2006-10-22 - Para pedir sem medo - Arnaldo Lorençato (Vejinha São Paulo)*

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  • 8/7/2019 2006-10-22 - Para pedir sem medo - Arnaldo Lorenato (Vejinha So Paulo)*

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    Vinho ros: para pedir sem medo

    Nada do docinho do passado. Os ross evoluem, viramopo no calor e ganham adeptos na cidade

    Por Arnaldo Lorenato | 25/10/2006

    Foi-se o tempo em que o ros era um vinho intragvel, dono de umafama to ruim quanto a dos adocicados brancos alemes de garrafaazul. Nesse antigo e desalentador panorama, a exceo ficava porconta de alguns rtulos da Provence, regio do sul da Frana."Quando eu dizia aos amigos que gostava de ross, eles me olhavamespantados", lembra o publicitrio e enfilo Fernando Rodrigues."Parecia coisa de marciano, porque era raro encontrar bebida de

    qualidade." Com os avanos nas tcnicas de vinificao, esse cenriomudou expressivamente a partir de 2000. Produtores de vrios pontosdo mundo, inclusive no Brasil, passaram a investir em bons rosados.Hoje, essas garrafas so trazidas por praticamente todos osimportadores brasileiros e esto em alguns dos melhores restaurantespaulistanos. Chegaram tambm s prateleiras de lojas especializadase de supermercados.

    "Para quem toma muito tinto, o ros um bom substituto no vero",sugere o sommelier Manoel Beato, do restaurante Fasano. "Tem umpouco mais de estrutura que o branco e frutado e cheio de frescor."Beato afirma que o vinho vai bem com peixes e massas ao molho detomate fresco com manjerico. uma boa opo, da mesma forma,nos restaurantes asiticos, em particular os japoneses. Com preosnormalmente mais em conta se comparado a tintos da mesmacategoria, pode ser encontrado em endereos to diferentes quanto acasa de cozinha contempornea Dolce Villa, no Itaim, a churrascariaMartn Fierro e o francs Allez, Allez!, ambos na Vila Madalena.

    Para servir, a temperatura ideal varia entre 8 e 12 graus. Uma dicaimportante prestar ateno safra. Como se trata de uma bebida

    para ser consumida jovem, as garrafas com mais de quatro anosperdem a vivacidade. Dono da importadora Mistral, uma das maioresdo pas, o empresrio Ciro Lilla acredita que a nova onda no ummodismo passageiro. Tanto que ele mantm no catlogo da empresa37 rosados de pases to diversos como Lbano e Nova Zelndia. "Huma tendncia sofisticao da bebida", diz. "No Chile, por exemplo,comea a ser produzida uma linha premium." Ou seja, os rossganharam at status.

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    Parallle "45" 2005, da regio francesa de Ctes du Rhne: corsalmo e aroma intenso. R$ 42,79. Mistral, fone: 3372-3400

    Alto Ramblon 2005, argentino de Mendoza: feito apenas com uvamalbec. R$ 35,00. Martn Fierro, fone: 3814-6747

    Aglianico dei Feudi di San Gregorio 2004, italiano da Campnia: secoe potente. R$ 83,00. World Wine, fone: 3315-7477

    Monte Seis Reis 2005, portugus do Alentejo: com estrutura e saborde frutas vermelhas. R$ 45,00. Almeida Garrett, fone: 3088-0226

    Chteau de l'Amarine 2004, francs da Costires-de-Nmes:combinao de leveza e frescor. R$ 60,00. Enoteca Fasano, fone:3168-1255

    Alta Vista 2004: malbec de Mendoza. R$ 32,90. Po de Acar, www.paodeacucar.com.br

    http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-1979/vinho-rose-para-pedir-sem-medo