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Material Digital do Professor História – 8º ano 2º bimestre – Gabarito 1. Leia o trecho abaixo: Em 22 de janeiro de 1808 atracaram nos portos da Bahia as embarcações que conduziam o príncipe regente dom João e parte da família real ao Rio de Janeiro. Era a primeira vez que um monarca europeu pisava em terras americanas após mais de três séculos de domínio colonial. SOUSA, Maria Aparecida Silva de. A Bahia na crise política do Antigo Regime (1808-1815). Revista de História, n. 159, 2008, p. 136. Disponível em: <www.revistas.usp.br/revhistoria/article/download/19091/21154>. Acesso em: 10 out. 2018 De acordo com as informações fornecidas, explique como o Bloqueio Continental, imposto por Napoleão Bonaparte como represália à Inglaterra, afetou Portugal e sua colônia na América. Objeto(s) de conhecimento Revolução Francesa e seus desdobramentos Habilidade (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa e no mundo. Tipo de questão Aberta Capítulo 4 Grade de correção 100% O aluno aponta que, como Portugal era dependente comercialmente da Inglaterra, o governo português não cumpriu com o Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte. Temendo as ameaças do imperador francês, a corte portuguesa fugiu para seu império português na América em 1807, e seu território foi invadido no mesmo ano. 50% O aluno responde apenas metade da questão ao citar somente a chegada da corte portuguesa à colônia americana em 1808, sem explicar as relações comerciais entre Portugal e Inglaterra, e mencionar a invasão das tropas francesas ao território de Portugal. 0% O aluno não conseguiu identificar nenhuma consequência do Bloqueio Continental para Portugal e América portuguesa. Orientações sobre como interpretar as respostas e reorientar o planejamento com base nos resultados Caso os alunos apresentem dificuldades em responder à questão, relembre os temas referentes à Revolução Francesa, mais especificamente sobre o Período Napoleônico, em que o imperador francês, em uma política de expansionismo, entra em choque com a sua principal rival na época, a Inglaterra. Leve um mapa-múndi para a sala de aula ou imprima alguns mapas e os distribua. Ajude os alunos a localizar a Inglaterra e a França no mapa e os leve a compreender, por meio de perguntas, o porquê de Napoleão não ter conseguido invadir o território inglês. Aponte a medida do Bloqueio Continental como uma represália de Napoleão à Inglaterra por esse fracasso. Faça referência à dependência econômica de Portugal em relação à Inglaterra, que, no século XIX, despontava como uma potência econômica em decorrência da Revolução Industrial. Aponte o não cumprimento do Bloqueio Continental por Portugal e apresente imagens da chegada da corte portuguesa a seu império americano. Conduza os alunos a uma discussão sobre o que pode ter acontecido para a família real ter vindo à América portuguesa em meio a esse contexto político na Europa e permita que os alunos apresentem possibilidades. Em seguida, aponte que, devido às ameaças de Napoleão, a corte portuguesa juntamente com o rei embarcaram para a América portuguesa escoltados pela Inglaterra. Dessa forma, espera-se que os alunos sejam capazes de identificar os efeitos dos desdobramentos da Revolução Francesa, durante a Era Napoleônica, sobre o território europeu e além-mar.

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Material Digital do Professor

História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

1. Leia o trecho abaixo:

Em 22 de janeiro de 1808 atracaram nos portos da Bahia as embarcações que

conduziam o príncipe regente dom João e parte da família real ao Rio de Janeiro. Era

a primeira vez que um monarca europeu pisava em terras americanas após mais de

três séculos de domínio colonial.

SOUSA, Maria Aparecida Silva de. A Bahia na crise política do Antigo Regime (1808-1815). Revista de História, n. 159, 2008, p. 136.

Disponível em: <www.revistas.usp.br/revhistoria/article/download/19091/21154>. Acesso em: 10 out. 2018

De acordo com as informações fornecidas, explique como o Bloqueio Continental, imposto por Napoleão Bonaparte como represália à Inglaterra, afetou Portugal e sua colônia na América.

Objeto(s) de conhecimento

Revolução Francesa e seus desdobramentos

Habilidade (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e seus desdobramentos na Europa e no mundo.

Tipo de questão Aberta Capítulo 4

Grade de correção

100%

O aluno aponta que, como Portugal era dependente comercialmente da Inglaterra, o governo português não cumpriu com o Bloqueio Continental imposto por Napoleão Bonaparte. Temendo as ameaças do imperador francês, a corte portuguesa fugiu para seu império português na América em 1807, e seu território foi invadido no mesmo ano.

50%

O aluno responde apenas metade da questão ao citar somente a chegada da corte portuguesa à colônia americana em 1808, sem explicar as relações comerciais entre Portugal e Inglaterra, e mencionar a invasão das tropas francesas ao território de Portugal.

0% O aluno não conseguiu identificar nenhuma consequência do Bloqueio Continental para Portugal e América portuguesa.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso os alunos apresentem dificuldades em responder à questão, relembre os temas referentes à Revolução Francesa, mais especificamente sobre o Período Napoleônico, em que o imperador francês, em uma política de expansionismo, entra em choque com a sua principal rival na época, a Inglaterra. Leve um mapa-múndi para a sala de aula ou imprima alguns mapas e os distribua. Ajude os alunos a localizar a Inglaterra e a França no mapa e os leve a compreender, por meio de perguntas, o porquê de Napoleão não ter conseguido invadir o território inglês. Aponte a medida do Bloqueio Continental como uma represália de Napoleão à Inglaterra por esse fracasso. Faça referência à dependência econômica de Portugal em relação à Inglaterra, que, no século XIX, despontava como uma potência econômica em decorrência da Revolução Industrial. Aponte o não cumprimento do Bloqueio Continental por Portugal e apresente imagens da chegada da corte portuguesa a seu império americano. Conduza os alunos a uma discussão sobre o que pode ter acontecido para a família real ter vindo à América portuguesa em meio a esse contexto político na Europa e permita que os alunos apresentem possibilidades. Em seguida, aponte que, devido às ameaças de Napoleão, a corte portuguesa juntamente com o rei embarcaram para a América portuguesa escoltados pela Inglaterra. Dessa forma, espera-se que os alunos sejam capazes de identificar os efeitos dos desdobramentos da Revolução Francesa, durante a Era Napoleônica, sobre o território europeu e além-mar.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

2. Observe as imagens:

Reprodução/Coleção particular Reprodução/Coleção particular

Gravura de trabalho manual com algodão.

Autoria desconhecida, século XVIII.

Gravura de fábrica têxtil com tear mecânico.

T. Allom, 1835.

Com base nos elementos presentes nas imagens, explique os efeitos da Revolução Industrial sobre o processo de produção na Inglaterra a partir do século XIX.

Objeto(s) de conhecimento

A Revolução Industrial e seus impactos na produção e circulação de povos, produtos e culturas

Habilidade (EF08HI03) Analisar os impactos da Revolução Industrial na produção e circulação de povos, produtos e culturas.

Tipo de questão Aberta Capítulo 5

Grade de correção

100% Com base na observação das imagens, os alunos devem associar o surgimento de fábricas a mudanças como a divisão e mecanização do trabalho e a implantação e uso de tecnologias para dinamizar e aumentar a produção.

50% O aluno acertará parcialmente a questão ao apontar apenas a mudança na divisão do trabalho ou somente a implantação de máquinas como forma de dinamizar a produção.

0% O aluno incorre em erro ao não mencionar nenhuma mudança na produção após a Revolução Industrial.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso os alunos apresentem dificuldade em responder à questão, converse com eles sobre o impacto da tecnologia na produção artesanal. Incentive a análise das imagens apresentadas na questão. Explore as diferenças de forma coletiva e colaborativa, ressaltando aspectos importantes como a roupa que vestem e o local em que trabalham. Caso seja possível, apresente imagens do filme Tempos modernos, protagonizado por Charles Chaplin, ou assistam em sala de aula pelo menos parte dele, e peça que os alunos expliquem quais são as principais críticas feitas pelo filme a esse novo sistema. Logo depois, conduza os alunos a uma discussão acerca dos impactos da Revolução Industrial sobre a produção e a vida dos trabalhadores. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam os efeitos gerados pela Revolução Industrial não somente no processo de produção, mas também na vida dos trabalhadores a partir do século XIX.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

3. Leia o trecho abaixo:

O sucessor de Carlos II, seu irmão Jaime II, também foi destituído pelo

Parlamento ao tentar restaurar a antiga monarquia absolutista. O Parlamento resolveu

convocar Maria Stuart e seu marido Guilherme de Orange, dos Países Baixos, para

assumirem o governo. Para tanto, o Parlamento exigiu que Guilherme aceitasse

a Declaração de Direitos, o Bill of Rights, como condição para tornar-se rei. [...] A

Revolução Inglesa proporcionou profundas mudanças nas relações de poder entre a

sociedade inglesa e o Estado. Transferiu o poder político para uma nova classe social,

a burguesia, classe interessada no crescimento econômico por meio do capitalismo.

LIMA, Carolina Alves de Souza. Revoluções burguesas: contribuições para a conquista da cidadania

e dos direitos fundamentais. Revista Jurídica da Universidade do Sul de Santa Catarina, p. 99.

Disponível em: <www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/U_Fato_Direito/article/view/3588>. Acesso em:30 out.. 2018.

Descreva o que foi a Revolução Gloriosa (1688-1689) e explique como essa revolução ajudou a consolidar o poder econômico e a supremacia da burguesia na Inglaterra.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de conhecimento

As revoluções inglesas e os princípios do liberalismo

Habilidade (EF08HI02) Identificar as particularidades político-sociais da Inglaterra do século XVII e analisar os desdobramentos posteriores à Revolução Gloriosa.

Tipo de questão Aberta Capítulo 5

Grade de correção

100%

O aluno aponta, resumidamente, que com a deposição de Jaime II e a elevação ao trono inglês do príncipe holandês Guilherme de Orange, foi assinado o Bill of Rights, uma carta de direitos criada e aprovada pelo Parlamento na qual o rei se comprometia a respeitar o poder parlamentar. O Parlamento, composto não somente de membros da nobreza que em grande parte eram donos de grandes propriedades de terras, era formado também por membros da burguesia, que defendiam seus interesses e consolidaram, a partir de então, o seu poder não somente econômico, mas também político na Inglaterra.

50%

O aluno acerta parcialmente a questão caso apenas descreva o que foi a Revolução Gloriosa e aponte a ascensão de Guilherme de Orange ao trono inglês, sem se referir a carta de direitos Bill os Rights, importante instrumento político para restringir os poderes do monarca e que foi responsável por consolidar o poder parlamentar, composto por membros da nobreza e também da burguesia na Inglaterra, o que viabilizou a implantação do capitalismo e consolidação do poder burguês.

0% O aluno incorre em erro ao não descrever o que foi a Revolução Gloriosa, nem apontar a assinatura da Bill of Rights por parte do novo monarca e o fortalecimento do Parlamento como uma forma de consolidar o poder da burguesia.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso a turma apresente dificuldade em responder à questão, converse com os alunos em sala de aula sobre as constantes disputas entre os monarcas ingleses e o Parlamento ao longo do século XVII. Logo após, caso seja possível, organize um esquete teatral em sala de aula. Deverá ser eleito um personagem para representar o rei Jaime II, um personagem para representar a sua filha, Maria, e outro para representar seu marido, Guilherme de Orange. O restante da turma deverá ser dividido em nobres e burgueses, todos membros do Parlamento. A carta Bill of Rights deverá ser confeccionada pelos membros do Parlamento. Nesse momento, pode se pedir para os alunos realizem uma pesquisa sobre os principais pontos desse documento. (A Declaração de Direitos pode ser encontrada na íntegra em: <www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/a-declaracao-inglesa-de-direitos-1689.html>. Acesso em: set. 2018). A cena visa fazer referência à deposição de Jaime II do trono com a ascensão de seu genro, Guilherme de Orange, que invadiu a Inglaterra – o que causou a fuga de Jaime II para a França. Fica a critério dos alunos acrescentar outros elementos a esse momento. Antes de o rei assumir o trono, os membros do Parlamento devem lhe entregar a carta para assinar, se comprometendo solenemente em respeitar os seus termos. A peça deve ser encerrada com a comemoração do Parlamento, que, ao restringir o poder do rei, consolida o seu poder político da Inglaterra. Dessa forma, espera-se que os alunos, de forma criativa e lúdica, se recordem do que foi a Revolução Gloriosa e o que ela representou para a monarquia e para o Parlamento ingleses.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

4. Leia os textos abaixo:

Texto I

O Haiti tornou-se a segunda nação soberana nas Américas e a única no mundo

emanada de uma revolução de escravos. Entretanto, ao contrário dos EUA, não adotou

o sistema republicano, mas o monárquico. A Constituição do Império do Haiti, de 1805,

promulgada por Dessalines, autointitulado Jacques, previa a sucessão no trono por

meio de designação imperial. [...] A previsão não funcionou e, no ano seguinte, logo

após o assassinato de Dessalines, o país dividiu-se num reino setentrional dirigido

pelo ex-escravo Henri Christophe e numa República meridional dirigida pelo mulato

Jean-Pierre Boyer.

MAGNOLI, Demétrio. Uma gota de sangue: história do pensamento racial. São Paulo: Contexto, 2009.

Texto II

No México, a independência foi resultado de um tipo de restauração do poder

dos defensores do Antigo Regime. Temerosos de uma solução radical do processo

revolucionário, todos os conservadores mexicanos apostaram numa transição pelo

alto à vida independente. O Império de Itúrbide foi de fato uma solução transitória

para o conservadorismo mexicano e foi substituído [...]. Uma constituinte e eleições

para presidente da República colocaram no poder o liberal Guadalupe Victoria.

WASSERMAN, Claudia. História da América Latina: cinco séculos (temas e problemas). 3. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS. p. 177-214.

Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4147572/mod_resource/content/0/351952216-

Claudia-Wasserman-A-Formacao-do-Estado-Nacional-Na-America-Latina.pdf>. Acesso em: 30 out. 2018.

De acordo com as informações fornecidas, explique as motivações que conduziram à independência do México, ex-colônia espanhola, e do Haiti, ex-colônia francesa, e quais foram as formas de governos implementadas.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de conhecimento

Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingo e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI13) Analisar o processo de independência em diferentes países latino-americanos e comparar as formas de governo neles adotadas.

Tipo de questão Aberta Capítulo 6

Grade de correção

100%

O aluno aponta, resumidamente, que a independência do Haiti foi motivada por uma revolução de escravizados. Inicialmente foi adotado um sistema de governo monárquico, mas logo após algumas disputas e tensões o Haiti foi dividido em dois: na parte norte foi estabelecido o sistema monárquico e no sul o sistema republicano. Já no México, o movimento de independência se iniciou com base no apoio popular, inclusive de indígenas e mestiços. Mas a declaração de independência ocorreu quando o coronel Itúrbide – que lutava contra a emancipação – propôs um acordo ao líder popular Vicente Guerrero. O militar foi coroado imperador e deposto, após um ano, sendo proclamada a república no México.

50% O aluno acertará parcialmente a questão caso aponte apenas as motivações de independência de um dos dois países citados e/ou cite apenas as formas de governos neles adotadas quando das suas independências.

0% O aluno incorre em erro ao não explicar o que levou o Haiti e o México a declarem sua independência e ao não apontar as formas de governo neles adotadas.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso os alunos apresentem dificuldades em responder à questão, converse com eles sobre o Haiti e o México, e peça-lhes que digam o que sabem a respeito desses dois países. Após essa conversa inicial, apresente aos alunos um mapa ampliado da América, e peça a eles que localizem cada um desses países no mapa, informando-os por quem esses países foram colonizados. Imprima e distribua em sala de aula trechos da Declaração de Independência do Haiti (Disponível em: <https://bit.ly/2mNs4sa>. Acesso em: set. 2018). O documento ressalta a atuação de ex-escravizados no processo de luta pela independência e o que ela significava para eles. Promova uma discussão entre os alunos sobre os impactos que a independência do Haiti teve para a elite colonial da América, o que levou esse grupo a ter receio dos movimentos populares na região, tomando − sempre que possível - a frente desses movimentos, como foi o caso do México. Dessa forma, espera-se que os alunos reconheçam o movimento de independência do Haiti como um fato totalmente original e que inspirou muitos processos populares na América, e sejam capazes de compreender o papel que as elites exerciam nas lutas pela independência, principalmente após esse episódio.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

5. Leia o texto:

Os colonos que em princípio se consideravam portugueses do Brasil, acreditando

que a única diferença entre os habitantes do Império português era de localização

geográfica, perceberam, cada vez mais claramente, a incompatibilidade existente

entre os seus interesses e os interesses metropolitanos. A luta, que inicialmente se

apresentava como uma luta entre vassalos de um mesmo reino ou entre os vassalos e

os funcionários reais, mudou de sentido, convertendo-se em luta de colonos contra o

governo metropolitano.

COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. 6. ed. São Paulo: Fundação da Editora da UNESP,1999. p. 24-25.

Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2938298/mod_resource/content/1/1%20-%20Emilia_Viotti_da_Costa_-

_Da_Monarquia_a_Republica_-_Momentos_Decisivos.pdf>. Acesso em: jul. 2018.

De acordo com o texto, identifique o grupo que passou a lutar contra o governo português no Brasil e explique o motivo pelo qual seus membros se engajaram na luta pela independência.

Objeto(s) de conhecimento

Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingos e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI11) Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.

Tipo de questão Aberta Capítulo 7

Grade de correção

100%

O aluno indicou o grupo que passou a lutar contra o governo português, como o de colonos de origem portuguesa e/ou seus descendentes que habitavam a América portuguesa. Ao perceberem a incompatibilidade entre os seus interesses, sobretudo econômicos, com os interesses metropolitanos, passaram a lutar pela emancipação política do país, com vistas a obter uma maior autonomia para conduzir os seus próprios negócios e se livrar dos pesados tributos devidos à metrópole.

50% O aluno acertará parcialmente a resposta se apenas identificar o grupo que, de acordo com o texto, passou a se engajar pela independência do Brasil e não explicar os motivos pelos quais eles se envolveram nesse movimento.

0% O aluno incorre em erro se não identificar o grupo que se engajou na luta pela independência do Brasil, nem explicar os motivos pelos quais essas pessoas desejavam o rompimento com a metrópole.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso a turma apresente dificuldade em responder à questão, retome o tema da volta de dom João VI a Portugal e as reivindicações feitas pelos revoltosos oriundos da Revolução Liberal que desejam retomar o controle administrativo do Brasil. Isso confrontava diretamente os interesses econômicos de grande parte dos colonos portugueses que residiam no Brasil. Peça que os alunos façam uma pequena pesquisa, em casa, a respeito da Revolução Liberal, também conhecida como Revolução do Porto de 1820, e conduza um debate sobre os seus desdobramentos e efeitos no Brasil. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam a atuação da elite colonial, composta em grande parte por portugueses e por brasileiros descendentes de portugueses, e que eles tiveram um papel decisivo na independência do Brasil, sobretudo quando passaram a se sentir ameaçados pelos interesses da metrópole.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

6. Leia o texto abaixo:

Com a ruptura política do Brasil em relação à metrópole portuguesa, em 1822,

sua fonte original de legitimação para os antigos domínios lusitanos na América foi de

uma só vez suprimida. A partir daquele momento, até meados do século XIX, o Brasil

viveu um período de real perigo de fragmentação territorial, uma vez que o centralismo

político-administrativo impingido pela corte portuguesa não mais existia, sendo

substituído por uma Coroa ainda ligada à antiga casa lusitana, mas em meio à função

de governar um país de dimensões continentais, e formado por realidades políticas,

sociais e geográficas que careciam da noção de partilhar um destino comum.

BARBATO, Luís Fernando Tosta. A construção da identidade nacional brasileira: necessidade e contexto. Revista Eletrônica História em

Reflexão, p. 1-2. Disponível em:<http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/historiaemreflexao/article/view/3354/1824>. Acesso em: jul. 2018.

Impingido: querer fazer crer [o que não é verdade]; afirmar.

De acordo com o texto, o risco de fragmentação territorial do Brasil após a Declaração de Independência, em 1822, deu-se pela

a) necessidade da Coroa de manter vínculos com sua antiga colônia;

b) carência do senso-comum entre as diversas realidades num país tão diverso e extenso;

c) capacidade de se governar um país de dimensões continentais;

d) centralização político-administrativa da corte;

e) existência de diversos movimentos separatistas.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de conhecimento

Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingos e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI06) Aplicar os conceitos de Estado, nação, território, governo e país para o entendimento de conflitos e tensões.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 7

Justificativas

a O risco de fragmentação do território brasileiro não se deu por uma necessidade da Coroa portuguesa de manter os vínculos com a sua ex-colônia.

b

O suporte textual afirma que a falta de noção de partilhar um destino comum gerou um risco de fragmentação do território brasileiro. Essa falta de noção está ligada ao conceito de nação caracterizada pelo sentimento de uma sociedade politicamente organizada que acredita partilhar de uma história e um destino em comum.

c O suporte textual não faz referência à incapacidade e sim à dificuldade de se governar um país de dimensões continentais.

d Foi justamente a inexistência, após a declaração de independência, da centralização político-administrativa da Corte portuguesa que gerou o risco de fragmentação.

e O suporte textual não faz referência à existência de movimentos separatistas que gerassem o risco de fragmentação do território.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso os alunos apresentem dificuldade em responder à questão, explique os conceitos de nação e de identidade nacional em sala de aula. Converse com os alunos sobre a diversidade do nosso país e a sua dimensão territorial. Escreva no quadro os nomes das divisões territoriais do Brasil, (Região Norte, Região Sul, Região Nordeste, etc.) e peça que eles apontem as principais especificidades de cada região. Identifique se há alunos de outras regiões do Brasil em sala de aula, e peça-lhes que apontem as principais diferenças percebidas por eles entre as suas regiões de origem e aquelas em que estão localizados no presente. Promova um debate sobre as peculiaridades e a diversidade do Brasil, e conduza os alunos a uma reflexão sobre o que de fato faz todas essas pessoas de diferentes regiões serem “brasileiras”. Aponte para a turma que as ideias de nação e identidade brasileiras passaram a ser desenvolvidas após a independência. Indique a importância do entendimento de uma unidade como um fator que contribuiu para manter esta grande extensão territorial sob um mesmo governo após a independência. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam o conceito de nação e como ele foi importante para manter a unidade territorial no Brasil.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

7. Leia o texto abaixo:

Uma vez decidida, a independência brasileira foi instaurada rápida e

pacientemente, em contraste com a da América espanhola, onde a luta pela

independência, em sua maior parte, se arrastou por muito tempo e teve lances de

violência. A simpatia legalista era pequena e, em última análise, Portugal não tinha os

recursos militares ou financeiros para opor-se à separação. Além disso, o Brasil, ao

contrário da América espanhola, não se fragmentou numa série de países separados.

BETHELL, Leslie (org.). História da América Latina: da Independência a 1870, volume III. 1. ed. São Paulo:

Editora da Universidade de São Paulo; Imprensa Oficial do Estado; Brasília, DF: Fundação Alexandre de Gusmão, 2004. p.229.

De acordo com o texto, os processos de independência no Brasil e na América espanhola ocorreram

a) de maneiras diferentes: na América espanhola a luta pela independência foi caracterizada por

uma série de conflitos, levou um longo tempo e resultou na fragmentação do território; no

Brasil, na primeira metade do século XIX, a independência republicana ocorreu de maneira

rápida e a unidade do território foi mantida;

b) de forma paralela: enquanto no Brasil a independência era instaurada às pressas e de forma

pacífica, garantindo a integralidade do território na primeira metade do século XIX; a América

espanhola também travava lutas pela sua independência que em pouco tempo resultaram na

divisão do território em uma série de países separados;

c) de modos diversos: na América espanhola o processo de luta pela independência ocorreu de

forma violenta e encontrou oposição da Coroa espanhola; enquanto no Brasil um acordo

comercial estabelecido com Portugal, enfraquecido economicamente, garantiu um processo

de independência na segunda metade do século XIX;

d) de maneiras distintas: no Brasil a independência foi instaurada rapidamente e a unidade territorial

foi mantida, diferentemente da América espanhola, que foi palco de um longo processo de lutas

pela independência ao longo do século XIX e teve o seu território fragmentado em diversos países;

e) de formas semelhantes: tanto no Brasil quando na América espanhola o processo de

independência ocorrido no final do século XIX se deu de forma gradual e demorada; contudo,

a América espanhola, ao contrário do Brasil, não se fragmentou em uma grande quantidade

de países separados.

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História – 8º ano

2º bimestre – Gabarito

Objeto(s) de conhecimento

Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingo e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI07) Identificar e contextualizar as especificidades dos diversos processos de independência nas Américas, seus aspectos populacionais e suas conformações territoriais.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 7

Justificativas

a A unidade territorial do Brasil não foi mantida com a instauração da República logo após a sua independência. O Brasil permaneceu uma monarquia.

b A independência do Brasil não foi instaurada às pressas, mas de forma paciente como informado no suporte textual.

c O suporte textual não faz nenhuma referência a um acordo comercial entre o Brasil e a Portugal que garantiu um processo de Independência pacífico.

d

O processo de independência no Brasil e na América espanhola aconteceram de modo distintos. A unidade territorial no Brasil foi mantida, contudo na América Espanhola o seu território foi fragmentado em diferentes países. No Brasil o processo se deu, se comparado ao da América espanhola, de forma mais rápida e não envolveu embates tão sangrentos e violentos.

e O processo de independência nessas duas regiões não se deu de forma semelhante e a América espanhola, ao contrário do que é afirmado na alternativa, se fragmentou em diversos países.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso os alunos apresentem dificuldade em resolver a questão, apresente a eles representações da declaração de independência do Brasil e das declarações de independência dos países da América espanhola. As pinturas de Diego de Rivera (Disponíveis em: <http://bit.ly/2K0LZgu>; <http://bit.ly/2K0LfrU>; <http://bit.ly/2K1FM3Y>; <http://bit.ly/2K0cgLK>; <http://bit.ly/2K0Jj2s>. Acesso em: jul. 2018) que retratam a Independência do México podem ser um interessante recurso para ser utilizado em sala de aula e demonstrar as diferentes camadas envolvidas no processo de independência. A partir das imagens, faça apontamentos sobre as situações que as compõem: se há guerras, conflitos, embates entre os grupos no momento da declaração. Aponte, também a partir das imagens (Disponíveis em: <https://goo.gl/JuVpTj>; https://goo.gl/CkUhqa>; <https://goo.gl/91Hijn>; <https://goo.gl/P3RaAu>. Acesso em: set. 2018), a representação de dom Pedro I como o líder que oficializou a independência em 1822 no Brasil, enfatizando a sua ligação direta com a Coroa portuguesa, o que de alguma forma contribuiu para o reconhecimento das outras nações do Brasil como país independente. Isso não ocorreu por parte da Coroa espanhola, que se opôs mais ferrenhamente aos movimentos de independência, dificultando na América a consolidação dos países recém-formados. Dessa maneira, espera-se que os alunos compreendam as especificidades dos diversos processos de independência da América e como essas particularidades refletiram em suas conformações territoriais.

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História – 8º ano

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8. Leia o trecho abaixo:

O Estado do Brasil nasceu em 1815, quando a colônia, que na realidade já vinha

funcionando desde 1808 como sede do reino português, foi equiparada juridicamente

à metrópole.

DALLARI, Dalmo de Abreu. Constituição e Formação do Estado Brasileiro.

Disponível em: <www.revistas.usp.br/rfdusp/article/viewFile/66800/69410>. Acesso em: 10 out. 2018.

O processo de instituição do Estado brasileiro, acelerado pela chegada da corte portuguesa ao Brasil em 1808, ocorreu oficialmente em 1815, e culminou em sua Declaração de Independência, em 1822. A partir de 1815, o Estado brasileiro

a) instituiu a monarquia como forma de governo e estreitou as ligações com o reino de Portugal

e com as demais colônias portuguesas;

b) foi elevado a Império e passou a ser governado por dom Pedro I, que rompeu com o reino

de Portugal ao formalizar a Declaração de Independência;

c) rompeu definitivamente com a metrópole, determinou a volta de dom João VI a Portugal e

passou a estabelecer acordos comerciais com a Inglaterra;

d) estabeleceu acordos com a Inglaterra, entre eles o Tratado de Comércio e Navegação, que

concedia privilégios alfandegários ao governo britânico;

e) deixou de ser colônia portuguesa, passando à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve,

governado por um rei português.

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Objeto(s) de conhecimento

Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingo e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 7

Justificativas

a O suporte textual não faz referência a nenhum evento em 1815 que tenha instituído a monarquia como forma de governo no país.

b A elevação a Império não se deu em 1815, mas apenas em 1822, com a Declaração de Independência feita por dom Pedro I.

c Em 1815, não houve rompimento do Estado brasileiro com Portugal.

d O Tratado de Comércio e Navegação foi estabelecido em 1810, dois anos após a chegada da família real ao Brasil.

e Em 1815, o Brasil foi elevado à categoria de reino. Essa elevação está referenciada na afirmação do suporte textual “foi equiparada juridicamente à metrópole”.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso os alunos apresentem dificuldades em responder à questão, converse com eles sobre as transformações ocorridas no Brasil com a chegada da família real. Aponte para a necessidade de se dinamizar a economia interna para atender as demandas da corte portuguesa no Brasil. Ressalte como isso contribuiu para o crescimento e desenvolvimento do país. Aponte também para os desdobramentos desse ato, que, ao legitimar o Estado brasileiro como entidade política autônoma (porém ligada ao Reino de Portugal), viabilizou a sua independência poucos anos depois. Em seguida, anote as conclusões dessa discussão no quadro e peça aos alunos que as copiem no caderno, para consulta futura. Dessa forma, espera-se que os alunos compreendam a sequência de eventos que resultaram na independência do Brasil.

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9. Observe a imagem e depois leia o texto:

Webysther Nunes/Wikipedia/Wikimedia Commons

Monumento “Mão”, de Oscar Niemeyer, localizado no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Oscar Niemeyer fez a seguinte afirmação sobre o monumento: “Para explicar

minha escultura escrevi: Suor, sangue e pobreza marcaram a história desta América

Latina tão desarticulada e oprimida. Agora urge reajustá-la, uni-la, transformá-la num

monobloco intocável, capaz de fazê-la independente e feliz”.

Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2013/12/1197993-em-as-curvas-do-tempo-niemeyer-fala-sobre-o-memorial-

da-america-latina.shtml>. Acesso: 10 out. 2018.

Com base nas palavras de Niemeyer, é correto afirmar que a imagem acima faz referência aos ideais de um dos principais líderes das lutas travadas na América espanhola pela independência, Simón Bolívar, que defendia uma América espanhola

a) unida, independente e republicana;

b) fragmentada e dependente;

c) unida em sub-reinos ligados à Espanha;

d) oprimida e desarticulada;

e) independente e unida em um bloco de caráter econômico.

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Objeto(s) de conhecimento

Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingo e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI08) Conhecer o ideário dos líderes dos movimentos independentistas e seu papel nas revoluções que levaram à independência das colônias hispano-americanas.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 6

Justificativas

a O suporte textual e imagético faz referência a uma América independente e unida.

b O suporte textual e imagético não faz referência a uma América dependente.

c O suporte textual e imagético não propõe uma ligação da América com a Espanha.

d Simón Bolívar não defendia uma América hispânica desarticulada e oprimida.

e Simón de Bolívar não defendia a união da América hispânica em um bloco econômico.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso os alunos apresentem dificuldades em responder à questão, relembre com eles os projetos políticos defendidos pelos dois principais líderes do movimento de independência na América do Sul (Simón Bolívar e José de San Martín). Peça que eles façam uma pequena pesquisa na internet ou na biblioteca da escola a respeito desses dois personagens, desenhem um quadro comparativo no caderno e anotem as principais características de cada um dos projetos idealizados por Bolívar e San Martín, apresentando-as aos colegas. Dessa forma, espera-se que, a partir da pesquisa realizada dentro do ambiente escolar e monitorada pelo professor, os alunos assimilem as duas propostas e as ideias desses líderes dos movimentos de independência ocorridos na América do Sul.

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10. Leia o texto abaixo:

O Congresso do Panamá de 1826, um dos projetos diplomáticos de sua época

e principal herdeiro dos projetos confederativos [...], tem origem na obra intelectual

estratégica e estadista de Simón Bolívar. O congresso marca o surgimento de um

movimento de coesão dos Estados latino-americanos, no sentido de criar um

“regionalismo”, uma liga ou confederação de Estados americanos independentes, que

representariam uma união continental tendente a resolver pacificamente os litígios

internacionais, abolir o tráfico negreiro e garantir a existência permanente de uma

confederação em que todos os Estados participantes tivessem igualdade de tratamento.

BUENO, Elen de Paula; OLIVEIRA, Victor Arruda Pereira de. O Congresso do Panamá (1826):

perspectivas políticas, teóricas e jurídicas nas relações internacionais. Papel Político, v 20, n. 1, 2015, p. 235-265.

Disponível em: <www.scielo.org.co/pdf/papel/v20n1/v20n1a09.pdf>. Acesso em: jul. 2018.

Litígio: conflito de interesses; ação ou controvérsia judicial.

Esse movimento de ajuda mútua e de coesão de Estados latino-americanos surgido no Congresso do Panamá, em 1826, é denominado:

a) Organizações das Nações Unidas.

b) Mercosul.

c) Pan-Americanismo.

d) Caudilhismo.

e) Proposta Monroísta.

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Objeto(s) de conhecimento

Independência dos Estados Unidos da América Independências na América espanhola • A revolução dos escravizados em São Domingo e seus múltiplos significados e desdobramentos: o caso do Haiti Os caminhos até a independência do Brasil

Habilidade (EF08HI09) Conhecer as características e os principais pensadores do Pan-americanismo.

Tipo de questão Múltipla escolha Capítulo 6

Justificativas

a A ONU, Organização das Nações Unidas, é uma entidade do século XX e reúne nações de todo o mundo.

b O Mercosul é uma organização que visa a integração econômica dos países da América do Sul e é uma entidade do século XX.

c O Pan-Americanismo surgiu em meio ao Congresso do Panamá e é um movimento de coesão e solidariedade entre os países latino-americanos.

d O caudilhismo é um sistema de governo implantado e liderado por um caudilho, chefe militar típico da América espanhola. Costuma-se estabelecer de forma ditatorial.

e A Proposta Monroísta não surgiu do Congresso do Panamá e é uma versão norte-americana do Pan-Americanismo visando os próprios interesses.

Orientações sobre como interpretar as

respostas e reorientar o planejamento com base

nos resultados

Caso os alunos apresentem dificuldades em responder à questão, apresente a eles trechos de documentos do congresso que façam referência ao movimento pan-americano idealizado por Simón Bolívar. (Esses trechos estão disponíveis em: <http://funag.gov.br/loja/download/172-Cadernos_do_CHDD_N_02.pdf>. Acesso em: set. 2018). Distribua em sala de aula trechos impressos ou elabore uma apresentação com pequenos trechos no computador e leve os alunos a discutir, de forma coletiva e colaborativa, as principais ideias que caracterizam o Pan-Americanismo, resumindo as conclusões posteriormente, no caderno, para consulta futura. Dessa forma, espera-se que os alunos identifiquem e conheçam as principais ideias e características desse movimento.