2-5_27aula Oliveira e Castilho

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  • 8/2/2019 2-5_27aula Oliveira e Castilho

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    6. A funs:aodosobjetos na moral dNos tempos presentes, a fun~ao m

    inflexao correspondente a mudanca dcomprismo psicomorfico se tornou rparoxismo consumista, considerando-pessoal e violencia social. Entretanto,cerbacao existe, sugiro, uma ve: mais,

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    JURANDIR FREIRE COSTA

    Entenda-se bern, dizer que 0 valor do objeto depende dosobjetivos morais do sujeito nao equivale a propor teoriassubjetivistas dos costumes sociais. Nao penso em dizer que "0consumismo esta em nossas almas, desejos ou cabecas" e que arealidade economica e uma vaga sombra de nossas fantasias. Pen-so em sugerir uma hipotese ecologica da motivacao psicologica,"Segundo esta hip6tese, a relacao indissociavel do organismo hu-mana com 0 ambiente e 0 pano de fundo para a expressao da vida

    ----emociunal (Machad, Pick Jr;-1997;-Reed, 1996; Baldwin, 1998~;--===:....--tais.Bermudez, 1998; Butterworth, 1998; Sanders, 1999). Desseaspecto, 0 sentido psicossocial do comprismo e vista como urnsetor circunscrito e regional da interacao global do sujeito com 0mundo. N em a logica da mercadoria, nem os desejosidiossincraticos dos compradores totalizam 0 significado dos ob-

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    JU RA ND IR P RE IR E C OS TA

    superficial nos contatos humanos e blast! emrelacao a projetospessoais ou extrapessoais duradouros. A primeira lic;:aa do novomundo dos negocios e 0desapego a pessoas, lugares geograficos,tradicoes etnicas; religiosas ou politicas, e, enfim, a propria histo-ria pessoal. A identidade do indivfduo configurada pelo mapa domercado e a do "desenraizado".?

    A cultura da "sinceridade e da autenticidade" ou dacompulsao para tornar-se "si mesmo", como analisaram Trilling eEhrenberg, recebeu urn 'golpe mortal (Trilling, 1997; Ehrenberg,1998). A nova economia impos urn outro ideal de identidade, 0do "turista" (Bauman, 1997). Oturista e aquele que renuncia ase fixar em identidades passadas, que ve 0mundo como urn espa-

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    J URANDI R FRE IR E COSTA

    carpo ffsico na constituicao da subjetividade de dois modos. Pri-rneiro, pela propaganda comercial de cosrneticos, farmacos e ins-trumentos de aperfeicoamento da forma corporal; segundo, pelaidentificacao de certos predicados corporais ao sucesso social. 0ultimo aspecto e a fundamental.Em sintonia com a moral do espetaculo, a mfdia visa, sobretu-do, a tornar vis6es de mundo particulares plausfveise convincentes.E assim que a massa dos individuos e levada a admirar e a querer

    --~it~ 0 estil-; de vida dos ricos, poderosos e famosos.A rnimetizacao,contudo, e mantida em redeas curtas, dada a dificuldade que a mai-oria tern de ascender socialmente, ate poder ser incluida no drculodos privilegiados. 0 unico item do mundo "exclusive" a disposicaodo indivfduo comum e a imagem do corpo. Possuir urn carpo comoo dos bem-sucedidos e a maneira que a maioria encontrou de aceder

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    JUll AND lR FREIRE COSTA

    de objetos que estejam it mao e que possam ser rapidamenteinstrumentalizados.

    E nesse ponto que os objetos entram no roteiro da moral doespetaculo. Por se concentrar no corpo ffsico como fonte de gozo,o sujeito passa a superestimar tudo que faca 0 prazer sensfveldurar. A tendencia a se satisfazer com a pluralidade das imagens epalavras e substitufda pela tendencia a presentificar e a diversificaras Fontes reais de estirnulacao sensorial. 0 sujeito sentimentalcontorna a fluidez da felicidade interior materializando as narra-tivas afetivas em objetos durdveis; 0sujeito sensorial, para reter 0prazer ffsico, devora os objetos ddceis, os que estao sempre it mao,ou melhor, "sempre ao corpo", Na economia dos sentimentos, 0born objeto e 0 que resiste ao tempo e estabiliza 0 prazer; na dassensacoes, e 0que excita, hie et nunc, os sentidos, despertando 0

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    JURANO IR PRE IRE COSTA

    Em oposicao a autoridade, cuja marca sao os dons incomuns,a celebridade prima pela falta de originalidade. 0 canone da pri-meira prescreve a alianca entre notoriedade e talento; 0 da ultima,entre sucesso e visibilidade. A pessoa celebre nao necessita terpredicados excepcionais, pois, mesmo se os passui,o que importa

    - e seu po tencia l de en tre te r . Por isso, nos depoimentos das celebri-dades interessa apenas realcar 0que elas tern de mais insignifi-cante e leviano.

    Em depoimentos do tipo, 0 principal objetivo deentrevistadores e entrevistados e saciar a curiosidade do publicolei tor ou espectador acerca dos s eg re do s do s uc es so au dos idea i smarais do mundo do entretenimento. A formula se repete comuma previsibilidade monotona. Os astros au estrelas, ao falar desuas experiencias, sempre revelam 0que todos ja sabem, mas pre-

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    J UR AN DIR F RE IR E COSTA

    passam as Iimites da moral dominante. Nada de assuntos cho-cantes ou controvertidos; nada de aventuras ou pulos no escuro.A montagem da moda deve correr em trilhos macios, sem surpre-sas ou sobressaltos, para evitar que 0espectador troque de canalou 0leitor de revista. Portanto, qualquer passo em falso e imedi-atamente punido com desemprego e ostracismo. Quem nao sabe,aprende rapido. apare

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    JURA NDIR FREIRE COSTA

    ligava ao passado moral e sentimende todos se desfez na ideologia d

    7. Do comprismo ao consumis