se lá dentro, tal e qual como o vapor de água de uma casa – de - banho em contacto com um espelho frio. O vapor que estava todo espalhado pelo tubo condensa-se, encolhe, junta-se em pequenas gotas. Portanto, passa a ocupar menos espaço. E o líquido que está no corpo é como que sugado, para ocupar esse espaço. À medida que o líquido sobe, o centro de gravidade do pássaro muda e ele desequilibra-se, a ponto dele se inclinar para a frente. A seguir o líquido da cabeça volta a cair... E o ciclo repete-se. Nota: O pássaro não esteve exactamente a beber, mas sim a embeber o bico em água ou álcool, que se evaporam logo.

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Trabalho Experimental nº7:

Electricidade por fricção

Objectivo: Obter electricidade por fricção.

Material:

1 Balão 1 Pano de lã 1 Folha de papel

Procedimento Experimental:

1- Corta o papel aos bocadinhos pequeninos.

2- Esfrega um balão enchido numa camisola de lã ou no teu cabelo.

3- Aproxima dos bocadinhos de papel o balão.

4- Observa o resultado.

Porquê? Ao esfregar o balão, ele adquire electrões extra da camisola ou do cabelo ficando negativamente carregado. A carga negativa do balão atrai a carga positiva dos papéis, assim os papéis mantêm-se, por alguns instantes, suspensos no balão.

Adaptado de: http://ventosamudar.blogspot.com/

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Trabalho Experimental nº8:

O ar tem peso!

Objectivo: Provar que o ar tem peso.

Material:

1 Cana 2 Balões Fio

Procedimento Experimental:

1- Enche os dois balões.

2- Coloca-os um a cada ponta da cana.

3- Ata um fio ao meio da cana e segura no fio até ficar em equilíbrio (ver Fig.1).

Fig. 1

4- Em seguida, com um alfinete, fura um dos balões.

5- Observa o resultado (Fig.2)

Conclusão: O ar tem peso porque a cana desequilibrou para o lado do balão cheio de ar.

Adaptado de: http://ventosamudar.blogspot.com/

Fig. 2

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Trabalho Experimental nº9:

A luz atravessa todos os materiais?

Objectivo: Verificar os fenómenos de reflexão e da refracção da luz.

Material:

1 Laser 1 Espelho (15x10) 1 Acrílico (15x10) 1 Madeira (15x10) 1 Madeira (30x30) 1 Piton 6 Pregos 1 Berbequim de mão 1 Broca de um milímetro 1 Boneco Super cola 3

Procedimento Experimental:

1- Corta a cabeça dos pregos.

2- Põe Super cola 3 na ponta de 2 pregos e cola os pregos ao espelho.

3- Faz 2 furos num dos lados do acrílico e outros 2 num dos lados da madeira (15x10).

4- Põe Super cola 3 em cada um dos buracos.

5- Introduz em cada um dos buracos a extremidade de um prego.

6- Cola um boneco a meio da madeira (15x10).

7- Introduz o Laser num piton.

8- Faz a disposição do espelho, do acrílico e da madeira (15x10), de acordo, com a figura que se segue.

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9- Marca, com um lápis, os pontos onde os pregos tocam na madeira (30x30).

10- Com o berbequim faz os furos de forma a entrar apenas 1/4 da broca.

11- Aperta a piton com a ajuda de um alicate, de seguida, introduz o Laser.

12- Encaixa nos buracos o espelho, a madeira (15x10) e o acrílico.

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Trabalho Experimental nº10:

Pesca magnética

Objectivo: Demonstrar que à materiais que são atraídos pelos ímanes e outros não.

Material:

1 Íman 1 Lápis 1 Caixa de cartão 1 Régua Clipes Borrachas Pregos Parafusos Berlindes Anilhas Rolhas

Procedimento Experimental:

1- Coloca todos os materiais dentro da caixa e mistura-os.

2- Corta cerca de 40 cm de fio.

3- Ata uma ponta do fio à volta do íman.

4- Ata outra ponta do fio à volta do lápis. Acabaste de fazer a

tua cana de pesca magnética.

5-Utiliza a tua cana de pesca para retirares os materiais de

dentro da caixa.

O que acontece?

Só se consegue pescar alguns materiais, metálicos. Os outros continuam dentro da caixa.

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Porquê?

Todos os materiais são formados por partículas muito pequenas, chamadas átomos. Em alguns materiais os átomos formam conjuntos, que se chamam domínios magnéticos. Aos materiais que têm estes domínios dá-se o nome de materiais magnéticos. No entanto, nem todos estes domínios podem funcionar como íman, isto é, nem todos conseguem atrair outros materiais. Os ímanes só atraem os materiais que forem magnéticos. A maioria dos materiais magnéticos são metálicos. É por isso que só se conseguem pescar os clipes, os pregos, etc.

Adaptado de: www.sitiodosmiudos.pt

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Trabalho Experimental nº 11:

Banco rotativo

Objectivo: Investigar o movimento de rotação

Material: Banco rotativo

Procedimento Experimental:

1- Senta-te no banco.

2- Coloca um pé no chão, e ganha velocidade dando impulso com o pé.

3- Enquanto estiveres a rodar, abre os braços e depois fecha.

4- Observa o que acontece.

Porquê?

Um objecto em rotação não se desloca obrigatoriamente de um lado para outro. O banco rotativo mantém-se no mesmo lugar, mas move-se através da rotação. Um objecto em rotação tem um momento, designado por “momento angular”. Quando estás sentado no banco rotativo, a tua massa não se altera. Mas ao aproximares os braços do corpo o momento de inércia reduz-se porque a tua massa se aproximou do eixo de rotação consequentemente aumentas a tua velocidade de rotação. Ao afastares os braços do corpo, o momento de inércia aumenta, consequentemente diminui a tua velocidade de rotação. O momento de inércia é precisamente a resistência que um objecto oferece quando o colocamos em rotação.

A velocidade angular é apenas a velocidade de rotação (graus por segundo ou rotações por segundo).

Eis então a fórmula:

Momento angular = velocidade angular x momento de inércia

De acordo com a lei de conservação do momento angular, o lado esquerdo mantém um valor constante. Ao afastares ou aproximares a tua massa corporal do eixo, alteras o teu momento de inércia em relação ao eixo. A fórmula acima demonstra que isto só é possível, se a velocidade angular (a velocidade de rotação) mudar de direcção.

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Protocolos das Actividades Experimentais predominantemente

da área da Química

Trabalho Experimental nº 12: Densidade dos sólidos

Trabalho Experimental nº 13: Densidade dos líquidos

Trabalho Experimental nº 14: Bolas de sabão a flutuar

Trabalho Experimental nº 15: A lata que implode

Trabalho Experimental nº 16: Mensagem secreta

Trabalho Experimental nº 17: Pega - monstros

Trabalho Experimental nº 18: Sopro mágico

Trabalho Experimental nº 19: O balão mágico

Trabalho Experimental nº 20: Amido

Trabalho Experimental nº 21: Esferovite

Trabalho Experimental nº 22: Cor que vai e vem

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Trabalho Experimental nº 12:

Densidade dos sólidos

Material: Copo de vidro Pedaço de borracha Pedaço de palito Pedaço de rolha Plástico

Produtos químicos: Água Azeite Groselha Mel Álcool Etílico

Vídeo: download.avi (110 KB)

Fotos:

Procedimento:

1. Utiliza o copo com os líquidos da experiência: densidade dos líquidos.

2. Deitar os sólidos, um de cada vez, no copo.

3. Podes verificar que a madeira e a rolha ficam à superfície do álcool. O plástico coloca-se na superfície do azeite, e o pedaço de borracha fica na superfície do mel. (No vídeo ilustrativo primeiro foi adicionada a rolha, de seguida, o plástico, o palito e a borracha)

O porquê? Existem sólidos menos densos do que certos líquidos? Todos os sólidos lembram uma fase compacta, onde o arranjo das moléculas é bem definido e ordenado. Tendo em conta este aspecto é surpreendente que existam sólidos menos densos do que certos líquidos. Se não fosse assim as caravelas não flutuariam nos oceanos, e consequentemente, Vasco da Gama não chegaria à Índia. Nesta experiência, a madeira e a cortiça flutuam no álcool etílico, enquanto o plástico flutua no azeite. Por sua vez, a borracha flutua na superfície do mel. Cada objecto afunda-se até ao nível do líquido que tem maior densidade do que a sua. O objecto irá flutuar na superfície desse líquido. Os resultados desta experiência são prova de que a densidade do plástico está compreendida entre a do álcool e a do azeite. A madeira e a rolha são menos densas do que todos os líquidos utilizados. A borracha é mais densa do que o álcool, azeite e água. A densidade da borracha está compreendida entre a densidade da água e a

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do mel. Para finalizar deixo duas questões interessantes "Uma uva irá flutuar em que líquido?" "A casca da laranja flutua em que superfície? Experimenta!

Trabalho Experimental nº 13:

Densidade dos líquidos

Material:

Copo de vidro alto

Produtos químicos:

Água

Groselha

Azeite

Mel

Álcool etílico

Vídeo: download.avi (167 KB)

Fotos:

Procedimento:

1. Deita a groselha na água, de maneira, a que esta fique ligeiramente corada de vermelho. (A adição de groselha é feita para tornar mais fácil a visualização das fases)

2. Deita a solução de água e groselha no copo alto.

3. De seguida, cuidadosamente, deita o azeite na superfície da água corada. (Podes fazer a adição com a ajuda do cabo de uma colher de mesa)

4. Depois, adiciona o álcool etílico. (Podes usar o mesmo procedimento que seguiste para o azeite)

5. Finalmente, adiciona o mel.

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6. Podes verificar que o álcool fica no topo. Depois do álcool vem o azeite, a água corada e o mel.

O porquê?

Existem líquidos que flutuam em outros líquidos! Quando existem derrames de petróleo no mar, praticamente todos nós já observamos o petróleo derramado a flutuar na superfície da água salgada do mar. Entretanto, nesta experiência podemos observar a água a flutuar num fluido. Esse fluido é o mel, tratando-se do líquido mais denso de todos os que foram analisados. A água trata-se do segundo líquido mais denso dos analisados, sendo mais pesada do que o azeite e álcool etílico, e mais leve do que o mel. Por sua vez, o azeite flutua na água, sendo mais leve do que esta. O azeite não flutua no álcool sendo, portanto, mais leve do que este. Em relação ao álcool etílico, este é o líquido que apresenta menor densidade dos analisados.

Recolhendo um volume igual para cada um dos líquidos analisados, o volume recolhido de líquido mais denso seria o que apresentava maior quantidade de matéria (massa), sendo por isso o mais pesado.

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Trabalho Experimental nº 14:

Bolas de sabão a flutuar

Material: Copo Arame Jarra grande e transparente

Produtos Químicos: Água Detergente Vinagre Bicarbonato de sódio

Vídeo:

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Fotos:

Procedimento:

1. Faz um círculo com o arame. Vais utilizar esse círculo para fazeres bolas de sabão.

2. Prepara uma solução de detergente e água para fazeres bolas de sabão. (Deitar meio copo de detergente e meio copo de água)

3. Deita três colheres de bicarbonato de sódio na jarra.

4. Deita um copo de vinagre na jarra. (O bicarbonato e vinagre vão começar a reagir logo de imediato, formando-se o dióxido de carbono)

5. Depois da reacção cessar, faz bolas de sabão, tentando que estas entrem na jarra. (Não se deve fazer bolas de sabão directamente para a jarra, porque pode forçar-se o dióxido de carbono a sair)

6. Quando a bola de sabão entrar na jarra, podes verificar que vai ficar suspensa.

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7. Podes então observar vários pormenores: O tamanho da bola altera-se? A bola fica suspensa para sempre? A sua posição varia com o decorrer do tempo?

O porquê?

Por que será que as bolas de sabão flutuam nesta experiência?

Praticamente todos nós já brincamos com bolas de sabão. Entretanto, poucas pessoas tiveram a grande oportunidade de as observar de perto. As bolas de sabão são tão frágeis e leves que facilmente são arrastadas por uma brisa, ou simplesmente, rebentam logo que tocam uma superfície. Por serem muito leves, as bolas de sabão flutuam num gás ligeiramente mais denso do que o ar. Nesta experiência o gás incolor utilizado é o dióxido de carbono, produzido pela reacção do bicarbonato de sódio com o ácido acético (vinagre). O facto da densidade do dióxido de carbono ser superior à do ar faz com que este fique reservado no fundo da jarra. Quando as bolas de sabão, cheias de ar, entram em contacto com o dióxido de carbono, no fundo da jarra, ficam a flutuar neste. À medida que as bolas de sabão flutuam, o seu volume vai aumentando. Enquanto o seu volume vai aumentando, estas vão se tornando mais pesadas, afundando-se no dióxido de carbono. As bolas de sabão crescem porque o dióxido de carbono, que as rodeava, vai-se mover para o interior destas. O dióxido de carbono, por ser mais solúvel em água do que o ar, vai-se mover mais rapidamente para o interior da bola de sabão. Este facto é responsável pelo aumento do volume e peso da bola de sabão. Esta experiência é prova evidente de que o dióxido de carbono é mais denso e mais solúvel em água do que o ar.

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Trabalho Experimental nº 15:

A lata que implode

Material:

Lata de refrigerante Lamparina de álcool Tripé e grelha Prato de sopa Dois garfos

Reagentes:

Água

Vídeo: download.avi (409 KB)

Fotos:

Procedimento:

1. Verte para o interior da lata um pouco de água, enchendo cerca de 1/8 do volume total.

2. Deita água no prato da sopa até encher a parte funda deste.

3. Aquece a lata, até verificares que a água, no seu interior, se encontra em ebulição. Deixa estar a lata no aquecimento um minuto depois da ebulição ser atingida. (Deve-se deixar a água estar em ebulição, de maneira a que o efeito seja mais evidente. Tem cuidado porque estás a lidar com água em ebulição, isto é, a 100 ºC, o que pode implicar queimaduras graves. O metal da lata pode parecer frio, mas quando o tocares vais reparar que não é bem assim)

4. Com o máximo de cuidado retira a lata do aquecimento com ajuda de dois garfos. Dá uma volta de 180º, isto é, coloca a abertura para baixo e ao mesmo tempo mergulha a lata imediatamente na água do prato. (Como instrumentos de pega da lata eu utilizei dois garfos porque acho que são perfeitos para a aplicação devido à sua forma. Se tiveres espátulas próprias, muito bem, usa-as)

5. No instante em que mergulhas a lata na água contida no prato, esta comprime-se instantaneamente, ou seja, implode.

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O porquê?

Durante o aquecimento da água dentro da lata de alumínio, a temperatura da água sobe até aos 100 ºC (ebulição), sendo a sua pressão aproximadamente igual à atmosférica. Quando está em ebulição parte da água vai passar para o estado gasoso, sendo o volume interior da lata completamente preenchido por água no estado líquido em equilíbrio com o seu vapor. É de salientar que sendo a lata feita de um material bom condutor de calor e pouco espesso, a temperatura das paredes desta irá ser, praticamente, uniforme.

Quando se inverte a lata, o líquido que estava no fundo passa a ocupar o orifício não deixando que o vapor de água se escape. Isso pode ser explicado pela diferença de densidades entre a água líquida e o vapor.

Ao mergulhar a lata invertida na água, que se encontra a uma temperatura menor (20 ºC), isso causará um decréscimo brusco na temperatura, tanto na própria água líquida como nas paredes da lata. O vapor em contacto com a superfície da lata e com o líquido, que foram subitamente arrefecidos, condensa rapidamente.

É sabido que um determinado número de moléculas, no estado gasoso, ocupa maior volume do que o mesmo número de moléculas no estado líquido. Isso é explicado por haver muito maior espaço entre as moléculas de um dado composto, quando este está na forma de gás. Como grande parte do volume interno da lata estava preenchido por vapor de água, a condensação deste irá implicar um abaixamento de pressão brusca.

A lata irá comprimir até ser atingido um novo estado de equilíbrio, concordante com a diminuição de pressão. Isto é, quando o vapor condensa vai haver um certo espaço deixado por este que tem de ser preenchido. Como a lata não oferece grande resistência, ela implode até compensar a diminuição brusca de pressão. A lata não se comprime mais porque a água fria também compensa a diminuição de pressão, se a lata fosse feita de um material mais forte iríamos ter só água a entrar no interior da lata.

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Trabalho Experimental nº 16:

Mensagem secreta

Objectivo: Escreve-se uma mensagem incolor numa folha de papel que depois é revelada

Material e reagentes:

Folha de papel Cotonete ou pincel Difusor Solução de fenolftaleína Solução de hidróxido de sódio (0,1 mol/dm

3 é suficiente) ou solução saturada de hidróxido de cálcio

Procedimento experimental:

1. Escreve-se com um cotonete ou um pincel uma mensagem numa folha de papel, utilizando uma solução incolor de fenolftaleína.

2. Revela-se essa mensagem borrifando com uma solução de hidróxido de sódio o papel.

3. A mensagem fica com a cor carmim.

Explicação: A fenolftaleína é um indicador que fica carmim na presença se soluções básicas neste caso uma solução de hidróxido de sódio. Assim, quando se adiciona uma solução dessa base à mensagem escrita com fenolftaleína, esta fica carmim.

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Trabalho Experimental nº 17:

Pega - monstros

Material e reagentes: Copos Varetas de vidro ou de madeira Totocola Solução aquosa de borato de sódio a 4 % Corantes alimentares de várias cores Luvas de protecção Óculos de segurança

Procedimento experimental:

1. Deitar cerca de 25 ml de cola num copo e 20 ml de água, misturando bem.

2. Acrescentar 3 a 5 gotas de corante.

3. Adicionar 5 ml de solução de borato de sódio e misturar bem. E está pronto!

Explicação: A mistura da cola com o borato de sódio forma um polímero de silicone com propriedades surpreendentes.

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Trabalho Experimental nº 18:

Sopro mágico

Material:

Copo de precipitação Erlenmeyer Palhinha Solução saturada de hidróxido de cálcio Fenolftaleína Agua destilada

Procedimento:

1. Coloca num copo de precipitação cerca de 20 ml de solução aquosa de hidróxido de cálcio;

2. Adiciona a esta solução 2 ou 3 gotas de fenolftaleína;

3. Com a ajuda da palhinha sopra para a solução e observa.

Explicação: Nesta experiência podemos estudar algumas das propriedades do dióxido de carbono quando sopramos, por uma palhinha, para uma solução de hidróxido de cálcio também chamada água de cal. O que acontece é que um dos gases que exalamos é o dióxido de carbono (CO2), que é produzido no nosso organismo por reacção entre o oxigénio inspirado e a glicose. Além do dióxido de carbono forma-se ainda vapor de água e liberta-se energia. O dióxido de carbono é um gás incolor ligeiramente solúvel em água que, na solução referida reage, tornando incolor a solução inicialmente cor-de-rosa. Quando sopramos para o copo de precipitação, a água de cal fica leitosa, ou seja, provocamos uma reacção química por acção do sopro.

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Trabalho Experimental nº 19:

O balão mágico

Introdução: Quando o ácido do vinagre reage com o bicarbonato de sódio forma-se um gás, o dióxido de carbono. É com este gás que vais encher um balão.

Material: 1 Garrafa de plástico de 50 cl 1 Garrafa de plástico de 1 l 1 Colher de café 1 Copo de medidas 2 Balões

Reagentes:

Vinagre Bicarbonato de sódio

Procedimento:

1. Mede 100 ml de vinagre e coloca-o na garrafa.

2. Coloca 3 colheres de café (aproximadamente 5,5 g) de bicarbonato de sódio dentro do balão.

3. Prende o balão ao gargalo da garrafa.

4. Faz com que o bicarbonato de sódio que está no balão caia para dentro da garrafa. Observa sem agitar a garrafa.

5. Repete a experiência utilizando uma garrafa de plástico de 1 l.

O que acontece ….

O balão enche sozinho e fica mais cheio quando se usa a garrafa mais pequena.

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Explicação:

O ácido do vinagre, chamado ácido acético, reage com o bicarbonato de sódio, formando um gás chamado dióxido de carbono (CO2). O gás fica preso dentro da garrafa e enche o balão. Quanto maior for a garrafa mais espaço existe para o gás que se formou. É por isso que o balão da garrafa maior enche menos porque o gás fica dentro da garrafa e não sobe para o balão. No caso da garrafa mais pequena, o gás não tem espaço dentro da garrafa e tem, por isso, de subir para dentro do balão.

Trabalho Experimental nº20

Amido Material e Reagentes Farinha maizena; Agua; Tina de Vidro; Colher; Vareta.

Procedimento 1. Deitar água numa tina de vidro e adicionar farinha maizena ate que a mistura fique suficientemente espessa. 2. Bater com uma colher sobre a superfície e observar o que acontece. 3. Colocar uma colher suavemente sobre a superfície e observar o que acontece. 4. Colocar um pouco da mistura sobre as mãos e moldá-la ate se obter a forma de esfera, depois largar e ver o que acontece.

Explicação A mistura é líquida mas ao sofrer uma força externa, reage mais como se fosse sólida. Se a colher bater com força não afunda, pois recebe da mistura força suficiente para anular o seu peso. No entanto, se a colher for colocada suavemente, a força que troca com a superfície fica menor e a mistura volta a comportar-se como líquido. Sem força suficiente para anular o seu peso, a colher afunda. Substâncias fluidas, em que a sua viscosidade aumenta quando submetidas a forcas externas, são chamadas fluidos nao-newtonianos. No caso da mistura coloidal de amido com água, as partículas de amido friccionam umas nas outras quando tentam mover-se, causando a sua alta viscosidade. Quando fazemos força externa sobre este colóide, o atrito entre as partículas cresce bastante a ponto de oferecer uma resistência muito maior do que a esperada e faz com que a mistura liquida mais pareça um sólido.

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Trabalho Experimental nº21

A esferovite que desaparece

Material e Reagentes Uma tina de vidro; Acetona; Tiras de esferovite.

Procedimento 1. Colocar dentro de uma tina de vidro uma boa quantidade de acetona. 2. Empurrar a esferovite para dentro da tina. 3. Quando a esferovite estiver reduzida a pouco, retirar a “pasta” residual da mesma da acetona e deixar secar.

4. Agitar o lenço, com a ajuda da pinça metálica, ate que a chama se extinga.

O que acontece? A esferovite vai desaparecendo.

Explicação A acetona destrói as ligações entre as moléculas e liberta todo o ar aprisionado dentro das bolhas de esferovite.

Trabalho Experimental nº22

A cor que vai e vem

Material e Reagentes Balança; Vidros de relógio; Espátulas; Proveta; Erlenmeyer; Glicose; Hidróxido de potássio; Solução alcoólica de metileno.

Procedimento 1. Dissolver, no balão de erlenmeyer, 4 g de hidróxido de potássio em 150 ml de água. 2. Adicionar 5 g de glicose à solução do balão de erlenmeyer. 3. Juntar algumas gotas de solução azul-de-metileno ate que a solução fique nitidamente azul. 4. Aguardar ate que a solução fique incolor. 5. Agitar o balão até que a solução fique novamente azul.

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O que acontece? O balão vai mudando de cor, à medida que o agitamos e que o deixamos de agitar. Explicação:

A reacção envolve a redução do azul-de-metileno por uma solução alcalina de glicose. Quando se agita a solução, o produto reduzido, e reoxidado a azul-de-metileno.