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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE ALINHAMENTO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO / I 711.4098153 159 PAL - \ PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Secretaria Municipal de Urbanismo Superintendência de Projetos

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE

PROJETOS DE ALINHAMENTONA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

/I

711.4098153159PAL

-

\PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIROSecretaria Municipal de UrbanismoSuperintendência de Projetos

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PRO~ETOS DE ALINHAMENTONA CIDADE DO RIO DE ~ANEIRO

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Ficha CatalográficaCatalogação na fonte pela Biblioteca do IBAM

Manual para elaboração de Projetos de Alinhamento na Cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, IBAM/CPU,PCRJ/SMU, 1996.

1. Desenho urbano - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. 2. Urbanismo - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. 3. Projetosurbanos - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro. 4. Projetos de Alinhamento. I. Rio de Janeiro (cidade). Prefeitura Municipal.Secretaria Municipal de Urbanismo. 11. Título.

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César MaiaPrefeito da Cidade do Rio de Janeiro

Luiz Paulo Fernandez CondeSecretário Municipal de Urbanismo

Ana Luiza Petrik MagalhãesSuperintendente de Projetos

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SMU/, ITYOOA! iA "UIKIPAL DE U~~~O

Este trabalho foi elaborado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Urbanas do IBAM sob a supervisão- IEO.IIlCUlÇOlrrtSuperintendência de Projetos da Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura da Cidade do Rio de J c(.).@H;€l - I

I REFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, cretaria Municipal de Urbanismollperintendência de Projetos

INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPALCentro de Estudos e Pesquisas Urbanas

Victor Zular ZveibilDiretor do CPU

.PROGRAMAÇÃO VISUAL

Francisco Dinizna Luiza Petrik Magalhães. Arquiteta;lIperintendente de Projetos. SMU

I Ivia Pozzana. Arquiteta1\') essora

I'odro Jorgensen JÚnior. Arquiteto( ()ordenador da SPR/CPU

Alberto Costa Lopes. Arquiteto e UrbanistaCoordenador

Maria Paula Albernaz. Arquiteta

Paula Azevedo Guedes. Arquiteta

REVISORA

Cláudia Ajúz

Janine Motta Duarte. Advogada

Toshio Mukai. Advogado

José Kocerginsky. Engenheiro CivilMaria Regina Pinho de Sá. Arquiteta

I uro Barbosa Leite Filho. Arquiteto

.1 sé Aureliano da Cunha Neto. Engenheiro

I\ntonio Gonçalves JÚnior. Engenheiro

Maria Terêsa Tapajós. Apoio Técnico·administrativo

Denise Correia Pacheco. Digitadora

Fernando Cesar Oliveira Innecco. Di ilndll/Marcelo Braga Mendes de Vasconcellos. Arquiteto

Juliana Sucupira Costa Lins. Estagiária de Arquitetura

'J ndra Maria Geraldo da Silva

Il gina Célia Assis Freitas Lúcia Antunes Correa. Valéria Guedes. Paulo Roig. Válter Climaco. Luis Antônio de Sá e Elizabeth Barbosa, doSuperintendência de Parcelamento e Edificações da Secretaria Municipal de Urbanismo; Marlene Ettrich. MartBoynard de Vasconcelos e Paulodo Nascimento, da Superintendência de Planos Locais da Secretaria Municip I IiUrbanismo; PedraTeixeira, da Superintendência de Planejamento Urbano da Secretaria Municipal de Urbani mo: I IdolMaria Werneck Gonçalves. da Divisão de Documentação da Secretaria Municipal de Urbanismo; Carlos Dias cJosé Rui da Silva Lemos, do Departamento Geral de Vias Urbanas da Secretaria Municipal de Obras; Ricardo K 11 IILinhares, da Divisão de Próprios Municipais da Secretaria Municipal da Fazenda;Cláudio Gosling, da SERLA:José Paes Leme, do DER/RJ;e todos aqueles que contribuíram com informações para este Manual.

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NTAçÃe

o conjunto de manuais técnicos que ora apresentamosbusca oferecer diretrizes e parâmetros na encomenda e naelaboração de projetos, seja para profissionais de arquitetura.de urbanismo e de engenharia como à população em geral.

A ausência de informações e subsídios que orientem aquelesque procuram saber as dimensões, qualidade e quantidadedos espaços. equipamentos necessários, suas relaçõesinternas e com o entorno quer se trate do projeto de umaedificação ou de uma determinada intervenção urbanística.tem inibido uma conduta correta e eficaz na realização deprojetos públicos e privados.

Nossa intenção foi. pois, a de reunir. nestes manuais,informações sistematizadas e que facilitem o entendimentodos programas. Com esta finalidade, foram consultadosdiferentes organismos públicos municipais. estaduais efederais bem como documentos que. de algum modo.julgamos importantes para este trabalho.

Não pretendemos, aqui, esgotar toda a gama de assuntos quecompõem os temas tratados. nem impor normas ou padrõesrígidos - que com o passar do tempo poderão vir a se tornarobsoletos. estando sujeitos à revisão - mas auxiliar a quem vierconsultá-Ios naqueles aspectos que nos parecem maissignificativos no trato destas questões.

Inicialmente foram elaborados quatro manuais: os destinadosaos projetos de Saúde. de Educação, de implantação deMobiliário Urbano e de Projetos de Alinhamento.

o presente manual fornece um resumo das principaiscaracterísticas e aplicações do Projeto de Alinhamento.instrumento quase centenário. intimamente ligado aodesenvolvimento urbano do Rio de Janeiro.

Esperamos que as informações e esclarecimentos aqui contidospossam ajudar os profissionais na solução de problemasenvolvendo a gestão dos espaços públicos da Cidade.

luiz Paulo Fernandez CondeSecretário Municipal de Urbanismo

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II IJlOjeto de Alinhamento no Rio de Janeiro 13I IllOjeto de Alinhamento e sua aplicação: recuo e investidura................................. 1410110 a pena saber.......................................................................................................... 17

Alinhamento ,. 17Logradouro público 17ervidão de passagem . 17

1'lOjeto de Alinhamento e projeto viário 18I', >jeto de Alinhamento e projeto de loteamento 20\oIle a pena saber 22

Evolução do Projeto de Alinhamento no.Rio de Janeiro 22

Análise da situação existente 31( nsulta à legislação vigente 36I ",colha de critérios de projeto 38

I imensionamento de seções-tipo 41I'raçado de cruzamentos e esquinas 46Iraçado de curvatura das vias 46

Aceitação e reconhecimento de logradouro público 47Destinação de áreas públicas................................................................................... 48Alienação de áreas públicas 49Desapropriação 50Uso especial de bens públicos 51

- Sistema de Projetos de Alinhamento 53- Processo de gerenciamento dos Projetos de Alinhamento 54

- Glossário................................ 59- Legislação de referência 63- Lista de siglas 65

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ODUÇÁO•• fii •••• 1il

das cidades brasileiras, o Rio de Janeirosituação peculiar no que diz respeito ao

ua malha urbana. Espremido entre aso mar, e apresentando terras alagadiças eítio significou para a expansão da cidadeà implantação de uma malha viária regular.

1111111 11\1, G-oimediata ou progressiva, os PAs111\1111 1II1 I r rmação e o desenvolvimento da rede de1 '1'11111 )', "LI licos da cidade. Quanto à técnica utilizada,I 111\1 IlltI ill ular da rede de ruas tornava impossívelI II 1/11111 I (11 de recuos nas ruas existentes sob uma

11111 rir ',1 IIIIV . Comente um instrumento cuja forma deI I11 til tiO r se gráfica viabilizaria sua implantação.

A rede de PAs generalizou-se de tal modo no Rio de Ja-neiro, a ponto de ingressar na cultura urbanística dacidade como um dado quase que "natural". A partir dadécada de 70, com a determinação, através da legislação,que todo licenciamento de obras estaria condicionado àobservância de alinhamento projetado, estabeleceu-seuma norma implícita de que toda rua da cidade tem oudeve ter o seu PA.

o Projeto de Alinhamento, como um instrumento deplanejamento urbanístico, é utilizado em outras cidadesbrasileiras, mas não com a intensidade e a particularidadeda forma de apresentação gráfica do PA do Rio de Janeiro.

Há exemplos de cidades que utilizam o Projeto deAlinhamento associado a planos viários, como reserva defaixas para implantação de importantes eixos, ou de modomais generalizado, mas na forma descritiva da legislação.

A intensidade e o período já bastante longo em que vêmsendo utilizados os PAs no Rio de Janeiro e a importânciaque foi assumindo como instrumento de formação doslogradouros públicos, geraram entendimentosdiferenciados sobre a sua natureza e a sua aplicação.

o propósito deste Manual é esclarecer conceitos relativosao PA, estabelecendo uma metodologia e criando padrõestécnicos para sua elaboração. O Manual visa oaperfeiçoamento do sistema de planejamento e dosmecanismos de gestão da rede de logradouros públicosda cidade.

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SMU/NITSfCaHAllA IWNKI'Al DE URBANW'tOMfO Df IHfOlHAÇ8r:~ rt 100

IIlt v do de Alinhamento - PAA, ouII I1I1 I A como é mais conhecido, é um11111d intervenção urbanística especialmente

li I 11) pl nejamento e implantação dos"I)' (vi s e áreas públicas em geral) da cidade.

I 111',cJ Alinhamento podem ser realizados porII I pLlblica ou particular. A maioria dos PAs

1.111' I r iniciativa da Prefeitura visa o alargamentoJ 1'.[ ntes ou a abertura de novas vias em áreas já111.1:, ou semi-urbanizadas. São caracteristicamente

um PA para cada rua ou trecho de rua. AlgunsI' d urbanização de iniciativa municipal, porém,

'IIIII.lm o redesenho da malha viária em uma áreaIII!, da cidade. De modo geral, destinam-se à

IlldÇão a médio e longo prazos.

" ele iniciativa particular aprovados pela Prefeitura1IIIundos de projetos de novos loteamentos.IJlllam quase sempre características de malha e são

11I11'ldos,pelo loteador, no curto prazo.

I1 Iderados em conjunto, os Projetos Aprovados dei1ll1nento, instituídos legalmente até o momento por

1I Ia ou Resolução mediante delegação do Prefeito,Itllllmam o sistema de logradouros projetados da

"lltl , em processo de unificação na Planta de1I1111í1mentosProjetados (Decreto n~13.757/95).

li de de PAs determina sobre a malha urbana existenteJllllção do espaço urbano que abriga ou que deve estar

I '1Iinadaàs funções do trânsito público, compreendendo111'"praças, jardins públicos, becos, avenidas, passagensIr I edestres, etc.

principais funções do PA no planejamento da rede deIlllJladouros públicos podem ser descritas como:

• reservar, sobre o território, a quantidade de espaçonecessária para o trânsito público, (de especialimportância, por exemplo, para o tráfego de veículos).

• estabelecer alguns dos parâmetros de dimensionamentobásicos dos espaços públicos (localização das praças,seção dos logradouros, largura das calçadas, geometriadas esquinas).

o Projeto de Alinhamento é um instrumento, em geral.de aplicação progressiva, a longo prazo. No tempo quedecorre entre sua aprovação e a total implantação dologradouro, o PA tanto cria impactos sobre o dinamismoda urbanização como sofre seus efeitos. A corretaaplicação do PA exige, portanto, o contínuo gerenciamentoda rede planejada e o acompanhamento do processo detransformações da rede urbana existente.

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PA para uma área

- • - • - alinhamento projetado_ _ _ _ meio-fio projetado- - - - meio-fio existente

- • - • - PA existente não alterado--- PA proposto- - - - meio-fio existente- - - - meio-fio proposto

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o PROJETO DE ALINHAMENTO E SUA APLICAÇÃO:RECUO E INVESTI DURA

o Projeto de Alinhamento determina, para um logradouroxistente ou para o conjunto de logradouros de uma área

urbana, um novo desenho. As alterações mais freqüentesão o alargamento de vias urbanas e a abertura de novas

vias. Há casos, porém, em que o ajustamento geométricodo logradouro determina o seu estreitamento em algunstrechos.

O alargamento de um logradouro, bem como a àberturade novas vias, se dá pela incorporação ao espaço públicode terras de propriedade privada. Quando doestreitamento de um logradouro, se dá o processo inverso,áreas públicas são incorporadas à propriedade privada.Esses dois procedimentos, respectivamente denominadosrecuo e investidura, constituem os mecanismos básicosde implantação dos Projetos de Alinhamento.

Por se tratar de uma medida que interfere no direito depropriedade, o PA pode ser considerado um instrumentoauxiliar de política fundiária, cujos principais objetivos sãoo planejamento viário e urbanístico.

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----------- ---

Embora a propriedade privada possa ser tida comopropriedade particular (não pertencente ao PoderPúblico), usualmente é considerada pela suadestinação a um fim, abrangendo a propriedadeparticular e a propriedade de uso exclusivo para osserviços do Poder Público.

Recuo é a incorporação ao logradouro público de umaárea de terreno de propriedade privada e adjacente aomesmo logradouro, com o fim de executar um Projetode Alinhamento ou de modificar um alinhamentoaprovado pela Prefeitura.

A área atingida pelo Projeto de Alinhamento, destinadaa ser incorporada ao logradouro público, é chamada áreade recuo, servidão de recuo ou, abreviada mente, recuo.

O estabelecimento de recuos sobre as propriedadesprivadas implica limitações ao direito de construir. Adefinição dos recuos é o principal fundamento do PAcomo instrumento de política urbanística. Através dosrecuos, o Projeto de Alinhamento assegura que as terrasprivadas, destinadas a incorporar-se ao domínio público,não tenham sua desapropriação encarecida, ou mesmoinviabilizada, pela existência de benfeitorias.

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1111110 não são construídas novas edificações ou não ocorre1I () rundiária no terreno privado atingido, a área de recuo11 lvilda, sujeitando-se às restrições edilícias estabelecidas/I',ltlção para construção.

lil <I Janeiro. as restrições edilícias para áreas de recuoI • I belecidas no Decreto n~ 8.048/88. Somente são

1111111(/ s nas áreas de recuo obras de reforma e modificações,,I, (Iue mantidas as características externas e a volumetria"11i ação.

",10 a área de recuo não atinge a edificação, o recuo é, cução obrigatória no caso de obras de acréscimos na

11, ,/(;ão. (art. 74 § 1º do Decreto nº 8.048188).

1'11)/ to de Alinhamento é implantado à medida que os recuos., I rocessados. progressivamente. vinculados ao

II I Ilciamento de iniciativas imobiliárias privadas. ou, de111' Ili to, através de desapropriações promovidas pelaI' II itura.

1'lOjeto de Alinhamento não determina a mudança imediata11 II()mínio das parcelas de terreno atingidas, que permanecemIi)I li iedade privada, no momento de sua aprovação. Somente11/11 processamento do recuo. essas áreas atingidas por um

I-'11J\ to de Alinhamento passam ao domínio público.

1111RENÇA ENTRE RECUO E AFASTAMENTO FRONTAL

1'111 vezes o afastamento frontal é confundido com oIr I lIO. Apesar de ambos constituírem-se em áreasnon/, (/ificandi, suas finalidades e efeitos jurídicos são"Iv rsos.

I) fastamento frontal é uma mera limitaçãolllbanística ao direito de construir. Constitui-selI! nas em uma limitação de ocupação do terreno.II i1do o afastamento frontal. o proprietário do terrenoIlIlvado continua com domínio e posse sobre a faixa11111gida,sobre a qual apenas não poderá edificar.

DIFERENÇA ENTRE RECUO E FAIXA DEPROTEÇÃO

As faixas de proteção também são confun i 1'1'com o recuo. Apesar de ambos constituírem-s 111

restrições edilícias de natureza urbanística. U

finalidades e efeitos jurídicos são diversos.

A faixa de proteção é uma limitação urbanrstiao direito de construir. imposta por diferentórgãos do Poder Público, em geral em funç~de necessidades requeridas para prestação dum serviço. A faixa de proteção não implicrestrições ao direito de propriedade. Fixada p Iórgão interessado. o proprietário do terreno privadcontinua com o seu domínio e posse sobre a ároatingida, sobre a qual impõem-se condições parocupação.

Existem faixas de proteção que re-string 1

totalmente (faixas non aedificandi) e aquelas qurestringem parcialmentefa construção.

As faixas de proteção non aedificandi sãoidentificadas frequentemente em plantas comoFNA.

FMP= faixa marginal de proteçãoFNA = faixa non aedificandi

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.•.qo.~~~~'~ *1i, TM\UM2t·I il;[~<"'J~ 10JA'lúll~*.ilMTUljl!'- _ . . .; E"m geral, nas faixas de rbteçao non aedJflcandl podemI s~'fII'ffl~'~"t3:. " +os púb~cos, sendo inclusiveL_··"retumern:lâtJ e-S't"êi.'I'p'ô-r.'Jé ocupaçao.

Grandes faixas de proteção sem utilização, conformedestinação específica de projeto, acabam sendoinvadidas, tornam-se inseguras para os transeuntesou ainda transformam-se em depósito de lixo.

Distintamente da faixa de proteção, que é de domínioprivado, a faixa de domínio é de domínio público, sendoadministrada pelo órgão rodoviário responsável pelaestrada. Compreende a área ocupada pela rodovia, suasinstalações correlatas e faixas adjacentes legalmentedelimitadas.

Investidura é a incorporação, aos imóveis contíguos, deuma parcela de terreno público que não possa terutilização autônoma em decorrência de suas dimensões,formato ou localização. (art. 291 do RGCAF). Trata-se deuma forma especial de alienação de um bem público aum adquirente exclusivo, ou seja, da transferência pelojusto valor do bem, independentemente de licitação, parao proprietário lindeiro.

-"-1-''-''-- 1- - - -I- - _ --l- __ 1- -

A investi dura se aplica exclusivamente à árearemanescente ou resultante de uma obra ou projetopúblico, que seja inaproveitável, isoladamente, para fimde interesse público. O Projeto de Alinhamento não é ,portanto, o único ato da Prefeitura a definir áreas a sereminvestidas. Qualquer obra ou projeto público de retificaçãoou abertura de logradouros públicos pode resultar emremanescentes de terrenos públicos adjacentes apropriedades particulares, sujeitando-se à investidura.

A investidura mais comum é a frontal, mas pode serlateral ou mesmo de fundo quando se abre ou sealtera via pública contígua a essas divisas do lote.

A investidura se constitui em um ato compulsório para oproprietário lindeiro. O Poder Municipal impõe a aquisiçãoda área de investidura indicada no Projeto de Alinhamentoquando da construção de novas edificações, demodificação nos prédios e de alteração fundiária noterreno.

RESTI TVIcÃoDE ÁREA

Il!PA22PA

...J'1 r,-,U~,

No Rio de Janeiro, as licenças para construç I'

ou acréscimo de edificações e a aprovação dtloteamento só são concedidas ao proprietáll/'após a investidura, no caso dos imóveisestarem sujeitos a ela.

O proprietário lindeiro, por sua vez, pode requ II I

a qualquer momento à Municipalidade a aquisiç'llde área sujeita à investidura. Cabe ao órg 111

responsável pelo Patrimônio Municipal julgar s "faixa pretendida atende às condições par-ainve III

Quando existir mais de um imóvel adjacente a UI1III

área a investir, a regra a ser adotada, sempre qlll

possível, será de dividir proporcionalmente e \.1área pelas testadas dos imóveis lindeiros ant .da efetivação da investidurél.

No caso de revisão do Projeto de Alinhamento, "aquisição da área de investidura não é imposta aiproprietário lindeiro se esta originou-se de Ulll

recuo processado, anteriormente, em seu própri(imóvel. Ocorre a devolução da parcela de terren(ao seu antigo proprietário, caracterizando-se umilrestituição de área.

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f J lermo alinhamento, originalmente, designava aJIrJvidência, por parte da Câmara Municipal, para amenizar,li ,'i .ontinuidades e irregularidades na linha de fachada dasI I/I! truções e para regular a largura das ruas. Fazer,llill7amento assumiu um novo caráter no século XIX,'lI/lindo o processo de urbanização se intensificou e quando,I ,'()freram mudanças no tratamento fundiário das cidadesIIJIIsileiras.Com a definição da compra e venda como forma, u/lente de aquisição e alienação de terras, tornou-se/lllwescindível demarcar os limites dos terrenos, resultando111/ flumento de pedidos de alinhamento e surgimento delIuvas regulamentações a seu respeito.

IllIidicamente, o alinhamento é a linha demarcada,til 11 ovada pela autoridade competente, limitando os tem3nos,li! ropriedade privada e o logra douro público.

('()m a generalização dos PAs no Rio de Janeiro e a111 cessidade de se administrar a implantação do grandeIII/mero de recuos, tornou-se prática corrente na cultura'/(Iministrativa da Prefeitura do Rio, a distinção entre o,lllIlhamento existente, a linha formada pelo conjunto das1I sladas dos lotes segundo o seu alinhamento original, e o'///I7hamento projetado, correspondente à nova linha queIlIi aprovada pelo Poder Público.

rIln/'- U·~·- './ - - _. - - - - - ~~ - -- - ~

ALINHAMENTO ALINHAMENTOI"'ROJETADO R U A EXISTENTE~~ ~,:-....,- -f; •.-pl

,/.U

Logradouro público é a denominação genérica dequalquer rua, avenida, alameda, praça, largo, travessa,beco, jardim, ladeira, parque, viaduto, ponte, galeria,rodovia, passagem de pedestre, estrada ou caminho,de uso comum do povo. O logra douro público abrangea quase totalidade de espaços destinados ao trânsitopúblico.

O logradouro público compreende, além de outrasáreas, as vias de circulação. Juridicamente, são viaspúblicas aquelas que, por direito de propriedade,pertencem ao Poder Público e aquelas que, mesmoestando em propriedade particular, são gravadas de umaservidão de uso público. No Projeto de Alinhamento sãotratadas as vias públicas de domínio público, mesmoque se tratem de passagem de pedestres.

As vias particulares de grupamentos deedificações, entre elas as vias internas decondomínios particulares e as ruas de vilas, nãosão objeto de PAs.

c=J Propriedade privada

Logradouro público

SMU/NITSEcvrAlllA ItUItONl DE YUAi11StfO

- r!~}O!it"'.{l\ rrotiOs JSERVIDA O DE PASSAGEM ~_._

Servidão de passagem não é instituída por Projetos deAlinhamento, pois não define limitação entre áreas dedomínio público e propriedade privada, comologradouros públicos. Justifica-se a elaboração ou revisãode Projeto de Alinhamento somente no caso datransformação da servidão de passagem em logradouropúblico

A servidão de passagem é o ônus que se estabelecesobre um imóvel para permitir o trânsito na suapropriedade. Pode se dar por servidão particular, quandoenvolve apenas cidadãos comuns, e não a AdministraçãoPública, ou por servidão administrativa ou pública,quando o ônus imposto a um imóvel privado éestabelecido em favor de um serviço público ou com ofim de utilidade pública Em ambos os casos, o domíniodo imóvel sujeito à servidão de passagem permaneceprivado.

Uma situação de fato (o trânsito constante ao longo dotempo por uma propriedade particular) pode dar origemao surgimento de uma servidão de passagem, que éregularizada pela Administração Pública. através deprocedimento semelhante à desapropriação, o qual seinicia pela declaração de utilidade pública (art. 40 doDecreto-lei n° 3.365/4 7).

Q[JD DG

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Os Projetos de Alinhamento estão geralmente articulados aos projetos viários, bemcomo aos projetos para praças e outros tipos de espaço público. Projetos deAlinhamento e projetos viários se complementam. ;

A necessidade de ampliar a capacidade da rede viária instalada no Rio de Janeiroconferiu ao Projeto de Alinhamento um papel privilegiado no planejamento viário. Amaioria dos PAs foi elaborada para restringir a ocupação dos lotes e glebas por ondedeveriam passar vias. Resulta que grande parte da rede de PAs do Rio de Janeiro seapresenta integrada a um projeto viário.

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alinhamento projetadomeio-fio projetado

- - - - meio-fio existente

o uso intensivo do PA como instrumento de reforma, a médio e longo prazo, darede viária do Rio de Janeiro, de modo a adaptá-Ia às demandas do tráfegourbano, pode ser considerado o aspecto mais característico do atual sistema delogra douras projeta dos da cidade.

No entanto, Projetos de Alinhamento e projetos viários são de natureza diversa e têm18 existência independente nos planos técnico, jurídico e administrativo.

O Projeto de Alinhamento indica a posição do logradouro pú.blico na trama urbana,isto é, estabelece que uma dada porção do território urbano está destinada a abrigaras funções do trânsito público, quer se trate de passeios, pistas de rolamento, ciclovias,canteiros, praças.

O projeto viário define, em detalhes, o projeto geométrico dos elementos contidos nologradouro, isto é, de pistas de rolamento, calçadas, praças e canteiro central. Seuproduto visa a futura elaboração do projeto executivo da via pública.

TESTADA

rOLOn:

Projeto de Alinhamento

I CANTI:IRO~ 8 I ~ 8 CENTRAL~<~:~<~if~1 if~

CONVENC'OES

- - - - MEIO 1'10 (~IS1W1E

-- MEIO FIO REBAIAAOO

__ MEIO no PROXIAOO

+00\ 10.00 ?--cr 10.00 ?.oq" , , ,-{'--

É conveniente que o Projeto de Alinhamento seja elaborado integrado ao projeto viário .Deve-se levar em conta, no entanto, que o projeto viário, freqüentemente, não semantém atualizado ao longo do tempo que decorre desde a aprovação do Projeto deAlinhamento à sua aplicação, seja por obsolescência do próprio projeto seja poralterações significativas do ambiente urbano. ~m muitos casos, a não observânciadeste critério tem levado à aplicação de Projetos de Alinhamento que há muito perderamsua razão de ser em função de novas necessidades de trânsito.

A correta compreensão de como se articulam Projeto de Alinhamento e projeto viárioé de grande importância para a gestão da rede dê logradouros projetados da cidade.

A adequação permanente da rede de logradouros projetados ao plano viário (comseus projetos específicos) é a principal tarefa a ser executada pelo setor responsávelpela elaboração e revisão de Projetos de Alinhamento (U/SPR/CPU).

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I IIIIt1Ção de um Projeto de Alinhamento antes da execução de um projeto viário'11111

, !Jurar que não sejam realizadas benfeitorias nas parcelas de terrenos destinadasI 'I m incorporadas ao logradouro público futuramente, mantendo-se baixos os

1I 10" de desapropriação.

/11 11Iocesso de planejamento, pode ser conveniente que o PA seja aprovado antes ellil, p ndentemente do projeto da via. O Projeto de Alinhamento para abertura de umIil IV!) logradouro ou ampliação de um já existente pode deixar de apresentar elementosli I IllOjeto geométrico da via. Neste caso, projeta-se o futuro logradouro com baseI1I p râmetros dimensionais típicos dos seus elementos constitutivos (raios mínimos,1I .I de trânsito, largura de calçadas, etc.). estabelecendo apenas a sua largura total.

I I) caso, por exemplo, do PA 8.997, referente ao Plano-piloto da Baixada deIII di paguá.

CONSTITUiÇÃO DA VIA PÚBLICA DISSOCIADA DO PROJETO DEALINHAMENTO

A rigor, a existência de um Projeto de Alinhamento não é condição indispens v I 'execução de uma nova via pública, no caso das vias abertas pelo Poder Público. Un11nova via pública se viabiliza mediante desapropriação ou qualquer outra forma previ l'lem direito (aceitação de doação, permuta).

A execução de obras viárias emergenciais pode prescindir da existência prévi dum Projeto de Alinhamento, uma vez que a Municipalidade tenha adquirido as tel rnecessárias para sua implantação mediante desapropriações. É o caso de intervenç' lJviárias em que muito pouco tempo decorre entre a concepção do projeto viárioexecução da via pública. O PA poderá ser elaborado posteriormente, estabeleceluma nova configuração para a rede de logradouros.

Nesse. caso, a elaboração do Projeto de Alinhamento posterior à execução doprojeto viário permite:

• retificar o alinhamento proposto no projeto viário, estabelecendo uma norma,por exemplo, para futura ampliação da largura da via.

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Traçado inicial da via definidopelo projeto viário

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PA retificando o traçado da via, em funçda caixa de rua já existem ,

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(---~.~~~ .•.~"-;, "'!"" U"ABit ~M ;~ifj~I"~~ibli®)' o~~bm executar uma via pública de amplitude inferior àI . tab.~I~,~dl'il· no..f~j~t lR1tI~linhamento. buscando promover desapropriações1.1~~~~"~'?'M~l~ri~r~Lc ..•.LJ.slos.Duas alternativas se apresentam:

• modificar o Projeto de Alinhamento vigente. adotando a solução empregadana obra viária.

• manter o Projeto de Alinhamento vigente. na perspectiva de sua futura implantaçãopelo mercado imobiliário através do processamento dos recuos originalmentepropostos.

Área desapropriada paraalargamento da via

Uma parte muito importante da rede de logradouros públicos foi. e prossegue sendo.r rmada através de projetos de loteamento. que podem ser de iniciativa pública er rticular.

1\ I i Federal n° 6.766/79 estabelece que loteamento é a subdivisão de gleba em lotesc1, tinados à edificação. com abertura de novas vias de circulação. de logradourosJlI'1 licos ou prolongamento. modificação ou ampliação das vias existentes.

Quando o projeto de loteamento é registrado. após sua aprovação. as áreas destinadasàs funções públicas passam automaticamente, por doação. ao domínio da Prefeitura,tornando-se bens públicos (art. 4Q da Lei Federal nQ 6.766). Esses bens são de doistipos: os logradouros públicos. definidos por um Projeto de Alinhamento. e os lotesde terreno. destinados ao uso exclusivo do Poder Público. para equipamentoscomunitários. O PA é o instrumento pelo qual se formaliza a existência dos novoslogradouros .

A principal característica do Projeto de Alinhamento resultante de um projeto deloteamento é a de não determinar recuos e investiduras. O alinhamento projetado écoincidente com as testadas dos lotes (alinhamento existente).

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SMU/NtTSi r~rT."!AMUJICIPAl DE lIUüIWtOMÓ !J8 $E lIFOItMÇ'U T#ClClCAS

IIIII nto de vista urbanístico, o projeto de loteamento é um empreendimento em queII/lços públicos e privados formam um todo cOE;rente,articulado, sujeito à observância

til I 'gislação vigente sobre parcelamento de terras.I1II ponto de vista administrativo, o projeto de loteamento institui uma partição básicati'l' terras em públicas e privadas, subordinadas a diferentes regimes jurídicos e regras1lllllinistrativas.II I ssa razão, o projeto de loteamento, no Rio de Janeiro, assume a forma1IIIIinistrativa de uma conjugação de dois projetos:

I) I)rojeto Aprovado de Alinhamento (PAA), que define a partição entre áreas privadasI logradouros públicos;

II Ilrojeto Aprovado de Loteamento (PAL), que define a partição da gleba11111 lotes privados e estabelece suas características e distinções.

I', 11 'ste motivo, na nomenclatura técnica da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro,11' 111 ojetos de loteamento (incluindo aqueles de iniciativa do Poder Público, chamadostil! "1:Jrojetode Urbanização", que especificam parâmetros e contêm gravames), sãoI IHlificados por duas numerações seqüenciais: uma de Projeto Aprovado de

111111 mento e outra de Projeto Aprovado de Loteamento (por exemplo, PAA 10.70411'AI 112341).

I) l'AAlPAL é constituído legalmente através de sua inscrição no Registro Imobiliário,'lI! )!l aprovação pelo Executivo Municipal.

/ I o/etos de /oteamento, desmembramento ou remembramento, p/anos de vi/a eI/II/etos de urbanização recebem, indistintamente, numeração correspondente a

I/O/eto Aprovado de Loteamento (PAi) no momento de sua aprovação. Esta1If/1leraçáoatinge atua/mente a ordem de 43.000.

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Os Projetos Aprovados de Alinhamento foram criados na última década do século XIX, no Rio de Janeiro, massomente no princípio deste século, durante a Administração Pereira Passos (1902/1906/ assumem importânciacomo instrumento urbanístico com suas características atuais. Desde então, a abrangência do PA comoinstrumento de planejamento, projeto e regulamentação urbanística tem sido bastante diferenciada. Emdecorrência deste fato, os PAs apresentaram, ao longo do tempo, diferenças em nível de detalhamento doselementos constantes no logradouro, possibiJitando a caracterização de diversos PAs.

INÍCIO DO SÉC.XX

• PAs para embelezamento e saneamento da cidade

• Início da elaboração gráfica de PAs com numeraçãoseqüencial .

• Representação apenas do novo alinhamento

Projecto de abertura daAvenida Salvador de Só

(Approvodo pe/o decreto n' 459 de 19 de Dezembro de (903)

Reforma Pereira PassosReformulação da Lei de Desapropriações (1903).....................

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DÉCADAS DE 30/40

PAspara obras de urbanização

Primeiros PAs elaborados indicando gabarito,galeria, profundidade das edificações e áreascoletivas. ("PAs de galeria"; "PAs de gabarito")

CONVENÇOES :

[8J GALERIA ESCAlA: 1:500

~ 22 PAVIMENTOS

~ 10 -I- 2 RECUADOSNO ÂNGULO DE 60l:!

~ a PAVIMENTOS

CZ"22J SOMENTE LOJA E SOBRE-LOJA

Criação de Planta Cadastral sobre levantamento aerofotogramétrico (1930)Conclusão do Plano Agache (1930) - influência no planejamentoCriação da Comissão do Plano da Cidade (1937)Transformação da Comissão em Departamento de Urbanização (1945)

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• PAs conjugando propostas de desenho viáriocom exigências de volumetria

• PAs com obras-de-arte

• PAs para eixos sob jurisdição de órgãorodoviário estadual (PAs DER), comnumeração específica

• Tratamento das vias urbanas como rodovias

PAs PARA PLANOS VIÁRIOS E PLANOSURBANíSTICOS

._._._._._.~_._._._~._._._._._.D ~c::; DER 49

Criação do Departamento de Estradas de Rodagem - DER (7948)Criação do Conselho Rodoviário (7951)Criação da Superintendência de Urbanização e Saneamento - SURSAN (1957)Criação da Divisão de Engenharia de Tráfego (7959)

DURB/SURSAN, subordinados à Secretaria Geral de Viação e ObrasDepartamento de Estradas de Rodagem (DER)

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DÉCADA DE 60jMEADOS DA DÉCADA DE 70

I' s PARA PLANOS VIÁRIOS E PLANOSIIIlBANíSTICOS

• PAs de corredores de tráfego, definindoI l10rmelargura para as vias

· Início do uso de PAs para planos urbanísticos(PAspara Plano-piloto da Baixada deJacarepaguá)

• Predominancia de perspectiva rodoviarista naI laboração de PAs '

· entralização do uso de PAs para rede viáriafia cidade

~~-=-"":-~,-) N (I - li\ ~ II ::li II II C3 II II li I

- -:-~-~------------------------ - --- ~ ~~~-==-...::::::--=-...::::::-.=:'"...=--) //286 272 200 I Ii

~ ~ Ii., ~ 11'o II,0011

I <é 11I li 11

Mudança da capital federal para BrasíliaCriação do Estado da Guanabara

Reestruturação do Estado da Guanabara (7962)Criação do Departamento de Engenharia Urbanística (DEU)Elaboração do Plano Doxiadis (7965)

Departamento de Engenharia Urbanística (DEU), subordinado à Secretaria de Obras PúblicaDER/GB

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MEADOS DA DÉCADA DE 70/DÉCADA DE 80

PAs PARA PLANOS VIÁRIOSE PLANOSURBANíSTICOS

• PAs para Planos Urbanísticos (PA do "CorredorCulturar - plano de preservação paisagística eambiental para as áreas consideradas deinteresse histórico e arquitetônico)

LEGENDA

EZ] ÁREA DE PRESERVACÃO AMBIENTAl

l"2SJ ÁREA DE RENOVAÇÃO URBANA (H= 12.00 M)

~ ÁREA DE RENOVAÇAD URBANA (H=39.00 M)

G:J ÁREA NüN-AEDIFICANDI

.I§] BEM TOMBADO NACIONAL

Fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro"Soam" imobiliário no Rio de Janeiro

Elaboração de nova Planta Cadastral (1975)Criação da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro (1975)Elaboração do Plano Urbanístico do Rio de Janeiro - PUS-RIO (1976)

Departamento de Viàs Urbanas (DVU), subordinado à Secretaria Municipal de Obras PúblicasCoordenação de Projetos de Alinhamento (CPA), subordinada à SMDUDER/RJ

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• l7evisão de antigos PAs

• Articulação dos PAs nas PAPsI/.,l'.I

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Conclusão do Plano Diretor Decenal (7997)Elaboração de nova Planta Cadastral de parte da cidade (7997)Criação da Coordenação de Projetos de Urbanização - CPU (7994)Criação das Plantas de Alinhamentos Projetados - PAPs (7995)

CPU, subordinada à Superintendência de ProjetosSecretaria Municipal de Urbanismo

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DEELABORAÇÃOPRO.JETOS DE

PROCEDIMENTOS PARA-E REVISAOALINHAMENTO

Este capítulo visa sistemizar procedimentos que garantam a observância de vários aspectos urbanísticos na elaboração e modificação de Projetos de Alinhamento e naanálise de problemas relacionados aos Projetos de Alinhamento. no Rio de Janeiro.

Os procedimentos abrangem 3 etapas:

• Análise da situação existente• Consulta à legislação, aos planos e projetos vigentes

• Escolha de critérios de projeto

I possível definir três situações-tipo que dão origem a Projetos de Alinhamento a') ,rem consideradas na avaliação dos procedimentos a serem seguidos. tendo emvi ta os efeitos causados na malha urbana pelos PAs:

() PAs deste tipo não alteram a estrutura básica da rede urbana. São implantadosIl"pontaneamente pelo mercado imobiliário. modificando progressivamente oI paço do logradouro público que. em geral. alargado. é apropriado para funçõesI) 'Iblicas e privadas (estacionamento. lixeiras. quiosques. pontos de comércio. etc.).C racterizam-se por:

traçado sobre a faixa do logradouro público existentegeração de área de recuo ou para investidura com geometria regularmanutenção do aproveitamento econômico do lote

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PA para alargamento do logra douro(Rua Voluntários da Pátrio)

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Os Pas deste tipo alteram a estrutura básica da rede urbana. Não são implantadosespontaneamente pelo mercado imobiliário, pois representam uma grande perdado aproveitamento econômico dos lotes atingidos. Geram a paralisação dasatividades imobiliárias e a conservação de atividades econômicas tradicionais. Aliberação das áreas públicas previstas no Projeto de Alinhamento comumente sedá com a intervenção do Poder Público mediante desapropriações. Caracterizam-sepor:

- traçado sobre áreas ocupadas por lotes;- geração de áreas de recuo com geometria irregular;- criação de remanescentes de desapropriação sem aproveitamento econômico.

Os PAs deste tipo são criados para futura instalação de grandes infra-estruturasviárias. São implantados espontaneamente pelo mercado imobiliário, porém demodo descontínuo e em ritmo inconstante. As áreas atingidas pelo Projeto deAlinhamento são propícias à ocupação irregular. Caracterizam-se por:

- traçado com pouca ou nenhuma definição de malha viária;- geração de grandes faixas de recuo com características lineares.

Toda vez que a elaboração do Projeto de Alinhamento implicar impactosrelevantes na malha urbana, convém consultar o setor responsável pela Áreade Planejamento considerada.

PA para abertura de novo logra douro(atual Rua Mário Ribeiro)

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(J" itens urbanísticos considerados são:

• ESTRUTURA FUNDIÁRIA;USO E OCUPAÇÃO DO SOLO;SISTEMA VIÁRIO, DE CIRCULAÇÃO E DE TRANSPORTES.

Bem de uso comum

Bem de uso especial

Bem de uso dominical i

Propriedade privada

Lote Municipal LM

• pública: bem de uso comum;bem de uso especial;bem dominical;

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• dimensões lineares (testada, profundidade);• áreas;• condicionantes físicos para a ocupação (topografia,

cursos d'água);• forma .

• por uso predominante: no entorno;no logradouro considerado;

Verificar a existência de construções e elementos (naturais econstruídos) significativos para o logradouro como, porexemplo, um shopping-center, um grande supermercado ouuma arborização relevante.

. no logradouro público: vias;praças;jardins;arborização.

Verificar a apropriação do logradouro para diferentesatividades. Podem ocorrer situações em que a via é utilizadapara atividades de comércio, passeio ou lazer.

No caso de revisão do Projeto de Alinhamento, avaliar autilização de recuos processados no âmbito público (porexemplo, estacionamento) e no âmbito privado (por exemplo,para colocação de mesas e cadeiras de bares e restaurantes).

. ---... -Apropriação do logradouro para feira livre

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I pos de edificação: grupamento de edificações - vilas,I Ill\domínios horizontais, conjuntos habitacionais - ou edificaçãoj'.lllada; gabarito de altura, etc.;,poca de construção: antigo ou atual;IlIplantação no terreno: afastamentos;

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/'II PRAÇA

• licenciamentos concedidos: no entorno;no logradouro considerado;

• natureza dos licenciamentos

· resistência à transformação de acordo com os diferentestipos de uso ou de edificação.

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l n~\UMaJf ~wtJa .i:J ~)lKfJ{I. k"Tfft)~f; ~~n:'" ",,"-Uf' "".: .• ,1L~-~-sJsilM1\..~AW; . ''rlCULAÇÃO E DE TRANSPORTES

• largura do logradouro;• largura e faixas da pista de rolamento;• largura de calçadas;• raios de curvatura nos cruzamentos;• traçado das esquinas: curvos, chanfrados, em ângulo;• condicionantes físicos: cursos d'água, topografia.

Em situações especiais, por exemplo, em áreas de topografiaacidentada, é conveniente que o Projeto de Alinhamento sejaelaborado sobre o levantamento topográfico.

No caso de revisão de Projetos de Alinhamento. avaliar o estágio eas características dos recuos processados.

2. avaliar a hierarquia funcional do logradouro público de acordocom o sistema de circulação

Considerar o logradouro público integrado à rede viária. Sugere-se,como orientação, a utilização da classificação de hierarquia viáriafeita pela ABNT:

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via arterial: permite ligações intra-urbanas, com média ou alta fluidez e baixalcessibilidade, apresentando relativa integração com o uso lindeiro.

• via coletara: recebe e distribui o tráfego proveniente das vias locais e alimentaí1 vias arteriais. Apresenta equilíbrio entre fluidez e acessibilidade,possibilitando sua integração com o uso do solo lindeiro quanto à localizaçãode comércio, serviços e outras atividades.

• via local: permite o acesso direto às áreas residenciais, comerciais e industriais.Apresenta baixa fluidez e alta acessibilidade, caracterizando-se pela intensaintegração com o uso do solo lindeiro.

() Plano Rodoviário Municipal, elaborado em 1977, estabelece uma hierarquiaviória para a rede de logradouros públicos do Rio de Janeiro. Indica pontos\( I minais e entroncamentos das vias mais importantes e as regiões que atravessa.

A CET-Rlü está elaborando um projeto de hierarquização da rede de vias do Rioile Janeiro que servirá como parâmetro atualizado para o sistema viário na cidade.

SMU/NIT1~~~~TAmAU"KIPAl DE U

Via arterial

_ Via coletara

Via local

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A legislação considerada abrange:

• PAs E PAs/PALs EXISTENTES;• DIRETRIZES GERAIS DO PLANO DIRETOR;• DISPOSiÇÕES LEGAIS SOBRE ZONEAMENTO,

CONSTRUÇÃO DE EDIFICAÇÕES EPARCELAMENTO DA TERRA;

• DISPOSiÇÕES LEGAIS PARA ÁREAS E BENSESPECIAIS;

• DISPOSiÇÕES LEGAIS PARA FAIXAS DEPROTEÇÃO.

Considerai elementos relacionados a programas de transportesque interfiram no dimensionamento do logradouro público:

• fluxo de ôhibus;• linhas férreas e de METRÔ;• estações ferroviárias e espaços de integração intermodal;• pontos de concentração de pedestres em paradas de ônibus.

• no entorno;• no logradouro considerado.

2. avaliar os efeitos na malha urbana induzidos pelosPAs e/ ou PAs/PALs em relação a:

• recuos;• investiduras;• padrões de dimensionamento e desenho dos

logradouros.

Recomenda-se que se inicie a consulta pelos Projetos deAlinhamento existentes. A revisão de qualquer PA develevar em conta que a mudança de um Projeto deAlinhamento parcialmente implantado pode implicar teremsido impostas exigências desnecessárias aos proprietáriosdos imóveis atingidos.

Concentração de pedestres emponto de ônibus

1. avaliar diretrizes de uso e ocupação para a Área dePlanejamento considerada, contidas no Plano Diretor(Plano Diretor Decenal - Lei Complementar nº 16/92.título VI. capo V).